Recursos hídricos e Áreas de Preservação Permanente Este mapa reúne informações dos corpos d’água existentes na região da Lomba do Pinheiro e as áreas de preservação permanente definidas pela legislação ambiental vigente. Os dados para sua elaboração surgiram a partir do mapa digital correspondente ao levantamento aerofotogramétrico do ano de 1982, da PMPA. Para a delimitação das áreas de preservação permanente foram considerados os seguintes critérios: 30 metros de margem de ambos os lados dos cursos e corpos d’água; 50 metros de raio em torno das nascentes; declividade superior a 30%, eliminadas as áreas com superfície inferior a 100m2. Como resultado, foram mapeadas as superfícies que constituem as áreas de preservação permanente, e que portanto, deveriam estar completamente livres de qualquer tipo de urbanização. No entanto, a comparação destas áreas com a área urbanizada da região, já mostrou que em torno de 21% das áreas de preservação permanente já estão ocupadas com algum tipo de urbanização, identificando e dimensionando um conflito que demanda ações compatíveis com cada situação. Declividade O Mapa de Declividade foi feito a partir da interpretação do modelo numérico do terreno, elaborado das curvas de nível extraídas das cartas aerofotogramétricas, e teve como objetivo determinar diferentes faixas de declividades que contribuíram para definir a aptidão de uso do solo. Estas faixas foram definidas a partir dos critérios expostos pelas Secretarias e Departamentos Municipais, sobre quais os melhores intervalos de declividade para a implantação das redes de infra-estrutura, considerando o potencial de urbanização destas áreas. Está composto de 06 faixas ou classes, sendo que para cada faixa de declividade foi atribuída uma nota, variando de valores para maior interesse de conservação nas declividades mais altas, e valores de menor interesse de conservação nas declividades mais amenas e baixas, locais indicados para a ocupação urbana. Estas faixas de declividades estão abaixo descritas e valoradas: - Acima de 30% - Nota 0 para ocupação. Trata-se de área de preservação permanente, pois pela alta declividade é proibida a ocupação urbana. - Entre 20% e 30% - Nota 2. Embora a ocupação desta faixa seja legalmente permitida, não é incentivada. A forte declividade exige soluções mais caras na implantação da infra-estrutura. - Entre 10% e 20% - Nota 4. Esta declividade já está dentro do admissível para ocupação, embora não seja a área preferencial para a ocupação, pois ainda demanda investimentos mais altos para implantação de infra-estrutura e limita a circulação do transporte coletivo. - Entre 0 e 2% - Nota 6. A declividade muito baixa, em áreas praticamente planas, também não favorece plenamente a implantação de infra-estrutura, pois há necessidade de forçar o caimento das redes. No entanto, a ocupação é melhor nestas áreas do que nas de declividade mais alta. - Entre 6% e 10% - Nota 8. Declividades moderadas, favoráveis para a ocupação pois permitem a implantação de todo tipo de rede de infra-estrutura, bem como a circulação do transporte coletivo. 27 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer - Entre 2% e 6% - Nota 10. Intervalo de declividade mais favorável para a ocupação, pois apresenta uma declividade suave que, além de receber com o menor custo a implantação de infra-estrutura, também se mostra indicada para as edificações. Valoração da Cobertura Vegetal e Interesse Biótico O Mapa da Valoração da Cobertura Vegetal e Interesse Biótico consiste em um conjunto dos diferentes tipos de uso e cobertura do solo existentes na região da Lomba do Pinheiro e sua valoração com relação ao interesse de conservação. Este mapa foi produzido a partir de dados extraídos do mosaico de fotografias aéreas realizado no ano de 1999 e atualizado pelas imagens orbitais captadas em 2002 pelo satélite Quickbird, bem como complementado por levantamentos no local. A valoração do interesse de conservação dos bens naturais hierarquizou os diferentes tipos de uso e cobertura do solo existentes na região, considerando critérios que demonstram sua importância ambiental, atribuindo a estas maior valor, principalmente do ponto de vista ecológico, como a manutenção da biodiversidade, seu estado de conservação atual em relação à condição existente antes da ação antrópica e a possibilidade de persistir dada pressão antrópica existente. Os cálculos foram realizados independentemente para cada uma das manchas dos diferentes tipos de uso e cobertura mapeados, permitindo avaliar as diferentes situações em que manchas de uma mesma categoria se encontram. Assim, a valoração não foi realizada apenas diferenciando as categorias entre si, mas considerando variações entre unidades de uma mesma categoria. Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer As variáveis utilizadas para expressar os critérios, com seus respectivos pesos, estão abaixo descritas: Área de cada mancha de cobertura vegetal (manchas maiores têm maior interesse de conservação) = 20% Compactação de cada mancha (manchas mais compactas têm maior interesse de conservação) = 10% Distância de áreas urbanizadas (manchas mais distantes de áreas urbanizadas têm maior interesse de conservação) = 15% Valor de clímax (manchas de vegetação com estrutura e composição mais próximas do seu estado original têm maior interesse de conservação) = 35% Valor de habitat (importância de cada mancha de vegetação em servir de abrigo, alimentação e reprodução de espécies animais) = 5% Interação flora-fauna (relação entre flora e fauna, medida através da amostragem de espécies indicadoras, no presente caso aves) = 15% A partir da ponderação dos índices e pesos proporcionais à sua importância relativa, foram calculados os valores de interesse para conservação, gerando o mapa de Interesse Biótico, que permite visualizar um gradiente de notas das áreas com maior interesse para as de menor interesse de conservação, numa escala de 8 níveis que vai de 10 a 3. A análise deste mapa permite estabelecer uma relação comparativa entre as diferentes manchas de cobertura do solo, determinando quais destas são as de maior valor, e, portanto, as prioritárias para a preservação do ponto de vista ecológico. Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer Geotecnia O mapa de aptidão geotécnica indica os locais próprios para um determinado uso do solo, principalmente no que diz respeito a sua capacidade de receber fundações, sendo classificado nas categorias de aptidão boa, razoável e restrita à ocupação. Esta análise mostrou que de forma geral o solo da região está classificado como bom, apresentando restrições apenas mais junto ao curso do Arroio do Salso. São 3 as classes de aptidão geotécnica à ocupação urbana: 1 – boa / solos estáveis, bem drenados = nota 8 2 – razoável A / solos rasos, bem drenados, sem precauções = nota 7 3 – razoável B/ solos rasos, bem drenados, com precauções = nota 6 4 – restrita A/ solos pouco profundos = nota 5 5 – restrita C/ solos pouco profundos, imperfeitamente drenados = nota 2 6 – restrita D/ solos muito mal drenados, requerem valiosa avaliação = nota 1 Potencial de Escoamento Superficial O mapeamento do potencial de escoamento das águas superficiais representa o resultado da análise do modelo hidrológico, associado ao grau de declividade do terreno, que permite identificar as áreas frágeis aos impactos da ação do escoamento, possíveis causa de erosão, alagamentos e outras repercussões. Este mapa foi produzido com dados contidos nos mapas do uso do solo e geotécnico, assim como no modelo numérico do terreno. O produto deste mapeamento pode contribuir para o auxílio ao planejamento e gerenciamento de bacias de drenagem sujeitas a constantes mudanças no uso e ocupação do solo. Foram denominadas áreas de fragilidade as regiões de potencialidade referentes às zonas não antropizadas. Estas áreas foram identificadas a partir do cruzamento das áreas de potencialidade com as manchas de uso e ocupação antrópica. O resultado deste cruzamento é representado no Mapa do Potencial de Escoamento Superficial, composto por 06 classes: 1 – extremamente baixo = nota 0 2 – muito baixo= nota 2 3 – baixo= nota 4 4 – moderado= nota 6 5 – alto = nota 8 6 – muito alto= nota 10 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer 31 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer