CRISTIAN CARASSAI FRANTZ
LEIZIMARA DORNELES LOPES
LISIANE BRASIL ARAUJO
ANITA GARIBALDI: A AMANTE GUERREIRA DA
REVOLUÇÃO FARROUPILHA
Artigo Cientifico
Aprovação em Instrumentalização Científica
Curso de Turismo
Universidade Luterana do Brasil
Orientador: Roni Dalpiaz
Mostardas
2006
CRISTIAN CARASSAI FRANTZ
LEIZIMARA DORNELES LOPES
LISIANE BRASIL ARAUJO
ANITA GARIBALDI: A AMANTE GUERREIRA DA
REVOLUÇÃO FARROUPILHA
Artigo Cientifico
Aprovação em Administração de Marketing
Curso de Turismo
Universidade Luterana do Brasil
Orientadora: Alexandra Zottis
Mostardas
2006
ANITA GARIBALDI: A AMANTE GUERREIRA DA
REVOLUÇÃO FARROUPILHA
Cristian Carassai Frantz1
Leizimara Dorneles Lopes
Lisiane Brasil Araujo
RESUMO
O artigo apresenta o início e o fim da tragetoria de Ana Maria de Jesus Ribeiro,
mais conhecida como Anita Garibaldi, esta tragetória ficou marcada na história do Rio
Grande do Sul.
Anita e considerada um símbolo para a mulher gaúcha pela força e garra que ela
tinha.
Palavras-chave: Anita. Revolução Farroupilha. Garibaldi
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Acadêmicos do 2º semestre de Turismo da Universidade Luterana do Brasil/Torres - RS
INTRODUÇÃO
Ana Maria de Jesus Ribeiro * Nasceu em 1821 em Morrinhos, Laguna, na
então província de Santa Catarina. Seus pais, Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia
de Jesus, eram pobres, porém honrados. Do seu pai parece ter herdado a energia e a
coragem pessoal, relevando desde criança um caráter independente e resoluto. Em
1835, já falecido o pai, casou aos catorze anos por insistência materna, com Manuel
Duarte de Aguiar, na Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos da Laguna. O curto
matrimônio, sem afinidades e sem filhos, revelou-se um fracasso seguido de
separação.
Aos 18 anos conheceu a José Garibaldi que viera com as tropas farroupilhas de
Davi Canabarro e Joaquim Teixeira Nunes tomar a Laguna em julho de 1939, fundando
a República Juliana dos Cem Dias. Garibaldi chegara á Laguna com fama de herói pelo
feito épico que acabara realizar ao transportar, por terra, as duas embarcações
“Farroupilha” e “Seival” de Capivari e Tramandaí e posterior salvamento do naufrágio da
primeira ao sul do Cabo de Santa Marta. Seu encontro com Anita resultou em amor a
primeira vista, dando origem a um dos mais belos romances de amor e dedicação
incondicionais. A 20 de outubro de 1839 Anita decide seguir José Garibaldi, subindo a
bordo de seu navio para uma expedição de corso até Cananéia. Sua lua de mel tem
lances de grande dramaticidade: Em Imbituba recebe seu batismo de fogo ao serem os
corsários atacados por forças marítimas legais. Dias depois, a 15 de Novembro, Anita
confirma sua coragem ímpar e amor heróico a Garibaldi e á cansa na célebre batalha
naval de Laguna, contra Frederico Mariath, em que se expõe a mil mortes ao atravessar
uma dúzia de vezes num pequeno escaler a área de combate para transportar
munições em meio de verdadeira carnificina humana. Com o fim da efêmera República
Lagunense, o casal segue na retirada para o sul. Subindo a serra, Anita combate ao
lado de Garibaldi em Santa Vitória, passa o Natal de 1839 em Lages, toma parte ativa
no combate das Forquilhas (Curitibanos) à meia-noite de 12 de janeiro seguinte. Feita
prisioneira de Melo Albuquerque, consegue deste comandante permissão para procurar
no campo de batalha o cadáver de Garibaldi que lhe haviam dito morto. Foge depois
espetacularmente, embrenhando-se pela mata atravessando o Rio Canoas a nado
reencontrando as tropas em retirada e seu Giuseppe, oito dias depois. Em 16 de
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Setembro de 1840 nasceu seu primogênito Menotti em Mostardas, na região da Lagoa
dos Patos, no Rio Grande do Sul. Doze dias depois do parto, é obrigada a fugir
dramaticamente a cavalo, seminua e com o recém-nascido ao colo, de um ataque
noturno de Pedro de Abreu durante a ausência de Garibaldi. Reencontrados depois,
Anita e o filho seguiram, também, na posterior grande retirada pelo mortífero vale do
Rio das Antas, da qual nos conta o próprio Garibaldi foi a mais medonha que jamais
acompanhou, e que a desesperada coragem de Anita conseguiu meios de salvar o filho
à última hora. Em 1841, dispensado por Bento Gonçalves, Garibaldi segue com a
pequena família para Montevidéu, engajando-se nas lutas uruguaias contra o tirano
Rosas. A 26 de Março de 1842, Garibaldi casa com Anita na antiga Igreja de São
Francisco de Assis. Nos anos seguintes Anita tem mais 3 filhos Rosita, Teresita e
Riccioti. Rosita não consegue vencer um ataque de difteria, falecendo aos trinta meses,
deixando seus pais desesperados. Em fins de 1847 segue Anita com seus três filhos
para a Itália, para Gênova e Nice sendo seguida pelo marido poucos meses depois. Na
Itália Anita Garibaldi deu múltiplas demonstrações de aprimoramento intelectual,
aparecendo como esposa condigna do herói italiano cuja estrela começa a brilhar
internacionalmente. Infelizmente a vida de Anita foi demasiado curta. Em meados de
1849 vai a Roma sitiada pelos franceses ao encontro do marido, e com ele e sua
Legião italiana faz a célebre retirada, dando repetidas mostras de grande dignidade e
de coragem em lances de bravura frente aos inimigos austríacos. Grávida pela quinta
vez e muito doente, não aceita os conselhos para permanecer em San Marino para
restabelecer-se. Não quer abandonar o marido quando quase todos o abandonam.
