PÓS-GRADUAÇÃO
PROJETO “AVEZ DO MESTRE”
Um Estudo Sobre Redes de Computadores
Por
Angelo Ferreira Gomes
Orientador
Prof. Marco Antônio Chaves
Rio de janeiro, RJ, agosto de 2001
PÓS-GRADUAÇÃO
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
Um Estudo Sobre Redes de Computadores
Por
Angelo Ferreira Gomes
Trabalho Monográfico apresentado
como requisito parcial para a
obtenção do Grau de Especialista em
Docência do Ensino Fundamental e
do Grau Médio.
Rio de Janeiro, RJ, agosto de 2001
DEDICATÓRIAS.
Quero dedicar este trabalho, à minha
esposa Kátia, que me cobrou a cada
momento a qualidade deste trabalho.
À meu filho Angelo, que faz a minha
vida o mais colorida e agitada possível.
AGRADECIMENTOS.
Quero agradecer á todos aqueles que
tornaram possível a execução deste
trabalho:
Aos mestres que me orientaram na sua
elaboração, em especial, o mestre
André Luiz Varella Neves, que me
ensinou
como
preparar
uma
monografia de forma objetiva e com
qualidade.
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................
05
INTRODUÇÃO.............................................................
06
CAPÍTULO I – Sistemas de Comunicação ................
07
CAPÍTULO II – Definição do Espaço Físico .............
10
CAPÍTULO III – Componentes Mínimos de uma Rede 11
CONCLUSÃO...............................................................
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................
25
ANEXOS........................................................................
26
RESUMO
A montagem de uma rede de computadores requer
algumas considerações durante a sua fase de planejamento e
implantação que, se abandonadas, poderão prejudicar o bom
funcionamento de toda a estrutura corporativa. Os problemas
causados pelo mal planejamento de uma rede repercute no
sistema
de
informação
como
falhas
constantes
na
comunicação, perda de velocidade na conexão e o principal,
erros na interpretação dos dados. Para que não aconteçam
estes problemas, a empresa precisa contratar um profissional
capaz de modelar uma estrutura de redes segura levando-se
em consideração alguns pontos importantes como: ambiente,
custos X benefícios, equipamentos e dispositivos de
qualidade, bem como avaliar a aplicação desta rede nos
“negócios” empresariais. O objetivo deste trabalho foi analisar
a montagem de uma rede local, abordando os recursos
técnicos necessários para que se possa estabelecer a conexão
entre equipamentos de um mesmo ambiente de trabalho
buscando evitar as falhas mais constantes ocorridas neste
processo. Portanto, para que uma rede possa ser implementada
com qualidade e segurança, partimos da hipótese que devemos
em primeiro plano analisar o local de sua instalação,
considerando os aspectos ambientais e estruturais, em segundo
plano contratar pessoal qualificado para sua implantação,
assim
minimizando
interconexão
os
problemas
dos
de
distribuição
e
equipamentos.
6
INTRODUÇÃO
Redes de computadores são um conjunto de máquinas,
interligadas entre si, com o objetivo de trocar informações
através de meios físicos ou não físicos de enlace.
Um enlace físico é composto por transmissão de sinais
via cabos de par trançado (blindados ou não), coaxiais ou
fibras ópticas.
Um enlace não físico é composto por transmissão de
sinais por radio difusão e uso de links por satélite.
As redes se apresentam em três categorias: as locais
(Lan’s), as metropolitanas (Man’s) e as geograficamente
distribuídas (Wan’s).
As redes locais compreendem distâncias de alguns
centímetros até 25 km e tem como característica básica ser de
alta velocidade e normalmente ser de propriedade privada.
As redes metropolitanas compreendem distâncias
maiores que as locais, utilizam o modem – aparelho que liga o
computador a rede telefônica – e tem as mesmas característica
das redes locais.
As redes geograficamente distribuídas são consideradas
intercontinentais e normalmente é de propriedade publica. Um
exemplo básico desta rede é a Internet.
7
I – SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO
A comunicação é uma das necessidades primordiais da
sociedade humana desde os primórdios de sua existência. Mas,
os povos se espalharam por territórios cada vez mais distantes,
o que dificultavam suas comunicações. Então, sistemas de
comunicação de longa distância foram surgindo – como sinais
de fumaça ou pombos-correio – proporcionando que uma
mensagem pudesse ser lida por pessoas à longas distâncias.
