JULIANA GARCIA MUGNAI VIEIRA SOUZA “AVALIAÇÃO DA AÇÃO ANTIMICROBIANA DE DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS COMPARADO COM HIDRÓXIDO DE CÁLCIO ATRAVÉS DA CULTURA DE MICRORGANISMOS PRESENTES NA LESÃO DE CÁRIE DENTÁRIA” MARÍLIA 2005 JULIANA GARCIA MUGNAI VIEIRA SOUZA “AVALIAÇÃO DA AÇÃO ANTIMICROBIANA DE DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS COMPARADO COM HIDRÓXIDO DE CÁLCIO ATRAVÉS DA CULTURA DE MICRORGANISMOS PRESENTES NA LESÃO DE CÁRIE DENTÁRIA” Dissertação apresentada à Universidade de Marília (UNIMAR), Faculdade de Ciências Odontológicas, para obtenção do título de Mestre em Clínica Odontológica,Área de concentração em Odontopediatria. Orientador: Prof. Dr.Sosígenes Victor Benfatti Co-orientadores: Profª. Dra.Ana Claúdia Okamoto Prof. Dr. João Bausells MARÍLIA 2005 Universidade de Marília - UNIMAR Reitor Dr. Márcio Mesquita Serva Vice-Reitora Profa. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva Faculdade de Ciências da Saúde Diretor Prof. Dr. Armando Castello Branco Júnior Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica Área de concentração: Odontopediatria Coordenador Prof. Dr. Sosígenes Victor Benfatti Orientador Prof.Dr. Sosígenes Victor Benfatti Co-orientadores Prof.Dr. João Bausells Profª.Dra. Ana Claúdia Okamoto UNIMAR – UNIVERSIDADE DE MARÍLIA NOTAS DA BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO JULIANA GARCIA MUGNAI VIEIRA SOUZA TÍTULO: “Avaliação da ação antimicrobiana de dentifrícios fluoretados comparado com hidróxido de cálcio através da cultura de microrganismos presentes na lesão de cárie dentária”. Data da Defesa: ______/ ____/ ______ Banca Examinadora Prof. Dr. Avaliação: ____________________ Assinatura: _________________________ Prof. Dr. Avaliação:____________________ Assinatura: __________________________ Prof. Dr. Avaliação:____________________ Assinatura:___________________________ LISTA DE FIGURAS Pág. Figura 1– Dentifrícios 49 Figura 2 – Hidróxido de cálcio P.A . 49 Figura 3 – 3 gramas de cada amostra de dentifrício e 50 1 grama de hidróxido de cálcio P. A. Figura 4 – água deionizada 50 Figura 5 – suspensões homogeinizadas 51 Figura 7 – suspensões centrifugadas 51 Figura 9– Placa de Petri com àgar Mueller Hinton inoculadas 52 com 0,1 ml de cultura de cada microrganismo com auxílio da alça de Drigaski Figura 10 – jarra de microaerofilia 53 Figura 11 – jarra de anaerobiose 53 Figura 12 – Halo de inibição do Streptococus mutans na anaerobiose 54 Figura 13 - Halo de inibição do Streptococus sobrinus na anaerobiose 54 Figura 14 – Halo de inibição do Actinomyces viscosus na microaerofilia 54 Figura 15 – Ausência de Halo de inibição do Lactobacillus acidophilus na 54 microaerofilia LISTA DE TABELAS Pág. TABELA 1 – Halo de inibição do crescimento bacteriano do Streptococus 54 mutans referente às diluições dos dentifrícios e HPA na microaerofilia TABELA 2 - Halo de inibição do crescimento bacteriano do Streptococus 54 sobrinus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na microaerofilia TABELA 3 - Halo de inibição do crescimento bacteriano do Lactobacillus 55 acidophilus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na microaerofilia TABELA 4 - Halo de inibição do crescimento bacteriano do Actinomyces 55 viscosus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na microaerofilia TABELA 5 - Halo de inibição do crescimento bacteriano do Streptococus 55 mutans referente às diluições dos dentifrícios e HPA na anaerobiose TABELA 6 - Halo de inibição do crescimento bacteriano do Streptococus 56 sobrinus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na anaerobiose TABELA 7 - Halo de inibição do crescimento bacteriano do Actinomyces 56 viscosus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na anaerobiose TABELA 8 - Halo de inibição do crescimento bacteriano do Lactobacillus acidophilus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na anaerobiose 56 Dedico este trabalho Primeiramente a Deus: Precursor de tudo até hoje, pois sem ele eu não conseguiria nem ter iniciado o curso de Pós-Graduação. Deus sempre me amparou, nunca me abandonou e nas horas de desespero sempre esteve presente. Agradeço ao meu esposo Rogério e ao meu filho Lucas: Pelo apoio, compreensão, pelos momentos de alegria e ausência e pelo incentivo na realização de tudo o que faço na vida. Aos meus pais Luiz Augusto e Sônia Maria: Responsáveis por tudo que sou, por minha educação e formação moral. Por seu exemplo, amor, carinho e orientação em todas as fases de minha vida.Todas as palavras, ainda que existissem, seriam insuficientes para demonstrar o meu amor e admiração. AGRADECIMENTOS À Universidade de Marília - UNIMAR, por proporcionar um curso de PósGraduação em Clínica Odontológica, Área de concentração – Odontopediatria, em nível de Mestrado. À Universidade Paranaense – UNIPAR, por ter cedido o Laboratório de Microbiologia Clínica do Campus Sede – Umuarama sempre que precisei para realização da parte experimental da minha dissertação. Ao Profº Dr. Sosígenes Victor Benfatti, meu orientador, minha gratidão àquele que compartilhou comigo os seus conhecimentos, pelo respeito, pela sua compreensão e apoio durante o decorrer do curso do Mestrado. À Profª Dra. Ana Claudia Okamoto, da Disciplina de Microbiologia da Universidade Paranaense – UNIPAR, pela atenção e extrema dedicação como minha co-orientadora, o meu muito obrigada! Ao Profº Dr. João Bausells, meu co -orientador, por seu apoio, estímulo constante aos trabalhos científicos. Às funcionárias da Pós-Graduação: Andréa dos Santos Infante Hermínio e Regina Célia pereira Moral pela estima e dedicação. Ao Reitor da Universidade Paranaense – UNIPAR Dr. Cândido Garcia e à Vicereitora Neiva Pavan Machado Garcia a oportunidade permitida a mim para realização ao curso do Mestrado. À minha querida avó Margarida e aos meus tios Marcos e Cristiane que sempre me receberam com muito carinho e atenção em sua casa. Às funcionárias do setor da triagem Jaqueline, Lidiane e Andreia da UNIPAR - Campus Cascavel que sempre me deram apoio nas horas em que sempre precisei. Aos técnicos do laboratório de Microbiologia Clínica do Campus Sede – Umuarama, pela colaboração na execução do experimento “in vitro”. À funcionária da Biblioteca da Universidade de Marília – UNIMAR, Luciana Garcia da Silva Santarém por sua atenção. Às colegas do mestrado Maria Tereza e Norma que sempre estivemos unidas nas horas mais difíceis. E a todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a execução deste trabalho, meu muito obrigada! ÍNDICE Pág. 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................12 2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................19 3. PROPOSIÇÃO......................................................................................41 4. MATERIAL E MÉTODOS......................................................................43 5. RESULTADOS......................................................................................53 6. DISCUSSÃO.........................................................................................60 7. CONCLUSÕES.....................................................................................64 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................66 RESUMO ABSTRACT ANEXO INTRODUÇÃO 12 1. INTRODUÇÃO A cárie é uma doença infecto-contagiosa que resulta em uma perda localizada de miligramas de minerais dos dentes afetados, causada por ácidos orgânicos provenientes da fermentação microbiana dos carboidratos da dieta. Esta doença tem um caráter multifatorial e seu aparecimento é dependente da interação de três fatores essenciais: o hospedeiro, a microbiota e a dieta. Para que a cárie possa ocorrer, estes fatores devem não apenas estar presentes mas também interagir em condições críticas, a saber: um hospedeiro susceptíveis , colonizado por uma microbiota com potencial cariogênico, consumindo com freqüência uma dieta rica período de tempo, começa em sacarose. Após um certo o desenvolvimento do biofilme cariogênico, as lesões de cárie podem começar a aparecer, primeiramente em nível de mancha branca que é o primeiro sinal clínico. (BARATIERI,1992 e THYLSTRUP; FEJERSKOV,1994). A cárie dentária é um processo de desmineralização relativamente lento, se inicia a partir de uma descalcificação superficial do esmalte representando clinicamente por manchas brancas. Nesta condição, o processo é reversível podendo-se obter uma remineralização por meio de fluorterapia. Pode-se dizer que a cárie é o resultado da atividade conjugada de uma série de microrganismos acidogênicos. Basicamente o S.mutans do biofilme cariogênico é responsável pelo início da cárie tanto da superfíçie lisa do esmalte quanto da raiz: A. viscosus participa da cárie de raiz e os Lactobacillus atuariam principalmente em nível de fóssulas, fissuras e áreas retentivas dos dentes e progressão da doença. (MENAKER, THYLSTRUP; FEJERSKOV, 1994). Os estreptococos cariogênicos toleram altas concentrações de sacarose e produzem altos níveis de ácido lático, além de polímero extracelular aderente que modifica as condições físico-químicas favorecendo o desenvolvimento das lesões. Os estreptococos do grupo mutans compreendem oito espécies (S. cricetus, S. ratti, S. orisratti, S. macacae, S. ferus, S. downei, S. mutans e S. sobrinus), sendo somente as duas últimas cariogênicas para o homem. 13 (THYLSTRUP; FEJERSKOV, 1994) são os principais microrganismos cariogênicos para o homem, mas este potencial pode ser alterado por mudanças ambientais, principalmente alterações na dieta, eliminação ou controle desses microrganismos reduz a incidência de cárie no homem. Os lactobacilos desempenham um papel importante no desenvolvimento da lesão, especialmente nas pessoas que não usam flúor freqüentemente. São encontrados regularmente em crianças com mais de 2 anos de idade, sendo que a presença de Lactobacillus casei é associada com a ocorrência de cárie em crianças de 2 a 5 anos. Esses bastonetes gram positivo estão pesentes nas lesões de cárie que já apresentam cavitação, sendo então mais freqüentemente associados com o progresso das lesões do que com a sua iniciação que dependeria da ação anterior de estreptococos do grupo mutans. São mais resistente do que os estreptococos cariogênicos ao flúor em ambiente ácido, esse mecanismo seletivo poderia prover uma das explicações para a comprovada participação desses microrganismos na iniciação de cárie em crianças residentes em zonas com águas fluoretadas. Os Streptococcus do grupo mutans e Lactobacillus são considerados, hoje em dia, como os principais representantes da microbiota cariogênica. O aumento da freqüência do consumo de sacarose e a presença de áreas de estagnação favorecem a infecção por Streptococcus mutans e Lactobacillus, além disso, a redução também do fluxo salivar que favorece a infecção por Streptococcus mutans. Uma baixa velocidade de fluxo salivar é geralmente acompanhada por um número aumentado de Streptococcus mutans (1 milhão por mililitro de saliva) e Lactobacillus( 100 mil por milímetro de saliva).(WEYNE, 1986). A sacarose favorece a colonização de Streptococcus mutans e os níveis salivares de Lactobacillus refletem a frequência do consumo de carboidratos. (WEYNE,1986). Um dos métodos mais utilizado no controle da formação e do desenvolvimento do biofilme dentário é o da higiene bucal,podendo ser por controle mecânico e químico(MARTINS et al, 1998). 14 O declínio de cárie nos países industrializados nas últimas décadas, tem sido atribuído, principalmente, ao uso abrangente de dentifrícios adequadamente fluoretados.(DELBEM, VIEIRA, CURY, 2002). Tendo em vista o controle da microbiota, os agentes químicos são utilizados como coadjuvantes.Essas substâncias podem estar na fórmula de dentifrícios e/ou serem utilizadas sob a forma de gel ou solução. Uma substância importante é o flúor que é fundamental no controle da doença cárie, sendo que os dentifrícios fluoretados representam uma das formas mais amplas da sua utilização.(FELDENS et al, 2001) O flúor importante é aquele presente constantemente na cavidade bucal, participando do processo de cárie e agindo diretamente nos fenômenos de desmineralização e remineralização, bem como no metabolismo do microrganismo (KRAMER et al., 1997). O fluoreto proveniente dos dentifrícios tem a capacidade de interferir com a iniciação e a progressão de lesão de cárie e assim, manter o equilíbrio mineral dos dentes, além de repor as perdas minerais que já ocorreram no tecido dental. Foi constatado recentemente que houve uma redução da incidência da doença cárie em muitos países, independentemente do consumo de água fluoretada ou de outras formas de ingestão de fluoreto. O foco das atenções foi desviado para os dentifrícios, os quais seriam a forma mais racional de utilizar o fluoreto, visto que enquanto o biofilme dentário, seja removido ou pelo menos, desorganizado pela escovação, o fluoreto tópico agiria regularmente qualquer pela manutenção de uma concentração salivar por um certo período, quer pela ação de produtos em reação com o dente.