ABAESP recebe visita da educadora Selma Rocha, diretora da Fundação Perseu Abramo 1º de maio em Cuba tem sabor de conquista para os trabalharores Correio abaesp Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo Edição nº 4 – Junho 2012 Entrevista com Gilson Barreto: Vereadores defendem a criação da Secretaria Municipal da Pessoa Idosa senadora marta suplicy promoveu audiência pública sobre a profissão de cuidador de idoso Formada a 1ª turma do curso de cuidador de idoso abaesp recebe visita de selma rocha A educadora Selma Rocha, diretora da Fundação Perseu Abramo, visitou a Associação dos Bancários Aposentados em um momento descontraído conheceu as instalações e atividades sócio-políticas da nossa entidade. Selma foi coordenadora dos Planos de Educação nas campanhas do Presidente Lula e da atual Presidenta Dilma, Secretária da Educação de Santo André na administração de Celso Daniel e Assessora Parlamentar da Secretaria Municipal de Edu- cação de São Paulo na gestão de Paulo Freire. Selma mostrou-se preocupada com as necessidades e o avanço efetivo dos direitos dispostos no Estatuto do Idoso e junto com a presidenta Maria da Glória ficaram de agendar uma nova reunião para aprofundar o assunto. Participaram da reunião os diretores Arnaldo Muchon e Walnite Camargo, o assessor político do Sindicato dos Bancários de SP Cícero dos Santos e o diretor geral da rede Brasil Atual Paulo Salvador. Arnaldo Muchon, Cícero dos Santos, Maria da Glória, Selma Rocha, Walnite Camargo e Paulo Salvador “DEMOCRACIA, EQUILíBRIO E TRANSPARÊNCIA” A coligação de partidos liderada pelo PT logrou-se vencedora com Lula e Dilma porque ao contrário da banda opositora, comunicou de maneira mais efetiva e defendeu bandeiras e políticas que o povo quer ver implantadas concretamente. Lula quando presidente, entre outros Programas desenvolvimentistas investiu tempo e recursos em uma política de mobilização social. Entre 2001 e 2011, os gastos públicos com inversão em mobilidade, aumentaram em 30%, conforme Relatório do PNUD – Programa Nacional das Nações Unidas, da ONU. Pontua-se que uma transferência de renda de R$13,1 bilhões foi feita anualmente para um contingente de 12,6 milhões de famílias pobres, em média algo em torno de R$1.040,00, ou seja, R$ 86,66 por mês para cada família. O montante transferido concentra-se em grande parte na região norte e nordeste do país e seu resultado social extrapola o âmbito dos beneficiados na medida em que ativou todo o comércio na região, gerando consumo e arrecadação de impostos maiores, conforme ficou comprovado de modo notável nesse curto espaço de tempo. 2 Para quem faz oposição a esse Programa de transferência de renda para os mais pobres, com o argumento de que se trata de “dinheiro aplicado sem a contrapartida da produtividade”, é importante lembrar que há um outro tipo de transferência de renda para os mais ricos em forma de pagamento de juros dos títulos públicos que, somente no ano passado foi algo em torno de R$ 380 bilhões, ou seja, quase 30 vezes mais dinheiro público para uma pequena porção de investidores rentistas, que talvez não chegue a dois milhões de pessoas. Não seria esta, uma forma de direcionar dinheiro público para uma atividade especulativa, não produtiva? Sim, por se tratar de pura especulação deve ser considerada transferência sem contrapartida da produção e sem beneficio social. Além da gritante diferença de volume há também a diferença na significação e metodologia. A renda para os mais pobres embora muito pequena ainda, significa o começo do reconhecimento de que é preciso atacar as causas históricas que impedem a construção de uma democracia de qualidade, ou seja, desenvolvimento com equilíbrio e justiça social. Importante registrar que o programa Bolsa Família faz-se com “dados abertos”, ou seja, por meio de cadastro unitário e com a devida transparência. Já em relação ao grupo dos mais ricos, a transferência de dinheiro público se faz de modo “fechado”, de forma privada sem subordinação à exigência da transparência. Uma das agendas do Governo Federal no momento é pressionar a queda