Pré-História (Do surgimento do homem – 3,5 milhões de anos atrás -, à invenção da escrita – 400 mil anos atrás) Divide-se em: Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada (3,5 milhões de anos a 10.000 a.C.) Caça, pesca e coleta de alimentos. Nomadismo. Regime de comunidade primitiva. Instrumentos rudimentares feitos de ossos, madeiras ou lascas de pedra. Propriedade coletiva das terras, águas e bosques. Divide-se em Paleolítico Superior e Inferior Mesolítico (entre 10.000 e 8.000 a.C.): Início da formação das aldeias e da sedentarização, além do início da agricultura. Surge a divisão do trabalho, baseada principalmente no sexo. Neolítico ou Idade da Pedra Polida (8.000 a 4.000 a.C.). Cultivo de diversas plantas (agricultura). Domesticação de animais (pecuária). Aldeias. Roda. Monumentos megalíticos. Sedentarização. Tecelagem. Metalurgia. Idade dos Metais: Cobre, bronze e ferro. Produção de excedentes. Desigualdade social. Propriedade privada. Os Ancestrais do Homem: Austrolopithecus Homo habilis Homo erectus Homo sapiens Homo sapiens sapiens Civilizações da Antigüidade Oriental Civilização Egípcia: O Egito é uma dádiva do Nilo. Assim expressa-se a necessidade do Rio Nilo para a formação de uma das mais fenomenais civilizações da história da humanidade. O Império era dividido em duas grandes regiões: o Alto Egito e o Baixo Egito. Período Arcaico ou Pré-Dinástico (4000 – 3200 a.C.): início da história política do Egito pequenas províncias, nomos. construção das obras hidráulicas controle da população formação de dois reinos: o Reino do Alto Egito (sul) e o Reino do Baixo Egito (norte) Antigo Império (3200-2180 a.C.): Estes dois reinos foram unidos em 3200 a.C. por Menés, governante do Alto Egito. centralização política criação do Estado Capitais: Tinis, depois Mênfis. Monarquia Absoluta Teocrática Quéops, Quéfren e Miquerinos poderosa nobreza fundiária período de anarquia que pôs fim ao Antigo Império. Médio Império (2040 – 1786 a.C.): Período da expansão do Império. Os faraós, apoiados pelos sacerdotes, retomaram o poder central, vencendo os nomos. Restabelecimento do poder do faraó e da unidade do império. crescimento e riqueza do Império desejo de outros povos de dominar o Egito. Hicsos, dominaram o Egito + de um século e meio. Domínio Hicso (1786 – 1567 a.C.): ocupação dos hebreus Chegaram a participar da administração hicsa. Novo Império (1567 – 1085 a.C.): Amósis conseguiu expulsar os hicsos. Os hebreus foram dominados e escravizados pelos egípcios. Conseguem, porém, sair do Egito, sob o comando de Moisés, no chamado Êxodo. No Novo Império o Egito adotou uma política imperialista, tornando-se uma potência militar e contando com grandes faraós como Tutmés III e Ramsés II. Mas importante, no entanto, é o governo de Amenófis IV (1375 – 1358 a.C.), que lutando contra o grande poder dos sacerdotes, destruiu o culto tradicional e instituiu o mono- 42 teísmo do deus Aton. Ainda que esta religião desaparecesse com a morte de seu criador, é de grande importância, devido à influência que exerceu sobre os hebreus. Período de Decadência (1085 – 663 a.C.): Neste tempo o Egito foi dominado por líbios, núbios e assírios. Renascimento Saíta (663 – 525 a.C.): Os dominadores estrangeiros foram expulsos, conhecendo então o Egito um período de progresso, especialmente no comércio. Os persas, porém, venceram os egípcios e dominaram a capital, Sais. Tal vitória deveu-se à exploração sofrida pela população egípcia, que pagava altíssimos impostos para custear os gastos com o Exército e com o Estado, além de financiar os sacerdotes e faraós. Período de domínio estrangeiro (525 a.C. – 1922 d.C.): Desde a derrota de Pelusa frente aos persas, até 1922, o Egito sempre esteve sob o domínio estrangeiro: persa, grego-macedônico, romano, bizantino, árabe, turco, franco-inglês, inglês. Características do Egito: Monarquia Absoluta Teocrática. Estreita relação entre poder político e religião. Comércio à base de trocas, pois não havia dinheiro. Crença na vida pós-morte. Escrita hieroglífica. Imobilismo social. Economia sob controle do Estado. Avanços na astronomia, na matemática, na medicina, na geometria e na astrologia. Civilização Mesopotâmica: O Crescente Fértil (hoje Iraque), em torno dos rios Tigre e Eufrates, foi a salvação e o centro. Nessa região desenvolveram-se obras hidráulicas para evitar as enchentes e para tornar as terras férteis. Sumérios: Organizados em Cidades-estados. Cada cidade era governada por um Patesi, sumo-sacerdote e chefe militar. Inventores da escrita cuneiforme, da roda e da metalurgia. Foram dominados pelos acádios. Acádios: Organizados em Cidades-estados independentes, com destaque para Acad. Sargão I Dominados pelos amoritas Amoritas (Babilônia Antiga): Construtores da cidade da Babilônia. Hamurabi Dominados pelos assírios. Assírios Violência e crueldade. Militarismo organizado e cruel. Capitais: Assur, depois Nínive. Dominados pelos caldeus. Caldeus: 2º Império Babilônico. Principal líder: Nabucodonosor. Conquistas militares, destruição de Jerusalém e escravização dos judeus (“Cativeiro da Babilônia”). Reconstrói a Babilônia. Conquistados pelos persas. Características dos Povos Mesopotâmicos: Monarquias Absolutas Teocráticas. Politeísmo (deuses com formas humanas – antropomorfismo). Não acreditavam em vida pós-morte, não dando importância aos túmulos. Escrita cuneiforme. Divisão dos dias, meses e anos. Estudo do movimento dos planetas, estrelas e previsão de eclipses. Na matemática foram notáveis: divisão, multiplicação, raiz quadrada, raiz cúbica, divisão do circulo em 360 graus. Civilização Hebraica: Povo semita, iniciou seu deslocamento por volta do II milênio antes de Cristo. Estabeleceu em torno do Rio Jordão, na atual Palestina. Período dos Patriarcas: Período de busca de uma base territorial. Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, José, Moisés e Josué. Secas levam os hebreus a migrarem para o Egito por volta de 1800 a.C. No Egito, chegaram a participar da administração hicsa. Após a expulsão dos hicsos, os hebreus são escravizados no Egito. Conduzidos por Moisés, os hebreus deixam o Egito (Êxodo) por volta de 1250 a.C. Período dos Juízes: Lutas de conquista de uma base territorial contra os cananeus e os filisteus. Em 1030 a.C., os hebreus adotam a monarquia. Saul é o primeiro rei. Período dos Reis: Criação do Estado Hebreu, a partir de Davi, estabelecendo Jerusalém como capital (Golias: Filisteus). Salomão, filho e sucessor de Davi, marca o apogeu da monarquia hebraica, beneficiada pela debilidade da Mesopotâmia e do Egito. Cisma: Divisão da monarquia hebraica após a morte de Salomão. Divisão do Império nos reinos de Israel e Judá. Cativeiro da Babilônia: Escravidão dos hebreus na cidade da Babilônia. Foram libertados e retornaram a Palestina. Reconstruíram o Estado hebraico na região de Judá. Diáspora: A Palestina é conquistado pelos macedônios e, mais tarde, pelos romanos. Revoltas judaicas e migrações. Em 70 d.C., durante o governo do Imperador Tito, a cidade de Jerusalém foi destruída e os hebreus completaram sua dispersão, Diáspora. Características do Povo Hebreu: - Único povo da antigüidade com religião monoteísta (Judaísmo). - Livros sagrados: Antigo Testamento e a Torá. - Concepção de “povo eleito”. Civilização Fenícia: - Povo semita que, por volta de 3000 a.C., estabeleceu-se no atual território do Líbano. - Os fenícios voltaram-se para o mar, sendo um povo marcado pelo comércio e pela pesca. - Civilização formada por uma série de cidades-estados independentes, como Ugarit, Biblos, Sídon e Tiro. - Fundaram inúmeras colônias nas costas do Mar Mediterrâneo e nas costas africanas. - Criaram um alfabeto, base para o alfabeto grego. - Politeístas, cultos e sacrifícios humanos. - Serão conquistados sucessivamente, a partir do século VIII a.C. por babilônios, persas e mesopotâmicos. Civilização Persa: - Localizou-se a leste da Mesopotâmia, onde atualmente fica o Irã. - Dedicaram-se ao comércio. Implantam economia monetária e adotam um sistema de pesos e medidas. - A civilização originou-se de dois reinos: os medas, ao norte, e os persas, ao sul. - Em 550 a.C., Ciro unificou as duas tribos, formando o Império. Os persas dominam os medos, anexam a Líbia, submetem as cidades gregas, conquistam a Babilônia e chegam aos territórios indianos. Ciro funda a cidade de Pasárgada. Estrategista, trata bem os vencidos, respeitando seus costumes e religião, o que garante estabilidade ao Império. Liberta os judeus ao conquistar a Babilônia. Sob o reinado de Dario I, conquistam o Egito, a região do Indo, e a Macedônia (512 a.C.), mas fracassam na tentativa de submeter os gregos. Implanta a economia monetária, tendo o dárico como unidade e divide o Império em satrapias para facilitar a administração. Liga todo o reino através de estradas. - O povo persa era politeísta. No século VI a.C. será inventado o Zoroastro, que concebia a existência do bem e do mal. Civilização Grega: Situada na Península Balcânica, nunca atingiu o status de reino unificado, graças às divisões internas em Cidades-estado que guerreavam constantemente entre si (Pólis). Por ter um território marcadamente montanhoso, a agricultura tornou-se inviável voltando-se os gregos para o comércio. Período Pré-Homérico (2500-1100 a.C.): desenvolveu-se a civilização creto-micênica, sucessivas invasões de tribos nômades abalaram o seu vigor cultural. Aqueus, jônios, eólios e dórios saquearam e destruíram a região e formaram, pela mistura racial e cultural, o povo grego. Período Homérico (1100-800 a.C.): A