(VILLENA; CORREA,1998) No Brasil quase todos os dentifrícios são fluoretados, estão sob vigilância sanitária e devem conter uma concentração mínima de 600 ppm de flúor pelo prazo de um ano a partir da data de fabricação sendo que a maioria apresenta concentração entre 1000 e 1500 ppm de flúor.(GUEDESPINTO&CHEDID,1995)(TOMITA et al, 1995)( CURY,1996). O dentifrício ideal deve apresentar algumas virtudes dentre as quais podemos mencionar a capacidade de eliminação do biofilme em forma de muco,facilitar a movimentação das escovas dentais nas superfícies dentárias e contribuir para a massagem da gengiva, ser livre de deterioração ou fermentação,possuir um pH o mais próximo possível ao da cavidade bucal que 15 é neutro tendendo a alcalino, ter consistência suficiente para deslocar os vestígios alimentares, emulsionar e dissolver as gorduras.Os dentifrícios que encontramos no mercado têm em sua composição diversos componentes, e cada um com uma função específica.Vários componentes foram incluídos com fins terapêuticos diversos. Os dentifrícios assumiram papel importante no controle e profilaxia da cárie e da doença periodontal. Os dentifrícios fluoretados são considerados a forma mais racional de uso tópico de flúor complementando as deficiências mecânicas da escovação e estabelecendo um controle físico-químico da cárie dental (KRAMER et al., 1997). Hoje os dentifrícios tem tido um papel terapêutico importante, particularmente no controle do desenvolvimento da cárie dental. Isto tem sido atribuído ao flúor(F) agregado às formulações. Os dentifrícios fluoretados são importantes não só para crianças como para adultos. As principais formas de flúor usada nos dentifrícios são o fluoreto de sódio(NaF) e o monofluorfosfato de sódio(MFP). Ambos são considerados eficientes no controle da cárie dentária. As duas formas possuem capacidade de interferir na dinâmica do processo de cárie, reduzindo a desmineralização e ativando a remineralização do esmalte . O dentifrício serve de veículo para aplicação de produtos com fins terapêuticos, substância para diminuir ou eliminar a sensibilidade dentinária, ou de fluoretos na prevenção da cárie dentária. (RIBAS et al, 1988). Diversas formas de materiais têm sido incorporadas aos dentifrícios, tais como: antissépticos, extratos de ervas, enzimas químicas e naturais, íons metálicos, fluoretos, dentre outros, visando a obtenção de efeitos antiplaca (SAXTON et al.,1997). A composição básica de um dentifrício compreende a presença de abrasivo (40- 50%), umectante (20-30%), água (20-30%), aglutinante (1-2%), detergente (1-3%), agente de sabor (1-2%), conservante (0,05-0,5%) e agente terapêutico (0,4-1%) (NEWBRUN,1988). Os dentifrícios devem manter suas características desde a fabricação até a utilização e para tal, a embalagem é de fundamental importância. O pH do dentifrício pode variar suavemente de ácido a alcalino. Cremes com pH neutro são embaladas em tubos de alumínio. Os cremes ácidos, com 16 fluoreto estanhoso ou as pastas que contêm metofosfato insolúvel de sódio um seqüestrador de alumínio, devem ser embalados em tubos neutros com um composto inerte quimicamente para evitar a interação com tubos de alumínio. O uso de tubos plásticos evita que eles sejam contaminados.(NEWBRUN,1988) Apesar da população brasileira em geral ter graves problemas econômicos, diversidades étnicas e regionais, têm sido observado declínio da cárie em algumas regiões do país. Fato este que pode ser atribuído à maior oferta de dentifrícios fluoretados no comércio, fluoretação da água de abastecimento e políticas de saúde bucal, não obstante o pequeno impacto social alcançado. (MEDEIROS & SOUZA, 1996) Após a década de 40, pesquisas foram realizadas no sentido de desenvolver um dentifrício com efeito inibitório da doença cárie, isto é, que contivesse em sua formulação uma substância ativa e específica, já que há várias décadas os pesquisadores se preocupam com sua efetividade. (CURY,et al 1981). Nos anos 90, após a regulamentação pelo Ministério da Saúde em 1989, caracterizou-se a crescente demanda pela utilização do dentifrício como método preventivo da cárie dentária (CURY, 1996). Atualmente acrescentaram outros antimicrobianos como triclosan que auxiliam tanto no controle do biofilme dental como também é um agente antiinflamatório. O triclosan é um antimicrobiano não iônico de baixa toxicidade, largo espectro de ação antimicrobiana, que não provoca desequilíbrio da microbiota bucal e cujo principal sítio de ação é a membrana citoplasmática da bactéria. Pode ser encontrado em rinses pré-escovação e depois do flúor representa um dos principais ingredientes ativo de dentifrícios.Devido a sua rápida liberação, sua substantividade é considerada baixa devendo, portanto, ser combinado com outros produtos que aumentem sua adsorção com os sítios bucais (VOLPE et al, 1993). O triclosan é um agente não iônico que possui amplo espectro antimicrobiano, com atividade contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos. Pode ser encontrado para o uso odontológico, como integrante de colutórios ou dentifrícios (THYLSTRUP & FEJERSKOV,1995). 17 Já o hidróxido de cálcio é bastante utilizado na odontologia, devido à sua propriedade de estimular a formação de dentina esclerosada, reparadora e proteger a polpa contra os estímulos termoelétricos e ação antibacteriana. A indução ou auxílio na neoformação dentinária parece ser decorrente do pH altamente alcalino e de sua atividade antibacteriana. Podem apresentar diferentes formas de apresentação tais como: soluções para limpeza de cavidades e irrigação dos condutos radiculares, suspensões para forramento, pasta ou pó para proteções diretas e curativos endodônticos, cimentos para forramento cavitário como agente protetor de uso direto. (MONDELLI,1998). ABSTRACT It was evaluated and compared in vitro the antimicrobial action of three fluorinated dentifrices found in the national market and calcium hydroxide P.A (calcium hydroxide solution and calcium hydroxide microorganisms present in injuries of dental caries. suspention)against From a solution contend 3g/10ml of each dentifrice, 1g/ml of calcium hydroxide P.A. it had been made serial dilutions from 1:2 to 1:32 and tested against bacterial cepa Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, Actinomyces viscosus acidophilus in conditions of microaerofilia and anaerobiosis. and Lactobacillus The results had allowed to conclude that: 1) all the dentifrices used in the present work were fluorinated and had showed an inhibitory action against some microorganisms present in the caries injury, 2) all dentifrices had the same effect in the concentrate sobrenadant and different effects in the searched dilutions; 3) the dentifrice that contain triclosan presented a greater potential to inhibit cariogenic microorganisms, 4) the calcium hydroxide P.A in form of water and milk used in this work did not disclose inhibitory action against the four microorganisms present in the caries injury. Uniterms: Dental caries, microorganisms, antimicrobial action, dentifrices, calcium hydroxide. RESUMO Foi avaliado e comparado in vitro a ação antimicrobiana de 3 dentifrícios fluoretados encontrados no mercado nacional e hidróxido de cálcio P.A (solução de hidróxido de cálcio e suspensão de hidróxido de cálcio) frente aos microrganismos presentes nas lesões de cárie dentária. A partir de uma solução contendo 3g/10ml de cada dentifrício,1g/ml de hidróxido de cálcio P.A foram feitas diluições seriadas de 1:2 até 1:32 e testadas contra cepas bacterianas padrão Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, Actinomyces viscosus e Lactobacillus acidophilus na microaerofilia e na anaerobiose. Os resultados encontrados permitiram concluir que:1) todos os dentifrícios do presente trabalho eram fluoretados e revelaram ação inibitória frente a alguns microrganismos presente na lesão de cárie, 2) todos os dentifrícios tiveram o mesmo comportamento no sobrenadante concentrado e diferentes comportamento nas diluições pesquisadas 3) o dentifrício que contêm triclosan apresentou-se com maior potencial para inibição de microrganismos cariogênicos, 4) O hidróxido de cálcio P.A na forma de água e leite utilizado neste trabalho não revelou ação inibitória para os quatro microrganismos presentes na lesão de cárie. Unitermos: Cárie dentária, microrganismos, atividade antibacteriana, dentifrícios , hidróxido de cálcio. Eu, Juliana Garcia Mugnai Vieira Souza, autora da Dissertação intitulada “Avaliação da ação antimicrobiana de dentifrícios fluoretados comparados com hidróxido de cálcio através da cultura de microrganismos presentes na lesão de cárie dentária” apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Clínica Odontológica, Área de Concentração em Odontopediatria em 30 de junho de 2005, autorizo a reprodução desta obra a partir do prazo abaixo estabelecido, desde que seja citada a fonte. ( ) após 6 meses da defesa pública ( ) após 12 meses da defesa pública Marília, 30 de junho de 2005. assinatura S729a Souza, Juliana Garcia Mugnai Vieira Avaliação da ação antimicrobiana de dentifrícios fluoretados comparado com hidróxido de cálcio através da cultura de microrganismos presentes na lesão de cárie dentária. – Marília: UNIMAR, 2005. 75 f. Dissertação (Mestrado). – Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Marília, Unimar, 2005. 1. Odontopediatria 2. Cárie dentária 3. Atividade antibacteriana 4. Hidróxido de cálcio I. Souza, Juliana Garcia Mugnai Vieira II. Avaliação da ação antimicrobiana de dentifrícios fluoretados comparado com hidróxido de cálcio através da cultura de microrganismos presentes na lesão de cárie dentária. CDD- 617.645 REVISÃO DE LITERATURA 19 2. REVISÃO DE LITERATURA Após a década de 40, pesquisas foram realizadas no sentido de desenvolver um dentifrício com efeito inibitório da doença cárie, isto é, que contivesse em sua formulação uma substância ativa e específica, já que há várias décadas os pesquisadores se preocupam com sua efetividade. (Cury, et al, 1981). Cavalcanti (1984) analisou “in vitro”a ação antimicrobiana de seis dentifrícios fluoretados ( Kolynos Gel, Kolynos SMF, Anticárie Xavier, creme dental Mônica, Colgate Fluorgard e Signal) e três sem fluoretos( Kolynos clorofila, Kolynos e Colgate), em relação a quatorze amostras de S.mutans, seis de S. sanguis, duas de C. albicans, uma do B. subtilis e cinco de Lactobacillus. Foi relatado que todos os dentifrícios apresentaram halos de inibição, indicando atividade antimicrobiana. Melo; Bahia; Valadares (1984) testaram a ação antimicrobiana de uma solução de hidróxido de cálcio a 20 por cento, quando em repouso( água de cal) e após agitação(leite de cal). O leite de cal mostrou uma atividade antimicrobiana acentuada contra o Streptococcus faecalis, Streptococcus mutans e E. coli, já a água de cal não demonstrou atividade antimicrobiana. Sperança et al.(1985) avaliaram o efeito antibacteriano da água de hidróxido de cálcio através do teste de difusão em ágar contra várias espécies microbianas nos tempos de 1,5, 10 e 15 minutos. Os resultados mostraram uma atividade antibacteriana extremamente baixa da solução testada. Sperança; Biral; Valdrighi (1986) avaliaram o potencial antimicrobiano de preparações odontológicas à base de hidróxido de cálcio. Foram utilizados três cimentos. Numa primeira fase testaram através de provas de difusão em gel de ágar frente a culturas de: B. subtilis, P. aeruginosa, Staph. Epidermides, Str. Faecalis var. liq., Str. Salivarius, Str. Mutans, c. albicans e cultura mista de 20 microrganismos provenientes de cavidades de cárie. Numa segunda fase verificaram se os materiais mostraram atividade bactericida sobre o Streptococus faecalis. Numa terceira fase verificaram a condição microbiológica das folhas dos blocos de manipulação dos cimentos. A análise na primeira fase permitiu concluir que: os materiais testados possuem diferentes potenciais antimicrobianos; segunda fase revelou que os cimentos não são capazes de se autoesterilizar após quinze minutos de contato com Streptococus faecalis; os blocos de manipulação que acompanham os cimentos mostraram-se contaminados, permitindo inferir uma possível quebra da cadeia asséptica, quando se faz capeamento pulpar direto. Segundo Ribas (1988) o dentifrício serve de veículo para aplicação de produtos com fins terapêuticos, substância para diminuir ou eliminar a sensibilidade dentinária, ou de fluoretos na prevenção da lesão cariosa. Sperança (1989) testaram a solução de água de hidróxido de cálcio contra o Streptococus faecalis em diversos intervalos de tempo. Puderam verificar que a ação da água de cal é diretamente proporcional ao tempo de contato entre ela e a bactéria estudada. Sperança;Ranali (1989) estudaram a ocorrência de estreptococos em cavidades de cáries profundas antes e após o tratamento com materiais à base de hidróxido de cálcio.Foram selecionados 50 dentes molares que foram divididos em 5 grupos: Controle, Dycal, Life, Renew e Pasta de hidróxido de cálcio. A dentina da porçäo mesial dos dentes foi analisada antes do tratamento e a dentina da porçäo distal após 07 e 30 dias de tratamento. De acordo com os resultados obtidos concluíram que a dentina examinada antes do tratamento mostrou-se contaminada em 100 por cento dos casos. O exame da dentina tratada com os diversos materiais e nos períodos de 07 a 30 dias mostrou que os materiais possuem diferentes potenciais antimicrobianos entre si, propriedade que sofre influência do tempo de contato. Nenhum dos materiais foi capaz de descontaminar a dentina cariada profunda nos períodos estudados. 