Resoluções de Exercícios EA: EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM EH: EXERCITANDO HABILIDADES TC: TAREFA DE CASA CIÊNCIAS HUMANAS I Capítulo 03 EA - BLOCO DIVERSIDADE CULTURAL, CONFLITOS VIDA EM SOCIEDADE E Cultura Material e Imaterial na Idade Média; Patrimônio e Diversidade da Cultura Mundial; Movimentos Culturais na Idade Média e seus Impactos na Vida Política e Social do Mundo Ocidental 01 01 C Santo Agostinho retoma a teoria platônica das ideias à luz do cristianismo formulando a teoria da iluminação segundo a qual o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas. Para Santo Agostinho, a fé não conflitava com a razão. A razão, segundo ele, auxiliava a fé e estaria a ela subordinada. EA - BLOCO 02 01 C A) (F) O herético não era ateu, apenas questionava dogmas da Igreja ou incentivava outros princípios. B) (F) Sim, o herético era quem lançava outros princípios que a Igreja contestava. C) (V) Tanto ortodoxos como heterodoxos queriam moralizar a sociedade. D) (F) Não, na maioria das vezes, a heresia surgia com homens inteligentes que tinham acesso à cultura letrada, depois é que chegava aos pobres. E) (F) Muito pelo contrário, os albigenses foram massacrados pela Igreja. EA - BLOCO 03 01 E A) (F) Não, tanto que a Inquisição só foi institucionalizada no século XIII, pelo Papa Gregório XI. B) (F) As ideias religiosas dos protestantes justificavam os interesses da nobreza, e não dos pobres. C) (F) O poder político, econômico e cultural da Igreja era justificado pela sua influência ideológica. D) (F) A supremacia do poder espiritual sobre o poder político justificava a influência da Igreja na vida europeia. E) (V) Com certeza, através da repressão, a Igreja mantinha o seu poder. EA - BLOCO 04 01 A O Império Bizantino foi contemporâneo do período medieval, mas com características bem definidas. A Idade Média era caracterizada pelo poder político descentralizado, mão de obra servil e agrícola, ao passo que o Império Bizantino era urbano, comercial, com mão de obra escrava e assalariada e com o poder político centralizado. EA - BLOCO 05 01 C A peregrinação à Meca é considerada como uma das 5 obrigações de um fiel muçulmano. Os muçulmanos denominam de “pilares” do islamismo aquilo que no Ocidente denomina-se “obrigação”. Importante notar – como na alternativa correta – que são dispensados da peregrinação aqueles que não possuem condições físicas ou financeiras. CIÊNCIAS HUMANAS I AP 2013 CH I V3 RESOLUCAO.indd 01 EA - BLOCO 06 01 D No discurso do Concílio de Clermont o papa Urbano II incentiva a guerra santa da Igreja contra os turcos e, assim, resolveria vários problemas que incomodavam a Igreja na Europa. EA - BLOCO 07 01 D A Baixa Idade Média se caracteriza por diversas transformações no mundo feudal, destacando-se o renascimento comercial e urbano. A presença muçulmana foi restrita à Península Ibérica, com forte comércio pelo Mediterrâneo. Flandres não é banhada pelo Mar Báltico, se localiza às margens do Atlântico. A Liga Hanseática envolveu cidades germânicas. Os nórdicos nunca participaram do comércio oriental. A região de Flandres pode ser considerada como o ponto extremo da “rota da Champagne”, que se origina na região italiana e corta a França, sendo que seus produtos mais importantes são os tecidos, produzidos artesanalmente na própria região, com a lã de carneiros proveniente da Inglaterra. EA - BLOCO 08 01 E Na questão existem dois textos. Claro que os genoveses trouxeram a peste da Crimeia, infectando a população de Messina, na Itália. O medo da morte afetou as relações familiares, revelando muito sobre o cotidiano da época e as mentalidades do período, influenciando artistas, como Boccaccio, no seu Decameron. Mas, cuidado, a lepra não causou o terror, o medo da morte, como a peste negra. EH ă BLOCO 01 01 D A Civilização Bizantina deixou como arte os seus famosos mosaicos e a arquitetura de suas igrejas com cúpulas arredondadas. EH ă BLOCO 02 01 A Além de ter um poder centralizado, despótico e teocrático, Justiniano mandou elaborar as leis fundamentais do direito romano que deu origem ao Corpus Juris