Copyright © 2007 by Li Mendi Mendi, Li, 1985 – Amor Militar, Minha Guerra 2/ Li Mendi. – Rio de Janeiro. História de amor. 2. Ficção brasileira. I. Título Todos os direitos reservados à autora. Criação de capa: Rodrigo Ribeiro, Agência 2RD. Site: limendi.com.br E-mail: [email protected] Facebook: Escritora Li Mendi Twitter: @limendi Autora O primeiro livro que escrevi ano passado reunia algumas entrevistas com amigas que, em sua maioria, namoravam cadetes e oficiais recém formados. Recebi muitos e-mails e recados no orkut de pessoas dos mais diversos lugares do país dizendo que tinha sido muito interessante compartilhar a leitura daquelas experiências. Então, decidi dar continuidade, criando um site para que mulheres escrevessem e contassem suas experiências também. Aqui no livro 2, você encontra essas narrações na íntegra, com quase nenhuma interferência editorial. Dessa forma, você pode sentir bem de perto como foram essas descrições. Eu sou Jornalista, Publicitária, Escritora e Geminiana. Meu grande prazer é escrever estórias. Elas começam na internet e terminam na prateleira, na cabeceira e na tela dos tablets e celulares de leitores de todo o Brasil. Trabalho com Comunicação durante o dia e escrevo diariamente, à noite, em meu site. A criação é conjunta com meus leitores, pois cada opinião, comentário ou sugestões são levados em consideração para elaboração das estórias. Espero que esse livro continue ajudando a muitas outras mulheres. Entrevista 1: "O que posso dizer é: olhe para dentro do seu próprio relacionamento e reflita se vale a pena, acreditando nisso, vá em frente, lute!" Que bom que você está aqui com a gente. Lendo um pouquinho sobre a vida dessas mulheres tão fortes e apaixonadas pelo amor. Como assim? Há aquelas pessoas que amam por amar, sem fazer esforços, sem lutar. E depois passam o resto da vida por se lamentar. Mas ao contrário, há aquelas colocam paixão na sua conquista e vão em frente firmes e fortes! E agora vou apresentar para vocês uma delas. Na verdade é uma mulher com um lindo rosto de menina. É a Fernanda, que tem 21 anos. Li:_ Fernanda, é um prazer para mim falar contigo. Você que é uma leitora tão carinhosa e sempre presente nos meus livros. (risos). Vai ser muito bom conversar com você. Conta para as leitoras, que não te conhecem, o que você faz? _Estudo Normal Superior para ser professora e trabalho no Colégio Dom Bosco com Educação infantil. Li: _ Você deve gostar muito do que faz. _Amo. Na verdade, comecei a fazer odontologia. Já pensando em fazer odonto pediatria. No 2º ano, vi que não ia dar certo. Então, por amar crianças e pretender casar com o meu militar, decidi estudar para ser professora. Li: _ Hum... Falando neleeee! (risos). Conta tudinho! Quando se encontraram pela primeira vez? _Bom nos conhecemos em um bar.Eu nunca tinha ido lá. E era uma sexta feira, estava no 3º ano do segundo grau e no outro dia ia ser o primeiro sábado do ano que não íamos ter simulado. Então, decidimos sair para beber uma cerveja, comemorar né.. fomos totalmente desarrumadas eu estava sem escova, de óculos (sempre saia de lentes)! Ele e um amigo pediram para sentar na mesa, não ficamos muito animadas. Mas deixamos. Então, o amigo dele estava meio bêbado e já sentou chegando na minha amiga. Eu achei que ele não estava interessado em mim e só tinha sentado para fazer companhia mesmo. Até que o amigo dele falou que eles tinham que ir embora, pois tinham que entrar na AMAN e ele falou que não ia entrar que ia ficar ali. Assim, enquanto ele foi no carro pegar as coisas dele eu tive quase um troço! Li: _Ora, por quê? _Afinal, eu nunca tinha ficado com um cadete (aqui na minha cidade a fama deles é péssima), mas como o bar estava vazio e não tinha ninguém. Acabei ficando com ele, achando que ninguém ia me ver pagando aquele mico! (risos) Acabou que no outro dia ele me ligou e nunca mais nos separamos. Dia 30 de maio fez 4 anos! Li:_ Olha só! Quatro anos, Fernandinha?! E agora? Onde esse milico está? _Bom ele está servindo em bagé- RS 3ºRCMec. Ele fica no CPOR lá. Li: _ Ah! Sim, entendi tudooo! (risos) _Não! (risos) Explico! Centro de preparação de oficiais da Reserva. Acho que é isso. Ele forma os tenentes temporários de cavalaria em Bagé. Li: _ E quanto tempo já ficou longe dele? _Ficamos 2 meses e pouco no máximo e já achei uma eternidade! Li: _ Nem me fale! Estamos de férias e não vi o meu ainda! Mas me diga, o que você acha Ada carreira militar? _Acho uma carreira bonita. Quem entra nela tem que amar muito, pois é uma dedicação fora do comum. Devia ser mais valorizada, afinal quem está ali realmente está de coração e não recebe pela dedicação depositada. Li: _ E se seu filho quisesse seguir o mesmo caminho um dia? _Bom, lógico que tem aquela coisa de coração de Mãe né.. Acho uma carreira bonita e boa de se seguir o problema é a distância. E sair de casa cedo. Mas acho que o apoiaria sim. Por isso que quero uma filha para me fazer companhia e que ela não se apaixone por um militar igual a mim (risos) Brincadeira! Li: _ Ah! Sim, a solução é ter filha! Vou ter uma também! (risos) Fernandinha, qual foi o pior momento para você? O mais difícil? _Olha o momento da primeira despedida quando no fim das férias eu deixei ele em Bagé e vim embora. E vi aquele homem que era só fortaleza chorando igual uma criança com uma cara de “Não me deixa aqui sozinho”. Aquilo me quebrou. Não sabia como ia ser o futuro dali para frente, quando íamos nos ver novamente. E outra dificuldade foi quando percebi que ele se adaptou a cidade. Tipo se adaptou a uma vida sem mim, para mim foi difícil. Mas sei que foi mais por neurose. Li: _ O que é mais difícil em um relacionamento com um militar? Acho que tudo é difícil. Mas o mais difícil é a falta de planejamento. Sempre tem que planejar sua vida em função da dele. Por exemplo, que cidade ele vai morar? Vai ter proposta de emprego. Lugar para eu melhorar meus estudos? Essas coisas... E a vida toda vai ser assim, se planejar em função da profissão dele, da transferência dele, para mim essa é a parte mais difícil. Mas tudo se adapta a gente também e eles também. Ninguém precisa se anular, mas acaba que a mulher vai ter que entender que ela vai abdicar mais do que ele, mas já me acostumei. Não me imaginaria em outra vida. Cada vida tem seus problemas e esses são os meus. Li: _ Isso é verdade, Fernanda! Pura verdade... Agora eu quero falar sobre um tema. Será que você adivinha qual é? Já que você mora em Resende? _Hum... Li: _Cadetinas? Todas as meninas que entrevistei, tocaram nesse assunto. É ficção? _Bom ficção não é, mas não é fora do comum. São Marias-batalhão como em qualquer lugar. Onde existe um quartel, existe as Mariasbatalhão, querendo um milico para se encontrar... O que posso dizer aqui de Resende é que, na verdade, a maioria das mulheres têm um preconceito muito grande contra os cadetes (eu era uma). Muitas já foram enroladas e meninas direitas de família. Li: _ Isso é lamentável... _O cara tem uma noiva na sua cidade natal e arruma uma namorada aqui. Fica noivo, fica na casa da guria, namorando sério durante quatro ano e muitas são largadas no baile da espada, na cara dura. Li: _ Já ouvi falar disso. _Uma vez falei para uma namorada desconfiada: “Existe cadetina sim, mas até hoje nunca vi nenhuma cadetina com uma faca apontada para um cadete, obrigando ele a ficar com ela. Então, o cadete que fica, fica por que quer, trai porque não presta...e cada um sabe o namorado que tem. Acho que cada um tem seu papel, a cadetina escolheu ser vagabunda e faz o papel dela direitinho. Agora se o cara escolheu ser seu namorado, ele que faça o papel de namorado. A única coisa que posso dizer é que é que existe muito mais mulheres vitimas de cadete aqui em Resende do que mulheres que enrolam eles. Li: _ Por que eles fazem isso? _O por quê são muitos. Acredito que a carne fraca é a pior das desculpas! Quem trai é porque não gosta realmente. E se trai namorando, vai trair depois de casado, porque acho que na vida militar a distância da mulher vira e mexe vai ter. É um campo, uma viagem e ai vai ter a carne fraca sempre?! Caráter é fundamental, então a culpa não é da mulher que estava com ele. Li: _ Fernandinha, e casamento? _Ôh! Palavrinha complicada. Bom, decidimos que iríamos nos casar quando eu me formasse. O que vai acontecer no final de 2008. Foi por isso que eu fiquei aqui e ele foi sozinho. Mas muita coisa pode acontecer até lá. Ainda não marcamos nada. Li: _ Me diz uma amadurecimento? coisa. Seu namoro te ajudou no seu _Nós nos amamos muito, mas tivemos uma criação bem diferente. Aprendi a ser mais tolerante paciente. Ainda sou estourada, mas aprendia a pensar mais antes de falar. Guardar mais para mim algumas coisas que não vão acrescentar se forem ditas. Acho que foi isso que amadureci. Aprendi a me doar mais. Eu era um pouco egoísta. Aprendi a ser mais esperta também. Eu era imatura e acaba me abrindo de mais para as pessoas e percebi que por mais que eu não queira acreditar, existem pessoas que não querem o seu bem. Aprendi a conviver com pessoas assim e saber que por amor podemos enfrentar o mundo e que juntos nada nos destrói. Li: _ Então, pessoas já andaram te desestimulando? _Escutar besteira já escutei e muito, mas não de pessoas muito próximas sabe? Já fiquei sabendo que falavam por trás que eu era corna, que meu namorado estava comigo por interesse, que ele ia me largar. Até que ele era muito bonito para mim. Eu sempre ignorei. Acho que da parte dele existe mais pessoas próximas que desestimulam. Ele nunca me deu motivos para desconfiar dele, então, por que vou desconfiar? Li: _ Claro! Eu acho que tem muita gente invejosa por aí. Uma vez ouvi uma pessoa dizer que inveja não é querer ter o que a outra pessoa tem. É não querer que a outra pessoa tenha. Fernanda, para terminar, que incentivo você dá para alguém que está lendo sua entrevista sobre não desistir diante das dificuldades? _O que posso dizer é olhe para dentro do seu próprio relacionamento e refleta se vale a pena, acreditando nisso, vá em frente, lute! Pois quem escolhe esse tipo de relacionamento, deve saber que não escolheu um namorado ou marido e sim um estilo de vida. Aproveite o que ele lhe disponibiliza. Conhecer lugares novos, aprender com as experiências. E amadureça com cada obstáculo. Pois sem eles a vida não tem graça. E abrace seu coração, vá em frente, ignore os pensamentos negativos e lute pelo que é seu! Li: _ É isso aí! Ouviram o recado da Fernanda? Gostei disso Fernanda, amar um militar é ter um estilo de vida!Linda, muito obrigada, de coração. Para você o céu é o limite da felicidade que te desejo! Bom, espero que vocês tenham aprendido um pouquinho com a história desses 4 anos de amor da Fernanda, que teve todo o carinho em disponibilizar o seu tempo para dividir conosco esse bate papo muito gostoso. Entrevista 2 "Era difícil para mim saber que meu grande amor iria embora." Quando eu encontrei com Cyntia para conversarmos, já adivinhei o que seu militar era pelo nick do seu msn, igual ao meu. Em contagem regressiva para o tão sonhado dia da formatura. Claro, que ela me corrigiu por eu estar um dia em atraso. Ora, um dia é muita coisa nessa reta final. Li: _ Então, Cyntia, conta isso para a gente? _Bom, meu namorado está no 4º ano da Aman e sua arma é Engenharia. Ficamos noivos domingo e vamos nos casar agora no fim do ano. Estamos juntos há 6 anos e 2 meses. Li: _ Que maravilha! Mas como tudo isso começou? _Ele sempre morou perto de mim, só que eu não o conhecia. Quando um certo dia eu fui morar em frente da casa dele. Uma colega gostava muito dele e vivia falando dele para mim. No ano novo de 2000 para 20001 ele veio me dar um feliz ano novo, mas eu nem respondi. E a minha colega que morava aqui em Fortaleza vivia falando dele para mim. Um dia fomos para uma festa e acabei ficando com um amigão dele, que hoje somos padrinhos de casamento deles. Muito tempo depois, estava conversando com um casal e ele havia chegado do curso. Minha amiga começou uma brincadeira de dar um beijo na testa e depois no nariz e assim foi indo só que quando foi para chegar na boca eu parei e fui para casa. Um mês depois era aniversário dele e ele queria porque queria que eu estivesse lá. Eu falei que tinha que trabalhar, mas acabei indo no domingo. Ele ficou perto de mim o tempo todo me dando atenção, enquanto uma menina fazia de tudo para tirá-lo de perto de mim. Mas você já ouviu falar do João Teimoso? Era ele. Todos quiseram ir para praia e ele ficou segurando minha mão.Eu estava triste neste dia, porque havia acabado um relacionamento de 3 anos. Ele, que havia vindo de carro com um amigo, voltou na Topic que os pais e os amigos dele tinha alugado. Nós acabamos ficando e ele pegou o violão e começou a tocar músicas para mim. Ficamos uma semana sem nos vermos. Só que minha amiga queria ficar com o amigo dele. Combinamos então de nos encontrar em uma praça. Ele falou que tinha que estudar, mas quando olhei para o lado lá estava ele. Meu coração foi a mil.Acabamos ficando e marcamos de sair outro dia para o cinema, mas saimos para comer alguma coisa com um casal. No caminho do Dragão do Mar (Um ponto lindo que tem aqui), ele chega para mim e diz que tem uma coisa para me falar. Ai eu perguntei qual era. Ele perguntou "quer namorar comigo?" Eu na hora o beijei e falei "essa é minha resposta". E estamos até hoje. Li: _ Que lindo! _Ele ficou sempre do meu lado nos momentos difíceis da minha vida. Como a morte do meu pai. Acabei ficando doente e ele sempre do meu lado. Depois perdi meu tio, e ele ali comigo. É bom saber disso, que acima de tudo, ele é meu amigo. Li: _ Como é levar um relacionamento com a AMAN no meio? _Para mim foi muito difícil. Quando ele me ligou de madrugada e falou "Amor, passei para Espcex." Eu nem quis ouvir, meu irmão atendeu o telefone e falou que eu estava dormindo. Mas ouvi, quando meu irmão deu os parabéns.Eu comecei a chorar. Eu não queria aguentar a distância. Era difícil para mim saber que meu grande amor iria embora e poderia achar uma pessoa que amasse mais ele que eu, fiquei louca. Mas achei forças para dar a ele. A primeira vez que ele foi embora, eu me acabei de chorar. Meu mundo tinha acabado. Pensei que não íamos ficar mais. Que não podia ser, meu amigo, meu namorado fosse embora. Quando ele me ligada da Espcex dizendo não aguento mais amor, eu como namorada e amiga dizia "Amor, você é forte! Vamos passar por isso". Que amor forte mesmo, ele chorando e eu me segurando para não chorar, para não deixar ele mais mal do que estava. Quando ele desligava, eu me acabava de chorar. A "fase Espcex" era uma que pensei que não iria acabar. Eu odiava aquilo tudo. Mas tinha que dar sempre força a ele. Você acredita que até hoje eu não me acostumo com essas idas e vindas? Li: _ Oh! Se acredito! _Eu choro sempre. Passo uma semana mal e depois volto ao normal. Às vezes, tinha vontade de dizer, "amor, volta, não fica mais aí não, fica comigo." Li: _ Imagino que no fim desse período de AMAN, hoje faltam 134 dias, você se considera uma vitoriosa! _Sim, muito! Aprendi muito com minhas amigas "Abandonadas", é assim que chamamos o grupo. Elas me deram muita força. Porque algumas amigas que eu pensava que tinha não eram amigas. Quando eu ia a festas, elas ficavam me apresentando caras e falavam "Deixa de ser besta! Você não sabe o que está fazendo lá". Eu ficava muito mal. No primeiro ano de AMAN, conheci 2 namoradas que foi a Tallyta e a Chris, que estava no mesmo vôo que eu indo para o Espadim. Amo muito todas, elas estão ali com você. Li: _ Vamos falar de bons momentos? Você lembra de algum bem bonito? _Claro! Teve uma vez que ele mandou uma loucura de amor para mim na loja onde eu trabalhava. Agora você imagina, a loja lotada, em liquidação. Ai, chega uma mulher e um homem com o Sax gritando meu nome na loja. Quando eu vi, faltei morrer e ela começou a cantar para mim uma música que marca nossa vida até hoje. Oceano do Djvan. Eu também já fiz uma coisa por ele. Mandei um buquê de flores para AMAN. Todos ficaram frescando com a cara dele. Ele mesmo não acreditava que eu tinha feito isso apra ele, principalmente lá! Ele me ligou dizendo que ia me matar. Li: _ E agora? Preparada para largar tudo e ir com ele? _Sim. Vou sentir falta da minha família, minhas amigas, da minha cidade. Mas faço tudo para ser feliz com ele. Li: _ Sim, suas amigas, elas foram muito importantes para você. _O grupo é formado por mais de 20 meninas. Saimos sempre, vamos para o forró. Somos muito unidas em tudo. Quando eles estão aqui saimos todas para os mesmos lugares. Minha mãe no dia que me viu noiva, a pressão dela foi de 22 por 10. Agora tenho que deixar ela por "fora do casamento". Eu posso dizer que aprendi muito. Amar um militar me ensinou a ser carinhosa, amiga, companheira. Li: _ Qual foi o pior momento? _Quando uma menina de lá que dizia ser nossa amiga, veio me falar que outra amiga dela tinha visto ele com uma mulher. Eu quase terminei com ele. Mas quando fui para lá, ela se escondeu de nós, porque ele disse a ela que assim que eu chegasse ele queria que ela me mostrasse a mulher que ele tinha ficado. Para mim faltou chão nessa hora. Para mim foi difícil, mas meu coração falou mais forte e confio nele. Li: _E como sempre eu pergunto: O que você tem a dizer para as meninas que estão passando e vão passar por toda essa luta? _Fiquem do lado deles nos momentos felizes e tristes e dê a força que ele precisa. Li: _ Eu quero te dizer que sou muito grata por você ter me contado algumas coisas tão difíceis. É duro relembrar momentos assim. Em algumas horas você ficou tocada por trazer as memórias à tona. Isso mexeu comigo também. Mas em várias momentos em que eu te ouvia, eu pensava, nossa, eu não vivi aquilo tudo sozinha. E estamos juntas, contando os dias. Quero te encontrar lá para a gente brindar juntas! 5 "Às vezes, vem a dificuldade da vida, mais ele olha pra mim com um jeitinho tão especial e contorna tudo." Tem histórias de amor que demoram a se desenrolar. Outras parecem um susto e pluft! Acontecem de súbito. Foi assim com a minha entrevistada Francisléa Izabel Correia da Cunha, que mora em Porto Velho. Seu amor é cabo da Aeronáutica e eles estão juntos há 6 meses. Li: _ Como se conheceram? _Eu sai com umas amigas. Estávamos conversando, daí ele passou por nós, voltou. Parecia cena de filme. Daí, comprou cervejas, disse que estava tendo um churrasco em sua casa. E ficou conversando comigo. Trocamos telefone. Mas eu não queria me envolver, porque ele era casado. Mas depois ele se separou e agora estamos juntos e foi amor súbito. Li: _ Você tem medo de tudo acabar, rápido como começou? _Às vezes, tenho medo de que não vamos ficar juntos, falei isso para ele. Mas ele disse que me amava e que era comigo que queria ficar. Eu tenho um filho de oito anos e ele uma filha de 2. Li: _ O que está sendo um casamento para você o que está te mudando como pessoa te ensinando? _Nesse meu casamento estou aprendendo muito com ele, antes era egoísta e fazia tudo errado. Nem muito ciúmes eu tenho, era muito possessiva, queria tudo pra mim e agora não é assim. Ele me ouve e gosta que eu dê opiniões. Pergunta o que estou sentindo quando estou triste. O meu amor a cada dia se renova mais e mais estou aprendendo com ele o que é o amor verdadeiro, quando olho pra ele meu coração bate mais rápido. Nossos olhares são totalmente diferentes, fico imaginando nós dois em lua de mel. Adoro ficar em seus braços deitada e ele fazendo carinho em mim. Assistimos filmes juntinhos. Parece que estou em um conto de fadas, as vezes me pego parada pensando nele. Li: _ Você imaginava que casamento seria assim? _Às vezes, vem a dificuldade da vida, mais ele olha pra mim com um jeitinho tão especial e contorna tudo. O amo demais apesar de que nem tudo é pra sempre, mais levarei no coração um amor verdadeiro de um militar. Não imaginava que o meu casamento seria assim. Cheio de aprendizagem especiais! Achava que só ia ter brigas e discórdias. Realmente amo de verdade. Porque dizer eu te amo é fácil o difícil é vivê-lo no dia-a-dia. Li: _ E ser mãe? Dizem que tudo muda com a mulher. É, realmente muda, nosso comportamento é totalmente diferente porque não pensamos mais só em nós. Temos uma importante tarefa que é de cuidar e proteger uma criança indefesa. Amo demais a filha dele, cuido dela como se fosse minha filha mesmo. Ele também adora o meu filho. Quero que a gente tenha um filho de nós dois. Li: _ Mas é preciso esperar uma hora certa né? Para poder conciliar trabalho, filhos... Me fale sobre seu trabalho. _Faço educação física e trabalho com ginástica laboral nas empresas. Gosto de levar informações as pessoas sobre os cuidados do corpo e mente. Esse trabalho tem a finalidade de mostrar aos trabalhadores o seu estresse no dia a dia. Li: _ Eu espero que vocês fiquem mais meses, anos, décadas juntos. E que esse amor se fortifique dia-a-dia. Um beijo, querida. Entrevista 3: "Somos verdadeiros um com o outro, sempre falamos o que sentimos, e se não nos sentimos felizes, buscamos juntos melhorar. " A Jéssi é uma amiga querida. Só nos conhecemos pela Internet, mas tenho um enorme carinho por essa menina. Ela mora no Paraná e cursa Pedagogia. Li: _ Jéssi, conta para a gente, seu milico faz o quê? Ele é soldado do exercito brasileiro, está no ano obrigatório. Faz 6 meses que ele é militar. Conheci-o quando ele apenas sonhava com isso, ele tinha terminado o ensino médio e estava esperando para entrar no exercito. Eu tinha uma amiga que tinha ele adicionado no orkut, me passou o orkut dele para que eu pudesse fuçar (eles tinham um caso imaginário via internet) rs, com aquela nova ferramenta do orkut, ele soube que visitei o orkut dele e começamos a conversar, ele sabia que todo domingo eu ia ao shopping encontrar alguns amigos, e um belo domingo ele apareceu lá, para me ver. Dai ficamos durante 1 mês, ele me chamou para ir até a casa dele em um sábado, como propósito que eu conhecesse a mãe dele (ele é muito ligado a ela), e eu perguntei porque, e ele me disse que era porque ele sentia que eu não estava segura com o que ele sentia por mim, achei lindo, nessa sábado em que fui na casa dele, ele me pediu em namoro, e domingo, dia 15 faz 1 ano que estamos namorando. Li: _ Como é enfrentar a saudade.... os dias de serviço? _Na maioria das semanas só nos vemos nos finais de semana, como ele esta no ano obrigatório, acaba tirando serviço duas vezes por semana, e eles só dão a escala 1 dia antes do dia do serviço, isso é muito ruim, não da pra fazer plano nenhum, hoje mesmo estou um pouco triste esperando ele chegar e talvez me dizer que no domingo, dia do nosso aniversario de namoro, ele vai ficar de serviço. Li: _ E aí? Como vai ser a comemoração? _Se isso acontecer, ou comemoraremos um dia antes ou um dia depois,como na maioria das vezes né? O que acho mais difícil em um relacionamento com um milico é a imprevisibilidade. Não podemos planejar viagens, pois não sabemos quando vão estar de serviço, não podemos combinar de sair com os amigos, pois ele pode ter q ficar no quartel, acho que isso é a parte mais difícil. Li: _ Por que você acha que a química entre vocês deu certo? _Acho que somos verdadeiros um com o outro, sempre falamos o que sentimos, e se não nos sentimos felizes, buscamos juntos melhorar. Li: _ Lembra de algum momento difícil que passou? _Quando ele estava no internato do quartel, no segundo dia, ele me ligou me dizendo que tinha machucado o joelho, me senti inútil, pois eu não podia fazer nada pra ajudar ele. Li: _ É horrível essa sensação. Quando uma vez meu namorado ficou internado com uma virose, eu fiquei louca. Porque eu não podia estar lá, nem cuidar dele. A gente se sente muito impotente mesmo! _Com ele aprendi a ver duas pessoas que se amam como uma só, o que não é bom pra um, acaba não sendo bom pro outro. Ele me mostrou como é bom pensar no futuro, mas sem deichar de curtir o presente e que a confiança é a base fundamental de tudo Li: _ Tem algum momento emocionante que lembre? Uma cena de amor...? No dia dos namorados, ele chegou muito triste, por que tinha ficado até mais tarde no quartel, e ele não conseguia nem olhar pra minha cara de vergonha por não ter comprado meu presente, ele tava tão triste, e eu achei q era uma linda prova de amor, mesmo que o presente não estivesse ali, e eu não me importava com isso, estava muito feliz q ele tivesse ao meu lado. Presentes são simplesmente rebaixados, quando estamos diante daquele lindo sorriso né? Li: _ Claro! Agora vamos falar de um assunto polêmico. O que você acha do que as pessoas falam? "Que militar não presta"? _Minha mãe mesmo já falou isso (claro que ela estava brincando comigo né) rsrs, mas é muito comum vermos classes generalizadas por ai, é a mesma coisa que dizer que todo cabeleireiro é bicha para a esposa dele, ela mais do que ninguém terá certeza que esse tipo de generalização é completamente sem fundamento. Li: _Adorei a comparação. Verdade! Cada uma sabe em quem possa confiar. Jéssi, o que você tem a dizer as mulheres que vão ler sua entrevista? Lembro de uma frase que uma menina do blog escreveu em um texto, agora vou pegar emprestada a frase, "o importante, é que quando estão junto o amor reconforte, e seja mais forte que tido". Entrevista 4: "Era como se a vitória também fosse minha" É muito instigante conversar com alguém que passou pelas mesmas experiências que nós. E mais, que já atravessou fases da vida que ainda iremos enfrentar. Eu particularmente me identifiquei muito com a história da carioca Ana, que está no 4º período de farmácia. Seu namorado se formou ano passado na Academia Militar Agulhas Negras (Aman), hoje é pára-quedista e serve no Rio de Janeiro. Contando assim parece que tudo foi muito rápido, mas na verdade, são alguns anos de muita dedicação e de um amor capaz de suportar duras provações. Isso ja vai fazer 8 anos. O casal está junto há 3 anos e 10 meses e agora finalmente podem se ver todos os dias, já que eles moram perto. Li: _Ana, quando vocês se conheceram ele já estudava na Aman? Ana: Quando nos conhecemos ele era meu vizinho e não estudava na AMAN ainda... isso ja vai fazer 8 anos. Quando a gente começou a namorar, o pessoal achou estranho porque realmente foi do nada. Poxa, ele era o meu melhor amigo, sempre me tratou com respeito, nunca rolou nada... só brincadeiras do tipo a gente vai casar, vai ter filhos, mas realmente eram brincadeiras. Li:_E o amor da Ana começou como uma linda amizade que se transformou em um sólido namoro. É muito importante a gente considerar a amizade como um pilar em um relacionamento, pois nos momentos de dificuldade é esse sentimento de companheirismo que sustenta o casal. E olha o que eles passaram: Ana: Se o seu namorado pensa em ser pára-quedista, se prepare pra cuidar dele, porque é dramático. Eu tive que cancelar uma viagem pra Brasília para poder cuidar dele. Como meu namorado mora com o avô, perto do meu apartamento, eu passei uns dias lá, para poder ajudá-lo nesta fase do curso em tudo que precisasse. Eu acordava às 4 horas da manhã ou 5, dependendo do dia, para fazer o café e arrumar a bolsa térmica que ele levava pro curso com vitamina. Só que no meu caso foi um pouco complicado, como eu tenho pressão baixa, às vezes, eu acordava pra fazer as coisas dele um pouco tonta. Porém, eu não podia deixar ele perceber isso, porque senão ele ia mais tenso pra brigada do que o normal. Foi difícil. Muito difícil. Bom, mas aí eu dava um beijo e ele ia embora. Eu voltava, então, a dormir. Nas primeiras semanas, ele vinha para casa na hora do almoço, aí quando ele chegava, o almoço já tinha que estar pronto, porque a fome era fora do normal. À noite, eu o ajudava a fazer os alongamentos e depois ele dormia. Li:_Um amor assim, cheio de dedicação faz com que a vitória da conclusão do curso tenha em parte uma mãozinha das namoradas e de todos aqueles que apóiam o militar durante o período de formação. Ana: Há uma comunidade, no orkut, chamada “Eu amo um pqd”. Uma vez tinha um tópico em que as meninas se perguntavam se elas sentiam-se responsáveis pelos seus militares saírem pqd. Eu pessoalmente acredito que o ajudei muito. Realmente é como se eu tivesse saído pqd junto com ele. Era como se a vitória também fosse minha. Eu vibrei junto, porque lutei junto com ele, porque chorei junto com ele! Depois de passar pela Aman, ela deixa um conselho para quem está dando apoio aos seus namorados e tentando superar a distância e as dificuldades: Ana: Tenham muita calma, confiança, mas não dêem uma de idiota. Se dêem o valor que merecem e marquem em cima. Mas sem perder a linha, claro, com muita classe. Senão, eles aprontam. (risos). E, sem esquecer de falar, apóiem seus namorados em tudo, até nas suas loucuras. Li: _ Ana, muito obrigada pelo carinho que teve comigo, por ter me destinado seu tempo e tanta atenção. Entrevista 5: "O importante é não se deixar abater. Deus te dá a força para superar." Quando conheci a Ariel* (nome fictício), e comecei a conversar por email com ela, percebi o quanto era uma pessoa rica em sabedoria. Sabia ver a vida por outro lado, de um modo tão singelo e racional, sem deixar a emoção nunca de lado. E quando fiz esse livro a primeira pessoa que me veio em mente para entrevistar era ela, claro. Mas eu temia que por ser uma pessoa muito reservada, não aceitasse meu convite. Quando aceitou, eu bati palmas. Imagina para uma jornalista conseguir falar com alguém que ela quer muito entrevistar?! E assim foi que consegui esse que para mim foi um “furo” de reportagem. Já que não imaginava que ela concordaria! Por isso, não vou dizer mais nada, com vocês, a história dessa maravilhosa pessoa: Li: _Há quanto tempo vocês namoram? _Bom, hoje faz exatamente... (olhando no calendário) 5 anos, 11 meses e 9 dias! Li: _ Eu perdi as contas, acredita? Não sou boa de dias, ai eu esqueço. Não contamos mais. Que displicência. É um ano e alguma coisa. Sei que é mais de seis meses. _Ow, que gracinha! Mas, não é importante contar, importante é comemorar todos os dias. (rsss) Li: _Sim, é. Mas eu não sei contar troco de bala! _É só mais uma data... apesar de ser o dia em que a sua vida mudou para sempre (e para melhor). (rsss) _Quer que eu te conte como nos conhecemos? Li: _ Claro! Manda aí... como!? (rsss) _Ok, então, senta que lá vem história... Era uma noite fria de agosto, há 5 anos e 9 dias atrás... (risos, brincadeira). Eu era viciada em chat e ficava quase todo o momento online conversando e conversando. Conversava com Deus e o mundo. Então, eu usava o “Odigo”. É um programa parecido com o msn, só que mais “fofinho” (cheio de cores e desenhos engraçados). _Eu recebi três mensagens dele e não respondi na hora porque eu estava offline. Só vim tempos depois, quando conectei e, então, respondi, ele respondeu, eu respondi e... nos encontramos online por um tempo curto, mas pedi o telefone dele (porque eu adoro conversar falando, mais do que digitando) e liguei na terça-feira seguinte. Ele não estava em casa, apenas o irmão. _No sábado seguinte (04/08), na virada pro domingo, minha mãe disse-me para ir dormir porque estava tarde e ela não gostava que eu ficasse tanto tempo na frente do computador. Eu fingi que fui dormir e consegui ligar o computador e entrei no odigo. Fiquei conversando com muitas pessoas. À meia-noite (horário ruim para a Cinderela, mas não para mim!), ele conectou e falou comigo. Eu fiquei super empolgada porque queria falar com ele. Gostei do jeito divertido dele e queria vê-lo de novo. Fomos conversando e, aos poucos, as pessoas com as quais eu estava conversando saíram e eu fiquei à sós com ele. E daí foi até quase 10hs da manhã conversando. _A conversa foi muito divertida, ele falou da EsPCEx, AMAN e do Exército. Explicou-me esses conceitos que não conhecia e nem sabia que existia! E, sim, eu fui buscar conhecer isso tudo também na internet. (risos) Então, resolvemos ir pro telefone. Ele me ligou no celular (interurbano para celular!) e nos falamos durante 40 minutos! (aiai) Eu cantei uma música para ele (“Love By Grace” da Lara Fabian) e depois voltamos para internet. _Ele me pediu em namoro e eu perguntei como faríamos, “você está aí, eu aqui”. E ele disse para caminharmos aos poucos, nos conhecendo e quando nos encontrássemos pessoalmente, se desse certo, ótimo. Se não, ficaríamos com a amizade. Aceitei e ele saiu porque nesse dia ele estava saindo de viagem para São Paulo (estudar para EsPCEx). Chegou a me dizer que nunca havia conversado durante tanto tempo com alguém (nem eu!). Trocamos endereço e recebi uma carta dele (muito linda) no sábado seguinte. Então, ficamos trocando cartas até que instalaram o telefone na casa dele em São Paulo. Desde então, era carta e telefone. Depois ele voltou pro Rio e, então, tínhamos computador, cartas e telefone. E foi assim até o dia em que nos encontramos pessoalmente. _Eu só havia visto uma foto dele que veio na segunda carta, ele viu algumas minhas pela internet. Em novembro de 2002 eu me mudei de volta pra minha cidade e ainda não nos conhecíamos pessoalmente. Como precisávamos voltar para pegar o resto das coisas que ficaram, pedi à minha mãe que passássemos pelo Rio para que eu pudesse conhecê-lo. Ela me levou! _Durante a viagem, eu não cabia em mim de tanta felicidade. Eu sorria e queria chorar e queria gritar e queria ficar quieta e acreditar em tudo que estava acontecendo. Sentamos perto de um casal e a mamãe foi conversando com eles o tempo todo, tentando descontrair e me fazer relaxar, mas eu só conseguia olhar pela janela esperando o grande momento. Então, me concentrei e pensei em todas as coisas que eu não deveria fazer e tentando me decidir como deveria me apresentar a ele (beijando na bochecha, simples aperto de mão, calma e educada ou poderia sorrir à vontade?). Cheguei à conclusão de que deveria falar com calma e elegância, apresentando-me sem fazer nada espalhafatoso, ser discreta. _Chegamos. Descemos e eu corri pra pegar as malas. Eu estava usando um vestido preto com um xale azul pq eu sabia q ele adoraria me ver de vestido. Eu liguei pra ele enquanto egávamos as malas porque ainda faltava uma. Expliquei que estávamos saindo e desliguei. Fui ajeitar o cabelo no banheiro e nos dirigimos à saída. _Ainda havia uma conferência de documentos que me deixou desesperada e saí pelas portas como quem saí de uma sauna (que me sufoca) e respirando aliviada, mas não menos elétrica! Saí levando o carrinho com rapidez e quando vislumbrei o lugar praticamente vazio, fiquei preocupada. Disseram-me que tinham muitas pessoas lá, mas eu não consegui ver ninguém, apenas um policial que veio na minha direção depois de eu haver gritado pelo meu amor duas vezes e dito “Eu estou aqui, cadê você?”. O policial disse "Você é a...?" e antes que ele pudesse terminar a frase, eu falei desesperada, "SOU!! CADÊ ELE?!?!?!?". _Daí o policial virou e disse “tem um senhor te procurando aqui...”, e apontou na direção do tal do quiosque e eu fui andando rápido na direção de lá e apareceu o pai dele e eu hesitei no passo pensando “ei, não é ele...”. Eu diminuí o passo, mas continuei andando na direção dele e o pai me olhou com aquele olhar de tipo “quem será essa garota?” Por que eu sou a primeira namorada dele, a primeira que ele leva para casa, apresenta à família (fiquei sabendo disso tempos depois quando a irmã dele me contou). _Bem, ele apareceu logo em seguida, caminhando com certa timidez, com as mãos à frente do corpo, segurando uma na outra. Quando eu o vi, sem brincadeira nenhuma, eu larguei o carrinho de malas andando sozinho, dei um grito de felicidade e corri na direção dele parecendo uma gueixa, porque o vestido é justo e na parte das pernas, não permitia tanto movimento. Foi bem engraçado! E o medo de cair do salto!? (rsss) Daí, ele se assustou com a reação e eu o abracei eufórica! E fiquei ali. Ele ficou meio sem ação e, aos poucos, eu senti as mãos dele me abraçando devagar. Daí, minha mãe quis tirar foto e eu quis ficar abraçada mais um tempo com ele. Depois de um minuto, mais ou menos, ele disse “vamos?” e eu voltei a mim mesma e, finalmente, nos olhamos frente a frente. Envergonhada e extasiada de felicidade! Finalmente abraçá-lo era um sonho se tornando realidade (um sonho maior do que um fã que toca o braço do ídolo). Nisso, mostrei a foto que levava na carteira, o chambinho (coraçãozinho vermelho com bracinhos) que ele me deu e fomos pro carro. _Detalhe: minha mãe veio conversando com uma senhora que é professora de português ou literatura no colégio da minha prima (na época) e que, numa de suas aulas, ela falava sobre um texto cujo título era “namoro pela internet”, ou algo parecido, e como ela havia presenciado meu encontro com o meu namorado e sabia um pouco do que a mamãe contou, ela contou minha história pros alunos e minha prima disse “essa não é uma garota de olhos claros e cabelos longos, branca...?” e a professora confirmou e ambas ficaram assustadas com a coincidência! \o/ _Voltando...Eram muitas malas! Colocamos uma bem grande na poltrona da frente. E na parte de trás, entrou minha mãe, eu, ele e o pai. Ficamos os quatro sentados atrás, bem apertado. Eu praticamente sentei no colo dele (pelo menos as pernas estavam sobre as dele) e os rostos muito, muito, próximos. Ele me olhou de um jeito diferente, sorriu e olhou pros meus lábios. Eu saquei que ele queria me beijar, com certeza devo ter ficado super vermelha, eu não consegui me conter e deitei a cabeça no ombro dele, abraçando-o pelo pescoço, totalmente envergonhada por causa dos adultos que estavam por perto. _Chegamos à casa do pai dele e subimos as malas. Entramos no quarto, ajeitamos tudo e todos foram sentar-se à mesa. Ficamos os dois lá, parados. Olhávamos as malas e o ambiente. Eu esperava que ele me tomasse em seus braços e me beijasse, finalmente. Mas, ele sabia que era isso que eu queria e preferiu me deixar ansiosa. Então, nos chamaram para almoçar, eu o olhei e disse *segurando minhas mãos à frente do corpo, timidamente* “então, vamos...?” e ele disse “sim”. E eu saí do quarto, indo pelo corredor e passando bem em frente às portas que levavam uma ao banheiro e a outra, ao outro quarto, pensando “bem, já que não quer então...” nesse exato instante, meu pensamento foi cortado por uma mão que segurou-me pela mão direita e me puxou para trás, fazendo-me girar o corpo e parar, com exata destreza e precisão, junto ao corpo dele – uma de suas mãos, firmes nas costas e a outra no ar, já indo em direção à mim. Olhou-me por um milésimo de segundo, tempo suficiente para eu o olhar também e, como saídos de um transe relâmpago, nos beijamos com um desejo tão intenso que eu não acreditei que desejaria beijar alguém assim tão urgentemente!!! \o/ Depois disso, fomos nos sentar à mesa e ele me pediu em namoro oficialmente à minha mãe. E passamos dois dias e meio juntos. Cheguei lá na sexta-feira, por volta das 13hs. E ele voltou para EsPCEx no domingo à noite e eu fui embora de lá dois dias depois. _Eu adoro a família dele inteira! Eu já os adotei como minha também!!! Tratarem-me super super bem! \o/ Li: _ Uma cena de amor que ele fez para você que lembre? _Ah, as cenas de amor são tantas que desde o primeiro dia do namoro já teve. Uma que marcou bastante foi uma visita surpresa que ele me fez. Ainda conectado, me passou o suposto código de produto para que eu fosse buscar na loja. Eu fui lá logo depois de anotar em um papel. Quando cheguei, o atendente disse que não era código de produto algum, então, eu fui para um café que tem dentro da loja e conectei no msn esperando-o conectar, pois ele me disse que, após pegar a encomenda, eu deveria conectar nesse lugar para falar com ele e dizer o que achei. Bem, alguns minutos depois de conectada e nada de namorado ficar online (fiquei torcendo “sobe plaquinha, sobe!!!”), eu já desconfiava de algo, mas esperei para ver. Então, eu olhei para cima e vi a imagem dele refletida na placa do lugar. Ele veio aproximando-se e me tocou as costas. Eu virei e o abracei fortemente! Ele trouxe consigo uma rosa vermelha e grande, linda, em um arranjo muito meigo! Foi a primeira vez que recebi flores! Foi muito romântico! _Em outros momentos, ele cantou para mim, levou-me à Penedo de surpresa onde passamos momentos fantásticos e românticos em um xale. Foi lindo demais. Temos muitos grandes momentos, e mais ainda pequenos momentos, pequenos detalhes que ele faz de tempos em tempos e vice-versa. Nossa vida não é um mar somente de rosas, mas elas estão sempre ali, em 90% de todo o mar. Li: _ Um momento triste? _Ah... quando meu pai morreu. Eu ainda não o conhecia pessoalmente e precisava muito dele para conversar. À noite, eu liguei para a casa do pai dele e pedi para chamá-lo. Já passava da meia-noite, mas o pai dele foi tão bom e o chamou sem maiores perguntas. Então, ele ficou ali comigo me consolando e conversando. Foi um momento muito triste para mim, mas o apoio dele me deu bastante força. _E outros momentos tristes que sempre me dão um aperto no coração de lembrar, são aqueles em que um de nós adoecia. Não estávamos perto para cuidar um do outro. Esses eram momentos angustiantes e sempre me faziam chorar de tristeza e orar muito para que ele sarasse logo. Li: _ O que você já ouviu de desestimulo dos outros? _Tudo o que se possa imaginar. "- Você confia nele?" "- E se ele te trair? " "- Você acha que ele é fiel? " _(Antes de conhecê-lo pessoalmente) "– E se ele não for tudo aquilo que você espera? " (Depois de conhecê-lo e dizer que ele é tudo e muito mais) " – Ah, mas não se conhece alguém de verdade em tão pouco tempo..." _Quero dizer, já ouvi muitos comentários desse tipo e me cansei deles. Hoje em dia, eu ouço, sorrio e digo educadamente: “não se preocupe, estamos perfeitamente bem”. E se fazem alguma piada sobre fidelidade, devolvo com uma resposta bem chocante para quebrar o sentimento de liberdade que os outros têm em relação à dar conselhos que são mais facas afiadas do que sorvete de flocos. As facas te cortam e você sangra. O sorvete lhe é oferecido como um gesto de solidariedade e cumplicidade. Quem lhe oferece uma faca, lhe corta e vai embora. Quem lhe oferece um sorvete, fica para saboreá-lo com você. Estou filosofando demais (eu gosto das minhas filosofias, mas minhas comparações são meio infantis... acredito que é mais fácil de entender assim - risos). O ponto é: aprenda a diferenciar as facas dos sorvetes. Esquive-se das facas e recuse a maioria dos sorvetes. Compartilhe com alguém em quem você confie. Alguém que lhe oferece algo pode, muitas vezes, não estar sendo sincero. Então, evitar é melhor do que remediar. É o que eu faço. Não entro em detalhes em 90% das circunstâncias. Se dou conselhos, não dou exemplos meus. Digo apenas a moral da história. É uma pena não poder contar a história, mas a exposição de si mesmo é um risco que não quero correr. Li: _O que você acha da carreira militar? _Não existe carreira militar porque você não está militar. Você é militar. Militar não é função, não é profissão, é estilo de vida. Ele falou sobre isso no começo do relacionamento e, após ele me falar sobre o Exército, as Forças Armadas, suas atividades e etc, eu cheguei à conclusão de que existem civis fardados e existem militares. A diferença está na essência. O cidadão que entende a importância dos militares, que segue os preceitos desse estilo de vida, este sim é militar. O civil fardado não entende, não gosta, segue as regras por obrigação, sem entender o porquê detrás de determinada ordem. Ele não entende que um erro no mundo civil leva, no máximo, à uma prisão prolongada; já um erro no mundo militar significa a morte, sua e de outras pessoas – muitas, inocentes. Eu não entendia isso. Hoje, sei perfeitamente o que significa. _Minha visão sobre isso (e sobre toda a vida) abriu-se escandalosamente depois que conheci o meu namorado. Vendo a sua vida, ouvindo as histórias, conhecendo o serviço, as atribuições pesadas, os campos, tudo o que ele passa lá dentro, passei a enxergar de forma mais clara esse “mundo militar” que poucos civis têm o interesse real e espontâneo de conhecer. A maioria é levada de uma forma ou de outra à conhecer, vejam só todas nós que buscamos informações porque eles fazem parte, se não, talvez nunca teríamos nos preocupado com isso. Geralmente, parentes de militares são os únicos que se interessam espontaneamente. Mas, eu creio que é um assunto muito importante, tão importante quanto as matérias da escola. Ainda vou escrever uma monografia falando da importância da matéria “Educação Moral e Cívica”. _A vida de um militar é difícil, cansativa, estressante e hoje em dia, parece não trazer muito reconhecimento, principalmente, com militares da aeronáutica sendo desmoralizados hierarquicamente pelo nosso então presidente da república. É um absurdo. () Poderia falar mais, porém, creio que respondi bem, não é? (risos) Li: _O que você acha mais difícil em um relacionamento com milico? _Creio que o desprendimento é o mais difícil. É aceitar cedê-lo quando não queremos que ele saia de perto de nós. _Todas as outras dificuldades que as pessoas mostrem serão comuns a qualquer relacionamento. A grande diferença é essa: mulher de militar sente na pele, no dia a dia, a preocupação da iminência de perdê-lo ou de passar um tempo grande distante dele. Por isso, nós valorizamos cada segundo juntos e amamos como Renato Russo dizia: como se não houvesse amanhã. E ainda, não deixamos para amanhã o que podemos fazer hoje, pois cada momento é precioso. O ontem fica na memória, o futuro a Deus pertence e o presente é vivido intensamente. Li: _O que você faz para superar a distância? _Não supero. Se não posso vencê-la, junto-me a ela. No sentido de dar o devido valor à ausência e à presença. Por exemplo, em épocas de campo ou viagens, eu uso meu tempo para ler mais sobre tudo o que é interessante para ter muitas novidades legais para conversar com ele quando voltar. Eu me concentro no que devo fazer e não deixo que o martírio atinja meu coração, porque ele precisa estar saudável quando meu amor chegar. O importante é não se deixar abater. Deus te dá a força para superar. E, parece não funcionar, mas funciona, não pense. Não se dê tempo para pensar em coisas tristes. Eu procuro fazer muitas coisas diferentes para contar tudo para ele em seu retorno, assim como ele terá coisas legais para me contar. Atualmente, conversamos sobre os acontecimentos políticos no Brasil e no mundo. Eu adoro conversar sobre isso com ele. Aprendo muito! Li: _ O quanto sua carreira é importante para você? _Eu não tenho carreira, eu tenho um propósito. Meu propósito (objetivo de vida) é ser a mulher perfeita para ele. Não vou ser perfeita, pois só Deus é perfeito. Mas, vou buscar sempre o meu aperfeiçoamento para ser, a cada dia, melhor. _Para que você possa entender meu ponto de vista: eu tenho a principal característica que eu acho que toda mulher deve ter, eu tenho interesses diversos. É o que se chama de versátil. Eu tenho vários interesses, gosto de fazer várias coisas, então não tenho apego por nada em específico. Eu sou, acima de tudo, seguidora de Cristo, e Ele nos disse devemos servir. Então, é isso que eu quero. Pedia a Deus, desde pequena, um príncipe encantado com quem eu vou me casar e ser uma esposa perfeita para ele. Não que não tenha defeitos, mas aquela que é o braço direito do marido. Consegue tomar decisões sozinha, quando for preciso. E o marido confia nela totalmente, para tudo. Confia na competência e sabedoria. É isso o que eu busco. Quero agradar a Deus com a minha conduta, e agradar ao meu marido em seguida. Eu creio nisso como você crê na sua própria existência. A Palavra de Deus ensina bastante sobre um relacionamento entre marido e mulher e eu busco seguir a vontade de Deus, pois ela tem me trazido a paz e a felicidade que tantas pessoas buscam durante toda a vida, e eu já tenho aos 23 anos de idade! (risos) Li: _ Como é enfrentar a saudade... os dias de serviço? _Doía muito no começo. Mas, com o tempo, aprendi a não dar valor aos sentimentos ruins. O importante é não pensar no sofrimento, é se concentrar na felicidade. Eu, particularmente, busco pensar nas coisas boas que posso fazer para que Deus e ele se orgulhem de mim. Quero o sorriso nos lábios dele enquanto me vê contando minhas aventuras diárias, e não o olhar preocupado se eu disser que chorei todos os dias por causa da sua ausência. Isso está dentro do princípio da minha busca: não quero que ele se preocupe em sair de perto de mim, já basta a ele a preocupação com a missão a cumprir. Ele sabe que eu sofro, não preciso relembrá-lo a todo instante, muito menos quando ele volta da missão, cansado e querendo o abrigo dos meus braços para deitar, ouvir coisas bonitas e divertidas. Minhas declarações de saudade geralmente são divertidas e bem humoradas, porque buscamos um relacionamento alegre e relaxante, não enfadonho e preocupante. _Minha mãe sempre fala de um livro que se chama “Já não sofro porque sofro”. Eu nunca o li, mas eu sou capaz de escrever sobre o tema e, praticamente, capaz de saber o que o autor escreveu lá. Eu vivo isso, eu aprendi. Li: _Em alguma música que goste que o lembre? _Discografia dos Engenheiros do Hawaii. Qualquer música que eu ouço deles me faz lembrar dele, e nos momentos que eu estou muito sensível, não consigo ouvir nenhuma música dos EngHaw que eu começo a chorar porque cada uma me faz lembrar de algo que eu aprendi ou de algo que ele me disse, enfim, cada uma tem uma importância única na minha vida. (risos) Li: _Por que a fórmula de vocês dois dá certo? _Porque conversamos sobre tudo, e mais um pouco. Não escondemos nada um do outro. Estamos envolvidos cem por cento nisso. Não creio que exista uma fórmula, existe dedicação e amor. Amor acima de tudo e dedicação constantemente para manter o amor saudável, como uma planta que precisa ser regada, os sentimentos necessitam de atenção. As pessoas precisam de atenção e dedicação. E ele é extremamente dedicado a mim. _Uma rápida declaração super importante: ele se dedica a mim intensamente, apesar do serviço, da AMAN, da família, dos problemas, da vida... ele está comigo totalmente. E mesmo que ele não me ligue hoje, eu vou dormir sabendo que ele está comigo. Eu sinto ele aqui, do meu lado. E não é algo que se constrói com palavras apenas, se constrói com atitudes. E ele fez um ótimo trabalho nesta obra que é o nosso amor. Li: _ E o que você acha das futuras transferências? _Não tenho problema com isso, ainda. Para mim, tudo ainda é uma grande aventura que vou encarar de peito aberto e coração firme no propósito. Sei que serão difíceis por causa do trabalho que dá, mas não quero “perder o rebolado”, vou continuar “em cima do salto” e “tirar tudo de letra”, até porque sei que ele estará comigo e Deus nos ajudando. Tenho toda a força que preciso. (risos) Li: _ É uma coisa fácil de lidar na sua cabeça? _Não é fácil. Eu estou alerta às circunstâncias o tempo todo para não deixar que nada deturpe a nossa vida. É difícil se você fica pensando na parte ruim da história, então, é fácil para mim na maior parte do tempo porque eu não focalizo no problema. Eu olho lá na frente: a solução. E eu aprendi com ele a ser assim. Eu amadureci muito depois que comecei a namorá-lo. Na verdade, depois de começar a conhecêlo mais. Ele me ajudou a me encontrar, me conhecer e, principalmente, me deu liberdade e apoio para ser eu mesma. . Gosto de dizer que meus pais me deram toda a teoria necessária para a vida e o meu namorado me levou à prática, e no percurso, eu reciclei conceitos, aprendi novas teorias e enfim, melhorei o ensino que vou passar aos meus filhos. _Sou a prova viva de que o plano de metas do JK (“crescer 50 anos em 5”) funciona (pelo menos com humanos). Bem, não cresci 50 anos - no máximo uns 30 em maturidade – mas, foi durante um período de 5 anos (11 meses e 9 dias)!!! Li: _ Ariel, eu só tenho a dizer que foi muito emocionante. Porque nessa entrevista, nós fizemos olho no olho. E ouvir, não apenas ler tudo isso foi a melhor troca do mundo. Ganhei uma amiga, com quem quero conversar todo dia, quando abrir o msn! Veja que grande maravilha a idéia deste livro?! Que oportuniza que mulheres que morem tão longe como nós, possamos encher o coração da outra de tantos