população retornou para um tipo de vida mais primitivo, voltando a se organizar em pequenas comunidades, cuja célula básica era a grande família ou gens. Não havia propriedade privada e todos os membros tinham direitos iguais. A posição social dependia do grau de parentesco com o pater-família. Período Arcaico (800-500 a.C.): Fase da formação das cidadesestados (pólis). Iniciou o aparecimento do individualismo e da propriedade privada. Formou-se a aristocracia. O líder da sociedade passou a ser o eupátrida (filho do pai). Formaram-se aproximadamente duas centenas de cidades, com um desenvolvimento histórico diferente. As duas principais foram Atenas e Esparta. Juntamente ao expansionismo grego, com a formação de novas colônias, havia também o aumento do escravismo até o ponto de ser o escravo a base da estruturação grega. Período Clássico (500-338 a.C.): Fase correspondente ao apogeu da civilização grega, com a disputa entre Atenas e Esparta, e de ambas contra a Pérsia. Esparta: Localizada numa região chamada Lacônia, voltou-se para a guerra. Organização militarista e aristocrática. Predominava uma economia agrícola, sem incentivos para o comércio. Era uma cidade totalmente dependente do escravismo e que aboliu a propriedade familiar para, em seu lugar, construir uma sociedade de classes, com todo o poder para os espartanos. O Estado estava acima do cidadão, e era obrigação dos casais gerar filhos saudáveis para o Estado. os espartanos fossem os únicos que tinham cidadania, o poder efetivo ficava nas mãos dos idosos (gerontocracia). A legislação foi atribuída a Licurgo. Atenas: Localizada na Península Ática, foi notável pela democracia. Embora, a partir de Clístenes, tenha implantado a democracia, os direitos políticos ficavam restritos aos atenienses, proprietários das melhores terras. Estavam excluídos os estrangeiros e as mulheres. A política ateniense evoluiu em cinco estágios: a realiza, a oligarquia, a plutocracia, a tirania, e a democracia. As Guerras Médicas (490-448 a.C.): - Gregos X persas (medos). - Motivo: o avanço do imperialismo persa. A Guerra do Peloponeso (Esparta X Atenas): - Atenas (Confederação de Delos) X Esparta (Liga do Peloponeso) - Motivos: o imperialismo ateniense e as diferenças políticas e culturais entre Atenas e Esparta. - Vitória de Esparta na Batalha de Égos Potamos. - Esparta foi derrotada por Tebas na Batalha de Leutras: início do imperialismo tebano. Declínio da Grécia: - Motivos: as constantes guerras entre as pólis e a falta de unidade grega. - Em 338 a.C., o território grego é conquistado pelos macedônios de Filipe II. - Com a morte de Filipe II, assume o poder seu filho, Alexandre Magno. Período Helenístico: - Alexandre Magno: Expansionismo militar e territorial, incremento do comércio internacional, fundação de Alexandria e formação da cultura helenística, fruto da fusão da cultura grega com a cultura oriental. Influências Culturais Gregas: - Democracia: práticas republicanas e participativas de poder. - Concepções de beleza, equilíbrio e harmonia. - Racionalismo, humanismo e antropocentrismo. - Filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles. - Matemática (Tales de Mileto), medicina (Hipócrates), química, Biologia e História (Heródoto e Tucídides). - Produção teatral, com o teatro ao ar livre. Destaques: Sófocles e Eurípedes. - Estilos arquitetônicos: dórico, jônico e coríntio. Civilização Romana: A civilização romana desenvolveu-se numa região de solo fértil e litoral pouco recortado, localizada na Península Itálica. Assim como na Grécia, na Península Itálica, os primeiros tipos de organização política foram as cidades-estado. Os povos mais significativos na formação de Roma são os latinos, os sabinos e os etruscos. A Monarquia Romana: - Economia: agrária de subsistência. - Classes sociais: Patrícios, plebeus, clientes e escravos. O Golpe dos Patrícios (509 a.C.): Os patrícios, através do Senado, derrubaram o último rei de Roma, o etrusco Tarqüínio, o Soberbo. A República (509 a.C. – 27 d.C.): - A República, na verdade, foi uma aristocracia exercida pelos patrícios. - As instituições republicanas foram os Cônsules, o Senado, os pretores, os censores, os questores, os edis, os ditadores e as Assembléias Populares (Assembléia Centurial – votos, Assembléia Cural – assuntos religiosos, e Assembléia Tribal – escolhia questores e edis). Com o expansionismo romano através de guerras, os patrícios passaram a acumular terras, riquezas e escravos. Os plebeus realizaram diversas manifestações, conseguindo direitos fundamentais como: - Tribuno da Plebe. - Lei das Doze Tábuas. - Lei Canuléia. 43 - Eleição dos magistrados plebeus. - Lei Licínia-Sêxtia. O Expansionismo Romano: Com as conquistas, houve um grande afluxo de riquezas para Roma. A agricultura entrou em crise pela concorrência com os produtos das regiões dominadas. Os pequenos proprietários se arruinaram e venderam suas terras a preços muito baixos para os patrícios, que formaram latifúndios. Os plebeus, expulsos da terra, não conseguiam empregos nos centros urbanos pela concorrência com os escravos. As Ditaduras dos Generais Políticos: A luta civil desencadeou-se em Roma numa guerra entre dois generais, Mário e Sila, pelo poder. Ambos eram Cônsules. Mário implantou uma ditadura com o apoio do Exército e realizou reformas em favor das camadas populares, além de instituir o soldo para os soldados, profissionalizando o exército. O general Sila, conservador, estabeleceu, logo em seguida, outra ditadura militar, restabelecendo os privilégios da aristocracia, combatendo violentamente as reivindicações populares e agravando a situação social. Os Triunviratos: Os triunviratos foram acordos entre políticos e generais para controlar o poder. O primeiro triunvirato foi formado pelos cônsules Pompeu, Júlio César e Crasso. Após a morte de Crasso, rivalizam Júlio César e Pompeu. Júlio César sagrou-se vencedor, iniciando sua ditadura pessoa, com a realização de reformas populares que sofreram a oposição do Senado. Acabou por ser assassinado por uma conspiração promovida pelo Senado. O segundo Triunvirato foi formado pelos cônsules Marco Antônio, Otávio e Lépido. Otávio afastou Lépido e declarou guerra a Marco Antônio, vencendo-o no Egito. Otávio conquistou os soldados com presentes e o povo com distribuição de trigo. Recebeu do Senado vários títulos: princeps (primeiro cidadão), imperator (o supremo) e augustus (o divino). O triunfo de Otávio assinalou o fim da República e o nascimento do Império Romano. O Alto Império Romano: Perseguição aos cristãos (martírio). O Baixo Império Romano: Marca o inicio da crise do Império Romano. Tentativas de Reformas: Diocleciano: - Edito do Máximo: tabelava os preços máximos para produtos e salários. - Tetrarquia: dividiu o governo do império entre quatro pessoas para facilitar a administração. Constantino: - fundação de Constantinopla: proteção do Oriente. - Edito de Milão: legalizou o cristianismo. - Lei do Colonato: obrigatoriedade de fixação do colono à terra (vila) que trabalhava. Teodósio: - Edito de Tessalônica: oficializou o cristianismo. - Divisão do Império Romano: Império Romano do Ocidente (capital Roma) e Império Romano de Oriente (capital Constantinopla). Decadência do Império Romano: - Esgotamento do modo de produção escravista gera a crise econômica, com a falta de braços na agricultura e na mineração. - A extensão do Império gera a necessidade do aumento abusivo dos impostos, o que gera revoltas e insubordinações. Os mercados se retraem e declina a produção. - a volta para uma economia rural de subsistência: inicia uma fuga para os campos, buscando fugir dos impostos e da crise. Os grandes proprietários rurais, em suas vilas, buscam a auto-suficiência, estabelecendo as origens do feudalismo. - a ascensão do cristianismo e o aumento da influência da Igreja retira a necessária violência da sociedade romana, sendo a mensagem de pacifismo pregada pela Igreja um veneno ante a sede de invasão dos bárbaros. - as invasões bárbaras. Queda de Roma: Em 476, os hérulos, invadiram a cidade de Roma e derrubaram o último imperador romano, Rômulo Augusto. O Império Romano do Oriente duraria até meados do século XV. O Império Oriental, chamado Bizantino, extinguiu-se em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos. Influências Culturais Romanas: - A cultura romana não possuiu a grandiosidade grega, voltando-se para as necessidades práticas. A necessidade de glorificação do Estado esteve presente de forma onipresente nas artes. - O Direito Romano visava regulamentar a vida do cidadão romano estabelecendo seus direitos e deveres diante do Estado. Foi o mais significativo legado romano. - Na religião, primitivamente foram politeístas, com cultos públicos e 44 domésticos que sofriam a influência grega. A partir do Edito de Milão, estabeleceu-se o catolicismo como religião oficial romana, vindo daí a estruturação da Igreja Católica e a construção do culto a Jesus Cristo. A Idade Média O feudalismo foi o sistema originado do desmantelamento do Império Romano, sob a influência dos povos bárbaros, principalmente os germanos. O feudalismo caracterizar-se-á pelas relações servis de produção. Alta Idade Média - Estagnação do comércio; - Ruralização (êxodo urbano por causa das invasões bárbaras); - Fragmentação política; - Sistema de colonato (arrendamento da terra); - Produtividade pequena, com técnicas e instrumentos rudimentares; - Imobilismo social (indivíduo preso ao seu “status”); - Desmonetarização; - Expansão do catolicismo; - Cultura com um caráter essencialmente teocêntrico (Deus como centro do universo) e religioso, e a Igreja policiava a cultura, impondo a sua visão de mundo; - Censura religiosa; - Poder nas mãos dos senhores feudais, que dentro de seus feudos eram soberanos e concentravam todas as funções do Estado. Integrantes do Sistema Feudal: 1) Clero: Composto por membros da Igreja, possuidora de imensas propriedades rurais. Dividia-se em alto clero (bispos e abades) e baixo clero (padres). 