PÓS-GRADUAÇÃO PROJETO “AVEZ DO MESTRE” Um Estudo Sobre Redes de Computadores Por Angelo Ferreira Gomes Orientador Prof. Marco Antônio Chaves Rio de janeiro, RJ, agosto de 2001 PÓS-GRADUAÇÃO PROJETO “A VEZ DO MESTRE” Um Estudo Sobre Redes de Computadores Por Angelo Ferreira Gomes Trabalho Monográfico apresentado como requisito parcial para a obtenção do Grau de Especialista em Docência do Ensino Fundamental e do Grau Médio. Rio de Janeiro, RJ, agosto de 2001 DEDICATÓRIAS. Quero dedicar este trabalho, à minha esposa Kátia, que me cobrou a cada momento a qualidade deste trabalho. À meu filho Angelo, que faz a minha vida o mais colorida e agitada possível. AGRADECIMENTOS. Quero agradecer á todos aqueles que tornaram possível a execução deste trabalho: Aos mestres que me orientaram na sua elaboração, em especial, o mestre André Luiz Varella Neves, que me ensinou como preparar uma monografia de forma objetiva e com qualidade. SUMÁRIO RESUMO....................................................................... 05 INTRODUÇÃO............................................................. 06 CAPÍTULO I – Sistemas de Comunicação ................ 07 CAPÍTULO II – Definição do Espaço Físico ............. 10 CAPÍTULO III – Componentes Mínimos de uma Rede 11 CONCLUSÃO............................................................... 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................... 25 ANEXOS........................................................................ 26 RESUMO A montagem de uma rede de computadores requer algumas considerações durante a sua fase de planejamento e implantação que, se abandonadas, poderão prejudicar o bom funcionamento de toda a estrutura corporativa. Os problemas causados pelo mal planejamento de uma rede repercute no sistema de informação como falhas constantes na comunicação, perda de velocidade na conexão e o principal, erros na interpretação dos dados. Para que não aconteçam estes problemas, a empresa precisa contratar um profissional capaz de modelar uma estrutura de redes segura levando-se em consideração alguns pontos importantes como: ambiente, custos X benefícios, equipamentos e dispositivos de qualidade, bem como avaliar a aplicação desta rede nos “negócios” empresariais. O objetivo deste trabalho foi analisar a montagem de uma rede local, abordando os recursos técnicos necessários para que se possa estabelecer a conexão entre equipamentos de um mesmo ambiente de trabalho buscando evitar as falhas mais constantes ocorridas neste processo. Portanto, para que uma rede possa ser implementada com qualidade e segurança, partimos da hipótese que devemos em primeiro plano analisar o local de sua instalação, considerando os aspectos ambientais e estruturais, em segundo plano contratar pessoal qualificado para sua implantação, assim minimizando interconexão os problemas dos de distribuição e equipamentos. 6 INTRODUÇÃO Redes de computadores são um conjunto de máquinas, interligadas entre si, com o objetivo de trocar informações através de meios físicos ou não físicos de enlace. Um enlace físico é composto por transmissão de sinais via cabos de par trançado (blindados ou não), coaxiais ou fibras ópticas. Um enlace não físico é composto por transmissão de sinais por radio difusão e uso de links por satélite. As redes se apresentam em três categorias: as locais (Lan’s), as metropolitanas (Man’s) e as geograficamente distribuídas (Wan’s). As redes locais compreendem distâncias de alguns centímetros até 25 km e tem como característica básica ser de alta velocidade e normalmente ser de propriedade privada. As redes metropolitanas compreendem distâncias maiores que as locais, utilizam o modem – aparelho que liga o computador a rede telefônica – e tem as mesmas característica das redes locais. As redes geograficamente distribuídas são consideradas intercontinentais e normalmente é de propriedade publica. Um exemplo básico desta rede é a Internet. 