O EVANGELHO E O DIA A DIA Nesta Edição por Sidney Francez Fernandes “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” – Mateus 5:3 Jesus tinha motivos muito sérios para iniciar o Sermão da Montanha com a humildade. O instinto de preservação que defendeu o homem na animalidade está ainda impregnado em seu espírito. Daí decorre que, pessoas que se esforçam para manter a humildade ou tem natureza tímida, podem vir a ser massacradas, ora por colegas e amigos, depois pelos concorrentes profissionais, mais além por familiares e depois por toda a sociedade. Em algumas pessoas, pode surgir uma espécie de carapaça protetora. E então, o outrora perseguido ou vítima, vira opressor. Os prepotentes e belicosos serão convidados à reflexão pela dor. “É o sofrimento, e só o sofrimento, que abre no homem a compreensão interior.” Gandhi Há, entretanto, os que não conseguem cultivar a humildade por autodefesa ou por desconhecerem os estragos que provocam. “ – Sou simples, humilde.” Afirmam alguns com convicção. Não conseguem parar e refletir na própria conduta. E continuam sofrendo, por fazer sofrer. MATRICULAS 2013 Área de Ensino da CEAL Início em 07 de março de 2013 CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO 1o ANO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2o ANO BÁSICO DE ESPIRITISMO CURSO DE APRENDIZES DO EVANGELHO ESCOLA DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA As aulas acontecem sempre às 5as. feiras, das 19:45 às 21:30hs. VENHA CONHECER A DOUTRINA ESPÍRITA. Inscrições abertas !!! Como cultivar a humildade numa sociedade agressiva e egoísta? Conviver pacificamente, sem se expor à maldade alheia, requer exame constante de nossos procedimentos, identificando seus aspectos negativos: - Sob o pretexto de defender nossas ideias, não podemos ser os “donos da verdade”, deixando de admitir os próprios erros; - Vangloriar-se, presumir-se superior e diminuir o interlocutor são atitudes que envenenam um relacionamento; -Podemos perfeitamente demonstrar nossa capacidade e revelar nossos talentos. Não significa que devamos manipular, fugir da responsabilidade, menosprezar o concorrente ou monopolizar as oportunidades; -O mercado atual valoriza o pragmático e o versátil. No entanto, o bom profissional deve vacinar-se contra o melindre, a exagerada preocupação com si mesmo, o vocabulário pedante e a resistência para rever seus procedimentos. A reciclagem constante é exigência do progresso. É possível progredir e fazer sucesso sem ostentação ou deslealdade. A palavra chave é ASSERTIVIDADE: agir e verbalizar, ainda que com firmeza, SEM AGRESSIVIDADE. Geralmente, não é o que fazemos que ofende. É O MODO como fazemos! À injusta acusação dos escribas - “-Ele blasfema!” – Jesus teve alguma resposta agressiva? Ao contrário. Respondeu docemente: “-Por que pensais mal em vossos corações?”. Diante da incredulidade dos discípulos Jesus indagou: “- Por que temeis homens de pouca fé?” Algum sinal de prepotência? Suas reações sempre foram maduras, educadas e assertivas. Simples! Como deve ser o nosso espírito. Precisamos aprender a cultivar esses exemplos. Do livro “OS ROCHEDOS SÃO DE AREIA” autor ANDRÉ LUIZ RUIZ pelo espírito LUCIUS Quando nos deixamos dominar pelos impulsos, nos momentos em que as discussões escravizam os sentimentos, quando nossa língua se transforma em uma arma para ferir os que estão do outro lado da fronteira do nosso “eu”, passamos a agir como delinquentes emocionais, mais preocupados em retribuir as ofensas em grau mais baixo do que a agressão recebida e, por isso, abdicamos da capacidade de controlar nossos destinos e, ao invés de pensarmos com os neurônios cerebrais, passamos a raciocinar pelo fígado, com suas descargas amargas de fel, a saírem pelas nossas bocas, dirigidas aos outros. – Tudo isso por causa da palavra não controlada pelo raciocínio sereno, usada como veículo de agressão, de cinismo, de ironia, de sarcasmo, de divisão ou separação. – controlar a maneira de se expressar representará, para o homem evoluído, uma verdadeira vitoria sobre si mesmo, fechando assim todas as brechas por meio das quais, ao invés de ser senhor das próprias emoções e de controlar suas manifestações, tem sido ele escravo delas, usando-as de maneira irrefletida e percebendo, tardiamente, o quanto as suas explosões o fazem vitimas de muitos males. “Nenhum de nós é inocente. Trazemos em nosso currículo espiritual muitos erros cometidos no passado. Julgamos não merecer nenhum sofrimento, mas, não sabemos o que fizemos para atrair para nós a dor. Em algum lugar há de estar a ação que gerou a reação a dor. Devemos ter Jesus no coração e assim, reformular nosso íntimo nos aproximando mais do Criador. O mal se enfraquece com o bem, e a paz só se estabelece com o AMOR”. texto retirado do livro “O PASSADO AINDA EXISTE” autor Sonia Tozzi/Irmão Ivo Estamos convidando todos os jovens frequentadores da CEAL, para a 1ª. Reunião do Grupo, dia 16 de março de 2013 a partir das 15 horas. Esperamos por vocês!!!!!!! Pag. 4 CEAL Ano XVIII– no 91 Casa Espírita André Luiz INFORMATIVO – Março/Abril 2013 Depto de Divulgação da CEAL EDITORIAL Atualmente estamos vivendo num mundo de muitas transformações no campo da ciência, da tecnologia, da arte, onde