ensinamentos?!! Toda felicidade do mundo para você que é uma mulher iluminada e para seu amor! Muito iluminada mesmo! Não falo isso por falar, falo lá do fundo da minha alma. Entrevista 6: "Sempre ouvia dizer que as dificuldades ou fortalecem ou acabam com o amor." Li: _Onde vocês estão, Natália, nesse mundo de Deus?! _Bom, ele se formou em 2004, na AMAN. Nós já estamos há 4 anos e meio juntos. Nos casamos e viemos para Porto Velho e eu deixei minha família no Rio Grande do Sul. No início sempre é difícil, mas depois a gente vai entendendo como é ser mulher de militar e descobre que pode ser feliz nos contratempos. Agora eu sou professora de inglês no CNA e comecei a faculdade de direito. (trimmm...) Li: _ Ai, desculpe (risos). Meu telefone. Alô... (...) Era meu namorado, de São Paulo. (risos) Então, o amor, a distância... (risos) _Sabe que eu sempre invejei as meninas do Rio, porque precisavam viajar menos do que eu? Mas depois eu vi que a distância é igual para todo mundo. Li: _ É. Considerando que a minha casa fica 6h da dele. É perto. (risos) Mas é como você disse, já que não estamos perto deles, a distância acaba sendo a mesma para todas. _E mesmo estando casada, em época de campos e viagens a distância pesa. E o telefone é sempre o salva a saudade. Li: _Mas como se conheceram há 4 anos e meio atrás? _O pai dele também é militar, sargento. E morava na minha cidade. Então, ele foi passar férias lá e saia junto com um amigo meu de escola que tinha ido para AMAN também. Como é interior, não tem muita coisa pra fazer. Era abril e já estava fazendo aquele frio terrível lá no sul. Duas amigas e eu saímos para comprar vinho, a rua estava escura. Percebemos que dois homens estavam nos seguindo e começamos a fugir, claro. Daí, eu juro que escutei meu nome. Era um amigo meu e ele. Daí, eles me convenceram a ir a uma festa que ia ter na cidade no outro dia. Eu aceitei, desde que tivesse carona.Nós ficamos e no outro dia ele voltou para Resende. Nos falamos por telefone, internet até as férias de julho e foi aí que comecei a gostar dele. Mesmo sem contato físico, já éramos namorados de longa data! Li: _ Nossa, que impressionante! _Era bom e meio louco. Passar a noite acordada no telefone com uma pessoa que eu vi três noites. Porque acho que a distância faz com que a gente conheça melhor a pessoa. Foram duas semanas de férias no meio do ano. Aproveitamos como namorados normais, como se convivêssemos todos os dias. Daí firmamos mesmo o relacionamento e quando ele voltou começou a vida de namorada de cadete da AMAN. Choro nas despedidas, horas no telefone com o redial para conseguir linha, cartas pelo correio. Eu morava em Santa Maria,onde fazia faculdade, e não tinha internet. Então email era mais difícil. Trocávamos cartas, porque sempre dá para pegar o papel que a pessoa pegou. Li: _ Realmente do Sul para o Rio é muito distante. Como você agüentava? _No primeiro ano, depois do Espadim, eu achava quer era um relacionamento diferente. Procurava não levar muito a sério. Todo o domingo à noite o telefonema lá para Ala era sagrado e durante a semana, mensagens no celular, emails rápidos. Quando eu menos esperava, chegava uma carta no correio.Nos finais de semana eu viajava para Cachoeira, onde minha família mora e sempre encontrava minha amiga que também namorava um militar e estava na mesma situação. Então, nos apoiávamos. Éramos muito criticadas, falavam que éramos interesseiras, porque oficiais ganham mais, besteiras do tipo. Que estávamos com a vida feita, concluir faculdade seria só para dizer que estudávamos. Tinha até gente que achava que estávamos inventando! Li: _ Eu entendo que é difícil mesmo. Atravessar o país para vê-lo e ainda ter gente que não acredita! Ninguém merece! (risos) _Então, em 2004, eu fiz uma viagem de 24 horas uma vez por mês para vê-lo. Porque era um dia para ir, outro para voltar, o que significava dois dias a menos na faculdade. Eu saia na quinta-feira às 10h. Chegava em São Paulo na sexta às 6h,se desse sorte e pegava o resendense das 7, para estar às 10h de sexta em Resende e esperar ele sair ao meio dia. E na volta saia segunda de Resende pra chegar terça, em Santa Maria. Então eu perdia muita aula e tinha que estudar bastante pra não deixar as notas baixarem, ter jogo de cintura com os professores no final pra eles me aliviarem nas faltas. Sem falar no aperto financeiro. Cada moedinha era contada por nós dois. Um vivia mandando dinheiro pro outro. E apesar disso tudo, ainda havia amigas que mesmo depois de casada, pensam que eu estou dando o golpe, que vou ficar milionária com um militar. Não sei se é inveja, ou desconhecimento mesmo. Porque na minha cidade que é pequena militar vive bem. Aliás, qualquer um que ganhe mil reais vive bem. Mas em cidades maiores a gente sabe que é outra história. O salário deles não é tudo isso que o povo imagina. No início, eu explicava para elas, tentava fazê-las entender a profissão dele, a distância, tentava falar como eu me sentia. Mas vi que com o tempo eu só me irritava mais em ver que elas não podiam compreender. Sem falar no “Duvido que esse namoro dure, que coisa mais estranha”. Li: _ Eu acho que só nós que enfrentamos o mesmo podemos te entender de verdade. Me conta, como foi a primeira transferência? No 4º ano dele conversamos muito sobre isso. Ele não era muito bem classificado na turma dele, e tinha medo de ir para um lugar que eu não quisesse. Então, ele me deu um folheto com todas as cidades do Brasil com quartel de infantaria. Eu pesquisei na internet faculdades federais com o curso de letras. Porque na minha cabeça na época, se eu estava em uma federal, tinha que ir para uma federal. Hoje eu não ligo mais para isso. Então, combinamos que se fossemos para um lugar de São Paulo para baixo, iríamos esperar eu me formar. Juntar dinheiro e depois fazer o casamento. Mas no dia da escolha de unidade, foi fechado tudo e quando foi a vez dele escolher, só tinha norte e nordeste, daí ele olhou na minha lista e escolheu Porto Velho. Por ter faculdade federal no meu curso e porque pensou que por ser capital ia ser uma cidade boa. Mais ou menos grande e que talvez eu gostasse. Mas lembro como se fosse hoje, ele ligando no dia da escolha da unidade, eu toda ansiosa e ele dizendo “Vamos para Porto Velho”. Eu achando que era brincadeira. Afinal, ele não estava bem classificado, mas não era para tanto. Eu repetia, fala a verdade, pára de me enganar. Ele dizia, é sério. No fim a gente acabou brigando. Praticamente até a formatura tínhamos um problema em família. Porque nesse último ano meu sogro tinha se transferido para Maceió e ele tinha ido em todas as liberações de férias para minha casa. Então, o pais dele não queria que a gente se casasse, achava besteira casar logo depois que se formasse, porque precisava de tempo para respirar e tal. Sem falar que estava chateado por ele não ter ido para casa nem uma vez. Então, no meio da confusão, de todo mundo querendo se meter na nossa vida, na época do baile do aspirantado, demos uma fugida para acertarmos os ponteiros. Decidimos que eu iria com ele, transferiria a faculdade de letras e quando desse eu começaria direito. Ele sempre me diz que o que gosta de mim é que eu não fico parada em casa. Eu fazia de tudo. Tinha bolsa na faculdade, corrigia redação para cursinhos, estudava inglês, não paro quieta. Ele diz que sempre teve certeza de que não seria uma esposa estereotipada, que me conformaria em ser dona de casa apenas. Eu perdi um ano com a transferência, mas ano passado me formei em letras, colei grau em fevereiro desse ano. E ao mesmo tempo minhas aulas na faculdade de direito já estava começando. Quando vim para aqui eu fiz amizade com esposas de militares que eram felizes como donas de casa, uma delas tinha faculdade e tudo, mas só procurou emprego quando apertou, por ela, estaria cozinhando. Eu não penso que isso seja para mim. Porque não faz parte da minha personalidade. Cuido do meu marido, do meu cachorro, das roupas, de tudo, mas não paro minhas leituras, os estudos de inglês e outras línguas que gosto de aprender. No primeiro ano de casada, eu tinha só a faculdade, então, isso não ocupava todo o meu tempo. Aprendi artesanato, ponto-cruz, decoupage e tudo que se aprende é lucro pra gente, só o que a gente leva pra sempre é o nosso aprendizado. Desde o ano passado moramos na vila militar, não tenho muitas amizades porque não paro em casa, não sou de ficar conversando em muro. Li: _ E o que fazem aí para se divertirem? _Saímos para barzinhos com outros casais, assistimos filme, mais em casa do que no cinema, porque aqui os filmes chegam sempre atrasadíssimos. O pessoal daqui vai pra uns balneários que eles chamam de banho, são umas “prainhas de rio” com barzinhos e esportes. Às vezes, vamos com eles, porque só assim para aliviar esse calor. No início, eu odiava Porto Velho, porque eu estranhei o clima, muito diferente do RS. A cultura das pessoas, o jeito de vagar de levar a vida. Eu estranhei ficar longe da família. Eu já morei sozinha, mas era a 2 h de viagem deles. Mas depois fui lidando melhor com isso, fiz amizade com as pessoas da faculdade. E fui descobrindo pela internet outras esposas, outras histórias. Li: _ É muito importante essa troca. Ver pessoas passando pelas mesmas experiências. _Quando eu fui a Guajará Mirim, aqui no interior para ir a Bolívia, ficamos na casa de um colega do meu marido, que a esposa era de Resende. Eles começaram a nos mostrar a cidade e me dei conta que porto velho, apesar de todos os defeitos que eu colocava era melhor que Guajará e eu poderia estar naquela cidade naquela situação. Ela comentou que estava feliz em morar lá. Porque poderia ser pior. Eles poderiam estar no Forte Príncipe da Beira, que é mais no interior, onde você mora literalmente dentro do quartel. Uma vez teve um acidente lá com o barco que levava comida e só chegaram as garrafas de coca-cola! Li: _ Isso que você está falando sobre olhar para as experiências das pessoas me fez lembrar agora de uma frase que a Fernanda disse uma vez. A Fernanda, que foi entrevistada aqui para o livro. Ela dizia que se ela não via o namorado fazia tempo, tinha meninas que não viam há 2 meses, outras 4, outras, 7. E por aí vai, sempre tem alguém agüentando algo muito pior. Uma dádiva que nós aprendemos, eu então, aprendi demais isso, é não reclamar. Aprender a aceitar as coisas e ter paciência. Isso não é conformação. É você tentar olhar as coisas sem se debater contra elas. _Claro. Eu aproveito tudo de bom que o lugar tem para oferecer. Li: _ Economicamente, está dando para levar bem? _ Na selva, eles ganham mais por estarem aqui. E depois que viemos para vila as coisas melhoraram, nós somos de famílias simples e passamos por problemas financeiros desde a infância e adolescência. Então acostumamos a dizer que estamos mais ricos do que nunca estivemos. Porque temos uma vida tranqüila para dois. Fazemos o que gostamos e não nos privamos de nada. Às vezes aperta, às vezes, folga. O bom é que o salário todo mês está na conta dele. Então, se souber planejar direitinho dá para viver tranqüila. O meu salário oscila, porque é hora/aula. Às vezes, fico sem emprego, então, só vendo artesanato, mas por enquanto meu salário é um extra para compramos coisas, juntar para as férias. Eu não reclamo demais da vida. Eu vou lá e me viro. Li: _ Vocês se casaram assim que ele se formou. É como o pai dele se preocupava, se ele estaria preparado, maduro. Sinto que muitos aspirantes tem um pouco de garotos. _Foi muito difícil. Porque eu também acho que eles são imaturos. Tem quer ter paciência. No início, eu me arrependi de não ter dado a ele um tempo para amadurecer. Aquela coisa de “talvez tudo teria sido diferente”. Eu tive que abraçar as responsabilidades práticas da vida, pagar contas, mercado, eu tinha que dizer para ele de vez em quando “alô? Isso é uma família, tu queria que eu casasse, agora somos uma família”. Por isso odiei tudo no primeiro ano, foi realmente muito difícil. Pensei em ir embora, largar tudo e voltar para minha família várias vezes. Mas não conseguia, nem ele deixava. Li: _ É incrível como quando a gente ama, aprende a tolerar tudo. _Eu pensei que se um dia não gostasse de alguma coisa num homem eu iria embora e pronto! Mas não é assim. Porque entre uma foto e outra, tem a vida real. E é essa que a gente vive. Um das vantagens de ser casada com um militar é que da pra ter uma idéia de como seria a sua vida sem ele.Porque principalmente aqui na selva há campos intermináveis, tem os 3 meses de guerra na selva que muitos querem fazer. Tudo isso faz a gente perceber o quanto faz falta a pessoa ali ao lado ou o quanto sentimos falta de um telefonema, porque no meio do mato o celular não funciona direito. Li: _ Eita, vou pensar duas vezes na próxima vez que for reclamar! (risos) _Podemos brigar, nos matar, mas estamos sempre juntos, como se fosse algo biológico mesmo. Aí, com o tempo vamos acertando os ponteiros, já não brigamos por qualquer bobagem. Aprendi a falar com ele e resolver os problemas e insatisfações. Sempre ouvia dizer que as dificuldades ou fortalecem ou acabam com o amor. Li: _ Sua experiência é muito rica a nos ensinar. Eu sempre pergunto quando conheço alguma esposa/noiva/namorada se ela namorou durante a Aman. Porque quem namora durante a aman, é mais forte pra encarar tudo o que vem depois. Sempre quando eu estou triste com alguma coisa eu mexo nas cartas do tempo de Aman, olho fotos, releio recados. E vejo que aquele amor que construímos com tanta dificuldade não é algo em vão se lutamos até aqui, se enfrentamos tanta coisa, amigos, família, distância, falta de grana! Li: _ Natália, eu quero te agradecer. Mas de coração mesmo. E te dizer que o que mais me impressionou em todo nosso papo, foi o seu namoro. Ali, distante 24 a 26 horas de viagem. Aquele amor de filme, mas que só na vida real seria tão duro de sentir. E hoje te vendo casada, feliz, posso dizer, eu acredito no amor, nessa força estranha, louca, que nos impulsiona para frente. Que nos faz pensar que o impossível é só uma questão de estratégias para tornar sim possível. Foi muito legal mesmo! Parabéns por você não ter desistido e ter colocado fé na sua vitória. Um beijo no seu coração. Entrevista 7: "Quando ele foi para o Haiti foi um caos (...) Nosso amor ficou mais sólido, maduro e consciente." Quando a gente começa uma entrevista, não tem certeza de nada. Ou talvez tenha uma grande certeza: na próxima frase você pode se surpreender com o que vai ouvir. É uma tarefa de acolhimento. Receber as experiências de mãos abertas e coração também aberto. Algumas delas podem ser extremamente enriquecedoras. E foi assim minha conversa com a fisioterapeuta Silvia, de 27 anos, que é casada com um terceiro sargento de cavalaria há 2 anos e 7 meses. Li: _ Silvia, onde vocês moram? _Atualmente estamos entre duas cidades, meu esposo serve em João Pessoa e eu moro em Natal por causa do meu trabalho. Li: _ E como vocês se vêem? _Nas folgas, tanto nas minhas, quanto dele. Essa semana, por exemplo, passarei de folga. Então, estou em João Pessoa (JP) Li: _ Como fica a saudade? _Geralmente isso é quinzenal. Trabalhamos muito isso quando ele foi para o Haiti. Li: _ Ele foi para o Haiti!? _É. Então hoje isso é mais fácil. Nos falamos pelo msn e por telefone. Li: _ Mas perai! Conta como foi quando ele estava no Haiti? _Quando ele foi para o Haiti foi um caos! começo foi horrível. Porque sempre fui muito que chorava quando ele ia para os campos começamos a namorar ele tinha me falado "missão real", era o sonho dele. (risos) Pelo menos no apegada a ele. Do tipo e tal. Mas desde que sobre querer ir numa Então, chegou um documento selecionando voluntários aqui no regimento. Quando ele me falou, já senti que ele poderia ir e foi o que aconteceu. Ele foi selecionado entre os voluntários. Isso aconteceu em outubro/novembro de 2005. Ele embarcou em 23 de maio de 2006. Nesse período eu só chorava, achava que iria morrer de saudades, morrer de verdade. Se num campo de uma semana eu chorava, imagine 6 meses? A despedida foi terrível. Fui deixá-lo em Recife, chorei muito e voltei pra casa arrasada, claro, não sabia de nada, como iria ser a comunicação, se ele ia me ligar, se ia falar comigo no msn, nadinha. Então, fiquei aguardando, só nos falamos dois dias depois. Passei ainda um mês em João Pessoa sozinha, depois adoeci e fui pra casa da minha família em Natal. Quando o vi pela primeira vez no msn chorei horrores, feito criança! Então fui pra natal, fiquei na casa dos meus pais. No começo minha vida era computador, ficava em função disso 24 horas. Com o passar dos dias comecei a refletir muito a ver que não podia continuar assim. Porque só estava sofrendo. Daí, me matriculei na academia e comecei uma dieta.Voltei a trabalhar, a fazer minhas coisas. Contratei um personal, ia correr 3 vezes por semana com ele, depois a tarde trabalhava, e nos falávamos à noite. Li: _ Um personal?! Uau! E não rolou nem um ciúme? Ele no Haiti e você aqui? Olha, até deu no começo, mas sempre fui muito independente, sempre tive amizades, ele me conheceu na faculdade ainda, sou muito comunicativa e nunca deixei minhas amizades por ciúmes. Fiz com que ele entendesse que seria bom pra mim. E mostrei pra ele que eu tinha que pensar em mim também. Daí, no meio da missão eu já estava totalmente adaptada à nova rotina. E foi assim que muita coisa mudou, porque comecei a enxergar que não morreria de saudades. Tive uma visão muito diferente das cosias. Li: _ Você acha então que é fundamental a mulher ter uma vida profissional nesse processo? Muito fundamental. Além de ter uma vida profissional, ter independência psicológica, entende? Não achar, como eu achava, que a nossa vida se resume a deles. Meu pai também é militar e na época da minha mãe todas eram donas de casa. Hoje em dia a maioria procura trabalhar. Até porque o salário dos maridos é pouco. Mas algumas ainda seguem em casa e isso gera sim uma dependência. Li: _Filhos? Pensa nisso? _Às vezes, sim, pensamos em filhos, mas ainda não temos uma estrutura. Filho é uma coisa, na minha opinião, que tem que ser bem planejada. Então, acho que agora não, dá para esperar um pouco. Li: _O relacionamento de vocês fica também como um “namoro” (risos)? Já que estão distantes? _Atualmente é assim, tanto eu quanto ele trabalhamos o dia inteiro, eu em Natal, ele em JP, e à noite, depois que eu vou pra academia, nos falamos no msn. Durante o dia sempre entramos em contato se preciso. Nas folgas, nos vemos e um dos dois se desloca. Quando venho pra cá, como hoje, não sinto vontade de voltar. Li: _ O que esses anos com seu milico te ensinar com respeito a um amor que envolve a carreira militar? _Primeiro, que se a gente não tiver bom humor e muita paciência, morre do coração ou do fígado. Que tudo pode mudar de uma hora pra outra, porque no EB tudo é imprevisível. E que podemos nos entender apenas conversando e sempre entrar em um acordo. Que a vida a dois não é uma queda de braço e que os dois têm que ceder. Que ficar sozinha muitas vezes pode ser bom para me conhecer melhor para sentir saudades dele. Li: _ O que pensa sobre um homem hoje seguir a carreira militar? _Hum. Difícil essa pergunta. Mas acho que tem gosto pra tudo. Meu marido ama o que faz. Mas hoje em dia existem carreiras que são mais lucrativas e com a mesma estabilidade profissional. Então acho que se você realmente ama a carreira militar, vá em frente. Acho a carreira linda, mas muito sofrida, muito sacrificante e às vezes o militar não tem o retorno esperado. Se um dia meu filho quisesse seguir o mesmo a principio seria contra, mas se for o que realmente ele quer, apoiaria sim. O importante é ser feliz. Acho que meu filho poderia ser mais feliz em outras profissões, sem ter estabilidade, mas não passar pelo que um milico passa. Li: _ E as transferências? _Acabamos de ser transferidos para Santa Maria, Rio Grande do Sul. Vamos no final do ano. A transferência chegou quinta. Li: _ Quais suas expectativas? _Espero não sofrer de saudade do mar, arrumar emprego rápido e ser feliz, afinal, vamos estar juntos. Li: _ E seu emprego? _Vou ter que largar e arrumar um novo lá. Isso é ruim. Porque começar do zero não é fácil, mas ao mesmo tempo encaro como uma nova chance. Li: _ Acho que a missão do Haiti fortaleceu o amor de vocês. _ Eles ficam muito tempo longe da família. A maioria volta mais amável,mais apegado as mulheres. Nosso amor ficou mais sólido, maduro, consciente. Li: _ Que maravilha! Fico muito feliz por você e quero te agradecer por ter aberto essas páginas da sua vida para dividir conosco no livro. Foi um voto de confiança e eu só tive a ganhar em ouvir um pouco sobre sua história. Entrevista 8: "Quem ama confia e admira, portanto eu o amo." Bom, gente, a nossa conversa de hoje é com a querida Brenda de 25 anos. Ela mora no Rio de Janeiro e é assistente social. Ela conheceu seu marido em dezembro de 2004 e casou com seu milico em 2005. Li:_ Brenda, agora vocês tem uma filhinha. Muita felicidade né? _Sim. Depois de dois meses de casada, eu estava grávida. Sou casada com um marinheiro. Engravidei dia 8 de fevereiro e no dia 9 ele embarcou. Voltou no dia 28. Como eu tinha muita dificuldade de engravidar, eu não imaginava que estaria grávida. Iríamos começar um tratamento quando ele voltasse. Quando chegou de viagem, eu estava com muita dor na altura da cintura. Era uma dor tão intensa que não conseguia me mover. Ele me levou ao hospital e expliquei tudo ao médico, que me logo me levou para fazer uma tomografia. O resultado era que eu tinha uma dor muscular, por causa de um problema de coluna. Eu falei para o meu marido que eu não iria tomar o remédio que o médico havia passado, pois eu estava grávida. Ele disse que eu estava louca, porque tinha duas semanas que tínhamos feito o exame e tinha dado negativo. Liguei para minha mãe e ela veio com minha irmã até minha casa com um teste de gravidez de farmácia. Que deu positivo! Li: _ Seu marido ficou muito feliz! _Sim! Meu marido nem conseguia falar de tanta felicidade. Ligou para os pais em Fortaleza e foi logo dando a notícia. Todos morreram de alegria com a surpresa. Foi a gravidez mais desejada, mas muito triste, pois eu ficaria longe do meu marido durante toda a gestação. Quando peguei o resultado do laboratório eram 17:30. E nesse momento o navio dele estava deixando a Bahia de Guanabara. E comecei a ir a ginecologista. Tomei contraste para fazer uma tomografia. Ela me disse que minha filha seria uma aberração e que teria que abortar. Li:_ Que momento difícil mesmo! Minha mãe passou o mesmo. Ela tomou um antibiótico sem saber que estava grávida. Três médicos deram o mesmo diagnóstico: “Nascerá cego e surdo”. Minha mãe com muita fé, começou a rezar e não quis abortar. Foram nove meses de muita angústia em toda a família. E, quando, foi 6 h da tarde. Na hora do Angelus, meu irmão nasceu, no dia 1 de novembro. Dia de todos os santos. As enfermeiras levaram-no para longe. Pensamos que tinha nascido morto. Mas não, era para colocá-lo na incubadora. Nasceu perfeito, gordão, lorinho, enorme. Saudável. A coisa mais linda! Uma benção do senhor! Hoje, ele tem 15 anos e é super inteligente e bonito. Que milagre da vida! Mas lembro dos momentos de angústia. Imagino o que você passou! _Pois é. Nesse momento que eu mais precisava estava só. Uma médica chegou a me encaminhar para um centro de aberrações tetarogências que ficava localizado onde ele estava, em Santa Catarina. Fiquei louca no trabalho, chorando muito. Pois precisava ir até o hospital descobrir o grau de irradiação que eu havia sofrido para dar continuidade aos tratamentos. Ele chegou de surpresa e minhas amigas de trabalho explicaram tudo e ele correu até o hospital. Assim, começou a nossa trajetória. Uma semana depois ele estava de volta ao navio e dessa vez a viagem era longa. Pois ele iria agora ficar mais 4 meses direto. Dessa vez só voltaria em agosto. Minha bebê nasceria em outubro. Li:_ Você deve ter se sentindo muito sozinha. Mesmo que essa certamente não fosse a intenção e o desejo dele. Que devia estar morrendo de saudade de você. _ É. Eu teria que fazer todos os exames e tomar todas as decisões sozinha. Foi aí que ficamos mais fortes e descobrimos que realmente queria ficar juntos para sempre. Falávamos sempre que podíamos por telefone, Internet. Um mês pagamos 2 mil reais de conta. Mas para nós dois valeu a pena, pois era uma forma de estarmos juntos. Mandávamos fotos pela Internet um do outro. Eu mandava da minha barriga, da ultra. Li:_ Eu fico me perguntando como seria a nossa vida sem Internet para nós que amamos um milico. _Era a forma dele estar acompanhando. Até o resultado do exame eu enviei por email. Tirei fotos do enxoval e enviei. Estávamos distantes de corpo, mas de alma estávamos muito perto. No dia 13 de outubro minha filhinha nasceu graças a um milagre divino. O pulmãozinho dela demorou a se formar e ela teve que ficar uns dias a mais no CTI. Mas tudo ocorreu bem. Li:_ Nossa, fico emocionada com sua luta, com sua garra. Por não desistir do seu amor, por lutar ali, todo dia! Fantástico! _Hoje, temos a coisa mais linda ao nosso lado e sei que ele me amava, mesmo tendo que viajar. No começo foi complicado, pois a escala era de 1 por 1. Em suma, quase não o ia. Mas agora está tudo acertado. Ele está tirando 3 por 1. Depois disso, fiz uma tatoo: “MINHA FILHA MINHA ALMA MEU MARIDO MINHA VIDA” Li:_ Eu não perguntei, como se conheceram? _Nos conhecemos no meu trabalho, em um chá de bebê que acontecia lá. Só que eu não pude lhe dar muita atenção, pois enfim eu estava trabalhando e eles se divertindo e havia muitas meninas dando em cima dele. Ele, tirando o pai da bebê que iria nascer, era o único homem (e modéstia parte) lindo demais. Eu na época estava noiva, só começamos a nos relacionar a em Abril, passamos horas conversando, daí veio o primeiro beijo e nunca mais nos separamos rsrsrsrs confesso a vocês que o primeiro beijo foi roubado por mim, pois ele era muito tímido, tive que tomar a iniciativa rsrsrsrs... E ele adorou a forma em que foi abordado. Li:_ Eu também sou decidida! Vou lá e smack! (risos). Mas, Brenda, diz para a gente, o que aprendeu durante esse tempo que estão juntos? _Aprendi primeiramente a amar, pois eu tinha muito medo de gostar de alguém. Fui noiva antes de conhecê-lo durante 6 anos e nunca o amei, aprendi amar e confiar incondicionalmente, pois quando ele viaja eu não sei o que esta fazendo, logo só me resta confiar, aprendi que quem ama admira se orgulha da pessoa amada. Ele me fez ser mãe e adorar esse ofício me fez ser mais paciente,ser menos compulsiva a gastar menos a ser mais tolerante. Ele me ensinou a ser forte. Li:_ E ele? O que será que aprendeu? _Aprendeu a confiar, a ser mais tolerante a ter um pouquinho mais de fé ainda estamos em fase de conquista mais vou conseguir, pois ele é era uma pessoa muito incrédula até que aconteceu o nosso primeiro milagrezinho, a nossa bebezinha. Li:_ O que seu amor, esse sentimento de “amor militar” modificou sua vida? Como eu já havia citado acima, amar confiando incondicionalmente, pois à distância e cruel ela te fragiliza de várias formas você nunca sabe se ele esta pensando em outra, se vai lhe trair logo pensa meu Deus a as suas necessidades de homem ser humano será que ele vai resistir às tentações, você se sente carente, porque também tem necessidades de amar de se sentir desejada, não sabe se todos os serviços que vem tirando e verdade daí se não confiar fica meio pirada. Li:_ Você tem apoio dos amigos? _Tenho apoio das esposas dos outros milicos, pois se não apoiarmos umas as outras piramos e são várias histórias que fica difícil lembrar de uma nesse momento. Estou me lembrando de uma agora rsrsrs ficava eu grávida no meu trabalho esperando ele entrar na net e uma amiga nossa que o esposo também havido ido para o Haiti na época e eu ficava consolando-a "claro que ele não esta lhe traindo está trabalhando" e ela "será que ele não esta se divertindo" e eu "claro que não" e logo em seguida eu falava um "será que o meu marido lá na terra dele com tantas praias e com as ex-namoradas por perto não esta curtindo e me traindo" e ela falava "claro que não ele é uma ótima pessoa te ama muito", uma ficava defendendo o marido da outra foi ótimo rsrsrsrs. Li:_ Que maravilha poder contar com esse apoio! Eu também sinto isso com minhas amigas. Às vezes, eu estou na internet meio chateada por alguma coisa, afinal, namorar à distância pira, como você diz, e sempre uma amiga vem me lembrar "ele te ama muito, não faria nada, fica tranqüila". São os anjos do nosso caminho! Você teve apoio da sua família e da dele? _Mais da minha, pois me mudei literalmente para casa da minha mãe a família dele mora bem longe de nós, mas mesmo de longe me deram muito apoio. Li:_Qual o tempo máximo que ficou sem vê-lo...? -Fiquem 5 meses sem vê-lo direto. A saudade machuca dói pra caramba, fiquei doente por dentro, com vontade e ir atrás dele todos os dias, às vezes achava que ia pirar, chorava horas sem parar hoje distante só os dias em que ele esta de serviço mais sei que quando for cursar a cabo vai começar tudo de novo. Li:_Você é muito ciumenta? _Sou ciumenta, pois que ama tem ciúmes tenho ciúmes de amigas da minha filha imagine do gato do meu marido muito mais, mais não ligo para o que falam, pois o que os olhos não vêem o coração não sente, mais a acho que já deixei bem claro nas respostas acima tudo que acredito de confiança. Li:_Você pensa o que sobre as transferências? _Nunca foi transferido, mas penso muito sim e já coloquei na minha cabeça que casei com ele sabendo de tudo que poderia acontecer e vou aonde ele for e lá tento me encaixar profissionalmente sei que sou capacitada e não vou ficar muito tempo sem emprego. Li:_ A distância fortalece a união ou desgasta? _A mim só fortaleceu podemos sentir o quanto amávamos um ao outro e como queríamos ficar bem velhinhos juntos. Li:_O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? _Bom eu acho que se é o que ele gosta e o faz feliz eu gosto também, pois quem ama apóia esta junto e eu quero estar sempre junto quero que ele seja o que quer ser o que ama, pois só fazemos bem sos amos bons profissionais fazendo aquilo que gostamos logo ele ama o que faz e eu dou todo apoio. Li:_ Uma frase que resuma o amor de vocês? _Quem ama confia e admira, portanto eu o amo. Li:_ Depois disso tudo, de toda essa lição de vida, só posso dizer que o amor é o maior sentimento do mundo. Capaz de superar tudo. Se você está aí distante do seu milico, pensando que não vão conseguir ficarem juntos, que a saudade está mais forte do que pode agüentar. Fique firme, olhe o belíssimo exemplo da Brenda. É possível sim ultrapassar os obstáculos. Coragem, você é guerreira e a força está dentro de você. Procure-a e descubra tudo que pode conseguir superar! Entrevista 9: “Somos seres individuais, nascemos só, a maior prova de amor que podemos dar é abrir mão dessa individualidade para ficarmos juntos e unidos”. A Verônica é uma pessoa muito querida que conheci através do Blog Eu amo um Militar e não tinha como não entrevistá-la. Ela agora está concluindo o curso de Letras, mora em Itaituba, no Pará e tem 30 anos. A Verônica está há 15 anos com seu milico, que é sargento do Exército. Eles têm uma menina chamada Carolina. Li:_ Verônica, vocês estão juntos já faz um tempinho. Como se conheceram? _Nós nos conhecemos na escola, estudávamos juntos, no ensino fundamental, eu tinha 10 anos e ele tinha 12 anos, tocávamos na banda marcial da escola e também morávamos no mesmo bairro. Li:_ Muito tempo hein? E o que aprendeu desde então? Tudo. Ele mudou toda a minha vida, ele me conhece desde a adolescência, passei todo esse tempo com ele. Hoje sou uma pessoa mais calma, amiga, mais centrada e com objetivos concretos. Aprendi com ele o real valor do amor e cumplicidade, amizade, ele é o meu melhor amigo, me incentiva, ajuda,auxilia,não vejo minha vida sem ele hoje. Acredito que o importante de uma relação é isso, o respeito e amizade, uma ajudando o outro, vivendo os problemas do outro, auxiliando, vivendo as vitórias e felicidades juntos, como um só. Li:_ E ele? O que será que aprendeu? _ A conviver em família, a ser mais paciente. O resto só com ele. (risos) Li:_ O que seu amor, esse sentimento de “amor militar” modificou sua vida? A ter que encarar uma relação a dois de outra forma, saber conviver com os imprevistos, entender o trabalho dele acima de tudo, viver para ele, fortalecendo, e regando todos os dias nossa relação. Para nós, mulheres de militar, temos que saber lidar com o imprevistos e com a carreira deles,estar dispostas a abrir mão do nosso para viver o dele, fazendo assim o de nós dois. Temos que compreender que para eles também é difícil,tudo novo, quartel,amigos, um novo ambiente. Casei para estar sempre juntos, não deixaria nunca o Ale sozinho porque não me adaptei ao lugar, ou porque acho que a cidade não oferece o que quero e estou acostumada, hoje moro em uma cidade que nem transporte público tem, mas estou firme na batalha, até o fim. Li:_Você tem apoio das amigas? _Sim. Quando começamos a namorar ele fazia Escola de aprendizes de marinheiro, ficamos 6 meses longe, depois a ESA, mais um ano. Tenho uma amiga, Márcia, que sempre estava ao meu lado, ouvindo meu choro, saudades, me fortalecendo mesmo. Ela foi minha madrinha de casamento. Li:_ Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Foi quando ele sofreu um acidente no quartel e ficou 9 meses em tratamento, passou por uma cirurgia no ombro, fisioterapia, foi um momento difícil. Li:_Você teve apoio da sua família e da dele? _Da minha família sim, meu pai o tem como um filho. A família dele já é mais complicado. Li:_Qual o tempo máximo que ficou sem vê-lo...? _Hoje estamos juntos. O maior tempo que ficamos separados foi na ESA, e quando chegamos aqui em Itaituba ele ficou 30 dias em missão. A distância sempre é difícil, a saudade, a preocupação com eles. Hoje lido melhor com isso, tenho uma filha de 7 anos que é minha companhia sempre, meu amor, o melhor de nós dois está nesta benção de Deus. Li:_Você é muito ciumenta? _Não muito. Tenho um ciúme normal. Não dou muito ouvido ao que falam,sei o que tenho em casa. A pouco tempo aconteceu algo muito chato aqui na vila, mandaram um e-mail com o nome de vários militares,onde ali diziam que eles tinham amantes na cidade entre outras coisas. Eu apenas disse que a confiança que ele me passava era muito sólida, e sei que tenho em casa. Quando me casei, foi consciente e com o homem que amava e amo até hoje, alguém que sempre me respeitou. Antes de casarmos éramos amigos e essa amizade não se desfez, pelo contrário, só fortaleceu. Nós dois temos um pensamento sobre traição: Eu sei a dor que sentiria se soubesse que fui traída, então porque fazer alguém que amo sentir essa dor? Ele pensa da mesma forma. Porque fazer alguém que amo sofrer? Se não dá mais certo, cada um para o seu lado. Li:_Você pensa o que sobre as transferências? Normal, faz parte da profissão dele. A primeira transferência foi difícil,deixar família, amigos, trabalho, faculdade. Hoje, reestruturamos nossas vidas, estou cursando outra faculdade, trabalhando bastante, na verdade já poderíamos ter ido embora, só não o fizemos pois quero me formar aqui. Li:_ Você o conheceu antes dele começar a carreira dele? Você o apoiou? Claro,apoio sempre. Nós nos apoiamos muito, somos cúmplices mesmo, por isso essa relação já dá certo há 20 anos. Li:_ A distância fortalece a união ou desgasta? Depende de como se vê. Eu já passei muitas vezes longe dele, nossa relação nunca desgastou. Li:_O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Não, ele gosta de ser militar e eu aprendi a lidar com isso. Li:_Uma frase que resuma o amor de vocês? “Somos seres individuais, nascemos só, a maior prova de amor que podemos dar é abrir mão dessa individualidade para ficarmos juntos e unidos”. Li:_Algum filme que você goste e que lembre vocês? Foram dois filmes que assisti e gostei muito "Um amor para recordar" e "Amor além da vida". Me marcaram pela história de amor, a luta pela felicidade até o fim. Li:_ Vê, que maravilha poder contar com sua entrevista mesmo. Esta tarefa de contar a história das mulheres que amam um militar não é fácil. Porque além do meu tempo que é supercurto, chego do trabalho às 11 horas da noite e ainda faço faculdade, eu tenho que enfrentar o silêncio de algumas pessoas que tem medo de falar o que sentem, o que passam. Fico feliz quando existem mulheres como você, que nos ensinam com sua experiência que às vezes, ao doar uma hora do nosso tempo, podemos estar ajudando gente que nem conhecemos. Veja só, você aí no Pará e eu aqui no Sudeste e vamos chegar até pessoas do sul, do Centro-oeste. Bacana demais isso. Espero, então, que Deus me dê forças e faça vir ao meu caminho mais entrevistadas e que ao mesmo tempo te guie para o caminho da felicidade! Entrevista 10: “Você é a página mais linda que o destino escreveu na minha vida.” Eu conheci a Rachel, nossa querida Kel, no nosso Blog. Tive a oportunidade de conversar com ela pessoalmente, nos encontrões das namoradas. Posso dizer que ela é um doce de pessoa. Deixa, então, eu apresentar para vocês. Ela é professora, estuda normal e namora há 5 anos e 1 mês um cadete do exército. Li:_ Kel, vamos começar pelo início desse amor? _Bem, nos conhecemos através de uma amiga que tínhamos em comum, eu tinha acabado de chegar de Brasília e ela queria muito que eu o conhecesse. Daí fui, quando cheguei na casa dele tinha uma turma de meninos, só isso me deixou sem graça, como se isso não bastasse, ele me fez uma brincadeira que na hora tudo que eu mais queria era me enfiar minha cabeça em um buraco bem grande,ele simplesmente na frente de todo mundo e sem nem em conhecer, perguntou se podia em beijar. Nossa deu vontade de matar ele, mais ai passou, fomos embora e eu passei a odiar aquele menino né? Coitada da minha amiga, passava o tempo todo me ouvindo falar mal dele, até que ele começou a aparecer na minha rua, com desculpa de acompanhar o namorado da minha amiga,ele começou a se chegar e a minha raiva já passou a se transformar um pouco, mas eu mesma não tinha percebido, e minha amiga falando que eu tava gostando dele e tal, até que eu me rendi. Depois que passou exatamente um mês que eu o conheci, ficamos pela 1ª vez, daí o tempo foi passando e eu me envolvendo cada vez mais com ele, até que ele me pediu em namoro, nossa vibrei né?E claro aceitei, e graças a deus estamos bem até hoje! Li:_ Como é namorar um militar? Com ele aprendi o que era amar, e com isso ele foi mudando minha vida e com certeza para melhor. Ele me ensinou a viver um mundo em que eu mesma poderia fazer, do meu jeito e claro mais feliz, com isso mudando meus hábitos e meus pensamentos. Amar um militar é muito difícil, mesmo você não querendo, isso acaba mexendo um pouco na sua vida, é como se você fosse Também com ele uma militar, eu Por exemplo, sempre me envolvo, ainda mais perto de campo essas coisas assim, não tem como separar a vida dele de militar do nosso namoro, daí posso te dizer que desde que ele se tornou milico, minha vida se modificou por completo. Com isso aprendi que com a força do amor, tudo eu consigo superar, até os momentos difíceis da vida. Li:_ Você tem apoio dos amigos? O meu apoio é e sempre foi das meninas que também namoram militares assim como eu, no Orkut descobri uma comunidade na época de ExPCEx que me foi de grande ajuda, pois la foi onde conheci grandes amigas que me apóiam sempre em momentos de dificuldades. Li:_ Vocês ficam distantes? Nós já ficamos mais distantes do que hoje em dia, hoje ele fica aqui no Rio mesmo e isso já é bem melhor.Com a distancia eu tento equilibrar ocupando a cabeça, fazendo coisas para não deixar me abater, prefiro assim.Acho que todas nós já tivemos momentos em que achamos que não ia dar mais e que ali era o fim da linha, eu como não sou diferente, também tive momentos bem difíceis.O meu tempo máximo sem ele foi de quase 3 meses sem vê-lo. Li:_ Kel, hoje ele está na AMAN. Mas uma hora vai se transferir. O que você pensa sobre isso? Acho que as transferências são boas para se pegar experiência para ele, já para mim, complica um pouco, pois terei que mudar toda a minha vida, na minha carreia eu acredito que não vá atrapalhar tanto, pois é uma profissão flexível, na minha visão claro.Já as amizades, infelizmente, teremos que conviver com a saudade, pra variar nessa vida né? Li:_ Me diz, o que pensa sobre a carreira militar? Acho muito estressante, porém é o que quer, mas com certeza preferia ter um namorado com um trabalho “normal”. Li:_ Uma frase que resuma o amor de vocês? “Você é a página mais linda que o destino escreveu na minha vida.” Li:_ Kel, então, eu só tenho a desejar que essa página escrita da sua vida se transforme em muitos livros que contem a mais linda história de amor! Te desejo toda a felicidade do mundo! Entrevista 11: "Aprendi que sonhar é bom, mas realizar é muito melhor." Eu confesso para vocês que me pergunto como seria ter passado pela fase EsPCEx. Olha que difícil escrever essa sigla! Nunca tinha reparado que intercala minúsculo e maiúscula. Mas para quem passa por essa “fase” junto com seu namorado sabe direitinho cada detalhe. E quem agora está neste momento é a Nat, que está fazendo vestibular para Comunicação Social. Uma mineirinha de Juiz de Fora. Ela já namora há 3 anos e 3 (maravilhosos, como ela mesmo diz) meses. Li:_ Nem precisa dizer que você vai fazer Comunicação, porque se juntar nós duas vamos ficar aqui falando o dia todo. As pessoas de Comunicação não conseguem contar um fato, elas narram um fato. Então, que tal narrar para nós Tim Tim por Tim Tim como conheceu seu amor? _Estudávamos no Colégio Militar, porém eu nem fazia idéia da sua existência até o dia 7 de setembro de 2002, em que nos conhecemos. O colégio estava pronto para desfilar na principal avenida da cidade quando o céu fechou e uma chuva muito forte caiu. Os alunos procuraram se proteger sob as marquizes e pontos de ônibus dali. Eu estava andando com uma amiga, quando ela parou para conversar com uma menina que estava falando com ele naquele momento. Fazia muito frio, então a tal amiga pediu para que ele esquentasse a sua mão. Ele apertou a mão dela devagar até que “esquentasse”. Eu estava tremendo de frio e ele se ofereceu para esquentar a minha mão também. Daí ele apertou a minha mão, levemente, olhando nos meus olhos. Como ele viu que eu estava ainda com frio, me abraçou e encostou seu rosto junto ao meu. A partir desse dia, ficamos amigos e passamos a nos cumprimentar e a conversar no colégio. Em 2003, começamos a nos conhecer mais, pois estudávamos na mesma turma. Tínhamos amigos em comum e estávamos sempre juntos. No final desse ano, eu fui a oradora da turma, pois estávamos na 8ª série. No dia da solenidade, que ocorreu no teatro municipal, eu estava uma pilha de nervos. Quando cheguei no local, ele veio me abraçar e ficou apertando a minha mão, como no 7 de setembro, para que eu aliviasse um pouco a tensão. Ao subir no palco, ele sorriu para mim antes que eu começasse a ler o alusivo. Após a formatura, ele veio me abraçar e dizer que eu estava maravilhosa. Não nos vimos durante as férias, até que um dia ele me ligou e disse que estava se mudando para o meu bairro. Passamos a ser muito amigos naquele ano ( 2004), e não era raro nos encontrar indo ou voltando do colégio. Ele freqüentava a minha casa, conhecia meus pais, meus irmãos. Até que um dia, a minha “super” mãe, me disse que ele parecia interessado em mim. Eu neguei, pois pensava que a nossa relação era apenas de amizade, porém, comecei a prestar mais “atenção” nele. Um dia, no colégio, estávamos conversando num banco. Disse-lhe que iria falar com uma amiga, quando ele puxou o meu braço e disse:- “ Não vai não, fica comigo?!”. Eu, apenas disse: “- Eu estou com você”, mas ele insistiu “- Não está, fica comigo?!”. Como eu ainda não havia “ caído na real”, apenas dei um beijo no seu rosto e saí. Nesse mesmo dia, voltávamos juntos do colégio quando fomos nos despedir e ele me surpreendeu, dando um beijo no canto da minha boca. Após o ocorrido, fui embora me culpando, pois achei que o gesto tinha partido de mim. No outro dia, ele me ligou e conversamos normalmente até que a minha “super” mãe, pediu para falar com ele. Eu, inocentemente, passei o telefone para ela que disse que sabia o que ele sentia por mim e que apoiava, sim, porem já era hora de ele tomar uma iniciativa em relação a mim. Eu fiquei tão nervosa que quando ela me passou o telefone, desliguei na cara dele, sem falar nada. Tentei colocar as idéias no lugar e tomei coragem de mandar uma mensagem, dizendo que conversaríamos melhor depois. No outro dia, ele me ligou e se declarou. Disse que gostava muito de mim e que pretendia ter algo mais sério. Quando foi de tarde, ele foi na minha casa e conversamos pessoalmente. Eu disse que também gostava dele e ele perguntou se eu queria ficar com ele pra sempre. Desde esse dia, 04-04-04, não nos desgrudamos mais. Li:_ Eu não disse que nós narramos? (risos) Nossa, quanta coisa a vida e as experiências nos ensinam, não? _Eu aprendi que mesmo com todas as dificuldades, devemos correr atrás dos nossos objetivos. Aprendi que sonhar é bom, mas realizar é muito melhor. O meu namorado é um exemplo pra mim, pois superou muitos obstáculos em busca da vontade de ser militar, sempre com muita garra e vontade de vencer. Li:_ Estava ontem conversando com uma grande amiga falando para ela que ando aprendendo muita coisa. E uma delas é dividir meu namorado com a família, por exemplo, tentar controlar o egoísmo. Afinal, ele mora em outro estado. Então, não dá para partir ele ao meio. E você? _Esse amor militar me ensinou a ser mais forte, madura, sensata. Aprendi a confiar mais em mim, a não ter medo de encarar a vida e a planejar um futuro, não muito distante, cheio de amor e união. Li:_ Eu estava falando agora pouco sobre minha amiga. E seus amigos? Dão aquela força ou não? É difícil as pessoas opinarem sobre algo que não viveram. Os meus amigos me apóiam muito e me ajudam, sim. Porém ao conviver com as minhas amigas virtuais, que passam pela mesma experiência que eu, eu tenho mais segurança, me sinto mais serena e feliz. É inevitável falar desse processo sem mencionar as pessoas que conheci e que me ajudaram. Mesmo que virtualmente, foi nessas pessoas onde eu encontrei o colo que precisei nos momentos mais difíceis. Li:_ Eles estão ao nosso lado nos momentos difíceis... Lembra de algum? Foi quando ele foi para Campinas na primeira vez. Por sermos muito amigos e muito grudados (estudávamos no mesmo colégio e éramos vizinhos), foi difícil não vê-lo todos os dias, e várias vezes ao dia, como fazíamos. Li: _ E as famílias? São a grande torcida? Sim, pois a minha família adora ele e eu me sinto muito adorada pela família dele também. Eles sempre apoiaram o nosso namoro desde o inicio, e isso contribui muito para que eu crescesse mais como pessoa. Li:_ Já ouvi falar muito da distância nessa fase. É grande? Sim, bem distantes. Campinas fica há 9h de Juiz de Fora. Mas vejo ele todo o mês, às vezes até duas vezes por mês ou a cada 40, 45 dias quando não tem feriados. Li:_ A distância fortalece a união ou desgasta? Fortalece e muito! Os encontros ficam mais especiais, o carinho fica melhor, é tudo muito bom, tirando a distância. Li:_ Bate um ciuminho? Seu amor tão longe... Eu sou ciumenta, mas não tenho motivos. É uma coisa minha mesmo, porque acho o meu namorado o cara mais sensacional do mundo. Eu não ligo para essas pessoas que falam demais sem saber nada. Eu é que sei do meu namorado, do meu namoro. Eu confio muito no meu namorado e amo muito ele, portanto, não há motivos para dar ouvidos a coisas ou pessoas alheias. Li:_ Sei que ainda está longe. Mas já pensa no futuro... Em vocês sendo transferidos? Essa vida intinerante? _Transferência é uma coisa natural, que acontece. A partir do momento em que nos casarmos, eu serei sua esposa e terei de ir para onde for com ele. Não posso reclamar, pois sabia desde antes do inicio dessa carreira dele como era, uma vez que também sou filha de militar. Aliás, posso dizer que tenho dois amores militares: o do meu pai e o do meu namorado, pois o meu pai está em missão na Colômbia por um ano. Vejo- o de 3 em 3 meses, mas é difícil, dá saudade. Saudade em dobro, né? Li:_ Uma frase que lembra vocês? _Preciso tanto aproveitar você. Olhar teus olhos, beijar tua boca. Ouvir palavras de um futuro bom. Li: _ Fico feliz de ver que nesse um ano você está superando as dificuldades e aprendendo com tudo isso. Muita gente não consegue e você ta aí, firme e forte. _Ter um amor militar, não é fácil. Confesso que no início me sentia meio perdida, desamparada. Ver as pessoas de mãos dadas nas ruas, os gestos de carinho e saber que você não é como elas, que andam juntos com seus amados é bem difícil. Com um tempo, você aprende a lidar com a distância, com a saudade, com as despedidas... É claro que você não fica imune às lágrimas que caem toda vez que ele entra no ônibus e parte rumo ao seu sonho. Mas aprende a suportá-las melhor e a entendê-las, porque não, também. Quando se está sozinha, é tudo mais complicado. Ninguém entende um problema se não passar por ele. E como somos “raras”, o consolo vem às vezes vazio, talvez até mais que a falta do nosso bem querer. Nesse tempo todo, tive um apoio imenso da minha família e também das amigas virtuais que fiz através da comunidade “Namoradas de Preposos 2007”. Pode parecer meio vago conversar com pessoas sem olhar nos olhos. Para mim, não é e nunca foi. Pois é bem melhor você aprender ouvindo situações, histórias e pessoas diferentes, mas que passam pelo mesmo que você tendo no peito muito amor e muita confiança. Por falar em confiança, esta, é a base de tudo, tanto neles como em você mesma. E se ter um amor militar não é fácil, imagina dois? Sim, eu carrego essa bagagem cheia de aprendizados comigo. Sinto muita falta do meu pai também, que agora mora provisoriamente na Colômbia. É bom porque divido experiências com a minha mãe também. Posso afirmar que somos duas guerreiras, sim. Unidas, estamos aprendendo a suportar a saudade, que bate forte no peito e que é prova de que o amor verdadeiro não se acaba com a distância. Li: _ Nat, conversar contigo foi muito bom! Você é um amor de pessoa, sua disponibilidade de falar sobre você, sobre suas experiências foi emocionante. Muito mesmo. Não tenho palavras para te agradecer. _Li, parabéns pelo trabalho! Você, através de suas obras maravilhosas, contribuiu muito para o crescimento de muitas outras meninas. Obrigada por nos ajudar nesse momento tão difícil e por fazer parte das nossas vidas, mesmo que indiretamente. Entrevista: 12 "Esse relacionamento me mostrou o que é o amor de verdade" Olha, se tem alguns cursos que são muito comuns entre as mulheres com quem conversa são: letras, direito e... enfermagem! Ah, psicologia também é comum. Mas enfermagem bate todas! Acho que alguns milicos serão muito bem cuidados. (risos). E hoje, vou conversar com a Rosimary Fernandes Moreira, de 18 anos, que estuda Enfermagem. Ela é de Minas Gerais. Seu namorado está na Aman. Li:_ Como vocês se conheceram? _Nos conhecemos em 2002, ficamos no mesmo dia e ele começou a gostar muito de mim. Na época, eu estava gostando de outro rapaz. Namorei ainda dois anos e três meses com meu ex, mas me apaixonei pelo meu atual namorado e acabamos ficando novamente, no dia 21 de julho de 2005. A partir daí, começamos a namorar. Eu o amo muito!!! Li:_ O que aprendeu durante esse tempo junto com ele? _ Sabe, praticamente tudo!!! Hoje, sou outra garota e, o mais importante, é que aprendi que nada, nem mesmo a distância, acaba com um verdadeiro amor. Pelo contrário, só fortalece o que sentimos. Aprendi a dar mais valor a mim mesma, esse relacionamento me mostrou o que é o amor de verdade! Li:_ E quanto a ele, você vê mudança? _Sabe, eu acho que ele está mais feliz ao meu lado. Antes de namorarmos, eu o achava um garoto tão triste. Como sou a primeira namorada dele, sei que teve de mudar alguns conceitos sobre a vida, logicamente para melhor. E ele sente menos solidão agora que estamos juntos. Li:_ Eu também sou a primeira namorada do meu namorado. A gente cresce juntos, é sempre uma troca maravilhosa. Você tem apoio das suas amigas? _Não de todos, mas tem sempre aquela amiga do peito que nos dá força. Sempre que ele volta para a AMAN, eu sofro muito, choro. Mas, ouço sempre alguém me apoiando, me aconselhando a não ficar mal, afinal, nos amamos e é isso que vale a pena focalizar. Li:_ Vocês ficam distantes? Com você lida com essa distância? _Sim, só nos vemos nos feriados. É muito triste ficar longe de quem se ama, mas sei que tudo será recompensado no final. É isso que me dá forças, além do grande amor que sentimos um pelo outro. Li:_ Qual o tempo máximo que ficou sem vê-lo? E o que fazia para superar a distância? _O máximo foram dois meses e meio. E eu saia com as amigas, dançava e me distraía muito. E, apesar de tudo, na hora de dormir era inevitável não sentir saudade e não pensar nele. Li: _Como foi esse primeiro ano dele na AMAN? Por que o começo é difícil, certo? Para mim, houve grandes mudanças porque sai de casa pra estudar fora e passo o tempo todo sozinha. Isso e muito ruim. O momento de distração é na faculdade, com os amigos. O começo é muito difícil mesmo. Eu o via todos os dias, antes da EsPCEx. Ele estudava em Viçosa, mas entrou de greve, então, passou o maior tempão aqui comigo. Apesar de não vê-lo tanto naquela época, me fazia muito bem tê-lo por perto e agora está mais difícil, pois estou morando sozinha, vejo as amigas só no fim de semana e estudo bastante. Então, me sinto mais sozinha agora do que antes. Li: _ Quando ele se formar, você já terá concluído enfermagem? Como será? Sim, vamos nos formar na mesma época. Mas, acredito que esperarei ele saber seu destino, se adaptar e, então, eu irei. Li: _ Entendo. Por que você pensa assim? _Eu o amo muito. Mas, sei que só Deus sabe o destino de cada um e o que mais quero nessa vida é poder tê-lo ao meu lado pra sempre! Li: _ E como ficará sua carreira, com as transferências de dois em dois anos? _É, sei que talvez terei de abrir mão. Se for assim, fazer o quê? Eu quero é ficar com ele! Mas, tentarei concursos e tal. Para poder desfrutar da minha profissão que gosto muito. Escolhi enfermagem um pouco por isso, é uma área boa de emprego. A questão das transferências, que seja do jeito que Deus quiser, mas sei que seremos muito felizes. Li: _ Olha, foi muito legal conversar contigo. Espero que você possa passar rapidinho pelo segundo e terceiro ano com ele para logo chegar no quarto ano,viu?! Bom, para você que vem aqui todos os dias e acompanha nossos batepapos, eu te deixo um forte abraço. Já recebi e-mails e scraps de pessoas pedindo desculpas por terem pensando que eu estava de brincadeira, ou querendo fazer alguma maldade com elas, quando as convidei para uma entrevista. Espero que aos poucos eu possa provar que meu trabalho aqui é sério e com boas intenções. Apesar de ser duro ter que várias vezes ouvir grosserias. Mas faz parte do caminho, que nem sempre é fácil, é tortuoso, íngreme, cheio de pedras, mas quando chegamos lá em cima e vemos que vencemos é muito gratificante. Entrevista: 13 “A impossibilidade só existe quando é possível desistir”. A Fernanda tem 21 anos e está comigo na contagem regressiva rumo ao... Hexa? Nãooo. Rs, não é Copa do Mundo, rs. É o aspirantado mesmo! Ela tem 21 anos, é Funcionária Pública e estuda Português/Inglês lá em Curitiba. Gente, a Fê é noiva e conhece o seu milico há sabe quanto tempo? Chuta aí?! 7 anos. Oh! Amor lindo esse, hen?! Li: _ Eu vou parar de enrolar e deixar ela contar como tudo começou. _Nos conhecemos quando eu ainda era criança. Ele já era adolescente, mas nunca conversamos. Nos cumprimentávamos, mas nada de um contato mais direto. Depois ficamos anos sem nos ver e quando ele entrou na Prep a mãe dele fez com que nos encontrássemos. Ele era muito desengonçado quando adolescente, então ela quis que eu tivesse uma outra impressão dele. Assim começamos a namorar. Li:_ E o que estar com ele fez da sua vida diferente, Fernanda? _Bom, ele me modificou completamente. Eu sempre fui uma pessoa que não ligava para os sentimentos das outras, nunca tinha namorado, pois não gostava de ninguém no meu pé. Quase no fim da Prep terminamos o nosso namoro; éramos muito infantis e eu não agüentava mais namorar a distância. Passamos um ano separados e no início do avançado voltamos. Ele fez com que eu mudasse todos os meu planos. Eu estudei toda minha vida escolar em escola militar e meu sonho era ser PM. Mas isso seria impossível, pois teria que deixar a corporação quando nos casássemos. Fiz com que meus sonhos pudessem seguir a mesma direção dos dele. Estou fazendo o curso da minha vida e sempre pude contar com o apoio dele. Ele me ensinou a ser mais paciente, a lutar com todas as minhas forças pelos meus ideais, a ser mais amável. Mas ainda acho que a maior virtude dele é a paciência. Essa foi a maior lição que ele me passou. A ser paciente com o tempo, com a distancia, com as pessoas Que não entendem o que é namorar dessa forma, etc. Li: _ Amar um militar requer muita paciência. _A cada dia aprendo a ser mais paciente, a relevar situações que antes me deixavam furiosa, como ligar e não ter um retorno. A entender que ele tem prioridades, como a prova do dia seguinte, que nessa semana ela vai virar a noite estudando e não vai poder falar com você. Esse amor vem me ensinando o quanto é difícil você Ter uma dia cheio pegar um carro e viajar 800km só para passar 1 dia com alguém e esse alguém vai Ter que passar o dia trabalhando. Tive que aprender a conter minhas emoções, a ser o porto seguro de um homem que após um acidente num campo se transforma num simples guri que necessita de um colo. Só que esse colo é dado a distância. E esse guri, mesmo acidentado vem ao seu encontro, só para você dar um pouco de esperança para ele. Modificou minha rotina: Volto da faculdade, super cansada depois de um dia estressante de trabalho, e tenho que esperar até meia noite para falar com ela pela internet. Aprendi a sorrir quando a minha vontade é chorar. Aprendi a me calara quando minha vontade é gritar. Aprendi a parar e respirar e pensar que isso tudo é passageiro, que logo ele estará ao meu lado, sem precisar se preocupar se já é hora de ir embora. Se eu for enumerar tudo o que esse “Amor Militar” transformou em mim e na minha vida, vou me estender muito. Li:_ Você tem apoio das amigos? Amigas...Essas são minha fortaleza quando estou a ponto de largar tudo...Amigas que fiz atraves desse namoro. Gurias que passam pela mesma situação que eu, mas que sempre tem uma palavra e um ombro amigo para estender, mesmo que seja virtualmente. Só tenho a agradecer a cada uma dessas guerreiras brasileiras. Li: _ Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Dificuldades sempre aparecem. Mas passamos dois momentos muito difíceis. O primeiro foi quando ele estava no avançado. Ele estava dando uma instrução de granada para cadetes do básico, quando foi chamado para fazer uma avaliação, pois estava com problemas no ombro. Então o cadete que assumiu a missão(e que por coincidência era do seu quarto) tirou o pino sem querer. Então um Afim viu e bateu na sua mão para a granada explodir longe. Mas mesmo assim ela explodiu e esse guri veio a falecer. Sofria ele lá e eu aqui, pois ele me ligava a todo momento dizendo que ia embora, que ia largar tudo. Ele estava a ponto de enlouquecer. Eu chorava dia e noite, com medo de algo acontecer a ele e por ele estar sofrendo assim. Mas depois de uns meses ele foi voltando ao normal. E o outro momento foi ano passado quando ele estava na Siesp (o temido campo) e teve uma fratura no pé esquerdo. Se não fosse Deus colocar sua mão naquele pé, ele teria que trancar para fazer uma cirurgia. Sofríamos a cada dia com que expectativa se ele passaria na avaliação ou teia mesmo que trancar. O processo de recuperação foi muito longo e dolorido, mas graças a Deus ele se recuperou, não 100% mas o suficiente para terminar a AMAN. Mesmo tudo isso acontecendo, crescemos muito e nos unimos mais. Li: _ E agora a distância? Agora nos vemos dois finais de semana por mês. Mas já passamos muito tempo sem nos ver. Ficamos quase dois meses longe. E já fiquei mal, não ao ponto de ficar doente, mas ao ponto de me desligar do mundo e não me comunicar mais. Li: _ Você pensa o que sobre as transferências? _Na distância com os amigos. Caso, já se transferiu, conte como foi, o que passou, a fase de adaptação... Nós vamos nos casar no final do ano e para tomarmos essa decisão conversamos muito. Como citei á pouco, tive que abrir mão do meu sonho de ser PM mas do sonho de se militar. Assim que eu me formar vou fazer o concurso para professora das Forças Armadas e tenho apoio total do meu noivo. E mesmo não entrando nesse “mundo”, vou exercer minha profissão aonde eu vá. O que mais está me fazendo sofrer é Ter que deixar minha irmazinha de 5 anos. Ela é praticamente minha filha, mas cada um tem que seguir seu caminho. Vou levá-la em meu coração aonde eu for. Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? _Você tem que ter maturidade suficiente para que a distância não venha a acabar com seu relacionamento. Tenho um dizer que sempre penso quando estou triste: “Tudo o que é mais sofrido, é mais gratificante”. Vale a pena namorar assim se você ama. Li: _O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? _ Bom, sou suspeita para falar, mas acho uma carreira linda. Sou super patriota e esse mundo militar sempre me encantou. Mas ele tem outros objetivos, como passar num concurso que ganhe mais. Se ele passar e quiser sair da corporação, vou estar ao lado dele pro que der e vier. Li: _ Uma frase que resuma o amor de vocês? “A impossibilidade só existe quando é possível desistir”. Esta frase esta escrita num muro dentro do quartel de artilharia da minha cidade. Como trabalho perto, passo todos os dias e fico meditando nela. Li: _ Uma música tema que lembre vocês? Amor Perfeito: Roberto Carlos. Essa música marcou o inicio do nosso namoro, e quem cantava na época eram outros cantores que não sei o nome e por coincidência, o babado novo regravou agora que voltamos a namorar. Estamos namorando de volta há quase 3 anos. Li: _ E que recado quer deixar para as meninas? _Bom, o recado que deixa a quem ler a minha entrevista, é que tire tudo de bom que você puder desta relação. Cada vez que você pensar em desistir seja por causa da distância ou porquê a carreira dele exige mais atenção do que ele dá para você, pense que antes de ser um militar ele é um homem que aguarda ansiosamente um beijo seu, um carinho, uma palavra de incentivo, enfim, ele aguarda para recuperar em você todas as forças que necessita. Forças que neste caso seria o amor incondicional que Deus nos deu para dar. Beijos! Li:_ Beijos para você também, Fernanda! Eu adorei ler e quero te dar aquele abraço daqui há hummm 120... e alguns dias... rs. Entrevista 14: "Só não acho legal você parar sua vida em função da carreira dele. Sempre haverá algo que se possa fazer! " Olha que bom, fiz um bate-papo com uma mulher que viveu um amor militar, aprendeu algumas lições e vivênciou algumas situações que partilhou com a gente. Vamos ouvir: Li: _ Você já namorou um militar? Como foi? Mariângela: Já sim! Foi um relacionamento de montanha-russa! Cheio de altos e baixos, por causa dos horários dele... Era complicado conciliar o trabalho dele com o meu e mais a minha faculdade. Tínhamos que fazer milagres para nos vermos! Até meus trabalhos da faculdade ele acabava ajudando a fazer para podermos ficar juntos por um tempo! Tínhamos nossas brigas, mas penso que todo casal tem brigas e depois se reconciliam, e essas reconciliações eram sempre uma delicia! Atualmente somos grandes amigos!!! Ele mora em outra cidade no interior do estado! Li: _ O que você aprendeu com esse relacionamento? Mariângela: Aprendi que é preciso ceder! Eu sou ruinzinha nisso, mas aprendi a duras penas que para ganhar de um lado é preciso perder de outro! Aprendi o vocabulário dele... coisa muito importante se você não quiser ficar comendo sapo durante a conversa. Mas acho que o principal aprendizado é SER INDEPENDENTE! E isso poucas mulheres aprendem! Não fique esperando o seu namorado/noivo/marido para resolver um dado problema! Encare e resolva! Eu percebo que muitas mulheres se acomodam e esperam que eles resolvam tudo, desde a marca de um creme de leite até a educação das crianças! Não pode! Ah! Aprendi a freqüentar a igreja!!!!! Sim, meu lindo fazia questão de ir a igreja todos os domingos!!! E ele sempre tinha um jeitinho fofo de me convencer a ir com ele... foi um ano dividindo meu tempo entre o centro espírita que eu freqüento e a igreja evangélica que ele freqüentava aqui na cidade. Li: _ Você tem alguém na família militar? Convive com algum? O que acha do dia a dia da carreira? Mariângela: Sim, tive um irmão militar! Ele servia na arma de cavalaria. Por conta disso, acabei conhecendo muitos militares! Eu era uma irmã extremamente cuidadosa com o fardamento do meu irmão. Nos finais de semana o meu irmão sempre trazia os amigos para dormirem aqui em casa. Acabei virando maninha de todos! Quando eles chegavam do campo era um problema e um prazer ao mesmo tempo... Era legal têlos todos em casa, mas quando eu via aqueles pés cheios de “pereba”, as fardas imundas que nem se enxergava mais o verde-oliva e sim muito barro, dava um desespero...rs! O dia a dia da carreira militar era o que mais me aborrecia! Por conta dos horários horríveis (e acho que todas vão concordar comigo), não dava para planejar nada! E isso me deixava furiosa...rsrsrs!!! Eu sempre gostei muito de viajar, e o quartel estragou muitas das minhas viagens, pois como não gostava de deixar meu irmão sozinho acabava não indo! Meu irmão e eu sempre andamos juntos para todos os lados! No campo afetivo, a tortura do dia a dia é ainda pior... A correria com as missões, serviços e... Algumas punições, atrapalhava todos os meus planos... Não era fácil ser irmã e namorada de militar! Felizmente eu os via ao mesmo tempo, pois eram amigos e trabalhavam no mesmo quartel e no mesmo esquadrão! Li: _ Você conhece esposas de militar por aí? Mariângela: Eita... vamos para um campo delicado...hauhauhauha!!!!!! Conheço algumas esposas sim!!!!!! Mulheres maravilhosas!!!!!!!! Não vou citar nomes aqui, mas quando elas lerem a entrevista, saberão que é delas que estou falando, são vizinhas umas das outras!! Mas duas são amigas do coração que é a *FERNANDA* E A *ESTELA* (pseudonomes), pessoas que eu amo demais!! Amigas de toda hora e que sempre me amparam nos meus momentos de estresse!!!!! Essas duas e as vizinhas são pessoas que eu considero muito!!! Pessoas adoráveis!!!! Mulheres guerreiras que cuidam de sua família com muita garra e não esqueceram de cuidar de suas vidas!! Tem seus trabalhos e garantem sua própria grana!!! Só posso dizer que são um exemplo a ser seguido! Mas... como toda regra tem sua exceção, existem aquelas que não tem boca pra nada! Tudo é o marido que decide, até a escola onde os filhos vão estudar! Lamentável! Acabam virando motivo de chacotas! Acho chato... pois deveriam ser motivo de orgulho! Não é fácil acompanhar um militar! Mas é o preço que se paga quando se anula para agradar o outro. Li: _ O que você acha da carreira da mulher? Vale a pena largar tudo por eles? Mariângela: Acho importante a carreira da mulher... mas tenho consciência de que seguir um marido cuja carreira dependa de transferências, acaba dificultando a vida de nós, mulheres! Não acho interessante abrir mão de sua carreira, afinal, existem os serviços autônomos para isso! Para facilitar o seu ingresso no mercado de trabalho do local, você pode ser professora, vendedora autônoma, aproveite a cidade para fazer um curso de alguma coisa, se aperfeiçoe! Só não acho legal você parar sua vida em função da carreira dele. Sempre haverá algo que se possa fazer! Digo isso porque minha mãe teve essa vida. Com 20 anos de idade ela se casou e foi embora para o interior do Maranhão e ela aproveitou os seis anos que ficou por lá para fazer cursos de artesanatos, e até hoje, quase 20 anos depois, ela ainda os vende aqui no centro – oeste por um bom preço. Agora que a cultura nordestina está sendo mais divulgada por aqui! Minha mãe foi professora, política... e atualmente está concluindo o curso de Pedagogia que ela sempre sonhou, mas que nunca conseguiu devido a carreira do meu pai, porque sempre moramos em cidades do interior mesmo... aquelas cidadezinhas minúsculas que num primeiro momento você olha e pensa: “meu Deus, o que eu vim fazer nesse fim de mundo ?” mas depois se da conta de que haverá algo que te fará voltar sempre, mesmo passando-se muitos anos! Li: _ Que histórias você já viu por aí? Sobre as Maria cuturno? O que pensa sobre elas? Mariângela: Eu sei que vou arder no mármore do inferno depois dessa questão, porque vão me mandar pra lá depois que eu responder...rsrs!! Mas vamos lá! Antes eu morria de raiva das Marias Cuturnos, mas numa festa que fui com um amigo militar, eu conheci uma moça, a *Nayara* (pseudonome) que está namorando o *Beto* (pseudonome) há 4 anos... ai ela me disse que morre de pena dele porque ele tenta terminar com a outra e não consegue e por isso ela ainda aceita ser a outra para os outros mas sabe que é a oficial no coração dele!!! Me deu nojo do cara... como pode enganar uma pessoa durante 4 anos só para mostrar para os amigos que ele é o cara ?! Hoje não tenho mais raiva, porque se elas dão em cima eles podem dizer não! Mas se eles precisam trair para se sentirem mais homens, precisam de acompanhamento psicológico, porque isso não é normal! Li: _ Os militares que se transferem para aí são fiéis na sua maioria? Tem muitas festinhas? Mariângela: Bom... lá vou eu arder no mármore do inferno outra vez....rsrsrs!!! Há militares que são fiéis sim... veneram suas namoradas/noivas, mas tem outros que da nojo!!! Se acham nas festinhas exibindo as garotas que leva consigo como se elas fossem um troféu de masculinidade! Bom, se há festas, sim há muitas!!! Eu particularmente só vou quando meu irmão vai junto... porque ai sei que é festa decente! O meu irmão é muito enjoado e não me deixa ir sozinha de jeito nenhum!!! Rola pagodinho, funk, dance... e depois das 11 da noite todo mundo pra piscina!!! Muito legal!!! Só na festa citada acima eu fui escondida do meu irmão...rssrs!!! e acabei discutindo feio com meu amigo porque um colega dele levou duas garotas de programa... bati o pé, fiz o maior piseiro pra ele me levar pra casa... disse que me recusava a dividir o mesmo ambiente com gentinha desse tipo!!! Eu sou muito chata com isso!!! Não é preconceito, mas é constrangedor sabe ?! Li: _ Você acha que a traição tem a ver com o quê? Porque eu já ouvi falarem “ah, militar não presta”, tem a ver com a carreira ou com a índole? Mariângela: _Não são todos os militares que são imprestáveis... apenas boa parte deles...rsrs!!! Brincadeiras a parte, vamos falar sério... eu acho que não é o quartel que vai transformar o cara num tranqueira não!!! O ser humano tem sua própria essência... e Parmênides diz que O SER É, O NÃO SER NÃO É! Ou seja, não mudamos nossa essência!!! Se o cara for educado e de princípios, ele não vai precisar se transformar numa tranqueira para provar aos outros que é macho!!!! Por que a traição ???? Bom, muitos amigos dizem que precisam suprir a carência física! Mas que o coração deles é da namorada e será com essa namorada que ele um dia irá se casar! Mas eu acredito que se existe amor de verdade, não se sente carência física!!! Nós não agüentamos tantos dias sozinhas ????!!!!! Eles podem seguir o nosso exemplo!!!! Li: _ Mariângela, obrigada por essa conversa e por sua disponibilidade de tempo comigo! Você faz mil coisas! Rs. Mariângela: _ Querida Li, obrigada pela oportunidade de participar do seu livro! Foi um prazer responder suas perguntas! Entrevista 15: "Eu morria com ele, eu sofria com ele e chorava por ele. Mas sorria pra ele, brigava com ele e torcia por ele!" Ok, responde rápido para mim a primeira coisa que pensou quando viu a nossa entrevistada de hoje? “Ela é tão novinha!” Certo? (risos). Algumas podem ter tido o segundo pensamento: “O que eu tenho a aprender com ela?”. Eu já ouvi isso de uma mulher, que me disse que não lia o Blog “Eu amo um militar”, porque já tinha passado daquela fase (subentenda-se: “fase adolescente”, segundo ela). Não gosto da maneira como algumas mulheres enxergam a sua experiência, ou os seus anos de casadas com militares, como se fosse uma escada de patentes alcançadas:_ “Ah! Eu sou mais moderna que fulana...” Não é raro encontrar algumas que têm um comportamento extremamente infantil e possuem uma imaturidade de irritar muitas adolescentes “bem vividas”. Engraçado, olha que ironia do destino, na maioria são elas que arrebitam o nariz para as mais novas. Há gente nesse meio que acha que só será reconhecidas pelo tempo que estão com seus milicos e pela quantidade de medalhinhas no peito dele. Posso ser bem sincera, já que o livro é meu e o microfone está agora comigo: “Esse tipinho é MEDÍOCRE!”. Ainda bem que aqui estão belíssimos exemplos de mulheres fortes, apaixonadas e muito mente aberta! Isso é um máximo. Você aí que entrou para ver se tinha entrevista nova, posso te falar uma coisa hoje? Você é um máximo! Já te disseram isso? Você é brilhante! Te digo por que: você veio aqui para ter a humildade de ouvir outras pessoas contarem as histórias delas. Sejam essas vidas parecidas ou não com a sua, não importa, você topou ver pontos de vistas diferentes! Vamos a entrevista de hoje, então. Porque eu vou falar com uma garota maravilhosa, uma guerreira! Quando você chegar no fim da entrevista vai entender o que digo! Chama-se Ester Chaves de Souza. Ela terá 19 aninhos até dia 1º de setembro. Agora ela está estudando Design Gráfico e trabalhando como secretária, em Salvador, na Bahia. A Ester está namorando seu marinheiro há 1 ano e 11 meses. Agora ele está em Brasília. Li: _ Menina, que saudade deve estar agora hen? Mas quando esse amor começou? Ele era o melhor amigo do cara que eu tava ficando na época, eu era nova na cidade e foi esse meu ficante que me apresentou a ele, depois disso só éramos conhecidos e ficamos 4 meses sem nos falar até que descobrimos que éramos conselheiros do mesmo clube. Depois de um domingo de reconhecimento e reapresentação, viramos amigos, e 15 dias depois ele terminou com a namorada dele, 10 dias depois começamos a sair, ficamos e 1 semana depois ele me pediu em namoro. Li:_ Parece que estava escrito nas estrelas que vocês iriam ficar juntos. E me diga, como foi o início de namoro? _Quando o conheci, estava saindo de um período muito difícil da minha vida e tinha desistido de tudo, vivendo por viver, e no inicio do nosso relacionamento eu virava pra ele e falava que não gostava dele, que ele ia se machucar e que eu estava com ele só porque não tinha nada melhor pra fazer. Eu não sei porque, mas ele ouvia, mas continuava comigo, dizia que eu ia mudar, que ele ia me ensinar a amá-lo, e foi isso que ele fez, eu era insensível, egoísta até, e ele retrucava com tanta paciência e amor que um dia eu virei pra ele e disse: - “Rapaz, eu acho que te amo, não sei por que, nem como aconteceu, mas você conseguiu, você me ensinou a te amar, só não pode me machucar agora tá bom?” – Ele disse: - “Pode deixar que eu vou te fazer muito feliz!”- E foi isso, acho que a coisa mais importante que ele me ensinou foi a amar de novo, hoje sou mais carinhosa, atenta, menos egoísta, mais sociável (antes eu falava que odiava pessoas!), a tentar ser mais delicada e compreensiva com as pessoas, ele me ensinou muita coisa! Li:_ Estou vendo que você mudou mesmo, pelo que está me contando. Mas e ele? Sinceramente, não sei essa resposta, uma coisa que ele sempre me fala é que eu o ensino sempre a ser menos metódico, a desfrutar mais do momento, ele era muito santo quando o conheci, muito perfeito, ele diz que eu o ajudo a ser mais “errado” e ele me ajuda a ser mais “certa”. Somos como o símbolo japonês acho, o bem com uma gota do mal e o mal com uma gota do bem! (eu sou o lado mal e ele o bem, deu pra entender, né?) Li: _ O que o “amor militar” tem te mostrado? Tem me ensinado bastante, ele entrou na “academia” agente tinha 5 meses de namoro, e eu tive que passar os outros 2 meses sem vê-lo, e eu consegui encarar de uma forma que não imaginava que encararia, o amor militar tem me mostrado que eu sou mais forte do que eu imaginava, e o que o verdadeiro amor significa, o compromisso, o zelo, tudo. Hoje em dia dou mais valor a nossa relação, aos pequenos detalhes que no dia a dia passavam em branco e hoje são como diamantes verdadeiros, pra mim, lindos e raros, estamos a 6 meses sem nos ver e isso faz com que cada sinal de vida dele pra mim, tenha um valor inestimável. Li:_Você tem apoio dos amigos? _Na verdade, alem de vocês meninas que mesmo não sabendo são como melhores amigas. Mas além de vocês, tenho 2, uma amiga que se mudou pra SP depois que eu vim para BA, nós nos falamos de vez em quando, mas sempre me dando apoio e acredita no meu relacionamento, e um amigo que ficou lá no DF, mas ninguém acredita na gente. Posso contar um segredo? Pareço meio louca falando isso, mas até hoje, todos os problemas que passei no meu namoro, todos, sem exceção, eu corro pra vocês, leio os textos novos, os antigos, entro nas outras edições, tiro forças do amor de todas vocês pelos seus milicos e respiro fundo e sigo em frente. Uma vez, cheguei chorando uma vez em uma lan house porque estava sem internet em casa num fim de semana e comecei a ler os textos entre uma lágrima e outra, até que comecei a sorrir, e o dono da lan olhava pra mim com plena convicção que eu era louca, foi cômico, mas foi verdade! Li: _ Fico até sem saber o que dizer. Às vezes, a Lucy e eu preparamos textos e recebemos poucos comentários, mas a gente olha para o contador e percebe que não estamos falando para as paredes. Que se alguém volta é porque está gostando. Foram muitos momentos difíceis? O momento que estamos passando, na verdade, foi a decisão mais difícil que já tomei na minha vida. Eu tinha destruído a minha vida lá também, e mesmo estando com ele não conseguiria recomeçar de novo lá, não conseguiria passar por tudo de novo. Então decidi sair de lá, eu tinha ganhado uma casa aqui na BA, minha terra, mas estava morando lá com meu pai, eu estava no 3º semestre da faculdade de veterinária. Eu disse a ele que queria sair de casa, e na hora ele me pediu em casamento, falou com meu pai, arranjou móveis, no dia seguinte chegou com classificados pra ver uma casa, mas eu disse que não, que não dava, pedi desculpa, perguntei se ele me esperava, que precisava recriar minha vida e que não dava pra ser ali. No inicio ele me odiou, claro, mas depois ele entendeu. Fiz as malas e vim para Salvador. A coisa mais dolorosa foi deixar ele ali, naquele aeroporto me pedindo pra ficar. Ele agora está há mais ou menos 4 meses tentando tirar as férias dele, mas está muito difícil, por ele ser de Brasília, o grupamento é direcionado a cerimônias e segurança política, resumindo, ele talvez seja liberado depois do 7 de setembro, isso se o presidente não tiver nenhuma necessidade de “desfilar” pelo congresso a fora e o grupamento seja escalado para a escolta dele. Li: _ Você teve apoio da sua família e da dele? Não, as duas queriam mais que tudo que agente ficasse longe. A família dele dizia que eu tinha “estragado” a vida dele. E a minha madrasta dizia a mesma coisa, na verdade dia, é, mais um, você conseguiu de novo. O meu pai dizia para eu ficar e esquecer ele que as coisas voltariam ao normal, mas se eu achasse que não voltariam que era pra eu vir que seria melhor. Tirando a minha irmã de 8 anos, todos odiavam agente ser um casal. Há, a minha mãe não acredita na gente, mas ela não liga muito, ela diz que não pode fazer nada por mim. Li:_ Vocês ficam muito tempo sem se ver e além da saudade tem que agüentar isso... Mas o que tenta fazer para ocupar o tempo? Sim; Eu tento me ocupar, ler muito, conhecer coisas novas, estudar, arrumar a minha casa pra quando ele chegar, não sei, tento não entrar em depressão pra não me ‘matar’ e nem voltar correndo e jogar tudo pra cima de novo. Logo no início, quando eu vim para Salvador, ele veio aqui passar 4 dias e foi um desastre total, agente estava em pânico e não sei por que brigávamos a toda hora, só conseguimos conversar depois que ele voltou pra Brasília e eu liguei pra ele, mas não adiantou muito, agente brigava toda vez que nos falávamos, eu vi que nosso namoro estava acabando, eu estava em crise, eu gritava com todo mundo, eu ria sozinha, chorava em público, não dormia, comia tanto que engordei 2 quilos e em 2 semanas, até que juntei minhas economias pra qualquer emergência e comprei uma passagem pra lá, passei o carnaval lá, e resolvemos tudo, foi perfeito, contei a historia no blog. Vai fazer 6 meses esse mês. Li:_Você é muito ciumenta? Por incrível que parece, não e não. Não sou ciumenta, só quando ele abusa da minha passividade e desfila por aí de camuflado ou coisa parecida. E não, não to nem aí pro que os outros falam, vamos fazer 2 anos juntos contrariando tudo que já falaram da gente e pra gente, eu confio nele e ele em mim, foi a única promessa feita antes de eu me mudar. Li: _ O que acha de ser transferida um dia com ele? Largar tudo aí? Não, ele nunca foi transferido, ainda não. Eu estou acostumada com tudo isso, eu cresci numa família pastoral, pra quem não sabe o que é, uma família pastoral é uma família onde algum membro é pastor (religioso), e é mandado para vários lugares para exercer funções variadas dentro da igreja por todo o mundo, meu pai é pastor, se formou quando eu tinha 2 anos, eu nasci em um internato com ele e minha mãe na faculdade, depois de lá, tudo que eu fiz foi me mudar de casa, cidade, estado, pra mim é super normal, no fundo eu ate gosto. Mas como o meu caso é todo ao contrário, ele que nunca se mudou e está bem receoso com isso, mesmo assim esta esperando completar os 3 anos pra ser transferido pra Ssa. Li: _ Ah! Você o conheceu antes dele começar a carreira dele, como foi esse processo para sua cabeça? No início eu não queria que ele fizesse o concurso, mas na hora eu torci pra que acontecesse o que ele queria, e não o que eu queria, afinal, era a vida dele, a decisão era dele, e se ele estivesse feliz eu também estaria. Depois ele entrou pra quarentena e me ligava de vez em quando na hora do café da manhã as 5:30 am escondido do celular ou então de madrugada em pânico com o lugar, que queria voltar, que era suicídio ficar ali, eu sabia que ele falava isso porque estava com medo, é normal, eu também estaria, e sabia se eu falasse pra ele sair, ele bateria o sino e sairia, mas se arrependeria depois, então dava o maior apoio, ate ameaçava se fosse preciso, depois da quarentena ele ficou ainda mais 4 meses lá. Eu lembro que eu acordava de madrugada chorando com medo de acontecer algo com ele lá. Foi nessa época que conheci a mãe dele, ela me ligava chorando às vezes, pedia pra pedir pra ele voltar porque ele me ouviria, que eles estavam torturando o filho dela, eu quase morria ao dizer pra ela que eu também queria que ele voltasse, mas não ia pedir porque o melhor pra ele era lá. Um dia pegaram o celular dele, eu quase morri porque não conseguia falar com ele, ele me ligou de madrugado do orelhão a cobrar e disse que me amava e pra era pra eu ligar pra mãe dele e dizer que a amava também e pra dizer que ele estava bem. Foi duro! Eu morria com ele, eu sofria com ele e chorava por ele. Mas sorria pra ele, brigava com ele e torcia por ele! No dia da formatura dele, eu tinha uma prova na faculdade 2 horas antes, eu falei pra ele e ele disse que me perdoava se eu não fosse. Mas eu não me perdoaria, então eu me arrumei toda e fui pra faculdade, fiz a prova em 20 minutos e saí desesperada, peguei uma carona com meu sogro e cheguei a tempo de vê-lo, foi a coisa mais gratificante vê-lo se formar, ele disse a mim que se não fosse eu ele teria desistido, e me agradeceu. Ficar ao lado dele quando ele precisava foi tudo pra mim, cuidar dele quando ele voltava das provas físicas todo quebrado, arrumas as malas dele todo fim de semana, passar noites em claro e acordar todos os dias às 5 da manhã para orar pelo dia dele, foi difícil, mas maravilhoso. Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? No meu caso acho que fortaleceu! Li: _ O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Eu gosto, na verdade eu diria que até tenho um pouco de inveja dele, porque é o tipo de carreira que eu queria muito seguir, mas como alguém tem que ceder e também porque as oportunidades femininas não se igualam as masculinas nessa área, prefiro ficar muito orgulhosa dele. Ele está ótimo onde está, ele gosta, eu gosto. Me orgulho dele! Li: _ Uma frase que resuma o amor de vocês? Os opostos se atraem, e no nosso caso, se completam inteiramente e de uma forma assustadora. Li: _ Uma música tema que lembre vocês. Olha, como eu deixei obvio na frase, agente é muito diferente, então nunca entramos num consenso de uma musica perfeita, mas ouvi uma musica perfeita que é agente do inicio ao fim, “Condição Humana”, do Linox, nem sei se ele conhece essa música. Mas tem outra que ele gosta e me mandou assim que eu me mudei, “Eu Sei”, de Papas na Língua, a primeira e única que eu fiz questão de aprender a tocar no violão. Li: _ Algum filme que você goste e que lembre vocês? ”Soldados Anônimos”, foi o último filme que vimos juntos antes de eu vir pra Ssa. (Nada romântico, eu sei, mas me faz lembrar dele sentado no sofá lá da casa do meu pai na semana anterior a minha viagem!) Li: _ Eu vi esse filme, é duro de ver o lado deles... pensando sobre nós aqui fora... É um filme complexo, porque a crítica odiou, disse que não tinha nenhum lado político. Mas eu entendi que o filme era um big brother da vida dos soldados. E só se propunha a isso. É muito significativo para nós, e para o resto dos críticos foi um lixo. Eu gostei! Mas Ester, conta mais... Alguma história que lembre? Li, eu falo pra caramba, e gosto de escrever também, mas eu acho que já falei demais, mesmo pra um livro. Vou contar dois episódios meio loucos que ocorreram depois que ele virou milico. Eu acho que já contei no blog essa primeira história, mas se não vou te contar agora. Uma vez logo quando ele pro CIAB (centro de instrução e adestramento de Brasília), no segundo mês, foi permitida a visita nos fins de semana, e eu ia todos eles com os pais dele. Lá pelo 4º fim de semana, eu não lembro a causa, mas os pais dele me disseram que não poderiam ir naquele fim de semana. Eu não tinha ido ao anterior porque precisei viajar com meus pais, mas tinha prometido a ele que iria ao próximo, fiquei muito triste, mas me conformei, estava muito frio em Brasília e eu ainda tinha duas provas de concursos naquele domingo. Isso foi no sábado. Fui para o Plano piloto muito triste no domingo, estava fazendo muito frio, fiz a primeira prova pela manhã, ate que não sei por que me bateu uma coisa, desisti de fazer a outra prova e fui vê-lo. Peguei um ônibus para Santa Mª, a cidade mais próxima do CIAB, desci no ultimo ponto possível, mas ainda tinha uns 7 km de pista até a outra pista que dava para a entrada e mais 4 km a dentro, mas não tinha táxi, e eu não tinha dinheiro, então fui andando, estava chovendo, eu estava ate arrumadinha, com uma jaqueta jeans que não me protegia em nada do frio nem da chuva. Eu ia andado pelo acostamento e passava uns carros que me molhavam mais ainda, tirando aqueles que passavam devagar me olhando como se eu fosse uma louca perdida. Cheguei na portaria, um soldado correu com um guarda chuva e perguntou o que eu queria, eu disse que tinha ido para a hora da visita, ele que faltavam 30 minutos para acabar e que como estava chovendo, só quem estava no quiosque era quem estava com a família, mas se eu quisesse ele poderia chamar meu namorado, eu disse que sim. Quando ele chegou e me viu toda molhada, sozinha no canto do quiosque, correu, me abraçou, me deu uma bronca, que eu era louca, mas agradeceu. Ficamos abraçados mais 15 minutos e ele teve que entrar, ele arranjou uma carona pra mim até Santa Mª pra mim, e eu voltei pra casa como se tivesse nascido de novo. Logo quando eu cheguei em Ssa. Eu ficava muito sozinha, eu tinha largado a faculdade, estava em outra cidade, não conhecia ninguém, e quem eu conhecia estava trabalhado ou estudando, então eu passava muito tempo sem fazer nada em casa, e como todas nós sabemos desocupação e saudade formão uma dupla deprimente, e foi mais ou menos isso que aconteceu, eu comecei a ficar deprimida. Lá pela 4ª semana sozinha eu já estava ficando louca e decidi sair, mesmo que fosse sozinha, eu ia pro supermercado e ficava só olhado as prateleiras, as pessoas lendo rótulos, ia pro shopping escrever cartas pra ninguém ou só para ver gente mesmo. Eu já não dormia, nem comia, nem nada, fica sempre sentada escrevendo, eu escrevia sobre tudo e nada, era como se eu tivesse escrevendo uma carta, só que ela não tinha fim e nem destino, falava sobre o que tinha visto na TV, sobre o tempo chuvoso, a lua, os cachorros da rua que não paravam, fala muita besteira. Um dia acordei tarde, lá pelas 4 horas da tarde (nesse período eu trocava o dia pela noite, ficava acordada ate o amanhecer e só dormia depois das 7 da manhã), com muita saudade do meu amor, me arrumei e saí, (andar sempre me fez bem.), andei uns 10 km, devagar, pensando na vida, ate que lembrei que mais uns 5 km de cima do viaduto dava pra ver dentro do GPTBA, e foi isso que eu fiz, o sol estava se pondo, estava ficando escuro mas eu não estava nem aí, tudo que eu queria era ficar mais perto dele, mesmo que fosse só pela sensação de presença, e foi isso que fiz, sentei no corrimão do viaduto e fiquei lá, olhando pra dentro do GPT como se tivesse vendo ele mesmo trabalhando. Fiquei sentada lá por mais ou menos 1 hora, ate que ficou frio e eu me lembrei de onde estava e voltei pra casa. Minha mãe me chamou de louca, doente, mas acho que não, estava louca nem doente, só com muita saudade. E ate hoje, quando bate muita saudade eu pego um ônibus que passa por lá e fico olhando e sonhando em um dia vê-lo realmente lá. Li: _ E que deixasse um recado de esperança, de fé e de força para aquelas que vão ler sua entrevista. Bem, pra todas nós as mulheres que amam um militar, força, toda a força do mundo, força, paciência e uma coisa que meu pai me dizia dês de criancinha e que hoje eu vejo do que ele estava falando. Meninas, o diálogo, muito diálogo, a base de um relacionamento, quaisquer que seja o gênero dele, é um bom dialogo. Gritem, briguem, estressem-se, chorem, se arrependam do que disseram, peçam desculpas, e se perdoem, mas dialoguem, compartilhem tudo, por pior que seja. Isso vai ajudar bastante a se entenderem. Acreditem se agente não falar, eles não vão adivinhar o que esta acontecendo nem o que queremos, e isso serve pra eles também! Sorte e amor para todas! Eu queria agradecer a força e a oportunidade dessa entrevista. Obrigada! Entrevista 16: "Essa guerra é nossa...e por essa guerra vale a pena lutar." A Carol, ops, desculpem é a força do hábito. A Ana Carolina Silva é uma querida participante dos meus livros, blog, sempre ali pronta para ajudar. O difícil mesmo é arrumar um tempinho na agenda dessa veterinária de 23 anos. Mas também, quando se consegue uma entrevista exclusiva só se pode chegar a um grande furo! Vamos ler, então, esse bate-papo com a Carol, que já namora há 6 anos seu milico, que hoje é Primeiro Tenente de Cavalaria do Exército. Li: _ Você o conheceu igual a mim: no finalzinho do segundo ano para o terceiro. Que bom que fomos descontadas aí de alguns aninhos de distância, não? (risos) Mas em compensação... Sempre aparecem dificuldades... _ Bem, tudo começou mesmo numa aposta entre amigas, que tinham uma verdadeira paixão platônica por um amigo dele. No Colégio Militar do Rio de Janeiro tinha uma semana cultural e nessa semana a hora do recreio era maior e havia declamações de poesias, teatros, exposições...enfim tudo ligado a cultura. Ele escrevia e elas apaixonadas ficaram me perturbando para ver se eu pegava o telefone dele. Numa aposta eu perdi e eu tive que ir pedir o tal telefone. Só que o menino tinha mudado para Brasília recentemente, e nós não sabíamos, e eu tive que ir pedir para uns amigos dele. Eram todos do terceiro ano e no CM o terceiro ano era visto como “rei” do colégio. Eu estava ainda na oitava série e mesmo assim fui. Um dos meninos me disse para ir pegar o tal telefone com um outro amigo dele, na parte de equitação do esquadrão( no Cm tem uma pista de saltos, baias, onde os alunos de cavalaria montam). Eu fui né...Então chegando lá eu fui procurar o tal menino, e logo um menino veio se aproximando perguntando o que eu queria....eu falei que estava procurando um determinado aluno para pegar o tal telefone...ele ia me dando quando perguntou para que eu queria, já que eu não o conhecia!Eu fiquei roxa, vermelha, sei lá que cor...mas na hora inventei uma desculpa e ele acabou me dando...Ele se formou saiu do CM, três anos se passaram e eu o vi poucas vezes depois disso...nos 6 de maio( aniversário do cm). Bem, eu me formei e no dia do meu baile de formatura eu fui decidida a ficar com um amigo meu, que mexia ainda comigo....estava feliz por estar quase ficando com o tal menino e eis que um amigo meu me puxou pelo salão para me apresentar um amigo dele....eu fui meio contrariada mas fui...chegando lá dei de cara com ele! Quase tive um troço...e o pior que ele lembrou da tal situação do telefone. A gente conversou e acabou ficando...no fim da festa fui embora com meu pai, e ele tentou perseguir o carro para pedir o meu telefone de novo, pois ele não tinha anotado direito. Eu não sabia quem era e nem dei atenção. No segundo dia depois da festa liga uma amiga minha me perguntando se podia passar meu telefone, porque ele tinha ligado para um amigo dele, que tinha passado o telefone dela, para ele poder pegar meu telefone (tá, foi meio zoneado!), eu disse que tudo bem, e então ele me ligou e ficou de passar no meu cursinho...desde então estamos juntos! Li: _ São quase seis anos já, Carol. Muita coisa aprendeu nesse tempo, imagino... Ihh...acho que foram várias situações sabe...eu tinha namorado antes com um menino que passou para uma escola militar também...me decepcionei muito com ele, sai muito magoada e com medo de me envolver de novo daquela forma com alguém que eu não tivesse contato sempre....fiz até promessa para não namorar mais milico nenhum. Bem, acontece que eu comecei a gostar do meu namorado de forma séria e com medo de dar no que deu no namoro anterior comecei a criar várias barreiras....tomei um susto quando ele disse que daquele jeito não dava..ele estava muito chateado comigo, eu então resolvi mudar de atitude seriamente...ou ia perdê-lo. Outra vez foi quando nosso namoro passou por problemas, ele não estava muito ligando para mim e eu fiquei muito desapontada, comecei a ver o que não queria, pensei que ele tinha outra garota, sei-lá...mas não sei porquê não conseguia me abrir, acabei meio que o traindo pela net...passei a conversar com outras pessoa, para puramente ganhar atenção...eu sou uma pessoa que gosta de paparicos, de atenção e de dar muito carinho...essa época foi a pior coisa da minha vida, porque ele descobriu, ficou muito chateado, quase terminados tudo mesmo...também descobri de certas mensagens que ele recebia e enviava no blog e assim fiquei sem o chão. Não agüentei e explodi, chorei, reclamei, pedi perdão e ele também e assim voltamos a boa. Fora tudo isso ainda tinha minha mãe contra esse namoro. Eu era muito imatura e ele foi me ajudando a crescer a ver que não podemos sempre esconder as coisas do mundo...que se temos problema que se estamos chateados é melhor falar, botar para fora, e que devemos sempre ser verdadeiros, é a melhor forma de viver, por mais que magoe, é melhor a verdade ser dita pela nossa boca do que descoberta ou então ser dita por bocas alheias. Além disso, aprendi a ter medidas, nem sempre que ele está diferente o problema é comigo, nem sempre que ele está chateado e não quer muito papo ou muita atenção eu devo ficar chateada...aprendi a medir um pouco tudo que eu faço. Acho que resumindo tudo ele me ajudou a encarar um relacionamento de frente, de uma forma mais madura! Li: _ Ele também deve ter aprendido muita coisa. Acho que ele aprendeu a ver que dar carinho, sabe, pode ser algo muito bom, que alivia,que ajuda. Ele viu que eu fiquei chateada com ele não pela falta de carinho, mas pela falta de compreensão da parte dele de não querer me entender, de ver que eu era assim. Eu não mudei muito meu jeito. Eu sou meiga, carinhosa, fui criada assim, sou assim e eu gosto demais disso. E ele compreendeu. Além disso ele superou a as brigas com a minha mãe...viu que não adiantava abrigar, botar barreiras, porque ele ia ficar cada vez mais contra. Aprendeu a ter mais paciência, pois minha mãe pôs muitas barreiras no meu relacionamento, além disso teve que ter muita compreensão, pois minha faculdade exigia muito e ele viu que não era só ele que tinha problemas na Aman. Li: _ O que amar um militar te ensinou? Acho que há falta de profundidade em algumas relações. Eu vejo como as pessoas podem ser fúteis. No meu caso acho que a gente aprende a dar valor a pequenas coisas, coisas que você pode ter agora e ficar dias sem ter. Aprendi que vale a pena lutar por uns poucos minutos junto de quem você ama. E que isso deve ser levado para a vida. Lute por aquilo que você gosta, corra atrás, sempre. Aprendi também que as pessoas as vezes são muitos mesquinhas, e não enxergam que para se amar não é preciso estar junto 24 horas por dia , e por você ter um relação diferente te apontam, te rotulam e mexem com sentimentos seus, pois ficam nos “achismos” da vida...e não te deixam em paz. Aprendi com isso a não dar ouvidos a quem eu não confio, e pensar com dó de que essas pessoas se acham certas, e donas da verdade. Esse tipo de amor não é platônico como muitos pensam, não vive se suspiros, vive de momentos, e da lembrança desses bons momentos. Relacionamentos assim não dão espaço para brigas “idiotas”, de brigas tolas, pois o pouco tempo que se tem é precioso, e muito bem aproveitado, não que não se tenha problemas, mas eles são resolvidos de outra forma!De uma forma, muitas vezes mais madura e você aprende com isso a pesar na balança pelo que vale ou não a pena brigar! Li: _ Você tem apoio dos amigos? Ahh...dos amigos mais próximos tenho sim. Graças a Deus. Estudei numa faculdade por cinco anos e as amigas que eu fiz, já no meio par ao fim da faculdade me apoiavam, pois pelo menos duas delas tinha namorado a distância também, já que não dava para ir a semana para o Rio, ficávamos lá, longe deles, pois eles trabalhavam estudavam e só o víamos nos fins de semana, então elas entendiam meu lado, pois o viviam. Minha amigas de colégio também de deram apoio diziam que eu era meio louca de viver um namoro doido, que depende de outros “poréns” para poder acontecer...mas nunca me julgaram de fato, sempre me deram apoio quando eu precisei. Mas quando meu namoro foi para as favelas por conta do roubo das armas aqui no Rio eu fiquei meio perdida, mas tive que continuar na ralação da faculdade, pois tínhamos trabalho e provas pela frente. Eu acompanhava o que dava na TV e nos jornais, que eu comprava todos os dias. Um dia eu estava parada na banca, meio desesperada, pois tinha uma foto da favela onde ele estava e um monte de militares em trincheiras. E a matéria dizia q tinha acontecido tiros na noite passada. Eu sei lá com que cara estava, porque ela me viu e parou na banca e me perguntou se eu estava bem, eu desabei naquele momento e contei que meu namorado estava ali, e que já tinha ido a outras favelas bem piores, que eu estava desesperada sem notícias, sem noção de quando isso ia acabar, com medo, e com vontade de tirar ele de lá, mas que ao mesmo tempo eu tinha que ser forte, porque a mão dela mora no sul e estava mais desesperada ainda, e que eu não podia ficar passando notícia ruim para ela, que ela tinha que acreditar que o filho dela estava em algum lugar um pouquinho mais seguro e não na rua, no meio do fogo cruzado. E que ele ainda tinha uma madrinha, um pouco já idosa e que também não podia ficar sabendo em que favela ele estava, ou seja, eu recebia poucas notícias dele e não podia compartilhar com ninguém!Ela me abraçou e disse que Deus não ia permitir que nada de mau acontecesse a ele, que tudo ia ficar bem, que ele ia sair dessa. Foi o abraço que mais me deu forças até hoje. Ai, comecei a desabafar com ela e quando ele saiu dessa confusão ela foi a primeira a saber. Acho que sem saber ela me fez um bem muito grande aquele dia que me abraçou! Li: _ Qual o momento mais difícil que lembra? Acho que esses da favela e o dia que quase terminamos sério por uma série de problemas..fiquei dias chorando. Também teve a época que fiquei brigada com a minha mãe por ela simplesmente não aceitar minha relação, achar que ela não ia dar em nada e que eu estava sendo idiota e iludida. Não foi bem um momento, mas sim uma fase. Minha mãe simplesmente não entendia que eu pudesse amar um cara que ficasse a semana inteira longe, e levasse isso a sério, ela não entendeu quando passe a mudar um pouco minha vida em função desse namoro. Ela simplesmente não aceitou o que o meu namorado estava fazendo comigo, e simplesmente passou a se opor contra tudo que eu fazia. Não podia sair à noite, não podia viajar com ele, e ela não me deixou nem ir a ao baile da espora. Era um horror, eu não entendia o porquê disso tudo. Passei por isso a mentir, e me sentia mal por isso, mas passou a ser preciso omitir certas coisas...chegou ao cúmulo dela me obrigar a viajar forçada para não deixar eu passar o carnaval com meu namorado! Tivemos brigas sérias, e ela passou a me proibir de ligar para o celular dele. E me ameaçou de tirar da faculdade (eu estudei longe, e precisava passar a semana fora, e ela ameaçou parar de pagar a aluguel de onde eu ficava). Enfim, eu me senti sem chão, pois não tinha o apoio de uma pessoa importante e isso é muito difícil. Passei por várias situações e problemas que não contava para ela. Desabafava com a minha irmã, que era a única que entendia meu lado. Tinha vontade de sumir no mundo e sinceramente desejei que o meu amor fosse par ao sul para poder ir com ele. Ele não foi, ficou no rio, e o inferno astral continuou por anos, até uma briga que tivemos numa viagem forçada....eu dei meio que um basta e fiz uma greve de palavras....passava sextas feiras na minha faculdade, só voltava sábado, e mesmo assim saia com meu namorado. Passei a não falar mais com ela, eu sei que foi uma situação péssima, mas o que dava para fazer?! Foi complicado, e depois de muito tempo foi que isso melhorou e hoje ela já aceita, mas ai é tarde né...meu namorado tem o pé atrás com ela totalmente e eu não confio mais na minha própria mãe para contar meus problemas mais sérios. Li: _ Bom, você não teve apoio da sua mãe, e a da família dele? Bem, da minha mãe não... Ela só começou a aceitar o namoro a pouco tempo. Eu conversava com a minha irmã, com meu pai...já a família dele gostou muito de mim e eu deles...então mesmo morando longe eu sempre tento manter algum contato com a mãe dele e com a irmã. Li: _ Você já ficou muito tempo sem vê-lo? Nunca fiquei muito tempo sem vê-lo...sempre teve o celular também par ajudar, pois depois de um tempo desisti de tentar falar com ele no telefone da ala. Preferia gastar mais um pouco e ligar para ele, com isso passei a ligar do telefone fixo de uma vizinha minha, quando estava a semana passando na minha faculdade para o celular dele..era rapidinho, mas melhor do que ir para rua e tentar falar com aquele maldito orelhão! Li: _ Você é muito ciumenta? Ciumenta todas somos...se alguém disser que não é ou é muito desapegada ou então não gosta realmente. Ciúme par Amim é um pouco o valor que você dá a pessoa. Não estou falando daquele ciúme doentio não, mas daquelas pontadinhas que dá quando você vê aquela ex namorada dele deixando recado no orkut, por mais inocente que seja, ou quando você pega ele olhando para alguma mulher bonita. Confiar em alguém que está longe é relativo...esses meninos aprendem a dar valor a quem dá valor a eles, claro não são todos, mas muitos não traem porque está no valor deles, na personalidade e porque essas pessoas que eles trairiam são pessoas que eles vêem que são meio que alicerces para eles. Muitos podem dizer que a carne é fraca, que eles uma hora ou outra vão trair....acho que isso só ocorre ou quando o relacionamento já está desgastado, ou quando a pessoa é assim mesmo sabe. E para trair não é preciso estar longe, conheço gente que praticamente morava juntos na minha faculdade e que muita gente sabia que o menino não prestava, bastava a namorada ir para o rio, ou não poder fazer alguma coisa, que ele arranjava desculpas e saia, e traia a menina, ou seja, para trair não precisa distância não... Li: _ Você ainda não foi transferida com ele para nenhum lugar. O que pensa sobre as mudanças? Na distância com os amigos. Caso, já se transferiu, conte como foi, o que passou, a fase de adaptação...Bem, faz parte né. Ele escolheu a carreira e eu escolhi ele, já sabendo disso tudo. Emprego público resolve um pouco a questão, mas não tem para todo mundo, então o jeito é ir se adaptando. Nunca passei por isso, então não tenho idéia como vai ser, vou sentir isso no fim desse ano, que ele vai para Resende e ai vou ver como ficam as coisas...Deus queira que eu me torne oficial também do exercito e possa seguir a carreira junto com ele...ia ser maravilhoso. Li: _ Uma frase que resuma o amor de você? Acho que não tenho uma frase pronta, mas sim um poema que ele me mandou num momento muito delicado. Ele se chama esposa de um soldado. Li: _ Não posso dizer que toda essa luta seja fácil. Mas cada uma de nós descobrirá forças para superar as dificuldades que aparecerem. Não acha? Namorar um militar pode exigir muito, mas outras pessoas podem passar por situações tão difíceis quanto a nossa. Mulheres que são casadas com médicos, que tem que largar tudo para atender um chamado, ou que são casadas com professores, que vivem nessa situação deplorável que o governo mantém além de deles terem que se sacrificar horas para fazer aulas, corrigir provas. Tudo depende do ponto de vista que você olha a vida. Não adiantada ficar se lamuriando se você namora um cadete que só vai para casa uma vez por mês. É assim, ponto. Viva a sua vida, e quando ele estiver junto a ti aproveite. Ta, é difícil...mas lembre-se, você escolheu. Nem sempre vamos ter a vida normal, de conto de fadas...nossos “príncipes” chegam cansados, aborrecidos, machucados e muitas vezes sem muito tempo para nós, afinal, quem nunca teve um dia ao lado do seu milico que ele simplesmente apagou no seu colo?! O que eu posso dizer, depois de viver pelo menos um pouquinho ao lado de um milico é que a vida é feita de momentos e que no coração devem ser guardados apenas os bons...para que se irritar quando não é preciso?! Para que se desesperar quando a situação não exigi?!A vida de cadete acaba um dia, mas eles continuam sendo milicos...eles vão alçar vôo e é preciso estar preparada para cursos, missões, serviços...e responsabilidades um pouco mais sérias de quando ele era cadete....ele agora vai estar na realidade! Por pior que a Aman possa parecer, pelo menos sabemos que eles estão seguros lá dentro, que nada de mal vai acontecer, que eles estão protegidos, mas quando eles saem, não importa aonde irão servir, mas a realidade muda...eles não são mais meninos, eles não estão protegidos por muros altos....eles são os responsáveis por defenderem a nossa pátria..e por pior que isso possa suar, sim, eles são preparados para a guerra...que Deus nunca permita que eles cheguem a tal ponto...mas quem namora um militar tem que ter em mente que eles são preparados para situações extremas... Quem namora um militar tem que ter em mente que eles não são príncipes encantados, que eles tem defeitos, que eles são humanos, e alguns defeitos são muito chatos, mas que é sim possível conviver com isso....que quando ele sair da Aman não vai ser um mar de rosas...não vai. A realidade muitas vezes choca algumas meninas que acham que acabou a aman acabou aquele sofrimento, aquela tensão....não....mas apesar de tudo é muito bom se sentir protegida em braços fortes...se sentir abraçada com pequenos gestos de amor, é ótimo quando podemos sentir orgulho deles defendendo o Brasil, é ótimo poder ver que eles podem ser aqueles homens sérios no quartel, mas que se desmancham com um simples carinho ou um simples colo...