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HISTÓRIA
Para nos mantermos livres, cumpre-nos ficar incessantemente em guarda contra os que governam: a excessiva tranqüilidade
dos povos é sempre o pregoeiro de sua servidão.
1. A oposição entre gregos e bárbaros motivou explicações e
(J. P. Marat. As cadeias da escravidão, 1774.)
reflexões de diversos autores no período clássico da Grécia
antiga. Esta visão dualista do mundo influenciou os romanos, herdeiros culturais dos gregos. A partir destas informações, responda.
a) A que regime político predominante na Idade Moderna
européia os dois textos, de formas diferentes, se referem?
a) Que povo “bárbaro” invadiu, em duas oportunidades, a
península grega, sendo derrotado?
b) O texto de Marat apresenta uma noção de cidadania elaborada pela reflexão política do Século das Luzes. De que
forma a Revolução Francesa do século XVIII foi a expressão desta nova concepção política?
b) Que relação é possível estabelecer entre a ocupação da
Europa pelos “bárbaros” germânicos e a formação do feudalismo?
Resolução
a) Referem-se ao Absolutismo Monárquico.
Resolução
b) À medida que jogou por terra o Antigo Regime (o
Absolutismo Monárquico, os privilégios feudais sobreviventes e o poder da Igreja), representou a vitória da
igualdade de todos perante a lei, a liberdade de expressão e a liberdade de religião. Instaurou, também, um
regime baseado na vontade popular, resultado da
representação política.
a) A Grécia Antiga foi invadida pelo povo persa, provocando as Guerras Médicas.
b) O Feudalismo foi, fundamentalmente, resultado da
mistura de elementos da sociedade romana, em crise
desde o século III, e a socidade dos “bárbaros” germânicos, que invadiram e ocuparam a parte ocidental da
Europa, entre os séculos VI e VII. A construção de
vários reinos, pelas muitas tribos germânicas na área,
foi decisiva para o processo de formação do Feudalismo.
4. Os historiadores costumam distinguir a primeira Revolução
Industrial, ocorrida na Inglaterra no século XVIII, de uma segunda Revolução, datada do último quartel do século XIX.
2. Um peso colossal de estupidez esmagou o espírito humano. A
a) Estabeleça duas distinções entre a 1a e a 2a Revolução
Industrial.
(Ernest Renan. Reminiscências da infância e da mocidade, 1883.)
b) Aponte uma conseqüência política da 2a Revolução Industrial.
pavorosa aventura da Idade Média, essa interrupção de mil
anos na História da civilização.
a) Explique a origem, no Renascimento, do termo Idade Média.
Resolução
a) Na Primeira Revolução Industrial, utilizam-se o carvão
e o vapor como forças motrizes e o ferro como matériaprima industrial básica. A industrialização é restrita
basicamente à Inglaterra. Tem-se a mecanização da
produção.
b) Forneça dois exemplos de natureza cultural que contradizem
o juízo do autor sobre o período medieval.
Resolução
Na Segunda Revolução Industrial, utilizam-se o petróleo e a eletricidade como forças motrizes e o aço como matéria-prima industrial básica. A industrialização
espalha-se para outros países. Inicia-se a automação
do processo de produção.
a) O termo Idade Média decorre da concepção humanista de que a Idade Média foi uma época de obscurantismo, na qual os valores clássicos teriam “morrido”
para “renascer” no Renascimento.
Assim, a época Medieval foi vista como um hiato
entre a época Clássica e a Renascentista.
b) O Imperialismo ou Colonialismo do século XIX.
5. Encontrando-se o Estado em situação de poder calcular a efici-
b) Ao contrário do juízo do autor, a época Medieval é,
segundo Jacques Le Goff, o “momento em que se
criou a cidade, a universidade, o moinho, a máquina,
a hora e o relógio, o livro, o garfo, o vestuário”.
ência (...) dos bens de capital a longo prazo e com base nos
interesses gerais da comunidade, espero vê-lo assumir uma responsabilidade cada vez maior na organização direta dos investimentos.
3. Compare os dois textos seguintes e responda.
(J. M. Keynes. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. 1936.)
O ponto de vista de Keynes opõe-se a uma teoria econômica
que predominou na política governamental dos Estados Unidos da América nos anos imediatamente anteriores à crise de
1929. Baseando-se nestas informações, responda.
Em todos os lugares havia calma. Nenhum movimento, nem
temor ou aparência de movimento no Reino havia que pudessem
interromper ou se opor aos meus projetos.
(Memórias de Luís XIV para o ano de 1661.)
1
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a) A que teoria econômica Keynes se opunha?
a) Aponte uma das causas do declínio da produção aurífera
na região das Minas Gerais na época em que o texto foi
escrito.
b) Exemplifique, com duas medidas implementadas pelo New
Deal, o esforço do governo Roosevelt para superar os
efeitos sociais da crise econômica de 1929.
b) Indique duas conseqüências econômicas da atividade
mineradora para a Colônia.
