Eduardo José Paz Ferreira Barreto
Fernando Pessoa e Orpheu: Mitos da Modernidade -
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0014288/CA
Gênese do Real Através da Poesia
Tese de Doutorado
Tese apresentada como requisito parcial para
obtenção do título de Doutor pelo Programa de PósGraduação em Letras da PUC-Rio.
Orientadora: Izabel Margato
Rio de Janeiro, abril de 2004
Eduardo José Paz Ferreira Barreto
Fernando Pessoa e Orpheu: Mitos da Modernidade –
Gênese do Real Através da Poesia
Tese apresentada como requisito parcial
para obtenção do grau de Doutor pelo
programa de Pós-graduação em Letras do
Departamento de Letras do Centro de
Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio.
Aprovada pela Comissão Examinadora
abaixo assinada.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0014288/CA
__________________________________________
Profa. Dra. Izabel Margato
Orientadora
Departamento de Letras
_______________________________________________
Profa. Dra. Cleonice Serôa da Motta Berardinelli
Departamento de Letras – PUC-Rio
_________________________________
Profa. Dra. Liliana Cabral Bastos
Departamento de Letras – PUC-Rio
_________________________________
Profa. Dra. Maria Helena Vicente Werneck
UNIRIO
_________________________________
Prof. Dr. Ronaldo Menegaz
Academia Brasileira de Letras
______________________________________
Prof. Dr. PAULO FERNANDO CARNEIRO DE ANDRADE
Coordenador Setorial do Centro de
Teologia e Ciências Humanas
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2004.
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total
ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do
autor e do orientador.
Eduardo José Paz Ferreira Barreto
Graduou-se em Letras na Universidade do Rio de Janeiro.
Cursou o Mestrado em Literatura pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde defendeu a
dissertação “Fernando Pessoa e Orpheu – A Construção de
uma Realidade Poética sob a Ótica da Modernidade”.
Pesquisador e professor, busca ampliar a pesquisa e o
interesse sobre a obra de Fernando Pessoa.
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Ficha Catalográfica
Barreto, Eduardo José Paz Ferreira
Fernando Pessoa e Orpheu : mitos da modernidade –
gênese do real através da poesia / Eduardo José Paz
Ferreira Barreto ; orientadora: Izabel Margato. – Rio de
Janeiro : PUC, Departamento de Letras, 2004.
104 f. ; 30 cm
Tese (doutorado) – Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro, Departamento de Letras.
Inclui referências bibliográficas.
1. Letras – Teses. 2. Pessoa, Fernando. 3. Orpheu.
4. Modernismo português. 5. Poesia. 6. Modernidade. I.
Margato, Izabel. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro. Departamento de Letras. III. Título.
CDD: 800
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À minha avó Olga Paz Ferreira, por sempre
me incentivar e mostrar que a última viagem nem sempre é a derradeira.
Agradecimentos
a Izabel Margato, orientadora da tese, pelo apoio, confiança e, sobretudo,
paciência depositada.
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ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela
bolsa recebida durante o curso.
aos meus pais, por sempre me fornecerem o alento e tranqüilidade necessários.
Resumo
Barreto, Eduardo José Paz.; Margato, Izabel (Orientadora). Fernando
Pessoa e Orpheu: Mitos da Modernidade - Gênese do Real Através da
Poesia. Rio de Janeiro, 2004. 164p. Tese de Doutorado - Departamento de
Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
A tese visa a demonstrar que o autor de “Mensagem”, acompanhado pela
geração de artistas que colaboraram para a publicação da revista literária Orpheu,
pretenderam criar um novo universo poético português, de maneira a inaugurar a
modernidade literária no país. Para isso, argumenta-se, utilizaram e, de certa
forma, ampliaram e transcenderam conceitos apresentados pelo poeta francês
Charles Baudelaire. Partindo de uma definição de tais conceitos, sob a ótica de
Baudelaire e Pessoa, define-se em que âmbito serão utilizados, e procede-se em
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caracterizar o “artista moderno” e, a partir deste, a diferença entre “moderno” e
“modernismo”. Finalmente, discute-se a incidência de ambos no caso português,
examinando-se as condições sócio-político-econômicas do início do século, a
recepção da crítica às novas correntes estéticas apresentadas por Orpheu e o
projeto poético do grupo de poetas que recebeu seu nome, destacando-se sempre o
papel central, crítico e codificador assumido por Fernando Pessoa.
Palavras-chave
Fernando Pessoa; Orpheu; Modernismo Português; Poesia; Modernidade
Abstract
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Barreto, Eduardo José Paz Ferreira. Fernando Pessoa and Orpheu:
Modern Myths – Reality Gênesis Trough Poetry. Rio de Janeiro, 2004.
Doctorate Thesis - Departamento de Letras, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.
This dissertation intends to show that the author of “Mensagem” and
the generation of artists who contributed for literary magazine Orpheu’s
publication, intended to create a new portuguese poetic universe, in order to
give birth to the country’s literary modernity. In order to accomplish that,
they used, broadened and transcended concepts taken from the french poet
Charles Baudelaire. From such concepts definitions, their use’s range is
defined by Baudelaire’s and Pessoa’s points of view, and are used to sketch
the definition on “modern artist” and, from him, the difference between
“modern” and “modernism”. Finally, it discuss the importance of both on
the portuguese scenario, while examining the beginning of the century
social-political-economic conditions in Portugal, critics reaction to the new
aesthetics introduced in Orpheu and the groups’ poetic project, always
highlighting Fernando Pessoa’s leading role in critics and in codifying the
movement’s theoretical bases.
Key words
Fernando Pessoa; Orpheu; Portuguese Modernism; Poetry; Modern Times
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Sumário
1.Introdução
10
2. Modernidade e Modernismo: Visões, Diferenças e Semelhanças
21
3. Tempo de Orpheu: Modernos Telestai
49
4. Orpheu: Caminhos de Caleidoscópio
72
5. Conclusão
95
6. Referências Bibliográficas
99
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VISÃO
Há um país imenso mais real
Do que a vida que o mundo mostra ter
Mais do que a Natureza natural
À verdade tremenda de viver.
Sob um céu uno e plácido e normal
Onde nada se mostra haver ou ser
Onde nem vento geme, nem fatal
A idéia de uma nuvem se faz crer,
Jaz – uma terra não – não há um solo
Mas estranha, gelando um desconsolo
À alma que vê esse país sem véu,
Hirtamente silente nos espaços
Uma floresta de escarnados braços
Inutilmente erguidos para o céu.
(Fernando Pessoa – Cancioneiro)
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Eduardo José Paz Ferreira Barreto Fernando Pessoa e