Perspectivas da Matriz Elétrica
EVOLUÇÃO DA MATRIZ ELÉTRICA
BRASILEIRA
Amilcar Guerreiro
Diretor de Estudos de Economia da Energia e Meio Ambiente
Ministério de
Minas e Energia
GOVERNO FEDERAL
Empresa de Pesquisa Energética
Uma Empresa do Ministério de Minas e Energia
Rio de Janeiro, agosto de 2011
Evolução da
Matriz Elétrica Brasileira
AGENDA
Contexto socioeconômico
Estratégia da expansão da geração
Considerações finais:
algumas questões para a expansão da longo prazo
GESEL. Seminário Energia Nuclear pós-Fukushima. Evolução da Matriz Elétrica Brasileira. Guerreiro. Rio de Janeiro, RJ. Ago 2011
CONTEXTO SOCIOECONÔMICO
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3
Mas estamos falando de um mesmo país, que mudou muito...
Indicadores
1950-80
2000-30
100
25
Esperança de vida ao nascer (ambos os sexos)
57 anos
72 anos
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher)
5,5
1,9
2,8% ao ano
0,8% ao ano
População entre 15 e 64 anos
54%
68%
Idade mediana da população
19 anos
31 anos
82
48
Grau de urbanização
50%
87%
Taxa de alfabetização (ambos os sexos)
58%
92%
Atividade feminina
19%
44%
Anos de estudo da mulher (média)
2,1
8,5
Mortalidade infantil (por mil)
Crescimento demográfico
Índice de dependência demográfica
Fontes: Alves, José Eustáquio (apresentação em power-point, maio de 2008);
ONU (http://esa.un.org/unpp) e IBGE (http://www.ibge.gov.br)
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Crescimento demográfico
0,68%aa
205
D = 14 milhões de pessoas
• equivalente a 1,4 vezes a população atual da Bélgica
191
• equivalente à população atual da Bahia
2010
2020
D = 15 milhões de domicílios
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5
Bônus demográfico
Brasil
Experiência Asiática
Região
1º bônus demográfico
proporção de
dependentes
demográficos
Fonte: Elaboração Própria
Notas:
Taxa de crescimento
(% a.a.)
Contribuição estimada
do bônus demográfico
(%a.a)
PIB per
capita
PEA
Máx
Mín
Ásia
3,33
2,76
1,64
0,73
Leste
Asiático
6,11
2,39
1,87
1,37
Sudeste
Asiático
3,8
2,90
1,81
0,91
Sul
Asiático
1,71
2,51
1,34
0,41
Fonte: Mason, 2005.
(1) Bônus demográfico: é o período em que a estrutura etária da população atua no sentido de facilitar o crescimento econômico. Isso ocorre
quando há um grande contingente da população em idade produtiva e um menor percentual de crianças e idosos no total da população.
(2) Leste Asiático: China, Hong Kong, Macau, Coréia do Norte, Coréia do Sul;
(3) Sudeste Asiático: Brunei, Camboja, Timor Leste, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Vietnã;
(4) Sul asiático: Bangladesh, Butão, Índia, Ilhas Maldivas, Nepal, Paquistão, Sri Lanka.
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Número de consumidores residenciais
Novas ligações por ano (milhões)
Taxas de crescimento
(médias anuais)
média histórica (1985-2010)
1,5 milhões de novos consumidores
residenciais por ano
 Universalização do serviço
 Menor crescimento da população
 Demanda acompanha crescimento demográfico
de uma geração atrás
 Redução do número de habitantes por domicílio
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Brasil. Consumo por consumidor residencial (kWh/mês)
kWh/mês
191
179
154
0,6% a.a.