Acompanhado de poucos fiéis, ziguezagueando pelos pântanos ao Norte de Ravenna,
fugindo dos Austríacos, prometendo pena de morte a eles garibaldinos e a quem lhes
ajudasse José Garibaldi vê definhar rapidamente a mulher que mais amou na vida e de
sua coragem disse desejara muitas vezes fosse a dele! Pelas 19 horas do dia 4 de
agosto de 1849, Anita Garibaldi falece nos braços do esposo em pranto, longe dos
filhos, num quartinho do segundo pavimento da casa dos irmãos Ravaglia em
Mandriole, próximo a Santo Alberto.
GARIBALDI E A GUERRA DOS FARRAPOS
A 20 de setembro de 1835, explode uma revolução na Província de São Pedro
do Rio Grande do Sul. Os liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, contra os
conservadores, que tiveram vários chefes ao longo dos dez anos de duração da luta
amada. Depois de um ano de revolução intransigente dos liberais, apelidados de
Farroupilhas ou Farrapos, contra os conservadores, chamados de Camelos ou
Caramurus, os farroupilhas desistiram da paz e proclamaram a República em 11 de
Setembro de 1836. Separando o Rio Grande do Sul do Brasil, com o nome de
República Riograndense, tentaram, ao longo de nove anos, organizar a estrutura de
uma nação independente republicana, assolada por muitos problemas, mas cheia de
bravura, tratando de realizar um Estado completo, com os serviços públicos, o exército
e a marinha, porque os tempos eram de guerra. Aí é que entra Garibaldi.
O exército republicano teve, antes de qualquer coisa, forças de cavalaria, sendo,
como são até hoje os rio-grandenses cavaleiros. O problema maior era a falta de
pessoal para a Marinha de Guerra, já que os rio-grandenses são homens do lombo do
cavalo, não do dorso das ondas do mar. Ademais, a costa atlântica rio-grandense, não
tem portos naturais. Estaleiros navais, só em Portugal. A República possuía um
pequeno estaleiro na foz do Rio Camaquã, usado para a construção de barcos em
futuros combates.
Garibaldi constrói e arma lanchões de guerra e faz prodígios operando nas
águas rasas da Lagoa dos Patos, pondo em xeque a poderosa esquadrilha imperial
brasileira, comandada por um experiente almirante inglês, chamado John Pascoe
Grenfell, mercenário a serviço da Corte no Rio de Janeiro.
GARIBALDI: COMANDANTE DA MARINHA RIO-GRANDENSE
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Em 1 de setembro de 1838, Giuseppe Garibaldi é nomeado capitão-tenente,
Comandante da Marinha Farroupilha. Retorna, então, ao estaleiro de Camaquã, a fim
de apurar a construção de mais dois lanchões.
A ordem recebida por Garibaldi, chefe da Marinha Rio-grandense, era difícil de
ser cumprida: “Apoiar com seus lanchões as forças de David Canabarro incumbidas de
tomar Laguna para, a partir dali, estabelecer um porto, haja vista que a cidade de Rio
Grande estava em poder dos imperiais”.
No dia 5 de julho, Garibaldi remonta o pequeno rio Capivari, onde não podem
manobrar os pesados barcos do Império, puxando sobre rodados, para a terra, os dois
lanchões artilhados, com cem juntas de bois, atravessando ásperos caminhos, pelos
campos úmidos – em alguns trechos completamente submersos. Piquetes corriam os
campos entulhando atoleiros, enquanto outros, cuidavam da boiada.
Levam seis dias até a Lagoa Tomás José, chegando, portanto, a 11 de julho.