2) Nobreza: Donos das terras. Seu principal representante é o senhor feudal, e o de menor nobreza, o guerreiro. 3) Suserano: Nobre que, ao doar um feudo a outro (seu Vassalo), recebe deste um juramento de fidelidade e o compromisso de prestar ajuda militar. 4) Vassalo: Quem recebia um feudo de outro nobre, tornando-se dependente de prestar ajuda àquele. 5) Camponeses: Imensa maioria da sociedade feudal; estavam divididos em servos e vilões. 5.1) Servos: Trabalhadores da terra, cultivavam a terra do senhor feudal em troca de uma pequena parcela da produção, prestando ainda outros serviços como o trabalho obrigatório nas terras do senhor feudal por um determinado número de dias, o pagamento de impostos sobre as mínimas coisas, a obrigação de defender o senhor feudal em caso de guerra, entre outras coisas. Eram presos à terra, e vendidos com ela. Possuíam apenas os instrumentos de trabalho. 5.2) Vilões: Trabalhadores livres da terra. Pouco significativos numericamente. As Cruzadas Justificativa para as Cruzadas: Libertar lugares sagrados, que estavam sobre o domínio muçulmano. Reais Objetivos: - Desejo de obtenção de maiores extensões de terra; - Busca de riquezas no Oriente; - Tentativa de contenção do avanço turco no velho mundo; - Cristianização; - Válvulas de escape contra as pressões sociais. Conseqüências das Cruzadas: - Desenvolvimento do comércio no interior da Europa e da Europa com o Oriente; - Surgimento da burguesia; - Crescimento econômico das cidades italianas; - Enfraquecimento da nobreza e restabelecimento gradual do papel do rei; - Emancipação dos servos; - Descoberta da seda, das especiarias, da pólvora, do alfabeto e da álgebra, além do imposto de renda para pagamento das guerras santas; - Reabertura do Mediterrâneo aos europeus; - Cidades libertam-se do mando dos senhores feudais. - Surgimento de novas práticas comerciais: letra de câmbio, cheque e contabilidade; Baixa Idade Média - Início da crise do feudalismo. - Progressiva estruturação de um novo modo de produção, o capitalismo. - Surgimento de uma economia comercial: dinamismo comercial. - Declínio do modo de produção servil. - Desenvolvimento do trabalho livre (relações assalariadas). CRISE DO SÉCULO XIV: Contribui para a decadência do feudalismo, devido: À grande fome (1315-1317); À peste negra (1347-1350); À Guerra dos 100 Anos (França X Inglaterra); Durou de 1337 a 1453. Dois foram os motivos para o conflito: o fato de o rei da Inglaterra possuir terras na França e desejar tomar o reino francês e a disputa pelo domínio de Flandres. Revoltas Camponeses e Urbanas. Renascimento Comercial e Expansão Marítima Européia Revolução Comercial e Colonialismo: A Revolução Comercial, acontecida durante o século XV e XVI, foi a ressurreição européia, época onde os resquícios feudais conviveram com a nova visão de mundo trazida pelo renascimento e pela reforma protestante. O humanismo e o individualismo burguês tomavam o espaço do teocentrismo e do coletivismo feudais. O grande fator desse período é, além da visão de mundo burguesa (lucro), a abertura do horizonte mundial, com as descobertas européias que fizeram o velho mundo vislumbrar um outro continente e ser a terra redonda. A Europa passa a impor sua cultura para um espaço muito maior. Motivos que contribuíram para a expansão européia: Progresso econômico, renascimento co-mercial e urbano, e formação da burguesia; Necessidade de encontrar novos mercados para os produtos burgueses; Centralização política; Reflexos da Expansão Marítima: Fortalecimento dos Estados Nacionais; Declínio econômico das repúblicas italianas: perda do monopólio do comércio das especiarias; Desenvolvimento do tráfico de escravos. Inflação na Europa (Revolução dos Preços); Europeização da América; Mudança do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; Afluxo de riquezas para a Europa, e da miséria para a América; Acúmulo de capitais nas mãos da burguesia européia; Revolução nos conhecimentos técnicos e científicos; Bases para a Revolução Industrial. Mercantilismo Estado participando ativamente da economia (dirigismo estatal); Metalismo (prosperidade vinculada à quantidade de metais); Idéia de dever exportar mais do que importar (balança comercial favorável); Protecionismo estatal; Colonialismo; Escravidão negra; Monopólio comercial; Pacto colonial. O RENASCIMENTO CULTURAL - Antropocentrismo (humanismo): oposição ao teocentrismo medieval. - Racionalismo: o mundo passa a ser concebido como explicável através da física e da matemática. - Classicismo: Cultura clássica tomada como referência; - Individualismo: De acordo com as doutrinas protestantes e com os interesses burgueses, em contraposição ao coletivismo da cristandade; - Espírito de competição; - Otimismo; - Naturalismo; - Pregação da utilização dos idiomas nacionais; - Ambição material. Motivos do Pioneirismo Italiano: - Renascimento do comércio no Mediterrâneo; - Prosperidade das cidades italianas; - Contato com muçulmanos e bizantinos; - Herança da cultura clássica greco-romana; Principais Renascentistas Italianos: - Leonardo da Vinci (1452-1519): Ciências e artes. Principais obras: A Monalisa ou Gioconda e Virgem dos Rochedos. - Michelangelo Buonarroti (1475-1654): Pintor, escultor e arquiteto. Principais obras: Juízo Final, Capela Sistina, Esculturas: Moisés, Pietá e David. - Rafael Sanzio (1483-1520): Pintor. Principais obras: As Madonas da Capela Cistina e afrescos no Palácio do Vaticano. - Sandro Botticelli (1444-1510): Pintor. Principais obras: A Primavera e o Nascimento de Jesus. - Ticiano: Principais obras: “A Fonte do Amor” e “Vênus Deitada”. Principais Renascentistas Fora da Itália: - Rembrandt: Pertence ao renascimento dos Países Baixos. - Erasmo de Rotterdam, que tem como obra principal Elogio da Loucura. Foi um filósofo holandês. - Thomas Morus, que tem como obra principal Utopia. Utopia é considerada a primeira obra que prega o comunismo, pregando um Estado ideal, organizado de forma comunitária. - Luis de Camões: Maior expoente do renascimento português, tem como obra principal Os Lusíadas. - Miguel de Cervantes (1547-1619): Mais célebre renascentista espanhol, tem como principal obra Dom Quixote de La Mancha. - William Shakespeare, que tem como principais obras Romeu e Julieta, Hamlet, Marco Antônio e Cleópatra, Muito Barulho Por Nada, Otelo, O Mercador de Veneza, etc. Declínio Renascentista: - Contra-reforma católica (Inquisição); - Troca do eixo econômico europeu para o Oceano Atlântico; - Guerras entre as cidades italianas. A Reforma Religiosa Causas da Reforma: - Conflito entre a ética católica e os interesses da burguesia. A ética católica condenava o lucro, a usura (juro) e a riqueza acumulada. A ética protestante, ao contrário, passa a justificar o acúmulo de capital. A riqueza passa a ser sinal da "escolha divina". - Venda de indulgências; - Abusos do clero (venda de cargos eclesiásticos e relíquias sagradas); - Humanismo; - Crise do feudalismo; Luteranismo: Lutero pretende a purificação da religião, com a tradução da Bíblia, a possibilidade de contato direto do fiel com Deus, e não apenas através do papa, com o fim da venda de indulgências. Após traduzir a Bíblia para o alemão, Lutero é expulso da Igreja Católica pela Dieta de Worms. Para Lutero, a fé carregaria o fiel para o céu, o latim deveria ser abolido das missas, pois ninguém o entendia, as imagens deveriam ser abolidas, o celibato deveria ser combatido e os sacramentos religiosos católicos deveriam ser abolidos. Em 1517, Lutero revoltou-se com a venda de indulgências. Elaborou, então, as 95 Teses, nas quais condenava a venda de indulgências e alguns dogmas da Igreja e criticava o sistema clerical dominante. Na Dieta de Worms (1521), Lutero foi condenado como herege: Lutero negou-se a se retratar e com o apoio da nobreza não foi punido (refugiou-se no castelo do príncipe da Saxônia). Realizou, então, um de seus grandes objetivos: traduziu a Bíblia latina para o alemão. Na França: João Calvino e o calvinismo: Para Calvino, a salvação era obtida através da graça de Deus (predestinação). Assim, uma pessoa rica era assim porque era iluminada, sendo santa a riqueza por aproximar o rico do caminho de Deus. Quanto mais rica uma pessoa, mais próxima estaria de Deus. Assim, a religião aproximava-se da moral burguesa, ao encorajar, o trabalho, o lucro e a riqueza. O Anglicanismo de Henrique VIII: O anglicanismo teve um caráter essencialmente político e personalista. Dois motivos levaram Henrique VIII a romper com o papado: o desejo de novo casamento, e o desejo de adonar-se das terras da Igreja Católica na Inglaterra, enfraquecendo o papado no país para fortalecer o seu poder pessoal. Quanto ao seu desejo de novo casamento, desejava Henrique VIII unir-se a Ana Bolena e buscava o rei inglês, na verdade, um herdeiro homem que sua mulher não havia conseguido dar-lhe. Em 1534, através do Ato de Supremacia, Henrique VIII tornou-se chefe da Igreja na Inglaterra. Foi excomungado pelo papa, e, em resposta, confiscou os bens da Igreja Católica. Fundou o Anglicanismo, casou-se com Ana Bolena e fortaleceu seu poder