da taxa Selic - a taxa básica de juros para os títulos públicos que determina os ganhos dos rentistas – para que esta regrida a patamares civilizados. O governo brasileiro sempre foi pródigo em relação a remuneração dos títulos públicos comparativamente a outros países da América Latina e de outras economias desenvolvidas, favorecendo aqui a lógica da especulação. Igualmente, recentemente ouvimos o “brado” da Presidenta Dilma contra a imoralidade dos altos juros bancários praticados na ponta do consumo. Com o dito de que “não há explicação para spreads tão altos”, ou seja, para as taxas de juros praticadas com ganhos monumentais para banqueiros e rentistas – a Presidenta energizou os gabinetes afins e provocou um reboliço no mercado, sinalizando claramente que, assim como no caso da Selic, não se pode tolerar na ponta do consumo, taxas de juros absurdamente altas, que são verdadeiras sangrias nos bolsos dos trabalhadores. De quebra instou a Caixa e o Banco do Brasil a priorizarem suas nobres funções de bancos de fomento e desenvolvimento social e assim operarem de modo condizente, posicionando como referenciais e parâmetro para as taxas de juros cobradas pelos bancos privados. A firmeza e o brado da Presidenta não podia ser mais salutar. É realmente inaceitável que empréstimos bancários ao consumidor sejam tomados em níveis que passam de 100% a/a e créditos pré-aprovado (cheques especiais e cartões de credito) em torno de 400% a/a, quando a inflação está contida a 6,5 a/a, e a captação se faz no máximo na casa de 0,8% ao mês. Acrescente-se que os trabalhadores assalariados, aposentados e pensionistas da base da pirâmide, devido aos baixos sa- lários, aposentadorias e pensões irrisórias, obrigam-se a tomar crédito em tais condições até mesmo para adquirir alimentos em supermercados, tão somente para satisfazer necessidades básicas inadiáveis, ou seja, tudo converge para transferir cada vez mais a renda de muitos que muito pouco tem, para poucos que já muito possuem. Nesse momento que concluimos em nível nacional as atividades da 1a. CONSOCIAL – Conferência de Transparência e Controle Social, importante pugnarmos a favor das medidas de combate a corrupção e do aperfeiçoamento da máquina administrativa do Estado, para que igualmente se faça transparente a histórica desigualdade social que grassa o país, estudando as suas causas, denunciando privilégios para em seguida propor medidas para corrigir tais distorções. É hora de abrirmos os dados à nação brasileira e procurar cumprir o espírito da letra constitucional, bem como acatar a soberana vontade da maioria, expressa nas bandeiras populares e nas urnas. Para isso votamos. Para isso fizemos escolhas. EM DEBATE: A PROFISSÃO DE CUIDADOR DA PESSOA IDOSA A senadora Marta Suplicy (PT-SP), promoveu dia 01/06, na PUC-SP, uma audiência pública sobre a regulamentação da profissão de cuidador de idoso, para discutir aspectos inerentes ao desempenho da função, tais como o perfil da formação educacional, direitos na área trabalhista e possível sobreposição com outras profissões na área de saúde. O debate visa colher propostas de complementação e ou supressão da matéria contida no projeto PLS 284/2011, que é de autoria do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), do qual Marta Suplicy é relatora. A ABAESP, entidade que participa ativamente dos temas relacionados aos idosos, aposentados e pensionistas, incluindo a formação da 1ª. Associação de Cuidadores de Idosos de São D A Superintendente do INSS – Dulcina Aguiar, a Coordenadora do Setorial da Pessoa Idosa do PT – Maria da Glória, a Senadora Marta Suplicy, o Vice-Presidente da ABAESP – Arnaldo Muchon, o Diretor da ABAESP – Sebastião Naves e o Diretor da COBAP – José Ribeiro Paulo, esteve presente no evento e ajudou a convocar interessados contribuindo para a divulgação, participação e integração do assunto, dentro de uma realidade e de uma conjuntura na qual, com o aumento da expectativa de vida, tornamo-nos um país que envelhece, sem que exista cuidados e políticas maduras para atendimento à demanda que já se apresenta, sem