Resolução
Resolução
a) Keynes contrapôs-se à teoria do liberalismo econômico
ou do “Laissez-faire”.
a) Em fins do século XVIII e início do século XIX, temos
como causa do declínio da produção aurífera o
esgotamento do metal, bem como a técnica empregada para a retirada do produto.
b) No geral, Roosevelt, com o New Deal, interveio na
economia, aumentando os gastos públicos (déficit
spending) com a realização de grandes obras, aumentando o consumo por parte do Estado e absorvendo
mão-de-obra.
b) A mineração transferiu o eixo econômico do Nordeste
para a região Centro-Sul e levou a corte portuguesa a
mudar a capital de Salvador para o Rio de Janeiro,
visando controlar o contrabando, além da urbanização
e interiorização.
Dentre as medidas implementadas, apontam-se o TVA
(Tenesse Valley Authorithy), implicando a construção
de gigantescas barragens no vale do rio em questão;
o Plano Nacional de Recuperação da Indústria e o
Plano Nacional de Recuperação da Agricultura.
8. O texto seguinte se refere a um esforço de implantação de
fábricas no Brasil em meados do século XIX.
6. Parece-me cousa mui conveniente mandar Sua Alteza algumas
Não se pode dizer (...) que tenha havido falta de proteção depois
de 1844. Nem é lícito considerar reduzido seu nível (...) Não se
está autorizado, portanto, a atribuir o bloqueio da industrialização
à carência de proteção. O verdadeiro problema começa aí: há
que explicar por que o nível de proteção, que jamais foi baixo,
revelou-se insuficiente.
mulheres que lá têm pouco remédio de casamento a estas partes, ainda que fossem erradas, porque casarão todas mui bem,
com tanto que não sejam tais que de todo tenham perdido a
vergonha a Deus e ao mundo. E digo que todas casarão mui
bem, porque é terra muito grossa e larga (...) De maneira que
logo as mulheres terão remédio de vida, e os homens [daqui]
remediariam suas almas, e facilmente se povoaria a terra.
(J. M. Cardoso de Mello. O Capitalismo tardio, 1982.)
Tendo como base a carta do padre Manuel da Nóbrega:
a) Qual foi a novidade da Tarifa Alves Branco (1844), comparando-a com os tratados assinados com a Inglaterra em
1810?
a) dê uma característica da colonização portuguesa nos seus
primeiros tempos.
b) Indique duas razões do “bloqueio da industrialização” ao
qual se refere o autor.
(Manuel da Nóbrega. Carta do Brasil, 1549.)
b) por que o jesuíta considera que as mulheres que viessem
de Portugal teriam “remédio de vida” e os homens residentes na colônia “remediariam suas almas”?
Resolução
a) Os tratados de 1810, assinados com a Inglaterra,
estabeleciam tarifas alfandegárias preferenciais de
15% para produtos ingleses, 16% para produtos portugueses e 24% para produtos de outras nações. Já
com a nova política alfandegária, adotada com a Tarifa
Alves Branco (1844), alguns produtos tiveram seus
impostos aumentados para 30% ad valorem, outros
para 40, 50 e 60%. Essa variação dependia do fato
de o artigo em questão poder ou não ser produzido
no Brasil, e também de sua importância para o
consumo interno do país.
Resolução
a) O Brasil, sendo colonizado dentro de um quadro mercantilista, terá um regime de comércio determinado
pelo exclusivo metropolitano e pela adoção de trabalho
compulsório, inicialmente com o escambo, depois
com escravidão, voltados para o mercado externo.
b) Sendo essas mulheres consideradas de “vidas erradas”, teriam, em Portugal, poucas condições de contratarem um casamento, para, perante a Igreja e sua
fé, se redimirem dos pecados.
b) Dentre as razões do “bloqueio da industrialização”,
podemos citar a predominância econômica pelo café,
que possuía um preço elevado no mercado internacional, e a utilização da mão-de-obra escrava, que impedia o surgimento de uma população consumidora de
produtos industrializados.
No Brasil, o “remédio de vida” ocorreria ao se desposarem, salvando suas almas através da fé cristã.
7. As minas do Brasil se vão de dia em dia acabando, como mostra
a experiência; muitas delas já não dão nem para as despesas;
antigamente (...) tirava-se tanto que só a capitania das Minas
Gerais pagava dos direitos dos quintos cem arroubas de ouro
todos os anos.
9. A renúncia de Jânio Quadros, em 1961, abriu um período de
grande instabilidade política: havia aqueles que se opunham
à posse do vice-presidente, João Goulart, e os que defendiam
o cumprimento estrito da Constituição, que estipulava a posse do vice em caso de renúncia ou morte do presidente.
(J. J. da Cunha Azeredo Coutinho. Discurso sobre
o estado atual das minas do Brasil, 1804.)
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a) Qual a saída política encontrada pelo Congresso Nacional
para resolver o impasse?
A partir da charge e do texto:
a) aponte dois entraves à eliminação da exclusão digital e
implantação de uma sociedade da informação no Brasil.
b) Caracterize o governo Goulart, do ponto de vista político.
b) há diferença entre informação e conhecimento? Justifique
sua resposta.
Resolução
a) A saída encontrada pelo Congresso Nacional foi a
instituição do Parlamentarismo, no qual seriam contemplados os militares que faziam oposição a Jango,
uma vez que ele seria chefe de Estado, representando
o país e não o governo deste.