Civilis. EH ă BLOCO 03 01 E É a conclusão acertada sobre o enunciado que diz “...estabelecida na Antiguidade...”, ou seja, havia a crença – antiga – de que o porco é um animal impuro. EH ă BLOCO 04 01 D Dois textos de autores diferentes, um de origem europeia e outro de origem árabe, mostram posições diferentes acerca das Cruzadas, guerras de libertação da “Terra Santa”, ocorridas nos séculos XII e XIII. São feitas três afirmativas comparando os dois textos, e o candidato deve escolher quais afirmativas interpretam os textos adequadamente. A afirmativa incorreta é aquela que diz terem sido os conflitos gerados pelas Cruzadas resolvidos com base no respeito cultural e na tolerância religiosa. Ciências Humanas e suas Tecnologias CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 03 01 29/05/2013 17:40:16 EH ă BLOCO 05 01 E A crise agrícola, a estagnação do comércio, fome, pestes e rebeliões caracterizam o período conhecido como a crise do século XIV na Baixa Idade Média. Não há evidências de que João Pedro Stédile tenha se inspirado nesses movimentos. John Ball liderou a revolta camponesa na Inglaterra e Antônio Conselheiro, no Brasil. A alternativa E traduz bem o que havia de comum entre os movimentos e seus líderes. 11 E A mulher não era valorizada pela sua inteligência e também não tinha participação efetiva na Igreja. A castração de meninos não era para aprimorar a estética musical, mas uma questão política. A ideologia usada era tamanha que atrocidades feitas pela Igreja eram aceitas com subserviência. Não, eram provenientes do Terceiro Estado, o mais pobre. A Igreja vai repassar sua incompetência para demônios que representavam formas humanas. 12 C TC ă BLOCO 01 01 A O bispo Adalberão propunha com a sua frase a manutenção da ordem e da hierarquia social sob o ponto de vista religioso. 02 B A Alta Idade Média foi marcada pelo domínio da Igreja Católica Apostólica Romana, que combateu as heresias, monopolizou a cultura e educação através dos estudos clássicos (gregos e romanos). 03 A A questão evidencia que a Inquisição não tinha apenas um caráter religioso, mas político quando apoiada pelos Estados Nacionais. 04 D O conhecimento que se desenvolveu na Idade Média esteve intimamente marcado pela religiosidade e pelo poder de influência da Igreja Católica, que reforçou a cultura teocrática e dogmática, em oposição à forma de pensar dos antigos gregos, marcada pelo racionalismo. Isso, porém, não significa que os conhecimentos sobre doenças tenham sido abandonados. 05 E A alternativa A está errada, porque a ligação entre o servo e o senhor feudal era de cunho econômico, e não religioso. A expressão “patronagem” da alternativa B refere-se ao clientelismo romano, sendo que nas relações servis eram de trabalho e tributação, diferentemente dos clientes plebeus em Roma. O exército do feudo era formado por cavaleiros profissionais e não servos, como afirma a alternativa C. Os senhores eram os donos das terras, único meio de subsistência, razão por que os servos dependiam deles, e não o contrário, estando a letra D errada. Somente a alternativa E responde corretamente ao questionamento levantado já que, apesar de toda a exploração, o servo não era um escravo e detinha alguns direitos. 06 E As estruturas que se desenvolveram e formaram o feudalismo agregaram elementos de origem bárbara – como valor militar e do guerreiro – com elementos de origem romana – como o cristianismo. Dessa forma, a cultura da camada elitizada, a nobreza, prezava a formação de cavaleiro como elemento fundamental. Desde a infância, os homens da elite aprendiam a lutar e cavalgar, ao mesmo tempo em que eram formados pelos valores morais da Igreja Católica, que propunha o uso da força para a defesa da Igreja, das donzelas e dos oprimidos, justificando ideologicamente a cultura bélica da nobreza. 07 D “Da mesma maneira, para o firmamento da Igreja universal, como se se tratasse do Céu, nomeou duas grandes dignidades; a maior para tomar a direção das almas, como se estas fossem dias, a menor para tomar a direção dos corpos, como se estes fossem as noites. Estas dignidades são a autoridade pontifícia e o poder real”. 