21 Alves (1991) executou um estudo in vitro da atividade antimicrobiana dos dentifrícios antiplaca. Foram testados os dentifrícios Prevent, Kolynos antiplaca, Colgate antiplaca e Phillips (controle), através do teste pelo contato direto em aerobiose e microaerofilia, avaliando-se o potencial inibitório das pastas sobre o crescimento de culturas puras e mistas de placa e saliva. Todos os dentifrícios se mostraram incapazes de inibir o crescimento do S. faecalis das Culturas Mistas de Placa e Saliva. Para o S. faecalis var. liquefaciens o Prevent apresentou melhor desempenho, superior ao Kolynos Antiplaca e ao Colgate Antiplaca. Em relação a microaerofilia os dentifrícios Prevent, Kolynos Antiplaca e Colgate Antiplaca demonstraram em ordem decrescente, atividade antimicrobiana sobre as cepas de S. mutans estudados, a exceção do creme dental Phillips. Quanto às culturas de Placa e Saliva, em microaerofilia novamente todos os dentifrícios foram incapazes. Na segunda fase do experimento objetivando avaliar os possíveis fatores que possam interferir na atividade antisséptica dos dentifrícios, foi realizado o teste pelo contato rápido. Foi observada influência da concentração na referida atividade, sendo a mesma ora bactericida ora bacteriostática. Em presença do flúor esta atividade de mostrou mais significativa, se comparada ao controle sem flúor. Constatouse ainda que o tempo de contato se mostrou inversamente proporcional a atividade antisséptica dos dentifrícios fluoretados. Rölla et al.(1991) mostraram como ocorreu a redução da prevalência de cárie nos países industrializados, após a introdução dos dentifrícios fluoretados como no caso da Escandinávia, onde a redução da cárie dentária na década de 80 foi de 60%. Entretanto, no Japão, onde este procedimento não foi implementado, o decréscimo não ocorreu. Cruz et al.(1992) concluiram que há deposição de fluoreto de cálcio sobre o esmalte dentário, após o tratamento com dentifrícios fluoretados, provando assim sua indicação tanto na prevenção, quanto na terapia da doença cárie. O mecanismo de ação do flúor atualmente aceito relata a importância da sua presença constante na cavidade bucal, participando do processo de cárie e das reações de desmineralização e remineralização. (Serra; Cury, 1992). 22 Marques et al (1992) testaram "in vitro" a açäo antimicrobiana do hidróxido de cálcio, em funçäo da sua utilizaçäo e importância na desinfecçäo dos canais radiculares dos dentes com polpa mortificada. O hidróxido de cálcio foi testado na forma pastosa e em soluçäo em contato direto com as cepas microbianas. Na forma de soluçäo, o efeito somente foi observado quando em concentraçöes elevadas, enquanto que na forma pastosa a açäo antimicrobiana ficou vinculada à superfície de contato com as cepas testadas. Tem sido observado universalmente que os dentifrícios fluoretados desempenham papel preponderante na reduçäo da prevalência de cárie. Isto é particularmente válido nos países industrializados, onde o efeito foi constatado de maneira nítida, a partir da introduçäo dos produtos nos respectivos mercados. O mecanismo de açäo cariostática está relacionado com a formacäo de fluoreto de cálcio que se deposita sobre o esmalte dentário, independentemente do ingrediente ativo contido nas pastas. Este composto se comporta como reservatório de íons flúor, liberados durante os ciclos de pH na placa dental, os quais participam ativamente nos processos de desremineralizaçäo. O efeito será potencializado quando houver adequada higiene bucal( Cruz, 1993). Fava (1993) através de revisão teceu consideraçöes sobre o poder antibacteriano do hidróxido de cálcio quando utilizado como curativo de demora nos casos de canais radiculares infectados. Säo revistas às pesquisas "in vitro" e "in vivo" assim como o tempo de permanência do curativo e seu modo de açäo. Gonçalves; Feitosa; Uzeda (1993) realizaram um experimento onde os níveis de Streptococcus mutans salivar não revelaram redução significante, o que nos faz considerar que o tipo de sal utilizado (fluoreto de sódio), as concentrações (1154,3ppm e 946 ppm de íon flúor) possíveis de serem usadas clinicamente, e o tempo de experimentação (3 meses) influenciaram no resultado. 23 Alves;Ranali;Sperança (1994) estudaram “in vitro” a ação antimicrobiana de dentifrícios antiplaca(Prevent, Kolynos e Colgate) e controle(Phillips) frente a alguns microrganismos envolvidos no aparecimento da cárie dentária, avaliando sua atividade inibitória( Prova de difusão em Agar) e a influência da concentração e do tempo de contato( Teste pelo Contato Rápido). Afonso;Adabo;Pizzolitto(1995) verificaram a açäo antimicrobiana dos cimentos protetores do complexo dentina-polpa, sobre o S. mutans e S. sanguis.Utilizaram o teste de difusão em agar. Dos oito cimentos estudados in vitro, Vitrebond, Hydro C, XR-Ionomer e Life Improved mostraram ter açäo antimicrobiana, enquanto Ketac-Bond, Renew Light, Shofu Lining Cement e Timeline näo revelaram açäo antimicrobiana. Estrela et al (1995) estudaram o efeito antibacteriano de duas pastas de hidróxido de cálcio, uma associada ao soro fisiológico, e outra ao paramonoclorofenol canforado, sobre culturas puras de três bactérias aeróbicas facultativas: Pseudomonas aeuginosa, Escherichia coli e Streptococcus faecalis. Os resultados demonstraram que as duas pastas de hidróxido de cálcio foram efetivas sobre as bactérias analisadas, tanto em 24 como 48 horas, proporcionando diferentes halos de inibiçäo de crescimento bacteriano. Carvalho; Iema;Santos;Cury(1996) avaliaram os dentifrícios fluoretados produzidos no Brasil . Foram analisados 20 dentifrícios em termos de reatividade dos mesmos com o esmalte dental e quando de ciclagens da DesRemineralização. Os resultados obtidos foram relacionados com a composição do flúor nas soluções quando dos tratamentos.Concluiram que todos dentifrícios apresentam flúor com atividade e a diferença entre eles deve ser confirmada por testes clínicos após seleção prévia por análises laboratoriais. No Brasil quase todos os dentifrícios são fluoretados estão sob vigilância sanitária e devem conter uma concentração mínima de 600 ppm de flúor pelo prazo de um ano a partir da data de fabricação sendo que a maioria apresenta 24 concentração entre 1000 e 1500 ppm de flúor.(Guedes-Pinto& Chedid,1995)(Tomita et al, 1995)( Cury,1996). Siqueira Júnior; Lopes; Uzeda (1996) avaliaram a atividade antibacteriana de três bases fortes e de pastas contendo diferentes proporçöes de hidróxido de cálcio, óxido de zinco e paramonoclorofenol canforado (PMCC) foram avaliadas contra bactérias comumente associadas as infecçöes endodônticas. A metodologia utilizada foi a difusäo em ágar. Foi possível verificar que as bases solúveis (NaOH e KOH) apresentaram efeito inibitório contra todas as cepas, enquanto que o hidróxido de cálcio, uma base pouco solúvel, näo foi capaz de inibir o crescimento bacteriano. Das pastas testadas, quanto maior a quantidade de PMCC adicionado, maior a eficácia antibacteriana. Com base neste e em outros estudos, os autores levantam a hipótese de que, pelo menos do ponto de vista da atividade antibacteriana, o hidróxido de cálcio serve como um veículo para o PMCC, permitindo uma liberaçäo lenta e gradual de PMC suficiente para ter atividade antibacteriana e ser biocompatível. Siqueira Júnior et al (1997) avaliaram a atividade antibacteriana dos medicamentos paramonoclorofenol (PMC) canforado; PMC associado ao Furacin e PMC aquoso a 2 por cento e das pastas de hidróxido de cálcio em água destilada ou em PMC aquoso a 2 por cento sobre principalmente bactérias anaeróbias estritas, os principais patógenos endodônticos. Os resultados demonstraram maior eficácia antibacteriana do PMC canforado, do PMC/Furacin e de pasta de hidróxido de cálcio/PMC a 2 por cento. O PMC aquoso a 2 por cento apresentou baixa atividade antibacteriana, enquanto que a pasta de hidróxido de cálcio em água destilada evidenciou ausência completa de efeito inibitório contra todas as cepas bacterianas testadas. Duarte et al (1997) avaliaram o poder antimicrobiano dos cimentos Endomethasone, AH26, Sealer 26, Sealer 26 acrescido de 5 por cento de hexametilenotetramina, Sealer 26 acrescido de 10 por cento de hexametilenotetramina, Sealapex e pasta aquosa de hidróxido de cálcio. Foram utilizados o método de difusäo radial em placas ágar escavadas e cepas puras 25 de microorgarnismos, sendo que as leituras foram efetuadas após 24 e 48 horas de incubaçäo em aerobiose e microaerofilia. Os resultados mostraram que o Endomethasone apresentou os maiores halos de inibiçäo do crescimento bacteriano e que o acréscimo de hexametilenotetramina acarretou um aumento nos halos proporcionados pelo Sealer 26. O cimento Sealapex e a pasta de hidróxido de cálcio näo inibiram os microorganismos testados. O bicarbonato de sódio tem sido usado recentemente em formulação de dentifrícios, tendo sido demonstrada sua ação antimicrobiana in vitro contra estreptococos do grupo mutans.(Meier, Drake, 1997). O flúor importante é aquele presente constantemente na cavidade bucal, participando do processo de cárie e agindo diretamente nos fenômenos de desmineralização e remineralização. Os dentifrícios fluoretados são considerados a forma mais racional de uso tópico de flúor complementando as deficiências mecânicas da escovação e estabelecendo um controle físicoquímico da cárie dental(Kramer et al., 1997). Silva (1997) avaliou a capacidade inibitória mínima de três dentifrícios "in vitro" sobre componentes da microbiota oral envolvidos nos processos de cárie e gengivite marginal. Comparou o efeito de um dentifrício à base de cloreto de cetilpiridínio e fluoreto de sódio (A) com um dentifrício à base de fluoreto de sódio (B) sobre microrganismos da microbiota oral e comparou o efeito inibitório de um dentifrício à base de cloreto de cetilpirídio e fluoreto de sódio (A) com dentifrício comercial à base de triclosan (Colgate-Açäo Total) (C) sobre componentes da microbiota oral. As cepas utilizadas no ensaio foram: Streptococcus mutans - B3, Streptococcus mutans ATCC 25175, Streptococcus sanguis ATCC 10556, Streptococcus sobrinus ATCC 27607, Streptococcus salivarius P-1, Staphycoccus aureus ATCC 9144, Lactobacillus caseii ATCC 4646, Actinomyces viscosus ATCC 15987, Actinomyces israelli ATCC 12103, Actinomyces naeslundii ATCC 19039, Corynebacterium matruchotii ATCC 33449, Fusobacterium nucleatum ATCC 10953, sendo semeadas em placas de Petri em meio de cultura BHI. Os resultados demonstraram que o dentifrício C) 0,30 por cento triclosan+0,33 por cento NaF) comportou-se com maior 26 regularidade do que os demais, revelando melhor efeito inibitório: o dentifrício A) 0,20 por cento CPC + 0,22 NaF) comportou-se semelhante ao dentifrício B (0,22 por cento NaF), porém, apresentou melhor efetividade sobre as cepas de S.mutans B3 (p<0,05) e S.mutans ATCC 25175 (p<0,05). O dentifrício C) 0,30 por cento triclosan+ 0,33 por cento NaF) quando comparado ao dentifrício A (0,20 por cento CPC + 0,22 NaF) apresentou maior efeito inibitório (p<0,05), sendo mais efetivo sobre as cepas: Streptococcus mutans ATCC 25175, Streptococcus sobrinus ATCC 27607, Streptococcus salivarius P1, staphylococcus aureus ATCC 9144, Lactobacillus caseii ATCC 46464, Actinomyces viscosus ATCC 15987, Actinomyces naeslundi ATCC 19039, Corynebacterium matruchotii ATCC 33449, Fusobacterium nucleatum ATCC19953. Siqueira Júnior; Lopes;Magalhães;Uzeda (1997) avaliaram a atividade antibacteriana de pasta à base de hidróxido de cálcio/paramonoclorofenol canforado/glicerina (H/P/G) contendo diferentes proporçöes de iodofórmio foi testada contra 3 bactérias anaeróbias estritas (Porphyromonas endodontalis, Prophyromonas gingivalis e Prevotella intermedia) e 3 anaeróbias facultativas (enterococcus faecallis, Staphylococcus