HISTÓRIA
PRÉ-VESTIBULAR
LIVRO DO PROFESSOR
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detentor dos direitos autorais.
I229
IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. —
Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]
696 p.
ISBN: 978-85-387-0574-1
1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.
CDD 370.71
Disciplinas
Autores
Língua Portuguesa
Literatura
Matemática
Física
Química
Biologia
História
Geografia
Francis Madeira da S. Sales
Márcio F. Santiago Calixto
Rita de Fátima Bezerra
Fábio D’Ávila
Danton Pedro dos Santos
Feres Fares
Haroldo Costa Silva Filho
Jayme Andrade Neto
Renato Caldas Madeira
Rodrigo Piracicaba Costa
Cleber Ribeiro
Marco Antonio Noronha
Vitor M. Saquette
Edson Costa P. da Cruz
Fernanda Barbosa
Fernando Pimentel
Hélio Apostolo
Rogério Fernandes
Jefferson dos Santos da Silva
Marcelo Piccinini
Rafael F. de Menezes
Rogério de Sousa Gonçalves
Vanessa Silva
Duarte A. R. Vieira
Enilson F. Venâncio
Felipe Silveira de Souza
Fernando Mousquer
Produção
Projeto e
Desenvolvimento Pedagógico
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Feudalismo
“O processo de gestação do Feudalismo foi
bastante longo, remontando à crise romana do
século III, passando pela constituição dos reinos
germânicos nos séculos V-VI e pelos problemas
do Império Carolíngio no século IX.(...) Para podermos acompanhar(...) sete de seus aspectos
mais importantes: a ruralização da sociedade,
o enrijecimento da hierarquia social, a fragmentação do poder central, o desenvolvimento das
relações de dependência pessoal, a privatização
da defesa, a clericalização da sociedade, as
transformações na mentalidade.”
(JR, Hilário Franco. O Feudalismo. São Paulo:
Brasiliense, 1994.)
Façamos uma rápida análise a respeito desse
período, que reúne toda a Idade Média, o chamado
Período Medieval, caracterizado pelo elo de ligação
entre o senhor feudal (suserano) e o seu servo (vassalo).
O regime feudal apresenta uma forte tendência
ao poder descentralizado, nas mãos dos senhores
feudais.
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Conceito
Pode-se dividir o Feudalismo em três períodos
distintos. O primeiro englobou os séculos III ao V, segundo alguns historiadores, chamado de Período de
Formação. O segundo período foi caracterizado pela
consolidação do regime feudal, e perpetuou durante
os séculos VI ao XIII. O último período englobou a
desagregação e a crise do século XIV/XV, ou seja, a
crise feudal.
O feudo era um território pertencente, geralmente, a um senhor feudal. Este feudo possuía o
manso senhorial, caracterizado pela terra em que
o senhor possuía a sua moradia e algumas terras,
em que servos geralmente trabalhavam, para pagar
tributos feudais. O manso comunal era a região de
comum uso entre os senhores e os seus respectivos
servos. Por último, e não menos importante, havia
no feudo o manso servil, a faixa de terra destinada
para o trabalho dos servos em forma de pagamento
dos tributos para o seu senhorio.
O espaço em que se deu o Feudalismo era,
principalmente, a Europa Ocidental, porém, também
existiu um regime bastante semelhante no Japão,
entre o século XV a XIX.
Relações de produção no
feudo
A produção era realizada em grandes propriedades pertencentes ao clero e à nobreza, caracterizando o trabalho servil, decorrente do acordo entre o
senhor feudal e os seus servos. Este acordo era feito
por meio de um “selo” de lealdade e compromisso
de ambas as partes.
•• Relações de servidão: o trabalhador cultivava
na terra do senhor e também trabalhava nas
reservas senhorias (corveia).
•• Servo: pagava impostos e taxas, trabalhando um tempo para si próprio (cultura de
subsistência); a outra parte da terra em que
se produzia era para pagar os impostos ao
senhor feudal (talha). A banalidade e a mão-morta (utilização de instrumentos do senhor
e tomada da terra pelo filho de um servo
após a sua morte, respectivamente) também
eram outros tipos de impostos aplicados na
sociedade feudal.