solução à altura. Na prática já existem pessoas atuando como cuidadores de idosos, mas não é uma profissão regulamentada, e o PLS 284/2011, vem clarear questões como “quais são as funções de fato e os limites de atuação do cuidador de idoso”. Existe uma certa confusão de tarefas e responsabilidade entre o cuidador de idosos e o(a) empregado(a) doméstico(a), que temos de superar, porque não satisfaz as exigências da demanda que tende a aumentar rapidamente, daí a grande importância do projeto, incluindo a geração de empregos. A ABAESP posicionou-se contra o que dispunha o artigo 6º, do projeto de lei, que aumenta em 1/3 (um terço) as penas para crimes previstos no Estatuto do idoso (lei 10.741/2003), por entender que descabe tratar matéria penal quando se está falando em regulamentação da profissão. Se tal ocorrer no caso do cuidador de idoso deve igualmente ocorrer nas leis que regulamentam ou regulamentaram tantas outras profissões que se relaciona com indivíduos vulneráveis, como é o caso do idoso. Outro ponto que necessita de acertos, comparece no artigo 5º, do PLS 284/2011, que dispõe sobre a integração de cuidadores de idosos às equipes públicas de saúde e de assistência social, pois como está não garante as respectivas verbas orçamentárias, nem responsabiliza qual o órgão que terá tal incumbência. Cabe ainda informar que transita na Câmara três outros projetos semelhantes, o PL 6966/2006, PL 2880/2008 e 2178/2011, que tratam do cuidador de pessoas, de modo genérico e não especificamente da pessoa idosa. É responsabilidade da sociedade em geral, buscar aperfeiçoar ao máximo o texto da futura lei, prevista no PL 284/11, para que seja de fato eficiente e duradoura. São Paulo tem a 1ª Associação de Cuidadores de Idosos ia 05 de Maio, em assembléia geral, ocorreu a eleição de chapa única dos seis membros do primeiro Conselho da Associação de Cuidadores de Idosos da Região Metropolitana de São Paulo – ACIRMESP. A entidade reúne os profissionais cuidadores em torno de objetivos comuns para o aprimoramento contínuo por meio de cursos, fóruns de discussão, estabelecimento de parcerias bem como acompanhar e dar sugestões sobre a regulamentação da profissão. Tramita no Senado Federal com relatoria da senadora Marta Suplicy (PT/SP), o PLS 284/2011, destinado a regulamentar a profissão que já vem sendo praticada há um bom tempo, atendendo a exigência da sociedade que tende a envelhecer rapidamente e cujas famílias, com seus membros a maioria trabalhando fora, não encontram tempo para cuidar dos seus idosos ou não possuem a habilidade requerida. Por essas razões o cuidador já é uma profissão reconhecida e inserida na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego, com o Código 5162-10. Contudo, São Paulo não tinha uma entidade que representasse e unisse os profissionais e assim, em um esforço conjunto da instituição OLHE – Observatório da Longevidade, da Associação de Bancários do Estado de São Paulo-ABAESP, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que cedeu a sala para as reuniões, e da doutora em saúde pública Marília Berzins e demais colaboradores, foi proposta a formalização de uma entidade para organizar o segmento de profissionais voltados aos cuidados à pessoa idosa, ora consolidada na ACIRMESP. A Assembléia contou com profissionais domiciliados na cidade de São Paulo, no ABC Paulista (São Caetano do Sul, Santo André), Carapicuíba e Cotia, na Grande São Paulo. Compõem a primeira diretoria eleita da ACIRMESP: Lídia Nadir Giorge, Presidente, Marilene Gerônimo da Silva Maciel, Vice-Presidente, Alice Kiyomi Tomita, 1a. Tesou- reira, Gersonita Correia Bargallo, 2a. Tesoureira , Daize Rosa, 1a. Secretaria, Rita de Cássia Vilas Boas, 2a. Secretária. Além da homologação do Conselho Diretor, foram aprovados também os valores das anuidades pagas pelos associados, além de quatro coordenadorias, a saber: de Atendimento à Saúde, de Assistência Social e Pedagógica, de Comunicação e Rede Jurídica e Conselho Fiscal, que passam a compor a ACIRMESP. Os interessados em se associar, deverão fazer contato com Ingrid Mazeto, pelo telefone (011) 3266.5540. 