Resolução
a) Como entraves à eliminação da exclusão digital e à
implantação de uma sociedade da informação no
Brasil, temos a desigualdade social, fruto da concentração de renda e o problema de acesso à educação,
à saúde e à habitação, que deveriam ser garantidos
pelo Estado.
Por outro lado, o Parlamento viria garantir as instituições democráticas, com a indicação do Primeiroministro, que seria chefe de governo.
b) Sim, há diferença entre informação e conhecimento,
pois a informação situa-se no plano quantitativo, enquanto o conhecimento situa-se no plano qualitativo.
De acordo com os textos, a situação socioeconômica
é determinante para a aquisição do conhecimento;
logo, é necessário que o brasileiro tenha assegurado
o seu direito à educação. Eliminando o analfabetismo
e garantindo o acesso à informação, poderemos consolidar uma sociedade da informação no Brasil.
b) Politicamente, João Goulart, tanto na fase parlamentarista (1961/1963) quanto na fase presidencialista
(1963/1964), apesar de conseguir uma aproximação
com as camadas populares, com as suas Reformas
de Base, não agradou plenamente a ala esquerda e
trouxe apreensão ao setor militar que, em fins de
março, aplicou o golpe de Estado.
10. Observe a charge e leia o texto.
11. O mapa e os blocos-diagramas ilustram um dos grandes problemas do mundo moderno.
(Angeli. Folha de S.Paulo, 11.06.2003.)
... enquanto o Estado pretende acabar com o “analfabetismo
digital” (...) muitos brasileiros ainda permanecem à parte da produção e da compreensão da palavra escrita, a qual soa mais como
um privilégio de poucos, do que como um direito de todo o cidadão. Portanto, o analfabetismo é o maior desafio a ser enfrentado
pelo Estado para a consolidação de uma sociedade da informação
no Brasil, uma vez que os estoques de informação na internet
encontram-se, em sua maioria, sob a forma de texto escrito,
inacessíveis para cerca de 20 milhões de brasileiros que não
sabem ler e escrever.
a) Identifique o problema representado. Observe o mapa e
indique as áreas do globo mais afetadas, em ordem decrescente.
b) Por que há diferenças nas quantidades de kg/hectare/ano
nos blocos-diagramas? Que recurso técnico poderia ser
utilizado para minimizar o problema das áreas íngremes
onde a mata foi substituída?
(Rubens da Silva Ferreira. A sociedade da informação
no Brasil: um ensaio sobre os desafios do estado.
Ciência da Informação, vol. 32, n.o 1, 2003.)
3
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Resolução
rem menos encargos de manutenção, além de transportarem maiores volumes e mais passageiros de
uma vez.
a) O problema apresentado é o da erosão dos solos,
sendo mais acentuado no Sudeste Asiático, na África
Central e Oriental e na América do Norte e do Sul,
respectivamente.
13. Observe a posição geográfica da China com relação às coordenadas geográficas e a três representações climato-botânicas, a, b e c.
b) As diferenças se dão pelo grau de exposição dos
solos e pelo tipo de uso. Para minimizar as perdas
de solo, as plantações podem ser feitas em curvas
de nível, com associação de gramíneas aos cultivos
permanentes, com rotação de culturas nos cultivos
anuais, terraceamento e irrigação por gotejamento.
12.Observe o gráfico, que contém a distribuição das cargas entre
diversas modalidades de transporte em três países com grande extensão territorial.
a) Considerando os extremos do país, qual é a amplitude
latitudinal? Qual a conseqüência dessa amplitude sobre as
características do clima, do solo e da vegetação do país?
b) Faça a correspondência correta entre as características
climato-botânicas, representadas nas figuras a, b e c, e as
regiões 1, 2 e 3 assinaladas no mapa, indicando as diferenças sazonais em cada uma delas.
(Ministério dos Transportes, Empresa Brasileira de Planejamento de
Transporte - Geipot, Confederação Nacional dos Transportes - CNT.)
Resolução
a) Identifique a principal modalidade de transporte utilizada
em cada um dos países, analisando-as em termos de custos.
a) A amplitude latitudinal é de 30o, o que gera uma grande diversidade de climas e, conseqüentemente, de
solo e de vegetação, variando de rasos a profundos,
e de deserto à floresta úmida, respectivamente.
b) Como cada país complementa sua principal opção de transporte? Considerando os custos de cada um dos meios de
transporte, em qual dos três países a opção é mais adequada?
b) A = Vegetação tropical = clima de monções.
B = Vegetação subtropical e decíduas = clima temperado.
Resolução
a) O Brasil apresenta como principal modalidade o transporte rodoviário; este apresenta um alto custo operacional em relação aos outros dois tipos.
C = Vegetação de estepes e ausência de vegetação =
climas semi-árido e desértico.
14. Analise o gráfico, que representa o saldo do agronegócio e o
Os EUA têm como principal modalidade o transporte
ferroviário, considerando sua política espacial expansionista, advinda do século XIX.
saldo da balança comercial brasileira no período 1998-2002.