Outros sistemas foram surgindo e aprimorados com
passar dos tempos e, em 1838, Samuel F. B. Morse
desenvolve o telégrafo – que inicia uma nova época nas
comunicações.
Com mensagens codificadas em cadeias de símbolos
binários, o telégrafo é adotado pela sociedade como uma
tecnologia revolucionária – e o foi naquele período histórico –
assim, proporcionando à todos uma forma mais rápida de se
comunicarem.
Na cadeia evolutiva do telégrafo vieram grandes
sistemas de comunicação como o telefone, o rádio, a televisão
e os computadores.
“... A evolução no tratamento de informações não
aconteceu somente na área da comunicação. Equipamentos
para processamento e armazenagem de informações também
foram alvo de grandes invenções ao longo do nosso
desenvolvimento. A introdução de sistemas de computadores
na década de 1950 foi, provavelmente, o maior avanço do
século nesse sentido.
8
A conjunção destas duas tecnologias – comunicação e
processamento de informações – veio revolucionar o mundo
em que vivemos, abrindo as fronteiras com novas formas de
comunicação, e permitindo maior eficácia dos sistemas
computacionais...”.[Soares, Lemos e Colcher, 1995]1
Nos primórdios da informática, os computadores eram
máquinas grandes e complexas, que demoravam muito para
processar uma informação, dado que todo o processamento era
feito job a job de acordo com a ordem em que eram
submetidos.
Na década de 60, alguns avanços tecnológicos
possibilitaram o surgimento de terminais interativos, o que
permitia
aos
usuários
acesso
ao
computador
central
(mainframe) através de linhas de comunicação.
Na década de 70, a industria da informática promove o
surgimento dos minis e microcomputadores, mais baratos e
com requisitos menos rígidos de temperatura e umidade. De
fácil implantação, os sistemas locais apresentavam uma
confiabilidade de processamento e agilidade nas respostas aos
usuários. Assim, os sistemas centralizados de comunicação –
onde o poder computacional estava em apenas uma máquina
de grande porte – partia-se em direção à distribuição dos
controles por diversas máquinas menores.
Na década de 80, surge o conceito de conectividade, ou
seja, além das máquinas que naturalmente evoluíram, também
observou-se
grande
telecomunicações.
1
A
evolução
exploração
no
dos
segmento
das
satélites
para
SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido. COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores das
Lans, Mans e Wans às Redes ATM. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 3.p.
9
comunicação de dados foi amplamente viabilizada em função
tanto do custo, como por parte dos benefícios que esta
tecnologia propicia. Naquele momento, a informática passou a
ser considerada como uma estratégia empresarial para ganhar
o mercado consumidor.
Na década de 90, a interconexão de redes foi o carro
chefe das corporações que pretendiam estabelecer uma linha
de comunicação direta com o seu consumidor e estar sempre à
frente da concorrência. A Internet “explode” como meio de
comunicação de massa e as redes locais expandem-se dentro
das organizações – pelo poder de processamento, pelo baixo
custo de implantação e pela economia de espaço físico.
10
II – DEFINIÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
Para Defler [1993], o espaço físico é o primeiro fator
importante para a montagem de uma rede de computadores. O
projetista da rede deverá analisar a estrutura ambiental –
espaço físico, refrigeração, corrente elétrica e hidráulica – a
fim de se estabelecer uma diretriz de implantação de uma
determinada topologia.
A escolha de uma determinada topologia depende de
diversos fatores. Não existe no entanto uma regra geral para a
implementação de uma ou outra topologia. A situação deve ser
analisada sob diversos ângulos, tais como economia,
desempenho, local físico, quantidade de computadores a
serem colocados em rede, tipo de rede a ser implantada
(ponto-a-ponto ou baseada em servidor), etc.
O tipo de topologia mais instalado atualmente em
pequenas e médias empresas é o de Barramento Estrela, pois
permite o crescimento da rede baseado na utilização de hubs –
equipamento que interliga os computadores de uma mesma
rede local. Pequenas redes de 5 até 10 computadores podem
utilizar a topologia de barramento, pois é mais econômica. Já
grandes redes corporativas ou científicas muitas vezes
utilizam a topologia de anel.
