Centro Universitário Fundação Santo André Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS GENÉTICA MENDELIANA 3º ANO NOME: Nº: Profa. Dra. Adriana Madeira Álvares da Silva 2005 1 ATIVIDADE 1 CICLO CELULAR - DIVISÃO CELULAR 1) Observe o esquema de ciclo celular, ele pode ser dividido em duas fases, _________________ e ____________________. 2) A interfase pode ser subdividida em fases ____, ____ e ____. 3) A mitose pode ser dividida em ___________, __________, __________ e ___________. 4) O que é apoptose? Ela é importante? O que pode acontecer com uma célula que não entra em apoptose? 2 5) Explique o funcionamento das ciclinas (observe a figura e explique) 6) Observado o esquema abaixo, nota-se uma fase G0, o que quer dizer isso? 7) O que é ponto de restrição, qual sua importância? 3 8) O que acontece na fase S do ciclo celular? 9) Construa um gráfico da variação da quantidade de DNA durante as diferentes fases do ciclo celular. TEOR DE DNA 4C 2C G1 S G2 M G1 TEMPO 10) Suponha que a célula em questão tenha 2 pares de cromossomos, quantos pares ela terá nas fases abaixo relacionadas. Desenhe ao lado cada uma das fases. a) G1 b) S c) G2 d) PRÓFASE e) METÁFASE f) ANÁFASE g) TELÓFASE 4 11) Quantos pares de cromossomos tem essa célula? A fase do ciclo celular é 12) Quantos pares de cromossomos tem essa célula? A fase celular deste núcleo é 13) Divida essa célula INTÉRFASE G1 1) FASE S E G2 METÁFASE TELÓFASE 5 14) Explique a replicação de DNA detalhadamente, conforme mostra a figura abaixo. 6 15) Compare a figura da divisão celular em célula vegetal (Junqueira p. 251) e a divisão celular em célula animal. 16) O que são cinetócoros? 17) Em que fase do ciclo celular ocorre a duplicação dos centríolos? 18) Qual o papel do citoesqueleto na divisão celular? 7 ATIVIDADE 2 MEIOSE 1) Observe a figura de meiose e responda a) Trata-se de célula animal ou vegetal? Justifique b) Em que fase ocorre o crossing-over? c) O que são quiasmas? d) O que ocorre na meiose II? e) Quais as fases da meiose I? f) Quais as subfases da prófase I da meiose? 8 2) Faça o gráfico da quantidade de DNA durante a meiose. QUANTIDADE DE DNA 4X 2X G1 S G2 INTERFASE MEIOSE I MEIOSE II TEMPO 3) Qual a importância biológica da meiose? 4) Qual meiose é reducional? Meiose I ou Meiose II? 9 4) Faça a divisão meiótica da célula abaixo (pinte cada cromossomo com uma cor) INTÉRFASE DUPLICAÇÃO CROSSING-OVER MEIOSE I SEPARAÇÃO DOS PARES TELÓFASE I MEIOSE II TELÓFASE II 10 ATIVIDADE 3 RAÍZ DE CEBOLA MITOSE PROTOCOLO (Profa. Dra. Catarina Satie Takahashi – USP – Ribeirão Preto) Entre os inúmeros materiais que permitem a observação da divisão celular, as raízes meristemáticas da cebola talvez sejam os mais práticos e mais fáceis de serem visualizados. Esta é a razão pela qual foi escolhida para analise da mitose e ainda para demonstrar a ação dos corantes como o carmim acético e a reação de Feulgen. Essa técnica permitirá a contagem do número de cromossomos de diferentes espécies vegetais, bem como estudar a morfologia dos cromossomos para montagem dos cariótipos ou ainda observar se ocorreu alguma aberração cromossômica. É preciso que se escolha material em divisão como raízes em crescimento ou mesmo células em cultura. Material: Adquirir as cebolas comerciais, limpar a parte inferior do bulbo e colocar para germinar em frascos contendo água corrente. Trocar a água com freqüência. Caso nunca tenha feito isso, pergunte aos técnicos a metodologia. Espere que germine e que as raízes atinjam de um a 1,5 cm. Com uma pinça de ponta fina remover as raízes que estarão prontas para serem trabalhadas. Pré-tratamento: Quando há a necessidade de bloquear as células em metáfase e encurtar os cromossomos para facilitar o seu estudo procede-se ao pré-tratamento. Os antimitóticos mais utilizados são a colchicina, αbromo naftaleno, β hidroxiquinolina e água gelada (zero a 2ºC). O tempo pode variar de 1 a 5 horas. Fixação: A fixação interrompe todo o processo de atividade celular de modo bastante rápido e permite a preservação da integridade da estrutura cromossômica. O fixador mais utilizado é composto de três partes de etanol para 1 parte de ácido acético glacial. Também pode ser utilizada a solução: seis partes de etanol, três partes de clorofórmio e 1 parte de ácido acético. O tempo de fixação pode variar de 1 a 24 horas. Armazenamento: Muitas vezes há a necessidade de armazenar o material, o mesmo pode ser feito passando do fixador para álcool 95 e depois para o álcool 70. O material se conservado em geladeira pode durar vários meses. Caso não vá armazenar, passar do álcool 70 para a água e estará pronta para a próxima etapa. Coloração: A Reação de Feulgen inicia-se pela hidrólise do material com ácido clorídrico. A hidrólise é também utilizada para facilitar que as células possam espalhar-se na lâmina, pois ela amolece o material. Ela dissolve a pectina da membrana das células e faz o citoplasma tornar-se claro. Mas a ação no nosso caso é para que o ácido clorídrico libere os grupos aldeídos do açúcar da molécula de DNA destruindo a ligação química entre as bases de purina e o açúcar desoxirribose. A hidrólise pode ser realizada a quente ou a frio. A quente quando se tratam as raízes por 12 minutos em HCl 1N a 60ºC e a frio quando as raízes são tratadas por uns 30 minutos em HCl 5N. Estes são os tempos ideais para a raiz de cebola. Cada material tem o seu tempo ideal. Após a hidrólise passar para água destilada fria para interromper o processo, em seguida segurar as raízes com uma pinça e passar rapidamente no papel de filtro para retirar o excesso de água e mergulhar no reativo de Schiff. Se estiver trabalhando com vidro claro colocar dentro de um armário para que fiquem no escuro. Deixar por uns 40 minutos. As pontas das raízes devem estar bem coradas. O reativo de Schiff é preparado a partir da fucsina básica que se fixa nos grupamentos aldeídos liberados durante a hidrólise dando a coloração vermelha violeta aos cromossomos. É conhecida como reação de Feulgen, pois, foi ele o primeiro a descrever a técnica (Feulgen, 1926). Se a sua reação foi um sucesso passar as raízes por três banhos de 5 a 10 minutos em água sulfurosa recém-preparada. 11 Montagem: Colocar na lâmina uma gota de ácido acético 45% e sobre ela a raiz. Com a ajuda de dois estiletes retirar a coifa e separar a região mais densamente corada, descartando o resto do material. Colocar a lamínula sobre esse material prestando atenção na quantidade de ácido acético. Segurar a lâmina e com a outra mão utilizando a ponta de um lápis com borracha dar suaves pancadas para esparramar o material de maneira a obter uma monocamada de células. Enrole a lâmina com papel de filtro e pressione de maneira a eliminar o ácido acético em excesso. Tomar cuidado para não deslizar a lamínula. Saber escolher a região mais densamente corada significa que estará trabalhando com células no processo de divisão e livre de sujeira o que permitirá uma análise mais fácil. Para tornar a lâmina permanente congelar em nitrogênio líquido, deslocar a lâmina, passar rapidamente por banhos de álcool 95, xilol, xilol e bálsamo do Canadá. Existem outros meios de montagem que tem afinidade com álcool, não necessitando passar pelo xilol. Se não dispuser de nitrogênio líquido, mergulhar gelo seco em metanol ou fazer uma câmara saturada com vapores de álcool 95 e deixar a lâmina, a lamínula irá se deslocar sozinha. Análise: O tecido meristemático radicular das plantas é muito bom para observar as diferentes fases da mitose. Contar o