Experiências de esquerda na
América Latina
Revolução Cubana
Raúl (abaixo), Che Guevara (segundo à esq.) e Fidel (ao centro) no período da
Revolução Cubana - foto foi tirada 1958
Antecedentes
• Após libertar-se da Espanha, em 1898, Cuba
mergulhou na dominação dos Estados Unidos.
• Por meio da Emenda Platt, a república cubana
ficou subordinada aos Estados Unidos,
detentores do direito de intervir no país para
garantir os direitos norte-americanos.
• Assim, Cuba manteve, mesmo após a
independência, a mesma estrutura econômica
herdada dos tempos coloniais, baseada na
exportação do açúcar.
O Governo de Fulgêncio Batista
•
•
•
Fulgêncio
Batista
ocupou
a
presidência de 1940 à 1944. Após o
término do seu mandato, Cuba entrou
em grave crise econômica e, em 1952,
Batista retorna à presidência. Ele
deveria governar até 1956, porém,
aplica um golpe de Estado e
permanece no poder até 1959.
Durante o seu governo, Cuba virou o
“quintal”
dos
Estados
Unidos.
Corrupção política, jogos clandestinos,
uso de drogas e prostituição eram
alguns dos problemas graves que
assolavam a ilha.
Inescrupuloso, o presidente Batista
levou ao máximo o servilismo em
relação aos Estados Unidos e,
internamente, comandou a brutal
exploração do povo cubano.
A Guerrilha
• Em 1953, um grupo de jovens revolucionários que fazia
oposição ao governo, liderado por Fidel Castro,
executou um ataque ao Quartel de Moncada, na cidade
de Santiago de Cuba. A ação foi mal sucedida e muitos
acabaram mortos. Fidel conseguiu fugir, mas terminou
preso. Depois de libertado, em 1955, exilou-se no
México, de onde retornaria com outros companheiros
para instalarem-se em Sierra Maestra e iniciarem um
movimento de guerrilha. Os guerrilheiros contaram com
o apoio dos camponeses da região e, também, de
núcleos de apoio nas cidades, obtendo importantes
vitórias contra as tropas governamentais. Diante da
ameaça da revolução, o ditador Fulgêncio Batista fugiu
para a República Dominicana. No dia 1º de janeiro de
1959, os revolucionário tomaram o poder.
O Socialismo
•
I.
II.
Após a tomada do poder, a revolução caminhou
rumo ao socialismo. Cresceram, então, os conflitos
entre o novo governo de Fidel e os interesses do
capitalismo norte-americano. Esses conflitos tiveram
como marco:
A fracassada invasão de Cuba, na Baía dos Porcos,
em 1961, por uma força militar treinada e financiada
pelos Estados Unidos, composta de exilados
cubanos;
A expulsão de Cuba, em 1962, da OEA
(Organização dos Estados Americanos), por
influência dos Estados Unidos, e a imposição do
bloqueio econômico.
Crise dos Mísseis
• Os graves conflitos entre Cuba e Estados
Unidos forçaram a aproximação do governo de
Fidel Castro com a União Soviética. Essa
aproximação levou Cuba a permitir a instalação,
em seu território, de mísseis nucleares
soviéticos em 1962.
• O então presidente dos Estados Unidos, John
Kennedy, reagiu duramente à estratégia militar
soviética, por considerá-la uma perigosa
ameaça a segurança nacional americana.
Surgiu, então, o episódio da Crise dos Mísseis.
Crise dos Mísseis
• Numa
verdadeira
mobilização de guerra, os
Estados
Unidos
impuseram um poderoso
bloqueio naval à ilha,
forçando os soviéticos a
desistirem dos planos de
instalação dos mísseis no
continente americano.
• Esse episódio foi um dos
momentos
mais
dramáticos da Guerra
Fria.
Cuba nas últimas décadas
•
A Revolução Cubana rompeu com a tradicional
influência dos Estados Unidos na América Central e
do Sul. Além disso, construiu o primeiro Estado
socialista do continente.
•
Após três décadas no poder, o governo de Fidel exibia
seus melhores êxitos no campo social conseguindo:
I. A eliminação do analfabetismo;
II. A implantação de assistência médico-hospitalar
gratuita à população;
III. A queda significativa da taxa de mortalidade infantil;
IV. A redução do desemprego.
Cuba nas últimas décadas
• No campo político, entretanto, são inúmeras as críticas
feitas ao regime cubano, que permanece como uma
ditadura do Partido Comunista, alheia às reformas
democráticas.
