MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
C M S E
2ª R M
HOSPITAL GERAL DE SÃO PAULO
(HOSPITAL MILITAR DE 3ª CL SÃO PAULO/1890)
GERALDO JOSÉ FERREIRA SAMPAIO
COMPARAÇÃO DA FORÇA INICIAL E DEGRADAÇÃO DO DISPOSITIVO DE
TRAÇÃO FORMADO POR CADEIA ELÁSTICA COM DOIS ELOS DE ELÁSTICO
CORRENTE CURTO E LONGO.
SÃO PAULO
2008
2
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
C M S E
2ª R M
HOSPITAL GERAL DE SÃO PAULO
(HOSPITAL MILITAR DE 3ª CL SÃO PAULO/1890)
GERALDO JOSÉ FERREIRA SAMPAIO
COMPARAÇÃO DA FORÇA INICIAL E DEGRADAÇÃO DO DISPOSITIVO DE
TRAÇÃO FORMADO POR CADEIA ELÁSTICA COM DOIS ELOS DE ELÁSTICO
CORRENTE CURTO E LONGO.
Monografia apresentada ao Hospital Geral de
São Paulo como requisito para obtenção do título
de Especialista em Ortodontia.
Orientador:
Prof. Dr. Melchiades Alves de Oliveira Junior
Co-orientadores:
Profa. Dra.Claudia Toyama Hino
Prof. Márcio José Reis
Prof. Ricardo Moreira Marques
SÃO PAULO
2008
3
DEDICATÓRIAS
Dedico este trabalho a todos aqueles que
necessitam da Ortodontia, e, a todos os que
labutam nessa nobre especialidade.
4
AGRADECIMENTOS
Inicialmente, agradeço ao NOSSO CRIADOR, causa primeira de
tudo o que existe, por todas as bênçãos com as quais têm me agraciado, mas em
especial, pelo seu amor incondicional.
Agradeço aos meus pais Geraldo de Paula Leite Sampaio e
Martha Ferreira Sampaio, por tudo que me proporcionaram.
Agradeço a minha esposa Elaine Cristina Camargo Sampaio,
e, aos meus filhos, Lívia Renata Camargo Sampaio e Felipe Augusto Camargo
Sampaio, por me estimularem a continuar evoluindo profissionalmente, sem jamais
reclamarem pela minha ausência, devido à realização desse curso.
Agradeço também a minha irmã Laura Ferreira Sampaio
Monteiro e ao meu cunhado Douglas Monteiro, bem como às minhas sobrinhas
Érika Monteiro e Luíza Monteiro, por me animarem nos momentos de cansaço.
Agradeço ao meu atual Comandante, o Exmo. Sr. Gen Bda
Eduardo Segundo Liberali Wizniewisky, CMT da 2ª RM, por ter me autorizado a
continuar freqüentando esse curso de especialização e por me deixar a disposição
do Hospital Geral de São Paulo.
5
Agradeço ao meu Ex-Diretor, o Sr. Cel Med Sidnei Gomes, por
ter me autorizado a freqüentar esse curso de especialização.
Agradeço ao atual Diretor do Hospital Geral de São Paulo, o Sr.
Cel Med Fernando Storte, por aceitar minha colaboração à sua administração nesse
nosocômio e por consentir que eu concluísse esse curso de especialização.
Agradeço aos proprietários da INSER – Indústria, Comércio e
Serviços Ltda., o Sr. Oraci João de Vechi Morelli e o Sr. Antônio José de Vechi
Morelli, bem como aos integrantes do Laboratório de Qualidade, o Sr. Sandro
Biasin e o Sr. Manoel Florentino Filho, por podermos realizar ali, nossos
experimentos com elásticos, razão desse trabalho.
Agradeço aos professores Claudia Toyama Hino, Márcio
José Reis e Ricardo Moreira Marques, pelas lições de saber, pela orientação
constante, pela dedicação e renúncias pessoais, por repartirem suas experiências
de vida e me ensinarem a arte e a ciência da Ortodontia.
Agradeço ao nosso amigo Sérgio Luiz Gabriel, exemplo de
dedicação ao trabalho de Prótese, que com sua alegria abrandava nosso labor.
6
Agradeço também aos demais colegas alunos da Turma V de
Especialização em Ortodontia, pelo convívio fraternal, desejando pleno sucesso
pessoal e profissional, reafirmando que foi agradável privar de suas amizades,
gratificante desfrutar de suas companhias e dignificante trabalharmos juntos.
Enfim, agradeço ao meu orientador o Prof. Dr. Melchiades
Alves de Oliveira Junior pelo seu peculiar perfeccionismo, pela incansável
paciência, pelos conhecimentos e experiências transmitidas, pela seriedade com
que conduz todas as suas atividades, e, sobretudo, pela oportunidade que me
proporcionou de realizar essa especialização.
Geraldo José Ferreira Sampaio – Cel Dent
7
RESUMO
O escopo desse trabalho de cunho experimental é o de avaliar a
força de tração inicial e a degradação da mesma, em um dispositivo de tração
composto por uma corrente elástica sintética com dois elos curtos, e outro, com dois
elos longos, das marcas comerciais Abzil e Morelli, preso a um fio de amarrilho
0,020mm. O estiramento inicial foi de duas vezes a distância das paredes internas
de dois elos consecutivos juntamente com o segmento elástico que os une, sendo
que os momentos de mensurações ocorreram imediatamente ao primeiro
estiramento, com 07, 14, 21 e 30 dias.
8
ABSTRACT
The purpose of this experimental assignment is to evaluate the
traction strength of the initial force used in an elastic synthetic, and the degradation
of the force used as it is repeatedly applied. The alastik are made of an elastic
synthetic material with two short links, and two long links, made by Abzil and Morelli,
held by a 0,020mm string. The initial strength applied was twice the distance of the
internal parts of two consecutive links together with the elastic material that ties them
together. The measurements happen right after the tension was applied in intervals
of 07, 14, 21, and 30 days.
9
ÍNDICE
Dedicatórias ........................................................................................................
III
Agradecimentos ..................................................................................................
IV
Resumo ...............................................................................................................
VII
Abstract ...............................................................................................................
VIII
1. Introdução .......................................................................................................
10
2. Proposição ......................................................................................................
14
3. Revisão de Literatura ......................................................................................
16
4. Método ............................................................................................................
29
5. Resultados ......................................................................................................
38
6. Discussão ........................................................................................................
45
7. Conclusão .......................................................................................................
51
8. Referências Bibliográficas ...............................................................................
53
Anexos ................................................................................................................