número total de células em interfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase num total de 1000 células. Fazer o esquema de cada uma das fases. Calcular o índice mitótico (número de células em divisão pelo número total de células x 100). CARMIM ACÉTICO É um corante muito prático e de fácil trabalho. Após a fixação das raízes, as mesmas são colocadas em uma lâmina que contenha uma gota de carmim acético. Colocar a lâmina na chama de uma lamparina de maneira a aquecer o corante. Repetir a operação algumas vezes, renovando sempre o corante. Quando a raiz estiver bem corada, lavar com ácido acético 45%, fazer uma limpeza geral na lâmina, cortar a ponta mais densamente corada e proceder a montagem da lâmina como no item anterior. Observações: O reativo de Schiff que foi transformado em incolor adora voltar à sua forma bem colorida, assim todo o cuidado é pouco, forrar o balcão de trabalho, limpar muito bem todo o material utilizado, muito cuidado com o seu avental as mãos e todo o resto. Você está trabalhando num laboratório de pesquisa, para todos nos é um prazer recebe-lo, mas solicitamos que preste muita atenção, todo material utilizado deve ser separado, passado várias vezes na água para depois ser colocado no vasilhame para lavagem. Na medida do possível deixar lavado. Não temos pessoal para lavagem de material, assim o trabalho deverá ser facilitado ao máximo. Várias pessoas estão deixando de usar o laboratório para que você possa realizar as suas aulas práticas. Todo o material danificado por desatenção terá que ser reposto imediatamente ao laboratório. REATIVO DE SCHIFF 1- Ferver 200 mL de água destilada, retirar do fogo e aos poucos dissolver 1 g de fucsina básica (Harleco ou Fischer), volte no fogo bem baixo se todo o corante não se dissolver. Tomar cuidado para não espirrar o corante. 2- Esfriar até 50ºC a temperatura ambiente e filtrar em papel de filtro. 12 3- Adicionar 30 mL de HCl 1N e 3 gramas de metabissulfito de potássio (K2S2O5). Misturar muito bem e agitar com vigor. Deixar a solução numa garrafa escura e no escuro e agitar várias vezes. Deixar por 24 horas e agitar o maior número de vezes. 4- Adicionar 0,5 gramas de carvão descolorante e agitar por alguns minutos. Filtrar rapidamente em papel de filtro. Caso não consiga um liquido totalmente incolor repetir a operação. 5- Guardar em vidro escuro no refrigerador. ÁGUA SULFUROSA A solução tem que ser preparada na hora do uso. Misturar 5 mL de HCL 1N, 5 mL de metabissulfito de sódio (Na2S2O5) e 90 mL de água destilada. CARMIN ACÉTICO Ferver 100 mL de ácido acético 45% (45 mL de ácido acético em 55 mL de água destilada), apagar o fogo e dissolver 1 grama de carmim. Misturar muito bem, esfriar e filtrar em papel de filtro. 13 I - PROTOCOLO 2 – SIMPLIFICADO MATERIAL a) Raízes de cebola b) Corante orceína aceto-clorídrica c) Ácido acético a 50% d) Copos, lâminas, lamínulas, pinças, estiletes, tesoura, esmalte incolor, lamparina de álcool. PROCEDIMENTO a) Colocar uma cebola emborcada em 1 copo com água, de forma a permitir que a região onde se formam as raízes da cebola (o disco ou caule) toquem a água; b) Deixar as raízes crescerem até atingirem 2 cm. Cortar de 3 a 4 raízes em tamanhos de 1 a 2 cm na parte apical e transferi-las para um vidro de relógio contendo orceína aceto-clorídrica; c) Aquecê-las sobre uma lamparina de álcool até a emissão de vapores, sem contudo deixar ferver; d) Deixar esfriar por 5 minutos; e) Repetir esta operação 2 vezes mais e, após o 3° aquecimento, deixar esfriar e repousar por 15 minutos; f) Colocar uma das raízes sobre uma lâmina limpa e separar os 2-3 mm apicais, desprezando o resto da estrutura; g) Juntar 1 gota de orceína sobre o meristema seccionado e, com muito cuidado, cobrir o material com a lamínula; h) Com um lápis, bater suavemente a preparação para se obter uma extensão unicelular; i) Com um pedaço de papel de filtro, eliminar o excesso de corante; j) Esmagar então com os polegares apoiados sobre a lamínula coberta com o papel de filtro; k) Vedar a lamínula com esmalte incolor; l) Observar ao microscópio óptico. OBS: Caso se deseje obter lâminas permanentes, ao invés de se vedar o material com o esmalte, deve-se colocar a lâmina com a lamínula virada para baixo, em um vidro relógio com ácido acético 50% até a lamínula cair. Deixar a lâmina secando em um suporte e passar a lamínula para um frasco contendo xilol. Esta lamínula pode ser montada com Permount em uma lâmina limpa. Passar uma outra lamínula no frasco com xilol e colocá-la com uma gota de Permount sobre a lâmina com o material. Deixar secar. RESULTADOS a) Examinar as diversas fases da mitose, procurando caracterizar cada uma delas. b) Desenhar as diferentes fases da mitose, procurando ressaltar os aspectos mais importantes de cada uma delas. c) Que fase(s) da mitose deveria(m) ser escolhida(s) caso se necessitasse determinar o número de cromossomos de uma dada espécie? DISCUSSÃO 1. Quando, durante o ciclo celular, tem lugar a duplicação dos cromossomos? 2. Qual é a diferença entre cromátides irmãs e não irmãs? Entre cromossomos homólogos e não homólogos? 3. Observando-se o processo mitótico é possível afirmar que ambas células-filhas herdam a mesma quantidade e o mesmo tipo de informação que existia na célula-mãe? Justifique sua resposta. 14 4. Duplique esta célula e indique os cromossomos homólogos, as cromátides irmãs e as não irmãs. 15 ATIVIDADE 4 OBSERVAÇÃO DE RAÍZ DE CEBOLA (LÂMINAS PRONTAS) O OBJETIVO DESTA OBSERVAÇÃO É: a) Identificar as fases da mitose b) Identificar na interfase as células diferenciadas e as indiferenciadas c) Calcular o índice mitótico PROCEDIMENTO a) Focalizar a lâmina em médio aumento b) Identificar no campo escolhido as células em divisão c) Classificar essas células segundo as fases d) Contar todas as células do campo (sem mudar de campo). Desenhe a observação de 1 campo e) Calcular o índice mitótico dividindo o número de células em divisão pelo número total de células (devem ser contados pelo menos 200 núcleos, se necessário, troque de lâmina) AUMENTO X NÚMERO DE CÉLULAS EM INTÉRFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM PRÓFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM METÁFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM ANÁFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM TELÓFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM DIVISÃO = IM= CÉLULAS EM DIVISÃO TOTAL DE CÉLULAS IM= 1) Em qual local da raiz ocorre a divisão celular com grande freqüência? 16 2) Esquematize a ponta da raiz e suas partes 3) Qual a importância do ponto de checagem ou ponto de restrição para o organismo vivo? 4) Qual célula está mais sujeita a mutações, uma que se divide pouco ou uma que se divide muito? Explique 17 ATIVIDADE 5 OBSERVAÇÃO DO ÍNDICE MITÓTICO EM LÂMINAS PREPARADAS PELO GRUPO NÚMERO DE CÉLULAS EM INTÉRFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM PRÓFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM METÁFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM ANÁFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM TELÓFASE = NÚMERO DE CÉLULAS EM DIVISÃO = IM= CÉLULAS EM DIVISÃO TOTAL DE CÉLULAS IM= 18 ATIVIDADE 6 CRIANDO Drosophila Obs: Para esta prática, os alunos deverão (com antecedência) trazer dois vidros médios de maionese vazios e limpos. CICLO DE VIDA IDENTIFICAÇÃO Desenho da mosca observada (macho e fêmea) 19 Na lupa: Identificar os machos e as fêmeas Identificar as características gerais como: a) b) c) d) Cor do corpo Cor do olho Tipo de asa Outras características Coloca-las de volta no vidro antes que acordem PESQUISA: COMO É FEITO O MEIO DE CULTURA?? 