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Crescimento econômico
Dinâmica de crescimento superior à média mundial
Investment grade
Estabilidade econômica e política
Pré-sal
Projetos de infraestrutura
Bônus demográfico
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Indústria. Intensidade energética
170
158
tep/R$ milhões de 2009
160
149
147
150
147
147
155
147
151
144
145
140
142
138
140
141
130
128
130
120
115
119
110
112
108
108
100
97
90
1990
2000
2005
2008
2009
Indústria
Δ% PIB Brasil
Δ% CF Indústria
elasticidade
2010
2015
2020
2025
2030
Indústria e setor energético
2035
Indústria. Elasticidade
1980/1970 1990/1980 2000/1990 2009/2000 2020/2008
8,6%
1,6%
2,5%
3,2%
4,7%
8,1%
1,5%
3,5%
2,5%
4,1%
0,94
0,94
1,40
0,79
0,88
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Sistema Interligado Nacional (SIN)
Carga de Energia
Acréscimo médio anual no período: 3.200 MWmédios no período
Período
Variação % ao ano
2010-2015
4,6
2015-2020
3,4
2010-2020
3,8
MWmédio
Nota: considera a interligação do sistema Acre-Rondônia ao subsistema SE/CO, na última semana de outubro de 2009, e a
interligação do sistema Tucuruí-Macapá-Manaus ao subsistema Norte, em janeiro de 2013.
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Consumo de eletricidade e renda
Consumo de eletricidade per capita versus PIB per capita
Canadá
kWh/hab/ano
EUA
Japão
França
Espanha
Rússia
Portugal
Chile
Reino Unido
Itália
Brasil 2035
Brasil 2020
Argentina
China
Índia
Grécia
Alemanha
Brasil 2010
US$ [2000] PPP/hab/ano (*)
(*) PIB per capita referenciado a US$ [2000] PPP. Os dados são relativos ao ano de 2007 para todos os países com exceção do Brasil.
Fonte: IEA, 2009: Key World Energy Statistics 2009.
Nota: o consumo de eletricidade inclui autoprodução.
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Intensidade elétrica da economia
Intensidade elétrica versus PIB per capita
kWh/US$ [2000] PPP
Rússia
Canadá
EUA
China
Japão
Chile
Portugal
Brasil 2010
Brasil 2020
Índia
Argentina
Espanha
Grécia
Brasil 2035Itália
França
Alemanha
Reino Unido
US$ [2000] PPP/hab/ano (*)
(*) PIB per capita referenciado a US$ [2000] PPP. Os dados são relativos ao ano de 2007 para todos os países com exceção do Brasil.
Fonte: IEA, 2009: Key World Energy Statistics 2009.
Nota: o consumo de eletricidade inclui autoprodução.
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ESTRATÉGIA DA EXPANSÃO DA
GERAÇÃO
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Objetivos da política energética
 Segurança energética
Fontes próprias de energia
 Modicidade tarifária
Competitividade das fontes
 Redução de emissões de
gases de efeito estufa
Fontes não emissoras
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O Brasil possui o 3º maior potencial
hidroelétrico do mundo
China, 13%
Rússia, 12%
Demais
países, 44%
Brasil, 10%
EUA, 4%
Canadá, 7%
Congo, 5%
Índia, 5%
Fonte: Tolmasquim, M. (coord). Geração de Energia Elétrica no Brasil. Ed. Interciência, 2005.
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Os países desenvolvidos já aproveitaram seu
potencial hidrelétrico
% do potencial tecnicamente aproveitável
Observações:
1. Baseado em dados do World Energy Council, considerando usinas em operação e em construção, ao final de 1999.
2. Para o Brasil, dados do Atlas de Energia Elétrica do Brasil, da ANEEL, e da EPE, referentes a 2008 (usinas em operação e com
concessão outorgada). Para a China, dados do Worldwatch Institute.
3. Os países selecionados detém 2/3 do potencial hidráulico desenvolvido do mundo.
4. O potencial tecnicamente aproveitável corresponde a cerca de 35% do potencial teórico média mundial.
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Além das energias hidroelétrica, constituem
elementos da estratégia brasileira ...
 Eficiência energética
 Reciclagem e aproveitamento
de resíduos
 Outras energias
renováveis
 Energia nuclear !?
eólica
solar
biomassa
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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E O EFEITO RENDA
consumo final
Eficiência
energética
Efeito renda
consumo final em t
Crescimento vegetativo
(crescimento demográfico;
acumulação de capital, etc.)
consumo final em to
to
tempo
t
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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. ENERGIA ELÉTRICA
Economia equivalente a uma usina hidroelétrica de 7.000 MW
(Usinas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira)
34
TWh
(*) Valores acumulados em 2020 a partir do ano base (2010).