“Deus quis que, entre os homens, uns fossem senhores e outros servos, de tal maneira
que os senhores venerem e amem a Deus, e que
os servos estejam obrigados a amar e venerar
o seu senhor...”
St. Laud de Angers
Durante o período medieval, o camponês se
submetia à servidão, pois não possuía terra. Esta era
a fonte de riqueza e poder no período feudal. Nessa
sociedade, o senhor feudal era o dono da terra e
detentor do poder político. Vale lembrar que o poder
e a unidade monetária em todo o período feudal não
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eram centralizados, ou seja, cada feudo possuía suas
próprias leis e suas próprias moedas.
A igreja era a dona da maioria das terras e
possuidora do poder ideológico que controlava a
sociedade feudal. Logo, a sociedade era teocêntrica, ou seja, acreditava–se que Deus era o centro do
mundo e do universo, fato este que seria questionado
mais tarde, a partir do surgimento da teoria antropocêntrica, durante o período renascentista.
aperfeiçoamentos da charrua, os progressos
da rotação trienal dos solos, o aparecimento de
novas culturas, são seus principais aspectos.
Todas essas novidades concorrem para o vasto
movimento de ocupação de novas terras que aumenta consideravelmente a superfície das terras
cultivadas da cristandade.”
(LE GOFF, Jacques. Le Moyen Age. Paris: Bordas,1962,
O mundo feudal
A economia, no período feudal, era essencialmente agrária e autossuficiente. A produção era de
consumo imediato, não voltando-se para a produção
excedentes de para a comercialização. A terra era
a principal fonte de riqueza e de poder. Já o trabalho era firmado pelas relações servis, fixadas pelos
costumes.
Na organização política, o período feudal se
caracteriza pela descentralização, ou seja, o poder
era distribuído entre o rei e os membros do alto
clero e da nobreza. Cada feudo era, por si só, uma
unidade autônoma governada por um senhor feudal.
As relações feudais estavam baseadas no sistema
de suserania e vassalagem, o suserano geralmente
era um nobre que doava um feudo e o vassalo era o
nobre que recebia.
A cultura feudal era teocêntrica, ou seja, a figura
de Deus estava no centro de todas as coisas, tendo
em vista a forte influência da igreja católica neste
período.
A sociedade feudal era estamental, pois estava
dividida em três estamentos. Você sabe o que são
estamentos? Pois bem, estamentos são camadas
sociais relativamente fechadas. Eram definidas por
relações de parentesco e pelo conceito de honra.
O primeiro estamento da sociedade feudal era o clero, o
segundo a nobreza, e o terceiro o campesinato, do qual
faziam parte os servos e vilões (moradores de vilas).
A estratificação social estava fundamentada no
privilégio de nascimento, impedindo a mobilidade
social.
O Renascimento comercial
e urbano
“Do século XI ao XIII um conjunto de
progressos na economia rural constituiu uma
verdadeira Revolução Agrícola. A difusão dos
moinhos a água e a vento, a elevação do rendimento do trabalho dos animais de tração, os
2
O desenvolvimento urbano foi caracterizado
pelo aparecimento das guildas ou corporações
mercantis, que resultou no aumento da circulação
monetária. Os grandes centros comerciais dessa
época foram as cidades de Gênova, Veneza, Bruges,
Antuérpia e Flandres. Essa expansão promoveu o
início da fragmentação do período caracterizado
pelo feudalismo, e o início da formação dos Estados
nacionais.
A partir do século XI ocorreu o renascimento
comercial europeu proveniente, principalmente, da
renovação de prática agrícolas, novos instrumentos
de trabalho, o aproveitamento da água e do vento
como força motriz. Com estas mudanças, os agricultores começaram a fazer colheitas mais abundantes,
e a ter uma mesa farta, principalmente, para o camponês. Muitas florestas foram derrubadas e pântanos
drenados para facilitar o crescimento da sociedade,
fenômeno denominado de arroteamento, isto é, a
utilização de áreas não-cultivadas. A produção em
grande escala gerou um excedente agrícola, estimulando o comércio entre as vilas. O movimento das
Cruzadas foi o grande responsável em expandir o
comércio que antes concentrava–se entre os feudos,
para outras regiões fora da Europa, como era o caso
do comércio com o Oriente.