A China apresenta o aquaviário (hidroviário), devido
ao aproveitamento parcial de seus rios e à navegação
de cabotagem, considerando que a grande maioria
de sua população está concentrada no litoral.
b) O Brasil completa com 20,8% no ferroviário e 13,8%
no aquaviário.
Os EUA, 33,5% no rodoviário e 22,6% no aquaviário.
A China, 13% no rodoviário e 36,6% no ferroviário.
A China apresenta a opção mais adequada, pois,
apesar dos custos de implantação dos sistemas hidroviário e ferroviário serem maiores que os do rodoviário,
com o tempo eles se mostram mais viáveis, por exigi-
(Ministério da Agricultura, 2003).
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a) Com base nas informações sobre o saldo da balança comercial, separe os dados relativos ao período em dois conjuntos, justificando. Compare a situação das exportações
e importações nos anos de 1998 e 2002.
b) Descreva o saldo do agronegócio no período, destacando
sua importância no desempenho da economia brasileira.
b) qual é a importância das fontes renováveis de geração de
energia para o desenvolvimento e implantação de políticas energéticas em um país?
Resolução
a) Fontes renováveis: solar, vento, biomassa e hidrelétrica.
Não-renováveis: carvão, petróleo, gás natural e nuclear.
Resolução
a) Podemos dividir o saldo comercial no período de 1998
a 2000, quando, apesar do crescimento das
exportações, as importações foram maiores.
As mais adequadas serão o vento (impacto médio e
contribuição nula para o efeito estufa) e a solar (impacto de muito baixo a nulo e contribuição nula para o
efeito estufa).
O segundo período se dá de 2000 a 2002, com a
superação do valor importado pelo exportado.
b) Desde que haja condições físicas, como rios caudalosos e de planalto (hidrelétricas), vento (eólica) e
solos adequados para as plantations (lenha e canade-açúcar), as fontes renováveis podem ser adotadas.
Contudo, essas características são mais cabíveis aos
países tropicais do globo, que, em sua maioria, não
possuem recursos para a implantação ou ampliação
das formas renováveis de energia.
De 1998 a 2002, o que se verificou foi um aumento
de cerca de 3 vezes das exportações, saindo do
patamar de –6,6 bilhões de dólares para 13,1 bilhões
de dólares.
b) O saldo do agronegócio apresentou uma tendência
de crescimento, juntamente com os manufaturados e
os minérios, para atender às exigências feitas pelos
órgãos financeiros, como o BIRD e o FMI, em seus
acordos com o país, no sentido de manter saldos
positivos constantes na balança comercial, como
forma de ampliar negociações da dívida externa.
Elas podem ser adotadas como fontes de diversificação
na matriz energética dos países.
16. Observe a tabela.
15.Em vários países do mundo ainda existe grande número de
PORCENTAGEM DE ANALFABETOS E ALFABETIZADOS COM
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR EM ALGUNS
PAÍSES, NOS ANOS DE 1980 E 2000.
habitantes que não têm acesso à energia elétrica, principalmente nas zonas rurais. No Brasil, estimam-se entre 20 e 25
milhões as pessoas que não usufruem das comodidades proporcionadas pelo fornecimento regular dessa forma de energia, por vários motivos; em geral, isso decorre da combinação
entre baixo nível de renda da população e existência de vazios
de geração ou distribuição de energia. Analise o quadro.
Brasil
Guatemala China
Coréia do Sul
1980 2000 1980 2000 1980 2000 1980 2000
32,8 21,3 54,7 47,1 45,0 20,9 19,7 8,0
Analfabetos
Ensino
Fundamental 55,3 56,8 35,7 37,6
Ensino
Médio
6,9
13,5 7,4 9,5
Ensino
Superior
5,0
8,4 2,2 5,8
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DAS FONTES GERADORAS DE
ENERGIA ELÉTRICA
FONTE
ANÁLISE FINANCEIRA
Investimento
Custo
Inicial
Operacional
Hidrelétrica Baixo a médio Alto
Carvão
Baixo a médio Alto
Petróleo
Baixo a médio Alto
Nuclear
Alto
Alto
Gás Natural Baixo a médio Alto
Solar
Médio a alto
Baixo
Vento
Alto
Baixo
Biomassa Médio a alto
Médio
IMPACTO
AMBIENTAL
CONTRIBUIÇÃO PARA O
EFEITO ESTUFA
Médio a alto
Baixa
Alto
Alta
Alto
Alta
Alto
Alta
Médio a alto
Média a alta
Muito baixo a nulo Nula
Baixo
Nula
Médio
Média a alta
32,3 40,7
34,5
16,7
21,7 35,7
36,9
49,5
1,0 2,7
8,9
25,8
(Banco Mundial, 2001.)
a) Em que nível de ensino está a grande diferença entre os
países latino-americanos e os asiáticos? O que isso significa?
b) Brasil e China são semelhantes na extensão territorial, nas
disparidades regionais e no recebimento de investimentos
estrangeiros. Compare os resultados apresentados por estes países, nos três níveis de ensino, indicando dois aspectos que favorecem o maior desenvolvimento econômico chinês, na atualidade.
(Rosa, F. Instituto para o desenvolvimento de energias
alternativas e da auto-sustentabilidade, 2002.)