aureuse e Streptococcus sanguis). Para fins comparativos, testaram também os efeitos antibacterianos de pastas à base de iodofórmio ou hidróxido de cálcio em glicerina. Os resultados demonstraram que a adição de iodofórmio à pasta H/P/G näo interferiu em suas propriedades antibacterianas. A pasta de hidróxido de cálcio e glicerina näo apresentou qualquer efeito inibitório sobre as espécies bacterianas testadas. Zebral;Siqueira Junior;Ether;Correa Filho (1997) avaliaram a atividade antimicrobiana de vários cimentos endodônticos in vitro pela técnica dea difusão. Foram avaliados os cimentos Fillcanal, Sealapex, CRCS, Sealer 26, Apexit e hidróxido de cálcio em pó dissolvido em salina estéril contra amostra padräo internacional de Staphylococcus aureus 6538 da ATCC, Escherichia coli 25922 da ATCC, mais Pseudomonas pigmentada, Candida sp. e 10 amostras de Enterococcus faecalis idolados de canais radiculares infectados. Com exceçäo das duas amostras, padräo internacional, os outros 27 microrganismos säo frequentemente reconhecidos como resistentes a acäo de agentes físicos, químicos, antibióticos e quimioterápicos. Os cimentos endodônticos Sealer 26 e Fillcanal foram os que apresentaram as maiores médias de atividade antimicrobiana. Caldas Júnior & Sperança (1998) verificaram "in vitro" a influência de fatores como concentraçäo, forma de apresentaçäo e tempo de contato na atividade antimicrobiana de produtos químicos sobre Streptococcus mutans e Lactobacillus. Foram testados o Triclosan na forma dentifrício (Signal G) e soluçäo (Gengi-Dent) e o Cloreto de Cetilpiridínio na forma soluçäo (Cepacol), tendo os produtos sofridos várias diluiçöes. No teste de difusäo do Agar, todos os produtos foram ineficazes para as cepas de Lactobacillus acidophilus e Lactobacillus casei, porém todos eles proporcionaram inibiçäo de crescimento sobre os Streptococcus mutans tipos "d" e "f", sendo que o Triclosan soluçäo apresentou os maiores halos de inibiçäo. Evidenciou-se ainda neste teste que ao sofrer diluiçäo, o produto mostra queda do poder inibitório. Através do teste de poder germicida, constatou-se a ineficácia dos produtos sobre cepas de Lactobacillus acidophilus e os fatores concentraçäo e tempo de contato só interferiram sobre o Triclosan dentifrício e o Cloreto de Cetilpiridínio. Quando a forma de apresentaçäo do Triclosan foi soluçäo, esses fatores näo tiveram influência. Observou-se nos dois testes que as cepas de Lactobacillus säo mais resistentes aos produtos quando comparados ao Streptococcus mutans. Conclui-se o trabalho considerando que os fatores como concentraçäo, forma de apresentaçäo e tempo de contato iräo influenciar a capacidade germicida, de acordo com a resistência dos microorganismos aos produtos químicos. Estrela et al. (1998) avaliaram que o tempo necessário para que o hidróxido de cálcio tenha efeito antibacteriano através da ação por contato direto, sobre espécies bacterianas(Micrococcus luteus, Staphylococcus aureus, Fusobacterium nucleatum, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Streptoccus sp. ), nos períodos imediatamente e após 1, 2, 6, 12, 24, 48 e 72 horas e 7 dias.Os resultados demonstraram que o hidróxido de cálcio foi efetivo após 12 horas sobre M. luteus e F. nucleatum.Após 24 horas sobre Streptococcus sp.,48 horas sobre E. coli e após 72 horas sobre S. aureus e P. 28 aeruginosa.As misturas de microrganismos foram inativadas pelo hidróxido de cálcio das seguintes maneira: Mistura II(M.luteus + Streptococcus sp. + S. aureus) após 48 horas e as E.Coli+P.aeruginosa),III(E.coli+P.aeruginosa) Misturas e I(M.luteus + IV(S.aureus+P.aeruginosa) após 72 horas. Gaetti Jardim Júnior et al (1998) avaliaram in vitro a atividade antimicrobiana de nove dentifrícios nacionais e dois estrangeiros anti bactérias cariogênicas e periodontopatogênicas. Utilizaram-se 5 cepas de Streptococcus mutans, 20 cepas de Fusobacterium nucleatum, e 10 cepas de Actinobacillus actinomycetemcomitans. Os testes de suscetibilidade foram realizados pelo método de diluiçäo de ágar. As placas contendo ágar infuso de cérebro coraçäo, suplementadas com extrato de levedura e acrescidas de 0,5 mg/mL a 128 mg/mL do dentifrício a ser testado, foram inoculadas com as cepas bacterianas e incubadas a 37ºC, por 48 horas, em condiçöes de anaerobiose. Verificou-se que todos os dentifrícios possuem atividade antimicrobiana, mas os que se mostraram mais eficazes possuíam triclosan em sua composiçäo. Santos et al(1998) compararam o efeito de um dentifrício de açäo total, que possue triclosan e citrato de zinco na fórmula, sobre bactérias do gênero Streptococcus (grupo viridans) in vitro. Foi utilizado o meio de cultura ágar mitis salivarius sem bacitracina, ao qual se acrescentou sete diluiçöes dos dois dentifrícios. Neste meio foi semeado 0,1 ml do inóculo, previamente cultivado em meio de cultura líquido, representado pelo tubo 1 da Escala de Macffarland (grau de turbidez). O conjunto foi encubado a 37ºC por 96hs em microaerofilia. Após este período fez-se a contagem das U.F.C./ml em cada uma das 14 placas. Nos resultados obtidos pôde-se verificar a presença de uma dose de inibiçäo em duas placas do grupo do dentifrício açäo total, havendo, desta forma, total inibiçäo do crescimento bacteriano. Tal dado näo foi verificado no grupo do dentifrício convencional. Desta forma pôde ser verificada uma maior eficácia do dentifrício de açäo total sobre as bactérias estudadas que säo conhecidas colonizadoras iniciais da placa bacteriana, sugerindo clinicamente uma maior açäo na prevençäo da cárie. 29 Koo;Cury(1999) analisaram in situ a efetividade de um dentifrício contendo monofluorfosfato(MFP)e sistema abrasivo fosfordicácio diidratado(DCPD)quando comparado com dentifrício placebo.O estudo foi do tipo cross-over com 8 voluntários em 2 etapas de 45 dias. Os voluntários utilizaram dispositivo intra-oral palatino de resina acrílicacontendo 4 blocos de esmaltecom lesão de cárie artificial.Após cada etapafoi analisada a incorporação de flúor e microdureza dos blocos de esmalte dental.Os resultados obtidos das áreasintegradas sob as curvas demostraram que a concentração de flúor incorporado no esmalte tratado com dentifrício MFP?DCPD foi significantivamente maior que no placebo e os dados de microdureza demonstraram que o dentifrício MFP/DCPD foicapaz de remineralizar o esmalte dental em 34% enquanto no placebo obsrvaramperda de 14% de mineral.Os dados demonstraram que o dentifrício MFP/DCPD foi efetivo não apenas na incorporação de flúor no esmalte, mas também na capacidade de remineralizar a lesão de cárie, quando comparado com o placebo. Leonardo et al (1999) avaliaram a atividade antimicrobiana in vitro de pastas empregadas como curativo de demora em Endodontia. Foram utilizadas duas pastas à base de hidróxido de cálcio, Calen e Calasept, e uma pasta à base de óxido de zinco frente a sete cepas bacterianas, incluindo aeróbios e anaeróbios facultativos, gram-negativos e gram-positivos, relatados na literatura como resistentes aos curativos de demora utilizados no tratamento endodôntico. Verificou-se que a pré-incubaçäo das placas, para difusäo das pastas, e a otimizaçäo do meio de cultura pelo gel de TTC a 1,O por cento foram fatores importantes para a avaliaçäo da atividade antibacteriana, constatando-se que todas as cepas bacterianas foram inibidas por todos os materiais avaliados. Pacagnella et al (1999) determinaram a diluição inibitória máxima(DIM) / concentração inibitória mínima (CIM) de 21 dentifrícios disponíveis no mercado nacional, frente a diferentes microrganismos indicadores(bactérias Grampositivas, Gram- negativas e leveduras) através da técnica de diluição em agar.Foram feitas diluições decimais, à partir dos sobrenadantes dos dentifrícios, com água destilada, as quais foram incorporadas aos meios de 30 cultura Mha e BHIa( dependendo da exigência nutircional de cada microrganismo), homogeneizadas e depositadas em placa de Petri, sendo que a diluição final variou de 1:5 a 1:40960. Após a solidificação dos meios, procedeu-se a inoculação das 15 cepas indicadoras por meio de um multiaplicador de Steer’s, e à seguir as placas foram incubadas durante 24-48 horas a 37ºC. as placas foram submetidas a leitura e considerou-se como DIM, a maior diluição e como CIM, a menor concentração que não permitiu o crescimento visível dos microrganismos. Os resultados demonstraram que todas as formulações de dentifrícios testadas exerceram atividade antimicrobiana contra bactérias Gram-positivas. Os dentifrícios que contêm triclosan em sua fórmula apresentaram atividade contra bactérias Grampositivas, gram-negativas e leveduras (DIM variou de 1:80 a 1:40960, dependendo do microrganismo). Ignácio; Peres; Cury (1999) avaliaram o efeito de um dentifrício contendo bicarbonato de sódio na contagem de estreptococos do grupo mutans(EM), acidogenicidade e composição da placa dental. Vinte e três voluntários escovaram os dentes 3 vezes ao dia, com formulações fluoretadas (1500 ppm F), contendo, ou sílica(SÍLICA), ou carbonato de cálcio( CARBONATO),ou carbonato de cálcio mais bicarbonato de sódio( CAR/BICAR), num delineamento duplo cego cruzado, com 3 etapas de 30 dias. No 28º dia, 8 a 12 horas após a última escovação, foi realizada a contagem de estreptococos do grupo mutans na saliva(EMS). No 30º dia (após 2 dias, nos quais os voluntários bochecharam 3 vezes/dia uma suspensão do dentifrício em água, e 6 vezes/dia sacarose a 10%), demonstraram que embora o dentifrício contendo bicarbonato de sódio tenha apresentado uma tendência a influenciar positivamente nos diversos fatores relacionados à cárie dental, não diferiu significantemente dos dentifrícios contendo carbonato de cálcio ou sílica como abrasivo. Nogueira Filho et al (1999) verificaram o efeito de dentifrícios contendo triclosan-copolímero-zinco-pirofosfato, triclosan-zinco, triclosan-copolímero, triclosan-pirofosfato, quando comparados a um dentifrício sem triclosan,na atividade de enzimas tipo tripsina presentes na placa dental e na formação de 31 grupos sulfídrícos que interferem no hábito bucal, pelo modelo da gengivite experimental modificada. Concluíram que os dentifrícios contendo triclosancopolímero e triclosan-copolímero-zinco-pirofosfato foram mais eficientes. Panzeri et al (1999) realizaram um estudo microbiológico da própolis para confirmar sua eficiência contra microrganismos gram-positivos, sendo estabelecida sua máxima diluiçäo inibitória. A partir deste ensaio foi desenvolvido um dentifrício na forma de gel com 3 por cento de própolis. O resultado mostrou: pH levemente ácido, baixa abrasividade, densidade, viscosidade e índice de espuma compatíveis com os produtos do mercado. Weckwerth et al (1999) avaliaram a açäo antimicrobiana de algumas pastas de hidróxido de cálcio através de difusäo radial. Placas com ágar foram escavadas e depois semeadas com os microrganismos: Enterococcus faecalis; Pseudomonas aeruginosa; Staphylococcus aureus; Klebsiella; Candida albicans. Após a semeadura, as pastas foram preparadas e colocadas nas escavaçöes: grupo I: hidróxido de cálcio + propilenoglicol; grupo II: hidróxido de cálcio + propileno-glicol + gluconato de clorexidina a 2 por cento; grupo III: hidróxido de cálcio + gluconato de clorexidina a 2 por cento; grupo IV: hidróxido de cálcio + propilenoglicol + paramonoclorofenol canforado. Pré-incubou-se as placas por duas horas em temperatura ambiente, e, entäo foram levadas à estufa a 37ºC por 24 horas. a presença de halos de inibiçäo foi analisada sob intensa luminosidade. Os resultados mostraram que todas as pastas apresentaram halos de inibiçäo, exceto a pasta de hidróxido de cálcio + propilenoglicol frente ao Staphylococcus aureus. Os maiores halos ocorreram na pasta de hidróxido de cálcio + propilenoglicol + paramonoclorofenol canforado. Fukushima; Taga; Granjeiro & Buzalaf (2000) realizaram um experimento e concluiram que com relação ao tipo e concentração dos agentes fluoretados houve algumas diferenças, mas essas diferenças são pequenas e não são importantes clinicamente porque em todos os casos a concentração de flúor encontrada na saliva foi sempre superior a 0,99 ppm, o que é suficiente para conferir proteção contra cárie. 