Ano X - N o 35 Ago/Out - 2005 Participe dos debates sobre a comercialização de armas de fogo EXERÇA SUA CIDADANIA TECNOLOGIAS A SERVIÇO DA COMUNIDADE Associação Brasileira das Universidades Comunitárias SEPN - Quadra 516, Conjunto D (Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB) CEP: 70 770-524 - Brasília-DF Telefax: (61) 3349-3300 / 3347- 4951 Home page: www.abruc.org.br DIRETORIA PRESIDENTE Aldo Vannucchi, Reitor da Uniso 1º VICE-PRESIDENTE Luiz Augusto Costa a Campis, Reitor da UNISC 2º VICE-PRESIDENTE Irmão Clemente Ivo Julliato, Reitor da PUC-PR 1º VOGAL Pe. Jésus Hortal Sanchez, Reitor da PUC-Rio 2º VOGAL Gustavo Jacques Dial Alvim, Reitor da UNIMEP CONSELHO FISCAL Baptista Gargione Filho, Reitor da UNIVAP Luiz Antonio Rizzon, Reitor da UCS Pe. Aloysio Bohnen, Reitor da UNISINOS S UPLENTES Marcio Rillo, Reitor do Centro Universitário da FEI Pe. José Benedito de Almeida David, Reitor da PUC-Campinas SECRETÁRIO -EXECUTIVO José Carlos Aguilera ASSESSORA DE IMPRENSA Patrícia Goulart CONSELHO EDITORIAL ○ Rosa Ana Bisinella Coordenadora de Comunicação Social da UCS Beatriz Elias Assessora de Comunicação Social da UNIMEP ○ ○ ○ Júlio César Gonçalves Assessor de Comunicação Social da UNISO Robnaldo Fidalgo Salgado Assessor de Imprensa da UNISANTOS Maria Carmen Caprara Costamilan Coordenadora da Assessoria de Comunicação e Marketing da UNISC 2 Agosto/Outubro - 2005 ○ ○ ○ TIRAGEM 15 mil exemplares ○ ○ ○ ○ EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Licurgo S. Botelho (61) 3349-5274 ○ ○ ○ EDITORA-GERAL Patrícia Goulart Reg. Prof. no 1.126/83 - DF ○ ○ ○ E-mail: [email protected] ○ ○ Home page: www.abruc.org.br Eliane Borges Assessora de Comunicação Social da UCG ○ Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951 ○ ○ Comentário sobre o conteúdo editorial, sugestões, críticas e releases. ○ ○ REDAÇÃO Carlos Alberto Carvalho Coordenador de Comunicação Social da PUCRS ○ ○ FALE CONOSCO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ASSESSORES ADMINISTRATIVOS Hermes Nunes Lamotte Patrícia de Paula Santos As fotos utilizadas nesta edição foram cedidas pelas instituições. Ín d ice 7 ABRUC convoca associadas a promoverem debates em torno do desarmamento Desafios ambientais da urbanização 8 Pesquisadores apresentam tecnologia para madeireiras Gastronomia une 9 cozinha e arte 10 12 Pesquisa estuda relação entre anemia e desempenho dos atletas IX Encontro dos Assessores de Comunicação das IES Comunitárias 4a 6 Alimentos fora de padrão ou da data de validade podem ser consumidos UniSantos inaugura Cátedra Paulo Freire 13 14 Parlamento universitário cria Rede Universitária de Cidadãos Cristãos Novo método para o diagnóstico do HIV/Aids Curso de Odontologia da Univille é destaque nacional Trabalhos Comunitários 16 19 Projeto divulga literatura e incentiva a leitura em comunidades carentes Robôs da FEI jogam futebol na Robótica 2005 10 Projeto da Unisc recebe Prêmio Finep de Inovação Tecnológica 11 Trabalho comunitário muda escala de valores de universitários Alunos dão aula de cidadania realizando trabalho voluntário 20 Alfabetizadores solidários de catadores de material 21 Formação reciclável com apoio do Canadá URI promove cultura indígena nas Missões 15 22 Educação no berçário 23 Mutirão pela Inclusão Digital ForExt – XII Encontro Nacional elege nova Coordenação 24 FAUBAI – Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais 25 Leitura Obrigatória Em busca da felicidade 18 Projeto Afinando as Cordas Agosto/Outubro - 2005 20 3 IX ENCONTRO DOS ASSESSORES DE COMUNICAÇÃO DAS IES COMUNITÁRIAS Profissionais debatem no Mackenzie a comunicação na avaliação P rofissionais de Comunicação das Instituições de Ensino Superior Comunitárias da ABRUC estiveram reunidos em São Paulo, nos dias 31 de agosto a 2 de setembro, para a realização do IX Encontro dos Assessores de Comunicação das IES Comunitárias. O evento, sediado e apoiado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, acontece