participações 2012 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS participações UTC Participacões DF12 Capa_final_port.indd 1 09/08/13 14:50 Sumário UTC PARTICIPAÇÕES S/A Demonstrações financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2012 e 2011 acompanhadas do relatório dos auditores independentes RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Pág. 2-3 Balanço patrimonial Pág. 4-5 Demonstração do resultado Pág. 6 Demonstração do resultado abrangente Pág. 7 Demonstração das mutações do patrimônio líquido Pág. 8-9 Demonstração dos fluxos de caixa Pág. 10-11 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Pág. 12-41 2 RELATÓRIO ANUAL 2012 Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Acionistas e Diretores da UTC PARTICIPAÇÕES S/A São Paulo-SP E Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da UTC PARTICIPAÇÕES S/A, identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Administração da Sociedade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. RESPONSABILIDADE DOS AUDITORES INDEPENDENTES Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Sociedade para 3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Sociedade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. OPINIÃO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da UTC PARTICIPAÇÕES S/A em 31 de dezembro de 2012, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. OPINIÃO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da UTC PARTICIPAÇÕES S/A em 31 de dezembro de 2012, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil. ÊNFASE Estão reconhecidos na conta Créditos e Valores, os montantes relativos a cobranças em curso por serviços realizados pela Sociedade controlada Constran S/A Construções e Comércio, de R$ 221.300 no ativo circulante e R$ 664.486 no ativo não circulante, classificados pelos consultores jurídicos como de êxito provável de realização. Tais valores decorrem, basicamente, de serviços realizados e não pagos, relativos a diferenças monetárias por atrasos de pagamentos, de multas por não pagamento, entre outros similares, em contratos com órgãos públicos, conforme comentado na nota explicativa nº 8. A realização destes créditos depende do sucesso nos pleitos judiciais. Dependendo de eventos e decisões futuras, podem ocorrer reflexos diferentes destes considerados pela Administração. Conforme descrito na nota explicativa 2, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da UTC PARTICIPAÇÕES S/A, essas práticas diferem da IFRS, aplicável às demonstrações contábeis separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto que para fins de IFRS seria pelo custo ou valor justo. Nossa opinião não está ressalvada em função deste assunto. São Paulo, 25 de abril de 2013. Directa Auditores CRC Nº 2SP013002/O-3 Antonio Carlos Bonini Santos Pinto CTCRC N° 1SP114365/O-0 4 RELATÓRIO ANUAL 2012 Balanço patrimonial Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) 2012 Controladora 2011 2012 Consolidado 2011 76.521 23.502 841.759 555.915 Clientes e Direitos a Faturar (nota 2.6) - - 899.806 556.858 Estoques (nota 6) - - 156.175 68.950 33 563 224.096 203.560 - - 80.232 - Adiantamentos a Terceiros (nota 2.9) 97 1.206 219.484 191.020 Impostos Diferidos 93 93 92 9.625 4.845 3.856 49.649 31.790 16 - 104.021 102.159 81.605 29.220 2.575.314 1.719.877 Títulos a Receber - - 44.201 48.590 Créditos e Valores (nota 8) - - 665.359 584.076 - 10.615 7.589 140.825 34.543 36.139 62.429 Estoques (nota 6) - - 25.518 - Impostos Diferidos - - 11.691 - Impostos a Recuperar (nota 9) - - 1.367 509 Outros Créditos - - 6.030 137 140.825 34.543 800.920 703.330 1.226.770 1.014.853 25.614 22.663 63.500 34.250 348.083 319.363 - - 627.657 10.022 1.290.270 1.049.103 1.001.354 352.048 Total do Ativo Não Circulante 1.431.095 1.083.646 1.802.274 1.055.378 Total do Ativo 1.512.700 1.112.866 4.377.588 2.775.255 ATIVO Circulante Caixa e Equivalentes de Caixa (nota 2.4 e 5) Créditos e Valores (nota 8) Títulos a Receber Impostos a Recuperar (nota 9) Outros Créditos Total do Ativo Circulante Não Circulante Depósitos e Garantias (nota 19) Partes Relacionadas (nota 14) Investimentos (nota 10) Imobilizado (nota 11) Intangíveis (nota 2.14) As notas explicativas anexas fazem parte integrante deste balanço. 5 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Controladora 2012 2011 PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO Consolidado 2012 2011 Circulante Fornecedores 4.067 60 234.865 105.811 320.136 - 461.919 69.268 5.201 8.093 141.395 108.391 Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social - - 3.027 3.525 Provisão para Imposto de Renda Diferido (nota 20) - - 7.339 25.459 Adiantamentos de Clientes - - 572.360 474.496 Provisão para Férias - - 55.538 32.863 2.260 12.000 2.260 12.000 55.532 26.400 109.132 79.999 Partes Relacionadas (nota 14) - - 25.522 - Outorga a pagar (nota 18) - - 31.307 - 3.319 3.939 108.215 98.924 390.515 50.492 1.752.879 1.010.736 - - 198.297 157.276 204.443 - 204.443 - 39.881 189.224 28.486 71.288 Obrigações Trabalhistas, Sociais e Tributárias (nota 15) - - 185.320 249.474 Provisão para Contingências (nota 19) - - 26.958 20.962 1.485 10.083 333.862 268.003 - - 258.616 133.909 Obrigações com Terceiros (nota 16) 81.435 87.000 81.435 87.487 Provisão para Perda em Investimentos 11.429 - 2.276 - Outorga a pagar (nota 18) - - 500.557 - Outras Obrigações - - 16.519 - 338.673 286.307 1.836.769 988.399 Capital Social 503.510 303.510 503.510 303.510 Reservas de Lucros 273.181 464.663 273.181 464.663 6.821 7.894 6.821 7.894 783.512 776.067 783.512 776.067 - - 4.428 53 783.512 776.067 787.940 776.120 1.512.700 1.112.866 4.377.588 2.775.255 Empréstimos e Financiamentos (nota 12) Obrigações Trabalhistas, Sociais e Tributárias (nota 15) Juros sobre Capital Próprio Obrigações com Terceiros (nota 16) Outras Obrigações Total do Passivo Circulante Não Circulante Empréstimos e Financiamentos (nota 12) Debêntures (nota 13) Partes Relacionadas (nota 14) Provisão para Imposto de Renda Diferido (nota 20) Adiantamentos de Clientes Total do Passivo não Circulante Patrimônio Líquido (nota 23) Reserva de Reavaliação Total do Patrimônio Líquido dos Controladores Participação de não Controladores Total do Patrimônio Líquido Total do Passivo e Patrimônio Líquido As notas explicativas anexas fazem parte integrante deste balanço. 6 RELATÓRIO ANUAL 2012 Demonstração do resultado Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 189 165 3.455.069 1.837.743 - - (2.832.976) (1.338.861) 189 165 622.093 498.882 (28.351) (5.982) (381.432) (213.493) (806) (936) (35.491) (34.525) Equivalência Patrimonial (nota 10) 104.732 281.026 (7.546) 28.211 Outras Receitas (Despesas) (nota 21) (16.246) 20.113 15.942 73.896 59.518 294.386 213.566 352.971 (18.525) (1.655) (172.557) (76.260) 3.370 1.467 109.629 28.971 44.363 294.198 150.638 305.682 Imposto de Renda - - (78.558) (8.168) Contribuição Social - - (29.037) (3.307) Participações de não Controladores - - 1.320 (9) 44.363 294.198 44.363 294.198 Receita Operacional Líquida Custos dos Serviços Prestados Lucro Bruto Receitas (Despesas) Operacionais Administrativas Depreciações e Amortizações Lucro Líquido Antes do Resultado Financeiro Despesas Financeiras Receitas Financeiras Lucro Antes da Contribuição Social, do Imposto de Renda e Participações Lucro Líquido do Exercício As notas explicativas anexas fazem parte integrante desta demonstração. 7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração do resultado abrangente Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) Controladora e Consolidado 2012 2011 44.363 294.198 Ajuste Avaliação Patrimonial Investimento Constran (6.491) (1.293) Total do Resultado abrangente do exercício 37.872 292.905 Lucro Líquido do Exercício Outros Resultados Abrangentes: As notas explicativas anexas fazem parte integrante desta demonstração. 8 RELATÓRIO ANUAL 2012 Demonstração das mutações do patrimônio líquido Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) Capital Social Reserva Legal 296.385 9.060 - - 7.125 - Constituição de Reserva - - Realização da Reserva de Reavaliação - - Ajuste de Avaliação Patrimonial - - Lucro Líquido do Exercício - - Distribuição de Dividendos - - Distribuição de Juros sobre Capital Próprio - - Constituição de Reserva Legal - 14.710 Retenção de Lucros - - 303.510 23.770 - - 200.000 - Constituição de Reserva - - Realização da Reserva de Reavaliação - - Ajuste de Avaliação Patrimonial - - Lucro Líquido do Exercício - - Constituição de Reserva Legal - 2.218 Retenção de Lucros - - 503.510 25.988 Saldos em 31 de dezembro de 2010 Ajustes de Exercícios Anteriores Aumento do Capital Social Destinação do Resultado: Saldos em 31 de dezembro de 2011 Ajustes de Exercícios Anteriores Aumento do Capital Social Destinação do Resultado: Saldos em 31 de dezembro de 2012 As notas explicativas anexas fazem parte integrante desta demonstração. 