ABAESP recebe visita
da educadora Selma
Rocha, diretora da
Fundação Perseu Abramo
1º de maio em
Cuba tem sabor de
conquista para os
trabalharores
Correio abaesp
Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo
Edição nº 4 – Junho 2012
Entrevista com Gilson
Barreto: Vereadores
defendem a criação da
Secretaria Municipal da
Pessoa Idosa
senadora marta suplicy
promoveu audiência pública sobre
a profissão de cuidador de idoso
Formada a 1ª turma
do curso de cuidador
de idoso
abaesp recebe visita de selma rocha
A
educadora Selma Rocha,
diretora da Fundação
Perseu Abramo, visitou a Associação dos Bancários
Aposentados em um momento
descontraído conheceu as instalações e atividades sócio-políticas
da nossa entidade. Selma foi coordenadora dos Planos de Educação nas campanhas do Presidente
Lula e da atual Presidenta Dilma,
Secretária da Educação de Santo
André na administração de Celso
Daniel e Assessora Parlamentar
da Secretaria Municipal de Edu-
cação de São Paulo na gestão de
Paulo Freire.
Selma mostrou-se preocupada
com as necessidades e o avanço
efetivo dos direitos dispostos no
Estatuto do Idoso e junto com a
presidenta Maria da Glória ficaram
de agendar uma nova reunião para
aprofundar o assunto. Participaram da reunião os diretores Arnaldo Muchon e Walnite Camargo, o
assessor político do Sindicato dos
Bancários de SP Cícero dos Santos e o diretor geral da rede Brasil
Atual Paulo Salvador.
Arnaldo Muchon, Cícero dos Santos, Maria da Glória, Selma Rocha, Walnite Camargo e Paulo Salvador
“DEMOCRACIA, EQUILíBRIO E TRANSPARÊNCIA”
A
coligação de partidos liderada pelo PT logrou-se vencedora com Lula e Dilma
porque ao contrário da banda opositora, comunicou de maneira mais
efetiva e defendeu bandeiras e políticas que o povo quer ver implantadas concretamente. Lula quando
presidente, entre outros Programas
desenvolvimentistas investiu tempo e recursos em uma política de
mobilização social. Entre 2001 e
2011, os gastos públicos com inversão em mobilidade, aumentaram
em 30%, conforme Relatório do
PNUD – Programa Nacional das
Nações Unidas, da ONU.
Pontua-se que uma transferência de renda de R$13,1 bilhões foi
feita anualmente para um contingente de 12,6 milhões de famílias
pobres, em média algo em torno de
R$1.040,00, ou seja, R$ 86,66 por
mês para cada família. O montante
transferido concentra-se em grande parte na região norte e nordeste
do país e seu resultado social extrapola o âmbito dos beneficiados
na medida em que ativou todo o
comércio na região, gerando consumo e arrecadação de impostos
maiores, conforme ficou comprovado de modo notável nesse curto
espaço de tempo.
2
Para quem faz oposição a
esse Programa de transferência
de renda para os mais pobres,
com o argumento de que se trata de “dinheiro aplicado sem a
contrapartida da produtividade”,
é importante lembrar que há um
outro tipo de transferência de
renda para os mais ricos em forma de pagamento de juros dos
títulos públicos que, somente no
ano passado foi algo em torno de
R$ 380 bilhões, ou seja, quase 30
vezes mais dinheiro público para
uma pequena porção de investidores rentistas, que talvez não
chegue a dois milhões de pessoas. Não seria esta, uma forma de
direcionar dinheiro público para
uma atividade especulativa, não
produtiva? Sim, por se tratar de
pura especulação deve ser considerada transferência sem contrapartida da produção e sem beneficio social.