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EXPANSÃO PLANEJADA DA
CAPACIDADE INSTALADA 2011-2020
Acréscimo de 60,2 mil MW no período
10,0
7,2
10,0 GW
10,8
18,0 GW
17%
30%
53%
23,6
8,6
32,2 GW
Fonte: PDE 2020
Capacidade instalada em dez 2010: 109,6 mil MW
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Expansão contratada
40,8 GW
Renováveis, 75,5%
Renováveis exclusive hidro, 17,6%
Hidrelétricas, 57,8%
0%
20%
Hidro
40%
Renováveis
60%
Nuclear
80%
100%
Térmicas
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EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA
SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO NACIONAL (SIN)
Dezembro /
2010
HIDRO
83GW
75%
PCH, EOL, BIO
9GW
8%
Dezembro /
2020
HIDRO
115GW
67%
UTE
16 GW
15 %
NUCLEAR
2 GW
2%
PCH, EOL, BIO
27GW
16%
NUCLEAR
UTE
3 GW
2%
25 GW
Renováveis, 2010:
83%
Renováveis, 2020:
83%
15 %
FONTE: EPE (PDE 2020)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Algumas questões para a expansão de longo prazo
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• E PARA ALÉM DE 2020?
• E SE NÃO FOR POSSÍVEL VIABILIZAR A
GERAÇÃO RENOVÁVEL PLANEJADA?
 Pressões da demanda
demanda crescente
geração de base
 Pressões ambientais sobre a expansão da
oferta de energia
conservação da biodiversidade
terras indígenas
emissões de GHG
► Com relação às mudanças climáticas, desde a COP 15,
a estratégia brasileira é manter, em 2020, na área de energia, o
mesmo nível de intensidade de emissões de 2005
1,000
em MtCO2
eficiência energética
fontes alternativas
expansão hidroelétrica
kgCO2/103 R$ [2007]
750

biocombustíveis
500
250
0
1994
2007
2020
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Emissões maiores
Expansão COM hidroelétricas
Expansão SEM hidroelétricas
70
70
Norte
60
Norte
60
NE
NE
SE
50
50
SE
SUL
40
MtCO2
MtCO2
Sul
30
40
30
20
20
10
10
0
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
0
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
GESEL. Seminário Energia Nuclear pós-Fukushima. Evolução da Matriz Elétrica Brasileira. Guerreiro. Rio de Janeiro, RJ. Ago 2011
2014
2015
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REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DO SIN
Energia Armazenável Máxima / Carga
7.00
SUDESTE
6.00
SUL
5.00
NORDESTE
NORTE
4.00
ITAIPU
3.00
MADEIRA
2.00
MANAUS
B.MONTE
1.00
TAPAJOS
set/18
mai/18
jan/18
set/17
mai/17
jan/17
set/16
mai/16
jan/16
set/15
mai/15
jan/15
set/14
mai/14
jan/14
set/13
mai/13
jan/13
set/12
mai/12
jan/12
set/11
mai/11
jan/11
set/10
mai/10
jan/10
0.00
GESEL. Seminário Energia Nuclear pós-Fukushima. Evolução da Matriz Elétrica Brasileira. Guerreiro. Rio de Janeiro, RJ. Ago 2011
Preço da energia nos leilões de expansão da oferta
200,0
180,0
160,0
Aumento do custo da energia...
173,2 171,0
168,6 165,8
164,8 163,9
160,5 158,6 158,0 157,4 157,1
157,1
151,6 151,0
156,8
144,8
140,0
126,6
120,0
103,4
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Obs: Valores referentes à janeiro de 2011
Fonte: EPE
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• Outras questões a considerar
 Disponibilidade de gás
 Instabilidade do preço dos combustíveis
fósseis (petróleo & gás)
 CCS e queima limpa do carvão
 Opinião pública frente à energia nuclear
 Atendimento à demanda na ponta
 Efeitos da expansão da geração distribuída e
da capacidade de gerenciamento da demanda
Muito obrigado!
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE
http://www.epe.gov.br
Av. Rio Branco, 1 – 11o andar
20090-003
Rio de Janeiro RJ
Tel.: + 55 (21) 3512 - 3100
Fax: + 55 (21) 3512 - 3199
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