A instalação, custo e confiabilidade são três fatores
determinantes na escolha da topologia. A mão-de-obra e o
custo de cabeamento ainda são o grande custo na preparação
de uma rede. Dependendo do local físico o cabeamento pode
exigir até reformas, ocasionando custos ainda maiores.
11
III – COMPONENTES MÍNIMOS DE UMA REDE
De acordo com Luiz Alves [1994,1992], para iniciarmos
a montagem de uma rede são necessários alguns componentes
mínimos de software e hardware.
Componentes de Hardware
Os componentes mínimos de hardware – parte tangível
de um computador – para compor uma rede devem ser:
a) Um computador para agir como servidor para servir
os recursos que serão compartilhados.
À medida que cresce o número de computadores em
uma rede, cresce também o número de servidores para
fornecer serviços aos usuários desta rede. Para dar suporte a
estes usuários os servidores tiveram de se especializar.
Existem diversos tipos de servidores: servidores de WEB,
servidores
de
arquivos
e
impressão,
servidores
de
comunicação ou de mensagens, servidores de FAX, servidores
de aplicativos, servidores de serviços de diretórios.
Os servidores de WEB, nesse momento, são os mais
famosos, pois permitem que clientes da rede passem a utilizar
os serviços disponíveis na Internet. É através de um servidor
WEB que uma empresa publica mundialmente a sua "home
page". Assim sendo, os servidores WEB se tornarão cada dia
mais comuns, mais fáceis de serem instalados e de serem
utilizados pelas empresas.
Os servidores de arquivo e de impressão permitem que
os clientes utilizem os recursos de acesso aos diretórios e
12
arquivos, proporcionando leitura e escrita de documentos, bem
como a execução de programas. Permitem também aos
clientes a utilização de impressoras localizadas remotamente
em um ponto qualquer da rede.
Os servidores de mensagens são um novo paradigma na
área de informática. Os correios eletrônicos (e-mail)
agilizaram o processo de comunicação entre as pessoas tanto
nas redes internas quanto nas externas. Através do envio e
recebimento de mensagens surgiram novas aplicações como as
de fluxo de formulários (workflow computing) ou as de
computação em grupo (workgroup computing). Os servidores
de mensagem vêm permitindo que as empresas otimizem os
processos, realizando a reengenharia destes processos. Os
servidores de mensagens (messages servers) ganharam muita
popularidade nas grandes empresas em função do uso do
correio eletrônico pelos seus usuários (e-mail).
Os servidores de banco de dados armazenam grandes
quantidades de dados que encontram-se organizadas e
estruturadas para atenderem o acesso feito pelos clientes. Em
grandes empresas existe até um administrador de banco de
dados treinado exclusivamente para cuidar da operação desse
servidor. O sistema de gerenciamento de base de dados mais
utilizado nesses casos é o SQL (Structured Query Language).
Quando pesquisa-se a conta bancária, através de um terminal
bancário, ou mesmo com um software de comunicação com o
micro na sua casa, o acesso está sendo feito em um servidor de
banco de dados que contém todas as contas bancárias do
banco no qual você tem conta.
13
b) Um computador conhecido como Workstation ou
Cliente para acessar os recursos que serão compartilhados.
Estes computadores não necessariamente precisam ser
da mesma configuração, bastando apenas terem uma placa de
rede compatível e uma aplicação de rede comum ao ambiente
de desenvolvimento.
c) Uma placa adaptadora de rede em cada um dos
computadores.
Uma placa de rede fica instalada em um slot da placa
mãe do computador e é chamada de placa de interface de rede
ou NIC (Network Interface Card). Os cabos que interligam os
computadores vão conectar-se a estas placas.
Os dados trafegam em paralelo dentro de uma placa
mãe através de canais chamados de barramentos. ISA, EISA e
PCI são alguns barramentos padrões de mercado.
A evolução do computador permitiu que fossem
utilizados diferentes tipos de barramentos em uma única placa
mãe. É comum encontrar em uma mesma placa slots ISA e
PCI. Ao escolher uma placa de rede é preciso observar o tipo
de barramento de seu computador, bem como os slots que se
encontram disponíveis, antes de comprar a placa. É
aconselhável, por questões de performance, a escolha da placa
de rede com o barramento PCI.
