Projeto: Elaboração do PMSB dos Municípios inseridos na Bacia do Rio Paraíba do Sul: Carangola, Divinésia, Divino, Guiricema, Miradouro, Orizânia, Pedra Dourada, Rodeiro, São Geraldo, Tocantins e Tombos. Cliente: AGEVAP P3 – CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL Carangola Revisão 0A 0 1 2 Data 19/12/2013 29/01/2014 14/02/2014 15/10/2014 P3-Carangola Responsável AHA AHA AHA AHA Descrição Minuta Emissão Inicial Atendendo Comentários Emissão Final Página 1 de 76 Sumário 1. 2. 2.1. 2.2. 2.3. 2.4. 2.4.1. 2.4.2. 2.4.3. 2.5. 2.5.1. 2.5.2. 2.5.3. 2.5.4. 2.5.5. 2.5.6. 2.6. 2.6.1. 2.6.2. 2.7. 2.7.1. Solo. 2.7.2. 2.8. 2.8.1. 2.8.2. 2.8.3. 2.8.4. 2.8.5. 2.8.6. 3. 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 3.5. 3.6. 4. Apresentação 6 Carangola 7 Caracterização do Município 7 Localização e Acesso 7 Histórico 9 Turismo, Cultura e Lazer 9 Musical 11 Os principais pontos turísticos são: 12 Esportes 13 Geografia Física 13 Climatologia 13 Geologia 13 Geomorfologia 15 Relevo 19 Recursos Naturais 19 Hidrologia 27 Organização Territorial e Politica-Administrativa 32 Distritos 33 Poderes 33 Características Urbanas 34 Dispositivos Legais de Zoneamento Urbano, Disciplinadores do Uso e Ocupação do 34 Demografia 50 Macro Informações Socioeconômicas 51 Educação 51 Trabalho e Renda 52 Saúde 54 Economia 57 Disponibilidades de Recursos 57 Indicadores Sanitários, Epidemiológicos, Ambientais e Socioeconômicos 58 Infraestrutura 69 Práticas de Saneamento 70 Abastecimento de Água Potável 70 Esgotamento Sanitário 71 Drenagem e Manejo das Águas Pluviais 71 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos 72 Energia Elétrica 73 Bibliografia 74 P3-Carangola Página 2 de 76 Lista de Figuras Figura 1: Bandeira do município 7 Figura 2: Brasão do município 7 Figura 3: Estado de Minas Gerais, com destaque para o Município de Carangola 8 Figura 4: Transporte rodoviário do Município de Carangola 8 Figura 5: Logo Banda Lira 21 de Abril 12 Figura 6: Geologia do Município de Carangola 14 Figura 7: Geomorfologia do Município de Carangola 18 Figura 8: Altimetria do Município de Carangola 19 Figura 9 Muriqui-do-Norte 20 Figura 10 Bugio-marrom 20 Figura 11 Jararaca-de-alcatrazes 20 Figura 12 Gavião-pomba 20 Figura 13: Prioridade de conservação da fauna de Minas Gerais 22 Figura 14: Prioridade de conservação do Município 23 Figura 15: Uso e cobertura do solo no Município de Carangola 25 Figura 16: Processos minerários do Município de Carangola 26 Figura 17: Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul 29 Figura 18: Corpos d’água do Município de Carangola 30 Figura 19: Distritos do Município de Carangola 33 Figura 20: Densidade populacional do Município de Carangola 50 Figura 21: 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente. 69 Figura 22: Condição de drenagem do Município de Carangola 72 P3-Carangola Página 3 de 76 Lista de Tabelas Tabela 1: Litologia do Município de Carangola 15 Tabela 2: Unidades geomorfológicas 16 Tabela 3: Unidade geomorfológica do Município de Carangola 18 Tabela 4: Espécies ameaçadas do bioma mata atlântica 21 Tabela 5: Classes de uso e cobertura do solo do município 24 Tabela 6: Processos Minerários 27 Tabela 7: Estações pluviométricas e fluviométricas do Município de Carangola 28 Tabela 8: Partidos políticos 34 Tabela 9: Evolução demográfica do Município de Carangola 51 Tabela 10: Unidades escolares, professores e matrícula– pré-escola – 2004 a 2012 52 Tabela 11: Unidades escolares, professores e matrículas – ensino fund. – 2005 a 2012 52 Tabela 12: Unidades escolares, professores e matrículas – ensino médio – 2005 a 2012 52 Tabela 13: Número de empregos formais em 31 de dezembro de 2011 53 Tabela 14: Remuneração média de empregos formais em 31 de dezembro de 2011 53 Tabela 15: Variação do emprego formal em 31 de dezembro entre 2010 e 2011 54 Tabela 16: Resumo das unidades de saúde. 54 Tabela 17: Estabelecimentos por tipo e equipamentos. 55 Tabela 18: Mortalidade propor.(%) por faixa etária segundo grupo de causas - CID10 60 Tabela 19: Distribuição percent. das internações por grupo de causas e faixa etária - CID10 61 Tabela 20: Expectativa de vida, mortalidade infantil e taxa de fecundidade – Município de Carangola 62 Tabela 21: Doenças por faixa etária – SINAN. 62 Tabela 22: Atendimento em coleta e tratamento de esgoto sanitário 63 Tabela 23: Pobreza e desigualdade – Município de Carangola 65 Tabela 24: Evolução do rendimento per capita – Município de Carangola 65 Tabela 25: Distribuição de renda por domicílio 65 Tabela 26: Evolução do IDHM renda – Município de Carangola 67 Tabela 27: Evolução do IDHM longevidade – Município de Carangola 68 Tabela 28: Evolução do IDHM educação – Município de Carangola 68 Tabela 29: Desenvolvimento humano no Brasil 2013 70 Tabela 30: Cobertura do abastecimento de água potável – continua. 70 Tabela 31: Cobertura do abastecimento de água potável - conclusão 71 Tabela 32: Domicílios particulares permanentes – destino do lixo 73 P3-Carangola Página 4 de 76 Lista de Gráficos Gráfico 1: Unidades geológicas do Município de Carangola 14 Gráfico 2: Uso e cobertura do solo no Município de Carangola 25 Gráfico 3: Evolução demográfica do Município de Carangola. 51 Gráfico 4: Produto interno bruto do Município de Carangola 57 Gráfico 5: Distribuição da Mão-de-obra formal no Município de Carangola. 57 Gráfico 6: Mortalidade proporcional – todas as idades 59 Gráfico 7: Distribuição das internações – Município de Carangola. 61 Gráfico 8: Coleta e tratamento de esgoto sanitário 64 Gráfico 9: Evolução do IDHM do Município de Carangola-MG 66 Gráfico 10: Evolução do IDHM renda – Município de Carangola 67 Gráfico 11: Evolução do IDHM longevidade – Município de Carangola 68 Gráfico 12: Evolução do IDHM educação – Município de Carangola. 69 Gráfico 13: Domicílios particulares permanentes – Censo 2010. 73 P3-Carangola Página 5 de 76 1. Apresentação Este documento sistematiza as informações básicas de caracterização acerca de cada município, integrante do processo de planejamento para a Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico dos seguintes municípios inseridos na Bacia do Rio Paraíba do Sul: Carangola, Divinésia, Divino, Guiricema, Miradouro, Orizânia, Pedra Dourada, Rodeiro, São Geraldo, Tocantins e Tombos, conforme prevê a Lei Nacional de Saneamento Básico - Lei 11.445/2007 e o Decreto nº 7.217, de 21 de Junho de 2010, nos termos das funções do Poder Público Municipal, no exercício da titularidade dos serviços de saneamento básico. Estas Caracterizações são fundamentais para subsidiar o planejamento e decisões dos Planos Municipais de Saneamento Básico, neste documento em específico, o PMSB do Município de Carangola. Desta forma, se destaca para esta Etapa o levantamento dos elementos apresentados no Termo de Referência do contrato nº 22/2013/AGEVAP assinado em 26 de agosto de 2013. Entre os grandes desafios postos à sociedade brasileira, o acesso universal ao saneamento básico com qualidade, equidade e continuidade pode ser considerado como uma das questões fundamentais do momento atual das políticas sociais. Desafio que coloca a necessidade de buscar as condições adequadas de gestão dos serviços. Como ocorre na maioria das cidades brasileiras, o tratamento das questões relativas ao saneamento básico na Região, tem ocorrido sem uma integração mais efetiva de toda a administração municipal, principalmente em se tratando de planejamento, gestão e controle dos serviços prestados. Neste sentido, as cidades em estudo, necessitam de um rearranjo institucional integrado na área de saneamento básico que estabeleça os instrumentos de gestão financeira, operacional e administrativa, de planejamento, de regulação e controle e de participação social, assim como a definição das atribuições e responsabilidades de cada entidade e agentes públicos envolvidos no processo. P3-Carangola Página 6 de 76 2. Carangola 2.1. Caracterização do Município Carangola é um município de estado de Minas Gerais, pertence a Região da Zona da Mata, sua área territorial é de 353,4 Km². Segundo os dados do ultimo Censo (IBGE 2010), a população Carangolense em 2010 era de 32.296 habitantes, resultando numa densidade demográfica de 91,39 habitantes por quilômetro quadrado, valor acima daquele encontrado para estado de Minas Gerais, de 33,41 hab.Km². Os símbolos oficiais são apresentados nas figuras abaixo e representam a Cidade através de manifestações gráficas de importante valor histórico daquilo do que se destaca dentro de seus limites, isto é indicam a seu povo e à nação suas origens históricas, riquezas minerais, culturais, entre outras. Figura 1: Bandeira do município 2.2. Figura 2: Brasão do município Localização e Acesso O Município de Carangola localiza-se a uma latitude 20º43'59" sul e a uma longitude 42º01'46" oeste, estando sua Sede localizada à uma altitude de 408 metros. O município faz limite com Caiana, Espera Feliz, Divino, Fervedouro, São Francisco do Glória, Pedra Dourada e Faria Lemos. O município, com 353,40 km², dista 260 km de Belo Horizonte, capital do estado. P3-Carangola Página 7 de 76 Figura 3: Estado de Minas Gerais, com destaque para o Município de Carangola Fonte: adaptado de ABREU, 2006. O sistema viário estadual e federal que atende o município é composto pelas rodovias BR-482, MG-111 e BR-116, mostrada na Figura 4, abaixo. Na Zona da Mata, a BR 040 liga Belo Horizonte à principal cidade-polo da região, Juiz de Fora, que abriga diversas empresas de diversos ramos. Figura 4: Transporte rodoviário do Município de Carangola Fonte: Conen P3-Carangola Página 8 de 76 2.3. Histórico Em 1883, existia um pequeno arraial - Arraial Novo - no local onde hoje se encontra Carangola, fundado por caçadores de animais e extrativistas da poaia. As vertentes do rio Carangola eram, então, matas virgens, habitadas por índios puris. Em homenagem ao episódio da sublevação mineira (combate de Santa Luzia, no rio das Velhas), os habitantes de Arraial Novo mudaram seu nome, em 1842, para Santa Luzia do Carangola. A cultura do café, introduzida pouco depois, atraiu novos colonizadores, procedentes de diversos pontos de Minas e do Rio. Tombos de Carangola foi a primeira povoação formada; mais abaixo ficavam Santo Antônio e Natividade e, posteriormente, surgiu a de São Mateus. Construída uma capela em 1869, com patrimônio doado por fazendeiros da região, criou-se em 1862, o curato de Santa Luzia do Carangola, elevado a freguesia em 1868. Dezenove anos depois (1881), foi elevada à categoria de cidade. Acredita-se que o nome de Carangola, dado ao rio e depois ao município, tenha se originado da abundância de carás existente no meio do capim angolano, nas margens do rio. Por estar misturado ao capim, o cará era chamado de cará-angola. 2.4. Turismo, Cultura e Lazer É considerado patrimônio histórico e cultural os bens de natureza material e imaterial que expressam ou revelam a memória e a identidade das populações e comunidades. São bens culturais de valor histórico, artístico, científico, simbólico, passíveis de se tornarem atrações turísticas: arquivos, edificações, conjuntos urbanísticos, sítios arqueológicos, ruínas, museus e outros espaços destinados à apresentação ou contemplação de bens materiais e imateriais, manifestações como música, gastronomia, artes visuais e cênicas, festas e celebrações. Os eventos culturais englobam as manifestações temporárias, enquadradas ou não na definição de patrimônio, incluindo-se nessa categoria os eventos gastronômicos, religiosos, musicais, de dança, de teatro, de cinema, exposições de arte, de artesanato e outros. Além disso, outros recortes como turismo cívico, religioso, místico/esotérico e étnico também são considerados segmentos específicos do turismo, o que gera amplas oportunidades para desenvolver roteiros adaptados a diversos gostos e necessidades, tanto do turista nacional quanto do estrangeiro. Cabe destacar que o turismo religioso não é necessariamente um turismo feito por religiosos, místicos, santos populares, devotos de qualquer credo ou segmento religioso, efetivimente existe uma confusão motivada pela complexidade deste segmento turistico. Entretando é P3-Carangola Página 9 de 76 significativo para o panorama municipal de planejamento de qualquer outra política administrativa, configurando um cenário positivo ainda que sazonal. O turismo não pode ser desvinculado do estudo e do lazer e vice-versa, mesmo quando esportivo. Ao mesmo tempo em que não se deve confundir o envolvimento em práticas/informações esportivas seja como entusiasta, curiosidade ou somente o interesse com o apresentado, com o turismo de eventos esportivos. É sabido que em ambos os casos existem o deslocamento de turistas, entretanto o que motiva o processo turístico é diferenciado, devendo então atentar que neste segmento de turismo (o que difere do turismo de eventos esportivos), o turista visita com intenção de conhecer por lazer. Nele também é importante a inserção do turista à cultura local e não o inverso, por esta razão as atividades paralelas de cultura são de suma importância. A atividade turística em geral, apresenta um grande potencial, mas implica necessariamente em infraestrutura e ações de estudos e planejamentos que viabilizem intervenções relevantes na organização da atividade, mas acima de tudo da cidade. Esta indústria intensifica investimentos nas cidades foco, no planejamento e obras de recepção e ampliação das já existentes, para proporcionar alternativas ao turismo de qualidade e absorção desta demanda flutuante nos segmentos de saneamento, necessitando desta forma um planejamento diferencial. As atividades de lazer são coadjuvantes importantes para toda prática do turismo, seja o cultural, o religioso e de atividades esportivas. Geralmente de fomento popular estas atividades complementa o segmento objetivado pelo turista ao escolher a Cidade. Ressalta-se também que o turismo é outro segmento da economia de grande importância e que vem garantindo seus espaços, em sua maioria no verão no período do carnaval e o turismo religioso havendo até mesmo um circuito em datas específicas para festas regionais que que fomentam a economia da cidade, os investimentos hoteleiros e hotelaria, inclusive treinamentos e capacitação para profissionais no setor. Este turismo tem uma relação direta com o fomento artesãos, artistas plásticos, e demais segmentos artísticos, além do gastronômico local e cultural e aquece a economia local. Com vistas a consolidar este setor é importante restaurar prédios, adequá-los a acessibilidade na urbanização da cidade assim como se investe na qualificação do saneamento para recebimento desses turistas, entre outros. Outro investimento está na capacitação e qualificação da população, realização de obras de infraestruturas, reforma de estradas, urbanização de ruas, recuperação de imóveis históricos, todos estes procedimentos resgatam a sua história e cultura. P3-Carangola Página 10 de 76 Os principais elementos culturais que motivam as pessoas a visitar determinadas regiões são as belezas naturais, o artesanato local, as tradições, a gastronomia, as artes, a música, a história regional, a arquitetura, as manifestações religiosas e outros itens menos relevantes. Toda a herança cultural deve ser valorizada associada à preservação do patrimônio artístico, histórico, urbanístico e cultural da localidade ou região, assim como as manifestações de orgulho étnico, religioso, esportivo ou artístico que valorizam e trazem grande autoestima para as populações locais. Deve ser um instrumento de revelação da cultura, fazendo renascer aspectos que estavam no esquecimento ou até mesmo em extinção. O turismo é uma importante atividade econômica, gera empregos, movimenta o comércio, aquece desenvolvimento econômico, impulsionam pessoas e promove um sentimento único de liberdade. As Feiras de Artesanatos são atrativos paralelos ao turismo seja ele religioso, esportivo, rural, entre outros. Carangola está na rota do turismo, estando integrada ao PNMT (Plano Nacional de Municipalização do Turismo), desta forma obteve o Selo de Município Prioritário para o Desenvolvimento do turismo. Este selo representa novas perspectivas econômicas para a cidade, principalmente abordando temas atuais como: ecoturismo, o turismo rural e o turismo de eventos são áreas potenciais. Neste ultimo destacamos a Exposição Agropecuária de Carangola. Ocorrida pela primeira em 12 de agosto de 1945, sendo consolidada com sua recorrência nos anos seguintes, desta forma transformando na festa mais esperada naquela região, se tornando tradicional a localidade. Carangola possui as seguintes datas importantes: Aniversário do município: 7 de janeiro Exposição Agropecuária e Industrial de Carangola: Última semana de julho a) Organizada pelo Sindicato dos Produtores Rurais b) Disponibiliza espaço e oportunidade para produtores e empresários da cidade. c) Usufrui a melhor e maior infraestrutura para realização do evento, Parque de Exposições Doutor Juarez Quintão Hosken d) Este parque possui espaço amplo, com pavilhões de produtos agrícolas, de produtos industriais, de artesanato, de vacas leiteiras, de gados de corte, de cavalos e pavilhão destinado ao comercio da cidade. 