Ano XVIII • Nº 61 Publicação trimestral Tiragem: 25 mil exemplares Venda proibida Exemplar de assinante LEI DAS HEPATITES: SUS DEVE DAR ATENDIMENTO INTEGRAL No final de dezembro passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.255/05 que define uma Política de Prevenção e Atenção Integral à Saúde da Pessoa Portadora de Hepatite (PLC 050/2005). Com a Lei das Hepatites, o Sistema Único de Saúde passa a prestar atenção integral aos portadores de hepatite, em todas suas formas, assim como dos problemas de saúde a ela relacionados. A gora, o SUS deve garantir o fornecimento universal de medicamentos, insumos, materiais de autocontrole e auto-aplicação de medicações, especialmente a realização de exames diagnósticos da doença e exames de biópsia hepática e de contagem de vírus (PCR-RNA), além de outros procedimentos necessários à atenção integral à pessoa portadora de hepatite. Pela nova Lei os portadores de hepatite C também receberão atendimento gratuito integral do SUS, inclusive os caros medicamentos para o controle da doença. No Brasil, existem cerca de 5 milhões de portadores de hepatite C, contra 600 mil pacientes de Aids. Estima-se que 3% da população do planeta – algo como 170 milhões – padeçam da forma crônica dessa moléstia transmitida principalmente pelo sangue e que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. Ao contrário das hepatites A e B, não existe vacina preventiva contra o HCV. Conheça a íntegra da Lei das Hepatites acessando o site: https://www.planalto.gov.br (acesse os links Legislação, Leis, Leis Ordinárias e 2005). Tratamento de hepatites: SUS deve garantir fornecimento universal de medicamentos. Pesquisa Segurança Metodologia ICS Vigilância • Como estão •O impacto • Desafio para a • Infecção de fístula • Risco Biológico avançando as pesquisas brasileiras para vacinas anti-Aids Páginas 2 e 3 psicológico dos acidentes com risco biológico nos profissionais de saúde Página 4 Enfermagem: melhorar a adesão das gestantes com HIV ao tratamento com anti-retrovirais Página 5 arteriovenosa: prevenção e tratamento das complicações Páginas 6 e 7 lança PSBio light Página 7 Veja também • Livro conta a história da Vigilância Sanitária no Brasil Congressos • Cursos eÚltima página Pesquisa CRT DST/AIDS PESQUISA VACINAS PREVENTIVAS E stá em desenvolvimento no Brasil um protocolo de pesquisa para avaliar a segurança e eficácia de uma nova vacina preventiva anti-HIV. A pesquisa representa a primeira fase de testes em que as 4 vacinas experimentais contra o HIV serão testadas em seres humanos. No entanto, antes que o estudo se iniciasse no Brasil, uma primeira etapa dele já havia sido encerrada nos EUA, em 60 voluntários, sem que tenha havido qualquer efeito adverso grave que desestimulasse a sua continuidade em seres humanos. No Brasil, o estudo está sendo desenvolvido desde novembro passado na Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT-DST/Aids) e no projeto Praça Onze da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Participam nas Unidades de Pesquisa do Brasil e nos EUA cerca de 150 voluntários e o tempo de duração é de cerca de 2 anos. O Protocolo HVTN 055 é um estudo de fase I sobre produtos candidatos à vacina anti-HIV em participantes sadios, negativos para HIV-1 e que não tenham sido imunizados com a vacinia – a vacina contra a varíola. Segundo o investigador principal deste protocolo, dr. Artur Kalichman, a imunização prévia pelo vírus da vacinia pode interferir na resposta imunológica às vacinas do estudo. Portanto, este estudo está testando 4 vacinas experimentais, sozinhas e combinadas, contra o HIV. São produtos desenvolvidos pela Therion Biologics Corporation, em colaboração com a HVTN e a Divisão de AIDS (DAIDS) dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH). As vacinas são chamadas de MVA-env/gag, MVA-tat/rev/nef-RT, FPV-env/gag e FPV-tat/rev/nef-RT. As vacinas MVA (Modified Vaccinia Ankara) são produzidas a partir de uma forma modificada do vírus vacínia. As vacinas FPV (Fowlpox Virus), por sua vez, são feitas com base em uma vacina contra um vírus que acomete aves e as protege de infecções causadas por poxvírus. Os vírus MVA e FPV usados nessas vacinas foram modificados de forma a não infectar o organismo dos participantes da pesquisa ou que estes possam transmitílos para outras pessoas. Estes vírus foram escolhidos por dois motivos principais. Dr. Artur Olhovetchi Kalichman é médico sanitarista, mestre em Saúde Pública e investigador principal do Protocolo HVTN 055. E-mail: [email protected] Em primeiro lugar, porque não produzem doenças no ser humano. Em segundo, porque há uma grande probabilidade da população estudada não ter entrado em contato com os vírus, não tendo, portanto, desenvolvido anticorpos que poderiam destruí-los ao entrar no organismo humano”, explica o dr. Kalichman. As abreviações env, gag, tat, rev, nef e Rt se referem a genes (unidades biológicas básicas da hereditariedade responsáveis por instruir as células para que produzam proteínas) encontrados no HIV. Quando o voluntário for vacinado com uma das vacinas do estudo, esses genes do HIV fazem com que as células do organismo