Para conectar-se aos cabos, a placa de rede oferece uma
interface ou conector, que fica localizado na parte de trás.
Algumas placas de rede podem possuir mais de um conector –
14
AUI, coaxial BNC e RJ-45 . Esses conectores são auto
configuráveis; basta “plugar” o cabo de rede e sua conexão
física estará estabelecida.
d) Um cabo para conectar os computadores.
Os cabos conectam-se a uma placa de rede através de
um transceptor. O transceptor é um dispositivo que recebe e
transmite os sinais para o cabo. Um transceptor interno é
localizado no cartão adaptador de rede, para cada tipo de
conector (RJ-45 e BNC). O AUI normalmente utiliza
transceptores externos.
Para conectar os computadores em rede a indústria de
LAN utiliza três tipos de cabos: coaxial, par-trançado ou fibra
óptica.
O cabo coaxial é constituído por um plástico protetor
externo. Logo após recebe uma malha ou blindagem de cobre
ou alumínio, em seguida possui um isolante de PVC (tipo de
plástico) ou Teflon, e apresenta o seu núcleo de cobre. Cada
elemento que compõe o cabo tem uma função. O núcleo
obviamente transporta os sinais elétricos, ou dados. O PVC ou
Teflon protege o cabo evitando que quebre. A malha evita que
o cabo receba interferências elétricas e que o seu sinal
disperse. Finalmente, externamente ao cabo existe uma
proteção de borracha ou plástico, permitindo que seu
manuseio seja simplificado. Encontramos dois tipo de cabos
coaxiais no mercado: o fino ou Thinnet – o mais usado – e o
grosso ou Thicknet.
15
O cabo de par trançado (twisted-pair) pode ser de dois
tipos: UTP - Par trançado não blindado (UTP - Unshielded
Twisted-Par) e STP - Par trançado blindado (STP - Shielded
Twisted-Par).
Este nome vem da observação que os fios vem aos pares
e ainda trançados, ou torcidos uns aos outros. Dois filamentos
de cobre revestidos e torcidos compõem um cabo de par
trançado rudimentar. Quando agrupam-se alguns pares, tem-se
um cabo mais consistente e com capacidade de transportar
mais dados. Os cabos mais usuais utilizam quatro pares
trançados. Assim, evitar-se a diafonia – linha cruzada – e
elimina as fontes de ruídos como motores e transformadores.
Existem padrões de par trançado que exigem um certo número
de torções por metro de cabo.
A fibra óptica representa a mais nova tecnologia de
cabeamento para rede. Foi desenvolvida para a indústria de
telefonia e posteriormente portada para ser utilizada também
em computadores.
A fibra óptica oferece possibilidades sem fim para uso
em comunicação.
Imagine um único cabo que transporta voz, dados e
vídeo à velocidade da luz. As fibras ópticas podem transferir
dados com taxas entre 100 Mbps (mega bits por segundo) até
200.000 Mbps. Imagine o que isso significa, se estamos, no
momento com redes transportando apenas 10 Mbps.
A fibra óptica não transporta sinais elétricos, e sim
pulsos modulados de luz, representando sinais digitais. O sinal
na fibra óptica não sofre dos problemas de atenuação e
16
diafonia. Ela é totalmente isenta de interferências elétricas.
Pode ser utilizada perto de motores, relés, embaixo de pontes,
em forros de casas, que mesmo assim não terá problemas com
ruídos. Um segmento de cabo de fibra óptica pode ter até 2
Km.
O cabo de fibra óptica é constituído por uma camada
protetora externa, normalmente de PVC ou Teflon (mesmo
material utilizado para os cabos coaxiais). Imediatamente após
esta camada protetora aparecem as fibras de Kevlar, muito
firmes e fortes, que se parecem com fios de ouro bem
fininhos. Logo em seguida tem-se uma camada de plástico que
circunda cada filamento de vidro. No centro fica então a fibra
óptica que é um filamento de vidro. Sempre vão existir dois
filamentos, um que transmite e outro que recebe. O tamanho
da fibra varia entre 62.5 e 100 microns, sendo a de 62.5
microns a mais comum.
