INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE AS ABELHAS
Para apicultores e pesquisadores, a alta incidência de ataques de abelhas
contra pessoas está intimamente ligada à ocupação dos hábitats naturais dos
insetos pelos seres humanos. “Não é a abelha que está invadindo a cidade, mas a
cidade que está invadindo os ambientes naturais, cada vez mais escassos”, em
consequência, as colmeias começam a aparecer em áreas semiurbanas, como as
periferias das cidades.
As abelhas só atacam ao se sentirem ameaçadas. Muito barulho próximo às
colméias, por exemplo, pode desencadear acidentes. Os enxames são mais comuns
entre setembro e março, período de maior reprodução e quando há mais néctar
disponível na natureza.
Os acidentes também são acentuados pela própria característica genética do
inseto – hoje, a espécie mais comum é a dita “africanizada”, mais agressiva, que foi
introduzida no Brasil, na década de 1950.
Mesmo com o perigo de ataques, entretanto, o extermínio é proibido por lei. A
abelha é um elo vital da natureza. Se ela não polinizar, não teremos sementes
férteis, teremos menos matas, lençóis freáticos menores, oscilações climáticas e
quebra de produtividade de flores, safras e frutas.
ORIENTAÇÕES:
− Fique atento à existência de colméias em sua casa. Assim que descobrir
alguma, ainda em formação, chame um apicultor para fazer a retirada. As
abelhas não têm preferência por locais específicos, mas é comum encontrálas em claraboias, embaixo dos telhados, caixas, latas, baldes vazios, carros
abandonados, madeira empilhada, moirões de cercas, galhos e ocos de
árvores, garagens, muros, telhados, tubos, quase sempre locais que as
protegem da chuva (locais cobertos);
− Em casos de formação de colméias em residências, é de responsabilidade do
proprietário em acionar uma empresa de apicultura especializada para a
remoção do foco, mas nos casos mais críticos o Corpo de Bombeiros deve
ser acionado (pelo telefone 193);
− Como regra geral, mantenha-se afastado de todo enxame ou colméia;
− Quanto mais escura a sua roupa, tanto mais elas podem atacar. Cores
escuras alvoroçam as abelhas, que só enxergam direito às cores mais
escuras. É por esse motivo que a maioria dos macacões de apicultores, são
de cores brancas ou claras, porque essas cores as acalmam;
− Evite movimentos bruscos e excessivos quando próximo a colméias;
− Não use perfume, sabonete, loção pós-barba e spray fixador para cabelo
próximo a enxames e colméias;
− Evite operar qualquer máquina barulhenta próxima às colméias. Examine a
área de trabalho antes de usar equipamentos motorizados;
− Ensine as crianças a se precaverem e não molestarem as abelhas;
− Som alto, como de motor de carro, cortador de grama e demais veículos e
máquinas, pode alvoroçar a colméia;
− Observe se há abelhas entrando ou saindo do mesmo lugar;
− Pessoas alérgicas a picada de insetos devem evitar caminhadas em áreas de
mata, pois para quem é sensível ao veneno da abelha, apenas uma picada
pode ser suficiente para gerar um choque anafilático.
EM CASO DE ATAQUES DE ABELHAS VOCÊ DEVE:
− A primeira recomendação é correr para longe, se possível. Se afastar
rapidamente do epicentro do acontecimento, continua sendo a maneira mais
simples e eficiente de minimizar um ataque de abelhas.
− Correr em zigue zague, porque os insetos se deslocam juntos, em linha reta;
− Procurar abrigo em um lugar seguro;
− Procurar rapidamente algum arbusto ou vegetação fechada, entrar o mais que
puder debaixo da folhagem, ficando imóvel e em silêncio. Outra possibilidade,
esta para locais de vegetação rasteira, é permanecer deitado e de bruços
(barriga para baixo). No capinzal, deite e se enfie o mais que puder, cobrindose puxando-o pra cima de sí. Cubra a cabeça com os braços e tente não
deixar muitas aberturas na sua roupa;
− Acionar o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193. Os bombeiros somente
atendem a ocorrências graves, mas dependendo da situação isolam a área,
oferecem orientações por telefone, e informam os apicultores cadastrados
para fazer a retirada da colméia;
− Não gritar, elas são atraídas por ruídos, principalmente os agudos;
− Cobrir a cabeça com uma blusa ou pano para evitar que elas entrem na boca,
no nariz ou ouvido, evitando também picadas nestas regiões do corpo que
são mais sensíveis;
−
Mergulhar em algum local próximo, como piscina, lagoa ou rio. MAS
ATENÇÃO: só faça isso se você souber nadar, para não correr o risco de se
afogar;
− Evitar passar a mão sobre a picada, para não liberar mais veneno;
− Ao se defender, nunca mate a abelha no corpo, porque ela irá liberar o
feromônio que dá sinal de alerta para o resto da colméia;
− Se você tem várias abelhas grudando em você, entre na vegetação em
silêncio e vá se esfregando nas moitas (quando há moitas pra se esfregar),
que além de derrubar aquelas penduradas pelo ferrão vai disfarçando o
cheiro do hormônio de ataque nas folhas;
− Procurar o serviço de saúde. Pessoas alérgicas podem ter choque anafilático
os principais sintomas são inchaço no local da picada, alteração dos
batimentos cardíacos e inchaço das vias aéreas. Nesse caso, os bombeiros
devem ser chamados para prestar o atendimento Pré Hospitalar no local;
− Não tente afugentar as abelhas por conta própria, com o uso de fogo ou
qualquer outra tática. O ideal é chamar um apicultor para que ele, munido da
vestimenta e equipamentos adequados, faça a retirada da colméia.
Obs.Extintores de incêndio, sejam qual for, nunca estão disponíveis em casos de
ataques, e seu raio de ação é restrito .
REFERÊNCIAS
http:www.marski.org/artigos/interesse-geral/1-abelhas-conhecendo-e-evitandoataques - Acesso em 14 setembro 2012;
http://www.abelhas.noradar.com/ataques.htm - Acesso em 14 setembro 2012;
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?
id=1218793&tit=Ataques-de-abelhas-crescem-e-sinalizam-risco-ambiental - Acesso
em 14 setembro 2012;
www.abelhas.noradar.com/ataques.htm - Acesso em 14 setembro 2012.
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