produzam determinadas proteínas semelhantes às do HIV. Os pesquisadores que trabalham no estudo realizam testes para verificar se o organismo reage a tais proteínas do HIV (resposta imunológica a esses genes do vírus HIV). Resposta imunológica Além de testar a segurança de vacinas preventivas experimentais contra o HIV e identificar possíveis efeitos colaterais, o estudo tem o objetivo de verificar se essas vacinas provocam alguma resposta do sistema imunológico contra o HIV. Também está sendo investigado se os participantes sofrem alguma discriminação social, problemas pessoais ou injustiças por terem participado deste estudo. Neste estudo multicêntrico, algumas pessoas recebem o produto candidato a vacina e outras recebem controle. “Em um estudo dessa natureza, o controle é tão importante quanto o produto candidato 2 a vacina, pois permite comparar as reações dos que o receberam com as reações de quem recebeu o produto candidato a vacina”, ressalta o dr. Kalichman. O estudo é randomizado e duplo-cego, de forma que durante o ensaio clínico nenhum membro da equipe nem os voluntários sabem quem recebeu vacina e quem recebeu controle. Apenas o Comitê de Revisão de Segurança (CRS) tem essa informação que só será conhecida de todos ao término do estudo. Acompanhamento intensivo Desde 2001, o Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP integra a Rede Internacional de Pesquisas de Vacinas Anti-HIV, HVTN – HIV Vaccine Trials Network, da qual participam 12 países. O Brasil conta com duas unidades de pesquisa da HVTN, a HVTU Vila Mariana, ligada ao CRT- DST/AIDS e Projeto Praça Onze, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De acordo com o dr. Kalichman, todas as 4 vacinas usadas neste estudo foram administradas em coelhos sem causar efeitos colaterais graves. Os testes com animais nem sempre são capazes de prever todas reações humanas ao produto, mas o médico garante: não há nenhuma possibilidade de que os produtos em teste provoquem infecção por HIV ou Aids. “O produto utilizado no estudo não contém o vírus HIV vivo, morto, atenuado ou partes dele”, observa o médico sanitarista. Como ainda não se sabe se este produto candidato à vacina anti-HIV funciona, o voluntário poderá se infectar pelo HIV se entrar em contato com o vírus, seja através de relações sexuais desprotegidas (sem uso de preservativo), seja no compartilhamento de agulhas e seringas infectadas, ou ainda se, por alguma razão, entrar em contato com sangue contaminado de outra pessoa. Exatamente por isso, os participantes das pesquisas de vacinas contam com intenso processo de aconselhamento e orientação sobre práticas de sexo seguro e prevenção do HIV e da AIDS ao longo de sua participação nos estudos. “Se algum voluntário, por alguma razão, infectar-se com o HIV no decurso da pesquisa clínica, neste caso o participante continua sendo acompanhado pela equipe de pesquisa, mas não receberá mais va- Pesquisa ANTI-HIV UFPE EXPANDE PESQUISA EM VACINA TERAPÊUTICA DE AIDS Universidade Federal de Pernambuco e Universidade de Paris desenvolvem método que chega a reduzir a carga viral em até 80% A Gabriela Calazans é mestre em Psicologia Social, especialista em Saúde Coletiva e responsável pela Educação Comunitária do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT-DST/Aids). E-mail: [email protected] cinas. Será também encaminhado para cuidados médicos apropriados no ambulatório do CRT-DST/Aids”, esclarece a responsável pela Educação Comunitária do CRT DST/Aids, psicóloga Gabriela Calazans. No Brasil, este estudo foi revisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) das instituições onde a pesquisa é realizada, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nos Estados Unidos, a pesquisa foi aprovada pelos comitês de ética das universidades onde está sendo conduzido e também pela Food and Drug Administration (FDA). Além dessas instâncias, um Comitê de Acompanhamento Comunitário (CAC), formado por representantes da comunidade e de movimentos organizados da sociedade, acompanha as atuações e condutas da pesquisa. Para ser voluntário é preciso ter entre 18 e 25 anos, ser saudável e não ser portador do vírus HIV. Os interessados em participar da pesquisa podem ligar para (11) 5082-3954 ou procurar o Núcleo de Educação Comunitária da Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV, localizado na rua Santa Cruz, 81, Vila Mariana, ao lado da Estação Santa Cruz do metrô, ou enviar um e-mail para: [email protected] companhando a tendência de aumento no estimulo à pesquisa na área de vacinas de HIV/Aids, um convênio entre instituições do Brasil e da França vem desenvolvendo projeto de vacina terapêutica anti-Aids, com resultados bastante satisfatórios para a continuidade dos testes. Os experimentos iniciados em 2003 sob a direção do dr. Luis Cláudio Arraes na Universidade Federal de Pernambuco e os drs. Wei Lu e Jean-Marie Andrieu, na Universidade de Paris, para o desenvolvimento de uma vacina terapêutica, ainda encontra-se em Fase I. No entanto, em diversos indivíduos que experimentaram a vacina, observou-se acentuada redução na carga viral de até 80%. Células dendríticas