tudo avança aceleradamente. Mas e quanto aos valores morais e éticos do ser humano? Onde estão as transformações nesse campo? Transformações implicam em mudanças e essas exigem de nós novas posturas. Embora necessitemos acompanhar o progresso da nossa sociedade, não podemos nos permitir abrir mão dos valores éticos e morais. Tais valores são adquiridos com uma boa base educacional e o aprimoramento da mesma. O espírito Adolfo Bezerra de Menezes, em comunicação obtida pela médium Yvonne A. Pereira, nos asseverou: “O lar é a grande escola da família e é aí que a criança, o cidadão do futuro, se deverá educar, adquirindo sólida formação moral-religiosa”. Lembremos ainda a resposta dada à Kardec para a questão número 385 de “O Livro dos Espíritos”: “[...] Os espíritos só entram na vida corporal para se aperfeiçoarem, para se melhorarem. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los progredir. Nessa fase é que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Tal o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão que dar contas [...]”. É nesse período que os pais devem oferecer aos filhos as primeiras orientações de moral cristã. NESTA EDIÇÃO MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO ESPIRITUAL Como pais procuramos as escolas tradicionais para que nelas nossos filhos se desenvolvam intelectualmente através das várias disciplinas. Por que então não procuramos as escolas de educação (evangelização) das casas espíritas para nos ajudarem na tarefa do despertar da moral cristã? Por meio da evangelização, despertaremos em nossas crianças, mudanças em suas disposições morais, diminuindo as influencias materialistas, fazendo-as sentir e pensar de outra forma. Permita-se refletir..... NOSSOS FILHOS EA INTERNET O Espírito Emmanuel deixa clara a importância da formação da mentalidade cristã quando diz: “Ha necessidade de iniciar-se o esforço de regeneração em cada indivíduo, dentro do evangelho, com a tarefa nem sempre amena da autoeducação. Evangelizando o indivíduo, evangelizase a família. [...]” O EVANGELHO EO DIA A DIA Mercia da Silva Araujo Departamento de Educação Espírita Infanto Juvenil MOCIDADE ESPIRITA No paraíso não havia templos porque Deus morava no jardim. No paraíso ninguém rezava porque a beleza era uma oração. (...)” – Rubem Alves Pag. 1 MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO ESPIRITUAL Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos. Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra e coordenador da cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade na USP: Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também... Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade. Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito. Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual. Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora. O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença. Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.. Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios. O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura. Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas. Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas. Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral). Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo. Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, doutor em Neurociências, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e de Espiritismo. Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas. Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenômeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado. Segundo a revista Espiritismo & Ciência,[1] "o mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”. Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres. Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática. Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem Sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador. Pag. 2 Permita-se refletir... Há pessoas que pensam que Deus se parece com um banqueiro que tem um livro de contabilidade onde registra os débitos e os créditos dos homens para acertos futuros. Os débitos, chamados pecados, serão punidos. E os créditos, chamados virtudes, serão recompensados. Mas Deus não se parece com os banqueiros. Ele não tem um livro de contabilidade. Deus não tem memória: nem pune pecados nem recompensa virtudes. É como um regato de águas cristalinas. Não importa se joguemos nele nossos detritos. Ele continua a jorrar águas cristalinas. (...)” paráfrase de Lucas 15-11 Rubem Alves Nesta Edição Alguns guardam o domingo indo à igreja – Eu o guardo ficando em casa – Tendo um sabiá como cantor – E um pomar por santuário – Alguns guardam o domingo em vestes brancas Mas eu só uso minhas asas – E ao invés do repicar dos sinos da igreja – Nosso pássaro canta na palmeira – É Deus que está pregando, pregador admirável – E o seu sermão é sempre curto – Assim, ao invés de chegar ao céu, só no final – Eu o encontro o tempo todo no quintal.” – Emily Dickinson Nossos filhos e a internet A ciência existe para alavancar o progresso humano, trazendo o domínio sobre a natureza terrena e o universo circundante • Marcus de Mario Um olhar