MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO PROGRAMA DE DISCIPLINA CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA 30124212 SISTEMAS ESTRUTURAIS Total Teórica Prática 90 h - - CARGA HORÁRIA SEMANAL: 3 horas DEPTO OFERTANTE Engenharia Civil CURSO Engenharia Sanitária e Ambiental Seriado X REGIME Crédito N.º Créditos - OBJETIVO Fornecer subsídios para a compreensão dos materiais: aço, madeira e concreto armado no que diz respeito a sua utilização como elemento estrutural em construções, apresentando noções para o cálculo e dimensionamento desses elementos. EMENTA AÇO E MADEIRA: Introdução: histórico, aplicações, obtenção, classificação e caracterização. Considerações quanto aos métodos de dimensionamento. Noções de aços e segurança. Aspectos normativos e especificações. Sistemas e processos construtivos de obras em aço e madeira. Dimensionamento de barras sob tração, compressão, flexão e cisalhamento. Ligações. CONCRETO ARMADO: Introdução: conceitos gerais, histórico, estados de tensões, caracterização dos estádios, materiais empregados. Características e propriedades dos materiais. Sistemas estruturais: Componentes das estruturas, critérios para dimensionamento e avaliação de esforços. Dimensionamento nos estádios II e III. Aspectos do detalhamento de lajes, vigas, pilares, sapatas e caixa d’água. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Item Conteúdo I - ESTRUTURAS DE MADEIRA 1 – Madeira como material estrutural, classificação das árvores; fisiologia; estrutura interna da madeira; componentes químicos da madeira; 2 – Propriedades das madeiras: densidade, resistência, rigidez e umidade. Condições de referência: condição padrão de referência; condições especiais de emprego; classes de serviços. Caracterização das propriedades das madeiras: caracterização completa da resistência da madeira; caracterização mínima da resistência de espécies pouco conhecidas; caracterização simplificada da resistência de espécies pouco conhecidas; caracterização simplificada da resistência; caracterização da rigidez da madeira. Classe de resistência. Valores representativos: valores médios; característicos; de cálculo; coeficientes de modificação; de ponderação para estados limites últimos; de ponderação para estados limites de utilização; estimativa de resistência característica; investigação direta da resistência; estimativa da rigidez. II 3 – Considerações de projeto das estruturas de madeira. Introdução: componentes do projeto. Hipóteses de segurança. Estados limites últimos: ações, carregamentos e esforços atuantes em estados limites últimos, critérios gerais, carregamentos das construções correntes com duas cargas acidentais de naturezas diferentes, combinações últimas nas construções correntes com duas cargas acidentais de naturezas diferentes. Esforços resistentes em estados limites últimos: critérios gerais, tração paralelas às fibras, tração normal às fibras, compressão normal às fibras, resistência de embutimento, valores de cálculo, resistências usuais de cálculo, resistência a tensões inclinadas em relação às fibras das madeiras. Solicitações normais: tração, compressão, flexão simples reta, flexão simples oblíqua, flexo – tração e flexo – compressão. Solicitações tangenciais: cisalhamento longitudinal em vigas, cargas concentradas junto a apoios diretos, vigas entalhadas, torção. Estabilidade: excentricidade acidental mínima, compressão de peças esbeltas, estabilidade lateral das vigas de seção retangular. 4 – Ligações em estruturas de madeira. Ligações mecânicas, excêntricas e com cola. Critérios de dimensionamento das ligações: resistência de embutimento da madeira. Ligações com pinos, pré-furação das ligações pregadas, pré-furação das ligações parafusadas, resistência dos pinos, ligações com cavilhas, pré-furação das ligações com cavilhas, resistência de uma cavilha, ligações com conectores e ligações com anéis metálicos. 5 – Estados limites de utilização: critérios gerais, estados limites a considerar, critério de verificação de segurança. 6 – Disposições construtivas e qualidade das estruturas da madeira: disposições gerais, dimensões mínimas, dimensões mínimas das seções transversais, diâmetros mínimos de pinos ou cavilhas, diâmetros mínimos das arruelas, espessura mínima das chapas de aço, esbeltez máxima, contra-flecha. Classificação das peças de madeira serrada, durabilidade da madeira. ESTRUTURAS DE AÇO 1 – Tipos e propriedades dos aços estruturais. Definições. Notícia histórica. Processo de fabricação. Tratamento técnico. Tipos de aços estruturais. Perfis estruturais. Fios trefilados e cabos. Propriedades mecânicas dos aços: ensaios de tração e cisalhamento simples em temperatura atmosférica, resistência do aço sob tensões combinadas, dureza, ductilidade, tenacidade e resistência, efeito de baixa temperatura, ruptura frágil, efeito de temperatura elevada, fadiga. 