Semelhante ao cabo coaxial, tem-se no final da fibra
óptica um terminador, chamado de conector ST, que é
utilizado na maior parte das aplicações comerciais. Da mesma
forma que adquire-se kits para a crimpagem de conectores
BNC ou RJ-45, existem também kits de montagem de cabos
de fibra óptica, mas custam bem mais caro. As lojas
especializadas comercializam além dos kits, os cabos, mas
além de ser muito mais caros exigem ainda conhecimentos
especializados para realizar a instalação.
e) Equipamentos especiais
Alguns equipamentos especiais auxiliam na estrutura de
uma rede e possibilitam uma flexibilidade na organização
17
física e lógica, proporcionando um aumento do poder de
comunicação e confiabilidade na troca de mensagens entre as
estações. São considerados equipamentos especiais: o HUB,
Switches e Roteadores.
Hubs são equipamentos usados para conferir uma maior
flexibilidade a LANs (redes locais) Ethernet e são utilizados
para conectar os equipamentos que compõem a LAN. O Hub é
basicamente um pólo concentrador de fiação, e cada
equipamento conectado a ele fica num seguimento próprio.
Por isso, isoladamente um hub não pode ser considerado como
um equipamento de interconexão de redes, ao menos que
tenha sua função associada a outros equipamentos, como
repetidores.
Com o uso de hubs o gerenciamento da rede é
favorecido e a solução de problemas facilitada, uma vez que o
defeito fica isolado no segmento da rede, bem como facilita
muito a inserção de novas estações em uma LAN.
Quando acontece de ocorrer muitas colisões, o hub
permite isolar automaticamente qualquer porta (autopartição
do segmento). Quando a transmissão do primeiro pacote é
satisfatória, o hub faz uma reconfiguração automática do
segmento.
Os hubs mais comuns são os hubs Ethernet 10BaseT
(conectores RJ-45) e eventualmente são parte integrante de
bridges e roteadores.
Uma rede hub (núcleos) usa um cabo principal como a
rede bus, que é denominado de backplane. Desse backplane
saem cabos que se conectam aos hubs. Um hub é uma caixa
18
contendo diversas portas nas quais as máquinas da rede serão
ligadas. Os cabos que vão até os núcleos de conexão (hubs)
são chamados de drops.
O Switch é um equipamento similar ao HUB porém
com
alta
capacidade
interna
de
processamento
e
armazenamento dinâmico de pacotes que possibilita uma
interligação inteligente entre estações na rede local/remota
evitando perdas de pacotes de dados e de tempo por colisão
entre os mesmos e, consequentemente, por demanda de
retransmissão. Este equipamento poderia ser considerado uma
função matemática de “entra, guarda, processa e sai” e apesar
do aparente acréscimo de passos de processamento é um
diferencial que virtualmente elimina a necessidade de se
transmitir novamente
pelas estações da rede local/remota,
aumentando em várias vezes o desempenho geral da rede
quando aplicado de forma correta no local apropriado.
De acordo com Soares, Lemos e Colcher [1995],
poderíamos comparar hubs e Switches usando como exemplo
os caixas de um banco qualquer:
• A porta de um hub seria o caixa de uma fila normal
onde as pessoal personificariam os pacotes enfileirados
esperando seu atendimento e, não importante que outras
caixas ao lado se disponibilizassem, todos com medo de
perder o lugar permaneceriam aguardando a vez.
• O Switch inteiro seria a fila única inteligente
processada por “chips” rápidos e especiais tipo ASIC ou do
tipo RISC pois onde houvesse um caixa (ou uma porta)
19
disponível o cliente (ou o pacote) seria imediatamente para ele
encaminhado.
A palavra Switch significa trocar ou comutar, donde
este dispositivo troca ou comuta pacotes de dados de uma
porta ocupada para uma vazia alterando seus trajetos e
lançando mão para tanto de sua capacidade de processamento
e memória principal.
O Roteador é responsável pela interligação entre redes
LAN atuando nas camadas 1, 2 e 3 do modelo ISO/OSI.
Usando protocolos de comunicação standard como TCP/IP,
SPX/IPX, Appletalk, etc, o roteador permite que máquinas de
uma dada rede LAN comuniquem-se com máquinas de outra
rede LAN remota, como se as redes LAN fossem uma só.