2.4.1. Musical Banda Lira 21 de Abril P3-Carangola Página 11 de 76 Situada na Praça Governador Valadares, nº 48, Largo do Rosário - Centro - Carangola/MG, foi reconhecida como Utilidade Pública pela Leis Estadual nº 8786 de 24-04-1985 e Lei Municipal nº 1649 de 04-12-1978, assim como foi reconhecida como Bem Imaterial em 18 de outubro de 2011. A Sociedade 21 de Abril foi fundada em 1917. Sua história está intimamente relacionada à cultura, tradição e memória da Cidade. Tinha como foco a reunião de operários de diversos ofícios, objetivando a defesa dos interesses imediatos e comuns de todas as categorias. O prédio de sua sede foi tombado em 18/10/11, e fica localizado na Rua Santa Luzia, no. 540, no centro de Carangola/MG. Figura 5: Logo Banda Lira 21 de Abril Arte: Jô da MINASGRAF, Carangola/MG 2.4.2. Os principais pontos turísticos são: Embora carecendo de infraestrutura adequada, o morro da torre, o cruzeiro, as cachoeiras, passeios pelas comunidades rurais, a Pedra de São Bento, as grutas do barroso e os sítios arqueológicos, constituem os principais atrativos naturais do município. Prefeitura Municipal De Carangola: Construído entre 1907 e 1916 para funcionar como residência particular de juízes, posteriormente, funcionou como um grupo escolar, quando então, desabou e foi demolido por total. Em Janeiro de 1918, Drº Jonas de Faria Castro (Agente Executivo Municipal da Época), fez um convênio com o estado de Minas Gerais comprometendo-se a doar um terreno para a construção de um novo grupo escolar. O objetivo da troca era para construir no local, o Paço Imperial. Coreto Da Praça Cel. Maximiano: Foi elaborado no Governo do Drº. Waldemar Soares de Souza, em 1930, para ornamentar a Praça Principal e servir para atividades PolíticoCulturais. Seu estilo Arquitetônico em Dórico e sua cobertura totalmente vegetal. Chafariz Da Praça Cel. Maximiano: Construído em 1930, por Antônio José de Oliveira no governo do Drº. Waldemar Soares de Souza. Tem a forma arrendondada, decorada com motivos florais e simetria constantes, predominante do estilo Rococó. Com sua leveza e beleza valoriza as noites iluminadas de Carangola. 1º Coreto De Carangola: Construído no ano de 1923 a 1927, na Praça Governador Valadares, por uma companhia de Campos/RJ, durante a administração de Adolfo de Carvalho. Em 1952, foi transportado para o Distrito de Alvorada, onde permanece até hoje. P3-Carangola Página 12 de 76 Pontilhão De Ferro: Construído em 1906, o material foi trazido da Bélgica, da “the Leopoldina Hailway Limite”. Foi inaugurado em 1907, no governo de José Honório Pereira. Apresenta estrutura metálica, com desenhos diversos. Estação Ferroviária: Foi inaugurada em 15 de Agosto de 1887. Foi construída pela companhia Estrada de ferro Auto Muriaé, funcionou até 1938, e após a inauguração da atual estação em maio de 1887, o seu uso foi exclusivamente para armazenamento de cargas. Fórum De Justiça Drº Xenofonte Mercadante: Sua construção finalizada em 1938. Seu estilo Art Déco. Atualmente localizado na Praça Coronel Maximiniano, 56 – Centro. Tendo como proprietário o Tribunal de Justiça do Governo de Minas Gerais. Igreja De São Manoel Do Boi: A mais antiga igreja do município possui partido arquitetônico original que remota ao período colonial. Museu Histórico de Carangola Clube Social 2.4.3. Esportes Entre os muitos talentos no esporte como natação, vôlei, no futebol se destaca em revelar craques para times de São Paulo, Santa Catarina, entre outros e até mesmo para a seleção Brasileira e times internacionais. Outros nomes engrossam o talento nos gramados nacionais e internacionais. O Estádio Municipal Roseny Soares é um dos maiores e mais tradicionais estádios de futebol da Zona da Mata mineira, ainda assim a Cidade conta com um moderno ginásio poliesportivo, vários campos de futebol e quadras esportivas em diversos pontos da cidade. 2.5. Geografia Física 2.5.1. Climatologia Seu clima é o tropical, com temperatura média de 25º C, máxima anual de 25,9º C e a mínima de 12,4º C. De acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, Carangola tem um tipo climático Cwa, que se caracteriza como um clima temperado úmido com Inverno seco e Verão quente. 2.5.2. Geologia Para elaboração dos dados referentes ao tema Geologia, foram utilizadas as informações disponibilizadas pelo CPRM, a partir das cartas geológicas ao milionésimo (SF23 e SE23). P3-Carangola Página 13 de 76 Carangola possui cinco unidades geológicas, onde a predominante no município é a Unidade Suíte Muriaé, com 38,2% da área (Gráfico 1). As unidades geológicas, bem como a descrição das litologias destas e suas respectivas siglas, são apresentadas na Figura 6. Nela também é possível identificar a legenda disponibilizada para cada unidade baseada nas informações cedidas pelo CPRM. Na Figura 6, é visualizado a distribuição das unidades geológicas do Município de Carangola. Figura 6: Geologia do Município de Carangola Fonte: Conen Gráfico 1: Unidades geológicas do Município de Carangola P3-Carangola Página 14 de 76 Tabela 1: Litologia do Município de Carangola Nome da Unidade Sigla Litótipos Legenda Área Complexo Paraíba do Sul NPps Xisto, Charnockito, Metacalcário dolomito, Metacalcário Calcítico, Metacalcário, Gnaisse, Kinzigito, Rocha calcissilicática, Mármore, Metagrauvaca Complexo Juiz de Fora, unidade enderbítica PP2jfe Enderbito Paragnaisse, biotita-gnaisse bandado com intercalações de sillimanitagranada-muscovita-biotita xisto e rochas calcissilicáticas, kinzigito, grauvaca, quartzito (q), metacalcário, mármore, anfibolito. Localmente migmatizado. Fácies anfibolito a granulito. Ortognaisse enderbítico de coloração esverdeada, localmente descolorido, de granulação variável entre média e grossa, migmatítico, por vezes milonítico. A composição é representada por ortopiroxênio, plagioclásio, clinopiroxênio, biotita, quartzo e hornblenda. Zircão, apatita e minerais opacos são os acessórios mais comuns. A paragênese mineral é diagnóstica para a fácies granulito. Suíte Charnockític a Leopoldina NP3a_gam ma_2Clp Charnockito, para Granulito, Metanorito Charnockitóide foliado meta e peraluminoso Suíte Muriaé NP3a_gam ma_2Smu Granitóide Granitóide foliado, peraluminoso, tipo S Granitóides tipo I, pósorogênico do orógeno Araçuaí NP3a_gam ma_3I Granitóide Granitóides tipo I, pós-orogênico 96,80 111,89 3,75 135,10 6,39 2.5.3. Geomorfologia Com o intuito de elaborar os dados referentes as unidades geomorfológicas na área de interesse foram consultadas as cartas SF23 e SF24 (Rio de Janeiro e Vitória respectivamente) elaboradas pelo Projeto RADAMBRASIL (1983). Foi dada uma maior atenção a porção sulsudeste do estado de Minas Gerais para que se torne possível um entendimento regional da área de interesse, para em seguida, estipular a participação das unidades geomorfológicas no município estudado. As unidades geomorfológicas existentes nesta porção do território mineiro estão apresentadas na tabela abaixo1. 1 Vale destacar que na referida área existem algumas áreas de acumulação de sedimentos, não sendo considerados necessariamente como Domínios Morfoestruturais. Um exemplo destas áreas está representado pelo Terraço Fluvial que segundo o RADAM (1983) é caracterizado por ser uma “área plana, levemente inclinada, apresentando algumas vezes ruptura de declive em relação ao leito do rio e às várzeas recentes situadas em nível inferior, entalhada devido às mudanças de condições de escoamento e consequente retomada de erosão, sujeita a eventuais inundações”. P3-Carangola Página 15 de 76 Tabela 2: Unidades geomorfológicas Domínios Morfoestruturais Unidades Litológicas Alinhamentos de Cristas do Paraíba do Sul Depressão Escalonada dos Rios Pomba-Muriaé Faixas de Dobramentos Remobilizados Patamares Escalonados do Sul Capixaba Planalto de Itatiaia Serranias da Zona da Mata Mineira Escudo Exposto Planalto de Campos das Vertentes Remanescentes de Cadeias Dobradas Planalto de Andrelândia Assim, a partir do exposto e tendo-se por base o Projeto RADAMBRASIL (Carta SF23 e SF24), torna-se importante apresentar algumas das descrições dos domínios morfoestruturais e das unidades litológicas presentes na porção meridional de Minas Gerais. 1) Faixas de Dobramentos Remobilizados Em relação ao Domínio das Faixas de Dobramentos Remobilizados, deve-se entender que as unidades geomorfológicas associadas a estes domínios possuem como principal característica a existência de uma série de evidências de ações tectônicas consideráveis na área em questão. De acordo com o Projeto RADAM (1983, p.333) algumas destas marcas estão associadas à “movimentos crustais, com marcas de falhas, deslocamentos de blocos e falhamentos transversos”. Isto, por sua vez, demonstra que a região sofreu várias alterações trazendo consequências morfológicas no local perceptíveis até o dia de hoje. A. Alinhamentos de Cristas do Paraíba do Sul Uma das unidades associadas a Faixa de Dobramentos Remobilizados são os alinhamentos de Cristas do Paraíba do Sul. Observa-se que esta unidade refere-se fundamentalmente ao conjunto de falhas e fraturas com orientação Nordeste-Sudoeste, evidenciando os processos de orogenia ocorrentes entre a colisão do Cráton de São Francisco e do Cráton Congo. Com este processo, percebe-se claramente o metamorfismo sofrido pelas rochas no sentido Sudoeste – Nordeste. Depressão Escalonada dos Rios Pomba-Muriaé Esta unidade por sua vez estão associadas à processos de dissecação do relevo pelas bacias dos rios Pomba e Muriaé. Desta forma, grande parte desta unidade passa a ser composta por material sedimentar associado aos uma série de processos erosivos. De acordo com o Projeto RADAM: “desenvolvem-se na área formações superficiais, constituídas, do topo para a base, de colúvios, linhas de pedra, rocha alterada e finalmente a rocha gnáissica. Também ocorrem áreas de formação lateríticas, observadas descontinuamente em cortes de estradas” (RADAM, 1983, p. 342). B. Patamares Escalonados do Sul Capixaba Os patamares escalonados do Sul Capixaba estão diretamente associados à existência de variados degraus de acesso em relação à forma da topografia local, o que por sua vez contribuí P3-Carangola Página 16 de 76 para a existência de um terreno movimentado formado pela existência de uma série de vales com drenagens encaixadas. De acordo com o RADAM (1983, p.346), “é muito comum, em escala ampla, a presença de vales abertos e colmatados, cortados por uma drenagem, ao que tudo indica, muito recente já que a origem destes depósitos localiza-se nos ravinamentos das encostas”. C. Planalto de Itatiaia Outra unidade associada à Faixa de Dobramentos Remobilizados é o Planalto de Itatiaia. Esta unidade possui inclusive dois compartimentos específicos: o ocidental, caracterizado fundamentalmente por “relevos de dissecação diferencial com aprofundamento de drenagem variável” (RADAM, 1983, p.344), enquanto o setor oriental é caracterizado pela sua contiguidade espacial em relação ao Itatiaia. D. Serranias da Zona da Mata Mineira Em relação a unidade Zona da Mata Mineira há de se destacar inicialmente que a sua nomenclatura refere-se a sua localização, ou seja, esta unidade está inserida no contexto na unidade fisiográfica Zona da Mata. De acordo com o RADAM (1983, p. 346), “a unidade é marcada por escarpas adaptadas a falhas, sulcos estruturais, grandes linhas de cumeadas e cristas simétricas alinhadas, que (...) indicam a direção dos dobramentos e falhamentos ocorridos na área”. Este tipo de descrição, por exemplo, sugere que esta porção do território sofreu intensos processos tectônicos, e que ainda hoje trazem consequências quando entendidas em conjunção com o uso e ocupação do solo. No mesmo projeto foram observados em diversos pontos da unidade a existência de grandes voçorocas nas encostas do relevo, potencializadas pelas ações vinculadas às transformações do setor pecuário. 2) Remanescentes de Cadeias Dobradas Este domínio, por sua vez, está diretamente associado aos processos que resultaram na exumação das estruturas dobradas remanescentes de diferentes ciclos geológicos. A. Planalto de Andrelândia Esta unidade é caracterizada pela ocorrência de pacotes pouco espessos de solo devido a alta dissecação, confluindo para o aprofundamento de incisões de drenagem. Os topos das colinas apresentam-se com morfologia convexa bem como suas encostas (o que contribui sobremaneira para a pouca retenção de solo nas encostas da unidade). “Muitas vezes a cobertura é inexistente, dando lugar apenas à linha de pedra, repousando diretamente sobre a rocha alterada (...). São frequentes as voçorocas com dezenas de metros de extensão e largura considerável devido a conjugação dos fatores de alteração da rocha, elevada quantidade de mica dessa alteração e ausência da cobertura vegetal, fatos que facilitam o deslizamento dos pacotes alterados”. (RADAM, 1983, p.330) P3-Carangola Página 17 de 76 3) Domínio do Escudo Exposto Este domínio é caracterizado pela sua grande estabilidade morfoestrutural, ou seja, está associado à áreas que não sofreram ações tectônicas intensas no passado. Encontra-se inclusive envolta por faixas móveis que, diferentemente do escudo sofreram intensos processos tectônicos. A. Planalto de Campos das Vertentes Por fim, a unidade Plantalto de Campos das Vertentes é caracterizada pelo intenso processo de dissecação resultando em uma paisagem conhecidas como “mar de morros” no qual as colinas passam a sofrer contínuo processo de intemperismo sendo esculpidas e assumindo formas “mamelonares”, apresentando desta maneira, vertentes majoritariamente convexas com topos arredondados. É ainda importante destacar que devido ao relevo movimentado torna-se perceptível a presença de vales que são retrabalhados conforme o processo de dissecação promovido pelos cursos de água existentes. Desta maneira, a tendência do relevo é a criação de morros e morrotes isolados a partir do processo de contínuo retrabalho do relevo. A unidade geomorfológica existente no município e o mapa da mesma estão apresentados na Figura 7 e na Tabela 3. Tabela 3: Unidade geomorfológica do Município de Carangola Domínio Morfoestrutural Unidades Geomorfológicas Faixas de Dobramentos Remobilizados Faixas de Dobramentos Remobilizados Patamares Escalonados do Sul Capixaba Serranias da Zona da Mata Mineira Área Km² 0.13 353.8 Figura 7: Geomorfologia do Município de Carangola Fonte: Conen P3-Carangola Página 18 de 76 2.5.4. Relevo Na Serra da Grama é encontrada a máxima altitude do município – 1908m – e no Rio Carangola (Próximo à Foz do Córrego do Canto) a mínima altitude – 423m, conforme se observa na Figura 82. Figura 8: Altimetria do Município de Carangola Fonte: Conen 2.5.5. Recursos Naturais Próximo ao município está localizado o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e do Parque Nacional do Caparaó, mesmo assim, possui: o Núcleo Operacional de Florestas, Pesca e Biodiversidade de Carangola do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e o 06º Grupo da Polícia Militar do Meio Ambiente de Carangola. 2 As informações expostas no mapa podem apresentar diferença em relação àquelas do texto. Isto devese fundamentalmente à diferença encontrada nas fontes consultadas quando comparadas ao mapeamento. Deve-se lembrar que as informações apresentadas no mapa são provenientes das imagens de radar SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). P3-Carangola Página 19 de 76 2.5.5.1. Fauna O contexto faunístico na área de estudo está diretamente associado à existência do bioma Mata Atlântica. Este bioma por sua vez congrega a existência de uma série de formações florestais diferenciadas com ecossistemas associados como, por exemplo, as restingas, manguezais e campos de altitude (MMA, 2013). Pelo número de espécies florísticas e faunísticas associadas a este bioma a mesma se configura como uma área extremamente prioritária no que tange a conservação (muito devido ao atual status de contínua fragmentação e redução do seu espaço de cobertura). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2013), a fauna associada a este bioma, a partir de estudos já realizados “indicam que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes” (2013). Esta introdução referente a Mata Atlântica se faz necessária pois parte do estado de Minas Gerais é composta por este bioma. No estado de Minas Gerais: “A grande maioria das espécies de mamíferos registradas no Estado ocorre na Mata Atlântica, sendo aproximadamente um terço (65) exclusivas desse bioma. Este é, por exemplo, o caso do muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), o maior dos macacos neotropicais. (...) Para a avifauna, das 785 espécies que ocorrem no Estado – aproximadamente a metade da riqueza das aves do Brasil – 54 são endêmicas da Mata Atlântica.” (CAMPALINI & PROCHNOW, 2006, p. 109). Figura 9 Muriqui-doNorte Fonte: ICMBIO Foto: Fernanda Tabacow Figura 10 Bugiomarrom Fonte: ICMBIO Foto: Marco A. de Freitas Figura 11 Jararaca-dealcatrazes Fonte: ICMBIO Foto: Otávio marques Figura 12 Gaviãopomba Fonte: ICMBIO Foto: Marco A. de Freitas É de suma importância, entretanto, que se destaque a fragilidade destas espécies a partir dos fenômenos e processos antrópicos que vem contribuindo sobremaneira para a fragmentação e diminuição dos remanescentes florestais de Mata Atlântica. Em 2004, a partir de estudo apresentado referente às espécies ameaçadas, pode-se perceber a partir da Tabela 4 abaixo, que a situação encontrada neste bioma em questão é extremamente crítica no que tange a fauna. Além da proporcionalidade de espécies ameaçadas encontradas na Mata Atlântica em relação ao total da lista de espécies ameaçadas, pode-se perceber que muitas destas são endêmicas ao próprio bioma, o que reforça a fragilidade do próprio bioma. P3-Carangola Página 20 de 76 Tabela 4: Espécies ameaçadas do bioma mata atlântica Espécies Ameaçadas (na lista/ na Mata Espécies endêmicas à Mata Grupo Atlântica) Atlântica Aves 160/118 49 Anfíbios 16/16 16 Mamíferos 69/38 25 Répteis 20/13 10 Fonte: Anuário Mata Atlântica/Reserva da Biosfera Mata Atlântica É importante que se destaque a existência da Lei Nº 11.428 de 22 de Dezembro de 2006 que dispões sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, o que por sua vez, reflete diretamente sobre a proteção da Fauna. “Verificada a ocorrência do previsto na alínea a do inciso I deste artigo, os órgãos competentes do Poder Executivo adotarão as medidas necessárias para proteger as espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção caso existam fatores que o exijam, ou fomentarão e apoiarão as ações e os proprietários de áreas que estejam mantendo ou sustentando a sobrevivência dessas espécies” (BRASIL, 2006). Um dos documentos mais importantes elaborados recentemente, o Zoneamento Ecológico Econômico do estado de Minas Gerais, elaborou um levantamento sobre as áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade vinculadas a fauna estadual, apresentando assim áreas mais vulneráveis no que tange à perda de biodiversidade faunística. O Zoneamento Ecológico Econômico do estado de Minas Gerais elaborou um levantamento sobre as áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade, buscando representar e inferir no estado como um todo as áreas mais vulneráveis em relação à perda de biodiversidade faunística. Este tipo de análise pode contribuir para o entendimento dos processos e fenômenos que ocorrem em determinando recorte espacial, possibilitando assim o fomento de ações por parte do poder público para a manutenção das espécies de fauna ameaçadas. De acordo com o próprio estudo, “A região Sul de Minas Gerais caracteriza-se por apresentar grande parte do território com baixa ou média vulnerabilidade à perda de biodiversidade faunística Este aspecto está relacionado provavelmente ao histórico de ocupação humana secular da região, que resultou em remoção de grande parte da cobertura vegetal original. Esta remoção de cobertura vegetal resulta, de maneira geral, na perda dos componentes faunísticos mais exigentes de habitat e predadores de topo.” (SCOLFORO et al, 2008, p. 157) P3-Carangola Página 21 de 76 Figura 13: Prioridade de conservação da fauna de Minas Gerais Assim, apresenta-se a seguir o cenário do município tendo por base o Zoneamento Ecológico Econômico do estado de Minas Gerais. O Município de Carangola, por sua vez, merece atenção. De acordo com o Zoneamento Ecológico estadual, grande parte do município está inserida em áreas de extrema prioridade de conservação (incluindo o entorno do povoado de São Manuel da Carangola, bem como vilas e até mesmo a sede municipal carangolense). Na porção oeste do município, entretanto a situação é mais branda, sendo caracterizada fundamentalmente por áreas de baixa/muito baixa prioridade, como mostra a Figura 14. P3-Carangola Página 22 de 76 Figura 14: Prioridade de conservação do Município Fonte: Conen Carangola em passado recente foi um ponto estratégico no comércio de animais, vivos ou mortos, como por exemplo, o Trinca-Ferro. Nota Importante: No Bairro Triângulo na cidade de Carangola, foi verificada a infestação de espécie exótica a fauna regional os caramujos gigantes africanos, que geram preocupação pela infestação e possível praga de doenças como a meningite, por esta espécie ser hospedeiro natural do verme Angiostrongylus cantonensis. Entretanto não existem, até o momento, notificação de casos de doenças provocados na região. 2.5.5.2. Flora Com o intuito de se estabelecer a caracterização paisagística da área de estudo foi elaborado um mapeamento que apresenta a diferenciação entre os tipos de uso e cobertura existentes no município. Através deste tipo de produto torna-se possível o entendimento dos diferentes padrões de ocupação do solo, permitindo desta maneira uma percepção dos variados componentes da paisagem e, consequentemente, das relações espaciais presentes em determinado local. P3-Carangola Página 23 de 76 Assim, tendo-se por base as informações disponibilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente (2006)3 em relação a cobertura vegetal dos biomas brasileiros foi possível determinar o uso e cobertura no município. Vale destacar que as classes apresentadas baseiam-se no Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE, 2012) e estão apresentadas na Tabela 5, Gráfico 2 e Figura 15. Tabela 5: Classes de uso e cobertura do solo do município Nome da Classe Pecuária (pastagem) Agricultura Vegetação Secundária Corpos D'água Floresta Estacional Semidecidual Aluvial Floresta Estacional Semidecidual Montana Floresta Estacional Semidecidual Submontana Refúgio Montano Influência Urbana Descrição Nas escalas regional e exploratória, não é fácil mapear pastos, separando-os da agricultura cíclica. O mais conveniente é englobá-los no item “agropecuária“. Nas escalas de semidetalhe e detalhe, com auxílio de sensores fotográficos pancromáticos e infravermelhos em escala até 1:50 000 podem-se mapear perfeitamente os pastos por todo o País, embora às vezes as comunidades vegetais secundárias induzam a erros, que não são graves, porque servem para o pastoreio do gado em criação extensiva. Áreas referentes ao plantio e culturas cíclicas permanentes Áreas de vegetação que surgem onde houve intervenção humana para o uso da terra, seja com finalidade mineradora, agrícola ou pecuária, ou seja, áreas que surgem com o abandono da terra, após o uso pela agricultura, pecuária ou pelo reflorestamento. Espelhos D’água: Lagos, represas, lagunas. Formação encontrada com maior frequência na grande depressão pantaneira matogrossense-do-sul, sempre margeando os rios da Bacia do Rio Paraguai. Nesta formação, existem em grande abundância várias espécies do gênero Handroanthus, além dos ecótipos Calophyllum brasiliense Cambess., Tapirira guianensis Aubl., Inga sp., Podocarpus sellowii Klotzsch ex Endl., Cedrela lilloi C. DC., Guarea guidonia (L.) Sleumer, entre outros. São poucas as áreas ocupadas por esta formação estabelecida acima de 500m de altitude A formação Montana é quase sempre dominada pelo gênero Anadenanthera que às vezes constitui consorciações da ochlospecie Anadenanthera peregrina (L) Speg, de origem amazônica, localizada principalmente nos sills basálticos ainda conservados. Nesta formação, encontram-se dispersas as maiores disjunções de floresta decidual. A floresta da vertente interiorana da Serra da Mantiqueira, situada em território mineiro, reveste terrenos do Pré-Cambriano. É constituída por mesofanerófitos de folhagem sempre verde dos gêneros Aspidosperma e Cariniana e em algumas vezes por macrofanerófitos, destacando-se dentre eles o gênero Anadenanthera com sua ochlospecie Anadenanthera peregrina (L.) Speg. que é caducifólia e dominante. Toda e qualquer vegetação diferenciada (em ambiente Montano) nos aspectos florístico e fisionômico ecológico da flora dominante na região fitoecológica foi considerada como um “re fúgio ecológico”. Este, muitas vezes, constitui uma “vegetação relíquia”, com espécies endêmicas, que persiste em situações especialíssimas. Os refúgios ecológicos, condicionados por parâmetros ambientais muito específicos, apresentam, via de regra, alta sensibilidade a qualquer tipo de intervenção. Áreas influenciadas pela Urbe Área 0,77 226,95 3,88 0,09 0,00 72,18 4,11 0,66 3,90 3 Conforme nota de crédito dos mapeamentos elaborados torna-se importante destacar que as cartas foram “elaboradas a partir da interpretação de imagens TM do satélite Landsat, obtidas em 2002 e trabalhos de campo realizados em agosto de 2005, utilizando o Sistema de Classificação descrito no "Manual Técnico da Vegetação Brasileira", do IBGE (no prelo), como parte das atividades do subprojeto "Levantamento e Mapeamento dos Remanescentes da Cobertura Vegetal do Bioma Mata Atlântica", na escala 1:250.000. Este subprojeto insere-se na temática "Levantamento dos Remanescentes da Cobertura Vegetal dos Biomas Brasileiros" financiado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), via Banco Mundial, e pelo Tesouro Nacional, em parceria com o CNPq, dentro do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO) do Ministério do Meio Ambiente” P3-Carangola Página 24 de 76 Gráfico 2: Uso e cobertura do solo no Município de Carangola Figura 15: Uso e cobertura do solo no Município de Carangola Fonte: Conen A partir do levantamento das classes levantadas pelo estudo desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente percebe-se, em linhas gerais, que o Município de Carangola possui extensas áreas associadas às atividades voltadas para agricultura e pastagem, ocorrendo em pequenas porções destas áreas a existência de porções associadas à vegetação secundária. Apesar deste cenário é percebida também a existência de alguns fragmentos de Floresta Estacional P3-Carangola Página 25 de 76 Semidecidual Montana no município como um todo, bem como a ocorrência de fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual Submontana (sendo estes últimos localizados na porção sudeste do município- proximidades do Distrito Sede). Além destas tipologias também são encontradas porções (ainda que diminutas) associadas à áreas de Refúgios Vegetacionais Montanos (localizadas principalmente à nordeste do povoado de São Manuel da Carangola), bem como porções de Vegetação Secundária inicial nas proximidades do Distrito Sede e no nordeste do município). 2.5.5.3. Processos Minerários Em relação aos processos minerários, deve-se atentar que a mesma está diretamente relacionada com as informações geológicas. A identificação dos locais fornece uma gama de informações em relação aos lotes/ocorrências que atualmente são exploradas, beneficiadas ou em vias de exploração. Assim, informações como área de pesquisa, área de requerimento de pesquisa ou lavra material extraído, empresa responsável e uso das substâncias extraídas, contribuem sensivelmente para o entendimento das múltiplas atividades extrativistas ocorrentes e suas consequências (sejam elas vinculadas ao meio físico ou ao meio socioeconômico) na área de interesse. Os dados apresentados foram obtidos junto ao Sistema de Informações Geográficas da Mineração do Departamento Nacional de Produção Mineral no ano de 2013 (DNPM, 2013). Figura 16: Processos minerários do Município de Carangola Fonte: Conen P3-Carangola Página 26 de 76 No Município de Carangola, de acordo com os dados disponibilizados pelo DNPM, foram identificados 58 lotes com processos minerários ativos. Destes, percebe-se que as substâncias mais visadas para a mineração estão vinculadas ao granito. No entanto, outras substâncias (principalmente a areia, bauxita, charnoquito e minério de alumínio) também são exploradas ainda que em menor intensidade Tabela 6 Substância Alumínio Areia Bauxita Caulim Charnoquito Dado não cadastrado Granito Granulito Ilmenita Minério de Alumínio Minério de Manganês Minério de Ouro Quartzo Tabela 6: Processos Minerários Número de Processos Minerários 1 4 4 1 3 2 34 1 1 3 2 1 1 Em relação à distribuição espacial dos lotes associados à exploração mineral no município, pode-se inicialmente indicar uma multiplicidade no que tange a fase de cada um dos processos minerários. Assim, são identificados áreas disponíveis para atividade mineral, áreas em fase de licenciamento, requerimento e autorização de pesquisa e requerimento e concessão de lavra. Assim, a primeira percepção é a distribuição de áreas de requerimento e autorização de pesquisa no território municipal como um todo. As áreas disponíveis para recebimento de atividades minerárias também se apresentam distribuídas pelo município, ainda que encontrem certa concentração na porção central (nas áreas próximas à São Manuel da Carangola e a oeste do município sede). Além destas áreas deve-se mencionar que aqueles lotes referentes ao requerimento de lavra situam-se de maneira distribuída ao longo do município, concentrando-se na porção centroleste (leste de São Manuel da Carangola) e na porção noroeste. Ainda destaca-se na fronteira com o Município de Faria Lemos um lote em fase de concessão de lavra. 2.5.6. Hidrologia A hidrologia é uma ciência dedicada ao estudo das águas. Esta ciência estuda a ocorrência de água em determinados locais, sua circulação, propriedades químicas e físicas, leis e fenômenos interativos que ocorrem entre a água e o meio ambiente. De extrema importância para o entendimento da formação de rios, lagos e oceanos, e também importante para a P3-Carangola Página 27 de 76 prospecção de poços de água e aquíferos. Entretanto, não cobre todo o estudo sobre oceanos (oceanografia) e também não se preocupa com usos médicos da água (hidrologia médica). Sua importância hoje é vista em diversos campos da engenharia, neste sentido destaca-se a hidráulica, sanitária, agrícola e de recursos hídricos, principalmente para atenuação das enchentes (controle de cheias) e seus danos, drenagem (macro e microdrenagem), esgotamento sanitário, abastecimento de água, irrigação, potencial elétrico, gerenciamento de bacias, controle de erosão, reservação e previsão hidrológica. 