3 Diretoria dos Aposentados do Sindicato dos Bancários participa de curso e atividades em Cuba S ob o enfoque Desafios e Alternativas do Sindicalismo Latinoamericano na Atualidade, desenvolveu-se o curso na cidade de Havana – Cuba, através da Escola de Quadros Sindicais “Lazaro Pena”, do qual participou a diretoria de Aposentados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, representada pela diretora, Maria da Glória Abdo e pelos funcionários do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Cícero dos Santos e Ricardo Weber. O evento acontece anualmente por motivo da comemoração do dia 1º de Maio, e propicia uma grande oportunidade de intercâmbio político sindical com outras delegações da América latina e Caribe. Neste ano, estiverem presentes as delegações da Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Panamá, Uruguai, Venezuela e mais a Austrália, o que proporcionou, além da oportunidade de troca de ideias o estabelecimento de novos laços de amizade. A viagem conjugou também interesse e oportunidade de estabelecer contatos com autoridades cubanas da área da saúde, o que foi especialmente proveitoso no sentido de fazer evoluir a idéia de estabelecimento de um programa especial em serviços de gerontologia e geriatria, a ser prestados por médicos cubanos no Brasil. Atendendo o objetivo do curso, ao final, foram elaboradas propostas e alternativas para o Sindicalismo da América Latina e Caribe, as quais foram assim sintetizadas: 1 – Criação de Escolas Nacionais Latino Americanas de Formação Sindical para o desenvolvimento, aperfeiçoamento e difusão do conhecimento em economia, direito e ciência laboral, com orientação e fundamento classista; Ricardo Weber, Reitor Raymundo Navarro Fernandez, Maria da Glória e Cícero dos Santos 2 – Desenvolvimento de um Foro por internet, com utilização e articulação de vias já existentes, como por exemplo, utilizando a conexão com a TELESUR; 3 – Que se declare um Dia em Defesa da Consciência e Liberdade Sindical; 4 – Fortalecimento do movimento e da Unidade Sindical na América Latina e Caribe; 5 – Denúncia no Tribunal Internacional, de modo concreto e espe- cífico, a escalada de violência e assassinatos de líderes sindicalistas e caracterização de tais atos como crime hediondo contra os direitos humanos, contra a vida e a organização do trabalho e pela imprescritibilidade dos mesmos; 6 – Criação do Tribunal Internacional Sindical, para atender, processar e julgar questões de abuso de poder do Capital nas relações de trabalho. Visita a uma Instituição de Longa Permanência em Cuba – Casa San Rafael E m vistita a Cuba, um dos objetivos do Correio ABAESP era conhecer asilos e geriatras cubanos para troca de conhecimentos, contatos e para elaboração de propostas de melhorias em nosso sistema de saúde voltado para o seguimento da pessoa idosa. Foi gratificante a visita feita a uma instituição que cuida dos anciãos cubanos. A limpeza do local foi o que mais chamou a atenção, tendo em vista que Cuba faz pouco uso de detergentes e desinfetantes químicos, seguido da regular planificação de cuidados elaborado para cada um dos asilados, em relação às suas necessidades (medicamen- 4 tos, banhos de asseio, troca de fraldas, em alguns casos, etc.). A visita foi guiada pela diretora da Casa, a Dra. Patria Huerta que nos mostrou todas as dependências do local como cozinha, quartos, salas de jogos e a capela. Ela destacou que além da qualificação profissional, o mais importante é que as pessoas que trabalham com idosos, tenha o desejo de cuidar do próximo, tenha esta disposição para o cuidar! Existe uma iniciativa de proposta de trazer médicos cubanos para operar no sistema público de saúde do idoso e o assunto já foi iniciado com a equipe do Ministro da Saúde Alexandre Padilha. Dra. Patria Huerta e Dra. Isis Montano U 1º de Maio em Cuba tem sabor de conquista para os Trabalhadores ma frase de Ernesto Che Guevara define bem o espírito de comemoração do 1º de Maio em Cuba: “No soy un libertador. Los libertadores no existen. Son los pueblos quienes se liberan a si mismos”.