Cada barco tinha dois eixos e, naturalmente, quatro rodas imensas, revestidas de couro
cru. No dia 13, seguem da Lagoa Tomás José a Barra do Tramandaí, sob o Oceano
Atlântico, e, no dia 15, lança-se ao mar com sua tripulação mista: 70 homens –
Garibaldi comanda o Farroupilha, com dezoito toneladas, e griggs, o Seival, com 12
toneladas – ambos armados com quatro canhões de doze polegadas, de molde
“escuna”.
Em plena tormenta, seu barco naufraga e ele vê, impotente e desesperado,,
amigos queridos e companheiros preciosos sendo tragados pelas ondas revoltadas
com tamanha audácia. Garibaldi escapa a nado e com apenas o barco remanescente,
será parte decisiva na tomada da Província de Santa Catarina, secundada por mar pelo
exército farrapo, comandado por David Canabarro, onde brilhava a espada invicta de
Joaquim Teixeira Nunes, o heróico e bizarro comandante dos Lanceiros Negros, que
seguem por terra.
A REPÚBLICA CATARINENSE E ANITA
Em 29 de julho de 1839, em Santa Catarina, Garibaldi e os Farrapos
proclamaram a República Juliana, na gloriosa imprudência de quem sonhava
transformar todas as províncias do Império Brasileiro em repúblicas autônomas, porém
federadas. Sua atuação com os barcos imperiais que tomou como presa de guerra e
colocou sob o seu comando na campanha de Santa Catarina, foi notável sob todos os
aspectos, revelando-se mais que um simples comandante de barco de guerra, um
verdadeiro almirante, capaz de traçar estratégia naval, com uma visão abrangente do
teatro de guerra, operando em conjunto com as forças terrestres. Então, numa tarde, da
amurada de seu navio, viu uma jovem senhora, quase uma menina, apanhando água
numa fonte, porque se recusara, ao contrário do marido, a fugir para as montanhas,
diante da fúria dos combates. Seu nome: Ana Maria de Jesus Ribeiro, natural dos
arredores de Laguna, uma brasileira típica.
Garibaldi tem 32 anos, é alto, fortíssimo e alourado, com cabelos e barba
crescidos. Pergunta-lhe o nome. Ela responde: “Ana”. Ele diz, com ternura, talvez
aludindo a sua pouca idade ou estatura: “Anita”. Pede-lhe água. Ela lhe alcança. É uma
mulher pequena, forte, bela e atraente, sem ser bonita. É extremamente jovem, mas
audaz. A frase então pronunciada por Garibaldi, naturalmente em italiano, porque
jamais aprendeu o português, foi: “Tu, tens que ser minha”.
O amor foi imediato e fulminante. Perduraria sem estremecimentos nos poucos
anos que viveram lado a lado. Por dez anos esse amor iluminou a História de dois
continentes, igualando-se aos grandes romances da História Universal.
GARIBALDI: COMANDANTE DA MARINHA CATARINENSE
Em 10 de agosto, ele é oficialmente nomeado Comandante em Chefe da
Marinha Catarinense. Os Farrapos não se cansam de elogiar a ação do jovem CapitãoTenente.
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Em 23 de outubro de 1839, tentando conseguir os mantimentos para a
população civil, com Anita a bordo, sai a corso, bordejando o litoral do Paraná e São
Paulo.
No dia 3 de novembro, há o combate naval de Imbituba, nas costas de Santa
Catarina, e Anita Garibaldi combate ao lado dos marinheiros com grande bravura. Ela
está a bordo do Seival, que tem a bandeira de nau capitânia da pequena frota corsária.
Depois de abastecer a população civil e tomar parte, contrariado, no saque da
Vila de Imaruí, fiel à monarquia, no dia 15, e comandando seis embarcações, Garibaldi
enfrenta dezessete navios imperiais na famosa batalha naval de Laguna, quando teve
pela frente o Almirante Imperial Frederico Mariath. Anita luta bravamente; inúmeras
vezes remando pequeno bote, atravessa o Canal da Barra, levando munição e coragem
às tripulações sob o comando do herói. Na iminência de ser esmagado pela
superioridade numérica do inimigo e tendo perdido cinco de seus comandantes, com a
saída cortada para o mar, Garibaldi recebe ordem superior de queimar os seus seis
navios e de juntar o que resta de suas tripulações ao exército de terra, que prepara a
retirada de Laguna. Esta batalha naval teve lances grotescos, com barcos se
canhoneando, praticamente encostados. Pelo muito que se arriscaram, Garibaldi e
Anita sobreviveram por milagre.
Em 14 de dezembro, em plena retirada para o Planalto Catarinense, Garibaldi e
Anita combatem ao lado dos Farrapos, às margens do rio Pelotas e terminam entrando
vitoriosos em Lages. Garibaldi e Anita fazem parte de uma tropa de 120 infantes e 80
cavalarianos.
Em Lages, aclamados como heróis libertados, os dois apaixonados vivem alguns
dias de paz e intenso amor. Tudo indica que aí foi gerado o primeiro filho do casal –
Domenico Menotti.
