HISTÓRIA PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br © 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor] 696 p. ISBN: 978-85-387-0574-1 1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título. CDD 370.71 Disciplinas Autores Língua Portuguesa Literatura Matemática Física Química Biologia História Geografia Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima Bezerra Fábio D’Ávila Danton Pedro dos Santos Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba Costa Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. Saquette Edson Costa P. da Cruz Fernanda Barbosa Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério Fernandes Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa Silva Duarte A. R. Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Feudalismo “O processo de gestação do Feudalismo foi bastante longo, remontando à crise romana do século III, passando pela constituição dos reinos germânicos nos séculos V-VI e pelos problemas do Império Carolíngio no século IX.(...) Para podermos acompanhar(...) sete de seus aspectos mais importantes: a ruralização da sociedade, o enrijecimento da hierarquia social, a fragmentação do poder central, o desenvolvimento das relações de dependência pessoal, a privatização da defesa, a clericalização da sociedade, as transformações na mentalidade.” (JR, Hilário Franco. O Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1994.) Façamos uma rápida análise a respeito desse período, que reúne toda a Idade Média, o chamado Período Medieval, caracterizado pelo elo de ligação entre o senhor feudal (suserano) e o seu servo (vassalo). O regime feudal apresenta uma forte tendência ao poder descentralizado, nas mãos dos senhores feudais. EM_V_HIS_001 Conceito Pode-se dividir o Feudalismo em três períodos distintos. O primeiro englobou os séculos III ao V, segundo alguns historiadores, chamado de Período de Formação. O segundo período foi caracterizado pela consolidação do regime feudal, e perpetuou durante os séculos VI ao XIII. O último período englobou a desagregação e a crise do século XIV/XV, ou seja, a crise feudal. O feudo era um território pertencente, geralmente, a um senhor feudal. Este feudo possuía o manso senhorial, caracterizado pela terra em que o senhor possuía a sua moradia e algumas terras, em que servos geralmente trabalhavam, para pagar tributos feudais. O manso comunal era a região de comum uso entre os senhores e os seus respectivos servos. Por último, e não menos importante, havia no feudo o manso servil, a faixa de terra destinada para o trabalho dos servos em forma de pagamento dos tributos para o seu senhorio. O espaço em que se deu o Feudalismo era, principalmente, a Europa Ocidental, porém, também existiu um regime bastante semelhante no Japão, entre o século XV a XIX. Relações de produção no feudo A produção era realizada em grandes propriedades pertencentes ao clero e à nobreza, caracterizando o trabalho servil, decorrente do acordo entre o senhor feudal e os seus servos. Este acordo era feito por meio de um “selo” de lealdade e compromisso de ambas as partes. •• Relações de servidão: o trabalhador cultivava na terra do senhor e também trabalhava nas reservas senhorias (corveia). •• Servo: pagava impostos e taxas, trabalhando um tempo para si próprio (cultura de subsistência); a outra parte da terra em que se produzia era para pagar os impostos ao senhor feudal (talha). A banalidade e a mão-morta (utilização de instrumentos do senhor e tomada da terra pelo filho de um servo após a sua morte, respectivamente) também eram outros tipos de impostos aplicados na sociedade feudal. “Deus quis que, entre os homens, uns fossem senhores e outros servos, de tal maneira que os senhores venerem e amem a Deus, e que os servos estejam obrigados a amar e venerar o seu senhor...” St. Laud de Angers Durante o período medieval, o camponês se submetia à servidão, pois não possuía terra. Esta era a fonte de riqueza e poder no período feudal. Nessa sociedade, o senhor feudal era o dono da terra e detentor do poder político. Vale lembrar que o poder e a unidade monetária em todo o período feudal não Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 1 eram centralizados, ou seja, cada feudo possuía suas próprias leis e suas próprias moedas. A igreja era a dona da maioria das terras e possuidora do poder ideológico que controlava a sociedade feudal. Logo, a sociedade era teocêntrica, ou seja, acreditava–se que Deus era o centro do mundo e do universo, fato este que seria questionado mais tarde, a partir do surgimento da teoria antropocêntrica, durante o período renascentista. aperfeiçoamentos da charrua, os progressos da rotação trienal dos solos, o aparecimento de novas