Os roteadores são plataformas de transmissão de dados
altamente automatizadas. Eles lêem o pacote de dados (data
packet), retiram o seu envelope digital Ethernet ou TokenRing, empacotam em outro pacote para ser enviado através de
uma conexão e controlam seu percurso. O roteador deve estar
programado para ler vários protocolos de um chassi no
roteador corporativo, de modo que seja possível alterar os
módulos para atender às suas necessidades, no entanto, a
economia de um gabinete simples o torna obrigatório para os
roteadores remotos ou de pequenos escritórios.
Componentes de Software
Os componentes mínimos de software – os programas –
para compor uma rede devem ser:
20
a) Um sistema operacional de rede (como Windows 9.x,
Windows NT ou Novell).
Usuários comunicam-se com seus computadores através
da Interface gráfica. Um sistema operacional de rede é a forma
com que computadores comunicam-se através da rede. Toda a
comunicação entre usuários em uma rede é feita através da
interface gráfica do sistema operacional que está sendo
utilizado, por isso a forma de se comunicar depende
exclusivamente do tipo de sistema operacional. Recursos,
servidores,
clientes,
dados,
impressoras
e
cabos
são
ingredientes comuns em todas as redes. No entanto, nem todas
as redes são iguais na forma como as pessoas se comunicam
com elas. As redes atuais, em geral, podem ser divididas em
duas categorias: Redes Par-a-Par (peer-to-peer network) e
Redes baseadas em servidor (server-based network)
A distinção entre elas se faz importante porque a
implementação de um modelo ou de outro pode alterar
profundamente a forma como a rede é gerenciada, controlada
e administrada.
Peer-to-Peer é o termo em inglês para se referir a redes
Par-a-Par. Ele é traduzido incorretamente para o português
como ponto-a-ponto, e é utilizado com mais freqüência que o
termo Par-a-Par. Em uma rede Par-a-Par um computador pode
agir tanto como cliente quanto como servidor. Quer dizer que
todos os computadores são, de certa forma iguais. Não iguais
do ponto de vista de performance ou de hardware, mas iguais
na maneira como se comunicam e se relacionam na rede, e
desta forma são tratados aos pares. Assim, cada computador
21
na rede tem a sua própria autonomia. Ele pode compartilhar os
recursos que possui e nesse caso ele age como um servidor, e
pode
também
obter
ou
acessar
recursos
de
outros
computadores, agindo como um cliente. O cliente pede e o
servidor serve.
Em um sistema cliente/servidor, a rede possui
computadores dedicados a tarefas específicas para atender aos
seus clientes. Esses computadores dedicados são chamados
servidores.
Um serviço é uma tarefa que um servidor realiza a todo
instante para atender ao seu cliente. Servidores dedicados são
computadores que essencialmente executam uma série de
serviços. Por exemplo, os sistemas operacionais dos primeiros
servidores
de
rede
apenas
executavam
serviços
de
compartilhamento de dados ou de impressora, permitindo que
seus clientes utilizassem esses recursos.
A quantidade de tarefas a ser realizada por servidores
em uma rede cresceu tanto, que atualmente é quase impossível
executar todos os serviços de uma rede em um único
computador. Daí o conceito de cliente/servidor, onde os
serviços são distribuídos em vários servidores para serem
utilizados por diversos clientes. O processamento é distribuído
em uma rede cliente/servidor. Distribuído muitas vezes até
entre os próprios clientes, mas certamente entre diversos
servidores através de serviços. A tela mostra alguns serviços
realizados em um computador Windows NT, que é um sistema
operacional para redes baseadas em servidor, ou um sistema
operacional cliente/servidor.
22
b) Um protocolo de rede comum entre as máquinas
(como NetBEUI, IPX/SPX ou TCP/IP).
“...Cada camada (ou nível) deve ser pensada como um
programa ou processo, implementado por hardware ou
software, que se comunica com o processo correspondente na
outra máquina. As regras que governam a conversação de um
nível N qualquer são chamados de protocolo de nível N...”
[Soares, Lemos e Colcher, 1995]2
Os protocolos são padrões que definem a forma de
comunicação entre dois computadores e seus programas.
O protocolo NetBEUI foi desenvolvido pela Microsoft
para redes locais, o IPX/SPX foi desenvolvido pela Novell
também para redes locais e o TCP/IP desenvolvido pelo U.S.