No dia 12 de janeiro de 1840, há o combate de Forquilhas, em Curitibanos, nas
proximidades do rio Marombas, quando os Farrapos, em plena retirada, são derrotados.
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Anita cai prisioneira dos imperiais. Dizem-lhe que Garibaldi morreu em combate. Pouco
depois, ela foge roubando um cavalo e atravessando a nado o rio Canoas e vai
reencontrar o seu amado em Lages. Possivelmente grávida, havia cavalgado, corrido e
nadado não menos de 80 km de mato, pradarias e rios.
RETORNO AO RIO GRANDE DO SUL
Em março, os Farrapos voltam ao Rio Grande do Sul. Garibaldi e Anita vêm com
eles. Em abril, Garibaldi toma parte no cerco a Porto Alegre. Em maio, participa da
indecisa batalha de Taquari, de gigantescas proporções.
NASCE O FILHO GAÚCHO DE ANITA E GARIBALDI
No dia 16 de setembro de 1840, nascia, em São Luis de Mostardas, na casa da
família Costa, na localidade de São Simão, o primogênito de Giuseppe e Anita,
Domenico ou Domingos Menotti Garibaldi.
DOMÊNICO (ou em português, DOMINGOS ou ainda DOMINGO) MENOTTI
GARIBALDI recebeu seu primeiro nome do avô paterno e, o segundo, de Ciro Menotti,
herói italiano da Unificação, ídolo de Garibaldi executado em 1831.
Garibaldi deve viajar a Viamão, em busca de recursos e para avisar Luigi
Rossetti do nascimento de Domenico. Os Farrapos vivem tempos ruins para a
República e apenas sua lendária coragem os mantém de pé e lutando. Garibaldi é um
deles, mas, na sua ausência, o tenaz Chico Pedro de Abreu, informado da presença
dos Garibaldi no local e ainda cicatrizando o ferimento de Camaquã, ataca o rancho dos
Costa. Anita agarra o filho, que tem apenas doze dias, e, delirando de febre puerperal,
precariamente vestida, só tem uma preocupação: salvar Menotti. Monta o cavalo em
pêlo e amamentando o filho a galope percorre um caminho que sempre foi conhecido
como a “Estrada do inferno”, que só veio a ser asfaltada na última década do século
XX.
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Após conseguir alguns recursos com Rosseti e outros amigos, Garibaldi compra
o que era necessário para Anita e Menotti e retorna para São Simão. Ao chegar à Roça
Velha. Fica sabendo o que tinha se passado na sua ausência. Foi informado, também,
que “Moringue” e sua gente tinham atacado de surpresa, matando quase todos os
farrapos, inclusive o Capitão Máximo. Chico Pedro e sua cavalaria desceram para São
José do Norte a fim de dispensar os grupos revolucionários que haviam permanecido
após a retirada daquela Vila, considerada como a última oportunidade que os Farrapos
tiveram de conseguir um porto de mar. E Anita? E Menotti? Onde estariam?
Tranqüilizado e orientado por moradores, Garibaldi encontra-os e retornam para o
rancho.
Garibaldi, Anita, Menotti e seus marinheiros ainda permanecem por um tempo
em São Simão. Depois, recebem ordem de se estabelecerem à margem do Rio
Capivari, no mesmo local, onde havia um ano tinham transportado os lanchões para a
barra do Tramandaí. Anita sofre, resignadamente, as privações impostas pela vida.
Garibaldi não pode abandonar seus companheiros de luta; sem Rosseti, não partiriam,
e este se recusava a abandonar a causa da República.
Garibaldi e Anita assumem o compromisso de pai e mãe sem dar trégua à
epopéia. Somente depois do nascimento de Menotti, Garibaldi sente a necessidade de
dar à Anita e ao filho uma outra vida. São eles que o convencem, provavelmente sem
palavras, de que a romântica Revolução acabara e de que era necessário encontrar a
paz e recompor as tropas. Garibaldi evoca nas “Memórias”, sua admiração pela mulher
que é também mãe: ele sente fortemente sua condição de pai.
A DECISÃO DA PARTIDA: RUMO AO URUGUAI
Após tamanha odisséia, abandonando canhões e cavalhadas, seguem até o
Planalto da Vacaria e, depois, com mais vagar e sem tragédias, infletem para o oeste,
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seguindo o divisor das águas que hoje é a estrada Transmissioneira. Passam por Mato
Castelhano e alcançam Passo Fundo e Cruz Alta. Em 15 de março de 1841, Giuseppe
e Anita estão em São Gabriel, onde permanecem, por algum tempo, no novo
acampamento farroupilha – sede da heróica República Rio-grandense. Garibaldi
decide, então, conforme escreveu em suas “Memórias”, partir para o Uruguai. Estava
convencido de que o movimento estacionara e que o melhor seria estabelecer a paz
entre os farrapos e o império. Além disso, as privações sofridas por Anita, a pobreza em
que viviam e as dificuldades enfrentadas desde o nascimento do filho fizeram Garibaldi
tomar a decisão da partida.
