Remoção de pinos intra-radiculares: indicações e técnicas Bambirra B. H. S.1, Oliveira T. B. C.1, Cardoso F.P.2 Resumo Os pinos intra-radiculares são utilizados em dentes tratados endodonticamente quando o remanescente dental não promove uma adequada retenção e suporte para a futura restauração. São divididos em núcleos metálicos fundidos e pinos pré-fabricados, metálicos e não metálicos. Quando suas características não são ideais, o tratamento endodôntico está inadequado ou o dente em questão apresenta lesão periapical e/ou sintomatologia associada à periapicopatias sua remoção pode ser necessária. O objetivo do presente trabalho é apresentar técnicas descritas na literatura para a remoção dos diferentes tipos de pinos e discuti-las. Foi realizada uma revisão bibliográfica no banco de dados Pubmed, onde 19 artigos foram selecionados. Concluiu-se que a remoção de pinos intra-radiculares é um procedimento seguro, quando técnicas adequadas são utilizadas, devendo ser indicada na maioria das situações em detrimento da cirurgia paraendodôntica ou extração dental. UNITERMOS: remoção de pinos, retratamento, técnicas 1- Alunos do curso de especialização em endodontia - Instituto de estudos da Saúde (IES), e-mail: [email protected]; [email protected] 2- Especialista em Endodontia FOB-USP, Mestre e Doutorando em Endodontia (UFMG), professor do curso de especialização em Endodontia do IES, e-mail: [email protected] metálicos e não-metálicos (SOARES et al., Introdução 2009). Idealmente, seu comprimento deve Os são ser de dois terços do comprimento total do tratados remanescente dental ou, quando o dente a o ser restaurado apresentar perda óssea, remanescente dental não promove uma deve ser equivalente a, no mínimo, metade adequada retenção e suporte para a futura de seu suporte ósseo. Além disso, uma restauração, sendo divididos em núcleos quantidade mínima de 4mm de material metálicos fundidos e pinos pré-fabricados, obturador deve ser deixada na porção utilizados pinos em endodonticamente intra-radiculares dentes quando 1 apical da raiz em que será fixado, o que questão, optarmos pela remoção do garante um adequado vedamento desta retentor intra-radicular, devemos fazê-la região (PEGORARO, 2004). utilizando técnicas e instrumentos necessária adequados (ABBOTT, 2002). Sendo assim, o quando suas características não são ideais, objetivo do presente trabalho é apresentar o que pode comprometer a retenção da técnicas futura restauração, quando o tratamento diferentes tipos de pinos intra-radiculares e endodôntico está inadequado ou quando o discutir os cuidados que devem ser dente tomados durante o procedimento. A remoção se faz em questão apresenta lesão utilizadas na remoção de periapical (BRAGA et al., 2005). Este procedimento é delicado eventualmente, problemas como fraturas e perfurações radiculares podem ocorrer (CAMPOS et al., 2007). Entretanto, a escolha de técnicas e instrumentos adequados, o conhecimento da anatomia radicular e suas variações, assim como um exame radiográfico e sua Metodologia e, Foi realizada uma busca bibliográfica no banco de dados Pubmed com as seguintes palavras chaves: post, removal e technique. Ao todo, foram encontrados 1103 artigos dos quais 19 foram selecionados. análise cuidadosa, observando o comprimento, Técnicas diâmetro e inclinação dos pinos, minimiza a ocorrência destes problemas (RUDDLE, O acesso coronário é a primeira etapa do procedimento de remoção do 2004). retentor intra-radicular, independente da Nas situações em que, após considerarmos as características do pino, inclusive sua parte coronária, a qualidade do tratamento endodôntico e os sinais clínicos e radiográficos do dente em técnica utilizada e do tipo de pino a ser removido. Esta etapa promove melhor visualização do retentor, facilita o acesso ao mesmo e reduz sua retenção. A parte coronária deve ser completamente exposta Figura 1 Acesso coronário: A- aspécto inicial do núcleo; B- desgaste do núcleo; C- pino exposto 2 com o auxílio de brocas de alta rotação e exposição da linha de cimento e a redução pontas de ultrassom