Considerando os indicadores apresentados:
Resolução
a) agrupe as fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Dentre as fontes renováveis geradoras de energia elétrica,
justifique quais são as mais adequadas, considerando impacto ambiental e contribuição para o efeito estufa.
a) A maior diferença está no Ensino Médio, que na Ásia
é cerca de 10 pontos acima da América Latina. Tal
diferença indica uma maior escolaridade e investimentos expressivos daquelas nações há cerca de 20
anos.
5
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b) A China teve uma redução de 50% no número de
analfabetos e uma expansão acentuada nos níveis de
ensino, destacando-se o médio e o superior, que,
apesar de atingir 2,7% da população, teve, em 20
anos, um aumento de 170%, o que é relevante, dada
sua altíssima população.
BRASIL – ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO EM 2000, EM PORCENTAGEM
ÁGUA
domicílios
atendidos
Já no Brasil, verificou-se o declínio de analfabetos e o
aumento nos outros níveis de ensino, mas em menor
proporção do que na China.
Dessa forma, o maior desenvolvimento econômico chinês deve-se à associação entre mão-de-obra barata
e, ao mesmo tempo, qualificada.
REDE DE ESGOTOS
distribuição nos
domicílios
Região Norte
44,3
2,4
Região Nordeste
52,9
14,7
Região Sudeste
70,5
53,0
Região Sul
69,1
22,5
Região Centro-Oeste
66,3
28,1
BRASIL
63,9
33,5
(IBGE, 2001.)
17. Observe o mapa
Utilizando seus conhecimentos geográficos, responda.
a) Qual é a situação brasileira em termos de abastecimento
de água e esgotamento sanitário por domicílio? Como a
população não atendida enfrenta a falta destes serviços?
b) Quais são as regiões brasileiras que revelaram as piores
condições nos dois indicadores? Qual é a conseqüência
mais importante dessa situação em termos de qualidade
ambiental?
Resolução
a) Todas as regiões apresentam índices de distribuição
de água acima de 50%, exceto a região Norte, que
apresenta índice de 44,3%. Em relação à rede de
esgotos, somente a região Sudeste apresenta índices
acima de 50%, sendo o índice das outras regiões
muito baixo.
Utilizando seus conhecimentos geográficos:
a) identifique o país indicado com o número 1 e explique a
distribuição espacial de sua população.
b) do ponto de vista do povoamento e da lingüística, quais
as principais diferenças apresentadas pela província destacada no mapa?
A população não atendida enfrenta a falta de serviços
em relação à rede de esgoto, jogando-o, a céu aberto,
nos rios e córregos.
Resolução
O problema da falta de distribuição de água é resolvido
com a construção de poços artesianos, de açudes,
com o deslocamento diário para pegar água e com
carros-pipas.
a) O país é o Canadá e a população distribui-se irregularmente pelo espaço, sendo mais concentrada junto à
região dos Grandes Lagos, fronteira com os EUA,
vale do rio São Lourenço, onde a indústria é mais
desenvolvida e a agricultura adaptou-se às custas de
melhoramentos genéticos, vistos os rigores do clima
temperado. No restante do país (Oeste, Centro e
Norte), o domínio dos climas temperado continental,
frio continental e subpolar fixam a população somente
em alguns pontos estratégicos, como portos e bases
militares.
b) Região Norte (44,3% de água e 2,4% de esgoto) e
Região Nordeste (52,9% de água e 14,7% de esgoto).
A principal conseqüência dessa situação, em termos
de qualidade ambiental, é a poluição dos rios e córregos, assim como a poluição dos solos, devido ao
despejo dos dejetos a céu aberto, o que amplia a
possibilidade de doenças.
b) A região assinalada é Quebec, de língua e civilização
francesas, devido ao povoamento pelo qual passou
no século XVIII.
19.Observe o gráfico, que representa a participação dos setores
industriais no PIB brasileiro nos anos de 1991 e 2001, segundo o IBGE.
18.A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico no Brasil, rea-
lizada em 2000 pelo IBGE, revelou a persistência de graves
problemas. Observe a tabela.
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sou talvez uma das vítimas desse mal, que vai grassando entre
nós. Não me atrevo, pois, a censurar ninguém; lastimo profundamente a todos! / É preciso erguer-se mais o sentimento de nacionalidade artística e literária, desdenhando-se menos o que é pátrio,
nativo e nosso; e os poetas e escritores devem cooperar nessa
grande obra de restauração. Não achas? Canta um poeta, entre
nós, um Partenon de Atenas, que nunca viu; outro os costumes de
um Japão a que nunca foi... Nenhum, porém, se lembrara de
cantar a Praia do Flamengo, como o fizeste, e qualquer julgaria
indigno de um soneto o Samba, que ecoa melancolicamente na
solidão das nossas fazendas, à noite. / Entretanto, este e outros
assuntos vivem na tradição de nossos costumes, e é por desprezálos assim que não temos um poeta verdadeiramente nacional. /
Qualquer assunto, por mais chilro e corriqueiro que pareça ser,
pode deixar de sê-lo, quando um raio do gênio o doure e inflame. /
Tu me soubeste dar uma prova desse asserto. Teus formosos
versos é que hão de ficar, porque eles estão alumiados pela
imensa luz da verdade. Essa rota que me apontas é que eu deveria
ter seguido, e que, infelizmente, deixei de seguir. O sol do futuro
vai romper justamente da banda para onde caminhas, e não da
banda por onde nós outros temos errado até hoje. / Continua, meu
Rodolfo. Mais alguns sonetos no mesmo gênero; e terás um livro
que, por si só, valerá mais que toda a biblioteca de parnasianos.