20 ATIVIDADE 7 CRUZAMENTO DE Drosophila MATERIAL OBRIGATÓRIO PATA TODOS OS ALUNOS: 1) PINCEL NO. 0 OU 1 2) VIDROS PARA A CULTURA (2 POR ALUNO – PEGAR A ESPECIFICAÇÃO) 3) PEDAÇO DE BORRACHA (TIPO CHINELO HAVAIANAS) 4) LUPA DE MÃO E LANTERNA 5) ESTOJO COM MATERIAL, AVENTAL E CANETA QUE ESCREVE EM VIDRO 1) Seleção das moscas virgens: como é feita a seleção das moscas para o cruzamentos? 2) Cruzamento I (MOSCAS SELVAGENS X MOSCAS VESTIGIAIS) Procedimento: ATENÇÃO! PREENCHER A FOLHA ANEXA CONFORME O EXPRERIMENTO FOR OCORRENDO a) Etiquetar o tubo que contém o meio de cultura colocando o cruzamento, o nome do grupo e a data.(anotar a data na folha anexa e os detalhes) b) Juntar o macho e a fêmea no tubo com meio (cuidado para as moscas não fugirem) c) Durante a semana anotar o aparecimento de ovos e larvas d) Depois de uma semana descartar os pais (anotar a data na folha anexa) e) Observar o surgimento de larvas e pupas (anotar tudo na folha anexa) f) Depois de uma semana contar a prole (F1) e transferir 3 casais para outro tubo etiquetado (anotar na folha anexa g) Depois de uma semana eliminar os pais (F1) h) Depois de uma semana contar a F2 i) Descartar as moscas 21 FOLHA ANEXA DO EXPERIMENTO I INÍCIO DO EXPERIMENTO I DATA_____/______/______ CRUZAMENTO P X P LINHAGENS CRUZADAS: _____________ X ____________ GENÓTIPO ______________________ X _______________________ GAMETAS ( ____________________________________________________________) QUADRADO DE PUNNET APARECIMENTO DE OVOS EM _________/_______/_________ APARECIMENTO DE LARVAS EM ___________/___________/_________ APARECIMENTO DE PUPAS EM __________/_____________/__________ DESCARTE DOS PAIS EM __________/_____________/____________ NASCIMENTO DA F1 EM ____________/_________/____________ CONTAGEM DA F1 EM_________/_____________/____________ RESULTADO DA CONTAGEM CRUZAMENTO F1 X F1 QUANTAS MOSCAS? __________________________________ DATA _______/____________/_________ GENÓTIPO DAS MOSCAS CRUZADAS __________________ X ________________ GAMETAS (_________________________________________________________) 22 QUADRADO DE PUNNET APARECIMENTO DE OVOS EM _________/_______/_________ APARECIMENTO DE LARVAS EM ___________/___________/_________ APARECIMENTO DE PUPAS EM __________/_____________/__________ DESCARTE DOS PAIS (P2) EM __________/_____________/____________ NASCIMENTO DA F2 EM ____________/_________/____________ CONTAGEM DA F2 EM_________/_____________/____________ RESULTADO DA CONTAGEM APLICAÇÃO DO TESTE DO QUI-QUADRADO FENÓTIPO OBSERVADO ESPERADO TOTAL 23 Anexo - 1º Lei I - INTRODUCÃO Na maioria dos organismos vivos que conhecemos, tais como aves, mamíferos, plantas, répteis, etc., os genes ocorrem aos pares, o mesmo acontecendo com os seus cromossomos. Por isso eles são chamados de organismos diplóides (do grego diploos = duplo + eidos = semelhante). Estes pares de genes, que ocupam posições definidas nos cromossomos, são chamados de alelos (do grego allelon = um e outro). Já os cromossomos que compartilham os genes alelos são chamados de cromossomos homólogos. Durante a gametogênese, os genes alelos e, por conseguinte, os cromossomos homólogos, segregam-se, de modo que cada gameta formado acaba sendo portador de apenas um gene de cada par. Esta segregação dos genes alelos durante a formação dos gametas é conhecida como a Primeira Lei de Mendel. As drosófilas (Drosophila sp) são organismos diplóides encontrados em quase todas as partes do mundo. Por se alimentarem de frutas em decomposição, elas também são conhecidos como as "moscas das frutas", Estes dípteros constituem excelente material para estudos genéticos em 19.boratório, pois oferecem grandes vantagens sobre outros materiais, visto apresentarem: • Ciclo de vida curto, variando de 12 a 15 dias, o que favorece a obtenção de um grande número de gerações em um pequeno espaço de tempo; • Produção de um grande número de descendentes; • Exigência de alimentação simples e barata pois, elas podem ser mantidas em um meio de cultura contendo apenas banana ou fubá, ágar, fermento de pão e nipagin (fungicida que evita a contaminação do meio); • Existência de muitos tipos mutantes, com características fenotípicas que podem ser facilmente observadas a olho nu ou à lupa; • Um pequeno número de cromossomos, o que vem favorecer o seu estudo; • A diferenciação entre machos e fêmeas é relativamente simples, e pode ser feita considerandose os seguintes caracteres: MACHOS: São menores que as fêmeas; a extremidade do abdômen é arredondada e escura; apresentam pentes sexuais (tarsais) no 1° segmento tarsal (formados por um agrupamento de cerdas); possuem placa anal e cerdas copuladoras na porção ventral. FÊMEAS: São maiores que os machos; a extremidade do abdômen é pontiaguda e clara; não possuem pentes sexuais; possuem placa anal e aparelho ovopositor. O objetivo deste capítulo é demonstrar através do experimento abaixo, no qual está envolvido um par de genes responsável pela cor do corpo (ebony = cinza escuro ou preto e seu alelo selvagem = cinza) o princípio da primeira lei de Mendel. Para tanto o aluno deverá ser capaz de diferenciar machos e fêmeas de Drosophila, bem como os indivíduos de cada linhagem, realizar cruzamentos, coletar e analisar estatisticamente os dados (através de um teste de Qui-quadrado) para verificar se a segregação destes caracteres está ou não de acordo com a Primeira Lei de Mendel. 24 ATIVIDADE 8 SEGUNDA LEI DE MENDEL 1) Cruzamento II (MOSCAS SELVAGENS X MOSCAS EBONY) Procedimento: ATENÇÃO! PREENCHER A FOLHA ANEXA CONFORME O EXPRERIMENTO FOR OCORRENDO a) Etiquetar o tubo que contém o meio de cultura colocando o cruzamento, o nome do grupo e a data.(anotar a data na folha anexa e os detalhes) b) Juntar o macho e a fêmea no tubo com meio (cuidado para as moscas não fugirem) c) Durante a semana anotar o aparecimento de ovos e larvas d) Depois de uma semana descartar os pais (anotar a data na folha anexa) e) Observar o surgimento de larvas e pupas (anotar tudo na folha anexa) f) Depois de uma semana contar a prole (F1) e transferir 3 casais para outro tubo etiquetado (anotar na folha anexa g) Depois de uma semana eliminar os pais (F1) h) Depois de uma semana contar a F2 i) Descartar as moscas da F2 25 FOLHA ANEXA DO EXPERIMENTO II INÍCIO DO EXPERIMENTO II DATA_____/______/______ CRUZAMENTO P X P LINHAGENS CRUZADAS: _____________ X ____________ GENÓTIPO ______________________ X _______________________ GAMETAS ( ____________________________________________________________) QUADRADO DE PUNNET APARECIMENTO DE OVOS EM _________/_______/_________ APARECIMENTO DE LARVAS EM ___________/___________/_________ APARECIMENTO DE PUPAS EM __________/_____________/__________ DESCARTE DOS PAIS EM __________/_____________/____________ NASCIMENTO DA F1 EM ____________/_________/____________ CONTAGEM DA F1 EM_________/_____________/____________ RESULTADO DA CONTAGEM COM FENÓTIPO OBSERVADO CRUZAMENTO F1 X F1 QUANTAS MOSCAS? __________________________________ DATA _______/____________/_________ GENÓTIPO DAS MOSCAS CRUZADAS __________________ X ________________ GAMETAS (_________________________________________________________) 26 QUADRADO DE PUNNET COLOCAR OS FENÓTIPOS ESPERADOS DENTRO DO QUADRADO APARECIMENTO DE OVOS EM _________/_______/_________ APARECIMENTO DE LARVAS EM ___________/___________/_________ APARECIMENTO DE PUPAS EM __________/_____________/__________ DESCARTE DOS PAIS (P2) EM __________/_____________/____________ NASCIMENTO DA F2 EM ____________/_________/____________ CONTAGEM DA F2 EM_________/_____________/____________ RESULTADO DA CONTAGEM TOTAL DE MOSCAS CONTADAS ______________________ APLICAÇÃO DO TESTE DO QUI-QUADRADO FENÓTIPO OBSERVADO ESPERADO TOTAL 27 ANEXO - 2ª LEI DE MENDEL INTRODUÇÃO Nos organismos diplóides os genes ocorrem aos pares, o mesmo acontecendo com os cromossomos. Durante a gametogênese, os genes, que ocupam posições definidas nos cromossomos, segregam. Dessa forma, cada gameta formado é portados de apenas um gene de cada par. Esta segregação dos alelos durante a formação dos gametas é conhecida como a Primeira Lei de Mendel. Além disso, os pares de cromossomos homólogos segregam independentemente durante a gametogênese. Consequentemente, o mesmo ocorre com os pares de genes localizados em cromossomos não homólogos. Isso permite a formação, ao acaso, de novas combinações gênicas nos gametas. Esta condição é conhecida como a Segunda Lei de Mendel. A mosca das frutas Drosophila melanogaster constitui um ótimo material para a demonstração da Segunda Lei de Mendel. Isto devido a facilidade de manutenção de estoques deste inseto em laboratório, a fácil identificação de machos e fêmeas, a variedade de mutantes disponíveis e ao ciclo reprodutivo relativamente curto. O objetivo deste capítulo é demonstrar o princípio da Segunda Lei de Mendel, através do experimento abaixo, no qual estão envolvidos dois pares de genes, localizados em pares de cromossomos não homólogos. Para atingir os objetivos desta prática, o aluno deverá ser capaz de identificar machos e fêmeas, distinguir as linhagens, realizar cruzamentos, coletar e analisar estatisticamente os dados (através de um teste de Qui-quadrndo) para verificar se a segregação destes caracteres está ou não de acordo com a Segunda Lei de Mendel. 28 ATIVIDADE 9 HERANÇA LIGADA AO SEXO 1) Cruzamento III: MOSCAS SELVAGENS FÊMEAS X MOSCAS WHITE MACHOS Procedimento: ATENÇÃO! PREENCHER A FOLHA ANEXA CONFORME O EXPRERIMENTO FOR OCORRENDO a) Etiquetar o tubo que contém o meio de cultura colocando o cruzamento, o nome do grupo e a data.(anotar a data na folha anexa e os detalhes) b) Juntar o macho e a fêmea no tubo com meio (cuidado para as moscas não fugirem) c) Durante a semana anotar o aparecimento de ovos e larvas d) Depois de uma semana descartar os pais (anotar a data na folha anexa) e) Observar o surgimento de larvas e pupas (anotar tudo na folha anexa) f) Depois de uma semana contar a prole (F1) e transferir 3 casais para outro tubo etiquetado (anotar na folha anexa g) Depois de uma semana eliminar os pais (F1) h) Depois de uma semana contar a F2 i) Descartar as moscas 29 FOLHA ANEXA DO EXPERIMENTO III INÍCIO DO EXPERIMENTO III DATA_____/______/______ CRUZAMENTO P X P LINHAGENS CRUZADAS: _____________ X ____________ GENÓTIPO ______________________ X _______________________ GAMETAS ( ____________________________________________________________) QUADRADO DE PUNNET APARECIMENTO DE OVOS EM _________/_______/_________ APARECIMENTO DE LARVAS EM ___________/___________/_________ APARECIMENTO DE PUPAS EM __________/_____________/__________ DESCARTE DOS PAIS EM __________/_____________/____________ NASCIMENTO DA F1 EM ____________/_________/____________ CONTAGEM DA F1 EM_________/_____________/____________ RESULTADO DA CONTAGEM COM FENÓTIPO OBSERVADO CRUZAMENTO F1 X F1 QUANTAS MOSCAS? __________________________________ DATA _______/____________/_________ GENÓTIPO DAS MOSCAS CRUZADAS __________________ X ________________ GAMETAS (_________________________________________________________) 30 QUADRADO DE PUNNET COLOCAR OS FENÓTIPOS ESPERADOS DENTRO DO QUADRADO APARECIMENTO DE OVOS EM _________/_______/_________ APARECIMENTO DE LARVAS EM ___________/___________/_________ APARECIMENTO DE PUPAS EM __________/_____________/__________ DESCARTE DOS PAIS (P2) EM __________/_____________/____________ NASCIMENTO DA F2 EM ____________/_________/____________ CONTAGEM DA F2 EM_________/_____________/____________ RESULTADO DA CONTAGEM MACHOS WHITE: FÊMEAS WHITE: MACHOS SELVAGENS: FÊMEAS SELVAGENS: TOTAL DE MOSCAS CONTADAS ______________________ APLICAÇÃO DO TESTE DO QUI-QUADRADO FENÓTIPO OBSERVADO ESPERADO TOTAL 31 ATIVIDADE 10 HERANÇA LIGADA AO SEXO 1) Cruzamento IV: MOSCAS SELVAGENS MACHOS X MOSCAS WHITE FÊMEAS Procedimento: ATENÇÃO! PREENCHER A FOLHA ANEXA CONFORME O EXPRERIMENTO FOR OCORRENDO a) Etiquetar o tubo que contém o meio de cultura colocando o cruzamento, o nome do grupo e a data.(anotar a data na folha anexa e os detalhes) b) Juntar o macho e a fêmea no tubo com meio (cuidado para as moscas não fugirem) c) Durante a semana anotar o aparecimento de ovos e larvas d) Depois de uma semana descartar os pais (anotar a data na folha anexa) e) Observar o surgimento de larvas e pupas (anotar tudo na folha anexa) f) Depois de uma semana contar a prole (F1) e transferir 3 casais para outro tubo etiquetado (anotar na folha anexa g) Depois de uma semana eliminar os pais (F1) h) Depois de uma semana contar a F2 i) Descartar as moscas 32 FOLHA ANEXA DO EXPERIMENTO IV INÍCIO DO EXPERIMENTO IV DATA_____/______/______ CRUZAMENTO P X P LINHAGENS CRUZADAS: _____________ X ____________ GENÓTIPO ______________________ X _______________________ GAMETAS ( ____________________________________________________________) QUADRADO DE PUNNET APARECIMENTO DE OVOS EM _________/_______/_________ APARECIMENTO DE LARVAS EM ___________/___________/_________ APARECIMENTO DE PUPAS EM __________/_____________/__________ DESCARTE DOS PAIS EM __________/_____________/____________ NASCIMENTO DA F1 EM ____________/_________/____________ CONTAGEM DA F1 EM_________/_____________/____________ RESULTADO DA CONTAGEM COM FENÓTIPO OBSERVADO CRUZAMENTO F1 X F1 QUANTAS MOSCAS? __________________________________ DATA _______/____________/_________ GENÓTIPO DAS MOSCAS CRUZADAS __________________ X ________________ GAMETAS (_________________________________________________________) 33 QUADRADO DE PUNNET COLOCAR OS FENÓTIPOS ESPERADOS DENTRO DO QUADRADO APARECIMENTO DE OVOS EM _________/_______/_________ APARECIMENTO DE LARVAS EM ___________/___________/_________ APARECIMENTO DE PUPAS EM __________/_____________/__________ DESCARTE DOS PAIS (P2) EM __________/_____________/____________ NASCIMENTO DA F2 EM ____________/_________/____________ CONTAGEM DA F2 EM_________/_____________/____________ RESULTADO DA CONTAGEM MACHOS WHITE: FÊMEAS WHITE: MACHOS SELVAGENS: FÊMEAS SELVAGENS: TOTAL DE MOSCAS CONTADAS ______________________ APLICAÇÃO DO TESTE DO QUI-QUADRADO FENÓTIPO OBSERVADO ESPERADO TOTAL 34 ATIVIDADE 11 ESTUDO DE CROMATINA SEXUAL INTRODUÇÃO A cromatina sexual é um corpúsculo heteropicnótico, encontrado nos núcleos interfásicos das células somáticas femininas dos mamíferos em geral. É formada por um dos cromossomos sexuais X que se duplica tardiamente e que é geneticamente inativo. Foi primeiramente observada em neurônios de gatas, com o aspecto de um grânulo heterocromático que se localizava junto à membrana nuclear, sendo exclusivamente encontrado nas fêmeas. Por esse motivo, passou a ser utilizado no diagnóstico do sexo em mamíferos, a seguir foi confirmada sua presença nos tecidos femininos humanos, inclusive em neutrófilos polimorfonucleares do sangue periférico, onde seu aspecto lembra um bastonete. Devido a sua grande importância no diagnóstico do sexo cromossômico, seu estudo tornou-se obrigatório nos laboratórios de genética médica. É nula no homem normal ou pode ser observada