59
10
1. INTRODUÇÃO
11
1. INTRODUÇÃO
A borracha é um material muito presente no dia-a-dia da vida
moderna encontrando-se nos mais diversos ramos da atividade humana (pneus,
calçados, capas, tapetes, ferramentas, eletrodomésticos, materiais de escritório,
etc).
Em nossa especialidade (Ortodontia) empregamos a borracha
sob forma de elásticos ou elastômeros, com a finalidade de separar, juntar,
tracionar, rotacionar, inclinar, extruir ou intruir os elementos dentais, além de acertar
a linha mediana e outros fins.
E esse emprego ocorre desde o final do século XIX19, pois o
objetivo é o de promover a movimentação dental do modo mais fisiológico
possível23.
Ortodontistas famosos como CASE e ANGLE já defendiam o
emprego dos elásticos nos primórdios da especialidade23,26, mas os elásticos
tiveram mesmo seu maior defensor na pessoa de HENRY BACKER, pois ele foi o
primeiro a descrever os diversos tratamentos com o emprego dos elásticos
ortodônticos, fazendo inclusive com que eles ficassem conhecidos como “elásticos
intermaxilares de Backer”16.
Segundo BELLO07 (1943) o emprego dos elásticos tem que ser
feito de forma criteriosa pelo ortodontista, pois existem três estágios principais em
seu emprego que são: o estágio elástico, onde ele sempre volta à sua forma original;
o estágio de deformação permanente, onde ele não retorna mais à sua forma
original; e o estágio de ruptura, onde ocorre o rompimento físico definitivo.
12
A borracha pode ser natural (poliisopreno)16, quando obtida
normalmente através da seiva da árvore Hevea brasiliensis ou sintética (polímero de
dimetilbutadieno)24, que têm sido desenvolvidas de forma a assemelharem-se à
borracha natural, porém WONG29 (1976) salienta que a borracha sintética apresenta
propriedades químicas e físicas superiores à borracha natural.
Segundo HENRIQUE14 et al, 2003, esses elásticos sintéticos são
obtidos por reações químicas com emprego de carvão, álcoois vegetais e petróleo,
e, normalmente são apresentados em forma de cadeias elastoméricas.
Essa apresentação em forma de cadeias deu-se nos anos 60 e
ganhou o gosto da classe ortodôntica, haja vista a energia elástica gerada quando
de seu estiramento, capaz de ser convertida em energia mecânica, promovendo a
movimentação dos elementos dentais04.
Isso sem falar na simplificação da fixação dos arcos aos
bráquetes em substituição às ligaduras metálicas, seu baixo custo e a diminuição no
tempo de trabalho do profissional19.
A constante busca pelo aprimoramento da mecânica ortodôntica
tem levado ao aumento das pesquisas sobre os acessórios empregados e dentre
eles destacamos os elásticos. Apesar dos grandes aperfeiçoamentos ocorridos, os
elásticos ainda não conseguem manter um nível de força contínuo com o passar do
tempo.
Eles perdem rapidamente grande parte da força inicial obtida,
provavelmente por absorverem água, pela presença de produtos oxidantes e da flora
microbiológica.
Estudos têm sido desenvolvidos para avaliar essas e outras
influências do meio oral, segundo MARTINS22 et al, 2006.
13
Na técnica ‘STRAIGHT-WIRE’, adotada nesse curso de
especialização, o fechamento de espaços ocorre por deslizamento do arco
retangular associado a um fio de amarrilho unido a um elo elástico ou a uma cadeia
elástica com dois elos consecutivos.
14
2. PROPOSIÇÃO
15
2. PROPOSIÇÃO
Esse trabalho visa verificar, in vitro, o quanto é a força inicial de
tração desenvolvida por uma cadeia elástica constituída por dois elos (curtos e
longos) de duas marcas consagradas no mercado brasileiro (Abzil e Morelli), e o
quanto ela degrada, a partir de sua instalação, com 07, 14, 21 e 30 dias, sob
temperatura constante de 37°C, comparando-as.
16
3. REVISÃO DE LITERATURA
17
3. REVISÃO DE LITERATURA
Em 1943, BELLO estabeleceu três estágios principais no
emprego dos elásticos, que são: o estágio elástico, onde sempre ocorre o retorno às
dimensões originais; o estágio de deformação permanente, onde não se obtém o
retorno às dimensões originais; e o estágio de ruptura, onde ocorre o rompimento
físico definitivo.
Discutiu também sobre a desigualdade entre os elásticos, a dificuldade em
regularizá-los, e as modificações ocorridas na sua estrutura quando submetidos a
estiramentos de longo prazo.
Deixou evidente a queda da força de tração após algumas horas de uso de forma
intra ou intermaxilar, através de três experimentos, como segue:
- no primeiro experimento, os elásticos foram esticados até 32mm, em uma máoclusão de classe III, obtendo força inicial de 500gf que após dez horas caiu para
350gf;
- no segundo experimento, os elásticos foram esticados até 22mm, em uma máoclusão de classe II, divisão 1ª- de ANGLE, obtendo força inicial de 250gf que após
dez horas caiu para 150gf;
- no terceiro experimento, sem levar os elásticos à boca, simplesmente os esticou
até 32mm, mantendo-os nessa posição por dez horas, obtendo uma perda de
apenas 22gf.
A conclusão tirada foi a de que as ações da saliva e da temperatura do meio oral,
muito contribuem para alterar as propriedades mecânicas dos elásticos, pois no
último experimento a perda de força foi bem menor.
18
NIXON et al. (1969), descobriram em seus estudos com
elásticos que em apenas três horas, 13% deles perderam sua força inicial, e,
naqueles elásticos que eram trocados três vezes por semana, havia um acréscimo
de aproximadamente 03% nessa perda.
Descobriram também que ocorrem variações consideráveis nas respostas dos
pacientes quanto aos deslocamentos dentais para uma determinada força exercida.
O mesmo aparelho com a mesma força pode exercer até duas vezes mais pressão
por milímetro quadrado sobre a superfície radicular de um paciente para outro.
Em 1970, ANDREASEN & BISHARA, realizaram um estudo, in
vitro, no qual compararam a diminuição da força dos elásticos sintéticos e de látex.
Observaram uma deformação permanente de aproximadamente 50% do seu
comprimento original, após 24 horas, nos elásticos sintéticos e de 23% nos elásticos
de látex. Observaram ainda que os elásticos sintéticos perderam 74,2% da sua força
inicial em 24 horas, enquanto que os de látex perderam 41,6%. Por isso, apesar
dessa grande perda de força inicial, concluíram que as cadeias elásticas sintéticas
apresentam uma força remanescente constante nas três semanas seguintes.
Portanto, é recomendável que os elásticos sintéticos não sejam trocados
diariamente a fim de aproveitar essa força remanescente.
