AutomationToday América Latina • Dezembro/2010, Ano 12, Nº 31 Normas para sustentabilidade: uma sopa de letrinhas Cobertura da Automation Fair® 2010 Casos de sucesso em empresa de robótica na Argentina, em mineradora no Brasil e em indústria química na Colômbia Segurança: cada vez mais, um bom negócio O crescente interesse em produção sustentável trouxe consigo uma profusão de terminologias e normas que devem ser entendidas. O ABC da produção sustentável enfoca questões de energia, meio ambiente, segurança, responsabilidade social e suas normas correlacionadas Carta ao leitor Evolução permanente É Eliana Freixa Gerente de Comunicação Regional para a América Latina consenso que as normas são cada vez mais importantes por uma série de fatores, entre os quais, por exemplo, a globalização da produção e a mudança do papel do operador. Elas contribuem para a melhoria dos processos e, em última instância, dos produtos, ajudam a reduzir as vulnerabilidades e aumentar a confiabilidade dos processos. Para que agreguem crescente valor às empresas, seus procedimentos devem evoluir constantemente em sintonia com os mercados. Por sua complexidade e presença no mundo industrial, destacamos o tema na matéria de capa desta edição, que traz, também, a cobertura da Automation Fair®, realizada em novembro em Orlando, EUA, além das seções habituais da revista. Esperamos que esta edição esteja sintonizada com seus interesses e o ajude a se manter atualizado. Boa leitura! AutomationToday Entre em contato Envie seus comentários e sugestões sobre a revista Automation Today e os artigos aqui publicados para [email protected]. Sua opinião é muito importante! Obrigada. Eliana Freixa é uma publicação quadrimestral da Rockwell Automation. Rua Verbo Divino, 1488 – 1º andar – São Paulo – 04719-904 - Tel.: (11) 5189.9500 Todos os direitos reservados. O conteúdo desta publicação não pode ser reproduzido, total ou parcialmente, sem a expressa autorização da Rockwell Automation. COORDENAÇÃO GERAL Eliana Freixa (Gerente de Comunicação Regional para a América Latina) E-mail: [email protected] – Tel.: (55 11) 5189.9612 EQUIPE EDITORIAL Rebecca Archibald (Publisher The Journal - Rockwell Automation) Theresa Houck (Editora Executiva The Journal - Putman Publishing) Márcia M. Maia (Jornalista responsável e redatora no Brasil - Mtb 19.338 - Interativa Comunicação) FOTOGRAFIA Arquivo Rockwell Automation DESIGN E PRODUÇÃO Projeto gráfico e diagramação: Interativa Comunicação - Tel/Fax: (11) 4368.6445 - e-mail: [email protected] Tiragem: 15.000 exemplares Todos os produtos e tecnologias mencionados na Automation Today são marca registrada e propriedade industrial de suas respectivas empresas. 2 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 Matéria de capa Terminologias e normas necessárias para a implantação de uma operação industrial mais sustentável e lucrativa 14 DESTAQUES Rockwell Automation incluída no Índice de Sustentabilidade Dow Jones North America Executivo da Rockwell Automation integra Conselho para revitalização industrial norte-americana EVENTOS 4 5 7 PRODUTOS Novos controladores ControlLogix L73 e L75, aplicativo de Gateway para integração dos Sistemas de Gestão ERP e ampliação do Sistema de Controle Distribuído Cobertura da Automation Fair® 2010 11 SEGURANÇA Maior flexibilidade de projeto e desempenho em segurança SOLUÇÕES Controle Inteligente de Motor proporciona economia 13 SUSTENTABILIDADE Como a segurança ajuda a impulsionar a rentabilidade 18 20 SERVIÇOS 26 CASES Argentina: Costantini agrega componentes Rockwell Automation em soluções robotizadas para paletização Brasil: mineradora Sama moderniza com Arquitetura Integrada Colômbia: indústria química Andercol migra para PlantPAx Calendário de treinamentos DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 3 DESTAQUES Rockwell Automation incluída no Índice de Sustentabilidade Dow Jones North America D esde a abertura do pregão de 20 de setembro do mercado de ações norteamericano, a Rockwell Automation integra o Índice de Sustentabilidade Dow Jones North America, como uma das melhores empresas da região em termos de sustentabilidade. O Índice de Sustentabilidade Dow Jones North America avalia companhias com base em critérios que refletem as forças econômicas, ambientais e sociais que impulsionam o desempenho de susten- tabilidade em um determinado setor. A Rockwell Automation foi incluída no índice do setor de bens e serviços industriais. “Temos orgulho em informar que nossos esforços foram reconhecidos pela inclusão nesse conceituado Índice,” disse Keith Nosbusch, Presidente e CEO da Rockwell Automation. “Implantamos em nossas próprias operações as tecnologias inteligentes, seguras e sustentáveis que a Rockwell Automation oferece a seus clientes da área de fabricação para melhorar sua capacidade competitiva, reduzindo resíduos, melhorando a segurança da fábrica, e utilizando menos energia”, disse Nosbusch. A Rockwell Automation foi, também, aceita pelo décimo ano consecutivo na Lista de Empresas FTSE4Good – que indica empresas líderes em responsabilidade e investimentos sociais cujos membros atendam normas reconhecidas de responsabilidade corporativa em todo o mundo. Energia em movimento E m agosto, primeiro mês em que foi colocado na estrada, o Power Truck – caminhão equipado com CCM Centerline 2500 e espaço de treinamento que acomoda até 18 pessoas – visitou dez empresas instaladas em São Paulo, e seus recursos foram experimentados por cerca de 350 profissionais. Em setembro e outubro, o Power Truck percorreu os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, e visitou 40 empresas. Nos dois últimos meses de 2010, o caminhão percorre a região sul do Brasil e, a partir de fevereiro de 2011, segue para os estados do nordeste e do norte do país. O CCM volante instalado no caminhão está equipado com gaveta com porta fechada em posição de teste, ArcShield, inversor PowerFlex 753, relé E3Plus EC5, monitor industrial PowerMonitor, IntelliCENTER e SMC FLEX. Além do CCM, o Power Truck tem também uma unidade demonstrativa de uma parte de potência (Power Cage) do inversor de média tensão PowerFlex 7000. Uma TV LCD de 42” também está a bordo, como elemento acessório para os treinamentos. Para receber o Power Truck em sua empresa é necessário apenas um local para estacioná-lo que seja plano e de fácil acesso, e um ponto de energia de 220Vca. Para mais informações sobre o Power Truck, entre em contato com o escritório Rockwell Automation ou distribuidor mais próximo. EUA em campanha para revitalizar setor de manufatura Executivo da Rockwell Automation é indicado a integrar Conselho para revitalização industrial O Secretário de Comércio dos EUA Gary Locke convocou um Conselho para revitalizar o setor de manufatura da nação. Entre os 24 líderes indicados para o Conselho, está Michael Laszkiewicz, vice-presidente e gerente geral de Negócios de Power Control da Rockwell Automation. Laszkiewicz disse que o trabalho do Conselho chegou em um momento crítico para as indústrias da América. “Daqui a dez anos o setor de fabricação global será totalmente diferente do que é hoje”, disse Laszkiewicz. “Esperamos que o governo federal junte suas forças com os industriais da América para desenvolver a próxima rodada de inovação tecnológica que criará fábricas inteligentes altamente eficientes.” 4 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 PRODUTOS Novos controladores oferecem melhor desempenho para aplicações de processo, discretas e controle de movimento Os controladores ControlLogix L73 e L75 fornecem recursos avançados de memória, velocidade e processamento para incrementar recursos de controle de movimento e de informações no sistema de Arquitetura Integrada A Rockwell Automation apresenta dois novos produtos da linha de controladores ControlLogix, ambos aproveitando o ambiente único de projeto e protocolo de rede da Arquitetura Integrada. Os controladores programáveis de automação (PACs) ControlLogix L73 e L75 oferecem recursos avançados de memória, velocidade e processamento para uma ampla gama de demandas de controle, desde lógica de alto desempenho e controle de movimentos, a aplicações de processo que utilizam muitas informações. “A Arquitetura Integrada foi projetada para auxiliar clientes a minimizar custos e a melhorar o fluxo de negócios e de dados de fabricação, e está voltada à otimização de toda a fábrica”, disse Frank Kulaszewicz, vice-presidente de Controle e Visualização da Rockwell Automation. “Como parte da Arquitetura Integrada, os novos PACs têm recursos de memória e de processamento mais aperfeiçoados que ajudam a melhorar as taxas de produção, aumentam a eficácia geral dos equipamentos e fornecem dados de modo mais ágil para melhorar a capacidade de tomada de decisão.” Para aplicações de movimento complexas e de alto desempenho, os PACs ControlLogix L73 e L75 interagem de forma transparente e direta com drives de controle de movimento por meio de interfaces de rede Ethernet/ IP e SERCOS. Os controladores têm capacidade de suportar até 100 eixos, simplificando ainda mais o sincronismo de aplicações complexas de controle de movimento. “PACs, como os controladores ControlLogix L73 e L75, reduzem os custos durante o ciclo de vida do produto e os custos totais de aquisição para os fabricantes, permitindo um sistema de controle multidisciplinar”, disse Craig Resnick, diretor de pesquisa do ARC Advisory Group. “Além disso, ajudam as indústrias a otimizar comunicações com base em protocolos de rede padrão do setor, que removem barreiras adicionais ao trabalho conjunto e à integração.” O cartão SD (Secure digital) de 1 GB, fornecido em cada controlador, oferece melhor integridade de dados, bem como operações de leitura e escrita de dados mais rápidas que a tecnologia CompactFlash anterior. O PAC ControlLogix L73 é ideal para usuários que necessitam de até 16 MB de memória, ao passo que o ControlLogix L75 oferece 32 MB de memória. Os novos módulos de armazenamento de energia fornecidos em cada controlador eliminarão a necessidade de baterias de lítio, ajudando a evitar problemas de manutenção e questões ambientais associadas ao transporte e descarte de baterias. Uma porta USB agiliza downloads e uploads de arquivos, atualizações de firmware e edições on-line. Os controladores apresentam um display integrado, para fornecer melhores condições de diagnósticos do controlador e informações em tempo real. Para mais informações sobre PACs ControlLogix L73 e L75, consulte http://bit.ly/gjCmNE Aplicativo ERP Integration Gateway Este novo aplicativo oferece maior agilidade e melhora o processo de tomada de decisão, facilitando a capacidade de conectar os aplicativos da área de produção aos sistemas administrativos gerenciais de nível mais elevado da companhia A Rockwell Automation ampliou as funcionalidades de suas soluções de software com o aplicativo de Gateway para integração dos Sistemas de Gestão ERP. O aplicativo permite às indústrias realizar transações de troca de informações com mais facilidade e de forma mais econômica, e executar processos empresariais desde o chão de fábrica até os sistemas de gestão em tempo real. Essa troca de informações é um componente crítico para se obter processos de fabricação ágeis e acionados por demanda, além da capacidade de entregar um pedido perfeito. A arquitetura robusta e modular do ERP Integration Gateway de Integração ERP permite a troca de informações comuns necessárias para uma produção ágil, como dados de qualidade, de