De acordo com o coordenador do Grupo de Pesquisa de Retrovírus em Humanos do Instituto Adolfo Lutz, dr. Luís Fernando Macedo Brígido, a parceria pernambucana e parisiense apresenta aspectos inovadores diante dos demais estudos já realizados para uma vacina terapêutica, neste caso uma autovacina. Segundo descreve o médico, células dendríticas são separadas a partir de leucócitos de um indivíduo HIV soropositivo. Estas células são aparentemente fundamentais na formação da resposta imunológica ao vírus. Após o isolamento, expansão in vitro e inativação química do vírus HIV do doador, as partículas virais são incubadas com as células dendríticas que foram previamente separadas e diferenciadas. Com isso, tais células passam por um processo de “educação” com o vírus inativado, sendo posteriormente devolvidas ao doador. “Tenta-se, assim, fazer com que estas células passem a apresentar o HIV de forma mais adequada, permitindo estimular melhor a resposta imunológica e assim, controlar a infecção de forma mais eficiente,” explica o dr. Brígido. A pesquisa na UFP e UP ainda não permite conclusões definitivas, mas demonstrou que é um procedimento seguro, embora altamente complexo. Os resultados preliminares de CD4 e carga viral assim como os testes imunológicos de Elispot, demonstraram, em alguns casos, evidencias de reposta imunológica, inclusive com significativa queda da viremia. Agora o dr. 3 Dr. Luís Fernando Macedo Brígido é coordenador do Grupo de Pesquisa de Retrovírus em Humanos do Instituto Adolfo Lutz E-mail:[email protected] Arraes está tentando organizar uma rede para iniciar a Fase II da pesquisa, com instituições públicas de saúde de referência em todo o Brasil. “Havendo o interesse governamental e eventualmente de outros setores em investir na pesquisa, a Fase II poderá se desenvolver com amplas perspectivas, pois além de termos uma base laboratorial e em especial clínica já instalada no país, há muitos cientistas brasileiros com larga experiência em estudos de vacinas de HIV/Aids que poderão colaborar nesta iniciativa”, observa o dr. Brígido. É preciso considerar que vários estudos já mostraram que as vacinas de Aids pesquisadas em todo o mundo ainda não atingiram a capacidade imunológica esperada. Por isso, os cientistas buscam novos conceitos para uma vacina eficaz. Para o dr. Brígido, que vem trabalhando nesta área há mais de 10 anos, a pesquisa com células dendríticas inclui-se neste contexto, pois amplia as fronteiras e expande as possibilidades de descoberta de uma vacina tão importante para a Humanidade. Saiba mais sobre vacinas anti-Aids • www.aids.gov.br (acesse área técnica; pesquisa; vacina e outros insumos) • www.rcp-hiv.org • www.iavi.org Segurança CONSEQÜÊNCIAS PSICOLÓGICAS RELACIONADAS À EXPERIÊNCIA DE ACIDENTE OCUPACIONAL ENVOLVENDO RISCO BIOLÓGICO Da esquerda para a direita: Dra. Maria Rosa Rodrigues Rissi Psicóloga da Unidade de Tratamento de Doenças Infecciosas do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto-FMRP/USP [email protected] Profª Drª Alcyone Artioli Machado Docente do Departamento de Clinica Médica da FMRP-USP [email protected] T rabalhadores da saúde estão continuamente expostos ao risco de acidente com Material Biológico Potencialmente Contaminado (MBPC) durante seu exercício profissional. A incidência destes episódios torna tal problema uma questão de saúde pública principalmente pelo risco biológico representado pela presença de patógenos como o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), o vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite C (HCV) entre outros. Como qualquer experiência de acidente, aquele relacionado ao risco biológico é igualmente carregado de estresse, em especial por estarem envolvidos patógenos, alguns dos quais suscetíveis de causarem moléstias de êxito letal. Neste contexto, tais ocorrências apresentam-se como concretização dos agravos à saúde em decorrência da atividade produtiva, recebendo inferências inerentes à própria pessoa e aos contextos do qual faz parte. Causas e conseqüências da ocorrência de acidentes ultrapassam questões técnicas sendo necessário considerar dimensões subjetivas implicadas no evento. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, estruturou no ano de 1997 o Ambulatório de Acidente Ocupacional ao profissional da saúde, com a finalidade de normatizar as condutas em relação à exposição a material biológico potencialmente contaminado pelo HBV, HCV e/ou HIV e o fornecimento das drogas antiretrovirais indicadas para a profilaxia. Desde então diversos estudos têm sido conduzidos junto aos profissionais acidentados com o intuito de averiguar diferentes dimensões relacionadas ao acidente, dentre elas aspectos psicológicos relacionados ao evento. Os resultados destes estudos têm suscitado discussões que visam identificar a compreensão dos sentidos atribuídos à vivência do acidente do ponto de vista de repercussão emocional deste, assim como dos reflexos imediatos na vida pessoal do profissional da saúde. A possibilidade de se infectar através de exposição acidental, ao que tudo indica, desperta o trabalhador da saúde para questões mais