ARGIFORTE TELHAS CERÂMICAS
MANUAL DE INCLINAÇÃO
INFORMAÇÕES TECNICAS TELHAS CERÂMICAS ARGIFORTE
CARACTERÍSTICAS
As telhas cerâmicas devem apresentar um bom conjunto de características no que respeita a
resistência mecânica à flexão, durabilidade, impermeabilidade e conforto térmico. Para além
destas qualidades é também necessário que sejam de fácil colocação na obra.
RESISTÊNCIA
A resistência mecânica das telhas é de vital importância, já que sobre elas pode-se precisar
deslocar pessoas para a execução de eventuais trabalhos de reparação ou manutenção. Por
esta razão, as Telhas Cerâmicas Argiforte apresentam os mais elevados valores de
resistência à flexão.
DURABILIDADE
A durabilidade das telhas apresenta-se também como de grande importância, já que elas
vão estar expostas diretamente às intempéries, sem qualquer tipo de proteção. Também
devemos ter em conta que a água das chuvas e o ar saturado de umidade podem trazer
consigo sais dissolvidos que, ao atacarem quimicamente o material, podem provocar, ainda
que lentamente, a respectiva desagregação, principalmente em zonas próximas da beira
mar.
A durabilidade das telhas pode também ser afetada pela ação do gelo. A água quando
absolvida pelas telhas que se encontra em condições desfavoráveis de ventilação, pode
causar danos no seu “corpo”. Portanto, caso ocorra uma acentuada queda de temperatura,
para valores negativos, sem que a água que satura os poros da telha tenha tido tempo e
condições para se evaporar, pelo menos parcialmente, o corpo cerâmico ficará sujeito a
esforços internos que poderão ocasionar rupturas sob a forma de lasca (vulgarmente
conhecidas por “descasque” ou “lasqueamento”).
IMPERMEABILIDADE
Uma das propriedades fundamentais das telhas é a sua impermeabilidade. É, no entanto
necessário ter em conta que a face inferior das telhas deve ser convenientemente ventilada,
de forma a evitar condensações e a permitir a sua secagem. As telhas devem ainda ser
aplicadas em vertentes com uma inclinação que permita contrariar a ação combinada do
vento e da chuva, dependendo essa inclinação da altitude onde se localiza a construção e
da exposição ao vento da sua cobertura, mas que não deverá, em caso algum, ser inferior a
30% (ver imagem).
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CONFORTO TÉRMICO
Sendo também bastante importante o isolamento térmico, tanto na perspectiva de conforto
habitacional como numa perspectiva de poupar energia elétrica, é bastante importante o
comportamento dos materiais escolhidos para a cobertura. Neste sentido, os ensaios
realizados em instituições especializadas conferem à telha cerâmica os melhores resultados
quando comparada com outros tipos de materiais usados em coberturas, com a mesma
finalidade.
Muito importante: Para um bom comportamento das telhas cerâmicas em sua obra, tornase imprescindível a execução dos telhados de acordo com as nossas "Indicações para
Aplicação de Telhas Cerâmicas". Deve-se sempre seguir as boas práticas de construção
para a aplicação das Telhas Cerâmicas Argiforte, e em caso de dúvida consultar os nossos
serviços técnicos.
PREPARAÇÃO DO RIPAMENTO
Existem diversas soluções para suportar as telhas, como também são vários os materiais
utilizados. É importante a ponderação sobre o tipo de suporte a usar, uma vez que este irá
influir na durabilidade das telhas. A sua eficácia está diretamente relacionada com a
inclinação pretendida, sendo certo que quanto menor a inclinação, maior a necessidade de
arejamento da face interior da cobertura.
Dentro das soluções possíveis, resumimos as mais utilizadas:
Estruturas descontínuas, utilizadas, sobretudo em sótãos não habitados, ou pequenos
pavilhões. As soluções mais utilizadas de suporte são os perfis em madeira ou lajes prémoldados, para a construção do ripamento e caibros. Na figura 01, exemplifica-se a
utilização de muros paralelos ao beirado, para suporte dos caibros.
Estruturas contínuas, uma das soluções mais comuns (fig. 02) passa pelo ripamento
simples (em argamassa de cimento, com uma altura mínima de 5 cm) que deve ser
interrompido regularmente, por forma a facilitar a ventilação interior.
Outra solução utilizada (fig. 03) consiste no ripamento elevado, através da aplicação de
contra-ripa (esta, com uma altura mínima de 2,5 cm). Esta solução é a mais aconselhada e
mais utilizada para este tipo de estrutura uma vez que facilita um adequado arejamento
interior.
Nota-se que este arejamento, em qualquer das situações adotadas, deve ser sempre
complementado com telhas de ventilação.
CÁLCULO DO AFASTAMENTO ENTRE RIPAS
Para uma perfeita cobertura, o alinhamento vertical e horizontal das telhas devem ser
seguidos rigorosamente. A colocação de um telhado perfeito depende muito de um bom
profissional em telhados.
Faça o alinhamento do ripamento somente quando a telha estiver no local, assim, você terá
o controle exato de suas distâncias. O espaço entre ripas deverá ser calculado a partir da
média de 5 telhas. Utilizar linha para o alinhamento perfeito das telhas (no máximo 3 de cada
vez).
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ASSENTAMENTO DAS TELHAS
Para se ter uma colocação correta e harmoniosa das telhas, deve iniciar-se o seu
assentamento junto à linha de beiral, paralelamente a esta e após verificação das
equidistâncias e alinhamentos dos apoios, começando-se pela direita, conforme o sentido do
encaixe lateral da telha, de modo a que a telha seguinte recubra o encaixe da anteriormente
aplicada.
