RESPOSTA INFLAMATÓRIA CRÔNICA EM PIRANHAS
NATURALMENTE PARASITADAS PELO ACANTOCÉFALO
Echinorhynchus jucundum
Vanessa Pavesi Faria, Luis Antônio Marinelli, Marco Antonio Andrade Belo
Laboratório de Farmacologia e Toxicologia Animal -Unicastelo
Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO),
Fone / Fax: +55 19 3593 8575
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Palavras-chave: Serrasalmus maculatus, Echinorhynchus jucundum, inflamação crônica.
Tema: Fisiopatologia do processo inflamatório.
Trabalho - A presente investigação teve por objetivo avaliar a resposta inflamatória crônica de
piranhas, Serrasalmus maculatus, naturalmente parasitadas pelo acantocéfalo Echinorhynchus
jucundum através da correlação entre o estudo dos parasitos, resposta hematológica e de
alterações histopatológicas dos peixes. Para tal, piranhas foram capturadas na represa do
Clube de Campo das Figueiras, Município de Porto Ferreira/SP, utilizando-se rede de arrasto,
sendo amostrados 20 animais parasitados pelo acantocéfalo com o objetivo de se estabelecer
um estudo das lesões causadas por este parasito nas piranhas. No momento da captura, foram
colhidas amostras de sangue dos peixes para estudo bioquímico sérico, eritrocitário,
leucocitário e trombocitário. Após anestesia profunda, os animais foram necropsiados para
colheita de fragmentos de fígado, rim e baço, assim como, da mucosa intestinal para realização
de estudo histopatológico das lesões exercidas pelo parasito. Observou-se aumento
significativo no número de parasitos no intestino de animais com maior peso, tal fato sugere a
hipótese de que animais maiores sejam mais velhos e tenham sido mais expostos ao parasito
no ambiente. Em animais maiores e com maior número de parasitos verificou-se aumento
significativo na concentração de fosfatase alcalina, pois os enterócitos de mamíferos
apresentam uma isoenzima de fosfatase alcalina, denominada de ALPI (Alkaline Phosphatase
Intestinal) e elevados níveis séricos desta enzima são observados em animais com intensa
destruição da mucosa intestinal, nas piranhas o aumento sérico de fosfatase alcalina pode ser
resultante da ação lesiva exercida pela acantocefalose. No estudo histopatológico verificaramse alterações patológicas da mucosa intestinal como perda do tecido epitelial de revestimento
dos vilos próximos aos parasitos, infiltrações de células mononucleares e células granulocíticas
eosinofílicas na lâmina própria intestinal. Os Centros de Melano Macrófagos observados nos
rins apresentavam pigmentação mais escura demonstrando grande presença de melanina,
diferentemente dos agregados de macrófagos observados nos tecidos hepáticos. Os achados
bioquímicos séricos e histopatológicos auxiliam na compreensão das alterações
fisiopatológicas resultantes da interação parasito-hopedeiro exercida pelo E. jucundum em
piranhas da espécie S. maculatus.
Encontro de Pós-Graduação e Iniciação Científica – Universidade Camilo Castelo Branco
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Título: RESPOSTA INFLAMATÓRIA CRÔNICA EM PIRANHAS