numa taxa muito baixa. Em mulheres normais, esfregaços da mucosa oral apontam freqüências de cromatina positiva que vão de 20 a 50%. Uma vez que o número de cromatinas sexuais foi verificado corresponder ao número de cromossomos X menos um, seu estudo é também muito útil no diagnóstico de aneuploidias sexuais como Síndromes de Turner e Klinefelter, nas disgenesias gonadais, em casos de mosaicismo, etc. Este capítulo tem como objetivo ensinar ao aluno como preparar uma lâmina com esfregaço da mucosa oral para a observação e identificação do corpúsculo de Barr ou cromatina sexual. II MATERIAIS a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) Corante fucsina básica Fenol 5% Ácido acético glacial Formaldeído 70% Álcool absoluto Álcool 95% Álcool 70% Agua destilada Lâminas Espátulas de madeira Microscópio PROCEDIMENTO a) Dissolver 3g de fucsina básica em 100mL de álcool etílico 70% (solução estoque); b) Em outro frasco, separar 10 mL desta solução estoque e acrescentar 90 mL de fenol a 5%, 10 mL de ácido acético glacial e 10 mL de formaldeído a 37%; c) Deixar em repouso por no mínimo 24 horas antes de utilizar esta solução na coloração das lâminas; d) Com o uso de espátulas ou de lâmina limpa, raspar a face interna da bochecha. Desprezar este primeiro raspado e em seguida raspar novamente; e) Espalhar o material sobre lâminas limpas. Deixar secar; f) Hidratar primeiramente em álcool 70% por 5 minutos, em seguida em água destilada por 8 minutos: g) Corar durante 15 minutos na solução preparada a partir da solução estoque; h) Desidratar em álcool 95% e álcool absoluto, com uma passagem rápida em ambos. 35 RESULTADOS a) Observar a lâmina em microscópio óptico, com objetiva de imersão. b) Faça um esquema de uma célula de mucosa oral com cromatina sexual. DISCUSSÃO 1. Qual o significado genético do corpúsculo de Barr? 2. O que você pode concluir dos seguintes dados: a) indivíduos com 47 cromossomos e que não apresentam corpúsculo de Barr. b) indivíduos com 47 cromossomos e que apresentam corpúsculo de Barr. 36 ANEXO - HLX INTRODUÇÃO A determinação do sexo entre os seres vivos pode se dar através de diferentes mecanismos de herança. Em certas espécies de animais e plantas, os indivíduos compartilham o mesmo conjunto de genes para determinação do sexo masculino e feminino. Em alguns casos, o que determina se um indivíduo será macho ou fêmea são as condições ambientais ou então a proporção herdada entre estes genes. Por exemplo, na orquídea Catasetum fimbriatum, as plantas que crescem em locais ensolarados (e portanto, mais secos), desenvolvem flores femininas. Por outro lado, aquelas que crescem em locais sombreados (e portanto, mais úmidos), desenvolvem flores masculinas. Já em abelhas e formigas, as fêmeas são diplóides, isto é, apresentam dois conjuntos n de cromossomos (ou dois genomas) e surgem pela união de um óvulo com um espermatozóide, e os machos são haplóides e surgem por partenogênese. Em outros grupos de organismos, como na maioria das espécies vegetais e em peixes, os genes para determinação do sexo são encontrados em duas ou mais formas alélicas diferentes, onde uma delas determina o sexo masculino e a outra, o feminino. Sendo assim, o sexo nesses indivíduos é dado através de herança mendeliana simples. Em outros organismos, tais como os mamíferos, aves e répteis, além do conjunto cromossômico comum a machos e fêmeas, chamados de cromossomos autossômicos (A), existem um ou dois cromossomos (denominados de X e Y, ou Z e W) responsáveis direta ou indiretamente pela determinação do sexo nestes organismos. Nestes casos, um dos sexos é sempre portador de dois cromossomos sexuais homólogos (Ex: XX e ZZ) e sempre produzirá gametas idênticos quanto ao cromossomo sexual que recebem, sendo então chamados de SEXO HOMOGAMÉTICO. Já o outro sexo, terá dois cromossomos sexuais diferentes ou apenas um cromossomo sexual (Ex: XY, XO, ZW e ZO), logo eles originarão gametas diferentes com relação aos cromossomos sexuais que eles recebem e por isso eles são chamados de SEXO HETEROGAMÉTICO. A tabela a seguir mostra os diferentes sistemas de determinação do sexo através de cromossomos sexuais: SISTEMA GAMETAS M=♂ GAMETAS M=♀ SEXO OCORRÊNCIA XY (AX) (AY) (AX) (AAXX) = ♀ (AAXY) = ♂ XO (AX) ZW (AX) (AO) (AZ) ZO (AZ) (AAXX) = ♀ (AAXO) = ♂ (AAZZ) = ♀ (AAZW) = ♂ (AAZZ) = ♀ (AAZO) = ♂ Mamíferos, alguns anfíbios (no gênero Axolot), em alguns vegetais (Ex.: Cannabis sativa) e na mosca das frutas (Drosophila melanogaster). Percevejos, baratas e ganfanhotos. (AZ) (AW) (AZ) (AO) Aves, borboletas, mariposas, traças e em alguns peixes. Répteis. O termo herança ligada ao sexo geralmente se refere ao mecanismo de herança dos genes encontrados no cromossomo X. Como nesta situação, os genes recessivos se manifestam nos machos em dose simples, isto é, em hemizigose. Nas fêmeas é necessário estarem em homozigose, devido à presença de dois cromossomos X. A herança desses genes é também conhecida como herança cruzada, pois dependendo do tipo de cruzamento, a característica da mãe se manifestará nos filhos, enquanto que as filhas serão fenotipicamente iguais ao pai. Nas células diplóides de Drosophila melanogaster são encontrados oito cromossomos. Dos quatro pares que se formam na meiose, três serão comuns às células dos machos e fêmeas (autossomos). O quarto par é denominado de par sexual que nas fêmeas é constituído por dois cromossomos X e nos machos por um cromossomo X e um Y, ambos bastante diferentes na sua morfologia. O objetivo deste capítulo é realizar experimentos utilizando o gene white (que determina cor de olhoi branca) e seu alelo selvagem (cor de olho vermelho) que, em Drosophila melanogaster, está localizado na região não homóloga do cromossomo X, para verificar como se dá o mecanismo de herança ligada ao sexo. Para atingir os objetivos desta prática, o aluno deverá ser capaz de identificar machos e fêmeas, distinguir as 37 linhagens, realizar cruzamentos, coletar dados e fazer uma análise estatística (teste do Qui-quadrado) para verificar se a segregação destes caracteres está de acordo ou não com o preconizado pela Herança Ligada ao Sexo. 38 ATIVIDADE 12 LIMIAR GUSTATIVO AO PTC (FENILTIOCARBOMIDA) INTRODUCÃO Em 1931, ao manipular a substância feniltiocarbamida (PTC), o químico norte-americano Fox espalhou acidentalmente cristais deste composto no laboratório. Ao levar, distraidamente a mão à boca, sentiu imediatamente um forte gosto amargo, gosto este que, curiosamente, não era compartilhado por seu assistente. Intrigado, submeteu outras pessoas a prova e percebeu que existiam diferenças individuais na capacidade de sentir o gosto desta substância. Quando muitos indivíduos são testados com soluções de diferentes concentrações de PTC, verificase que eles se distribuem em dois fenótipos distintos: sensíveis e insensíveis. Porém, essa distinção não é absoluta, visto que a sensibilidade gustativa a esta substância apresenta uma grande variação mostrando dois picos, um para os indivíduos sensíveis e outro para os insensíveis. A herança à sensibilidade ao PTC é determinada por um único par de genes alelos (T e t) de modo que as pessoas sensíveis possuem o genótipo TT ou Tt e, as insensíveis, tt. Acredita-se que as diferenças no grau de sensibilidade ao PTC dependem, provavelmente, de genes modificadores. O objetivo deste capítulo é determinar o limiar de sensibilidade gustativa dos indivíduos ao PTC, através da utilização de soluções com diferentes concentrações desta substância. MATERIAIS • • • • • 16 frascos