2.5.6.1. Dados Hidrológicos É a ANA - Agência Nacional de Águas responsável pela coordenação das atividades desenvolvidas no âmbito da Rede Hidrometeorológica Nacional. Composta de 4.633 estações pluviométricas e fluviométricas, onde se monitoram o nível e a vazão dos rios, a quantidade de sedimentos e a qualidade das águas, a Rede monitora 2.176 dos 12.978 rios cadastrados no Sistema de Informações Hidrológicas da ANA. As estações de monitoramento da ANA são operadas por entidades parceiras e contratadas pela Agência Nacional de Águas. Os dados oriundos desse monitoramento encontram-se disponíveis no Sistema de Informações Hidrológicas - HidroWeb e no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos - SNIRH. Essas informações são fundamentais tanto para a tomada de decisões de gerenciamento de recursos hídricos e também para o desenvolvimento de projetos em vários segmentos da economia que são usuários da água, como: agricultura, transporte aquaviário, geração de energia hidrelétrica, saneamento, aquicultura. Carangola possui três estações hidrológicas, que são operadas pelo CPRM e pelo DNOS. Os dados relativos à estação são mostrados na tabela abaixo. Tabela 7: Estações pluviométricas e fluviométricas do Município de Carangola SubCódigo Nome Rio Estado Município Responsável Bacia 02042000 Carangola 58 MG Carangola Ana Pch Carangola 02042042 58 MG Carangola Carangola Montante Pch Carangola 02042043 58 MG Carangola Carangola Jusante Pch Carangola Rio 58927000 58 MG Carangola Carangola Montante Carangola Pch Carangola Rio 58929000 58 MG Carangola Carangola Jusante Carangola Rio 58930000 Carangola 58 MG Carangola Ana Carangola Fonte: Hidroweb, 2013 P3-Carangola Operadora Cprm Carangola Carangola Carangola Carangola Cprm Página 28 de 76 2.5.6.2. Rede Hidrográfica O Município de Carangola pertence á Região Hidrográfica Atlântico Sudeste, Formada por bacias hidrográficas que vertem para o litoral do sudeste brasileiro, do norte do Paraná ao norte do Espírito Santo. A Região Hidrográfica do Atlântico Sudeste tem, segundo dados da ANA, área igual a 214.629 km² (cerca de 2,5% do país) sendo seus principais rios o Paraíba do Sul e o Doce, com respectivamente 1.137 e 853 km de extensão. Além destes, a região hidrográfica também é formada por rios menos extensos que formam outras bacias, também de relevante importância, como: a Bacia São Mateus, Santa Maria, Reis Magos, Benevente, Itabapoana, Itapemirim, Jacu, Ribeira e litorais do Rio de Janeiro e São Paulo. Figura 17: Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul Fonte: Comite Os principais rios que cortam o Município de Carangola são o Rio Carangola, Rio do Pinho, Ribeirão Papaguaio, Ribeirão Conceição e Ribeirão Maranhão, como mostrado na Figura 18. Integrante do Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul, Carangola tem importante inserção no meio ambiente, pois é banhado pelo Rio Carangola, um subafluente do Rio Paraíba do Sul. O Rio Carangola é um rio federal banha o estado de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, não é reconhecido como um rio de domínio federal. P3-Carangola Página 29 de 76 Figura 18: Corpos d’água do Município de Carangola Fonte: Conen 2.5.6.3. Usos e Enquadramento - Usos Diversos dos Recursos Hídricos no Município “O Enquadramento dos Corpos de Água em Classes, segundo os usos preponderantes, é um dos instrumentos das Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, visando estabelecer metas de qualidade para os corpos de água, a fim de assegurar os usos preponderantes estabelecidos. Esse instrumento está relacionado com as metas de qualidade de água pretendidas para um corpo hídrico (o rio que queremos) e não necessariamente com as condições atuais do mesmo (o rio que temos). Para atingir a qualidade futura, ou seja, o rio que queremos, devem ser propostas medidas de mitigação dos impactos instalados, a fim de obter uma qualidade de água compatível com os usos estabelecidos e pretendidos em uma região. A identificação das condições atuais da qualidade da água e dos usos preponderantes da bacia auxilia na definição das metas, isto é, do caminho que se deve trilhar até se atingir a qualidade de água desejável. De acordo com a Resolução CONAMA 357/2005, o enquadramento deve ser feito de forma participativa e descentralizada, estando, portanto, de acordo com as expectativas e necessidades dos usuários. A aprovação da proposta de enquadramento é de responsabilidade do respectivo comitê de bacia hidrográfica e a sua implantação deve ser efetuada no âmbito da bacia. Importância do enquadramento O enquadramento dos corpos de água possibilita compatibilizar os usos múltiplos dos recursos hídricos superficiais, de acordo com a qualidade ambiental pretendida para os mesmos, com o desenvolvimento econômico, auxiliando no planejamento ambiental de bacias hidrográficas e no uso sustentável dos recursos naturais. Além disso, fornece subsídios aos outros instrumentos da gestão de recursos hídricos, tais como a outorga e a cobrança pelo uso da água, de maneira que, quando implementados, tornam-se complementares, proporcionando às entidades gestoras de recursos hídricos P3-Carangola Página 30 de 76 mecanismos para assegurar a disponibilidade quantitativa e qualitativa das águas. Metodologia A Resolução CNRH nº 91/2008 institui as diretrizes básicas para os procedimentos metodológicos de enquadramento dos corpos hídricos. Segunda essa resolução, os procedimentos de enquadramento devem compreender as seguintes etapas: diagnóstico e prognóstico; propostas de metas relativas às alternativas de enquadramento; e programa para efetivação. Classificação das Águas Doces O enquadramento dos corpos de água em classes, de acordo com o uso preponderante, e em conformidade com a Resolução CONAMA nº 357/2005, classifica as águas doces em cinco classes. Dessa forma, com base no mapeamento do uso preponderante, define-se a classe condizente com o uso atual ou pretendido dos corpos d’água. CLASSE ESPECIAL I (UM) II (DOIS) III (TRÊS) IV (QUATRO) COR USOS POSSÍVEIS Abastecimento para consumo humano com desinfecção; Preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; Preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral. Abastecimento para consumo humano após tratamento simplificado; Proteção das comunidades aquáticas; Recreação de contato primário (natação); Irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; Proteção das comunidades aquáticas em terras indígenas. Abastecimento para consumo humano após tratamento convencional; Proteção das comunidades aquáticas; Recreação de contato primário; Irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, onde o público possa vir a ter contato direto a água; Aqüicultura e atividade de pesca. Abastecimento para consumo humano após tratamento Convencional ou avançado; Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; Pesca amadora; Recreação de contato secundário; Dessedentação de animais. Navegação; Harmonia paisagística. ” (IGAM) O Rio Carangola, de suas cabeiras até sua foz no rio Muriaé, é enquadrado como um rio de Classe 2. De acordo com o que determina a Resolução CONAMA nº 357 de 2005, que estabeleceu a classificação para as águas doces do território segundo seus usos preponderantes, suas águas podem ser destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento convencional, á proteção das comunidades aquáticas, á recreação de contato primário (como a natação, esqui aquático e mergulho), irrigação de hortaliças e plantas frutíferas e também á aquicultura. P3-Carangola Página 31 de 76 2.6. Organização Territorial e Politica-Administrativa O estado de Minas Gerais está dividido em dez Regiões de Planejamento do Governo. Esta divisão está apoiada no projeto de lei 1.590/93, porém o critério só passou a vigorar com o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 1996/1999, adotado em dezembro de 1995. Desde então, a nomeação destas regiões são: Central, Mata, Sul de Minas, Triângulo, Alto Paranaíba, Centro-Oeste de Minas, Noroeste de Minas, Norte de Minas, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce. A localização do município de estudo é Região da Zona da Mata, que possui 142 municípios. Desta forma Carangola se localiza na Região de Planejamento: Região Zona da Mata; Divisão Regional: Mesorregião Zona da Mata, na Microrregião Geográfica de Muriaé. Legislação de Criação: lei nº 2500. Instalação: 01/01/1939. Origem: São Paulo do Muriahé, atual Muriaé. Endereço Prefeitura: Praça Coronel Maximiniano 88 - Centro CEP: 36800-000 P3-Carangola Página 32 de 76 2.6.1. Distritos A divisão territorial do Município de Carangola estabelece que o mesmo está oficialmente subdividido em quatro distritos. Sendo eles: Alvorada; Carangola; Lacerdinha; Ponte Alta de Minas. Figura 19: Distritos do Município de Carangola Fonte: Conen 2.6.2. Poderes A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo. 2.6.2.1. Executivo Desde 2013, o cargo foi ocupado por Cezar Ricardo (PTdoB). No município existem as seguintes secretarias: Gabinete de Prefeito; Secretaria de Governo; P3-Carangola Página 33 de 76 Secretaria de Planejamento; Procuradoria Jurídica; Controladoria; Secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento; Secretaria de Assistência Social; Coordenadoria de Defesa Civil; Secretaria de Educação; Secretaria de Adm. e Finanças; Secretaria de Obras; Secretaria de Meio Ambiente; Secretaria de Saúde. 2.6.2.2. Legislativo É representado pela Câmara de Vereadores, possuindo uma bancada formada por 13 vereadores, com a seguinte composição: Tabela 8: Partidos políticos Partido Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB Partido Progressista - PP Democratas - DEM Partido Social Liberal - PSL Partido Social Cristão - PSC Partido Trabalhista do Brasil - PT do B Partido Democrático Trabalhista - PDT Partido Renovador Trabalhista Brasileiro - PRTB 2.6.2.3. Quant. 2 1 1 3 1 1 1 2 1 Judiciária Judicialmente pertence à Comarca do Município de Carangola, que abrange quatro municípios: Carangola, Faria Lemos, Fervedouro e São Francisco do Glória. Possui três varas, entre elas uma do Juizado Especial. 2.7. Características Urbanas 2.7.1. Dispositivos Legais de Zoneamento Urbano, Disciplinadores do Uso e Ocupação do Solo. 2.7.1.1. Princípios Legais Neste tópico são abordadas as principais legislações que tem influência direta sobre o tema do saneamento das esferas federal, estadual e municipal. P3-Carangola Página 34 de 76 Muitas normas apresentadas se referem diretamente a questão do saneamento básico, mas, outras, dizem respeito a temas relacionados com os quais o Plano Municipal deve guardar intrínseca relação. 2.7.1.1.1. Municipais O município não dispõe de Plano Diretor Municipal, com isso foi observada apenas a Lei orgânica de Carangola, de 22 de março de 1990, podendo se destacar os aspectos abaixo, relativos ao meio ambiente, saneamento e organização territorial. 2.7.1.1.1.1. Lei Orgânica [...] Capítulo VII DO MEIO AMBIENTE Art. 209 - Todos têm direito ao meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à adequada qualidade de vida, impondo-se a todos e, em especial, ao Poder Público Municipal, o dever de defendê-lo, preservá-lo para o benefício das gerações atuais e futuras. Parágrafo único - O direito ao ambiente saudável estende-se ao ambiente de trabalho, ficando o Município obrigado a garantir e proteger o trabalhador contra toda e qualquer condição nociva à sua saúde física e mental. Art. 210 - É dever do Poder Público elaborar e implantar através de lei, um Plano Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais que contemplará a necessidade do conhecimento das características e recursos dos meios físicos e biológicos, de diagnósticos, de sua utilização e definição de diretrizes para o seu melhor aproveitamento no processo de desenvolvimento econômico-social. Art. 211 - Cabe ao Poder Público, através de seus órgãos de administração direta, indireta e fundacional: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais das espécies e dos ecossistemas; II - preservar e restaurar a diversidade e a integridade do patrimônio genético, biológico e paisagístico, no âmbito municipal e fiscalizar as entidades à pesquisa e manipulação genética; III - definir e implantar áreas e seus componentes representativos de todos os ecossistemas originais do espaço territorial do Município, a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e supressão, inclusive dos já existentes, permitida somente por meio de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção. Ficam mantidas as unidades de conservação atualmente existente; P3-Carangola Página 35 de 76 IV - exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou de atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio e impacto ambiental, a que se dará publicidade, garantidas audiências públicas, na forma da lei; V - garantir a educação ambiental em todos os níveis de ensino e conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VI - proteger a fauna e a flora, vedadas, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem extinção de espécie ou submetam os animais a crueldade fiscalizando a extração, captura, produção, transportes, comercialização e consumo de seus espécimes e sub-produtos; VII - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VIII - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisas e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território; IX - definir o uso e ocupação do solo, subsolo e águas através de planejamento que englobe diagnóstico, análise técnica e definição de diretrizes de gestão dos espaços com participação popular e socialmente negociadas, respeitando a conservação de qualidade ambiental. X - estimular e promover o reflorestamento ecológico em áreas degradadas, objetivando especialmente a proteção de encostas e dos recursos hídricos, bem como a consecução de índices mínimos de cobertura vegetal; XI - controlar e fiscalizar a produção, a estocagem de substâncias, o transporte, a comercialização e a utilização de técnicas, métodos e as instalações, que comportem risco efetivo ou potencial para a saudável qualidade de vida e ao meio ambiente natural e de trabalho, incluindo materiais geneticamente alterados pela ação humana, resíduos químicos e fontes de radioatividade. XII - requisitar a realização periódica de auditoria nos sistemas de controle de poluição e prevenção de riscos de acidentes das instalações e atividades de significativo potencial poluidor, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade física, química e biológica, dos recursos ambientais, bem como sobre a saúde dos trabalhadores e da população afetada; XIII - estabelecer, controlar e fiscalizar padrões de qualidade ambiental, considerando os efeitos sinérgicos e cumulativos da exposição às fontes de poluição incluída a absorção de substâncias químicas através da alimentação; XIV - garantir o amplo acesso dos interessados às informações sobre as fontes e causas da poluição e da degradação ambiental e, em particular, aos resultados das monitoragens e das auditorias a que se refere o inciso XII deste artigo. P3-Carangola Página 36 de 76 XV - informar sistematicamente e amplamente a população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as situações de risco de acidentes e a presença de substâncias potencialmente danosas à saúde na água potável e nos alimentos; XVI - promover medidas judiciais e administrativas de responsabilidade dos causadores de poluição ou de degradação ambiental; XVII - incentivar a integração das universidades, instituições de pesquisas e associações civis, nos esforços para garantir e aprimorar o controle da poluição, inclusive no ambiente de trabalho; XVIII - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de energia alternativa, não poluente, bem como de tecnologia poupadora de energia; XIX - é vedada a concessão de recursos públicos, ou incentivos fiscais às atividades que desrespeitem as normas e padrões de proteção ao meio ambiente natural de trabalho; XX - recuperar a vegetação em áreas urbanas, segundo critérios definidos em lei; XXI - discriminar por lei: a) - as áreas e as atividades de significativa potencialidade de degradação ambiental; b) - os critérios para o estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental; c) - o licenciamento de obras causadoras de impacto ambiental, obedecendo sucessivamente os seguintes estágios: licença prévia, de instalação e funcionamento; d) - as penalidades para empreendimentos já iniciados ou concluídos sem licenciamento, e a recuperação da área de degradação segundo os critérios e métodos definidos pelos órgãos competentes; e) - os critérios que nortearão a exigência de recuperação ou reabilitação das áreas sujeitas a atividade de mineração; XXII - exigir o inventário das condições ambientais das áreas sob ameaça de degradação ou já degradadas. Art. 212 - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. Art. 213 - É obrigatória a recuperação da vegetação nativa nas áreas protegidas por lei e todo proprietário que não respeitar restrições ao desmatamento deverá recuperá-los. Art. 214 - As empresas beneficiadoras de minério não poderão se instalar nas áreas urbanas do Município. Parágrafo único - As empresas já instaladas terão prazos fixados para sua retirada por meio de Decreto do Executivo. P3-Carangola Página 37 de 76 Art. 215 - O Poder Público Municipal manterá obrigatoriamente o Conselho Municipal de Meio Ambiente, órgão colegiado autônomo e deliberativo, composto paritariamente por representantes do Poder Público, entidades ambientalistas, representantes da sociedade civil que entre outras atribuições definidas em lei, deverá: I - analisar, aprovar ou vetar qualquer projeto público ou privado que implique em impacto ambiental; II - solicitar por um terço (1/3) de seus membros referendo. § 1o - Para o julgamento de projetos a que se refere o inciso I deste artigo, o Conselho Municipal de Meio Ambiente realizará audiências públicas obrigatórias, em que se ouvirá as entidades interessadas, especialmente com representantes da população atingida. § 2o - As populações atingidas gravemente pelo impacto ambiental dos projetos, referidos no inciso I, deverão ser consultadas obrigatoriamente através de referendo. Art. 216 - As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, sujeitarão os infratores a sanções administrativas com aplicação de multas diárias e progressivas nos casos de continuidade da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de atividade e a interdição independentemente da obrigação dos infratores de restaurar os danos causados. Art. 217 - Nos serviços públicos prestados pelo Município e na sua concessão, permissão e renovação deverá ser avaliado o serviço e seu impacto ambiental. Parágrafo único - As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos, deverão atender rigorosamente aos