pessoal ao tornar a Igreja e o Estado um ente só. Haverá um Segundo Ato de Supremacia, já no reinado de Elizabeth I, quando haverá a consolidação do Anglicanismo. O Anabatismo: Tomas Münzer, apoiado nas idéias de Lutero, criou os anabatistas.. Diziam que era possível ter o reino de Deus na Terra, as terras não deveriam ter cercas (reforma agrária por invasões), destruir os donos: clero e nobreza (violência). Contra-Reforma: Reação da Igreja Católica ao crescimento protestante. Reafirmação da infalibilidade papal e resgate da moralidade da Igreja. A contrareforma teve um caráter conservador e violento. Movimentos: - Companhia de Jesus (1534). - Concílio de Trento (1545). - Santa Inquisição. O Absolutismo O absolutismo foi a concentração de poderes nas mãos dos sobe- 45 ranos (reis) que governavam sem limites, auxiliados por ministros. O rei possuía o poder de decretar leis, dispensar justiça, arrecadar impostos e dirigir a vida econômica de seu Estado. Podia legislar, decretar guerra e fazer a paz. Não era mais um rei a serviço do Estado, mas um Estado a favor do rei. A França era a terra de Luís XIV, assim como a Inglaterra era a terra de Henrique VIII. Pensadores Absolutistas: - MAQUIAVEL, Nicolau - O Príncipe - "Os fins justificam os meios". Representa a divisão entre moral e política. - HOBBES, Thomas - O Leviatã - "O homem é o lobo do homem". Representa o Estado como aglutinador dos homens que, se não houvesse o Estado, demoliriam-se mutuamente. Segundo sua teoria, os súditos abririam mão da liberdade em favor da centralização e da ordem. - BOSSUET, Jacques - Política Tirada da Sagrada Escritura - O rei é considerado um elemento divino, e desobedecê-lo é sacrilégio. Só Deus pode julgar o rei. - BODIN, Jean - Os Seis Livros da República - Teoria da soberania do Estado e teoria do Direito Divino. A autoridade do rei representa a vontade de Deus. Assim, todo aquele que não se submete à autoridade real é considerado inimigo de Deus. O rei deve estar acima das leis. Absolutismo Francês: - Apogeu da Centralização: Dinastia Bourbonica (Henrique IV, Luís XIII e Luís XIV). Rei responsável pela administração da justiça, criação de um exército nacional e restrição da autoridade do papa sobre o clero na França; - Luís XIII (1610-1643): Consolidação do absolutismo. Com a ajuda do Cardeal Richelieu, submete a nobreza e a burguesia, reforçando a autoridade real. - Luís XIV (1643-1715): Apogeu do absolutismo e desenvolvimento econômico. Era o rei sol, soberano assim como o astro, com todos a girarem à sua volta. Acumulou funções de rei e de ministro. Isentou a corte do pagamento de impostos. Revogou o Édito de Nantes, que concedia liberdade religiosa na França. É marcante a sua frase: "L'etat c'est moi!" (O Estado sou eu). Luís XIV: 1643 a 1715. Luís XIV obteve a aceitação da nobreza ao seu governo absolutista estimulando-a a freqüentar a Corte. Assim, distantes de suas bases nas províncias, e sob o olhar próximo do rei, não mais causariam perigo. Faleceu em 1715. - Luís XV: Caos econômico e impostos excessivos. Perdas coloniais. - Luís XVI: Queda do absolutismo com a Revolução Francesa. Absolutismo Inglês: - Apogeu da Centralização: Dinastia Tudor, que instalou o absolutismo com o apoio da burguesia e do Parlamento. - História: - Século XIII: Oposição à centralização. 1215: Magna Carta (João Sem Terra). Na Magna Carta, há o submissão do rei às leis. O rei não podia promulgar mais novas leis, nem aumentar os impostos sem o consentimento do Parlamento; - Henrique VII: Fim da Guerra das Duas Rosas - Centralização. Inicia a Dinastia Tudor, pacificando o país e consolidando o Estado nacional. - Henrique VIII (1509-1547): Impôs a sua autoridade sobre a nobreza e o Parlamento, graças ao apoio da burguesia, interessada na expansão comercial. Criação da Igreja Anglicana, rompimento com o papa e apropriação das terras católicas na Inglaterra. Henrique VIII. - Elizabeth I ou Isabel: Conhecida como a rainha virgem, consolidou o Anglicanismo e estimulou o desenvolvimento comercial e manufatureiro. Crescimento capitalista no país. Início da expansão colonial inglesa, com a colonização da América do Norte e a pirataria contra navios espanhóis. Mecena, patrocinava a arte de Shakespeare. Com a sua morte, termina a dinastia Tudor. - Após Elizabeth I, assume o trono inglês a Dinastia Stuart (1603 a 1688), marcada pelo declínio do absolutismo e pelos choques com o Parlamento. A Colonização Espanhola Na América Destacam-se nessa empreitada três colonizadores: Hernán Cortez no México, e Francisco Pizarro e Diogo Almagro, no Peru. Dois objetivos foram perseguidos economicamente: metais preciosos e produtos que pudessem ser vendidos nos mercados europeus com grande lucro. Ao contrário da colonização portuguesa do Brasil, onde o negro tornou-se a principal mão-de-obra, e o tráfico negreiro um extremamente lucrativo negócio, na América Espanhola, a mão-de-obra indígena foi a principal fonte produtora. A mita, na qual os índios trabalhavam nas minas por um prazo determinado e sob um pagamento irrisório foi utilizada, principalmente nas minas de prata de Potosí, e contribuiu para arruinar a estrutura comunitária indígena e exterminar a população nativa. 46 Além da mita, havia a encomienda, que era a exploração dos nativos como servos nos campos e nas minas. A exploração era justificada como um pagamento de tributos, feito pelos índios em forma de serviços, por receberem proteção e educação cristã. A sociedade formada na América Espanhola era uma sociedade organizada hierarquicamente, com a seguinte ordem: Chapetones: espanhóis da metrópole que ocupavam altos postos militares e civis (justiça e administração). Elite. Clero. criollos: espanhóis nascidos na América (aristocracia colonial: grandes proprietários e comerciantes) que, por constituírem a elite colonial, participavam das câmaras municipais (cidades mais importantes), denominadas cabildos (ou ayuntamientos). mestiços. índios. Iluminismo Ou Ilustração: Princípios básicos do Iluminismo: - Racionalismo; - Combate ao absolutismo e à teoria do poder divino dos reis; - Combate ao mercantilismo; - Crítica aos privilégios de classe (ordens ou estados); - Combate ao poder da Igreja; Defesa da limitação do poder real. Defesa da não intervenção do Estado no campo econômico; Defesa de um sistema constitucional. Os Principais Filósofos Iluministas: - Jean Jacques Rousseau: Principal iluminista, tem como obra principal “Do Contrato Social”, na qual faz críticas ao absolutismo e defende a liberdade. Critica também a burguesia e a propriedade privada. - Montesquieu, que tem como obra principal “O Espírito das Leis”, na qual inventa a Tripartição do poder: executivo, legislativo e judiciário. - Voltaire, que tem como obra principal “Cartas Inglesas”, na qual faz críticas à Igreja Católica e aos resquícios feudais, além de defender a liberdade de expressão. - John Locke, que tem como principal obra “Segundo Tratado do Governo Civil”, na qual diz que a vida, a liberdade e a propriedade são direitos naturais do homem, e diz ainda que o direito de rebelião é inerente ao homem, não podendo ser coagido. Os Economistas: Pregavam a liberdade econômica, opondo-se a qualquer regulamentação. A economia deveria ser fornecida pela natureza. Devido a esse pensamento, foram chamados de fisiocratas. Para eles, as empresas deveriam concorrer livremente, pois a livre concorrência faria os preços baixarem, e a qualidade dos produtos elevar-se. Os fisiocratas, representados por Quesnay, Gournay e Turgot, defendiam a agricultura como fonte geradora de riqueza e a não intervenção do Estado na economia. Já os liberais, representados primordialmente por Adam Smith, fundador da economia moderna como ciência, defendiam a ideologia econômica da burguesia e do capitalismo, o trabalho como fonte de riqueza e condenavam o mercantilismo, defendendo a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio. O Despotismo Esclarecido: Foi o governo de príncipes e reis, que colocavam em prática as idéias iluministas, governando de acordo com a razão e de acordo com os interesses do povo, mas não abandonavam a forma absolutista, sendo as conquistas iluministas uma fachada para a continuidade do absolutismo. Enciclopédia: Veículo de difusão das idéias liberais, continha o resumo do pensamento iluminista e fisiocrata. Foi organizada por Diderot e D’Alembert e pregava o racionalismo, a atividade científica, o anticlericalismo, o deísmo, e o contrato social. Foi composta de 35 volumes. Revolução Inglesa do Século XVII e o Parlamentarismo: 1. Etapa) Guerra Civil ou Revolução Puritana (1642-1648): Revolta de Carlos I contra as medidas adotadas pelo Parlamento. Ordenou que sua guarda invadisse o Parlamento e prendesse seus líderes. A sociedade inglesa era dividida entre os partidários da monarquia absolutista (Cavaleiros), e os partidários da monarquia constitucional (Cabeças Redondas). Eram favoráveis à monarquia absolutista a burguesia financeira, os mestres de corporação e o alto clero anglicano, além da nobreza católica. Em contrapartida, eram defensores à monarquia constitucional a burguesia mercantil, a gentry (nobreza rural, que explorava a terra de forma capitalista), os mestres manufatureiros, os camponeses pobres, além dos presbiterianos (puritanos). Os cabeças redondas acabam por sair vitoriosos, executando o rei e instalando o regime republicana pela primeira e única vez na história inglesa. Na verdade, o que ocorrerá será uma ditadura do líder dos cabeças redondas, Oliver Cromwell. 