• No campo econômico, o desempenho do governo
cubano foi um fracasso. Não conseguiu diversificar a
agricultura do país, nem estimular a industrialização. A
economia continuou dependente da exportação do
açúcar e do fumo.
• Em janeiro de 2004, o presidente norte-americano
George W. Bush resolveu fechar o cerco econômico
contra Cuba estabelecendo novas restrições ao país.
Cuba atualmente
•
•
•
Em 2006, Fidel Castro afastou-se da presidência de Cuba em virtude de graves
problemas de saúde. Raúl Castro assumiu o comando interinamente.
Dois anos depois, Fidel anunciou sua renúncia a um novo mandato presidencial,
após 49 anos no poder. Em fevereiro de 2008, Raúl tomou posse e instituiu algumas
mudanças durante seu governo como a liberação da venda de celulares e
computadores pessoais.
Na política externa, a eleição do presidente norte-americano, Barack Obama, no final
de 2008, aumentou a possibilidade de diálogo entre Cuba e EUA. Inicia-se o período
de distensão econômica.
A Experiência Socialista no Chile
• Com a Segunda Guerra Mundial, a economia chilena
experimentou forte desenvolvimento, impulsionado pelo
conflito que permitira o crescimento da exportação dos
minerais (principalmente cobre e prata) para as potências
beligerantes e a redução das importações. Grandes
empresas estrangeiras se interessaram em instalar filiais no
país, para atuar na atividade mineradora. Isso levou os
principais países capitalistas, em particular os Estados
Unidos, a acompanhar com especial interesse a vida política
chilena.
• Entre 1964 e 1970, no governo de Eduardo Frei, foram
adotadas medidas reformistas moderadas, que incluíam a
reforma agrária e o gradual controle da indústria do cobre,
que naquele momento estava nas mãos de investidores
norte-americanos.
A Experiência Socialista no Chile
•
Nas eleições de 1970, a Unidade
Popular – aliança formada por cristãos
de esquerda, socialistas e comunistas
– conseguiu levar ao poder o socialista
Salvador Allende, que adotou uma
política de independência em relação
aos
Estados
Unidos.
Algumas
propostas como a nacionalização de
empresas
norte-americanas,
despertaram a hostilidade do governo
e dos grupos financeiros dos EUA.
Algumas
propostas
como
a
nacionalização de empresas norteamericanas, despertaram a hostilidade
do governo e dos grupos financeiros
dos Estados Unidos. Allende pretendia
promover
uma
reestruturação
econômica, estatizando o sistema
financeiro, a mineração, bem como
empresas de energia, transporte e
comunicações. Além disso, desejava
ampliar a reforma agrária. O Chile,
pela via pacífica, caminhava para o
socialismo.
A Ditadura Militar no Chile
•
•
Os
segmentos
conservadores
reagiram às propostas socialistas.
Foram organizadas greves em setores
fundamentais, como os de transporte
e abastecimento, em uma manobra
para desestabilizar o governo. Em
setembro de 1973, após três anos de
desgaste minuciosamente orquestrado
pela direita chilena – com assessoria
internacional – uma quartelada depôs
Allende, que acabou morto no palácio
de La Moneda.
Um grupo de militares chefiados pelo
general Augusto Pinochet assumiu o
poder e instaurou uma feroz ditadura,
responsável por milhares de mortes. O
governo militar voltou a manter uma
relação preferencial com os Estados
Unidos e devolveu as empresas
nacionalizadas por Allende.
A Ditadura Militar no Chile
• Durante o governo militar, Pinochet fechou o Congresso
Nacional, instituiu a censura à imprensa, privatizou setores da
educação, saúde e previdência social e perseguiu os
simpatizantes de Allende. Em 1980, uma nova Carta
Constitucional, aprovada em plebiscito, legitimou o regime
ditatorial. A ditadura chilena caracterizou-se como uma das
mais violentas de toda a história da América Latina.
• Porém, em 1983, grupos oposicionistas manifestaram-se
contrários à ditadura chilena e reavivaram o sonho da
redemocratização. Os partidos políticos, com exceção do
Partido Comunista, foram reorganizados em 1987, e no ano
seguinte um plebiscito negou o direito de Pinochet
permanecer no poder. A população chilena decidiu que o
próximo presidente seria escolhido em eleições livres. A partir
de então, teve início a redemocratização do Chile.
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