Nas suas “Memórias”, Garibaldi assim se refere à sua viagem a Montevidéu,
como tropeiro: “na Estância de Curral de Pedras, após obter a autorização do Ministro
das Finanças, consegui reunir em vinte dias, com muito sacrifício, cerca de novecentos
animais que deveriam, com árdua tarefa, levar a Montevidéu, aonde cheguei com
apenas trezentas peças de couro. Obstáculos insuperáveis apresentaram-se pelo
caminho, sendo o maior deles a enchente do Rio Negro, onde quase perdi toda a
boiada. O rio que transbordou, a minha inexperiência como tropeiro e a desonestidade
de certos mercenários responsáveis pela condução dos animais fizeram com que
restassem somente quinhentas cabeças após a travessia do Rio Negro. A longa
estrada que ainda percorríamos e o pouco alimento que transportávamos prejudicaram
também a sua chegada a Montevidéu. Decidi, sem outra alternativa, matar os bois e
retirar seu couro, deixando a carne aos corvos. Não havia outra maneira de agir”.
Ao atravessar a fronteira com o Uruguai, Giuseppe Maria Garibaldi levava a
fatura Heroína dos Dois Mundos – Anita, um filho de oito meses, uma formação de
guerrilheiro, uma boiada minguada e a sugestão de uma lenda.
Após cinqüenta dias, percorrendo aproximadamente oitocentos quilômetros,
Garibaldi chega a Montevidéu com a família. Estava encerrada sua participação na
Guerra dos Farrapos, no dia 17 de junho de 1841.
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Aninha vai bem e manda um abraço a todos, 150 anos após a sua morte. Ela está
apreensiva, mas de consciência tranqüila, e não guarda rancores pelo que foi dito
sobre ela ao longo de todos esses anos. Acompanhando os acontecimentos lá de cima,
aguarda o momento de finalmente descansar em paz. Apesar de não ter aprendido a
ler ou escrever, seguramente sabe contar, havendo contabilizado um saldo positivo a
seu favor ao operar o balanço. Mas nem sempre o fiel ascendeu. Em alguns momentos
ele foi lá embaixo, permanecendo algumas ocasiões sob o tapete.
Por volta de 1918 aconteceu uma. "José Boiteux, que foi um dos grandes
historiadores nacionais, um dia se deu a procurar, para os lados do Rincão, a casa em
que habitara. Bateu palma e, atendido por uma velha, teve aquela decepção que o povo
sabe. Aquilo era um bordel e quem o atendera, uma exploradora de mulheres, lhe fez
ver a Anita bem diferente da outra, que agora residia ali: a 'Anita das sete virgindades'."
O fato ocorreu em Laguna e foi relembrado pelo jornal "Correio do Sul", no dia 10 de
julho de 1949, pouco antes das comemorações dos cem anos da sua morte.
Quando se discutiu na Constituinte de 1934 a implantação do voto feminino no
Brasil, alguém no plenário lembrou os feitos de Anita Garibaldi como heroína, usando o
argumento em favor da proposta. Em aparte, o deputado de Santa Catarina, Arão
Rebelo, fez umas "referências apressadas e de nenhuma consistência histórica sobre
Anita Garibaldi, recusando-lhe certas condições à intangibilidade física da Heroína dos
Dois Mundos, catarinense de nascimento", relata o advogado Renato Barbosa.
ITÁLIA ERGUEU GRANDES MONUMENTOS
Quantidade de homenagens ao casal Garibaldi no país onde Anita morreu revela
a profunda admiração dos italianos pela heroína brasileira.
Aqui estão os restos mortais de Anita “Garibaldi”, anuncia uma placa fixada no
magnífico monumento com que o ditador Benito Mussolini decidiu homenagear a
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famosa lagunense, valendo-se de seu passado heróico para levantar os brios do povo
italiano.
A localização privilegiada já indica o carinho que os italianos dedicam há anos a
Anita Garibaldi. Está no Gianícolo, numa das sete colinas de Roma, na Piazza Anita
Garibaldi, a 100 metros de um gigantesco pedestal construído em cimento que abriga a
legendária figura de Giuseppe Garibaldi.
Naquele local, onde se descortina uma bela paisagem do centro da capital
italiana, travou-se uma das mais heróicas batalhas pela instauração da República em
Roma. Garibaldi manteve o ponto estratégico com apenas 15 mil soldados, contra 65
mil dos inimigos franceses. Registrou-se ali um dos mais sangrentos combates do longo
período pela implantação da República. É conhecido oficialmente como "Passegiata Del
Gianicolo".
A área é inteiramente arborizada. Veículos circulam em grande quantidade
durante todo o dia. Lanchonetes móveis representam um bom indicativo da presença
constante de turistas nacionais e estrangeiros. As obras que se realizavam nas
proximidades durante os meses de junho e de julho sinalizam para alguma restauração
comemorativa aos 150 anos de morte da ilustre catarinense.