BISHARA & ANDREASEN (1970), estudaram as alterações de
força dos elásticos de borracha natural e dos ‘alastiks’ (sintéticos) quando utilizados
para o tratamento de correção de problemas de classe II e de classe III. Os elásticos
de borracha natural e os ‘alastiks’ foram mantidos alongados por 03 semanas,
19
ficando os elásticos imersos em água a temperatura ambiente e os ‘alastiks’ em
água a 37°C. As distâncias estabelecidas foram de 22, 28, 34 e 40mm. As medições
foram executadas no tempo 00, 01 minuto, 01 hora (inicial mudança registrada), 01
dia (maioria dos ortodontistas solicita a troca), 02 semanas e 03 semanas. Os
autores encontraram uma maior degradação de força nos ‘alastiks’ quando
comparado com os elásticos. Após 01 hora os ‘alastiks’ perderam 45,3% da sua
força inicial enquanto que os elásticos somente 10%. Ao final de 03 semanas os
‘alastiks’ apresentaram uma força remanescente de apenas 32,5%, já os elásticos
possuíam 74,9% de sua força inicial. Ambos os materiais apresentaram
deformações permanentes, sendo que quanto mais eram estirados maiores eram
tais deformações. Considerando que a maior queda nos níveis de força ocorre no
primeiro dia após sua inserção, passando depois por uma fase relativamente
estável, os autores sugerem que não há necessidade de trocar os elásticos ou os
‘alastiks’ diariamente, podendo deixá-los na boca por um período de tempo maior,
obtendo-se assim, as vantagens da relativa constância de forças.
Em 1976, WONG, realizou experiências com elásticos 3/16”, e
com cadeias elastoméricas (‘alastiks’), das marcas Unitek e Ormco, com a finalidade
de avaliar as alterações de força e das propriedades mecânicas ocorridas com o uso
oral de diversos materiais elastoméricos (borracha natural e sintética), e, aumentar
nossos conhecimentos sobre eles.
Foram feitos testes de ruptura, níveis de força quanto ao estiramento das cadeias,
aferição do grau de deformação ocorrida e degradação da força, concluindo-se que:
- nos testes de ruptura, os elásticos de látex perderam uma quantidade maior de
força que os elásticos sintéticos quando estirados por períodos superiores a 21 dias;
20
- a maior parte da perda de força, ocorre nas três primeiras horas, tanto para os
sintéticos como os de látex, sendo que, nos de látex 3/16” a degradação foi de 10%
após três horas e de 17% após 21 dias;
- o módulo de elasticidade variou sob as diferentes condições de teste, mas foi
menor nos corpos de prova testados após a imersão em água a 37°C;
- é importante considerar a grande degradação de força ocorrida no primeiro dia e a
força residual remanescente.
KUSTER, INGERVALL & BURGIN (1986) pesquisaram o
desenvolvimento de força entre duas marcas de cadeia elásticas: ‘Alastic’ da Unitek
Co., e, ‘Power Chain II’ da Ormco Co., em laboratório e no uso intra-oral.
Durante os testes de laboratório, as cadeias elásticas foram estendidas de 180% a
215% de sua forma original, sendo verificada nos tempos: inicial, 15 minutos, 02h,
08h e 24 horas, 03 dias, e, com 01, 02, 03 e 04 semanas.
Notou-se que as duas marcas se comportaram semelhantemente, e após 04
semanas, as mesmas tinham perdido de 25% a 30% da força inicial, sendo que a
queda maior foi no período de teste de 15 minutos e de 02 horas.
Nos testes intra-orais as cadeias elásticas foram estendidas até 200% da forma
inicial, onde o desenvolvimento do valor da força foi medido no tempo inicial, 08h e
24 horas, 05 dias, e, 01, 02, 03 e 04 semanas. As duas marcas se comportaram
semelhantemente.
A diminuição do valor da força durante os testes intra-orais foi maior que nos testes
de laboratório, sendo assim, depois de 04 semanas a força tinha perdido de 43% a
52% do valor original.
A queda foi maior na fase inicial de inserção.
21
Em 1994, BATY et al, após um levantamento da literatura sobre
cadeias elastoméricas, afirmaram que as diversas marcas comerciais comportaramse de forma semelhante. Cadeias elastoméricas (‘alastics’), geralmente perdem de
50% a 70% de sua força inicial durante o primeiro dia da aplicação da carga, e, em
03 semanas, retém somente de 30% a 40% da força original. Por causa da grande
variação do nível de força inicial entre os produtos de diversos fabricantes, a opinião
de diferentes pesquisadores mostrou-se confusa para determinar a quantidade de
extensão inicial exigida para gerar níveis de forças compatíveis com a eficiência do
movimento do dente. Algumas das cadeias estendidas 100% de seus comprimentos
originais produzem um nível de força inicial em excesso (450gf), levando os
pesquisadores a recomendar uma extensão de 50% a 75%. Outras cadeias, quando
distendidas em 100%, produzem um nível de força de 300gf (aceitável). Em vista da
grande variação dos níveis de força inicial dos diversos tipos de cadeias
elastoméricas (‘alasticks’), o profissional prudente poderia empregar um calibrador
de força para determinar a força inicial desejada. A configuração da força,
principalmente com os anéis próximos um dos outros, filamentos curtos e filamentos
longos, parecem afetar o comportamento das cadeias elastoméricas (‘alasticks’). Isto
é assim explicado: as cadeias com filamentos mais longos podem liberar uma menor
força inicial na mesma extensão e exibir um maior valor de redução da força sob a
carga do que a cadeia de anéis unidos sem filamentos. Fatores ambientais, tais
como o movimento de um dente, a variação da temperatura, a mudança do pH, uma
lavagem oral com flúor, as enzimas salivares e as forças mastigatórias, todos eles
são associados com a deformação das forças de degradação e o comportamento de
relaxamento das cadeias de elásticos.
22
Em 1997, TALOUMIS et al, avaliaram a queda de força, a
mudança na dimensão e a relação entre dimensão e força, de elásticos para
ligadura modular de 07 companhias, na cor cinza. A espessura da parede, o
diâmetro interno, o diâmetro externo, e os níveis de força de cada ligadura foram
medidas no início deste trabalho. Em três testes, as ligaduras foram esticadas por
um bastão de aço com uma circunferência próxima a dimensão do bráquete
geminado.
No teste 01, as ligaduras foram mantidas em temperatura e umidade ambiental por
28 dias.
No teste 02, elas foram imersas em saliva artificial com pH 6.84 e temperatura de
37°C por 28 dias. Foram verificadas a força residual e as mudanças dimensionais.