2. Etapa) A República Ditatorial de Cromwell (1649-1658): Cromwell realiza uma República ditatorial, conhecida como Protetorado. São fatos marcantes a unificação britânica, o Ato de Navegação (incentivo à construção naval, proibição de entrada e saída de mercadorias em navios estrangeiros, foi fundamental para o comércio, a burguesia, o capital e a revolução industrial), a Guerra com os Holandeses. No início, Cromwell governou em conjunto com o Parlamento, mas depois deu um golpe e instalou a ditadura (1653-58). 3. Etapa) A Restauração Monárquica (1660-1688): Ricardo Cromwell manteve-se no poder apenas oito meses, pois não tinha a habilidade do pai. Restaurou-se a monarquia com os Stuart, Carlos II assume o trono britânico e volta a aquietar as vozes do Parlamento. Seu sucessor, foi Jaime II, que desagrada à burguesia e à nobreza anglicana, devido ao fato de ser católico e autoritário. 4. Etapa) Revolução Gloriosa (1688-1689): Foi entre as tropas de Guilherme de Orange e as forças de Jaime II. Guilherme de Orange e sua esposa, Maria Stuart, assumem o poder na Inglaterra tendo, entretanto, que assinar, em 1689, uma Declaração de Direitos (Bill of Rights), que previa, por exemplo, tolerância religiosa aos protestantes em geral, superioridade da lei sobre a vontade do rei (fim do absolutismo), aprovação de tributos pelo Parlamento, liberdade de imprensa, exército permanente e retirada do poder do rei de suspender lei alguma. No plano político, a Revolução Gloriosa marca o fim do absolutismo na Inglaterra. O poder do rei passa a ser limitado pelo Parlamento, e a monarquia adquiriu um caráter constitucional. A Revolução Francesa (1789-1799) Motivos: Queda na produção agrícola devido aos entraves feudais e a fenômenos climáticos: alta de preços, miséria e fome. Imposição de mais tributos e medidas fiscais e comerciais. O clero e a nobreza não pagavam impostos diretos, ocupavam os melhores cargos na administração e no exército, recebiam rendas do governo e tinham privilégios judiciários. - Absolutismo dos Bourbons. - As idéias iluministas. Essencial: Desejo da burguesia de atingir o poder político. O Processo Revolucionário: Assembléia dos Estados Gerais: Clero, Nobreza e Povo. O Terceiro Estado exigiu a votação indi-vidual (a votação tradicional era por Ordem ou Estado). O rei Luis XVI tentou dissolver a Assem-bléia. Os deputados do Terceiro Estado ocupa-ram a sala do jogo da péla e juraram não se dissolver enquanto não fosse elaborada uma constituição: Assembléia Nacional Constituin-te. A Revolução: Tomada da Bastilha (14.07.1789) Estopim da revolução. As fases da Revolução: Assembléia Nacional Constituinte (1789-1791): + Abolição dos privilégios feudais. + Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: Igualdade civil. Propriedade privada. Resistência à opressão. + Constituição Civil do Clero: Confisco dos bens da Igreja. O Estado passava a controlar o clero. + Constituição de 1791: Monarquia constitucional. Divisão de poderes. Voto censitário. Proibição de greves. Assembléia Legislativa (1791-1792) + Grupos Políticos: Girondinos: alta burguesia. Jacobinos: pequena burguesia e sans-culottes. Migração da nobreza. Apoio externo para restaurar o Estado absolutista. + Fuga do Rei (junho/1791): Conspiração contra-revolucionária. Foi preso na fronteira. Os sans-culottes exigiam medidas radicais. O rei foi acusado de traição. Foi proclamada a República. Convenção Nacional (1792-1795) + sufrágio universal. + Facções Políticas: conflitos Girondinos: direita consolidação das conquistas burguesas. Planície ou Pântano: representantes da burguesia sem posição política definida. Jacobinos (Montanha): esquerda apro-fundamento da revolução. Foi formada a 1ª Coligação contra a França: Áustria, Prússia, Holanda, Espanha (monarquias absolutistas temerosas dos reflexos da Revolução sobre sua estabilidade política) e Inglaterra (esta, devido a rivalidades econômicas). Insatisfações. Os jacobinos assumem a Convenção. Convenção Montanhesa ou Jacobina (1793-1794): Adoção de um novo calendário. Participação popular. Radicalização política. Constituição do Ano I (1793): sufrágio universal e democratização. Governo Jacobino: Comitê de Salvação Pública (administração e defesa externa), Comitê de Salvação Nacional (segurança interna) e o Tribunal Revolucionário. Medidas populares: Lei do Preço Máximo, venda dos bens da Igreja e nobres emigrados, abolição da escravidão nas colônias, fim de todos os privilégios, ensino público e gratuito. * Terror (set/1793 a jul/1794): Robespierre. Execuções: guilhotina. Inclusive de Danton. Impopularidade de Robespierre: dificul-dades econômicas e militares, ameaças ex-ternas e insegurança da população. * Reação Termidoriana (jul/1794): Golpe dos girondinos: Robespierre e Saint-Just são guilhotinados. Os representantes do Pântano (alta bur-guesia girondina) assumem o comando da Revolução. Convenção Termidoriana (1794-1795): Retomada do caráter burguês da revolu-ção. Anulação das medidas jacobinas. Diretório (1795-1799): Supremacia girondina. Oposição dos jacobinos e dos realistas. Revoltas populares. Conspiração dos Iguais (1796): movimento dos sans-culottes Graco Babeuf critica a propriedade privada e defesa da igualdade social. Vitórias do exército francês contra a 2ª Coligação (Espanha, Holanda, Prússia e reinos italianos). Ascensão da Napoleão Bonaparte + Golpe do 18 Brumário (nov/1799): Napoleão Bonaparte, representando dos interesses girondinos, dissolve o Diretório e institui o Consulado (Constituição do Ano VIII 1800) fim da Revolução e conso-lidação do Estado burguês. Napoleão Bonaparte Napoleão Bonaparte chegou ao poder através do Golpe do 18 Brumário, sendo eleito cônsul. A vitória de Bonaparte foi uma vitória da burguesia francesa, interessada em pacificar a França e na estabilidade, haja visto haver conseguido chegar ao poder. Bonaparte tinha o apoio da burguesia, dos militares e dos camponeses. Consulado (1799-1804) Napoleão Bonaparte enfrenta as ameaças estrangeiras e recupera a economia e a sociedade. Bonaparte criou o Banco da França, saneando as finanças, criando o franco e financiando a indústria e da agricultura. Reatou as relações com a Igreja: Papa Pio VII. - Código Civil Napoleônico (1804): Inspirado no Direito romano, garantia as conquistas burguesas, concedendo ampla proteção à propriedade privada, restabelecendo a escravidão nas colônias e proibindo os sindicatos e as greves. Império (1804-1815) - Prosseguimento das guerras externas. - Decretou o Bloqueio Continental (1806), na tentativa de vencer a Inglaterra comercialmente, posto que não conseguiu vencer a Inglaterra militarmente. Neste bloqueio, proibiu as relações comerciais entre os países europeus e a Inglaterra. Portugal e Rússia: desobediência ao Bloqueio e quebra da hegemonia francesa. Portugal: invasão napoleônica de Portugal e fuga da família real (D. João VI) para o Brasil. Rússia: os russos adotaram a tática da “terra arrasada” e provocaram a retirada do exército napoleônico. Declínio Napoleônico Exilado na ilha de Elba. - Restauração da Monarquia Bourbon: Luis XVIII pouco tempo. Governo dos Cem Dias (1815) 47 Napoleão foge da ilha de Elba e recupera o poder. 7ª Coligação derrota definitivamente Napo-leão na Batalha de Waterloo. Napoleão é exilado na ilha de Santa Helena: morre em 1821. Congresso de Viena Reconstrução da Europa, com a tentativa de evitar-se novas revoltas burguesas que viessem a colocar em risco a ordem monárquiconobiliárquica. Participam do Congresso de Viena o czar Alexandre, da Rússia; o chanceler Metternich, da Áustria; Castereagh, da Inglaterra; Hardenberg, da Prússia, e Talleyrand, representando a França. A partir do Congresso de Viena surge a Santa Aliança, que teria a responsabilidade de reprimir os movimentos contrários ao Antigo Regime, e também impedir a independência da América Espanhola. Revolução Industrial Processo de transformações econômicas e sociais geradas pela mecanização iniciado na Inglaterra da segunda metade do século XVIII. Motivos do pioneirismo inglês Estado burguês e liberal: incentivo ao capitalismo. Burguesia poderosa, acúmulo de capitais. Existência de mercados consumidores. Existência de matérias-primas: carvão, ferro, lã, algodão. Existência de mão-de-obra: + Enclosures (“cercamento dos campos”): avanço do capitalismo no campo. a 1 Revolução Industrial (1760-1860): - Energia a vapor. - Quebra dos artesãos independentes. - Explosão dos centros urbanos. - Surgimento do operário urbano. Segunda Revolução Industrial (1860-1914): - Expansão da industrialização: Bélgica, França, Alemanha, Rússia, EUA e Japão (Revolução Meiji). - Energia: petróleo e eletricidade. - Transformação do ferro em aço. - Indústria química. - Ferrovias, automóveis e aviões. - Telégrafo e telefone. - Concentração da produção e do capital. Métodos de Dinamização da Produção: Fordismo: Divisão do trabalho, produção em série, esteiras rolantes, especialização da empresa em um só produto. Taylorismo: Controle dos movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção para aumentar a produção. Condições dos Trabalhadores: - Miséria e bairros operários. - Trabalho de mulheres e crianças. - Jornadas de trabalho de 14 a 16 horas por dia e falta de qualquer segurança no trabalho. - Salários extremamente baixos. - Disseminação de doenças nos bairros operários. Movimentos Sociais dos Trabalhadores: - Movimento Ludista (Ludismo): Tendo como líder Ned Ludd, pregava a destruição das máquinas como forma de eliminar as péssimas condições de vida e de trabalho. - Movimento Cartista (Cartismo): Movimento popular