imediatas, até então colocadas em outro nível de representação. É neste momento que ele pode perceber que necessidades básicas ligadas ao real, como a segurança para o trabalho e sua saúde se encontra invariavelmente sobre alicerces frágeis. Também o medo da discriminação e da rejeição social podem passar a incidir sobre a vida e a prática destes trabalhadores. Desta maneira, os dois pólos de representação e conduta do trabalhador da saúde, ficam definidos entre uma perda de contato com os riscos reais, imediatos e uma supervalorização da possibilidade de diminuir o sofrimento do outro, onde se encontram depositadas grande parte das expectativas de realização pessoal e profissional. Um terceiro nível de desdobramento, referente aos aspectos técnicos que influenciam a prática, é representado pela crença de que a pressa pode ser uma das causas de acidentes. Contudo esta contingência parece estar associada a outras dificuldades verificadas no “setting” de trabalho, como o número insuficiente de funcionários, a negligência no uso de equipamentos de proteção em função do tempo, a conduta inadequada no descarte de materiais, a pressa durante a realização dos 4 procedimentos e as dificuldades do trabalho em equipe. O papel do profissional de psicologia neste contexto é de grande importância, tanto no que se refere ao preparo dos profissionais de saúde para lidar com as dificuldades cotidianas como no acompanhamento dos trabalhadores que se acidentam e que, por algum tempo, precisam conviver com a incerteza e a angústia originada na situação de acidente. Os estudos aqui referidos apontam que trabalhadores que conseguem elaborar de forma consistente a situação do acidente e repensam suas vidas sob o olhar dos acontecimentos, normalmente apresentam respostas cognitivas importantes, transformando suas práticas do ponto de vista da segurança profissional. Sendo assim, a complexidade do trabalho acarreta um significativo desgaste emocional, apontando para a importância de ações que visam oferecer condições favoráveis de atuação, incluindo apoio e suporte psicológico aos profissionais, no intuito de se caminhar na direção de uma relação menos ameaçadora e mais verdadeira. Referências bibliográficas: BRANDÃO JUNIOR, P.S. Biossegurança e AIDS: as dimensões psicossociais do acidente com material biológico no trabalho em hospital. 2000. 124f. Dissertação (Mestrado). Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2000. OSÓRIO, C.; MACHADO, J.M.H.; MINAYO-GOMES, C. Proposição de um método de análise coletiva dos acidentes de trabalho no hospital. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.2., p.517-24, mar./abr., 2005. RAPPARINI, C. & CARDO, D.M. Principais doenças infecciosas diagnosticadas em profissionais da saúde. In MASTROENI, M.F. (org); Biossegurança aplicada a laboratórios de saúde. São Paulo: Atheneu, 2004. RISSI, M.R.R. Profissionais de Saúde e Aids: um estudo diferencial frente a ocorrência de acidente ocupacional com material biológico potencialmente contaminado. 2001, 124p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2001. RISSI, M.R.R., MACHADO, A.A., FIGUEIREDO, M.A.C. Health care workers and Aids: A differential study about beliefs and affects associated with the experience of accidental exposure to blood. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol.21, n°.1, p.283-291, Feb., 2005. SÊCCO, I.A.O.; ROBAZZI, M.L.C.C.; GUTIERREZ, P.R.; MATSUO, T. Acidentes de trabalho e riscos ocupacionais no dia-a-dia do trabalhador hospitalar: desafio para a saúde do trabalhador. Espaço para Saúde, Londrina, v. 4, n.1, 2004. Metodologia INTERVENÇÃO DA ENFERMAGEM PARA MELHORAR A ADESÃO AO TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL ENTRE GESTANTES COM HIV Maria José Rodrigues Vaz – Enfermeira obstetra/Doutora em Ciências Atuação: Professora da UNINOVE e Enfermeira do NUPAIG – UNIFESP/EPM E-mail: [email protected] J á na Antigüidade, a não adesão é citada em um provérbio de Hipócrates: “manter-se atento às falhas dos pacientes, que os levam a mentir sobre seguir as recomendações prescritas”. As primeiras medidas de saúde pública com pacientes não cooperativos ocorreram em 1890 para prevenir a expansão da tuberculose. Após 1945, a introdução de antibióticos na terapia para a tuberculose aumentou a preocupação com a não adesão, pois, muitos pacientes não seguiam as prescrições médicas e desenvolviam resistência aos medicamentos e rápida evolução da doença. A despeito dos novos esquemas terapêuticos que têm prolongado e melhorado a qualidade de vida dos indivíduos com aids, a prescrição de ARV (anti-retroviral) pode ser complexa. Vários esquemas potentes (HAART) requerem que o paciente tome mais de 15 comprimidos ou cápsulas por dia, além disso, os efeitos colaterais próprios de cada ARV e orientações específicas, como freqüência das doses, tomar com alimentos ou em jejum, podem reduzir a adesão ao tratamento. Como conseqüência da não adesão, temse menor efetividade dos ARVs, resistência viral e risco de transmissão de vírus resistentes, um grave risco considerando a gestante infectada pelo HIV. A não adesão ao tratamento ARV pode ser classificada