escuros de 1 litro 16 frascos pequenos pequenos (cerca de 10 mL) com conta gotas 2,6 g de PTC Etiquetas auto-adesivas Água fervida e água da torneira PROCEDIMENTOS a) Dissolver 2,6g de PTC em dois litros de água fervida e resfriada (solução mãe). Esperar 3 dias para uma completa dissolução; b) Separar litro da solução mãe e etiquetar com o nº 1; c) Misturar ao litro restante da solução de PTC 1 litro água fervida e resfriada. Separar 1 litro e etiquetar com o nº 2; d) Misturar ao litro restante de PTC, 1 litro de água fervida e resfriada. Separar 1 litro e etiquetar com o número nº 3; e) Proceder da mesma maneira para as soluções 4 a 15; f) Colocar no frasco 16, água da torneira e etiquetar com o nº 16; g) Guardar todas as soluções em um ambiente escuro; h) Montar todas as baterias com as soluções de 1 a 16, em pequenos frascos com conta-gotas e identificálos, como feito com os frascos maiores; i) Pingar 2 gotas de solução nº. 15 sobre a parte posterior da língua de um aluno; j) Anotar se ele sente ou não o gosto amargo; k) Seguir o mesmo procedimento para com as demais soluções, em ornem decrescente, até o aluno sentir o gosto amargo, tendo o cuidado de lavar a boca com água do frasco nº 16 após cada teste; 39 l) Em caso de dúvida com relação ao sabor amargo ou não de uma determinada solução, repetir o teste com ela. RESULTADOS a) Com os dados coletados no grupo, preencher as tabelas abaixo: b) Com base nos dados desta tabela construir um gráfico de distribuição de frequência (de colunas ou de linhas) com os diferentes limiares gustativos no eixo de x. Limiar Gustativo Número de indivíduos Homens Mulheres Porcentagem Homens Mulheres Porcentagem total 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Total Total de sensíveis Total de insensíveis Porcentagem dos sensíveis Porcentagem dos insensíveis Homens Mulheres Total DISCUSSÃO a) Determinar se o limiar gustativo ao PTC em pessoas sensíveis e insensíveis, segundo as soluções trabalhadas, realmente varia de pessoa para pessoa. b) É possível observar alguma diferença quanto a sensibilidade ao PTC entre indivíduos de sexo feminino e masculino? c) A distribuição quanto a sensibilidade/insensibilidade ao PTC é uniforme ou existe algumas soluções que agrupam um maior número de indivíduos sensíveis e insensíveis? d) Com base nas tabelas e no gráfico de distribuição de frequência, determinar a solução a partir da qual se pode diferenciar as pessoas sensíveis das insensíveis ao PTC. 40 ATIVIDADE 13 ANÁLISE DE LIGAÇÃO INTRODUÇÃO Em todas as espécies de animais e plantas, o número de cromossomos que eles possuem é sempre menor que o de genes detectados através de estudos genéticos. Desse modo, é possível afirmar que cada cromossomo transporta mais de um gene, constituindo assim um conjunto denominado grupo de ligação gênica (ou grupo de "linkage"). Durante a meiose, cada grupo de ligação se comporta como um único gene, não ocorrendo entre os mesmos segregação independente. Este grupo pode ser desfeito e novas combinações gênicas podem ser produzidas por um fenômeno biológico denominado permuta ou "crossingover". A freqüência de uma permuta é inversamente proporcional à distância existente entre dois genes. Assim, dois genes que apresentam uma freqüência baixa de recombinação estarão mais próximos entre si do que dois outros genes que apresentam uma alta freqüência de recombinação. Determinando-se a freqüência de recombinação entre vários genes de um mesmo grupo de ligação podemos construir um mapa mostrando as distâncias e a seqüência em que os genes se encontram dispostos ao longo deste cromossomo. Os primeiros estudos em que se detectou o fenômeno de ligação aconteceram no início deste século. Estes experimentos mostravam desvios nas proporções fenotípicas esperadas na geração F2 em cruzamentos envolvendo dois caracteres. Coube a T. H. Morgan em 1911, sugerir o mecanismo de ligação para explicar os desvios nas proporções genotípicas de F2 observados em seus experimentos com Drosophila melanogaster. Tendo em vista que este díptero constitui um ótimo material de estudo de ligação, convém ressaltar que, em D. melanogaster, ao contrário da maioria dos organismos de reprodução sexuada, a permuta ocorre apenas nas fêmeas. Sendo assim, nos machos, os genes localizados em um mesmo cromossomo apresentam ligação completa. O objetivo deste capítulo é estabelecer a seqüência e a distância entre os genes scute (determina apenas duas ou nenhuma cerda no escutelo ), crossveinless (determina a ausência de veias transversais na asa) e forked (determina cerdas grossas e bifurcadas) de D. melanogaster bem como testar estatisticamente a hipótese de ligação entre eles. MATERIAIS a) Frascos de 250 mL com meio de cultura b) Fêmeas virgens da linhagem scute, crossveinless e forked. c) Machos da linhagem selvagem d) Eterizador, reeterizador, caneta para escrever em vidro ou etiquetas, pincel e placa de contagem PROCEDIMENTOS Para o estudo destes materiais, é preciso adotar os seguintes procedimentos: a) OBTENÇÃO DA GERAÇÃO F1 1) Selecionar os progenitores que serão cruzados (homozigotos para o caráter a ser estudado), tomando-se o cuidado de se trabalhar com fêmeas virgens; 2) Colocar em um frasco de cultura 10 fêmeas da linhagem scute, crossveinless e forked e 10 machos da linhagem selvagem para estes caracteres. 41 Observações: • • • • • • Observar diariamente os vidros onde essas moscas estão sendo mantidas; Anotar todos os dados relevantes que ocorrem ao longo do experimento; Adicionar fermento ao meio somente quando surgirem as primeiras larvas; Eliminar os pais dois dias após o aparecimento das primeiras pupas; . notar as características fenotípicas (sexo. presença/ausência de veias transversais. presença/ ausência de cerdas no escutelo e presença/ausência de cerdas grossas e bifurcadas) de todas as moscas que surgirem dentro de um prazo máximo de 10 dias; Eliminar as moscas que já foram analisadas. b) OBTENÇÃO DA GERAÇÃO F2 01. 02. 03. 04. Quando iniciar o nascimento das primeiras moscas F1, separar 10 fêmeas (virgens) e 10 machos; Anotar as características fenotípicas destas moscas; Transferir estes animais para novo frasco de cultura. Estas moscas serão os progenitores da geração F2; Anotar no vidro o tipo de cruzamento (entre indivíduos F1 ou simplesmente Fl x F1) e o fenótipo dos progenitores; 05. Seguir as mesmas observações feitas para obtenção da geração F1; 06. Anotar as características fenotípicas de pelo menos 200 moscas F2. RESULTADOS a) Resumir os resultados obtidos na análise fenotípica das moscas, de acordo com a tabela abaixo: Geração Fenótipos Número de indivíduos F1 F2 Total b) Após a coleta de todos os dados realizar uma análise estatística, através do teste de Qui-Quadrado, para se verificar se eles se comportam como caracteres ligados ou se apresentam segregação independente. 42 Teste de Qui-Quadrado para o experimento: Fenótipos da geração F2 Freq. (absoluta) Observada Freq.Esperada (absoluta) (FO - FE)2/FE Σ x2 DISCUSSÃO 01. As proporções fenotípicas encontradas em F2 estão de acordo com o esperado para genes ligados? 02. Determine a ordem destes genes no cromossomo, a distância entre eles, bem como o coeficiente de coincidência e a interferência. 03. Considere a seguinte situação: dois loci A/a e D/d são tão fortemente ligados que nunca se obserevou nenhum recombinante. Caso um indivíduo Ad/As for cruzado com um aD/aD, quais fenótipos serão vistos na F2 e em que proporções? 