anualmente de forma itinerante e faz parte do calendário da entidade. ABERTURA – Durante a cerimônia de abertura estiveram presentes o presidente da ABRUC e reitor da Universidade de Sorocaba (Uniso), Aldo Vannucchi, e o reitor do Mackenzie e presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), Manassés Claudino Fonteles, compondo a Mesa. Na ocasião, Vannucchi, ao ressaltar a importância do evento para a ABRUC, elencou as qualidades que os gestores das instituições esperam de um profissional de comunicação. Ele realçou ainda a necessidade do reconhecimento da missão comunitária por parte dos profissionais da área para que se possa, então, trabalhar a difusão do conceito. Na ocasião, o reitor do Mackenzie lembrou a importância da inclusão das IES Comunitárias no último texto do anteprojeto da Reforma da Educação Superior como um terceiro segmento 4 Agosto/Outubro - 2005 educacional, juntamente com as públicas e as particulares. Segundo ele, é necessário agora divulgar esse feito, por meio da produção de material que enfoque o diferencial de uma instituição comunitária, além da qualidade no ensino, no trabalho de pesquisa e na extensão. TRABALHO CONJUNTO – O evento da ABRUC propicia a jornalistas, publicitários e profissionais de relações públicas a oportunidade de aperfeiçoar seu trabalho por meio da troca de experiências entre profissionais de IES em todo o país. “O encontro oportuniza o desenvolvimento de ações conjuntas em prol da divulgação do conceito de universidade comunitária”, registra Eliane Borges, da Universidade Católica de Goiás (UCG). AÇÕES – Dentre as ações previstas no relatório final do encontro, denominado Carta de São Paulo, elaborado pelos participantes, estão: o pleito junto às reitorias de um percentual maior da verba de divulgação institucional para a TV e a Internet, meios considerados de maior potencial de penetração no principal público-alvo das IES, que são os estudantes do ensino médio, faixa etária de 17 a 24 anos, sem desconsiderar a utilização também dos demais veículos, como jornal, outdoor, rádio, cinema e mecanismos alternativos de O presidente da ABRUC, Aldo Vannucchi (Uniso João José Curvello (UCB) Ataíde Teruel (Mackenzie) do ensino superior e novas ferramentas de trabalho o), reitor Manassés Claudino (Mackenzie), Gilson Novaes e Pedro Ronzelli (Mackenzie) Durante dois dias, os participantes do evento da ABRUC puderam ouvir palestras de um elenco variado de profissionais Dilvo Ristoff (MEC) divulgação. Segundo os participantes do evento, é estratégica a elaboração, a curto prazo, de um vídeo institucional da ABRUC, a ser veiculado, inicialmente, em todos os canais universitários e comunitários do país. Outro ponto discutido foi a “alimentação” do novo site da entidade. Os participantes se comprometeram a enviar, diariamente, notícias das IES, para que o veículo possa estar sempre atualizado. Ficou decidida ainda a criação de um grupo de trabalho na web, denominado ComunicaAbruc, visando à troca permanente de dados, planejamento, execução de ações conjuntas de divulgação e definição da pauta para a edição da revista Comunitárias. NOVAS TECNOLOGIAS – Outro ponto bastante debatido no evento foi a questão das novas tecnologias. Com relação ao assunto, ficou clara a necessi- dade de atualização permanente do profissional de comunicação. Os debates levaram às seguintes conclusões: o trabalho de comunicação e marketing deve ser desenvolvido de forma integrada pela IES; os canais de diálogo com a comunidade interna devem ser ampliados, buscando, assim, o envolvimento nas ações e nas campanhas de divulgação institucional e, finalmente, devem ser realizadas pesquisas para o levantamento de indicadores que possam respaldar as iniciativas de comunicação e marketing. PALESTRAS – Durante dois dias inteiros os participantes do encontro da ABRUC puderam ouvir palestras com um elenco variado de profissionais. No