Onde, nestes, a pitoresca simplicidade, a saudável frescura, a
verdadeira poesia de teus versos?!
(IBGE, 1991 e 2002.)
a) Agrupe os setores industriais que mais cresceram e aqueles que menos cresceram, destacando a mudança ocorrida
nos dois anos considerados.
b) Utilizando seus conhecimentos geográficos, justifique a
participação de cada um dos grupos identificados no PIB
brasileiro.
(Raimundo Correia. Correspondência. In: Poesia
completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961.)
Resolução
a) Verifica-se um aumento no setor petroquímico e uma
redução no setor de manufaturados, representados
pelas indústrias de material elétrico, eletrônico e têxtil.
Todos Cantam sua Terra...
(1929)
[...] Acha Tristão de Ataíde que a literatura brasileira moderna, apesar de tudo, enxergou qualquer cousa às claras. Pois
que deu fé que estava em erro. Que se esquecera do Brasil, que
se expressava numa língua que não era a fala do povo, que
enveredara por terras de Europa e lá se perdera, com o mundo do
Velho Mundo. Trabalho deu a esse movimento literário atual, a que
chamam de moderno, trazer a literatura brasileira ao ritmo da
nacionalidade, isto é, integrá-la com as nossas realidades reais.
Mais ou menos isso falou o grande crítico. Assim como falou do
novo erro em que caiu esta literatura atual criando um
convencionalismo modernista, uma brasilidade forçada, quase tão
errada, quanto a sua imbrasilidade. Em tudo isso está certo Tristão.
Houve de fato ausência de Brasil nos antigos, hoje parece que há
Brasil de propósito nos modernos. Porque nós não poderíamos
com sinceridade achar Brasil no índio que Alencar isolou do negro,
cedendo-lhe as qualidades lusas, batalhando por um abolicionismo
literário do índio que nos dá a impressão de que o escravo daqueles tempos não era o preto, era o autóctone. O mesmo se deu
com Gonçalves Dias em que o índio entrou com o vestuário de
penas pequeno e escasso demais para disfarçar o que havia de
Herculano no escritor. [...] Da mesma forma que os nossos primeiros literatos cantaram a terra, os nossos poetas e escritores
de hoje querem expressar o Brasil numa campanha literária de
“custe o que custar”. Surgiram no começo verdadeiros manifestos, verdadeiras paródias ao Casimiro e ao Gonçalves Dias: “Todos
dizem a sua terra, também vou dizer a minha”. E do Norte, do Sul,
do sertão, do brejo, de todo o país brotaram grupos, programas,
proclamações modernistas brasileiras, umas ridículas à beça. Ninguém melhor compreendeu, adivinhou mesmo, previu o que se ia
dar, botando o preto no branco, num estudo apenso ao meu
primeiro livro de poesia em 1927, do que o meu amigo José Lins
do Rego. (...) Dois anos depois é o mesmo protesto de Tristão de
Ataíde: “esse modernismo intencional não vale nada!” Entretanto
nós precisamos achar a nossa expressão que é o mesmo que nos
acharmos. E parece que o primeiro passo para o achamento é
procurar trazer o homem brasileiro à sua realidade étnica, política
e religiosa. [...] No seio deste Modernismo já se opera uma
b) Tais mudanças se devem a uma expansão da demanda interna de energia, acompanhada de investimentos
da Petrobrás em tecnologia de extração e refino.
Já o setor de manufaturados sofreu uma redução,
devido à concorrência internacional e à inserção dessas
empresas na terceira revolução industrial.
PORTUGUÊS
INSTRUÇÃO: As questões de números 20 a 25 tomam por
base uma passagem de uma carta do poeta parnasiano
Raimundo Correia (1859-1911) e fragmentos de um ensaio do
poeta modernista Jorge de Lima (1893-1953).
A Rodolfo Leite Ribeiro
(...) Noto nas poesias tuas, que o Vassourense tem publicado, muita naturalidade e cor local, além da nitidez do estilo e
correção da forma. Sentes e conheces o que cantas, são
aprazivelmente brasileiros os assuntos, que escolhes. Um pedaço
de nossa bela natureza esplêndida palpita sempre em cada estrofe
tua, com todo o vigor das tintas que aproveitas. No “Samba” que
me dedicas, por exemplo, nenhuma particularidade falta dessa
nossa dança macabra, movimento, graça e verdade ressaltam de
cada um dos quatorze versos, que constituem o soneto. / Como
eu invejo isso, eu devastado completamente pelos prejuízos dessa
escola a que chamam parnasiana, cujos produtos aleijados e raquíticos apresentam todos os sintomas da decadência e parecem
condenados, de nascença, à morte e ao olvido! Dessa literatura
que importamos de Paris, diretamente, ou com escala por Lisboa,
literatura tão falsa, postiça e alheia da nossa índole, o que breve
resultará, pressinto-o, é uma triste e lamentável esterilidade. Eu
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VUNESP 2004 – HUMANAS
Na prática, os escritores acabaram por criar ícones
indígenas, que nada mais são que imagens poéticas
capazes de satisfazer as idealizações românticas e
que se distanciaram da realidade concreta.