A inauguração do monumento foi um acontecimento político de grande
repercussão em Roma. Mussolini providenciou, em primeiro lugar, a transferência dos
restos mortais de Anita Garibaldi de Nice para a capital italiana. O pedido foi feito em
1930. Como o monumento não ficou concluído, autorizou a transferência de Nice para
Gênova, o que ocorreu em 1931. A imprensa da época registra uma extraordinária
afluência de público. Os garibaldinos comemoram até hoje, enfatizando: "Foi o maior
cortejo fúnebre da história da Itália". As associações garibaldinas na Itália reproduzem
em revistas, jornais e panfletos as fotos da célebre passeata.
A imensa escultura de bronze está colocada sobre um pedestal de alvenaria,
medindo cerca de dez metros de largura e oito de altura. Sobre ele, uma mulher jovem
montada no selim do cavalo a galope, patas dianteiras no ar. Com um revólver na mão
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direita e uma criança recém-nascida agarrada com a mão esquerda, junto ao peito,
transmite uma imagem forte, até emocionante, mesclada de bravura e amor maternal. A
obra, que levou dois anos para ser concluída, é de autoria do escultor Rutelli, avô do
atual prefeito de Roma.
A base do monumento traz quatro outras esculturas em bronze escuro, fixadas
nas laterais do pedestal. Uma delas retrata a célebre batalha do Capão da Mortandade,
ocorrida no município de Curitibanos. Tem seis metros de largura e cinco de altura,
numa reprodução da cena em que Anita Garibaldi fugiu da prisão, atravessando rios e
florestas para reencontrar Giuseppe.
Uma placa de bronze na base marca a homenagem prestada há 64 anos pelos
brasileiros: "A Anita Garibaldi o governo brasileiro, em comemoração ao centenário de
Farrapos. 20-9-1935".
Dois outros marcos históricos são lembrados pelos italianos para homenagear
Anita Garibaldi. Um deles, também com uma concepção dramática, é representado pela
cena de Anita às vésperas de sua morte. Idealizada pelo escultor Luzi di Rimini, o
monumento foi inaugurado em 24 de abril de 1976. Fica numa pequena praça toda
gramada, espaço igual à da metade de um campo de futebol, rodeada de árvores, na
frente da Igreja de São Clemente, em Mandriole, na Província de Ravena.
Giuseppe Garibaldi segura Anita, já enfraquecida, olhando para o céu, como se
buscasse alguma proteção milagrosa para a cura da esposa e a proteção contra o
inimigo. É a imagem que se obtém em outros registros artísticos da fuga do casal, com
Anita já acometida por tifo, segundo as versões mais acreditadas, com o marido
sofrendo pesada perseguição dos exércitos austríacos.
O tributo prestado na Igreja de São Clemente tem motivação histórica. A capela
é pequena e simples, mas marca a arquitetura do século 16. Em sua sacristia, o corpo
de Anita Garibaldi foi sepultado em 11 de agosto de 1859, graças à intervenção de Dom
Francesco Burzatti. Cientes da busca que os austríacos faziam do corpo encontrado na
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fazenda, famílias garibaldinas recolheram os ossos e esconderam em suas casas.
Mediante a garantia do sacerdote de que na Igreja não haveria riscos, procedeu-se a
transferência. Construiu-se então uma sacristia na capela para dar uma sepultura
segura à legendária brasileira.
Na mesma região de Ravena há outra marca do amor dos italianos a Anita
Garibaldi - um monumento, de porte médio, com um busto da heroína lagunense, foi
construído defronte à casa da Fazenda Guicioli, onde se deu sua morte. O texto
gravado numa placa de bronze destaca em enormes letras: "Do outro oceano, com
cabelos ao vento e o estampido do fuzil, Anita foi para Garibaldi e para a Itália a
verdadeira imagem da liberdade".
Um casarão antigo, conservado, próximo de uma estrada secundária asfaltada e
bem sinalizada, conserva até hoje, intactos, o quarto e até a cama onde Anita Garibaldi
morreu há 150 anos. Tem um espaço pequeno, com cerca de seis metros quadrados.
As paredes estão decoradas com pinturas de Anita e Giuseppe Garibaldi, algumas
individuais e outras contendo cenas do general carregando a amada já gravemente
enferma. Ou de Anita sendo transportada deitada num carro-de-boi, e Giuseppe
protegendo-a com um improvisado guarda-sol. E também com passagens pela região
pantanosa de Ravena.
À saída, num escritório improvisado, o visitante pode adquirir diversos cartões
postais de Anita e Giuseppe Garibaldi, folhetos fotocopiados e pequenas publicações.
Alguns trabalhos são distribuídos gratuitamente e outros vendidos como "souvenirs".
Entre todos os interlocutores italianos, do modesto empregado que atenda o casarão
aos visitantes que chegam, um fato comum: profunda admiração pela jovem
catarinense que ajudou a construir a unificação italiana.
