Os dias, os meses e os anos: o Calendário!
Fernanda Cristina Ferreira
([email protected])
Administração – Tarde
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
Campus Osório
Só existe um jeito de se medir o tempo, tomando como base algum evento físico que venha a
repetir periodicamente em sequencia, então usamos esse evento como nosso referencial
padrão.
Na minha opinião o melhor exemplo disso hoje em dia, é o calendário.
Este artigo é destinado ao conhecimento dos calendários, escolhi este tema pois é muito
interessante, e me chamou muito a atenção quando ouvi falarem sobre ele, também é um
assunto do conhecimento de poucos, por isso decidi me aprofundar melhor, para poder
conhecer mais sobre a história e o funcionamento dos calendários.
Todos os calendários se baseiam nos movimentos dos dois astros mais brilhantes na
perspectiva de quem esta na terra, o Sol e a Lua, para determinar as unidades de tempo, como
dias, meses e anos.
O dia nasceu do contraste entre a luz solar e a escuridão da noite, é a unidade de tempo mais
antiga e fundamental do calendário. A observação das fases lunares gerou a ideia de mês. E a
repetição alternada das estações, que variavam de duas a seis, de acordo com os climas, deu
origem ao conceito de ano, estabelecido em função das necessidades da agricultura.
O ano é o período em que Terra faz um giro em torno do Sol - cerca de 365 dias e seis horas.
Esse número fracionário exige que se intercale dias periodicamente, com proposito fazer com
que os calendários fiquem certo de acordo com as estações. No calendário gregoriano, que é o
usado na maior parte do mundo, um ano comum tem 365 dias, mas a cada quatro anos há um
ano de 366 dias chamado ano bissexto, em que o mês de fevereiro passa a ter 29 dias. São
bissextos os anos cujo milésimo pode ser dividido por quatro, com exceção dos anos de fim
de século com milésimo que não seja divisível por 400. Por exemplo, o ano de 1.900 não é
bissexto, mas o ano 2.000 é.
Hoje em dia existem aproximadamente 40 calendários sendo usados em todo o mundo, eles
são classificados como:
Solares: Ele é baseados no
movimento da Terra em
torno do Sol; os meses não
têm conexão com o
movimento da Lua.
Esse calendário foi usado
inicialmente pelos
egípcios, há cerca de 6000
anos. Nisto, o ano possuía
12 meses de 30 dias cada
mês, que somam 360 dias.
Só que 5 dias a mais eram
adicionados no final do
ano para comemorar o
aniversário de Osíris,
Horus, Ísis, Neftis e Set,
com isso o calendário tinha
o total de 365 dias. È de se dar destaque que a precisão do calendário solar egípcio só foi
possível graças à posição geográfica do país, de onde se pode observar Sirius, que é a mais
brilhante estrela do céu. Como curiosidade podemos adicionar que os egípcios chegaram a
notar que a duração exata do ano era de 365 dias e um quarto, mas não chegaram a corrigir.
Exemplo: Calendário Cristão, os povos cristãos baseiam o calendário que usam no ano do
nascimento de Cristo. Esse acontecimento marca o primeiro ano do calendário cristão.
Os anos anteriores ao do nascimento de Cristo são contados de forma decrescente e vêm
acompanhados da sigla a.C (antes de Cristo).
Os anos posteriores ao nascimento de Cristo são identificados com a sigla d.C (depois de
Cristo). Nesse caso não é necessário colocar a sigla após o ano.
Lunares: Baseados no
movimento da Lua; o ano não
tem conexão com o
movimento da Terra em torno
do Sol. Um calendário lunar é
um calendário que indica a
fase da lua, isto é geralmente
conseguido tendo um mês que
corresponde a uma lunação,
de forma que o dia do mês
indica a fase da lua.
Um calendário lunar pode
também indicar a estação,
como no calendário hebraico e
no calendário chinês. Um
calendário deste gênero é um
calendário lunissolar.
Exemplo: Calendário Islâmico, O calendário islâmico tem um ano que não segue as estações.
É um calendário lunar puro.
Note que os meses de um Calendário Lunar, como o Islâmico, com o tempo vão se afastando
dos meses de um Calendário Solar, como o nosso, ele é composto por doze meses de 29 ou 30
dias com um total de cerca de 354 dias. o marco inicial do calendário é a fuga do profeta
Maomé de Meca para Medina, ocorrida no ano 622 do calendário cristão.
Luni solares: Os anos estão relacionados com
o movimento da Terra em torno do Sol e os
meses com o movimento da Lua em torno da
Terra.
Exemplo: Calendário Hebreu, no judaísmo, o
calendário se inicia na data em que, para os
judeus, Deus criou o universo. Esse fato teria
ocorrido no ano 3.761 a.C do calendário
cristão.
O calendário hebraico é um calendário do tipo
lunar baseado nos ciclos da Lua, composto
alternadamente por 12 ou 13 meses de período
igual ao de uma lunação, de forma a que o
primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro
dia de lua nova.
Chamado de Gregoriano, o nosso calendário é
o mais utilizado no mundo. Entre os países que não o adotam estão China, Israel, Irã, Índia,
Bangladesh, Paquistão e Argélia.
O Calendário Gregoriano tem esse nome por que foi feito pelo papa Gregório XIII em 1582
para substituir o calendário juliano.
A mudança do calendário juliano para o gregoriano demorou três séculos. Alguns países o
adotaram assim que ele foi criado, mas outros só o adotaram séculos depois.
A maioria dos calendários usa a semana de sete dias. Os dias da semana em português
obedece o catolicismo. Nos outros países, eles lembram o nome de deuses pagãos. A maior
unanimidade é em relação ao sábado, o chamado “dia do descanso”.
Nunca existiu um ano zero, pois o zero não era conhecido na época em que os calendários
foram criados.
O nosso que atualmente é o calendário gregoriano, como já sabemos é dividido em dose
meses, mas você já se perguntou o porque dos nomes que eles levam? Ja deve sim, então aqui
esta um esclarecimento:
•Janeiro: É o primeiro mês do ano nos calendário juliano e gregoriano. É composto por 31
dias. O nome provém do latim Ianuarius, décimo-primeiro mês do calendário de Numa
Pompílio, que era uma homenagem a Jano, deus da mitologia romana. Júlio César
estabeleceu que o ano deveria começar na primeira lua nova após o solstício de inverno, que
no hemisfério norte era a 21 de dezembro, a partir do ano 709 romano (45 a.C.)
•Fevereiro: É o segundo mês do ano, pelo calendário gregoriano. Tem a duração de 28 dias, a
não ser em anos bissextos, em que é adicionado um dia a este mês. Já existiram três dias 30
de Fevereiro na história. O nome fevereiro vem do latim februarius, inspirado em Februus,
deus da morte e da purificação na mitologia etrusca. Originariamente, fevereiro possuia 29
dias e 30 como ano bissexto, mas por exigência do Imperador César Augusto, de Roma, um
de seus dias passou para o mês de agosto, para que o mesmo ficasse com 31 dias, semelhante
a julho, mês batizado assim em homenagem ao Imperador Júlio César.
•Março: O mês de março é o terceiro mês do ano no calendário gregoriano e um dos sete
meses gregorianos com 31 dias. O seu nome deriva do deus romano Marte.
•Abril: É o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do Latim
Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere
que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão.
•Maio: É o quinto mês do calendário gregoriano e tem 31 dias. O seu nome é derivado da
deusa romana Bona Dea da fertilidade. Outras versões apontam que a origem se deve à deusa
grega Maya, mãe de Hermes.
•Junho: É o sexto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome é derivado da
deusa romana Juno, mulher do deus Júpiter.