Além da gritante diferença
de volume há também a diferença na significação e metodologia. A renda para os mais pobres
embora muito pequena ainda,
significa o começo do reconhecimento de que é preciso atacar
as causas históricas que impedem
a construção de uma democracia
de qualidade, ou seja, desenvolvimento com equilíbrio e justiça
social. Importante registrar que
o programa Bolsa Família faz-se
com “dados abertos”, ou seja, por
meio de cadastro unitário e com
a devida transparência. Já em relação ao grupo dos mais ricos, a
transferência de dinheiro público
se faz de modo “fechado”, de forma privada sem subordinação à
exigência da transparência.
Uma das agendas do Governo
Federal no momento é pressionar
a queda da taxa Selic - a taxa básica de juros para os títulos públicos que determina os ganhos dos
rentistas – para que esta regrida a
patamares civilizados. O governo
brasileiro sempre foi pródigo em
relação a remuneração dos títulos públicos comparativamente a
outros países da América Latina
e de outras economias desenvolvidas, favorecendo aqui a lógica
da especulação.
Igualmente, recentemente ouvimos o “brado” da Presidenta
Dilma contra a imoralidade dos
altos juros bancários praticados
na ponta do consumo. Com o dito
de que “não há explicação para
spreads tão altos”, ou seja, para
as taxas de juros praticadas com
ganhos monumentais para banqueiros e rentistas – a Presidenta energizou os gabinetes afins e
provocou um reboliço no mercado, sinalizando claramente que,
assim como no caso da Selic,
não se pode tolerar na ponta do
consumo, taxas de juros absurdamente altas, que são verdadeiras
sangrias nos bolsos dos trabalhadores. De quebra instou a Caixa e
o Banco do Brasil a priorizarem
suas nobres funções de bancos
de fomento e desenvolvimento
social e assim operarem de modo
condizente, posicionando como
referenciais e parâmetro para
as taxas de juros cobradas pelos
bancos privados. A firmeza e o
brado da Presidenta não podia ser
mais salutar. É realmente inaceitável que empréstimos bancários
ao consumidor sejam tomados
em níveis que passam de 100%
a/a e créditos pré-aprovado (cheques especiais e cartões de credito) em torno de 400% a/a, quando
a inflação está contida a 6,5 a/a, e
a captação se faz no máximo na
casa de 0,8% ao mês.
Acrescente-se que os trabalhadores assalariados, aposentados e pensionistas da base da
pirâmide, devido aos baixos sa-
lários, aposentadorias e pensões
irrisórias, obrigam-se a tomar
crédito em tais condições até
mesmo para adquirir alimentos
em supermercados, tão somente para satisfazer necessidades
básicas inadiáveis, ou seja, tudo
converge para transferir cada vez
mais a renda de muitos que muito pouco tem, para poucos que já
muito possuem.
Nesse momento que concluimos em nível nacional as
atividades da 1a. CONSOCIAL
– Conferência de Transparência
e Controle Social, importante
pugnarmos a favor das medidas
de combate a corrupção e do
aperfeiçoamento da máquina administrativa do Estado, para que
igualmente se faça transparente a
histórica desigualdade social que
grassa o país, estudando as suas
causas, denunciando privilégios
para em seguida propor medidas
para corrigir tais distorções. É
hora de abrirmos os dados à nação brasileira e procurar cumprir
o espírito da letra constitucional, bem como acatar a soberana
vontade da maioria, expressa nas
bandeiras populares e nas urnas.
Para isso votamos. Para isso fizemos escolhas.
EM DEBATE: A PROFISSÃO DE CUIDADOR
DA PESSOA IDOSA
A
senadora Marta Suplicy
(PT-SP), promoveu dia
01/06, na PUC-SP, uma
audiência pública sobre a regulamentação da profissão de cuidador de idoso, para discutir aspectos inerentes ao desempenho
da função, tais como o perfil da
formação educacional, direitos
na área trabalhista e possível sobreposição com outras profissões
na área de saúde. O debate visa
colher propostas de complementação e ou supressão da matéria
contida no projeto PLS 284/2011,
que é de autoria do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), do
qual Marta Suplicy é relatora.