08 D Além da ordem dos beneditinos, outras ordens buscavam também a reclusão, como os franciscanos que acabaram se aproximando dos pobres e doentes. 09 B A mentalidade medieval foi profundamente marcada pela ideologia do que a Igreja dizia. Determinava os comportamentos morais, sexuais e religiosos de homens, mulheres e crianças, onde tudo era determinado por Deus. 10 C A cultura renascentista de valorização do homem e suas obras valorizava a perfeição do corpo de homens e mulheres jovens e não de mulheres velhas e feias, como de uma bruxa, conforme o texto expõe. 02 Ciências Humanas e suas Tecnologias CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 03 AP 2013 CH I V3 RESOLUCAO.indd 02 Na Baixa Idade Média, a Igreja não conseguia mais satisfazer as necessidades materiais e espirituais da população, especialmente a mais pobre. De fato, os movimentos heréticos surgiam de homens cultos que passaram a questionar a prática da Igreja. A Inquisição foi criada no século XIII. Assim como os Cátaros, de modo geral, os movimentos heréticos se inspiravam no Cristianismo Primitivo, ou seja, no desapego aos bens materiais e na busca da igualdade. 13 A No Brasil, a Inquisição perseguiu a religiosidade popular, especialmente as práticas medicinais e comportamentais das mulheres. 14 A A) (V) A feitiçaria era uma forma que as populações pobres, diante da miséria, tinham para resolver os seus problemas cotidianos. B) (F) Tinha relação estreita com os problemas econômicos enfrentados. C) (F) A feitiçaria não estava ligada apenas a situações individuais, mas também se relacionava com questões sociais. D) (F) Era uma resposta encontrada, principalmente pelas populações pobres, para resolverem suas crises sociais. E) (F) Com certeza, a Igreja via na feitiçaria uma ameaça a seu poder. TC ă BLOCO 02 01 E A sociedade bizantina foi importante pela posição estratégica. Daí, ter tido um grande fluxo de comércio com vários povos, por ser uma sociedade urbana e de ter mantido a cultura grega e romana. 02 D O enunciado e a alternativa correta por si só justificam a produção de ícones como uma das principais características da arte bizantina. Consistiam numa representação sacra pintada sobre um painel de madeira, com ampla utilização de ornamentos em dourado. Podem ser considerados a representação da mensagem cristã descrita por palavras nos Evangelhos. 03 D Questão que exige atenção: o examinador pede os responsáveis por intervenções na igreja de Santa Sofia (monumento) e não na capital bizantina. Portanto, a resposta correta é a D. Vale lembrar que, no século XV, os turcos seljúcidas (da época das Cruzadas) já não governavam, tendo sido substituídos pelos Otomanos. 04 C Construída pelo Imperador Constantino em 360, foi destruída por um incêndio durante as insurreições de 532. Reconstruída com incrível rapidez, até 537, Justiniano dedicou-a à Sagrada Sabedoria. O objetivo dos arquitetos, Anthemius de Tralles e Isidorus de Mileto, era construir um interior não só impressionante, mas também funcional. Os mosaicos foram uma característica marcante nos vitrais das Igrejas Bizantinas e as colunas demonstram a influência da arquitetura grega. 05 E A política despótica e teocrática do Império Bizantino tratou de adequar a estrutura jurídica da tradição romana à ideia de que o Imperador Bizantino era o único legislador e que seus limites só vinham das leis de Deus. 06 C Com o Cisma do Oriente em 1054, a Igreja Católica dividiu-se em Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma – liderada pelo Papa e em Igreja Católica Cristã Ortodoxa, atuante no Império Bizantino, e tendo como chefe religioso o Patriarca de Constantinopla. A Igreja Ortodoxa se difere da Apostólica em alguns preceitos, como pelo fato de não admitir adoração de imagens e não aceitar o dogma da Imaculada Conceição. 07 A A Revolta de Nika aconteceu no hipódromo reivindicando uma reforma política religiosa e o fim dos elevados impostos cobrados aos pobres no Império Bizantino. CIÊNCIAS HUMANAS I 29/05/2013 17:40:21 08 C O Imperador no Império Bizantino tinha como característica o Cesaropapismo, ou seja, o poder político e espiritual, além dos poderes de convocar concílios, nomear e até demitir bispos. 