planejamento e programação de pedidos, e também a contabilização dos custos de produção e da utilização de materiais. A capacidade de trocar informações de qualidade entre os sistemas de produção e administrativo proporciona inúmeros benefícios, inclusive: • menor número de desvios e exceções; • custo menor da qualidade e conformidade e • liberação mais rápida de produtos acabados. A integração do planejamento e da programação de produção também ajuda a melhorar a pontualidade das entregas, a eficiência da cadeia de suprimentos e da utilização de re- cursos, e permite responder mais rapidamente às demandas de mercado. Integrar a contabilização dos custos de produção e do uso dos materiais pode ajudar a reduzir os tempos dos ciclos de produção e os estoques, e proporcionar uma contabilização mais precisa do custo dos produtos e da produção. “Empresas que funcionam em um ambiente com operações ágeis, regulamentadas e de pequenas margens podem reduzir potencialmente os custos de produção pela metade em cinco anos, porém os investimentos precisam estar alinhados e priorizados com esses requisitos comerciais para progredir”, escreveram Simon Jacobson e Roddy Martin, da Gartner, em um artigo de pesquisa de 2009, que publicaram em conjunto, sobre sistemas de execução de fabricação*. “Empresas modernas veem os investimentos de TI na fabricação como uma parte dessa transformação.” O ERP Integration Gateway é fornecido no barramento de serviços de manufatura da Rockwell Software, como um componente-chave da plataforma de operações de produção da Rockwell Software. O barramento de serviços de manufatura fornece uma estrutura de arquitetura orientada a serviços (SOA) comprovada, para troca de informações entre aplicativos de forma segura, robusta, modular e de alta disponibilidade. O barramento de serviços de manufatura suporta todos os padrões co- muns de integração de empresas e mais de 30 tecnologias diferentes de transporte, permitindo a implementação em qualquer ambiente de TI existente, com um mínimo de perturbação no processo. A arquitetura e a flexibilidade do barramento de mensagens ajuda a proporcionar um retorno máximo dos investimentos de TI existentes, simplifica os projetos de integração e elimina as dependências entre sistemas. A plataforma de operações de produção da Rockwell Software aproveita os conjuntos de habilidades e a infraestrutura de TI existentes para ajudar a reduzir os custos de instalação e de manutenção. O mapeamento de dados de forma gráfica e o uso de ferramentas abertas e padrões do setor permitem a transformação de forma clara e não requerem codificação, permitindo que os usuários se beneficiem de implementações mais rápidas, menos riscos e custos de manutenção reduzidos. As vantagens da estrutura de integração inclui facilidade de suporte e a capacidade de implementação repetitiva de funcionalidades padrões, que podem ser expandidas facilmente para suportar implementações de ERP personalizadas. Para mais informações, visite http://www.rockwellautomation.com/ rockwellsoftware/erp/. *Gartner, Inc. Beyond MES: Achieving Business Value From Manufacturing IT, Simon F. Jacobson and Roddy Martin, 11 de novembro de 2009. DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 5 PRODUTOS Rockwell Automation amplia Sistema de Controle Distribuído com PlantPAx A empresa lançou o Logix Batch & Sequence Manager, que ajuda a reduzir significativamente o tempo de engenharia para integradores de sistema e fabricantes de máquinas de processo, fornecendo um importante gerenciamento de receitas baseado em controlador e capacidade de controle para usuários finais A aplicação soluciona uma ampla gama de necessidades de controle de batelada e sequenciamento local, baseadas em controlador, permitindo que os usuários configurem sequências diretamente no controlador por meio de uma interface homem-máquina, utilizando uma interface de usuário padrão. Para integradores de sistemas, esse recurso elimina a necessidade de desenvolvimento intensivo de código personalizado de engenharia. Os fabricantes de máquinas podem, agora, projetar uma solução de controle de processo comum para clientes finais que precisem de sequenciamento local, e que possa ser integrado facilmente a uma solução de maior porte para toda a fábrica. O Logix Batch & Sequence Manager é ideal para equipamentos independentes, como misturadores, homogeneizadores, reatores que requeiram flexibilidade na sequência (procedimentos) do processo e das fórmulas (pontos de ajuste) das receitas. Os produtos também são adequados para aplicações de sequenciamento contínuo comum, como partida/parada de processos, mudanças de teor e controle de estrados de limpeza. “Muitas aplicações requerem recursos de gerenciamento de sequência, porém a complexidade do processo pode não ser suficientemente grande para garantir o uso de um pacote de software de batelada baseado em servidor”, disse Andy Stump, gerente de Soluções para Batelada da Rockwell Automation. “Esta solução permite que os usuários comecem com um sistema de pequeno porte e se, em qualquer momento, as exigências crescerem, os usuários podem simplesmente migrar o PlantPAx Logix Batch & Sequence Manager para uma solução de software mais abrangente, como o FactoryTalk Batch, sem atividades caras de reengenharia e testes. Atualmente, a maioria das soluções customizadas de gerenciamento de receita baseada em controlador permite 6 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 apenas o carregamento de pontos de ajuste para uma sequência fixa. Assim, quando uma sequência precisa ser mudada, os usuários são forçados a mudar o código. Isso apresenta um risco para o processo e pode adicionar custos significativos com novos testes e validação do sistema. O PlantPAx Logix Batch & Sequence Manager dá a esses usuários as ferramentas de configuração necessárias para mudar a sequência e a fórmula por meio de uma ferramenta padrão. Adicionalmente, a aplicação é fornecida com configuração pré-desenvolvida e intuitiva, e telas de operação (IHM / Supervisório) em tempo real, para facilitar o controle e a manutenção em tempo real. “Com o Logix Batch & Sequence Manager, a Rockwell Automation fornece uma solução modular para bateladas que se baseia na facilidade de uso e em pouca engenharia”, disse John Blanchard, diretor de pesquisa do ARC Advisory Group. “Essa modularidade ou escalabilidade é uma vantagem distinta para fabricantes de máquinas que fornecem soluções independentes baseadas em painéis, que precisam ser integradas facilmente em um sistema de maior porte do usuário final.” A aplicação está baseada nas normas ISA 88 que oferece uma estrutura ISA-88, uniforme para a aplicação. Essa uniformidade ajuda o usuário final a pesquisar problemas mais rapidamente, a melhorar a operação em tempo real e, assim, aumentar a capacidade e melhorar a qualidade. O Logix Batch & Sequence Manager é baseado na Plataforma de Controle Distribuído Logix e no software FactoryTalk View para controle e operação integrados. Como parte do sistema de Arquitetura Integrada da Rockwell Automation, a aplicação utiliza a mesma configuração, estrutura de rede e ambiente de operação que os sistemas de grande porte da empresa, permitindo supervisão e controle local em uma única unidade, suportando unidades independentes múltiplas, em um único controlador. Isto ajuda a fornecer aos integradores de sistemas, fabricantes de máquinas e usuários finais uma integração extremamente econômica no sistema de controle distribuído de toda a fábrica. Para mais informações sobre o PlantPAx Logix Batch & Sequence Manager, visite http://literature. rockwellautomation.com/idc/ groups/literature/documents/pp/ proces-pp004_-en-e.pdf AUTOMATION FAIR® 2010 Por um ambiente industrial mais inteligente, seguro e sustentável N a primeira semana de novembro, o Centro de Convenções de Orange County (foto acima), em Orlando, Flórida, abrigou uma série de eventos direcionados à automação industrial, suas melhores práticas, inovações e tendências. Começando em 1º de novembro com o PSUG (Process Solutions Users Group), encontro voltado a usuários da indústria de processo, e com a terceira edição do Fórum de Automação e Segurança, no dia 2, o ponto alto da semana foi a abertura da 19ª Automation Fair®, em 3 de novembro. Acessível ao público em geral e com entrada gratuita, a feira recebeu um público superior a 11 mil pessoas. Mais de uma centena de expositores, 60 sessões técnicas cobrindo 14 temas , workshops de demonstração, dezenas de laboratórios práticos e seis fóruns setoriais compuseram o pacote de atrativos ao visitante interessado em se atualizar e aprender. DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 7 AUTOMATION FAIR® 2010 Atribuo a dois principais fatores o crescimento de nossos negócios nos últimos anos: equipe ótima e tecnologia excelente Carlos A. G. Pico, da colombiana Pacific Rubiales Energy, em painel sobre automação de indústrias de processo Os laboratórios práticos continuam despertando grande interesse dos visitantes da Automation Fair® Indústrias de processo em foco Desde sua primeira edição, em 2006, o Process Solutions Users Group (PSUG) vem crescendo em público. Em 2009, quase 500 participantes representando mais de 200 empresas de 32 países estiveram reunidos em Anaheim, Califórnia. Este ano, em Orlando, o público superou todos esses números. O foco em soluções para indústrias de processo continuou depois do evento, durante a Automation Fair®. Visitantes conhecem as potencialidades do PlantPAx no estande dedicado à indústria de processo 8 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 Novidade Uma das novidades apresentadas na feira foi a versão 2.0 do PlantPAx – sistema para controle de processo baseado na plataforma FactoryTalk e parte da Arquitetura Integrada da Rockwell Automation. Os novos recursos do PlantPAx garantem um sistema de controle mais robusto e flexível, com ganho de eficiência de engenharia e maior rapidez nos projetos, por meio de bibliotecas avançadas que incluem templates e objetos de automação pré-construídos, Model Builder e ferramentas de visualização VantagePoint. Máquinas e skids na medida certa Segundo Som Chakraborti, diretor da área de Processos da Rockwell Automation, fabricantes de máquinas e montadores de skids serão benef iciados pela simplicidade na implementação de sistemas de controle. “E isso é realmente importante, pois vai ao encontro do que esse público tem nos pedido: recursos na medida das necessidades dos clientes e que possam ser integrados ao sistema de controle de processo desses clientes”, detalhou Steve Pulsifer, diretor de Desenvolvimento de Mercado de Indústrias de Processo da Rockwell Automation. A propósito das capacidades do PlantPAx 2.0 para atender a aplicações de menor envergadura, permitindo que o cliente final a integre em sua arquitetura fabril, Chakraborti afirmou que “agora, os OEMs têm o que precisam, na medida da sua necessidade”. Arquiteturas pré-configuradas e prétestadas garantem o desempenho esperado pelo cliente, sem que ele precise fazer investimentos além de suas necessidades, tanto em produtos como em tecnologias. Para o OEM, essas arquiteturas e a ampla gama de ferramentas para agilizar os projetos garantem um ganho nos prazos de entrega ao mercado. Com relação aos conjuntos de equipamentos chamados de skids, Pulsifer acrescentou que “a Rockwell Automation aprimorou a integração com os instrumentos da Endress+Hauser e isso torna nossa solução de