No teste 03, as ligaduras foram colocadas em saliva artificial a 37°C, pH 6.84, e as
forças foram medidas no início, 24 horas, 07d, 14d e 28 dias.
No teste 04, as amostras não foram esticadas, mas somente colocadas em saliva
artificial a 37°C, com pH 6.84, durante 28 dias, para avaliar as mudanças na
dimensão, devido à luz e a umidade.
Os resultados das amostras esticadas em um ambiente oral simulado revelaram o
seguinte: (1) A umidade e o calor tiveram um efeito pronunciado na diminuição de
força e deformação permanente, (2) uma correlação positiva existiu entre a
espessura e a força da parede, (3) uma correlação negativa existiu entre o diâmetro
interior e a força, (4) uma correlação fraca existiu entre o diâmetro externo e a força,
(5) a maior perda de força aconteceu nas primeiras 24 horas e o padrão de
decomposição foi semelhante para todas as ligaduras testadas, e, (6) as ligaduras
não esticadas absorveram umidade na margem de 0,060% a 3,15%.
23
As ligaduras testadas parecem ser apropriadas para o uso durante o alinhamento e
o nivelamento iniciais. Porém, a rápida perda de força e a deformação permanente
destes produtos podem impedir o seu uso para correções rotacionais e de torque.
Em 2001, RUSSELL et al, afirmaram que o aumento de
incidência de alergia ao látex levou ao desenvolvimento de produtos ortodônticos
sem o látex. O escopo deste estudo foi comparar as propriedades mecânicas de
elásticos ortodônticos de látex e sem látex. Os elásticos testados foram de duas
marcas comerciais (GAC e Masel) sendo feitos de dois materiais (látex e não látex).
As propriedades testadas incluíram área cruzada seccional, força de ruptura, carga
de pico, tensão de pico, rigidez, módulo, histerese, e relaxamento de carga de 24
horas. Os dados foram analisados com teste de uma amostra, uma análise de
variância, e teste PLSD Fisher.
Entre as marcas GAC e Masel, foram obtidas as seguintes conclusões:
- os elásticos sem látex GAC tiveram maiores forças de ruptura que os sem látex
Masel;
- os de látex Masel tiveram maiores forças de ruptura que os sem látex Masel;
- os sem látex GAC mostraram mais propriedades visco-elásticas que os de látex
GAC e os sem látex Masel;
- entretanto, os elásticos Masel foram mais visco-elásticos que os GAC.
- as forças geradas pelos elásticos diminuíram durante 24 horas para uma carga
media de aproximadamente 75% dos valores dos fabricantes (de látex GAC, de látex
Masel e sem látex Masel) e para 60% para os sem látex GAC;
- as propriedades mecânicas dos elásticos sem látex não foram comparáveis as dos
elásticos de látex;
24
- portanto a escolha clínica dos elásticos deve ser baseada na história médica do
paciente e nas propriedades mecânicas do tipo de elástico.
CABRERA et al (2003), descreveram as aplicações e indicações
dos elásticos ortodônticos. A falta de referências normativas quanto à magnitude de
força liberada pelos elásticos, levou à pesquisa sobre o comportamento de elásticos
de diferentes marcas, diâmetros e espessuras. Desde sua introdução em 1893, os
elásticos têm sido ferramenta imprescindível no tratamento ortodôntico e têm como
característica marcante a versatilidade e a criatividade em sua aplicação, obrigando
o profissional a efetuar um planejamento adequado, conhecendo seus efeitos,
desvantagens e vantagens. Os autores avaliaram e mediram a força dos diversos
elásticos utilizados na especialidade ortodôntica com a intenção de estabelecer a
magnitude da força liberada por cada tipo de elástico. Após a análise acurada dos
resultados, concluíram que os elásticos sofrem uma variação de força entre os
diversos diâmetros, espessuras e, sobretudo das marcas, e, que os resultados
obtidos funcionam somente como referência. Para aferirmos uma força adequada,
faz-se necessário o uso de um dinamômetro de precisão.
FERREIRA NETO
&
CAETANO
(2004),
compararam
a
degradação de força de três grupos de elásticos em cadeia, de tamanhos diferentes
(três elos, cinco elos e sete elos), quando distendidos para liberar uma força inicial
próxima a 200gf, durante um período de quatro semanas. Nos momentos de oito
horas, duas e três semanas, não foram observadas diferenças significantes entre os
segmentos. Estes resultados sugerem o uso de segmentos de elásticos menores em
25
intervalos de reativação de uma a três semanas e para intervalos maiores, a
utilização de segmentos de elásticos maiores.
No ano de 2005, SANTANA avaliou a uniformidade de força de
elásticos ortodônticos, de espessura média, distendidos em até três vezes a luz do
diâmetro interno, em cinco marcas comerciais diferentes. Foram utilizados 400
elásticos, dispostos em um gabarito de madeira com hastes metálicas, distantes
uma das outras em 24mm. De posse de um dinamômetro da marca Correx,
devidamente aferido, cada elástico em seu estado original (sem nunca ter sido
submetido a estiramento), já fixado em sua unidade de medição, teve o
dinamômetro
posicionado
em
seu
interior,
e,
cuidadosamente
distendido
paralelamente à superfície da madeira, até que a sua ponta ancorasse na parte
externa da haste reta da unidade de medição, registrando assim a força de
distensão, em gramas, do elástico avaliado, precisamente aos 24mm estabelecidos
inicialmente. Após a análise estatística os autores concluiram que: 1) a marca
Morelli, seguida pela marca Orthodontics Elastics, apresentou o pior desempenho
entre as marcas analisadas, no que se refere à otimização do tratamento
ortodôntico, haja vista que, em uma amostra de 80 elásticos, ela apresentou menor
homogeneidade de força após a aferição destes; 2) a marca GAC, ao contrário,
apresentou melhor desempenho, pois menor número de elásticos, entre os 80
analisados, apresentaram valores de força diferentes; 3) não se pôde obter uma
conclusão confiável das posições da Unident e da RMO pelos métodos de análise
utilizados; 4) por este estudo fica claro que os elásticos ortodônticos não são
homogêneos; 5) as forças aplicadas bilateralmente, deveriam ser iguais, mas,
geralmente, isso não acontece; 6) fica evidente que a escolha do elástico ortodôntico
26
tem importância sobre o resultado, principalmente quando aplicado bilateralmente.