09 B A iconoclastia e o monofisismo não eram considerados como heresia no Império Bizantino, mas na Europa medieval eram perseguidos por questionarem os ensinamentos da tradição cristã romana. Há um consenso entre os pesquisadores de que os fatores elencados no item A justificam o surgimento e a expansão imperialista muçulmana. 09 C O início do calendário muçulmano é referente à Lua nova, o calendário lunar. A questão mostra que, no mês de novembro de 2001, a Lua nova se dá na noite do dia 15; consequentemente, o dia 16 de novembro é o primeiro dia do Ramadã. 10 B 10 D As discussões, a respeito da autoridade do papa e dos ritos praticados pela Igreja Católica não seguidos pelo imperador do Império Bizantino, acabaram levando ao Cisma do Oriente, ou seja, a separação entre a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Ortodoxa com sede em Constantinopla. 11 A O governo de Justiniano foi caracterizado pelo cesaropapismo, ou seja, pelo poder político e espiritual do imperador. Além da elaboração das leis no seu governo houve a expansão do império em direção à Europa. 12 B Os monofisistas acreditavam apenas na natureza divina de Jesus. 13 C Bizâncio era a mais importante colônia grega. Sua posição estratégica fez dessa cidade um ponto urbano e comercial, especialmente marítimo. 14 C O Cisma do Oriente foi a cisão (divisão) da Igreja em Católica Apostólica Romana em Roma e a Igreja Ortodoxa no Império Bizantino. Esta separação perdura ainda hoje. 15 A A capital do Oriente, Bizâncio, foi escolhida no governo de Constantino, tornando-se o famoso Império Romano do Oriente. TC ă BLOCO 08 A 03 01 A As tribos árabes eram politeístas e viviam em conflito. Ao pregar o monoteísmo, Maomé ameaçava o poder das tribos, especialmente os coraixitas. 02 D Inicialmente, os árabes eram politeístas. Maomé, ao criar os princípios do Islamismo, estabeleceu o culto do monoteísmo, tendo como livro sagrado o Alcorão. 03 D Os árabes tinham como prática de sua dominação respeitar a cultura dos outros povos, primeiro sua expansão partiu para o Oriente e depois para o Ocidente chegando até a França quando foram barrados pelos reinos dos francos. 04 C A maior importância de Maomé e sua religião, o Islamismo, foi de ter conseguido, fazer um processo de unificação das várias tribos nômades de árabes. Mas, no entanto, não se deve esquecer que a expansão dos árabes não difere muito do processo de expansão imperialista de outros povos, ou seja, estava subentendido o interesse econômico. Na Arábia, ricos grupos mercantis estavam interessados na “guerra santa” para satisfazerem seus desejos expansionistas. 05 E Em virtude do processo de globalização, o mundo muçulmano está se inserindo na economia de mercado, embora adaptando-a aos princípios da doutrina islâmica. 06 A O Islamismo nasceu de um sincretismo religioso, tendo assimilado características do cristianismo e do judaísmo. 07 A O Islamismo, religião que surgiu da pregação do profeta Maomé, tem dentre as suas crenças: o monoteísmo, a crença no “juízo final” e Alá como Deus único e verdadeiro. CIÊNCIAS HUMANAS I AP 2013 CH I V3 RESOLUCAO.indd 03 O que a História observa é que cada povo acabou adotando seus calendários próprios de acordo com seus momentos históricos importantes, quebrando o caráter de unidade que possuía o calendário cristão. 11 C No período medieval, desenvolveu-se uma civilização com elementos dos germânicos e romanos, mas talvez especialmente da cultura religiosa romana que adotou o Cristianismo como religião oficial. Por outro lado, ao invadirem a Europa no século VIII, os árabes traziam uma miscigenação de culturas que foi assimilada e permanece forte em muitas expressões, especialmente, no Sul da Itália, na Espanha e em Portugal. 12 B A Península Ibérica conheceu forte presença muçulmana durante séculos, marcada por tolerância, foi responsável pela introdução de conhecimentos filosóficos, científicos e técnicos em diversas áreas, destacando-se a arquitetura e a tradução de obras de origem greco-romana, assim como novas técnicas de irrigação, que possibilitaram forte desenvolvimento da agricultura, em paralelo com o comércio. 