* O desfile dos trabalhadores tem um sabor especial porque é preparado e manifestado com a participação de todos os trabalhadores, incluindo jovens e crianças e com uma energia muito vibrante. Cada cubano faz questão de comemorar como parte integrante da história de Cuba, que após o despertar da consciência nacional, fez a revolução socialista que libertou a nação e os trabalhadores de uma situação opressiva que flagelava a autoestima e a dignidade de seus cidadãos. A marcha durou quase 2 horas e contou com várias classes trabalhadoras empunhando bandeiras cubanas gigantes e cartazes referentes à celebração, manifestando orgulho de sua história de luta e a importância que cada trabalhador tem na mudança do rumo de seu país. Posicionados na tribuna e em frente dela, estavam cerca de 1.900 dirigentes sindicais de 117 países. Bandeiras de outros países, centrais sindicais e de apoio às necessidades de Cuba, balançavam nas mãos dos visitantes que vibravam com a alegria de fazer parte da celebração histórica. O bloco dos trabalhadores da saúde, muito aplaudidos pelos presentes, abriu o desfile e teve grande destaque em representar um dos orgulhos de Cuba que é o grande avanço na medicina em tratamentos e vacinas preventivas e por sua cooperação com outros países. Um dos grandes orgulhos desta ilha caribenha estava estampado em muitas faixas que diziam: “Temos que melhorar e preservar o socialismo”. Amplamente divulgados eram os cartazes de protestos com as imagens dos Cinco Patriotas antiterroristas Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González. Os grupos bradaram pela liberdade e imediato regresso ao país destes cubanos presos há mais de 13 anos nos Estados Unidos. Importante lembrar que a opção, pela luta, pela liberdade e pelo socialismo, veio dos trabalhadores, os verdadeiros heróis! *“Não sou um libertador. Libertadores não existem. São os povos que libertam a si mesmos” 5 Vereadores defendem a criação da Secretaria Municipal da Pessoa Idosa A ideia de criação da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa entra mais forte no debate na Comissão Extraordinária Permanente do Idoso da Câmara Municipal de São Paulo. A proposta tem apoio de vários seguimentos da sociedade e já vinha sendo defendida pela ABAESP, alguns Vereadores e outras entidades afins. A novidade agora é que o Vereador GILSON BARRETO propõe que se aproveite o PL/ 0131/12, que discute a criação do Fundo Municipal do Idoso, para incluir a aprovação da criação da Secretaria Municipal de Direitos da Pessoa Idosa. O objetivo seria ancorar os recursos, bem como adequar questões funcionais de organização e execução de políticas públicas, fechando foco na eficiência e otimização dos resultados, cumprindo o marco legal a respeito, como o Estatuto do Idoso. O jornal Correio ABAESP ouviu o vereador em entrevista, dia 14/06, em seu gabinete. entrevista do mês CORREIO ABAESP – O senhor, como um dos Vereadores que compõem a mesa da Comissão Permanente Extraordinária do Idoso da Câmara Municipal de São Paulo, abraçou logo a ideia de criação de uma Secretaria Municipal do Idoso. Porque adotou a postura pró-ativa? Comungo dessa ideia há muito tempo. Por mim, o Executivo já teria implantado essa Secretaria. Sempre procurei incentivar a busca de uma solução para essa necessidade em relação ao idoso. Agora, com esse Projeto de Lei, podemos acrescentar um artigo com a autorização para a criação imediata da Secretaria Municipal do Idoso. CORREIO ABAESP – O senhor defende que se aproveite o PL 0131/12 que discute a criação do Fundo Municipal do Idoso, inserindo também a criação da Secretaria Municipal do Idoso, 6 para ancorar os recursos, que de outro modo ficaria dividido entre a Secretaria Municipal de Participação e Parceria, a Secretaria Municipal de Finanças e mais um outro órgão a ser criado, o COAT, para assessorar as decisões e medidas a serem implementadas. O senhor acha que a criação da Secretaria Municipal do Idoso, unificaria e facilitaria essas ações e atribuições, bem como a administração das verbas? Facilitaria sim, pois quando se