ECONOMIA CONCÓRDIA
Flávio Combat
CONJUNTURA - INFLAÇÃO
IPCA-15 TEM ALTA DE 1,07% EM ABRIL. EM DOZE MESES, INFLAÇÃO ACUMULA ALTA DE 8,22%.
Resumo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou desaceleração entre
março (1,24%) e abril (1,07%). Em doze meses, a inflação acumulou uma variação de 8,22%. Em abril,
destaque para a pressão exercida pela Habitação (3,66%) e pelos Alimentos (1,04%). Para 2015,
projetamos um IPCA de 8,10%.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15)
Fonte: IBGE.
IPCA-15: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 registrou desaceleração entre março
(1,24%) e abril (1,07%). Em doze meses, a variação acumulada alcançou 8,22%.
AVALIAÇÃO: Dentre os destaques do IPCA-15 de abril, as principais fontes de pressão inflacionária vieram
da Habitação (3,66% e impacto de 0,55 p.p.) e da Alimentação (1,04% e impacto de 0,26 p.p.). Dentre os
itens de maior impacto sobre o indicador, a energia elétrica se destacou, com alta de 13,02% e impacto de
0,45 ponto percentual.
Habitação: O grupo registrou aceleração entre março e abril (de 2,78% para 3,66%).
AVALIAÇÃO: A pressão exercida pelo grupo decorreu, como já assinalado, do reajuste médio de 13,02%
no preço da energia elétrica, que passou a valer a partir do dia 2 de março. O aumento do preço da energia
também foi resultado do sistema de bandeira tarifária vigente: com a bandeira vermelha em abril, o preço da
energia foi reajustado em 83,3%.
Alimentação e Bebidas: O grupo registrou desaceleração entre março e abril (de 1,22% para 1,04%).
AVALIAÇÃO: Não obstante a desaceleração na margem, a pressão exercida pela Alimentação refletiu o
aumento de alguns alimentos relevantes na cesta de consumo, como é o caso da cebola (6,72%), do alho
(6,61%), dos ovos (5,49%), do leite (4,96%), do tomate (4,28%) e do óleo de soja (3,68%).
ECONOMIA CONCÓRDIA
Flávio Combat
OPINIÃO
- O resultado do IPCA-15 de abril veio em linha com a projeção da Concórdia.
- Como já observado, o resultado de abril refletiu a forte pressão inflacionária exercida pelo grupo
Habitação, diante do reajuste na tarifa de energia elétrica e do sistema de bandeiras tarifárias. Essa fonte
de pressão deverá persistir ao longo de 2015, diante da escassez de chuvas, que aumentam o custo de
geração e o preço da energia elétrica.
- Para abril, projetamos um IPCA de 0,85%. A desaceleração leva em consideração a perspectiva de
redução, no curto prazo, da pressão exercida pelo reajuste da energia elétrica que passou a vigorar em
março. Também projetamos continuidade da descompressão dos Transportes, como resultado da menor
pressão exercida pelos combustíveis.
- Para 2015, a projeção para o IPCA é de 8,10%.
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