que pregava reformas nas condições de trabalho e direitos políticos, e a estipulação destas em Cartas do Povo. - Movimento dos Sindicatos (Trade unions): Busca da união da classe operária através de organizações trabalhistas. Socialismo: Reflexo da reação operária as novas condições de vida e de trabalho da sociedade industrial. Justiça social: ideologias igualitárias. Socialismo utópico, socialismo científico ou marxista e anarquismo. Socialismo Utópico: Reação romântica contra os efeitos da industrialização. Não apontava os caminhos (meios, métodos) para se atingir a sociedade ideal (justa). Modelos idealizados. - Saint-Simon: - Charles Fourier: - Robert Owen: - Socialismo Científico ou Marxista: Ideologia revolucionária do proletariado. Karl Marx e Engels “Manifesto Comunista”, “O Capital” e “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”. Análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo 48 compreender a realidade para transformá-la. - Princípios: Materialismo Histórico: a sociedade é determinada pelas suas condições socioeconômicas. Luta de Classes: agente transformador da história antagonismo entre explorador e explorado interesses opostos. Mais-valia: valor da riqueza produzida pelo trabalhador além do valor remunerado de sua força de trabalho exploração do trabalhador. Revolução Socialista: atuação política do proletariado ditadura do proletariado socialização comunismo “De cada um segundo sua capacidade e a cada um segundo suas necessidades”. “Proletários de todos os países, uni-vos”. - Anarquismo: Eliminação de toda forma de governo. Liberdade geral: comunismo libertário. - Proudhon: sociedade sem classes, sem exploração e sem Estado. - Bakunin: anarquismo terrorista vio-lência como meio de se atingir a igualdade social e a extinção do Estado. - Catolicismo Social: Doutrina social da Igreja Católica. Papa Leão XIII. - Encíclica Rerum Novarum Religião como instrumento de reforma e justiça social. Apelo ao espírito cristão dos patrões. Contesta a teoria marxista da luta de classes. Independência dos Estados Unidos As províncias do centro-norte começaram a extrapolar as liberdades concedidas pela Inglaterra, e seus produtos passaram a concorrer com os produtos britânicos, obrigando a Inglaterra a apertar o cerco contra as colônias, punindo os sonegadores e evitando o contrabando. Este arrocho foi gerando revoltas nas colônias, revoltas que aumentaram após a “Guerra dos Sete Anos” (1756-1763). Lei do Açúcar (Sugar Act): 1764 - Estabelecia que todo açúcar que não fosse comprado nas Antilhas Inglesas seria cobrado altos impostos, prejudicando o comércio triangular. Além disso, uma série de outros produtos foram incluídos na lista de monopólios da Coroa britânica. Lei do Chá (Tea Act): 1773 - A Companhia das Índias Orientais (Londres) passou a deter o monopólio do comércio do chá: tinha por objetivo prejudicar os holandeses e excluir os colonos. Os colonos reagem na Boston Tea Party: colonos disfarçados de índios jogaram ao mar um carregamento de chá no porto de Boston. O movimento de independência inicia no IIº Congresso da Filadélfia (1775). No dia 04 de julho de 1776, Thomas Jefferson redige a famosa Declaração de Independência dos EUA. Os soldados norte-americanos são comandados por George Washington. Contaram os colonos com o apoio da França, da Holanda e da Espanha. O exército inglês será, reconhecendo a Inglaterra a independência dos Estados Unidos no Tratado de Paris, assinado em 1783. A primeira Constituição norte-americana será assinada em 1787. Forma de governo republicana e separação dos três poderes. Washington eleito o primeiro presidente, voto censitário, mulheres e negros excluídos das decisões políticas. Escravidão mantida e desrespeito aos direitos dos índios. OS ESTADOS UNIDOS NO SÉC. XIX. Doutrina Monroe (1823): Nacionalismo. James Monroe “A América para os americanos”. Definiu politicamente a expansão econômica internacional dos EUA: contribuiu para o desenvolvimento capitalista. EXPANSÃO TERRITORIAL: Expansão interior Conquista de territórios da América do Norte. Avanço para o interior chegando até o Oceano Pacífico. Expropriação de índios: extermínio. Guerras com povos vizinhos: México Texas, Califórnia, Novo México, Arizona, Utah e Nevada. Compra de áreas colônias de nações européias: Louisiana, Flórida e Alasca. A GUERRA DE SECESSÃO (1861-1865): Guerra civil entre os estados do Norte e os estados do Sul. Motivos: + Diferenças de colonização: Norte: colônia de povoamento, pequenas propriedades agrícolas, trabalho livre, comércio dinâmico e capitalização. Sul: colônia de exploração, monocultura, exportação, latifúndio, escravismo e aristo-cracia rural. + Divergências econômicas e sociais: Norte: economia industrial, classe domi-nante burguesa, vida urbana, a favor da abolição da escravidão (Compromisso do Missouri, Compromisso Clay e “A Cabana do Pai Tomás”) a favor de tarifas prote-cionistas e interesse no mercado interno. Sul: economia agrícola, classe dominante de latifundiários, vida rural, a favor da manutenção da escravidão, contra as tarifas protecionistas e interesse no mercado externo. + Eleição de Abraham Lincoln Republicano defensor das tarifas protecio-nistas e no predomínio da União. Os estados do Sul separaram-se e forma-ram os Estados Confederados da América: Carolina do Sul, Virgínia, Geórgia, Mississipi, Louisiana. Conseqüências: Supremacia política e econômica do Norte. O sul saiu arrasado. O assassinato de Abraham Lincoln por um sulista. O IMPERIALISMO NORTE-AMERICANO + Política do Big Stick (“grande porrete”): intervenções militares.Garantiu investimentos e interesses políti-cos ameaçados. Revoluções Liberais do Século XIX - 1830 (REVOLUÇÃO LIBERAL (burguesia) - alguns chamam de 2ª REVOLUÇÃO FRANCESA - burguesia consegue apoio das massas, exemplo francês vai se expandir pelo mundo - “onda” liberal. Essa revolução acontece graças ao enfraquecimento do Congresso de Viena devido a saída da Inglaterra que não tinha mais interesse em manter o absolutismo, só queria derrubar de vez Napoleão. - 1848 PRIMAVERA DOS POVOS expandiu pelo mundo ideais socialistas e republicanos. IMPLANTOU A REPÚBLICA. Representante presidencialista - mandato de 4 anos sem reeleição, burguesia está assustada com o movimento popular e apóia o general Luís Napoleão Bonaparte (sobrinho de Napoleão). Em 1852, acabou o mandato de Luís Napoleão e ele desfecha um golpe, nascendo novamente o império (burguesia e militares). Luís Bonaparte torna-se Napoleão III - imperador dos franceses. O IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX Processo de expansão (neo) colonialista das potências industriais ocorrido no final do século XIX e início do século XX e que provocou a partilha da África e da Ásia entre essas potências. Potências: Inglaterra, França, Rússia, Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. EUA e Japão em suas regiões de influência. Motivos: Necessidade de novas fontes de matérias-primas: ferro, cobre, petróleo, manganês, trigo, algodão. Necessidade de mercados consumidores para a produção industrial. A necessidade de áreas para aplicação dos capitais excedentes. Justificativas Ideológicas: Missão civilizadora: humanitária, filantró-pica, cultural, altruísta, melhorar as condi-ções de vida das colônias abandonando o conforto da metrópole. “Fardo do homem branco”. Superioridade econômica e cultural. Darwinismo social: superioridade racial. INDEPENDÊNCIA DOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS Liberalismo econômico. Iluminismo. Independência dos Estados Unidos. Revolução Industrial. Revolução Francesa. Doutrina Monroe. Monopólio colonial dificultava as relações comerciais da elite criolla com a Inglaterra. Domínio mercantilista metropolitano res-tringia os setores produtivos. Criollos sentiam-se preteridos na ocupação dos cargos administrativos e políticos. reinício das lutas vitoriosas pela Inde-pendência liderada pelos criollos com o apoio efetivo da Inglaterra e também dos EUA. Teve como líderes Simon Bolívar (repu-blicano, defendia uma América do Sul livre, unida e forte pan-americanismo, liderou a independência da Venezuela, do Peru, da Colômbia e do Equador), José de San Martín (defendia um governo monárquico constitu-cional, liderou a independência da Argentina, do Chile, do Peru), Bernardo O’Higgins (líder da independência chilena) e José Sucre (liderou a independência do Peru). O Uruguai terá uma independência dife-rente, tendo se libertado do Brasil, à qual pertencia sob o título de Província Cisplatina. O principal líder da independência chamava-se Lavalleja. Em 1826, o projeto de Simon Bolívar fra-cassou, quando o seu ideal de unidade política foi vencido pelos vários líderes locais que almejavam chegar ao poder apoiando a divisão das Américas. Os motivos para tal situação, além dos interesses das oligarquias locais, foram a oposição dos ingleses e norte-americanos, desejosos do enfraquecimento político, econômico e militar da região. Características dos países americanos independentes: Repúblicas. Fragmentação política. Manutenção das estruturas socioeco-nômicas coloniais: latifúndio, supremacia da elite agrária, monocultora e exportadora. Economia dependente: fornecedora de ma-térias-primas e consumidoras de manufa-turados. Caudilhismo: fenômeno político que ca-racterizou as nascentes repúblicas latino-americanas e que consistiu no controle do poder por chefes militares. O caudilho era o chefe total da na-ção, utilizando-se da demagogia e do paternalismo para manter as camadas populares afastadas