7 I – SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO A comunicação é uma das necessidades primordiais da sociedade humana desde os primórdios de sua existência. Mas, os povos se espalharam por territórios cada vez mais distantes, o que dificultavam suas comunicações. Então, sistemas de comunicação de longa distância foram surgindo – como sinais de fumaça ou pombos-correio – proporcionando que uma mensagem pudesse ser lida por pessoas à longas distâncias. Outros sistemas foram surgindo e aprimorados com passar dos tempos e, em 1838, Samuel F. B. Morse desenvolve o telégrafo – que inicia uma nova época nas comunicações. Com mensagens codificadas em cadeias de símbolos binários, o telégrafo é adotado pela sociedade como uma tecnologia revolucionária – e o foi naquele período histórico – assim, proporcionando à todos uma forma mais rápida de se comunicarem. Na cadeia evolutiva do telégrafo vieram grandes sistemas de comunicação como o telefone, o rádio, a televisão e os computadores. “... A evolução no tratamento de informações não aconteceu somente na área da comunicação. Equipamentos para processamento e armazenagem de informações também foram alvo de grandes invenções ao longo do nosso desenvolvimento. A introdução de sistemas de computadores na década de 1950 foi, provavelmente, o maior avanço do século nesse sentido. 8 A conjunção destas duas tecnologias – comunicação e processamento de informações – veio revolucionar o mundo em que vivemos, abrindo as fronteiras com novas formas de comunicação, e permitindo maior eficácia dos sistemas computacionais...”.[Soares, Lemos e Colcher, 1995]1 Nos primórdios da informática, os computadores eram máquinas grandes e complexas, que demoravam muito para processar uma informação, dado que todo o processamento era feito job a job de acordo com a ordem em que eram submetidos. Na década de 60, alguns avanços tecnológicos possibilitaram o surgimento de terminais interativos, o que permitia aos usuários acesso ao computador central (mainframe) através de linhas de comunicação. Na década de 70, a industria da informática promove o surgimento dos minis e microcomputadores, mais baratos e com requisitos menos rígidos de temperatura e umidade. De fácil implantação, os sistemas locais apresentavam uma confiabilidade de processamento e agilidade nas respostas aos usuários. Assim, os sistemas centralizados de comunicação – onde o poder computacional estava em apenas uma máquina de grande porte – partia-se em direção à distribuição dos controles por diversas máquinas menores. Na década de 80, surge o conceito de conectividade, ou seja, além das máquinas que naturalmente evoluíram, também observou-se grande telecomunicações. 1 A evolução exploração no dos segmento das satélites para SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido. COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores das Lans, Mans e Wans às Redes ATM. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 3.p. 9 comunicação de dados foi amplamente viabilizada em função tanto do custo, como por parte dos benefícios que esta tecnologia propicia. Naquele momento, a informática passou a ser considerada como uma estratégia empresarial para ganhar o mercado consumidor. Na década de 90, a interconexão de redes foi o carro chefe das corporações que pretendiam estabelecer uma linha de comunicação direta com o seu consumidor e estar sempre à frente da concorrência. A Internet “explode” como meio de comunicação de massa e as redes locais expandem-se dentro das organizações – pelo poder de processamento, pelo baixo custo de implantação e pela economia de espaço físico. 10 II – DEFINIÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO Para Defler [1993], o espaço físico é o primeiro fator importante para a montagem de uma rede de computadores. O projetista da rede deverá analisar a estrutura ambiental – espaço físico, refrigeração, corrente elétrica e hidráulica – a fim de se estabelecer uma diretriz de implantação de uma determinada topologia. A escolha de uma determinada topologia depende de diversos fatores. Não existe no entanto uma regra geral para a implementação de uma ou outra topologia. A situação deve ser analisada sob diversos ângulos, tais como economia, desempenho, local físico, quantidade de computadores a serem colocados em rede, tipo de rede a ser implantada (ponto-a-ponto ou baseada em servidor), etc. O tipo de topologia mais instalado atualmente em pequenas e médias empresas é o de Barramento Estrela, pois permite o crescimento da rede baseado na utilização de hubs – equipamento que interliga os computadores de uma mesma rede local. Pequenas redes de 5 até 10 computadores podem utilizar a topologia de barramento, pois é mais econômica. Já grandes redes corporativas ou científicas muitas vezes utilizam a topologia de anel. A instalação, custo e confiabilidade são três fatores determinantes na escolha da topologia. A mão-de-obra e o custo de cabeamento ainda são o grande custo na preparação de uma rede. Dependendo do local físico o cabeamento pode exigir até reformas, ocasionando custos ainda maiores. 