como diagnóstico de enfermagem de não comprometimento, definido como situação em que o indivíduo deseja colaborar, mas, diversos fatores desencorajam a adesão. As ações de enfermagem (descritas abaixo) buscam facilitar a abordagem dos enfermeiros para melhorar a adesão aos ARVs pelas gestantes com HIV/aids. vos nomes dos medicamentos, diminuindo, também, a chance de erros quando os medicamentos são parecidos e a mulher retira o rótulo de identificação (lembrem-se que o preconceito contra a aids é grande e nem todos as gestantes contam até mesmo para pessoas próximas); Ao fornecer os ARVs deve-se estabelecer junto à gestante: ; convocar por carta ou telefone as gestantes ; adequar os horários das doses de acordo com as atividades diárias (horários que acorda, inclusive finais de semana; de refeições; de trabalho/escola; viagens), e recomendações específicas (como jejum e alimentos); ; abrir os frascos e mostrar o formato/cor/tamanho dos comprimidos/cápsulas e os respecti- ; fornecer por escrito o esquema estabelecido de acordo com o grau de instrução da paciente, colar etiquetas nos frascos com a dose e horário facilita bastante, inclusive com símbolos/desenhos ilustrativos (como sol, lua, estrelas...); pacientes no uso dos medicamentos, é importante que elas se sintam à vontade para falar a verdade, sem medo de represálias, informando-as que o objetivo do levantamento é estabelecer relação com resultados de exames e poder alterar ou substituir, quando possível, os ARVs. Assim, algumas colocações auxiliam nos questionamentos: “não se preocupe se não estiver tomando o medicamento corretamente, pois para nós é importante saber como realmente está tomando”; “nós sabemos as dificuldades de tomar os ARVs e gostaríamos de saber como você está tomando para que possamos ajudá-la”. São medidas simples que geram maior confiança e demonstram interesse por parte dos profissionais e não devem ser negligenciadas. Referências bibliográficas: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST/Aids. Disponível na Internet: www.aids.gov.br. ; orientar quando é necessário acondicionamento especial (por exemplo, manter em geladeira); ; facilitar estratégias de manter a omissão do uso dos ARVs, como colar a etiqueta sobre o nome e indicação do medicamento; ; informar os possíveis efeitos colaterais de cada ARV e como melhorar esses sintomas; ; reforçar a importância do uso correto dos medicamentos, para o cuidado da própria saúde e reduzir os riscos de transmissão para seu filho; ; solicitar que traga os frascos nas consultas se- guintes, mesmo com sobras, para retirar os novos frascos, evitando que a paciente tenha muitas sobras em casa; que faltam, os motivos podem ser resolvidos com ajuda de outros profissionais, como voluntárias e serviço social; ; fornecer um telefone para que a mulher possa entrar em contato com o serviço em caso de dúvidas, evitando retornos desnecessários. Para evitar omissão de informações sobre as dificuldades enfrentadas pelas 5 CHESNEY MA. New antiretroviral therapies: adherence challenges and strategies. In: ICAACInterscience Conference on Antimicrobial Agents and Chemoterapy 1997 Satellite Symposium Evolving HIV treatements: advances and challenge of adherence. [online] 1997. Available from URL: http://www.medscape.com/medscape/ HIV/ Treatment update /1997/tu01/tu01-06.html. CHESNEY M, ICKOVICS J, HECHT FM, SIKIPA G, RABKIN J. Adherence: a necessity for successful HIV combination therapy. AIDS 1999; 13(suppl A): S271-8. ELDRED L, CHEEVER L. Update on adherence to HIV therapy. In: The Hopkins HIV Report, 1998. Available from: URL: http://www.hopkinsaids.edu/publications /report/jan98_5.html. FIGUEIREDO RM, SINKOC VM, TOMAZIN C, GALLANI MC, COLOMBRINI MRC. Adesão de pacientes com aids ao tratamento com antiretrovirais: dificuldades relatadas e proposição de medidas atenuantes em um hospital escola. Rev Lat Am Enfermagem 2001 Jul;9:50-5. ICKOVICS JR. Measures of adherence - Behavioral measures. Adherence to a new HIV therapies: a research conference. Summary of Conference Presentations [on line]; 1997 nov; Washington D.C. Available from URL: http://www.gwumc.edu/ chpr/ adher.htm. Acessado 15-06-2000. PATERSON DL, SWINDELLS S, MOHR J, BRESTER M, VERGIS EN, SQUIER C, WAGNER M, SINGH N. Adherence to protease ihnibitor therapy and outcomes in patients with HIV infection. Ann Intern Med 2000; 133:21-30. WRIGHT EC. Non-compliance - or how many aunts has Matilda? Lancet 1993; 342: 909-13. ICS INFECÇÃO DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA A fístula arteriovenosa consiste na principal via de acesso vascular, para o encaminhamento do sangue do paciente com insuficiência renal crônica em programa de hemodiálise, para o sistema extracorpóreo, onde ocorrerá a depuração de escórias e retirada do excesso de líquido. Criada em 1966 é, até hoje, o tipo de acesso vascular permanente mais seguro e durável e pode ser considerada a grande responsável pela manutenção do paciente na terapia dialítica. Consiste na anastomose subcutânea de uma artéria com uma veia subjacente, onde a presença de sangue arterial no interior da veia, provoca transformações