UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Gravidez ectópica e Mola Hidatiforme
Gravidez ectópica
Uma gravidez ectópica é aquela em que o feto se
desenvolve fora do útero, quer seja na trompa de
Falópio, no canal cervical ou na cavidade pélvica ou
abdominal.
Gravidez ectópica
Normalmente, o ovário liberta um óvulo que é
puxado para a abertura de uma das trompas de
Falópio , onde é empurrado por minúsculos cílios
semelhantes a pêlos até que chegue ao útero.
Normalmente, a fecundação do óvulo faz-se na
trompa de Falópio, mas a implantação tem lugar no
útero. No entanto, se a trompa se obstruir (por
exemplo, devido a uma infecção anterior), o óvulo
pode deslocar-se lentamente ou até ficar preso. O
óvulo fecundado talvez nunca chegue ao útero e,
por isso, verifica-se uma gravidez ectópica.
Gravidez ectópica
Por razões não muito claras, são cada vez mais
freqüentes. São fatores de risco uma doença na
trompa de Falópio, uma gravidez ectópica anterior,
ou uma laqueação de trompas (um procedimento de
esterilização em que se corta ou se obstrui a trompa
de Falópio). Nos raros casos em que uma mulher
fica grávida com um dispositivo intra-uterino (DIU)
colocado, o risco de ter uma gravidez ectópica é
elevado.
Gravidez ectópica
Geralmente, a gravidez ectópica ocorre numa das
trompas de Falópio (gravidez tubária). Não é
habitual a gravidez no canal cervical, no ovário ou
na cavidade abdominal ou pélvica. Uma gravidez
ectópica constitui um risco para a vida e deve ser
extraída o mais rapidamente possível. Segundo
algumas estatísticas, 1 em cada 826 mulheres com
gravidez ectópica morre por complicações.
Sintomas
Os sintomas de uma gravidez ectópica são
pequenas perdas de sangue pela vagina e dores
abdominais como as cãibras, tudo associado
habitualmente a um atraso da menstruação.
Estes sintomas devem-se ao fato de, uma vez
verificada a morte do feto, o revestimento uterino
atua como num período menstrual normal.
Sintomas
Se o feto morrer numa fase precoce, não se verificam
lesões na trompa de Falópio. No entanto, se continuar a
crescer pode rasgar-se as paredes da trompa e produzir-se
uma hemorragia. Se esta for gradual, provoca dores e, por
vezes, uma sensação de pressão na parte inferior do
abdômen devido o acumulo de sangue. Se a hemorragia
for rápida, pode provocar uma queda grave da tensão
arterial e, inclusivamente, um choque. Tipicamente, por
volta das 6 a 8 semanas, sente-se uma dor aguda e intensa
na parte inferior do abdômen, seguida de um desmaio.
Estes sintomas, habitualmente, indicam que a trompa se
rompeu e, em conseqüência, que se produziu uma
hemorragia intensa dentro do abdômen.
Sintomas
Por vezes, uma gravidez ectópica desenvolve-se
parte dentro da trompa e parte no útero. Neste caso
surgem dores abdominais como cãibras e perdas
hemáticas freqüentes. Neste ponto o feto conta com
mais espaço para crescer, pelo que a rotura se dá
mais tarde, geralmente entre a 12.ª e a 16.ª
semanas de gravidez. Esta rotura pode ser
catastrófica, com uma maior taxa de mortalidade
associada.
Diagnóstico e tratamento
Pode-se suspeitar de gravidez ectópica quando
as análises do sangue e da urina dão um resultado
positivo de gravidez, mas o útero é mais pequeno do
que o previsto em relação à idade gestacional. A
ecografia pode demonstrar que o útero está vazio e
que há sangue na cavidade pélvica ou abdominal.
Mesmo assim, o médico pode empregar um
laparoscópio (um tubo de fibra óptica que se
introduz no abdômen por uma pequena incisão)
para visualizar a gravidez ectópica diretamente.
Diagnóstico e tratamento
Para ajudar a confirmar o diagnóstico, pode-se
introduzir uma agulha atravessando a parede da
vagina até chegar à cavidade pélvica e extrair o
sangue acumulado devido à hemorragia da gravidez
ectópica (este processo chama-se culdocentese). Ao
contrário do sangue de uma veia ou de uma artéria,
este sangue tem a particularidade de não coagular.
Diagnóstico e tratamento
Geralmente, uma gravidez ectópica deve ser tratada
cirurgicamente. Quando se encontra na trompa de Falópio,
normalmente faz-se uma incisão dentro da trompa para extrair
o feto e a placenta. A trompa deixa-se aberta para que sare
sem deixar cicatrizes, que poderão ainda dificultar mais uma
futura concepção. Em certos casos esta operação pode ser
feita com um laparoscópio. Em situações excepcionais, as
lesões da trompa são tão graves que esta não pode ser
reparada e é necessário extirpá-la.
