PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL
I COLÓQUIO DA ÁREA DE
GEOGRAFIA
PDE/SEED
NOVEMBRO - 2009
PAPEL NA LIXEIRA: DA BANALIDADE AO
INSTRUMENTO PARA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
ÁREA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PROFESSORA PDE: TANIA LÚCIA MAHL SPOHR
PROFESSOR ORIENTADOR: FÁBIO DE
OLIVEIRA NEVES
OBJETIVO GERAL
• Conhecer o ciclo de vida do papel, com suas
implicações ambientais, levando os alunos a
uma reflexão sobre as práticas cotidianas na
escola, que usa diariamente o papel, através
do caderno de anotações, livros, provas
digitadas,
avisos
para
os
pais,
documentações, entre outros, e sobre o uso
adequado
e
racional
deste
produto,
provocando mudança de atitude na sua
utilização.
OBJETIVO GERAL
Pretende-se, portanto, que os educandos
adotem uma postura de responsabilidade
ambiental
permanente,
criando
uma
consciência coletiva, já que fazemos parte de
uma aldeia global e devemos agir com
responsabilidade,
além
de
adotarmos
posturas compatíveis com a preservação da
natureza, lembrando que todos têm o direito
ao
meio
ambiente
ecologicamente
equilibrado,
adotando
ações
corretas,
conscientes e que, se necessário, podem ser
reavaliadas e corrigidas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•Realizar aprofundada e detalhada pesquisa
sobre a origem e/ou o ciclo de vida do papel
de
uma
maneira
didática
adequada,
transmiti-la aos alunos.
•Instigar uma reflexão sobre nossa sociedade
industrial capitalista e as consequências
ambientais,
decorrentes
da
crescente
necessidade de utilização de recursos
naturais, neste caso, a madeira, principal
matéria-prima na fabricação do papel.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•Informar-se sobre o destino desse papel
jogado nas lixeiras.
•Provocar, através de uma relação de causas
e consequências, mudança de atitude em
relação à utilização dos recursos do meio
escolar
que
o
meio
ambiente
nos
proporciona.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•Produzir um material didático com suporte
teórico sobre o ciclo de vida do papel,
juntamente com atividades que serão
desenvolvidas pelos alunos envolvidos no
projeto.
JUSTIFICATIVA
Como forma de articulação entre os
conteúdos
estruturantes,
básicos
e
específicos da disciplina de Geografia, as
Diretrizes Curriculares Estaduais orientam
que “os conteúdos devem ser tratados
pedagogicamente a partir das categorias de
análise – relação espaço – temporal, relações
sociedade – natureza e do quadro conceitual
de referência da Geografia”.
JUSTIFICATIVA
Sugere,
portanto,
que
os
conteúdos
estruturantes sejam abordados com mesma
ênfase nas dimensões geográficas da
realidade
(econômica,
política,
sócioambiental e cultural-demográfica).
Partindo desse pressuposto, a investigação
do presente trabalho, pretende voltar-se à
dimensão
sócio-ambiental,
trabalhando
especificamente o ciclo de vida do produto
papel, o seu uso inadequado ou irracional nas
escolas e, principalmente, quando nos
deparamos com a seguinte realidade:
JUSTIFICATIVA
“Apesar do papel, por exemplo, ser o item
reciclável mais presente no lixo brasileiro e o
segundo economicamente mais valioso,
somente cerca de 35% do papel produzido no
país são anualmente reciclados (SENAC,
2000).
Observa-se que, apesar de décadas de
trabalho com educação ambiental, com
propostas
de
sustentabilidade
e
com
objetivos
para
a
mudança
no
desenvolvimento, há ainda muito que se
fazer, principalmente no meio escolar, no qual
vemos práticas que demonstram descaso
com os prejuízos que estas causam ao meio
ambiente.
JUSTIFICATIVA
Na escola, por se tratar de um espaço de
educação, espera-se que não haja mau uso
dos recursos naturais, menos ainda ações
que provoquem prejuízo ao meio ambiente.
Pela simples observação do ambiente
escolar, parece que o respeito e a postura
têm muito a se aperfeiçoar, pois vemos
lixeiras abarrotadas de papel em salas de
aula,
ambientes
administrativos
e
pedagógicos, lixo orgânico misturado ao lixo
reciclável, desperdício de água e energia
elétrica,
dentre
outras
ações
que
demonstram que há muito a refletir e fazer,
para que práticas efetivas de educação
ambiental aconteçam nas escolas.