9 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Reserva de Incentivos Fiscais de Controladas Retenção de Lucros Reserva de Reavaliação de Ativos de Controladas Lucros Acumulados Resultados Abrangentes Total 4.832 190.063 8.905 - - 509.245 - (4.971) - - - (4.971) - - - - - 7.125 763 - - - - 763 - - (1.011) 1.011 - - - - - - (1.293) (1.293) - - - 294.198 - (6.500) - - - (6.500) - - - (22.500) - (22.500) - - - (14.710) - - - 257.999 - (257.999) - - 5.595 436.591 7.894 - (1.293) 776.067 - (33.497) - - - (33.497) - (200.000) - - - - (714) - - - - (714) - 1.073 (1.073) - - - - 3.784 - - (6.491) (2.707) - - - 44.363 - 44.363 294.198 - - - (2.218) - - - 42.145 - (42.145) - - 4.881 250.096 6.821 - (7.784) 783.512 10 RELATÓRIO ANUAL 2012 Demonstração dos fluxos de caixa Para exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) Controladora 2012 2011 Lucro Líquido do Exercício Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social Consolidado 2012 2011 44.363 294.198 150.638 305.682 - 10.065 (107.595) (18.078) 806 937 35.491 39.598 Ganho/Perda na Alienação de Investimento - (19.530) Ganho/Perda na Alienação de Imobilizado - - - 10.158 (33.497) - (33.497) (4.971) (2.707) - (2.707) (1.293) Provisão para Contingência - - 5.996 17.661 Juros Provisionados - 251 - - Provisão de Férias - - 22.675 5.573 (104.732) (256.028) 7.546 (28.211) Variação Monetária - (37) - - Resultado Ajustado (95.767) 29.856 78.547 326.119 - - 5.695 (32) 530 (306) (342.948) (349.705) - - (112.743) 10.349 1.109 - (28.464) (153.537) (989) (1.165) (18.717) (7.992) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos - - (2.158) 242.127 Títulos e Valores - - (177.662) (751.748) Outros Créditos (16) - (10.781) (100.273) Ajustes para Reconciliar o Lucro do Exercício com Recursos Provenientes de Atividades Operacionais Provisão de Imposto de Renda e Contribuição Social Depreciação/Amortização Ajustes de Exercícios Anteriores Resultados Abrangentes Equivalência Patrimonial Participação de Minoritários - (Aumento) Diminuição das Contas do Ativo Contas a Receber, Líquidas Estoques Adiantamento a Terceiros Impostos a Recuperar 11 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Controladora 2012 2011 Consolidado 2012 2011 Aumento (Diminuição) das Contas do Passivo Fornecedores 4.007 (2.947) 129.054 39.505 Obrigações Trabalhistas, Sociais e Tributárias (2.892) 2.789 (31.150) 273.055 Imposto de Renda e Contribuição Social (8.598) - 47.241 - 113.400 222.571 321.673 Adiantamentos de Clientes Juros sobre Capital Próprio - (8.500) - (8.500) Conta Corrente Consórcios - - - 68.240 23.567 - 23.081 167.486 - - 531.864 - (620) 1.078 25.810 18.696 (79.669) 134.205 339.240 95.463 (30.056) (2.274) (64.211) (207.857) - - (617.635) (7.864) (95.756) (145.055) (8.221) 22.829 - - - 2.869 (106.282) (115.166) - (53.191) 11.718 26.290 - (714) - (714) - - 10.545 - 10.545 (232.808) (240.232) (664.491) (232.669) Integralização de Capital - 7.125 - 7.125 Empréstimos Contraídos 524.579 - 638.115 1.007.922 - - (842.342) - 189.011 - 64.110 (149.343) (66.709) (17.280) - Pagamento de Dividendos - (6.500) - (6.500) Juros Pagos - - - (33.060) (9.740) (10.500) (9.740) (10.500) 365.496 112.427 611.095 186.755 Aumento Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa 53.019 6.400 285.844 49.549 Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Exercício 23.502 17.102 555.915 506.366 Caixa e Equivalentes de Caixa no Final do Exercício 76.521 23.502 841.759 555.915 Obrigações com Terceiros Outorga a Pagar Outras Obrigações Fluxo de Caixa Gerado (Consumido) pela Atividade Operacional Atividade de Investimentos Aquisições de Imobilizado Aquisições de Intangíveis Aquisições de Investimentos Venda de Ativo Imobilizado Empréstimos Concedidos a Partes Relacionadas Empréstimos Recebidos de Partes Relacionadas Constituição de Reservas Dividendos Recebidos Fluxo de Caixa Consumido pela Atividade de Investimentos Atividade de Financiamentos Empréstimos Pagos Empréstimos Contraídos de Partes Relacionadas Empréstimos Pagos a Partes Relacionadas Juros sobre Capital Próprios Pagos Fluxo de Caixa Gerado pela Atividade de Financiamentos As notas explicativas anexas fazem parte integrante desta demonstração. 12 RELATÓRIO ANUAL 2012 Notas explicativas às demonstrações financeiras Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Sociedade tem por fim específico a participação, na qualidade de controladora ou não, no capital de empresas comerciais, industriais ou prestadoras de serviços como sócia, acionista ou quotista, podendo ainda promover aplicações ou tomadas de recursos no mercado financeiro. Em 31 de dezembro de 2012 os investimentos relevantes da UTC Participações, são conforme segue: UTC Engenharia S.A. A Sociedade tem como objetivo social a execução de projetos de engenharia industrial em geral e a construção civil, fabricação de artefatos de cimento, fibra de cimento, ferro e aço, inclusive com a aquisição e aplicação de materiais de construção e equipamentos, a montagem, reconstrução e manutenção de instalações industriais e realização de pesquisa de desenvolvimento de tecnologia adequada às Companhias industriais e exploração de normas e processos de fabricação industrial, a realização de estudos técnicos e econômicos sobre a instalação de empreendimentos industriais, a operação de unidades industriais mediante a exploração própria ou contratos com terceiros e representação de processos industriais. A sociedade participa também em empresas como a Rig Oil & Gás Contractors Inc. uma sociedade limitada estabelecida em Panamá, constituída com a finalidade de realizar a engenharia, aquisição de materiais, montagem e integração dos módulos de uma plataforma para extrair petróleo e gás em águas profundas (“P-63”). A sociedade participa ainda da UTC Engineering Services LLC, um escritório comercial estabelecido em Houston com o foco em desenvolvimento comercial de negócios da área de atuação da UTC Engenharia nos Estados Unidos, atua também no desenvolvimento de negócios da UTC Engenharia no que tange a seleção e identificação de parcerias na área de tecnologia de processos e métodos construtivos e na procura de equipamentos e sistemas, oferece suporte aos projetos da UTC Engenharia, no que tange expedição e inspeção de fornecedores baseados nos Estados Unidos e atua na identificação de produtos e serviços visando expandir a capacitação e produtividade das afiliadas da UTC Participações na área de óleo e gás. Participa ainda de diversos consórcios com outras empresas, cujas atividades estão relacionadas ao seu objeto social. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Constran S.A. A Sociedade de Construções e Comércio com sede em São Paulo – SP tem por principais objetivos as atividades da construção civil pesada, entre as quais rodovias, pontes, ferrovias, hidroelétricas, túneis, saneamento básico e aeroportos. Em 2011, nos termos do Instrumento Particular de Contrato de Compromisso de Compra e Venda de Participações Societárias, o controle acionário da Companhia foi transferido à UTC Participações S/A. Quip S.A. É uma sociedade brasileira por ações, de capital fechado, constituída no ano de 2005, e consistindo em uma empresa de gestão de contratos de EPC (Engenharia, “Procurement” e Construção), focada em construção de plataformas “offshore” para extração de petróleo e gás. Em 2011, a QUIP S.A. havia finalizado as obras de preparação canteiro de sua sede em Rio Grande – RS e consolidou o processo de construção dos módulos da P-63. A P-55 estava com a obra em torno de 75% concluída, tendo como ponto destaque em 2012 a chegada, no estaleiro Rio Grande, do casco “Hull” para possibilitar integração com “deck box”. Em 2012, no Estaleiro Rio Grande, a QUIP S.A. efetuou a união do casco “Hull” com deck Box da P-55, proporcionando ao Brasil o primeiro “Mating” do país, fato marcante que consolidou a engenharia naval. A partir deste evento foram realizados os procedimentos de “lifting” e a integração dos módulos. A finalização da obra está prevista para o final do primeiro semestre de 2013. No canteiro da Honório Bicalho, ocorreu à conclusão da construção dos módulos da P-63, dessa forma, já no ano de 2013 com a chegada do casco da P-63, vindo da China, foi possível a realização dos procedimentos “lifting” dos módulos e também do flare. No momento, a Companhia está coordenando os processos de união das estruturas sobre o casco. A finalização da obra está prevista para segundo semestre de 2013. Aeroportos Brasil S.A. Em 14 de junho de 2012, a controlada em conjunto Aeroportos Brasil – Viracopos S.A., assinou com a Agência Nacional de Aviação Civil (“ANAC”) o contrato de concessão para ampliação, manutenção e operação do Aeroporto Internacional de Campinas (Viracopos), pelo prazo de 30 (trinta) anos. A participação indireta da UTC Participações no negócio corresponde a 22,95%, uma vez que: a. A Concessionária é formada pelos acionistas (i) Aeroportos Brasil S.A. (Acionista Privado), que detém 51% de participação, e (ii) Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO, que detém 49%; b. O Acionista Privado é uma sociedade de propósito específico formado pelas empresas vencedoras do certame licitatório referente ao Leilão 002/2011, que possui a seguinte composição acionária: Triunfo com 45%, UTC Participações S.A. com 45%, e Egis Airport Operation com 10%. Em contraprestação pela concessão da exploração do aeroporto, a controlada em conjunto Aeroportos Brasil – Viracopos S.A. pagará à União contribuição fixa anual no montante de R$ 127.367, reajustado anualmente pelo IPCA, equivalente a R$ 3.821.010, referente à outorga decorrente da oferta realizada no Leilão objeto da presente concessão. Além da contribuição fixa, compreende também uma contribuição variável correspondente a 5% sobre a totalidade da receita bruta anual da concessionária e de suas eventuais subsidiárias integrais. Em 11 de julho de 2012 a ANAC, por meio de publicação realizada no Diário Oficial da União, autorizou a controlada em conjunto a iniciar a fase I do contrato de concessão de aeroportos 13 14 RELATÓRIO ANUAL 2012 n° 003/ANAC/2012. Em 31 de agosto de 2012 a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (“CETESB”) emitiu a licença ambiental de instalação sob o número 2.126, para a controlada em conjunto. A licença de instalação permite que a concessionária inicie os investimentos previstos no contrato de concessão. As obras foram iniciadas no mês de setembro de 2012, três meses antes do previsto no cronograma da licitação, com o objetivo de entregar o segundo terminal de passageiros, com