•Julho: É o sétimo mês do ano no Calendário Gregoriano, tendo a duração de 31 dias. Julho
deve o seu nome ao imperador romano Júlio César, sendo antes chamado Quintilis em latim,
dado que era o quinto mês do Calendário Romano, que começava em Março. Também
recebeu esse nome por ser o mês em que César nasceu.
•Agosto: Do latim Augustus, é o oitavo mês do calendário gregoriano. É assim chamado por
decreto em honra do imperador César Augusto. Este não queria ficar atrás de Júlio César, em
honra de quem foi baptizado o mês de julho, e, portanto, quis que o “seu” mês também
tivesse 31 dias. Antes dessa mudança agosto era denominado Sextilis ou Sextil, visto que era
o sexto mês no calendário de Rômulo/Rómulo (calendário romano).
•Setembro: É o nono mês do ano no Calendário Gregoriano, tendo a duração de 30 dias.
Setembro deve o seu nome à palavra latina septem (sete), dado que era o sétimo mês do
Calendário Romano, que começava em Março. Na Grécia Antiga, Setembro chamava-se
Boedromion.
•Outubro: É o décimo mês do ano no calendário gregoriano, tendo a duração de 31 dias.
Outubro deve o seu nome à palavra latina octo (oito), dado que era o oitavo mês do
calendário romano, que começava em março. Uma curiosidade é que outubro começa
sempre no mesmo dia da semana que o mês de janeiro, quando o ano não é bissexto.
•Novembro: É o décimo primeiro mês do ano no calendário gregoriano, tendo a duração de
30 dias. Novembro deve o seu nome à palavra latina novem (nove), dado que era o nono mês
do calendário romano.
•Dezembro: É o décimo segundo e último mês do ano no Calendário Gregoriano, tendo a
duração de 31 dias. Dezembro deve o seu nome à palavra latina decem (dez), dado que era o
décimo mês do Calendário Romano.
Uma curiosidade importante a ser sitada é que Embora não houvessem comunicações e nem
os povos antigos conhecessem outros modelos mais precisos para a contagem do tempo,
foram os calendários mais simples como a lunação e os sete dias da semana que permitiram
aos historiadores refazer em tempo real todos os eventos históricos.
O problema ao criar um calendário simples é que o céu não se presta a nossa
contagem em números inteiros. Por exemplo, o intervalo entre dois ciclos lunares é de
29,53 dias, o que faz com que um mês lunar tenha 29 (ou 30 dias), e um ano lunar (12 meses
lunares), um total de 354,36 dias, menos do que um ano solar, de 365,2422 dias.
Creio que já posso concluir, claro que a muito mais para se conhecer sobre o calendários e
todas as formar que já existiram de se marcar o tempo, afinal o universo é ilimitado, mas já é
o suficiente a se escrever, a história é de fato fascinante quando se é estudada, descobri que os
métodos de se marcar o tempo nem sempre foram como são agora, ele começaram desde
pessoas da idade da pedra fazendo buracos na areia para marcar o tempo com o sol e a lua, e
hoje existe milhares de métodos de se controlar e organizar o tempo graças a toda essa
tecnologia, mas a gente realmente fica a se perguntar é necessário de fato todo esse controle
sobre o tempo? Esse é o tipo de perguntas que você não achara a resposta em um livro, então
concluo aqui meu artigo sobre calendários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MOTA, Ana Paula. Curiosidades do calendário gregoriano. Acesso em novembro de 2011.
Disponível em <http://annamotta.wordpress.com/2010/01/30/curiosidades-do-calendariogregoriano/>
O calendário. Acesso em novembro de 2011. Disponível em
<http://www.superdicas.com/milenio/calendar.asp >
Las Casa, Renato. Calendários. Acesso em novembro de 2011. Disponível em
<http://www.observatorio.ufmg.br/pas39.htm >
Calendário. Acesso em novembro de 2011. Disponível em
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio >
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