cria uma Secretaria, as verbas só entram no ano seguinte. O que é preciso mesmo é que todas as atividades e todas as necessidades sejam concentradas na Secretaria, que teria vida própria para administrar e gerenciar tudo. CORREIO ABAESP – O senhor, que é formado em contabilidade, mas também tem formação em direito, vê descompassos entre a vontade popular, a demanda por serviços, o marco legal e a resposta dos órgãos governamentais em relação aos direitos já consagrados em lei? Acredita que a criação de uma Secretaria própria melhor atenderia as questões de demandas da população idosa, dentro da perspectiva de crescimento dessa população? A Secretaria é necessária, pois já passou do tempo de fazermos isso. Um órgão só é o suficiente, pois ele cuidará de todas as questões. O orçamento destinado só caberá a ele, que vai desenvolver os Programas específicos necessários. Em seguida é que poderá haver emendas ao orçamento, mudanças que vão direcionar verbas específicas. É preciso união de forças, seja do povo ou do parlamento, para que apresentem um projeto para o Executivo. CORREIO ABAESP – O fato de o senhor já ser idoso, nos termos do Estatuto, apesar da jovialidade, influencia na hora de defender o direto da pessoa idosa ou esta seria uma forma ou seu etilo natural de atuação? Independe, pois sempre defendi isso, desde a criação da Secretaria Municipal de Participação e Parceria. O parlamento tem a obrigação de apresentar projetos, fiscalizar a execução, criar alternativas de melhoria para a população, uma vez que há uma ineficiência da máquina pública. Ou seja, eu, como vereador, tenho que fazer a interligação entre o povo e o poder público a fim de fazer valer o respeito às necessidades da população. Exemplo disso é a campanha que criei e de que participo todos os anos, que é o Mutirão da Cirurgia de Catarata, uma ação para os idosos, uma preocupação que sempre tive. CORREIO ABAESP – Que outras medidas o senhor acha necessárias para levar essa sua ideia avante? Após a criação é que, junto com o próprio segmento, serão definidas as normas e a aplicação das mesmas. A partir daí teremos uma ideia dinâmica do que falta. Mas é preciso acima de tudo, educação, segurança e acessibilidade. formada a 1ª turma do curso de cuidador de idoso Alunos com a professora Marília Berzins N o dia 02 de junho foi realizada a certificação dos alunos no curso de Formação de Cuidadores de Idosos, fruto de uma parceria entre o Sindicato dos Bancários de SP, a Associação 28 de Agosto de Educação e Comunicação, a ABAESP (Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo) e a Olhe – Observatório da Longevidade. Foram 03 meses de curso, com uma carga horária de 100 horas, que teve como objetivo a capacitação do profissional para cuidar de idosos com ou sem limitações para as atividades diárias, identifi- cando as necessidades e ex-pectativas do idoso cuidado. As aulas abordaram eixos técnicos como envelhecimento, longevidade na atualidade, conceitos gerontológicos, doenças mais comuns na velhice, nutrição, o auto cuidado e as relações no ambiente de trabalho. Também tiveram aulas práticas de banho e ensinamentos sobre higienização da pessoa cuidada, envelhecimento fisiológico, e outros temas pertinentes para a formação de um cuidador qualificado tecnicamente. Durante o curso, os alunos tiveram a oportunidade de visitar instituições que cuidam de idosos e suas rotinas. Os alunos formados sabem que a profissão Cuidador de Idoso, é um segmento que faz parte de um mercado cheio de oportunidades e carente de qualificação. Embora ainda não seja uma profissão regulamentada por Lei Federal, existe uma demanda grande deste profissional, considerando que em São Paulo são mais de 1.300.000 idosos e muitas vezes as famílias não possuem tempo para cuidar deste idoso. O próximo curso começará dia 04/08/2012. Maiores informações com a OLHE, telefone (11) 32665540. 