04. Uma planta com o genótipo AB/ab é cruzada com uma ab/ab. Se os dois locos estão a 10 u.m. de distância, que proporção da prole será AB/ab? 43 QUESTÕES - LIGAÇÃO GÊNICA 01. (Fuvest-SP) O cruzamento AABb x aabb produziu a seguinte descendência: genótipos: AaBb, aaBb, Aabb; aabb freqüências: 48%, 2%, 2%, 48% a) Qual a distância entre os genes em questão, em unidades de recombinação? b) Qual a posição dos genes nos cromossomos do heterozigoto utilizado no cruzamento? 2. (PUC-SP) Considerando o cruzamento AaBb x aabb, demonstre o resultado genotípico com as respectivas freqüências, supondo a ocorrência de: a) segregação independente; b) ligação completa (linkage), considerando os genes A e B localizados no mesmo cromossomo. 3. (FEI-SP) Analise os resultados obtidos nos dois cruzamentos abaixo e responda: 1º) P __ AaBb x aabb F1 __ AaBb = 350 Aabb = 346 aaBb = 352 aabb = 349 2º) P __ AaBb x aabb F1 __ AaBb = 42 Aabb = 160 aaBb = 168 aabb = 40 a) Em qual dos dois cruzamentos ocorreu distribuição independente dos genes, obedecendo à segunda lei de Mendel? b) Qual a freqüência de crossing no cruzamento onde dois pares de genes alelos ocupavam o mesmo par de cromossomos homólogos? 4. (Unicamp-SP) Um cruzamento entre uma fêmea heterozigota para dois pares de genes (AaBb) e um macho homozigoto (aabb) resultou na seguinte descendência: AaBb Aabb aaBb aabb. Foi observado, também, que todas as classes acima apareceram na mesma freqüência (25%), tanto entre os machos como entre as fêmeas. Considerando que há interesse em determinar se existe. ou não, ligação entre os genes estudados. explique qual seria a informação que esse cruzamento fornece. Balophus minhoquensis é uma espécie hipotética de animal que habita certas praias de ilhas tropicais. Em certas ilhas, estes animais apresentam corpo redondo, cauda longa e fina e orelhas longas e pontiagudas, sendo denominados variedade A. Em outras ilhas, os animais apresentam corpo alongado, cauda fina e grossa e orelhas curtas e arredondadas, sendo denominados variedade B. 44 05. Um cientista, interessado no mecanismo de herança da forma de cauda desses animais, cruzou exemplares da variedade A com outros da variedade B. Todos os descendentes de tal cruzamento apresentaram cauda longa e fina, do mesmo tipo que indivíduos da variedade A. O cruzamento dos híbridos entre si resultou em uma geração F2 composta por oitocentos indivíduos, dos quais 580 apresentaram cauda longa e fina e 220 apresentaram cauda curta e grossa como a dos indivíduos da variedade B. Com base nos resultados apresentados é possível se estabelecer o mecanismo de herança da forma da cauda em Balophus minhoquensis? Caso sua resposta seja afirmativa, determine o mecanismo. 6. A análise dos híbridos F1 mencionada no exercício anterior mostrou que todos eles apresentaram corpo alongado. Dentre os oitocentos indivíduos F2 obtidos, 610 apresentaram corpo alongado e 190 apresentaram corpo arredondado. Determine o mecanismo de herança da forma do corpo em Balophus minhoquensis. 7. Foi analisado também. no experimento mencionado, o caráter forma da orelha. Verificou-se que todos os F1 obtidos no cruzamento de indivíduos da variedade A com indivíduos da variedade B apresentaram orelhas curtas e arredondadas. Dos oitocentos descendentes obtidos no cruzamento dos F1 entre si, seiscentos apresentaram orelhas curtas e arredondadas e duzentos as apresentaram longas e pontiagudas. Determine o mecanismo de herança da forma da orelha em Balophus minhoquensis. 8. Foi ana1isada em Ba1ophus minhoquensis a herança simultânea dos caracteres forma da cauda e forma do corpo. Nessa análise, indivíduos F1, resultantes do cruzamento entre indivíduos da variedade A e indivíduos da variedade B e que apresentavam, portanto, cauda fina e longa e corpo alongado foram cruzados com indivíduos duplo-recessivos que apresentavam cauda curta e grossa e corpo redondo. Desse cruzamento resultou uma prole de quatrocentos indivíduos, constituída por: 97 indivíduos com cauda fina e longa e corpo alongado; cem indivíduos com cauda fina e longa e corpo redondo; 105 indivíduos com cauda grossa e curta e corpo alongado; 98 indivíduos com cauda grossa e curta e corpo redondo. A herança desses dois caracteres segue a lei da segregação independente? Justifique sua resposta. 9. Foi analisada também a herança simultânea dos caracteres forma da orelha e forma do corpo. Nessa análise. indivíduos F1 resultantes do cruzamento entre indivíduos da variedade A e indivíduos da variedade B e que apresentavam, portanto. orelhas curtas e arredondadas e corpo alongado foram cruzados com indivíduos duplo-recessivos que apresentavam orelhas longas e pontiagudas e corpo redondo. Desse cruzamento resultou uma prole de oitocentos indivíduos constituída por: 202 indivíduos com orelhas curtas e arredondadas e corpo alongado; duzentos indivíduos com orelhas curtas e arredondadas e corpo redondo; 205 indivíduos com orelhas longas e pontiagudas e corpo alongado; 193 indivíduos com orelhas longas e pontiagudas e corpo redondo. A herança desses dois caracteres segue a segunda lei de Mendel? Justifique sua resposta. 10. Foram realizados também experimentos para se estudar a herança simultânea dos caracteres forma da cauda e forma da orelha. Nesse caso, indivíduos F1 resultantes do cruzamento entre indivíduos da variedade A e indivíduos da variedade B e que, portanto, apresentavam orelhas curtas e arredondadas e cauda longa e fina foram cruzados com indivíduos duplo-recessivos que apresentavam orelhas longas e pontiagudas e cauda curta e grossa. Desse cruzamento resultou uma prole de 1.200 indivíduos constituída por: 484 indivíduos com cauda longa e fina e orelhas longas e pontiagudas; 476 indivíduos com cauda curta e grossa e orelhas curtas e arredondadas; 120 indivíduos com cauda longa e fina e orelhas curtas e arredondadas; 120 indivíduos com cauda curta e grossa e orelhas longas e pontiagudas. A herança desses dois caracteres segue a segunda lei de Mendel? Justifique sua resposta. Que tipo de 45 fenômeno está ocorrendo nesse caso? É possível, com base nos dados apresentados, determinar a distância relativa entre os dois genes em questão? Em caso de resposta afirmativa, qual é essa distância? 11. Em coelhos, o gene que condiciona pelagem manchada é dominante sobre seu alelo que condiciona pelagem de coloração homogênea. Da mesma forma. o gene que condiciona pêlo curto é dominante sobre o alelo que condiciona pêlo longo (tipo angorá). Coelhos de uma linhagem apresentando pelagem manchada e pêlos curtos foram cruzados com indivíduos de uma linhagem de pelagem tipo angorá e coloração homogênea. Os F1 produzidos. apresentando todos pelagem manchada e pêlos curtos. foram cruzados com indivíduos de linhagem angorá e coloração homogênea. Nesse cruzamento foi obtido o seguinte resultado: Número de indivíduos Comprimento do pêlo Tipo de Coloração 68 Longo Manchada 431 Longo Homogênea 432 Curto Manchada 69 Curto Homogênea Com bases nesses resultados responda: a) Os genes em questão têm segregação independente? Justifique. b) Qual a porcentagem de recombinação entre os dois locos gênicos? 12. A distância entre os genes recessivos cinnabar (olho vermelho-vivo) e vestigial (asa reduzida) em Drosophila é 9,5 UR. Os alelos dominantes desses genes são respectivamente C (olho marromavermelhado) e V (asa normal), que chamaremos de selvagem. Ambos os genes são autossômicos. O cruzamento de fêmea selvagem (para ambas as características), duplo-heterozigota e de constituição trans com um macho de olho cinnabar e asa vestigial produziu 180 descendentes. a) Quantos desses 180 descendentes esperamos encontrar para cada fenótipo? b) Se cruzássemos uma fêmea selvagem (para ambas as características), filha do casal do item a desta questão, com um macho idêntico ao seu pai, obtendo trezentos descendentes, quantos esperaríamos encontrar para cada classe fenotípica? 