culturas, são seus principais aspectos. Todas essas novidades concorrem para o vasto movimento de ocupação de novas terras que aumenta consideravelmente a superfície das terras cultivadas da cristandade.” (LE GOFF, Jacques. Le Moyen Age. Paris: Bordas,1962, O mundo feudal A economia, no período feudal, era essencialmente agrária e autossuficiente. A produção era de consumo imediato, não voltando-se para a produção excedentes de para a comercialização. A terra era a principal fonte de riqueza e de poder. Já o trabalho era firmado pelas relações servis, fixadas pelos costumes. Na organização política, o período feudal se caracteriza pela descentralização, ou seja, o poder era distribuído entre o rei e os membros do alto clero e da nobreza. Cada feudo era, por si só, uma unidade autônoma governada por um senhor feudal. As relações feudais estavam baseadas no sistema de suserania e vassalagem, o suserano geralmente era um nobre que doava um feudo e o vassalo era o nobre que recebia. A cultura feudal era teocêntrica, ou seja, a figura de Deus estava no centro de todas as coisas, tendo em vista a forte influência da igreja católica neste período. A sociedade feudal era estamental, pois estava dividida em três estamentos. Você sabe o que são estamentos? Pois bem, estamentos são camadas sociais relativamente fechadas. Eram definidas por relações de parentesco e pelo conceito de honra. O primeiro estamento da sociedade feudal era o clero, o segundo a nobreza, e o terceiro o campesinato, do qual faziam parte os servos e vilões (moradores de vilas). A estratificação social estava fundamentada no privilégio de nascimento, impedindo a mobilidade social. O Renascimento comercial e urbano “Do século XI ao XIII um conjunto de progressos na economia rural constituiu uma verdadeira Revolução Agrícola. A difusão dos moinhos a água e a vento, a elevação do rendimento do trabalho dos animais de tração, os 2 O desenvolvimento urbano foi caracterizado pelo aparecimento das guildas ou corporações mercantis, que resultou no aumento da circulação monetária. Os grandes centros comerciais dessa época foram as cidades de Gênova, Veneza, Bruges, Antuérpia e Flandres. Essa expansão promoveu o início da fragmentação do período caracterizado pelo feudalismo, e o início da formação dos Estados nacionais. A partir do século XI ocorreu o renascimento comercial europeu proveniente, principalmente, da renovação de prática agrícolas, novos instrumentos de trabalho, o aproveitamento da água e do vento como força motriz. Com estas mudanças, os agricultores começaram a fazer colheitas mais abundantes, e a ter uma mesa farta, principalmente, para o camponês. Muitas florestas foram derrubadas e pântanos drenados para facilitar o crescimento da sociedade, fenômeno denominado de arroteamento, isto é, a utilização de áreas não-cultivadas. A produção em grande escala gerou um excedente agrícola, estimulando o comércio entre as vilas. O movimento das Cruzadas foi o grande responsável em expandir o comércio que antes concentrava–se entre os feudos, para outras regiões fora da Europa, como era o caso do comércio com o Oriente. Este crescimento foi denominado de Revolução Comercial ou Revolução Urbana, sendo favorecido com o advento do comércio entre as cidades. Um grande ponto do renascimento comercial europeu era a existência das famosas feiras, que comercializavam artigos de luxo, animais, produtos agrícolas e artesanato. As feiras eram muito importantes para promoverem o desenvolvimento comercial e as transações bancárias, alcançando o seu auge entre os séculos XII e XIV. Muitas feiras deram origem aos burgos, que eram cidades. Os burgos atraíam muitas pessoas em busca de um trabalho livre. Destacavam-se as figuras dos artesãos, que eram os responsáveis pelos bens manufaturados da época. Os artesãos, muitas vezes, uniam-se dando origem às chamadas corporações de ofício, associações de artesãos nas cidades medievais, formadas por mestres, jornaleiros Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_001 p.113.) e aprendizes. Havia também a formação de guildas, que eram caracterizadas como sendo associações de mercadores nas cidades, muitas delas conseguiam a carta de franquia, um documento que atestava a liberdade de uma cidade perante um determinado senhor feudal, que fora seu “proprietário”. A cidade estaria livre administrativamente, não tendo mais a obrigação de pagar tributos e realizar as obrigações servis. Estas cidades também conquistavam o direito de possuírem pequenos exércitos (milícias) e de cobrar impostos dos seus habitantes. Com o crescimento comercial, os grandes negociantes buscaram a formação de ligas de defesa mútua, principalmente para se proteger de assaltos e, logicamente, facilitar