A ABAESP, entidade que
participa ativamente dos temas
relacionados aos idosos, aposentados e pensionistas, incluindo
a formação da 1ª. Associação
de Cuidadores de Idosos de São
D
A Superintendente do INSS – Dulcina Aguiar, a Coordenadora do Setorial da
Pessoa Idosa do PT – Maria da Glória, a Senadora Marta Suplicy, o Vice-Presidente
da ABAESP – Arnaldo Muchon, o Diretor da ABAESP – Sebastião Naves e o Diretor
da COBAP – José Ribeiro
Paulo, esteve presente no evento
e ajudou a convocar interessados
contribuindo para a divulgação,
participação e integração do assunto, dentro de uma realidade e
de uma conjuntura na qual, com o
aumento da expectativa de vida,
tornamo-nos um país que envelhece, sem que exista cuidados
e políticas maduras para atendimento à demanda que já se apresenta, sem solução à altura.
Na prática já existem pessoas
atuando como cuidadores de idosos, mas não é uma profissão regulamentada, e o PLS 284/2011,
vem clarear questões como
“quais são as funções de fato e os
limites de atuação do cuidador de
idoso”. Existe uma certa confusão de tarefas e responsabilidade
entre o cuidador de idosos e o(a)
empregado(a) doméstico(a), que
temos de superar, porque não satisfaz as exigências da demanda
que tende a aumentar rapidamente, daí a grande importância do
projeto, incluindo a geração de
empregos.
A ABAESP posicionou-se
contra o que dispunha o artigo
6º, do projeto de lei, que aumenta
em 1/3 (um terço) as penas para
crimes previstos no Estatuto do
idoso (lei 10.741/2003), por entender que descabe tratar matéria
penal quando se está falando em
regulamentação da profissão. Se
tal ocorrer no caso do cuidador
de idoso deve igualmente ocorrer nas leis que regulamentam
ou regulamentaram tantas outras
profissões que se relaciona com
indivíduos vulneráveis, como é o
caso do idoso.
Outro ponto que necessita de
acertos, comparece no artigo 5º, do
PLS 284/2011, que dispõe sobre a
integração de cuidadores de idosos
às equipes públicas de saúde e de
assistência social, pois como está
não garante as respectivas verbas
orçamentárias, nem responsabiliza
qual o órgão que terá tal incumbência. Cabe ainda informar que transita na Câmara três outros projetos
semelhantes, o PL 6966/2006, PL
2880/2008 e 2178/2011, que tratam
do cuidador de pessoas, de modo
genérico e não especificamente da
pessoa idosa.
É responsabilidade da sociedade em geral, buscar aperfeiçoar
ao máximo o texto da futura lei,
prevista no PL 284/11, para que
seja de fato eficiente e duradoura.
São Paulo tem a 1ª Associação de
Cuidadores de Idosos
ia 05 de Maio, em assembléia geral, ocorreu
a eleição de chapa única dos seis membros do primeiro Conselho da Associação
de Cuidadores de Idosos da
Região Metropolitana de São
Paulo – ACIRMESP. A entidade reúne os profissionais cuidadores em torno de objetivos
comuns para o aprimoramento
contínuo por meio de cursos,
fóruns de discussão, estabelecimento de parcerias bem como
acompanhar e dar sugestões
sobre a regulamentação da
profissão. Tramita no Senado
Federal com relatoria da senadora Marta Suplicy (PT/SP), o
PLS 284/2011, destinado a regulamentar a profissão que já
vem sendo praticada há um bom
tempo, atendendo a exigência da
sociedade que tende a envelhecer
rapidamente e cujas famílias, com
seus membros a maioria trabalhando fora, não encontram tempo
para cuidar dos seus idosos ou não
possuem a habilidade requerida.