é ótimo ver que apesar de tudo, aquele menino que nós conhecemos vai estar sempre dentro deles, que por isso que estamos com eles...pois só eles fazem nossas pernas ainda tremerem quando nos beijam, que só eles nos dão aquele frio na barriga quando fazem aquele carinho especial, que só eles mexem conosco...e por conta disso não mudaríamos nada, nada mesmo...essa guerra é nossa....e por essa guerra vale a pena lutar. Li: _ Sim vale. Tudo vale a pena quando a alma por quem lutamos não é pequena! Tomara que Fernando Pessoa não se revire no túmulo por causa dessa básica adaptação. (risos) Carol, linda, força ta? Coragem sempre e acima de tudo felicidade, porque você merece! Bom, meninas, gostaram dessa conversa? Bom demais, né? Sabem o poema que a Carol citou? Vou ler para vocês. Muita gente já conhece, mas a cada vez que se lê, parece que sentimos de novo o peso das palavras: Esposa de soldado: Será que você tem idéia Sobre as chamas de luta e de epopéia Que mantemos acesas em nossos lares? Será que vocês sabem com justeza Em que vivem as esposas militares? A nossa vida é um misto emocionante De cigana, guerreira, bandeirante Sempre longe dos entes mais queridos Companheiras das lutas dos maridos A seguí-los por ásperos caminhos Achando rosas onde houver espinhos A nossa vida é feita de saudades De renúncias, de sustos e de esperas Pertencemos a todas as cidades Conhecemos verões e primaveras Dos rincões desta terra, os mais distantes Nesta vida de errante menestrel Nós vivemos em todos os quadrantes Sendo sempre as figuras mais vibrantes Onde houver a corneta de um quartel Os nossos corações não tem raízes E nossa alma não possui fronteiras Trazemos no sotaque os mil matizes De toda a nossa terra brasileira Nos sentimos tranqüilas e felizes Apesar do destino vagabundo De vivermos um pouco em cada estado Pois não há nada, nada neste mundo Melhor que ser esposa de um soldado (Neyde Cabral) Entrevista 17: "Quando o amor toca o coração, traz um sentimento maior que a paixão, basta um olhar um toque e nada mais pra me fazer feliz, como só você me faz". Nunca pensei que conheceria tantas entrevistadas do Amazonas, fiquei agora com muita vontade de conhecer o Estado. Mas psiiiu, vou falar baixinho, é para não dar idéia, senão meu namorado já vai ficar pensando em selva logo. Para que pressa, né? (risos). Então, gente, hoje o meu bate papo é com a Alice E. Kopp de Paiva, de 22 anos, que é casada com um sargento do EB. Eles estão juntos já há 5 anos. Li: _ Oi, Alice! Tudo bom, contigo? Me diz, como vocês se conheceram? Foi muito engraçado, foi no BLAH da Tim , através de mensagens pelo celular. Eu estava em casa sem saber o que fazer, então, peguei meu celular e fiz uma busca avançada de pessoas que morassem na minha cidade e, por acaso, lá estava o seu nome, então, acabei lhe enviando uma mensagem. No dia, ele estava no quartel triste, e olhou para o céu e falou com Deus para mandar uma namorada, uma pessoa especial, pois estava se sentindo muito sozinho, longe da família, em uma cidade desconhecida. Ele foi para o alojamento e estava ao lado do seu armário, quando então vibrou o seu celular. Era uma mensagem minha, e seguidamente ele me respondeu. No mesmo dia fomos nos encontrar para nos conhecer melhor, me lembro como se fosse hoje, era o dia 21 de agosto. Nós saímos juntos. E no dia 23 de agosto era o seu aniversário. Foi tudo muito rápido, pois no dia 23, às 00:30 h, ele me pediu em namoro e eu aceitei. Foi muito bom, maravilhoso. Ele disse que eu fui o melhor presente que ele já havia ganho. Li: _ Que história mais fantástica! Dessas de livros, de filme, ou novela. Não parece real. Quando você falou fiquei arrepiada! Então, Alice o que aprendeu durante esse tempo que estão juntos? Eu aprendi muitas coisas, não tem como eu falar todas, mas irei citar uma de suas lições que foi de não desistir dos nossos sonhos e objetivos, por mais que venha as dificuldades, pessoas querendo nos desanimar, atrapalhar, prejudicar ou coisa parecida, não devemos estacionar, por mais que caímos uma vez, devemos nos levantar e continuar a caminhada, mas desistir jamais, tristeza, desânimo, nunca! Essas palavras não existe em seu vocabulário. Porque na vida nada alcançamos de mão beijada, sempre temos que lutar e ir atrás do que sonhamos, dificuldades para conseguir sempre vão haver, se fosse fácil conseguir tudo o que quiséssemos, que graça teria nisso você não acha? Quando as coisas que tanto desejamos são difíceis, maior é o gosto da vitória a ser saboreada. Li: _ E o reverso? Em que acha que ele modificou estando e convivendo contigo? Ele aprendeu comigo a ser uma pessoa mais calma, acreditar mais em Deus e a lutar para que a cada dia de nossas vidas sejamos mais felizes juntos. Li: _O que seu amor, esse sentimento de "amor militar" modificou sua vida? A minha vida mudou totalmente quando o conheci, aprendi a ser compreensiva, a ceder quando preciso a ter calma, paciência, e o principal saber esperar a hora certa de cada coisa, A cada dia eu aprendo mais e mais com esse amor militar. Li: _ Acho muito bonito isso que falou, sobre não desistir, mesmo quando há pedras no caminho. Lembra de alguma dessas pedras? Olha são muitos momentos difíceis. Depois que casamos e viemos para o Amazonas. Logo de cara, quando meu esposo foi transferido mandamos o nosso carro por uma transportadora bem conceituada, que nos deu total segurança, dizendo que podíamos mandar as nossas coisas dentro do carro que não iria acontecer nada, ou seja roubar. Como éramos recém casados, não tínhamos nada, a única coisa que tínhamos era uma Televisão que fazia um ano que havia ganhado dele, Aparelho de Som, DVD, minha Prancha, Secador de cabelo, uma Depiladora que fazia um mês que havia ganhado dele também e ainda não tinha usado, uns 4 pares de calçados novos que meu esposo havia comprado antes de vir para cá... Então, quando fomos buscar o nosso carro, meu esposo abriu o portamalas e viu que não havia nada dentro do carro, haviam feito uma limpa e ninguém se responsabilizou, pagamos 1.500,00 pelo transporte e as coisas que nos roubaram passavam desse valor. A empresa que contratamos era de São Paulo, mas quando fomos atrás para nos indenizarem, disseram que não tinha nada haver com isso, que era problema da transportadora de Porto Velho, e assim foi, na cidade não havia um advogado e a cidade mais perto que podíamos ir era a de Porto velho, mas como as estradas estão horrorosa só cratera demoraríamos umas 4 horas 4 horas e meia de viagem se você tiver sorte de não estourar pneus, então, largamos mão e pedimos forças para Deus nos ajudar a continuar a nossa caminhada, pois sabemos que o que foi roubado de nós o Senhor nos restitui. Li: _ Imagino a sensação que sentiram. Porque é horrível quando nos enganam e tomam aquilo que lutamos tanto para conseguir. Mas Deus vai dá para vocês em triplo tudinho! Então, vocês são casados já... Mas ficam distantes? Sim, sempre que tem uma missão ou campo, algo parecido, ficamos distantes um do outro. Não vou ser cínica em dizer que já estou acostumada ou que é normal, a distância a saudade me incômoda e muito, claro, eu nunca fiquei doente, pelo contrário, esse momento eu pego para refletir para ver em que posso melhorar ainda mais o nosso casamento, para continuarmos a ter uma vida tão maravilhosa e abençoada por Deus que temos e o que fazer para deixá-lo ainda mais e mais feliz, amar é deixar de pensar em nós e pensar na pessoa que amamos, que está em nosso lado e fazê-la feliz a cada dia. Li: _Você é muito ciumenta? Liga para o que as pessoas falam sobre a dificuldade de se confiar em alguém que está longe? Tenho um pouco de ciúmes sim, mas não doentio, pelo contrário quando amamos sentimos sim um certo ciúme é normal , amo loucamente o meu querido e amado esposo. Não, pelo contrario tenho pena dessas pessoas que tem esse pensamento, pois elas falam isso por que já tiveram alguma decepção amorosa, alguma experiência muito ruim que ela já deve ter tido em sua vida pessoal. Li: _ O que você pensa o que sobre as transferências? No meu ponto de vista não vale muito a pena ser transferido. Eu e meu esposo tiramos esta conclusão que não há dinheiro no mundo que pague o convívio com a família, amigos, essa comunhão tão bonita que Deus nos deu, pois você fica tão longe e infelizmente o relógio não pára, ele continua. Então, quando você volta para rever sua família, você percebe o tempo que você perdeu por estar longe de quem você ama. E também os móveis: você nunca pode ter móveis bons, pois a cada transferência eles estragam, e às vezes o preço que você paga para um caminhão de mudanças, não vale os móveis que você tem em casa de tão detonados que eles ficam, pois se você ver, só sobrou a carcaça, já foi se acabando devido tantas transferências. Infelizmente tive que trancar minha faculdade de Pedagogia e isso para mim foi muito ruim, pois tranquei no segundo ano e em 2008 iria me formar. E agora tenho que começar tudo de novo, pois achamos que não era cabível eu transferir minha faculdade para o estado do Amazonas, devido a situação. Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? Para nós a distância dos familiares esta fazendo com que a nossa união a cada dia esta se fortalecendo mais e mais, pois estamos sozinhos, e quando sentimos saudades da família nos consolamos um com o outro em seus braços. Li: _O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Não, pelo contrario, eu acho linda a profissão dele, mas se chegar a uma certa altura do campeonato que ele decidir ter uma outra profissão, eu apoiarei sempre, não importa se é ou não militar. Li: _Uma frase que resuma o amor de vocês? "Quando o amor toca o coração, traz um sentimento maior que a paixão, basta um olhar um toque e nada mais pra me fazer feliz, como só você me faz". Li: _ Eu só tenho a dizer que gostei muito da maneira tão concreta e objetiva que conseguiu nos passar sua experiência. Isso é ótimo para nós novatas. Tenho certeza que todo mundo aqui ficou com medo de passar pelo mesmo que passou com seu carro, por exemplo. E que palavras finais você tem para deixar? Gostaria de dizer para quem ama um militar, para não ficar discutindo por coisas banais, que não são de tanta importância assim, para que tenha o máximo de compreensão possível e calma, pois quando eu namorava, confesso que passei muitos momentos difíceis, muitas vezes precisei me calar, ignorar certas situações e até mesmo fazer de conta que nada esta acontecendo, pois era um período de adaptação. Não é fácil, mas também não é impossível, pois se paramos para dar importância, dependendo da situação, ficaríamos o tempo todo brigando. E uma outra coisa: não cobre datas comemorativas, ou coisas parecida, pois nos mulheres somos muito detalhistas, enquanto eles não são assim devido o corre-corre do trabalho que eles tem, mas desejo a todas as mulheres que amam um militar que o senhor possa derramar chuvas de benções e dê muito amor para com cada uma, assim como o senhor tem derramado sobre minha vida e a de meu amado querido esposo, a cada dia que passa. Beijos com carinho Alice Kopp de Paiva! Li: _ Amém! Beijos, Alice! Entrevista 18: "Aprendi a não valorizar muito algumas datas comemorativas e sim valorizar o tempo que temos juntos." Oi para você que abriu o nosso livro hoje a fim de ler mais uma entrevista e aprender um pouquinho com a vida de outras meninas e mulheres que, como você, amam um militar e sabem que sempre há imprevistos em nosso caminho, mas eles nunca nos fazem desistir do nosso amor! Agora, vou ter o prazer e a honra de conversar com a queridíssima Luciana, mas conhecida por Luma. Ela tem 24 anos e é estagiária de Saúde Coletiva ( Posto de saúde), estuda Enfermagem e Obstetrícia e mora no Rio de Janeiro. A Luma namora há 6 anos 10 meses um 1º tenente do EB. Agora eles estão longe um do outro. Enquanto nossa Luma está aqui no RJ, ele serve em São Luiz Gonzaga no interior do Rio grande do Sul. Li: _ Temos tantas coisas para falar que estou perdida aqui no script. (risos). Mas vamos iniciar pelo começo dos dois: Éramos muito novinhos tínhamos apenas 15 anos de idade... eu o achava orelhudo, narigudo e ele me achava uma patricinha, sempre tivemos amigos em comum, minhas melhores amigas estudavam com ele num colégio aqui perto... e ele freqüentava as festas. Mas a aproximação foi pela Internet, onde através do icq começamos a nos falar sempre. Até que realmente conhecemos mesmo um e o outro. Li: _ Já que você era tão novinha assim, tiveram a oportunidade de amadurecer junto com ele. Ele me ensinou a ter paciência, a acreditar no imprevisível, sem contar que com ele aprendi o que o amor é em sua plenitude. Nunca acreditei em conto de fadas, e não acredito, porque todos nós possuímos defeitos. Aprendi a tolerar os defeitos e a exaltar as qualidades. Aprendi que distância alguma separa qualquer que seja o sentimento verdadeiro. Na verdade ele me modifica todos os dias, é impressionante depois de tantos anos como ele ainda faz meu coração bater, quando estou prestes a encontrá-lo, ou quando eu menos espero, chega um torpedo falando do nosso amor. É engraçado como uma pessoa pode fazer feliz seu dia com apenas um “te amo” rápido ele tem essa capacidade. Aprendo tanto, tanto, ele me modificou com certeza pra ser um ser humano melhor, mais compreensivo, mas adaptativo. Li: _ Você também deve ter colaborado no crescimento dele... Eu acredito que modifiquei a maneira dele achar que a primeira impressão é a que fica. Sempre fui muito filhinha de papai, patricinha, estudei nos melhores colégios e ando com roupa de marca, ele tinha uma impressão fútil de mim, ele mesmo já assumiu isso algumas vezes, mas nunca fui uma pessoa fútil, só gosto de andar bem vestida, e meus pais me dão o que tem de melhor. Sou a pessoa mais sensível do mundo e a mais boba também, com isso ele percebeu o que havia de melhor em mim através da convivência. Acho que ele mudou muito a visão de futuro que ele tinha também... hoje ele pensa mais em nós do que nele e confesso que amo isso nele, por que faz com que eu acredite num sonho que estar com ele como esposa e mãe de seus filhos. Li: _ Entre as muitas coisas que vocês cresceram juntos está o “amor militar” (eu ainda vou patentear esse termo – risos- isso pega!). O que esse amor te fez mudar, te ensinou? Difícil essa pergunta por que o amor militar é complicado, tão complicado que pensei em desistir algumas vezes, não é fácil não poder estar com quem se ama no seu aniversário, no dia dos namorados ou quando simplesmente você precisa de um colo extra. É pirante você armar um feriado daqueles e escutar do outro lado da linha que o coronel não liberou, ou que está de serviço. Já passei horas chorando porque tinha programado um baita niver de namoro, quando ele ainda era cadete e ele simplesmente ficou punido por causa do corte de cabelo. Então, até pra não sofrer aprendi a não valorizar muito algumas datas comemorativas e sim valorizar o tempo que temos juntos. Modificou uma coisa que mais eu priorizava na vida que era comemorar as coisas em suas devidas datas nem antes e nem depois delas. Mas foi bom por que assim esse amor me ensinou a valorizar o tempo. Li: _ Eu também já tive vontade de eu mesma raspar aquele cabelo – risos-, só para não correr o risco de vê-lo punido. Isso é pirante mesmo. De tirar qualquer uma do sério. Enquanto as meninas da faculdade perdem um fim de semana, porque o namorado está doente, ou vai viajar, coisas assim, nós somos porque ele não cortou o cabelo, ou não está com a farda alinhada... Mesmo assim acho que o apoio dos amigos nessas horas para dar um up é vital. Apesar de ter a galera que grita “deixa, deixa”... ali na torcida do contra. Você tem apoio dos amigos? Dos meus amigos sim, mas escuto muita piada... Isso não é namoro é derrota e muitas outras coisas que já me machucaram muito. Mas o que mais me machucou foi quando meu relacionamento foi tema numa roda de “amigos” da faculdade, nunca me senti tão exposta quanto naquele dia. Parecia que eu precisava da aprovação da sociedade pra levar meu namoro adiante. Pior foi escutar que eu vivia num conto de fadas vindo com um voz de deboche. Meu relacionamento é maravilhoso e como muitos podem não acreditar vivemos em sua plenitude o amor. Suportamos tantas coisas juntos que impossível seria um casal ter tanta certeza de um amor como nós dois temos. Mas as pessoas agridem sim.... e muito.... mas to calejada... ou não hehe... às vezes, ainda me irrito com umas coisas mas meu ouvido aprendeu a não absorver esses tipos de comentários. Uma vez li no blog “nosso amor não é pra ser entendido e nem admirado, nosso amor é só nosso” achei lindo e levo essa frase comigo sempre. Li: _ Adoro saber que frases perdidas no meio dos textos do blog acabam tocando as pessoas. E quando são minhas então sinto aquele peso de “vê se escreve uma coisa boa da próxima vez, hen?”. -Risos-. Realmente, não tem como os outros entenderem. E também para quê, né? Luma, qual o momento mais difícil que passou? O momento mais difícil se você me perguntasse uns meses atrás foi a ida dele pra prep e me adaptar ao um namoro a distancia. Mas hoje o momento mais difícil foi a escolha de unidade dele ano passado, lembro até a data dia 31 de outubro. A colocação dele não era boa, mas sempre havia uma esperança de não ficarmos tão longe um do outro já que tínhamos decidido que eu ficaria no Rio pra terminar a minha faculdade. Foi o pior dia da minha vida e tenho certeza que pra ele também. Quando ele me ligou e eu mal conseguia escutar sua voz de tanto que chorava... e só balbuciava. O destino era Rio Grande do Sul numa cidade que ficava há 1680km daqui do Rio, não havia nem aeroporto na cidade...apenas em Porto Alegre que ficava há 5 horas de lá... me bateu um desespero enorme, eu tentei agüentar firme e o apóia lo até que quando eu falei que estaria sempre que desse lá, nas minhas férias e chorando ele disse: - Mas e o resto dos dias? _Não me agüentei e comecei a chorar, essa nova adaptação não foi fácil, ficamos julho juntos depois de 6 meses separados, é uma loucura isso tudo mas vale a pena... Agora que ele vai a 1° tenente as coisas já estão melhorando e a previsão é setembro ou outubro um dos dois já é certo. O incrível que os momentos difíceis são os mais fortalecedores. Li: _ Você teve apoio da sua família e da dele? Apoio total . Meu pai é militar então da minha parte eles entendem bastante. Meu pai chegou a ficar 6 meses também sem ver a minha mãe, eles entendem quando é serviço, punição e não fica desconfiando de nada por que já viveram nesse mundo. Só que eles sempre mostraram que o melhor seria eu terminar meus estudos e viver aminha vida não em função dele, mas isso é inevitável , larguei meu sonho pela pediatria e estou fazendo curso pra Residência em saúde publica, tudo por que o emprego é relativamente mais fácil em qualquer cidade, seja ela pequena ou não. A minha sogra e uma fofa e me chama de filha, faz planos pra nós dois... sem contar que nossas famílias possuem uma convivência agradabilíssima já se uniram numa só rs* Li: _ Os cem dias chegam 5ª feira agora, as escolhas das unidades se aproximam e o nervosismo pelo que passou também vem para nós esse ano. Já prevemos um pouco de distância... Como é a sua agora? Ficamos distantes a maior parte do tempo, lidar com ela não é fácil... a briga que podia ser logo esclarecida fica insuportável pelo telefone, não se pode nem ao menos ter uma conversa olho no olho. A distancia coloca o que pode ser insignificante tomar uma proporção maior pelo simples fato de estar longe, é muito jogo de cintura...o maior tempo foi agora 6 longos meses... Li: _ Ele tão longe e você aqui. Bate um ciuminho? Nunca fui ciumenta ao extremo mas confesso que ultimamente tenho me surpreendido bastante, por que se confiar a distancia é complicado também... aliás a gente confia desconfiando... Já liguei muito pros outros, hoje já não ligo tanto... a dificuldade é minha então é minha... já perdi a paciência te explicar as pessoas...rs* Li: _ De uma maneira ou de outra, uma hora você vai se transferir com ele. E aí, o que passa na sua cabeça sobre isso? Cara, simplesmente eu acho legal, pelo fato de conhecer novas culturas e tal, mas não é bom quando você tem a necessidade de firmar sua carreira, é difícil uma empresa apostar em você, sabendo que dali uns anos você pode não estar mais lá, não investem na sua capacidade como profissional, restando a você a se valorizar e investir sozinha com cursos, e especializações... Distância dos amigos, eu posso falar que infelizmente a vida separa sempre mesmo quando se estão pertos... Aliás cada um tem sua família e suas responsabilidades como trabalho, filho, acho difícil mesmo. Sou muito apegada a minha família, fiquei 20 dias no sul e quase morri de saudades, na última semana chorei quando minha mãe disse que a casa tava vazia demais pro gosto dela... Como mencionei, meu pai é militar e lembro como se fosse hoje que nos estávamos morando em São Pedro e amava o lugar, os meus amigos, a minha escola e ele chegou com a noticia de uma transferência... choreii demais... pra mim era a morte... meu irmão não se adaptou de início a nova cidade tanto que o psicólogo pediu que comprássemos um cachorro para ele. É começar uma nova rotina, novas amizades, novo ambiente isso demanda energia e muita paciência, falo isso por que hoje com mais idade é mais fácil mas a preocupação é meus filhos porque lembro o quanto foi difícil me adaptar a nova cidade quando saímos de São Pedro e acreditem que meus amigos de lá tenho contanto até hoje e me arrisco a dizer que são os mais verdadeiros do mundo. Li: _ Vocês se conheceram novinhos, ele nem era militar ainda, então. Quando nós começamos a namorar, ele já esboçava essa vontade enorme de ser oficial e não era oficial nem da marinha e nem da aeronáutica, tinha que ser do Exercito e pronto rs*... no início, eu não levei a serio achava que era coisa da idade afinal tínhamos 16 anos e eu mesmo naquela época nem sabia o que eu queria da minha vida, mas quando ele fez a prova e não passou vi qual era a real dimensão desse sonho dele... fiquei preocupada por que pra mim meu namoro terminaria no momento em que ele passasse pra Escola preparatória, e esse foi meu pensamento até quando, no ano seguinte, ele passou... Sempre o apoiei em tudo e não seria nisso em que eu me colocaria na frente... mas assusta... e muito... não devemos colocar empecilhos nos sonhos dos outros em razão de orgulho próprio e medo da perda. No inicio eu achei que meu namoro ia atolar no barro mas pelo contrario amadurecemos tanto... terminamos ainda com ele na prep... mas depois reatamos e aprendemos a conduzir nosso namoro na distancia Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? Depende da forma como você conduz o seu relacionamento, mas com amor os obstáculos impostos pela distancia fortalece... só desgasta mesmo se houver um excesso de ciúmes e privações que infelizmente nenhum namoro principalmente a distancia vai a frente. Li: _ Preferia que tivesse outra carreira? Eu sinceramente preferia que ele tivesse uma outra carreira, ao contrário de muitas meninas, eu odeio bailes, jantares e essa coisa toda de patente... mas me apaixonei por um menino com esse sonho e abracei como meu também... Sem contar que eu sempre vivi nesse meio e queria fugir dele, mas não deu rs* Li: _ Uma frase que resuma o amor de vocês? “Quando o sonho de um afasta o outro... e mesmo assim continuam a sonhar juntos... é por que com amor o sonho de um também se tornou o sonho do outro” Li: _ Por que você escolheu ficar e ele ir na 1ª transferência? Foi difícil tomar essa decisão, difícil demais, afinal quando ele resolveu seguir essa carreira sempre prometi que iria com ele, mas tinha apenas 17 anos quando fiz essa promessa, e não tinha noção de nada apenas do amor que sentia por ele. Mas com o tempo vi uma necessidade também de correr atrás do meu sonhos e da minha profissão. Quando ele se formou ano passado estava com 23 anos e indo pro 7° Período de Enfermagem não valia a pena largar tudo que meus pais investiram em mim e ir. Sim por que nessas horas você pensa cara e eu? O que eu vou fazer da minha vida? Vale a pena abrir mão? Vi todas as minhas prioridades e confesso que mudei algumas, como mudei a meu sonho de especialização em função da carreira dele, mas pensei que com um diploma na mão correria atrás de um futuro melhor pra mim, pros meus filhos, pra nossa casa e pra ele também. Ele aceitou numa boa e me apóia em tudo tudo tudo... até pagar curso de instrumentação cirúrgica ele já quis fazer pra mim, disse que investe em mim por que também é investimento pra ele... mas é difícil você deixar o amor da sua vida ir sem você... passa varias neuroses como ele conhecer gente nova, amor novo... adaptar levar a vida sem você, mas com amadurecimento você pensa o que é do homem o bicho não come... e final de 2009 está aí... nossa união... Li: _ Você ouviu que tipo de críticas sobre sua decisão? Ouvi sim, principalmente por parte da família dele, não minha sogra e minha cunhada que são lindas comigo e entenderam bem meu ponto de vista, mas a família dele em geral... disse que da minha parte não havia amor suficiente capaz de mudar. Mas eu pergunto será que amar é isso? Não, não é. Amar é entender as limitações do outro e ele entendeu a minha. Li: _ Essas críticas duras te abalaram? Muito, mas no que eu mesma esperava. Fiquei com medo dele absorver todas aquelas idéias malucas em que as pessoas comentavam a respeito de mim, do meu amor e que nosso relacionamento não iria pra frente. Infelizmente as palavras têm um poder enorme. Mas graças a deus não pelo contrário ele ignorou isso tudo! Li: _ Como pesou a opinião da sua família? Minha família nesse assunto opinou demais e mais do que eu queria, mas foi pro meu bem meus pais sempre foram muito preocupados com isso, deu largar meus estudos e não mais conseguir terminar. Meu pai quando viu que o relacionamento tava ficando serio me fez fazer uma promessa que casaria apenas quando concluísse minha faculdade e minha mãe também fez o mesmo. Minha mãe principalmente por que ela largou tudo em função do meu pai e nunca mais conseguiu concluir sua faculdade de psicologia , por que veio os filhos, a responsabilidade de criá-los e quando se deu conta o tempo se foi, hoje ela tem uma frustração que o amor do meu pai não cobre e olha que ele é super apaixonado por ela rs* e por isso ele também carrega essa culpa... uma vez minha mãe me disse você sabe o que é assinar um cheque e dar satisfação pro orçamento da casa, não por maldade de ninguém é por que o dinheiro vem de um lado só. Imagina a frustração... não quero isso pra mim... e meu pai não faz por maldade entendemos alias tem q se fazer o orçamento neh... Li: _ Você acha que as outras meninas devem fazer o mesmo? Sim pelo exemplo que eu tenho amor nenhum cobre uma frustração de não ter uma profissão a seguir impossível ter uma realização pessoal somente com amor. Li: _ Imagino a saudade... É brabo, ainda mais quando os horários não batem... passo o dia na faculdade e estagio e a noite quando eu tenho tempo de falar com ele , ele está na faculdade. Falamos nos nossos intervalos super rápido.. e os torpedos ajudam também. falamos bem mesmo somente nos finais de semana e conversamos por msgs offline rs*... e testemunho no orkut ... uma coisa... mas nada destrói o que sentimos... não entendo esses artistas com imcompatibilidade de agendas... eles tinham que namorar um militar com todos os afazeres diários mas a faculdade e serviços puxados... eles iam ver o que é teste de sobrevivência... eles nunca amaram de verdade. Bom ficamos 6 meses sem nos ver e agora as coisas estão melhorando e passará pra todos os feriados grandes... eles quando são aspirantes é horrível, quando vão a tenente as coisas melhoram... Li: _ Eu me identifico muito com a história da Luma, porque eu tomaria as mesmas decisões em seu lugar. Não atiraria pedra em ninguém que me dissesse que a sua felicidade é largar tudo para o alto ir com ele. Muitas meninas, em sua imaturidade (e isso não tem a ver com idade, ou degrau na carreira profissional, mas com cabeça mesmo), apontam o dedo para chamar as outras de “egoístas”, de “fracas”, já cansei de ver tal tipo de reação no blog, quando textos sobre o assunto pintavam. Mas é sempre importante lembrar que mudamos o curso das nossas vidas segunda a nossa história. Há pessoas que só trabalham, não têm perspectivas de faculdade, como podem se comparar a alguém que está no 7º período, praticamente bancada pelos pais? É diferente. E mesmo as que largam tudo, até a faculdade, têm uma outra visão de futuro, nem errada, nem certa. O que quero dizer é que não existe um manual a seguir. Existem sim, princípios de sinceridade, honestidade e transparência vitais, que independe de onde o casal esteja. Uma hora eles vão ficar juntos. Não apresse as coisas, veja o seu tempo, se você consegue ser independente. Pense bem, pois não é uma decisão que se possa chegar por impulso. Até os sonhos podem esperar para acontecerem na hora certa. Luma, simplesmente ótima sua entrevista! Você sabe que eu te adoro muito e te tenho no coração! Pode deixar que o meu parto você quem vai estar lá ta? (risos) Ah! Como conheci a Luma? Nós estudávamos no mesmo colégio, mas não nos falávamos. Só a tinha de vista, foi através do blog que eu olhei e falei: “Peraí, eu estudei com ela!”. O “amor militar” nos fez nos conhecer. Que maravilha, não? Um beijo para todas e aguardo mais entrevistas! Outro abraço super especial para Alice aqui da entrevista de baixo e para o seu marido, que gostou da idéia do livro e deu muita força. Assim como o marido de outras entrevistadas gostaram muito e elogiaram. Muito bacana esse reconhecimento! Tudo pode ser dito, de maneira a não prejudicar ninguém. Pense nisso! E participe também! Termino com uma frase de Karl Marx: "Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem, não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado." Entrevista 19: "Somos felizes de uma forma diferente" Hoje meu papo vai ser com a Luana, que mora na terra do concurso, como ela mesma diz, Brasília. Ela está namorando um cabo da aeronáutica que está servindo em Brasília. Li: _ Lu, querida, fico feliz que tenha chegado até nós através do blog. _ Eu quero primeiramente agradecer muito o apoio que tenho de vocês, Li e Lucy, tem dias que parece que vou pirar *rs* no sentido literal da palavra, mas lembro de tudo que é comentado no blog e repenso mil vezes o que iria fazer... vocês estão me ajudando muito! Li: _ Fico muito feliz em saber que nossas palavras sejam de conforto. Vamos começar a entrevista? Já sabe o que vou perguntar, não é? Como o conheceu? (risos) Era um feriado e estava sozinha em casa, sempre costumei entrar no bate-papo para passar o tempo e naquele dia não foi diferente, entrei conversei com algumas pessoas só que o mais engraçado é que não lembro de como começamos a conversar na sala de bate papo , mas lembro que rápido já estávamos no MSN , a conversa estava muito legal, eu falei que eu não queria estar aqui e ele também falou também não queria estar aqui em Brasília naquele momento, depois de um tempo minha mãe chegou na minha casa e ele insistindo para conversarmos e então falei que minha mãe tinha chegado e que quando ela fosse embora poderia lhe dá atenção . Um dia conversando ele me falou que naquele dia pensou que seria mais uma desculpa de alguém que se conhecesse na Internet e que eu não voltaria para continuarmos, mas eu achei uma conversa tão agradável e a cada assunto que falávamos, eu pensava comigo, puxa que pessoal legal, faz tempo que eu não me sinto tão bem com alguém! E então minha mãe foi embora e voltei, ali ele me disse que ficaria até as 21hs que teria que fazer um trabalho para um amigo, mas que voltaria, perguntou se eu ficaria no MSN eu respondi que sim e então ele pediu : - Me espera então? e eu falei lógico, só que não demorou nem 10 minutos ele já tinha voltado até me assustei e brinquei com ele dizendo: -Já sei o que você falou para o seu amigo! " Poxa eu conheci uma garota bem legal que está me esperando no MSN , faz esse serviço por mim ?" ele me disse que foi isso mesmo que ele falou. Naquela noite fomos dormir quase 2 horas da manhã, passei até o número do meu celular (coisa que dificilmente faço!) ele me ligou e amei a voz dele, foi uma afinidade que eu nunca tinha visto antes!! Continuamos a conversar ,mas já era super tarde e ele me falou que tinha que acordar às 5 horas e que tinha que pelo menos dormir aquelas 3 horas!!!! No dia seguinte não consegui esquecê-lo , fui fazer uma caminhada com minha irmã e só sei que o assunto foi ele, à tarde eu e essa minha irmã saímos para o shopping e volta e meia eu tocava no nome dele, realmente ele mexeu muito comigo, quando cheguei em casa tinha uma ligação dele, nem acreditei! Fui logo atrás do número que ele me passou e ligar para conversarmos mais e a partir desse dia nunca ficamos sem nos falar, salvo os dias que está viajando ou fazendo curso em outro estado. Li: _ Se os bate papos falassem todos os amores que começam ali... Shiii dariam livros inteiros. É a era dos encontros que começam pela Internet. Então, o que vem sendo esse namoro para você? Eu acho unanimamente todas falaram que aprenderam a ter mais paciência, calma e comigo não foi diferente, pensa que foi rápido nosso encontro, foi nada demoramos quase 1 mês para realmente ele saber como eu era e eu saber como era o dono daquela voz. Sempre que marcávamos o nosso encontro, tudo dava errado, mas uma coisa me dizia que não era para desistir , que ali tinha uma pessoa legal! Ele me ensina todos os dias a ter muita esperança, esperar pelo inesperado, maturidade para enfrentar todos os percalços de se namorar um militar, seja ele com muito tempo servindo como é o meu caso ou se tem pouco tempo de serviço militar. A ser compreensiva coisa que eu nunca fui *rsrs* , a ter sempre uma palavra de conforto para a pessoa que você ama quando ela acha que não vai conseguir! Me sinto muito melhor hoje para enfrentar qualquer problema que aparecer na minha vida! Eu acho que mostrei para ele que a vida tem que ser mais leve, que ele tinha que rir até mesmo dos problemas , ele sempre me fala que todos no trabalho dele comentam que ele está rindo mais, está mais leve, não levando tudo a ferro e fogo. Que amor tem que ser companheiro, divertido, eu olho nós dois e penso " Nós nos completamos porque eu dou essa alegria na vida dele e ele me dá a seriedade e experiência de vida." Me sinto a menininha dele, que sempre mostra o lado bom das coisas mesmo quando tudo está dando errado * rs* e sempre acabo arrancando um sorriso ou uma brincadeira, isso para mim é felicidade maior , ser motivo de felicidade para meu amor! Li: _ Que bom ouvir coisas bonitas, saber que dificuldades existem, mas a felicidade também. Não podemos falar só de problemas. Um dos problemas é a distância, não? Olha para te ser sincera minha ficha só caiu a 79 dias atrás ,esse é o tempo que estamos sem nos ver, eu realmente percebi o quanto tudo me faz falta e o quanto o meu amor por ele é paciente, compreensivo, forte, sábio e que reafirmou minha vontade de ficarmos juntos e realizarmos tudo que sonhamos para nós 3! Acho que compreensão é a coisa que esse "amor militar" tem me ensinado todos os dias, porque no caso da maioria os namorados moram em outro estado o meu não, ele mora a menos de 30 min da minha casa, não existe a separação geográfica e mesmo assim estamos esse tempo todo separados!!! E todos os dias acordo e peço "Meu Deus que seja hoje o dia que vou vê-lo" e chega o fim do dia e nada de ligação me falando que vem me ver, mas não perco minha vontade de ficar com ele! tem dia que surto e quero desistir , mas depois penso em tudo que já passamos até aqui e desisto de desistir!!!!!! *rsrs* Li: _ E a torcida por vocês é grande? Olha é difícil se ter o apoio de alguém que não vive e não viveu o que passamos com os nossos militares, mas tenho uma amiga que nunca me fez desistir dele, até a convidei para ser madrinha do nosso casamento! Ela sempre me diz para ter paciência que tudo vai se acalmar e quanto tiver me sentindo muito sozinha ou perdida que olhe o problema de fora, não fique analisando a situação por conta de uma coisa, por exemplo o fato dele falar que ia te ligar e não ligar, que às vezes queremos acabar com tudo por conta de uma coisinha que ele não fez! amo essa minha amiga, ela sempre me fez pensar com a razão ,mesmo com os olhos vermelhos de tanto chorar de saudade.... Mas sabemos que tem mais gente para atrapalhar do que para ajudar , já ouvi cada coisa até agora acho que só ouvi as básicas" Ele com certeza te trai" " Você acha que ele tá esse tempo todinho sozinho???" e aquelas que te incentivam a traí-lo!!! viajei com minha família agora em julho pra minha cidade e todas as minhas irmãs me apresentavam pessoas para eu ficar e eu dizia que nunca ficaria com ninguém porque eu estava realmente gostava do meu namorado, acho que cansaram e pararam!!!! Eu tenho uma irmã que me pergunta como eu aguento tudo isso e sempre que tinha oportunidade me falava uma indireta com relação a fidelidade dele, eu sempre dizia que ela não podia falar nada de uma pessoa que ele não conhecia e que nada que passamos me levava a acreditar nisso!!! Esse está sendo o momento mais difícil que passamos até agora, ele não sabe como será o dia dele, se vai sair cedo ou muito tarde e como estou agora licenciada pelo INSS fico na expectativa do nosso encontro, tentando viver minha vida da melhor forma possível, ocupando meu dia com coisas que gosto de fazer, comecei a fazer caminhada, emagreci, estou estudando , cuido da minha filha, levo para escola faço tudo dentro de casa. Lógico que tem dia que se eu pudesse arrancava ele do serviço ,choro, peço pra me dar força e acabar com o sofrimento mas depois eu penso " Como pude pensar uma coisa dessa?! é por ele que meu coração bate forte, que minhas pernas ficam bambas*rs* e com ele que eu quero ficar bem velhinha fazendo compania e cuidando" Esses dias estão sendo os mais difíceis, mas um grande amor implica vários sacrifícios e muitas recompensas! Até agora não conheço a família dele, ele me levaria para conhecê-los em junho e eu levaria ele para conhecer a minha, mas ele não conseguiu tirar suas férias, mas sempre mando beijos e abraços para a sua mãe , pai , irmão, tenho muita vontade de conhecê-los ! ele me diz que vou me dar muito bem com a mãe dele ,pois somos assim bem parecidas, engraçadas, divertidas e que o pai dele é mais sério, vamos ver se essa viagem sai até o fim do ano, quem sabe no Natal!!! Li: _ Você é ciumenta? Olha eu não sou muito ciumenta, sou bem tranqüila, falo para ele que tenho ciúmes de coisas concretas não de coisas que fico imaginando que podem acontecer, nunca liguei para alguém dizendo que ando desconfiando dele ou coisa assim. Ele também é bem tranqüilo até gostaria que fosse um pouquinho mais ciumento. Acho que somos assim porque passamos muita segurança um para o outro e não tem espaço para esse sentimento de desconfiança e também eu penso assim, se eu ficar o tempo imaginando o que ele faz ou deixa de fazer eu piro, então procuro analisar todas as nossas conversas, tudo que ele faz por mim e chego a conclusão que é tudo verdade e que ninguém mentiria tanto tempo assim uma hora a mentira eu descobriria, eu sou daquelas caladinhas ,mas que captam as coisas o ar, na voz, nos gestos! Li: _ Já pensa nas transferências? Eu vou amar quando formos transferidos! Cidade nova, gente nova, culturas novas vai ser tudo muito bom, eu só fico preocupado com minha filha que vai ser ter que ser adaptar a novas pessoas , escola nova, amiguinhos novos, ele até me falou que até o fim do ano pediria transferência para São Paulo para a escola de formação de Sargento, fez todos os planos para nossa vida lá, no começo estranhei um pouco, mas agora já amadureci a idéia e estou esperando acontecer tudo!!! Olha a distância tem sido boa para mim, repensei tudo e me fiz a pergunta " É isso mesmo que você quer Luana? e a reposta foi SIM! SIM!SIM!, mas também fico muito receosa o que está se passando na cabeça dele e perguntei se havia mudado algo entre a gente depois de todo esse tempo separados e ele me respondeu que não que o amor dele tinha era aumentado, fiquei bem mais calma e tirei várias minhoquinhas da cabeça *rsrs* ele está bem mais acostumado a distâncias assim eu não, então as neuras são mais da minha cabeça , estou muito ansiosa por nosso encontro, acho que vou chorar, beijálo, abraçá-lo, sentir seu cheiro nem sei o que vou fazer primeiro!!! Li: _ O que acha dele ser militar? Olha, eu acho linda a carreira dele, meu pai foi militar só que dá Marinha e sempre vivi nesse mundo de milicos, nós sempre conversamos sobre o trabalho dele que tenho muito orgulho de dizer onde ele trabalha , o que faz, as pessoas percebem o brilho nos meus olhos quando falo que ele é militar, sempre falo para ele que eu o apóio em qualquer coisa que ele resolver e sempre mostro o que eu acho que seria melhor para ele, agora mesmo ele queria muito pedir transferência do setor que ele trabalha pois está bem difícil a convivência, falei que era uma pena porque ele adoro o que faz, mas se era melhor naquele momento, o apóio se ficar se sair.... Uma vez escrevi uma frase num e-mail que mandei numa noite que estávamos muito tempo sem comunicação nenhuma e ele entrou no Gmail e conversamos por quase 1 hora . "sempre me dando minhas mãos nos momentos difíceis, meu abraço de conforto depois de um dia cansativo, meu olhar de compreensão diante de uma situação inesperada, meu beijos de desejo nas madrugadas." Nela acho que ali está toda a compreensão do amor, o conforto, o companherismo, o desejo. Li: _ Lu, quantas coisas teve a nos dizer, viu? O tempo de namoro não importa, mas a intensidade das emoções. Me recordo que quando tinha 3 meses de namoro (e 1 mês e pouco “de blog”), uma menina me disse: “Há, você namora só há 3 meses? Então, você não sabe nada sobre o que é amar um militar, não pode ter certeza nenhuma que é ele.” Achei tão grosseiro da parte dela me dizer isso. Afinal, eu estava tão feliz... E veja como é a vida, estou aqui firme e forme depois de 2 anos e simmm Sinto a mesma coisa daqueles 3 meses. Certezas não dependem de tempo, mas de atos, de sentimentos... Lu: _Eu sei que tenho pouco tempo de namoro que talvez não tenha passado nem um terço das separações, da saudade que muitas passaram aqui, mas sei que nosso amor é forte e vai superar cada obstáculo que tivermos e quem ama um militar é feliz sim, não vive só chorando ou se lamentando como muitos pensam! Somos felizes de uma forma diferente , de um jeito mais sublime, sem aqueles joguinhos amorosos, temos que ser verdadeiros, pois não temos tempo para perder com besteiras e que se começou o namoro sabendo que ele é um militar e quer ficar com ele, lute, chore, faça de tudo para ver seu amor e se prepare para fortes emoções!!! Beijos gente e muito obrigada por me ajudarem com meu "amor militar"!!! Entrevista 20 "Acordei e notei que não era sonho e sim a realidade" Hoje, vamos falar com a Priscilla, que tem 27 anos. Gente, ela estuda Pedagogia e é lá do Rio Grande do Norte, mora em Natal. Ela está casada e tem dois filhos. O seu milico é tenente do EB e já está com ele há 7 anos. Li: _ Oi, Priscilla. Você me contou que o conheceu quando ainda era cadete. Ele se formou há cinco anos. Bom, então, diz agora para todas nós, como foi isso? Priscilla: _ Um grupo de 10 amigos passou na Expcex, todos moravam no mesmo bairro em Teresina-PI, entre eles estava o namorado da minha melhor amiga, sempre via ele visitando ela no colégio, mas nunca me importei, pois eu estava em um relacionamento serio.