cortantes. Estas do diâmetro e altura da porção coronária últimas melhor do núcleo, o que favorece a transferência operatório, de energia para o pino (GARRIDO et al., proporcionam visualização do uma campo trabalham em locais de difícil acesso e 2009). possuem uma boa precisão de corte A aplicação da ponta de ultrassom (RUDDLE, 2004). A figura 1 mostra uma deve ser realizada de forma intermitente, sequência de acesso coronário. em paredes opostas e ao redor de toda a porção coronária do núcleo, para que APARELHO DE ULTRASSOM ocorra uma maior fragmentação do A utilização do aparelho de cimento ao longo de todo o pino ultrassom reduz a força necessária para a (GARRIDO et al., 2009; RUDDLE, 2004). A remoção dos pinos metálicos. Tal fato pressão e o ângulo de aplicação desta ocorre devido à transferência de energia ponta sobre o pino são fatores que devem que induz microfraturas no cimento, ser observados, uma vez que, certas permitindo que o pino se solte do canal ou angulações associadas à uma pressão facilitando sua remoção (BRAGA et al., adequada, permitem que uma maior 2005; GARRIDO et al., 2004; GARRIDO et quantidade de energia seja transferida ao al., 2009; GOMES et al., 2001; HAUMAN, pino. Normalmente, posições em que um CHANDLER & PURTON, 2003; SOARES et ruído mais alto e agudo é observado, al., 2009). Sua utilização requer a indicam que uma maior quantidade de Figura 2 Remoção de núcleo metálico fundido com ultrassom: A - núcleo exposto; B, C e D - redução do diâmetro e altura do núcleo; E e F - aplicação da ponta de ultrassom; G - radiografia inicial; H radiografia final 3 energia está sendo transferida tratamento. Temperaturas prejudiciais são (BUONCRISTIANI, SETO & CAPUTO, 1994; alcançadas em menos de um minuto de DIXON et al., 2002; ETTRICH et al., 2007) vibração ultrassônica sem refrigeração (DAVIS et al., 2010; DOMINICI et al., 2005), O tempo de aplicação necessário à assim, o uso do jato de água contínuo remoção do pino varia de acordo com o durante a utilização do aparelho, reduz o seu comprimento, adaptação e o tipo de aumento de temperatura com boa cimento utilizado. Pinos compridos e bem eficiência (ETTRICH et al., 2007). adaptados são removidos com maior dificuldade, pois possuem uma película de A sequência para a remoção do cimento mais fina e, por isso, apresentam núcleo metálico fundido com ultrassom uma melhor retenção e maior resistência à pode ser visualizada na figura 2. tração (BRAGA et al., 2006; PECIULIENE et UTILIZAÇÃO DE BROCAS al., 2005) . Além disso, aqueles fixados com cimento resinoso demandam mais tempo A utilização de pontas diamantadas, brocas de Largo, de Gates em sua remoção (SOARES et al., 2009). Glidden e pontas cortantes de ultrassom é Sempre deve-se utilizar eficiente na remoção dos pinos de fibra e refrigeração durante a aplicação deste remove o material no interior do canal de dispositivo para evitar o aumento da maneira satisfatória (GESI et al., 2003; temperatura e possíveis injúrias nos LINDEMANN et al., 2005). Antes de se tecidos adjacentes ao dente em iniciar este procedimento, deve-se avaliar Figura 3 Remoção de pino de fibra de vidro transparente: A e B - acesso coronário; C - desgaste inicial do pino; D - vista oclusal do pino no interior do canal; E - desgaste final do pino; F e G - radiografias durante o desgaste; H - radiografia final 4 Figura 4 Remoção de pino de fibra de vidro branco: A - porção coronária exposta; B - ponta diamantada esférica; C - desgaste do pino; D - vista oclusal do pino no interior do canal; E - vista oclusal sem o pino; F e G - radiografias durante o desgaste; H - radiografia final o após a remoção do pino (GESI et al., 2003). diâmetro e a inclinação do pino através do Para que não ocorra desvios ou acidentes, exame radiográfico (RUDDLE, 2004). é cuidadosamente o comprimento, importante radiográficas Após a exposição da realizar durante tomadas o desgaste, parte principalmente, quando o pino não for coronária do pino, este deve ser visível no canal. Isto evita perdas desgastado com cuidado e seguindo sua desnecessárias de estrutura dentária, visto