No monumento do Gianicolo estão os restos mortais de Anita Garibaldi
PERSONAGENS SÃO CULTUADOS PELOS GAÚCHOS
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A presença dos Garibaldi no Rio Grande do Sul é cultivada pelos pesquisadores
Elma Sant'Ana e Cary Ramos Valli. Enquanto a primeira lidera o Piquete de Anita, com
base em Porto Alegre, o segundo vasculha os sinais das atividades de Giuseppe na
marinha rebelde, sendo presidente do Farroupilha - Grupo de Pesquisas Históricas.
"Atuamos sozinhos, sem apoio oficial, e por isso não conseguimos dar conta", explica
Sant'Ana, autora de várias obras resgatando a presença de Anita e sua família naquele
estado.
A memória de Anita e Giuseppe começou a ser registrada em 1911 com um
monumento ao casal em Porto Alegre. A iniciativa foi da colônia italiana gaúcha, que
encomendou o trabalho em Carrara (Itália), instalado-o na praça Garibaldi no dia 20 de
setembro, data da conquista de Roma em 1870. Na placa está escrito: "Giuseppe e
Anita Garibaldi. Ai Riograndensi la Colonia Italiana XX Settembre 1870". Infelizmente, o
monumento não está bem cuidado. "Faltam três dedos de Anita, que tem o nariz
quebrado. A inscrição está quase apagada", lamenta Sant'Ana.
Em várias cidades gaúchas foram plantadas mudas da Árvore de Anita (figueira)
existente em Laguna, mas não recebem a devida atenção. A de Mostardas, por
exemplo, onde nasceu o primeiro filho da heroína, morreu. Não são conhecidas as
condições e a localização de outras que estão em Viamão, Caçapava, Vila de Itapuã e
praça Garibaldi, na Capital. "Quando iniciamos as cavalgadas do Piquete de Anita,
escolhemos essa praça como ponto de partida", assinala Sant'Ana. As Anitas do
piquete vão estar hoje em Laguna, acompanhando a passagem dos 150 anos da morte
da inspiradora.
Apesar de todos esses problemas, muita coisa está sendo feita em torno de
Anita no Rio Grande do Sul. Elma tem realizado palestras em escolas, "plantando as
sementes", além de idealizar um Roteiro Garibaldino, abrangendo alguns municípios
por onde o italiano passou - Capivari do Sul, Tramandaí, Cruz Alta, São Gabriel e
Passo Fundo. Também estão sendo estabelecidos convênios de intercâmbio entre
Mostardas
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e Aprília (Itália), onde está enterrado o filho ilustre Menotti Garibaldi. Outras cidades do
Rio Grande estão sendo envolvidas.
A população gaúcha conhece e reverencia a memória de Anita. No ano passado,
o radialista Lauro Quadros, da rádio Gaúcha, organizou uma pesquisa de opinião para
saber a posição dos ouvintes sobre a campanha para o translado dos restos mortais de
Anita da Itália. "Cerca de 70% dos que se manifestaram afirmaram que ela deve
permanecer onde está. O programa teve muita repercussão e audiência", relata
Sant'Ana, para quem isso demonstra o interesse público. "Como cidadã brasileira acho
que os restos mortais deveriam vir para cá, mas como mulher e gaúcha, não",
complementa.
Anita Garibaldi foi a personalidade feminina escolhida para marcar o 15º
aniversário da Federação das Mulheres Gaúchas (FMG), comemorado em julho de
1997. Na ocasião, a pesquisadora Yvonne Capuano falou no Museu Júlio de Castilhos
sobre "Anita Garibaldi, Uma Heroína de Dois Mundos". A escolha, segundo a presidente
da FMG, Maria Amália Martini, se deu, especialmente, por ter sido "uma gaúcha com
longa trajetória de lutas e conquistas". Anita é considerada gaúcha há muito tempo. "O
Albor" de 24 de junho de 1934 dizia que "Anita já não é mais nossa", lembrando que
"um experimentado historiador e escritor emérito, reportando-se ao 'ímpeto e bravura da
mulher riograndense', apresentou-nos Anita na roupagem duma sublime gauchada,
como autêntica heroína dos pampas"
"Filha do povo"
"Ana não era nenhuma formosura de dama unânime e
universal, mas tão somente uma fisionomia a traços puros e severos,
revelando um espírito varonil, inabalável em seus sentimentos e
afetos. Era uma dessas filhas do povo a quem a natureza dotara
com caracteres definitivos, imutáveis, almas austeras, amando uma
só vez na vida e com abnegação e heroicidade." (Virgílio Várzea)
"Luz e fascinação"
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"Sem ter sido formosa propriamente, nem possuidora de sólida
cultura, onde quer que Anita Garibaldi a parecesse, dela se irradiavam a
luz e a fascinação de uma extraordinária personalidade, duma vontade
inquebrantável e senhorial; luz e fascinação poderosas a ponto de
constrangerem ainda hoje - impossível a presença física de Anita - até
mesmo a um pessimista que se dispuser a detalhar a biografia. A mera
curiosidade inicial do estudioso brevemente cederá lugar à atenção
maior..." (Wolfgang Rau)
Caráter era " Independente e Resoluto”
"Desde cedo ela revelou caráter independente e resoluto e uma
singular firmeza de atitudes. Além disso, muito amor-próprio e a
coragem e a energia que certamente herdara do pai. Não tolerava
certas liberalidades, naqueles tempos de rígidos costumes. O seu
temperamento levava-a, por vezes, a atitudes que causavam sérios
desgostos à atribulada mãe". (Ruben Ulysséa)
EM NOME DE ANITA
Em Mostardas, entre o mar e a Lagoa dos Patos, no litoral gaúcho, um grupo de
cavaleiros homenageia Anita Garibaldi, a heroína da Revolução Farroupilha. Mulheres e
mocinhas, com ares de caubói, galopam em um cenário de planícies, montanhas e
dunas, relembrando os 150 anos da morte de Anita. Uma cavalgada com perfume
feminista e sabor de chimarrão. Por Rosane Queiroz.