32 Medeiros & Coimbra (2000) realizaram um experimento analisando o conteúdo de fluoreto presente em dentifrícios corresponde efetivamente ao declarado nas embalagens e se esse conteúdo está de acordo com sua finalidade. Para esse experimento foram adquiridos 14 diferentes dentifrícios no comércio da cidade do Rio de Janeiro, com concentrações de flúor diferentes, apresentando-se sob a forma de Naf e MFP. Os sobrenadantes foram preparados a partir da suspensão de um grama de dentifrício em três milímetros de água destilada. Os autores obtiveram resultados onde 100% dos dentifrícios analisados apresentaram uma concentração de flúor solúvel inferior àquela indicada na embalagem e aqueles com MFP apresentaram maiores variações em relação ao que foi declarado na embalagem. Siqueira Júnior et al (2000) avaliaram a atividade antibacteriana do óleo ozonizado e do hidróxido de cálcio, associado ao paramonoclorefenol canforado (PMCC)/glicerina ou ao tricresol formalina/glicerina contra bactérias, comumente envolvidas na etiopatogenia das doenças perirradiculares. A metodologia empregada foi o teste de difusäo em ágar. A maior eficácia de atividade antibacteriana foi observada para o óleo ozonizado. Alves& Haas (2001) concluíram que a eficácia na prevenção da cárie utilizando dentifrícios fluoretados atribui ao seu uso contínuo a razão principal de seu declínio nos países industrializados. Representam método simples e racional de combate à doença cárie, principalmente em populações que vivem em regiões sem água de abastecimento tratada ou que utilizam água de mananciais naturais. Modesto et al (2001) avaliaram e compararam o efeito antimicrobiano de três dentifrícios infantis concentrados e diluído até 1/128 sobre a microbiota de bebês, realizado o teste de difusão em ágar. Verificaram que o dentifrício cque continha xilitol, lactoperoxidase, glicose oxidase e lactoferrina e o com xilitol e extrato de Calendula officinalis não apresentaram efeito antimicrobiano. O teste com dentifrício que continha fluoreto de sódio (1100 ppm) e lauril sulfato de 33 sódio concentrado e diluído até 1/8 revelou uma ação antimicrobiana significante. Silveira; Leonardo; Ito; Silva; Tanomaru Filho (2001) avaliaram o efeito antimicrobiano da pasta à base de hidróxido de cálcio empregada como curativo de demora em pré-molares de cäes com lesäo periapical crônica, sendo utilizados 80 canais radiculares. Após comprovaçäo radiográfica da formaçäo de lesöes periapicais induzidas e preparo biomecânico, os canais radiculares foram preenchidos com pasta à base de hidróxido de cálcio associada ao paramonoclorofenol canforado (Calen-PMCC). Decorridos os períodos de 7, 15 e 30 dias, os animais foram sacrificados e os cortes histológicos obtidos corados pelo método de Brown&Bren. O resultado da avaliaçäo histomicrobiológica demonstrou maior efeito antimicrobiano no período de 30 dias. O período de 15 dias apresentou melhores resultados quando comparado ao de sete dias. Siqueira Júnior et al (2001) executaram um estudo onde cilindros de dentina bovina foram experimentalmente contaminados com uma cultura mista de Fusobacterium nucleatum e Prevotella intermedia, duas espécies bacterianas anaeróbicas estritas, comumente encontradas em infecçöes endodônticas. Foram expostos a quatro formulaçöes diferentes de pastas de hidróxido de cálcio (HC). Os espécimes foram deixados em contato com as pastas por 3 e 5 dias. Finalizados estes períodos a viabilidade bacteriana foi avaliada, através de incubaçäo dos espécimes em caldo de cultura, de forma a comparar a efetividade das pastas na descontaminaçäo da dentina. Apenas a pasta HPG foi capaz de, efetivamente, descontaminar a dentina após 5 dias de contato. Velmovitsky (2001) avaliou a capacidade inibitória mínima in vitro de 25 dentifrícios encontrados no mercado nacional sobre microrganismos envolvidos no processo de cárie e analisada a participaçäo de várias substâncias destes dentifrícios no processo de inibiçäo microbiana. A partir de uma soluçäo contendo 3g/10ml de cada dentifrício foram feitas diluiçäo seriadas de 1:2 até 34 1:64 e testadas contra cepas bacterianas padräo ATCC de Streptococus mutans (25175), Streptococcus sobrinus (27609), e Lactobacillus casei (4646). Os resultados encontrados permitiram concluir que: os dentifrícios com melhor eficácia de açäo inibitória para os três microrganismos, quando analisados em conjunto, foram em ordem decrescente: Sorriso Total , Colgate Total e Signal Global ; os dentifrícios que revelaram, melhor eficácia de açäo inibitória para cada um dos microrganismos analisados isoladamente, foram respectivamente, Sorriso Total para Streptococus mutans, Colgate Total para Streptococcus sobrins e Signal Global para Lactobacillus casei; os dentifrícios que contêm triclosan apresentaram-se sempre microrganismos cariogênicos; com potencial para inibiçäo de a associaçäo do Triclosan ao Gantrez , ao citrato de zinco, e ao pirofosfato näo apresentou in vitro uma correlaçäo direta que possibilite afirmar que qualquer uma dessas substâncias potencialize seu efeito antimicrobiano; os dentifrícios naturais revelaram um desempenho irregular em relaçäo à inibiçäo dos microrganismos devido à variedade de substâncias ativas; o tipo de fluoreto näo influenciou na capacidade antimicrobiana dos dentifrícios . Aguiar (2002) avaliou a possibilidade de remover placa adequadamente usando um dentifrício experimental, sem abrasivos nem agentes anti-placa, com óleo de amêndoa: Titoil. Foi realizado um estudo com 80 recrutas de 18 anos de idade, de Tiro de Guerra de Araçatuba - SP, voluntários para a coleta de saliva e coloraçäo da placa dentária no início e ao final de 28 dias de escovaçäo com Titoil (Grupo 1 - 40 voluntários) e um dentifrício de baixa abrasividade (Grupo 2 - 40 voluntários). Os resultados mostraram que o dentifrício experimental: produz rugosidade superficial (Ra) similar à água em escovaçäo mecânica; näo interfere no fluxo salivar; reduz mais placa dentária que o dentifrício de baixa abrasividade; melhora a capacidade tampäo e diminui UFC/ml S. mutans salivares (Kit Caritest-SM) tanto quanto o dentifrício normal. Conclui-se que um dentifrício sem abrasivos pode ser fabricado e eficiente na manutençäo da saúde bucal. Aquino et al (2002) avaliaram a atividade antimicrobiana in vitro de diferente dentifrícios contendo triclosan associado a potenciadores. Dentifrício 35 fluoretado, géis de clorexidina (0,8%) e triclosan não associado a potenciador (0,3%) foram empregados como controle.Após 48 horas de incubação,os halos de inibição de crescimento bacteriano foram medidos com régua milimetrada estéril e auxílio de lupa estereoscópica. O triclosan associado apresentou a maior capacidade de inibição para todas as espécies bacterianas testadas. Concluiu-se que a incorporação de triclosan associado a potenciadores foi efetiva contra a atividade antimicrobiana, frente às espécies bacterianas testadas. Ferreira et al (2002) avaliaram in vitro a capacidade antimicrobiana de substâncias utilizadas como agentes antimicrobianos (solução de hidróxido de cálcio 10%, paramonoclorofenol canforado – PMCC,digluconato de clorexidina 2% e detergente de mamona 10%) sobre bactérias anaeróbias (Fusobacterium nucleatum ATCC 25586, Prevotella nigrescens ATCC 33563, Clostridium perfringensATCC 13124 e Bacteróides fragilis ATCC 25285),utilizando-se a técnica da diluição em caldo. Para a determinação das concentrações inibitória e bactericida mínimas (CIM e CBM), dois caldos, Reinforced Clostridial Medium (RCM) e Brucella suplementado, inoculo padronizado e diluições seriadas foram utilizadas.Todos os agentes antimicrobianos apresentaram atividade antimicrobiana, variando para as diferentes espécies bacterianas, não havendo diferença entre os caldos utilizados. O digluconato de clorexidina demonstrou a melhor eficiência, com as menores CIMs, seguido pelo detergente de mamona, PMCC e hidróxido de cálcio. C.perfringens e B. fragilis foram as espécies mais resistentes aos agentes. Gomes, Ferraz &Vianna (2002), a atividade antimicrobiana in vitro das pastas de hidróxido de cálcio e seus veículos foi determinada pelo método de difusão no agar. As zonas de inibição do crescimento microbiano foram medidas e anotadas após o período de incubação de cada placa e os resultados foram analisados estatisticamente. A atividade antimicrobiana in vitro dos medicamentos testados, em ordem decrescente, foi: Ca(OH)2 +PMCF+ glicerina, Ca(OH)2+ PMCF, Ca(OH)2+ glicerina, Ca(OH)2+anestésico, Ca(OH)2+ salina, Ca(OH)2+H2O, veículos oleosos produziram as Ca(OH)2+ polietilenoglicol.Pastas com maiores zonas de inibição, quando 36 comparadas com as com veículos aquosos ou oleosos. Concluíram que a atividade antimicrobiana do hidróxido de cálcio estão relacionadas com os tipos de veículos utilizados. Holland et al (2002) prepararam dentes humanos extraídos submetidos à remoçäo do cemento e tratados por 5 minutos com EDTA para remoçäo da "smear layer". Os canais foram preenchidos com uma pasta de hidróxido de cálcio e as aberturas coronárias e os forâmes apicais selados. Os dentes foram entäo mergulhados em água destilada e o pH ambiente avaliou diariamente. Notaram um aumento gradativo do pH, chegando a 8,60 aos 30 dias, quando aquele fármaco foi removido e os canais obturados com óxido de zinco e eugenol ou Sealapex. Colocado os dentes em nova água destilada, o pH foi novamente avaliado até 30 dias. Observaram um pH 8,40 com o Sealapex e 7,26 com o óxido de zinco e eugenol. Concluiram que o aumento do pH da dentina é lento e progressivo e que, dentre os dois cimentos estudados, apenas o Sealapex manteve o pH alcançado pela pasta de hidróxido de cálcio. Aires; Tenuta;Ribeiro;Cury(2003) avaliaram in vitro o potencial anticariogênico de um dentifrício brasileiro com baixa concentração de flúor. Blocos de esmalte decíduo com microdureza de superfície conhecida (MDS) foram distribuídos em 4 grupos de tratamentos: G1)dentifrício sem flúor; G2)Colgate Baby (500µg F/g);G3)Tandy(1100µg F/g);G4)Crest(1100µg F/g). Os blocos ficaram 3 h/dia em solução desmineralizante(tampão acetato75 mM, 2 mM de Ca e PO4, 0,03 µg F/ml,ph4,7) e 21h/dia em saliva artificial. Os tratamentos foram feitos 2X/dia,por 5 min com suspensão1:3(p/p) de cada dentifrício. Ao final da ciclagem de 5 dias, a MDS foi determinada e o volume mineral foi expresso por área integrada. A concentração de flúor no esmalte também foi avaliada.O dentifrício com baixa concentração de flúor foi efetivo na redução da desmineralização do esmalte decíduo in vitro, porém levou a uma menor incorporação de flúor no esmalte que os dentifrícios convencionais. Estrela & Holland (2003) afirmam que a dentina é considerada a melhor proteção pulpar, e o hidróxido de cálcio têm sua capacidade de induzir a 37 formação de barreiramineralizada sobre o tecido pulpar. Sempre que possível dar tempo à pasta de hidróxido de cálcio para manifestar seu potencial de ação sobre os microrganismos presentes nas infecções endodônticas.A manutenção de alta concentração de íons hidroxila pode alterar a atividade enzimática bacteriana e promover sua inativação. Estrela et al (2003) determinaram a concentraçäo inibitória mínima (MIC) e o efeito antimicrobiano, através do teste de exposiçäo direta, de quatro soluçöes irrigantes [hipoclorito de sódio a 1 por cento, clorexidina a 2 por cento, soluçäo de hidróxido de cálcio a 1 por cento - preparada com 1g de Ca(OH)2 e 100 mL de água destilada esterilizada, soluçäo de hidróxido de cálcio + detergente (HCT20)] sobre S. aureus, E. faecalis, P. aeruginosa, B. subtilis, C. albicans e uma cultura mista. O crescimento microbiano foi analisado por dois métodos: turvaçäo do meio de cultura e confirmaçäo pela coloraçäo de Gram e subcultura em caldo nutriente específico. No teste de diluiçäo, o hipoclorito de sódio a 1 por cento apresentou MIC igual a 0,1 por cento para S. aureus, E. faecalis, P. aeruginosa, e C. albicans e igual a 1 por cento para o B. subtilis e a cultura mista. A clorexidina a 2 por cento mostrou MIC igual a 0,000002 por cento para o S. aureus, 0,02 por cento para E. faecalis, B. subtilis, C. albicans e a cultura mista e 0,002 por cento para P. aeruginosa. A soluçäo de hidróxido de cálcio a 1 por cento apresentou MIC superior a 1 por cento para todos os microrganismos testados, com exceçäo da P. aeruginosa, cuja MIC foi igual a 1 por cento. A soluçäo de hidróxido de cálcio + detergente mostrou MIC igual a 4,5 mL para S. aureus, P. aeruginosa, B. subtilis, C. albicans e a cultura mista e superior a 4,5 mL para o E. faecalis. No teste de exposiçäo direta, o hipoclorito de sódio a 1 por cento apresentou melhor efeito antimicrobiano para todos os microrganismos em todos os períodos experimentais. A clorexidina a 2 por cento foi efetiva sobre S. aureus, E. faecalis, e C. albicans em todos os períodos, e inefetivo sobre P. aeruginosa, B. subtilis e sobre a cultura mista. As outras soluçöes mostraram os piores resultados. Fuzaro;Oliveira;Verri;Salvador(2003) determinaram os valores da diluição inibitória máxima(DIM) de dentifrícios comercialmente disponíveis no mercado nacional e internacinal, frente a diferentes microrganismos 38 indicadores(bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos em forma de levedura), através da técnica de diluição em agar. Para tal finalidade, foram feitas diluições decimais a partir dos sobrenadantes dos diferentes dentifrícios, as quais