Este crescimento foi denominado de Revolução
Comercial ou Revolução Urbana, sendo favorecido
com o advento do comércio entre as cidades.
Um grande ponto do renascimento comercial
europeu era a existência das famosas feiras, que
comercializavam artigos de luxo, animais, produtos agrícolas e artesanato. As feiras eram muito
importantes para promoverem o desenvolvimento
comercial e as transações bancárias, alcançando o
seu auge entre os séculos XII e XIV.
Muitas feiras deram origem aos burgos, que
eram cidades. Os burgos atraíam muitas pessoas
em busca de um trabalho livre. Destacavam-se as
figuras dos artesãos, que eram os responsáveis
pelos bens manufaturados da época. Os artesãos,
muitas vezes, uniam-se dando origem às chamadas
corporações de ofício, associações de artesãos nas
cidades medievais, formadas por mestres, jornaleiros
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p.113.)
e aprendizes. Havia também a formação de guildas,
que eram caracterizadas como sendo associações de
mercadores nas cidades, muitas delas conseguiam
a carta de franquia, um documento que atestava a
liberdade de uma cidade perante um determinado
senhor feudal, que fora seu “proprietário”. A cidade
estaria livre administrativamente, não tendo mais a
obrigação de pagar tributos e realizar as obrigações
servis. Estas cidades também conquistavam o direito de possuírem pequenos exércitos (milícias) e de
cobrar impostos dos seus habitantes.
Com o crescimento comercial, os grandes negociantes buscaram a formação de ligas de defesa
mútua, principalmente para se proteger de assaltos
e, logicamente, facilitar as transações comercias.
Neste ponto eram criadas as Hansas, associações
de mercadores de uma cidade como, por exemplo, a
Liga Hanseática, criada no século XIII, reunindo as
cidades do Norte da Europa, para controlar a ligação
do mar do Norte com o mar Báltico.
Com o tempo, originou-se uma nova classe social,
a burguesia, classe esta que saiu economicamente
fortalecida após a crise do Feudalismo no século XIV.
XIV, o duelo entre franceses e ingleses, entre
turcos e o Império Bizantino, a luta entre os
cavaleiros teutônicos e lituanos, adquiriu
uma ferocidade jamais vista naquela época,
e favoreceu o fortalecimento do sentimento
nacionalista em determinadas regiões, o que
facilitou mais tarde o processo de formação
do Estado nacional moderno.
•• Epidemias: Peste Negra
1. Relacione as colunas e assinale a alternativa correta.
a) Corporações de Ofício
b) Burgos
c) Guildas
d) Cidades Francas
e) Hansas
(( ) Núcleos urbanos que surgiram ao redor dos castelos e que deram origem a várias cidades medievais.
A Crise do feudalismo
(( ) Associações de artesãos nas cidades medievais, formadas por mestres, jornaleiros e aprendizes.
(( ) Cidades que compravam a liberdade junto a um senhor feudal.
Características
A fase final do sistema feudal foi caracterizada
por um longo período – início do século XIV–XV até
o XVIII.
Vale destacar que todo um conjunto de fatores
foi o que favoreceu a crise feudal, não sendo somente
um fator isolado. Vejamos abaixo alguns deles:
•• A fome: o problema da alimentação, jamais
resolvido, era um problema crônico dentro
das camadas mais pobres da sociedade europeia. A Grande Fome foi registrada no período
de 1315–1317, no momento em que nem as
Províncias mais férteis da Europa escaparam
do acontecimento.
•• Revoltas camponesas contra miséria
Jacqueris
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•• Esgotamento das fontes de minérios preciosos.
•• Guerras: como, por exemplo, a Guerra dos
Cem Anos, que foi caracterizada pelo conflito
entre a Inglaterra e a França. Os conflitos nunca desapareceram, porém, durante o século
(( ) Associações de mercadores nas cidades medievais.