“Será que não cai nenhuma?”, pergunta Antonieta Silva da Costa, 82 anos,
surpreendida na rua por 26 mulheres a cavalo. No calçadão Chico Pedro, ponto do
comércio de Mostardas, cidade histórica do litoral gaúcho, passa o “Piquete Anita
Garibaldi”, um grupo de cavaleiras inspirado na amazona e guerreira da Revolução
Farroupilha.
De fardas militares, botas e bandeiras, elas galopam em datas ligadas a
movimentos femininos ou ao país, como 8 de março (Dia Internacional da Mulher) e 20
de setembro (aniversário da Revolução Farroupilha), abrem rodeios e festivais da
região. Nesse dia a cavalgada relembra os 150 anos da morte de Anita Garibaldi (1821
a 1849), cultuada por sua valentia e idéias feministas. Anita foi à única mulher com
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participação direta na Revolução, lutando ao lado do marido, o italiano Giuseppe
Garibaldi. Participou de batalhas no Brasil, no Uruguai e na Itália, o que deu o título de
“heroína de dois mundos”.
CONCLUSÃO
Ana Maria de Jesus Ribeiro (Anita) tem uma história de dedicação e de luta pela
causa Farroupilha, e pelo Rio Grande do Sul. Um dos fatos desta história que muito nos
orgulho é o nascimento do seu primeiro filho em solo gaúcho, em Mostardas, bem aqui
no terceiro distrito na localidade de São Simão, acontecimento este que nos marcou
deixando uma herança histórica muito rica. Em detrimento de Menotti ter nascido em
solo Mostardense, temos um acordo entre Aprilia e Mostardas, o Gemellaggio. Anita
com seu amor por José Garibaldi, Menotti, seu filho gaúcho e suas demonstrações de
coragem e raça nas batalhas da Revolução farroupilha, contadas até hoje com muito
orgulho, este amor, esta coragem e esta raça que Anita teve, foi uma semente que e
platibanda em cada mulher no Rio Grande e em todo Brasil que germina e continua
dando frutos com maior quantidade e cada vez mais forte.
REFERÊNCIAS
APPIO,Francisco. Garibaldi: Herói de Dois Mundos. Porto Alegre:RGS.Assembléia
Legislativa, 1998.
CADORIN, Adílio. Anita Garibaldi, a guerreira das repúblicas. Florianópolis, Imprensa
Oficial do Estado, 1999.
CANDIDO, Salvatore. Giusepe Garibaldi: corsário riograndense 1837-1838. Trad. Maria
Teresa Bassanesi. Porto Alegre, IEL;EDIPURGS, 1992.
CAPUANO, Yvonne. De sonhos e utopias...; Anita e Giuseppe Garibaldi. São Paulo,
Cia. Melhoramento, 1999.
COLOR, Lindolfo.Garibaldi e a Guerra dos Farrapos. Rio de janeiro, Civilização
Brasileira; Brasília, INL, 1997.(Retratos do Brasil,107).
DUMAS, Alexandre. Memórias de Garibaldi. Trad. Antonio Caruccio Capora/e. Porto
Alegre, L&PM, 1998.
MARKUN, Paula. Anita Garibaldi, uma heroína brasileira. São Paulo, ed. SENAC, 1999.
MARTINS, Celso. Aninha virou Anita, Florianópolis, A notícia, 1999.
SANT ’ANA, Elma. A cavalo.Anita Garibaldi: Piquete Anita Garibaldi. Porto Alegre, AGE,
1993.
SANT ’ANA, Elma. Menotti, o filho gaúcho de Anita e Garibaldi. Porto Alegre. Editora
Tchê. 2003.
SANT ’ANA, Elma. Bento e Garibaldi na Revolução Farroupilha. Porto Alegre. Cadernos
de História. Memorial do rio Grande do sul 2005.
Fonte:mostardasonline.hgp.ig.com.br
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_Maria_de_Jesus_Ribeiro
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