automação para skids incomparável”. O PlantPAx está à altura de qualquer DCS, e realmente acreditamos que está à frente de alguns deles Som Chakraborti, diretor da área de Processos da Rockwell Automation Realmente distribuído Chakraborti destacou que a Rockwell Automation leva ao pé da letra o significado do “D” de DCS: “Nosso sistema de controle é realmente distribuído. Não temos, por exemplo, uma única e ampla base de dados. Em vez disso, temos bases de dados menores e AUTOMATION FAIR® 2010 distribuídas, totalmente compatíveis. E isso é um benefício expressivo do PlantPAx 2.0. De certa maneira, estamos replicando o conceito de cloud computing com essa arquitetura distribuída de bases de dados”, afirmou Chakraborti. Convertendo kWh em unidades monetárias Em linha com o tema Indústria Inteligente, Segura e Sustentável, que pautou a Automation Fair® 2010, o gerenciamento de energia foi questão recorrente, não apenas nas soluções apresentadas nos estandes da Rockwell Automation e de seus parceiros, mas também nas dezenas de atividades paralelas à feira, como os fóruns e laboratórios práticos. Um dos seis fóruns era especificamente sobre o assunto, assim como em um dos estandes da Rockwell Automation o visitante pode ver e entender a metodologia GreenPrint, desenvolvida pela empresa, e que ajuda as indústrias a relacionar o consumo de insumos como água, ar comprimido, gás, eletricidade e vapor ao desempenho econômico da companhia. “Entre outros aspectos do GreenPrint, esse método converte as métricas energéticas em valores monetários”, Em um dos estandes da Rockwell Automation e com o apoio de profissionais da empresa, os visitantes puderam ver e entender a metodologia GreenPrint afirmou Phil Kaufman, executivo da área de negócios de Gerenciamento de Energia Industrial da Rockwell Automation. Segundo ele, o objetivo maior é ser capaz de enxergar os insumos energéticos como mais uma matéria-prima. “Queremos ser capazes de usar esses insumos como uma unidade de produção. Munidos desse tipo de dados, os gerentes industriais poderão influenciar a produtividade da companhia”, afirmou. Honestamente, acreditamos que nosso pessoal e nossos serviços são os melhores do mercado, porque somos especializados no que fazemos, e fazemos automação industrial Bob Becker – presidente da Rockwell Automation para a América Latina, em entrevista a jornalistas da região As pessoas, a produtividade e o planeta Esses foram os três alvos do Fórum de Automação e Segurança, que reuniu mais de 300 participantes. As questões relativas a segurança afetam o desempenho geral de empresas de todos os segmentos, em todas as partes do mundo, e o tema é um dos que vem continuamente ganhando importância no meio industrial. Este ano, participantes, especialistas e palestrantes debateram sobre as melhores práticas de segurança e a formação de uma nova geração de indústrias, num ambiente global altamente normatizado. A programação intensa começou com palestra de Gregory M. Anderson, autor do livro Safety 24/7: Building an Incident-free Culture, que falou sobre como criar as bases para uma cultura de segurança. William Hilton, da fabricante de papel e celulose Georgia-Pacific, compartilhou sua experiência apresentando o case Construindo uma cultura que valoriza a saúde e a excelência em segurança. Jeff Russell, da PepsiCo Americas, abordou o valor agregado pela conformidade com normas globais de segurança, e dois representantes da empresa dinamarquesa Vestas falaram sobre os aspectos de segurança no controle de turbinas eólicas. Após o almoço, três sessões educacionais foram seguidas por apresentação conjunta de Frank Staples, da National Security Agency, e Sujeet Chand, CTO da Rockwell Automation. Chris Oliver, da Universal Creative, fez a última apresentação, em que abordou questões relativas à segurança dos projetos de controle da mais nova atração do parque da Universal, em Orlando. DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 9 AUTOMATION FAIR® 2010 Os dois maiores desafios para os OEMs são como proteger nossa propriedade intelectual e como desenvolver produtos para diferentes mercados usando módulos padronizados Jan Grashuis, da VMI, empresa holandesa fabricante de máquinas para produção de pneus, durante painel sobre globalização do mercado de OEM Mais uma vez presente na Automation Fair®, o estande da organização FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) ajudou a estreitar o contato entre estudantes e o mundo prático da engenharia. Como uma das empresas que patrocina a FIRST, a Rockwell Automation ajuda a estimular a formação de uma nova geração de engenheiros e técnicos. Ainda como parte de sua estratégia global de parceria com instituições de ensino, a Automation Fair® também contou com estandes de dez universidades norte-americanas Novo olhar A proposta da Rockwell Automation é que se lance um novo olhar sobre os insumos energéticos, convertendo o uso de água, ar comprimido, gás, eletricidade e vapor no valor equivalente em milhões de BTUs, os quais podem ser usados no cálculo do custo efetivo de energia de um determinado processo. A resposta a esse desa f io está c ontempl a d a n a me to dolog i a GreenPrint, que guia a empresa no sentido de medir e monitorar o consumo energético de forma individualizada, enfocando aqueles equipamentos e sistemas que fazem uso intensivo de energia – sejam linhas, unidades de processamento ou máquinas. O gerenciamento de padrões de consumo, a percepção do impacto no consumo de energia A demanda energética mundial deve aumentar 50% até 2030, e a indústria será responsável por 40% desse total. Se isso se concretizar, como as indústrias devem se preparar? Randal Selesky, vice-presidente da Rockwell Automation para Energia, em painel sobre o tema ProSoft e Cisco entre as 100 empresas parceiras que expuseram suas soluções na Automation Fair® 2010 Programe-se para participar da edição comemorativa pelos 20 anos da Automation Fair®, em Chicago 10 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 e nas emissões, causado pelas mudanças na programação da produção, assim como a automação da produção de modo a que a fábrica opere no seu ótimo energético, fazem parte do GreenPrint e da estratégia de sustentabilidade econômica, financeira e ambiental oferecida pela Rockwell Automation e amplamente debatida na Automation Fair® 2010. Segurança: um bom negócio Novas normas de segurança de máquinas apresentam uma era de maior flexibilidade de projeto e desempenho em segurança M anter-se atualizado com normas de segurança em mudança não é algo novo para fabricantes de máquinas. Entretanto, alterações na nova Diretiva de Máquinas da Comissão Europeia, que entrou em vigor em 29 de dezembro de 2009, mudarão a forma como projetistas abordam o projeto de sistemas de segurança de máquinas. Como se trata de segurança funcional, a EN 954-1, a norma que categoriza os níveis de segurança, será substituída por duas normas que irão coexistir. Fabricantes de máquinas e integradores de sistema podem escolher em atender os requisitos da norma EN ISO 13849-1 ou da EN/IEC 62061 para demonstrar conformidade com a Diretiva de Máquinas. A EN ISO 13849-1, “Segurança de máquinas - Peças de sistemas de controle relacionadas à segurança” especifica a confiabilidade de um sistema em um dos cinco níveis de desempenho. Esses níveis são utilizados principalmente para dispositivos e circuitos de baixa complexidade. A EN/IEC 62061, “Segurança de máquinas - Segurança funcional de sistemas de comandos elétricos, eletrônicos e eletrônicos programáveis relativos à segurança” define a integridade da função segurança nos níveis de integridade de segurança (SIL). Essas normas são utilizadas principalmente em dispositivos e circuitos mais complexos. A Comissão Europeia ampliou recentemente o prazo de transição da EN 954-1 para a EN/ISO 13849-1 até 31 de dezembro de 2011. Este tempo adicional deve ser visto como um período de transição adicional, e não como uma extensão da EN 954-1. Com a adoção dessas normas de segurança funcionais, os projetistas precisarão avaliar a confiabilidade dos componentes de segurança, adicionando um cálculo quantitativo para o controle do projeto do sistema de segurança. Embora isso represente mais passos e procedimentos, isso também oferece benefícios. Especificamente, essas normas criam uma abordagem metódica que pode produzir máquinas com desempenho mais previsível, maior confiabilidade e disponibilidade, e melhor retorno do investimento (ROI). Ambas as metodologias utilizam cálculos quantitativos para definir o desempenho e a integridade das funções de segurança, baseado em dados de segurança normalmente fornecidos pelos fabricantes dos componentes. Além disso, as duas normas estão baseadas na determinação dos níveis de riscos envolvidos com perigos identificados da máquina e de suas funções. Uma avaliação documentada sobre o risco da máquina precisa ser a base de qualquer circuito de segurança ou funções de segurança, para defi nir claramente o nível de desempenho ou a integridade daquela função de segurança. Menos complexidade, maior confiabilidade Historicamente, na maior parte das vezes, as normas eram de natureza prescritiva, simplesmente fornecendo orientação sobre a estrutura dos sistemas de controle, para ajudar a assegurar que os requisitos de segurança fossem atendidos. A segurança funcional acrescenta o elemento “tempo” para se desenvolver sobre a abordagem da estrutura de segurança existente (categoria). Esta adição instila um nível de confiança reforçado de que o sistema de segurança vai funcionar corretamente hoje e no futuro. Em outras palavras, os projetistas têm mais informações e, portanto, mais confiança – na solidez da função segurança. A capacidade de definir requisitos de desempenho proporciona aos projeDEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 11 Figura 1. A capacidade de definir requisitos de desempenho proporciona aos projetistas de máquinas mais flexibilidade para personalizar seus circuitos e atender necessidades específicas da aplicação, em vez de generalizar o projeto como um todo tistas de máquinas mais flexibilidade para personalizar seus circuitos e atender necessidades específicas da aplicação, em vez de generalizar o projeto como um todo. Por exemplo, na condução de uma avaliação de risco de acordo com a norma EN ISO 13849-1, um projetista pode entender que é necessário o Nível de Desempenho D. A tabela na Figura 1 mostra algumas alternativas. Uma estrutura de Categoria 2 (com tolerância zero a falhas) com um tempo médio muito elevado para uma falha perigosa (MTTF) e baixa cobertura de diagnóstico pode ser a solução mais barata. No outro lado do espectro, um sistema Categoria 3 (tolerante a uma única falha) com diagnóstico médio pode ser a solução ideal. Em vez de assumir uma abordagem conservadora e potencialmente sobrecompensar no projeto, essa abordagem dá aos projetistas mais flexibilidade para especificar um nível ideal de segurança para atender demandas de aplicações individuais. A Norma EN/IEC 62061 oferece uma flexibilidade similar. Essa abordagem baseada em desempenho facilita aos Download gratuito da Ferramenta SISTEMA A ferramenta SISTEMA está disponível para download gratuito, seguindo o link no Portal de Segurança da Rockwell Automation em http://bit.ly/dehltT. 