11 III – COMPONENTES MÍNIMOS DE UMA REDE De acordo com Luiz Alves [1994,1992], para iniciarmos a montagem de uma rede são necessários alguns componentes mínimos de software e hardware. Componentes de Hardware Os componentes mínimos de hardware – parte tangível de um computador – para compor uma rede devem ser: a) Um computador para agir como servidor para servir os recursos que serão compartilhados. À medida que cresce o número de computadores em uma rede, cresce também o número de servidores para fornecer serviços aos usuários desta rede. Para dar suporte a estes usuários os servidores tiveram de se especializar. Existem diversos tipos de servidores: servidores de WEB, servidores de arquivos e impressão, servidores de comunicação ou de mensagens, servidores de FAX, servidores de aplicativos, servidores de serviços de diretórios. Os servidores de WEB, nesse momento, são os mais famosos, pois permitem que clientes da rede passem a utilizar os serviços disponíveis na Internet. É através de um servidor WEB que uma empresa publica mundialmente a sua "home page". Assim sendo, os servidores WEB se tornarão cada dia mais comuns, mais fáceis de serem instalados e de serem utilizados pelas empresas. Os servidores de arquivo e de impressão permitem que os clientes utilizem os recursos de acesso aos diretórios e 12 arquivos, proporcionando leitura e escrita de documentos, bem como a execução de programas. Permitem também aos clientes a utilização de impressoras localizadas remotamente em um ponto qualquer da rede. Os servidores de mensagens são um novo paradigma na área de informática. Os correios eletrônicos (e-mail) agilizaram o processo de comunicação entre as pessoas tanto nas redes internas quanto nas externas. Através do envio e recebimento de mensagens surgiram novas aplicações como as de fluxo de formulários (workflow computing) ou as de computação em grupo (workgroup computing). Os servidores de mensagem vêm permitindo que as empresas otimizem os processos, realizando a reengenharia destes processos. Os servidores de mensagens (messages servers) ganharam muita popularidade nas grandes empresas em função do uso do correio eletrônico pelos seus usuários (e-mail). Os servidores de banco de dados armazenam grandes quantidades de dados que encontram-se organizadas e estruturadas para atenderem o acesso feito pelos clientes. Em grandes empresas existe até um administrador de banco de dados treinado exclusivamente para cuidar da operação desse servidor. O sistema de gerenciamento de base de dados mais utilizado nesses casos é o SQL (Structured Query Language). Quando pesquisa-se a conta bancária, através de um terminal bancário, ou mesmo com um software de comunicação com o micro na sua casa, o acesso está sendo feito em um servidor de banco de dados que contém todas as contas bancárias do banco no qual você tem conta. 13 b) Um computador conhecido como Workstation ou Cliente para acessar os recursos que serão compartilhados. Estes computadores não necessariamente precisam ser da mesma configuração, bastando apenas terem uma placa de rede compatível e uma aplicação de rede comum ao ambiente de desenvolvimento. c) Uma placa adaptadora de rede em cada um dos computadores. Uma placa de rede fica instalada em um slot da placa mãe do computador e é chamada de placa de interface de rede ou NIC (Network Interface Card). Os cabos que interligam os computadores vão conectar-se a estas placas. Os dados trafegam em paralelo dentro de uma placa mãe através de canais chamados de barramentos. ISA, EISA e PCI são alguns barramentos padrões de mercado. A evolução do computador permitiu que fossem utilizados diferentes tipos de