na parede desta veia, tornando-a mais espessa, possibilitando a punção, repetidas vezes, com agulhas de grandes calibres, e vaso mais dilatado, com elevado e constante fluxo sangüíneo indispensável para a realização da hemodiálise. O tempo de amadurecimento da fístula é de no mínimo 30 dias após a sua confecção. Punções em períodos inferiores comprometem a sobrevida deste acesso. Complicações com acessos vasculares são responsáveis por 48% das hospitalizações nos pacientes em programa de hemodiálise e a infecção representa a maior causa de morbidade e mortalidade neste grupo, seguido apenas das complicações cardiovasculares. As infecções outros acessos vasculares, quando se faz necessário. O paciente renal crônico possui um déficit em sua imunidade e o acesso vascular fornece uma porta de entrada para infecções ao organismo que geralmente são de origem bacteriana As infecções de fístula podem ser classificadas, com relação a sua etiologia em: a) Complicações infecciosas relacionadas ao procedimento cirúrgico O procedimento cirúrgico é realizado por uma equipe de cirurgia vascular. O conhecimento e validação da equipe cirúrgica, assim como a garantia de integridade do local da realização do procedimento e materiais utilizados, excluindo fontes de contaminação é de grande importância. Antes da realização do procedimento, deve ser excluída a presença de qualquer foco infeccioso no paciente. Algumas equipes cirúrgicas utilizam, de rotina, a administração de antibióticos profiláticos antes da realização do procedimento. Cuidados de higiene no estágio pré e pós-operatório, tanto da equipe como do paciente é imprescindível. Após a realização do procedimento cirúrgico, o paciente deve ser orientado quanto aos cuidados com o curativo cirúrgico, geralmente realizado na própria unidade de diálise. A retirada dos pontos de sutura não deve ser feita com um tempo menor de 14 dias após sua confecção, prevenindo o risco de deiscência de sutura, visto que o tempo de cicatrização no paciente com insuficiência renal é mais demorado. Manter um canal de contato aberto entre equipe cirúrgica e equipe nefrológica irá beneficiar o paciente. b) Complicações infecciosas relacionadas ao procedimento dialítico Infecção de fístula exige intervenção urgente para prevenir perda de acesso e complicações severas. de fístula arteriovenosa estão presentes em 14,2% dos casos de complicações de acesso vascular. O paciente renal crônico estará sujeito às intercorrências oriundas das infecções do acesso, como por exemplo endocardite bacteriana, septicemia, entre outras e complicações resultantes da diminuição da qualidade da diálise neste período ou da implantação de A prática de punção da fístula exige de toda equipe de enfermagem, um alto grau de responsabilidade e treinamento. As técnicas de anti-sepsia no momento que antecede a punção são fundamentais. O paciente ao entrar na sala de diálise deve ser orientado quanto a importância da lavagem do braço da fístula com água e sabão. A equipe de enfermagem deverá utilizar o EPI (equipamento de proteção individual) e, antes do procedimento, fazer a anti-sepsia nos sítios de punção, com a solução padronizada pela instituição. Alguns pacientes utilizam pomada 6 Regina Maria Alves é enfermeira chefe e responsável técnico da CDR – Clínica de Doenças Renais (Unidade Botafogo, Rio de Janeiro); profa. do Curso de Pós Graduação em Enfermagem em Nefrologia na Faculdade São Camilo e na Faculdade Gama Filho. Especialista em Nefrologia pela SOBEN – Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia. E-mail: [email protected] anestésica no local de punção, que deve ser removida durante a anti-sepsia. As embalagens de agulhas de fístula, só deverão ser abertas no momento da punção, para garantir sua esterilidade. O hematoma é uma complicação de punção de acesso vascular, que quando não tratado com eficácia pode gerar um processo infeccioso. Ocorre por transfixação da agulha no vaso, ocasionando extravasamento sangüíneo nos tecidos adjacentes ao vaso. O paciente deve ser orientado a colocar compressa de gelo no dia em que ocorreu o hematoma com o objetivo de realizar vaso constrição, diminuindo do extravasamento sangüíneo, e calor úmido no dia posterior, para fluidificar o sangue extravasado e sua absorção pelo organismo. c) Complicações infecciosas relacionadas ao paciente Alguns grupos de pacientes estão mais susceptíveis a infecções. É o caso do paciente com insuficiência renal crônica portador de Diabete Mellitus. Os cuidados de higiene corporal e com a fístula arteriovenosa são fundamentais para prevenir o desenvolvimento de infecções locais. O paciente deve ser orientado a não ICS utilizar produtos como pomadas e outras substâncias ou curativos caseiros, comum em alguns pacientes com determinados hábitos culturais, após a retirada do curativo da fístula. O paciente deve ser educado para inspecionar diariamente a fístula arteriovenosa e, se detectar qualquer anormalidade, este deverá procurar auxílio da equipe imediatamente. É vetado ao paciente a manipulação de focos purulentos que apareçam na fístula. O diagnóstico do processo infeccioso pode ser realizado