12 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 projetistas quantificar e justificar o valor da segurança. Com a capacidade de quantificar a confiabilidade do circuito por meio de cálculos específicos do desempenho e da integridade do sistema, o projetista pode demonstrar o valor da redução do risco real e, dessa forma, justificar mais facilmente as despesas de segurança. A capacidade de personalizar funções de segurança específicas para a aplicação, utilizando uma abordagem mais metódica e determinística, ajuda a reduzir os custos e a complexidade, e melhora a sustentabilidade da máquina. Isso ajuda também a melhorar o ROI, atingindo um nível de segurança ideal para cada circuito ou função de segurança. Preparando a fundação O desafio para os fabricantes de máquinas é dobrado. Primeiro, eles precisam entender as novas exigências da Diretiva de Máquinas, como essas exigências afetam o projeto e a seleção de componentes. Em segundo lugar, os fabricantes de máquinas precisam entender os requisitos da documentação e começar a juntar dados de segurança funcional dos fornecedores de componentes, necessários para dar assistência a seus projetos de segurança com um SIL ou PL do sistema. Muitos fabricantes de componentes eletrônicos de segurança estão adotando as novas normas, indicando o nível SIL que o sistema que contém o componente de segurança poderia atingir, e fornecendo os dados de segurança para a verificação PL e SIL. Isto permite que os projetistas usem as informações e realizem os cálculos necessários para atender as exigências da aplicação de acordo com as normas. Os fornecedores de automação também continuam a obter certificação para seus produtos de segurança e estão oferecendo educação, programas de treinamento e ferramentas para auxiliar fabricantes de máquinas a atender essas novas exigências. Por exemplo, a Rockwell Automation lançou um arquivo de biblioteca de produto projetado para ser utilizado com a ferramenta de cálculo SISTEMA. A ferramenta SISTEMA, desenvolvida pela organização alemã IFA, automatiza o cálculo de PL obtido das peças relacionadas à segurança de um sistema de controle de máquina, no contexto da norma EN ISO 13849-1. A combinação da ferramenta SISTEMA, com as novas bibliotecas de produto de fornecedores de componentes, proporcionará aos projetistas de máquinas e de sistemas de controle um suporte abrangente na avaliação da segurança, no contexto da norma EN ISO 13849-1. Os engenheiros não perdem tempo consultando tabelas e fazendo cálculos de fórmulas, porque o software executa essas tarefas. Os resultados podem ser impressos em um relatório. O mundo de segurança de máquinas continua a mudar e essas novas normas de segurança funcional representam um enorme salto à frente. Embora o prazo ainda permaneça por alguns meses, os fabricantes de máquinas devem tomar algumas medidas agora para avaliar o impacto da diretiva em seus equipamentos. Soluções de segurança integrada Rockwell Automation www.rockwellautomation.com/go/tj10safety Soluções de produção sustentável Rockwell Automation www.rockwellautomation.com/go/tjsustain SOLUÇÕES Preparando-se para economizar Controle Inteligente de Motor ajuda fabricante de cimento a economizar 250 mil dólares e a ganhar 90% de tempo em operação E sses resultados foram obtidos pela centenária fábrica de cimento norteamericana Ash Grove Cement, no Kansas. A empresa produz cerca de nove milhões de toneladas de cimento por ano, utilizando praticamente mil motores para gerar uma capacidade combinada de 45.000 HP, acionando a produção de cinco toneladas de cimento por minuto. A companhia atualizou sua tecnologia de acionamento e modernizou seu enfoque em relação a manter investimentos de capital. A moagem diária Na Ash Grove, motores elétricos acionam praticamente tudo, desde fornos rotativos gigantes, cheios de rochas, a equipamentos de moagem de até 4.500 toneladas de cimento por dia. “O sucesso ou insucesso de nossa planta depende de nossos motores”, disse Bob Wright, engenheiro elétrico que supervisiona a fábrica em Chanute. A cada mês, nosso pessoal tinha problemas de manutenção nos três moinhos de bolas. O acionamento elétrico manual do equipamento era difícil, porque os técnicos não tinham uma maneira eficaz de aplicar torque com precisão no motor de média tensão diretamente pelo sistema de acionamento – a aplicação requer girar o moinho lentamente. Cansado com a frequência e os custos do problema, Wright conversou sobre sua frustração com a Rockwell Automation, fornecedor de automação da Ash Grove para o restante da unidade. “Tradicionalmente, essa situação pediria um novo controlador de posicionamento e um moto-redutor ou um acionamento de média tensão”, explicou Wright. “Porém os engenheiros da Rockwell Automation projetaram uma solução de acionamento em CA que superou outras soluções, com um custo bem menor.” Voltado para o sucesso A Ash Grove substituiu os geradores que alimentavam o posicionamento do moinho com inversores de frequência pré-configurados de 480V, 450 HP em CA (VFDs) da Rockwell Automation. Os inversores CA alimentam três motores existentes de 4.000 V, 2.300 HP em CA exclusivamente durante o posicionamento, para girar o moinho de bolas de forma eficiente e produzir uma partida e parada controlada do moinho. “Com mais de 30 anos de experiência no setor de cimento eu me considerava um adepto de sistemas em CC”, disse Wright. “Nunca acreditei que a tecnologia CA pudesse produzir 100% de torque em rotação zero, até a Rockwell Automation desenvolver uma solução de controle para motor em CA para uma aplicação de alto torque.” Configurado para substituir uma apli- gramável de automação (PAC) ControlLogix, faz com que a Ash Grove melhore o desempenho operacional e obtenha acesso em tempo real a dados essenciais de produção, protegendo ativos valiosos por meio de recursos avançados de diagnóstico e de proteção. Consolidando os benefícios A tecnologia de acionamento em CA proporcionou à Ash Grove controle confiável de motor, economia financeira e melhor proteção de ativos. “A confiabilidade da tecnologia de acionamento me proporcionou não apenas tranquilidade como engenheiro elétrico, ela também permitiu um aumento de produção e tempo em operação acima de 90%”, disse Wright. A empresa economizou inicialmente 250 mil dólares usando um inversor CA de baixa tensão. Além disso, economizou milhares de dólares anualmente em tempo e custos de manutenção, porque a tecnologia VFD ajuda a reduzir o desgaste mecânico nos equipamentos. Em vez de realizar uma manutenção “Essa transição tranquila e rápida ajudou a reduzir o tempo entre a integração e a operação real da máquina.” Bob Wright, engenheiro elétrico da fábrica de cimento Ash Grove, em Chanute cação gerador/motor, o inversor de baixa tensão Allen-Bradley CA tem a capacidade de controle de torque para operar em 6 Hz, exigida pelo moinho de bolas para o posicionamento. O inversor pode separar e controlar de forma independente a corrente que produz o fluxo e o torque do motor, permitindo que o motor forneça torque total com rotação praticamente zero. “Os engenheiros da Rock well Automation nos ajudaram a comissionar o inversor e ter tudo pronto e operando em uma hora após a chegada do equipamento”, disse Wright. “Essa transição tranquila e rápida ajudou a reduzir o tempo entre a integração e a operação real da máquina.” O fato de ligar o inversor em uma rede existente de controlador pro- anual no motor, o novo inversor requer bem menos manutenção e reenrolamento do motor – isso se for necessário. A capacidade de operar motores em rotação bem baixa para posicionamento controlado facilita o processo de posicionamento necessário para a manutenção periódica do moinho de bolas. A Ash Grove também reduziu o consumo de energia elétrica. “Planejamos trabalhar em conjunto com a Rockwell Automation no futuro para desenvolver abordagens padronizadas que atendam nossas metas”, disse Wright. Soluções de Controle Inteligente de Motores da Rockwell Automation www.rockwellautomation.com/ go/tjimc DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 13 Normas para sustentabilidade: uma sopa de t i e l r nh as Terminologias e normas necessárias para a implantação de uma operação mais sustentável e lucrativa 14 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 O crescente interesse em produção sustentável trouxe consigo uma profusão de terminologias e normas que devem ser entendidas. O ABC da produção sustentável enfoca questões de energia, meio ambiente, segurança, responsabilidade social e suas normas correlacionadas. Quando se está ciente das normas e de como elas se relacionam, é possível ter as ferramentas para desenvolver uma operação mais sustentável e lucrativa. Indústrias que adotam práticas sustentáveis de produção transformam os desafios de mercado em vantagens. Uma produção sustentável inclui operações mais limpas, mais seguras e mais eficientes do ponto de vista energético. Como? A produção é mais limpa quando reduz desperdício de materiais e emissões de processo, e utiliza os recursos naturais de forma eficiente. Ela é mais segura quando protege trabalhadores, processos, equipamentos e a comunidade contra danos. É mais eficiente do ponto de vista energético quando mais mercadorias são produzidas com menos consumo de água, ar, gás e eletricidade. Lembre-se, essa sopa de letrinhas é importante para a sua empresa. Portanto, pegue uma colher bem grande e prepare-se para digerir uma porção saudável que irá ajudá-lo a alimentar os programas de sustentabilidade de sua companhia. Trabalho internacional conjunto, entre grupos industriais e governo, enfoca o estabelecimento de normas mundialmente aceitas para produção sustentável Grupos de normas A produção sustentável utiliza tecnologias para transformar materiais que compõem uma cadeia de suprimentos integrada, com o objetivo de otimizar o rendimento do produto e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A produção sustentável também ajuda a cortar o uso de materiais tóxicos ou não renováveis, e a reduzir o desperdício de materiais. Indústrias e governos estão trabalhando juntos para produzir resultados sustentá- veis que facilitem o comércio e protejam a sociedade. Regulamentações comerciais e necessidades industriais globais estão impulsionando a necessidade de normas para equipamentos e sistemas. As normas contribuem para a produção sustentável através da adoção de melhores práticas, reconhecidas internacionalmente, que estabelecem padrões de comparação e referência de segurança, qualidade e desempenho de equipamentos e sistemas, reduzindo ao mesmo tempo custos e riscos. Todos esses fatores produzem soluções otimizadas para sua empresa. Muitas organizações estão envolvidas na coordenação e desenvolvimento de normas de produção sustentável, entre elas: • International Organization for Standardization (ISO - www.iso.org) • International Electrotechnical Commission (IEC - www.iec.ch) • American National Standards Institute (ANSI - www.ansi.org) • National Institute of Standards and Technology (NIST - www.nist.org), que faz parte do Departamento de Comércio dos EUA • National Electrical Manufacturers Association (NEMA - www.nema.org) • Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE - www.ieee.org) Estabelecimento de novas normas Normas de gerenciamento de energia têm sido – ou estão sendo – desenvolvidas em todo o mundo. Por exemplo, a ANSI MSE 2000:2005 foi emitida nos Estados Unidos e proporciona a estrutura para um sistema de gerenciamento que reduz os custos com energia. A norma reduz, também, o impacto ambiental, alinha ações com as estratégias e metas organizacionais, sustenta