reação anti-ANTISINTAXE, anti-ANTIGRAMATICAL em oposição ao
desleixo que surgiu em alguns escritos, no começo. Nós não
temos um passado literário comprido (como têm os italianos, para
citar só um povo), que nos endosse qualquer mudança no presente, pela volta a ele, renascimento dele, pela volta de sua expressão estilística ou substancial. A nossa tradição estilística, de
galho deu, na terra boa em que se plantando dá tudo, apenas
garranchos.
b) O "abolicionismo literário" buscado por Alencar ocorre
na medida em que o índio é excluído da sua realidade,
isolado do negro, por exemplo, e caracterizado segundo uma projeção romântica. Nesse sentido, o índio
deixa de ser ele mesmo, é abolido de suas raízes e
sua imagem sofre uma "pasteurização" que viabilize
ao burguês aceitá-lo como herói.
(Jorge de Lima. Ensaios. In: Poesias
completas – v. 4. Rio de Janeiro: José Aguilar/MEC, 1974.)
20. Embora de épocas diferentes, Raimundo Correia e Jorge de
Lima revelam estar imbuídos do mesmo propósito com relação
aos problemas da Literatura Brasileira. A partir deste comentário, releia os dois trechos e, a seguir,
22.O Modernismo buscou, em sua fase inicial, um novo discurso
pela quebra de padrões sintáticos e o emprego de características da linguagem coloquial. Com base nestas informações,
responda.
a) identifique o sentimento em relação ao Brasil que aproxima os dois escritores e serve de base para suas observações críticas sobre a Literatura Brasileira.
b) demonstre o caráter pessimista da conclusão a que chega
Raimundo Correia sobre o Parnasianismo no Brasil.
a) O que significam os neologismos anti-ANTISINTAXE e
anti-ANTIGRAMATICAL, no texto de Jorge de Lima?
b) O texto de Jorge de Lima foi escrito em 1929. No caso de
esses dois neologismos não estarem grafados de acordo
com o que dispõe o nosso Sistema Ortográfico, que é de
1943, indique as grafias obedientes à regra ortográfica atual,
segundo a qual o prefixo anti-só deve ser acompanhado
de hífen diante de h, r e s.
Resolução
a) Ambos os escritores reivindicam uma expressão
literária brasileira livre do servilismo com relação à
Europa e que fuja, igualmente, da mera caricatura. O
sentimento comum a ambos é o de um nacionalismo
crítico e consciente.
Resolução
a) O prefixo “anti-” indica negação. Ao se posicionar tal
prefixo antes de um igual, o autor faz uma “negação
da negação”, o que, na prática, constitui uma afirmação.
b) O pessimismo de Raimundo Corrêa fica evidente,
quando ele classifica a literatura parnasiana como
sendo “postiça e alheia da nossa índole”, atribuindo a
ela “a triste e lamentável esterilidade” que limitaria a
criatividade dos autores nacionais.
Sabendo-se que uma das principais bandeiras do
Modernismo foi a ruptura com a sintaxe e a gramática,
o que Jorge de Lima propõe é a volta aos padrões da
escrita, anteriores a essa ruptura.
21.O movimento romântico brasileiro, ao imitar os padrões do
Romantismo europeu, viu-se diante do problema de não encontrar, em nosso passado, heróis equiparáveis aos cavaleiros medievais. Nossos escritores, por isso, movidos pelo sentimento nativista, serviram-se em suas ficções da figura do
índio como herói cavaleiresco. Releia o texto de Jorge de Lima
e, a seguir,
b) Segundo o que se infere do enunciado, e tomando
por base o sistema ortográfico vigente, não haveria
hífen em nenhuma das duas ocorrências do prefixo
“anti-”; assim, ambos os neologismos deveriam ser
grafados da seguinte forma:
a) aponte as razões que levam o escritor a afirmar que não
podemos achar Brasil no índio de Alencar e de Gonçalves
Dias.
b) considerando que o Abolicionismo foi um evento da História do Brasil que levou à lei da libertação dos escravos
negros, explique como se pode entender, nas palavras de
Jorge de Lima, o abolicionismo “literário” do índio, buscado por Alencar.
“antianti-sintaxe” e “antiantigramatical”.
23.Os escritores, em busca de maior expressividade para determinadas passagens de seus textos, apresentam seqüências de
períodos que, noutras passagens, poderiam estar configuradas como um único período. A partir desta observação:
a) reescreva os três primeiros períodos do primeiro parágrafo
do texto de Jorge de Lima como um único período.