inclinação para que não ocorra perda de que permite a confirmação ou correção na estrutura dentária ou perfurações direção do desgaste. radiculares (PECIULIENE et al., 2005). Inicialmente, quando a visibilidade é boa, Nos casos em que o ultrassom não pontas diamantadas esféricas podem ser for eficiente ou quando ocorrer fratura utilizadas (GESI et al., 2003; LINDEMANN et durante a remoção de pinos metálicos, al., 2005). Posteriormente, deve-se utilizar deve-se utilizar as brocas de vídea para o pontas seu de ultrassom cortantes, pois possuem uma boa precisão de corte e alcançam lugares de difícil desgaste, tomando os mesmos cuidados citados anteriormente. acesso As figuras 3, 4 e 5 mostram (RUDDLE, 2004). As brocas de Largo ou sequências de remoção de pinos de fibra. A Gates auxiliam na remoção de cimento e remoção do pino metálico com auxílio de restos de material nas paredes do canal broca está representada na figura 6. 5 Figura 5 Remoção de pino de fibra de carbono: A - exposição da parte coronária; B - desgaste inicial com ponta diamantada; C e D - desgaste final com ponta de ultrassom cortante; E - remoção dos restos de material com Gates Glidden; F e G – radiografias durante o desgaste; H – radiografia mostrando desvio do canal; I radiografia final com correção da tragetória do canal PINOS ROSQUEÁVEIS como nas outras técnicas, a porção coronária do pino deve ser completamente Na maioria das vezes os pinos exposta antes do seu desrosqueamento rosqueáveis podem ser removidos de para que se reduza sua retenção (RUDDLE, maneira simples e eficaz através do seu 2004). Além disso, podemos aplicar desrosqueamento. Deste modo, o uso de vibração ultrassônica, o que pode facilitar o brocas no interior do canal pode ser evitado reduzindo o risco de perfuração e desgastes desnecessários no remanescente dental (PECIULIENE et al., 2005). Assim procedimento. Existem no mercado chaves próprias para o rosqueamento do pino e 6 Figura 6 Remoção de pino metálico fraturado: A - brocas de vídea; B - vista do pino no interior do canal; C - desgaste do pino; D e E - radiografias durante o desgaste; F – radiografia final que também podem ser utilizadas na sua remoção. Porém, quando o profissional não possuir esta A sequência de remoção de pino rosqueável está representada na figura 7. ferramenta, outros Discussão artifícios podem ser utilizados. A pinça hemostática ou porta-agulha podem ser utilizadas para desrosquear o pino desde que ela se prenda firmemente em sua porção coronária (KLEIER & MENDOZA, 1996). Nos casos em que esta porção for arredondada e a pinça não se fixar adequadamente, é interessante que se faça um pequeno desgaste em duas regiões opostas deixando-as mais retas e paralelas, com o objetivo de melhorar a retenção da pinça ao pino. Lembrando que o pino deve ser girado no sentido antihorário para que desrosqueamento. ocorra o seu Os pinos intra-radiculares podem ser removidos de maneira segura, sendo a ocorrência de fratura ou perfuração radicular rara, quando técnicas adequadas são utilizadas em sua remoção. Assim, sua presença não é considerada uma indicação direta à cirurgia paraendodôntica (ABBOTT, 2002; PECIULIENE et al., 2005; SOARES et al., 2009). Os pinos metálicos por serem constituídos de matériais rígidos, com alto módulo de elasticidade, conduzem bem as vibrações ultrassônicas favorecendo sua remoção por aparelhos de ultrassom (BUONCRISTIANI, SETO & CAPUTO, 1994). 7 Figura 7 Remoção de pino rosqueável: A – porção coronária exposta; B e C - desrosqueamento do pino com chave; D e E – desrosqueamento com pinça porta agulha; F – pino fora do canal; G - radiografia inicial; H - radiografia final Entretanto, em combinação de necessária algumas situações técnicas durante a pode realização a transferência de energia ao pino é maior, ser facilitando sua remoção (BUONCRISTIANI, do SETO & CAPUTO, 1994; DIXON et al., 2002; procedimento, uma vez que, a utilização do ETTRICH et al., 2007). Os pinos rosqueáveis, idealmente, ultrassom pode ser ineficaz em casos em que o pino é comprido e bem adaptado, devem fixado com