(Minha primeira filha, veio desse relacionamento, meu primeiro namorado, que durou somente 5 anos, 4 de namoro e 1 de casada.) Após essa difícil separação comecei a sair com minha amiga, mas não queria me envolver em relacionamentos sérios, no período de férias, feriados o namorado dela sempre vinha e os amigo dele também, saiam aquela turma, todos cadetes da AMAN, eu não gostava muito deles, achava que eles só queriam ser, “se achavam”, mas nesse contexto conheci o Carlos um cadete e começamos sempre a ficar, mas tinha um amigo dele que dava sempre em cima de mim, mas eu não dava muita bola pois achava ele baixinho e convencido. Após um ano ficando com o Carlos contei a ele minha vida, separação e tudo mais, quando ele soube disse a mim que não queria se envolver comigo, pois minha história era muito complicada, enfim entendi, mas fiquei muito triste, pois já gostava um pouco dele. Não saia mais com a turma, só saia com minha amiga o namorado e o amigo baixinho que dava em cima de mim. Com o tempo fui vendo como ele era uma pessoa especial, me entendia e sempre me ajudava, nos falávamos pela Internet, telefone, uma linda amizade, adorava ele. Já estava tão acostumado a ter ele ali ao meu lado, que um dia fui a uma festa, um forró, sem combinar com ele e ao chegar lá ele estava com uma namorada, fiquei com muito ciúme, pois tinha ele como meu e vi que não dei valor à pessoa maravilhosa que sempre me ajudava. Decide vou tomá-lo dela para mim! Sabia que ele gostava de mim, pois ele sempre deixou bem claro isso. Resolvi fazer ciúme à namorada dele mostrando a ela que bastava eu chamá-lo que ele vinha me atender. Toda hora eu chamava ele de Dandan (sendo que nunca eu o chamei assim, só nesse dia) foi até engraçado, hoje lembro disso sorrindo.Mas enfim, fiz ele deixá-la e ir embora comigo. Passamos a noite conversando sobre tudo, minha vida, sobre a dele, sonhos planos, aí o dia amanheceu e não havia rolado nem um beijo. Ele se despediu e me disse que retornaria a AMAN naquele dia e pediu para eu esperar por ele. Esperei, nos falávamos quase todos os dias pelo telefone, não saia mais com minhas amigas, ficava em casa falando com ele e assim foram se passando os meses julho já estava se aproximando ele me disse que ia para a Micarina (carnaval fora de época do Piauí) no NanaBanana então não perdi tempo comprei meu abada e fui. Ele chegou e do aeroporto mesmo foi direto para a avenida me encontrar, estávamos um a procura do outro no meio de uma multidão de pessoas e bem na hora da musica “Fecho os olhos para não ver passar o tempo sinto falta de você...” nos encontramos e nem paramos para nos cumprimentar, trocamos nosso primeiro beijo, foi mágico, a partir daí estamos juntos e inseparáveis. Minha sogra no inicio não gostava muito de mim, pois eu era separada já tinha uma filha e coisa e tal, mas hoje ela me engole. kkkkkkkkkk. Para terem uma noção, quando foi à formatura do Daniel, os pais aqui de Teresina fretaram um ônibus de turismo para irmos todos juntos, os pais e as namoradas e irmãs, todas as famílias; quatro dias de viagem de ida, minha sogra sentava ao meu lado e passou a viagem inteirinha sem falar comigo só meu sogro que sempre me tratou bem, nunca tive o que me queixar dele. Fiz muitas amizades nessa viagem, muitas das minhas amigas, atuais esposas de militares, eu conheci nesse ônibus. Em Resendi não foi muito diferente minha sogra me ignorando e competindo comigo a atenção do filho (ele uma pessoa tão maravilhosa que me pergunto até hoje como é que ele cresceu ao lado dela sem alterar a sua essência) Mas venci ganhei essa batalha, hoje ela mudou de tática, se faz minha amiga para ter o filho por perto, pois uma vez ele falou que quem não me aceitasse não aceitaria ele. Logo após a formatura nos casamos e após 5 anos de casados tivemos nossa segunda filha, pois ele sempre tratou a minha primeira filha como se fosse pai dela e nunca disse a ninguém que isso não é verdade. Essa é a nossa história. Li: _ Puxa, sabe quando a gente fica sem palavras? Agora! Que história e tanto! Aposto que as meninas sentiram o mesmo que eu. Ok, mas não vamos parar. Continue... Nos conte tudo que aprendeu nesse tempo. Priscilla: _Aprendi que devo ouvir mais e falar menos, pois no meio militar é muito difícil, lidamos com pessoas de todas as regiões, todas as culturas, e geralmente todas estão longe de seus familiares, nesse contexto sempre há muita intriga e muita fofoca, já passei por poucas e boas. Mas hoje amadureci aprendi a ser falso sorrir mesmo quando a vontade é matar. Antes só falava com quem tinha afinidade, se algo acontecesse deixava de falar com a pessoa fingia que nunca tinha nem conhecido sempre fui boa em ignorar, hoje não é mais assim falo como se nada tivesse acontecido. Em todo esse meu processo de mudança ele esteve ao meu lado me ajudando me ensinando, pois tudo que me afeta, o afeta também, ainda mais no meio militar, onde os maridos usam do seu poder para descontar as desavenças das mulheres. Li: _ Eu também aprendi pra caramba a modificar hábitos e vendo que eu estava me esforçando para mudar, ele também acaba acolhendo com carinho meus toques. Interessante esse crescimento mútuo. Não basta só exigir que o outro mude se nós também não pararmos para avaliar nosso comportamento. O amor militar nos ensina muita coisa também. Priscilla: _O que esse amor me modificou foi no sentido de dar mais valor a pessoa que está ao meu lado à família e aos verdadeiros amigos. A resposta da segunda responde um pouco essa pergunta, mas quero ressaltar que no meio militar você também encontra pessoas maravilhosas que nos fazem sofrer muito em ter que deixá-las nas transferências. Li: _ Você tem muitos amigos que te apóiam? Priscilla: _Meu primeiro aniversário depois de casada, longe da minha família, da minha terra. O Daniel teve que sair em missão para BH(o exército teve de substituir a PM )e me deixar sozinha. Pensei que fosse ser horrível meu dia, inicio de inverno, clima de montanha e solidão, mas me esqueci de um grande detalhe, não estava sozinha tinha amigas que também estavam sem os maridos, a esposa do comandante sabendo que era meu aniversário organizou uma festa surpresa para mim, estava deitada pedindo a Deus que o dia passasse logo, quando de repente a minha campainha tocou, era ela acompanhada de todas as esposas de militares, com bolo, vela, balões e tudo mais. Foi muito legal, foi um aniversário especial que apesar da ausência do meu amor deu tudo certo. Li: Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Priscilla: O mais difícil foram os últimos meses de gravidez da minha segunda filha, sem ele ao meu lado. Pois ele estava destacado e cotado para ir ao Haiti, ainda bem que não deu certo. Minha gravidez teve algumas complicações mais terminou tudo bem. Li: _ Deus sabe o que faz! Você teve apoio da sua família e da dele? Priscilla: Minha família faz o possível e o impossível para nos ajudar e como falei na primeira pergunta meu início com minha sogra não foi fácil, hoje estamos nos dando bem (ela mudou de tática) ela faz tudo para me agradar, pois assim tem o filho volta e meia por perto. Li: _ Se todas as sogras percebessem que essa é a melhor tática, muitos relacionamentos seriam bem mais felizes! Sorte a sua!Já não basta tudo que você tem que passar, não é mesmo? A distância, por exemplo. Priscilla:_ Fico muito mal distante dele, mas hoje até que lido melhor, pois já estou mais acostumada, já passei natal, virada de ano, aniversario, tanta coisa sozinha que já me acostumei mais. Fora o período que ele era cadete, o máximo que fiquei sem ele ao meu lado foi 2 meses, período que esteve em missão, o resto sempre ele deu um jeito para me ver nem que fosse só um fim de semana. Teve um tempo que ele teve que fazer um curso no RJ, morávamos em Itajubá-MG e apesar da distância, todo fim de semana ele voltava para casa (4 horas de viagem) Vinha toda sexta à noite e voltava domingo 2 da manhã para estar na ESIE segunda 7 da manhã. Li: _Você é muito ciumenta? Priscilla: Sou doente de ciúme, logo todo lugar tem uma Maria batalhão, mas hoje já lido um pouco melhor com isso. Não devemos dar ouvidos ao que falam, pois muitas vezes é inveja. Feche seus olhos e ouvidos, confie no seu amor e em seu coração. Li: Fale um pouquinho sobre as transferências: Não é fácil mais com amor agente supera tudo. O mais difícil da transferência é deixar os amigos que fez na cidade e pensar “Será que agente ainda vai se ver?” Aí é começar do zero, novos amigos, nova cultura, casa nova, pessoas diferentes, saudade, medo dos móveis não chegarem, e por aí vai mais como disse acima, com amor e união agente supera tudo. Sejam mais vocês e seus maridos (sua família) assim conseguiram enfrentar tudo. Li: O que pensa sobre a carreira dele? Priscilla:Essa pergunta não sei responder, pois muitas vezes me pergunto por que ele é militar, mas em outras situações, vejo que se ele não fosse seria diferente, o militar é especial, ele tem índole, honra, coração, coisa que muitos homens não sabem nem o que significa. Li: Uma frase que resuma o amor de vocês? Priscilla: Um dia ousei sonhar um amor, e nos seus braços senti paz, na imensidão do seu prazer me realizei, e então acordei e notei que não era sonho e sim a realidade. Li: _ E para terminar, o seu recado para as leitoras do livro: Priscilla: _O meu recado é que amem, vivam, sejam mais vocês, seu amor, sua família, o resto é resto, então, não faz muita diferença. Não dêem ouvidos às fofocas, sempre deixe a conversa entrar por um ouvido e sair pelo outro. Entrevista 21 "Para namorar um milico tem que ser uma super mulher e tolerância não pode faltar no pacote" A Geisa tem 20 anos, faz faculdade de Serviço Social e mora no Rio de Janeiro. Carioca como eu. Bom, está namorando há 5 anos e 4 meses um milico, que agora está no 1º ano da Aman. Li: Geisa, que saúde o namoro de vocês, hen?! Cinco anos e 4 meses?! É muito amor! Hoje, faz 2 anos que conheci o meu querido companheiro. Bom, vou me espelhar em você e um dia chego lá. Mas vamos voltar no tempo... Geisa: _É uma longa história, mas vou tentar resumir... Quando eu tinha uns nove anos, nós éramos da mesma igreja, só que eu não o conhecia, mas ele disse que lembra de mim naquela época. Meu pai é militar da Marinha e foi transferido para o Maranhão, daí fomos para lá e retornarmos uns cinco anos depois. Meus pais vieram na frente para ver casa, escola, etc. e eu e minhas duas irmãs ficamos morando na casa da minha avó em Tocantins. Quando chegamos aqui no Rio, meus pais foram nos pegar no aeroporto, mas eles não estavam sozinhos, tinha um pessoal com eles, e acreditem, o meu amor estava lá também. Ele fala que foi achando que ia conhecer umas meninas bonitinhas e tal, só que ele disse que tinha se decepcionado porque nós (eu e minhas irmãs éramos muito metidas). Tempos depois nos reencontramos na igreja e começamos a nos falar, mas nada muito sério. Ele começou a ligar pra mim, só que eu pedia para as minhas irmãs dizerem que não estava, porque até então não gostava dele. Mas as coisas foram mudando, e num show que fui com minhas amigas lá estava ele. No final do show ele foi me acompanhando até a casa da minha amiga, e disse que ficou pensando muito em mim durante o show e tal, quando chegamos na casa da minha amiga acabamos ficando, mas eu não estava muito interessada. Depois fiquei sabendo que no dia que ficamos ele já estava como outra garota, fiquei com muita raiva dele. Tempos depois fomos em um passeio, e lá estava ele mais uma vez, era 24 de janeiro de 2002. Minhas amigas me obrigaram a conversar com ele e resolver toda a história, ele tinha marcado para ficar com uma garota, mas nem deu bola pra ela, preferiu ficar conversando comigo na beira da piscina, foi lindo! No dia seguinte, ficamos e resolvemos tudo, estávamos muito felizes. Ficamos uns dois meses namorando escondido até eu contar para os meus pais e ele ir lá em casa falar com eles. Começamos a namorar no dia 29 de março de 2002, e desde então estamos juntinhos e muito felizes, graças a Deus! Li: _Muita história para contar, imagino. Também muitas lições aprendidas... Geisa: _ Eu aprendi muitas lições como meu amor durante esses anos de namoro e continuo aprendendo, mesmo não estando sempre pertinho dele. Eu amadureci muito com ele e ele comigo. Eu aprendi a aceitá-lo e amá-lo do jeitinho que ele é, aprendi a valorizar tudo que ele faz por mim, até as coisas mais singelas, aprendi a demonstrar todo o meu amor por ele, aprendi a confiar nele e no que ele me diz (antes ele dizia que me amava e eu não acreditava.), ele me ajudou muito na época do ensino médio, quando eu tinha que estudar e ele me ensinava aquelas matérias horríveis (matemática, física, etc.), aprendi a ser mais responsável, aprendi a dar força para o meu amor nas coisas que ele almejava alcançar, aprendi também a ser amiga do meu amor nos momentos alegres e nos tristes também, aprendi a zoar e brincar mais com as pessoas (sempre fui muito tímida.), aprendi a superar a imensa saudade que sentia e sinto do meu amor, aprendi com ele que ao invés de chorar nas despedidas é muito melhor sorrir ao despedir-se de quem você ama. Estas foram algumas coisinhas que aprendi com o meu lindo ao longo desses anos. Li:_ E o reverso? Em que acha que ele modificou estando e convivendo contigo? Geisa: _Ele também amadureceu muito durante esse tempo. Ele ficou mais responsável, aprendeu a demonstrar mais o amor que sente, aprendeu a confiar mais em mim e a contar os seus problemas, antes ele explodia fácil, ma hoje ele está muito mais tranqüilo, ele se controla mais antes de criar caso com alguma coisa. Li: _ O que seu amor, esse sentimento de “amor militar” modificou sua vida? O que essa relação vem te ensinando? Geisa: _Namorar um militar tem me ensinado a ser mais calma e paciente com ele, pois sabemos que eles passam muito “sanhaço” lá dentro e nós como namoradas temos que saber entender e respeitar esses momentos. Aprendi a valorizar cada minuto que estou com o meu amor, já que não o vejo sempre, isso foi muito bom, porque quando estamos juntos só pensamos em matar a saudade, e aí quase não discutimos mais. Aprendi a lidar com a dolorosa barreira chamada saudade, porque nunca tinha ficado dois, três meses longe do meu lindo, e foi muito difícil me acostumar a essa rotina de despedidas e finais de semana sem vê-lo, mas não me arrependo um minuto sequer de ter enfrentado isso tudo, porque a recompensa é muito maior, é uma ligação inesperada só pra dizer TE AMO, é um recadinho do orkut ou mensagem no celular, ou então é a alegria de vê-lo chegar em casa cansado e deitar no meu colo com aquela carinha de anjo... gente, isso não tem preço né???? Li: _ Você tem apoio dos amigos? Geisa: _ Graças a Deus todos os meus amigos apóiam o nosso namoro e dão muita força. Eu lembro que eu estava meio chateada porque o meu amor estava estranho comigo, meio seco, sabe?! Cheguei na faculdade muito triste e questionando toda essa situação, e minha amiga começou a me lembrar um monte de coisas que ela havia me falado assim que o meu namorado passou para a EsPCEx. Ela me disse que eu tinha que ser forte porque ele iria passar por momentos difíceis lá dentro e que ele iria precisar muito de mim, do meu apoio, e que quando eu precisasse de uma amiga para conversar que poderia contar com ela para todos os momentos. Ela também disse para eu não duvidar do amor dele por coisas tão pequenas, e que quando eu tiver chateada com ele por algum motivo, era para eu descontar nelas (nas minhas amigas!) porque eu tinha que entender que lá dentro a pressão é muito grande e ele poderia me tratar de um jeito não porque estivesse chateado comigo, mas sim por algo lá de dentro. Nossa, depois que ela me disse isso, percebi que tenho amigas maravilhosas e que sei que me apóiam e torcem por mim e pela minha felicidade! Li: _ Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Geisa: _ O momento mais difícil pra mim foi quando fui na entrada oficial dele na EsPCEx. Nossa, foi horrível saber que ele não ia voltar comigo para o Rio e que aquela era a primeira das muitas despedidas que teríamos. Estava muito feliz por ele, afinal ele tinha batalhado muito para chegar até lá, mas por dentro meu coração estava em pedaçinhos em saber que iríamos ficar longe um do outro. As lágrimas foram inevitáveis, mas nada daquilo, nem a dor do meu coração iria me fazer desistir desse amor que alegra a minha vida. Este foi sem dúvida o momento mais difícil que enfrentei. Li:_ Você teve apoio da sua família e da dele? Geisa:_ As nossas famílias dão o maior apoio graças a Deus. Nunca tivemos problemas quanto a isso, até porque meus pais também namoraram vários anos à distância, porque meu pai é militar e eles moravam em Recife, aí meu pai veio servir no Rio. Só depois de uns anos, meus pais se casaram e vieram morar no Rio, ou seja, eles sabem o que eu e meu amor estamos passando e por isso, apóiam o nosso namoro. Os meus sogros também são uns fofos, sempre viajava com eles quando o meu amor estava em Campinas, e como eles moram em Resende, agora fica mais fácil quando eu vou pra lá. Li:_ Eu estava reparando uma coisa, só quem passou pela fase EsPCEx sabe escrever essa sigla direito! É dado constatado. Rs. Pelo menos acredito que não esteja errado rs, afinal, já viram que eu pulei essa parte. Bom, mas falando sério agora, você deve vê-lo mais nesse período de Aman. Geisa: _Agora nós nos vemos mais sim, porque ele está na AMAN e eu moro no Rio, mas quando ele estava na EsPCEx nós nos víamos pouquíssimo, só quando tinha alguma cerimônia lá e nas férias e feriados prolongados. Lidar com a distância nunca é tarefa fácil, mas acho que agora meu coração está mais preparado, sabe?! Sei que ele está lá dentro por nós também e sei que isso tudo servirá para fortalecer o nosso amor. No início, quando ele foi para Campinas, eu chorava direto, não conseguia me concentrar na faculdade, foi uma barra!! Mas agora estou mais tranqüila quanto a isso, até porque estamos mais pertinho agora, aí quando bater uma saudade eu posso pegar um ônibus e ir vê-lo. Quando ele estava na EsPCEx, a gente deve ter se visto umas 5 ou 6 vezes no ano, então acho que o tempo máximo que ficamos sem nos ver foi uns 4 (longos) meses! Li: _ Você é muito ciumenta? Geisa:_ Eu sou ciumenta, como qualquer outra pessoa que ama, mas eu confio muito no meu amor. Ele nunca me deu motivos para desconfiar dele. Às vezes entrava no orkut dele para mandar um scrap e via um recado de alguma garota, quando entrava no orkut dela, não via nenhum recado que me entristecesse. Graças a Deus, o meu amor é super respeitador, até os colegas dele da companhia e do pelotão dizem que ele é um “bom samaritano”. As pessoas mais íntimas da gente, nunca falaram mal ou colocaram em dúvida o futuro do nosso relacionamento, mas eu não ligo para o que as outras pessoas acham do meu namoro, até porque quem tem que cuidar do meu namoro é apenas eu e meu namorado, e se forem falar mal, é melhor que não falem nada! Li:_ Antes mesmo das transferências começarem, você já sabe o que elas significam não é? Geisa:_ Como meu pai é militar também, eu sei bem o que significa essa palavra “transferência”! Eu já estou acostumada com essa vida de cigano, então para mim, não seria muito difícil me adaptar não. O único problema é ter que ficar longe da família, mas depois que a gente casa, a família passa a ser o marido e os filhos (se tiver!). Ainda estou fazendo faculdade, mas assim que terminar vou tentar concurso público FEDERAL insanamente! Porque sendo um emprego federal você pode transferir pra qualquer lugar do Brasil. Mas não teria problema algum trabalhar em outra coisa, diferente da minha área, o importante pra mim é não ficar parada! Li: _ Você o conheceu antes da EsPCEx (escrevi certo? Rs), ele sempre quis isso? Geisa:_ Desde o começo do nosso namoro ele me falava que queria fazer concurso para a EsPCEx e ele sempre perguntava se eu queria continuar o namoro mesmo sabendo que poderíamos ficar separados, e eu sempre dizia que sim. Ele tentou passar 3 vezes, e na terceira ele passou. Fiquei muito feliz com a conquista dele, afinal ele foi determinado e estudou muito para conseguir passar, mas por dentro meu coração doía só em pensar que poderíamos ficar separados. Tive algumas crises de ciúme do Exército no início, afinal estavam tirando o meu namorado de mim! pensava eu. Mas vi que estava errada e que tinha que apoiar o meu namorado e não o colocar pra baixo, afinal era o sonho dele que estava se realizando! Pedi ao meu amor muita calma comigo, porque até eu me adaptar com essas situação eu ainda teria algumas “crises” como aquela. Mas agora já estou bem melhor, as “crises” passaram e tento apóia-lo de todas as maneiras, tento aprender sempre um pouquinho da realidade que ele vive lá dentro, procuro aprender o difícil “dialeto” que eles usam lá dentro, enfim, agora posso dizer com convicção que sou super feliz tendo um namorado militar, porque a minha alegria está onde a do meu amor está, e se ele está feliz eu também estou! Li:_ A distância fortalece a união ou desgasta? Geisa: _ No meu caso, a distância fortaleceu (e muito!) o nosso namoro. Antes brigávamos muito, porque, como nos víamos sempre, acabávamos não valorizando tanto os momentos que estávamos juntos. Agora, como estamos longe um do outro, valorizamos cada minutinho que estamos juntos, não perdemos tempo com briguinhas bobas ou discussões, e isso sem dúvida, fortalece o nosso amor! Li: Uma música tema que lembre vocês. “...Em cada solidão vencida eu desejava O reencontro com teu corpo abrigo Ah! Minha adorada Viajei tantos espaços Pra você caber assim no meu abraço... Te amo ! Há tanto tempo que eu deixei você Fui chorando de saudade Mesmo longe não me conformei Pode crer Eu viajei contra a vontade...” (Roupa Nova) “Como é difícil ter que ir e te deixar... Te abraçar e resistir, dar adeus, me depedir... É impossível te deixar e não sofrer, sorrir pra não chorar Pois em todo o meu caminho o teu amor vai me guiar... É com você que eu vou sempre estar dentro do meu coração, Nada vai nos separar baby, não há distância pra o amor... E se a saudade apertar, procure no céu a estrela que mais brilhar Ela será meu olhar...” (Sandy e Jr.) Li: _ Eu sempre ouvia Sandy e Jr, sim, eu gostava tá, para quem fez careta rs. Mas agora eles estão nesse chove não molha. Rs. Mas, Geisa, o que você tem a dizer para as meninas que estão lendo o livro agora? Geisa: _ Meninas, como este livro serve como um elo que nos une, mesmo estando longe uma das outras, temos algo em comum: amamos um militar! Então aqui fica o meu carinho para todas vocês e uma dica que tenho aprendido durante esse tempo em que namoro um militar. Sejam tolerantes, ser tolerante não é sinônimo de fragilidade ou fraqueza, tenho aprendido que a tolerância muitas vezes é sinônimo de sabedoria. Tolerância é não agir por impulso, é não criar caso por algo bobo, é não tirar conclusões precipitadas, é entender o seu amor quando ele estiver cansado e não tiver dado pra ligar, é amar e aceitar o seu amor como ele é e não como você gostaria que fosse, enfim... Meninas para namorar um milico tem que ser uma super mulher, e tolerância não pode faltar no pacote!!!! Li: _ Linda, amei sua participação, você me passa uma coisa muito boa, vibrante, alegre e feliz. Às vezes, conversando com algumas mulheres sentimos apenas a dor, as frustrações. E você consegue transmitir uma energia. Não se explicar. Olha, a gente tem que ser vizinha um dia hen? Acho que vai precisar de uma “bairro-vila” para colocar todas vocês que gosto tanto bem ali no muro ao lado. Rs. Festinhas e churrascos é que não iam faltar! Entrevista 22: "A distância é difícil, mas é o que torna o nosso amor mais forte" Olha só que está aqui com a gente hoje, a Renata Vasconcellos. Deixa eu apresentá-la para vocês, meus leitores. Bom, a Renata tem 23 anos e mora em Santa Maria, lá no RS. Ela namora há 3 anos um milico, que atualmente está na AMAN. Li: Como começou sua história de amor? A minha família e a dele já eram conhecidas há bastante tempo, mas como ele já tinha ido embora da minha cidade nunca havia conhecido ele, só ouvia falar, era bem amiga da irmã dele e a mãe dele me ajudou bastante em um concurso que participei. Uma vez fui deixar um scrap no orkut da irmã dele e abaixo do meu havia um scrap dele, não resisti e fui “fuçar” o orkut dele, me apaixonei, então adicionei ele no orkut e no MSN para nos conversarmos, pois ele já não morava mais na minha cidade, então começamos a conversar e o interesse de ambos só foi crescendo e não víamos a hora dele vir de Resende para gente poder se conhecer pessoalmente. Porém, marcamos de nos conhecermos algumas vezes, mas no final nunca dava certo, sempre surgia um imprevisto, ele marcava o nosso encontro em lugares que eu não costumava freqüentar, os horários não batiam nem os momentos, tudo pareci conspirar contra, e quando agente se dava de conta já estava na hora dele voltar para Resende e agente não tinha se conhecido, então começávamos novamente as conversas no MSN e os planos para nos conhecermos, nisso se passou cerca de 2 anos e meio. Até que finalmente ele veio passar as férias aqui na nossa cidade e marcamos no dia 30 de dezembro de 2006 nosso encontro, era naquele dia ou nunca, marcamos em uma boate, eu fui com umas amigas e ele foi sozinho, só para me conhecer. Então eu estava na fila da boate para entrar, quando olho para atrás e vejo ele, bem atrás de mim, meu coração pulo, senti que algo muito especial iria acontecer, mas só nos cumprimentamos formalmente. Entramos na boate e poucos minutos depois esqueci de minhas amigas e só queria ficar conversando com ele, eu estava totalmente encantada com ele, afinal agente tinha se conhecido, tínhamos tantas coisas em comum, tantas histórias para contar, tantas risadas para dar, tudo parecia mágico, mas por outro lado, tinha receio, pois ele é muito discreto e não transparecia se também estava encantado por mim como eu por ele. Dançamos juntos por algum tempo, e rolou um certo clima, então ele tentou me beijar, mas eu tava tão nervosa que virei o rosto por reação, e ele ficou pensando que eu não queria nada com ele, só amizade. Continuamos dançando, até que resolvemos ir embora, ele ofereceu uma carona para mim e uma amiga, então sugeri que fossemos ao MC Donald’s (na minha cidade todo mundo sai da boate e vai lá fazer lanche) pois não queria terminar a noite com ele pensando que eu não queria nada com ele, porque eu queria sim. Nós parecíamos namorados, saímos da boate de mãos dadas, chegamos para lanchar abraçados, e eu totalmente confusa, pois nem um beijo tinha acontecido ainda. Até que, estávamos abraçados na fila para fazer o pedido do lanche, nos rostos estavam próximos e quanto percebi, naturalmente nossas bocas se tocaram e o mais maravilhoso e imprevisível beijo aconteceu. Começamos a namorar no mesmo dia, e pretendemos ficar juntos por toda vida !!! Li: O que esses 3 anos te trouxeram de lição de vida? Aprendi que o amor não tem barreiras, ultrapassa todas as distâncias, todos os limites, ele sempre teve medo sobre nosso namoro, por causa da distância entre nós, eu achava isso bobagem, mas com o passar do tempo, as lágrimas foram caindo, o peito ficando apertado e a saudade rondava minha vida por tempo integral, nenhuma amiga compreendia a minha agonia de ficar longe dele, quanto ele me dizia a data em que viria em contava os dias para ver ele, quando ele chegava era o melhor momento para mim, nos dias que ele estava aqui, parecia um sonho, mas sempre que ele tinha que voltar para Resende, minha saudade recomeçava, e os dias passavam vazios e sem sentido. Até que encontre garotas que passavam pela mesma situação que eu, e uma foi dando força para outra, então eu comecei a segurar a barra, pois não queria que ele soubesse o quanto estava sendo difícil para mim lidar com essa distancia, afinal ele sofre muito mais do que eu, pois está longe de mim, da família, dos amigos, em um lugar onde é tudo ou nada, se ele soubesse do tamanho da minha saudade seria muito pior para ele. Ele me fez querer ser uma pessoa melhor, mais forte, comecei a lutar muito mais pelas coisas que queria, assim como ele. Li: E ele? O que aprendeu? Bom, sou a primeira (e serei a única) namorada dele, ele sempre gostou de festas, baladas, bebedeiras, jurou que não iria namorar enquanto estivesse na AMAN (por causa da distancia), não se envolvia com ninguém porque ele queria curtir a vida sozinho e com os amigos. Eu ensinei a ele que a vida com alguém ao seu lado é muito melhor, os problemas podem ser resolvidos a dois, as festas podem ser feitas a dois, que dividir é ao mesmo tempo somar e que principalmente uma vida com amor, supera qualquer outra coisa, problema ou mal. Li: Olha, eu também sou a primeira! E quero ser a única, rs. Vou tentar. Rs. Bom, o que seu amor, esse sentimento de “amor militar” modificou sua vida? O que essa relação vem te ensinando? Tem me ensinado que o amor que eu sinto por ele está acima de muitas coisas, pois estou pronta para encarar essa distância, estou certa do nosso sentimento, pois já tive as maiores e mais lindas provas da pureza e solidez do nosso amor, e é ele que me dá forças para vencer qualquer adversidade. Li: Você tem apoio dos amigos? Lembra de alguma cena, história de apoio de alguém em algum momento difícil? Sim, umas vezes liguei para AMAN para falar com ele, era numa sextafeira de noite e quem atendeu, disse que ele havia saído, sendo que ele tinha me dito que não iria sair, sou muito cuimenta e com a distancia isso é mais difícil de controlar, então liguei para o celular dele e estava desligado, fiquei louca, pois tinha certeza que ele tinha mentido para mim e isso eu não admito, seria uma decepção muito grande, deixei passar alguns minutos e liguei novamente para AMAN, outra pessoa atendeu e disse a mesma coisa que ele havia saído, não agüentava, o celular ainda por cima desligado. Até que entrei no MSN para ver se alguns dos colegas deles estava conectado, para mim perguntar pelo meu namorado, mas não havia nenhum deles, porém havia uma garota que namorava um dos cadetes, ela me deu o telefone dela e eu liguei pra ela na mesma hora. Tivemos uma conversa ótima, ela me tranqüilizou, me disse que os telefones na AMAN são longe dos dormitórios e a maioria que atende a ligação no final de semana, ainda mais de noite (e era tarde já) prefere dizer que a pessoa não esta, porque a maioria dos cadetes do 4º ano, vão para casa no final de semana. Foi uma conversa ótima, pois fazia pouco tempo que eu namorava ele e realmente não sabia como funcionavam os telefonemas por lá, nunca tinha ligado assim de surpresa, sempre avisa ele e normalmente era ele mesmo quem atendia. Fiquei muito aliviada com nossa conversa, realmente ela foi uma amiga, pois devia ser umas 3:00 da madrugada quando desligamos o telefone. Li: Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Sem dúvida foi os 64 dias que ficamos longe, logo depois do carnaval, e este momento de agora que ele veio desfilar 7 de setembro e só vou ver ele quando eu for para a formatura dele dia 24 de novembro, mais de 70 dias longe, procuro nem pensar nisso. Li: Você teve apoio da sua família e da dele? Tenho total apoio da minha família, principalmente da minha, a família dele também nos apóia bastante, pois ambas famílias são bem “conservadoras” e sabem que o nosso namoro é muito sério, por isso nós apóiam muito, o que nós ajuda muitíssimo a superar a distância. Li: Com você lida com essa distância? Vivemos na distância, nosso maior aliado é o MSN, pois nem telefonemas podemos dar muito porque as ligações são muito caras, então nós falamos por telefone somente uma vez na semana e quando ele está no campo que fico a semana inteira sem saber noticias dele fico muito mal. Já tive depressão, por causa disso engordei 8 kg. Mas ele não sabe disso, achei melhor não contar, no momento estou fazendo tratamento para superar isso, meu caso não é dos piores, mas como ano passado por problemas na faculdade e no trabalho passei por uma depressão, meu médico achou melhor voltar ao tratamento. Li: Você é muito ciumenta? Eu era muito mais ciumenta no inicio do namoro, mas como o passar do tempo ele foi me dando provas de que eu não preciso ter ciúmes porque ele me ama, e eu sou a pessoa que ele quer ao lado dele. Então, comecei a confiar nele, as vezes tenho algumas crises de ciúmes e faço umas “investigações”, mas sempre acabo tendo mais certeza que posso confiar no nosso sentimento. Li: Você pensa o que sobre as transferências? Penso muito, pois existem boas possibilidades dele se formar e vir para nossa cidade, estou depositando todas minhas esperanças nessa possibilidade, mas se algo der errado e ele não vim para nossa cidade não sei o que pode acontecer, sofro com isso, pois esse 1 ano que agente namorou e ele lá na AMAN já foram muito difíceis, não sei mais da onde vou tirar forças para suportar mais tempo longe dele. Sou muito dependente dele, quero ele todos os dias comigo, a distancia é muito difícil, o ideal é ele vim para cá, pois daqui 2 anos eu me formo e então se ele for transferido depois de 2 anos, vou com ele e todos os nossos planos aconteceram como previmos. _Ah! Se você o conheceu antes dele começar a carreira dele, como foi esse processo para sua cabeça? Você apoiou? Gostou... Li: A distância fortalece a união ou desgasta? No meu caso sem dúvida fortalece, pois só quando sentimos saudades de alguém é que percebemos o quanto esta pessoa é essencial em nossa vida. Li: O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Adoro a carreira dele, minha família por parte de pai quase todos são militares, inclusive o meu pai, além disso meu sogro também é militar. Acho uma carreira linda, e nunca pensei em outra profissão para ele. Li: Uma frase que resuma o amor de vocês? “Nosso amor é forte, jóia rara de se ver, nosso amor vale mais do que ouro é um tesouro que só nós dois temos” Li: Algum filme que você goste e que lembre vocês? É engraçado, mas o nosso filme é “Sherek”, 1, 2 e 3. Porque assistimos todos juntos, abraçadinhos. E também porque meu amor é meio “ogro” igual ao sherek, meio durão para o amor e para o romantismo, e eu sou meio fiona, meiga, romântica e ensinei ao meu namorado a beleza de amar, como a fiona fez com o sherek. É bobo, mas é um momento nosso e muito especial. Li: Qual recadinho deixa para as mulheres que vem aqui buscar força? Minha vida toda eu sonhei encontrar alguém como o meu namorado, o príncipe encantado que toda adolescente sonha, mas com o passar do tempo fui conhecendo somente homens errados, que me magoaram, me decepcionaram e me tornaram uma pessoa fria e sem acreditar mais na existência do meu príncipe encantado. Até, que Deus pôs o meu namorado em minha vida, uma pessoa como eu, do mesmo estilo, com os mesmo gostos, parece mesmo que somos alma gêmeas. A distância é difícil, mas é o que torna o nosso amor mais forte. Meu namorado se mostrou um companheiro maravilhoso, para todas as horas, me incentiva e me apóia em tudo. Nunca brigamos, nem nós desentendemos, sabemos as limitações e princípios de cada um, nos respeitamos muito, gostamos de conversar um com o outro, ficar juntinhos, sei que se eu olhar fundo nos olhos deles vou me ver dentro deles. Nós momentos difíceis penso nele, quando acontece alguma coisa muito boa é para ele que eu quero correr e contar primeiro, quando estamos juntos nos divertimos, trocamos palavras carinhosas e nos amamos muito. É sem explicação, é mágico, para aqueles que acreditam em amor a primeira vista, este foi nosso caso, para quem acredita em alma gêmea, esse é nosso caso. Sei que estamos apenas iniciando nossa história, mas eu e ele temos certeza que a nossa história vai muito além do que nos mortais conhecem. Muitoooo obrigada! Pelo carinho da sua participação!!!!Beijusss!!! Li: Ohhhh! Que linda você! Não preciso dizer mais nada. Assino embaixo! E te deixo uma beijoca! Muuuuito obrigada por participar do livro. Entrevista 23: "Nosso amor é forte, intenso" Vamos abrir hoje algumas páginas da vida da Simone de 23 anos que estuda psicopedagogia e mora no Rio Grande do Sul. Ela namora há 1 ano e 3 meses um aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Li: Olá, Simone. Soube que sua história começou muito parecida com a nossa entrevista anterior, a Renatinha. Mas, conte-nos! Como foi? Conheci meu amor através da Internet, pelo orkut do tio dele que trabalha comigo. Num belo dia fui deixar um recado para tio quando vi a foto dele e me apaixonei. Adicionei, mas não deixei recado. No outro dia, ele havia me adicionado e me deixado recado, daquele dia em diante começamos a nos falar, a nos telefonar. Ele era muito preocupado comigo, sempre me ligava e ficávamos horas no celular, ele até roubava o celular da irmã pra me ligar, mas, até então, não tínhamos nada sério, com o tempo fomos ficando e acabamos nos apaixonando, foi quando eu vi que não dava mais pra ficar sem ele e resolvi dizer o que sentia e que deveríamos assumir o que estava acontecendo. A partir daí começamos a namorar e contamos pras nossas famílias. Foi um tempo maravilhoso, inesquecível... ele sempre foi perfeito! Li: _O que ele mudou na sua vida? Eu costumo dizer que ele me transformou, me modificou profundamente, porque quando eu o conheci eu tinha muito medo de apegar a ele por ele ser mais novo do que eu, de querer brincar com meus sentimentos, até porque eu vinha de um relacionamento fracassado e tudo que eu mais queria era não gostar de ninguém , não queria me magoar mais. Mas ele sempre foi muito carinhoso, atencioso, calmo, sincero, cuidadoso comigo, foi inevitável não me apaixonar por ele. Li:_ O que é o “amor militar” para você? Venho aprendendo muito com esse amor militar, cada dia eu aprendendo um pouquinho, no inicio foi difícil pra caramba, eu chorava horrores, odiava o Exército, porque eu não queria ficar longe do meu amor, não conseguia entender o porque de tudo isso, de ter que ficarmos longe, mas ele sempre muito paciente me explicava que era o grande sonho da vida dele, que ele estava fazendo por nós para nos casarmos e termos uma vida mais tranquila.Com o tempo venho entendendo mais, mas às vezes bate uma crise de choro, de saudade, vontade de estar perto dele. Li: _Você tem apoio dos amigos? Amigos de verdade eu tenho poucos, posso dizer que apoio sempre tive da família dele, e da minha. Muitas pessoas me diziam que ele ia me trair, que capaz que deveria esperar por alguém assim, que era para aproveitar a vida, que não estava vivendo. Mas a família dele, principalmente a minha sogra sempre me deu apoio, sempre esteve do meu lado, ouvindo as minhas lamúrias. E sempre me incentivou a estar firme e forte e nunca me disse olha não vai dar certo, pelo contrario, sempre me colocou confiante. Li: _Qual o momento mais difícil que passou? O momento mais difícil foi quando ele me disse que havia passado na prova e que estava indo pra Prep. Eu chorava todo dia, qualquer coisa me lembrava da saudade que eia sentir longe dele e me desatava numa choradeira só. Quando chegou o dia de levá-lo até o onibus pra sua partida, eu estava com olhos inchados de tanto chorar, meu coração parecia que estava todo em pedaços, uma tristeza muito grande bateu no peito, eu me sentia vazia. Foi a pior das despedidas, mas até hoje eu choro quando vou levá-lo no aeroporto. Li:_ E a distância enorme? Como eu moro em Porto Alegre, fica mais difícil dele vir mais seguido. Nos vemos nos feriados e nas férias. É muito difícil ficar longe de quem se ama, o que eu faço pra amenizar essa tristeza, é riscar quantos dias falta no calendário, nos finais de semana fico sempre na casa dele, me sinto mais próxima dele. Agora nesse período foi o tempo máximo que ficamos longe, 2 meses e vão ser 15 dias, hoje faltam exatamente 6 dias para sua chegada, to muito ansiosa, pois fazendo 2 meses que não o vejo, estou morta de saudade. Li: _ Você é muito ciumenta? Nossa sou muito ciumenta, aliás sou ciumenta com tudo sabe. Me apeguei demais nele, meu amor é meu porto seguro, minha pedra preciosa. E se vejo que tem mulher se vazando pra ele eu chego em cima não dou mole não. Eu sou desconfiada, sabe as vezes me bate uma crise de ciúmes mas nada que uma palavravinha dele dizendo que me ama, que está tudo bem não resolva. Meu ciúme é sem fundamento porque ele nunca me deu motivos pra desconfiar dele, ele é um namorado perfeito, respeitador, sincero e muito fiel. Li: _ Você pensa o que sobre as transferências? Transferências, esse assunto já me deu muita dor de cabeça. Não sei do que vai ser daqui para o futuro, já fiz milhões de planos, então o que penso sobre as transferências??? Espero que ele consiga vir pra cá pro sul, até porque ele quer cavalaria, assim termino minha faculdade. Penso muito na saudade da minha família que vou sentir, mas quando nos casarmos terei de seguir com ele afinal ele será minha família. Li: _ Como foi a escolha dele querer ser militar? Quando eu o conheci ele estava no processo de estudo pras provas, eu não entendia muito bem o que era isso, e no fundo não pensava que ele passaria justamente no ano que eu havia conhecido, até porque ele não estudava muito, tinha amigos dele que faziam cursinho, nem viviam mais só em função de estudar, até brigavam com ele porque ele me dava muita atenção e não estudava. E hoje ele foi o único que passou e está lá, e os amigos que tanto estudaram e colocavam o nosso namoro como empecilho, não passaram. De fato eu não o apoiei como devia, acho até que foi egoísmo da minha parte, mas eu não queria ficar longe do meu amor. Agora que estou vivendo essa fase nova tento muito entendê-lo e apoiá-lo, ainda não é fácil, muitas vezes me da muitas crises e eu choro e fico braba com a situação, mas logo me acalmo. Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? No meu caso só fortalece, nosso amor é forte, intenso, a distancia ajuda a sentir aquela saudade, aquela vontade de dar tudo só pra estar um minuto do lado da pessoa amada. Agora faltam 6 dias pra eu ir ao seu encontro e posso dizer que não há melhor sensação do que vê-lo saindo do portão de desembarque para os meus braços. È uma sensação maravilhosa!! Li:_ O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? No inicio muito eu quis que ele continuasse na faculdade e se formasse engenheiro, mas hoje se me perguntassem se eu queria que ele voltasse diria que não! Ele nasceu pra ser militar. Li: _ Uma frase que resuma o Eu te amo pra sempre ao infinito não esquece! amor de vocês? Li: _Algum filme que você goste e que lembre vocês? Um filme que eu gosto muito e por incrível chorei e olha que é comédia, foi Click. Um filme bem gostoso de olhar, vi junto dele.. é uma história linda de um homem casado que consegue um controle remoto e que tem o poder que passar pra frente as coisas chatas e simples de uma vida, quando ele se da conta está velho e sozinho pois ele transformou toda sua vida rápido demais e ele tenta fazer com que seus filhos não se tornem que nem ele. Vale muito a pena ver. Li: _Obrigada por essa conversa, Simone! Entrevista 24: “O amor é alimentado por incessante conquista!” Hoje vou conversar com uma estudante de economia lá de Juiz de Fora, Minas Gerais. A Débora C. Valentim tem 19 anos e namora há 9 meses um aluno da EsPCEx Li: _Oi, Débora. Como se conheceram, menina? Pode contar tudo e não esconder nada, hen? (risos) Eu me mudei pra Juiz de Fora há 2 anos e 8 meses e fiz bastante amizade no meu bairro, ainda mais que meu colégio ficava aqui também. Mas só fui conhecer meu amor quase no final de 2006; ele também morava no meu bairro. Tínhamos alguns amigos em comum e por mais que ele freqüentasse a minha rua (principal), não nos conhecíamos. Certa vez, eu estava na praça que tem em frente a minha casa e um amigo veio conversar comigo. Ele estava acompanhado e foi ali, a primeira vez que olhei para o amor da minha vida! Nem conversamos muito tempo, os dois estavam apenas de passagem, mas a partir daí, começamos a nos cumprimentar na rua. Eram raras as vezes que nos esbarrávamos, mas confesso que comecei a vê-lo de um jeito diferente. Não sabia nada sobre ele, nem que ele morava tão perto da minha casa! Um dia, vindo da casa de uma amiga, encontrei-o junto com meu amigo __ o mesmo da pracinha __ e só os cumprimentei, quando fui surpreendida com meu amigo correndo atrás de mim. Ele disse que o amigo dele queria me conhecer e como todo bom amigo, disse mil e uma qualidades dele, pra ficar mais fácil de eu aceitar a conversa! (hoje sei que ele não estava mentindo!) (risos). Eu disse que também gostaria de conhecê-lo melhor, então o nosso amigo em comum disse que ele me procuraria. Na época eu estava no 3º ano do ensino médio de manhã e fazia cursinho pré-vestibular à noite. Numa dessas noites, chegando em casa, nosso amigo veio falar comigo pois já havia se passado algumas semanas e “ninguém” havia me procurado. Cheguei a pensar que não era aquilo que seu amigo realmente queria e não me manifestei, mas ele disse que o mesmo estava estudando muito para prestar concurso para a EsPCEx, por isso não havia me procurado; então pediu meu telefone para ficar mais fácil a comunicação entre nós. Mas de nada adiantou, pois não recebi nenhum telefonema e por mais que tivesse interesse em conversar com ele, não fiquei muito ligada nisso porque pensava que, se ele quisesse, teria me ligado! Passou-se um tempinho, ele foi aprovado no concurso e para minha surpresa, nos esbarramos na praça mais uma vez, e para variar, ele estava com nosso amigo. Eu estava sozinha e resolvi sentar no banco em que os dois estavam, foi a 1ª vez que falamos mais que um simples OI. Mas ali não ficamos muito tempo. Ele foi embora quando seus pais passaram de carro. Fiquei só com nosso amigo, que voltou a tocar no assunto de nos encontrarmos. Foi quando descobri que éramos praticamente vizinhos. Já estávamos no final de novembro, quase nas férias. Na 2ª vez que conversamos, todos nós juntos também na praça, fui eu quem foi embora primeiro. Assim que cheguei no quarto meu celular tocou! Era ele! Perguntou o porquê de eu ter subido pra casa tão rápido e disse que no decorrer da semana me ligaria (isso foi num domingo). Aí sim fiquei mais empolgada, pois depois desta 1ª ligação, também me mandou uma mensagem linda! A nova ligação só veio na sexta-feira, mas parecia que já nos conhecíamos há anos, pois ficamos horas no telefone! Ríamos muito e contávamos histórias como se fossemos grandes amigos. Achei-o muito engraçado, divertido e tinha amado conversar com ele. Durante o telefonema mesmo, ele me chamou para sair no sábado a noite, mas eu já tinha um compromisso nesse dia. Era dezembro e minha família iria num churrasco de confraternização entre as famílias dos militares do quartel em que meu pai trabalhava. A festa duraria o dia todo e era numa cidade vizinha, talvez eu não chegasse a tempo para o encontro. Com isso, fiquei de ligar assim que chegasse em casa. Durante o churrasco fiquei pensando na resposta que daria a ele. Cheguei em casa às 21h e 30 minutos e no domingo de manhã começaria a primeira fase do vestibular que eu prestaria, por isso ainda estava em dúvida se iria no encontro. Ao pegar o celular e ligar pra ele, decidi que o encontraria. Me arrumei o mais rápido que pude, para não sair muito tarde de casa. Quando foi 22h e 30 minutos eu estava pronta e então liguei avisando-o. Combinamos de nos encontrar pertinho de nossas casas para irmos juntos à algum lugar. Na minha casa ninguém entendeu o motivo de eu sair àquela hora, do nada, em véspera de vestibular. Nos encontramos no lugar marcado e, sem saber pra onde ir, fomos parar numa praça que fica no centro da cidade. Chegando lá, a gente conversava enquanto dava uma volta, mas o engraçado é que só eu falava! Ele apenas comentava os assuntos (risos). Quando paramos num lugar, ele finalmente tomou a atitude e nós ficamos. Foi perfeito! Achei muito lindo, no 1º dia, ele me chamar de AMOR e assim que chegou em casa, me ligou e mandou mensagem! Foi o suficiente pra me fazer ficar apaixonada! Desde esse dia (16 de dezembro) não nos desgrudamos mais! Depois de 12 dias, ele me pediu em namoro. Foi tudo muito intenso entre a gente e novo também, tanto pra mim quanto pra ele. O amor da minha vida estava tão próximo de mim e eu desconhecia. Li: _Como é isso de namorar à distância? Minha vida mudou bastante, pois nunca havia namorado à distância. Sempre achei esse tipo de relação muito complicada e difícil de conduzir. Mesmo sabendo das dificuldades, tudo se torna mais fácil quando se tem amor e quando ambos lutam pra dar certo. Quando ele partiu, faltavam alguns dias para completarmos 1 mês ainda, estávamos no início do nosso relacionamento. A partir daí, uma nova fase começaria em nossas vidas. Uma luta contra a dor que a saudade traz, contra a distância, contra esses sentimentos que às vezes nos deixam muito confusas. É um mundo onde apenas eles, os militares, e as pessoas que os acompanham de perto, conhecem. Um mundo que estou conhecendo através da pessoa que me faz muito feliz e que tem me ensinado muita coisa. Ele me ajuda a superar tudo que temos que enfrentar, é muito cabeça e tem sabido levar sua carreira sem deixar faltar nada no nosso amor. Sinto que amadureci bastante e a cada dia aprendo uma nova lição com ele. Ser mais humana, ter jogo de cintura pra lidar com certas situações e não reclamar da vida, pois foi Deus quem nos concedeu tudo que temos. Não lamentar o que passou e sim, tentar melhorar a cada dia. Me espelho muito nele, é um exemplo de pessoa, de superação, de garra para mim. Li: _ E o que ele acha disso? Ele sempre diz que o nosso relacionamento é super diferente dos outros que ele já teve. Não é comparação, pois cada pessoa é diferente da outra, mas o sentimento é outro! Segundo ele, o carinho, a atenção, a preocupação foram despertados nele através na nossa relação. Hoje ele da muito mais importância a certos detalhes, importantíssimos para nós mulheres, que antes não eram percebidos por ele. Li:_ O que é namorar um milico? Como comentei acima, essa relação tem contribuído para o meu amadurecimento, estou aprendendo a controlar meu emocional, pois são muitas emoções que se confundem em pouco tempo! A saudade, a tristeza, a alegria, a dor, a empolgação, a carência, às vezes se misturam e você fica uma pilha de nervos, o que é muito comum. Você passa a dar mais valor a cada minuto com seu namorado, seja na internet ou no telefone; e quando ele está aqui, a gente só pensa em ficar junto e nem tem tempo pra pensar em brigas! Nunca imaginei que passaria por isso, e que passaria tão bem! Estou muito feliz por tudo que vem acontecendo comigo e com meu amor. Sempre quero fazer parte de cada conquista ou passo que ele dá em sua carreira, ajudando-o no que for preciso e me sinto realizada em poder contribuir para um sucesso que antes era apenas um sonho! Hoje percebo que não sou apenas uma mulher apaixonada. Namorar um milico exige muito mais que isso. É realmente um estilo de vida. Um estilo que dita as regras e a gente deve se adaptar. Exige sacrifício, fé, perseverança, paciência, compreensão, dedicação e muito amor! Amor verdadeiro, amor forte, amor que constrói, amor que supera! Li: _ Alguma fase difícil? Sem dúvida acostumar com a distancia não é nada fácil. E se for no inicio da relação, pior ainda. Desde que ele foi pra Campinas até seu primeiro retorno a JF, foram 26 dias separados. Sendo que no dia que ele chegou, eu ainda estava viajando. Ainda era férias e eu tinha ido com minha família pro Nordeste. Cheguei num dia e ele viajou no outro. Não ficamos quase tempo nenhum, juntos. Depois disso foram mais 45 dias sem nos vermos! Essa foi a pior fase! Eu sentia muito a sua falta e o choro era quase inevitável. Li: _ Como ambas as famílias lidam com isso? Apóiam? Minha família sempre me apoiou nesta relação. Minha mãe mesma diz que nunca me viu tão feliz e isso é muito bom! Meu pai sempre diz que sua felicidade é me ver feliz; creio que esteja radiante então, porque eu estou a ponto de explodir (risos)! Disse uma vez que era meu dever, amar e fazer o meu amor muito feliz e me sentir feliz! E também apóia muito o meu amor, pois sabe o que é viver as emoções de ser militar. A família dele tornou-se a minha segunda família. Graças a Deus fui muito bem recebida por todos e lá me sinto a vontade. Tenho um sogro muito engraçado e divertido (risos), uma sogra que mais parece uma mãe pra mim (cuida de mim quando estou sozinha) e uma cunhada que é mais que isso, é minha amiga! Li: _ Quanto tempo ficaram já longe? Na maioria das vezes estamos separados e o período mais longo que ficamos sem nos encontrar, foi de 45 dias. Campinas fica à 9 horas daqui por isso ele vem apenas nos feriados. Conversamos pela internet nos finais de semana e às vezes durante a semana, pelo celular ou telefone. O início sempre é mais difícil, mas já me habituei a esta situação. Sempre que posso organizo meus horários de acordo com os dele, pra gente ter mais tempo “juntos”. Nunca fiquei doente por causa disso __ apesar de ter emagrecido 5Kg desde que ele foi pra lá __, mas fico muito mal quando a gente passa a semana toda sem se falar. Por exemplo, numa vez em que ele esqueceu o carregador do celular aqui em JF. Nossa! Foi horrível! Eu sentia que estávamos quase incomunicáveis, pois eram raras as vezes que nos encontrávamos na internet e ficaríamos um bom tempinho sem nos vermos. Li: _ Você é ciumenta? Sou um pouco ciumenta sim, mas tento controlar meu ciúme. No início eu até ligava para o que as pessoas falavam, era muito insegura. Aos poucos fui adquirindo confiança no meu amor, isso é fundamental. Um relacionamento sem confiança, é imaturo e desestruturado. Passamos a maior parte do tempo separados, e ter que confiar em palavras escritas na internet ou em mensagens de celular é um processo difícil. O coração que ama te pede para acreditar e o pensamento humano te traz a dúvida. Mas como eu disse isso é uma fase, e que foi superada por nós. Foi preciso conviver com isso para que o amor se fortalecesse. Às vezes é bom ficar um tanto insegura e receber um carinho depois (risos). Mulheres adoram se sentir protegidas pelos homens das suas vidas, e comigo não é diferente. Li: _ E as transferências? Já pensa nelas? As transferências são me amedrontam. Quero sempre estar do lado dele, aonde ele for! Podem parecer meras palavras bonitas, mas quando estamos dispostos a lutar pelo nosso amor, as barreiras são apenas barreiras. Com fé em Deus conseguimos ultrapassar. Mesmo mudando sempre, quero seguir minha carreira. Por não ser uma área restrita, tenho muitas opções, o que não me impede de acompanhá- lo. Mas tanto eu quanto ele, sentiríamos muita falta da família e dos amigos. Isso também é um aprendizado e questão de hábito. Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? Acho que qualquer pessoa preferiria estar sempre com seu amor, do que vê-lo só nos feriados. Como minha relação com ele começou um mês antes dele ir pra Campinas, tivemos que aprender a lidar com isso, quase que no susto mesmo. No nosso caso a distância não contribuiu para o desgaste da união, mas claro que as vezes a gente se sente muito “longe” da pessoa. Ao contrário do que muitos pensavam, nosso amor cresce a cada dia que passa, o sentimento é muito mais forte sempre. Chego a pensar que pelo fato de não nos vermos sempre, e a saudade apertar, não temos tempo para brigas ou discussões por coisas sem importância. Li: _ O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Conheço um pouco desse meio, pois meu pai é militar também, então sempre me vi bem envolvida nisso. Seja nas cerimônias ou nos hinos militares que ele me ensinava quando ainda era pequena (risos). Estou feliz pela sua escolha e muito orgulhosa também, pois para se estar lá dentro é preciso muita força! E o amor, o respeito que eles levam no peito pela pátria, pela profissão, é motivo de orgulho sim, e reconhecimento. É muito bom ver sua vibração até com os piores momentos que tem que passar. Ele sabe que é preciso lutar para se vencer! Li: _ Uma frase que resuma o amor de vocês? “O amor é alimentado por incessante conquista!” Li: _ Uma música tema que lembre vocês. Ele uma vez me disse ter escutado uma música que contava a nossa história, que era exatamente o que ele pensava e sentia. É a música “É diferente”, Sorriso Maroto. Li: _ O que gostaria de dizer para terminar? Para as mulheres que acompanham as entrevistas, deixo um pouco do que aprendi. Acima de tudo devemos ser fortes! Saber enfrentar nossa principal inimiga, que é a ausência dos nossos amores, é uma virtude. Eles precisam muito do nosso apoio e compreensão. Nos sentimos as vezes, sozinhas? Eles passam dias e mais dias longe de casa! Precisamos ouvir um EU TE AMO? Eles precisam ter certeza do nosso amor a cada instante! Sentimos falta de carinho? Eles precisam se sentir acariciados, protegidos pelo calor do nosso amor, cada vez que se recolherem naquelas camas, num lugar nenhum pouco aconchegante! O amor é alimentado pela conquista diária e recíproca. Não é o fato de eles estarem longe que vai impedir um amor de crescer e se fortalecer. Por isso lutem contra as coisas que tentarem atrapalhar esse amor; não permitam que sentimentos ruins ou palavras confusas interrompam uma vida a dois! Porque sem lutas, não há vitória! Li: _ Menina, que linda sua experiência de vida e você tem um coração bastante sábio! Um beijo e um abração! Entrevista 25: "O pior que não dar certo é não ter tentando" Olá, meninas! Como vai a correria do fim do ano? Vamos esquecer um pouquinho tudo isso e ler mais uma entrevista. Hoje, vamos conversar com a Rita Pinto Lanfermann que é Diretora Financeira da Câmara de Vereadores e mora no Rio Grande do Sul. Ela tem 2 filhos já adultos e conhece seu amor militar há dois anos. Parece que essa entrevista começará como muitas outras, mas olha só a história desta nossa companheira e vejam como nossos sentimentos são universais. Seu milico é sargento do Exercito Português GNR e agora está na cidade de Montluçon, na França. Ele é instrutor de guerra. Li: _ Rita, a Internet é o lugar mais moderno de se conhecer alguém não é mesmo? Tenho inúmeras entrevistas contando histórias de amor assim. Então, conte a sua. _ Era um dia chuvoso e bem depressivo, entrei em um chat, na net. Chamou-me atenção seu nick, (Gato Felino). Começamos a conversar e ficamos assim por muito tempo. Falamos sobre tudo: serviço, amizade, suas missões de alto risco, assim foram meses, ate descobrirmos que falávamos todo dia, que estávamos apaixonados um pelo outro, que mesmo ele tendo seus alunos de guerra, indo para Iraque, Irã, não conseguia sair sem me deixar um email, hoje estamos bem, falamos todos os dias pelo msn e celular, é incrível toda nossa história, muitas coincidências, falamos a mesma coisa juntos, adoramos o mesmo filme (escrito nas estrelas), que ele teima em dizer que é nossa história, temos o mesmo livro como preferido, ele diz que é simbiose, almas gêmeas. Tivemos uma discussão ate hoje, ele perdeu 2 kilos e voltou a fumar , pretendemos nos ver em maio de 08, talvez tomar uma decisão. Li: _O que vem aprendendo com esta “história escrita nas estrelas”? _Aprendi que quem ama de verdade liberta, o verdadeiro amor é incondicional, mudou tudo em mim, me fez me valorizar mais como pessoa, como mulher, ensinou-me a dar mais valor a vida, contadome o que via nesses paises, a tristeza, o horror e o medo. Li: _ E o reverso? _Nossa, é outra pessoa, não é mais amargo com a vida, compreende melhor seus alunos, até se apelidou de sargento do coração mole. Li: _ O que seu amor, esse sentimento de “amor militar” modificou sua vida? _Mudou que amo um homem que luta por sua terra, sua gente, não é egoísta, essa relação vem me ensinando a valorizar mais as pessoas a ver que não se pode julgar os outros sem ouvir as duas partes. Li: _ Você tem apoio dos amigos? _Sim, poucos, mas tenho, nos momentos de medo, de duvida se voltaria vivo, sempre tive meu amigo me dando aquele apoio. Li: _ Qual o momento mais difícil que passou? _A duvida dele em relação a se apegar em alguém e não poder lhe proporcionar segurança, estabilidade. Li: _ Você teve apoio da sua família e da dele? _Da minha sim, da dele, não. Li: _ Com você lida com essa distância? _Estou aprendendo a saber curtir uma saudade, a volta é sempre melhor, sim uma depressão grave, mas ele me ajudou a sair dela, ficamos 30 dias distantes, pareceram meses. Li: _ Você é muito ciumenta? _No começo era, hoje, valorizo muito mais meus sentimentos e minhas opiniões. Li: _ Você pensa o que sobre as transferências? _Penso, sei que em 2009 termina sua missão na França, não sabemos ainda seu futuro, mas estamos aprendendo juntos a curtir o presente. _Ah! Se você o conheceu antes dele começar a carreira dele, como foi esse processo para sua cabeça? Você apoiou? Gostou.... conheci ele já militar Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? _Fortalece muito. Li: _ O que acha da carreira dele? _Amo meu militar com suas ausências e tudo Li: _ Uma frase que resuma o amor de vocês? _Está escrito nas estrelas. Li: _ Uma música tema que lembre vocês. _Imagine. Li: _ Algum filme que você goste e que lembre vocês? _Escrito nas estrelas Li: _ E o recadinho final para as meninas? Gente tudo vale a pena, é só saber acreditar, amar, aproveitar o que está acontecendo, o pior que não dar certo é não ter tentando! Beijos! Li: _ Rita, beijos para você também e obrigada por nossa entrevista! Fico super feliz de saber que nos encontrou e agora nossa grande família cresceu. Entrevista 26 "Me apaixonei muitas vezes pela mesma pessoa" São seis anos e não são seis dias! É por isso que hoje vou conversar com a Geise, uma estudante de enfermagem lá de Minas. Essa simpatia namora um sargento do Exército e vai ter uma gostosa conversa com a gente: Li: _ Como se conheceram? Eu fui a um baile conhecido da minha cidade e quando estava descendo pro baile tinha uma turma de meninos e ele estava no meio. Eles comentaram sobre mim e o meu irmão também estava nessa rodinha. Começaram a chamar o meu irmão de cunhado e ele foi o único que ficou calado. Ao chegar ao baile, após algumas horas dançando sozinha, ele me perguntou: “_Você é irmã do fulano respondi toda sem graça que sim.” Ele me perguntou se podia me conhecer até ai tudo bem, depois me perguntou se podia me dar um beijo ai eu estava toda sem graça e lembrando das palavras do meu irmão: “Se você ficar com algum amigo meu você vai vê, pode fazer qualquer coisa mas amigo meu não”, ai virei pra ele e pedi que voltasse depois, mas antes de sair, ele me deu um beijão, fiquei sem fôlego. Fui ao céu e voltei rsrs,ai já disse a ele agora você não vai mais embora ficar aqui e ele ficou. Toda vez que meu irmão passava, eu abaixava, até que uma hora assustei e ele já não estava ao meu lado e quando inclinei minha cabeça ele estava falando com meu irmão: “to ficando com sua irmã.” E ouvi meu irmão respondendo “você é meu amigo não tem problema.” Nossa foi um alívio. Depois de três meses, estávamos namorando firmes, mas foi uma batalha, meu pai no começo não aceitou, mas depois que minha mãe conversou com ele, cedeu. Namoramos um tempo até ele passar na ESA e ir embora pra cidade que está servindo agora dia 24/03/08 faremos 6 anos de namoro. Somos noivos a 1 ano e fim do ano a gente deve selar esse amor, nos casando. Li: _ O que 6 anos de namoro te fez crescer como pessoa e também no seu relacionamento? Aprendi que amor a distancia é difícil, mas o pior é amar e deixar que a distância separe esse amor. Confiança é o alicerce de toda uma relação, o tempo é o senhor da razão, mas o amor é a chave de tudo. Depois de tanto tempo ao me olhar no espelho me vejo uma pessoa totalmente diferente daquela de 2002, agora deixei de ser uma menina pra ser uma mulher, estou realizando os meus sonhos e com uma pessoa maravilhosa que me ama. E tudo que passei até hoje pra mim foi uma fonte de ensino e agora sei os erros que devo evitar,e sei que vou ser feliz. Li: E o reverso? Em que acha que ele modificou estando e convivendo contigo? Ele não mudou assim tanto, continua decidido, atencioso, preocupado.Mas também cresceu, não é mais um menino agora é um homem,com muita opinião e muito sincero. Li: _O que seu amor, esse sentimento de “amor militar” modificou sua vida? O que essa relação vem te ensinando? Meus sentimentos agora estão mais claros, aprendi a lidar com a saudade, com a distância e comecei a ver que sou muito importante pra ele e que cada volta sua a nossa cidade é como um novo reencontro cheio de amor, é tudo de bom. Li: _Você tem apoio dos amigos? Nessas horas amigos são complicados, pois eles sempre acham loucura esperar por uma pessoa que nunca irei saber se vai voltar. Teve a uns tempo atrás que por alguns problemas acabamos por terminar,e foi o maior tempo que passamos terminados,um mês,e quando começamos a conversar sobre voltar sobre nunca mais nos separarmos tive muito apoio de amigas minhas para que eu fizesse o que eu acharia que eu estaria feliz e assim nos voltamos. 6)Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Foi na escolha de pra onde ele iria, ele teve o curso todo estudando muito pra poder voltar para nossa cidade. No ano dele ficou muito bem classificado, mas não abriu vaga pra nossa cidade realmente ter que ver ele ir para mais longe do que já era Três Corações foi muito difícil. Li:_ Fale nos sobre a distância... Não nunca me senti distante dele, a distancia é ruim, mas nos falamos todo dia pelo msn. Já fiquei um mês sem vê-lo e a distância daqui onde ele está é de umas 8 horas, já cheguei achar que nós não daríamos certo por causa da distância, mas ele não deixou eu desistir demonstrando pra mim todo seu amor.Pra mim a distância de quem se ama fortalece a relação, mas pra quem não tem esse amor com certeza se desgasta. Li: _ O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Acho que o exercito é uma carreira muito bonita apesar de não ser bem remunerada, mas se ele optasse por um novo emprego eu o apoiaria. Li: _ Uma frase que resuma o amor de vocês? Devo confessar-te que durante nossa relação me apaixonei muitas vezes. Sempre da mesma pessoa. Li: _ Algum filme Amor sem fronteiras que você Li: _ O que falaria para as meninas? goste e que lembre vocês? Minha mensagem é que não desanime perante os obstáculos use eles pra que ajudem você a separar. Que sejam felizes e ame. E gostaria de deixar para o meu amor um recado: Que durante os 6 anos que estivemos juntos cada momento foi especial cada um do se jeito e que esse nosso próximo passo que iremos tomar será um sonho realizado pra mim e sei que pra ele também...te amo muito. Li: _ Meninas, um grande beijo. Linda, obrigada por sua entrevista. Toooda felicidade do mundo. Quem quiser, escreva para nós e mande sua história! Entrevista 27 “Aprendi a me doar mais” "Aprendi a me doar mais numa relação, a respeitar mais. Mas, principalmente, com ele aprendi o que é o amor de verdade. " Conheci a Luciene através da Internet. É incrível como não importa a distância, nós que amamos um militar acabamos nos esbarrando no mundo virtual. Mas, veja quantas coincidências: somos as duas cariocas, com 23 anos, namoradas de aspirantes, conhecemos nossos amores depois do Espadim (e, infelizmente, não fomos a ele) e gostamos de psicologia. Uau, quase irmãs!rs. Bom, mas a Lu não só gosta de “psico” como estuda psicologia! Essa menina linda que você vê namora há 1 ano e 6 meses um milico do Exército. Parece pouco? Que nada! Veja só que história tão linda de amor na entrevista de hoje! Li: Oi, Luciene, que legal você se dispor a contar um pouquinho de como tudo começou. Fico superfeliz. Vamos lá? Bem, nos conhecemos de uma maneira no mínimo engraçada... Cheguei do trabalho num sábado (07/10/06) e estava tendo um churrasco aqui em casa. Meu padrasto é daqueles animados que tudo é motivo de festa. Sem contar que ele faz amigos numa facilidade... Então, num sábado à tarde cheguei em casa e tava rolando um churrasco em que eu não conhecia 90 % das pessoas. E lá estava ele (meu amor). Quando cheguei nem reparei nele, na verdade quem reparou nele foi uma amiga que tinha chegado junto comigo. Mas falei um oi geral quando cheguei e entrei direto em casa. Quando saí pra levar minha amiga na porta, ela me apontou ele. Essa foi a primeira vez que o vi. Depois que a levei sentei com o pessoal pra me enturmar e acabei sentando ao lado dele, mas foi sem intenção mesmo. Papo vai papo vem percebi o quanto ele era inteligente e me interessei por ele. Mas, além disso, o celular dele não parava de tocar e toda hora ele saia pra atender. Pensei: Nossa como esse rapaz é concorrido!!! E óbvio isso me intrigou. Pensei: o que esse sujeito tem de bom pra tantas pessoas estarem procurando por ele? Mas aí foi anoitecendo e o pessoal amigo dele estava querendo sair à noite pra dançar e eu como já não saia há um tempinho estava doida pra ir, mas também estava meio sem graça. Afinal, tinha conhecido aquelas pessoas naquele dia, apesar de morarem todas no mesmo condomínio que o meu. Enfim, fui! Estando lá, vários amigos dele chegaram em mim, mas eu tinha gostado dele e não ia ficar com nenhum deles. Até que no meio da noite ele chegou em mim e eu aceitei ficar com ele. Só que olha só o que aconteceu: eu bebi. Pouco, mas bebi e como não tinha comido nada o dia inteirinho acabei ficando meio "no brilho" logo logo. E ele percebeu isso muito antes de mim e me chamou pra tomar uma cocacola. Mesmo achando que não precisava eu fui. Depois disso, comecei a me sentir mal, muito enjoada e fui pro banheiro, pois estava passando mal. Enfim... Uma hora no banheiro colocando todos os meus bofes pra fora e pensando como pôde acontecer aquilo. Já que nunca tinha passado por nenhuma situação parecida antes, muito menos com pessoas que eu não tinha a menor intimidade. Quase morri de tanta vergonha!!! Depois desse tempo todo saí do banheiro e lá estava ele: na porta me esperando preocupado. Ficamos juntos o resto da noite e depois viemos pra casa. Cada um pra sua! Quando retomei meu "juízo" no dia seguinte pensei: Esse garoto nunca mais mais me procurar. Depois do vexame de ontem... Mas pra minha surpresa no meio da semana ele me adiciona no orkut: "Olá! desculpa mas naum resisti e tive q te add no meu orkut. Num falei q sou chato... rsrsrs Um super beijo e uma ótima semana pra vc." Imaginem minha cara quando li esse recado. PASMA!!! Esse recado foi exatamente no dia 09/10/06. De lá pra cá ficamos algumas vezes e logo depois começamos a namorar... E desde então não nos desgrudamos mais! Li: _ Woooonnnnn! Parece seriado de TV daqueles que a gente fica na torcida! So cute!!! Mas, sabemos que nem tudo são flores, o que aprendeu durante esse tempo que estão junto com ele? Aprendi a me doar mais numa relação, a respeitar mais. Mas, principalmente, com ele aprendi o que é o amor de verdade. Li: _ E o reverso? Em que acha que ele modificou estando e convivendo contigo? Acho que ele também aprendeu a respeitar mais a pessoa com que se relaciona. Porque o relacionamento anterior dele era meio conturbado. E as coisas que aconteceram entre eles fez com que ele desacreditasse um pouco no amor e nas mulheres. E quando ele me conheceu viu que poderia confiar em alguém de novo. Só que dessa vez de verdade. Pelo menos é o que ele diz. Ah... ele diz também que depois que começamos a namorar começou a planejar mais a vida. Não é lindo??? Li: _ Lindo ao cubo!!! Você tem apoio dos amigos? A pessoa que mais me apóia é minha prima Aline. Que também vive um amor militar e sabe muito bem como é. O namorado dela é da AMAN (3° ano). Acho que por isso ela me entende mais. Porque minhas amigas mesmo sabendo que gosto muito dele pensam que estou perdendo tempo com ele por causa dessa distância. Elas não criticam diretamente, mas sei que acham isso. Li: _ Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Pra mim foi quando saiu a relação de cidades da transferência que tive certeza absoluta que não daria pra ele ficar no Rio e nem tão perto. E nesse meio tempo ele estava sem poder vir pra casa porque estava punido. Ou seja, não podíamos nem conversar direito sobre o assunto. E eu não gosto muito desses conversas pelo telefone. Eu precisava olhar nos olhos dele pra saber como aquilo estava sendo pra ele também. Li: _ Você teve apoio da sua família e da dele? Da minha família sim. Sempre. Já da família dele... A gente se dá bem e tudo, mas eles não gostam muito de mim não. Sei que acham que não sou a mulher certa pra ele, mas pra mim o que importa é o que ele pensa. E se ele me ama e nós nos damos bem, isso é suficiente pra mim. Li: _ Há muitas meninas que já entrevistei que passaram pelo mesmo. Continue sempre assim, lutando pelo amor de vocês dois! Ele foi para o Sul. Como é essa distância agora, pós Aman? É muito difícil pra nós agüentar a saudade. Nunca pensei que fosse ser tão difícil. É uma coisa inexplicável. Só quem passa que sabe. No dia que ele foi embora pro Sul caí de febre, chorei o mês inteiro... Depois a gente acaba se acostumando. Mas aí quando ele veio me ver, depois de quase 3 meses, foi lindo! Pena que foi só uma semana, mas foi perfeito! Aí, quando ele foi embora, caí de febre de novo. Agora ficamos sempre acompanhando as promoções das passagens aéreas pra podermos nos ver. Li: _ Você é muito ciumenta? Sou ciumenta sim. Mas ele me passa muita segurança. Até agora sei que posso confiar nele. E não ligo para o que as pessoas falam sobre isso não. Sinceramente. Porque as pessoas falam, mas não conhecem nossa relação tão bem quanto a gente. Por isso que não me preocupo. Li: _ E as transferências? Sei que pra ser esposa dele tenho que fazer muitas concessões, mas estou disposta a fazer se for preciso. Espero ter o apoio dele pra isso. Mas também não é por causa disso que quero deixar minha vida profissional de lado. Se de repente estiver num lugar sem muitas chances de trabalho pretendo estudar pra não ficar parada. Ele pensa em fazer o curso de para-quedista, e isso traz uma estabilidade maior aqui no Rio. E talvez a gente consiga conciliar a nossa carreira. Li: _ Seria ótimo que viesse! O meu agora está no curso. Me diz uma coisa: a distância fortalece a união ou desgasta? Pra mim fortalece. Mesmo com a distância estamos sempre falando um com o outro. Sempre sabemos o que está acontecendo na vida um do outro. É claro que as vezes é muito difícil porque a gente quer um colo, um abraço, um olhar e infelizmente não dá. Mas por outro lado, acho que a relação fica mais amorosa, intensa, você faz mais planos, sonha mais. E isso é muito gostoso. Li: _ O que acha da profissão dele? Sou muito orgulhosa dele. Nunca tive preferência pelos militares. Mas a convivência com ele me fez admirar muito o trabalho dele. Sem contar que adoro ver ele fardado. Fica lindo. Li: _ Você falou isso e me veio uma reflexão a cabeça. Somos tão criticadas por achá-los bonitos de farda, como se fosse quase um crime de corrupção da integridade feminista e blá blá. Mas, sente a loucura: se uma amiga nossa adora e acha lindérrimo o namorado de terno tudo bem, ninguém diz nada, até apóia com um “eu também acho super legal um homem de terno”. Se as mulheres também admiram as fardas e falam “poxa, ficam tão bonitinhos engomadinhos” continua na normalidade (afinal, virou até fetiche para algumas!). Mas, se nós, que já namoramos há anos, temos nossas vida profissional resolvida, somos mulheres independentes e modernas ousamos comentar “ele fica tão lindo de farda”... Ai vem chuva de granizo: “Alá, só ta com ele pela farda”, “que absurdo, você só pensa nisso”. O que já ouvi de baboseiras do gênero. É de revirar os olhos. Aff. Li: _Alguma canção que é a cara de vocês dois? A gente sempre lembra um do outro quando toca Kiss me (do filme Segundas intenções). Li: _ Que lindo, eu sou louca por essa música. Vamos ouvir um pouco e terminar esta entrevista com essa bela trilha sonora? Lu, muito dez o nosso papo! Tudo de bom para seu futuro e nos esbarraremos por aí em alguma “vila” deste Brasilzão. Entrevista 28: "Não deixe que críticas e pessoas invejosas, nada nem ninguém atrapalhem sua felicidade." Oi, pessoal. Quanto tempo! Mas, volto hoje com a Hellen de 18 aninhos. Ela é artista Plástica e mora em Patos, MG. Há 4 anos e meio vive um lindo amor com o soldado do EB. Agora eles já estão noivos e é essa história que vamos descobrir mais a fundo. Li: Hellen, querida, quatro anos é um tempinho já. Como se conheceram? Vou contar agora sobre o nosso amor como tudo começou... Tudo começou em 2004, quando estávamos cursando a oitava serie e éramos da mesma sala de aula. No inicio eu nem o notei, se quer sabia que era da minha sala, ate que um dia durante a aula de artes, a professora elogiou meu desenho perante a turma, naquele momento ele se aproximou e começou a brincar comigo: _Que casar comigo?Você é desenhista eu sou goleiro vai dar certinho! Eu era muito tímida e apenas sorri. A parti daquele momento as brincadeiras eram constantes. Mas nem levava a serio, porque ele não gostava de mim e eu era apaixonada a anos por um ex-vizinho.Mas o tempo foi passando é essa brincadeira acabou virando realidade, ele se apaixonou por mim.Saímos juntos mas nada acontecia.Mas nada o fazia desistir de me conquistar.Até que finalmente ele conseguiu, e dia 09/06/04 marcamos de assistir filme com os amigos, eu me atrasei um pouco , quando eu cheguei ele andava de um lado para outro,muito ansioso parecia que ia se casar.Eu me lembro como se fosse hoje, ele me abraçou e assistimos o filme calados, porém nem o nome do filme eu sabia, meu rosto queimava de vergonha, minhas mãos gelavam e eu não consegui se quer me mexer.Faltava apenas dez minutos para as dezoito horas estava quase na hora dele ir embora e nada ele já ate tinha perdido as esperanças de me beijar, ate que chegou em uma parte do filme que apareceram dois homens, e eles pareciam que iam se beijar, foi quando ele virou para mim e falou: _Se eles se beijarem você me beija? Eu disse: _Não. _Mas é impossível. E novamente respondi não. _E se eles não se beijarem você me beija? Eu olhei balancei a cabeça no sentido de não é permaneci olhando para ele. Foi ai que aconteceu o meu primeiro beijo. E no mesmo momento já me pediu para namorar. Daí para frente foram muitos momentos bons e ruins pelos quais passamos,continuamos da mesma sala ate o terceiro, compartilhamos momentos maravilhosos mas também dificuldades.Foram tanta pedreira que agente enfrentou, foram tantos becos que agente passou,foi tanto mato que agente lenhou, e as curvas que agente derrapou.E mesmo assim o amor esta grudado. Hoje estamos passando por mais um obstáculo a distância eu sou de Patos de Minas e ele esta em Brasília, estamos longe mas se Deus quiser e ele vai querer vamos superar mais esse e todos os desafios que estão pela frente.Eu aconselho que todos que amam nunca desistir desse amor e que lutem com todas as forças para estar com quem ama, não deixe que críticas e pessoas invejosas, nada nem ninguém atrapalhem sua felicidade. Hoje eu sei o nome do filme que assistimos quando tudo começou é “Encontro Marcado” e assim foi o nosso amor um encontro marcado pelos anjos do destino. Sei também que brigas e ciúmes, ventos, temporais o nosso amor supera isso e muito mas é absoluto nosso sentimento.E eu só tenho a agradecer a Deus por esses 4 anos e 4 meses mais maravilhosos da minha vida. Li: Essa brincadeira ficou séria mesmo e o que mudou? Aprendemos muita coisa nesses quatro anos que estamos juntos. Após passarmos por varias experiências, boas e ruins, descobrimos o quanto nos amamos e o quanto esse amor é forte. Por ele modifiquei as minhas atitudes e aprendi a aproveitar mais cada momento da minha vida. Ele me ensinou o sentido e o valor de um verdadeiro amor. Ele amadureceu bastante, parou de ser tão nervoso, mudou suas as atitudes, ficou mais responsável, aprendeu a dar valor na pessoa que ama e principalmente a demonstrar o seu amor. Descobriu o que realmente quer e deseja para ele e o quanto nosso amor e importante para ele. Li: Depois, ele virou milico. Ihhhh aí? Apesar ter pouco tempo que comecei a ter essa experiência de estar amando um militar. A minha vida modificou completamente, principalmente porque todo dia ele ia à minha casa ou eu na dele, durante quatro anos fomos da mesma sala, então nos víamos de manhã, à tarde e a noite. A maioria do meu tempo era com ele, e isso de hora para outra acabou. E muito ruim você ter a pessoa que você ama sempre ali com você e de repente já ter que a se adaptar a situação de ver apenas de vez enquanto. Mais essa situação tem me ensinado que devemos aproveitar cada minuto cada segundo com a pessoa que amamos e a valorizá-la, e procurar se fortalecer com esses obstáculos que a vidas nos propõem. Li: Tem bons ombros amigos? Eles apóiam? Sim. Os verdadeiros amigos realmente apóiam e estão sempre ali para ajudar. Eu possuo duas amigas que são os meus anjos em todas as horas e que me ajudam a seguir em frente, me dão força para ir à busca do melhor para mim e me amparam nos momentos de tristeza e nunca me deixam cair. Ultimamente estava me sentindo fraca e pensei ate em desistir e terminar, mais meus anjos sabem que não é isso que eu realmente quero que isso é apenas fraqueza, então não me deixam desistir. Torcem por minha felicidade e me incentivam para nunca desistir do meu amor e para que eu tenha paciência e espere, porque tem certeza, que ele me ama. E me lembrando que sempre estará aqui me dando força até que ele volte. Li: Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Ficar meses sem vê-lo. Com certeza ficar meses sem vê-lo vai muito difícil para mim. Eu sou de Minas ele está em Brasília, a distância é terrível. Cada vez que nos vemos e temos que nos despedir a dor parece ser maior é muito ruim você tem a pessoa ali, pode vê-la tocá-la e com um flesh ela desaparecer, restando apenas lembranças. A saudade fica ainda maior, e tem dias que realmente é difícil conte-la e chego a ficar doente, a vida parece não ter mais sentido longe de quem se ama, mais são apenas fraquezas temporárias, mais depois me levanto e ganho ainda mais forças para lutar por esse amor. O maior tempo que ficamos longe foi um pouco mais de dois meses, porem um dia para mim já aqui vale um ano, e infelizmente a tendência agora é que essa distancia só vai aumentar. Porque antes de ingressar na carreira militar nos víamos todos os dias de manhã, à tarde, à noite. Depois que ele passou a ser militar, passamos a nos ver de meses em meses ou ia para Brasília ou ele vinha para Minas, mas aqui ele podia ficar de 3 há 5 dias dependendo, não mais que isso então as vezes é melhor eu ir porque podíamos ficar um pouco mais tempo juntos. Mas há meses que não da para mim ir e nem ele vir ai ficamos mais de dois meses sem nos ver. Para quem se via todo dia passar a ser uma tortura. Mas outra coisa que eu também acho muito difícil é quando ele vai para alguma missão e fica mais de dez dias sem poder nem ligar ai é muito difícil porque além de não poder vê-lo não posso se quer ouvir sua voz. Li: Você teve apoio da sua família e da dele? Sim. A família dele me adora e me aconselha a esperar por ele, o mesmo a minha, que fala que eu tenho muita sorte por ter encontrado alguém que se preocupa e me ama tanto com ele, e que eu tenho que dar muito valor e ter paciência e esperar por ele. Li: Você é muito ciumenta? Liga para o que as pessoas falam sobre a dificuldade de se confiar em alguém que está longe? Eu não diria ciumenta, mas sou zelosa cuido do que é meu. Mas não ligo para o que as pessoas falam sei o que eu quero e isso basta, e claro que às vezes fico um pouco pensativa sobre o que será que ele está fazendo?Será que ele falou a verdade?Mas logo passa e percebo que quem o conhece realmente sou eu é o importante é o que eu acho não o que as pessoas ficam azucrinando gente para atrapalhar tem um monte, inclusive falsas amigas das quais finge ser amigas só para atrapalhar o seu namoro, por isso deve se ter muito cuidado com quem esta do seu lado e sabe tudo sobre vocês, quem menos se espera pode ser quem vai te surpreender com atitudes invejosas, falo isso de experiência própria quase perdi o meu amor por causa de alguém que considerava uma irmã mas que na verdade não passava de minha inimiga e queria tudo que tenho, por isso acho que não se deve acreditar no que as pessoas falam e sim no que o seu coração sente. A melhor opção para mim é confiar no nosso amor. Li: Você o conheceu antes ainda na escola, como contou. Aí, ele vira milico... Quando eu o conheci ele ainda não era milico, mas sempre deixou bem claro a sua paixão pelo exército e que pretendia se alistar. Eu não gostava muito dessa idéia, mas com o tempo fui me acostumando e acabei aprendendo a gostar, mas como começamos há namorar alguns anos antes dele ingressar no exercito, apesar de saber que ele ia, eu pensava assim: Há ainda ta longe pra que pensar nisso vai demorar, eu sabia que um dia ele ia mas preferia fingir que não, porém o tempo passou mais rápido que eu pensava e hoje me vejo passando por essa situação, o que parecia esta tão distante agora é uma terrível realidade. Eu a apoio e gosto da profissão que ele escolheu, porém o preço que eu tenho que pagar ficando longe dele é muito caro, às vezes fico confusa porque eu o quero aqui comigo, mas também não acho justo que ele abra mão de seu sonho por minha causa. Então a única solução é paciência. Li: A distância fortalece a união ou desgasta? Ambas. Por um lado ela desgasta no sentido do sofrimento que gera os pensamentos ficam a mil, é tudo muito confuso. Porém fortalece ainda mas a relação, pois nos faz ter certeza do que queremos, aprendemos aproveitar cada momento, enfim damos mas valor e demonstramos mas o amor que sentimos. Li: O que acha da carreira dele? Gosto. Apesar de que para isso seja necessário o meu sacrifício de ficar longe dele. Li: Uma frase que resuma o amor de vocês? È verdadeiro e absoluto nosso sentimento. Li: Uma música tema que lembre vocês. Campeão de Bilheteria. Li: Algum filme que você goste e que lembre vocês? Encontro Marcado. Quando o vimos pela primeira vez foi dia 09/06/04 quando começamos a namorar e ficou marcado para sempre, o dia mais especial das nossas vidas. Li: O que quer deixar de mensagem para as meninas? Nunca desista do que você realmente quer, não deixe que nada atrapalhe sua felicidade, pois barreiras sempre vão ter cabe a você superá-las. E quando se ama fale a pena esperar, modificar certas atitudes. Porque no final tudo se completa de algum jeito e acaba dando certo, e às vezes somos mais felizes do que imaginaríamos que um dia poderíamos ser. Li: Hellen, que foto linda a de vocês, hen. Tem que comentar antes que a gente acabe a entrevista. Muitoooo obrigada pelo bate-papo! Muito obrigada você por me dar oportunidade de estar podendo falar sobre mim e minha historia espero que você goste e desculpa se acaso tiver cometido alguma gafe. Beijos e parabéns pelo primeiro livro está maravilhoso!!!! Entrevista 29: "A distância e o tempo amedrontam, e muitas vezes dá vontade de desistir de tudo, mas o amor é muito mais forte, e sempre existirá uma guerreira dentro de você, sabia usá-la." No fim do ano passado fui as Olimpíadas entre os cadetes das 3 Forças, no Colégio Naval, aqui no Rio de Janeiro. Um lugar lindo, de frente para o mar. Depois de fazer essa entrevista que vou publicar pra vocês, lembrei-me daquela belíssima vista e daquela academia. Mas, enfim, vamos ao que interessa. Hoje, vou contar a história de amor da Bruna que mora no Rio de Janeiro, noiva há 1 ano do Taysan, que é um marinheiro. Li: _ Bruninha, já vi que você é detalhista como eu e conta tudo nos mínimos detalhes. Então, vou ficar caladinha e passar a palavra pra você. Bruna: _ Bom...Nos conhecemos de uma forma nem tão comum. Eu namorava um rapaz da escola. Não era nenhum namoro de cinema, afinal, eu namorava por ‘pena’ praticamente. Numa tarde de sábado, eu estava em minha casa, como sempre no vício chamado internet, quando a mãe do meu noivo (que até então eu nem sabia quem era) veio a minha casa para falar com minha mãe, já que as duas eram amigas e trabalhavam no mesmo lugar. Foi a primeira vez em que ela me viu, e já foi logo dizendo: - Como você é linda! Eu tenho um filho, você precisa conhecê-lo, você é a nora que pedi a Deus. Então fui logo deixando claro que Não obrigada, eu já E ela, parecia uma - Mas namoros acabam do dia pra noite. eu tinha tenho vidente, namorado: namorado! disse: A conversa parou por ali, mas não tive como evitar, fiquei com aquelas palavras na cabeça. De certa forma ela me causou grande curiosidade. Eu precisava saber ao menos como era o rosto do tal rapaz, mas deixei passar, e depois de algumas horas esqueci da curiosidade. Uma semana depois, meu namoro acabou. Me senti livre pra encontrar novas amizades, então resolvi procurar o Orkut do rapaz, mas com boas intenções, é claro, eu precisa era de uma nova amizade naquele momento. Fiquei dias procurando, e não achava o Orkut. Numa noite, resolvi ir a casa de uma amiga pra buscá-la pra irmos a um show, eu precisava me distrair. Chegando lá, vi sem querer o Orkut dele na página dela, adicionei na mesma hora. Não botei fé de que ele seria uma amizade, muito menos um relacionamento, até porque eu queria distância de namoro. Entrei no meu MSN, ele entrou, veio falar comigo. Caramba, nunca vi um cara querer te namorar sem nunca ter te visto pessoalmente. Ele me elogiava como se me conhecesse a no mínimo 20 anos. Mas a princípio não dei a menor bola pra ele, até porque aparentemente ele era um solteirão galinha. Resolvi marcar de conhecê-lo pessoalmente, já que fiquei sabendo que iríamos na mesma festa. Minha mãe e a mãe dele botaram maior fé que depois daquela noite eu já chegaria em casa de namorado novo, que no caso, seria ELE! Cheguei na festa, e vi um rapazinho muito baixo, todo playboy, passando na minha frente. Puxei-o pelo braço e já fui me apresentando: - Sou a Bruna, a menina do MSN! Ele ficou surpreso ao me ver, não teve muita reação, mas combinou de me ver quando estivéssemos já lá dentro da festa. Mal sabia ele que eu jamais ficaria com ele, muito menos naquela noite, pois já tinha ‘coisa’ marcada. Fiquei sumida por horas, e só apareci quando estava na hora de ir embora, ai foi a vez dele me puxar pelo braço e dizer: - Aonde você vai, te procurei a festa toda? Eu já tava de partida pra casa, consegui fugir do beijo que ele queria me dar, senti alívio. Um mês se passou, voltei a namorar meu ex-namorado, isso é burrice, veja só, já fui muito burra! O rapaz que até então queria me namorar sem ao menos me conhecer, ficou muito zangado ao saber que eu tinha voltado para aquele Mané. E vejam só, ele arranjou uma namoradinha só pra não sair por baixo. Mas isso tudo não durou muito tempo. Namorei meu ex por 3 meses, e resolvi terminar sem dó nem piedade. Me livrei de um peso nas costas. Finalmente resolvi conversar com o Taysan, o tal, e contar que eu havia terminado de vez, porque pra mim, apesar de tudo ele era um amigo, que me conhecia bem. Dessa vez, quem estava namorando era ele, mas eu sabia que ele me queria. Entrei no MSN e ele estava online, e já fui logo falando: - Lembra quando você disse que poderia me fazer muito feliz? Pois é, agora eu disso, mas infelizmente você já está fazendo outra pessoa feliz! Na mesma hora vi os olhos dele brilhando pela webcam, e os meus sem encheram de esperança. Por isso eu digo, nunca pise num cara que promete te fazer feliz, porque depois você vê que realmente ele poderia te fazer a mulher mais feliz do mundo! Combinamos de todos irmos pra casa de praia dos meus pais, a família dele e a minha. Passamos um fim de semana lá, e ele deixou a namorada em casa. No fim do domingo ele me deu um beijo, durou 2 segundos, mas foi o melhor beijo da minha vida. Depois te um tempo ele terminou com a menina. Na virada do ano, exatamente a meia a noite, ele me pediu em namoro. Eu já sabia que o sonho dele era ser militar da Marinha, e eu sempre apoiei isso, pois esse também era meu sonho (e ainda é, estou lutando pra torná-lo real). Sempre dei muita força a ele, e graças a Deus ele passou. Completamos um ano de namoro na virada do ano 2007 pra 2008, e novamente quando deu meia noite, ele me pediu em casamento, e fez uma declaração em público, pra família e amigos, que iria casar comigo. Hoje estamos noivos, ele está há 1 ano em Florianópolis cursando na EAMSC, e daqui a 40 dias será a formatura dele, e eu já estou preparando a mala, pra finalmente encontrá-lo e voltar pro meu porto seguro, que é o abraço dele. Li: - E sua sogra foi a culpido, então, quem primeiro soltou a flechinha, te deixando com a pulga atrás da orelha. Que lindooo... Mas, Bruna, e aí, como é namorar, agora noivar, um milico? Bruna: _ Com essa distância (que não é nada fácil), com esse longo tempo que estamos passando longe, eu aprendi o quanto ele é essencial em minha vida, e vi que sou guerreira e mais forte do que pensava, e que o nosso amor não tem barreiras nem limites. Com o ‘amor militar’ eu aprendi a ter mais paciência, a controlar meus sentimentos, a dar valor a quem amamos. Muitos duvidaram que eu e ele agüentaríamos a distância e todas as dificuldades que vem junto dela, muitos criticaram, zombaram, e torceram pra que desse errado, mas quando a gente quer, a gente consegue, e provamos que nosso amor é maior que tudo. As nossas famílias sempre nos apoiaram, se não fossem eles não estaríamos aqui. Um dos momentos mais difíceis foi a primeira despedida, quando o vi partindo num ônibus, e eu nem mesmo sabia quando o veria novamente. Li: _ Quanto tempo ficam longe? _Estamos distantes faz 10 meses, o previsto é 1 ano. São 20 horas de viagem pra vê-lo, e até hoje não fui lá, nesse 1 ano ele veio duas vezes me ver. Agora tudo depende das notas dele, e pra onde ele será mandado, mas já combinamos que irei com ele pra onde for preciso. Sou ciumenta, mas ele é mais do que eu. Eu aprendi que se eu ficasse neurótica, eu iria ficar louca e doente, por isso tento não cobrar muito dele, confio nele, e se ele fizer algo de errado cedo ou tarde vou descobrir. Eu sempre procurei saber das coisas, é claro, sempre olhei Orkut, sites de festas, site de fotos, sempre é bom dar uma vigiada. Ele ainda não foi transferido, só saberemos em dezembro. Mas faremos o possível pra eu possa ir junto, afinal, vou fazer faculdade pra entrar também pra Marinha do Brasil. A distância fortaleceu nosso relacionamento pois vimos que o amor é maior do que qualquer barreira. Li: _O que acha da carreira dele? _Eu adoro a carreira dele, apoio, e assim com é um sonho dele, também é meu. Ele às vezes fala em mudar de profissão, mas eu sempre converso e peço que ele continuar na carreira militar. Li: _ Eu ia perguntar sobre uma frase de vocês, mas conta pra gente que história é essa da Tatoo? Bruna: Quando ele foi pra Marinha, ele tatuou no pé dele a frase “Bruninha Amor Eterno”, e eu tatuarei em breve nas minhas costas “Taysan Amor Eterno. Li: _ Uma música de vocês? Bruna: _ Grupo Disfarce – Amor de Veneza (Uma semana antes dele ir pra Marinha, passamos uns dias em Búzios, e quando estávamos caminhando na rua das pedras a noite, ele cantou no meu ouvido essa música, e disse que enquanto ele tivesse longe, essa seria a nossa música!) Li: _ Um filme? Bruna: _ Anápolis (Que fala sobre a vida na Marinha) Li: _ Bruna, foi muito bom e divertido ouvir essa história tão linda. O que mais diria pra as meninas que estão lendo o livro? Bruna: _ Nosso amor é capaz de vencer tudo, e a distância foi a nossa grande prova, hoje sei que posso suportar tudo pra estar ao lado dele! A distância e o tempo amedrontam, e muitas vezes dá vontade de desistir de tudo, mas o amor é muito mais forte, e sempre existirá uma guerreira dentro de você, sabia usá-la. Nunca desista antes de vencer a batalha, pois ser mulher de militar é uma batalha diária. Entrevista 30 "Um amor verdadeiro, portanto, ETERNO, que merece todas as homenagens!" Oi, gente. As entrevistas aqui estão cada vez mais constantes, hen? Então, hoje vou conversar com a Carol. Tem 19 aninhos e é estudante e secretária. Agora está se preparando para o vestibular e mora em Sampa. Nossa querida entrevistada já é noiva há 11 meses. Mas, namorou 3 anos e meio. Um tempão, não é? Então, seu amor é cabo de exército e serve em SP. Vamos conhecer essa história? Li: _ Eu sempre pergunto como os casais se conheceram para começar. Mas, dessa vez gostei muito desse início. Conta pra gente, Carol. Carol: _ Nos conhecemos em um baile funk na quadra dos Gaviões da Fiel (torcida organizada do nosso Corinthians). Li: _ Que legal! Eu adoro dançar Funk também. Ouço todo tipo de música. São não curto tanto pagode. Mas, não tem como não ser do RJ e não dançar Funk. Já fui aí em Sampa em um bairro cheio de barzinhos. Não lembro o nome. Mas, foi ótimo. A propósito, conheci o meu amor também numa noite muito dançante. Ops, desculpe, continua, eu tagarelo demais. RS. Carol: _ Ele me xavecou a noite toda, mas eu estava disposta a não ceder. No meio da madrugada, ele disse que não agüentava mais e me beijou a força. Eu tentei resistir, mas quem disse que eu consegui? Depois daquele dia ficamos quase 1 mês sem nos ver, quando nos encontramos novamente ficamos direto, até oficializarmos o namoro 2 meses depois. Li:_ Nossa, tenho que interromper. RS. Eu também ganhei esse beijo roubado, quero não quero, quero rsrs. Mas, então, o que aprendeu durante esse tempo que estão junto? Carol: _Bom, eu nunca tinha amado de verdade, não sabia o prazer que é ter alguém ao seu lado que te ama, que te quer bem, que quer te proteger e você sentir o mesmo pela pessoa. Eu sempre fui responsável e feliz, mas amar é inexplicável. E ele tendo me ensinado isso, ele me ensinou a viver a vida da melhor maneira possível. Ele nunca tinha namorado e eu pude ensinar e aprender tudo com ele. Foi pra mim que ele disse pela 1ª vez “-Te amo!” e eu me sinto lisonjeada. Ele bebia socialmente, saía muito de balada, não tinha um emprego fixo, era galinha e hoje em dia é outra pessoa, sabe dar valor nas coisas que realmente importam. Tornou-se caseiro, responsável, dá mais valor a família e amigos de verdade. É um verdadeiro Homem. Li: _ E o que tem diferente amar um milico? Aprendi que o amor supera tudo! Não importa a distância, as brigas por motivos fúteis, os problemas financeiros e tudo mais, porque quando os corpos se encontram tudo se encaixa e a vida nos mostra que não passou de uma fase difícil! Li: _ Seus amigos te dão uma força? Carol: _ Com certeza! Lembro uma vez que ele foi pro campo de treinamento para o curso de Cabo, passou 15 dias lá e como sempre nos vimos todos os dias, passar 15 dias longe foi uma eternidade. Eu estava triste e chorando de saudade, uma amiga que perdeu seu namorado em um acidente de carro, ficou sabendo o que estava acontecendo, veio até a minha casa, entrou, me abraçou e não disse nada. Ela apenas me mostrou que quando ele voltasse e me abraçasse tudo ia voltar a ser como era antes. Li: _Esse foi o momento mais difícil que passou? Carol: _ Sim, nunca havíamos ficado longe por tantos dias. Li: _ Você teve apoio da sua família e da dele? Carol: _ Absolutamente! Minha família e a dele nos apóiam muito! Sempre recebo conselhos dos meus pais e sogros, eles querem muito que eu espere por ele, onde quer que ele vá. Li: _ Como é lidar com a distância? Carol: _Quase não ficamos distantes. Eu fico muito triste e deprimida, nada nos meus dias dá certo quando estou com saudades dele. À noite quando deito a cabeça no travesseiro o que sinto mais saudade é do beijo e do abraço dele. É mortal! Posso sentir o cheiro dele no meu travesseiro. Há um tempo ele me disse que talvez vá pro Haiti em missão de paz, fiquei uma semana doente, sofrendo por antecipação, mas agora vejo que se for pra ser, será! Não adianta sofrer antes de acontecer. O tempo máximo que ficamos longe foram 15 dias! Li: _ Eu entendo que as missões fora nos causem aflição, porque no fundo sempre teremos que contar com o imponderável. Mas, pense que no fim tudo correrá para o bem dos dois em todos os quesitos. É uma maneira de não ficar triste e ter forças. Mas, me conta uma coisa, você é muito ciumenta? Carol: _ Eu sou bem ciumenta sim! Eu confio muito nele, até porque ele nunca me deu motivos para desconfiança e temos um diálogo bem legal na nossa relação, apenas não confio nas outras pessoas. Mas se caso precisarmos ficar longe, eu tenho certeza que posso confiar nele, assim como ele em mim. Li: _ Se ele fosse transferido, você iria? É uma profissão instável e estável ao mesmo tempo, não? Carol: _ Penso que agora pode ser instável, mas colhemos o que plantamos, mais tarde teremos estabilidade. Pois querendo ou não é uma profissão muito estável. Se caso ele fosse transferido para outro estado, eu iria junto pra onde ele fosse. Li: _ Você o apoiou na decisão de ser militar? Eu o incentivei. Ele não trabalhava registrado e eu imaginei que fosse uma grande oportunidade de crescimento profissional. No começo ele achou a idéia maluca, mas logo pegou paixão pela profissão e hoje me agradece por tê-lo incentivado e apoiado. Eu gosto muito da carreira dele. Não preferia que fosse outra, até porque como disse anteriormente é uma carreira muito estável e segura de que se você se esforçar, terá seu esforço reconhecido. Tenho muito orgulho do meu Militar. Li: _ A distância, no seu caso, fortalece ou desgasta? Carol: _ Como não passamos muito tempo longe, fortalece, pois um pouco de saudade e vontade louca de ficar junto não faz mal a ninguém né? Li: _ Uma frase que resuma o amor de vocês? Carol: “Quando Deus une duas almas e lhes dá uma missão, nada nem ninguém muda o destino, por isso, amo-te além do infinito e por toda a eternidade hei de amá-lo(a)!” Li: _ Algum filme que você goste e que lembre vocês? Carol: _ Bom, nós vamos sempre ao cinema e estamos sempre vendo um filminho novo em casa, por isso, é bem difícil escolher apenas um. O que eu mais gosto é Titanic. Apesar de antigo, tem um amor lindo, que supera barreiras e vive eternamente, nem que seja na memória de quem o viveu. E o amor verdadeiro é assim, nunca morre! Li: _ Qual seu recadinho final? Entrevista 31 “A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.” Eu penso que já contei aqui de tudo. Mas, não adianta, cada história é única. Essa é ainda mais singular. Vou falar da Luciana Fraga de Melo, que é gerente administrativa no Rio Grande do Sul. Ela mora em Cachoerinha e tem um filho. Já namora há 4 meses um sargento do Exército que serve em Goiânia. Vocês devem estar querendo saber logo o quê de conto de fadas tem essa entrevista. Mas, deixo a Luciana contar. Lu: _ Eu estava trabalhando, quando recebi uma solicitação para adicionar no msn, aceitei para ver quem era, mas não conversei. À noite, eu estava no msn, conversando com meu irmão. Estava triste, então, meu milico me chamou. Eu não havia gostado muito, e não ia responder aquele “oi” porque vi a foto dele com a farda. Não gostava de militares. Meu irmão viu na mensagem pessoal a música que ele estava escutando e disse: “ fala com ele, olha a música que ele está escutando, ele deve ser legal.” Resolvi responder aquele “oi”... e sinceramente, foi uma noite incrível, entramos madrugada a dentro conversando. No outro dia, ficamos o dia todo no msn, sentimos uma química muito grande, descobrimos que combinamos em muitas coisas. Perguntei a ele como tinha encontrado meu MSN e disse que no orkut, mas não tenho meu msn espalhado pelo orkut, procurei em todas as comunidades que pude, e não achei meu msn, acho q foi coisa do destino mesmo. Então, depois de um tempo de conversa ele me pediu em namoro, pelo msn mesmo. E nos combinamos de nos encontrarmos no meu aniversário, ou seja, tive que esperar quase dois meses para conhecer meu namorado pessoalmente! No meu aniversário, no dia 10 de janeiro, ele veio me conhecer, fui esperá-lo no aeroporto, cheguei lá uma hora antes, estava muito ansiosa para ver o meu namorado pela primeira vez, já eram 12:10 quando o avião dele pousou no aeroporto. Senti aquele frio na barriga, então desci para o desembarque e fiquei ali, esperando ele, quando eu o vi, parecia cena de cinema, eu estava atrás de muitas pessoas, bem distante da saída do portão de desembarque e eu o vi me procurando, e quando os nossos olhos se cruzaram, foi amor a primeira vista! Fomos caminhando um ao encontro do outro, e quando ficamos frente a frente, eu dei o abracei e nos beijamos, foi um beijo de cinema! Li: Nossa, tudo bem diferente do comum. O que mais ele tem de especial? Lu: Ele é um homem muito culto, já me deu aulas de história, geografia e de vida, rsrsrs, nesse pouco tempo em que estamos juntos, ele me fez ser uma mulher mais feliz, cuidadosa comigo e está me fazendo voltar a ser aquela mulher dedicada e esforçada aos estudos, coisa que por alguns motivos do passado eu acabei esquecendo! Li: _ Da mesma maneira, você também deve ser muito especial na vida dele... Lu: Sinceramente, pelo o que ele diz, acho que eu modifiquei muito a sua maneira de ver a vida, pois como ele mesmo disse, antes de me conhecer ele não pensava em namorar, casar e todas as mulheres nas quais ele se envolvia, o relacionamento não durava, e toda vez que uma mulher falava que tinha filho, ele fugia! Por isso que eu digo que foi coisa do destino mesmo, não sei o porque, nem ele sabe explicar direito, eu tenho um filho com outra pessoa e ele não fugiu, comigo ele não fez o mesmo que com as outras... Li: Esse amor mudou a sua vida, não? Lu: Nossa, estou apaixonada e fascinada por isso! Nunca imaginei que fosse algo tão especial, nunca me senti tão linda, amada, delicada, guerreira e forte ao mesmo tempo! Li: A história de vocês é diferente. Como as pessoas ao seu redor reagem? Lu: Meus amigos não crêem muito no meu relacionamento, as pessoas têm preconceito por termos um relacionamento à distância e por termos nos conhecido pela internet. Mas tenho total apoio da minha família, e estava com medo da família dele não me aceitar, pois sou de muito longe e tenho um filho pequeno de dois anos e seis meses, mas agora esse medo já passou e fui convidada para ser madrinha de casamento da irmã dele! Minha mãe me deu total apoio, sabe como é mãe, ela bota o olho e diz de cara se a pessoa presta ou não... eu estava com medo, mas ela gostou dele. E todos estão colaborando com o nosso namoro e com os preparativos para o casamento que será daqui a 11 meses. Li: Qual o momento mais difícil por que passou? Lu: Foi quando eu o vi partindo pela primeira vez. Chorei muito, mas fiquei feliz a ouvir um “eu te amo”, mas estava tão triste que nem consegui responder que amava ele! Na noite anterior a partida dele foi pior, pois estávamos assistindo a um filme, deitados na minha cama, e o vi cuidando meu filho, como se fosse o dele, achei lindo aquilo, e logo lembrei que aquela seria a última noite com ele, e que só o veria um mês depois, então eu o abracei e beijei, comecei a fazer carinho em seu rosto e desandei a chorar, logo, ele também começou a chorar, já sentindo saudades sem ao menos ter partido! Foi difícil deixa-lo ir, mas nada é como nós queremos, e essa distância só serve para fortalecer o nosso amor! Li: Como é lidar com a distância? Lu: Bom, como o relacionamento é recente, posso dizer que ficamos um dois meses sem nos conhecermos pessoalmente, e um mês distantes um do outro, nós matamos essa saudade através do msn e telefone. Nos falamos todos os dias, e quando ele está de serviço no quartel um liga para o outro, ou ficamos trocando mensagens pelo celular! Li: Você é muito ciumenta? Lu: Eu sempre fui possessiva, mas o engraçado é que eu não consigo ser como antes, depois que conheci meu sargento, nunca mais soube o que é ter ciúmes. É incrível, mas nunca me senti tão confiante! Claro, que rola aquele ciuminho básico em só pensar que tem aquelas mulheres que são loucas por homens fardados se atirando e eu estando longe dele. Mas estou bem ciente de que se o homem ama uma mulher, ele não vai fazer algo que possa magoá-la, e que se o homem quiser trair, ele vai fazer isso de qualquer forma, independentemente de estar perto ou longe de