7 C Hospital inaugurado em Curitiba é referência em saúde do Idoso uritiba, desde o dia 29 de Março já conta com o Hospital Zilda Arns, direcionado ao atendimento da pessoa idosa. Instalado em terreno de 25 mil metros quadrados de área e com 9.420 metros de área construída, o hospital está totalmente equipado e conta com central de imagem (tomografia computadorizada, radiologia, ecografia, colonoscopia, endoscopia), e já nasce funcionando integrado a seis centros municipais de urgências médicas. Aparelhado com 141 leitos, 20 leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva), um centro cirúrgico com duas salas, enfermarias, área de emergência, de cuidados intermediários e isolamento, consultórios, área para atendimento domiciliar, farmácia, salas de fisioterapia, solário, auditório, biblioteca, salas de aula, lanchonete e capela, tem capacidade para 50 mil atendimentos e 10 mil internamentos/ano, além de oferecer atendimento domiciliar, exames especializados e cursos de capacitação em geriatria. O investimento integralizado foi de R$ 39 milhões, sendo R$ 19,9 milhões com recursos da prefeitura, R$ 15,3 milhões do Ministério da Saúde e R$ 3,8 milhões do governo do Estado. Haverá pela secretária estadual da saúde, um repasse de R$ 1,7 milhão para custeio por meio do Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS Paraná – HOSPSUS. Segundo o censo do IBGE de 2010, o Paraná conta com uma população de 1,2 milhões de idosos, dos quais 16%, encontra-se em Curitiba. Em função da alta qualidade do sistema, o Ministério de Saúde vai criar em Curitiba um “Observatório de Atenção ao Idoso”, de onde sairão as políticas nacionais para a saúde dos idosos, disse o secretário nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Junior. Diferentemente de Curitiba, São Paulo não possui hospital especializado para o atendimento do segmento da população idosa e as poucas Unidades de Referencia em Saúde do Idoso que existem não estão articuladas para atender os casos de alta complexidade, não oferecendo garantia de leitos reservas para internação na medida em que a demanda requer. A ABAESP vem defendendo, desde 2009, para a Capital e o Estado de São Paulo, que conta com uma população idosa de 4,6 milhões de pessoas, sendo 1,4 milhões na Capital, a implantação do Hospital e Instituto do Idoso, projetado como um centro de referência em saúde pública para o atendimento ao seg- mento, bem como centro de pesquisas médicas em enfermidades que acomete a pessoa idosa, além de de formação e capacitação de pessoal. Projetos sólidos como o de Curitiba e conforme defende a ABAESP para São Paulo, representam de fato um grande avanço e tem a vantagem inequívoca de concentrar recursos para melhorar a capacidade de atendimento, a qualidade e a eficiência do sistema. Assim, os recursos materiais e clínicos, os avanços em pesquisa e a contínua formação acabam por se integrar num modelo de excelência, e não por acaso, o ministério da saúde utilizará o Hospital implantado em Curitiba como um “centro de atenção” de onde se forjará as políticas públicas nacional pró saúde da pessoa idosa. Certamente esse é o caminho para combater a atual precarização do atendimento, conforme por aqui se verifica, aperfeiçoar as políticas públicas em saúde, garantir investimentos de longo prazos e compatibilizar orçamentos dentro da expectativa de vida cada vez maior da população idosa, cumprindo o ideário já previsto na legislação em vigor. • Plenárias da ABAESP toda 1ª sexta-feira do mês acontece na sede do Sindicato dos Bancários de SP localizado na Rua São Bento, 413, a Plenária da ABAESP às 14h. Participe! • Festa dos Aniversariantes do Mês toda última sexta-feira do mês acontece a Festa dos Aniversariantes na sede da ABAESP na Rua São Bento, 365 – 20º andar às 14h Diretoria da ABAESP – mandato 2010/2013 Presidenta Maria da Glória Abdo Vice Presidente Arnaldo Muchon Secretário Gilmar Carneiro Secretária Elza da Silva Tesoureiro Geral Manoel Rodrigues Tesoureiro Paulo Roberto Dias Diretor Jurídico Walnite Gomes de Camargo Diretor Social: Carmelo Polastri Textos Cícero dos Santos e Ricardo Weber Fotos Ricardo Weber Diagramação Leandro Siman Rua São Bento, 365 – 20º andar – Telefone (11) 3104-9080 / 3104-5876 Tiragem 5.000 exemplares E-mail [email protected] 8 apoio