JUSTIFICATIVA
Há muito a fazer para que o homem perceba
que,
para
evitar
grandes
problemas
ambientais, ele deve fazer uso de forma
racional, criteriosa e inteligente dos recursos
de que dispõe.
Assim, a proposta é a elaboração de um
material
didático
que
transmita
um
conhecimento teórico sobre o ciclo de vida
do papel, com suas implicações ambientais e
que tenha uma relação com a realidade dos
alunos,
buscando
metodologias
e
fundamentação para mudar suas atitudes em
sala de aula ou em suas vivências cotidianas.
JUSTIFICATIVA
É necessário abordar um conhecimento, um
saber
social
que
apresente
uma
racionalidade econômica eivada de um saber
ambiental. É uma tarefa complexa, pois não
depende apenas da Educação, mas de uma
sociedade, de um poder público, de empresas
privadas e do Estado.
JUSTIFICATIVA
De acordo com a realidade que estamos
vivendo, precisamos de ações coletivas que
venham suprir as necessidades corretas que
o
Meio
Ambiente
está
necessitando.
Responsabilizamo-nos, como educadores, em
conduzir nossos alunos a uma postura
racional perante o meio ambiente, mas
precisamos do comprometimento de todos os
envolvidos
no
processo,
por
um
desenvolvimento ambiental sustentável.
METODOLOGIA
Toda a pesquisa requer etapas e/ou alcançar
objetivos propostos. O processo terá início
com a delimitação da escola na qual será
desenvolvido este trabalho. Por estar lotada
na Escola Estadual Graciliano Ramos –
Ensino Fundamental e ministrar aulas de
Geografia, de 5ª a 8ª séries, será nesse
ambiente escolar, precisamente, numa 5ª
série (6º ano), já que, nesta série, são
trabalhados os conteúdos desenvolvidos no
Projeto, de acordo com as Diretrizes
Curriculares Estaduais.
METODOLOGIA
Uma vez delineada a escola e a turma, será
necessário que se faça, na turma, um estudo
baseado numa reflexão sobre as questões
ambientais, analisando os impactos que o
meio ambiente sofre, como resultado dos
interesses da humanidade. O objetivo é um
aprofundamento de questões para que ocorra
uma prática correta, no uso adequado dos
recursos naturais e que, com isso, os
educandos possam valorizar o papel, tão
consumido
nas
escolas,
assumindo
responsabilidades e
gerando mudanças e
posturas levadas por motivos racionais e
inteligentes.
METODOLOGIA
Após esse estudo dirigido, os alunos terão a
oportunidade de apreciar filmes como, por
exemplo,
Wall-E, Ilha das flores e o
documentário Uma verdade inconveniente, que
possuem uma crítica ao nosso estilo de vida,
retratando um planeta com sérios problemas
ambientais, como o acúmulo de lixo, a
contaminação
dos
rios,
a
poluição,
o
aquecimento global, a devastação dos recursos
naturais, entre outros. Através dos filmes, os
educandos percebem que a sociedade é um
palco de interesses gerando conflitos, muitas
vezes irreversíveis, tendo a oportunidade de
observar sua postura, e realizar um julgamento,
pois terá argumentos e muitos motivos, para
rever seus valores.
METODOLOGIA
Como terceira etapa, os alunos terão um estudo
dirigido, com textos informativos sobre a história do
ciclo do papel e suas implicações no seu consumo e
sua produção. Além do aprendizado sobre sua
invenção, cronologia histórica e de que maneira é
fabricado, os alunos reconhecerão a atividade
lucrativa que existe na produção do papel,
implicando diretamente na mercantilização da
natureza, que resulta numa degradação dos
recursos naturais e, nesse caso, da madeira, pois a
celulose é utilizada como matéria-prima principal
para o fabrico do papel. Terá a oportunidade de
perceber que, de geração em geração, o homem
vem usando a natureza a seu favor, sem a menor
preocupação com sua destinação, por ignorância,
descaso ou pela busca incessante pelo lucro.
METODOLOGIA
Na última etapa, os alunos serão envolvidos
na elaboração de textos, que serão expostos
no saguão da escola, para que a comunidade
escolar possa avaliar e adquirir aprendizados
sobre o tema estudado. Espera-se que essas
produções textuais, elaboradas pelos alunos,
registrem
o
aprendizado
que
tenham
construído,
através
das
etapas
desse
trabalho e que, ao final, o objetivo tenha sido
alcançado, que se resume numa postura
racional do uso do papel em ambientes
escolares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VOGT, Carlos. O lixo e as últimas coisas. Disponível em
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