produtividade e melhorias de economia e incentiva a melhoria contínua. Ao mesmo tempo, a União Europeia emitiu a Norma EN 16001, que especifica requisitos para o gerenciamento de sistemas de energia, para permitir que todos os tipos e tamanhos de organizações em todo o mundo desenvolvam e implantem uma política, identifiquem áreas significativas de consumo de energia e as reduções desejadas. A Norma ISO 50001 de sistema de gerenciamento de energia (em desenvolvimento) visa substituir as normas de gerenciamento de energia dos EUA e da União Europeia por uma norma internacional harmonizada. Noventa participantes de 25 países estão ajudando a desenvolver essa norma internacional. Os países participantes têm atividades na área de gerenciamento de energia e um forte interesse no desenvolvimento de uma norma internacional harmonizada. A data estimada para a publicação é no final de 2010 ou início de 2011. A Norma ISO 50001 proporcionará aos fabricantes um processo para, proativamente, avaliar, gerenciar e medir o consumo de energia, processo este modelado na metodologia PDCA (Plan-Do-Check-Act, ou Planejar-Fazer-Verificar-Agir), utilizada nas normas ISO 9001 e ISO 14001. A abordagem ISO é a seguinte: Planejar – Estabelecer objetivos e fazer planos (analisar a situação de sua organização, estabelecer objetivos gerais e metas intermediárias, e desenvolver planos de ação para alcançá-las). Fazer – Implantar os planos da empresa (fazer o que foi planejado). Verificar – Medir os resultados (medir até onde as realizações da empresa cumpriram os objetivos). Agir – Corrigir e melhorar os planos e como colocá-los em prática (corrigir e aprender com os erros de sua empresa, para melhorar os planos e atingir melhores resultados no futuro). Essa nova norma especifica requisitos para um sistema de gerenciamento de energia que permite a uma organização assumir uma abordagem sistemática, para melhoria contínua na eficiência e no desempenho da energia. A norma não define critérios de desempenho específicos para a energia. Alguns dos principais benefícios da norma ISO 50001: • Permite que uma organização assuma uma abordagem sistemática para melhoria contínua em eficiência da energia e no desempenho da energia. • Proporciona uma estrutura para que as instalações industriais busquem gerenciar o uso da energia. • Proporciona práticas de compra para equipamentos e sistemas que utilizam energia e para o fornecimento de energia. • Proporciona uma maneira para medir o consumo atual da energia. • Valida processos de melhoria contínua. • Promove melhores práticas de gerenciamento de energia. Após a implementação da ISO 50001, as indústrias poderão desenvolver uma linha de referência para o uso de energia, e gerenciar ativamente o uso e os custos dessa energia. As empresas também poderão reduzir emissões, melhorar a saída de produtos ao longo do tempo e documentar os ganhos para uso interno e externo. DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 15 Indústrias em geral e fabricantes de máquinas também estão descobrindo que um modo efetivo de aumentar a produtividade e a flexibilidade é, desde o início, desenvolver e integrar a segurança em sistemas e processos Alguns grupos uniram esforços. Por exemplo, ISO e IEC estão trabalhando em conjunto no tema eficiência de energia e fontes de energia renovável – no Grupo de Consultoria Estratégica ISO/Grupo Estratégico IEC – e ambos estão fornecendo orientação técnica para seus respectivos conselhos de gerenciamento técnico. O enfoque atual desses grupos estratégicos é analisar normas já existentes e publicadas, e atividades de desenvolvimento de normas, para identificar oportunidades de futuros trabalhos normativos, a fim de tratar da eficiência de energia e fontes de energia renovável para atender necessidades regulatórias e da indústria. Os grupos também coordenam esforços entre a ISO e a IEC para assegurar que ocorra uma harmonização entre suas normas. Entre os trabalhos que podem afetar a Rockwell Automation, seus clientes e parceiros, estão: • Normas para indicadores de eficiência industrial para empresas de alto consumo de energia • Normas para avaliar e classificar processos industriais • Normas combinadas sobre aquecimento e energia elétrica, biogás e fontes de energia geotérmica • Normas para caldeiras industriais • Novas normas nos campos de iluminação, equipamentos rotativos, aquecimento e resfriamento, geração e distribuição de energia elétrica A Rockwell Automation participa desses grupos para identificar necessidades, e também participa do desenvolvimento de normas que podem ser implementadas em seu portfólio de produtos e sistemas, para atender necessidades de produção sustentável dos clientes. Normas ambientais A regulamentação ambiental e a eficiência energética dos produtos estão proliferando globalmente, como as Restrições de Substâncias Perigosas (RoHS) da China, e a RoHS da União Europeia e diretivas REACH. Essas regulamentações mencionam normas que fornecerão requisitos básicos para a implantação de sistemas de avaliação de conformidade. As indústrias exigirão que os membros de suas cadeias de suprimentos atendam essas normas, de modo que esses membros da cadeia também possam demonstrar conformidade, minimizar riscos e contribuir com seus próprios esforços de produção sustentável, e que isso possa ser incorporado ao produto final. Algumas das atividades ambientais essenciais incluem: • Comitê Técnico 111 da IEC, sobre padronização ambiental para produtos e sistemas elétricos e eletrônicos. • ISO 14006 - Diretrizes para sistemas de gestão ambiental em Ecoprojetos. • PAS (Especificações disponíveis ao público) BSI 2050 – Avaliação de emissões de gases de efeito estufa no ciclo de vida de bens e serviços. • Comitê Técnico ISO 207 – Gestão ambiental. O trabalho do Comitê Técnico IEC 111 gerou publicações sobre as seguintes Normas e PASs: • IEC 62321 – Determinação do nível de seis substâncias regulamentadas. Seis substâncias estão regulamentadas na Diretiva RoHS da UE. • IEC 62430 – Projeto Ambiental Consciente para produtos elétricos e eletrônicos. • IEC 62476 Relatório Técnico – Orientação para avaliação de produto em relação a restrições ao uso de substância em produtos elétricos e eletrônicos. • IEC PAS 62545 – Informações ambientais sobre Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (EIEEE). Estão sendo desenvolvidas normas para Declaração de Material e para reciclagem de produtos elétricos. No Comitê Técnico ISO 207, uma série de normas destaca como conduzir avaliações do ciclo de vida de produtos. Este comitê também administra atividades relacionadas à medição e comunicação de emissões de gases de efeito estufa. Os fabricantes precisam agregar um diferencial competitivo a partir das melhorias possíveis ao utilizarem sistemas comuns para controle de processo e de segurança 16 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 Um programa completo de produção sustentável considera aspectos de energia, meio ambiente, segurança e responsabilidade social É melhor estar seguro Segurança é um elemento integrante da produção sustentável. Nenhuma empresa consegue ter uma op eração sustentável sem sistemas projetados para incrementar a produtividade e a segurança. O setor de produtos químicos especiais está consciente disso. Empresas químicas líderes do setor estão avaliando novos enfoques para melhorar o desempenho e ajudar a minimizar os riscos de produção. Os fabricantes precisam agregar um diferencial competitivo a partir das melhorias possíveis ao utilizarem sistemas comuns para controle de processo e de segurança. Esses benefícios incluem auxílio para reduzir problemas associados a necessidades de programação múltipla, inclusive maiores custos de operação, manutenção e treinamento. Esse enfoque permite que os fabricantes obtenham benefícios operacionais de integração e, ao mesmo tempo, atendam requisitos de segurança para a separação. Normas industriais para fabricantes de produtos químicos, como a IEC 61511, incluem critérios específicos de desempenho e de ciclo de vida que quantificam a confiabilidade dos sistemas por meio de índices de falhas. Esses índices de falhas estão baseados em três critérios-chave: detecção da falha, tolerância à falha e probabilidade de falha sob demanda (PFDd). A PFDd quantifica falhas perigosas não detectadas. Outra tendência em termos de segurança está no desenvolvimento de novas normas de segurança funcionais. Por exemplo, robôs exercem um papelchave nas mais variadas indústrias, de embalagens para produtos ao consumidor, até o setor de fabricação automotiva, de plásticos e produtos eletrônicos. A disponibilidade de robôs mais econômicos, menores e com maior desempenho facilitam a justificativa financeira de sua compra. Embora a automação por robôs aumente a produtividade, células de trabalho com robôs sem um Outro elemento estrutural As normas de responsabilidade social, lideradas pela ISO 26000, são outro elemento fundamental para a produção sustentável. Negócios sustentáveis significam oferecer produtos e serviços que atendam o cliente e operem de forma socialmente responsável. A norma ISO 26000 está para ser publicada em 2010. Ela está sendo desenvolvida como um “documento orientativo”, não é destinada para fins de certificação porque não inclui requisitos específicos. A ISO 26000 agregará valor às iniciativas atuais de responsabilidade social, fornecendo orientação harmonizada e globalmente pertinente, com base em consenso internacional entre representantes especializados dos principais grupos de interessados. Isso incentivará a implantação de melhores práticas de responsabilidade social em todo o mundo, de acordo com a ISO. A finalidade da norma é desenvolver um consenso internacional sobre o significado da responsabilidade social e sobre as questões que as empresas precisam considerar. A ISO 26000 também foi concebida para fornecer orientação na tradução dos princípios em ações efetivas, refinando as melhores práticas que já tiveram evolução, e divulgar mundialmente as informações, para benefício da comunidade internacional (consulte o site www.iso.org/iso/socialresponsibility.pdf). ambiente adequado de segurança não apresentarão a produtividade ideal. Graças a esforços internacionais significativos, estão sendo desenvolvidas estratégias de proteção de máquinas automatizadas para a segurança do trabalhador, de acordo com o ARC Advisory Group. Por exemplo, nos Estados Unidos, a Associação do Setor de Robótica (RIA) tem feito esforços expressivos para desenvolver uma nova revisão na Norma 1992 de Segurança com Robôs. A norma revisada ANSI/RIA R15.061999 inclui avaliação de risco, metodologia e diretrizes para sistemas de proteção em robótica. Isto oferece informações atualizadas e melhores para usuários, integradores de sistemas e fornecedores de robôs. A Associação Canadense de Normas (CSA) também revisou sua Norma 1994 de segurança com robôs, e atualmente se baseia na norma dos EUA. Os usuários que seguirem essa nova norma CSA Z434:2003 atenderão a norma ANSI/RIA R15.06-1999; portanto, a norma CSA Z434:2003 tornou-se uma norma da América do Norte. No entanto, como existem diferenças pequenas entre as normas americana e canadense, os usuários que seguirem a norma ANSI/ RIA R15.06-1999 podem não cumprir totalmente a norma CSA Z434:2003. Outra tendência é a previsão que, du- rante os próximos cinco anos, os investimentos relacionados à segurança sejam um componente significativo dos planos orçamentários das