primeiro dia, Dilvo Ristoff, diretor de Estatísticas e Avaliação de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), falou sobre a recente inclusão da questão da comunicação no processo de avaliação do MEC, na palestra A Comunicação na Avaliação do Ensino Superior. De forma simples e clara, Ristoff explicou que a comunicação é essencial para que se possa fazer justiça ao cenário da educação superior no momento da avaliação. “Hoje, jornalistas orientam os dados divulgados de forma a ranquear o processo, coisa que o MEC não faz. Assim, o público molda sua opinião de acordo com o que sai na mídia. Daí a Agosto/Outubro - 2005 5 U Vanderlei Dias de Sousa (Mackenzie) Carlos Alberto (PUCRS) e Roberto Mac Cracken (Mackenzie) Mariza Reis (Mackenzie), Amália Fernández Gómez (UMESP) e Regina Célia (Mackenzie) Sebastião Squirra (UMESP) Gabriel Chalita (Secretário de Educação de SP) e o Decano Ademar Pereira (Mackenzie) No último dia, o tema Novas Tecnologias foi o ponto alto dos debates. No encerramento do evento, Gabriel Chalita falou sobre Poder e Ética. importância do profissional do setor conhecer o processo de avaliação. A agenda do jornalista não trabalha de acordo com a agenda acadêmica, assim, vale a interpretação”, declarou Ristoff, ao orientar os jornalistas para que rompam o silêncio e abram canais. Desse modo, poderão realmente se comunicar. “Vocês devem ter a percepção clara da importância do papel da mídia”, registrou. “Vocês devem ter três formas de olhar: uma sobre a instituição, outra sobre o curso e uma última sobre o aluno. Devem propagar fielmente o que sua instituição oferece. E a instituição deve se expandir com qualidade”, afirmou, para acrescentar em seguida: “Nenhum país pode aspirar ser desenvolvido sem um forte sistema de educação”. As Estratégias do Marketing Educacional também foram tema de palestra proferida pelo diretor do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília, (UCB), João José Curvello. Na oportunidade, Curvello discursou sobre novas práticas, novos espaços e novas alternativas. Segundo ele, uma comunicação para ser considerada ex- 6 Agosto/Outubro - 2005 celente deve aproximar a imagem dos discursos. No último dia, o tema discorreu sobre novas tecnologias. O diretor da Faculdade de Comunicação Multimídia da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), jornalista Sebastião Squirra, especializado em jornalismo on-line, falou sobre o mundo atual, que, segundo ele está “tecnologizado”, com uma diferente forma de cultura. Ataíde Teruel, responsável pelo Departamento de Marketing, e o coordenador do curso de Jornalismo, Vanderlei de Sousa, desenvolveram o case A Comunicação no Mackenzie. Na ocasião, Teruel apresentou campanhas publicitárias trabalhadas pela instituição e a nova proposta de comunicação desenvolvida com base em pesquisa com o público interno e externo. Carlos Alberto Carvalho, coordenador de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e Roberto Nussinkis Mac Cracken, do Mackenzie, falaram sobre A Utilização da TV Universitária como Instrumento de Comunicação. Mariza Reis, coordenadora do Segmento das Universidade Comunitárias no Fórum de Assessores de Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais, Regina Célia Faria Amaro Giora, decano de Extensão do Mackenzie e Amália Fernández Gómez, responsável pela Assessoria de Relações Institucionais da UMESP, falaram sobre Internacionalização do Trabalho Comunitário. PODER E ÉTICA – Com esse tema, o Secretário de Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita, encerrou o IX Encontro dos Assessores de Comunicação das IES Comunitárias. Ele não falou de política e nem repetiu o discurso já tão massificado pela mídia sobre corrupção. Chalita filosofou a respeito da importância de se ter ética em todos os momentos da vida e enfatizou que essa qualidade deve ser exercitada a todo instante, para que o exemplo seja seguido. Lembrou a