barramentos em uma única placa mãe. É comum encontrar em uma mesma placa slots ISA e PCI. Ao escolher uma placa de rede é preciso observar o tipo de barramento de seu computador, bem como os slots que se encontram disponíveis, antes de comprar a placa. É aconselhável, por questões de performance, a escolha da placa de rede com o barramento PCI. Para conectar-se aos cabos, a placa de rede oferece uma interface ou conector, que fica localizado na parte de trás. Algumas placas de rede podem possuir mais de um conector – 14 AUI, coaxial BNC e RJ-45 . Esses conectores são auto configuráveis; basta “plugar” o cabo de rede e sua conexão física estará estabelecida. d) Um cabo para conectar os computadores. Os cabos conectam-se a uma placa de rede através de um transceptor. O transceptor é um dispositivo que recebe e transmite os sinais para o cabo. Um transceptor interno é localizado no cartão adaptador de rede, para cada tipo de conector (RJ-45 e BNC). O AUI normalmente utiliza transceptores externos. Para conectar os computadores em rede a indústria de LAN utiliza três tipos de cabos: coaxial, par-trançado ou fibra óptica. O cabo coaxial é constituído por um plástico protetor externo. Logo após recebe uma malha ou blindagem de cobre ou alumínio, em seguida possui um isolante de PVC (tipo de plástico) ou Teflon, e apresenta o seu núcleo de cobre. Cada elemento que compõe o cabo tem uma função. O núcleo obviamente transporta os sinais elétricos, ou dados. O PVC ou Teflon protege o cabo evitando que quebre. A malha evita que o cabo receba interferências elétricas e que o seu sinal disperse. Finalmente, externamente ao cabo existe uma proteção de borracha ou plástico, permitindo que seu manuseio seja simplificado. Encontramos dois tipo de cabos coaxiais no mercado: o fino ou Thinnet – o mais usado – e o grosso ou Thicknet. 15 O cabo de par trançado (twisted-pair) pode ser de dois tipos: UTP - Par trançado não blindado (UTP - Unshielded Twisted-Par) e STP - Par trançado blindado (STP - Shielded Twisted-Par). Este nome vem da observação que os fios vem aos pares e ainda trançados, ou torcidos uns aos outros. Dois filamentos de cobre revestidos e torcidos compõem um cabo de par trançado rudimentar. Quando agrupam-se alguns pares, tem-se um cabo mais consistente e com capacidade de transportar mais dados. Os cabos mais usuais utilizam quatro pares trançados. Assim, evitar-se a diafonia – linha cruzada – e elimina as fontes de ruídos como motores e transformadores. Existem padrões de par trançado que exigem um certo número de torções por metro de cabo. A fibra óptica representa a mais nova tecnologia de cabeamento para rede. Foi desenvolvida para a indústria de telefonia e posteriormente portada para ser utilizada também em computadores. A fibra óptica oferece possibilidades sem fim para uso em comunicação. Imagine um único cabo que transporta voz, dados e vídeo à velocidade da luz. As fibras ópticas podem transferir dados com taxas entre 100 Mbps (mega bits por segundo) até 200.000 Mbps. Imagine o que isso significa, se estamos, no momento com redes transportando apenas 10 Mbps. A fibra óptica não transporta sinais elétricos, e sim pulsos modulados de luz, representando sinais digitais. O sinal na fibra óptica não sofre dos problemas de atenuação e 16 diafonia. Ela é totalmente isenta de interferências elétricas. Pode ser utilizada perto de motores, relés, embaixo de pontes, em forros de casas, que mesmo assim não terá problemas com ruídos. Um segmento de cabo de fibra óptica pode ter até 2 Km. O cabo de fibra óptica é constituído por uma camada protetora externa, normalmente de PVC ou Teflon (mesmo material utilizado para os cabos coaxiais). Imediatamente após esta camada protetora aparecem as fibras de Kevlar, muito firmes e fortes, que se parecem com fios de ouro bem fininhos. Logo em seguida tem-se uma camada de plástico que circunda cada filamento de vidro. No centro fica então a fibra óptica que é um filamento de vidro. Sempre vão existir dois filamentos, um que transmite e outro que recebe. O tamanho da fibra varia entre 62.5 e 100 microns, sendo a de 62.5 microns a mais comum. Semelhante ao cabo coaxial, tem-se no final da fibra óptica um terminador, chamado de conector ST, que