Por essas razões o cuidador
já é uma profissão reconhecida e
inserida na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério
do Trabalho e Emprego, com o
Código 5162-10. Contudo, São
Paulo não tinha uma entidade que
representasse e unisse os profissionais e assim, em um esforço
conjunto da instituição OLHE –
Observatório da Longevidade, da
Associação de Bancários do Estado de São Paulo-ABAESP, do
Sindicato dos Bancários de São
Paulo, que cedeu a sala para as
reuniões, e da doutora em saúde
pública Marília Berzins e demais
colaboradores, foi proposta a formalização de uma entidade para
organizar o segmento de profissionais voltados aos cuidados à
pessoa idosa, ora consolidada na
ACIRMESP.
A Assembléia contou com
profissionais domiciliados na cidade de São Paulo, no ABC Paulista (São Caetano do Sul, Santo
André), Carapicuíba e Cotia, na
Grande São Paulo. Compõem
a primeira diretoria eleita da
ACIRMESP: Lídia Nadir Giorge,
Presidente, Marilene Gerônimo
da Silva Maciel, Vice-Presidente,
Alice Kiyomi Tomita, 1a. Tesou-
reira, Gersonita Correia Bargallo,
2a. Tesoureira , Daize Rosa, 1a.
Secretaria, Rita de Cássia Vilas
Boas, 2a. Secretária.
Além da homologação do
Conselho Diretor, foram aprovados também os valores das anuidades pagas pelos associados,
além de quatro coordenadorias,
a saber: de Atendimento à
Saúde, de Assistência Social e
Pedagógica, de Comunicação
e Rede Jurídica e Conselho
Fiscal, que passam a compor
a ACIRMESP. Os interessados
em se associar, deverão fazer
contato com Ingrid Mazeto,
pelo telefone (011) 3266.5540.
3
Diretoria dos Aposentados do Sindicato dos
Bancários participa de curso e atividades em Cuba
S
ob o enfoque Desafios e
Alternativas do Sindicalismo Latinoamericano
na Atualidade, desenvolveu-se
o curso na cidade de Havana –
Cuba, através da Escola de Quadros Sindicais “Lazaro Pena”,
do qual participou a diretoria de
Aposentados do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, representada pela diretora, Maria da
Glória Abdo e pelos funcionários do Sindicato dos Bancários
de São Paulo, Cícero dos Santos
e Ricardo Weber. O evento acontece anualmente por motivo da
comemoração do dia 1º de Maio,
e propicia uma grande oportunidade de intercâmbio político sindical com outras delegações da
América latina e Caribe.
Neste ano, estiverem presentes as delegações da Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia,
Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Panamá, Uruguai,
Venezuela e mais a Austrália, o
que proporcionou, além da oportunidade de troca de ideias o estabelecimento de novos laços de
amizade. A viagem conjugou também interesse e oportunidade de
estabelecer contatos com autoridades cubanas da área da saúde, o
que foi especialmente proveitoso
no sentido de fazer evoluir a idéia
de estabelecimento de um programa especial em serviços de gerontologia e geriatria, a ser prestados
por médicos cubanos no Brasil.
Atendendo o objetivo do curso,
ao final, foram elaboradas propostas e alternativas para o Sindicalismo da América Latina e Caribe, as
quais foram assim sintetizadas:
1 – Criação de Escolas Nacionais
Latino Americanas de Formação
Sindical para o desenvolvimento,
aperfeiçoamento e difusão do conhecimento em economia, direito
e ciência laboral, com orientação
e fundamento classista;
Ricardo Weber, Reitor Raymundo Navarro
Fernandez, Maria da Glória e Cícero dos Santos
2 – Desenvolvimento de um Foro
por internet, com utilização e articulação de vias já existentes, como
por exemplo, utilizando a conexão
com a TELESUR;
3 – Que se declare um Dia em
Defesa da Consciência e Liberdade Sindical;
4 – Fortalecimento do movimento e da Unidade Sindical na América Latina e Caribe;
5 – Denúncia no Tribunal Internacional, de modo concreto e espe-
cífico, a escalada de violência
e assassinatos de líderes sindicalistas e caracterização de tais
atos como crime hediondo contra os direitos humanos, contra
a vida e a organização do trabalho e pela imprescritibilidade
dos mesmos;
6 – Criação do Tribunal Internacional Sindical, para atender, processar e julgar questões
de abuso de poder do Capital
nas relações de trabalho.