das decisões políticas. - Dois países possuem independências interessantes. O primeiro é o Haiti. O Haiti era uma colônia francesa e foi o único país que conseguiu a independência com movimento liderado por escravos, que mataram todos os brancos da ilha, abolindo à força a escravidão. Em 1845, a parte oriental da ilha separou-se, dando origem à República Dominicana. O segundo é Cuba, país que se tornou independente em 1898, após guerra entre Estados Unidos e Espanha. Porém, sua independência foi seguida a uma total dependência dos Estados Unidos. Unificação Italiana e Alemã Movimentos nacionalistas que buscavam transformar os territórios divididos da Itália e da Alemanha em países unificados e independentes. Unificação Italiana: - A unificação italiana será encabeçada pelo reino mais rico e que mais desejava a unificação italiana, o reino de Piemonte-Sardenha. Cavour, um dos líderes do Risorgimiento (movimento que pretendia fazer a Itália reviver seus tempos de glória), pretendia a formação de um país independente monarquista constitucional. Para alcançar seu objetivo, Cavour obteve o apoio da burguesia e dos proprietários rurais e pôs em prática um plano de modernização da economia e do Exército. Pediu, então, o apoio dos franceses, e com este, venceu os exércitos austríacos, dominando a Lombardia e os ducados de Parma, Módena e Toscana. - O revolucionário Giuseppe Garibaldi, à frente de mil voluntários conhecidos como camisas vermelhas, atacou os territórios dominados pela dinastia dos Bourbon, anexando ao território italiano independente as duas Sicílias. - O papa Pio IX não aceitou a perda dos domínios territoriais da Igreja. Por isso, rompeu relações com o governo italiano. Nascia assim a Questão Romana, só resolvida em 1929, com a assinatura do Tratado de Latrão, pelo papa Pio XI e Benito Mussolini. Unificação Alemã: - Zollverein (1834): Sob a liderança da Prússia, era a união alfandegária entre os diversos Estados alemães. Estimulou o comércio entre os Estados alemães e deu um enorme impulso à indústria e ao transporte ferroviário. - Movimento Unificador: liderado pela Prússia. Líder do movimento: Otto Von Bismarck, primeiro-ministro da Prússia (membro da aristocracia prussiana, era um monarquista convicto e favorável à solução pela força). - Bismarck consegue a unificação através do incentivo a indústria, reforma e modernização do exército e incitação ao nacionalismo. - A unificação deu-se através de três guerras: contra a Dinamarca (Guerra dos Ducados - 1864), contra a Áustria (Guerra Austroprussiana ou das Sete Semanas - 1866) e contra a França (Guerra Franco-prussiana - 1868-1870). - os alemães derrotam a França na Batalha de Sedan: completavase a unificação alemã. Pelo Tratado de Frankfurt, a França era obrigada a pagar uma indenização, a entregar as regiões da AlsáciaLorena (região riquíssima em minério de ferro). Primeira Guerra Mundial Motivos da Guerra: Imperialismo: a corrida imperialista sobre a Ásia e a África provocava problemas entre as nações européias, principalmente no tocante à 49 divisão das áreas coloniais. Rompimento do equilíbrio europeu: A uni-ficação alemã veio a preocupar os ingleses e os franceses, apavorados com a possibilidade de perderem a hegemonia econômica européia. Além disso, a Alemanha e a Itália, países atrasados na corrida imperial, exigiam uma redivisão dos territórios coloniais. Revanchismo francês. Paz Armada: Política de Alianças: Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. Tríplice Entente: Inglaterra, França e Rússia. As Questões Balcânicas: diversidades de nacionalidades. a Rússia defendia o pan-eslavismo (uni-ficação dos eslavos balcânicos), apoiava a Sérvia (encabeçava o movimento pan-eslavista balcânico) e desejava dominar a região do mar Negro ao mar Egeu. A Alemanha defendia a Áustria-Hungria e planejava construir a estrada de ferro Berlim-Bagdá para barrar o avanço russo e ter acesso às áreas petrolíferas do Golfo Pérsico, ameaçando os interesses ingleses nessa região. Início da Guerra: Assassinato do príncipe herdeiro do Império AustroHúngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando, em Sarajevo, na Bósnia. 1917: Tratado de Brest-Litovski: Retirada da Rússia da guerra devido à revolução socialista. Entrada dos EUA: motivos: o afundamento de navios norte-americanos pelos alemães. Tratados de Paz: Os 14 Pontos de Wilson “paz sem vencedores”. foi inviabilizado por acordos paralelos e por pressão da França e da Inglaterra. propõe a criação da Liga das Nações. Tratado de Versalhes (1919) assinado com a Alemanha. considerou a Alemanha culpada pela guerra: “punição”. cessão de territórios: devolução da Alsácia-Lorena e perda das colônias. desarmamento. + oficializou a criação da Liga das Nações: manter a paz mundial. nasceu falida devido à ausência dos EUA, Alemanha e Rússia. Tratado de Saint-Germain assinado com a Áustria. desmembramento do Império Austro-Húngaro. surgimento da Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Iugoslávia. Conseqüências: progressiva degradação dos ideais liberais e democráticos. fortalecimento do nacionalismo. declínio da Europa. ascensão dos EUA. origens da descolonização. Revolução Russa O colapso do czarismo: - 1ª Guerra Mundial: Aprofundou as contra-dições da frágil economia capitalista russa e arrastou consigo o próprio regime czarista. A participação do exército russo será vergo-nhosa, sendo marcada por derrotas militares, deserções, motins militares, greves nas fábricas, falta de gêneros alimentícios e combustível e miséria das massas. Houve, ainda, o fortalecimento das oposições, pois o czar foi responsabilizado pelo desastre russo. Revolução de fev de 1917 (menchevique): - Logo após a abdicação de Nicolau II, foi nomeado um Governo Provisório, liderado por Kerenski, representante dos bolcheviques. Negou-se a aceitar a principal exigência dos revoltosos: a retirada dos exércitos russos da guerra. Também não permitiu a reforma agrária. Por isso, as guerras recomeçaram. Para pacificar as tensões, Kerenski fez algumas concessões, como o direito de livre expressão e associação e a libertação de todos os presos políticos, permitindo que os exilados voltassem ao país. Revolução de outubro de 1917 (Bolchevique): - Movimento resultante de uma cuidadosa preparação por parte dos bolcheviques que tomaram de assalto os departamentos públicos e o Palácio de Inverno. - Lênin recebe a chefia do governo. - Apelo aos trabalhadores, soldados e camponeses. Governo de Lênin (1917-24): expropriação das terras: Igreja, Coroa e Aristocracia. - distribuição das terras aos camponeses. - retirada da Rússia da guerra. 50 - nacionalização de bancos e indústrias. - controle das fábricas pelos operários. - organização do Exército Vermelho. Guerra Civil (1918-21): Vitória dos bolcheviques. NEP (1921-28): Nova Política Econômica. Tentativa de reorganização do país. Um passo atrás para dar dois à frente. - Planejamento estatal sobre a economia que combinava princípios socialistas com elementos capitalistas. - Medidas: economia de mercado e livre iniciativa em certos setores (pequena manufatura privada, pequeno comércio e livre venda de produtos camponeses nos mercados). Formação da URSS: em 1922, foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, federação cujo principal Estado era a Rússia. Disputa pelo Poder: disputa interna pelo poder após a morte de Lênin (1924) e caracterizada pela divergência ideológica entre Stálin e Trotsky. - Vitória de Stálin e perseguição, expulsão e eliminação de Trotsky e seus seguidores. Governo de Stálin (1924-53): socialização total: extinção da NEP e aplicação dos planos qüinqüenais (planificação da economia). - Implantação de uma ditadura brutal e de privilégios pessoais para os líderes da revolução. Milhares de cidadãos foram fuzilados ou exilados nas terras da Sibéria. - eliminação da oposição: exílios, execuções e prisões. Período entre Guerras: A CRISE DE 1929 A Crise de 1929 foi uma grande falência do sistema capitalista, que se iniciou nos EUA e que atingiu, em maior ou menor intensidade, praticamente todos os países do mundo. A crise de 29 deveu-se aos excessos do liberalismo econômico, que afastou o Estado de qualquer possibilidade de controle da economia, além de construir uma sociedade excludente (desigualdade na distribuição de rendas). Os Estados Unidos, ao contrário da Europa que apostava em regimes totalitários, buscou na democracia a saída para a crise. Assim surgia o New Deal, proposto pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, no qual o Estado buscava, através do intervencionismo, recuperar econômico-socialmente os Estados Unidos. Algumas medidas do New Deal foram a concessão de empréstimos aos fazendeiros arruinados, o controle da produção visando à manutenção dos preços dos produtos, a fixação dos preços de produtos básicos: carvão, petróleo, cereais, etc, o aumento dos salários dos operários, a redução da jornada de trabalho, a abolição do trabalho infantil, o desenvolvimento da previdência social, a criação do salário-desemprego e o incentivo à construção de obras públicas. OS REGIMES TOTALITÁRIOS DE DIREITA Em meio à crise mundial, ante o crescimento do número de defensores da esquerda, a direita mundial reorganizou-se apelando para os regimes antidemocráticos. Essas tendências da direita podem ser agrupadas em torno do fascismo e do nazismo. O fascismo surgiu na Itália e pregava um Estado forte e nacionalista, com a nação estando acima do indivíduo (“não pergunte o que sua pátria pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por