com a presença dos seguintes sinais e sintomas: calor, rubor e dor local; entumecimento da área, raramente com zona flutuante; necrose cutânea; secreção ou pontos purulentos às vezes com presença de sangramento; febre. Na presença destes sintomas é contra indicado a punção do acesso, até a avaliação do mesmo pela equipe médica para prevenir a migração de uma infecção local para uma infecção sistêmica. A infecção de fístula é uma complicação grave que exige rápida intervenção da equipe, principalmente para prevenir a perda do acesso e complicações severas como endocardites bacterianas, septicemia, entre outras. O diagnóstico é simples e confirmado por culturas ou swabs nasais. O tratamento com antibioticoterapia é eficaz e deve ser iniciado imediatamente. Nos casos mais severos, onde não há resposta à antibioticoterapia, pode ser necessário o desligamento da fístula afetada e confecção de um novo acesso. É prioritário um programa de educação continuada para equipe, aprimorando e reciclando seus conhecimentos, tornando-a capaz da execução correta da prática, possibilidade de diagnóstico e intervenção precoce, bem como a orientação de pacientes e familiares. O programa de educação ao paciente auxiliará na manutenção e sobrevida do acesso. Referências bibliográficas: 1. Jerone I. Tokars, MD, MPH, Paul Light, MD, Jonh Anderson, MD, Elaine R. Miller, RN, MPH. A prospective study of vascular access infections at seven outpatient hemodialysis centers. American Journal of Kidney Diseases, vol 37 2001: pp 1232-1240 2. Santos CAS, Pitta GBB. Fístula artério venosa para hemodiálise. In: Pitta GBB, Castro AA, Burighan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003 3. Vanholder R., Nefrology Unit, University Hospital, Gent, Belgiun Vascular access Am J Nephrol, 16, 118123, 1996 4. Daurgirdas JT, Balck PG, Ing TS. Manual de diálise. 3a ed. Rio de Janeiro. Editora Médica e Científica Ltda., 2003, pp 68-102 5. Valderrábano F. Tratado de Hemodiálisis. 1.ed.Espanh. Editora Médica Jins, 1999, pp 125-149 6. Linardi F, Bevilacqua JL, Morad JFM, Costa JÁ. Programa de melhoria continuada em acesso vascular para hemodiálise. Continuous quality improvement in vascular access for hemodialysis. J Vasc Br 2004; 3(3):191-6 Vigilância RISCO BIOLÓGICO LANÇA NOVA VERSÃO SIMPLIFICADA DO E PSBio stará disponível no início de janeiro a nova versão PSBio, programa de notificação e vigilância de acidentes em profissionais de saúde. A proposta do software desenvolvido pelo Projeto Risco Biológico é implementar um sistema de vigilância de acidentes ocupacionais com material biológico ocorridos em serviços de saúde brasileiros. A nova versão está muito mais simplificada e serve como um instrumento extremamente útil para os serviços de saúde que diariamente enfrentam este problema de saúde pública. A nova versão permitirá o uso em computadores em rede. O intuito de um sistema de vigilância com instrumentos de notificação padronizados é permitir a obtenção de dados selecionados que proporcionem o conhecimento das características mais comuns destes acidentes, as medidas de profilaxia pós-exposição e as ações necessárias de intervenção específica. Reunindo características do NaSH R (software do CDC Centers for Disease Control and Prevention) e do sistema EPINetR (elaborado pelo Centro Internacional de Segurança Entre Profissionais de Saúde da Universidade Virgínia, EUA), o PSBio permite a entrada e o gerenciamento de dados sobre os profissionais, imunizações, informações sobre as características e circunstâncias dos acidentes, profilaxias indicadas, agendamento de consultas de acompanhamento e emissão de relatórios. Através deste programa, as notificações dos acidentes e os dados do profissional de saúde acidentado 7 são centralizados em órgãos específicos para consolidação e posterior divulgação dos resultados. Sistemas como este começaram a ser criados há cerca de 20 anos em alguns países, principalmente após o início da epidemia de Aids nos anos 80. O PSBio vem preencher a carência de um sistema de vigilância de acidentes ocupacionais na área de saúde no Brasil. Até agora, os estudos feitos em nosso país referem-se apenas a programas desenvolvidos de maneira individualizada em hospitais universitários e outros serviços de saúde. Para fazer o download do formulário (documento em pdf) de notificação de acidentes do sistema de vigilância PSBio basta acessar www.riscobiologico.org e clicar no link Vigilância. Há uma versão com instruções para preenchimento no final das fichas. Este link também dá acesso para o preenchimento do formulário de dados cadastrais dos profissionais e serviços de saúde interessados em receber gratuitamente o programa PSBio e participar do sistema brasileiro de vigilância de acidentes de trabalho com material biológico. O programa também pode ser solicitado pelos telefones (21) 8189-7336 ou 2266-7953 (tel/fax). Entre em contato também com [email protected] Publicações LIVRO CONTA A HISTÓRIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO BRASIL A Editora Anvisa lançou recentemente o livro À sua Saúde A Vigilância Sanitária na História do Brasil do escritor e