13 B A questão pode ser respondida a partir da leitura do texto e de conhecimentos gerais sobre a expansão islâmica, e não é necessário o conhecimento específico sobre os povos africanos e seu processo de islamização. Por conta de interesses comerciais, grupos árabes estabeleceram contato e se misturavam a povos africanos, num processo de interação cultural que, mais tarde, contribuiu para a difusão da religião. Esses grupos mercantis eram minoritários e existiram em diversas regiões da África, mesmo sob domínio de outros povos. O texto destaca que alguns grupos africanos – e não árabes – foram, posteriormente, responsáveis pela expansão do islamismo para diversas partes do interior do continente. 14 B Destaca-se a tolerância dos árabes muçulmanos nesse período, responsáveis pela convivência com diversos povos. Na Península Ibérica, intelectuais árabes traduziram diversas obras de autores gregos e romanos e, dessa forma, contribuíram para a difusão da cultura clássica na Europa medieval. 15 E Os três itens apresentados estão de forma clara e correta como já foi comentado em outras questões. TC ă BLOCO 04 01 E Ao monopolizarem o comércio do Oriente com o Ocidente, os genoveses e venesianos reabriram o comércio marítimo pelo Mediterrâneo que havia sido fechado pelos árabes. 02 A O empobrecimento e a miséria da população, especialmente pela concentração de terras no poder da Igreja levou o Papa a utilizar a ideologia da ‘vida eterna’ para quem fosse combater no Oriente, assim livrava-se do excesso populacional da Europa. 03 E Em verdade, as Cruzadas foram um fiasco, pois milhares de pessoas inocentes morreram. Além disso, ficou claro o caráter político e econômico do movimento; logo a Igreja foi criticada por sua riqueza e poder por homens cultos, os quais passaram a ser chamados pela Igreja de hereges, sendo perseguidos por esta. 04 C Uma das consequências das Cruzadas foi o monopólio comercial no mar Mediterrâneo realizado pelas cidades de Gênova e Veneza. Ciências Humanas e suas Tecnologias CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 03 03 29/05/2013 17:40:21 05 C AS Cruzadas foram motivadas por diversos fatores: o conflito entre os nobres, a questão da progenitura, a busca de libertar Jerusalém do poder dos turcos além do que está exposto no item C. 06 B Em 1095, o discurso ou pronunciamento do Papa Urbano 11 em Clermont servirá de incentivo a uma guerra santa feita pelos cristãos contra os muçulmanos que controlavam os lugares santos da Igreja. 07 E Como já foi comentado, as Cruzadas irão provocar a reabertura do comércio do Mediterrâneo para a Europa e também provocar uma verdadeira transformação, não só nas relações econômicas, mas também culturais. 08 B O texto dá a entender que houve um resultado inverso, ou seja, um processo de expansão muçulmana. No século XV, a grande potência muçulmana em expansão era o Império Turco Otomano que, dentre outras conquistas, dominou e pôs fim ao Império Bizantino (Império Romano do Oriente) com a conquista de Constantinopla em 1453. 09 D A sagração de um cavaleiro possuía um significado político, mas também religioso. A cavalaria pode ser considerada a instituição militarizada da Igreja nas Cruzadas. 10 C As relações de suserania e vassalagem e as relações de dependência pessoal aconteciam no momento da sagração da investidura e da homenagem entre os nobres. 11 B A expulsão dos árabes permitiu o fluxo normal do comércio do Ocidente com o Oriente no Mediterrâneo, realizado pelas cidades de Gênova e Veneza. 04 A As feiras medievais eram áreas de comércio que se desenvolveram principalmente no cruzamento das principais rotas, mas também nas proximidades de grandes castelos e centros religiosos, locais de grande aglomeração humana. Eram temporárias e as principais feiras se realizaram na região que ligava o norte da Itália à região de Flandres. A nova classe de mercadores não ocupou o lugar da nobreza, que se manteve como elite; as moedas, apesar de restritas, circulavam nas mãos da alta nobreza e do alto clero; o crescimento da cidade não era entendido como ameaça a atividade rural, assim como as disputas que ocorreram, como o “movimento comunal”, tinha fundo político e não necessariamente econômico. 