as transações comercias. Neste ponto eram criadas as Hansas, associações de mercadores de uma cidade como, por exemplo, a Liga Hanseática, criada no século XIII, reunindo as cidades do Norte da Europa, para controlar a ligação do mar do Norte com o mar Báltico. Com o tempo, originou-se uma nova classe social, a burguesia, classe esta que saiu economicamente fortalecida após a crise do Feudalismo no século XIV. XIV, o duelo entre franceses e ingleses, entre turcos e o Império Bizantino, a luta entre os cavaleiros teutônicos e lituanos, adquiriu uma ferocidade jamais vista naquela época, e favoreceu o fortalecimento do sentimento nacionalista em determinadas regiões, o que facilitou mais tarde o processo de formação do Estado nacional moderno. •• Epidemias: Peste Negra 1. Relacione as colunas e assinale a alternativa correta. a) Corporações de Ofício b) Burgos c) Guildas d) Cidades Francas e) Hansas (( ) Núcleos urbanos que surgiram ao redor dos castelos e que deram origem a várias cidades medievais. A Crise do feudalismo (( ) Associações de artesãos nas cidades medievais, formadas por mestres, jornaleiros e aprendizes. (( ) Cidades que compravam a liberdade junto a um senhor feudal. Características A fase final do sistema feudal foi caracterizada por um longo período – início do século XIV–XV até o XVIII. Vale destacar que todo um conjunto de fatores foi o que favoreceu a crise feudal, não sendo somente um fator isolado. Vejamos abaixo alguns deles: •• A fome: o problema da alimentação, jamais resolvido, era um problema crônico dentro das camadas mais pobres da sociedade europeia. A Grande Fome foi registrada no período de 1315–1317, no momento em que nem as Províncias mais férteis da Europa escaparam do acontecimento. •• Revoltas camponesas contra miséria Jacqueris EM_V_HIS_001 •• Esgotamento das fontes de minérios preciosos. •• Guerras: como, por exemplo, a Guerra dos Cem Anos, que foi caracterizada pelo conflito entre a Inglaterra e a França. Os conflitos nunca desapareceram, porém, durante o século (( ) Associações de mercadores nas cidades medievais. (( ) Liga formada por cidades comerciais, na Baixa Idade Média. a) C, A, D, B, e E b) B, C, D, E e A c) E, C, D, A e B d) D, A, E, B e C e) B, D, E, A e B `` Solução: Letra D 2. O longo processo de transição do Feudalismo para o Capitalismo teve início com uma crise econômica, social e política ocorrida na Europa, durante o século XIV. Aponte 3 elementos que caracterizaram essa crise. `` Solução: A Grande Fome, a Peste Negra e a Guerra dos Cem anos caracterizaram a crise do século XIV. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 3 cientes, entre as quais se destaca o “Estatuto dos Trabalhadores Ingleses”, promulgado em 1351 por Eduardo II. 3. O processo de degradação da sociedade feudal teve a sua intensificação no decorrer do século XIV, principalmente com o advento de epidemias norteando toda a Europa. A Peste Negra chegou a matar cerca de um terço da população europeia naquela época. Tendo conhecimento sobre este assunto, responda: a) Qual era o elemento transmissor da peste na sociedade feudal do século XIV? E por que essa doença se proliferou tão intensamente naquela época? b) Cite outras duas características da crise feudal, além da já citada na questão. `` Solução: a) O rato era o principal transmissor da peste naquele período. E a proliferação da doença deu–se de forma tão intensificada graças à falta de higiene da sociedade da época. b) Fome e revoltas camponesas, por exemplo. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) F - F - V - V b) V - V - F - F c) V - F - V - F d) F - V - F - V e) F - V - V - F 2. (Cesgranrio) Entre os séculos XV e XVIII, a transição do feudalismo para o Capitalismo, no mundo ocidental, engloba um conjunto de transformações econômicas e sociais, entre as quais identificamos corretamente: a) a fragmentação da propriedade fundiária senhorial e monárquica. b) a substituição da produção das manufaturas pelo sistema de corporações de ofícios. c) a supremacia das rotas terrestres e mediterrâneas no comércio com o oriente. d) o fortalecimento dos laços de servidão e vassalagem. e) o desenvolvimento da vida urbana através das atividades comerciais. 3. (Unicamp) b) Caracterize a atuação da Inquisição no Brasil colonial. 4. (Unesp) Observe a ilustração e responda. (( ) A moléstia contagiosa mais comum do surto epidêmico de 1348-1351 foi a peste bubônica, que se caracterizava pelo aparecimento de inchações, ou ínguas, nas axilas ou virilhas, levando o doente frequentemente à morte em poucos dias. (( ) Devido às más condições de higiene das cidades, a epidemia dizimou apenas as populações pobres dos grandes centros urbanos, enquanto as ricas se refugiaram nas fortificações, menos afetadas pela epidemia. (( ) O efeito da epidemia sobre as camadas populares não foi mais devastador porque os governantes conseguiram implementar medidas de proteção efi- 4 A Avareza. IIuminura de um manuscrito do século XV. a) Qual a atividade econômica criticada? b) Qual era a mais importante e maior riqueza da época? Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_001 (( ) Em 1346, a epidemia surgiu em Kaffa, na Crimeia, espalhando-se por terra e por mar até a maior parte da Europa, tendo, em 1348, atingido Constantinopla, a Itália e a França; depois, a Inglaterra, a Alemanha, a Polônia e a Escandinávia, entre outros países. a) Explique por que as ações da Inquisição se davam por meio de cerimônias públicas. Domínio público. 1. (UFRS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, que se referem ao quadro da crise geral da Europa ao final da Idade Média, quando ocorreu o recrudescimento de surtos de epidemia. 1. (Cesgranrio) A administração colonial portuguesa no Brasil se organizava em vários níveis, cuja autonomia e jurisdição variaram em diversos momentos da colonização. Assinale a opção que expressa corretamente uma característica dessa administração. a) Há crescente centralização e reforço da autoridade dos governadores e vice-reis no século XVIII, principalmente após o período pombalino. b) As Câmaras Municipais sempre foram o principal núcleo de poder da colônia, por exercerem as funções policiais e judiciárias. c) Os governadores gerais tiveram função essencialmente militar, mantendo-se com os donatários o controle da administração fiscal e tributária. O texto, extraído do livro A Utopia, de Thomas Morus, publicado em 1516, refere-se: a) às transformações das áreas rurais inglesas com a criação de carneiros e pastagens, com consequente redução de poder econômico dos abades e setores da burguesia. b) à crise do sistema feudal inglês com a ampliação de pastagens, concentração de propriedades rurais e abandono do campo pelos camponeses. c) ao êxodo rural que ocorreu com a decadência dos feudos, provocada pela Revolução Industrial e pelo crescimento urbano. d) As autoridades judiciárias como os juízes, ouvidores e ministros dos tribunais eram independentes, reportando-se diretamente ao rei. d) à crise do sistema rural, provocada pelos conflitos entre os senhores feudais e realeza, pela posse das terras mais férteis para plantações e pastagens para criação de carneiros. e) As necessidades de conquista do território generalizaram a prática de conceder total autonomia administrativa aos que dirigiam expedições de desbravamento. e) à intervenção dos burgueses, produtores de lã, na organização das propriedades agrícolas, que passaram a ser disputadas por abades, camponeses e artesãos. 2. Explique porque a desintegração do sistema feudal e a centralização política são, entre outros, fatores decisivos para a expansão marítima portuguesa. 5. (Fatec) No século XIII, com o predomínio do capital comercial sobre o trabalho dos artesãos, iniciaram-se os choques entre a burguesia e os trabalhadores. Isso provocou a desagregação das comunas como forma de organização política das cidades, levando à: 3. (Unicamp) No ano de 1070, os habitantes da cidade de Mans revoltaram-se contra o duque da Normandia. O bispo fugiu e relatou: “Fizeram então uma associação a que chamam comuna, uniram-se por um juramento e forçaram os senhores dos campos circundantes a jurar fidelidade à comuna. Cheios de audácia, começaram a cometer inúmeros crimes. Até queimaram os castelos da região durante a Quaresma e, o que é pior, durante a Semana Santa”. (LE GOFF Jaques, A Civilização do Ocidente Medieval, Lisboa: Estampa, 1984, v. 2, p.57. Adaptado.) a) Qual é o conflito social que está representado nesse texto? b) Relacione esse conflito ao renascimento das cidades a partir do século XII. c) Por que a Igreja costumava se opor à associação das comunas? EM_V_HIS_001 despovoam os campos, as casas e as aldeias. Com efeito, em todas as partes do reino, onde se produzem as mais finas e preciosas lãs, acorrem, para disputar a terra, os nobres, os ricos, e mesmo os santos abades.” 