Visita a uma Instituição de Longa
Permanência em Cuba – Casa San Rafael
E
m vistita a Cuba, um
dos objetivos do Correio
ABAESP era conhecer
asilos e geriatras cubanos para
troca de conhecimentos, contatos
e para elaboração de propostas de
melhorias em nosso sistema de
saúde voltado para o seguimento
da pessoa idosa. Foi gratificante
a visita feita a uma instituição
que cuida dos anciãos cubanos. A
limpeza do local foi o que mais
chamou a atenção, tendo em vista
que Cuba faz pouco uso de detergentes e desinfetantes químicos,
seguido da regular planificação
de cuidados elaborado para cada
um dos asilados, em relação às
suas necessidades (medicamen-
4
tos, banhos de asseio, troca de
fraldas, em alguns casos, etc.).
A visita foi guiada pela diretora da Casa, a Dra. Patria Huerta
que nos mostrou todas as dependências do local como cozinha,
quartos, salas de jogos e a capela.
Ela destacou que além da qualificação profissional, o mais importante é que as pessoas que trabalham com idosos, tenha o desejo
de cuidar do próximo, tenha esta
disposição para o cuidar!
Existe uma iniciativa de proposta de trazer médicos cubanos
para operar no sistema público de
saúde do idoso e o assunto já foi
iniciado com a equipe do Ministro da Saúde Alexandre Padilha.
Dra. Patria Huerta e
Dra. Isis Montano
U
1º de Maio em Cuba tem sabor de
conquista para os Trabalhadores
ma frase de Ernesto Che
Guevara define bem o espírito de comemoração
do 1º de Maio em Cuba: “No soy
un libertador. Los libertadores no
existen. Son los pueblos quienes
se liberan a si mismos”.* O desfile dos trabalhadores tem um sabor
especial porque é preparado e manifestado com a participação de todos os trabalhadores, incluindo jovens e crianças e com uma energia
muito vibrante. Cada cubano faz
questão de comemorar como parte
integrante da história de Cuba, que
após o despertar da consciência
nacional, fez a revolução socialista que libertou a nação e os trabalhadores de uma situação opressiva
que flagelava a autoestima e a dignidade de seus cidadãos.
A marcha durou quase 2 horas
e contou com várias classes trabalhadoras empunhando bandeiras
cubanas gigantes e cartazes referentes à celebração, manifestando
orgulho de sua história de luta e a
importância que cada trabalhador
tem na mudança do rumo de seu
país. Posicionados na tribuna e em
frente dela, estavam cerca de 1.900
dirigentes sindicais de 117 países.
Bandeiras de outros países, centrais sindicais e de apoio às necessidades de Cuba, balançavam nas
mãos dos visitantes que vibravam
com a alegria de fazer parte da celebração histórica.
O bloco dos trabalhadores da
saúde, muito aplaudidos pelos presentes, abriu o desfile e teve grande
destaque em representar um dos
orgulhos de Cuba que é o grande
avanço na medicina em tratamentos e vacinas preventivas e por sua
cooperação com outros países.
Um dos grandes orgulhos desta ilha caribenha estava estampado em muitas faixas que diziam:
“Temos que melhorar e preservar
o socialismo”. Amplamente divulgados eram os cartazes de protestos com as imagens dos Cinco
Patriotas antiterroristas Gerardo
Hernández, Ramón Labañino,
Antonio Guerrero, Fernando
González e René González. Os
grupos bradaram pela liberdade
e imediato regresso ao país destes cubanos presos há mais de 13
anos nos Estados Unidos.