ARAÚJO & URSI (2006), testaram separadamente cinco marcas
comerciais de elásticos sintéticos (GAC, Morelli, Ormco, TP e Unitek) quanto à
degradação da força gerada em função dos tempos: 30 minutos, 01h, 06h, 12h, 24h
e 48 horas, 07d, 14d, 21d e 28 dias, quando mantidos estirados em saliva artificial a
temperatura 37°C (± 01°C), numa distância de 20mm, que corresponde a distância
entre o canino superior até o segundo pré-molar superior, do mesmo lado do arco,
quando da extração terapêutica do primeiro pré-molar superior. Relatou-se na
primeira hora de ativação que todas as marcas comerciais sofreram significativa
redução na quantidade de força liberada, que variou de 20,31% a 38,47%, e que, a
média de força gerada em 21 e 28 dias de testes foi semelhante para todas as
amostras. Segundo os autores cabe ao clínico avaliar a quantidade de força
necessária para cada caso específico e julgar, com base nos resultados
encontrados, qual o elástico mais indicado e qual o tempo mais apropriado para sua
troca, buscando alcançar a movimentação dental desejada.
No ano de 2006, GIOKA et al, avaliaram a força de liberação ou
de relaxamento dos elásticos de látex ocorrida no período de 24 horas após seu
estiramento, e, os estímulos requeridos para alcançar essa reportada força. Cinco
espécimes de cada fabricante, com tamanho e níveis de forças variáveis, foram
montados em um modelo apropriado capaz de monitorar a força de estiramento em
tempo real, de modo contínuo e sem a intervenção do operador. A porcentagem da
força de relaxamento foi estimada para o tempo inicial e por 24 horas.
27
Os resultados foram analisados e demonstraram:
- uma redução de 25% em relação à degradação latente;
- a maioria do nível de relaxamento ocorreu entre as três e cinco primeiras horas
após o estiramento sem levar em consideração o tamanho, fabricante ou o nível de
força do elástico;
- o total como também as curvas de relaxamento inicial foram ajustadas à equação,
que descrevia a variação da força em relação ao tempo;
- a extensão dos elásticos para encontrar a força pretendida foi realizada para variar
entre 2,7 vezes a 05 vezes o comprimento original;
- uma simples regra de três mostrou como encontrar a variação da extensão dos
elásticos.
LORIATO, MACHADO & PACHECO (2006), consideraram em
seus estudos que os elásticos ortodônticos tiveram suas propriedades avaliadas e
melhoradas, de forma a aumentar a sua aplicabilidade como auxiliares durante os
tratamentos nessa especialidade, podendo ser de borracha ou sintético, cabendo ao
ortodontista selecionar a opção mais adequada a cada paciente, alcançando
resultados mais satisfatórios nos tratamentos realizados.
MARTINS et al. (2006), constatou que apesar do grande
desenvolvimento dos elásticos ortodônticos, eles possuem deficiências, como a
incapacidade de manter níveis de força contínuos após certo período de tempo. Os
elásticos perdem rapidamente grande parte de sua força inicial, provavelmente em
decorrência da absorção de água e outros fluidos bucais; presença de oxigênio e
outros produtos oxidantes; ação do calor, da luz e da radiação ultravioleta; ataque
28
microbiológico e da própria deterioração do material com o passar do tempo. Além
disto, fatores inerentes à cavidade bucal também influenciam a perda de força
gerada pelos elásticos, como a temperatura, composição enzimática, pH salivar e as
forças decorrentes da mastigação.
29
4. MÉTODO
30
4. MÉTODO
4.1. Amostra:
Foram utilizadas 44 cadeias elásticas com dois elos de elásticos
ortodônticos corrente com segmento de união curto (Fig. 01) e 44 com segmento de
união longo (Fig. 02).
Figura 01 – cadeias elásticas com dois elos e segmentos de união curtos.
Figura 02 – cadeias elásticas com dois elos e segmentos de união longos.
31
4.2. Grupos:
Grupo 01 - 22 cadeias elásticas com dois elos de elástico
corrente com segmento de união curto, na cor cinza da marca Morelli.
Grupo 02 - 22 cadeias elásticas com dois elos de elástico
corrente com segmento de união curto, na cor cinza da marca Abzil.
Grupo 03 – 22 cadeias elásticas com dois elos de elástico
corrente com segmento de união longo, na cor cinza da marca Morelli.
Grupo 04 – 22 cadeias elásticas com dois elos de elástico
corrente com segmento de união longo, na cor cinza da marca Abzil.
4.3. Critério de Inclusão:
Cadeias elásticas ortodônticas segmentadas com dois elos cada
na cor cinza, sem terem sido tracionadas previamente.
4.4. Critério de Exclusão:
As
cadeias
elásticas
ortodônticas
foram
avaliadas
macroscopicamente e quando foi observada qualquer anomalia de forma, estas
foram eliminadas.
Também foram eliminadas as cadeias elásticas ortodônticas que
apresentaram alteração de forma quando foi executada a separação entre elas.
32
4.5. Procedimentos:
4.5.1. Construção dos gabaritos:
Foram confeccionados em placa de acrílico de 190mm de
comprimento, 90mm de largura e 5mm de altura, com 31 unidades de medida cada.
Estas unidades de medida foram compostas de duas hastes
distantes 40mm uma da outra, de fio ortodôntico 0,7mm de espessura e 7,0mm de
altura. As hastes centrais foram mantidas retilíneas, tendo a função de fixar o fio de
amarrilho. Nas hastes posicionadas próximas da borda da placa, foram realizadas
curvaturas na extremidade, com a finalidade de reter mais facilmente os elásticos.
As hastes foram fixadas na placa de acrílico com resina acrílica autopolimerizável
(Fig.03).
Figura 03 - gabarito em acrílico com as hastes laterais curvas e as centrais retas.
33
4.5.2. Corpo de Prova (dispositivo de tração):
Os corpos de prova foram construídos com fio de amarrilho
0,020mm que passou pelo centro de um dos elos elásticos da cadeia elástica
ortodôntica, torcido sobre seu eixo formando uma corrente metálica, sem comprimir
o elástico (Fig.04).
Figura 04 – corpo de prova (dispositivo de tração) com dois elos curtos da cadeia
corrente.
4.5.3. Tempo de Mensuração:
Foram realizadas as mensurações nos tempos:
zero hora (t00); 07 dias (t07); 14 dias (t14); 21 dias (t21) e 30 dias (t30).
34
4.5.4. Mensuração:
As mensurações foram realizadas na INSER - Indústria,
Comércio e Serviços Ltda.
Os corpos de prova foram levados individualmente até o
esterioscópio Westover com sistema de captura Boeckeler VIA 100, acoplado ao
computador (Fig. 05 – A e B), para determinação da dimensão da luz interna dos
elásticos e verificação de possíveis alterações estruturais (Fig.06 – A e B).
Figura 05 A e B – esterioscópio Westover com sistema de captura Boeckeler
VIA 100, acoplado ao computador.