(( ) Liga formada por cidades comerciais, na Baixa Idade
Média.
a) C, A, D, B, e E
b) B, C, D, E e A
c) E, C, D, A e B
d) D, A, E, B e C
e) B, D, E, A e B
``
Solução:
Letra D
2. O longo processo de transição do Feudalismo para o
Capitalismo teve início com uma crise econômica, social e
política ocorrida na Europa, durante o século XIV. Aponte
3 elementos que caracterizaram essa crise.
``
Solução:
A Grande Fome, a Peste Negra e a Guerra dos Cem anos
caracterizaram a crise do século XIV.
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3
cientes, entre as quais se destaca o “Estatuto dos
Trabalhadores Ingleses”, promulgado em 1351 por
Eduardo II.
3. O processo de degradação da sociedade feudal teve
a sua intensificação no decorrer do século XIV, principalmente com o advento de epidemias norteando toda
a Europa. A Peste Negra chegou a matar cerca de um
terço da população europeia naquela época. Tendo
conhecimento sobre este assunto, responda:
a) Qual era o elemento transmissor da peste na sociedade feudal do século XIV? E por que essa
doença se proliferou tão intensamente naquela
época?
b) Cite outras duas características da crise feudal,
além da já citada na questão.
``
Solução:
a) O rato era o principal transmissor da peste naquele
período. E a proliferação da doença deu–se de forma
tão intensificada graças à falta de higiene da sociedade da época.
b) Fome e revoltas camponesas, por exemplo.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é
a) F - F - V - V
b) V - V - F - F
c) V - F - V - F
d) F - V - F - V
e) F - V - V - F
2. (Cesgranrio) Entre os séculos XV e XVIII, a transição
do feudalismo para o Capitalismo, no mundo ocidental,
engloba um conjunto de transformações econômicas e
sociais, entre as quais identificamos corretamente:
a) a fragmentação da propriedade fundiária senhorial
e monárquica.
b) a substituição da produção das manufaturas pelo
sistema de corporações de ofícios.
c) a supremacia das rotas terrestres e mediterrâneas
no comércio com o oriente.
d) o fortalecimento dos laços de servidão e vassalagem.
e) o desenvolvimento da vida urbana através das atividades comerciais.
3. (Unicamp)
b) Caracterize a atuação da Inquisição no Brasil colonial.
4. (Unesp)
Observe a ilustração e responda.
(( ) A moléstia contagiosa mais comum do surto epidêmico de 1348-1351 foi a peste bubônica, que se
caracterizava pelo aparecimento de inchações, ou
ínguas, nas axilas ou virilhas, levando o doente frequentemente à morte em poucos dias.
(( ) Devido às más condições de higiene das cidades,
a epidemia dizimou apenas as populações pobres
dos grandes centros urbanos, enquanto as ricas se
refugiaram nas fortificações, menos afetadas pela
epidemia.
(( ) O efeito da epidemia sobre as camadas populares
não foi mais devastador porque os governantes
conseguiram implementar medidas de proteção efi-
4
A Avareza. IIuminura de um manuscrito do século XV.
a) Qual a atividade econômica criticada?
b) Qual era a mais importante e maior riqueza da época?
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(( ) Em 1346, a epidemia surgiu em Kaffa, na Crimeia,
espalhando-se por terra e por mar até a maior parte
da Europa, tendo, em 1348, atingido Constantinopla,
a Itália e a França; depois, a Inglaterra, a Alemanha, a
Polônia e a Escandinávia, entre outros países.
a) Explique por que as ações da Inquisição se davam
por meio de cerimônias públicas.
Domínio público.
1. (UFRS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as
afirmações a seguir, que se referem ao quadro da crise
geral da Europa ao final da Idade Média, quando ocorreu
o recrudescimento de surtos de epidemia.
1. (Cesgranrio) A administração colonial portuguesa no
Brasil se organizava em vários níveis, cuja autonomia e
jurisdição variaram em diversos momentos da colonização. Assinale a opção que expressa corretamente uma
característica dessa administração.
a) Há crescente centralização e reforço da autoridade
dos governadores e vice-reis no século XVIII, principalmente após o período pombalino.
b) As Câmaras Municipais sempre foram o principal
núcleo de poder da colônia, por exercerem as funções policiais e judiciárias.
c) Os governadores gerais tiveram função essencialmente militar, mantendo-se com os donatários o
controle da administração fiscal e tributária.