necessidade da coerência no discurso e nas atitudes e finalizou citando Drummond: “Cuidado por onde andas, porque é sobre meus sonhos que caminhas”. E m Pa u t a DESARMAMENTO ABRUC convoca associadas a promoverem debates C om a pergunta “O comércio de armas de fogo e munições deve ser proibido no Brasil?”, será promovido, no próximo dia 23 de outubro, em todo o território nacional, o referendo popular, com mais de 122 milhões de eleitores habilitados. A resposta na urna eletrônica pode ser, de acordo com a ordem estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral, (1) NÃO ou (2) SIM. Um exercício de cidadania previsto na Constituição Federal, inciso II, art. 14, o referendo é, portanto, uma forma de consulta popular sobre matéria de acentuada relevância, na qual o povo manifesta-se sobre uma lei já constituída. Iremos, apenas, ratificá-la ou rejeitá-la. E sobre que lei estaremos nos manifestando? Trata-se do art. 35 da Lei nº 10.826, também conhecida como Estatuto do Desarmamento, na qual consta que “É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei”. A cultura da paz em nossa sociedade requer uma prática cotidiana de políticas públicas de inclusão na educação, saúde, habitação, cultura, lazer, segurança, dentre outras, com a efetiva participação das organizações da sociedade civil e conseqüente mobilização de cidadãos e cidadãs. Portanto, mobilizar-se neste momento é imperativo, um marco na democracia participativa. Com a entrega e destruição de quase meio milhão de armas durante campanha pelo desarmamento, verificamos, para além do caráter educativo que essa política teve, o resultado expressivo, com base em pesquisa, da redução da mortalidade por uso de arma de fogo em ambiente doméstico: bom sinal, preservamos vidas! Em tempo, a ABRUC convoca e incentiva todas as suas associadas a promoverem debates com a comunidade acadêmica e entorno, para mobilizar amplamente a sociedade, de forma permanente, numa campanha contra a violência, seja ela qual for. Como bem escreveu D. Luciano Mendes, arcebispo de Mariana (MG), “o mais importante no debate sobre o desarmamento é a mobilização contra a violência, é insistir na educação para a cidadania, na valorização e respeito da vida, na promoção da justiça social e na construção da cultura da paz”. Aldo Vannucchi Presidente da ABRUC e reitor da UNISO O que é uma entidade de assistência social? D e acordo com o art. 3º da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), “Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas que prestam, sem fins lucrativos, atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos”. Para promover um amplo debate sobre o tema, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) vem recebendo contribuições de entidades que atuam na política de assistência social – quer sejam específicas de assistência social, ou mistas com educação e/ou saúde, conforme prevê os Decretos nº 752/93 e nº 2536/98, conjugado com a Lei nº 8212/91 – para a realização de um Seminário Nacional em Brasília. O evento, marcado para acontecer no dia 17 de outubro, contará com a participação de entidades, conselheiros e usuários da política de assistência social. Na ocasião, serão estimuladas discussões a respeito desses conceitos e do cotidiano das entidades, em especial, daquelas que executam ações em consonância com a política nacional de assistência social, como é o caso das IES Comunitárias que atuam, inclusive, no campo da educação e da saúde. O Seminário discorrerá, também, a respeito de entidade de “assessoramento e defesa de direitos”, conceito pouco difundido e que conta hoje com um número expressivo de instituições atuando de forma intensa no país. Regulamentar o art. 3º com a participação dos envol- vidos, como as entidades específicas e mistas de assistência social e os usuários, é o caminho para assegurar a diretriz dada pela LOAS da efetiva “participação da população, por meio de