jornalista Eduardo Bueno - autor dos consagrados A Viagem do Descobrimento e Capitães do Brasil. A obra conta a evolução da Saúde Pública no Brasil, reunindo dados e fatos extraídos do contexto social e político da história do país. Para sua produção, Bueno realizou extensa pesquisa documental, percorrendo as bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz, a Biblioteca Nacional e os arquivos do Ministério da Saúde. O resultado desse trabalho é uma obra inédita, que, por meio de uma linguagem acessível e descontraída, resgata fatos históricos importantes, como as medidas sanitárias inovadoras de Oswaldo Cruz, no combate à febre amarela. Com tiragem inicial de 5 mil exemplares, o livro tem introdução do escritor membro da Academia Brasileira de Letras e médico sanitarista, Moacyr Scliar. A obra está à venda no link da Editora Anvisa no site da Anvisa (http://www.anvisa.gov.br/institucional/editora/ index.htm). A compra pode ser feita por meio de GRU (Guia de Recolhimento da União). Cursos E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS stá programado para os dias 16 e 17 de março em São Paulo, o seminário Gerenciando Resíduos Químicos. Na ocasião serão discutidos os aspectos científicos e técnicos nas rotinas da gestão de resíduos químicos e a aplicação de soluções ambientais pós-geração. O evento coordenado pela Ambiance – Consultoria em Saúde e Soluções Ambientais deverá contar com a participação de representantes dos setores da saúde, industrial, ambiental, governamental, ensino e pesquisa. Informações sobre inscrições e programação pelo tel. (11) 5096-2521 ou e-mail [email protected] FAÇA SUA RA ASSINATU Eventos EDUCAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA EM IRAS Ocorrerá entre março e junho o 2º Curso de Educação Continuada a Distância em Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IrAS). Promovido por um convênio entre ANVISA, UNIFESP e IDIPA (Instituto Paulista de Doenças Infecciosas e Parasitárias), o curso abordará os seguintes temas como Legislação e Criação de um Programa de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar, Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares; Investigação e Controle de Epidemias Hospitalares (Surtos); Prevenção de Infecções em Unidade de Terapia Intensiva; Risco Ocupacional e Medidas de Precaução e Isolamento. O curso é gratuito, tendo como público alvo os profissionais que atuam em Vigilâncias Epidemiológicas, Sanitárias (estaduais ou municipais) e em Programas de Controle de Infecção Hospitalar. Informações podem ser obtidas no site www.iras.org.br ou através do contato com a equipe do IrAS pelo telefone: 011 - 5084-7920 ou email: [email protected] Agenda 2006 16ª Reunião Científica Anual da Sociedade Norte-Americana de Epidemiologia de Serviços de Saúde De 18 a 21 de março, em Chicago (EUA). Promovida pela Society for Healthcare Epidemiology of America. Informações: www.shea-online.org XXXIII Curso Básico de Introdução ao Controle de Infecção Hospitalar De 27 a 07 de abril, em São Paulo (SP). Promovido pela APECIH. Informações: (11) 3253-8229. www.apecih.org.br / [email protected] V Congresso Paulista de Infectologia De 23 a 16 de agosto, em Campinas (SP). Promovido pela SPI. Informações: [email protected] X Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar De 12 a 15 de setembro, em Porto Alegre (RS). Promovido pela ABIH. Informações: [email protected] 6ª Conferência da Sociedade Britânica de Infecção Hospitalar De 15 a 18 de outubro em Amsterdã (Holanda). Promovida pela Hospital Infection Society. Informações: www.his.org.uk XXXIV Curso Básico de Introdução ao Controle de Infecção Hospitalar De 16 a 28 de outubro, em São Paulo. Promovido pela APECIH. Informações: (11) 3253-8229 / www.apecih.org.br / [email protected] Receba gratuitamente o jornal Controle de Infecção Cadastre-se em nosso site www.ctbd.com.br/ctis. Se você preferir, envie esta ficha preenchida para nossa Caixa Postal 21.254 - CEP 04602-970, São Paulo-SP: Nome: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Endereço: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CEP: __ __ __ __ __ - __ __ __ Cidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estado: __ __ Fone: ........................................................... Fax: ............................................................... E-mail: ............................................................................................................................. Função ou cargo que ocupa na entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Controle de Infecção é uma publicação trimestral da Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda. Rua Alexandre Dumas, 1976 Chácara Santo Antônio - CEP 04717-004 - São Paulo-SP • Tel. CRC: 0800-0555654 • E-mail: [email protected] • Diretor da Publicação: Paulo Gussoni • Coordenadoras: Camilla Trondolli e Moyara Junqueira • Coordenadora Científica: Silvana Torres • Jornalista Responsável: Milton Nespatti (MTB 12460-SP) • Revisão: Sérgio Cides • Projeto Gráfico e Diagramação: [email protected]. As matérias desta publicação podem ser reproduzidas desde que citada a fonte.