4. (Unesp) “As tropas inumeráveis de carneiros que se espalham atualmente por toda a Inglaterra, constituídas por animais tão doces, tão sóbrios mas (que) são, no entanto, tão vorazes e ferozes que comem até pessoas e a) substituição das comunas por governos representantes dos mais poderosos grupos burgueses; as corporações de ofício foram-se extinguindo, e seus agregados passaram a trabalhar como pequenos e médios comerciantes urbanos; mais tarde os trabalhadores urbanos se constituíram no proletário moderno. b) substituição das comunas por governos representantes dos mais poderosos grupos da nobreza; as corporações de ofício foram-se extinguindo, e seus agregados passaram a trabalhar como assalariados dos grandes comerciantes; mais tarde esses trabalhadores se constituíram no proletariado urbano. c) substituição das comunas por governos representantes dos mais poderosos grupos burgueses; as corporações de ofício foram-se extinguindo, e seus agregados passaram a trabalhar como assalariados dos grandes comerciantes; mais tarde, esses trabalhadores assalariados se constituíram no proletariado urbano. d) substituição das comunas por sindicatos de trabalhadores livres; transformação das corporações de Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 5 ofício em governos eleitos democraticamente com a participação do clero e da nobreza. e) manutenção das comunas e das corporações de ofício que, com o desenvolvimento da economia capitalista, se transformaram em órgãos representativos das classes trabalhadoras rurais e urbanas. 6. Entre os séculos XII e XIV, ocorreram intensas mudanças na vida da população da Europa Ocidental, quebrando a “pureza” do Feudalismo. Dentre elas, destacam-se, exceto: a) enriquecimento da classe mercantil, que supera o poder político da aristocracia feudal. b) intensificação das relações monetárias, rompendo a base natural da economia feudal. c) crescimento da atividade comercial, devido ao aumento do volume dos excedentes. d) aumento da produção agrícola, provocando a queda da taxa de mortalidade. e) formação das corporações de ofício, defendendo o trabalho artesanal nas novas cidades. 7. Durante o século XIV, a Europa conheceu uma de suas piores crises econômicas, pondo fim à Idade Média e dando início à Era Moderna, com o advento da formação dos Estados nacionais. a) Uma das características desta crise foi a forte mudança climática, que promoveu uma redução na produção de alimentos. Sabendo disso, qual o clima predominante na Europa Ocidental? b) Cite duas características da crise do Feudalismo, com exceção da já citada na alternativa anterior. 6 EM_V_HIS_001 8. Dentro da Idade Média, um dos episódios que marcou a crise do feudalismo foi a Guerra dos Cem Anos, que retratou o conflito armado entre a França e a Inglaterra. Neste episódio ocorreu o aparecimento da figura de Joana D’Arc, uma mulher lutadora que, em nome de Deus, deveria coroar o rei da França. Sabe-se que Joana D’Arc foi morta, condenada à fogueira por heresia. Porém, algum tempo depois, essa pessoa que foi queimada pela igreja católica, foi canonizada pela mesma. Por quê? Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 1. B 1. A 2. E 2. No contexto da desintegração do Feudalismo está o desenvolvimento comercial e urbano na Europa Ocidental, que fez surgir a burguesia, classe social que, para expandir seus negócios, aliou-se aos soberanos, a fim de eliminar os obstáculos decorrentes da autonomia da nobreza feudal. Tal processo favoreceu a centralização do poder político, necessária à expansão do comércio em dimensões intercontinentais. Em Portugal, a aliança rei-burguesia levou à Revolução de Avis (1385), fator decisivo para a expansão marítima portuguesa. 3. a) As cerimônias públicas da Inquisição, tinham, entre outras razões, a finalidade de reafirmar o poder da igreja católica, através da intimidação. b) No Brasil, a atuação da Inquisição limitou-se a prisões e confisco dos bens dos acusados que eram enviados para Lisboa. Os jesuítas solicitavam ocasionalmente a presença de inquisidores para investigar cristãos novos, luteranos e hereges. 4. EM_V_HIS_001 a) O comércio voltado para o lucro, envolvendo a prática da usura. b) Os metais preciosos (ouro e prata), base da economia monetária. 3. a) As revoltas urbanas na Idade Média, contrárias ao poder feudal. b) O dinamismo das atividades comerciais e as pretensões da emergente burguesia chocavam-se com as estruturas feudais que obstaculavam a autonomia das cidades e o desenvolvimento das atividades mercantis. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 7 c) A ascensão das cidades ameaçava a hegemonia que a igreja medieval exercia sobre a sociedade feudal, seu poder político e sua influência sobre a economia. 4. B 5. C 6. A 7. a) O clima predominante na Europa Ocidental é o temperado. b) O aluno poderá citar: fome, peste, guerras, revoltas camponesas. 8 EM_V_HIS_001 8. A figura de Joana D’Arc foi canonizada pela mesma igreja que a condenou por heresia com o único objetivo de atrair fiéis para a própria religião. O culto à Joana D’Arc estava ficando tão intenso que a igreja católica decidiu canonizá–la, atraindo fiéis e, principalmente, o pagamento de dízimos, promovendo com isso, uma acumulação de capital. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br