05 A A partir da Baixa Idade Média, o crescimento das cidades esteve articulado à reativação do comércio. O aumento populacional e a consequente crise do sistema feudal, somados às Cruzadas, tornaram as cidades importantes centros mercantis e bancários, nos quais eram efetuadas as trocas de mercadorias que circulavam pelas rotas comerciais e também o excedente da produção agrícola. Essa reativação da atividade mercantil levou também a uma reativação das práticas monetárias, dando aos bancos um papel importante nesse novo perfil econômico que a Europa passava a viver. 06 A A baixa Idade Média é caracterizada por um conjunto de mudanças nas estruturas tradicionais do feudalismo. Época de renascimento comercial e urbano, onde novas atividades se desenvolvem, principalmente, com a reabertura do Mar Mediterrâneo, permitindo o surgimento de uma camada de mercadores que, por viverem nos burgos, foram denominados como “burgueses”. 07 A O ativo comércio das cidades chamava atenção dos ladrões e saqueadores, daí porque as cidades eram fortificadas (amuralhadas). 12 E 08 E 13 D 09 A Ao monopolizarem o comércio do Oriente com o Ocidente, os genoveses e venesianos reabriram o comércio marítimo pelo Mediterrâneo que havia sido fechado pelos árabes. Repare que, no decorrer do sermão, o Papa Urbano II deixa bem explícita a sua preocupação com a grande densidade populacional da Europa, gerando conflitos entre os nobres que estavam sem domínios, passando a tomar terras da Igreja. Assim, o Papa incentivou uma Guerra Santa para se livrar de tais problemas. 14 A Já na Alta Idade Média, os árabes haviam fechado o comércio do Ocidente com o Oriente. Talvez a consequência mais importante das Cruzadas foi a possibilidade da reabertura do comércio da Europa com o Oriente (Ásia). As Cruzadas eram constituídas de pessoas pobres e de nobres desfeudalizados, ou seja, sem domínios. 05 01 D As corporações de ofício foram associações de artesãos de um mesmo ofício que atuavam nas cidades medievais europeias. Sua principal finalidade era a de defender os interesses dos seus membros estabelecendo cotas de produção, preços e qualidade dos bens, além da reserva de mercado. Arrecadavam fundos, visando à previdência dos membros e pensões aos familiares dos membros. 02 C As corporações de ofício eram associações, uma espécie de “cartel”, que estabeleciam a qualidade da matéria-prima, o valor e o monopólio do produto. 03 D Com a transferência do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico, Portugal passou a ter o domínio das rotas marítimas para as Índias. 04 Diante da escassez das minas e da falta de moedas, as viagens ultramarinas e seus descobrimentos provocaram uma revolução na economia na revolução comercial europeia. 10 B O século XIII, na Baixa Idade Média, foi bastante relevante na produção do conhecimento. Tomás de Aquino funda sua filosofia Escolástica unindo a fé em Deus e a razão aristotélica. A burguesia financia as Universidades na busca de conhecimento científico que iria desmitificar o misticismo da Igreja e, assim, também impor as suas ideologias. 11 A 15 D TC ă BLOCO O surgimento das cidades, das corporações de ofício e das manufaturas, que chamamos de renascimento comercial, consolidou um novo grupo social, a burguesia. Ciências Humanas e suas Tecnologias CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 03 AP 2013 CH I V3 RESOLUCAO.indd 04 As corporações eram uma espécie de cartéis medievais que tinham todo o controle do processo produtivo, do comércio local e, como cartéis, controlavam o preço dos produtos. 12 C As transformações econômicas e sociais provocadas pelo comércio trouxeram também transformações culturais, principalmente nas cidades “italianas” enriquecidas. Muitos burgueses passaram a incentivar, investindo nas artes. 