organizações representativas na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis”. Dessa forma, caminhamos rumo à concretização dos objetivos da assistência social-LOAS de “realizar-se de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender às contingências sociais e à universalização dos direitos sociais.” Mais Informações no site www.mds.gov.br José Carlos Aguilera Secretário-Executivo da ABRUC Agosto/Outubro - 2005 7 Desafios ambientais da urbanização ientistas e urbanistas de 26 países e de instituições internacionais ligadas ao planejamento urbano no mundo se encontraram em Brasília para o Congresso Internacional em Planejamento e Gestão Ambiental, realizado entre os dias 11 e 15 de setembro. Promovido pela Universidade Católica de Brasília em parceria com a Universidade Técnica de Berlim, com o apoio de diversas instituições brasileiras e internacionais, o Congresso aconteceu no Hotel Nacional nos três turnos. O próximo evento está marcado para 2007. Questões – Na ocasião, foram discutidos os impactos sociais e ambientais das grandes cidades, além de estabelecidos novos padrões de gestão urbana para o século XXI. O Congresso foi o primeiro grande evento em âmbito mundial. O presidente de honra do Congresso, Jorge Gravidia, abriu o evento falando sobre Os Desafios Ambientais Urbanos na Escala Global. Além da palestra, foi lançada a exposição Brasília: Patrimônio Cultural do Mundo, aberta pela primeira-dama do Distrito Federal, Weslian Roriz, com a presença do superintendente do Instituto do Patrimônio C Tecnologia. O terceiro tema abordou Gestão Ambiental Urbana na Prática: Experiências e Estudos de Casos, discutindo políticas mais abrangentes em áreas como transporte, saneamento, qualidade do ar, gestão da água, entre outros. Propostas do ConAlfredo Gastão (IPHAN), Enio Dutra (GDF), Ivan Rocha gresso – Uma das proposNeto (Pró-Reitor da UCB), Jorge Gravidia (Un-Habitat-ONU) tas do Congresso é criar e Hartmut Kenneweg (Universidade de Berlim, Alemanha) uma Associação InternaHistórico e Artístico Nacional (Iphan), cional de Planejamento e Gestão Alfredo Gastal. Ambiental, por meio de uma rede de Durante uma semana, três grandes trabalho que dará continuidade aos detemas foram apresentados. O primeiro bates propostos. Outro ponto importante é a divulgaretratou as Transformações e o Impacto Ambiental na Ásia, África, América-Lati- ção internacional de uma carta elaborana e Europa. Representantes dos quatro da pelos participantes, que servirá como continentes enfocaram experiências reais diretriz para as políticas ambientais no em planejamento e gestão ambiental ur- meio urbano do mundo. A primeira bana. A temática Meio Ambiente, Ur- declaração sobre o urbanismo mundial, banização e Inclusão Social foi discutida a carta de Atenas, foi escrita em 1933. O em uma mesa-redonda com a presença documento de Brasília, que será assinado secretário de Ciência e Tecnologia do pelo arquiteto Oscar Niemeyer, marpara a Inclusão Social, Rodrigo cará o nascimento de um novo urbanisRollemberg, do Ministério de Ciência e mo que leva em conta a sustentabilidade. PESQUISADORES APRESENTAM TECNOLOGIA PARA A Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) recebeu, no último mês de agosto, o professor Márcio Pereira da Rocha, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos criadores do projeto, para apresentar a MaxiTora, um software, desenvolvido por pesquisadores da UFPR, com a finalidade de otimizar procedimentos dentro de uma serraria. Na ocasião, estiveram presentes estudantes, profissionais e empresários do setor madeireiro da região serrana e do Sul do país. Rapidez na tomada de decisões – Desenvolvido por profissionais experientes do setor florestal, o software MaxiTora é um aliado da indústria de madeira serrada. Ele propicia um melhor aproveita- 8 Agosto/Outubro - 2005 Gastronomia une cozinha e arte A MADEIREIRAS mento da matéria-prima oriunda de reflorestamentos. Provido