foram incorporadas aos meios de culturaBHI-a ou MH-a(Dico). As diluições finais variam de 1:10 a 1:20.480. Após a solidificação dos meios, procedeu-se a inoculação das cepas indicadoras através de um multiaplicador de Steers.As placas foram incubadas a 37ºC/24-48 horas, em condições de aerobiose ou microaerofilia, de acordo com as exigências fisiológicas de cada microrganismo.As placas foram submetidas à leitura, considerando-se como DIM a maior diluição que não permitiu o crescimento visível dos microrganismos. Todos os seis dentifrícios avaliados apresentaram elevada atividade antimicrobiana tanto sobre bactérias Gram-positivas,incluindo as espécies cariogênicas(S. mutans e S. sobrinus), sobre as Gram-negativas periodontopatogênicas. A atividade antifúngica, os dentifrícios avaliados mostraram menor atividade antimicrobiana. Miyagaki et al (2003) avaliaram a capacidade antimicrobiana dos cimentos endodônticos:N-Rickert,Sealapex e AH Plus juntamente com agregado trióxido mineral (MTA) e cimento de Portland. O método utilizado foi difusão em agar em placas previamente inocul;adas com os seguintes microrganismos:C.albicans, S. aureus, E. faecalis, E.coli. A leitura do diâmetro do halo de inibição do crescimento microbiano foi realizada após 24 horas de incubação em estufa a 37ºC. Os resultados mostraram que somente os cimentos AH Plus e N-Rickert apresentaram atividade antimicrobiana diante das cepas testadas, exceto sobre E. faecalis que mostrou resistente contra todos os cimentos.Concluiram que nenhum material testado apresentou atividade antimicrobiana contra E. faecalis. Aquino et al (2004) avaliaram in vitro a ação antimicrobiana do triclosan asociado a potencializadores sobre microorganismos cariogênicos.Dentifrício fluoretado, e géis de clorexidina(1%) e triclosan não associado a potencializador(0,3%) foram empregados como controles.Utilizaram Agar Mitis Salivarius para Streptococcus mutans (ATCC 1910) e Agar rogosa para 39 Lactobacillus casei (ATCC 1465), lactobacillus acidophilus(atcc 5049) e lactobacillus salivarius(ATCC 3752), sendo as espécies bacterianas semeadas de acordo com a técnica laboratorial pour plate. Após 48 horas de incubação, os halos de inibição de crescimento bacteriano foram mensurados com régua milimetrada estéril e auxílo de lupa estereoscópica. O triclosan associado ao citrato de zinco apresentou a maior capacidade de inibição para as espécies bacterianas testadas, sendo para S.mutans superior e para L.casei, L.acidophilus e L.salivarius similar ao controle clorexidina. Conrado (2004) verificou uma possível remineralização da dentina cariada humana. Trinta e nove dentes permanentes e decíduos recém-extraídos foram utilizados. Cada dente foi dividido em duas metades. Uma metade foi usada como controle e a outra como experimental.Nesta última, uma cavidade foi preparada e a camada remanescente de dentina desmineralizada capeada com hidróxido de cálcio quimicamente puro. As amostras experimentais foram armazenadas emestufa a 37ºC.Os períodos de observação foram de 2,4,6,8,10 e 12 semanas.todas as metades foram desgastadas até conseguir-se cortes plano-paralelos com espessuras variando entre 75 e 117 µm. Microradiografias qualitativas evidenciaram um aumento na radiopacidade das amostras tratadas com hidróxido de cálcio. A microradiografia quantitativa evidenciou um aumento estatisticamente significante no conteúdo mineral total nas amostras experimentais comparadas com as controles. Os resultados indicam uma remineralização in vitro da dentina cariada através do hidróxido de cálcio. PROPOSIÇÃO 41 3. PROPOSIÇÃO Este trabalho teve como objetivo comparar e verificar, in vitro, a ação antimicrobiana de 3 dentifrícios fluoretados e de um hidróxido de cálcio P.A .frente aos microrganismos presentes nas lesões de cárie dentária (Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, Actinomyces viscosus e Lactobacillus acidophilus) nas condições de microaerofilia e na anaerobiose. MATERIAL E MÉTODOS 43 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1 MATERIAL Os materiais descritos foram preparados de acordo com a orientação dos fabricantes, no Laboratório de Microbiologia Clínica da Universidade Paranaense – UNIPAR – Campus Sede Umuarama - Paraná, bem como toda a parte experimental deste estudo. 4.2 AMOSTRAS BACTERIANAS Foram utilizadas cepas de coleção internacional de culturas bacterianas provenientes do Instituto Adolpho Lutz (São Paulo): - Streptococcus mutans ATCC (American Type Culture Collection) 25175 - Streptococcus sobrinus (ATCC 27609) - Lactobacillus acidophilus (ATCC IAL 523) - Actinomyces viscosus (T 14 V-IAL-5) As cepas bacterianas foram conservadas liofilizadas em ampolas, sob refrigeração, aproximadamente a 4°C, e após abertas foram recuperadas em caldo Triptona- Soja de acordo com as orientações do fornecedor. Com técnica asséptica e com pipeta foi transferido 0,3 a 0,5 ml do caldo Triptona-Soja para o interior das ampolas. Após homogeneização, alíquotas destas suspensões foram transferidas para tubos com meio Fluído – Tioglicolato e incubadas a 37°C em estufas bacteriológicas até verificação de crescimento. 4.3 MEIOS DE CULTURA 4.3.1 Caldo Triptona –Soja – TSB 4.3.2 Meio Fluido de Tioglicolato 4.3.3 Ágar Mueller- Hinton 44 4.4 MATERIAIS ODONTOLÓGICOS AVALIADOS: 4.4.1 MATERIAL A – hidróxido de cálcio P.A .em pó Hidróxido de calcio:( Biodinâmica) Fab.02/03 val. 02/05 4.4.2 MATERIAL B – dentifrício Close up: (IGL Industrial Ltda) Fab. 08/04 val. 08/07 Composição: Monofluorfosfato de sódio(1500 ppm) Carbonato de cálcio Sorbitol Lauril sulfato de sódio Sílica Goma de celulose Sabor Fosfato trissódico Sacarina sódica Formaldeído Corante azul CI- 74160 4.4.3 MATERIAL C – dentifrício Sorriso: (Colgate- Palmolive Ind. e Com. Ltda) Fab. 10/02/04 val.10/02/07 Composição: Monofluorfosfato de sódio(1500 ppm) Sorbitol Carbonato de cálcio Carboximeticelulose Lauril sulfato de sódio Sacarina sódica Pirofosfato tetrassódico Silicato de sódico Composição aromática Formaldeído Metilparabeno Propilparabeno Água 45 4.4.4 MATERIAL D – dentifrício Colgate:( Colgate- Palmolive Ind.e Com. Ltda) Fab. 10/02/04 val.10/02/07 Composição: Monofluorfosfato de sódio(1500 ppm) Carbonato de cálcio Água Sorbitol Lauril sulfato de sódio Aroma Carboximetilcelulose Goma xantana Sacarina sódica Silicato de sódio Triclosan Metilparabeno Propilparabeno Bicarbonato de sódio Corante azul CI-74160 Corante verdeCI-74260 4.4.5 – OUTROS MATERIAS UTILIZADOS NOS ENSAIOS: Autoclave Balança de precisão Centrífuga Jarra de anaerobiose Balança eletrônica Frascos Erlenmeyer 100 ml e 500 ml Alça Drigaski Espátula nº24 Estufa ajustada para 37ºC Pipeta de 1 ml, 5ml e 10 ml Tubos de ensaio Placas de Petri estéreis Água deionizada Canetas marca textos 46 FIGURA 1- DENTIFRÍCIOS FIGURA 2- HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A . 47 4.4.6 MÉTODOS Para o preparo das soluções foram utilizados 10ml de água deionizada estéril para 3 gramas de cada amostra de dentifrício e 1 grama de hidróxido de cálcio P. A para 1 ml de água deionizada em tubos estéreis. FIGURA 3 – 3 GRAMAS DE CADA AMOSTRA DE DENTIFRÍCIO E 1 GRAMA DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A . FIGURA 4 – ÁGUA DEIONIZADA 48 Em seguida, a mistura foi vigorosamente agitada por 30 segundos em um homogeinizador. As suspensões resultantes de cada amostra foram então centrifugadas em centrífuga a 6000 RPM durante 15 minutos para precipitar as partículas sólidas dos dentifrícios. Logo após, foram retirados 5 ml do sobrenadante concentrado de cada extrato aquoso das amostras dos dentifrícios. Com este volume foi iniciada uma seqüência de diluições seriadas na razão de 1:2 preparadas com 5 ml de água deionizada pura até a proporção de 1:32. FIGURA 5 – SUSPENSÕES HOMOGEINIZADAS FIGURA 6 – SUSPENSÕES CENTRIFUGADAS 49 Foram obtidas culturas recentes desses microrganismos através da inoculação em 5 ml de meio de cultura com incubação a 37ºC, por 72 horas em condições de microaerofilia pela técnica da vela e de anaerobiose através de envelopes geradores de anaerobiose (OXOID). Após o período de incubação foi feita uma padronização da cultura (0,5 da escala de Mc Farland) para utilização como inóculo teste. As placas de Petri com ágar Mueller Hinton foram inoculadas com 0,1 ml de cultura de cada microrganismo com auxílio da alça Drigaski e após a absorção foi adicionado 10 ml de sobrenadante concentrado dos dentifrícios em questão as quais as diluições são 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32 do sobrenadante concentrado do dentifrício.Os testes foram realizados em duplicata em microaerofilia e na anaerobiose. Como controle negativo foi utilizado 10 ml de água destilada, além de hidróxido de cálcio PA na forma de suspensão e solução. FIGURA 7- PLACA DE PETRI COM ÁGAR MUELLER HINTON INOCULADAS COM 0,1 ML DE CULTURA DE CADA MICRORGANISMO COM AUXÍLIO DA ALÇA DE DRIGASKI 50 Foram utilizadas 20 placas de Petri para cada microrganismo(20 para Actinomyces viscosus, sendo 10 placas na microaerofila e 10 placas na anaerobiose; 20 para Streptococus mutans, sendo 10 placas na microaerofila e 10 placas na anaerobiose; 20 para Streptococus sobrinus, sendo 10 placas na microaerofila e 10 placas na anaerobiose e 20 para Lactobacillus acidophilus, sendo 10 placas na microaerofila e 10 placas na anaerobiose; totalizando a utilização de 80 placas. FIGURA 8- JARRA DE MICROAEROBIOSE FIGURA 9- JARRA DE ANAEROBIOSE Após o período de incubação a leitura foi realizada verificando-se a ausência ou presença de halo de inibição. Os halos de inibição do crescimento bacteriano foram lidos por dois observadores, devidamente calibrado e experiente em medições para o teste da concentração inibitória mínima. 51 FIGURA 10 – HALO DE INIBIÇÃO DO STREPTOCOCUS MUTANS NA ANAEROBIOSE FIGURA 11 – HALO DE INIBIÇÃO DO STREPTOCOCCUS SOBRINUS NA ANAEROBIOSE FIGURA 12 – HALO DE INIBIÇÃO DO ACTINOMYCES VISCOSUS NA MICROAEROFILIA FIGURA 13 – AUSÊNCIA DE HALO DE INIBIÇÃO DO LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS NA MICROAEROFILIA RESULTADOS 53 5. RESULTADOS Os resultados referentes aos testes de atividade antimicrobiana com dentifrícios e hidróxido de cálcio estão mostrados nas tabelas a seguir. Nas tabelas estão representados os halos de inibição do crescimento bacteriano referentes aos dentifrícios e hidróxido de cálcio nas seguintes concentrações: sobrenadante concentrado, diluição 1:2, diluição 1:4, diluição 1:8, diluição 1:16 e diluição 1:32. Na tabela 1 pode ser observado que houve halos de inibição do crescimento bacteriano de Streptococcus mutans na microaerofilia no concentrado do sobrenadante (sem diluição) dos dentifrícios:Close up,Sorriso e Colgate; nas diluições 1:2 e 1:4 do dentifrício Colgate. Na tabela 2 pode ser observado que houve halos de inibição do crescimento bacteriano do Streptococcus sobrinus na microaerofilia no concentrado do sobrenadante(sem diluição) nos dentifrícios: Close up, Sorriso e Colgate; nas diluições 1:2 e 1:4 do dentifrício Colgate. Na tabela 3 houve halos de inibição do crescimento bacteriano do Lactobacillus acidophilus na microaerofilia no concentrado(sem diluição), diluição 1:2 nos dentifrícios Close up e Colgate e a diluição 1:4 no dentifrício Colgate e no dentifrício Sorriso não houve halo de inibição. Na tabela 4 houve halos de inibição do crescimento bacteriano do Actinomyces viscosus na microaerofilia no concentrado do sobrenadante (sem diluição) nos dentifrícios: Close up, Sorriso e Colgate; nas diluições 1:2 os dentifrícios Sorriso e Colgate e 1:4 o dentifrício Colgate. Na tabela 5,6 e7 pode ser observado que houve halos de inibição do crescimento bacteriano do Streptococcus mutans(tabela 5), Streptococcus sobrinus(tabela6) e Actinomyces viscosus (tabela 7)na anaerobiose no concentrado do sobrenadante (sem diluição) nos dentifrícios: Close up, Sorriso e Colgate; nas diluições 1:2 o dentifrício Colgate. 