Para tratar uma gravidez tubária na sua fase inicial, em que
não se sente o batimento cardíaco do feto, também pode ser
utilizada a administração de medicamentos, em vez de uma
intervenção cirúrgica.
Mola Hidatiforme
Uma mola hidatiforme é uma massa tumoral formada por
tecido da placenta ou das membranas.
Uma mola hidatiforme desenvolve-se a partir de células
que ficam depois de um aborto espontâneo ou de uma
gravidez completa, mas na maioria dos casos a partir de
um óvulo fecundado, que se desenvolve como um tumor
anômalo independente (gravidez molar). Só em casos
muito raros a placenta pode desenvolver-se anormalmente
se o feto for normal. Mais de 80 % das molas hidatiformes
são benignas. No entanto, 15 % invade o tecido que as
rodeia (mola invasiva) e entre 2 % e 3 % dissemina-se por
todo o organismo (coriocarcinoma).
Mola Hidatiforme
O risco de aparecerem molas hidatiformes é
maior nas mulheres que ficam grávidas entre os
35 e os 45 anos. De acordo com algumas
estatísticas, estas molas aparecem em cerca de
1 de cada 2000 e, por razões desconhecidas,
são quase 10 vezes mais freqüentes entre as
asiáticas.
Sintomas e diagnóstico
As molas hidatiformes costumam provocar sintomas
pouco depois da concepção. A mulher sente que
está grávida, mas o tamanho do seu abdômen não
corresponde ao de uma gravidez normal, porque a
mola que se encontra no útero cresce rapidamente.
São freqüentes as náuseas e os vômitos intensos e,
em certos casos, também pode ocorrer hemorragia
vaginal. Estes sintomas indicam a necessidade de ir
ao médico imediatamente. As molas hidatiformes
podem provocar graves complicações, como
infecções, hemorragia e toxemia da gravidez.
Sintomas e diagnóstico
Se a mulher tiver uma mola hidatiforme em vez de
uma gravidez normal, não se detectam movimento
fetal nem batimentos cardíacos. Durante o processo
de degenerescência da mola são expulsas
pequenas quantidades de material semelhante a
pequenas uvas pela vagina. O anatomopatologista
pode examinar este material ao microscópio, para
confirmar o diagnóstico.
Sintomas e diagnóstico
O médico pode solicitar uma ecografia para
comprovar que se trata de uma mola hidatiforme e
não de um feto ou de um saco amniótico (as
membranas que contém o feto e o líquido que o
rodeia). Podem ser feitas análises do sangue para
medir a concentração de gonadotropina coriónica
humana (um hormônio produzido no princípio da
gravidez). Se existir uma mola hidatiforme, o valor é
muito elevado devido ao fato de se produzir uma
grande quantidade deste hormônio. Esta análise é
menos útil no princípio da gravidez, porque os
valores da hormônio também são elevados.
Tratamento
A mola hidatiforme deve ser extirpada por
completo. Normalmente, o tratamento
escolhido é a curetagem por aspiração
depois de dilatar o colo uterino. Só em casos
muito raros se faz uma histerectomia.
Tratamento
Depois da cirurgia, mede-se a concentração de
gonadotropina coriónica humana para determinar se
a extração foi completa. Se assim for, o valor deste
hormônio volta a normalidade em cerca de 8
semanas e mantém-se nessa medida. Se uma
mulher a quem se extirpou uma mola ficar grávida,
é difícil interpretar um valor elevado de
gonadotropina coriónica humana, porque este
poderá ser causado tanto pela gravidez como por
uma parte da mola que não foi extraída. Por isso, às
mulheres a quem se extraiu uma mola é
recomendado não engravidarem durante um ano.
Tratamento
As molas hidatiformes benignas não precisam de
quimioterapia, mas as malignas sim. Os fármacos
que se usam para este tratamento são o
metotrexato, a dactinomicina ou uma combinação de
ambos. O índice de cura é virtualmente de 100 %
nas mulheres em que a doença está menos
avançada e de 85 % naquelas em que se expandiu
amplamente. A maioria das mulheres curadas da
mola hidatiforme conservam a capacidade
reprodutora.
Mola Hidatiforme
Lembrete!
Altura uterina: AU
4º MÊS-----------14/16CM
5º MÊS-----------16/20CM
6º MÊS-----------22/24CM
7º MÊS-----------26/28CM
8º MÊS-----------31/32CM
9º MÊS 1ªquinzena 32/36CM
2ªquinzena 30/24CM
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Gravidez ectópica