Resolução
b) considere que “enxergou”, “deu fé”, “se esquecera”, “se
expressava”, “enveredara” e “se perdera” implicam como
sujeito pessoas – o que não é o caso de “literatura”– e
substitua o sintagma “a literatura brasileira moderna” por
outro cujo núcleo atenda a essa implicação do significado
de tais verbos.
a) Não é possível "achar Brasil" no índio de Alencar ou
de Gonçalves Dias porque eles não revelam a essência verdadeiramente nacional; não é possível ao
brasileiro identificar-se com índios cujas características
retomam basicamente as "qualidades lusas", como
afirmado por Jorge de Lima.
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VUNESP 2004 – HUMANAS
Resolução
para duas realidades diferentes: "...a banda para onde
caminhas..." denota uma língua brasileira, sem rebuscamentos, voltada para as coisas do Brasil; já "... a
banda por onde nós outros temos errado até hoje."
denota uma literatura inspirada nos moldes europeus
e que não reflete a realidade brasileira.
a) Acha Tristão de Ataíde que a literatura brasileira
moderna, apesar de tudo, enxergou qualquer cousa
às claras, porque deu fé que estava em erro, pois
esquecera-se do Brasil, expressara-se numa língua
que não era a fala do povo, enveredara por terras de
Europa e lá se perdera, com o mundo do Velho Mundo.
b) A expressão "garrancho", utilizada por Jorge de Lima,
remete para um estilo literário rebuscado, inspirado
nos modelos europeus, como o Parnasianismo e o
Simbolismo.
b) Acha Tristão de Ataíde que os autores brasileiros
modernos, apesar de tudo, enxergaram qualquer cousa
às claras. Pois que deram fé que estavam em erro.
Que se esqueceram do Brasil, que se expressaram
numa língua que não era a fala do povo, que enveredaram por terras de Europa e lá se perderam, com o
mundo do Velho Mundo.
25.As orações subordinadas adjetivas se identificam por se refe-
rirem, como os adjetivos, a um substantivo antecedente, integrando-se, deste modo, ao sintagma nominal de que tal substantivo constitui o núcleo. De posse desta informação,
24.Freqüentemente, quer na fala, quer na escrita, em vez de nos
a) indique as duas orações adjetivas que aparecem no período seguinte do texto de Raimundo Correia e identifique o
sintagma nominal a que se integram: “Canta um poeta,
entre nós, um Partenon de Atenas, que nunca viu; outro
os costumes de um Japão a que nunca foi.”
referirmos diretamente a um fato, fazemo-lo por meio de comparações, metáforas e alegorias. Com base neste comentário,
a) estabeleça o significado efetivo da seguinte frase alegórica
no texto de Raimundo Correia: “O sol do futuro vai romper
justamente da banda para onde caminhas, e não da banda
por onde nós outros temos errado até hoje.”
b) aponte dois termos de orações desse período que estejam
ocultos, isto é, não expressos na superfície da oração,
embora implícitos em sua estrutura.
b) ciente de que a palavra “garrancho” apresenta, entre outras acepções, “letra mal traçada, quase ilegível”, identifique o aspecto desta acepção que Jorge de Lima mobiliza
figuradamente no último período de seu texto, para definir
a produção literária brasileira anterior ao Modernismo.
Resolução
a) A primeira oração adjetiva é "que nunca viu", integrando
o sintagma nominal "um Partenon de Atenas".
A segunda oração adjetiva é "a que nunca foi",
integrando o sintagma nominal "um Japão".
Resolução
b) No fragmento "...outro os costumes de um Japão a
que nunca foi.", subentende-se o núcleo do sujeito
"poeta" e a forma verbal "canta".
a) A frase alegórica "O sol do futuro vai romper justamente da banda para onde caminhas, e não da banda
por onde nós outros temos errado até hoje." remete
COMENTÁRIOS
HISTÓRIA
Muito bem elaborada, conseguiu abordar vários aspectos da História, tanto Geral como do Brasil.
Mais uma vez, a VUNESP mostrou-se objetiva e clara em suas questões, deixando o aluno à vontade para expor suas idéias.
GEOGRAFIA
A prova seguiu a tendência dos anos anteriores em propor questões com assuntos variados, claros e objetivos, com o devido
acompanhamento de mapas, gráficos e tabelas pertinentes aos enunciados.
O aluno preparado com o conteúdo mínimo da Geografia do Ensino Médio não deve ter encontrado problemas em resolvê-la.
LITERATURA
A bela prova de Literatura deste ano manteve as características que costuma apresentar: questões baseadas na análise
comparativa entre dois textos de épocas distintas, cujo tema central seja semelhante. A partir desse princípio, as questões
abordaram fundamentalmente o Romantismo e o Modernismo.
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GRAMÁTICA
Como de costume, a prova de Gramática da VUNESP atendeu satisfatoriamente às expectativas. O conteúdo foi bastante
diversificado, em relação ao número de questões pedidas: análise sintática, elipse, figuras de linguagem, concordância e hífen.
Todos os exercícios reportaram-se aos textos e exigiam, para sua realização, a reflexão do aluno, mais do que a mera
aplicação de regras. Como exemplo disso, podemos apontar o exercício de hífen, que dispensou a memorização das controvertidas regras, pois a que era necessária foi fornecida no enunciado da questão.
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Arq. 4