é utilizado na maior parte das aplicações comerciais. Da mesma forma que adquire-se kits para a crimpagem de conectores BNC ou RJ-45, existem também kits de montagem de cabos de fibra óptica, mas custam bem mais caro. As lojas especializadas comercializam além dos kits, os cabos, mas além de ser muito mais caros exigem ainda conhecimentos especializados para realizar a instalação. e) Equipamentos especiais Alguns equipamentos especiais auxiliam na estrutura de uma rede e possibilitam uma flexibilidade na organização 17 física e lógica, proporcionando um aumento do poder de comunicação e confiabilidade na troca de mensagens entre as estações. São considerados equipamentos especiais: o HUB, Switches e Roteadores. Hubs são equipamentos usados para conferir uma maior flexibilidade a LANs (redes locais) Ethernet e são utilizados para conectar os equipamentos que compõem a LAN. O Hub é basicamente um pólo concentrador de fiação, e cada equipamento conectado a ele fica num seguimento próprio. Por isso, isoladamente um hub não pode ser considerado como um equipamento de interconexão de redes, ao menos que tenha sua função associada a outros equipamentos, como repetidores. Com o uso de hubs o gerenciamento da rede é favorecido e a solução de problemas facilitada, uma vez que o defeito fica isolado no segmento da rede, bem como facilita muito a inserção de novas estações em uma LAN. Quando acontece de ocorrer muitas colisões, o hub permite isolar automaticamente qualquer porta (autopartição do segmento). Quando a transmissão do primeiro pacote é satisfatória, o hub faz uma reconfiguração automática do segmento. Os hubs mais comuns são os hubs Ethernet 10BaseT (conectores RJ-45) e eventualmente são parte integrante de bridges e roteadores. Uma rede hub (núcleos) usa um cabo principal como a rede bus, que é denominado de backplane. Desse backplane saem cabos que se conectam aos hubs. Um hub é uma caixa 18 contendo diversas portas nas quais as máquinas da rede serão ligadas. Os cabos que vão até os núcleos de conexão (hubs) são chamados de drops. O Switch é um equipamento similar ao HUB porém com alta capacidade interna de processamento e armazenamento dinâmico de pacotes que possibilita uma interligação inteligente entre estações na rede local/remota evitando perdas de pacotes de dados e de tempo por colisão entre os mesmos e, consequentemente, por demanda de retransmissão. Este equipamento poderia ser considerado uma função matemática de “entra, guarda, processa e sai” e apesar do aparente acréscimo de passos de processamento é um diferencial que virtualmente elimina a necessidade de se transmitir novamente pelas estações da rede local/remota, aumentando em várias vezes o desempenho geral da rede quando aplicado de forma correta no local apropriado. De acordo com Soares, Lemos e Colcher [1995], poderíamos comparar hubs e Switches usando como exemplo os caixas de um banco qualquer: • A porta de um hub seria o caixa de uma fila normal onde as pessoal personificariam os pacotes enfileirados esperando seu atendimento e, não importante que outras caixas ao lado se disponibilizassem, todos com medo de perder o lugar permaneceriam aguardando a vez. • O Switch inteiro seria a fila única inteligente processada por “chips” rápidos e especiais tipo ASIC ou do tipo RISC pois onde houvesse um caixa (ou uma porta) 19 disponível o cliente (ou o pacote) seria imediatamente para ele encaminhado. A palavra Switch significa trocar ou comutar, donde este dispositivo troca ou comuta pacotes de dados de uma porta ocupada para uma vazia alterando seus trajetos e lançando mão para tanto de sua capacidade de processamento e memória principal. O Roteador é responsável pela interligação entre redes LAN atuando nas camadas 1, 2 e 3 do modelo ISO/OSI. Usando protocolos de comunicação standard como TCP/IP, SPX/IPX, Appletalk, etc, o roteador permite que máquinas de uma dada rede LAN comuniquem-se com máquinas de outra rede LAN remota, como se as redes LAN fossem uma só. Os roteadores são plataformas de transmissão de dados altamente automatizadas. Eles lêem o pacote de dados (data packet), retiram o seu envelope digital Ethernet ou TokenRing, empacotam em outro pacote para ser enviado através de uma