Figura 06 A e B – determinação da luz interna em corpos de prova
com dois elos curtos e alterações estruturais.
Cada corpo de prova foi posicionado na máquina universal de
ensaios EMIC, modelo DL500, com célula de carga de 10Kgf com incerteza de
35
medição de 0,1%, ajustada para incremento de 01gf e velocidade 100 mm/min
(Fig.07).
Figura 07 - máquina universal de ensaios EMIC, modelo DL500.
Determinada uma média do comprimento da distância das
paredes internas de dois elos consecutivos e o segmento elástico que os une, a
máquina EMIC foi ajustada para que tracionasse cada cadeia elástica, em duas
vezes este valor.
Realizado o tracionamento inicial (t00) de cada corpo de prova, o
valor da força foi registrado pelo computador. Após este procedimento, cada corpo
de prova foi posicionado no gabarito, permanecendo o elástico estirado em duas
vezes o seu comprimento.
Para as demais mensurações (t07, t14, t21 e t30), o
procedimento de captação da força remanescente do elástico ocorreu conforme foi
executada a mensuração inicial (Fig.08 e 09).
36
Figura 08 – corpo de prova sendo tracionado pela máquina EMIC.
Figura 09 – monitor acoplado a máquina EMIC, registrando a força.
37
4.5.5. Análise Estatística:
Para a comparação da força máxima dentro de cada grupo, e as
variações entre os tempos, usamos o teste não paramétrico para médias não
independentes de Friedman, complementado quando necessário pelo teste de
comparações múltiplas.
Para a comparação de cada tempo, e as possíveis diferenças
entre os grupos, usamos os testes não paramétricos para grupos independentes de
Kruskal-Wallis, complementado quando necessário para os testes de comparações
múltiplas.
Para verificar a porcentagem de queda da força nos grupos, nos
intervalos do início (t00) aos demais tempos (t07, t14, t21 e t30), foi usada a análise
Delta
percentual
(%),
complementada
quando
necessário
pelo
teste
de
comparações múltiplas.
Em todos os casos, o nível de rejeição para a hipótese de
nulidade, foi fixado sempre em um valor menor ou igual do que 0,05 (5%).
Quando a estatística calculada apresentou significância, usamos
um asterisco (*) para caracterizá-la, caso contrário, isto é, não significante, usamos
N.S..
As médias foram calculadas e apresentadas a título de
informação.
Não foram calculados os desvios-padrão, pois, usando-se testes
não paramétricos, não há sentido o seu cálculo.
38
5. RESULTADOS
39
5. RESULTADOS
Tabela 1. Médias em (Kgf), para o grupo 01 em cinco tempos.
Tempo
N
Média
t00
22
470,32
t07
22
360,43
t14
22
336,66
t21
22
340,43
t30
22
322,28
t00 = primeira medição, tempo inicial
t07 = segunda medição, 07 dias após início
t14 = terceira medição, 14 dias após início
t21 = quarta medição, 21 dias após início
t30 = quinta medição, 30 dias após início
Teste de Friedman
X²calc = 79,744* p= 0,000
Comparações Múltiplas Significantes
t00 > t 07; t14; t21; t30
t07 > t14; t21; t30
t14 > t30
40
Tabela 2. Médias em (Kgf), para o grupo 02 em cinco tempos.
Tempo
N
Média
t00
22
462,51
t07
22
377,30
t14
22
363,24
t21
22
342,96
t30
22
331,79
t00 = primeira medição, tempo inicial
t07 = segunda medição, 07 dias após início
t14 = terceira medição, 14 dias após início
t21 = quarta medição, 21 dias após início
t30 = quinta medição, 30 dias após início
Teste de Friedman
X²calc = 67,382* p= 0,000
Comparações Múltiplas Significantes
t00 > t7; t14; t21; t30
t07 > t14; t21; t30
41
Tabela 3. Médias em (Kgf), para o grupo 03 em cinco tempos.
Tempo
N
Média
t00
22
434,29
t07
22
329,85
t14
22
330,52
t21
22
316,94
t30
22
316,81
t00 = primeira medição, tempo inicial
t07 = segunda medição, 07 dias após início
t14 = terceira medição, 14 dias após início
t21 = quarta medição, 21 dias após início
t30 = quinta medição, 30 dias após início
Teste de Friedman
X²calc = 69,425* p= 0,000
Comparações Múltiplas Significantes
t00 > t07; t14; t21; t30
t07; t14 > t21; t30
42
Tabela 4. Médias em (Kgf), para o grupo 04 em cinco tempos.
Tempo
N
Média
t00
22
401,97
t07
22
289,29
t14
22
280,64
t21
22
261,80
t30
22
255,50
t00 = primeira medição, tempo inicial
t07 = segunda medição, 07 dias após início
t14 = terceira medição, 14 dias após início
t21 = quarta medição, 21 dias após início
t30 = quinta medição, 30 dias após início
Teste de Friedman
X²calc = 71,091* p = 0,000
Comparações Múltiplas Significantes
t00 > t07; t14; t21; t30
t07 > t14; t21; t30
t14 > t21; t30
43
Tabela 5. Médias em (Kgf), para os quatros grupos nos tempos 07, 14, 21 e 30 dias.
Grupo
t07
t14
t21
t30
01
360,43
336,66
340,43
322,28
02
377,30
363,24
342,96
331,79
03
329,85
330,52
316,94
316,81
04
289,29
289,29
280,64
255,50
Tabela 6. Teste de Kruskal-Wallis, para os tempos 07, 14, 21 e 30 dias.
t07
X²calc = 58,029*
p = 0,000
t14
X²calc = 50,495*
p = 0,000
t21
X²calc = 51,602*
p = 0,000
t30
X²calc = 35,027*
p = 0,000
44
Tabela 7. Comparações múltiplas nos tempos 07, 14, 21 e 30 dias.
t07; t14; t21; t30
grupo 04 < grupos 01, 02 e 03
t07; t14
grupo 03 < grupo 02
Tabela 8. Médias em (%), para os quatros grupos entre o tempo inicial (t00) e os
tempos 07, 14, 21 e 30 dias.