de variadas ferramentas, o MaxiTora permite aos profissionais da indústria de madeira serrada a tomada de decisões rápidas e eficientes quanto à otimização do desdobro de madeira reflorestada por classes diamétricas. Segundo Flávio José Simioni, coordenador do curso de Engenharia Industrial Madeireira, “a avançada tecnologia do MaxiTora está sendo apresentada em grandes centros universitários brasileiros e a Uniplac foi uma das escolhidas por contar com um excelente Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas e um dos cursos de Engenharia Industrial Madeireira de ponta no país”, concluiu. arte de cozinhar vai muito além do tempero certo e do sabor dos alimentos. O curso de Tecnologia em Gastronomia da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) foi criado no começo deste ano para aprofundar essa arte criativa. “Ele tem um enfoque artístico”, disse a coordenadora, Daniela Maria Alves Chaud, que atuava como coordenadora de Nutrição e vê o novo curso como um desafio. Os alunos concordam com a professora. Para o estudante André Savóia, “a gastronomia tem um lado artístico que nasce com a gente. É como cantar, apenas alguns têm talento. Busquei a UMESP para saber se tenho esse dom”, falou. Tanto professores quanto alunos se surpreenderam com o mundo que encontraram na gastronomia e se sentem como “crianças que acabaram de ganhar um presente”, registram. O que chama mais a atenção de André é o conhecimento adquirido. “O que me atrai é o turbilhão de coisas que engloba a gastronomia. Ela revela muito sobre hábitos de um povo”, concluiu. Diferentemente dos dois, o estudante Fernando Dottore acha que o curso mostrou que nem tudo parece o que realmente é. “Percebi que na gastronomia nem tudo que parece simples é. Para fazer um prato é preciso muito trabalho, tem que saber o que faz”, ressaltou. Histórias – André Savóia começou a fazer Farmácia. Fernando Dottore terminou o curso de Engenharia de Produção Mecânica. Ambos entraram na primeira turma de Tecnologia em Gastronomia da Metodista no início de 2005. André, que parou o curso de Farmácia por motivos financeiros, acredita que descobriu o que quer fazer. “Não tenho a menor dúvida de que achei a profissão que me faz feliz e é isto que importa. Vou tirar o máximo daquilo que a universidade pode me oferecer”, completou. Mesmo tendo cursado Engenharia, Fernando resolveu entrar para a área em que sua família trabalha há 10 anos. Hoje, ele é sócio de três lojas do Habib’s e administra duas delas. O Curso de Gastronomia veio como forma de aperfeiçoamento profissional. “Hoje em dia, o mercado é cada vez mais competitivo”, disse. Mesmo trabalhando na parte administrativa, Fernando acredita que o curso pode ajudar muito. “Se eu quiser cobrar ou ensinar alguma coisa para alguém, preciso conhecer”, afirmou. Mercado em ascensão Para a professora Daniela Chaud a área está em alta porque as pessoas estão preocupadas tanto com a qualidade de vida quanto com o lazer. “A alimentação não é só biológica, mas social e psicológica também”. Uma das provas de que a gastronomia está ganhando espaço entre as pessoas são os inúmeros materiais voltados para a área. “Nas li- vrarias, encontramos uma grande quantidade de publicações de conteúdo moderno”, afirmou a professora. Para Fernando Dottore, o mercado está em expansão e sempre aberto para quem é bom. “Sempre tem lugar para quem quer desenvolver um trabalho diferenciado e de qualidade”, disse. Agosto/Outubro - 2005 9 Robôs da FEI jogam futebol na Robótica 2005 A tual campeã brasileira, a equipe de futebol de robôs do Centro Universitário daFundação Educacional Inaciana (FEI) agitou A Robótica 2005 Salão Internacional de Robótica e Inteligência Artificial, a primeira feira nacional de robôs e produtos inteligentes, que aconteceu entre os dias 8 e 11 de setembro, no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. Sem qualquer participação humana, os robôs