capacidade para 14 milhões de passageiros, fingers para 28 aeronaves e estacionamento correspondente, dentro de 22 meses. Em 14 de novembro de 2012 iniciou-se o último estágio de transição do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, com a controlada em conjunto Aeroportos Brasil – Viracopos S.A. passando a responder pela operação do complexo. Durante noventa dias, a Infraero acompanhou as atividades assumidas pela controlada em conjunto, prestando os esclarecimentos e informações necessárias para garantir a continuidade da operação. Todas as receitas e custos incidentes sobre as atividades do aeroporto passam a ser de responsabilidade da controlada em conjunto. Estaleiro EEP Participações S.A. A Sociedade por ações de capital fechado, com sede no Rio de Janeiro – RJ foi constituída em abril de 2012 e tem como objetivo a participação no capital social de outras sociedades como sócia, acionista ou quotista, sendo controlada pela Odebrecht Participações e Investimentos S.A. (“OPI”), que detém diretamente 50% do seu capital total. As demais acionistas OAS Investimentos S.A. (“OAS”) e UTC Participações S.A. (“UTC”) participam cada uma com 25% do capital social. Em 4 de maio de 2012, a EEPSA assinou contrato com a Kawasaki para transferência de tecnologia, licença de software, assistência técnica e treinamento relacionados a: (i) construção do estaleiro; (ii) aquisição de suprimentos; (iii) desenho de produção e construção do primeiro casco. A EEPSA obteve o registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial em 24 de julho de 2012, e a primeira entrega dos serviços ocorreu em 25 de julho de 2012. Em 7 de maio de 2012, a EEPSA assinou contrato com a Petrobras Netherlands BV (“PNBV”) para conversão de 4 navios de cascos simples/duplo para unidades flutuantes de produção, armazenamento e transbordo. A conversão do casco foi iniciada em maio de 2012 no estaleiro de Inhaúma, sendo este de propriedade da PNBV. Em 17 de agosto de 2012, a EEPSA assinou com a Sete Brasil Participações S.A. (“Sete Brasil”) os contratos referentes à construção de seis navios-sonda de perfuração offshore, no valor global aproximado de US$ 4,8 bilhões. As embarcações, voltadas para as explorações do pré-sal, serão produzidas na Unidade do EEP que está sendo construída em Maragogipe (BA). A expectativa é que o primeiro navio-sonda fique pronto em 2016. A EEPSA encontra-se atualmente em fase operacional no estaleiro de Inhaúma, e está concentrando suas atividades na construção do estaleiro próprio de Maragogipe, tendo a expectativa de início das operações deste estaleiro no segundo semestre de 2013. UTC Óleo e Gás S.A. A Sociedade foi constituída em 01 de setembro de 2009 como sociedade anônima, tendo por objeto social, a (i) extração de Petróleo e Gás Natural, bem como as atividades de apoio à sua extração, isoladamente ou em conjunto com outras empresas; (ii) manutenção e reparação em tanques, reservatórios metálicos, caldeiras, bombas e cavalos mecânicos; (iii) coleta e transporte de resíduos; (iv) montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas, em especial, a montagem de dutos e de tubulações; (v) execução de obras de engenharia civil; (vi) execução de serviços de perfuração e sondagem; (vii) execução de serviços de preparação de terrenos e de terraplanagem; (viii) emissão de laudos de engenharia e elaboração de serviços técnicos de engenharia; (ix) locação de equipamentos e máquinas; (x) comércio atacadista de combustíveis de origem mineral em bruto; (xi) comércio atacadista de gás DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS liquefeito de petróleo; (xii) participação, como acionista ou cotista, no capital de outras Sociedades, no Brasil ou no exterior. A empresa se tornou operadora de áreas adquiridas originalmente pela UTC Engenharia S/A, através da cessão de direitos de 04 (quatro) contratos de concessão de áreas localizadas em terra, sendo detentora de 100% de 01 (um) contrato, referente ao bloco BT-RIOP-3, e em Consórcio com outras empresas, dos outros 03 (três) contratos, a saber, Campo João de Barro, Campo de Periquito e Campo Concriz. Essas áreas foram transferidas junto a ANP através de Acordo de Cessão de Direitos Exploratórios celebrado entre as empresas e aquela agência no decorrer dos anos de 2011 e 2012, refletindo de fato estas operações a partir do ano de 2012. Em decorrência da homologação da ANP, foram firmados com esta agência Aditivos aos Contratos de Concessão para Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural para as áreas adjudicadas, tendo por objeto a execução de Programas de Trabalho e Investimento, para permitir a produção de petróleo e gás natural em condições econômicas. Em 10 de maio de 2012 foi concluída junto à ANP, a devolução do bloco BT-RIOP-3, oriundo da 9ª Rodada de Licitação, em decorrência do encerramento da Fase de Exploração, sem o aproveitamento dessa área. No restante das áreas de concessão, Campo João de Barro, Campo de Periquito e Campo Concriz, a empresa atualmente desenvolve as atividades referentes à Fase de Desenvolvimento, seguindo os programas apresentados à agência reguladora. 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo. Essas políticas vêm sendo aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados, salvo se indicado de forma diferente. 2.1. Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, ou valor justo, quando aplicável. A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis criticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das suas políticas contábeis. a. Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade (“IFRS”) emitidas pelo IASB. Nas demonstrações financeiras individuais as controladas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial. As práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações financeiras individuais diferem do IFRS aplicável as demonstrações financeiras separadas, apenas pela avaliação dos investimentos em controladas e controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial, enquanto conforme IFRS seria pelo custo ou valor justo. Contudo, não há diferenças entre o patrimônio líquido e o resultado consolidado apresentado pela Companhia e o patrimônio líquido e resultado da empresa controladora em suas demonstrações financeiras. 15 16 RELATÓRIO ANUAL 2012 As demonstrações financeiras de 2011, apresentadas para fins comparativos com as demonstrações financeiras de 2012, foram reclassificadas em determinadas contas, visando a comparabilidade com as informações entre os exercícios. As reclassificações estão relacionadas com as contas de Receitas Operacionais e Outras Receitas. 2.2. Conversão de moeda estrangeira a. Moeda Funcional e Moeda de Apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Companhia são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua (“a moeda funcional”). As demonstrações financeiras estão apresentadas em reais (R$), que também é a moeda funcional da Companhia. b. Transações e saldos As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são mensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado. Os ganhos e as perdas cambiais relacionadas com caixa e equivalentes de caixa e financiamentos são apresentados na demonstração do resultado como, respectivamente, receita ou despesa financeira. Todos os outros ganhos e perdas cambiais são apresentados na demonstração do resultado como “Resultado Financeiro, líquido”. 2.3. Bases de consolidação e investimentos em controladas Controladas são empresas nas quais a Companhia, direta ou indiretamente, detêm mais da metade do capital com direito a voto ou outro tipo de controle (direto ou indireto) sobre as operações que lhe permitam auferir benefícios das atividades dessas empresas. Na determinação do controle são considerados os direitos a voto, passiveis de serem exercidos. As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas segundo os princípios básicos de consolidação estabelecidos pelo pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas e as normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM e as principais práticas adotadas na consolidação são: a. Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos mantidos entre as empresas consolidadas; b. Eliminação dos investimentos proporcionalmente às participações da controladora nos patrimônios líquidos das controladas; c. Eliminação dos saldos de receitas e despesas decorrentes de negócios entre as empresas consolidadas; e d. Eliminação de lucros não realizados decorrentes de transações entre as empresas consolidadas, quando relevantes. O exercício social das empresas incluídas na consolidação é coincidente com o da controladora e as receitas e despesas das controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data de aquisição dos respectivos investimentos. As demonstrações financeiras das controladas no exterior são elaboradas originalmente em moeda local e convertidas para Reais pela taxa cambial correspondente à data de encerramento das demonstrações financeiras. Os ganhos e perdas decorrentes das movimentações do patrimônio líquido e reconhecimento do resultado pela taxa cambial média 17 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido da controladora na conta de Ajustes Acumulados de Conversão nos termos definidos pelo CPC 02 – Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações financeiras. As sociedades controladas são relacionadas a seguir: Controlada Forma Percentual UTC Engenharia S/A Integral 99,99 Tec Incorp. e Empreendimentos Imob. S/A Integral 99,97 UTC Investimentos S/A Integral 99,99 Iguatemi Energia S/A Integral 99,97 Patrimonial Volga Ltda. Integral 99,99 Quip S/A Proporcional 27,25 Niterói Participações S/A Integral 99,99 UTC Óleo e Gás S/A Integral 99,99 Aeroporto Brasil S/A Proporcional 45,00 Utilitas Participações S/A Proporcional 50,00 Estaleiro EEP Participações S/A Proporcional 25,00 Transmix Engenharia Ind e Com S/A Integral 99,99 Constran S/A Integral 91,50 2.4. Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de três meses ou menos, e com risco insignificante de mudança de valor. As contas garantidas são demonstradas no balanço patrimonial como “Empréstimos e Financiamentos”, no passivo circulante. 2.5. Ativos financeiros Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se tiver sido adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo. Os derivativos também são categorizados como mantidos para negociação, a menos que tenham sido designados como instrumento de hedge. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamento fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). No final de cada exercício a Companhia avalia se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos se há evidência objetiva de impairment, como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos e aquele evento de perda tem um impacto nos fluxos de 18 RELATÓRIO ANUAL 2012 caixas futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. Para os ativos não financeiros que estão sujeitos a amortização, é feita um revisão periódica pela administração sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor pelo qual o valor do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo do ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. 2.6. Contas a Receber de Clientes e Direitos de Serviços a Faturar As contas a receber de clientes e os direitos de serviços a faturar, a principio são registrados pelo valor justo, e caso aplicável, são mensurados pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros deduzido da provisão para créditos de liquidação duvidosa “PCLD”. Na prática são normalmente reconhecidos ao valor faturado, ajustado pela provisão para impairment, quando necessária. 2.7. Estoques Os estoques são demonstrados pelo custo médio das compras, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. 2.8. Depósitos e Garantias Referem-se a depósitos judiciais e garantias relativos a processos trabalhistas, fiscais e cíveis, registradas pelo valor de custo. 2.9. Adiantamento a Terceiros Os adiantamentos a terceiros referem-se os valores adiantados para fornecedores de materiais e equipamentos para aplicação e fornecedores de prestação de serviços, principalmente referente a importações, registrados pelo valor de custo, sendo que os adiantamentos a fornecedores estrangeiros são reconhecidos mensalmente as variações cambiais. 2.10. Impostos a Recuperar Conta destinada a registrar os impostos retidos e antecipados, de acordo com a legislação vigente, ou aqueles pagos para os quais a Companhia vem discutindo judicialmente. Esses tributos serão recuperados mediante a compensação com impostos devidos, os valores estão registrados pelo valor original, sendo reconhecidas as atualizações somente quando das efetivas compensações. 2.11. Créditos e Débitos com Sociedades Ligadas Representados por contratos de mútuo sem atualização monetária e prazo de vencimento. 2.12. Investimentos Os investimentos em sociedades controladas e coligadas relevantes são registrados pelo método de equivalência patrimonial. De acordo com este método, a participação da Companhia no aumento ou na diminuição do patrimônio líquido das controladas, após a aquisição, em decorrência da apuração de lucro líquido ou prejuízo no período é reconhecida como receita (ou despesa) operacional. A demonstração do resultado reflete a parcela dos resultados das operações das controladas. Quando uma mudança for diretamente reconhecida no patrimônio das controladas, a Companhia reconhecerá sua parcela nas variações ocorridas e divulgará este fato, quando aplicável, na demonstração das mutações do patrimônio líquido. Os ganhos e perdas não DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS realizados, resultantes de transações entre a Companhia e as controladas, são eliminados de acordo com a participação mantida nas controladas. Os movimentos cumulativos após as aquisições são ajustados contra o custo do investimento. 2.13. Imobilizado É composto principalmente por máquinas e equipamentos utilizados nos contratos de montagem industrial e construção civil. O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico, deduzido da depreciação acumulada. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens e também os custos de financiamentos relacionados com a aquisição de ativos qualificados. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que gerem benefícios futuros e desde que o custo do bem possa ser mensurado com segurança. O valor referente aos itens substituídos são baixados, e os demais custos de manutenção são apropriados no resultado do exercício, quando incorridos. A depreciação é calculada conforme o método linear de forma a alocar os custos aos valores residuais durante a vida útil econômica. Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, ao final de cada exercício. Os ganhos e perdas das alienações dos ativos são reconhecidos pela diferença entre o valor da alienação e o valor contábil e são reconhecidos em Outras Receitas/Despesas liquidas, na demonstração do Resultado. 2.14. Intangível As licenças de softwares adquiridas são capitalizadas com base no custo incorrido e são amortizadas durante a sua vida útil estimada de até 5 anos. Também estão classificados como intangível no consolidado o valor referente ao direito de Concessão para operar o aeroporto de Viracopos, pela controlada Aeroportos Brasil S/A, de acordo com OCPC-05 – item 42, este ativo intangível deve ser amortizado dentro do prazo de concessão. 2.15. Empréstimos e Financiamentos Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo liquido dos custos incorridos na data da transação, e posteriormente, são demonstrados pelo custo amortizado. As diferenças entre o valor captado e o valor de liquidação são reconhecidas na demonstração do resultado, durante o período de vigência dos empréstimos e financiamentos, utilizando o método da taxa efetiva de juros. Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, e quando a liquidação é diferida por mais de 12 meses, após a data do balanço, são classificados como passivo não circulante. 2.16. Provisão para Férias Estão provisionadas integralmente pela parte vencida e proporcional a vencer, inclusive com os respectivos encargos até a data do balanço. 2.17. Demais Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas até a data do balanço. 19 20 RELATÓRIO ANUAL 2012 2.18. Provisões para Contingências As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita. As provisões para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas estão registradas pelo montante das perdas prováveis, observadas a natureza de cada provisão. A administração, apoiada na opinião dos seus consultores jurídicos, entende que as provisões constituídas são suficientes para cobrir eventuais perdas com processos em andamento. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, com o uso de uma taxa antes do imposto que reflita as avaliações atuais do mercado para o valor do dinheiro no tempo e para os riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa. Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios esperados a serem derivados de um contrato são menores que o custo inevitável de atender as obrigações do contrato. A provisão é mensurada a valor presente pelo menor valor entre o custo esperado de se rescindir o contrato e o custo líquido esperado de continuar com o contrato. 2.19. Reconhecimento da Receita A receita é representada pelo valor justo recebido ou a receber pela prestação de serviço no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada liquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos. A Companhia reconhece a receita quando o seu valor pode ser mensurado com segurança, e que seja provável que os benefícios econômicos futuros fluirão para a Companhia e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades da Companhia. A Companhia baseia suas estimativas nos resultados históricos, levando sempre em consideração, o cliente, a transação e as especificações de cada venda. (a) Receita de Contratos de Construção A Companhia reconhece as receitas dos contratos de construção conforme o estagio de execução de cada contrato. Este critério está definido conforme determinação da IN 21/79 e CPC 17 – POC (porcentagem de conclusão). Para determinar o estagio de conclusão é utilizada a proporção do total dos custos incorridos com os serviços executados e o total dos custos orçados dos contratos. O valor das receitas de construção superior às receitas apropriadas são registradas na rubrica Adiantamento de Clientes, no passivo circulante e no não circulante, conforme o prazo de execução da obra. E caso as receitas de construção sejam inferiores às receitas apropriadas, são registradas na rubrica Direitos de Serviços a Faturar, no ativo circulante e no não circulante também de acordo com o prazo de execução da obra. As receitas de contratos de engenharia de curta duração e demais receitas são registradas quando incorridas obedecendo ao regime de competência. (b) Receita de Venda de Mercadorias A receita de revenda de mercadorias é reconhecida quando da entrega dos materiais e equipamentos ao cliente. A receita não é reconhecida até que: 1) os riscos e benefícios inerentes aos produtos sejam transferidos para o cliente; 2) o cliente tenha aceitado os materiais e equipamentos de acordo com as especificações técnicas e padrões de qualidade exigidas no contrato. A receita não é reconhecida quando não há certeza significativa da sua realização. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2.20. Juros sobre o Capital próprio O valor dos juros sobre o capital próprio é reconhecido como um passivo no final do exercício, sendo o benefício fiscal reconhecido na demonstração do resultado, porém, apresentado nas demonstrações financeiras, reduzidos do patrimônio liquido. 2.21. Arrendamento Mercantil A Companhia efetua arrendamento de certos itens do ativo imobilizado. Arrendamento de itens do imobilizado onde a Companhia retém de forma substancial todos os riscos e benefícios da propriedade de tais ativos são classificados como arrendamento financeiro. No reconhecimento inicial o ativo arrendado é medido pelo menor valor entre o valor justo do ativo arrendado e o valor presente do pagamento das parcelas do arrendamento. Após o reconhecimento inicial, o ativo é registrado de acordo com a política contábil aplicável ao ativo. O saldo da conta Arrendamento financeiro, apresentado nos passivos circulante e não circulante, refere-se às parcelas restantes a pagar dos contratos de arrendamento mercantil. 2.22. Normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas Pronunciamentos técnicos emitidos pelo IASB Diversas normas e emendas a normas e interpretações IFRS emitidas pelo IASB ainda não entraram em vigor para o período encerrado em 31 de dezembro de 2012, sendo estas: • IFRS 9 – Instrumentos Financeiros (a) – Instrumentos Financeiros, estabelece os princípios de divulgação de ativos e passivos financeiros que irão apresentar informações úteis e relevantes para avaliação dos valores, época e incertezas dos fluxos de caixa futuros. • IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas (b) – Demonstrações Financeiras Consolidadas, inclui nova definição de controle na determinação de quais entidades serão incluídas nas demonstrações consolidadas de um grupo. A IFRS 10 substitui em parte a IAS 27 (CPC 36). • IFRS 11 – Negócios em Conjunto (b) – Operações Conjuntas, prescreve a contabilização para contratos nos quais existe controle conjunto. Consolidação proporcional não será mais permitida para empreendimentos conjuntos e/ou em que haja controle compartilhado. • IFRS 12 – Divulgações de Participações em Outras Entidades (b) – Divulgação de Participação em Outras entidades, determina as exigências de divulgação para controladas, controladas em conjunto e/ou empreendimentos conjuntos, coligadas e sociedades de propósito específico. A IFRS 12 substitui requerimentos previamente incluídos na IAS 27 (CPC 35), IAS 31 (CPC 19) e IAS 28 (CPC 18). • IFRS 13 – Mensuração a Valor Justo (b) – Mensuração do valor justo – O IFRS 13 substitui as diretrizes relacionadas à mensuração do valor justo nas IFRSs existentes por uma única norma. Divulgações mais extensas serão necessárias. A Companhia não adotou as IFRSs supracitadas de maneira antecipada e espera ter impactos na implementação das IFRS 10 e 11. 2.23. Tributação Impostos Correntes – A provisão para imposto sobre a renda está baseada no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do lucro apresentado na demonstração do resultado abrangente/demonstração do resultado, porque exclui as receitas ou despesas tributáveis ou não dedutíveis de forma permanente. A provisão para o imposto sobre a renda é calculada com base nas alíquotas vigentes no final do exercício. 21 22 RELATÓRIO ANUAL 2012 Impostos Diferidos – O imposto sobre a renda diferido é reconhecido sobre as diferenças temporárias no final de cada exercício entre os saldos de ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras e as bases fiscais correspondentes usadas na apuração do lucro tributável. Os impostos diferidos passivos são geralmente reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis e os impostos diferidos ativos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias dedutíveis, apenas quando for provável que a Companhia apresentará lucro tributável futuro em montante suficiente para que tais diferenças temporárias dedutíveis possam ser utilizadas. A recuperação do saldo dos impostos diferidos ativos é revisada no final de cada exercício e, quando não for provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte dele, o saldo do ativo é ajustado pelo montante que se espera que seja recuperado. Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados pelas alíquotas aplicáveis no período no qual se espera que o passivo seja liquidado ou o ativo seja realizado, com base nas alíquotas previstas na legislação tributária vigente no final de cada exercício, ou quando uma nova legislação tiver sido substancialmente aprovada. Os impostos diferidos ativos e passivos são compensados apenas quando há o direito legal de compensar o ativo fiscal com o passivo fiscal corrente e quando eles estão relacionados aos impostos administrados pela mesma autoridade fiscal. Outros impostos – As receitas de serviços estão sujeitas ao Imposto Sobre Serviços (“ISS”), à contribuição para o Programa de Integração Social (“PIS”) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (“COFINS”), segundo as alíquotas vigentes em cada região, e são apresentadas como deduções das receitas no resultado do exercício. As receitas de revendas estão sujeitas ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias (“ICMS”) e quando aplicável ao Imposto sobre Produtos Industrializados (“IPI”), e também à contribuição para o Programa de Integração Social (“PIS”) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (“COFINS”). Os impostos a recuperar ou impostos pagos antecipadamente estão demonstrados no ativo circulante e não circulante, de acordo com o momento previsto de sua realização. 2.24. Informações por segmento As informações por segmento operacional são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho do segmento operacional é a diretoria executiva. 2.25. Ajuste a valor presente de ativos e passivos Os ativos e passivos monetários circulantes, quando relevantes e os ativos e passivos de longo prazo, são ajustados ao seu valor presente. O ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a respectiva taxa de juros, explícita ou implícita. Os juros embutidos nas receitas, despesas e custos associados a referidos ativos e passivos são ajustados para o apropriado reconhecimento em conformidade com o regime de competência. A constituição do ajuste a valor presente é registrada nas rubricas, sujeitas à aplicação da norma, e tem como contrapartida a rubrica “Resultado financeiro”. 2.26. Avaliação do valor recuperável de ativos A Administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Quando estas evidências são identificadas, e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída provisão para deterioração, ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2.27. Operações com Consórcios A Companhia participa de diversos consórcios, juntamente com outras empresas, os consórcios não possuem personalidade jurídica, porem mantém contabilidade própria. Mensalmente a Companhia, incorpora em suas demonstrações as movimentações contábeis dos consórcios, os quais participa, sempre na proporção da sua participação. 3. JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS E PREMISSAS CONTÁBEIS SIGNIFICATIVAS 3.1 Julgamentos A preparação das demonstrações financeiras da Companhia requer que a Administração faça julgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, bem como as divulgações de passivos contingentes, na data-base das demonstrações financeiras. Contudo, a incerteza relativa a essas premissas e estimativas poderia levar a resultados que requeiram um ajuste significativo ao valor contábil do ativo ou passivo afetado em períodos futuros. 3.2 Estimativas e premissas As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, envolvendo risco significativo de causar um ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro, são discutidas a seguir: a. Reconhecimento de receita e margem dos contratos de construção e provisões para contratos quando a revisão do resultado estimado dos contratos indica que os custos totais do contrato excedem à receita total do contrato, a perda esperada é reconhecida imediatamente como uma despesa no resultado do exercício. O resultado estimado dos contratos é revisado mensalmente durante a execução dos contratos e representa a melhor estimativa dos benefícios econômicos futuros do contrato, bem como os riscos e obrigações a ele associados. b. Impostos: Existem incertezas com relação à interpretação de regulamentos tributários complexos e ao valor e época de resultados tributáveis futuros. Dado o amplo aspecto de relacionamentos de negócios internacionais, bem como a natureza de longo prazo e a complexidade dos instrumentos contratuais existentes, diferenças entre os resultados reais e as premissas adotadas, ou futuras mudanças nessas premissas, poderiam exigir ajustes futuros na receita e despesa de impostos já registrada. A Companhia constitui provisões, com base em estimativas cabíveis, para possíveis consequências de auditorias por parte das autoridades fiscais das respectivas jurisdições em que opera. O valor dessas provisões baseia-se em vários fatores, como experiência de auditorias fiscais anteriores e interpretações divergentes dos regulamentos tributários pela entidade tributável e pela autoridade fiscal responsável. Essas diferenças de interpretação podem surgir numa ampla variedade de assuntos, dependendo das condições vigentes no respectivo domicílio da Companhia. Julgamento significativo da Administração é requerido para determinar o valor do imposto diferido ativo que pode ser reconhecido, com base no prazo provável e nível de lucros tributáveis futuros, juntamente com estratégias de planejamento fiscal futuras. c. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas - A Companhia reconhece provisão para causas cíveis e trabalhistas. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. 23 24 RELATÓRIO ANUAL 2012 4. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS Como existem alguns riscos que não podem ser eliminados, a Companhia adota medidas para minimiza-los de maneira que permiti atingir seus objetivos da melhor maneira possível. A Companhia busca com uma eficiente gestão de riscos identificar a exposição ao risco e seus aspectos frágeis, minimizando perdas financeiras e imunizando o capital da Companhia. a. Risco de variação das taxas de juros Os contratos que a Companhia possui em andamento não estão atrelados diretamente às taxas de juros do Mercado. A Companhia esta exposta ao risco de taxa de juros no que diz respeito ao movimento desfavorável da mesma que podem aumentar sua despesa financeira com pagamento de juros futuros. A dívida em moeda estrangeira esta atrelada ao LIBOR, enquanto que a divida em moeda nacional, na sua maioria, esta sujeita a variação da TJLP, das taxas pré-fixadas em reais e da variação do CDI. b. Risco cambial A Companhia está exposta ao risco cambial no que tange as suas importações de materiais e equipamentos para suprir necessidades de execução dos Contratos assinados. Para não incorrer em perdas por conta das flutuações nas taxas cambiais, a Companhia administra sua exposição através da composição entre ativos e passivos atrelados a mesma moeda estrangeira. c. Risco de crédito O risco de credito é o risco de a contraparte de um negocio não cumprir com suas obrigações previstas em um instrumento financeiro ou contrato com cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. A Companhia esta exposta ao risco de crédito em suas atividades operacionais, principalmente com relação a contas a receber e de financiamento, incluindo depósitos em bancos e instituições financeiras, transações cambiais e outros instrumentos financeiros. d. Risco de Liquidez O risco de liquidez esta relacionado com a disponibilidade imediata de caixa diante de descasamentos de prazos ou de valores dos direitos e obrigações previstos. A Gestão do Risco de Liquidez da Companhia concentra-se na prevenção, controle e monitoramento capazes de identificar situações ou problemas que de alguma forma possam comprometer o seu equilíbrio econômico-financeiro. 25 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Descrição Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 Recursos em Banco e Caixas 16 39 97.698 17.109 Investimentos de Curto Prazo 76.505 23.463 744.061 538.806 76.521 23.502 841.759 555.915 6. ESTOQUES Consolidado 2012 2011 Projeto Imobiliário 25.518 23.986 Materiais de Aplicação e Consumo 85.759 41.350 Material para Revenda 35.322 3.614 Estoque Importado em Transito 35.094 - 181.693 68.950 Curto Prazo 156.175 68.950 Longo Prazo 25.518 - 7. OPERAÇÕES EM CONSÓRCIO As controladas UTC Engenharia S.A. e Constran S/A Construções e Comércio, juntamente com outras empresas, são participantes de consórcios para prestação de serviços relacionados ao seu objeto social. Os consórcios em operação em 31 de dezembro de 2012 e respectivas participações eram os seguintes: 7.1 PELA UTC ENGENHARIA S/A: Consórcio Participação Consórcio Gasvap 30% Consórcio Conpar 25% Consórcio UTC-GEO 75% Consórcio Rio Paraguaçu 33% Consórcio Pipe Rack 33% Consórcio TUC 33% 26 RELATÓRIO ANUAL 2012 7.2 PELA CONSTRAN S/A CONSTRUÇOES E COMÉRCIO: Consórcio Consórcio DNIT Nordeste Participação 33,34% Consórcio Metrô Lilás 50,00% Consórcio Metrofor 75,00% Consórcio DNIT Alagoas 26,66% Consórcio CDP 50,00% Consórcio SEHAB 25,00% Consórcio Valec Lote 4 ES 35,70% Consórcio Valec Lote 6 FIOL 41,07% Consórcio CPTM 35,50% Consórcio Via 210 98,75% Consórcio BRT 98,75% Consórcio Viracopos 50,00% Consórcio Station 70,00% Consórcio Estaleiro Paraguaçu 25,00% Consórcio CGP 96,00% Consórcio Cais de Outeirinhos 32,50% Consórcio Roma 40,00% 8. CRÉDITOS E VALORES Estão representados, basicamente, por ações de cobrança, de liquidação de sentença e de indenização, ocorridos em contratos com órgãos públicos, com reivindicação de ressarcimento dos custos incorridos nos referidos contratos, amparado nas condições contratuais e na avaliação jurídica de nossos advogados. a. Composição: 2012 - Controladora 2011 - 2012 251.000 Consolidado 2011 251.000 Chesf - - 200.000 200.200 União Federal - - 246.736 246.736 DER/MA - - 50.137 50.137 DERSA - - 87.253 - DER/MA - - 19.000 19.000 DER/AC - - 10.400 10.401 Sul América Seguros - - - 6.756 OAS Empreendimentos - - - 2.380 DNIT/NO - - 21.260 - Outros 33 563 3.669 1.026 Total 33 563 889.455 787.636 Curto Prazo 33 563 224.096 203.560 - - 665.359 584.076 DER/PI Longo Prazo 27 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 9. IMPOSTOS A RECUPERAR a. Composição Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 PIS - - 1.259 509 COFINS - - 7.358 2.324 ICMS - - 1.484 1.463 4.841 3.853 22.005 17.242 CSSL - - 1.058 1.112 IPI - - 1.905 46 INSS a Compensar - - 9.281 4.364 ISS - - 2.262 - Outros 4 3 4 961 IRPJ Consórcios: - ICMS - - 149 - INSS - - 1.438 1.852 COFINS - - 2.020 500 PIS - - 455 102 IRRF - - 338 1.824 Total 4.845 3.856 51.016 32.299 Curto Prazo 4.845 3.856 49.649 31.790 - - 1.367 509 Longo Prazo 28 RELATÓRIO ANUAL 2012 10. INVESTIMENTOS Controladora 2012 Investidas Part. % 2011 Saldos dos Investimentos Valor da Equivalência Saldos dos Investimentos Valor da Equivalência UTC Engenharia S.A. 99,99 586.123 132.194 481.534 70.965 STS Energia S.A. 99,97 - - - 163 Iguatemi Energia S.A. 99,97 - (1.028) 275 148 TEC Incorporações e Empreendimentos Imobiliários S.A. 99,97 1.050 (1.578) 2.629 (61) Patrimonial Volga Ltda 99,99 578 - 578 - Quip S.A. 27,25 19.219 667 18.323 27.797 Niterói Participações S.A. 99,99 3.214 (4.991) 10.329 2.088 UTC Óleo e Gás S.A. 99,99 9.228 (844) 3.172 157 Utilitas Participações S.A. 50,00 4.058 (86) 4.140 (226) Constran S/A Constr. e Comércio 91,50 481.627 (4.553) 463.682 168.737 Transmix Engenharia e Comércio S/A 99,99 - (2.269) 22.993 12.543 Aeroportos Brasil S.A. 45,00 109.146 (4.354) - - Estaleiro EEP Participações S.A. 25,00 9.852 (3.940) - - UTC Investimentos S.A. 99,99 1.025 (1.619) - - Outros - 1.650 (2.867) 7.198 (1.285) 1.226.770 104.732 1.014.853 281.026 Total Os saldos de investimentos mantidos nas demonstrações consolidadas referem-se a Outros Investimentos mantidos pelas empresas consolidadas, avaliados pelo custo. 29 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 11. IMOBILIZADO 2012 2011 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Terrenos 37.398 40.548 9.773 9.773 Imóveis Construídos 23.655 41.720 26.572 66.572 Benfeitorias em Propr. de Terceiros - 22.715 - 8.761 Instalações - 3.816 - 2.530 Equipamentos Principais - 6.944 - 6.263 42 173.112 8 97.682 Veículos - 128.122 - 111.715 Equipamentos de Process. de Dados - 13.426 - 11.022 Móveis e Utensílios - 23.477 41 20.317 7.477 48.571 2.122 52.801 Jazidas - 3.398 - - Outros – Consórcios - 31.948 - 16.121 Sub-total 68.572 537.797 38.516 403.557 Depreciação Acumulada (5.072) (189.714) (4.266) (84.194) Total 63.500 348.083 34.250 319.363 Maquinas e Equipamentos Imobilizações em Andamento No exercício de 2006, a controlada UTC Engenharia S.A., procedeu ao registro da reavaliação das máquinas e equipamentos no montante de R$ 16.906 mil, tendo como contrapartida a Reserva de Reavaliação o valor de R$ 11.159 mil, líquido do imposto de renda e contribuição social. A avaliação foi efetuada por empresa de engenharia especializada. Em conformidade com o estabelecido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), através da interpretação técnica ICPC 10, foi efetuada a revisão do prazo de vida útileconômica dos bens registrados no ativo imobilizado, com efeitos registrados a partir do exercício de 2009, sendo que em 2011 efetuou uma nova avaliação da vida útil-econômica dos bens, com efeitos registrados ainda em 2011. A movimentação do ativo imobilizado entre 31 de dezembro de 2011 e 2012 está apresentada a seguir: 30 RELATÓRIO ANUAL 2012 Custo Saldos em 31/12/2010 211.234 Adições 207.857 Baixas (15.534) Saldos em 31/12/2011 403.557 Adições 188.166 Baixas (53.926) Saldos em 31/12/2012 537.797 Depreciação Acumulada Saldos em 31/12/2010 (51.318) Adições (35.383) Baixas 2.507 Saldos em 31/12/2011 (84.194) Adições (108.519) Baixas 2.999 Saldos em 31/12/2012 (189.714) Imobilizado Líquido em 31/12/2012 348.083 12. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS a. Composição: Controladora Descrição Consolidado 2012 2011 2012 2011 320.136 - 540.543 102.139 Finame - - 92.359 99.002 BNDES - - 12.958 7.098 Leasing - - 14.356 18.244 CS Participações - - - 61 Total 320.136 - 660.216 226.544 Curto Prazo 320.136 - 461.919 69.268 - - 198.297 157.276 Capital de Giro Longo Prazo 13. DEBENTURES Debêntures Banco Bradesco BBI S/A Custo com emissão debêntures Longo Prazo 2012 209.465 (5.022) 204.443 31 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As parcelas do não circulante têm os seguintes vencimentos: 2012 2015 40.888 2016 40.888 2017 40.888 2018 40.888 2019 40.891 Total 204.443 Em maio de 2012, a Companhia obteve aprovação de seu primeiro programa de distribuição de debêntures, que possibilitou ofertar debênture simples, não conversível em ações, em série única, da espécie quirografária com garantia fidejussória, para distribuição publica com esforços restritos. Os recursos obtidos por meio da emissão estão sendo utilizados para investimentos de acordo com o objeto social da emissora e capital de giro. As debêntures não terão o seu valor nominal atualizado. As Debêntures farão jus a juros correspondentes a variação acumulada de 119,60% (cento e dezenove inteiros e sessenta centésimos por cento) da taxa DI, ao ano, base 252 (duzentos e cinquenta e dois) dias úteis, calculados de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis, por dias úteis decorridos, incidentes sobre o valor nominal unitário ou sobre o saldo do valor nominal unitário desde a data de integralização ou da data de pagamento da remuneração imediatamente anterior, o que ocorrer por último, até a data prevista para o seu pagamento, e será paga ao final de cada período de capitalização. A Companhia possui cláusulas restritivas que restringem a habilidade na tomada de determinadas ações, como a emissão de dívida e poder de requerer o vencimento antecipado ou o refinanciamento de empréstimos se a Companhia não cumprir com essas cláusulas restritivas. Os índices requeridos por essas cláusulas restritivas em 31 de dezembro de 2012 estão apresentados a seguir: Dívida Líquida = Empréstimos e Financiamento curto prazo+ Empréstimos e Financiamento longo prazo – Caixa e Bancos – Aplicações Financeiras Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 Empréstimos e financiamentos 320.136 - 660.216 226.544 ( - ) Caixa e equivalente de caixa (76.521) (23.502) (841.759) (555.915) Dívida líquida 243.615 (23.502) (181.543) (329.371) EBITDA = lucro líquido antes do Resultado Financeiro + depreciações e amortizações – equivalência patrimonial EBITDA = 213.566 + 35.491 – 7.546 = 241.511 A movimentação ocorrida no período refere-se a recursos obtidos e concedidos por empresas ligadas, com a finalidade de financiar despesas correntes e investimentos. 32 RELATÓRIO ANUAL 2012 14. PARTES RELACIONADAS Controladora 2012 2011 2012 Consolidado 2011 Ativo – Longo Prazo Iguatemi Energia S.A. 9.733 11.055 - - 16.065 14.926 - - 112.959 7.700 - - UTC Óleo Gás S.A. - 838 - - Bahia Terminais - 24 - 24 Construtora Queiroz Galvão S.A. - - 3.258 17.496 Camargo Correa Naval Part. Ltda. - - 6.402 16.995 IESA Óleo Gás S/A - - 4.185 10.343 UTC Engeneeiring Serv. LLC - - - 4.971 Cimon Serviços e Manutenções Ltda. - - 2.422 2.422 Cobrena S/A - - 4.576 2.177 Itamon Constr. Industriais - - 1.062 1.018 Niterói Participações S/A 324 - - - 1.744 - - - CQG Construções Offshore S.A. - - 1.122 - CCI Construções Offshore S.A. - - 4.767 - Outros - - 8.345 6.983 140.825 34.543 36.139 62.429 20.461 166.114 - - 4.289 7.676 - - 907 907 - - 28 318 - - TEC Incorp. e Empreend. Imobiliários S.A. 9.096 9.096 - - Iguatemi Energia S.A. 5.100 5.113 - - Quip S/A - - 18.779 49.792 CGQ Construções Offshore S.A. - - - 11.464 SCP-Patri Sete - - 6.000 6.000 Consorcio Construtor Viracopos - - 12.139 - Viracopos Estacionamento S.A. - - 2.076 - Kawasaki - - 10.701 - Outros - - 4.313 4.032 39.881 189.224 54.008 71.288 - - 25.522 - 39.981 189.224 28.486 71.288 TEC Incorp. e Empreendimentos Imobiliários S.A. Constran S.A. Patrimonial Volga Ltda. Total Passivo UTC Engenharia S.A. Niterói Participações S.A. STS Energia S.A. Patrimonial Volga Ltda. Total Curto Prazo Longo Prazo 33 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A movimentação ocorrida no período refere-se a recursos obtidos e concedidos por empresas ligadas, com a finalidade de financiar despesas correntes e investimentos, sendo que os mesmos são reconhecidos pelo valor de custo e não possuem vencimento predeterminado. 15. OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, SOCIAIS E TRIBUTÁRIAS a. Composição: Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 Parcelamento Lei 11941/09 - - 224.855 274.674 PAES – Programa de Parcelamento Especial - - 796 2.347 PAEX – Parcelamento - - - - Parcelamento Incentivado – ISS - - 8.439 8.616 ICMS - - 1.817 774 INSS 1 1 35.832 15.474 4.183 3.871 25.287 12.591 ISS 2 - 6.455 9.546 PIS 907 840 2.296 2.787 IRRF 105 3.379 13.567 17.084 3 2 7.371 13.972 Total 5.201 8.093 326.715 357.865 Curto Prazo 5.201 8.093 141.395 108.391 - - 185.320 249.474 COFINS Outros Longo Prazo 16. OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS a. Composição: Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 136.967 113.400 136.967 113.400 Mútuos - - 53.600 53.599 Outros - - - 487 136.967 113.400 190.567 167.486 Curto Prazo 55.532 26.400 109.132 79.999 Longo Prazo 81.435 87.000 81.435 87.487 Por aquisição da Constran S/A Total 34 RELATÓRIO ANUAL 2012 17. INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GESTÃO DE RISCOS 17.1. Instrumentos financeiros A Companhia e suas controladas possuem instrumentos financeiros cujos valores de mercado destas operações ativas e passivas não diferem substancialmente daqueles reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas (Nota 17.3). Instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Companhia à concentração de risco de crédito consistem, principalmente, em saldos de bancos, aplicações financeiras e contratos de financiamentos. A Companhia não possui instrumentos financeiros não registrados contabilmente em 31 de dezembro de 2012, bem como não possui instrumentos derivativos nestas datas. 17.2.1. Risco de mercado O risco de mercado é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nos preços de mercado. Nossos instrumentos financeiros afetados pelo risco de mercado incluem financiamentos a pagar e aplicações financeiras. 17.2.2. Risco de taxa de juros Risco de taxas de juros é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nas taxas de juros de mercado. A exposição da Companhia ao risco de mudanças nas taxas de juros de mercado refere-se, principalmente, às obrigações de longo prazo da Companhia sujeitas a taxas de juros variáveis. 17.2.3. Análise da sensibilidade dos ativos e passivos financeiros Os principais riscos atrelados às operações da Companhia estão ligados à variação da TJLP adicionada aos juros divulgados na Nota 12 para financiamentos junto ao BNDES, a variação do CDI para aplicações financeiras divulgadas na Nota 5 e para as operações de arrendamento mercantil, adicionado dos juros divulgados na Nota 12. As aplicações com CDI estão registrados a valor de mercado, conforme cotações divulgadas pelas respectivas instituições financeiras e os demais referem-se, em sua maioria, a certificado de depósito bancário e operações compromissadas, portanto, o valor registrado destes títulos não apresenta diferença para o valor de mercado. Com a finalidade de verificar a sensibilidade do indexador nas aplicações financeiras ao qual a Companhia estava exposta na data-base de 31 de dezembro de 2012, foram definidos três cenários diferentes. Com base em projeções divulgadas por instituições financeiras, foi obtida a projeção do CDI para os próximos 12 meses, cuja média foi de 10,00%, e este definido como cenário provável, a partir deste, foram calculadas variações de 25% e 50%. Para cada cenário foi calculada a “receita financeira bruta anual”, não levando em consideração a incidência de tributos sobre os rendimentos das aplicações. A database utilizada da carteira foi 31 de dezembro de 2012, projetando um ano e verificando a sensibilidade do CDI com cada cenário: 35 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Risco Aplicação financeira CDI Posição contábil em 2012 – R$ 744.061 Cenário provável (valor contábil projetado) Cenário I 25% Cenário II 50% 7,25% 5,44% 3,63% 53.944 40.477 27.009 Com a finalidade de verificar a sensibilidade do indexador nas dívidas ao qual a Companhia está exposta na data-base de 31 de dezembro de 2012, foram definidos três cenários diferentes. Com base nos valores da TJLP e CDI vigentes em 31 de dezembro de 2012, foi definido o cenário provável para os próximos 12 meses e a partir deste calculadas variações de 25% e 50%. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo de empréstimos e financiamentos apresenta a seguinte composição em relação à taxa de juros: Empréstimos e financiamentos Descrição CDI % 490.057 74,23% TJLP 92.359 13,99% FIXO 77.800 11,78% Total 660.216 100% Para cada cenário foi calculada a “despesa financeira bruta anual” não levando em consideração incidência de tributos e o fluxo de vencimentos de cada contrato programado para os próximos 12 meses. A data-base utilizada para os financiamentos foi 31 de dezembro de 2012 projetando os índices para um ano e verificando a sensibilidade dos mesmos em cada cenário: Risco Capital de Giro CDI Posição contábil em 2012 – R$ 490.057 Risco Financiamento BNDES Posição contábil em 2012 – R$ 92.359 TJLP Cenário provável (valor contábil projetado) Cenário I 25% Cenário II 50% 7,25% 9,06% 10,88% 35.529 44.399 53.318 Cenário I 25% Cenário II 50% 7,25% 9,06% 10,88% 6.696 8.367 10.048 Cenário provável (valor contábil projetado) 17.2.4. Risco de crédito O risco de crédito é o risco de a contraparte de um negócio não cumprir uma obrigação prevista em um instrumento financeiro ou contrato com cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. A Companhia está exposta ao risco de crédito em suas atividades operacionais (principalmente com relação a contas a receber) e de financiamento, incluindo depósitos em bancos e instituições financeiras. 36 RELATÓRIO ANUAL 2012 17.2.5. Contas a receber Representado pela possibilidade da Companhia incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. O risco de crédito do cliente é administrado por cada unidade de negócios, estando sujeito aos procedimentos, controles e política estabelecida pela Companhia em relação a este risco. Como característica do setor de atuação, o risco de crédito é reduzido pelo fato de suas faturas serem emitidas somente após aprovação formal pelo cliente da receita executada. O saldo a receber de clientes é denominado em Reais e sua administração monitora o risco do saldo a receber de clientes mediante o registro de provisão para créditos de liquidação duvidosa. A Companhia mantém uma carteira diversificada de clientes e ativa em diferentes setores da economia, buscando minimizar o risco de crédito. 