13 D Desde o início do seu surgimento, as cidades precisaram da produção agrícola para prosperarem. Alguns historiadores defendem que não só foi o comércio responsável pelo surgimento dos centros urbanos. Ressaltam ainda a origem feudal da maioria das cidades medievais, quando houve um grande fluxo de famílias nobres do campo para a cidade e que passaram a atuar como comerciantes. 14 A Como as feiras (cidades) estavam dentro dos limites territoriais dos senhores, as cidades não tinham autonomia e os mercadores tinham que se submeter ao pagamento de pedágios e impostos cobrados CIÊNCIAS HUMANAS I 29/05/2013 17:40:22 pelos senhores. Desse modo, as cidades se rebelaram contra seus amos (senhores) através das “cartas de franquia” ou pela violência para terem a autonomia completa das cidades e, obviamente, aumentarem seus lucros, ficando livres dos impostos cobrados. TC ă BLOCO 06 01 B Diante do medo da morte, os judeus considerados pelos europeus como responsáveis pela morte de Jesus eram responsabilizados pela epidemia da peste negra. 02 E Interpretação de texto que destaca a intensa religiosidade do período e a visão teocêntrica de mundo, que determina que a compreensão da vida humana se dê apenas como expressão da vontade de Deus. No entanto, as demais alternativas podem induzir o vestibulando ao erro, pois a lepra era contagiosa e se manifestava tanto entre camponeses como entre nobres. 03 A A concepção de um período histórico denominado de “Idade das Trevas” ainda é presente na atualidade, porém ela é rejeitada pela ampla maioria dos historiadores. Estudos ressaltam os avanços alcançados no período, como o desenvolvimento da cartografia e o progresso no domínio marítimo, e não apenas os problemas enfrentados pela sociedade europeia. 04 E A crise do século XIV na Europa Ocidental, motivada pela tríade Peste Negra, Grande Fome e Guerra dos Cem Anos, promoveu altos índices de mortalidade que reduziram consideravelmente a população européia, contribuindo de um lado para acelerar a crise do feudalismo que já vinha se manifestando desde os séculos anteriores e de outro uma crise do capitalismo que se encontrava em processo embrionário. Essa crise é posterior ao Tratado de Verdun que foi assinado em 843 e que promoveu a divisão do Reino Franco entre os netos de Carlos Magno, favoreceu o processo de centralização das monarquias nacionais na França e na Inglaterra, que por sua vez enfraqueceu o poder da nobreza feudal e do papado. Na época da crise, o pensamento predominante era influenciado pela filosofia escolástica, cujos principais representantes são Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274). 05 A Jacqueries foi um movimento feito pelos pobres camponeses franceses, matando nobres, contra a excessiva exploração que sofriam destes. 06 D Observe a data exposta no texto, 1347: é o século XIV, ou seja, é o período de transição do feudalismo para o capitalismo. A peste negra está inserida no contexto da expansão do comércio e do Renascimento Comercial e Urbano. Os genoveses é que levaram a doença para a cidade de Messina, e por isso foram expulsos da cidade. O medo da peste afetou as relações entre as famílias, a ponto de, quando infectados, filhos isolarem pais e vice-versa. 07 C Joana era camponesa analfabeta francesa. Foi morta, não por ser bruxa, mas por uma questão política. Depois de séculos, a Igreja a tornou santa. Para o povo francês, Joana foi o símbolo da resistência e do nacionalismo na Guerra dos Cem Anos. 08 B Joana D’Arc teve um papel decisivo para a integração e a união do povo francês contra o inimigo, favorecendo assim o sentimento do nacionalismo francês. 09 A O florescimento comercial com o renascimento comercial levou à crise do feudalismo. O mercado de trabalho cresceu nas zonas urbanas, assim como a maior necessidade de produtos agrícolas. 