“EXPERIMENTANDO” UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O
ENSINO DE QUÍMICA.
Alcione Viero de Bastos 1
Peri Alexander da Silveira 2
Vanessa da Rosa Piccinin 3
Sara da Silva da Silva4
Leandro Marcon Frigo5
Introdução
Na busca por uma melhor possibilidade de educação, em diversos momentos
temos oportunidades de “experimentar” algumas alternativas que em casos específicos,
como este, pode permitir um aprendizado significativo tanto para educando como para
futuros discentes, bem como para a formação continuada dos professores regentes da
classe.
Este “experimento” nos é possibilitado através da CAPES pelo Subprojeto
RESSIGNIFICANDO AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NO FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DE QUÍMICA, no Instituto Estadual de Educação Salgado Filho, em
São Francisco de Assis, no interior do estado Rio Grande do Sul, com educandos do 3º
ano de ensino médio, com idades variando de 15 à 17 anos, onde foram disponibilizados
para eles oficinas em turno oposto de suas aulas, na tarde, para fazer uma abordagem
diferenciada de temas já vistos por eles em anos anteriores.
No caso da primeira abordagem, foi tratado o assunto de acidez e basicidade,
com o auxílio de experimentos onde os educandos são instigados através da interação
entre educandos/futuros docentes a pensarem e formularem questões que foram
respondidas no decorrer da oficina.
1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Química IFF Campus São Vicente do Sul/ Bolsistas do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES. [email protected]
2
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Química IFF Campus São Vicente do Sul/ Bolsistas do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES
3
Acadêmica do Curso de Licenciatura em Química IFF Campus São Vicente do Sul/ Bolsistas do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES
4
Acadêmica do Curso de Licenciatura em Química IFF Campus São Vicente do Sul/ Bolsistas do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES
5
Professor Dr. do Curso de Licenciatura em Química IFF Campus São Vicente do Sul/ Coordenador do
Programa
Institucional
de
Bolsas
de
Iniciação
a
Docência
–
PIBID/CAPES.
[email protected]
Em consonância com um projeto realizado na escola, que consiste na
reutilização de restos de óleo de cozinha para produção de sabão, o outro encontro,
ocorrer no ambiente do Instituto Federal Farroupilha Campus São Vicente do Sul, para
os educandos ter uma visão mais ampla, no que se trata de possibilidades na
continuidade de seus estudos, no Laboratório de Química da Instituição foi
disponibilizado uma oficina para demonstrar e ter uma compreensão básica na extração
de essências aromáticas através de arrasto de vapor, bem com o entendimento da
essência a ser extraída, Eugenol, neste caso do cravo da índia – syzygium Aromaticum.
Metodologia
Ácidos e as bases serão relacionados com a acidez estomacal e hábitos
alimentares. Sendo assim foi apresentado para os educandos alimentos que possuam pH
ácidos e alcalinos para que os educandos analisem e diferenciem quais são ácidos ou
básicos. Logo após, foi exposto em slides a definição cientifica do pH, bem como
algumas curiosidades relacionadas ao tema e questionamentos referente a influência da
acidez ou basicidade em seu cotidiano, tornando a oficina expositiva e dialogada.
Explicação referente escala do pH.
Com o uso do pHmetro foi testado o grau de acidez/basicidade dos seguintes
alimentos: banana, limão, água mineral com gás, água mineral sem gás, água potável de
São Francisco de Assis, água potável de São Vicente do Sul, açúcar, leite, clara e gema
de ovos. Posteriormente, com o auxílio de um retroprojetor, seguindo exemplo
demonstrado no livro Retroprojetor como Bancada de Laboratório de Química de Hugo
Braibante, Mara Elisa Braibante e colaboradores, foi realizado alguns teste de acidez e
basicidade com indicadores a seguir relacionados: azul de bromo timol, alaranjado de
metila, vermelho de metila, fenolftaleína.
Para o segundo encontro este realizado no Instituto Federal Farroupilha –
Campus São Vicente do Sul, com a utilização do Laboratório de Química, realizou-se
inicialmente uma abordagem histórica com relação ao cravo da índia (syzygium
Aromaticum), bem como processos para sua extração da essência aromática (Eugenol).
Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (LIFE).
Posteriormente ocorreu a visitação do espaço da instituição com os educandos,
para conhecer as infraestrutura do campus, na sequência fomos para o Laboratório de
Química para visualização dos materiais de laboratório e processo de extração, este
processo foi iniciado com um certo tempo de antecedência para os educandos terem
como levar a essência para a sua escola, e com os alunos foi montado outro kit de
extração por arrasto de vapor, sendo este realizado com dois métodos: um assunto
vidraria especifica para o processo e outro com materiais reutilizáveis de fácil acesso.
Processo de extração de essência
Considerações
Ao término desta proposta de implementação, esta evidenciado que com uma
aula diferenciada, visando um método de ensino aprendizagem diferente do tradicional,
a apropriação dos conhecimentos científicos abstratos é maior, bem como a interação
educando/professor. As implementações ainda com o licenciando estando em constante
aprendizado, são ferramentas importantíssimas para a melhor e compreensão dos
atributos e da prática docente.
Isto nos remete a uma constante (re)criação de métodos e maneiras dos
conhecimentos serem trabalhados, sendo assim, dentre tantos um instrumento de auto
avaliação e formação inicial e continuada.
Referências Bibliográficas:
DELIZOICOV, Demétrio Ensino de ciências: fundamentos e métodos / Demétrio
Delizoicov, José André Angotti, Marta Maria Pernambuco; colaboração Antonio
Fernando Gouveia da Silva. -2. Ed.- São Paulo: Cortez, 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra: 2003.
MALDANER, Otavio Aloísio. A Formação inicial e Continuada de professores de
Química – Professores/Pesquisadores. Ijuí, UNIJUI, 2000.
_____________, Otavio Aloísio. “O Professor – Pesquisador: Uma Nova
Compreensão do Trabalho Docente”. In: Revista Espaços da Escola, nº 31. Editora
Unijuí, 1999.
_____________, Otavio Aloísio. “A pesquisa como perspectiva de formação
continuada do professor de Química”. In: Química Nova, v. 22, São Paulo, n. 2,
março/abril 1999.
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