indústrias. Os principais fatores se baseiam no fato de os fabricantes precisarem: • manter maior produtividade; • reter funcionários qualificados; • proteger trabalhadores e • reduzir os custos salariais dos trabalhadores e as reivindicações por responsabilidade civil. Indústrias em geral e fabricantes de máquinas também estão descobrindo que um modo efetivo de aumentar a produtividade e a flexibilidade é, desde o início, desenvolver e integrar a segurança em sistemas e processos. Coloque o conhecimento de normas em prática Agora que você conhece o ABC das normas de sustentabilidade em produção, pode colocar seus conhecimentos sobre essas normas para funcionar, auxiliando-o a obter maiores retornos dos esforços de produção sustentável. Um programa completo de produção sustentável tratará de questões de energia, meio ambiente, segurança e responsabilidade social, trazendo benefícios financeiros para sua empresa. Sistemas de segurança integrados Rockwell Automation www.rockwellautomation.com/go/tj10safety Soluções de produção sustentável Rockwell Automation www.rockwellautomation.com/go/tjsustain Soluções eficientes para energia Rockwell Automation www.rockwellautomation.com/go/tjsavings DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 17 SUSTENTABILIDADE Segurança e sustentabilidade andam juntas Veja como a segurança ajuda a impulsionar – e não a impedir – a rentabilidade, como parte de um panorama maior de produção sustentável A tualmente, todos os segmentos de negócios se mostram preocupados com sustentabilidade. Quando ouvimos a palavra “sustentabilidade”, nossos pensamentos se voltam, em geral, para aspectos ecológicos. Embora o ponto de vista ambiental seja um elemento importante da sustentabilidade, essa questão é bem mais abrangente. A sustentabilidade engloba uma variedade de práticas que permitem manter sua empresa em um determinado nível, ou em um nível melhor, indefinidamente. Significa tornar as operações de fabricação de sua empresa mais limpas, mais seguras, mais eficientes do ponto de vista energético e mais competitivas. A sustentabilidade é um bom negócio porque significa intrinsecamente reduzir custos, melhorar a eficiência, a produtividade e a qualidade, reduzir riscos e manter um ambiente de trabalho seguro. O elemento segurança não apenas ajuda a proteger os trabalhadores – parte vital de qualquer processo de fabricação – mas, também, reduz riscos e responsabilidade civil, melhora a produtividade, preserva a integridade da marca e permite que uma empresa atraia os melhores recursos disponíveis. Goodyear mostra como isso faz sentido Tradicionalmente, a segurança tem sido vista como um empecilho para a produtividade. Em função disto, vários fabricantes optaram por não implantar políticas e métodos de segurança, ou os operadores acabam burlando os dispositivos de segurança instalados. Um exemplo: depois de vários anos com baixo desempenho em segurança, a fábrica de pneus Goodyear em Gadsden, no Alaska, teve dois acidentes graves em 2006. “Tínhamos uma necessidade enorme de melhorar a segurança. Tivemos um contingente de 300 novos funcionários Os consumidores cada vez mais tomam suas decisões de compra baseados no conhecimento de processos socialmente responsáveis das indústrias 18 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 este ano, e nos últimos quatro ou cinco anos, tivemos que contar aos funcionários que, em termos de segurança, a fábrica de Gadsden estava no fim da fila ou próximo dela, entre todas as fábricas da Goodyear”, disse Charles Skaggs, gerente de saúde e segurança ocupacional da Goodyear. “Depois de 2006, nossa gerência corporativa disse que não iria tolerar mais esses acidentes e nos pediu para estudar maneiras de levar nossas máquinas a atingir classificação de segurança de categoria mundial.” O estudo posterior da Goodyear incluiu dados recebidos da Associação de Fabricantes de Borracha (RMA). O estudo indicou que os locais mais perigosos na unidade de Gadsden – e na maioria das aplicações de fabricação de pneus – estão na área de embobinamento, nas áreas de saída da cortadora de tecido e nas calandras de mantas. A RMA recomendou que o foco da Goodyear fosse na melhoria da segurança no embobinamento e na saída de produto em todas as suas unidades. Assim, a gerência da Goodyear especificou capacidade de liberação de segurança obrigatória (MSR) para que suas máquinas pudessem atingir o Nível 1 de Segurança. Trabalhando em conjunto com a Rockwell Automation, a Goodyear começou instalando dispositivos de detecção de presença e barreiras ativadas por luz, de agosto a dezembro de 2007. Esses dispositivos impedem que as máquinas de embobinamento e de saída operem, caso os operadores coloquem as mãos nas máquinas. O kit também incluiu novos dispositivos de parada de emergência, substituindo os antigos cabos de segurança e barras de cintura, proporcionando novos intertravamentos de segurança e barreiras de acesso. “Como os kits eram modulares, conseguimos implantá-los em 67 aplicações de embobinamento e de saída em 20 semanas”, explicou Skaggs. “De fato, esses kits foram tão bem recebidos e bem sucedidos que a Goodyear está planejamento distribuir esses dispositivos em todas as nossas fábricas.” A unidade de Gadsden melhorou seus registros de segurança em 61% nos primeiros 12 meses após a instalação das novas soluções. A unidade também teve 34 vezes menos incidentes relatados à OSHA durante o mesmo período, e redução de tempo parado de 34%. Os equipamentos de segurança que a Goodyear instalou se pagaram em apenas quatro meses. Os incidentes da Gadsden relatados à OSHA caíram de 148 em 2004 para apenas 29 em 2007, e a tendência de redução continua. Benefícios mais profundos Aos benefícios de segurança e de redução de custos, soma-se o fato de os consumidores tomarem cada vez mais suas decisões de compra baseados no conhecimento de processos socialmente responsáveis de um fabricante. Além disso, indústrias que operam de forma responsável podem atrair funcionários que também exigem um ambiente de trabalho seguro. De fato, a produção sustentável tem se tornado um fator crítico para o sucesso das empresas. Não é mais aceitável considerar a segurança e a sustentabilidade como um fator posterior ou um apêndice de boa vontade nas práticas comerciais da empresa. Fabricantes em todo o mundo reconhecem a necessidade de produção sustentável para permanecer competitivos e superar custos crescentes de energia, matérias-primas, salários, produtividade perdida dos trabalhadores e responsabilidade civil dos produtos. Novas tecnologias, inclusive diagnósticos incrementados e monitoramento de velocidade segura, ajudam a reduzir o desperdício e o uso da energia, melhorando ao mesmo tempo a produtividade e protegendo trabalhadores. Para saber mais sobre segurança e sustentabilidade, visite o Portal de Segurança http://discover. rockwellautomation.com/Safety Soluções de produção sustentável www.rockwellautomation.com/go/ tjsustain Para saber mais sobre a nossa linha de controladores, consulte: http://ab.com/programmablecontrol/safety/guardlogix/ CASE ARGENTINA A pedido do mercado Confiar nos melhores A empresa Ruben Costantini S.A, da cidade de San Francisco, em Córdoba, confiou na Rockwell Automation para fornecer soluções de automatização completas e eficientes a seus clientes C Linha de entrada de produto 20 ondições de mercado favoráveis para aplicações de robótica na indústria durante 2010 e a tendência positiva também para 2011 geraram um cenário propício para o investimento das empresas neste tipo de equipamento. Isso é confirmado pelo momento que vive a Costantini S.A., uma empresa de automatização industrial que escolheu a Rockwell Automation como fornecedora. “Atualmente, há um movimento importante e não apenas estamos vendendo na Argentina como, também, a países vizinhos, como Chile, Uruguai e Paraguai. A quantidade de projetos futuros é muito alentadora e vários deles, que já estão confi rmados, terão produtos da Rockwell Automation”, afi rma Jorge Fernández, responsável pela Engenharia e Programação de robôs da empresa, fundada por Ruben Costantini, visando a comercialização e reparo de máquinas de soldar. Na década de AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 1990, a Costantini começou a oferecer diversos tipos de soluções industriais. Hoje, comandada por Alejandro Costantini – filho do fundador – e por seu sócio, Sergio Bea, a empresa se dedica a soluções de robótica para soldagem, manipulação e soluções integrais para paletização, atendendo empresas de diversos setores, principalmente as alimentícias, agrícolas e de metalmecânica. Desde seu início, a Costantini – que hoje emprega cerca de 40 pessoas – não parou de crescer. Em 2005 realizava um projeto a cada dois meses. Atualmente instala três robôs por mês. Para prosseguir sua expansão e oferecer soluções completas e eficientes no uso do tempo, a Costantini entrou em contato com a Rockwell Automation em agosto de 2009, com o objetivo de agregar diversos componentes em suas soluções de paletização. “Há 10 anos, em instalações onde se utilizava um robô, era necessário ter muitos cabos para aquisição de si- nais de sensores e para dar a partida em motores, entre outras atividades. Hoje, esse tipo de trabalho foi substituído por redes chamadas de barramentos de campo, que permitem receber e enviar sinais com um único cabo. A Rockwell Automation tem muita experiência com essa solução”, observa Fernández. A solução completa que a Rockwell Automation oferece integra, com o robô Kuka, sensores óticos Rightsight, colunas luminosas, módulos de entrada/saída ArmorBlock e o controlador CompactLogix divididos em três redes DeviceNet independentes. O primeiro projeto no qual a empresa utilizou a tecnologia Rockwell Automation foi desenvolvido em uma importante empresa de laticínios. Foram integrados em DeviceNet cerca de 35 sensores, 30 módulos de entrada/saída, quatro colunas luminosas e dois scanners para o controle das redes propostas, que permitiram obter uma comunicação ideal com o controle do robô e melhorar as operações e a versatilidade da máquina. O objetivo do trabalho, concluído em novembro, foi paletizar caixas de leite achocolatado especial – de alimento para bebês a leite longa vida – que veem em três linhas específicas. “Antes as caixas eram colocadas no palete manualmente. Agora, o equipamento, com componentes da Rockwell Automation e controle robotizado, monta os paletes e os remove por três linhas diferentes que, por sua vez, convergem para uma linha e saem em paletes prontos e embalados para serem recebidos no elevador. Assim, se evita o trabalho humano pesado, se evitam erros e se ganha tempo”, explica Fernández. A solução da Rockwell Automation não apenas permitiu simplificar o cabeamento como também reduziu os CASE ARGENTINA “Há empresas com determinados requisitos em termos de higiene e outras – como as automobilísticas – com exigências importantes em termos de segurança que exigem soluções chamadas de Classe Quatro, que a Rockwell Automation atende. Há empresas que pedem componentes Rockwell Automation diretamente” Jorge Fernández, responsável pela Engenharia e Programação de robôs da Ruben Costantini Área de paletização custos para o cliente final. Depois da crise econômica internacional, iniciada em 2008, o preço do cobre vem mostrando uma tendência de crescimento (exceto em abril e junho). A redução dos cabos ajuda a reduzir custos. “Além disso, a redução de custos ocorre porque é