disputaram divertidas partidas com mais três instituições de ensino. Comandados por um software que roda em tempo real num computador, os três jogadores, incluindo goleiro, têm formato de cubos e são controlados via radiofreqüência com recursos de inteligência artificial. As partidas acontecem num campo de 150 x 130cm, com uma câmera instalada no alto do centro, responsável pela emissão de informações sobre a posição dos jogadores para o computador, que manipula cada jogador de acordo com uma programação inteligente. Inteligência artificial – Apesar de se tratar de um encontro mercadológico, os visitantes também podem conhecer como os projetos estimulam o interesse pela robótica e inteligência artificial, por Estudantes vêem, na prática, a aplicação da inteligência artificial meio do entretenimento das simulações entre equipes de futebol de robôs. Para o engenheiro Flávio Tonidandel, professor doutor do Departamento de Ciência da Computação e responsável pelos projetos da FEI, os robôs atuam como laboratório de ensino e pesquisa aos alunos, pois envolve aspectos complexos da ciência robótica. “Os estudantes vêem na prática a vasta aplicação da inteligência artificial”, afirma. Atrelados aos cursos de Ciência da Computação e Engenharias Elétrica e Mecânica, os robôs visam despertar nos alunos o interesse por projetos na área de robótica, por meio do desenvolvimento da tecnologia necessária da montagem do hardware até a programação do software. “Queremos, acima de tudo, difundir o conhecimento sobre robótica de forma a despertar cada vez mais o interesse nas pesquisas”, afirma o engenheiro Tonidandel. Além das partidas de futebol, os cerca de 25 mil visitantes também puderam conhecer, por meio de exposição, produtos inteligentes, tecnologias avançadas e aplicações. Foram 60 expositores, entre empresas fabricantes, importadoras e distribuidoras de produtos inteligentes e tecnologias avançadas. Pesquisa estuda relação entre anemia e desempenho dos atletas que realizam exercício aeróbico intenso. Para coletar os dados, esses animais foram submetidos a sessões de 30 minutos de natação, com peso extra de 10% do seu peso corporal, por um período de oito semanas. O estudo tenta fazer uma relação com atletas que treinam muito durante a semana, como é o caso dos fundistas que, muitas vezes, apresentam “anemia” em índices considerados doença, apesar de não ser. Entretanto, a deficiência de ferro no organismo, conhecida como “anemia do atleta”, pode ser, a longo prazo, prejudicial à saúde, causando uma diminuição da capacidade de trabalho do atleta. N o decorrer dos últimos anos, a relação entre a anemia nos atletas e a sua capacidade de trabalho físico é um tema que tem despertado interesse por parte de treinadores, médicos e outros profissionais ligados ao esporte de rendimento. Este é o tema central de um estudo desenvolvido no Biotério Central da Universidade de Passo Fundo (UPF) pelos professores Lílian Ribeiro e Hugo Tourinho Filho, ambos da Facul- 10 Agosto/Outubro - 2005 dades de Educação Física e Fisioterapia (FEFF), e Luciano Siqueira, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), auxiliados por alunos-bolsistas do curso de Educação Física (Probic-Fapergs e Pibic). Com o título Respostas Hematológicas Agudas após Exercício Físico Intenso de Resistência Aeróbica em Ratas Treinadas, a pesquisa tem como objetivo estudar o comportamento de variáveis hematológicas (sangue) e naquelas Projeto da Unisc recebe Prêmio Finep de Inovação Tecnológica O estudo Filtro para desfluoretação de águas subterrâneas foi um dos vencedores do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica 2005, na categoria Inovação Social. O projeto da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) concorreu com outros 44 trabalhos de instituições de ensino e empresas de todo o país. A pesquisa começou em 1996, especificamente na região do Vale do Rio Pardo. Entre 1997 e 1999, professores