Departament of Defense Advanced Research Projects Agency
(DARPA) é um protocolo que surgiu a partir da necessidade
de interconectar uma grande quantidade de sistemas de
computadores e várias organizações militares dispersas. Sendo
que, a partir de 1990, com a adoção do NSFNET como
backbone principal das redes para a Internet, o protocolo foi
padronizado definitivamente.
Na verdade, o TCP/IP é considerado uma suíte de
protocolos. Dentro dele existe mais de 10 protocolos distintos.
Cada
protocolo
tem funções
diferentes,
vantagens
e
desvantagens, restrições e a sua escolha para implementação
na rede depende ainda de uma série de fatores.
Quando se implanta uma rede local baseada no sistema
operacional Windows, o protocolo padrão é o NetBEUI. Se
2
SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido. COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores das
Lans, Mans e Wans às Redes ATM. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 121. p.
23
esta rede tiver acesso à Internet, o outro protocolo necessário a
ser instalado é o TCP/IP.
Quando se implanta uma rede local baseada no sistema
operacional Novell, o protocolo padrão é o IPX/SPX e a
ligação para Internet segue o protocolo transcrito acima.
c) Aplicações que sejam compatíveis com o sistema
operacional da rede, para permitir a comunicação (programas
de correio eletrônico, gerenciamento de arquivos, etc.)
Um exemplo fácil de aplicação para uma rede são os
correios eletrônicos.
“...Na prática, os maiores benefícios obtidos a partir do
uso do correio eletrônico são a eliminação quase total do
congestionamento das linhas telefônicas e o fato de que as
nossas equipes podem ignorar fusos horários e horários
comerciais locais. Esses recursos contribuem em muito para
melhorar a nossa produtividade individual e em grupo e para
diminuir a frustração. Quanto maior o número de funcionários
utilizando o correio eletrônico em uma empresa, que permite
armazenar informações e apresentá-las quando o destinatário
estiver pronto, menos elas serão controladas pelo recurso de
comunicações em tempo real: o telefone...” [Frank J, Derfler,
1993]3
3
DEFLER, Frank J. Guia de Conectividade. Tradução por Insight Serviços de Informática. Rio de
Janeiro: Campus, 1993. Tradução de: Guide to connectivity. 222.p.
24
CONCLUSÃO
“...A escolha de um tipo de rede para dar suporte a um
dado conjunto de aplicações é uma tarefa difícil. Cada
arquitetura possui certas características que afetam sua
adequação a uma aplicação em particular. Nenhuma solução
pode chamar para si a classificação de ótima quando analisada
em contexto geral, e até mesmo em particular. Muitos
atributos entram em jogo, o que torna qualquer comparação
bastante complexa. Esses, atributos dizem respeito ao custo, à
confiabilidade, ao tempo de resposta, à velocidade, ao
desempenho,
modularidade,
à
facilidade
à
capacidade
de
de
desenvolvimento,
à
reconfiguração,
à
complexidade lógica, à facilidade de uso, à disponibilidade, à
facilidade de manutenção, à dispersão geográfica e a outros
fatores não técnicos ou quase técnicos...” [Soares, Lemos e
Colcher, 1995]4
Podemos concluir que para compor uma pequena rede,
será preciso um certo conhecimento técnico para decidir qual
será a melhor estrutura física, quais os melhores equipamentos
ao alcance do cliente e o sistema gerencial adequado as
necessidades corporativas de uma empresa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4
SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido. COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores das
Lans, Mans e Wans às Redes ATM. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 12. p.
25
1– ALVES, Luiz. Comunicação de Dados. 2. ed. rev. amp. São
Paulo: Makron Books, 1994, 1992.
2– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 6023. Referências Bibliográficas. Rio de Janeiro:
ABNT, 1989.9p.
3– _________________. NBR 10520. Apresentação de citações
em documentos. Rio de Janeiro: ABNT, 1992. 2 p.
4– DEFLER, Frank J. Guia de Conectividade. Tradução por
Insight Serviços de Informática. Rio de Janeiro: Campus,
1993. Tradução de: Guide to connectivity.
5– SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido.
COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores das Lans,
Mans e Wans às Redes ATM. 7. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1995.
26
ANEXOS
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