Grupo
t00-t07
t00-t14
t00-t21
t00-t30
01
23,97
28,99
28,19
32,02
02
20,41
23,38
27,66
30,01
03
30,42
30,28
33,14
33,17
04
38,98
40,80
44,78
46,10
Tabela 9. Teste Delta percentual (%) entre o tempo inicial (t00) e os tempos 07, 14,
21 e 30 dias.
t00-t07
X²calc = 58,029*
p = 0,000
t00-t14
X²calc = 50,495*
p = 0,000
t00-t21
X²calc = 51,602*
p = 0,000
t00-t30
X²calc = 35,027*
p = 0,000
Tabela 10. Comparações múltiplas nos deltas % entre o tempo inicial (t00) e os
tempos 07, 14, 21 e 30 dias.
t00 e t07; t14; t21; t30
grupo 04 > grupos 01, 02 e 03
t00-t07
grupo 03 > grupo 02
t00-t14
grupo 03 > grupo 02
45
6. DISCUSSÃO
46
6. DISCUSSÃO
Os elásticos podem ser manufaturados a partir da seiva da
árvore Hevea brasiliensis, sendo denominados de elásticos naturais, muito utilizados
como elásticos intermaxilares, para a correção das Cl II e Cl III de Angle. Já os
elásticos manufaturados assemelham-se à borracha natural, e, a forma mais comum
de apresentação desses elásticos, é em cadeia corrente (‘alastik’). Normalmente os
‘alastik’ são empregados intramaxilarmente, para fechamentos de espaços e
rotações dos elementos dentais20, 09.
As cadeias elásticas podem apresentar como sinônimo, além de
‘alastik’, o termo cadeia elastomérica04.
Os elásticos sintéticos apresentam a vantagem de serem menos
susceptíveis de exacerbar reações alérgicas25.
As cadeias elásticas são encontradas no comércio, a exemplo
dos módulos elásticos, em várias cores, sendo, porém, as mais comuns, o cinza e o
incolor.
Essas cadeias elásticas são classificadas de acordo com a
distância que um elo apresenta-se do outro. Podem ser então, chamadas de curtas
e longas.
As cadeias curtas não apresentam segmentos de união entre os
elos.
47
As cadeias longas apresentam um segmento de união entre os
elos.
Nesse experimento foi tomado o cuidado para que durante a con
-fecção dos dispositivos de tração (corpos de prova), a secção entre os elos, não
incluísse material do elo a ser analisado.
Para tanto, todos os corpos de prova foram levados ao
esterioscópio Westover, com sistema de captura Boeckeler VIA 100, onde foi
analisada, não somente a forma do elástico, mas também, a luz interna dos elos.
Toda vez, em que foi observada, alguma alteração nas paredes
dos elos, esses foram descartados, para que não mascarasse os resultados da força
de tração.
A maior dificuldade foi observada no corpo de prova do elástico
corrente curto, sendo necessário, invariavelmente, o descarte do elo subseqüente.
O gabarito possuía uma fileira central, com hastes retas de fio
0,7mm, e, duas fileiras laterais, com hastes, cujas pontas foram curvadas para
facilitar a tração dos corpos de prova. Nas hastes curvas, foram encaixados os elos
elásticos que não estavam presos pelo amarrilho do corpo de prova. A haste reta
teve a função de reter o amarrilho, após a distensão de duas vezes a distância de
dois elos mais o segmento que os une. Uma vez distendidos, os corpos de prova
permaneciam submergidos em um recipiente com água destilada a 37°C, sendo
retirados somente para as demais mensurações.
48
Foram utilizados dois elos, devido ao fato de ser observado na
prática clínica, que alguns profissionais apresentam esse hábito, porém não foi
encontrado na literatura, nada que justificasse tal prática.
Foi observado, para os quatro grupos, que a força inicial foi
sempre maior do que nas demais mensurações, e, que o declínio de tempo a tempo
foi verdadeiro, porém, não de forma constante.
No grupo 01, foi observada uma diferença significantemente
maior do t00 para o t14, t21 e t30, e também, do t07 para o t14 e t30.
No grupo 02, na comparação dos tempos, foi observado que o
tempo inicial foi significantemente maior que observado nos t07, t14, t21e t30, e, as
médias do t07 foram significantemente maiores que as médias obtidas no t21 e no
t30.
No grupo 03, as médias iniciais foram significantemente maiores
que as médias iniciais observadas nos demais tempos. Também foi observado que
as médias dos tempos t07 e t14 são significantemente maiores que as dos tempos
t21 e t30.
No grupo 04, foi observado que as médias iniciais foram maiores
significantemente que as médias iniciais dos tempos t14, t21 e t30, e o mesmo foi
observado para o tempo t07 comparando ao t21 e t30. Outra diferença estatística
observada foi que a média obtida no tempo t14 foi maior que no t21.
49
Esses valores das médias podem ser avaliados nas tabelas 01 a
04.
Em uma comparação múltipla nos tempos t07, t14, t21 e t30,
verificou-se que as médias do grupo 04 são menores que a dos demais grupos no
tempo t07 e no t14, e, o grupo 02, teve média maior que o grupo 03.
Concordando com os autores ABRÃO, MENDES & ARTESE01;
ANDREASEN & BISHARA02; ARAÚJO & URSY03; BATY04; BELLO07; GIOKA13;
KCANCHANA & GODFREY17, KUSTER, INGERVALL & BURGIN18; NIXON20;
RUSSEL25; TALOUMIS28; e WONG29, a grande perda da força ocorre no primeiro
tempo de mensuração (07 dias), diminuindo percentualmente nos demais tempos
para todos os grupos.
A queda da força em porcentagem, para o grupo 01, foi de
23,97%, do t00 para o t07, e deste, para o t14, foi de 5,02%, tendo pequeno
aumento de 0,8% para o t21, sofrendo nova queda para o t30, de 3,83%, perfazendo
o total de 32,02%.
A queda para o grupo 02 foi de 30,01% em 30 dias, sendo que a
maior perda ocorreu nos primeiros 07 dias com 20,41%, mais 2,97% do t7 ao t14.
Deste até o t21, houve perda de 4,28%, e do t21 ao t30, mais 2,35%. Este grupo
apresentou os melhores resultados para a troca dos dispositivos de tração em 30
dias. A perda em 30 dias foi menor que a dos grupos 03 e 04 em apenas 07 dias.
50
Para o grupo 03, a grande perda ocorreu nos primeiros 07 dias,
com 30,42%, teve aumento de 0,14% para o t14, voltando a cair no t21, em 2,86%,
permanecendo quase estável para o t30, com apenas 0,03% de perda, perfazendo
um total de 33,17%. As perdas nos 30 dias mantiveram-se próximas da perda dos
primeiros 07 dias, porém com valores de perda maiores que do grupo 02.
O grupo 04 tem perda maior que os demais grupos, com perda
ao final dos 30 dias, perfazendo 46,10%, a maior perda de todos os tempos e
grupos, que foi nos primeiros 07 dias de 38,98%, seguida de uma perda de mais
1,82% do t07 para o t14, e mais 3,98% para o t21, e 1,32% até o t30. Este grupo foi
o que mais obteve perdas.