dispositivos de proteção ambiental, não sendo permitida a renovação da permissão ou concessão, no caso de reincidência da infração. Art. 218 - Aquele que utilizar recursos ambientais, fica obrigado na forma da lei, a realizar programas de monitoragem a serem estabelecidos pelos órgãos competentes. Art. 219 - São áreas de proteção permanente: I - as áreas de proteção das nascentes de rios; II - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da flora, como aquelas que sirvam como local de pouso ou reprodução de espécies migratórias; III - as paisagens notáveis; IV - sítios espeleológicos; V - regiões que contenham remanescentes de tipos vegetacionais de: a) - mata atlântica; b) - matas ciliares; c) - pântanos e brejos; d) - campos montanos; e) - vegetação aquática; P3-Carangola Página 38 de 76 Art. 220 - Todo e qualquer material dos sítios arqueológicos e espeleológicos do Município, devem ser depositados exclusivamente no Arquivo histórico Geográfico Científico do Município. Parágrafo único - Cabe ao Poder Público, proteger os referidos sítios, bem como criar suporte científico para estudar nessas áreas. Art. 221 - É vedada à introdução no Município de espécies animais e vegetais que possam competir grosseiramente com as espécies nativas. Art. 222 - O Poder Público fica responsável pela proteção do rio Carangola em toda sua extensão territorial, através de ações isoladas ou conjuntas ou ainda em coparticipação com municípios que tenham seus territórios banhados por suas águas. Parágrafo único - Para tal, o Município deverá lançar mão de planos de manejo ambiental, observadas as características locais. Art. 223 - Fica proibido o garimpo no rio Carangola, salvo nos casos em que tal prática não traga prejuízo para a vida do mesmo e das espécimes animais nele existentes. Art. 224 - Fica criado o Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente. § 1o - O Fundo a que se refere o artigo anterior, deve ser gerido pelos órgãos competentes do Município, bem como pelas instituições e ou associações de defesa e preservação do meio ambiente, desde que estejam devidamente registradas. § 2o - O Fundo atenderá exclusivamente às atividades de proteção, controle e preservação ambiental, sem prejuízo de outras dotações orçamentárias. § 3o - Integrará o Fundo: I - parte do produto da arrecadação de impostos sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seu território; II - parte do produto da arrecadação assegurada ao Município pelo art. 20, § 1o - da Constituição Federal, proveniente da participação no resultado da exploração mineral em seu território, ou de compensação financeira correspondente; III - os produtos da arrecadação de multas por infração à legislação ambiental; IV - os produtos da arrecadação líquida de taxas ou preços públicos cobrados pelos serviços de análise e vistoria para licenciamento ambiental. § 4o - Os órgãos responsáveis pelo gerenciamento do fundo, ficam obrigados a prestarem contas trimestralmente ao Poder Público Municipal. Art. 225 - São vedados no território municipal: I - o lançamento de esgotos sanitários, industriais ou domésticos "in natura", em qualquer corpo d'água, sem prévio controle e aprovação da entidade municipal responsável pelo saneamento básico; II - distribuição e venda de aerosóis que contenham clorofluorcarbono; P3-Carangola Página 39 de 76 III - a produção, distribuição e venda de produtos comprovadamente cancerígenos; IV - a fixação nos estabelecimentos comerciais do Município, de cartazes com o objetivo de propaganda dos seguintes produtos: cigarro, bebidas alcoólicas, produtos farmacêuticos, tóxicos agrícolas industriais (inseticidas, pesticidas, herbicidas e similares) e adubo químico industrial. Parágrafo único - Devem ser criadas condições técnico-financeiras para que os órgãos públicos implementem o disposto no inciso I deste artigo. Art. 226 - O serviço público da coleta de lixo deverá priorizar a separação de matérias primas, reutilizáveis em detrimento de apenas depositar o lixo. § 1o - Os resíduos recicláveis devem ser acondicionados de maneira que possam ser reaproveitados no sistema ecológico; § 2o - Resíduos não recicláveis devem ser acondicionados de maneira a minimizar ao máximo o impacto ambiental. § 3o - Resíduos orgânicos devem ser transformados em adubo composto e colocados à disposição dos pequenos agricultores, desde que não estejam poluídos por substâncias tóxicas. [...] Capítulo XIII DO SANEAMENTO BÁSICO Art. 272 - O saneamento básico é uma ação de saúde pública, implicando o seu direito na garantia inalienável ao cidadão, de: I - abastecimento de água, em quantidade suficiente para assegurar adequada higiene e conforto, e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade. II - coleta e disposição dos esgotos sanitários, dos resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais, de forma a preservar o equilíbrio ecológico do meio ambiente na perspectiva de prevenção de ações danosas à saúde; III - Controle de vetores, sob a ótica da proteção à saúde pública. § 1o - As propriedades e a metodologia das ações de saneamento, deverão nortear-se pela avaliação do quadro sanitário da área a ser beneficiada, devendo ser o objetivo principal das ações a reversão e a melhoria do seu perfil epidemiológico. § 2o - O Município desenvolverá mecanismos institucionais que compatibilizem as ações de saneamento básico, de habitação, de desenvolvimento urbano, de preservação do meio ambiente e de gestão dos recursos hídricos, buscando integração com outros municípios nos casos em que existir ações conjuntas. P3-Carangola Página 40 de 76 Art. 273 - Os serviços de saneamento básico, de competência do Município, serão prestados pelo Poder Público, mediante a execução direta ou delegada, através de concessões ou permissões, visando o atendimento adequado à população. Parágrafo Único - A concessão ou permissão de serviços de saneamento básico ou de parte deles, será outorgada a pessoa jurídica de direito público ou privado, devendo neste último caso se dar mediante contrato de direito público. Art. 274 - A formulação da política de saneamento básico, a definição de estratégias para a sua implementação serão de competência do órgão encarregado, devendo esta ser aprovada pela Câmara Municipal. Art. 275 - O controle, fiscalização do serviço e a avaliação do desempenho das instituições públicas serão de responsabilidade da Câmara Municipal. Art. 276 - Cabe ao Município, consolidando-se o planejamento das eventuais concessionárias de nível supra-municipal, elaborar o plano municipal e plurianual de saneamento básico, cuja aprovação será submetida à Câmara Municipal. Art. 277 - A estrutura tarifária a ser estabelecida para cobrança pelo serviço de saneamento básico deve contemplar os critérios de justiça na perspectiva de uma distribuição de renda, da eficiência na coibição de desperdícios e da compatibilidade com o poder aquisitivo dos usuários, observado o disposto na lei municipal. Art. 278 - O Município deverá garantir para os sistemas públicos de água e esgoto, a participação com um percentual definido em lei, nos recursos destinados ao saneamento básico do município oriundos da esfera estadual e federal. Art. 279 - Os órgãos da administração municipal, responsável pelos serviços públicos de saneamento básico, compete fixar exigências mínimas e diretrizes técnicas para execução de projetos e obras relativos à sua área de atuação, quando da execução de novos loteamentos no município, cabendo-lhes vistoriar e liberar as obras pertinentes para sua integração no sistema público. § 1o - A execução dos projetos e obras correrá por conta dos proprietários do loteamento e a venda dos lotes só poderá ser concretizada após ter sido executada completa estrutura de saneamento básico. § 2o - Os loteamentos existentes, que não contam com a infra-estrutura de saneamento básico exigida nos termos do "caput" deste artigo terão essa infra-estrutura implantada com recursos financeiros de um fundo a ser criado e regulamentado por lei municipal para esse fim. 2.7.1.1.1.2. Plano Diretor O município não dispõe de Plano Diretor Municipal. 2.7.1.1.2. P3-Carangola Estaduais Página 41 de 76 • COMPETÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS • CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - Art. 11, VI, IX; 12, § único, incisos I e II; III; Art. 40,I Art. 158; Art. 161, I, II e § 1º; inciso II do §1º do artigo 183; inciso I do parágrafo único do artigo 186, Art. 190, IV; Art. 192, § 1º, § 2º e § 3º; 214, § 1º, inciso I, II, III, IV e § 2º, § 5º; Art. 216,II, III; 244, § 1º, § 3º; Art. 245, § 1º, I, II,III, IV, V, VI, VII, VIII; 246, § 1º; Art. 248, IX; 249; 250; I,II, § 1º e § 2º; Art. 251. • DECRETO ESTADUAL Nº 36.892, DE 23 DE MAIO DE 1995 - Regulamentou totalmente a Lei 11.720/94. • DECRETO ESTADUAL Nº 41.578, de 08 de março de 2001 - Regulamenta a Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispõe sobre Política Estadual de Recursos Hídricos. • DECRETO ESTADUAL Nº 41.578/2001, 08 de março 2001 - Regulamenta a Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos. • DECRETO ESTADUAL Nº 44.046, de 13 de junho de 2005 - Regulamenta a cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio do Estado. • DECRETO ESTADUAL Nº 44.547, DE 22 DE JUNHO DE 2007 - Altera o Decreto nº 44.046, de 13 de junho de 2005, que regulamenta a cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio do Estado. • DECRETO ESTADUAL Nº 44.844, de 25 de junho de 2008 - Estabelece normas para licenciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades. • DECRETO ESTADUAL Nº 45.181 DE 25 DE SETEMBRO DE 2009 - Regulamenta a Lei nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009 e dá outras providências. • DECRETO ESTADUAL Nº 45.181 DE 25 DE SETEMBRO DE 2009 - Regulamenta a Lei nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009 e dá outras providências. • DECRETO ESTADUAL Nº 45.871, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2011 - Contém o Regulamento da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais - ARSAE-MG, e dá outras providências • DECRETO Nº 37.191, de 28 de agosto de 1995 - Dispõe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH-MG - e dá outras providências. • DECRETO Nº 45.137, DE 16 DE JULHO DE 2009 - Cria o Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento - SEIS, e dá outras providências. • DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº 03/2001 - Aprova a Implantação da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos de Domínio da União na Bacia do Rio Paraíba do Sul a partir de 2002 e P3-Carangola Página 42 de 76 estabelece as condições para a sua participação no Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas. • DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº 65/2006 DE 28 DE SETEMBRO DE 2006 - Estabelece mecanismos e propõe valores para a cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, a partir de 2007 • DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº 70/2006 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 - Estabelece mecanismo diferenciado de pagamento pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul • DELIBERAÇÃO CEIVAP Nº08 DE 6 DE DEZEMBRO DE 2001 - Dispõe sobre a Implantação da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Paraíba do Sul a partir de 2002. • DELIBERAÇÃO CERH/MG Nº 260, de 26 de Novembro de 2010 - Aprova o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais. • DELIBERAÇÃO COPAMNº 428, de 28 de junho de 2010 - Fixa os custos médios “per capita” para estimativa de investimentos em sistemas de saneamento ambiental previstos no Art. 4º da Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA – CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL – COPAMNº 74, de 09 de setembro de 2004 - Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização e de licenciamento ambiental, e dá outras providências. • Deliberação Normativa CERH - MG Nº 04, de 18 de fevereiro de 2002 - Estabelece diretrizes para a formação e funcionamento de Comitês de Bacia Hidrográfica, e dá outras providências. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH - MG Nº 07, de 4 Novembro de 2002 - Estabelece a classificação dos empreendimentos quanto ao porte e potencial poluidor, tendo em vista a legislação de recursos hídricos do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH - MG Nº 09, de 16 de junho de 2004 - Define os usos insignificantes para as circunscrições hidrográficas no Estado de Minas Gerais. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH - MG Nº 3, de 10 de abril de 2001 - Estabelece os critérios e valores para indenização dos custos de análise, publicações e vistoria dos processos de outorga de direito de uso de recursos hídricos no Estado de Minas Gerais e dá outras providências. P3-Carangola Página 43 de 76 • Deliberação Normativa CERH Nº 19, de 28 de junho de 2006 - Alterada pela Deliberação Normativa CERH nº 39, de 19 de outubro de 2011. Regulamenta o art. 19, do Decreto 41.578/2001 que dispõe sobre as agências de bacia hidrográfica e entidades a elas equiparadas e dá outras providências. • Deliberação Normativa CERH-MG Nº 30, de 26 de agosto de 2009 - Altera a Deliberação Normativa CERH/MG n.º 04, de 18 de fevereiro de 2002, que estabelece diretrizes para a formação e funcionamento de Comitês de Bacia Hidrográfica. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH-MG Nº 35, de 13 de outubro de 2010 - Dispõe sobre a criação da Comissão Permanente de Fiscalização e Acompanhamento dos Recursos da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos no Estado de Minas Gerais, e dá outras providências. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA - COPAM/CERH-MG Nº 01, de 05 de maio de 2008. - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem como estabelece condições e padrões de efluentes e dá outras providências. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - MG Nº 27, de 18 de dezembro de 2008 - Dispõe sobre os procedimentos para arrecadação das receitas oriundas da cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio do Estado de Minas Gerais. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 24, de 27 de Outubro de 2008 - Dispõe sobre procedimentos gerais de natureza técnica e administrativa a serem observados no exame de pedidos de outorga para o lançamento de efluentes em corpos de água superficiais no domínio do Estado de Minas Gerais. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 128, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2008 - Altera prazos estabelecidos pela Deliberação Normativa COPAM 96/2006 que convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos. • DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 96, DE 12 DE ABRIL DE 2006 - Convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos. • LEI ESTADUAL Nº 11.265/93 - Dispõe sobre os Programas de Construção e Reforma de unidades habitacionais populares em zona rural e dá outras providências. • LEI ESTADUAL Nº 11.405/94 - Dispõe sobre a política estadual de desenvolvimento agrícola e dá outras providências. • LEI ESTADUAL Nº 11.720, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994 - Dispõe Sobre a Política Estadual de Saneamento Básico. • LEI ESTADUAL Nº 12.503/97 - Cria o Programa Estadual de Conservação da Água. P3-Carangola Página 44 de 76 • LEI ESTADUAL Nº 13.199 DE 29 DE JANEIRO DE 1999 - Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos. • LEI ESTADUAL Nº 13.317, DE 24 DE SETEMBRO DE 1999 - Trata-se do Código de Saúde do Estado de Minas Gerais. • LEI ESTADUAL Nº 13.771/2000 - Dispõe sobre a administração, a proteção e a conservação das águas subterrâneas de domínio do Estado e dá outras providências. • LEI ESTADUAL Nº 14.309, de 19 de junho de 2002 - Dispõe sobre a Política Florestal e de Proteção à Biodiversidade no Estado. • LEI ESTADUAL Nº 18.030, de 12 de Janeiro de 2009 - Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios. O artigo 4º, inciso I dessa lei fixa a porcentagem de repasse de recursos advindo do ICMS do Estado para os municípios que atingirem altos graus de serviços de saneamento. • LEI ESTADUAL Nº 18.031, DE 12 DE JANEIRO DE 2009 - Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos. • LEI ESTADUAL Nº 18.085 DE 15 DE ABRIL DE 2009 - Dispõe sobre a Política Estadual de Apoio e Incentivo aos Serviços Municipais de Gestão Ambiental. • LEI ESTADUAL Nº 7.772, de 8 de setembro de 1980 - Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente. Disciplina toda atividade geradora de poluição no Estado de Minas Gerais • LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999 - Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. • LEI Nº 13.766, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2000 - Dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo e altera dispositivo da Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, que dispõe sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal. • LEI Nº 14.128, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001 - Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais e sobre os instrumentos econômicos e financeiros aplicáveis à Gestão de Resíduos Sólidos. • RESOLUÇÃO CONJUNTA ANA E IGAM Nº 779, DE 20 DE OUTUBRO DE 2009 - Dispõe sobre a integração das bases de dados de uso de recursos hídricos entre a ANA e o IGAM, prioritariamente nas bacias em que a cobrança pelo uso de recursos hídricos estiver implementada. 