17.2.6. Instrumentos financeiros e depósitos em dinheiro O risco de crédito de saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela gestão financeira da Companhia de acordo com a política por esta estabelecida. Os recursos excedentes são investidos apenas em contrapartes aprovadas e dentro do limite estabelecido a cada uma. A Companhia tem como política, a aplicação de recursos em bancos de primeira linha e, em aplicações com baixo nível de exposição a riscos e alto nível de liquidez. Praticamente todo o excesso de caixa é aplicado em certificado de depósito bancário e operações compromissadas emitidos por estas instituições. A Companhia evita aplicações em fundos de investimentos onde há risco de ativos desconhecidos. 17.2.7. Risco de liquidez A Companhia acompanha o risco de escassez de recursos por meio de uma ferramenta de planejamento de liquidez recorrente. O objetivo da Companhia é manter o saldo entre a continuidade dos recursos e a flexibilidade por meio de contas garantidas, empréstimos bancários e arrendamento mercantil financeiro. A tabela a seguir resume o perfil do vencimento do passivo financeiro da Companhia em 31 de dezembro de 2012 com base nos pagamentos contratuais não descontados: Consolidado Inferior a 1 ano 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total Empréstimos e financiamentos 461.919 185.949 12.348 660.216 Total 461.919 185.949 12.348 660.216 37 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Companhia inclui na dívida líquida os financiamentos e outros exigíveis, menos caixa e equivalentes de caixa: Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 Empréstimos e financiamentos 320.136 - 660.216 226.544 ( - ) Caixa e equivalente de caixa (76.521) (23.502) (841.759) (556.858) Dívida líquida 243.615 (23.502) (181.543) (330.314) Patrimônio líquido 783.512 776.067 787.940 776.120 1.027.127 752.565 606.397 445.806 Dívida líquida e patrimônio líquido 17.2.8. Gestão do capital social O capital social inclui somente ações ordinárias, com valor nominal. O objetivo principal da administração de capital da Companhia é assegurar que este mantenha uma classificação de crédito forte e uma razão de capital livre de problemas, a fim de apoiar os negócios e maximizar o valor do acionista. A Companhia administra a estrutura do capital e a ajusta considerando as mudanças nas condições econômicas. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode ajustar o pagamento de dividendos aos acionistas, devolver o capital a eles, ou emitir novas ações. 17.3. Valor justo Encontra-se a seguir uma comparação por classe do valor contábil e do valor justo dos instrumentos financeiras da Companhia apresentados nas demonstrações financeiras: Consolidado Valor Contábil Ativos financeiros Valor justo 2012 2011 2012 2011 Caixa e equivalente de caixa 841.759 555.915 841.759 555.915 Contas a receber 899.806 556.858 899.806 556.858 1.741.565 1.112.773 1.741.565 1.112.773 Total Consolidado Valor Contábil Passivos financeiros Valor justo 2012 2011 2012 2011 Empréstimos e financiamentos 660.216 226.544 660.216 226.544 Total 660.216 226.544 660.216 226.544 Os instrumentos financeiros da Companhia são representados por caixa e equivalentes de caixa, contas a receber, a pagar e financiamentos, e estão registrados pelo valor de custo, acrescidos de rendimentos ou encargos incorridos, os quais em 31 de dezembro de 2012 e 2011 se aproximam dos valores de mercado. 38 RELATÓRIO ANUAL 2012 18. OUTORGA A PAGAR A controlada em conjunto Aeroportos Brasil S/A. Viracopos registrou outorga a pagar para a União decorrente da oferta realizada no leilão objeto da sua concessão, trazido a valor presente à taxa de 4,18% ao ano. A taxa utilizada refere-se à manutenção do titulo do Tesouro Nacional NTN-B vencimento 2045 considerado livre de Risco. Consolidado 2012 2011 Outorga a Pagar 531.864 - Total 531.864 - Curto Prazo 31.307 - Longo Prazo 500.557 - 19. PROVISÃO PARA CONTIGENCIAS A Companhia e suas controladoras registraram provisões, as quais envolvem considerável julgamento por parte da Administração, para contingências trabalhistas, tributárias e cíveis as quais é provável que uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita do montante dessa obrigação. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. A Companhia e suas controladoras revisaram suas estimativas e consideraram as provisões existentes suficientes para cobrir eventuais perdas relacionadas a esses processos. Os advogados da Companhia e de suas controladoras entendem que as mesmas possuem, em 2012, um valor de R$ 47.333 de perdas possíveis em processos cível, trabalhista e tributário. Titulo Tributário Trabalhista Cível Processo Tributário Prefeitura Niterói 6.836 - - Auto Infração Prefeitura São Paulo 9.580 - - - - 10.185 1.232 8.787 10.713 17.648 8.787 20.898 Processo Patri Sete Emp. Imobil Ltda. Outros Total Existem também provisões constituídas para cobrir processos trabalhistas em curso, dos quais foram avaliados pelos advogados da Companhia e de suas controladoras como de prováveis perdas. Saldos contábeis para contingências passivas: 2012 2011 8.447 20.962 Contingências Tributárias 18.511 - Total 26.958 20.962 Contingências Trabalhistas 39 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Saldos depósitos judiciais: 2012 2011 Depósitos processos trabalhistas 8.412 5.385 Depósitos recursos legais 2.203 2.204 10.615 7.589 Total 20. PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA DIFERIDO Representam os reflexos de imposto de renda e contribuição social sobre os ganhos registrados pela Controladora oriundos da aquisição do investimento na Constran S/A e das receitas reconhecidas advindas das cobranças judiciais junto aos clientes desta mesma sociedade. 21. OUTRAS RECEITAS a. Composição: Controladora Consolidado 2012 2011 Receitas Diversas Consórcios - - Reversão de Provisão - - 17.074 29.333 (16.690) 19.752 (16.690) 19.752 Ganho de Capital 134 - (2.244) 2.055 Dividendos 310 542 310 542 Tributos - - 551 Variação Cambial/Monetária - - 375 Outras Receitas/Despesas (Líquidas) - (181) 4.829 (25.265) Outros Custos e Despesas (Quip) - - 12.663 7.213 (16.246) 20.113 15.942 73.896 Ganho na Compra Vantajosa (Deságio) Total 2012 2011 39.340 22. RECEITA LÍQUIDA Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 Receita Operacional Bruta 208 177 3.757.871 1.950.314 Impostos e Deduções (19) (12) (302.802) (112.571) Receita Operacional Líquida 189 165 3.455.069 1.837.743 23. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a. Capital O Capital Social subscrito e integralizado está representado por 503.510.000 (303.510.000 em 2011) de ações ordinárias nominativas, ao valor de R$ 1,00 cada. 40 RELATÓRIO ANUAL 2012 b. Reserva Legal Constituída com base a 5% do lucro líquido do exercício, nos termos do artigo 193 da Lei 6404/76. c. Reserva de Reavaliação No exercício de 2006, a controlada direta UTC Engenharia S.A. procedeu ao registro da reavaliação das máquinas e equipamentos no montante de R$ 16.906 mil, tendo como contrapartida a Reserva de Reavaliação o valor de R$ 11.159 mil, líquido do imposto de renda e contribuição social. A avaliação foi efetuada por empresa de engenharia especializada. d. Juros sobre Capital Próprio A Sociedade, durante o exercício de 2012, não efetuou distribuição dos juros sobre o capital próprio. e. Reserva de Retenção de Lucros Nos termos da Lei n° 11.638/07, o lucro líquido do exercício deverá ser destinado de acordo com os artigos 193 e 197 da Lei n° 6.404/76. Em 31 de dezembro, o lucro remanescente, foi transferido para a conta de reserva de retenção de lucros, até que sua destinação seja deliberada por Assembleia Geral de Acionistas. Individual e Consolidado 2012 Lucro líquido do exercício reapresentado 44.363 Apropriação da reserva legal (2.218) Saldo a destinar 42.145 f. Ajuste de exercícios Anteriores Reflete a correção no saldo inicial de investimento em controlada. 24. LUCRO (PREJUÍZO) POR AÇÃO Em atendimento ao CPC 41 (IAS 33) (aprovado pela Deliberação CVM nº 636 – Resultado por ação), a Companhia apresenta a seguir as informações sobre o lucro por ação para os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011. O cálculo básico de lucro por ação é feito por meio da divisão do lucro líquido do período pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o período: a. Média ponderada das ações ordinárias Em 2012 Quantidade de ações Número de dias em circulação Média ponderada de ações 01/01/2012 303.510.000 365 – 100% 303.510.000 31/12/2012 200.000.000 119 – 32,60% 65.200.000 Total 503.510.000 Data 368.710.000 41 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 2011 Quantidade de ações Número de dias em circulação Média ponderada de ações 01/01/2011 296.385.000 365 – 100% 296.385.000 01/12/2011 7.125.000 31 – 8,49% 604.913 Data Total 303.510.000 269.989.913 b. Memória de cálculo do resultado por ação: R$ – Lucro líquido do período Quantidade de ações R$ – Resultado por ação 2011 294.198 303.510.000 0,97 2012 44.363 503.510.000 0,09 Ano c. Memória de cálculo do resultado abrangente por ação: R$ – Lucro líquido do período Quantidade de ações R$ – Resultado por ação 2011 292.905 303.510.000 0,97 2012 37.872 503.510.000 0,08 Ano 25. FIANÇAS PRESTADAS Para assegurar o cumprimento de execução de contratos e propostas, a Companhia ofereceu garantias que, em 31 de dezembro de 2012, montavam R$ 851.500 mil (R$ 480.765 mil em 2011). UTC Participacões DF12 Capa_final_port.indd 2 09/08/13 14:50 participações 2012 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS participações UTC Participacões DF12 Capa_final_port.indd 1 09/08/13 14:50