Todos os quatro grupos apresentaram força inicial e ao final de
30 dias, superior a recomendada para o fechamento de espaços (150gf a 200gf)08.
51
7. CONCLUSÃO
52
7. CONCLUSÃO
Pode-se concluir que as forças iniciais são altas, sendo maiores
para o grupo 02 (cadeia elástica com dois elos de elástico corrente com segmento
de união curto - cinza, marca Abzil), seguido do grupo 01 (cadeia elástica com dois
elos de elástico corrente com segmento de união curto - cinza, marca Morelli), do
grupo 03 (cadeia elástica com dois elos de elástico corrente com segmento de união
longo - cinza, marca Morelli), e, pelo grupo 04 (cadeia elástica com dois elos de
elástico corrente com segmento de união longo - cinza, marca Abzil).
A degradação da força foi menor para o grupo 02 (cadeia
elástica com dois elos de elástico corrente com segmento de união curto - cinza,
marca Abzil), seguido do grupo 01 (cadeia elástica com dois elos de elástico
corrente com segmento de união curto - cinza, marca Morelli), do grupo 03 (cadeia
elástica com dois elos de elástico corrente com segmento de união longo - cinza,
marca Morelli), e, pelo grupo 04 (cadeias elásticas com dois elos de elástico corrente
com segmento de união longo - cinza, marca Abzil).
53
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
54
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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64, n. 3, p. 199-210, 1994.
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v. 46, n. 2, p.196-205, apr-1976.
59
ANEXOS
60
ANEXOS
Médias do Grupo 01
XXXXX
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Grupo 01 – 02 Elos Elásticos Curtos Morelli
00 Dias
07 Dias
14 Dias
21 Dias
474,07
329,14
309,32
277,40
457,93
330,60
317,39
326,93
471,50
341,24
306,02
317,39
488,38
395,55
380,87
362,16
464,17
355,56
362,89
365,10
461,60
332,81
303,82
304,18
473,34
405,82
362,89
366,20
443,62
300,15
277,40
283,64
465,27
304,55
287,67
300,15
467,84
391,51
363,63
353,35
468,20
384,91
359,59
353,35
459,76
329,14
301,98
325,83
486,55
362,16
346,38
340,88
466,73
383,81
358,12
378,67
456,46
353,72
345,65
356,66
465,63
372,07
342,35
347,48
473,71
411,70
380,14
389,31
466,73
394,08
368,03
368,40
483,98
326,93
309,69
319,23
470,77
367,30
336,84
341,98
486,55
383,81
348,22
357,39
494,25
372,80
337,58
353,72
30 Dias
277,40
277,03
305,29
325,10
332,07
274,83
351,52
260,15
268,23
353,35
350,05
297,95
330,24
367,30
332,07
332,07
378,30
362,53
306,02
329,14
342,35
337,21
61
Médias do Grupo 02
XXXXX
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Grupo 02 – 02 Elos Elásticos Curtos Abzil
00 Dias
07 Dias
14 Dias
21 Dias
479,94
383,07
335,37
297,95
488,75
396,28
365,83
343,45
481,41
386,38
357,39
332,07
470,04
370,97
350,79
330,97
434,81
362,89
337,21
323,27
451,32
361,06
322,53
307,12
403,99
345,65
361,43
348,22
462,33
378,30
328,77
342,35
477,01
411,33
389,31
384,91
472,61
365,46
342,71
330,24
470,40
395,92
380,14
361,06
431,14
374,27
362,89
309,69
480,68
380,14
379,77
367,30
468,20
361,06
357,76
337,94
472,61
398,85
401,79
371,70
468,20
382,71
368,03
346,01
471,14
361,79
356,29
331,34
467,47
390,78
384,54
353,72
399,22
335,54
350,42
315,93
484,71
400,69
387,48
380,51
485,08
369,28
383,07
359,96
454,26
388,21
387,84
369,50
30 Dias
309,32
385,28
264,19
380,51
285,84
353,72
320,70
292,08
362,53
260,52
323,27
284,00
368,76
307,85
345,28
311,16
315,56
379,77
318,13
330,60
395,18
405,09
62
Médias do Grupo 03
XXXXX
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Grupo 03 – 02 Elos Elásticos Longos Morelli
00 Dias
07 Dias
14 Dias
21 Dias
435,91
314,46
299,78
282,54
435,91
331,70
321,43
303,08
434,81
352,99
343,45
332,44
431,14
359,22
359,96
354,09
434,44
364,73
371,70
366,93
428,21
347,48
352,25
340,51
431,88
328,04
328,77
317,03
434,08
340,14
343,45
332,81
433,34
324,37
324,73
310,42
426,37
279,97
278,13
262,72
435,55
328,40
330,60
327,30
434,08
305,65
305,65
298,31
435,91
318,50
322,90
307,12
435,91
335,37
336,11
325,10
432,24
297,95
296,11
292,08
433,71
314,83
319,60
319,96
431,51
336,84
348,95
343,08
437,01
307,12
318,13
276,67
437,38
335,74
337,21
321,06
439,22
336,47
341,24
321,06
438,48
351,52
341,61
326,20
437,38
345,28
349,68
312,26
30 Dias
281,07
297,21
325,10
354,82
367,30
340,14
315,93
332,81
308,95
263,09
308,59
293,54
321,06
328,40
278,13
323,63
301,98
300,88
332,44
327,30
338,68
328,77
63
Médias do Grupo 04
XXXXX
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Grupo 04 – 02 Elos Elásticos Longos Abzil
00 Dias
07 Dias
14 Dias
21 Dias
397,75
258,32
249,15
238,50
405,82
265,29
274,46
261,99
394,82
303,45
287,31
264,92
398,12
296,48
278,87
270,06
394,82
291,71
269,33
261,99
395,45
261,62
254,28
270,43
403,62
280,33
272,63
256,85
404,36
292,44
303,45
272,26
402,89
334,64
284,74
257,58
401,05
310,06
308,22
291,71
406,19
299,05
305,29
281,07
394,45
303,82
290,24
270,06
397,75
293,54
288,41
262,72
406,19
327,67
326,20
305,29
408,76
328,04
321,06
296,85
403,62
280,70
277,40
252,81
406,93
279,97
268,23
241,81
404,72
246,21
236,30
215,39
402,52
276,30
262,72
246,21
406,56
261,99
246,58
224,19
402,89
295,75
282,17
254,28
403,99
277,03
286,94
262,72
30 Dias
242,91
289,14
290,61
161,08
281,07
258,69
270,06
283,27
199,61
295,01
294,64
295,01
196,31
284,00
244,38
254,28
267,86
217,96
266,02
227,86
280,70
220,52
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2ª rm hospital geral de são paulo geraldo josé ferreira s