2.7.1.1.3. P3-Carangola Federais Página 45 de 76 • CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Artigos: 21; 23, caput e incisos VI, IX e parágrafo único; 30; 182;196;200, IV, 225, caput e § 1° inciso IV. • DECRETO FEDERAL Nº 1842, de 22 de março de 1996 - Institui o Comitê de Integração da Bacia – Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP, e dá outras providências. • DECRETO FEDERAL Nº 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934 - Decreta o Código de Águas. • DECRETO FEDERAL Nº 3.692, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 - Dispõe sobre a instalação, aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos Comissionados e dos Cargos Comissionados Técnicos da Agência Nacional de Águas - ANA, e dá outras providências. • DECRETO FEDERAL Nº 7.217, DE JUNHO DE 2010 - Regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. • DECRETO FEDERAL Nº 7404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010 - Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. • DECRETO Nº 49.974-A, DE 21 DE JANEIRO DE 1961 - Código Nacional de Saúde. Artigo 32 a 44 dispõe sobre Saneamento • DECRETO Nº 88.351, DE 01 DE JUNHO DE 1983 - Dispõe, respectivamente, sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental, e dá outras providências. • Destaque para artigos: Art 3º, incisos I, II, III, letras a, b, c, d, e; inciso IV e V; Art. 10. • LEI FEDERAL N º 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 - Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Artigo 2º § 3º, artigo 6º, inciso II, artigo 7º, inciso X ; artigo 18, inciso IV, letra “d”. • LEI FEDERAL Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007 - A Lei referida estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico bem como as diretrizes para a política federal de saneamento. Define a titularidade dos serviços de água e esgoto, o ente responsável pela regulação e fiscalização, fixa direitos e deveres dos usuários, incentiva a eficiência dos prestadores, possibilita e é clara quanto à obrigatoriedade de conexão às redes de abastecimento de água e de esgoto, de acordo com o artigo 45. • LEI FEDERAL Nº 12.305, DE 02 DE AGOSTO DE 2.010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. P3-Carangola Página 46 de 76 • LEI FEDERAL Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. • LEI FEDERAL Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997 - Política Nacional de Recursos Hídricos. • LEI FEDERAL Nº 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000 - Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências. • LEI Nº 5.318, DE 26 DE SETEMBRO DE 1967 - Dispõe sobre a Política Nacional de Saneamento. • RESOLUÇÃO CNRH Nº 32, DE 15 DE OUTUBRO DE 2003 - Institui a Divisão Hidrográfica Nacional, em regiões hidrográficas, nos termos dos Anexos I e II desta Resolução, com a finalidade de orientar, fundamentar e implementar o Plano Nacional de Recursos Hídricos. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental - Alterada pela Resolução nº 11/86 (alterado o art. 2o) • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental - Alterada pela Resolução no 5/87 (acrescentado o inciso XVIII) • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental - Alterada pela Resolução nº 237/97 (revogados os art. 3o e 7o) • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 358, de 29 de abril de 2005 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 375, de 29 de agosto de 2006 - Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 377, DE 9 DE OUTUBRO DE 2006 - Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 380, de 31 de outubro de 2006 - Retifica a Resolução CONAMA no 375/06 – Define critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto P3-Carangola Página 47 de 76 gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 396, de 3 de abril de 2008 - Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 397, de 3 de abril de 2008 - Alterada pela Resolução 410/09. - Altera o inciso II do § 4o e a Tabela X do § 5º, ambos do art. 34 da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA nº 357, de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 404, de 11 de novembro de 2008 - Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 412, DE 13 DE MAIO DE 2009 - Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de novos empreendimentos destinados à construção de habitações de Interesse Social. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 422, DE 23 DE MARÇO DE 2010 - Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de Educação Ambiental, conforme Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, e dá outras providências. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 - Complementa e altera a Resolução nº 357/2006. - Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 5, de 15 de junho de 1988 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de Saneamento. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 102 DE 25 MAIO DE 2009 - Estabelece as prioridades para aplicação dos recursos provenientes da cobrança pelo uso de recursos hídricos, referidos no inc. II do § 1º do art. 17 da Lei no 9.648, de 1998, com a redação dada pelo art. 28 da Lei no 9.984, de 2000, para o exercício orçamentário de 2010/2011. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 17, DE 29 DE MAIO DE 2001 - Determina a elaboração de Planos de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas, instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, serão elaborados em conformidade com o disposto na Lei nº 9.433, de 1997, que serão elaborados pelas competentes Agências de Água, supervisionados e aprovados pelos respectivos Comitês de Bacia. P3-Carangola Página 48 de 76 • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 21, de 14 de março de 2002 - Institui a Câmara Técnica Permanente de Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos, de acordo com os critérios estabelecidos no Regimento Interno do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 26, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2002 - Autoriza o Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul-CEIVAP a criar a sua Agência de Água, nos termos da Deliberação CEIVAP nº 12, de 20 de junho de 2002. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 27, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2002 - Define os valores e estabelece os critérios de cobrança pelo uso de recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, conforme proposto e isentar da obrigatoriedade de outorga de direito de usos de recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, os usos considerados insignificantes, nos termos estabelecidos pela Deliberação nº 15, de 2002, do CEIVAP. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 38, de 26 de março de 2004 - Delegar competência à Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul para o exercício de funções e atividades inerentes à Agência de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 59, DE 2 DE JUNHO DE 2006 - Prorrogar o prazo da delegação de competência à Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, para o exercício de funções e atividades inerentes à Agência de Água da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 91, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 - Dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos de água superficiais e subterrâneos. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Nº 98, DE 26 DE MARÇO DE 2009 - Estabelece princípios, fundamentos e diretrizes para a educação, o desenvolvimento de capacidades, a mobilização social e a informação para a Gestão Integrada de Recursos Hídricos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. • RESOLUÇÃO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA Nº 413, DE 26 DE JUNHO DE 2009 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providências. • RESOLUÇÃO Nº 5, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, DE 10 DE ABRIL DE 2000 - Alterada pela Resolução nº18, de 20 de dezembro de 2001, e pela Resolução nº 24, de 24 de maio de 2002 - Estabelece diretrizes para a formação e funcionamento dos Comitês de P3-Carangola Página 49 de 76 Bacias Hidrográficas, de forma a implementar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, conforme estabelecido pela Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. • RESOLUÇÃO Nº 58 do CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS, DE 30 DE JANEIRO DE 2006 – APROVA O PNRH - Aprova o Plano Nacional de Recursos Hídricos e dá outras providências. • RESOLUÇÃO Nº357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 - Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. 2.7.2. Demografia De acordo com o último censo, Carangola tem uma área de 353,40 km², com uma população de 32.296 habitantes e densidade demográfica de 91,39 Hab./km². Na Figura 20 pode se observar a densidade populacional no município, onde a localidade que não se encontra destacada, possui uma densidade menor do que 5 hab./ha. Figura 20: Densidade populacional do Município de Carangola Fonte: Conen. Acompanhando o que se percebe na análise dos dados populacionais nacionais e do próprio estado o qual pertence o Município, Carangola apresentou um decrescimento de sua população total, segundo dados de contagens populacionais e censos realizados pelo IBGE. A e o Gráfico 3 mostram a evolução demográfica do município e a previsão populacional para 2013. P3-Carangola Página 50 de 76 Tabela 9: Evolução demográfica do Município de Carangola Ano Carangola Minas Gerais 1991 40.053 15.743.152 1996 31.054 16.567.989 2000 31.921 17.891.494 2007 32.068 19.273.506 2010 32.296 19.597.330 2013* 33.358 20.593.356 Fonte IBGE *Previsão Populacional Brasil 146.825.475 156.032.944 169.799.170 183.987.291 190.755.799 Gráfico 3: Evolução demográfica do Município de Carangola. Segundo IBGE 2010, o município tinha uma população de 15.692 homens, sendo 3.330 na zona rural e 12.362 na urbana. Já de mulheres, 2.907 residiam na zona rural e 13.697 na urbana, totalizando 16.604 mulheres no município. 2.8. Macro Informações Socioeconômicas O município conta com agência bancária do Banco Bradesco, Banco do Brasil, Banco Itaú e Caixa Econômica Federal, além de quatro centros de distribuição dos correios. 2.8.1. Educação O número total de matrículas nos ensinos infantil, fundamental e médio de Carangola, em 2009, foi de 7.062 alunos, reduzindo para 6.427 em 2012, desta forma apresenta uma variação de negativa em 9,88% (isto é – 9,55%) no número de estudantes. As tabelas a seguir apresentam o número de estabelecimentos daquele segmento, de professores e matrículas iniciais. P3-Carangola Página 51 de 76 2.8.1.1. Pré-Escola De acordo com o IBGE, a rede municipal respondeu por 83,3% das matrículas na pré-escola em 2012 e a rede privada por 16,69% das matrículas. O número total de matrículas teve decréscimo de 11,8% no período de 2009 a 2012, com variação de 22,8% do corpo docente. Tabela 10: Unidades escolares, professores e matrícula– pré-escola – 2004 a 2012 Ano Nº de Unidades Nº de Professores Nº de Matrículas 2004 24 80 1112 2007 24 72 834 2009 25 70 710 2012 19 57 635 Fonte: IBGE 2.8.1.2. Ensino Fundamental Quanto ao Ensino Fundamental, a rede estadual respondeu por 64% das matrículas, a rede privada por 13% das matrículas, enquanto que a rede municipal foi responsável por 23% das matrículas no ensino fundamental em 2012. O número total de matrículas teve um decréscimo de 28,6% no período de 2005 a 2012, contra decréscimo de 7,3% do corpo docente. Tabela 11: Unidades escolares, professores e matrículas – ensino fund. – 2005 a 2012 Ano Nº de Unidades Nº de Professores Nº de Matrículas 2005 29 354 5.865 2007 31 334 5.540 2009 30 347 5.145 2012 30 330 4.561 Fonte: IBGE 2.8.1.3. Ensino Médio A rede estadual respondeu por 82,1% das matrículas no Ensino Médio em 2012, enquanto a rede privada teve 17,9% das matrículas. O número total de matrículas teve decréscimo de 27,2% no período de 2005 a 2012, contra aumento de 27,6% do corpo docente. Tabela 12: Unidades escolares, professores e matrículas – ensino médio – 2005 a 2012 Ano Nº de Unidades Nº de Professores Nº de Matrículas 2005 3 110 1.566 2007 6 129 1.352 2009 8 149 1.207 2012 8 152 1.231 Fonte: IBGE 2.8.2. Trabalho e Renda A mão de obra de Carangola tem as seguintes características, descritas nas tabelas a seguir, obtidas através do portal de Informações para o Sistema Público de Emprego e Renda - Dados por município. P3-Carangola Página 52 de 76 Tabela 13: Número de empregos formais em 31 de dezembro de 2011 Total das Atividades IBGE Setor Masculino Feminino Total 1 - Extr Mineral 7 3 10 2 - Ind Transf 223 137 360 3 - Serv Ind Up 71 10 81 4 - Constr Civil 226 3 229 5 - Comercio 831 609 1.440 6 - Servicos 790 990 1.780 7 - Adm Publica 467 662 1.129 Faixas Etárias Faixa Etária Pri Emp Masculino Feminino Total 2 - 15 a 17 anos 17 12 29 3 - 18 a 24 anos 507 434 941 4 - 25 a 29 anos 455 365 820 5 - 30 a 39 anos 758 665 1.423 6 - 40 a 49 anos 598 607 1.205 7 - 50 a 64 anos 444 337 781 8 - Acima de 65 anos 33 19 52 Ocupações com Maiores Estoques CBO 2002 Ocupação Masculino Feminino Total 521110 - Vendedor de Comercio Varejista 213 299 512 411005 - Auxiliar de Escritorio. em Geral 82 174 256 514225 - Trabalhador de Serv. de Limpeza e Cons. de Areas Publicas 137 106 243 331105 - Professor de Nivel Medio na Educacao Infantil 7 159 166 322205 - Tecnico de Enfermagem 38 114 152 Fonte: RAIS/TEM Tabela 14: Remuneração média de empregos formais em 31 de dezembro de 2011 Total das Atividades IBGE Setor Masculino Feminino Total 1 - Extr Mineral 702,86 652,68 687,80 2 - Ind Transf 731,96 624,47 691,05 3 - Serv Ind Up 1.803,90 1.287,10 1.740,10 4 - Constr Civil 786,16 435,77 781,57 5 - Comercio 769,60 656,29 721,68 6 - Servicos 1.286,73 1.003,02 1.128,93 Faixas Etárias Faixa Etária Pri Emp Masculino Feminino Total 2 - 15 a 17 anos 543,27 523,06 534,91 3 - 18 a 24 anos 676,16 660,48 668,93 4 - 25 a 29 anos 853,70 798,25 829,02 5 - 30 a 39 anos 995,44 947,78 973,16 6 - 40 a 49 anos 1.156,36 976,84 1.065,93 7 - 50 a 64 anos 1.200,91 829,90 1.040,82 8 - Acima de 65 anos 1.315,16 1.600,01 1.419,24 Ocupações com Maiores Estoques Remuneração Média CBO 2002 Ocupação Masculino Feminino Total 521110 - Vendedor de Comercio Varejista 735,59 598,82 655,72 411005 - Auxiliar de Escritorio. em Geral 787,91 796,76 793,92 514225 - Trabalhador de Serv. de limpeza e Cons. de Areas Publicas 834,61 670,03 762,82 331105 - Professor de Nivel Medio na Educacao Infantil 994,63 1.030,79 1.029,26 322205 - Tecnico de Enfermagem 943,94 897,44 909,06 Fonte: RAIS/TEM. P3-Carangola Página 53 de 76 Tabela 15: Variação do emprego formal em 31 de dezembro entre 2010 e 2011 Total das Atividades IBGE Setor Masculino Feminino 1 - Extr Mineral 5 1 2 - Ind Transf -76 -12 3 - Serv Ind Up -39 -8 4 - Constr Civil 50 -4 5 - Comercio 17 24 6 - Servicos -2 -18 7 - Adm Publica 65 59 Faixas Etárias Faixa Etária Pri Emp Masculino Feminino 2 - 15 a 17 anos -10 5 3 - 18 a 24 anos -23 -19 4 - 25 a 29 anos -26 11 5 - 30 a 39 anos 22 26 6 - 40 a 49 anos -8 3 7 - 50 a 64 anos 47 22 8 - Acima de 65 anos 5 -6 Ocupações com Maiores Estoques CBO 2002 Ocupação Masculino Feminino 621005 - Trabalhador Agropecuario Em Geral 24 0 782510 - Motorista De Caminhao (Rotas Regionais E Internacionais) 5 0 783225 - Ajudante De Motorista 4 0 763210 - Costureiro Na Confeccao Em Serie 1 3 784205 - Alimentador De Linha De Producao 3 0 Ocupações com Menores Estoques CBO 2002 Ocupação Masculino Feminino 513215 - Cozinheiro Industrial -3 -104 521115 - Promotor de Vendas -16 -61 411005 - Auxiliar de Escritorio. em Geral -31 -5 841505 - Trabalhador de Tratamento do Leite e Fabricacao de Laticinios e -29 0 Afins 720205 - Mestre (Construcao Naval) -22 0 Fonte: RAIS/TEM. Total 8 -88 -47 46 41 -20 124 Total -5 -42 -15 48 -5 69 -1 Total 24 5 4 4 3 Total -107 -77 -36 -29 -22 2.8.3. Saúde Segundo dados do IBGE (Assistência Médica Sanitária, 2009), o Município de Carangola possui 36 estabelecimentos de saúde, sendo 14 municipais e públicos e 22 privados. Carangola Tabela 16: Resumo das unidades de saúde. Nº de Unidades de Saúde Nº de Unidades de Pública Saúde Particular 14 22 Nº Total de Unidades de Saúde 36 Os dados a seguir, referem-se à rede local e aos recursos materiais e humanos disponíveis no município. P3-Carangola Página 54 de 76 Tabela 17: Estabelecimentos por tipo e equipamentos. Tipo de Estabelecimento e Equipamentos Quant Eletrocardiógrafo 11 Eletroencefalógrafo 4 Equipamento de hemodiálise 10 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia privado 5 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia privado/SUS 2 Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia total 5 Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com 20 atendimento médico em especialidades básicas Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com 12 atendimento médico em outras especialidades Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com 11 atendimento odontológico com dentista Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial total 29 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Cirurgia 2 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Clínica 2 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Obstetrícia 2 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Outros 2 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Pediatria 2 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Psiquiatria 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência total 2 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Traumato 2 Ortopedia Estabelecimentos de Saúde com especialidades com internação privado 1 Estabelecimentos de Saúde com especialidades com internação 1 privado/SUS Estabelecimentos de Saúde com especialidades com internação total 1 Estabelecimentos de Saúde com especialidades sem internação privado 13 Estabelecimentos de Saúde com especialidades sem internação 7 privado/SUS Estabelecimentos de Saúde com especialidades sem internação total 13 Estabelecimentos de Saúde com internação privado 2 Estabelecimentos de Saúde com internação privado/SUS 2 Estabelecimentos de Saúde com internação total 2 Estabelecimentos de Saúde com terceirização privado 2 Estabelecimentos de Saúde com terceirização privado/SUS 2 Estabelecimentos de Saúde com terceirização total 2 Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação privado 7 Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação público 1 Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação total 8 Estabelecimentos de Saúde geral com internação privado 1 Estabelecimentos de Saúde geral com internação privado/SUS 1 Estabelecimentos de Saúde geral com internação público 0 Estabelecimentos de Saúde geral com internação total 1 Estabelecimentos de Saúde geral sem internação público 13 Estabelecimentos de Saúde geral sem internação total 13 Estabelecimentos de Saúde particular 20 Estabelecimentos de Saúde plano de terceiros 19 Estabelecimentos de Saúde privado com fins lucrativos 18 Estabelecimentos de Saúde privado sem fins lucrativos 4 Estabelecimentos de Saúde privado SUS 10 Estabelecimentos de Saúde privado total 22 Estabelecimentos de Saúde público municipal 14 Estabelecimentos de Saúde público total 14 P3-Carangola Unidade equipamentos equipamentos equipamentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos Página 55 de 76 Tipo de Estabelecimento e Equipamentos Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Ambulatorial Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Diálise Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Emergência Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS Internação Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS UTI/CTI Estabelecimentos de Saúde sem internação privado Estabelecimentos de Saúde sem internação privado/SUS Estabelecimentos de Saúde sem internação público Estabelecimentos de Saúde sem internação total Estabelecimentos de Saúde SUS Estabelecimentos de Saúde terceirizado privado Estabelecimentos de Saúde terceirizado privado/SUS Estabelecimentos de Saúde terceirizado total Estabelecimentos de Saúde total Estabelecimentos de Saúde total privado/SUS Estabelecimentos de Saúde único privado Estabelecimentos de Saúde único privado/SUS Estabelecimentos de Saúde único público Estabelecimentos de Saúde único total Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde privado SUS Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde privado total Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde total Mamógrafo com comando simples Raio X até 100mA Raio X de 100 a 500mA Raio X mais de 500mA Raio X para densitometria óssea Ressonância magnética Tomógrafo Ultrassom doppler colorido Quant 20 1 2 2 2 15 6 14 29 24 7 5 7 36 10 20 8 14 34 194 194 194 3 3 9 4 2 3 2 12 Unidade estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos leitos leitos leitos equipamentos equipamentos equipamentos equipamentos equipamentos equipamentos equipamentos equipamentos O município possui dois hospitais, policlínica, pronto-socorro, diversos consultórios médicos e vários postos de saúde. Os dois hospitais são importantes centros de atração de pessoas que habitam os municípios da região, inclusive outros estados, como Espírito Santo e Rio de Janeiro, neles são realizados diversos procedimentos cirúrgicos, com destaque para cirurgias bariátricas e de transplante de córneas. Hospital Evangélico de Carangola. Casa de Caridade de Carangola: referência no estado e considerado “Hospital Estratégico”. Ele atende um total de 47 municípios (38 municípios do estado de Minas Gerais, 6 do Espírito santo e 3 do Rio de Janeiro) e uma população estimada em mais de 550 mil habitantes. P3-Carangola Página 56 de 76 2.8.4. Economia Com superávit pouco maior que 2,3 milhões (Ministério da Fazenda, 2009), Carangola possui PIB per capita avaliado em 7.136,91 reais. O setor econômico que apresentou maior contribuição ao PIB municipal foi o de serviços, seguido pela indústria, sendo a agropecuária a menor contribuinte. Os valores do PIB de Carangola estão descritos no Gráfico 4. Gráfico 4: Produto interno bruto do Município de Carangola Fonte: IBGE 2.8.5. Disponibilidades de Recursos 2.8.5.1. Mão de Obra, Materiais de Construção e Empresas para Obras de Engenharia Segundos dados do ISPER – Informações para o Sistema Público de Emprego e Renda, responsável pelo RAIS (Relatório Anual de Informações Sociais), a mão-de-obra formal disponível na cidade no setor de construção civil era de 229 trabalhadores em 2011, o que corresponde a pouco mais de 4,5% da mão-de-obra formal total do município. Gráfico 5: Distribuição da Mão-de-obra formal no Município de Carangola. P3-Carangola Página 57 de 76 A Tabela 13, no item sobre Trabalho e Renda, mostra o número de empregos formais no município por setor, inclusive na construção civil. 2.8.5.2. Comunicação Os dados de comunicação relativos à Carangola são precários. Não há também informações sobre instalações de infraestrutura subterrânea no município. Os subitens abaixo apresentam as informações sobre os serviços, disponibilidade e empresas que atuam na região. 2.8.5.2.1. Disponibilidade e a Empresas de Telefonia No município a telefonia fixa está a cargo da Telemar Norte Leste S.A, empresa de telecomunicações que em 2007 passou a usar a marca Oi, e está sob área de DDD 32. As operadoras Vivo, TIM, Claro, Oi oferecem serviço telefônico móvel. 2.8.5.2.2. Mídias Impressas e Online Foram encontradas informações sobre comunicação local exclusiva de Carangola como o Jornal da Cidade, Folha da Mata, O Semanal, O Vertente, O Interior, Jornal do Vale, A Palavra, entre outros, e sites de notícias como: Portal Carangola, Blog Carangola Hoje, Click Carangola e o site e blog da prefeitura que dispõe de noticiais do município. 2.8.5.2.3. Radiofônica Foram encontradas informações relativas à emissoras e estações de rádios em Carangola, o município possui 6 emissoras, sendo elas: Rádio ACEL FM(105.5), Rádio Mais FM(92,7) e Rádio Educativa FM(96,7) , Nova FM (87,9), Novo Tempo e Rede Gerais de Rádio AM 900 2.8.5.2.4. Televisiva Com relação à mídia televisiva, o município possui um sistema convencional de rede, incluindo a TV Carangola – Afiliada Rede Minas. 2.8.6. Indicadores Sanitários, Epidemiológicos, Ambientais e Socioeconômicos 2.8.6.1. Indicadores de Saúde Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (2008), os indicadores de saúde são medidas-síntese que contém informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Logo, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância e de subsídio para políticas públicas da área. P3-Carangola Página 58 de 76 Os principais indicadores de saúde, e que serão também abordados abaixo, são: longevidade, natalidade, taxa de mortalidade infantil, fecundidade, mortalidade e morbidade. A longevidade, indicador que será abordado com maiores detalhes no item relativo ao IDHM, se refere á expectativa de vida ou esperança de vida ao nascer. Segundo dados do IBGE, em 1991 a expectativa de vida da população de Carangola era de 68,7 anos passando para 75,2 anos em 2010, um aumento de 6,5 anos em duas décadas. A mortalidade de crianças com menos de um ano, fator que compreende a taxa de mortalidade infantil, sofreu uma redução de 65,5% em uma década em Carangola: de 22,9 óbitos por mil nascidos vivos em 2000 para 15,0 óbitos por mil nascidos em 2010. Sendo assim, a taxa de mortalidade infantil do município em 2010, está abaixo dos valores apresentados no estado e no país, respectivamente 15,1 e 16,7 óbitos por mil nascidos vivos. Com relação á morbidade (taxa de portadores de determinada doença em relação á população total estudada de um determinado local e momento) e à mortalidade (número de óbitos em relação ao número de habitantes), Carangola apresenta os dados mostrados na tabela e gráfico abaixo, para o período de setembro de 2012 a agosto de 2013. Gráfico 6: Mortalidade proporcional – todas as idades P3-Carangola Página 59 de 76 60 a 69 anos - 5,26 2,27 8,33 8 - - - - 1,82 6,67 15 13,64 - - - - - - - - - - - - 5,56 3,08 1,45 7,14 - - - 5,26 1,79 6,67 - - - - 0,94 4,39 7,52 8,48 - - 4,88 6,38 3,23 - - - 3,92 - - - - - 33,33 - - - - - 2 ... ... - - - - - - - ... - ... - ... - - - - - - - - - - 0,86 - 0,58 3,31 1,39 1,35 0,34 0,21 0,46 0,88 1,93 5,42 6,52 10,52 Total 50 a 59 anos 80 anos e mais 40 a 49 anos 70 a 79 anos 30 a 39 anos I. Algumas doenças infecciosas e 4,76 4,17 parasitárias II. Neoplasias (tumores) ... III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas VI. Doenças do sistema nervoso IX. Doenças do aparelho 33,33 circulatório X. Doenças do aparelho respiratório XI. Doenças do aparelho digestivo XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo XIV. Doenças do aparelho geniturinário XVI. Algumas afec originadas no 6,9 período perinatal XVII.Malf cong deformid e 50 ... anomalias cromossômicas XVIII.Sint sinais e achad anorm ... ex clín e laborat XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas TOTAL 4,46 0,4 Fonte: DATASUS 20 a 29 anos 15 a 19 anos Capítulo CID-10 10 a 14 anos Tabela 18: Mortalidade propor.(%) por faixa etária segundo grupo de causas - CID10 Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária - CID10 16,67 16,67 28,21 - 3,45 2,33 14,29 10,39 16,36 4,27 5,19 - 12 - 4,35 6,67 8,33 18,18 Ressalta-se que as doenças de veiculação hídrica enquadram-se no grupo I do CID-10 que corresponde às doenças infecciosas e parasitárias. Doenças de veiculação hídrica são aquelas causadas pela presença de microrganismos patogênicos (bactérias, como a salmonela, vírus, como o rotavírus, e parasitas como a Giárdia lamblia) na água utilizada. A Tabela 19 e o Gráfico 7 apresentam a distribuição das internações municipais por grupo de causas e faixa etária (no caso da tabela) para o Município de Carangola, onde se pode observar que as internações por doenças infecciosas e parasitárias foi o motivo de 7,2% das internações do município. P3-Carangola Página 60 de 76 Gráfico 7: Distribuição das internações – Município de Carangola. P3-Carangola 2,27 8,33 - - - - 1,82 6,67 15 13,64 - - - - - - - - - - - - 5,56 3,08 1,45 7,14 - - - 5,26 1,79 6,67 - 3,45 - - - - 0,94 4,39 7,52 8,48 - - 3,23 - - - 3,92 4,27 5,19 12 - - - - - 33,33 - - - - - - - 2 4,35 6,67 ... ... - - - - - - - ... - ... - ... - - - - - - - - - - 0,86 - 0,58 3,31 1,39 0,34 0,21 1,93 5,42 6,52 10,52 0,46 0,88 Total 5,26 8 70 a 79 anos 80 anos e mais - 4,88 6,38 60 a 69 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 30 a 39 anos I. Algumas doenças infecciosas e 4,76 4,17 parasitárias II. Neoplasias (tumores) ... III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas VI. Doenças do sistema nervoso IX. Doenças do aparelho 33,33 circulatório X. Doenças do aparelho respiratório XI. Doenças do aparelho digestivo XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo XIV. Doenças do aparelho geniturinário XVI. Algumas afec originadas no 6,9 período perinatal XVII.Malf cong deformid e 50 ... anomalias cromossômicas XVIII.Sint sinais e achad anorm ... ex clín e laborat XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas TOTAL 4,46 0,4 Fonte: DATASUS 20 a 29 anos 15 a 19 anos Capítulo CID-10 10 a 14 anos Tabela 19: Distribuição percent. das internações por grupo de causas e faixa etária - CID10 Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária - CID10 16,67 16,67 28,21 2,33 14,29 10,39 16,36 8,33 18,18 1,35 Página 61 de 76 A taxa de fecundidade que o município apresentou em 2010 é 2,0 filhos por mulher e segue a tendência nacional de redução do número de filhos. A Tabela 20 mostra a evolução dos dados de fecundidade e também de outros indicadores discutidos. Tabela 20: Expectativa de vida, mortalidade infantil e taxa de fecundidade – Município de Carangola Indicadores 1991 2000 2010 Esperança de vida ao nascer (em anos) 68,7 72,0 75,2 Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 27,5 22,9 15,0 Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 36,3 25,1 17,5 Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 2,4 2,4 2,0 Fonte: PNUD, IPEA e FJP 2.8.6.2. Indicadores Epidemiológicos Segundo J. Last (1995), a "Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde”. Logo, como disciplina da saúde pública, não é somente uma ciência, mas também um instrumento. Mais do que o estudo quantitativo dos fenômenos de saúde e doença, a epidemiologia oferece subsídios para a implementação de ações dirigidas ao controle e á prevenção. Dentre as doenças alvo da vigilância epidemiológica estão a AIDS, botulismo, cólera, coqueluche, dengue, difteria, doença de Chagas, esquistossomose, febre amarela, maculosa e tifoide, hantaviroses, hepatites virais, influenza, leishmaniose, malária, meningite, peste, raiva, rubéola, sarampo, entre outras. A Tabela 21 mostra os dados confirmados e notificados ao SINAN - Sistema de Informações de Agravos de Notificação, de algumas doenças ocorridas no município. Segundo o portal do Sistema, ele é “alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região”. 5-9 10-14 15-19 20-39 40-59 60-64 65-69 70-79 80 e mais Dengue (2013) Hepatites virais Meningite (2010) Tuberculose (2010) Hanseníase (2010) Em branco/IGN 1-4 Doenças <1 ano Tabela 21: Doenças por faixa etária – SINAN. Faixa Etária Total - - 2 - 1 1 - 2 - - 19 6 - 6 1 2 1 1 2 1 - 1 1 1 1 1 - - 32 4 1 11 2 Também, no Levantamento Rápido de índices para Aedes aegypti – LIRAa, de 2013, para Vigilância Entomológica do Aedes aegypti no Brasil (SUS), o município apresentou índice de P3-Carangola Página 62 de 76 infestação de 0,2. Dentro da escala de avaliação que se divide em satisfatório (índice menor que 1,0), alerta (índice entre 1,0 e 3,9) e risco (índices menores que 4,0), a situação do município foi considerada satisfatória. 2.8.6.3. Nível de Atendimento de Abastecimento de Água De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS 2010, o abastecimento de água de Carangola é realizado pelo Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura – SEMASA, onde 26059 habitantes são abastecidos por esse serviço, o que corresponde a 80,6% da população do município. O volume de água produzido foi de 2784,72 m³/ano, sendo 98,3% tratado na estação de tratamento, o que resulta em um consumo per capita de 170,5 l/hab./dia. 2.8.6.4. Nível de Atendimento de em Coleta e Tratamento de Esgoto Sanitário O município conta com rede coletora de esgoto, sendo a prefeitura a gestora exclusiva do sistema. Não há informações sobre volume, porém este efluente é coletado e disposto diretamente em corpos hídricos da localidade. Segundo o Censo 2010 do IBGE, o tipo de disposição predominante do esgotamento sanitário de Carangola é rede geral de esgoto ou pluvial – 7615 dos 10936 domicílios, como mostra a Tabela 22 e Gráfico 8. Tabela 22: Atendimento em coleta e tratamento de esgoto sanitário Descrição Domicílios Total de domicílios 10936 Não tinham banheiro nem sanitário 11 Tinham banheiro ou sanitário 10925 Fossa Rudimentar 467 Fossa Séptica 191 Outro 128 Rede Geral de Esgoto ou Pluvial 7615 Rio, lago ou mar 2221 Vala 303 Fonte: IBGE 2010. P3-Carangola Página 63 de 76 Gráfico 8: Coleta e tratamento de esgoto sanitário Fonte: IBGE – Censo 2010 2.8.6.5. Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade Segundo o Banco Mundial, a pobreza se caracteriza em três aspectos: a falta de recursos para atender as necessidades básicas; a falta de voz e poder nas instituições estatais e na sociedade; e a vulnerabilidade a choques adversos e exposição a riscos, combinados com uma incapacidade de enfrentá-los. A pobreza é resultado da atuação e presença de diversos fatores, compreendo desde fatores políticos e financeiros a socioculturais e naturais (como desastres ambientais), levando á consequências danosas á população e ao desenvolvimento. Diversos indicadores sociais são utilizados como ferramentas de medida quantitativa da pobreza, realidade social e desigualdade de determinada população, sendo o Índice de Gini um dos mais utilizados. Segundo informações do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, o Índice de Gini é um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda e, portanto, indicador de desigualdade de distribuição de renda. O Índice varia de 0 a 1, sendo que quanto menor seu valor mais igual é a distribuição de renda da população. Em Carangola o Índice de Gini passou de 0,57 em 1991 para 0,48 em 2010, passando pelo valor de 0,63 em 2000, o que representa um avanço na dimensão de distribuição e redução das desigualdades. Logo, pode-se afirma que a desigualdade diminui no município. A situação de extrema pobreza - medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita P3-Carangola Página 64 de 76 inferior a R$ 70,00 – diminuiu no município, passando de cerca de 19,55% em 1991 para somente 3,51% em 2010. Tabela 23: Pobreza e desigualdade – Município de Carangola 1991 2000 % de extremamente pobres 19,55 5,31 % de pobres 44,53 19,89 Índice de Gini 0,57 0,63 Fonte: Pnud, Ipea e FJP 2.8.6.6. 2010 3,51 10,84 0,48 Rendimento Familiar per capita O cálculo da renda bruta de uma população é realizado dividindo-se a renda bruta familiar, ou seja, os rendimentos como salário, pensões, rendimentos do trabalho não assalariado, do mercado informal entre outros, pelo número de integrantes da família. Segundo dados do PNUD, aumento nas últimas três décadas, saindo de R$ 297,95 em 1991 para R$ 618,24 em 2010, como pode ser observado na tabela abaixo. Tabela 24: Evolução do rendimento per capita – Município de Carangola 1991 2000 Renda per capita (em R$) 297,95 630,82 Fonte: Pnud, Ipea e FJP 2010 618,24 A distribuição de renda por domicílio no município se dá seguinte forma: Tabela 25: Distribuição de renda por domicílio Descrição Domicílios Rendimento nominal mensal sem rendimento 281 Até ½ salário mínimo 340 De mais de ½ a 1 salário mínimo 2.173 De 1 a 2 salários mínimos 3.064 De 2 a 5 salários mínimos 3.607 De 5 a 10 salários mínimos 1.035 De 10 a 20 salários mínimos 343 Acima de 20 salários mínimos 92 Fonte: IBGE, 2010. 2.8.6.7. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no seu relatório anual, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde, mensurados da seguinte maneira: Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida; O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: a. média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e P3-Carangola Página 65 de 76 b. a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança; E o padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência. Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH, mas o Índice ajuda na ampliação da perspectiva de desenvolvimento humano que considera somente a dimensão econômica. Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, o Município de Carangola apresenta IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – em 2010 igual a 0,695. Levantando-se em conta que o Índice varia entre 0 e 1 e que valores mais próximos de 1 correspondem a um desenvolvimento humano melhor, o município é enquadrado como médio desenvolvimento humano (IDHM entre 0,6 e 0,699) e ocupa a 2059ª posição no ranking em relação aos 5.565 municípios do Brasil. Em relação aos 853 municípios do estado de Minas Gerais, Carangola ocupa a 257ª posição. Desde 1991 o IDHM do município vem aumentando á cada avaliação realizada, seguindo a mesma tendência geral para os diversos municípios do estado e do país ( Gráfico 9). Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,177), seguida por Renda e Longevidade. Gráfico 9: Evolução do IDHM do Município de Carangola-MG Fonte: Atlas Brasil P3-Carangola Página 66 de 76 Os subitens sequentes apresentam os dados para o município das categorias que compõe o IDHM. 2.8.6.7.1. IDHM Renda A dimensão Renda do IDHM é medida pela renda mensal per capita, que considera a renda média mensal dos indivíduos residentes no município e mede a capacidade média de aquisição de bens e serviços por parte dos habitantes do município. De R$297,95 em 1991 para R$618,24 em 2010, a renda per capita média de Carangola cresceu 207,5%. Com isso, o município saiu de um IDHM Renda de 0,581 em 1991 para 0,699 em 2010. A figura abaixo apresenta a evolução da dimensão renda para Carangola, com dados de 1991, 2000 e 2010. Tabela 26: Evolução do IDHM renda – Município de Carangola Ano IDHM – Renda 1991 0,581 2000 0,702 2010 0,699 Gráfico 10: Evolução do IDHM renda – Município de Carangola 2.8.6.7.2. IDHM Longevidade Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, o IDHM Longevidade considera a esperança de vida ao nascer, ou seja, o número médio de anos que as pessoas dos municípios viveriam a partir do nascimento, mantidos os mesmos padrões de mortalidade observados em cada período. Com relação ao IDHM Longevidade o Município de Carangola apresenta valor para o Índice igual a 0,837. Nas últimas décadas a expectativa de vida em Carangola teve uma evolução de 6,5 anos (passando de 68,7 anos em 1991 para 72,00 anos em 2010). P3-Carangola Página 67 de 76 Tabela 27: Evolução do IDHM longevidade – Município de Carangola Ano IDHM - Longevidade 1991 0,729 2000 0,784 2010 0,837 Gráfico 11: Evolução do IDHM longevidade – Município de Carangola 2.8.6.7.3. IDHM Educação O IDHM Educação é uma composição de indicadores de escolaridade da população adulta e de fluxo escolar da população jovem. Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, a escolaridade da população adulta é medida pelo percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade com o ensino fundamental completo e o fluxo escolar da população jovem é medido pela média aritmética do percentual de crianças e frequentando seus respectivos níveis escolares e o percentual de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo. Com relação ao IDHM Educação o Município de Carangola apresenta valor para o Índice igual a 0,573. Como já mencionado, entre 1991 e 2010, a dimensão educação foi a que mais cresceu em termos absolutos (com crescimento de 0,177), o que indica um crescimento na proporção de crianças e jovens frequentando as escolas e com ensino médio completo e uma maior escolaridade da população adulta. Tabela 28: Evolução do IDHM educação – Município de Carangola Ano IDHM – Educação 1991 0,293 2000 0,47 2010 0,573 P3-Carangola Página 68 de 76 Gráfico 12: Evolução do IDHM educação – Município de Carangola. 2.8.6.8. Implementação de Projetos de Mobilização Social Delegados de Carangola e região participam a partir de hoje em BH da 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente. Figura 21: 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente. Equipe mobilizadora do Fórum Regional de Educação Ambiental – FOREA, o maior Fórum Ambiental Desenvolvimento em Minas Gerais, a ideia surgiu em Carangola e está em sua 8a Edição. 3. Infraestrutura Uma coisa é certa, a insuficiência do saneamento básico também está associada ao desperdício de oportunidades preciosas de redução da pobreza, aumento da inclusão social e promoção do desenvolvimento econômico. As consequências mais conhecidas da falta de saneamento se manifestam na forma de uma proliferação de doenças que sobrecarregam o serviço de saúde pública, somado a elas a mortalidade infantil diminuem o capital humano dos indivíduos mais pobres. Por outro lado, a expansão das redes de saneamento produz externalidades positivas cujos benefícios incidem, principalmente, sobre os segmentos mais pobres da população. Entre estes benefícios, pode-se mencionar que a disponibilidade de redes de infraestrutura amplia o P3-Carangola Página 69 de 76 valor das propriedades dos mais pobres. Outro efeito importante é que a oferta de redes de saneamento viabiliza vários tipos de pequenos negócios e setores com potencial competitivo. Por exemplo, o desenvolvimento de novos destinos para o turismo receptivo, que possui capacidade de geração de empregos superior à média dos demais setores, não é possível sem saneamento adequado. A expansão da infraestrutura de saneamento deve ser considerada como um veículo de redução da pobreza. Ações neste campo podem gerar resultados mais efetivos que programas sociais de cunho assistencialista. Entretanto, a baixa visibilidade das ações em saneamento, geralmente, não é capaz de competir, em termos de preferências políticas, com essas últimas. O país espera pelo aumento dos investimentos no setor, mas seu ritmo tem se mantido aquém do que seria desejável. Qualquer programa de uso racional de recursos (água, bens materiais, entre outros) tem resultados positivos para a economia de forma expressiva. 3.1. Práticas de Saneamento De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, encontramos o cenário abaixo no Município de Carangola, para práticas de saneamento. 2010 Tabela 29: Desenvolvimento humano no Brasil 2013 % da população em % da população em % da população em % da população em domicílios com domicílios com domicílios com domicílios com banheiro e água água encanada coleta de lixo energia elétrica encanada 92.72 87.16 97.02 98.58 Brasil Minas 94.44 94.91 Gerais Carangola 95,63 99,18 Fonte: PNUD – Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 3.2. 97.85 99.35 99,48 99,83 Abastecimento de Água Potável Segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2010 (SNIS-2011), os serviços de abastecimento de água potável do Município de Carangola estão sob a responsabilidade do Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura (SEMASA) e o percentual da população total abastecida pela autarquia municipal é de 80,6%. Esta e demais informações a respeito da cobertura e atendimento dos serviços de abastecimento de água potável, estão disponíveis na Tabela 30. Tabela 30: Cobertura do abastecimento de água potável – continua. Pop. urbana Pop. rural Pop. total Município Prestadora atendida atendida atendida Serviço Municipal de Saneamento Básico e Carangola 26.059 0 26.059 Infraestrutura Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2010 (SNIS - Ministério das Cidades). P3-Carangola Página 70 de 76 Tabela 31: Cobertura do abastecimento de água potável - conclusão Quant. de Quant. de economias Atendimento Atendimento total Município ligações ativas ativas urbano [%] [%] Carangola 8.412 10.533 100 80,6 Fonte: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2010 (SNIS - Ministério das Cidades). 3.3. Esgotamento Sanitário Segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2010 (SNIS-2011), os serviços de esgotamento sanitário do Município de Carangola estão sob a responsabilidade do Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura (SEMASA) e o percentual da população total abastecida com coleta do esgotamento pela autarquia municipal é de 58%, enquanto que apenas 6,1% deste esgoto coletado recebe tratamento primário, porém de acordo com informações levantadas em visita técnica em 20 de fevereiro de 2014, 18% do esgoto produzido é tratado. 3.4. Drenagem e Manejo das Águas Pluviais De acordo com o Atlas de Saneamento 2011, o Município de Carangola possui condição de drenagem boa, como se pode observar na Figura 22. No município foi verificada a existência de rede coletora do tipo separador absoluto, em concordância com as diretrizes de saneamento básico, ou seja, o esgotamento sanitário e às águas pluviais são coletados em redes distintas. P3-Carangola Página 71 de 76 Figura 22: Condição de drenagem do Município de Carangola 3.5. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Segundo o Diagnóstico dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no município do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2010 (SNIS-2011), os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do Município de Carangola estão sob a responsabilidade da Administração. No SNIS não há informações sobre o percentual da população atendida pelo serviço de coleta de lixo nem outras informações a respeito da cobertura e atendimento dos serviços limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no município. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do Município de Carangola está descrita na Tabela 32 e no Gráfico 13, onde se observa que aproximadamente 46% dos domicílios possuem a coleta como destinação do lixo. P3-Carangola Página 72 de 76 Tabela 32: Domicílios particulares permanentes – destino do lixo Descrição Coletado Coletado em caçamba de serviço de limpeza Jogado em rio, lago ou mar Outro Destino Queimado (na propriedade) Coletado por serviço de limpeza Enterrado (na propriedade) Jogado em terreno baldio ou logradouro Fonte: IBGE 2010. Domicílios 9.396 233 3 243 1.186 9.163 33 75 Gráfico 13: Domicílios particulares permanentes – Censo 2010. 3.6. Energia Elétrica A energia elétrica é fornecida para o município pela CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais. Em Minas, a empresa é responsável pelo atendimento de cerca de 7 milhões de pessoas em 774 municípios, respondendo por 96% da área de concessão no estado, segundo informações do próprio site da empresa. Contudo, já se encontra em fase de funcionamento no município uma central hidrelétrica – PCH Carangola – da empresa Carangola Energia S/A. P3-Carangola Página 73 de 76 4. Bibliografia ASSEMBLEIA DE MINAS Poder e Voz do Cidadão. Disponível em: <http://www.almg.gov.br/consulte/info_sobre_minas/index.html?aba=js_tabMunicipios&sltMuni= 132>. Acesso em: 12 dez.2013. ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL 2013. Consulta e Perfil de Município. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/>. Acesso em: 12 dez.2013. SOCIEDADE BENEFICENTE 21 DE ABRIL. Disponível em: <http://www.sociedade21deabril.com.br>. Acesso em: 12 dez.2013. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Mata Atlântica. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biomas/mata-atlantica>. Acesso em: 09. Dez. 2013. BRASIL. Lei n. 11.428, de 22 de Dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11428.htm>. Acesso em: 09. Dez. 2013. BRASIL PCH Energizando o Futuro do Brasil. Disponível em: <http://www.brasilpch.com.br/09_carangola.htm>. Acesso em 12 dez.2013. CAMPANILI, M. & PROCHNOW, M. Mata Atlântica – uma rede pela floresta. Brasília. RMA: 2006. CULTURA CARANGOLA. Disponível em: <http://culturacarangola.com.br/>. Acesso em: 12 dez.2013 DATASUS Tecnologia da Informação a Serviço do SUS. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/nimg.def>. Acesso em: 12 dez 2013. ESTADÃO. Disponível em: <http://politica.estadao.com.br/eleicoes/apuracao/prefeito- 2012,carangola,mg>. Acesso em: 12 dez.2013. EXPO DE CARANGOLA. Disponível em: <http://expocarangola.com.br/>. Acesso em: 12 dez.2013. P3-Carangola Página 74 de 76 FÉRIAS O Seu Portal de Turismo. Disponível em: <http://www.ferias.tur.br/informacoes/2884/carangola-mg.html>. Acesso em: 12 dez.2013 FUNDAÇÃO FAFILE DE CARANGOLA. Disponível em: <http://www.carangola.br/site/principal/index.php>. Acesso em: 12 dez.2013. GEOGRAFOS. Disponível em: <http://www.geografos.com.br/cidades-minas- gerais/carangola.php>. Acesso em: 12 dez.2013 PREFEITURA MUNICIPAL DE CARANGOLA. Disponível em: <http://www.carangola.mg.gov.br/>. Acesso em: 12 dez.2013 PORTAL CARANGOLA O 1º Site de Notícias de Carnagola e Região. Disponível em: < http://portalcarangola.com/carangola-mg/>. Acesso em: 12 dez.2013 HIDROWEB Sistema de Informações Hidrológicas. Disponível em: <http://hidroweb.ana.gov.br/>. Acesso em: 12 dez.2013. MAPA Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Disponível em: <http://www.comiteps.sp.gov.br/imagens/mapao.jpg>. Acesso em: 12 dez de 2013. TCE Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. 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