Importante lembrar que a opção, pela luta, pela liberdade e pelo
socialismo, veio dos trabalhadores,
os verdadeiros heróis!
*“Não sou um libertador. Libertadores não existem. São os povos que libertam a si mesmos”
5
Vereadores defendem a criação da
Secretaria Municipal da Pessoa Idosa
A ideia de criação da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa entra mais forte no debate na
Comissão Extraordinária Permanente do Idoso da Câmara Municipal de São Paulo. A proposta tem
apoio de vários seguimentos da sociedade e já vinha sendo defendida pela ABAESP, alguns Vereadores e
outras entidades afins. A novidade agora é que o Vereador GILSON BARRETO propõe que se aproveite
o PL/ 0131/12, que discute a criação do Fundo Municipal do Idoso, para incluir a aprovação da criação
da Secretaria Municipal de Direitos da Pessoa Idosa. O objetivo seria ancorar os recursos, bem como
adequar questões funcionais de organização e execução de políticas públicas, fechando foco na eficiência
e otimização dos resultados, cumprindo o marco legal a respeito, como o Estatuto do Idoso. O jornal
Correio ABAESP ouviu o vereador em entrevista, dia 14/06, em seu gabinete.
entrevista do mês
CORREIO ABAESP –
O senhor, como um dos Vereadores que compõem a mesa
da Comissão Permanente
Extraordinária do Idoso da
Câmara Municipal de São
Paulo, abraçou logo a ideia
de criação de uma Secretaria
Municipal do Idoso. Porque
adotou a postura pró-ativa?
Comungo dessa ideia há
muito tempo. Por mim, o Executivo já teria implantado essa
Secretaria. Sempre procurei
incentivar a busca de uma solução para essa necessidade
em relação ao idoso. Agora,
com esse Projeto de Lei, podemos acrescentar um artigo com a autorização para a
criação imediata da Secretaria
Municipal do Idoso.
CORREIO ABAESP –
O senhor defende que se
aproveite o PL 0131/12 que
discute a criação do Fundo
Municipal do Idoso, inserindo também a criação da Secretaria Municipal do Idoso,
6
para ancorar os recursos,
que de outro modo ficaria
dividido entre a Secretaria
Municipal de Participação
e Parceria, a Secretaria Municipal de Finanças e mais
um outro órgão a ser criado,
o COAT, para assessorar as
decisões e medidas a serem
implementadas. O senhor
acha que a criação da Secretaria Municipal do Idoso,
unificaria e facilitaria essas
ações e atribuições, bem
como a administração das
verbas?
Facilitaria sim, pois quando se cria uma Secretaria, as
verbas só entram no ano seguinte. O que é preciso mesmo é que todas as atividades
e todas as necessidades sejam
concentradas na Secretaria,
que teria vida própria para administrar e gerenciar tudo.
CORREIO ABAESP –
O senhor, que é formado em
contabilidade, mas também
tem formação em direito, vê
descompassos entre a vontade popular, a demanda por
serviços, o marco legal e a
resposta dos órgãos governamentais em relação aos
direitos já consagrados em
lei? Acredita que a criação
de uma Secretaria própria
melhor atenderia as questões de demandas da população idosa, dentro da perspectiva de crescimento dessa
população?
A Secretaria é necessária,
pois já passou do tempo de fazermos isso. Um órgão só é o
suficiente, pois ele cuidará de
todas as questões. O orçamento destinado só caberá a ele,
que vai desenvolver os Programas específicos necessários. Em seguida é que poderá
haver emendas ao orçamento,
mudanças que vão direcionar
verbas específicas. É preciso
união de forças, seja do povo
ou do parlamento, para que
apresentem um projeto para o
Executivo.