vc! Li: Já pensou nas transferências, sair do Sul... Lu: Bom, nunca passei por isso, mas vou sair daqui do sul para morar com ele em GO, mas vou com ele aonde for, não me importo com transferências, eu só quero estar do lado do meu amor para amá-lo e apóia-lo. Irei fazer um curso que irá me beneficiar em qualquer lugar, futuramente, pretendo voltar para a faculdade, mas trabalho no que for preciso para ajudá-lo, afinal não acho certo deixar todas as despesas para uma pessoa. A não ser que tenhamos um filho pequeno, que eu não consiga um emprego ou que não precise! Li: A distância fortalece a união ou desgasta? Lu: Na minha opinião, a distância não desgasta, pelo contrário, ela é apenas um obstáculo a mais que um casal precisa enfrentar. E quando é amor, a distância só fará a união ficar mais forte, e se não for amor, ela pode acabar com o relacionamento! Li: O que acha da carreira dele? Lu: Eu não gostava de militares, mas vendo por outro ponto de vista, eu amo a carreira dele, e não gostaria que ele tivesse outra! Li: Uma frase que resuma o amor de vocês? Lu: “A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.” Li: Uma música tema que lembre vocês. Lu: Fairy Tale – Shaman Li: Algum filme que você goste e que lembre vocês? Lu: Cidade dos anjos. Li: Lu, amei conversar contigo. Deixa um recadinho final para as meninas. Lu: Bom, como eu sou uma novata nesse “mundo militar’ rsrsrs, só posso dizer que não desistam! Deixem os preconceitos das pessoas de lado, esqueçam, não dêem ouvidos aquelas pessoas que não são tão próximas, não dêem ouvidos aqueles “agouros” de que “não vai dar certo”. As pessoas não vão viver a tua vida, elas tem a vida delas, talvez se estivessem no seu (nosso) lugar, fariam o mesmo que você! A vida é tua, escolha o teu caminho baseado no que você está sentindo, pare, dê um tempo para pensar, fique trancada por algum tempo no seu quarto, no silêncio e ouça o que o seu coração diz. A distância não é tão ruim, ela só vai fortalecer o sentimento verdadeiro! Não desista dos seus sonhos, viva, não tenha medo de errar, pois se não tentar, nunca saberá se é o caminho certo ou não! A vida é muito curta para ficarmos com medo de viver!Desejo sorte e felicidade para todas. Entrevista 32: "Eu sei que tem hora que bate aquela insegurança e vontade de jogar tudo pro alto ... mas vocês têm que perceber que isso estará sendo recompensado mais pra frente." Hoje é dia de bater papo com a Ana Beatriz. Ela tem 16 aninhos e está no 2º ano do colégio técnico em administração. Seu namorado é cabo do Marinha. EEEh, finalmente alguém da Marinha falando aqui. RS. Faz tempo que só temos meninas de namorados do Exército. Bom... os dois estão juntos há 1 ano e 1 mês. Nossa entrevistada fala lá de Batatais no interior de SP. Aninha, como se conheceram? Ana: Diria que é um pouco complicado e ao mesmo tempo muito óbvio! Minha irmã é muito amiga da irmã dele e eu também até tinha certa amizade com ela, mas nada de absurdo. Nós (eu, minha irmã e a irmã dele) fazíamos parte de um grupo de jovens que ajuda a comunidade, ROTARACT, e a partir de novembro de 2007 ele começou a participar desse grupo também, a convite da irmã dele. Até então não tínhamos nada a ver, ele nunca fez meu tipo, nunca nem passou pela minha cabeça namorar ele. Até que um dia a irmã dele começou a me falar dele, que achava que dávamos certo, que eu poderia tentar, mas eu não conseguia me acostumar com a idéia. Ela não satisfeita em tentar fazer eu me acostumar com essa idéia passou a me chamar de 'cuh' (derivado de cunhada, RS!). Eu sempre levei na brincadeira sabe, e nunca nem me interessou saber o que ele achava sobre isso! Em um belo dia, ou melhor, madrugada, eles estavam vindo da formatura dele, a irmã dele diz a ele que EU estava interessada nele, acha que pode? Não sei de onde ela tirou que daríamos certo. Mas isso não importa, o que importa é que ele disse que se interessava por mim sim, e que ficaria comigo. Isso fez com que meu interesse por ele começasse a fluir. Como disse no começo, ele começou participar do grupo de jovens, daí no fim de dezembro/2007 fizemos o nosso amigo secreto e por uma incrível coincidência (ou destino) eu sai com ele. Ahhh! Quando vi não acreditei, parecia mentira. Dai eu pensei: "Bom agora é uma boa pra eu poder ir me aproximando", já que o interesse já estava rolando. O amigo secreto era de R$10,00 +/-, eu sei que presente não quer dizer nada, mas acontece que foi a única maneira que achei pra ele perceber que meu tratamento por ele era diferente. Fui ao Boticário e comprei um desodorante (que por sinal saiu bem fora do valor estimado, RS). Chega o dia do amigo secreto, fazia dias que eu estava ensaiando o que ia falar, mas chegou na hora parece que sumiu tudo da minha cabeça, daí fui enrolando e disse que a pessoa que eu havia saído tinha se tornado especial pra mim, porque antes nem nos falávamos direito, mas agora que tínhamos tido a oportunidade de nos conhecer melhor eu vi que ele era gente boa, e que poderia sair uma boa amizade disso (até mais que amizade, RS!). Daí acho que ele já percebeu que era ele o meu 'amigo' secreto, foi engraçado, todo mundo começou zuar a gente, dai nos abraçamos, ele abriu o presente, parece ter ficado muito feliz e surpreso. A minha turma tinha resolvido que naquele ano alugaríamos uma chácara para passarmos o Réveillon, como ele já fazia parte da nossa turma, é claro que também foi convidado. Ele tinha dito que iria sim, parecia até ter ficado empolgado, pois nunca havia saído com a gente, mas não sei por que motivo ele resolveu passar com a sua família em uma cidade próxima da minha. Quando fiquei sabendo confesso que fiquei um pouco chateada porque eu tinha certeza que era la que a gente ia acabar ficando, mas depois entendi, era um direito dele. Pois bem , ele foi e eu fiquei aqui, daí na semana do Réveillon resolvemos fazer um churrasco la na casa dele como se fosse uma pré-festa.Como de costume todos já estavam arranjados e eu acabei ficando sozinha, dai pra não ficar de vela fui pro computador usar a internet.Quando eu entro no meu MSN, quem estava on??Aiii ele mesmo, eu nem acreditei, nessa hora minhas pernas bambearam, as mãos começaram a ficar frias e meu coração acelerava. Não me lembro muito bem, mas me parece que eu quem puxei assunto, nossa ele me surpreendeu muito sabe, conversamos a noite inteira parecia que nos conhecíamos a anos, ele foi tão, tão... (me faltam palavras) o jeito que me tratava sabe tão carinhoso. Enfim, se tinha alguma duvida que ficaríamos elas tinham acabado nessa hora. Conversa vai conversa vem, ele me disse que estava arrependido de não ter ficado aqui comigo, mas que era pra eu esperá-lo voltar, e que com certeza a gente ficaria, e eu realmente estava disposta a isso. Passou o Réveillon e ele voltou pra nossa cidade, eu não fazia outra coisa a não ser pensar no momento de ve-lo, abraçá-lo e beijá-lo. Pra variar mais um pouco a minha turma resolve fazer outro churrasco de ressaca do Réveillon, só que dessa vez aqui na minha casa, quando fiquei sabendo me animei porque era certeza que ele viria. E foi isso mesmo que aconteceu, foi em um sábado (05/01/2008). Nossa eu tava muito ansiosa, chegava o domingo, mas não chegava esse sábado, parecia mentira. Pois bem, após dias de espera o sábado chegou, e eu não sabia o que fazer de tanta ansiedade, cheguei até a comentar com minha mãe que ele viria. Tomei banho, me arrumei, e sentei no sofá esperando o "pessoal" chegar. O relógio parecia estar parado, a hora não passava. De repente o pessoal começou chegar e eu ia ficando cada vez mais nervosa, mas tentava não demonstrar, se não estaria perdida. Comecei conversar com alguns meninos que estavam la, pra ver se o tempo passava. Daí ouvi uma voz, no que eu olho pra cozinha era ele que tinha chegado. Ai o que eu senti nessa hora não tem como explicar. Ele tava lindo, com o cabelo molhado, uma blusa bege, de bermuda e tênis. (Ah, eu me lembro como se fosse hoje!) Por mais que estava esperando-o, quando o vi fiquei meio sem graça sem saber o que fazer, e ele também, pois a sala estava cheia de gente inclusive meus pais. Cumprimentamo-nos, ele veio me deu um beijo no rosto nos falamos um pouco e fomos la pra fora onde estava acontecendo o churrasco. Conversamos mais, dançamos, fizemos tudo que dois amigos fariam. Até que foi ficando tarde, daí o cunhado dele veio falar comigo, perguntar se ia rolar alguma coisa, e que ele parecia estar muito empolgado, daí eu disse que da minha parte sim, mas que a gente ainda teria que conversar. (não sei o que, RS!) Nessa hora todo mundo que estava no churrasco sumiu, olhei em minha volta não tinha mais ninguém, estávamos só eu e ele. Ai gente foi perfeito parecia cena de cinema, ele olhou pra mim, eu olhei pra ele, ai ACONTECEU, foi o melhor beijo da minha vida, aconteceu tudo como eu imaginava, ele foi tudo! Me fez sentir muito bem. Ficamos ali na área da minha casa durante muito tempo, nos beijamos, parecia que estava no céu. Daí o pessoal voltou pra área onde estávamos nos zuaram um pouco e churrasco voltou a rolar... Passou-se um tempo, o pessoal começou ir embora, dai fui me despedir de alguns que estavam la na sala, falei tchau pras meninas e os meninos, no que fui virar pra ir la pra fora de novo me deparo com ele atrás de mim, me tascou um beijo na frente de todo mundo (que vergonha!) dai assim que paramos de beijar ele virou pra mim e disse:A gente continua né ? Nooossa, nessa hora meu mundo caiu, eu nem sabia o que eu falava, jamais esperava ouvir aquilo dele, mas é claaaaaro que minha resposta foi SIM! Foi um dos melhores momentos da minha vida. Eu jamais poderia imaginar que aquela história ia se resultar nisso, estamos juntos até hoje, um ano e um mês. Li: _ Tão bom quando nossas expectativas são correspondidas, né? Esse namoro parece algo muito esperado por você. Aposto que todos os dias aprende o quão bom é tê-lo em sua vida. Ana: Ah com certeza, ele sempre tem me ensinado muito, talvez pelo fato de ser mais velho que eu. Ele me mostrou um lado que ainda não conhecia sabe. Com ele eu aprendi o que é amar de verdade, e COMO amar de verdade. Todo dia, a todo instante, cada segundo com ele é um verdadeiro aprendizado. Li:_ E para ele? Ana: Acho que ele modificou bastante o modo de pensar. Tanto em casa com a família, como no namoro também, antes ele era mais impaciente, se irritava com mais facilidade. Hoje poderia dizer que ele é a calma em pessoa, RS. Li: _ Como é namorar um milico? Ana: Nossa não tenho palavras para definir a mudança no meu comportamento. Aprendi a dar mais valor quando estivermos juntos, por mais que seja pouco tempo se torna muito PRECIOSO cada segundo. E agora to conseguindo também controlar meu ciúme, já imaginou? Eu querendo especulá-lo à km de distância? Eu ia acabar enlouquecendo, essa foi a melhor alternativa. Aprendi que por maior que seja uma distância, quando existe amor, ele supera tudo, mesmo quando esta é absurda. Sempre CONFIEI muito nele, de olhos fechados, mas com essa distância a confiança redobra senão não há amor que agüente! É o que eu costumo dizer: Tem seus PRÓS e CONTRAS. Li: _ E as amigas, te dão força? Ana: Tenho uma em especial, que me ajuda MUITO, teve um dia em que eu estava muito mal, mal mesmo, daí comecei conversar com ela pelo MSN, ela ainda estava no trabalho que é um pouco longe de minha casa, percebendo minha tristeza ela saiu do serviço veio até minha casa a PÉ e me levou pra dar uma volta e espairecer, poderíamos até não ter saído, mas só o fato dela ter se preocupado comigo, foi muito bom. Mas são raros os que me entendem e/ou me apóiam. Eu não peço a aceitação de ninguém porque a partir do momento que eu e ele concordamos os outros não importam, mas sempre tem aqueles que te colocam pra baixo. Não houve só uma história que me ajudasse alguns dias atrás eu estava meio “deprê”, só pensava nele, chorava e chorava, daí fui pra internet ver se achava alguma comunidade, alguém que estava passando pelo mesmo que eu para que pudessem me ouvir desabafar, foi onde achei a comunidade “Meu namorado foi pra EAMSC” la existem vários tópicos que as meninas dizem o que estão passando e contam as histórias, me identifiquei muito com isso, e ter achado essa comunidade me ajudou MUITO Li: _ Nem tudo são flores, né? Ana: Ah, com toda certeza foi a partida dele, me doeu muito o ver entrando naquele ônibus, saber que ele estava indo embora sem data prevista para voltar, foi horrível. Li: _ Como é a família dele? Ana: Nossa, eles me dão muito apoio. Nossas famílias já se conheciam antes de começarmos namorar, acho até que foi isso que tem me ajudado bastante. Meus pais e até os pais dele me incentivam a esperá-lo, dizem que por mais que agora doa, mais pra frente valerá e muito a pena. Li: Vocês ficam perto? Ana: Então, até o meio do ano passado nos víamos só de final de semana, porque ele fazia um cursinho preparatório para vestibular a noite e como trabalhava o dia inteiro acabava não dando tempo, mas logo que recebeu a noticia de que era certo que iria para a Marinha ele parou o cursinho e foi onde começamos a nos ver com muita freqüência. A partir daí nos víamos sempre, manhã, tarde, noite, ele chegava até a dormir aqui em casa. Mas o duro está sendo agora, me acostumar com ele tão longe, tão distante, parece que sinto um vazio dentro de mim. Nos primeiros dias passei muito mal sim, não comia (emagreci, 2 kg), não saía nem na calçada, não conseguia me adaptar com o fato de não o ter presente aqui do meu lado todos os dias, só sabia chorar chorar e chorar.Com o passar dos dias eu percebi que isso não ia me levar a nada e muito menos trazê-lo de volta pra mim. Agora tento encarar essa distancia como uma necessidade. Quando ele parte não penso que está indo embora e sim que quando ele voltar a SAUDADE será absurda e aproveitaremos todo o tempo que estivemos longe. Ele embarcou dia 08/01/2009 para Santa Catarina, tínhamos combinado que ele voltaria só agora no carnaval 20/02/2009. Mas quem disse que eu agüentei? Aproveitei que a mãe dele já iria visitá-lo e acabei embarcando junto. Por enquanto essa tem sido a maior e mais dolorosa distância, cerca de dezenove, vinte dias. Mas estou ciente de que essa está sendo “fichinha” perto das outras que virão, tenho de me acostumar, sei que ser namorada de marinheiro não é uma tarefa fácil, RS. Li: _ Não é nadinha fácil. Mas, a gente aprende bastante a lidar com a situação. O pior é não saber do que acontece ao longe. Você é ciumenta? Ana: Como disse, eu era MUITO ciumenta, nada de possessivo, mas gosto de cuidar do que é meu. Mas agora com essa distância fica difícil, já imaginou se toda vez que ele sair eu pedir relatório completo? Onde foi? Com quem foi? Que horas saiu? Que horas chegou? Não haverá namoro que agüente, é claro que continuo tendo ciúmes, como todo mundo, mas nada de absurdo. Em uma situação como essa a CONFIANÇA sempre prevalece, eu confio muito nele e sei que jamais faria algo para me magoar. Olha se eu fosse ligar para TUDO que as pessoas dizem eu estaria perdida, porque da mesma maneira que existem aqueles que te apóiam, também existem aqueles que fazem o favor de te colocar para baixo, sempre tem aquela “amiga” invejosa que sempre quis o que é seu. Pra essas pessoas eu não dou à mínima, porque sei que elas só querem nossa infelicidade, tenho o apoio da minha família, da família dele também, e o principal: eu e ele estamos dispostos a suportar essa distância, então pra que ligar para os comentários “malvados” RS! Li: _ Você ainda é bem novinha, mas já tem que enfrentar essas situações que nos contou. E já parou para pensar nas transferências? Ana: Assim, a partir do momento que você mantém uma relação com um milico, você tem de estar ciente que a sua vida jamais será a mesma, se ele quis seguir essa carreira e você o apoiou, pode estar certa de que transferências se tornarão normais na sua vida. Ele ainda não foi transferido nenhuma vez, mas estou certa de que quando ele for irei acompanhá-lo (se for possível), é a nossa vida. Costumo até usar uma frase que vi no Orkut da Bruninha, sua entrevistada: “Se amar um Marinheiro, terei amado o mundo inteiro” (Clarice Lispector) Li: _ Você sabia que ele queria virar milico, como foi esse processo? Ana: Quando nós começamos namorar eu já sabia dessa idéia dele de prestar a prova, mas confesso que nunca levei a sério, achei que ele não fosse aprofundar esse pensamento. Quando fui cair na real já era fato, e eu teria que me acostumar. Claro que fiquei chateada em saber que teríamos de encarar essa tal distância, mas ao mesmo tempo fiquei ORGULHOSA em saber que ele havia conseguido, sabia que a partir daquele momento só poderia/deveria apoiá-lo, pois era o futuro dele que estava em jogo. Jamais passou por minha cabeça pedir para que ele desistisse, era uma decisão dele e como disse, o que estava em jogo era o futuro dele e quem sabe um dia o NOSSO, não caberia a mim dizer à ele o que deveria fazer. Foi difícil, mas ADOREI a idéia de que um dia serei Mulher de um Marinheiro, depois que se passa o sofrimento se torna muito bom. No começo foi estranho, não imaginava como seria no futuro, mas agora se encaixa perfeitamente. Não o imagino fazendo outra coisa que não seja nessa área. O meu sonho é vê-lo de farda, deve ser LINDO. Li: A distância fortalece a união ou desgasta? Ana: Olha no nosso caso, pelo menos por enquanto, só tem fortalecido sabe. Aprendi a confiar mais nele e a ser menos ciumenta, com essa distancia você aprende a dar mais valor no que tem! Li: Uma frase que resuma o amor de vocês? Ana: “ A distância entre nós não pode separar, o que sinto por você não vai passar” Li: _ Uma música tema que lembre vocês. Ana: Equalize – Pitty. Parece que foi encaixada no nosso namoro Li: _ Algum filme que você goste e que lembre vocês? Ana: Ai existem VÁRIOS, assistimos filmes todos os finais de semana, mas um que se encaixa perfeitamente entre nós dois: A FAMÍLIA DA NOIVA. Li: _ Que divertido! Esse filme é muito legal. Então, Aninha, qual o recadinho final que quer deixar para as meninas? Ana: Olha, às vezes eu me surpreendo muito comigo, jamais pensei que um dia passaria por isso, mas as vezes a vida nos prega peça para que possamos observar e dar mais valor aos que nos rodeiam.Tudo aconteceu muito rápido, nos conhecemos, ficamos, começamos namorar, e ele foi embora. Foi onde notei o valor dos pequenos instantes que passávamos juntos, cada minutinho ao lado dele, que hoje fazem MUITA falta, foi onde percebi o quão importante ele é na minha vida. Eu tenho certeza de que jamais terá outra fase em que eu aprenda tanto quanto agora, pode ser que ele nem perceba, mas tem me ajudado muito. Cada gesto dele, cada modo de agir, tem me servido de exemplo. O nosso namoro além de nos fazer bem tem nos feito crescer, tanto eu com ele como ele comigo! Hoje eu já não consigo imaginar minha vida sem ele, te amo muito meu amor. Eu sei que também estou só no começo dessa fase, mas já deu pra perceber que não será nada fácil. A única coisa que peço é que NÃO desistam, porque apesar das distâncias serem absurdas, o que prevalece é o AMOR, quando esse existe nada mais importa. Eu sei que tem hora que bate aquela insegurança e vontade de jogar tudo pro alto, terminar o namoro e tudo mais, por mais que essa não seja sua verdadeira vontade (confesso que já pensei nisso), mas vocês têm que perceber que isso estará sendo recompensado mais pra frente, e outra coisa, se quase TODAS as outras conseguiram, porque justo você não conseguirá? Eu jamais pensei que iria passar pelo o que estou passando e muito menos poderia imaginar que iria levar dessa maneira, ta sendo muito difícil sim, mas tenho que ter a ciência de que é para o bem dele e quem sabe um dia para o NOSSO. Nesse momento só tenho uma certeza: Eu o amo demais e não há nada que faça com que isso mude. Entrevista 33: Amor recíproco Oi, Tayná. Fico muito feliz que queira dividir sua história com a gente. Deixa eu te apresentar melhor para o pessoal. Gente, ela tem 19 anos e já é técnica em informática e estuda pedagogia na UERJ. Hei, você é aqui do RJ. Agora, a Tayná tem 1 ano e 1 mês de namoro. Mas, me explicou que de amizade já são 5 anos! Seu amor é um marinheiro. Ela disse que tinha um texto que escreveu sobre seu relacionamento. Então, vamos deixá-la ler: Tayná: _ Você acredita em destino? Entende as coincidências e as voltas que a vida dá? Eu venho tentando entender tudo isso, mas quanto mais eu tento, menos eu entendo. Quem sabe se aquele menino que está sentado agora do seu lado no ônibus, enquanto você olha para fora da janela, vá se tornar o grande amor da sua vida? Não há como saber. Ele pode simplesmente se levantar agora e você nunca mais o ver, mas você pode puxar algum assunto bobo com ele, mesmo que seja apenas para o tempo de viagem passar mais rápido, sem nenhum interesse. Depois você desce do ônibus e percebe que ele podia ter se tornado um amigo, se você tivesse se lembrado de, ao menos, perguntar o nome dele e pegar algum contato, mas isso não aconteceu e você se esquece dele, foi só mais um companheiro de viagem... ou não. Eu acho que é nesse ponto da história que entra o destino (ou a grande coincidência), com tanta gente estudando na sua escola e na dele também, com tantos espaços tendo exposições de trabalhos, vocês vão parar no mesmo lugar, no mesmo dia, mas já não se lembram um do outro. "Mais uma chance para vocês", diz o destino. E dessa vez vocês trocam contatos e tudo mais (aah, ele te deu um desenho e você assinou um crachá dele, assim como mais umas vinte pessoas ou mais). Com o tempo ele se torna "mais um" dos seus contatos de internet e alguém com quem você conversa quando vai visitar a escola dele, nada mais. Mais eis que ele começa a ter mais assuntos com você e vai se tornando seu amigo e, de repente, se lembra do dia do ônibus, você acaba lembrando também e pensa "cara, como não o reconheci antes?". A partir daí passam a ser cada vez mais amigos e ele vai se tornando parte indispensável na sua vida... indispensável demais, até... Ihhh! Você se apaixonou por ele! Droga! Mas ele vai embora pra outro estado daqui alguns meses! Você entra em desespero, fica com medo de falar pra ele o que sente. "E se nossa amizade ficar abalada?", "E se ele não gostar de mim?", "Ele vai embora e não vai nem se lembrar de mim lá!", "Tem tantas garotas bonitas lá...", "Acho que ele gosta da minha amiga!", a cada minuto que se passa mil questionamentos e dúvidas na sua cabeça. Você tenta fugir desse sentimento, mas ele é maior que você, não dá mais pra esconder... Mas falta pouco mais de um mês! O que você faz? Falar para ele só ia piorar as coisas, ele já tem tantas coisas para se preocupar por conta da viagem... Você conta tudo, ou quase, pro melhor amigo dele, que também é um dos seus melhores. Chega a festa de despedida dele (CARAMBA, ELE VAI EMBORA DAQUI A DOOOOOIS DIAS! ), você sente que ele também alimenta algum sentimento por você, mas agora é tarde demais... Você o leva para ir pegar o ônibus que o levará embora, é chegado o dia da partida. Ele finalmente te diz que te ama, mas será que é só como amigo? Ou é da forma que você espera que seja? (Ai Deus, por que justo quando ele está indo? Não podia ser antes?) Ele vai embora... E tudo que você consegue fazer nas semanas seguintes é chorar. Todo mundo já percebeu que é por causa dele, todo mundo já notou que você está apaixonada, então você resolve escrever pra ele e contar TUDO o que sente. E quando ele te responde qual é a surpresa? É recíproco! Mas vocês estão tão distantes que essa notícia só te deixa ainda mais apreensiva e desesperada... Você só quer poder estar com ele, abraçá-lo e dizer, ao vivo, tudo aquilo que escreveu na carta, mas tem a certeza de que não poderá vê-lo nem tão cedo. Mas, apenas algumas semanas depois de ir, ele vem pra casa, passar uns dias... É carnaval e vocês vão pra casa de algum amigo, talvez aquele pra quem você contou o que sentia. E, ao lado daquele menino do ônibus, você passa os melhores momentos da sua vida e percebe que ao lado dele qualquer lugar, qualquer dia, é perfeito. Com ele você se sente segura, feliz, completa. Mas o tempo dele acaba e ele precisa voltar pra lá, mas volta com a promessa de que você irá esperá-lo e você fica com a promessa de que ele logo voltará. Esse texto que divido com vocês escrevi em março/2008, quando só havia 2 meses que ele tinha ido para Santa Catarina, para a Escola de Aprendizes de Marinheiro. Hoje, quase um ano depois, ele já está de volta. Li: _ Distância é f... ops! RS. É difícil, né? Ta: Passar por essa experiência de distância foi realmente muito difícil. Cresci muito com isso, amadureci uns 5 anos em apenas 1. Eu era uma pessoa descrente do amor, achava que não fosse um sentimento possível. Não acreditava que pudéssemos amar acima de toda e qualquer situação, mas aprendi que isso é possível. Conheci o que podemos verdadeiramente chamar de amar. Li: _ Sexta agora fui a um encontro de namoradas aqui no RJ amigas. Tão divertido, tiramos fotos. Elas me ajudaram muito. E seus amigos, dão força? Ta: _ Sim! Meus amigos, especialmente dois deles, sempre estiveram comigo, me deram força. Tinham as meninas também, um grupo de garotas que se juntaram em uma comunidade, todas com namorados na mesma escola, nos ajudávamos muito, afinal, todas estávamos no mesmo barco. Um dos meus amigos, que agora está na mesma escola onde meu namorado estava ano passado, foi meu porto seguro o ano todo, sem ele eu não sei como teria passado por tudo isso. Teve um episódio, na despedida do recesso do meio do ano em que fomo, eu e esse meu amigo, levar meu militar até o ponto de partida de onde os ônibus sairiam para levá-los de volta à escola. Esse, para mim foi a pior das despedidas, o ver entrando no ônibus, olhando-o na janela, com a certeza de que só o veria novamente quatro meses depois. De cortar o coração. Mas fui forte, não chorei enquanto o ônibus não saiu. Mas foi só eles saírem que eu desabei, meu amigo ali, comigo. Nunca vou esquecer desse momento. Li: _ Seus pais apóiam? Ta: _Minha mãe nos achava loucos, mas sempre me ajudou quando eu estava pra baixo, triste. A minha sogra também, sempre procurou saber dos dois, como estávamos e nos apoiou bastante. Li: _ Ah, sim, não tem que não nos ache um pouco loucas. Vocês se vêem sempre? Ta: _ Já passamos dez meses nos vendo em espaço de tempo bem longos. Nas primeiras semanas tudo que eu fazia era chorar, fiquei com o rosto vermelho e inchado durante muito tempo e olha que nessa época ainda nem tínhamos começado a namorar. Não comia, não saía, só chorava. Quando conseguia parar um pouco, ninguém podia tocar no nome dele que começava tudo de novo. Quatro longos meses. Li: _ E vocês se conhecem há muito tempo. Mesmo assim, rola um ciuminho? Ta: Quando amamos sempre temos um pouco de ciúmes, não é? Então! Mas assim, eu nunca liguei muito para o que diziam não, até porque eu o conheço há muito tempo, confio muito nele. E ele também nunca me deu nenhum motivo para desconfiar. Li: _ Que bom que, pelo que nos conta, você o apóia. Eu sempre o apoiei, apesar da dor e das saudades. Acho a Marinha encantadora, eu mesma pretendo prestar concurso para a mesma quando terminar minha faculdade. É uma carreira linda e honrosa. Como eu sempre disse pra ele: Nem o tempo, nem a distância são capazes de nos separar. Li: _ Uma música: Ta: _Vida Cigana, do Raça Negra. Ele cantou essa música pra mim um dia antes de viajar pra Floripa. Quem não conhece, vale a pena dar uma olhada na letra. Ta: _ Li, o que posso dizer para as meninas é que vocês que estão passando por um momento de dificuldade e distância agora, força, muita força. Saibam que mais rápido que vocês pensam tudo isso vai acabar e logo vocês estarão novamente ao lado de seus milicos. Eu passei por tudo isso e sei o quanto é difícil, muitos são os que desistem no caminho, mas acreditem em vocês, no amor que um tem pelo outro e tudo dará certo. Acreditem, esse é um momento que fará o relacionamento de vocês se fortalecer e os unirá ainda mais. Então, saibam ver o lado bom disso tudo! Li: _ Lindas, Lindas suas palavras. Só tenho a te desejar toda a felicidade do mundo e sabedoria para enfrentar tudo que não pude. Entrevista 34: "Não há nada melhor do que amar você. É como poder sonhar e nunca acordar." Oi, queridas leitoras. Gosto desse livro pela sensação de que ele é infinito, contínuo, como um rio que flui. Sempre haverá um casal por aí se apaixonando e nos mandando sua história. A de hoje é da Jéssica, que está no primeiro período de administração, tem 17 anos e mora no Rio. Agora, a Jéssi está noiva de um soldado páraquedista que está se preparando para ser cabo. Eles se conhecem há 1 ano e 7 meses. Li: _ Oi Jéssi. Somos duas “Maria Rosa”. Para quem não sabe, Maria Rosa faz parte de uma canção dos PQD. Como você, também sei o que é amar um “menino” que gosta de voar. O que é louco porque eu tenho pavor de altura. Viva as diferenças. Jéssi: Eu acho uma carreira muito perigosa, tenho medo sei lá de algo acontecer com ele. Eu acho carreira de maluco, rsrs eu não teria coragem de saltar de um avião de pára-quedas. Não digo que eu preferia que ele estivesse em outra carreira, só queria que tivesse mais tempo livre. Ele sempre me diz uma frase que eu acho muito engraçada. “Pará-quedista não gosta de avião tanto é, que sempre que entra em um, tem que saltar dele.” Rsrsrs Li: _ Boa! rs. Então, como conheceu seu amor pqd? Jéssi: _ Bom, eu já o conhecia de vista, pois ele mora perto da minha casa e freqüenta a mesma pracinha que eu, mas nunca tínhamos conversado. Começamos a nos conhecer melhor pelo MSN e Orkut, ai conversa vai, conversa vem no MSN, ele me convida para ir nessa pracinha só para conversarmos pessoalmente, e pronto, amor a primeira vista. Eu estava com medo de sofrer novamente, pois meus ex só me fizeram sofrer, mas ele me disse que era diferente de todos e é mesmo. Ele me provou tanto isso que vamos até nos casar agora em julho. O primeiro beijo foi igual de novela: quando eu estava indo embora, ele pegou no meu braço e me beijou. Nossa, ai que eu me apaixonei mesmo srssrs, daí começamos a namorar e com 9 meses de namoro noivamos, foi tudo lindo ele se ajoelhou e pediu e eu é claro aceitei na hora né. Amo muito meu noivo ele é o melhor presente que Deus me deu. Li: _ Deve ter parecido coisa de novela. Fiquei imaginando. O amor nos fazer dar mais valor a cada dia. Jéssi: _ O amor me ensinou a dar mais valor as coisas que estão do meu lado, com ele eu amadureci. Na época que eu o conheci, eu era muito bobinha, com ele eu aprendi a amar, a respeitar e a criar responsabilidade, hoje eu sou mas mulher de corpo e alma, aprendi a ver maldade nas coisas. Li: _ São tantas as coisas que enfrentamos, que lutamos, que temos que provar que crescemos. Isso do lado deles também. Jéssi: _ Ele é um homem mais maduro sabe? Quando o conheci, ele era muito moleque até nas atitudes dele. Ensinei a dar valor as coisas que ele tem, a amar mais o próximo e ser menos ignorante. Ensinei o que é amar de verdade, que existe sim mulher fiel que dá valor a homens porque antes ele não acreditava nisso. Amar um militar me ensinou a confiar mais nele e não acreditar nas coisas que os outros falam, que a distância e a saudade não matam um amor verdadeiro e sim fortalecem ele e o faz crescer. Lembro na primeira semana que fiquei longe dele, minha amiga me ajudou muito. Pois eu só sabia chorar, tudo fazia lembrar dele. Eu não sabia se ele estava bem. Isso que me piorava. Eu não tinha vontade de fazer nada, não dormia direito, não comia direito, só chorava. Hoje tive que me acostumar com as ausências, às vezes. Quando ele chegou machucado do quartel uma vez porque tinha sofrido um acidente no salto, nossa foi muito difícil vê-lo ali todo machucado. Nas datas especiais que está longe também não é mole. Teve um aniversario meu que ele estava de serviço e cantou parabéns pra mim pelo celular, foi muito difícil pra mim eu só sabia chorar num dia que era somente pra eu sorrir. Li: _ Mas, é um pouco de lágrimas de felicidades por saber que alguém longe está querendo fazer uma homenagem. Já passei muito por isso também. No período da Academia, raras eram as vezes que conseguia estar com ele em uma data especial. O normal era não estar. Então, a gente tinha que usar a criatividade por telefone, cartas, computador... As famílias acabam vendo isso e querendo que terminemos. Acham que não vale a pena. Mas, hoje, agora ao meu lado, digo, valeu cada telefonema no orelhão de baixo de um pé d’água. Jéssica: _ A minha mãe é a que mais apóia, ela fica contra mim e a favor dele, mesmo quando estou certa, trata ele com um filho. Por parte da minha família todos amam ele, agora a família dele não dá palpite em nada, eles não dizem nem que sim, nem que não, mas as vezes sinto que eles não gostam de mim. A distância entre nós é muito difícil, estávamos acostumados a nos ver todos os dias. Depois que ele entrou pro quartel, tudo mudou. Foi muito difícil no começo, mas agora acabei que tive que me acostumar. Já fiquei doente por causa da ausência dele. Já fiquei 2 semanas sem vê-lo, nem falar no celular podia. Li: _ Rola ciúme? Jéssi: _ Pergunta complicada essa em rsrs, Bom já fui bem mais ciumenta, mas ainda me considero muito ciumenta. Quem ama sente ciúme né. Às vezes sim, tem meninas que não podem ver uma farda. Não respeitam os namorados dos outros e isso que me mata. Eu falo pra ele: “eu confio em você, não, nelas”. Mas, eu sempre o apoio em tudo, e ele o mesmo comigo. Quando me disse que queria servir o quartel, falei “tudo bem eu te apoio em tudo”, mas eu nem sabia como era essa vida de mulher de militar. Mas, confesso que quando tudo começou, ai que eu fui ver como era e, às vezes, me arrependia de tudo, mas é o sonho dele é o que ele gosta de fazer. Eu como noiva dele só tenho que apoiar. Eu sofria muito junto com ele quando chegava machucado quando ia ficar longe. Ele pegava serviço praticamente todos os dias, agora que diminui bastante. Mais sempre o apoiei em tudo. Se o amor é verdadeiro a distância fortalece, mas, se não é, desgasta. Li: _ O que pode dizer pra resumir o amor que vivenciam? Jéssi: _ Deus uniu as nossas vidas de uma vez e não há nada melhor do que amar você. Eu nunca vou te perder, foi Deus quem me deu você. É como poder sonhar e nunca acordar. Li: _ Uma música tema que lembre vocês. Jéssi: _ Há são tantas, mas vou citar duas que são Renato russo- hoje a noite não tem luar, Simony- Resumo da felicidade. (Ele canta essa musica todas as vezes que esta longe de mim por telefone e ela conforta meu coraçãozinho.) A letra é essa: Eu agradeço a Deus por existir você por fazer nascer o amor eu não sei de mim o que seria sem a sua voz porque há entre nós você que é meu sonho de amor e verdade você é o resumo da felicidade você que dá asas a minha loucura e me faz viajar em candura eu só quero amar você que é meu sonho de amor e verdade você é o resumo da felicidade você que dá asas a minha loucura e me faz viajar em candura eu só quero amar você a nossa vida nunca vai ser singular sempre vou chamar você quando precisar de um ombro amigo vamos conversar quero abraçar você que é meu sonho de amor e verdade você é o resumo da felicidade você que dá asas a minha loucura e me faz viajar em candura eu só quero amar você. Li: _ Que singelo. O que queria poder dizer para as meninas que nos lêem? Bom Li, quero dizer a todas as meninas que nunca desistam do amor, que namorar um militar não é fácil, no começo tudo é difícil, mas logo vem a recompensa, que os milicos precisam de nós, meu noivo sempre diz pra mim como é bom saber que sempre que eu voltar do quartel você vai esta aqui de braços abertos me esperando. Ele me diz amor eu posso demorar o tempo que for, mas eu sempre vou voltar e volto pra você, que sempre que eu chegar machucado, precisando de um colo carinhoso e quentinho precisando que alguém pra conversar você vai estar aqui pra me dá um colo e cuidando de mim, então meninas levem isso como exemplo como se fosse seus milicos falando. Sei que às vezes dá vontade de desistir de tudo por mil motivos, mas o amor verdadeiro supera tudo, a saudade só faz aumentar o amor que sentimos e que não importa quantas pedras forem jogadas no nosso caminho, nos temos que guardar todas elas para que um dia possamos construir nosso castelo. Meninas forças e saiba que mesmo quando ele estiver longe não importa o tempo que for demorar ele vai voltar e vocês terão que esta de braços abertos para recebê-los. Há queria dizer que amo muito meu noivo e que Ele é tudo na minha vida. Entrevista 35: Quem fala com a gente é a Maria, estudante de Direito, 21 anos de MG. Você me disse que namora há 7 meses seu milico. Deixa eu contar para as meninas: -gente, ele é aspirante da Marinha e está cursando a Escola Naval, aqui no Rio de Janeiro. Li: _ Como o mar da vida trouxe ele pra você? Puro acaso nos conhecermos. Uma amiga minha vinha a duas semanas me falando sobre uns rapazes do Rio de Janeiro que ela conhecia e que eram meio isolados da galera lá e tal porque eram militares e não tinham tempo pra nada, que era uma vida de muito estudo e tal’s ( rs) e falando que queria que eu os adicionasse no MSN e que quando eu fosse ao Rio de Janeiro era pra eu tentar entrar em contato com eles para que pudéssemos nos conhecer. Eu sempre escapulia, despistava dizia que iria adicioná-los ao MSN e saia sem, sequer, pegar o MSN deles com a minha amiga (porque, na verdade, eu tinha terminado um namoro conturbado há pouco mais de 10 meses, justamente com um cara que embora não fosse, na época, ainda militar já tinha o militarismo na veia e era extremamente estúpido, grosso e insensível a tudo e a todos). Eu não queria era nem saber de amizade com militar (porque o comportamento daquele ser com quem mantive um relacionamento por meses, me fazia relacionar militarismo à grosseria, má educação, insensibilidade). No dia 11 de Setembro (Sexta-Feira), porém, eu estava na faculdade e entrei no MSN, acabei comentando com minha amiga que eu estaria no Rio no dia seguinte e que iria pra Copacabana, quando teclei o enter e enviei a conversa me toquei que eu não devia ter escrito aquilo, e realmente não devia (é o que eu pensava) na hora ela se lembrou dos meninos que eu nunca adicionava no MSN... Naquele dia não teve jeito, a minha amiga disse que estava percebendo que eu me esquivava de adicionar os meninos e que um deles estava on line e que eu tinha que adicioná-lo... Naquele dia eu não tive outra saída, adicionei o rapaz (só o que estava on line, é claro, mesmo assim porque eu imaginava que ele ia esperar eu adicioná-lo e caso isso não ocorresse ele contaria a ela). O adicionei. O tal rapaz demorou tanto a aceitar o meu convite, eu estava até aliviada (rs), pensava comigo mesma, isso é Deus quem está me livrando de aproximação com um milico. Cheguei até a falar com ela que eu tinha mandado o convite mais que ele não tinha me aceitado (e realmente eu já tinha enviado o convite), disse a ela que precisava ir embora pra sala de aula, mas ela pediu um tempinho e falou com ele isso e em resposta ele disse que não tinha chegado o convite e tal’s... Bom, só sei que de repente olho lá e o convite tinha sido aceito e o cara tava on. Eu precisava dar um oi (rápido e seco) e ir pra sala, primeiro por que eu estava perdendo aula, segundo por que eu não tava nem um pouco afim de teclar com aquele milico, que eu até então não conhecia e nem estava fim de conhecer (rs). Foi o que fiz, dei um oi, disse “bem vindo ao meu MSN” e preciso ir pra sala de aula, em resposta ao meu oi seco e ao “bem vindo ao meu MSN” cínico, recebi um oi tão caloroso e um obrigado tão sincero que tive vergonha de mim mesma, até esqueci que tinha dito que precisava ir pra sala e fiquei conversando com o moço uns 10 minutinhos ainda, pelo que ele me passou o link do Orkut eu abri, enviei o convite, olhei uma foto que era capa de algum álbum (nem cheguei a abrir o álbum) e de cara já pensei que com aquele cabelo baixinho, aquelas duas entradas no cabelo (totalmente marra de militar) ele não era muito diferente do cara com quem eu me relacionei, pensava eu que aquele certamente era mais um ser egoísta que trocou sentimentos como amor, sensibilidade, carinho por um sentimento que cultivaria pelo resto de sua vida chamado militarismo. Tinha que me despedir, não queria mesmo conversar com ele que apesar de sua simpatia não inspirava em mim a amizade tal qual um civil. Despedi-me dizendo à ele que no dia seguinte eu estaria no Rio de Janeiro, mais precisamente em Copacabana, participaria de um evento lá e tal’s, ele se interessou perguntou onde seria eu informei a ele direitinho horário e local, disse que caso pudesse era pra ele aparecer por lá e tal’s (imaginando que ele não iria porque ele mesmo tinha me dito que estava na correria com estudos, semana de prova e etc... aliás, foi só por isso que convidei, assim eu sairia como a “Miss Simpatia” que convidou-o e ele como o ingrato que não aceitou [rs]). No outro dia chego à Copacabana, quando sento e olho pro banco de frente a mim, quem estava lá?! O cara de fato, o tal milico tinha ido. Olhei pra ele por uns segundos e ele também estava me olhando, em seguida baixei a cabeça pra pensar (e pensava mais ou menos assim: pra que você foi convidar ele?! o cara agora está te olhando com cara de quem diz: oi amiga!). Não tinha jeito, quando terminasse a reunião ele iria me procurar pra conversar, se apresentar pessoalmente e eu não poderia evitar isso, ia ter que conhecê-lo, ser simpática e tudo mais... Bom e assim foi, ao término da reunião eu estava do lado de fora do estabelecimento e quando vi ele vindo no corredor tive a idéia de ser “Miss Simpatia” de novo e antes mesmo que ele falasse qualquer coisa, quando o vi vindo na minha direção já abri um largo sorriso o chamei pelo nome e me apresentei pessoalmente, o pior é que ele estava acompanhado de dois amigos (e eram os outros amigos milicos que minha amiga queria que eu adicionasse no MSN e eu não tinha adicionado) e eu tive que ser “Miss Simpatia” ao cubo. Na verdade um dos amigos não parava quieto (vou chamá-lo de “R”; este era bem comunicativo, estavam presentes no evento muitos amigos dele) e o outro que ficou o tempo todo ao nosso lado de boca fechada ( vou chamá-lo de “N”; era muito tímido, às vezes dava um sorriso, nada além disso). Já ele não, o “T” (que é o milico que eu adicionei no MSN e convidei pro evento), também era tímido, mas estava empolgado, conversava bem, sabia ser simpático e apesar da timidez quando o assunto acabava ele sabia fazer surgir outro. Naquele momento eu me dei conta de que ele poderia ser um bom amigo (apesar de ser militar), ao menos até ali ele não parecia nada com o meu ex, apesar do militarismo aparente (digo, a paixão pelas forças armadas) era um cara legal. Fomos pra uma recepção em Praia Vermelha (na Urca), eu o convidei pra ir e ele foi, juntamente com o “N” pra lá... Conversamos melhor lá (e eu estava mesmo gostando de conversar com ele), brincamos, nos divertimos, rimos bastante... teve um momento que marcou (rs), eu o chamei para tirar os sapatos e irmos molhar os pés na água do mar, ele nunca tinha feito isso, nunca tinha molhado os pés no mar à noite (era tímido demais pra isso), ai virou uma questão de honra para mim convencê-lo à fazer aquilo, ele bem que tentou se esquivar, mas eu fui persistente e o convenci. Foi maravilhoso aquilo nós dois caminhando à beira mar com a onda molhando nossos pés (detalhe: em certo momento a onda veio gigantesca e saiu arrastando o tênis dele que tava na areia e adivinha quem foi que correu atrás da onda e recuperou o tênis? Euzinha: de “Miss Simpatia” à “Super Girl” *to morrendo de rir aqui, lembrando a cena*... Depois dessa minha atitude heróica e de muitos risos , ficamos lá na areia da praia conversando, mas em determinado momento o amigo dele o “N” chamou-o, eles precisavam ir (iam pegar metrô até a Escola Naval e a estação do metrô fechava às 23hrs). Eu conversei com eles disse que eles podiam ficar ali na Urca por aquela noite, hospedados no mesmo local em que eu e meus companheiros de viagem, o “T” se interessou, o “N” disse que não poderia por que estava de serviço no dia seguinte às 6 da manhã, mas apoiou o “T” a ficar e ele realmente ficou. No outro dia (domingo, dia 14/04) o dia seria de passeio total e assim fizemos, logo pela manhã todos saímos à passeio, fomos pra Copacabana, chagando lá cada um caçou sua turma e quando dei por mim, só estávamos eu e o “T” ali, de frente pro mar, conversando a horas, eu estava hipnotizada com tudo que ele dizia, era muita coisa e era tudo muito interessante, falava da sua vida, do seu passado, do presente e do futuro que vislumbra, falava de seus anseios amorosos e profissionais, de suas duvidas, do fato de ser muito só, ter poucos amigos, enfim... ele me contou tudo sobre ele... eu também falei sobre mim, mas eu estava mesmo era mais interessada em ouvi-lo do que em falar de mim. Eu sabia que algo estava acontecendo em mim, que alguma coisa ali tinha feito algo em mim mudar, só não sabia (ou não queria aceitar) quem/ o que era. Aquele domingo foi maravilhoso, não sai do lado dele um minuto... o assunto fluía naturalmente, eu estava atenta a tudo que ele dizia e ele também demonstrava atenção a tudo que era dito por mim, foi incrível. Como tudo o que é bom dura pouco, chegou a hora de me despedir daquele milico (tão diferente do conceito formado que eu tinha sobre militar) e retornar à minha cidade. Era estranho reconhecer, mas eu estava triste porque eu estava vindo embora e ele estava ficando por lá. Estendi minhas mãos para cumprimentá-lo e ele assim o fez também. Olhamos-nos e naquele momento, não consegui resistir e o pedi permissão para um abraço, ele sorriu e disse que tinha pensado em me pedir o mesmo mais a timidez o havia impedido, sorrimos e nos abraçamos, após isso entrei na van e vim embora. No caminho aquele sorriso tímido, aquela fala mansa, aquele sotaque ½ paulista ½ carioca, aquele rostinho de Nenê não saia da minha cabeça (e confesso que eu contava até as faixas amarelas no centro da estrada pra parar de pensar nele, até mesmo porque eu não queria permitir que rapaz algum despertasse interesse em mim, muito menos um milico). Cheguei em casa acabada da viagem, estava cansada (e continuava a pensar nele). Fui dormir e adivinhem?! Sonhei com ele!!! Acordei, lembrei que o celular estava sem bateria e coloquei-o pra carregar, quando ligo adivinhem novamente?! Mensagem dele. Quando comecei a ler faltou pouco gritar de alegria (afinal ele tinha lembrado de mim e mandado uma mensagem, que na verdade de tão grande, mais parecia um testamento, o melhor que já li [rs]). Naquele dia eu devo ter lido aquela mensagem mil vezes, eu estava tão feliz que não me concentrei, passei a aula toda lendo e relendo a mensagem no celular (meu professor de direito empresarial ameaçou tomar o celular pra eu prestar atenção à aula por ele ministrada [rs]). A partir daquele dia, começamos a manter contato por MSN e não tinha mais o que se fazer eu estava mesmo sentindo algo por ele e ele por mim, em uma de nossas conversas eu ainda cheguei a dizer: olha, não sei bem o que está acontecendo mais você mexeu comigo, foi “algo” a primeira vista (eu não queria usar a palavra amor, sempre guardei essa palavra e a frase eu te amo debaixo de 7 chaves). Ele sorriu e disse que eu estava tirando as palavras da boca dele. Que realmente foi “algo” a primeira vista. Falamos-nos durante pouco mais de um mês apenas por MSN, nos conhecemos melhor (os gostos, estilo de vida, enfim essas coisinhas básicas para se iniciar, ou não, um namoro) e no dia 25 de Outubro ele estava aqui na minha cidade. Passeamos, rolou o primeiro beijo e de lá pra cá já se foram 6 meses de muita alegria e amor. O pedido de namoro oficial foi no dia 31 de Dezembro, a poucos minutos da virada, quando ele pediu o meu pai minha mão em namoro. Li: _ Calma aí. Pára tudo. Deixa eu me recobrar as forças. Caramba, fui arrebatada para as cenas. Gente, você conseguiu descrever direitinho. Pera, pera que eu vou me lembrar da próxima pergunta. ÃÃÃnhhh. Ah! Sim: “O que aprendeu nesse tempo de namoro?” Durante esses 6 meses de namoro temos aprendido muito um com o outro. Dentre tantas aprendizagens uma se destaca. Ao lado do meu amor, aprendi que a distancia que separa nossos beijos, nossos abraços é a mesma que aproxima nosso sentimento e faz com que o amor que há entre nós cresça mais e mais. A distância pode separar dois corpos, mas nunca dois corações que se amam. Um segundo ponto a ser lembrado é o fato de que, com ele descobri que o conceito formado que tinha de militar como um homem insensível, grosso, mau educado, turrão e etc. não é necessariamente empregado a todos os milicos. O fato de ser militar não deve ser interligado ao fato de o cara ter uma personalidade áspera e turra. Li: _ E, ele? O ciclo de amizade dele aumentou, aqueles que eu dizia serem meus amigos, agora são NOSSOS AMIGOS. Li: _ O quer amar te ensina? Me ensinando que amor não é aquilo que a gente idealiza quando é ainda menininha, o príncipe encantado não é aquele cara louro, olhos azuis, montado num cavalo branco... que uma história de amor vai além do “... e viveram felizes para sempre...”. Esse sentimento de “amor militar” modificou tudo em mim, amadureci muito. Troquei o mundo dos sonhos pelo mundo dos fatos e (o melhor de tudo) descobri que a realidade, embora muitas das vezes difícil é de sabor mais apreciável que a envolvente ficção. Li: _ As pessoas a sua volta te dão força? Tenho um amigo (que sinto mais a vontade em chamar de irmão) que me apóia muito. Ele é aquele amigo que você escolheu pra dividir tudo, as tristezas, as alegrias, enfim... é com o apoio dele que conto sempre... Quando a saudade está sufocando, o coração ta pequenininho no peito de saudade é ele que houve minhas lamúrias, me apoia e me incentiva. Aliás quero manifestar meu eterno agradecimento à este meu amigo RAFAEL. Li: _ Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? A saudade por quase 2 meses sem o ver. Tinha horas que a vontade era de chorar, chorar, gritar... Literalmente, eu senti o quanto a saudade dói. A gente sempre fala isso, e eu descobri que dói mesmo, que essa frase (saudade dói) é mais real do que imaginamos quando vulgarmente a falamos. Li:_ Você teve apoio da sua família e da dele? Minha família é uma benção, minhas irmãs, meus pais todos me apóia muito. Sabem do amor que sentimos um pelo outro e torcem por nós, por nosso bem, enfim, por nossa felicidade. A família dele da mesma forma, dão-nos total apoio. Li: _ Ele aqui no Rio e você em Minas. Como administra isso? A distância é um fator constante. Eu moro em Minas Gerais (Juiz de Fora), ele no Rio de Janeiro. É difícil vivermos longe de quem amamos. Bate uma tristeza saber que não estou ao alcance dos seus beijos, do seu abraço, da sua voz, do seu perfume... O maior tempo que ficamos sem nos ver foi 1mês e 22 dias... A vontade que tinha era de dormir até o dia em que ele voltasse. Não tinha fome, não tinha animo pra estudar, pra sair, pra me arrumar, pra nada... a única coisa que queria era chorar, chorar, chorar e chorar. Li: _ Bate um ciuminho? Não. Tenho ciúmes, na verdade prefiro tratar como cuidado esse sentimento na proporção em que o sinto. Confio muito nele e sei que a recíproca é verdadeira. Não me importo com o que dizem os outros sobre dificuldades de confiança em namoros à distancia... As pessoas são diferentes, as situações são diferentes, ou seja, não há uma exigência de que havendo o namoro à distancia haja, também, a desconfiança. Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? (Sempre pergunto isso e cada vez ouço uma resposta diferente e coerente, por isso que não desisto em perguntar). Sem sombras de dúvidas fortalece. O que sei é que se o amor que há entre nós não fosse ao tremendo quanto é não suportaria a saudade... mais a mesma distancia que nos entristeceu, e ainda entristece, por tantas vezes, fortaleceu, e fortalecerá, nosso amor, até o dia em que pudermos viver juntinhos para sempre! Li: _ Pareceu quando nos contou que estava evitando a todo custo conhecê-lo. E agora, o que acha da carreira do seu amor? Afinal, ela interfere e muito no seu relacionamento. Por ser o que ele ama, acho a carreira militar PERFEITA. Quero que ela seja feliz, no que faz e faça com amor. Não posso ser egoísta ao ponto de dizer que preferia que ele tivesse outra carreira. Ele é um militar por vocação. Ama o que faz e faz por que gosta. Li: _ Uma frase que resuma o amor de “Hoje te amo mais que ontem e bem menos que amanhã” vocês? Li: _ Uma música With you (Cris Brown) vocês. tema que lembre Li: _ Para fechar e já te digo que amei a entrevista, qual seu recadinho? Às amigas do Blog, apenas digo que não há barreira que o amor não consiga transpor. O amor é paciente, é benigno, Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta! Que Deus as abençoe em seus relacionamentos, lhes dê luz e sabedoria. Lembrem-se sempre: “A mulher sábia edifica tua casa”. Li: _ Verdade! Beijos pra você! Entrevista 36: Nosso namoro parece filme americano. Dessa vez, quem vai sentar aqui e contar tudo é a Tita, que mora no Rio e namora um marinheiro. Tita, como se encontraram? Tita: Costumo dizer que o inicio do nosso namoro é o típico namoro de filme americano. Quando terminei o primeiro grau meus pais resolveram me matricular em uma colégio particular , em meu primeiro dia de aula estava com algumas amigas e elas me mostraram um grupo de rapazes no outro lado da quadra da escola , eles cursavam o terceiro ano , naquele meio havia um rapaz moreno muito sorridente , foi só nele que reparei. Comentei com minha amigas que ele era bonito e tals e ainda disse a elas que nem tinha chances. Porém não me fixei muito no rapaz por estar em relacionamento já desgastado, mais ainda me seguia no fixo de não me atrair, porém ele sim me atraiu , mexeu comigo de algum modo. Meu amigo de escola vendo o fim do meu antigo relacionamento me disse que tinha uma amigo que parecia muito com ele , tínhamos tudo haver como dizia ele. Certo dia meu amigo no MSN me pergunta se eu queria conhecer o tal garoto, porém eu com curiosidade comecei a fazer perguntas de como era o tal menino de quem ele tanto falava. Quando meu amigo começou a descrevê-lo para minha surpresa o tal amigo do meu amigo era o meu amor , o menino do sorriso mais lindo que eu já tinha visto. Nesse meio tempo meu amigo deu meu MSN para ele. Lembro-me de que quando apareceu em meu computador o alerta de nova amizade ele minha mão começou a suar , fiquei muito nervosa. Porém boba nem nada logo me certifiquei de ir conversar com ele, começamos a falar do que gostávamos e não gostávamos, nos identificamos muito. Ele todo saidinho ficava dando em cima de mim, porém ele era o menino mais famoso do meu colégio e logo surgiram boatos e fofoquinhas de pessoas falando que ele era isso e aquilo. No inicio confesso que fiquei com medo de engatar em um relacionamento , mais como amigo ele era tão fofo. Cada dia mais eu esperava pelo primeiro beijo. Até que ele em um fim de semana perguntou se podia ir na minha casa me vê. Quando chegou na minha casa , apresentei ele aos meu pais e logo depois fomos dar uma volta , lembro como se fosse hoje quando ele perguntou se eu queria um presente e quando eu disse que sim , ele me pegou em seus braços me beijando no meio da rua. Todo mundo olhando , RS. Quando estávamos voltando do passeio ele perguntou se podia vir todos os dias na minha casa e se eu queria ficar com ele , eu disse que sim . Ele pediu aos meu pais e estamos namorando até hoje! São 2 anos e 6 meses de muita felicidade! Li: _Muito tempo. Deu pra aprender bastante coisa? Tita: Aprendi primeiramente que o amor não precisa de contato físico pra ser alimentado, alimentamos o amor com palavras , gestos, e acima de tudo fazendo tudo verdadeiro e da melhor forma. Modifiquei principalmente meu preconceito com o namoro a distância. Porque hoje vivo com o meu amor a melhor fase do nosso relacionamento mesmo ele estando a milhares de quilômetros de distância e quando o amor é verdadeiro supera até o impossível. Li: _Como diz aquela música que amo: “Você, que modificou a minha vida...” Tita: Ele modificou principalmente, a maneira de ver como é o amor, aprendeu que o amor existe e que mesmo com a distância quando amamos somos um só. Dando sempre força nas horas difíceis. Hoje, aprendi a dar valor principalmente aos nossos momentos juntos, que em um relacionamento temos que saber dividir, ultrapassar, aconselhar, esperar , acima de tudo ajudar e que o amor se constrói com um companheirismo. Li: _Você tem apoio dos amigos? Tita: Sabe não possuo muitas amigas , mais lembro-me que quando tudo começo minha “ melhor amiga” que hoje não a vejo mais assim me crucificou com todas as forças possíveis. A primeira coisa que ela me disse foi assim – vai dar certo ? Lembro-me também de um querido professo que sempre que me vê pergunta o tamanho que meu chifre cresceu. Mais da mesma forma que muitas pessoas me deixaram pra baixo houve pessoas que me levantaram. Meus pais foram os melhores que alguém poderia ter, sempre me apoiando, afagando minha lágrimas. Lembro -me da segunda despedida que tivemos depois de um carnaval maravilhoso ele teve que ir embora para completar o curso quando ele foi entrar no ônibus e largou minha mão eu desabei e a primeira coisa que senti em mim foram as mãos de minha cunhada e minha sogra afagando minhas costas, minha cunhada me abraçava e dizia – eu to aqui! Aquilo foi o que mais me deu força. Eu participo de uma comunidade que reúne as namoradas de Marinheiros ditas “BOYZINHAS” lá encontro muita ajuda. Li: _Qual o momento mais difícil que passou? Tita: No meio deste ano de 2010, fui a Santa Catarina na primeira formatura dele. Passamos 5 dias incríveis , mais no dia que eu viria embora ele estava de serviço, e de tanto perturbar o sargento o liberou para ele ir me deixar no aeroporto, mais isso era umas cinco e pouca da tarde e eu vôo era previsto pras oito e vinte da noite. Chegamos ao aeroporto e ele teria que me deixar lá sozinha para voltar ao quartel. Eu queria dizer a ele o quanto eu fui feliz naqueles dias e o quanto não queria vir embora , não consegui as lágrimas me calaram. Nisso ele teve que dizer adeus, foi para o ponto de ônibus , fiquei uns 10 minutos olhando o aeroporto e chorando muito. Até que não consegui e voltei fui correndo atrás dele no ponto de ônibus quando cheguei lá ele não acreditou , eu correndo com a mala pesada, mais lá vinha o ônibus dele , ele tinha que partir. Me deixar ali, ele me deu um beijo na testa e disse para que eu o esperasse que ia passar logo e ele estaria comigo de novo. Fui o vôo todo chorando dali a 3 dias era meu aniversário, e depois disso faltaria só um mês para vê-lo de novo. No dia de meu aniversário ele me liga para me dar os parabéns e me diz que infelizmente tinham mudado a data do recesso e que ficariam mais uma semana na escola e talvez o recesso fosse mudado de novo. Essa semana foi a pior semana pra mim! Li: _Você teve apoio da sua família e da dele? Tita: Todos graças a deus me apóiam , minha mãe e sogra são minhas pilastras, se não fossem elas não sei o que seria de mim , hoje devido ao trabalho ando meio ausente da casa da minha sogra , mais quando vou na casa dela , ela faz de tudo pra me deixar alegre. Minha família é e foram os melhores em todos os momentos difíceis. Li: _ Com você lida com essa distância? Tita: No começo lidar com a distância foi muito complicado , a insegurança todos os momentos , saudade que maltratou muito. Já fiquei muito deprimida por causa disso, no começo não podíamos nos falar todos os dias por incompatibilidade de operadoras de celular 4 minutos era quase dez reais então complicava muito e eu ficava muito mal com isso, tive febre. O Maximo que fiquei foram 2 meses , mais agora serão 4 meses longe , isso que ta me matando. :S Li: _ Você é muito ciumenta? Tita: Não, acho que ele tem que ter uma vida social , assim como eu tenho a minha aqui, claro sempre me respeitando. Não ligo nem um pouco, para mim o que importa é o que eu penso e os motivos porque penso isso , claro que se me der motivos vou desconfiar, mais se não porque atrapalhar os momentos bons com ciúme não é verdade ? Li: _ Você pensa o que sobre as transferências? Tita: Penso que se ele for se transferir e querer que eu vá com ele eu vou , se comecei aqui posso recomeçar em outros lugares.Em relação da carreira dele , sempre o apoiei e se ele falar em desistir eu piro (risos) .Mais se ele quiser desistir por ele mesmo , coloco com ele tudo na mesa , sendo o melhor para ele eu o apoiarei. Li:_ A distância fortalece a união ou desgasta? Ah, no meu caso só fortalece. Ele mudou muito com a distância, pra melhor claro ,ficou muito mais carinhoso , compreensivo. Sabe o que quer, luta por aquilo e principalmente deixou o orgulho de lado. Li: _ O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Tita: _ Acho que ele é bom e feliz no que faz, não o vejo como mais nada , foi com isso que ele sempre sonhou. E a cada dia mais me apaixono pelo sonho dele. Até aprendi a gostar da marinha . (risos) Li:_ Uma frase que resuma o amor de vocês? Tita: Deus me escolheu pra te amar, um amor tão mágico que nem eu consigo entender. é mais forte que tudo. Li:_ Uma música tema que lembre vocês. Tita: Apesar de ser um gosto meio adolescente a musica Give Love a try ( dê uma chance ao amor ) dos Jonas Brothers é a nossa musica , porque o que faço todos os dias é isso dá uma chance ao amor! Li: Algum filme que Tita: Muito Bem acompanhada. você goste e que lembre vocês? Li: Qual recadinho você deixa pra gente? Tita: Amar a distância realmente não é nada fácil, mas quando queremos uma coisa e sabemos que é verdadeira devemos agarrar o mais forte o possível. A distância pode ser um veneno a amores fracos, mais se você for forte, perseverante, vai saber como mover sua vida. Lembre-se as dificuldades sempre irão surgir, as pessoas que tentaram mudar sua cabeça , os telefonemas sempre serão poucos , e momentos juntos também . Mais o que importa não é a quantidade de tempo juntos mais sim a qualidade. Jamais briguem quando se reencontrarem , faça o Maximo para esse tempo juntos sejam maravilhosos , pois Será eles que você irá recordar na espera de um novo reencontro.Quando estiverem juntos , demonstre o quanto o amar e principalmente o quanto é feliz de estar com eles. Assim vocês só serão mais felizes a cada dia! Muita Boa sorte na vida de Mulher de militar , desejo sinceramente a maior FELICIDADE de todo o mundo ! 40: Deixe que seu coração decida Olha a Li aqui again, trazendo hoje pro papo a gauchinha Stephanie, lá de POA. Conta pra gente, como foi desde que conheceu o seu namorado, cadete da Aman: Stephanie: Eu estava no meu antigo serviço, quando eu entrei escondidinha do chefe no orkut, naquela época, eu ainda deixava as visualizações de perfil ativas, e vi um nome de rapaz que eu não conhecia.Eu entrei no perfil dele e logo fui olhar as fotos, vi que usava um uniforme que parecia ser militar, tão linda, e eu, como sou louca pelas forças armadas, desde pequenininhas querendo ser oficial, vi aquele uniforme diferente e não reconheci. Logo lhe deixei um recado dizendo que meu nome era Stephanie e que eu também queria ser militar, e perguntei do era aquela farda misteriosa azul clara com branco e se eu conhecia ele. No dia seguinte ele respondeu rindo, oi eu não sou militar não, mas quero ser, aquele era o uniforme do meu colégio que é da brigada militar, e eu achei que você fosse uma colega minha.No dia seguinte, morrendo de vergonha sobre a gafe do uniforme dele me chamei de idiota por recado. Eu comentei que eu trabalhava perto da minha casa e que então eu voltava todo dia apé por uma rua, que por coincidência do destino era a rua em que ele morava, mas nunca que eu tinha visto, comentei o horário em que eu passava ali todos os dias, e desde então ele descia exatamente no horário em que eu passava para levar o cachorrinho dele pra passear, passou-se alguns dias e ele ficava me esperando na esquina com o cachorrinho, acompanhava-me ate um certo ponto. Então começamos a conversar e decidimos trocar msn, conversamos por aproximadamente duas semanas por msn, nessas duas semanas a gente trocou os telefones e nos mandávamos mensagens, ficamos bem amigos em apenas duas semanas.E eu já estava gostando dele.Decidi convida-lo para tomar um chimarrão, isso que eu nem sabia que ele não gostava.Nos conhecemos pessoalmente no dia 18/02/2008, jogamos vôlei e conversamos. Até que tomei coragem e falei que eu iria no banco no dia seguinte e se ele queria ir comigo, ele topou na hora (uma observação: eu tinha um amigo em comum no orkut dele, e perguntei se ele era uma pessoa boa pra esse meu amigo, e ele me deu sinal positivo), ele me deu um beijo no rosto e pegamos o ônibus. Chegando no banco eu irritada com a porta giratória, que sempre me travava por causa da minha bolsa, fiz algo que nem eu acreditei depois, eu disse, amigo fica com a minha bolsa aqui fora enquanto eu resolvo lá dentro? Ele disse sim, entrei no banco e só daí que me caiu a ficha, meu Deus! Minha vida esta naquela bolsa, e deixei com ele lá fora, quem eu conheço pessoalmente há um dia, o meu salário inteirinho, meus cartões, identidade, cpf, chave de casa, sem falar da minha bolsa caríssima que me custou 280,00 reais, a única coisa que eu pedia para Deus naquele momento, era que eu não tivesse me enganado tanto com ele, eu olhava para fora algumas vezes pra ver se ele ainda continuava lá, então agora era esperar pra ver o que ocorria. Sai do banco e lá estava ele quietinho, me esperando com minha bolsa na mão.Fiquei mega feliz, foi quando ele perguntou se eu queria tomar um sorvete e eu disse que sim porque amava sorvete, fomos no shopping, conversamos e tomamos sorvete.Fomos embora e voltamos a nossa rotina, ele me esperava todos os dias na esquina com o cachorrinho, muito fofo. Chegou um dia em que ele me convidou para ir ao cinema, mas eu disse q eu não tinha mais dinheiro, que meu salário já tinha ido todinho embora, mas ele falou eu convidei eu pago, fiquei meio receosa, mas aceitei.Agora o difícil seria explicar pros meus pais como que eu iria sair com um rapaz que pessoalmente só vi algumas vezes? Bom contei toda a verdade pra minha mãe, disse que eu estava gostando muito dele, mas que eu não pretendia ficar com ele nessa nossa saída.Então ela deixou, para o meu pai contamos que eu fui ao cinema com uma amiga que eles conheciam desde pequena. Fomos, assistimos ao filme que eu nunca esqueço, vestida para casar.Foi perfeito, tomamos um sorvete e fomos passear em uma praça muito linda, sentamos em um banco embaixo de uma arvore, foi quando ele me disse que estava gostando muito de mim, que me achava linda, a melhor pessoa do mundo e pediu para ficar comigo.Eu disse que não, falei tudo o que tava sentindo, que estava gostando demais dele, gostando mesmo, que eu tava muito apaixonada, só que eu achava que aquele não era o momento, porque eu gosto das coisas naturais, tipo de filme, não um apenas você quer ficar comigo. Vi no rosto dele que ele ficou envergonhado pelo não que eu dei, mas vi também uma felicidade nos olhos quando lhe falei de tudo o que sentia por ele. Isso foi em um sábado, na segunda-feira ele me mandou uma mensagem dizendo que estava no portão do meu colégio me esperando porque queria me dizer algo. Eu desci da aula mais cedo eu fui correndo para esse portão (que estava fechado), era ele do lado de fora e eu no de dentro. Ele me falou muitas coisas lindas, tudo o que estava sentindo e me pediu em namoro, eu fiquei muito feliz, e perguntei você tem certeza??A gente nem ficou, daí ele disse que isso era apenas um detalhe, mas que queria muito me namorar e que não importava se ainda não tinha me beijado pois ele tinha certeza de que seria perfeito.Ficamos assim estávamos namorando sem se quer dar um selinho. No fim desta mesma tarde estava ele lá, mais uma vez me esperando na esquina com o cachorrinho, eu já envergonhada, pois agora ele era meu namorado, como eu agiria? Bom eu dei um beijo no rosto dele, fomos caminhando até a altura em que ele me acompanhava e nas despedida me tascou um beijão, amigas, foi perfeito. Desde então, do dia 10/06/2008 estamos namorando firme e forte superando tudo e essa bendita distancia. Li: Oi, alô? Eu? Calma, deixa eu acordar? Estava vendo a novela toda. Meu Deus, adoro boas descrições?!!! E como foi tudo depois? Stephanie: Aprendi que a distancia é apenas uma fase a ser completada, que o amor supera tudo quando se é verdadeiro, o amor me deixou mais madura, mas confiante em mim mesma, me ensinou o que é amar e ser amada. Li: E ele? Acho que ele ficou mais decidido nas opiniões, amadureceu, aprendeu a diferenciar exército da vida pessoal, levou algum tempo mas aprendeu. Li: Momento mais difícil? Com certeza quando ele foi para a Espcex, ele não estava na lista da primeira convocação, apensávamos que ele não iria mais, só que acharam ele na segunda chamada e em 48h ele tinha que estar se apresentado, foi horrível, nos víamos todos os dias, para agora passarmos meses e meses distantes. Ficamos quase 90 dias direto sem nos vermos, foi horrível, fiquei mal, chorava todos os dias, e pensava muito se iria dar certo. Li: _Você é muito ciumenta? Stephanie: Sou ciumenta, mas sei me controlar, e não ligo nenhum pouco para o que dizem não, eu confio e isso que me importa. Li: _ Você pensa o que sobre as transferências? Sobre as implicações em sua carreira...? Stephanie: _Ah! Se você o conheceu antes dele começar a carreira dele, como foi esse processo para sua cabeça? Você apoiou? Gostou.... Acho um meio interessante de conhecer novos lugares, mas ficar longe da família é o pior, não gostaria de ir pra fronteira nunca, conheci ele antes da carreira sim, apoiei totalmente, era o sonho dele, assim como tenho os meus, sei que ele também me apoiara Li: _E a distância? Stephanie: Fortalece e muito, pois a cada reencontro é como se fosse o primeiro. Li: _O que acha da carreira dele? Stephanie: Acho uma carreira bela. Li: -Frase? Stephanie: Nos amamos além do amar. Li: -Música? Stephanie: Pra sempre minha vida, do Grupo tradição. Li: _Um filme? Stephanie: Algum filme que você goste e que lembre vocês? Sete vidas. Li: Últimas palavras? Nunca deixem que alguém diga a vocês o caminho a escolher, o coração é quem deve decidir, para seres feliz. A saudade um dia acaba, os sonhos, os momentos prazerosos chegam e você desfrutara lindamente tudo isso. Meu amor esta quase indo para o segundo ano de aman e já o sinto como se estivesse acabando. Força a todas vocês. Entrevista 37: Eu espero por você o tempo que for para ficarmos juntos mais uma vez. Camilinha, você tá aqui hoje pra contar sua história e pensamentos, rs, bem como me falou. Meu começo foi parecido com o seu, resistindo e cedendo. Ops, vou deixar você contar: Em julho/09 eu misteriosamente comecei a malhar (sempre fui super sedentária), depois de uma longa semana de academia eu chego para malhar e o dono da academia (pai dele) vem logo na minha direção dizendo: - Oi nega, você já conheceu meu filho?? Eu super desatenta: - E você tem filho? - Tenho sim, o mais velho mora no RJ é cadete da AMAN e ta aqui de férias. (Eu penso deve ser um gato, mas com certeza vai me dar muito trabalho. Fui para o meu sofrimento. rsrsrs) Daqui a pouco o pai dele me chama de novo e eu achando que era pra ir pra alguma maquina, que nada, era pra apresentar ele! Meu Deus e como ele estava lindo e eu horrorosa, sem brinco, cara limpa, roupa de academia. Foi uma sensação totalmente diferente, ele me olhou bem nos olhos e sorriu, eu sorri, constrangida, de volta não sabia o que fazer com aqueles olhos atentos parados sobre mim. Graças a Deus ele já estava de saída, vários amigos e "amigas" esperando por ele, eu resignada volto para o meu doce suplicio, pensando nele é claro. Acontece que eu sabia que não podia ficar perto dele havia me interessado demais e ele não era o tipo de homem que eu queria pra mim, por vários motivos: 1 ser militar, aqui no nordeste militar tem fama de ser mulherengo, machista e grosseiro; 2 ele é lindo e cheio de meninas correndo atrás; 3 não queria nada serio com ninguém, e eu não entro em relacionamentos que eu não tenho perspectiva. Me conhecendo bem sabia que a melhor opção era me manter longe. No dia seguinte ele vai malhar no meu horário, e eu não vou! No 3° dia eu vou malhar quando chego ele já estava de saída, mas vem falar comigo, saber onde moro, se vou embora sozinha, se tenho namorado... Na época eu ficava com um carinha, já fazia um tempo, mas não era nada serio. Depois de uma pausa para pensar - enquanto fico vermeeeelha, entre sorrisos - eu respondo que não. No 4º dia (sexta feira) vou malhar mais tarde, com medo de encontrálo e cair na tentação. Dá certo, quando chego ele já tem saído, mas o pai dele vem falar comigo, pedir o numero do meu celular pra ele, eu muito desconfiada achando que era o pai querendo dar uma de cupido respondo assim: - Ah num dá certo não.. Esse negócio de militar que mora fora, vem pra cá de férias só quer c... as meninas e ir embora e comigo isso num dá certo não. Ele teve uma crise de riso e foi pegar um papel pra anotar, eu fujo pela tangente e vou embora. Na segunda quando chego na academia o pai dele já vem me informando que ele já havia ido embora, e pede para eu adiciona-los no orkut e msn! Assim eu faço e começamos a conversar pelo msn, nos conhecer melhor e descobrir muitas afinidades. Apesar do encantamento dos dois sabíamos que um relacionamento entre nós necessitaria de muito esforço de ambas as partes, portanto combinamos que seriamos só amigos, ele não queria nada serio, e eu ainda estava enrolada. Bem pelo menos foi isso que ele me deixou acreditando, o fato é que dessa forma ele conseguiu me manter de guarda baixa para conhecê-lo melhor, continuamos a conversar e cada dia mais víamos afinidades. Fizemos vários planos para nossos programas como amigos, cinema, barzinho, praia... Em outubro ele vem passar o feriado do dia 12 aqui, e eu quase viajo pro Rio Grande do Norte com uma amiga, ele quase morre, posteriormente eu vim, a saber, que o maior motivo da viagem era eu. Bem ele chegava na sexta e deveríamos ir a praia no sábado, porém mais uma vez eu fujo dele e vou com uma amiga. Ele me liga no fim da tarde e pergunta se pode vir na minha casa à noite, eu digo que sim, afinal não poderia fugir dele pra sempre. Ele vem, conversamos e depois de muita resistência e de um cheiro no pescoço que causou arrepio pelos próximos 35 anos eu acabo ficando com ele, mas ainda não me dou por vencida, afinal ele não mora aqui, relacionamento difícil, e bla bla bla bla... eu não podia perder o foco. No dia seguinte marcamos uma praia que depois de muita resistência eu vou, ficamos mais uma vez, ele me deixa em casa pra eu me arrumar para um cinema. Lá vamos nós, o celular dele não parava de tocar, e eu cá com meus pensamentos "realmente não daria certo, solicitado demais esse rapaz" tudo conversado e combinado: NAO PODEMOS NOS APAIXONAR! era o q ficávamos repetindo... Eu falo pra ele que o nosso cérebro não registra o "Não", que primeiro ele identifica a outra parte da mensagem e só depois que ele registra a negação, portanto o que ele estava entendendo era "PODEMOS NOS APAIXONAR", rimos juntos, andamos de mãos dadas, tudo estava tão maravilhoso.... fomos "Namoradinhos de um dia", depois do cinema fomos pra casa dele, conversamos muito sobre sentimento, carreira, sonhos e ele me encantava muito mais a cada minuto. A cena perfeita, nós dois em uma varanda, deitados numa rede, ele tocando musicas lindas num violão e o meu coração que ele roubou naquele dia. Mas o sonho acabava logo, e ele me deixa em casa as 4 da manha, o vôo era as 6 de volta para a bendita AMAN. E resistente eu ainda tentava me convencer que não podia me apaixonar, mas já era tarde meu coração foi com ele as 06 da manha de 12/10/09. Na mesma semana termino de vez o que já não existia com meu então ficante, e passo a esperar pela volta dele, sem promessas e sem cobranças. No dia 01 de dezembro ele chega e no dia 03 me entrega o Espadin pra eu poder desembainhar (você deve conhecer a lenda), na ponta do Espadin tinha um papel grudado com uma frase "quer namorar comigo gatinha?" depois de um sim entre muitos sorrisos e lagrimas estamos oficialmente namorando! Li: A lenda! Hahhaha. Meu deus, quanto tempo. Parece que to me vendo agora sentada na casa do meu namorado e ele me mostra o espadim (uma minuatura que tinha na estante.). Ai o irmão fala da lenda. Eu pergunto: que lenda? Ele olha pra cara dele e os dois riem. Ok, eu vou ficar aqui bancando a idiota, penso. Mas, ele muito envergonhado conta o que é. Eu adoro, né? Já imaginou a vida de uma escritora sem esses detalhes de livro na vida? Mara!!! Mas, continua: Antes de namorar com ele eu sempre fui muito teimosa e costumava ter nas minhas mãos o “domínio da relação”, nunca me envolvia o suficiente para sofrer e portanto para ser feliz. Ele me ensinou que não existem regras para se gostar de alguém, não é a cor, a idade, a distancia que vão deixar ou não a gente se apaixonar, que isso acontece independente do que a gente acha que é o certo. Que numa relação ninguém tem que amar mais, e que os dois têm que confiar muito em si e no outro. Me ensinou também que para a relação dar certo um tem que apoiar o outro, e que nas brigas um tem que ficar com a cabeça fria, mesmo que seja ele a estar certo, e que quando se percebe que errou é mais que um dever pedir desculpas. Li: E os amigos? No feriado de corpus christi fui para Resende, foram dias maravilhosos, mas cada vez a despedida e mais difícil. Na volta entrei no ônibus chorando muito, aqueles choros que te fazem soluçar, uma moça super simpática perguntou se eu precisava de alguma coisa, me ofereceu chocolate e foi conversando a viagem inteira comigo, contando que ela também namorava a distancia e que aos poucos eu me acostumaria com as despedidas, ela foi um anjo pra mim nesse dia. Li: Você teve apoio da sua família e da dele? Graças a Deus as duas famílias apóiam o relacionamento, os pais dele são maravilhosos e sempre que tem um feriado tentam trazer ele pra Fortaleza, isso nos ajuda muito. Li: Vocês ficam distantes? Ele tem a incrível capacidade se fazer presente mesmo na ausência, mesmo sendo difícil, nos falamos todos os dias, alguns dias mais de uma vez, apesar de morarmos tão longe um do outro ele é a pessoa que mais conhece a minha vida e que é mais presente. Normalmente lido bem, mas tem dias que tudo é mais difícil e dá aquela vontade sufocante de chorar, mas eu sei que tenho que ser forte e que isso vai passar. No final das férias, a primeira que passamos juntos fique doente sim tive febre quando ele foi embora e o maior tempo que ficamos ser nos ver foi do final das férias até o feriado de Tiradentes em 21 de abril, ou seja, 2 meses e oito dias. Li: Você é muito ciumenta? Antes dele eu nunca havia sido ciumenta, com ele eu sou, mas não muito. Como ele sempre diz na medida certa para ele se sentir amado. Quanto ao que as outras pessoas pensam, eu não ligo, elas não chegam nem a me falar, sabem que tenho personalidade forte e tenho minhas convicções, além do fato que ele me deixa segura, sei que posso confiar nele e isso faz toda a diferença. Li: Você pensa o que sobre as transferências? Eu penso que será legal conhecer muitos lugares, acredito que quando pensar em ter filhos e que teremos que espaçar mais as transferências. Eu estou fazendo faculdade de administração e penso em tentar entrar para a ESAEX, assim nossos problemas ficam resolvidos. Li: A distância fortalece a união ou desgasta? No nosso caso ela fortalece muito, aprendemos muito com ela a nos respeitar, a medir as palavras e pensar no outro. Todos os dias pomos a prova nossos sentimentos e passamos pelas dificuldades mais unidos. Li: O que acha da carreira dele? Eu adoro, acho lindo a determinação e a força de vontade dele. Seria egoísmo meu querer algo diferente, sei que ele ama o que faz. Tenho muito orgulho do que ele faz e de quem ele é, e acredito que a formação militar só veio reforçar os valores que ele já possuía. Li: Uma frase que resuma o amor de vocês? “Eu espero por você o tempo que for para ficarmos juntos mais uma vez.” Li: Uma música tema que lembre vocês. Nossa tem tantas, mas uma que meche muito com o os dois é Mais uma vez do Jota Quest Li: Algum filme que você goste e que lembre vocês? O filme não lembra exatamente nós dois, mas foi o primeiro que assistimos juntos e acho que ele sempre será parte da nossa historia. A verdade nua e crua, nos divertimos muito com esse filme. Li: Deixo você terminar com um último recadinho: Ter um amor militar requer muita dedicação da parte dos dois, mas traz tanta coisa boa. Só namorando um militar você vai ter um homem de verdade que dá valor a família, a casa, aos amigos, aos momentos que está com você, a coisas simples que você mesma não valoriza, como ter seu quarto, sua privacidade. É manter-se apaixonada por muito mais tempo. É sofrer em cada despedida, mas os reencontros são tão intensos que recompensam qualquer coisa, qualquer distancia. É preciso ser realmente uma guerreira e vencer as batalhas que a distancia, o ciúme, e a insegurança te impõem. Mas, se você conseguir, verá como é maravilhoso ter alguém ao seu lado que valoriza sua luta, que conhece todos os seus defeitos e te ama como você é. Entrevista 38: Volta, como nos meus sonhos. Alçaremos uma ponte... ao encurtar a distancia, mataremos a saudade! Oi, Meninas. Hoje vim falar da estória da Mª da Conceição que escreveu pra nos contar sobre seu amor militar. Ela é de Teresina, Pi e é noiva de um sargento do EB. Esse amor já dura 9 anos e tem como fruto uma princesinha de 5 meses. Li: _ Como se conheceram? Através de amigos em comum, que passaram 6 meses tentando fazer a gente ficar junto... Li: _ O que aprendeu durante esse tempo que estão junto com ele? Aprendi a ser mais tolerante, a aceitar o outro do jeito que é e que independente de qualquer coisa, o amor tudo supera. Nesses 9 anos já passamos por vário momentos ruins e bons, sempre juntos. Li: _ E o reverso? Aprendeu a ser mais responsável, a valorizar a família e as pessoas que realmente querem o bem dele. Li: _ O que seu amor, esse sentimento de “amor militar” modificou sua vida? A superar limites e distâncias, apoiá-lo acima de tudo, e ser forte, mostrar-se forte, mesmo estando frágil por dentro. Li: _ Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? 1º descobrir que estava grávida e passar a gravidez distante dele, e depois a morte do pai dele pouco antes de começar o curso, tive que dar força pra ele e me orgulhei pelo esforço que ele fez pra ter a carreira que sempre quis. Li: _ Você teve apoio da sua família e da dele? Sempre, das 2, afinal, temos uma pequena que precisa de todos... Li: _ Vocês ficam distantes? Desde o começo de 2010 nos vemos pouco. Mas nos falamos todos os dias (a não ser quando está no campo). Fiquei mal quando estava com 6 meses de gestação, fui vê-lo em Fortaleza, e tive que voltar e deixá-lo lá sozinho, depois quando a Mª Luisa (nossa bebê) nasceu e ele teve que ir super triste...O máximo que passamos sem nos ver foram 4 longos meses. Li: _ Você é muito ciumenta? Já fui MUITO ciumenta, mas depois de um tempo a gente amadurece e aprende a confiar, a acreditar na relação e no sentimento do outro. Não ligo e nem escuto o que as pessoas falam, sou feliz e isso me basta... Li: _ Você pensa o que sobre as transferências? Sobre as implicações em sua carreira...? A minha única preocupação com as transferências é ir pra um lugar que seja bom pra nossa filha e que seja um lugar que eu possa continuar estudando. Quero voltar a trabalhar, mas só quando minha filha estiver um pouco maior. Conheci-o com 17 anos, acompanhei o início desse sonho que começou quando ele serviu com 18 anos, desde então, esse é o sonho dele. Então, tive que apoiar... e me preparar para as mudanças não só na vida dele, mas também na minha. Ele passou no concurso no último ano que poderia fazer, depois de quase desistir, mas não o fez por ter sempre meu apoio e até ajuda pra estudar... Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? Com certeza fortalece, se for verdadeira... A gente fica mais feliz por estar junto, conversa mais sobre tudo e dá valor a cada detalhe do outro. ...e há quem diga que a distância atrapalha e que por causa dela o amor não existe, mais é por causa da distância que os beijos começam a ser sonhados e os abraços tão desejados. Os encontros tornam-se desejos. O coração passa a ser um só. A solidão pode até bater em sua porta, uma ou duas vezes. Mas a certeza de ter um ao outro, acaba com QUALQUER solidão. Os planos começam a ser feitos com a certeza de que serão cumpridos... Li: _ O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Não o imagino fazendo outra coisa... Acho lindo o amor que ele tem pelo que faz, queria eu achar algo pra me apaixonar assim... Li: _ O momento mais emocionante e memorável com ele? Contenos os detalhes. Sem dúvida o nascimento da nossa filha... ela nasceu antes do previsto, então ele não estava junto, tive que mandar um documento da maternidade pro quartel pra ele poder ser liberado, mas só saiu no fim do dia seguinte,chegou somente de manhã, indo direto pra maternidade, foi emocionante ver a cara de emoção dele quando viu a filha pela primeira vez, vendo se estava tudo bem comigo e com ela. Li: _ Uma frase que resuma o amor de vocês? “Deus mudou o teu caminho até juntares com o meu e guardou a tua vida separando-a para mim. Para onde fores, irei; onde tu repousares, repousarei. Teu Deus será o meu Deus. Teu caminho o meu será.” Li: _ Uma música tema que lembre vocês. São várias... rsrsrs mas nesse momento, esta: Te tenho com a certeza De que você pode ir Te amo com a certeza De que irá voltar Pra gente ser feliz Você surgiu e juntos Conseguimos ir mais longe Você dividiu comigo a sua história E me ajudou a construir a minha Hoje mais do que nunca somos dois A nossa liberdade é o que nos prende Viva todo o seu mundo Sinta toda liberdade E quando a hora chegar, volta... Que nosso amor está acima das coisas desse mundo Vai dizer que o tempo Não parou naquele momento Eu espero por você O tempo que for Pra ficarmos juntos Mais uma vez..." Mais Uma Vez (Jota Quest) Li: _ Algum filme que você goste e que lembre vocês? O Diário de uma Paixão e Um Amor pra Recordar... Li: _ Deixe um recado de esperança, de fé e de força para aquelas que vão ler sua entrevista. Que toda a espera, a saudade e cada lágrima derramada, possa me transformar numa pessoa melhor, mais tolerável, mais amiga, mais amante. Que cada partida seja esquecida, tão logo você retorne pros meus braços, pro meu coração. Meu corpo sente falta do seu, meu coração chama por você, pede forças e deseja que você esteja bem, que volte pra acalmá-lo e que tão cedo não precise ver você partir novamente. Entrevista 38: "O verdadeiro amor tudo espera, tudo suporta. Basta acreditar e confiar sempre". Oi, Meninas. Quem vai falar pra gente sua estória é a Grazi, que trabalha na administração de um Hotel, em Goiás e estuda direito. Ela namora um soldado do EB e vai contar como tudo aconteceu bem ali abaixo do nariz, e vão ver como o mundo é pequeno, do tamanho da cabeça de um alfinete! Li: _Oi, Grazi. Como você e seu amor se conheceram? Eu tenho uma amiga que por coincidência é namorada de militar também. (Ela não está sendo muito feliz porque sua família diz preferi-la sozinha que com um militar.) Ela tem duas irmãs, uma delas não era muito chegada a mim, mas a outra falava da vida dela, etc. Eu estava a ponto de terminar um relacionamento de 1 ano e meio, que estava a se desgastar com vários problemas. Foi quando a irmã dessa minha amiga começou a contar que estava namorando novamente, falava muito bem do namorado, que era boa pessoa, legal, bonito e tal. Me pareceu que eles estavam se dando bem, no entanto, uma semana após ela ter falado do tal relacionamento maravilhoso, me contou que ainda gostava do ex namorado, e que havia terminado com aquele então misterioso rapaz que eu nem cheguei a conhecer. Eu malhava em uma academia perto de casa, fazia um bom tempo, mas não tinha muitas amizades, não sei se por falta de interesse da minha parte, se por receio, ou qualquer outra coisa, afinal, eu tinha um namorado ciumento demais.Terminei o namoro no último dia do ano, poucas horas antes da festa da virada, dia 31/12/2010. Passei a festa da virada com familiares, cheguei em casa muito triste, fiz uma oração pedindo a Deus que colocasse uma pessoa boa em minha vida, que me fizesse realmente feliz, acho que é só esse o desejo de qualquer pessoa. No outro dia levantei cedo, determinada a entrar no meu orkut e tirar qualquer vestígio que apontasse que meu ex tivesse existido em minha vida. Assim o fiz. Sempre que entramos no orkut, aparece o perfil de várias pessoas com a seguinte pergunta: Fulano pode ser seu conhecido, deseja adicioná-lo como amigo? Então entrei lá e adicionei um monte de pessoas que nunca vi na vida, afinal, se eu queria mudar minha vida, teria que conhecer novas pessoas, ter novos amigos, quem sabe uma nova vida. Um pouco mais tarde, mais ou menos no horário do almoço entrei novamente no orkut e lá estavam várias pessoas que me aceitaram como amigos, o que me deu uma sensação de que eu não estava tão sozinha quanto pensava, e lá naquela página de scraps, que eu sempre apagava, tinha um único Feliz Ano Novo de um rapaz que eu tinha adicionado, me desejando felicidades no ano que estava iniciando. Logo entrei no perfil para ver mais sobre ele, e lá tinha o seu MSN, pensei, acho que ele não ia se chatear se eu o adicionasse para agradecer o único Feliz ano novo que recebi. Não pensei muito, adicionei. Logo conversou comigo, agradeci o feliz ano novo e ele gostou de falar comigo. No meio da conversa, descobrimos que ele era meu vizinho, que morava na rua de baixo, rimos muito, afinal, nunca o tinha visto, e, para piorar, ele malhava no mesmo lugar que eu, mas nunca reparei nele lá, nem ele em mim. Logo ele olhou os amigos em comum e perguntou se eu conhecia a tal irmã da minha amiga a qual me referi no início, respondi que sim, conhecia. E foi assim que descobrimos que ele era nada mais que o ex da tal menina, aquele rapaz misterioso de quem tanto ouvi falar, mas que até então não tive a oportunidade de conhecer. O mundo realmente é pequeno. Ele perguntou se podíamos nos encontrar, pensei bem e aceitei. Quando chegamos ao local marcado, dei um abraço nele. Eera muito mais que eu esperava, confesso que me deu vontade de ficar lá abraçada com ele, porque estava tão cheiroso - até hoje lembro do cheiro dele. Nós conversamos muito sobre várias coisas, perdemos a hora, quando vimos o relógio já marcava 1 e meia da manhã, ele suspirou, olhou em meus olhos como alguém que está indeciso sobre o que faz, e disse que tem que ir embora, pois já era tarde. Nos despedimos, ele me abraçou novamente, e aquele mesmo cheiro tomou conta de mim. Fui embora com uma sensação estranha, que queria ficar mais um pouco perto daquele anjo. No outro dia ele me liga pedindo pra se encontrar comigo novamente, eu aceito o pedido. Nos encontramos em uma praça meio afastada do centro da cidade, bem sossegada. Quando chegamos lá caminhamos em direção a um banco para nos sentarmos, mas antes que eu pensasse em qual daqueles banquinhos eu sentaria, ele me tomou pelas mãos meus rosto e me beijou. Tive vontade de eternizar aquele momento. Desde este dia nos encontramos várias vezes, e foi inevitável, estávamos apaixonados. Mas quando a felicidade é demais, a gente desconfia. Eu já tinha programado uma viagem a Fortaleza com minha mãe e minha irmã, quando fui me despedir dele, ele me disse que iria servir o Exército em uma cidade a 100 km de onde moramos, e que me amava muito, que não queria ter se apaixonado porque teria que ir pra lá, mas que não conseguiu cumprir com o que tinha preparado mentalmente para quando fosse pra lá, estar sozinho, livre, desimpedido, jamais apaixonado. Choramos juntos porque eu ficaria quase 30 dias sem vê-lo. Mas ele disse que quando voltasse da viagem, queria muito me encontrar, que ia sentir saudades. Desde então vivemos de idas e vindas, e todas as vezes que ele vai para aquele quartel, parece que vai parte de mim junto. No início sofri muito, as primeiras semanas foram horríveis, perdi peso, dei febre, não dormia nem me alimentava direito. Mas com o passar dos dias fui me acostumando, pensando sempre nas vezes que ele me ligava e falava: Te Amo Muito minha princesa...Meu amor já pertence a você, espere que eu volto, meu Amor, sinto tanto sua falta. Eu tinha certeza que o amor era recíproco, pois ele estava sofrendo tanto quanto eu. Quando ele foi pra lá tinha certeza que queria seguir a carreira militar, afinal, todos os Testes Físicos Militares que ele fez foram excelentes. Agora, meses depois, ele está indeciso se quer ou não seguir essa vida, mas eu sei que no fundo ele ama o exército, tanto quanto me ama, e não o desencorajo de seguir em frente. Sempre digo a ele: Seja qual for sua escolha, estarei sempre ao seu lado. Apesar das diferenças, que ele é 7 anos mais novo, eu o amo muito. Com ele aprendi muitas coisas que em anos de relacionamento não chegou nem perto de eu aprender. Companheirismo acima de tudo, confiança e fidelidade. Ele me completa. Li: _O que aprendeu durante esse tempo que está junto com ele? Me ensinou que o verdadeiro amor sobrevive a tardes de chuva sozinha, a noites de frio sem o abraço acolhedor dele ao meu lado, e que apenas um "Eu Te Amo" pelo telefone é capaz de me fazer esperá-lo por toda vida se for necessário. Antes um amor verdadeiro distante que um falso amor constante. Li: _E o reverso? Em que acha que ele modificou estando e convivendo contigo? Ele me fala várias vezes, como eu mudei a vida dele. Ele nunca foi de acreditar em amor, em se apaixonar, ficar de conversinha com ninguém pra lá e pra cá no celular. Ele diz que mudei ele por completo, que a melhor coisa que tem é saber que lá fora, mesmo que meio distante, tem alguém esperando por ele, que o ama de verdade, o que dá forças e coragem para seguir sua missão. Li: _O que seu amor, esse sentimento de “amor militar” modificou sua vida? Eu era muito presa a conceitos de que amor a distancia não dava certo, que nunca daria certo, mas nunca me imaginei em uma situação semelhante a esta. Pude me conhecer mais, organizar mais minha vida, descobri coisas sobre mim que eu podia melhorar, fiquei mais amorosa e compreensiva com todos a minha volta, não sei se por ter que arrancar forças para esperar por ele ou por ter passado a dedicar um pouco mais de tempo a mim mesma, mas mudou muito minha vida para melhor. A parte ruim é só a saudade, mas os reencontros nos fazem parecer crianças, é compensativo. Li: _Você tem apoio dos amigos? Lembra de alguma cena, história de apoio de alguém em algum momento difícil? Sim. Graças a Deus tenho duas amigas que como eu estão vivendo um Amor Militar, e sabem tanto quanto eu o que dói uma saudade. É com elas que eu compartilho minhas tristezas, receios e elas me encorajam e me dão forças, assim como dou a elas. Li: _Falando nisso, qual o momento mais difícil que passou? Ele me ligou uma tarde em que tinha ficado de serviço no outro dia cedinho, então nem tinha como ele vir, e estava muito triste e com uma voz de choro ao telefone, queria poder consolá-lo fazer alguma coisa, mas nada podia. Peguei meu carro abasteci no cartão da minha mãe, (porque não estava podendo gastar naquele mÊs), e fui ao encontro dele na outra cidade, foram duas horas na estrada que estava muito ruim, até eu chegar aos braços do meu amado. Mas quando eu o abracei, ele disse que me amava muito, que não ia agüentar de saudades se não me visse, e sentiu naquele dia que eu faria qualquer coisa para poder estar sempre ao lado dele. Li: _Você teve apoio da sua família e da dele? Sim. Da família dele, a mãe dele sempre que pode me liga, falando das coisas que conversou com ele, e que também sente muita falta dele perto de nós. Li: _Vocês ficam distantes? Com você lida com essa distância? Você já ficou muito mal, ou doente por causa disso? Qual o tempo máximo que ficou sem vê-lo...? A distância não é muita, mas o suficiente para afastá-lo de estar sempre perto de mim. Ficamos mais separados que juntos. Tem dias que é difícil, bate aquela carência de um abraço dele, um carinho que só ele faz, mas eu me mantenho e lembro das coisas que ele me fala, leio cartas que ele escreveu pra mim, depoimentos. Nunca fiquei tanto tempo sem vê-lo, mas ele está para ser mandado para uma missão no Rio de Janeiro, a qual terei que ficar 90 dias sem vê - lo. Não sei como vou enfrentar essas situações, mas tenho muito medo de as coisas pesarem lá e acontecer algo com ele, sem ele, não sei que rumo eu tomaria, não me imagino sem ele mais. Li: _Você é muito ciumenta? Liga para o que as pessoas falam sobre a dificuldade de se confiar em alguém que está longe? Não ligo para o que as pessoas falam. As vezes bate uma insegurança, mas sempre ele me liga e diz o quanto me ama, e que mesmo quando ele não puder se comunicar, pra eu não esquecer que ele me ama muito, que sou o amor da vida dele. Li: _Você pensa o que sobre as transferências? Sobre as implicações em sua carreira...? Já conversamos sobre ele seguir carreira. Se for seguir, e tiver que ir para longe, mas já prometi pra ele que seja lá onde for, estarei sempre com ele. Li: _ A distância fortalece a união ou desgasta? Fortalece, mas causa sofrimento e isso as vezes desgasta. Li: _O que acha da carreira dele? Preferia que tivesse outra? Sinceramente. Tenho orgulho dele pela escolha que ele fez, já que quando ele foi se inscrever ele foi voluntariamente. Se ele escolher ter outra carreira, já é uma coisa que só cabe a ele. As vezes me divido em querer que ele tivesse outra vida, quando bate a saudade, mas por outro lado, tenho orgulho dele servir ao nosso país, ter coragem de estar onde está que é muito sacrificante, deixar a família, namorada, tudo para trás, para seguir esse propósito. Li: _O momento mais emocionante e memorável com ele? Contenos os detalhes. Quando ele se formou soldado, eu fui a formatura dele. Fiquei muito orgulhosa de vê-lo a frente do pelotão cantando alto, todo sério, fardado, foi a primeira vez que eu o vi de farda. Acho que naquele dia eu me apaixonei novamente. Li: _Uma frase que resuma o amor de vocês? Essa frase ele sempre me fala no telefone: "Separados pela distância, unidos pelo Amor". Li: _Uma música tema que lembre vocês. Sexto Sentido - João Bosco e Vinícius Li: _Algum filme que você goste e que lembre vocês? Ex Man - Assistimos no cinema, mas ele passou boa parte do filme me fazendo um carinho e me olhando nos olhos, e falando no meu ouvido o quanto estava feliz ao meu lado e que me ama muito. Li: _Deixe um recado de esperança, de fé e de força para aquelas que vão ler sua entrevista. "O verdadeiro amor tudo espera, tudo suporta. Basta acreditar e confiar sempre". Li Mendi é carioca, mora no Rio de Janeiro e é casada com um tenente do Exército Brasileiro. O casal namorou à distância por 2 anos e hoje celebram uma união muito feliz. Quando ele viaja em suas arriscadas missões, ela se dedica aos livros para esquecer o medo e a angústia de uma possível perda. Suas estórias de amor já ganharam as graças dos internautas que acompanham o enredo diário publicado em seu blog. Seu primeiro romance publicado pela Editora Outras Letras em 2011 teve milhares de downloads e acessos. Hoje, a turma dos fãs a acompanham e trocam idéias com a autora no Facebook. Todos os livros da Autora, você encontra em limendi.com.br Livro O amor está no quarto ao lado Jeniffer é uma jovem estudante que perde o pai em um acidente de serviço militar. Antes de morrer, este lhe confia aos cuidados do capitão Ruan. O amor que nasce entre os dois é arrebatador e mexe com os corações. Os dois mal percebem que não precisam ir tão longe para serem felizes. Porque o amor pode estar bem ali, no quarto ao lado. Livro Fonte do Amor Cris é jornalista e cobre a vida das celebridades. Seu lema é correr atrás dos fatos, por isso, não desperdiça a chance de entrevistar o famoso ator de cinema Igor Frinzy quando o encontra em uma lanchonete na beira da estrada. Para não espantar o ator, Cris decide não lhe contar sua profissão. Ela só não imaginava que acabaria misturando amor e trabalho. Agora, seu editor está cobrando a tão prometida matéria sobre o galã e Cris não sabe mais como enrolar os dois. Seu chefe quer a redação e Igor, seu coração. Os fãs de Ruan e Jeni de O amor está no quarto ao lado, podem acompanhar o filho do casal Igor, neste livro cheio de romance. Livro Atrás da linha do Amor Eduarda morou desde que nascera com seu pai, um militar alegre, sábio e aventureiro. Viveu por todos os pontos do país atrás da trilha das missões do homem que admirava como um herói. Mas, agora, seu pai deseja que Duda faça faculdade como todas as garotas de sua idade e tenha um endereço fixo. A mãe da menina, então, reaparece à cena e propõe ajudá-la. Eduarda não gostou nada da idéia, mas foi praticamente levada a força para seu novo destino, que se cruzará com o de Maurício, o único rapaz por quem jamais poderia se apaixonar. Livro Aurora Aurora mora em uma pequena cidade no ano de 3010 e guarda um segredo sobre sua natureza, não pode receber partes biônicas em seu corpo, nem modificá-lo pra retardar sua morte. Como os antigos humanos, é frágil e precisa se cuidar pra passar desapercebida entre os superhumanos que estudam em sua escola. Só que a tarefa fica mais difícil quando Douglas aparece na pequena cidade e chama a atenção das supermeninas, perfeitamente preservadas pela avançada tecnologia cosmética da qual Aurora não pode tomar mão. Um livro que vai te emocionar com a força do amor que dura apenas uma curta e breve vida. Livro Aurora 2 No segundo livro da série, Doug volta com tudo, mas precisa manter seu disfarce, se quiser proteger Aurora e ensiná-la toda a arte de ser uma Alfa. Seu filho ganha as graças de Aurora e começa a demonstrar os dons desde pequeno, provando que as intervenções dos mutantes pode ser passada geneticamente. Será que Aurora vai se apaixonar finalmente por Deni, o novo personagem da saga? Ou Doug vai ser seu eterno amor? Livro Beijo de Chocolate Depois de um acidente de carro, Felipe acaba em uma cadeira de rodas e passa a acreditar que sua vida tinha terminado por causa da limitação de suas pernas. É, nesse momento, que sua história se choca com a de Andressa, uma fisioterapeuta linda, engraçada e inteligente que Felipe tenta reencontrar incessantemente. Na procura por Andressa, ele também quer redescobrir aquele jovem alegre e feliz que era e voltar a andar. O enredo é uma trama composta por muitos personagens que influem diretamente no curso da vida dos demais, formando uma teia de emoções, mistério, fantasia e amor. Beijo de chocolate é um livro para tocar na epiderme da alma. Livro Cada Casa um Caso Ricardo tem sua mulher em coma por causa de um acidente. Enquanto ela dormia, Daniela, sua cunhada, decide ajudá-lo a enfrentar esta difícil fase de sua vida e acaba se apaixonando pelo marido de sua irmã Alice. Mas, o despertar de sua esposa, promove uma reviravolta na vida desses três. Livro Um coração em guerra Caio e Bela formam um casal que enfrenta o amor à distância. Os dois amigos de longa data descobrem que é possível viver um romance de verdade mesmo que longe um do outro e lidando com problemas tão diferentes. Cada um cresce e ganha suas próprias conquistas. Mas, será que esse amor vai encontrar um ponto em comum no caminho outra vez? Livro Amor de Alto Risco Jéssi, uma rica fazendeira, coloca a mochila nas costas e chega ao Rio de Janeiro para dividir um apartamento e começar a faculdade. É aí que a sua estória se cruza com a de Paulo, um estudante de direito que não terá paciência com a caipirinha que acaba de chegar ao seu apartamento com todas aquelas malas rosas. A garota vira alvo de ex-clientes insatisfeitos de seu pai e coloca Paulo em várias enrascadas perigosas. A solução encontrada pelo seu pai é colocar um batalhão de seguranças ao seu redor.