necessário menos mão de obra para montar a fiação e também porque possíveis erros são eliminados. Com 50 sensores, antes era necessário instalar 50 cabos e agora, com os componentes Rockwell Automation que estamos utilizando, temos uma ilha periférica perto de todos os sensores”, explica Fernández. Ao facilitar a configuração do cabeamento, diminuir a quantidade de erros possíveis e contar com dispositivos de estado sólido – que não correm o risco de danificar-se –, diminui-se o tempo de configuração. “Se tivéssemos que quantificar o tempo, para fazer o cabeamento de uma célula como a do projeto mencionado, levaríamos 50% a mais de tempo, comparado ao sistema anterior”, estima Fernández. Confiabilidade A Costantini foi convencida sobre o benefício de contar com soluções Rockwell Automation não apenas pela relação custo-qualidade, mas também pelo fato de que, com sua incorporação, a empresa poderia responder a uma necessidade de mercado. A presença de produtos Rockwell Automation é solicitada cada vez mais pelas indústrias. “Há empresas com determinadas necessidades em ter- mos de higiene, e outras – como as automobilísticas – com necessidades importantes tem termos de segurança, que exigem soluções chamadas de Categoria Quatro, atendidas pela Rockwell Automation. Há empresas que especificam produtos Rockwell Automation diretamente”, diz Fernández. “Por outro lado, os equipamentos Rockwell Automation têm uma relação custo-benefício que faz com que se adaptem facilmente às exigências dos robôs que comercializamos. Eles operam uma série de interfaces originais dos robôs Kuka com muita facilidade e têm experiência com a interface de barramento de campo”, destaca Fernández. O executivo também ressalta a confiabilidade da empresa e a resposta rápida dos técnicos em relação a dúvidas e aos requisitos da Costantini. “Eles nos acompanham para que conheçamos as redes e no futuro possamos fazer o trabalho por nossa conta. No próximo ano, já estaremos dominando esta tecnologia, de modo que poderemos comprar os equipamentos, programarmos nós mesmos e consultar a empresa em casos específicos”, comenta ele. O futuro da relação entre a Rockwell Automation e a Costantini é bem amplo. Já existem projetos confirmados para os próximos meses e nesses novos trabalhos será utilizada mais tecnologia Rockwell Automation na arquitetura original – o controlador SmartGuard 600 em rede DeviceNet. O objetivo é atender os mais elevados padrões de segurança em máquinas e assegurar o funcionamento correto de todo o processo de paletização para o cliente final. “A demanda elevada de automatização com equipamento de alta velocidade de resposta também cresce porque, ao produzir em grandes quantidades, o preço dos robôs foi reduzido. Como a Argentina se encontra nos primórdios da robótica, ela está em um ponto de crescimento e a incorporação de robôs terá um efeito de progressão geométrica. Robôs já foram instalados em muitas empresas de grande porte e as pequenas e médias empresas também estão implantando robôs”, informa Fernández. Desafio Agregar diversos componentes às soluções robotizadas de paletização de caixas de leite de uma importante empresa de laticínios. Até então feito manualmente, o processo deveria ser automatizado, para evitar erros e o trabalho humano pesado, bem como proporcionar ganhos de tempo e de produtividade Solução Integrar, em rede DeviceNet, cerca de 35 sensores, 30 módulos de entrada/saída, quatro colunas luminosas e dois scanners para o controle das redes Resultados • Simplificação do cabeamento • Ganhos de tempo de configuração • Comunicação ideal com o controle do robô • Melhor operação e versatilidade da máquina • Redução dos custos para o cliente final DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 21 CASE BRASIL A área de concessão estadual abrange 4.500 ha, dos quais 18% são destinados à mineração e revegeteção, e 82% são reserva florestal Sama adota Arquitetura Integrada em mina de crisotila Na busca por incrementar segurança, produtividade e flexibilidade, empresa utiliza estratégia da Rockwell Automation para a modernização do sistema de controle de áreas produtivas A mina de Cana Brava começou a ser lavrada em 1967 e contribuiu para o surgimento da cidade de Minaçu, a 510 km de Goiânia. Hoje, quase metade de sua produção é destinada à exportação para mais de 20 países. A mina possui 2,7 km de extensão, 1 km de largura e 130 metros de profundidade, o que garante reservas para mais 40 anos de extração a céu aberto. A área de concessão estadual abrange 4.500 ha. Destes, 18% são destinados à mineração e revegetação, e 82% são reserva florestal. Controlada pela Sama Minerações Associadas, a mina recebe constantes investimentos em áreas essenciais, como segurança, saúde dos trabalhadores e preservação do meio ambiente. Na área da fábrica, sistemas potentes de aspiração e filtragem reduzem a quantidade de fibras de amianto crisotila em suspensão no ar a índices desprezíveis, muito abaixo dos níveis permitidos pela legislação. E a automação tem desempenhado papel decisivo para que a Sama torne suas atividades cada vez mais seguras para trabalhadores, comunidade e meio ambiente. O mais recente projeto nesse sentido foi a migração do sistema de controle – incluindo CPU, rack, cartões de rede, software e programação – e de pontos críticos de E/S remotos em várias áreas produtivas. A escolha da Sama para essa 22 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 modernização recaiu sobre as plataformas Logix (de hardware) e FactoryTalk (de software), que compõem a Arquitetura Integrada da Rockwell Automation. O princípio básico da Arquitetura Integrada é oferecer flexibilidade, segurança e produtividade às indústrias, com aproveitamento dos investimentos existentes em automação, integrando-os à nova arquitetura de controle. Essas características, somadas à ótima experiência com a Rockwell Automation ao longo do tempo, explicam a escolha da Sama. O processo A obtenção de fibras de crisotila começa com o trabalho de extração, seguido pelo processamento do minério – que consiste em britar a rocha sucessivas vezes para redução de seu tamanho. Na sequência, o material britado é distribuído por cinco fornos, que promoverão sua secagem, após o que o material é armazenado no silo de minério seco. Essas etapas, chamadas de “Instalações Frontais”, seguirão operando com PLC-5 até dezembro/2010, quando será iniciado seu processo de modernização. A etapa seguinte é a da beneficiamento, na qual separa-se a fibra da rocha, por meio de uma série de equipamentos que peneiram e quebram essas rochas. Foi por esta área que a Sama começou a modernização do sistema de controle de sua planta. As últimas áreas a serem migradas são as finais, de ensacamento e paletização, que seguem operando com PLC-5. Desde 2008 “A integração entre as CPUs de PLC-5 das áreas de beneficiamento estava difícil por conta da limitação de memória. Havia, também, limitação para incluir mais pontos de E/S. A plataforma Logix corrigiu esses gargalos”, explica Daniel Cousseau, técnico de automação da Sama responsável pelo projeto. Diante disso, a primeira área de beneficiamento modernizada foi a Usina III, cuja migração foi feita no primeiro semestre de 2008, seguida pela Usina II (jan/2009) e, em janeiro de 2010, foi a vez da área de Mistura. O sistema de controle era baseado em PLC-5, com uma CPU para cada uma dessas áreas. Agora, o controle das três áreas é feito por meio de uma única CPU de ControlLogix, com utilização atual de somente 10% da memória. “A redução da quantidade de equipamentos de automação simplificou a nossa estrutura de hardware”, salienta Cousseau. A disponibilidade na capacidade de memória permitirá à Sama expandir sua produção gradativamente e sem novos investimentos em sistema de controle. CASE BRASIL As áreas de Mistura, Usina II e Usina III somam aproximadamente 7300 pontos de E/S, dos quais cerca de 2300 foram substituídos. Os outros 5000 pontos continuam com E/S de PLC-5 operando em rede Remote I/O. As E/S remotas migradas para ControlLogix estão em rede Ethernet I/P, e as mais distantes se comunicam via rede de fibra ótica, por meio de cartão 1756-EN2F. A Sama foi a primeira empresa da região a utilizar este cartão – que faz a conexão da fibra ótica diretamente no rack, sem necessidade de transceivers. A empresa também é pioneira na região na utilização do switch Stratix-8000, inclusive com expansão de portas em fibra “A Rockwell Automation e seu distribuidor local (Support Automação) nos deram suporte comercial desde o início do projeto, auxiliando a definir a melhor estratégia e as tecnologias a serem utilizadas” Daniel Cosseau, técnico de automação da Sama e responsável pelo projeto ótica, para comunicação com os racks mais distantes. “Entre os switches industriais, consideramos este o melhor, pela sua qualidade, suporte e confiabilidade. É um switch gerenciável, com padrão industrial e total integração com o Logix”, afirma o técnico de automação. O papel do Stratix 8000 nessa nova arquitetura é conectar os racks de E/S remotas com o rack de controle. Antes de sua adoção, essa atividade era feita via rede Remote I/O. A empresa incorpou, ainda, ao projeto de modernização, o gerenciamento de seus ativos. Para tanto, a Sama adotou o software FactoryTalk AssetCentre, que atende tanto as áreas migradas, quanto as outras nas quais o controle ainda é feito por PLC-5. Todos os trabalhos durante a migração (programação, instalação e montagens dos painéis), assim como o start-up, foram realizados internamente, pela equipe de Engenharia da Sama, que, além de ser altamente capacitada em automação industrial, conhece bem os equipamentos e softwares da Rockwell Automation. “Foi nossa escolha natural e estamos bastante satisfeitos”, conclui Cousseau. Nova arquitetura baseada na plataforma de controle Logix: mais recursos e grande flexibilidade Desafio • Atualizar a base de controle existente adotando uma tecnologia com mais recursos e capacidade de expansão • Agregar continuamente segurança ao processo, para proteger trabalhadores e meio ambiente Solução • ControlLogix como plataforma de controle • FactoryTalk AssetCentre para gerenciamento de ativos • Switch Stratix 8000 para conexão de E/S remotas Resultados • Facilidade para manutenção • Acréscimo de diagnósticos • Redução de hardware (CPUs) • Incremento na velocidade de processamento • Ganho de recursos de programação DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 23 CASE COLÔMBIA Andercol obtém maior segurança e eficiência produtiva com migração do sistema de controle distribuído para o sistema PlantPAx Esta empresa colombiana processa produtos químicos em suas diversas filiais localizadas na América Latina. Sua planta de emulsões na cidade de Barbosa, no estado de Antioquia, sofria com a carência de peças de reposição e suporte técnico local para uma de suas unidades de processo. Sem dúvida hoje, depois do eficiente trabalho de migração realizado pela Rockwell Automation, a empresa conta com uma plataforma de controle distribuído completamente atualizada e com o mais alto padrão técnico F undada em dezembro de 1965, a Andercol pertence ao grupo Inversiones Mundial S.A. e está presente na Venezuela, Equador, Chile, México, Colômbia e Brasil. Com seu amplo portfólio de produtos, oferece soluções inteligentes para uma grande variedade de indústrias químicas intermediárias, atendendo setores tão diversificados como indústrias de tintas, plásticos, construção