CORREIO ABAESP –
O fato de o senhor já ser idoso, nos termos do Estatuto,
apesar da jovialidade, influencia na hora de defender
o direto da pessoa idosa ou
esta seria uma forma ou seu
etilo natural de atuação?
Independe, pois sempre
defendi isso, desde a criação da Secretaria Municipal
de Participação e Parceria.
O parlamento tem a obrigação de apresentar projetos,
fiscalizar a execução, criar
alternativas de melhoria para
a população, uma vez que há
uma ineficiência da máquina
pública. Ou seja, eu, como
vereador, tenho que fazer a
interligação entre o povo e o
poder público a fim de fazer
valer o respeito às necessidades da população. Exemplo
disso é a campanha que criei
e de que participo todos os
anos, que é o Mutirão da Cirurgia de Catarata, uma ação
para os idosos, uma preocupação que sempre tive.
CORREIO ABAESP –
Que outras medidas o senhor acha necessárias para
levar essa sua ideia avante?
Após a criação é que, junto com o próprio segmento,
serão definidas as normas e a
aplicação das mesmas. A partir daí teremos uma ideia dinâmica do que falta. Mas é preciso acima de tudo, educação,
segurança e acessibilidade.
formada a 1ª
turma do curso de
cuidador de idoso
Alunos com a professora Marília Berzins
N
o dia 02 de junho foi
realizada a certificação dos alunos no
curso de Formação de Cuidadores de Idosos, fruto de
uma parceria entre o Sindicato dos Bancários de SP, a
Associação 28 de Agosto de
Educação e Comunicação,
a ABAESP (Associação
dos Bancários Aposentados
do Estado de São Paulo) e
a Olhe – Observatório da
Longevidade. Foram 03
meses de curso, com uma
carga horária de 100 horas,
que teve como objetivo a
capacitação do profissional
para cuidar de idosos com
ou sem limitações para as
atividades diárias, identifi-
cando as necessidades e ex-pectativas do idoso cuidado.
As aulas abordaram eixos
técnicos como envelhecimento, longevidade na atualidade, conceitos gerontológicos,
doenças mais comuns na velhice, nutrição, o auto cuidado e as relações no ambiente
de trabalho. Também tiveram
aulas práticas de banho e ensinamentos sobre higienização
da pessoa cuidada, envelhecimento fisiológico, e outros
temas pertinentes para a formação de um cuidador qualificado tecnicamente. Durante
o curso, os alunos tiveram a
oportunidade de visitar instituições que cuidam de idosos
e suas rotinas.
Os alunos formados sabem que a profissão Cuidador de Idoso, é um segmento que faz parte de um
mercado cheio de oportunidades e carente de qualificação. Embora ainda não seja
uma profissão regulamentada por Lei Federal, existe
uma demanda grande deste
profissional, considerando
que em São Paulo são mais
de 1.300.000 idosos e muitas vezes as famílias não
possuem tempo para cuidar
deste idoso.
O próximo curso começará dia 04/08/2012.
Maiores informações com a
OLHE, telefone (11) 32665540.
7
C
Hospital inaugurado em Curitiba
é referência em saúde do Idoso
uritiba, desde o dia 29
de Março já conta com
o Hospital Zilda Arns,
direcionado ao atendimento da
pessoa idosa. Instalado em terreno de 25 mil metros quadrados
de área e com 9.420 metros de
área construída, o hospital está
totalmente equipado e conta com
central de imagem (tomografia
computadorizada, radiologia,
ecografia, colonoscopia, endoscopia), e já nasce funcionando
integrado a seis centros municipais de urgências médicas. Aparelhado com 141 leitos, 20 leitos
UTI (Unidade de Terapia Intensiva), um centro cirúrgico com
duas salas, enfermarias, área
de emergência, de cuidados intermediários e isolamento, consultórios, área para atendimento
domiciliar, farmácia, salas de
fisioterapia, solário, auditório,
biblioteca, salas de aula, lanchonete e capela, tem capacidade
para 50 mil atendimentos e 10
mil internamentos/ano, além de
oferecer atendimento domiciliar,
exames especializados e cursos
de capacitação em geriatria.