Assim, após a colocação da primeira fileira (do beiral), poderão começar a colocar as
restantes, sobrepondo-as e encaixando-as corretamente, em fileiras ascendentes e
paralelas. Para garantir o alinhamento destas fileiras, deve-se traçar, de quatro em quatro
fileiras, linhas ascendentes, perpendiculares ao beirado e paralelas entre si, que irão servir
de guias para o assentamento das fileiras que vão se formando.
VENTILAÇÃO DAS TELHAS
De modo a assegurar a maior durabilidade das telhas e evitar condensações, é muito
importante prever condições de ventilação de modo a garantir um bom comportamento
termo-higrométrico do corpo cerâmico. Este arejamento pretende facilitar o processo de
evaporação, tanto da água da chuva que será absorvida pela peça, bem como eventuais
condensações que se formem na sua superfície interior. Por outro lado, este arejamento
permite uma adaptação mais gradual do corpo cerâmico à diferença de temperaturas entre o
interior e o exterior da cobertura. Assim, deve ser facultada à sua face interior uma
ventilação adequada. De maneira geral, essa ventilação pode ser assegurada pelo uso de
ripamento simples de argamassa, com uma altura mínima de 5 cm, devendo-se prever a
interrupção periódica das ripas.
Todavia, é recomendável a interposição de contra-ripas que permitam um espaço de
circulação de ar pelo menos 2,5 cm. Em ambos os casos, esta ventilação deve ser sempre
complementada pela aplicação de telhas de ventilação, uma vez que as folgas existentes
entre os encaixes das próprias peças não são suficientes para conseguir o ar necessário.
Estas telhas de ventilação devem ser aplicadas desencontradas, junto ao beiral e junto à
cumeeira, de modo que o ar seja obrigado a percorrer toda a cobertura e não se criem
caminhos preferenciais de circulação de ar sob as telhas.
As telhas de ventilação devem ter uma densidade mínima de 3 telhas por cada 10 m², caso
se use estrutura contínua (com Laje), e, 2 telhas por cada 10 m², caso se use estrutura
descontínua (sem Laje). Para áreas inferiores a 10 m2, devem colocar-se igualmente 3
telhas de ventilação, duas na parte inferior e uma na superior.
Em telhados com comprimentos a partir de 8 metros, recomenda-se a aplicação de telhas de
ventilação em uma ou mais fileiras intermediárias, aplicadas sempre desencontradas em
relação às restantes localizadas nas fileiras antecedentes ou precedentes.
MASSA PARA FIXAÇÃO DE CUMEEIRAS, LATERAIS E DA PRIMEIRA FILEIRA
Não utilizar argamassa em excesso para fixação das cumeeiras, laterais e telhas da primeira
fileira, pois após períodos de chuva prolongados, o telhado inicia um processo de secagem,
que será mais ou menos prolongado devido à ventilação a que estiver sujeito, tanto na face
interior como exterior da cobertura. No entanto, todas as peças cerâmicas em contato com a
argamassa sofrem uma umidificação prolongada pela água proveniente desta. Nestes
pontos criam-se mais facilmente condições favoráveis ao desenvolvimento de microorganismos, musgos, plantas, e inclusive danos provocados por ciclos de gelo-degelo (em
regiões com condições climáticas propícias à formação de geada, ainda que esta só ocorra
durante a noite).
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Por outro lado, o uso excessivo de argamassa, ou o uso de argamassa muito forte, pode
provocar, a breve prazo, fissuras ou fendas tanto na argamassa como na peça cerâmica,
criando pontos de infiltração de umidade indesejáveis. Para preparação das argamassas (de
preferência hidrofugadas).
EXECUÇÃO DE CUMEEIRAS
A cumeeira deve receber apenas uma pequena quantidade de massa nas extremidades,
permitindo assim que haja a ventilação necessária. Nunca a cumeeira deverá ser preenchida
totalmente com massa.
MANUTENÇÃO DOS TELHADOS
De modo a garantir que o telhado cumpra eficazmente a sua função (descrita em
considerações sobre características das telhas cerâmicas), é importante que se assegure
uma manutenção regular da cobertura. Na realidade, ao longo do tempo, é possível que
surjam algumas telhas que desenvolvam fissuras ou fendas, por muito boas características
mecânicas que apresentem.
Tal fato deve-se frequentemente à necessidade de circular sobre o telhado para se fazer à
instalação de equipamentos (antenas, sistemas de ar condicionado, etc.) ou outras
reparações, movimentação de cargas, queda de granizo, etc. Por outro lado, a acumulação
de micro-organismos, musgos, plantas e outros detritos, nas telhas e calhas de escoamento,
podem dificultar a drenagem da água das chuvas e secagem do telhado. Estes problemas
são, mais tarde ou mais cedo, fonte de infiltrações.
É absolutamente aconselhável efetuar uma inspeção ao telhado pelo menos de três em três
anos. Esta análise deve abranger uma verificação a todas as peças cerâmicas, elementos
isolantes, canais drenantes, argamassas e estrutura de suporte da cobertura. Sempre que
encontrados, deve-se proceder à substituição ou reparação dos elementos danificados.
Todas as peças cerâmicas e canais drenantes devem ser limpos de detritos e musgos que
podem se acumular com o tempo, de modo a manter-se sempre desobstruídos os sistemas
de escoamento e secagem das águas. Aconselha-se a lavagem do telhado a cada dois
anos.
DIFERENÇAS DE TONALIDADE
Entende-se por diferença de tonalidade, a variação de tom dentro de uma mesma cor, e, por
extensão, cores diferentes dentro de um mesmo lote.
Em lotes diferentes poderá haver pequenas variações de tonalidade, por isso, é
aconselhável, sempre adquirir em torno de 200 telhas e alguns acessórios a mais para
eventuais reposições.
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