cimento resinoso e quando preservar a estrutura radicular e minimizar estes fraturam no interior do canal, sendo a necessário outros perfurações radiculares (PECIULIENE et al., remoção 2005). A aplicação de vibração ultrassônica utilizar brocas ou dispositivos cortantes em sua ser desrosqueados, ocorrência de acidentes, visando como (BRAGA et al., 2006; BUONCRISTIANI, SETO pode & CAPUTO, 1994; GOMES et al., 2001; entretanto, em algumas situações, podem PECIULIENE et al., 2005; SOARES et al., requerer a utilização de brocas em sua 2009). remoção. Quando se aplica a ponta de facilitar As brocas este de procedimento, vídea estão ultrassom no pino observa-se a emissão de disponíveis em vários diâmetros e são um ruído agudo, que varia de acordo com a indicadas para o desgaste de pinos pressão e angulação do dispositivo. O metálicos, pois possuem uma haste longa e profissional deve atentar a este detalhe, boa capacidade de corte. Estas devem ser procurando as posições em que este som utilizadas com cuidado devido ao seu alto for mais alto e agudo, pois assim a poder cortante, uma vez que podem 8 ocasionar desgastes excessivos das paredes restauração, o tratamento endodôntico do canal ou até mesmo perfurações. apresentar-se deficiente lesões apresentar e o dente periapicais ou Os pinos de fibra apresentam um sintomatologia dolorosa compatível com menor módulo de elasticidade, quando alterações periapicais, a necessidade de comparados aos pinos metálicos, e são, em remoção do mesmo é indiscutível (BRAGA grande parte, fixados com cimento et al., 2005). Porém, o risco/benefício do resinoso. Estes fatores amortecem as procedimento vibrações e absorvem a deve ser levado em energia consideração quando o dente em questão transmitida ao pino, o que dificulta e, não apresentar sinais ou sintomas muitas vezes impede, sua remoção com o compatíves ultrassom (BUONCRISTIANI, SETO com alguma patologia & periapical, apesar de um tratamento CAPUTO, 1994; GOMES et al., 2001). Assim, endodôntico insatisfatório. Nestes casos, a utilização de vibração ultrassônica não é deve-se avaliar a época em que o indicada, devendo os mesmos serem tratamento foi executado, a qualidade do removidos por desgaste, através de brocas pino e o planejamento protético a ser (esférica diamantada em alta rotação) e realizado. Além disso, é importante dividir pontas cortantes de ultrassom. a responsabilidade do procedimento com o Após a remoção do pino devemos paciente e, em algumas situações, a avaliar o selamento apical proporcionado cirurgia paraendodôntica ou até mesmo a pelo remanescente de material obturador, proservação podem ser a primeira opção uma vez que durante o procedimento o no tratamento. calor e a vibração gerados pelo ultrassom e pela utilização de brocas, pode comprometê-lo. Em geral, é necessário um remanescente de 4 milímetros de material obturador para evitar micro-infiltrações (CAMPOS et al., 2007). Portanto, o retratamento endodôntico é indicado nas situações em que observarmos deficiências no comprimento e homogeneidade do material obturador e nos canais subobturados. Considerações finais A literatura revisada nos permite concluir que a remoção de pinos intraradiculares é um procedimento seguro, devendo ser indicada na maioria das situações em detrimento da cirurgia paraendodôntica ou extração dental. A seleção de uma técnica adequada para cada caso contribui para o sucesso do tratamento e reduz o risco de acidentes. Nos casos em que o pino possuir características inadequadas à retenção da 9 O profissional, além do conhecimento cientifico, deverá utilizar-se do bom senso e, juntamente com o paciente, decidir a conduta clínica a ser tomada. Bibliografia 01. Abbott, P. V. Incidence of root fractures and methods used for post removal (2002) Int Endod J, 35, 63-7. 09. Ettrich, C. A., P. E. Labossière, D. L. Pitts & J. D. Johnson (2007) An investigation of the heat induced during ultrasonic post removal. J Endod, 33, 1222-6. 10. Garrido, A. D., T. S. Fonseca, E. Alfredo, Y. T. Silva-Sousa & M. D. 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