46 ATIVIDADE 14 EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG INTRODUÇÃO O conhecimento da dinâmica dos genes e seu comportamento em populações é essencial para um bom entendimento de Evolução, de Melhoramento Genético, bem como de Genética Geral. Muito embora os princípios básicos da Genética de Populações sejam relativamente simples, a sua demonstração na prática é geralmente demorada, em virtude do espaço de tempo entre uma geração e outra. Para resolver esse problema, populações mendelianas podem ser simuladas no laboratório. Existem várias maneiras de se fazer essa simulação e um exemplo é apresentado a seguir. O objetivo deste capítulo é a utilização de um modelo (botões metálicos de pressão) para construir uma população, onde ocorre acasalamentos ao acaso, e a partir desta calcular freqüências gênicas e genotípicas e verificar se as freqüências obtidas estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg. MATERIAL a) Empregam-se botões metálicos de pressão, que se encaixam, podendo-se designar um tipo de masculino e outro de feminino. b) Esses botões são disponíveis nas cores branca e preta, sendo que essas cores representam os alelos de um loco. O de cor preta representa o alelo A1 e a cor branca o alelo A2. c) Deverão existir em disponibilidade cerca de 100 pares de botões para cada aluno, sendo 50 brancos e 50 pretos. d) Dois botões brancos unidos constituem um indivíduo homozigoto A1A1, dois botões pretos unidos constituem um indivíduo homozigoto A2A2 e um botão branco e um preto constitui um indivíduo heterozigoto A1A2. Cada botão representa um gameta. PROCEDIMENTO a) Construa uma população de 64 indivíduos, por exemplo, misturando ao acaso um certo número de indivíduos A1A1, outro número de indivíduos A1A2 e outro número de indivíduos A2A2. RESULTADOS a) Determine as freqüências gênicas e genotípicas na população escolhida. N= p= q= A1A1 = A1A2 = A2A2 = b) Determine as freqüências de indivíduos na população em equilíbrio de Hardy-Weinberg. 47 Tabela 1 - Frequências dos genótipos A1A1, A1A2, e A2A2 Genótipos A1A1 A1A2 A2A2 Soma Proporção Esperada proporção algébrica N Tabela 2 - Comparação das frequências esperadas no equilíbrio de Hardy-Weinberg com as frequências observadas. Genótipos A1A1 A1A2 A2A2 Freq. esperada Freq. observada (desvio)2/freq.esp. x2 = gl= Tabela 3 - Frequências de acaslamentos realizados ao acaso, com respectivas descendências para se obter a população da próxima geração. Acasalamento ♂ ♀ A1A1 x A1A1 A1A1 A1A1 A1A2 A1A2 A1A2 A2A2 A2A2 A2A2 x x x x x x x x A1A2 A2A2 A1A1 A1A2 A2A2 A1A1 A1A2 A2A2 Frequência dos acasalamentos Obs. Esp. Descendência por acasalamento A1A1A1A2A2A2 Descendência total esperada A1A1A1A2A2A2 Descendência total observada A1A1A1A2A2A2 d) Compare as frequências obtidas na nova geração, com as proporções esperadas no equilíbrio de HardyWeinberg. Tabela 4 - Comparação das frequências esperadas no equilíbrio de Hardy-Weinberg com as frequências observadas. Genótipos A1A1 A1A2 A2A2 Freq. Esperada Freq. Observad (desvio)2/freq.esp. x2 = gl = 48 DISCUSSÃO: 01. Observando os resultados obtidos acima, qual a conclusão com relação as fequências gênicas e genotípicas e o equilíbrio de Hardy-Weinberg? 02. Organize uma nova população com outras frequências, como por exemplo: 4 A1A1, 20 A1A2 e 40 A2A2. Calcule as frequências gênicas, verifique se a população está em equilíbrio de Hardy-Weinberg. 49 ATIVIDADE 15 CITOGENÉTICA DE PLANTAS INTRODUÇÃO Citogenética é uma ciência híbrida que combina citologia e genética. Esta ciência inclui manuseio dos cromossomos através da aplicação de técnicas de coloração, para a determinação do número e morfologia dos cromossomos (análise cariotípica) e para um melhor entendimento do processo de divisão celular (mitose, meiose) e das modificações ocorridas na estrutura e número dos cromossomos. Para estudos de comportamento e morfologia de cromossomos mitóticos e meióticos de plantas, não existe uma técnica geral que possa ser usada para todos os grupos de plantas. Por esta razão deve-se experimentar diferentes prétratamentos, fixadores, corantes e mesmo métodos de obtenção das preparações, adaptados para o estudo dos cromossomos de um grupo particular de plantas. O estudo da análise cromossômica é extremamente importante pois permite a caracterização de um cariótipo que em alguns grupos de plantas, pode ser usado na identificação de espécies. O objetivo deste capítulo é ensinar ao aluno a realizar coletas e tratamento de raízes de milho e cebola e usá-las para a obtenção de metáfases que poderão ser posteriormente utilizadas para a análise cariotípica. MATERIAIS a) b) c) d) e) Raízes de milho e cebola 8 hidroxiquinoliria 0,02 mol/L Colchicina 0,1% Carmin acético 1% Reativo de Schiff PROCEDIMENTO a) Coleta de raízes. As raízes são obtidas de sementes de milho, germinados em placa de Petri e de bulbos de cebola. As raízes devem ser coletadas quando estiverem com dois a três centímetros de comprimento; b) Pré-tratamento. A finalidade do pré-tratamento é interromper a divisão celular em metáfase. Para obtenção dos cromossomos de cebola as raízes são tratadas por colchicina 0,1% durante 4 horas. As raízes de milho são tratadas com 8-hidroxiquinolina 0,02 mol/L durante 4 horas. Após o pré-tratamento as raízes são fixadas etanol : ácido acético na proporção de 3 : 1 durante o período de 12:00 a 24:00 horas. Em seguida duas trocas de etanol 70% são feitas e o material mantido em geladeira. c) Coloração pelo Método de Feulgen Este método de coloração usa o reativo de Schiff preparado da seguinte forma: • 1 g fucsina básica • 3 g de metabissulfito de sódio • 30 mL de HCl 1N • 1 g de carvão ativado Adicione 200 mL de água de torneira em um becker e aqueça a 50°C. Adicione fucsina básica e agite. A seguir acrescente simultaneamente o metabissulfito de sódio e o HCl. Coloque a mistura em um frasco 50 escuro e deixar descansar no escuro durante no mínimo 12:00 horas. No dia seguinte acrescente o carvão ativado mexa por 1 minuto e filtre. O filtrado deve ficar incolor ao contrário, acrescente mais 1 grama de carvão e filtre novamente d) Preparação das lâminas 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. Coloque as raízes por 5 minutos em água destilada; Transfira as raízes para o NHCl a 60°C por 8 minutos; Coloque as raízes por 5 minutos em água destilada Coloque no reativo de Schiff por 1 hora; Lave as raízes em água de torneira até o líquido tornar-se claro; Coloque as raízes por 1-3 minutos em ácido acético 45%; Esmague as pontas de raiz sobre uma lâmina com uma ou duas gotas de carmin acético 1%; Aqueça a lâmina vagarosamente e evite ferver o corante; Pressione a lâmina e lamínula entre duas folhas de papel filtro; Observe ao microscópio. RESULTADOS a) O método de coloração utilizado foi eficiente? b) Foram obtidas metáfases com cromossomos sem sobreposição e com boa morfologia? c) Caso contrário, seria possível melhorar o espalhamento e a nitidez das figuras metafásicas? Como? DISCUSSÃO 01. 02. 03. 04. Qual a importância do fixador? Qual a diferença de ação entre a 8-hidroxiquinolina e colchicina? Como se dá a coloração dos cromossomos pelo reativo de Schiff? Como você usaria o conhecimento obtido nesta aula? 51