conexão e controlam seu percurso. O roteador deve estar programado para ler vários protocolos de um chassi no roteador corporativo, de modo que seja possível alterar os módulos para atender às suas necessidades, no entanto, a economia de um gabinete simples o torna obrigatório para os roteadores remotos ou de pequenos escritórios. Componentes de Software Os componentes mínimos de software – os programas – para compor uma rede devem ser: 20 a) Um sistema operacional de rede (como Windows 9.x, Windows NT ou Novell). Usuários comunicam-se com seus computadores através da Interface gráfica. Um sistema operacional de rede é a forma com que computadores comunicam-se através da rede. Toda a comunicação entre usuários em uma rede é feita através da interface gráfica do sistema operacional que está sendo utilizado, por isso a forma de se comunicar depende exclusivamente do tipo de sistema operacional. Recursos, servidores, clientes, dados, impressoras e cabos são ingredientes comuns em todas as redes. No entanto, nem todas as redes são iguais na forma como as pessoas se comunicam com elas. As redes atuais, em geral, podem ser divididas em duas categorias: Redes Par-a-Par (peer-to-peer network) e Redes baseadas em servidor (server-based network) A distinção entre elas se faz importante porque a implementação de um modelo ou de outro pode alterar profundamente a forma como a rede é gerenciada, controlada e administrada. Peer-to-Peer é o termo em inglês para se referir a redes Par-a-Par. Ele é traduzido incorretamente para o português como ponto-a-ponto, e é utilizado com mais freqüência que o termo Par-a-Par. Em uma rede Par-a-Par um computador pode agir tanto como cliente quanto como servidor. Quer dizer que todos os computadores são, de certa forma iguais. Não iguais do ponto de vista de performance ou de hardware, mas iguais na maneira como se comunicam e se relacionam na rede, e desta forma são tratados aos pares. Assim, cada computador 21 na rede tem a sua própria autonomia. Ele pode compartilhar os recursos que possui e nesse caso ele age como um servidor, e pode também obter ou acessar recursos de outros computadores, agindo como um cliente. O cliente pede e o servidor serve. Em um sistema cliente/servidor, a rede possui computadores dedicados a tarefas específicas para atender aos seus clientes. Esses computadores dedicados são chamados servidores. Um serviço é uma tarefa que um servidor realiza a todo instante para atender ao seu cliente. Servidores dedicados são computadores que essencialmente executam uma série de serviços. Por exemplo, os sistemas operacionais dos primeiros servidores de rede apenas executavam serviços de compartilhamento de dados ou de impressora, permitindo que seus clientes utilizassem esses recursos. A quantidade de tarefas a ser realizada por servidores em uma rede cresceu tanto, que atualmente é quase impossível executar todos os serviços de uma rede em um único computador. Daí o conceito de cliente/servidor, onde os serviços são distribuídos em vários servidores para serem utilizados por diversos clientes. O processamento é distribuído em uma rede cliente/servidor. Distribuído muitas vezes até entre os próprios clientes, mas certamente entre diversos servidores através de serviços. A tela mostra alguns serviços realizados em um computador Windows NT, que é um sistema operacional para redes baseadas em servidor, ou um sistema operacional cliente/servidor. 22 b) Um protocolo de rede comum entre as máquinas (como NetBEUI, IPX/SPX ou TCP/IP). “...Cada camada (ou nível) deve ser pensada como um programa ou processo, implementado por hardware ou software, que se comunica com o processo correspondente na outra máquina. As regras que governam a conversação de um nível N qualquer são chamados de protocolo de nível N...” [Soares, Lemos e Colcher, 1995]2 Os protocolos são padrões que definem a forma de comunicação entre dois computadores e seus programas. O protocolo NetBEUI foi desenvolvido pela Microsoft para redes locais, o IPX/SPX foi desenvolvido pela Novell também para redes locais e o TCP/IP desenvolvido pelo U.S. Departament of Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) é um protocolo que surgiu a partir da necessidade de interconectar