www.fisicaexe.com.br Dois espelhos planos são dispostos de maneira a formar entre si um ângulo . Sobre um deles faz-se incidir um raio de luz. Determinar o ângulo formado por este raio incidente com o raio refletido do segundo espelho. Construção do caminho do raio de luminoso No ponto de incidência do raio de luz sobre o espelho 1 desenhamos a normal N 1 (forma um ângulo de 90º com o espelho), o raio de luz forma com a normal o ângulo de incidência iˆ (figura 1) 1 figura 1 figura 2 Usando a propriedade dos espelhos planos que diz que o raio refletido forma com a normal o mesmo ângulo que o raio incidente, traçamos o raio refletido formando com a normal o ângulo rˆ1 , sendo iˆ1 rˆ1 . O raio refletido forma com o espelho 1 um ângulo ̂ , assim podemos escrever (figura 2) rˆ1 ˆ 90 ˆ 90 rˆ1 (I) O raio refletido pelo espelho 1 incide sobre o espelho 2, no ponto de incidência do raio de luz desenhamos a normal N 2, o raio de luz forma com a normal o ângulo de incidência iˆ2 (figura 3) figura 3 figura 4 Como o raio refletido forma com a normal o mesmo ângulo que o raio incidente, traçamos o raio refletido formando com a normal o ângulo rˆ2 , sendo iˆ2 rˆ2 . O raio refletido forma com o espelho 2 um ângulo ̂ , assim podemos escrever (figura 4) iˆ2 ˆ 90 ˆ 90 iˆ2 (II) Prolongando-se o raio que incide sobre o espelho 1 e o raio que reflete no espelho 2 para trás dos espelhos encontra-se o ângulo ( x̂ ) pedido no problema (figura 5) 1 f www.fisicaexe.com.br figura 5 Esquema do problema Como no espelho 1 o raio incidente forma um ângulo iˆ1 com a normal N 1, este também é o ângulo entre os prolongamentos do raio de luz incidente e da normal para trás do espelho (figura 6, em azul à esquerda). Como o raio incidente e o raio refletido formam o mesmo ângulo com a normal ( iˆ1 rˆ1 ), o ângulo do prolongamento do raio de luz também vale rˆ1 , e pela expressão (I) acima, o ângulo entre este prolongamento e a parte de trás do espelho vale ̂ . Assim o ângulo entre o raio refletido e o prolongamento do raio incidente vale ˆ ˆ 2 ˆ . figura 6 No espelho 2 o raio refletido forma um ângulo rˆ2 com a normal N 2, este também é o ângulo entre os prolongamentos do raio de luz refletido e da normal para trás do espelho (figura 6, em azul à direita). Como o raio incidente e o raio refletido formam o mesmo ângulo com a normal ( iˆ rˆ ), o ângulo do prolongamento do raio de luz também vale iˆ , e pela 2 2 2 expressão (II) acima, o ângulo entre este prolongamento e a parte de trás do espelho vale ̂ . Assim o ângulo entre o raio incidente e o prolongamento do raio refletido vale ˆ ˆ 2 ˆ . Solução 2 www.fisicaexe.com.br Considerando o triângulo formado pelo raio de luz refletido pelo espelho 1 e pelos dois espelhos (figura 7), temos que a soma dos ângulo internos de um triângulo vale 180º, assim podemos escrever ˆ ˆ ˆ 180 ˆ ˆ 180 ˆ (III) figura 7 Considerando agora o triângulo formado pelo raio de luz refletido pelo espelho 1 e pelos 2 prolongamentos dos raios de luz (figura 8), aplicamos novamente a condição da soma dos ângulos internos do triângulo e obtemos 2 ˆ 2 ˆ xˆ 180 figura 8 colocando o fator 2 em evidência, temos 2 ˆ ˆ xˆ 180 substituindo a expressão (III) em (IV) 2 180 ˆ xˆ 180 360 2 ˆ xˆ 180 xˆ 180 360 2 ˆ x̂ 2 ˆ 180 3 (IV)