54 Na tabela 8 pode ser observado que houve halos de inibição do crescimento do Lactobacillus acidophilus na anaerobiose na diluição 1:2 os dentifrícios Close up e Colgate e na “sem diluição” Os testes estatísticos foram aplicados até as diluições 1:4, pois as diluições 1:8, 1:16 e 1:32 não houve formação de halo de inibição em relação aos microrganismos utilizados. + - halo de inibição halo de inibição Tabela 1- Halo de inibição do crescimento bacteriano do Streptococus mutans referente às diluições dos dentifrícios e HPA na microaerofilia Diluição Material Controle Sol. Ca(OH)2 Susp.Ca(OH)2 Close up Sorriso Colgate Halo de inibição do Streptococcus mutans na microaerofilia s / diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 + + + + + - 1:32 - Tabela 2- Halo de inibição do crescimento bacteriano do Streptococus sobrinus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na microaerofilia diluição material controle Sol. Ca(OH)2 Susp.Ca(OH)2 Close up Sorriso Colgate Halo de inibição do Streptococcus sobrinus na microaerofilia s / 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 diluição + + + + + - 55 Tabela 3- Halo de inibição do crescimento bacteriano do Lactobacillus acidophilus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na microaerofilia diluição material controle Sol.Ca(OH)2 Susp.Ca(OH)2 Close up Sorriso Colgate Halo de inibição do Lactobacillus acidophilus na microaerofilia s / diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 + + + + + - Tabela 4- Halo de inibição do crescimento bacteriano do Actinomyces viscosus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na microaerofilia diluição material controle Sol.Ca(OH)2 Susp.Ca(OH)2 Close up Sorriso Colgate Halo de inibição do Actinomyces viscosus na microaerofilia s / diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 + + + + + + - Tabela 5- Halo de inibição do crescimento bacteriano do Streptococus mutans referente às diluições dos dentifrícios e HPA na anaerobiose diluição material controle Sol.Ca(OH)2 Susp.Ca(OH)2 Close up Sorriso Colgate Halo de inibição do Streptococcus mutans na anaerobiose s / diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 + + + + - 56 Tabela 6- Halo de inibição do crescimento bacteriano do Streptococus sobrinus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na anaerobiose diluição material controle Sol.Ca(OH)2 Susp.Ca(OH)2 Close up Sorriso Colgate Halo de inibição do Streptococcus sobrinus na anaerobiose s / diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 + + + + - Tabela 7- Halo de inibição do crescimento bacteriano do Actinomyces viscosus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na anaerobiose diluição material controle Sol.Ca(OH)2 Susp.Ca(OH)2 Close up Sorriso Colgate Halo de inibição Actinomyces viscosus na anaerobiose s / diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 + + + + - 1:32 - Tabela 8- Halo de inibição do crescimento bacteriano do Lactobacillus acidophilus referente às diluições dos dentifrícios e HPA na anaerobiose diluição material controle Sol.Ca(OH)2 Susp.Ca(OH)2 Close up Sorriso Colgate Halo de inibição do Lactobacillus acidophilus na anaerobiose s / diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 + + + + - 57 MICROAEROFILIA O grupo controle (água destilada) e do Hidróxido de cálcio apresentaram os mesmos resultados, sem atividade antimicrobiana e não mostraram diferenças significativas em relação aos grupos de dentifrícios Close-up e Sorriso (p=0,22), entretanto o grupo do dentifrício Colgate mostrou uma diferença significativa em relação aos grupos de dentifrícios Close-up e Sorriso (p=0.03) e uma diferença altamente significativa em relação ao grupo controle e do Hidróxido de cálcio (p=0,001), para S. mutans e S. sobrinus. Para Lactobacillus acidophilus, o grupo controle, hidróxido de cálcio e Sorriso apresentaram-se de forma idêntica, sem atividade antimicrobiana, e o grupo do Close-up diferença apresentou uma atividade antimicrobiana significativa em relação a eles (p=0,03); a atividade antimicrobiana do Colse-up e Colgate não mostraram diferenças significativas (p=0,22) e assim como para S. mutans e S. sobrinus, Colgate apresentou uma diferença altamente significativa em relação ao grupo controle, Hidróxido de cálcio e Sorriso (p=0,001). Já para Actinomyces viscosus, grupo controle e Hidróxido de cálcio apresentaram os mesmos resultados, sem atividade antimicrobiana e não mostraram diferença significativa em relação ao Close-up (p=0,22), uma diferença significativa em relação ao Sorriso e uma diferença altamente significativa em relação ao Colgate (p=0,001), e o grupo Sorriso e Colgate não apresentaram diferença significativa entre si (p=0,22) ANAEROBIOSE O grupo controle (água destilada) e do Hidróxido de cálcio apresentaram os mesmos resultados, sem atividade antimicrobiana e não mostraram diferenças significativas em relação aos grupos de dentifrícios Close-up e Sorriso (p=0,22), entretanto o grupo do dentifrício Colgate mostrou uma diferença significativa em relação ao grupo controle (p=0.03), e não apresentou diferença siginificativa em 58 relação aos grupos Close-up e Sorriso (p=0,28), para S. mutans, S. sobrinus e Actinomyces viscosus. O grupo controle, hidróxido de cálcio e Sorriso apresentaram-se de forma idêntica, sem atividade antimicrobiana, e o grupo do Close-up e Colgate apresentaram a mesma atividade antimicrobiana,apresentando uma diferença significativa em relação aos demais (p=0,03) no Lactobacillus acidophilus. DISCUSSÃO 60 6. DISCUSSÃO Tem sido observado universalmente que os dentifrícios fluoretados desempenham papel preponderante na reduçäo da prevalência de cárie. Isto é particularmente válido nos países industrializados, onde o efeito foi constatado de maneira nítida, a partir da introduçäo dos produtos nos respectivos mercados. O mecanismo de açäo cariostática está relacionado com a formaçäo de fluoreto de cálcio que se deposita sobre o esmalte dentário, independentemente do ingrediente ativo contido nas pastas. Este composto se comporta como reservatório de íons flúor, liberados durante os ciclos de pH na placa dental, os quais participam ativamente nos processos de des-remineralizaçäo. O efeito será potencializado quando houver adequada higiene bucal( CRUZ, 1993). O triclosan é um agente não iônico que possui amplo espectro antimicrobiano, com atividade contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos. Pode ser encontrado para o uso odontológico, como integrante de colutórios ou dentifrícios (THYLSTRUP & FEJERSKOV,1994). É importante lembrar que os microrganismos foram testados isoladamente in vitro, isto é, fora de seu meio natural e alterando consideravelmente seu modo de atuação, principalmente em função da ausência da saliva. Os microrganismos testados(Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, Actinomyces viscosus e Lactobacillus acidophillus)foram selecionados pela sua significativa participação no processo da cárie dentária(NEWBRUM, 1988). Os resultados obtidos neste estudo revelaram que todos os dentifrícios fluoretados testados in vitro tiveram ação antibacteriana e o hidróxido de cálcio PA testado in vitro não demonstrou ação antibacteriana. Analisando os resultados encontrados observamos que o sobrenadante concentrado de todos os dentifrícios inibiram em todas as espécies.Na microaerofilia e na anaerobiose determinaram inibição para Streptococcus mutans e Streptococcus sobrinus todos os dentifrícios testados (Close up, Sorriso e 61 Colgate). Já na microaerofilia e anaerobiose determinaram inibição para Lactobacillus acidophilus os dentifrícios:Close up e Colgate. O dentifrício Sorriso não apresentou inibição para Lactobacillus acidophillus na microaerofilia e na anaerobiose. O dentifrício que apresentava o triclosan como substância ativa, quando comparado aos demais, revelou resultados melhores à inibição de Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, Lactobacillus viscosus.Quando foi realizada uma somatória acidophilus das e Actinomyces diferentes inibições conseguidas para cada microrganismo, encontramos que o dentifrício contendo triclosan era o de maior nível inibitório. Entretanto, os outros dois dentifrícios que não possuem triclosan e também determinaram uma inibição microbiana relevante, mostrando que esta substância não é absoluta em relação à inibição microbiana. O hidróxido de cálcio é bastante utilizado na odontologia, devido à sua propriedade de estimular a formação de dentina esclerosada, reparadora e proteger a polpa contra os estímulos termelétricos e ação antibacteriana. A indução ou auxílio na neoformação dentinária parece ser decorrente do pH altamente alcalino e de sua atividade antibacteriana (MONDELLI,1998). Já o hidróxido de cálcio PA testado em nosso trabalho não apresentou atividade antimicrobiana na forma de solução e suspensão frente a todos os microrganismos testados. SILVA (1997) avaliou a capacidade inibitória mínima de três dentifrícios "in vitro" sobre componentes da microbiota oral envolvidos nos processos de cárie e gengivite marginal. Os resultados demonstraram que o dentifrício que continha triclosan comportou-se com maior regularidade do que os demais, revelando melhor efeito inibitório. .Este fato foi demonstrado em nosso trabalho, pois o dentifrício que continha triclosan foi mais eficiente frente a todos os microrganismos testados. Nossos estudos atestam pelos resultados que todos os dentifrícios estudados possuem atividade antimicrobiana, mas o dentifrício que continha triclosan foi mais efetivo em relação aos outros estudados, tanto é verdade que 62 GAETTI JARDIM JÚNIOR et al (1998) avaliaram in vitro a atividade antimicrobiana de onze dentifrícios e verificaram que todos os dentifrícios possuem atividade antimicrobiana, mas os que se mostraram mais eficazes possuíam triclosan em sua composiçäo. PACAGNELLA et al (1999) determinaram a diluição inibitória máxima (DIM) / concentração inibitória mínima (CIM) de 21 dentifrícios disponíveis no mercado nacional, frente a diferentes microrganismos indicadores (bactérias Grampositivas, Gram-negativas e leveduras) Os resultados demonstraram que todas as formulações de dentifrícios testadas exerceram atividade antimicrobiana contra bactérias Gram-positivas. Os dentifrícios que contêm triclosan em sua fórmula apresentaram atividade contra bactérias Gram-positivas, gram-negativas e leveduras.Esses resultados estão de acordo com os nossos, em que o dentifrício que contêm triclosan foi o que melhor teve atividade antimicrobiana. VELMOVITSKY (2001) avaliou a capacidade inibitória mínima in vitro de 25 dentifrícios encontrados no mercado nacional sobre microrganismos envolvidos no processo de cárie e analisada a participação de várias substâncias destes dentifrícios no processo de inibição microbiana. Concluiu-se que os dentifrícios que contêm triclosan apresentam-se sempre com potencial para inibição de microrganismos cariogênicos. Estes resultados vêm de encontro, também, com os nossos achados, onde o dentifrício que apresentava triclosan apresentou um resultado melhor a inibições de Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, Lactobacillus acidophilus e Actinomyces viscosus SPERANÇA et al.(1985) avaliaram o efeito antibacteriano da água de hidróxido de cálcio através do teste de difusão em ágar contra várias espécies microbianas nos tempos de 1, 5, 10 e 15 minutos. Os resultados mostraram uma atividade antibacteriana extremamente baixa da solução testada. MARQUES et al (1992) testaram "in vitro" da açäo antimicrobiana do hidróxido de cálcio na forma pastosa e em soluçäo em contato direto com as cepas microbianas. Na forma de soluçäo, o efeito somente foi observado quando em concentrações elevadas, enquanto que na forma pastosa a açäo antimicrobiana ficou vinculada à superfície de contato com as cepas testadas. CONCLUSÕES 64 7. CONCLUSÕES Mediante os resultados obtidos no presente trabalho, pode-se concluir que: 1. Todos os dentifrícios no presente trabalho são fluoretados e revelaram ação inibitória frente aos microrganismos (Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, Actinomyces viscosus e Lactobacillus acidophilus) presente na lesão de cárie. 2. Os dentifrícios tiveram o mesmo comportamento no sobrenadante concentrado e diferentes comportamento nas diluições pesquisadas. 3. O dentifrício Colgate apresentou-se com maior potencial para inibição de microrganismos cariogênicos. 4. O hidróxido de cálcio PA na forma de solução e suspensão utilizado neste trabalho não revelou ação inibitória para os quatro microrganismos presente na lesão de cárie. 65 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 66 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AFONSO, T. S.;ADABO, G. L,; PIZZOLITTO, A .C. Estudo in vitro da ação antimicrobiana de cimentos protetores do complexo dentina – polpa sobre os microrganismos S. mutans e S. sanguis. Rev .Odontol. UNESP, v. 24, n. 2, p. 317-26, jul./dez. 1995. AGUIAR, A.A. A. A utilização do óleo vegetal na escovação dentária.Araçatuba, 2002. Tese (Doutorado em Odontologia) – Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista. AIRES,C.P.;TENUTA,L.M.A .;RIBEIRO,C.C.C.;CURY,J.A . Potencial anticariogênico de um dentifrício com baixa concentração de fluoreto. In: 20ª reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica , v.17, suplemento 2 , agosto,abst., p.222, 2003. ALVES, M. S.C. F. Verificação da atividade antimicrobiana de dentifrícios antiplaca.Estudo “in vitro”. 1991.Tese (Doutorado em odontologia) - Faculdade de Odontologia, Universidade de Pernambuco. ALVES, M. S.C. F.; RANALI, J.; SPERANÇA,P.A . Avaliação de dentifrícios antiplaca.RGO, v.42, n.5, p. 296-298, set./out.1994. ALVES,M.U.;HAAS,N.A.T.Dentifrícios fluoretados:risco de fluorose e seu impacto na prevenção da cárie dentária.RBO, v.58,n.1, jan./fev. 2001. 