O texto, extraído do livro A Utopia, de Thomas Morus,
publicado em 1516, refere-se:
a) às transformações das áreas rurais inglesas com a
criação de carneiros e pastagens, com consequente redução de poder econômico dos abades e setores da burguesia.
b) à crise do sistema feudal inglês com a ampliação de
pastagens, concentração de propriedades rurais e
abandono do campo pelos camponeses.
c) ao êxodo rural que ocorreu com a decadência dos
feudos, provocada pela Revolução Industrial e pelo
crescimento urbano.
d) As autoridades judiciárias como os juízes, ouvidores e ministros dos tribunais eram independentes,
reportando-se diretamente ao rei.
d) à crise do sistema rural, provocada pelos conflitos
entre os senhores feudais e realeza, pela posse das
terras mais férteis para plantações e pastagens
para criação de carneiros.
e) As necessidades de conquista do território generalizaram a prática de conceder total autonomia
administrativa aos que dirigiam expedições de desbravamento.
e) à intervenção dos burgueses, produtores de lã,
na organização das propriedades agrícolas, que
passaram a ser disputadas por abades, camponeses e artesãos.
2. Explique porque a desintegração do sistema feudal e a
centralização política são, entre outros, fatores decisivos
para a expansão marítima portuguesa.
5. (Fatec) No século XIII, com o predomínio do capital
comercial sobre o trabalho dos artesãos, iniciaram-se
os choques entre a burguesia e os trabalhadores. Isso
provocou a desagregação das comunas como forma de
organização política das cidades, levando à:
3. (Unicamp) No ano de 1070, os habitantes da cidade de
Mans revoltaram-se contra o duque da Normandia. O
bispo fugiu e relatou: “Fizeram então uma associação
a que chamam comuna, uniram-se por um juramento e
forçaram os senhores dos campos circundantes a jurar
fidelidade à comuna. Cheios de audácia, começaram a
cometer inúmeros crimes. Até queimaram os castelos
da região durante a Quaresma e, o que é pior, durante
a Semana Santa”.
(LE GOFF Jaques, A Civilização do Ocidente Medieval, Lisboa:
Estampa, 1984, v. 2, p.57. Adaptado.)
a) Qual é o conflito social que está representado nesse
texto?
b) Relacione esse conflito ao renascimento das cidades
a partir do século XII.
c) Por que a Igreja costumava se opor à associação
das comunas?
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despovoam os campos, as casas e as aldeias. Com efeito,
em todas as partes do reino, onde se produzem as mais
finas e preciosas lãs, acorrem, para disputar a terra, os
nobres, os ricos, e mesmo os santos abades.”
4. (Unesp) “As tropas inumeráveis de carneiros que se
espalham atualmente por toda a Inglaterra, constituídas
por animais tão doces, tão sóbrios mas (que) são, no
entanto, tão vorazes e ferozes que comem até pessoas e
a) substituição das comunas por governos representantes dos mais poderosos grupos burgueses; as
corporações de ofício foram-se extinguindo, e seus
agregados passaram a trabalhar como pequenos e
médios comerciantes urbanos; mais tarde os trabalhadores urbanos se constituíram no proletário
moderno.
b) substituição das comunas por governos representantes dos mais poderosos grupos da nobreza; as
corporações de ofício foram-se extinguindo, e seus
agregados passaram a trabalhar como assalariados
dos grandes comerciantes; mais tarde esses trabalhadores se constituíram no proletariado urbano.
c) substituição das comunas por governos representantes dos mais poderosos grupos burgueses; as
corporações de ofício foram-se extinguindo, e seus
agregados passaram a trabalhar como assalariados dos grandes comerciantes; mais tarde, esses
trabalhadores assalariados se constituíram no
proletariado urbano.
d) substituição das comunas por sindicatos de trabalhadores livres; transformação das corporações de
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5
ofício em governos eleitos democraticamente com
a participação do clero e da nobreza.
e) manutenção das comunas e das corporações de
ofício que, com o desenvolvimento da economia
capitalista, se transformaram em órgãos representativos das classes trabalhadoras rurais e urbanas.