O investimento integralizado foi de R$ 39 milhões, sendo
R$ 19,9 milhões com recursos da prefeitura, R$ 15,3 milhões do Ministério da Saúde e
R$ 3,8 milhões do governo do
Estado. Haverá pela secretária estadual da saúde, um repasse de R$
1,7 milhão para custeio por meio
do Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e
Filantrópicos do SUS Paraná –
HOSPSUS. Segundo o censo do
IBGE de 2010, o Paraná conta
com uma população de 1,2 milhões de idosos, dos quais 16%,
encontra-se em Curitiba. Em função da alta qualidade do sistema,
o Ministério de Saúde vai criar
em Curitiba um “Observatório de
Atenção ao Idoso”, de onde sairão as políticas nacionais para a
saúde dos idosos, disse o secretário nacional de Atenção à Saúde
do Ministério da Saúde, Helvécio
Miranda Magalhães Junior.
Diferentemente de Curitiba,
São Paulo não possui hospital
especializado para o atendimento do segmento da população
idosa e as poucas Unidades de
Referencia em Saúde do Idoso
que existem não estão articuladas para atender os casos de alta
complexidade, não oferecendo
garantia de leitos reservas para
internação na medida em que a
demanda requer.
A ABAESP vem defendendo,
desde 2009, para a Capital e o
Estado de São Paulo, que conta
com uma população idosa de 4,6
milhões de pessoas, sendo 1,4
milhões na Capital, a implantação do Hospital e Instituto do
Idoso, projetado como um centro de referência em saúde pública para o atendimento ao seg-
mento, bem como centro de
pesquisas médicas em enfermidades que acomete a pessoa
idosa, além de de formação e
capacitação de pessoal. Projetos sólidos como o de Curitiba
e conforme defende a ABAESP para São Paulo, representam de fato um grande avanço
e tem a vantagem inequívoca
de concentrar recursos para
melhorar a capacidade de
atendimento, a qualidade e a
eficiência do sistema. Assim,
os recursos materiais e clínicos, os avanços em pesquisa
e a contínua formação acabam
por se integrar num modelo
de excelência, e não por acaso, o ministério da saúde utilizará o Hospital implantado
em Curitiba como um “centro
de atenção” de onde se forjará
as políticas públicas nacional
pró saúde da pessoa idosa.
Certamente esse é o caminho para combater a atual
precarização do atendimento,
conforme por aqui se verifica,
aperfeiçoar as políticas públicas em saúde, garantir investimentos de longo prazos e compatibilizar orçamentos dentro
da expectativa de vida cada
vez maior da população idosa,
cumprindo o ideário já previsto na legislação em vigor.
• Plenárias da ABAESP toda 1ª sexta-feira do mês acontece na sede do Sindicato dos Bancários de SP localizado na Rua São Bento, 413,
a Plenária da ABAESP às 14h. Participe!
• Festa dos Aniversariantes do Mês toda última sexta-feira do mês acontece a Festa dos Aniversariantes na sede da ABAESP na Rua São Bento,
365 – 20º andar às 14h
Diretoria da ABAESP – mandato 2010/2013
Presidenta Maria da Glória Abdo Vice Presidente Arnaldo Muchon Secretário Gilmar Carneiro Secretária Elza da Silva Tesoureiro
Geral Manoel Rodrigues Tesoureiro Paulo Roberto Dias Diretor Jurídico Walnite Gomes de Camargo Diretor Social: Carmelo Polastri
Textos Cícero dos Santos e Ricardo Weber Fotos Ricardo Weber Diagramação Leandro Siman Rua São Bento, 365 – 20º andar –
Telefone (11) 3104-9080 / 3104-5876 Tiragem 5.000 exemplares E-mail [email protected]
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