uma grande quantidade de sistemas de computadores e várias organizações militares dispersas. Sendo que, a partir de 1990, com a adoção do NSFNET como backbone principal das redes para a Internet, o protocolo foi padronizado definitivamente. Na verdade, o TCP/IP é considerado uma suíte de protocolos. Dentro dele existe mais de 10 protocolos distintos. Cada protocolo tem funções diferentes, vantagens e desvantagens, restrições e a sua escolha para implementação na rede depende ainda de uma série de fatores. Quando se implanta uma rede local baseada no sistema operacional Windows, o protocolo padrão é o NetBEUI. Se 2 SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido. COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores das Lans, Mans e Wans às Redes ATM. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 121. p. 23 esta rede tiver acesso à Internet, o outro protocolo necessário a ser instalado é o TCP/IP. Quando se implanta uma rede local baseada no sistema operacional Novell, o protocolo padrão é o IPX/SPX e a ligação para Internet segue o protocolo transcrito acima. c) Aplicações que sejam compatíveis com o sistema operacional da rede, para permitir a comunicação (programas de correio eletrônico, gerenciamento de arquivos, etc.) Um exemplo fácil de aplicação para uma rede são os correios eletrônicos. “...Na prática, os maiores benefícios obtidos a partir do uso do correio eletrônico são a eliminação quase total do congestionamento das linhas telefônicas e o fato de que as nossas equipes podem ignorar fusos horários e horários comerciais locais. Esses recursos contribuem em muito para melhorar a nossa produtividade individual e em grupo e para diminuir a frustração. Quanto maior o número de funcionários utilizando o correio eletrônico em uma empresa, que permite armazenar informações e apresentá-las quando o destinatário estiver pronto, menos elas serão controladas pelo recurso de comunicações em tempo real: o telefone...” [Frank J, Derfler, 1993]3 3 DEFLER, Frank J. Guia de Conectividade. Tradução por Insight Serviços de Informática. Rio de Janeiro: Campus, 1993. Tradução de: Guide to connectivity. 222.p. 24 CONCLUSÃO “...A escolha de um tipo de rede para dar suporte a um dado conjunto de aplicações é uma tarefa difícil. Cada arquitetura possui certas características que afetam sua adequação a uma aplicação em particular. Nenhuma solução pode chamar para si a classificação de ótima quando analisada em contexto geral, e até mesmo em particular. Muitos atributos entram em jogo, o que torna qualquer comparação bastante complexa. Esses, atributos dizem respeito ao custo, à confiabilidade, ao tempo de resposta, à velocidade, ao desempenho, modularidade, à facilidade à capacidade de de desenvolvimento, à reconfiguração, à complexidade lógica, à facilidade de uso, à disponibilidade, à facilidade de manutenção, à dispersão geográfica e a outros fatores não técnicos ou quase técnicos...” [Soares, Lemos e Colcher, 1995]4 Podemos concluir que para compor uma pequena rede, será preciso um certo conhecimento técnico para decidir qual será a melhor estrutura física, quais os melhores equipamentos ao alcance do cliente e o sistema gerencial adequado as necessidades corporativas de uma empresa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4 SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido. COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores das Lans, Mans e Wans às Redes ATM. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 12. p. 25 1– ALVES, Luiz. Comunicação de Dados. 2. ed. rev. amp. São Paulo: Makron Books, 1994, 1992. 2– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023. Referências Bibliográficas. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.9p. 3– _________________. NBR 10520. Apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro: ABNT, 1992. 2 p. 4– DEFLER, Frank J. Guia de Conectividade. Tradução por Insight Serviços de Informática. Rio de Janeiro: Campus, 1993. Tradução de: Guide to connectivity. 5– SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido. COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores das Lans, Mans e Wans às Redes ATM. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 26 ANEXOS