6. Entre os séculos XII e XIV, ocorreram intensas mudanças
na vida da população da Europa Ocidental, quebrando
a “pureza” do Feudalismo. Dentre elas, destacam-se,
exceto:
a) enriquecimento da classe mercantil, que supera o
poder político da aristocracia feudal.
b) intensificação das relações monetárias, rompendo
a base natural da economia feudal.
c) crescimento da atividade comercial, devido ao aumento
do volume dos excedentes.
d) aumento da produção agrícola, provocando a queda
da taxa de mortalidade.
e) formação das corporações de ofício, defendendo o
trabalho artesanal nas novas cidades.
7. Durante o século XIV, a Europa conheceu uma de
suas piores crises econômicas, pondo fim à Idade
Média e dando início à Era Moderna, com o advento
da formação dos Estados nacionais.
a) Uma das características desta crise foi a forte
mudança climática, que promoveu uma redução
na produção de alimentos. Sabendo disso, qual
o clima predominante na Europa Ocidental?
b) Cite duas características da crise do Feudalismo,
com exceção da já citada na alternativa anterior.
6
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8. Dentro da Idade Média, um dos episódios que marcou
a crise do feudalismo foi a Guerra dos Cem Anos, que
retratou o conflito armado entre a França e a Inglaterra.
Neste episódio ocorreu o aparecimento da figura de Joana
D’Arc, uma mulher lutadora que, em nome de Deus, deveria
coroar o rei da França. Sabe-se que Joana D’Arc foi morta,
condenada à fogueira por heresia. Porém, algum tempo
depois, essa pessoa que foi queimada pela igreja católica,
foi canonizada pela mesma. Por quê?
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1. B
1. A
2. E
2. No contexto da desintegração do Feudalismo está o
desenvolvimento comercial e urbano na Europa Ocidental, que fez surgir a burguesia, classe social que, para
expandir seus negócios, aliou-se aos soberanos, a fim
de eliminar os obstáculos decorrentes da autonomia da
nobreza feudal. Tal processo favoreceu a centralização
do poder político, necessária à expansão do comércio
em dimensões intercontinentais. Em Portugal, a aliança
rei-burguesia levou à Revolução de Avis (1385), fator
decisivo para a expansão marítima portuguesa.
3.
a) As cerimônias públicas da Inquisição, tinham, entre
outras razões, a finalidade de reafirmar o poder da
igreja católica, através da intimidação.
b) No Brasil, a atuação da Inquisição limitou-se a prisões e confisco dos bens dos acusados que eram
enviados para Lisboa. Os jesuítas solicitavam ocasionalmente a presença de inquisidores para investigar cristãos novos, luteranos e hereges.
4.
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a) O comércio voltado para o lucro, envolvendo a prática da usura.
b) Os metais preciosos (ouro e prata), base da economia monetária.
3.
a) As revoltas urbanas na Idade Média, contrárias ao
poder feudal.
b) O dinamismo das atividades comerciais e as pretensões da emergente burguesia chocavam-se com as
estruturas feudais que obstaculavam a autonomia
das cidades e o desenvolvimento das atividades
mercantis.
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7
c) A ascensão das cidades ameaçava a hegemonia
que a igreja medieval exercia sobre a sociedade
feudal, seu poder político e sua influência sobre a
economia.
4. B
5. C
6. A
7.
a) O clima predominante na Europa Ocidental é o
temperado.
b) O aluno poderá citar: fome, peste, guerras, revoltas
camponesas.
8
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8. A figura de Joana D’Arc foi canonizada pela mesma
igreja que a condenou por heresia com o único objetivo
de atrair fiéis para a própria religião. O culto à Joana
D’Arc estava ficando tão intenso que a igreja católica
decidiu canonizá–la, atraindo fiéis e, principalmente,
o pagamento de dízimos, promovendo com isso, uma
acumulação de capital.
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