sobre a sociedade humana revela que a evolução tecnológica é quadro irreversível. As conquistas propiciadas pela nanotecnologia, pela física quântica, pela informatização e pela internet fazem parte da evolução humana, portanto devemos considerar o mundo on line ou digital como uma realidade da qual não podemos fugir. A ciência existe, com a permissão de Deus, para alavancar o progresso humano, trazendo o domínio sobre a natureza terrena e o universo circundante, assim como facilitando nosso viver com novas tecnologias. E a realidade atual desbanca o verdadeiro terrorismo feito ali pela década de 1960, quando escritores, filósofos e mesmo alguns cientistas consideravam que a cibernética iria construir um mundo governado por computadores e robôs, sendo o homem um mero escravo das máquinas. Isso não aconteceu nem acontecerá. Não existe a menor possibilidade de um computador se humanizar, pensar por si mesmo e agir de forma independente. Ele será sempre máquina sob o comando do homem. E também não aconteceu o desemprego em massa por conta do advento da tecnologia de informação digital e on line. Os seres humanos abriram novos postos de trabalho, novas especializações, e assim a sociedade humana continuou sem maiores problemas, sem regressão, o que, aliás, não é possível pois a lei divina é a da evolução. Resta-nos estudar o fenômeno Internet e a dependência que muitas pessoas, jovens ou não, possuem do mundo tecnológico, não conseguindo viver sem estar conectadas, sem navegar nem usar as redes sociais, e causando para si o transtorno da ansiedade e a falta de controle para enfrentar essa tendência. A causa disso não é da tecnologia ou da Internet, mas está no próprio homem que ainda não sabe usar a razão, a disciplina, o autocontrole para equilibrar seus impulsos e trabalhar somente para o bem de si mesmo e dos outros. Segundo especialistas, alguns sinais de alerta podem identificar essa dependência e seu maior ou menor grau. São eles: uso excessivo; perda de noção de tempo; negligência de impulsos; irritação, tensão ou depressão quando sem acesso; insatisfação com a tecnologia disponível; isolamento social; comportamento agressivo. Isso fica bem claro quando o indivíduo se sente desnorteado, por exemplo, com a falta de um computador ou por seu celular/smartphone estar sem conexão, como se não fosse possível viver sem internet, e-mail ou rede social. Tudo isso remete a vários distúrbios comportamentais e de personalidade, tais como desorganização, insegurança, intranquilidade e isolamento. O que fazer? O Espiritismo é muito claro nessa questão: somente a educação que gera bons hábitos pode combater na raiz a dependência da Internet, pois, segundo nos informa Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. Essa educação vai fomentar na criança a disciplina e a obediência a regras, não de forma cega mas, pelo contrário, dando-lhe condições de discernir entre o bem e o mal, para si e para os outros. A educação propicia autonomia crítica e dinâmica; através dela, com a consequente elevação do nível de consciência, a criança vai aprender que consumismo e dependência degradam o espírito. Esse trabalho educacional é de prevenção, por isso mesmo deve começar na infância e exige autoeducação igualmente de pais e responsáveis. Sem bons exemplos, o ensino carece de autoridade moral e, portanto, será falho. Vai ainda mais além o Espiritismo. A educação dos hábitos deve ser secundada pela educação dos sentimentos, única que pode humanizar o homem, priorizando o relacionamento interpessoal, mostrando assim que não basta fazer amigos virtuais, é necessário ter amigos verdadeiros, de corpo presente, para os bons e os maus momentos da vida. Nunca é tarde para promover essa verdadeira educação. Claro que tudo fica facilitado se a realizamos com a criança, mas mesmo com jovens e adultos, embora requerendo mais esforço, ela pode ser aplicada, pois toda pessoa é educável, ou, melhor dizendo, é reeducável. O Espiritismo possui olhar de futuro sobre a humanidade, preconizando o equilíbrio entre ciência e religião, entre tecnologia e relacionamento humano, educando o homem – espírito imortal – para que saiba melhor aproveitar todos os avanços científicos, na procura do uso para o bem, e não para desenvolver maus hábitos e dependências que prejudicam . sua saúde orgânica e psíquica. Tecnologias sempre existiram, de acordo com a época e os conhecimentos alcançados pelo homem, de modo que não devemos ficar surpresos com os dias atuais e com os que estão por vir, até porque nossa tecnologia digital on line está muito aquém do que já existe no mundo espiritual, de onde trazemos, através das reencarnações, os conhecimentos necessários para alavancar o progresso terreno. A leitura das obras do espírito André Luiz e também do espírito Manoel Philomeno de Miranda nos dão bem a dimensão do verdadeiro abismo existente entre a tecnologia terrena e a espiritual. Sigamos em frente, sabendo utilizar a Internet e todas as mídias digitais como instrumento de progresso, mas sem ficarmos dependentes, pois nada pode substituir o calor humano, a voz amiga e a presença de quem amamos. Ensinemos isso aos nossos filhos. Página extraída da REVISTA INTERNACIONAL ESPÍRITA – Jan/2013 Pag. 3