67 AQUINO,D.R.; CORTELLI,J.R.;FARIA,I.S.;SIQUEIRA,A .F.;CORTELLI,S.Ação antimicrobiana do triclosan sobre microbiota cariôgenica. Rev. Biociência, Taubaté, v.10, n.1-2, p.79-86, jan./jun. 2004. AQUINO,D. R.; CORTELLI, J.R.;QUERIDO,S;M.R.;DOTTO,P.P.;JORGE,A. O.C.;CORTELLI,S.C.Estudo in vitro da efetividade do Triclosan/Associado sobre microrganismos bucais.JBE,Curitiba, v.3, n.8, p.62-67, jan./mar. 2002. BARATIERI CALDAS JÚNIOR,A .F.; SPERANÇA,P.A .Atividade antimicrobiana de produtos para controle de placa: verificação concentração,forma de apresentação e da influência de fatores como tempo de contato na atividade antimicrobiana de produtos químicos sobre Streptococcus mutans e Lactobacillus: estudo “in vitro”. RGO (Porto Alegre), v.46, n.2, p.109-14, abr./jun.1998. CARVALHO, A .S.; IEMA, A .F.; SANTOS, E. S.; CURY, J. A .Avaliação de dentifrícios fluoretados: pela reatividade com o esmalte dental humano e tratamento de dentes submentidos a ciclagens des-remineralização (in vitro).RGO (Porto Alegre), v. 44, n.1, p.17-21, jan./fev .1996. CAVALCANTI,A .J. Ação antimicrobiana de pastas dentifrícias contendo ou não fluoreto:estudo comparativo”in vitro”. Araraquara, 1984, 63p. Dissertação (Mestrado em odontopediatria) Faculdade de Odontologia/ UNESP. CONRADO, C.A. Remineralization of carius dentin. I:In vitro microradiographic study in human teeth capped with calcium hydroxide. Braz. Dent. J., v.15, n.1, p.59-62. 2004. CRUZ,R.A. et al. Acquisition of alkali- soluble fluoride by enamel through treatment with NaF containing toothpastes in vitro. Scand. J.Dent. Res., v.100, p.81-7.1992. 68 CRUZ, R. A .Avaliação clínica da efetividade dos dentifrícios fluoretados e o possível mecanismo de sua ação cariostática. R. B.O, v. 50, n.5, p. 3-8,set. / out.1993. CURY, J. A .et al. Análise de dentifrícios fluoretados: concentração e formas químicas de fluoretos encontrados em produtos brasileiros.Rev.APCD., v.35, p.145-7.1981. CURY,J. A. Dentifrícios fluoretados no Brasil.ABOPREV, Rio de Janeiro, maio/ jun.1996. DELBEM,A .C.B.;VIEIRA,A .E.M.;CURY,J.A .Avaliação do potencial cariostático do dentifrício brasileiro de maior participação no mercado.RBO,v.59, n.1, jan./fev. 2002. DUARTE, M. A .H.; W, P. H.; MORAES, I. G.Análise da ação antimicrobiana de cimentos e pastas empregados na prática endodôntica. Rev. Odontolo. Univ. São Paulo, v.11, n.4, p.299-305, out./dez. 1997. ESTRELA,C.; BAMMANN, L.L.;SYDNEY, G. B.;MOURA,J. Efeito antibacteriano de pastas de hidróxido de cálcio sobre bactérias aeróbicas facultativas. Rev. Fac. Odontol, Bauru, v. 3, n.1/4,p.109-14, jan. /dez.1995. ESTRELA,C.; BAMMANN, L.L.; LOPES, H. P.;MOURA, J. A . análise da ação antibacteriana de três cimentos obturadores contendo hidróxido de cálcio.Rev. ABO Nac,v. 3, n.3,jun./ jul.1995. ESTRELA,C.et al. In vitro determination of direct antimicrobial effect of calcium hydroxide. J. Endod., v.243,n.1, p.15-17, jan.1998. 69 ESTRELA,C.;HOLLAND,R. Hidróxido de cálcio:estudo baseado em evidências científicas.J.appl.oral sci,v.11,n.4, p.269-282,oct./dec.2003. ESTRELA,C.R.A .;ESTRELA,C.;REIS,C.;BAMMANN,L.L;PÉCORA,J.D. Control of Microorganisms in vitro by endodontic irrigants.Braz.dent.J, v.14, n.3,p.187192.2003. FAVA, L. R.G. Efeito antibacteriano das pastas de hidróxido de cálcio. Revisão. Rev. Paul.Odontol,v. 15,n.1, p.10-16,jan./ fev.1993. FELDENS,E.G.;WESSLER,A .L.M.;FELDENS,C.A .;GRAEFF,S.L.;RAUPP,S.M.M.; KRAMER,P.F. Avaliação da utilização de dentifrícios fluoretados por crianças de 2 a 5 anos de idade de três escolas da cidade de Porto Alegre. J.Bras.Odontopediatria Odontol.Bebê, Curitiba, v.4,n.21,p.375-382, set./out. 2001. FERREIRA,C. M.; ROSA, O. P.S.; TORRES,S.A . Atividade antimicrobiana de agentes antibacterianos utilizados em endodontia sobre bactérias anaeróbias estritas.Braz. Dent.J.,v.13,n.2,p.118-22. 2002. FUKUSHIMA,R.; TAGA,E.M.; GRANJEIRO;J.M.;BUZALAF,M.A.R.Cinética do flúor na saliva de adultos e crianças após o uso de dentifrícios fluoretados. Rev. FOB, v.8,n1/2,p.45-50,jan/jun. 2000. FUZARO,F.M.;OLIVEIRA,P.A .;VERRI,M.P.;SALVADOR,S.L. Avaliação da atividade antimicrobiana de dentifrícios- estudo in vitro. In:20ª reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica , v.17, n. suplemento 2, agosto,abstr.p.85. 2003. GAETTI JARDIM JÚNIOR, E.;SOUZA, R. E.;LAUTON, D.S.; MARIANO,F. 70 Atividade inibitória de dentifrícios sobre bactérias anfibiônticas da cavidade bucal. Rev. Odontol. UNESP,v.27,n.1,p.193-205, jan./jun.1998. GOMES,B.P.F.A .;FERRAZ,C.C.R.;VIANNA,M.E. Atividade antimicrobiana in vitro das pastas de hidróxido de cálcio e seus veículos sobre microrganismos específicos. Braz. Dent.J.,v.13,n.3, p.155-61. 2002. GONÇALVES,B. C.; FEITOSA, A.; UZEDA, M. Avaliação de dentifrícios com xilitol e/ou flúor. RGO, v. 41,n.5, p.267-270, set. /out. 1993. GUEDES-PINTO,A. C.;CHEDID,S. J. Flúor-uso interno; Flúor- uso externo. In:GUEDES-PINTO,A .C. Odontopediatria.5ª ed. São Paulo:Santos,1995. HOLLAND,R.;SOUZA,V.;BERNABÉ,P.F.E.;NERY,M.J.;OTOBONIFILHO,J.A.; DEZAN JUNIOR,E.; MURATA,S. Uso do hidróxido de cálcio nos canais radiculares.RGO (Porto Alegre),v.50,n.3,p.129-132,jul./set. 2002. IGNÁCIO,R. F.; PERES,, P. E. C.; CURY,J. A. Efeito de um dentifrício fluoretado contendo bicarbonato de sódio na contagem de estreptococos do grupo mutans, acidogenicidade e composição da placa dental.Rev.Odontol.Univ.São Paulo,v.13,n.1,p.43-9, jan./mar.1999. KOO, H.; CURY, J. A. Avaliação in situ de um dentifrício contendo MFP/ DCPD na incorporação de flúor e remineralização do esmalte dental humano. Rev. Odontol. Univ.São Paulo, v.13, n. 3, jul./set.1999. KRAMER,P.F.; FELDENS,C.A.;ROMANO,A .R. Tratamento não invasivo. In: Promoção de saúde bucal em odontopediatria. São Paulo:Artes Médicas,p.91125, 1997. 71 LEONARDO,M.R.;SILVA,L.A.B.;TANOMARU FILHO,M.BOMIFÁCIO,K .C.;ITO,I. Y Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de pastas utilizadas em endodontia.Rev.APCD,v.53, n.5,p.367-70,set./out. 1999. LIMA,Y.B.O.;CURY,J.A .Ingestão de flúor por crianças pela água e dentifrício. Rev.Saúde Pública,v.35,n.6.São Paulo,dec. 2001. MARQUES, J.L.L. et al. Análise da ação antimicrobiana do hidróxido de cálcio P.A sobre algumas espécies de microrganismos. Contribuição ao estudo. Rev . Fac Odontol F Z L , v.4, n.2, p.75-80.1992. MARTINS, A.L.C.F.; TESSLER, A .P.C.V.;CORRÊA,M.S.N.P.Controle mecânico e químico da placa bacteriana. In:CORRÊA, M.S.N.P.Odontopediatria na Primeira Infância. São Paulo: Santos, p.271-278,1998. MELO, G. R.; BAHIA, M. G.;VALADARES, J. O. Ação antibacteriana do hidróxido de cálcio. Arq. Centro Estudo Curso Odontol,v,21,n.1,p.65-8, jan./jun.1984. MEDEIROS,U.V.;COIMBRA,M.E.R.Estudo experimental da concentração flúor solúvel presente em dentifrícios encontrados no mercado. RBO, v.57, n.5, set. /out. 2000. MEDEIROS, U. V.,SOUZA, M.I. Ações concretas para o declínio da doença cárie. Jornal da ABOPREV.,p.78-9.1996. MEIER,B.;DRAKE,D.Bactericidal activity of baking soda and SDS: dose response. J.Dent Res, v.76, p.437.1997. MIYAGAKI, D.C.; CARVALHO, E.M.O.F.; CHAVASCO, J.K.; ROBAZZA, C.R.C. Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de cimentos endodônticosutilizados na obturação do canal. In:20ª reunião Anual da 72 Sociedade Brasileirade Pesquisa Odontológica, v.17,n.suplemento 2 , agosto,abst.p.36,2003. MODESTO,A .;UZEDA,M.;LIMA,K.C.Atividade antimicrobiana de três dentifrícios utilizados na higiene oral de Bebês:estudo in vitro.Rev. APCD, jan./fev. 2001. MONDELLI, J. Proteção do complexo dentino- pulpar. 1ª ed., São Paulo: EditoraArtes Médicas – EAP/ APCD, p.29-62.1998. NARVAI,P.C.;CURY,J. A .;FORNI,T.I.B.;CASTELLANOS,R.A .;JUNQUEIRA,S.R. SOARES,M.C.Uso de produtos fluorados conforme o risco de cárie dentária:uma revisão crítica.Rev .APCD,mar./abr. 2002. NEWBRUN,E. Cariologia. 2ª ed.São Paulo:Santos, p.309-326,1988. NOGUEIRA- FILHO,G.R.et al. Efeito do triclosan na atividade tripsina e formação de VSC. In: REUNIÃO CIENTÍFICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PESQUISA ODONTOLÓGICAS,16,1999, Águas de São Pedro. Anais..São Paulo: SBPqO,p.199,1999. PACAGNELLA,R.C;CARNEIRO,M.C;FIGUEIREDO,L.C;SALVADOR,S.L.Determinação da atividade antimicrobiana “in vitro” de dentifrícios disponíveis no mercado nacional.In: REUNIÃO CIENTÍFICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PESQUISAS ODONTOLÓGICAS,16, 1999, Águas de São Pedro. Anais...São Paulo:SBPqO , p.10,1999. PANZERI,H.;PEDRAZZI,V.;OGASAWARA,M.S.;ITO,I.Y;LARA,E.H.G.;GABARRA, F.R.Um dentifrício experimental contendo própolis: avaliações microscópicas e clínicas.Rev. ABO Nac,v.7,n.1, p.26-30, fev./mar.1999. físicas, 73 RIBAS,J.P.et al. Análise de um dentifrício com atividade de dessensibilização dentinária. Odontol. Mod. , v.15,n.3,p.13-19, abr.1988. RÖLLA,G.et al. Clinical effect and mechanism of cariostatic actino of fluoride containing toothpastes:a review. Int. Dent.J., v.41, p.57-64.1991. SANTOS,A .S.; COSTA,E. P.;NASCIMENTO,C .M.O.Comparação da eficácia dos dentifrícios de ação total em relação ao dentifrício convencional sobre Streptococcus do grupo viridans.Rev.Odontol. Univ. St. Amaro, v.3,n.2, p.71-6, jul./dez. 1998. SAXTON, C.A .et alii. The effect of dentifrices containing zinc citrate on plaque grouwth and oral zinc levels. J. Clin. Periodontol. Copenhagen, v.13, p. 1448.1987. SERRA,M.C .;CURY,J. A .Cinética do flúor na saliva após o uso de dentifrícios e bochechos fluoretados. Rev. APCD, v.46, n.5, p.875-8, set. /out. 1992. SILVA, C. M. T. Estudo da capacidade inibitória mínima de três dentifrícios para microrganismos representativos da cavidade oral. Rio de Janeiro, 1997.Tese (mestrado em odontologia) - Universidade Federal de Odontologia. SILVEIRA, F. F.;LEONARDO,M.R.;ITO,I.Y.;SILVA,L.A.;TANOMARU FILHO,M. Avaliação histomicrobiológica após curativo de demora com pastas à base de hidróxido de cálcio por diferentes períodos de tempo. RBO, v.58, n.4, p.2247,jul. /ago.2001. SIQUEIRA JÚNIOR, J. F.; LOPES, H. P.; UZEDA, M.Atividade antibacteriana de medicamentos endodônticos sobre bactérias anaeróbias estritas. Rev. APCD, v. 50, n.4, jul. /ago.1996. 74 SIQUEIRA JÚNIOR, J. F.; LOPES, H. P.; MAGALHÃES, F.A.C.; UZEDA,M. Atividade antibacteriana da pasta de hidróxido de cálcio/ paramonoclorofenol canforado/ glicerina contendo diferentes proporções de iodofórmio sobre bactérias anaeróbias estritas e facultativas. Rev. Paul. Odontol,v.19, n.2, p.17-8, mar. /abr.1997. SIQUEIRA JÚNIOR,J.F.;OLIVEIRA,J.C.M.;MAGALHÃES,F.A .C.;LOPES,H.P. Efeitos de hidróxido de cálcio associado a diferentes veículos sobre dentina contaminada. RBO, v.58, n.1, p.44-7, jan. /fev. 2001. SIQUEIRAJÚNIOR,J. F.;ROÇAS,I.N.;CARDOSO,C.C.;MACEDO,S.B.;LOPES,H.P. Efeitos antibacterianos de um novo medicamento –o óleo ozonizado –comparados às pastas de hidróxido de cálcio.RBO, v.57, n.4, p. 252-6,jul. /ago. 2000. SPERANÇA, P.A . Atividade germicida do hidróxido de cálcio. R.G.O, v.37, n.5,p.346-8.1989. SPERANÇA, P. A .; RANALI,J. Atividade antimicrobiana de materiais à base de hidróxido de cálcio sobre estreptococos de cavidades de cáries profunda. Estudo “in vivo”. Rev.Paul. Odontol, v.11, n.4, p.23, 26-7,33-4, jul. /ago.1989. SPERANÇA, P. A .;BIRAL, R R.; VALDRIGHI, L. Cimentos à base de hidróxido de cálcio: análise da ação antimicrobiana frente a microrganismos freqüentes em cavidades de cárie. Estudo “in vitro”. RGO (Porto Alegre),v.34, n.2, p.127-31, mar. / abr. 1986. SPERANÇA, P.A . et al. Análise de proppriedade antimicrobiana da solução(água de cal ) e da suspensão (lama de cal ) do hidróxido de cálcio. Odont. Mod., v.12, n.8, p. 31-6.1985. 75 THYLSTRUP, A .;FEJERSKOV,O. Cariologia clínica. 2ª. ed., São Paulo: Ed. Santos, 421p, 1994. TOMITA,N.E.;PANIGHEL,C.P.;NARVAI,P.C.;LOPES,E.S.Implicações da vigilância sanitária à saúde sobre a ocorrência de fluorose dental. Rev .ABO NAC,Rio de Janeiro,v.3,n.5,p.318-23,out. /nov. 1995. VELMOVITSKY,L. Inibição in vitro de microrganismos cariogênicos por dentifrícios do mercado nacional. Rio de Janeiro. 2001. Tese (doutorado em Odontologia) - Universidade Federal de Odontologia. VILLENA, R.S., CORRÊA, M.S.N.P. Flúor – aplicação tópica na primeira infância. In: CORRÊA, M.S.N.P. Odontopediatria na primeira infância. São Paulo: Santos, 1998. WECKWERTH, P. H.; DUARTE, M.A.H.; WECKEWERTH, A .C. V.; KUGA,M.C.Ação antimicrobiana de pastas de hidróxido de cálcio. Salusvita, v.18, n.1, p.131-7. 1999. WEYNE,S. Curso para atualização e educação continuada em Odontologia Preventiva(cariologia). RBO, v. 43, n.3, p.59-68.1986. ZEBRAL,A .A.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F.;ETHER,S.S.;CORREA FILHO,P. Avaliação do efeito antimicrobiano de vários cimentos endodônticos sobre “enterococcus”, “cândida” e pseudomonas. Odontol. Mod, v.24, n.5, p.6-10, out. /dez.1997.