10 E A peste, a miséria e a fome levaram a uma diminuição da população. Os senhores feudais, para manter o padrão de vida, contraditoriamente elevaram os preços dos produtos. CIÊNCIAS HUMANAS I AP 2013 CH I V3 RESOLUCAO.indd 05 11 A A escassez de mão de obra e alimentos causada pela peste negra, além da diminuição da população, forma fatores determinantes para o declínio do feudalismo no século XIV. 12 D A Europa, no século XIV, vivenciou uma série de crises, as quais abalaram o feudalismo – a estagnação das minas levou à falta de moeda e, por conseguinte, do comércio e a crise agrícola pelas condições climáticas abalaram a autossuficiência da economia feudal. 13 C Os princípios que regiam a conduta do cavaleiro e as Cruzadas entre os séculos XII e XIII tinham como um dos seus objetivos manter a ordem do sistema feudal e não está ligada à decadência do feudalismo no século XIV. 14 A Diante da crise do comércio e agrícola que assolava a Europa, os senhores feudais, não querendo perder seus privilégios, elevaram a carga tributária sobre os servos, contribuindo mais ainda para a decadência do sistema feudal. 15 E Os efeitos da grande depressão na sociedade feudal entre os séculos XIV e XV não tem nenhuma relação com a ascensão da burguesia. De fato, desde os séculos XII e XIII, como efeito do comércio trazido pelos cruzados, especialmente os comerciantes de Gênova e Veneza enriqueceram. As feiras deram origem às cidades e, com elas, ao surgimeto da classe de mercadores, depois conhecidos como burgueses. No entanto, a crise do feudalismo está ligada à estagnação do comércio e à crise agrícola e não à burguesia. 16 E Uma das características do feudalismo foi a descentralização do poder, com o fortalecimento do poder local, ou seja, dos senhores feudais, em detrimento do poder real. A economia essencialmente agrária estava baseada no trabalho servil, realizado pelo camponês livre – não escravo –porém “preso à terra” através de um conjunto de obrigações costumeiras, como a corveia, a talha e as banalidades; as banalidades eram uma obrigação paga pelo servo ao senhor feudal, em produtos, como taxas pela utilização de recursos como moinho e fornalha. No interior da elite, a nobreza, as relações pessoais se fortaleceram e se estabeleceram os laços de suserania e vassalagem, sempre entre nobres. 17 C Com a crise do Império Romano, houve uma ruralização da sociedade, bem como das atividades comerciais. As invasões bárbaras permitiram que as cidades se esvaziassem e perdessem importância. Portanto, falta de escravos, invasões bárbaras e desenvolvimento do colonato marcam a transição do Mundo Antigo para o Medieval. Já as relações de suserania e vassalagem caracterizam a Idade Média. Quanto à alternativa C, as cidades definharam juntamente com o Império Romano, logo NÃO se enquadra no contexto. 18 B A Baixa Idade Média é o período marcado por importantes transformações na estrutura feudal, determinada pelo grande crescimento populacional. Se uma parcela da população se dirige para as cidades, a maior parte ainda se concentra nos feudos e, portanto, na atividade agrícola. O desenvolvimento de novas técnicas aumentou as áreas de cultivo. A questão pode ser considerada difícil, pois a maioria dos manuais trata o período como sendo de “crise feudal”, destacando as atividades urbanas, como o comércio e a produção artesanal, que se desenvolveram na época. No entanto vale lembrar que feiras, comércio e burgos são as novidades, mas não são os elementos predominantes no cotidiano europeu, que mantêm nessa época mais de 90% da população no campo. 19 C Os bellatores correspondiam aos nobres dentro da estrutura social da Idade Média e, além da posse das terras, também possuíam o monopólio da força militar. Eles não se dedicavam à produção agrícola, pois essa função era realizada pelos laboratores (servos). 20 D A cavalaria era uma instituição cultural relativa apenas aos elementos da nobreza, assim como a relação de suserania e de vassalagem. As Cruzadas podem ser vistas como o maior exemplo de belicosidade, envolvendo centenas de nobres de diversas regiões da Europa. A preparação e disposição para o combate estava presente na formação do cavaleiro desde a infância do nobre. Combater invasores, defender as donzelas e a Igreja eram ideais dessa formação. Ciências Humanas e suas Tecnologias CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 03 05 29/05/2013 17:40:22