sua pátria”). Defendia, ainda, a sociedade liberal, a grande empresa e o combate ao marxismo. O nazismo nasceu na Alemanha, da mente de Adolf Hitler, que procurou colocar em prática a teoria da superioridade da raça ariana, com a perseguição às minorias como os judeus, os deficientes, os ciganos, os eslavos, os comunistas... Segundo Hitler, o mundo deveria dar-se conta da superioridade da raça alemã e servir de escadaria para a elevação ainda maior da raça pura. Era essencial, para a Alemanha, a busca de um espaço vital, estimulando-se o expansionismo. Cinco líderes terão papel destacado na imposição da arbitrariedade dos regimes totalitários: Adolf Hitler (Alemanha), Benito Mussolini (Itália), Hirohito (Japão), Francisco Franco (Espanha) e Antônio de Oliveira Salazar (Portugal). O apoio a esses movimentos totalitários virá do capital financeiro, da alta burguesia, dos meios militares, dos conservadores, dos nacionalistas, da Igreja Católica, dos grandes proprietários e da classe média. Segunda Guerra Mundial Causas: - As frustrações e ressentimentos da 1ª GM. - O Tratado de Versalhes que disseminou um forte sentimento nacionalista. - O totalitarismo nazi-fascista e suas conquistas territoriais. - O militarismo como mecanismo de contenção do desemprego. Potências do Eixo: Alemanha, Itália e Japão potências emergentes, militarizadas e dispostas a ampliar seus espaços (áreas de influ- ência) na economia mundial. Potências Tradicionais: Inglaterra, França e Estados Unidos. - O isolacionismo norte-americano. - O fracasso da Liga das Nações: rompimento do frágil equilíbrio europeu e da “segurança coletiva”. - A Política de Apaziguamento: concessões para evitar um confronto total as potências tradicionais fechavam os olhos às agressões nazi-fascistas. Pacto Anti-Komintern: unidade para combater o comunismo inter-nacional: Alemanha, Itália e Japão. Eixo RomaBerlimTóquio. Pacto Nazi-Soviético: Hitler e Stálin assinam um pacto de não-agressão e neutralidade. Pacto para a invasão e divisão da Polônia. Estopim da Guerra: Ocupação da Polônia (1º de setembro de 1939). - Invasão da Rússia (1941) Batalha de Stalingrado: os russos aniquilam a ofensiva nazista avanço soviético sobre a Alemanha primeira frente de avanço dos Aliados em direção a Berlim. - Entrada dos Estados Unidos na Guerra: Pearl Harbor (Hawai): 07.12.1941 Pacífico Sul. Os japoneses atacam a base naval nor-teamericana de Pearl Harbor objetivando consolidar sua hegemonia no Pacífico Oriental. - Dia D (6.6.1944) desembarque das forças aliadas na Normandia (norte da França): Operação Overlord. libertação de Paris. terceira frente de avanço sobre Berlim. os alemães aceitam a rendição incondicional: 08.05.1945. - Bomba atômica: Os norte-americanos jogaram duas bombas atômicas sobre o Japão a pretexto de encerrar o conflito mundial: Hiroxima (6.7.1945) e Nagasáqui (3 dias depois). TRATADOS: * Carta do Atlântico (1941): Inglaterra (Winston Churchill) e EUA (Franklin Roosevelt): Pregava a solidariedade e os princípios liberais e democráticos. Renun-ciavase ao uso da força na política internacional. Não visavam ao engrandecimento territorial: respeito à autonomia e às fronteiras políticas. * Conferência do Cairo (1943): EUA, Inglaterra e China decidem o destino do Império Japonês. Todos os territórios tomados à China pelo Japão, com exceção da Coréia, seriam devolvidos à China. * Conferência de Teerã (1943): EUA, URSS e Inglaterra iniciam a partilha da Europa antes mesmo do final da guerra. Permite-se a expansão territorial soviética e divide-se a Alemanha. A URSS anexa a Lituânia, Letônia, Estônia e o leste da Polônia. * Conferência de Yalta (1945): EUA, URSS e Inglaterra decidem como invadir a Alemanha e estipulam planos para a criação das Nações Unidas. * Conferência de Potsdam (1945): EUA, URSS e Inglaterra dividem a Alemanha invadida em quatro zonas de ocupação: a inglesa, a francesa , a norte-americana e a soviética. Cria-se o Tribunal de Nuremberg, para julgamento dos líderes nazistas. A Alemanha é considerada culpada pela guerra e condenada a pagar a indenização de guerra aos outros envolvidos. GUERRA FRIA A Guerra Fria foi característica principal do mundo pós-2ª Guerra. Consistiu na bipolarização do mundo em dois blocos rivais: o bloco capitalista e o bloco socialista. Chamou-se “Guerra Fria” por não ter havido um confronto direto entre Estados Unidos e União Soviética, porque, se tivesse havido, o mundo inteiro não teria resistido. Assim, viveu-se durante o século XX em uma constante tensão. Ambos os líderes mundiais tratavam de conservar e desenvolver seus exércitos e indústrias bélicas. A Europa Ocidental e a América aderiram à influência norte-americana. Já a Europa Central e Oriental, além da Ásia a sudeste, aderiu à influência soviética. A Guerra Fria começa em 1947, com a Doutrina Truman, proposta pelo presidente norte-americano de mesmo nome, e só terminará em 1989, com a queda do Muro de Berlim, ou seja, a união de dois blocos. O general Marshall criou o “Plano Marshal” de ajuda econômica aos países destruídos (Alemanha, Japão e Europa), e que tinha como condições a abertura de mercado, a instalação de bases militares nesses países e o não pertencimento dos países ajudados ao bloco dos países socialistas. Em 1949, os Estados Unidos fundaram a OTAN, organização militar de apoio aos países aliados ao capitalismo. Em 1955, numa resposta aos capitalistas, foi criado o Pacto de Varsóvia, uma organização militar que visava garantir a defesa do bloco socialista. Alguns episódios marcantes da Guerra Fria: Alemanha: A Alemanha, grande derrotada da 2ª Guerra Mundial, foi dividida em zonas de ocupação. Terminou por dividir-se em Alemanha Ocidental, capitalista e com capital em Bonn e em Alemanha Oriental, socialista, e com capital em Berlim. China: Incorporou-se ao bloco dos países socialistas em 1949. Teve como ponto alto do regime a figura de Mao Tse-Tung, sádico líder que se utilizou do poder para submeter toda a nação aos seus caprichos. Coréia: Palco de um conflito entre os defensores do capitalismo norte-americano e os defensores do socialismo soviético. O norte, socialista tentou dominar o sul, capitalista, o que deu início a um grande conflito. Cuba: Grande derrota americana, Cuba, através de sua revolução, livrou-se do domínio exercido por Fulgêncio Batista, ditador mantido no poder pelo apoio norte-americano. Durante esse governo, Cuba foi transformada em “prostíbulo norte-americano”. Esse governo vinha a comprometer ainda mais a independência da ilha, comprometida desde 1902 quando, através da Emenda Plat, permitia-se a intervenção militar dos EUA em Cuba e a instalações de bases militares. Fidel Castro, estudante de direito e filho de latifundiários une-se com militares de baixa patente e tenta um assalto ao quartel La Moncada em 1953. Acabou por ser preso junto a seus apoiadores diretos e condenado a 19 anos de trabalhos forçados. Em 1955, foi concedida anistia política a Fidel e ele foi ao México. Lá, veio a conhecer um estudante de medicina argentino, Ernesto Guevara de La Serna, o “Che”, e os dois organizaram o desembarque em Cuba, buscando tomar o país e implantar o socialismo Em 1959, Fidel entrou triunfalmente em Havana, capital de Cuba. Fidel estatiza os bens estrangeiros. Em 1961, os norte-americanos, utilizando exilados Cubanos, tenta invadir a ilha de Cuba, mas são derrotados, no que se convencionou chamar de “desembarque da Baía dos Porcos”. Como resposta, os norte-americanos estabeleceram o embargo econômico a Cuba. Em 1962, são instalados mísseis nucleares soviéticos em Cuba, apontados para os Estados Unidos. Os norte-americanos, em resposta, apontam mísseis que havia instalado na Turquia para a União Soviética, no episódio que mais aproximou a humanidade da Terceira Guerra Mundial (“Crise dos Mísseis”). Iugoslávia: Outro país socialista que se negou a aceitar a supremacia soviética, sendo conduzido pelo líder popular Tito, que construiu um socialismo independente da URSS. Após a saída de Tito do poder, e da queda do muro de Berlim, a Iugoslávia desmantelou-se, dando espaço para o surgimento de inúmeros países independentes, brotados das diferentes etnias que compõem a nação. Polônia: País arrastado à zona de influência soviética, lutou contra a opressão tendo como aliado em sua luta o papa João Paulo II e o Sindicato Solidariedade, de Lech Walesa. Tchecoslováquia: País dominado pela influência soviética, teve um episódio marcante ao tentar construir um socialismo humano, sem a desumanidade dos governos da URSS. Tal tentativa foi dizimada pelos canhões soviéticos, que mataram os estudantes que se aliavam aos novos rumos propostos pelos líderes tchecos ao país (Primavera de Praga). Vietnã: Será palco de uma luta entre o Vietnã do norte, socialista, e o Vietnã do sul, capitalista. Decididos a conter a expansão do socialismo na região, os Estados Unidos começaram a enviar ajuda militar ao governo do sul, além de haver enviado soldados para tentar impor a derrota do Vietnã do sul. Apesar do poderoso arsenal bélico norteamericano, o grupo capitalista será derrotado pelos vietcongues. América Latina: A América Latina sofreu profundamente com o panorama de conflito mundial. As ditaduras militares espalharam-se por quase todos os países do continente, com os Estados Unidos apoiando sanguinários regimes. Os norte-americanos tumultuavam os governos de esquerda e apoiavam belicamente e logisticamente os militares dos diversos países, utilizando-os para combater o crescimento das esquerdas na região. 51