civil, têxtil, alimentos e detergentes, entre outros. Atualmente a Andercol conta com quatro unidades de negócios principais: revestimentos (pinturas, tintas e aditivos para construção); poliéster (termofi xos e produtos complemen- tares); alimentos com ingredientes acidulantes e hidrocolóides (refrescos em pó, gelatinas, colas, carrageninas); e polímeros funcionais (dispersantes, adesivos e aditivos). Em 1989, a planta da cidade de Barbosa, nas proximidades de Medelín, iniciou suas operações dedicando-se à elaboração de emulsões vinil-acrílicas, operando com um processo de produção em bateladas, controlado por um sistema de controle distribuído (DCS). No início de 2007, a empresa decidiu atualizar essa plataforma devido principalmente à sua vulnerabilidade após 18 anos em operação. Entre outros objetivos, a Andercol procu- Planta na cidade de Barbosa, no estado de Antioquia 24 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 rava introduzir tecnologia de ponta e elevar os padrões de segurança, além de padronizar sua plataforma de automação nessa unidade de processo. Johans García, encarregado de Suporte de Automação da planta, disse que a empresa fez previamente uma avaliação técnico-econômica do projeto e chegou à conclusão de que a proposta da Rockwell Automation era a mais atraente e fácil de implantar. Desde 1997, a Rockwell Automation é fornecedora da Andercol, quando esta adquiriu os primeiros CLPs SLC500 para sua fábrica de oxidação. A Rockwell Automation também forneceu os CLPs e o sistema SCADA para as outras unidades de processo da planta de Barbosa. “Também avaliamos positivamente a qualidade do suporte técnico local que a Rockwell Automation oferecia. Este foi um dos fatores mais relevantes na hora da tomada de decisão”, a f irmou García. “A Rockwell Automation conta com uma série de integradores locais, facilitando muito a execução deste tipo de obra”, complementou. A questão do suporte era muito importante neste caso, já que esta unidade de processo contava com uma plataforma vulnerável por falta de peças de reposição e de suporte local, dificultan- CASE COLÔMBIA do a assistência técnica. Nesse sentido, a Rockwell Automation conta com integradores locais que podem executar o apoio direto em campo. Adicionalmente, as peças de reposição para plataformas antigas são muito difíceis de obter e são bastante caras, mas, como essa plataforma emprega tecnologia de ponta e é muito conhecida, o suporte ao cliente é feito de maneira eficiente. Flexibilidade e integração O trabalho específico realizado pela Rockwell Automation consistiu na migração do DCS (TDC3000) e, para isto, a empresa incluiu neste projeto uma plataforma Control Logix L62 (com redundância e entradas/saídas distribuídas) e a plataforma de visualização FactoryTalk View. Essa plataforma de controle de processos é de alta disponibilidade. Como a planta possui um processo em batelada crítico de 24 horas, a empresa precisava de uma solução absolutamente confiável e robusta, tanto em nível tecnológico, como de disponibilidade, suporte e peças de reposição. Um dos aspectos-chave desta iniciativa era que o processo de migração deveria reduzir o risco dessa operação. Por exemplo, o sistema de cabeamento físico estava funcionando em boas condições e não precisava ser modificado. Também houve a necessidade de sensibilizar o pessoal de operação e de manutenção, devido ao impacto e relevância da mudança. Por outro lado, a empresa buscava integrar esta unidade de processo em particular com outras áreas da planta que tinham equipamentos Rockwell Automation. Isso não havia sido possível no passado, porque o sistema de controle não era compatível. Esse foi um dos critérios-chave de seleção do projeto, já que a plataforma devia ter a capacidade de integrar-se com as soluções existentes e, por esse motivo, a comunicação e a unificação eram muito importantes. Aqui é importante destacar que a plataforma oferecida pela Rockwell Automation é de arquitetura aberta e permite a integração com sistemas tanto de sua marca Allen-Bradley como de terceiros. Outra das vantagens dessa aplicação é que ela permite executar um processo multidisciplinar de controle. A Andercol tinha uma plataforma de controle distribuído bem completo, porém limitado em termos de suporte, peças de reposição e opções de comunicação naquele momento. Processo padronizado O projeto começou em junho de 2007, qua ndo a Rock well Automation ofereceu os primeiros pacotes de migração, e a implantação definitiva foi posta em marcha oficialmente em fevereiro de 2009. De acordo com Johans García, “No início tivemos desafios com a colocação do sistema em operação, especialmente associados às configurações dos reatores, porém o projeto atendeu plenamente nossas expectativas e pode ser qualificado como bem sucedido”. E acrescentou: “Realmente estamos muito contentes com a tecnologia aplicada, o sistema é muito confiável e eficiente. Por este motivo, não tivemos dúvidas em continuar ampliando nossa plataforma de automação com a Rockwell Automation”. Disse ainda que este sistema é “um produto modular, sustentável tecnicamente ao longo do tempo e com uma configuração cliente-servidor adequada. Além disso, permite reutilizar a engenharia previamente desenvolvida em projetos similares”. De acordo com o engenheiro, com a aplicação implantada pela Rockwell Automation, a planta conta hoje com “um processo padronizado, pois conseguimos padronizar os programas e desenvolver uma operação fácil de operar para o usuário”. Além de destacar a modularidade e a capacidade de comunicação com qualquer tipo de dispositivo que o sistema suporta, o profissional afirma que uma característica importante da plataforma é a sua capacidade de acesso remoto, “isso nos permite conectar os processadores via internet diretamente de qualquer local, e realizar um diagnóstico adequado com uma atenção oportuna ao processo”. “Antes, a resolução de uma falha do processo nesta unidade em particular levava quase três horas em média. Agora, podemos fazer isso em dez minutos com a conexão remota, o que se traduz positivamente em produtividade da planta”, explicou ele. O profissional afirma que a Rockwell Automation cumpriu um papel muito importante em termos de serviço, ao atuar como um verdadeiro facilitador no processo de negociação final com o integrador. “Isso produziu muita confiança e tranquilidade para enfrentar um projeto dessa envergadura”, concluiu. Desafios • Atualizar o sistema de controle distribuído (DCS), vulnerável devido à falta de peças de reposição e de suporte técnico local. • Introduzir tecnologia de ponta e elevar os padrões de segurança, além de padronizar e certificar os processos da planta. Solução Como parte do projeto a Rockwell Automation projetou uma arquitetura de alta disponibilidade para o controle do processo químico: incluiu a plataforma ControlLogix L62 (com redundância e entradas/ saídas distribuídas) e a plataforma de visualização distribuída FTView. Resultados • Sistema confiável e eficiente • Aplicação modular, sustentável e com configuração cliente-servidor adequada • Reutilização da engenharia desenvolvida em projetos similares • Padronização dos processos • Código estruturado que permite identificação e solução de falhas mais eficaz • Maior produtividade da planta DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 25 SERVIÇOS Treinamentos de janeiro a maio de 2011 Para obter mais informações e fazer inscrições, entre em contato com o distribuidor autorizado ou com a filial mais próxima de sua região Promoção para janeiro e fevereiro: compre uma vaga e ganhe mais uma no mesmo curso e mesma data! 26 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2010 CONTATOS Acre, Amapá, Maranhão, Pará, Rondônia e Roraima – JAV DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS ELÉTRICOS E AUTOMAÇÃO www.jav.com.br São Luiz - MA – Fone/Fax: (98) 3313-8700 Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe – TECNAUT COMÉRCIO DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO – www.tecnaut.com.br Salvador - BA – Fone: (71) 2105-9500 – Fax: (71) 2105-9536 Amazonas – JAV DA AMAZÔNIA COMERCIAL ELETRÔNICOS – www.jav.com.br Manaus - AM – Fone/Fax: (92) 3237-6406 Espírito Santo – MACROTEC – www.macrotec.ind.br Vitória - ES – Fone/Fax: (27) 3317-6965 Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso – SUPPORT–COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.supportautomacao.com.br Goiânia - GO – Fone: (62) 4006-7400 – Fax: (62) 4006-7401 Minas Gerais (exceto Sul do Estado) – MACROTEC www.macrotec.ind.br Belo Horizonte - MG – Fone: (31) 3379-3400 – Fax: (31) 3379-3401 Uberlândia - MG – Fone/Fax: (34) 3221-5800 Ipatinga - MG – Fone/Fax: (31) 3823-9399 Paraná – ELETRONOR DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS ELÉTRICOS www.eletronor.com.br Curitiba - PR – Fone/Fax: (41) 3217-1900 Rio Grande do Sul – ELETRONOR DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS ELÉTRICOS – www.eletronor.com.br Porto Alegre - RS – Fone/Fax: (51) 3314-8000 Caxias do Sul - RS – Fone/Fax: (54) 3220-3800 Santa Catarina – JAV AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.jav.com.br Joinville - SC – Fone: (47) 2101-8000 – Fax: (47) 2101-8001 Chapecó - SC – Fone/Fax: (49) 3321-7600 Criciúma - SC – Fone/Fax: (48) 3439-0948 Escritórios de vendas Rockwell Automation • São Paulo (SP) - Rua Verbo Divino, 1488, 1º andar CEP 04719-904 - Tel.: (11) 5189-9500 • Belém (PA) - Tel.: (91) 3249-5600 • Belo Horizonte (MG) - Tel.: (31) 3227-4099 • Campinas (SP) - Tel.: (19) 3255-6162 • Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS) Tels.: (41) 3233-6623 / (51) 3398-5480 • Rio de Janeiro (RJ) - Tel.: (21) 2484-4428 • Salvador (BA) - Tel.: (71) 3341-0888 Escritórios Rockwell Automation na América Latina São Paulo (Interior, exceto Vale do Paraíba, região de Sorocaba e Baixada Santista), Sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul – INTERENG AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.intereng.com.br Jaboticabal - SP – Fone: (16) 3209-1700 – Fax: (16) 3209-1701 Bauru - SP – Fone: (14) 3104-7700 – Fax (14) 3104-7701 Americana - SP – Fone: (19) 3471-6600 – Fax: (19) 3471-6601 São Paulo (região metropolitana), Baixada Santista, Cajamar, Caieiras, Franco da Rocha, Santana do Parnaíba, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira e região de Sorocaba LADDER AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.ladder.com.br São Caetano do Sul - SP – Fone/Fax: (11) 4224-0300 São José dos Campos - SP – Fone: (12) 3935-3000 – Fax: (12) 3934-1867 Sorocaba - SP – Fone/Fax: (15) 3224-2410 Escritório central para a América Latina – Tel.: 1-954-306-7900 Argentina – Tel.: 54-11-5554-4000 – www.rockwellautomation.com.ar Caribe – Tel.: 1-787-300-6200 – www.rockwellautomation.com.pr Chile – Tel.: 56-2-290-0700 – www.rockwellautomation.com.cl Colômbia – Tel.: 57-1-649-9600 – www.rockwellautomation.com.co Costa Rica – Tel.: 506-2201-1500 – www.rockwellautomation.com México – Tel.: 52-55-5246-2000 – www.rockwellautomation.com.mx Peru – Tel.: 51-1-441-5900 – www.rockwellautomation.com.pe Venezuela – Tel.: 58-212-949-0611 – www.rockwellautomation.com.ve www.rockwellautomation.com.br Telefone útil (11) 5189-9500 - Centro de Serviços ao Cliente DEZEMBRO 2010 | AUTOMATION TODAY 27 Você precisa de wireless para: t 3FEFTEFBMUBDBQBDJEBEe t &RVJQBNFOUPTNØWFJT t "QMJDBÎÜFTFNDMJNBTEFTBöBEPSFT Coloque os rádios 802.11n da ProSoft no centro! 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