2 – Processos de cálculo das estruturas metálicas. Normas técnicas para as estruturas metálicas. Teorias elásticas e plásticas do dimensionamento: em regime elástico em regime plástico, coeficiente de segurança, conceito de rótula plástica. 3 – Solicitações normais. Peças tracionadas: tipos construtivos; critérios de dimensionamento; seção líquida. Dimensionamento de peças comprimidas – flambagem: seções transversais de peças comprimidas; flambagem; flambagem inelástica; limites de esbeltez de pilares; flambagem global e local. Cálculo de perfis compostos à flambagem. Flambagem à flexão composta no plano do momento fletor. 4 – Ligações com conectores: tipos; critérios de projeto de rebites, dos parafusos comuns e dos parafusos de alta resistência; fadiga dos conectores. Disposições construtivas: tipos de emendas; ligações excêntrica por corte; conectores solicitados a tração simples e a tração e corte. 5 – Ligações com solda. Processos construtivos. Tipos de eletrodos. Soldabilidade dos aços estruturais; defeitos, controle e inspeção da solda. Tipos de ligação por solda: posições de soldagem com eletrodo; tipos de solda. Elementos construtivos para projeto. Tensões combinadas de cisalhamentoe tração ou compressão. Dimensionamento das ligações soldadas no estado limite. 6 – Projeto de estruturas simples. Projetos de viga de alma cheia: cálculo no estado limite das vigas com inrigecedores. Projeto de viga em treliça. III ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 1 – Introdução ao estudo do concreto armado. Resumo histórico. O material de construção concreto armado. Propriedades do concreto simples. Propriedades dos aços para armaduras de peças de concreto armado. 2 – Estado limite último de ruptura ou de alongamento plástico excessivo. Flexão simples e flexão composta. Fundamentos: solicitações normais. Estados últimos. Hipóteses básicas: manutenção da seção plana. Solidariedade dos materiais. Encurtamentos últimos do concreto. Alongamento das armaduras. Diagrama das tensões parábola – retângulo. Diagrama retangular de tensões. Casos de solicitação: domínios de deformação. Domínio 1, 2, 3, 4, 4 A e 5. Diagrama de cálculo dos aços: propriedades gerais, aços classe A e B. Valores de cálculo: aços classe A e B, valores limites. 3 – Seções retangulares. Tração simples e tração com pequena excentricidade (domínio 1): condições de equilíbrio, cálculo de verificação,cálculo de dimensionamento. Flexão simples. Cálculo prático. Variáveis adimensionais. Armadura simples. Tabelas adimensionais. Variáveis adimensionais. Armadura dupla. Variáveis dimensionais. Tabela tipo k. Organização das tabelas dimensionais. Formulários. Exemplo de dimensionamento. Exemplos de verificação. Seção submetida a momentos de sentidos contrários. Flexão simples e flexão composta com grande excentricidade (domínio 2, 3, 4 e 4 A): condições de equilíbrio. Propriedades básicas das seções retangulares. Equações adimensionais de equilíbrio. Equações adimensionais de compatibilidade. Flexão composta com grande excentricidade. Cálculo prático. Variáveis adimensionais. Emprego de tabelas universais. Variáveis dimensionais. Emprego de tabela tipo k, diagrama retangular das tensões. Flexo – compressão com pequena excentricidade (domínio 5). Condições de equilíbrio. Condições de compatibilidade de deformações. Propriedades básicas das seções retangulares. Equações adimensionais de equilíbrio. Resolução geral dos problemas de flexo – compressão com pequena excentricidade. Flexo – compressão com pequena excentricidade. Cálculo prático. Momento limite de separação entre os dois casos básicos. Armadura unilateral. Compressão uniforme. 4 – Seções T. Flexão simples e composta. As vigas seção T das estruturas de concreto. A largura da mesa de compressão de acordo com a NB 1-78. O processo de dimensionamento das seções T. Cálculo prático das seções T. Variáveis adimensionais. Emprego de tabelas universais. 5 – Dimensionamento à força cortante. Mecanismo resistente das vigas de concreto armado à flexão simples. Analogia de treliça clássica e de treliça modificada. 6 – Estado limite de abertura de fissuras. Estado limite de deformações excessivas. 7 – Peças usuais de concreto armado. Armaduras de lajes. Noções sobre o cálculo de placas. Funcionamento global das lajes de edifícios. Arranjos usuais das armaduras. Armaduras das vigas. Arranjos usuais das armaduras longitudinais. Armaduras transversais: estribos verticais e cavaletes. Armaduras das caixas de água, sapatas, e escadas de edifícios. Armaduras dos pilares e das paredes estruturais. BIBLIOGRAFIA 1 – ABNT. Projeto e Construção de Estruturas de Madeira. NBR 7190 – 96. 2 – ABNT. Cálculo e Execução de Estruturas de Concreto Armado. NBR 6118 – 78. 3 – ABNT. Cálculo e Execução de Estrutura de Aço. NB 14. 4 – RODRIGUES JR, M. S. Estruturas de Concreto Armado 1. Notas de Aula. 5 – QUEIROZ, G. Estruturas Metálicas. Unidade 1: Estruturas de Madeira.