e alunos do Departamento de Biologia e Farmácia observaram que em 10,6%, dos 500 poços pesquisados, a água apresentava concentrações excessivas de flúor. Realidade – Água tratada, saída da torneira, não é uma realidade em todos os lares brasileiros. Em muitos municípios, particularmente nas localidades do interior, comunidades utilizam água de poços e fontes naturais. No entanto, ela nem sempre apresenta condições de consumo sem tratamento prévio, devido à características físicas ou químicas apresentam valores em desacordo com os padrões das normas técnicas de potabilidade, particularmente quanto à concentração de flúor. Para tornar essa água adequada ao consumo humano, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) desenvolveu o projeto. A Aluno bolsista faz coletas para medir o teor de flúor da água premiação foi divulgada no início do mês de agosto O filtro serve para deixar a água dentro dos padrões normais. O equipamento é confeccionado com tubos de PVC e carvão ativado. O carvão é o responsável por reduzir o índice de flúor na água. Caso esse índice seja excessivo, ele pode provocar conseqüências como a fluorose dental e problemas nos ossos e articulações. Há um ano, a Unisc monitora oito A professora Lílian utilizou na pesquisa ratas treinadas para nadar Em esportes como a natação e a maratona, existem perdas corporais habituais que, somadas às perdas produzi- das pelo exercício físico intenso, resultam em quadros de astenia, dificuldade para treinar e, em última instância, em protótipos do filtro. Todos os resultados indicaram a remoção do excesso de flúor. Segundo um dos coordenadores da pesquisa, Adilson Ben da Costa, os resultados do estudo e as formas de construção e operação do filtro serão encaminhadas à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para que o equipamento possa ser disponibilizado às comunidades necessitadas. “O filtro tem baixo custo e pode ser instalado pelo próprio usuário”, observa o professor. Essas características foram observadas na premiação da categoria Inovação Social, em que puderam se inscrever trabalhos que promoviam a inclusão social, a interação com a população e a melhoria na qualidade de vida. Como premiação pela participação, o projeto receberá benefícios como um selo alusivo ao prêmio, certificado de participação, pedido de patente do produto e registro de marca, entre outros. Participaram do desenvolvimento do trabalho os departamentos de Biologia e Farmácia, de Química e Física, e de Engenharia, Arquitetura e Ciências Agrárias, além do Pólo de Modernização Tecnológica do Vale do Rio Pardo. A previsão é de que a pesquisa seja concluída no final deste ano. O projeto, desde 2002, vem sendo mantido por meio de um financiamento da Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia para o Programa de Pólos de Modernização Tecnológica. uma clara queda do rendimento esportivo. Segundo a professora Lílian, que é coordenadora do projeto de pesquisa, “temos dificuldades em estudar alguns parâmetros em humanos porque somente em animais se tem maior controle. Assim, esperamos conseguir respostas científicas consistentes que serão acrescentadas às já coletadas na literatura, para podermos aprimorar mais o treinamento dos atletas, tentando minimizar seus efeitos deletérios e melhorar seus desempenhos físicos sem prejuízos para a saúde”, afirma. Os resultados da pesquisa devem ser divulgados até o final do mês de agosto. Agosto/Outubro - 2005 11 Alimentos fora de padrão ou da data de validade podem ser consumidos D ois estudos realizados na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) esquentaram uma discussão que poderá significar menos desperdício de alimentos e mais estômagos cheios. Deve existir uma legislação específica para alimentos destinados à doação? Para as engenheiras de Alimentos Samanta Saraiva dos Anjos e Roberta Steffens, a resposta é sim. A pesquisa de Samanta nasceu durante estágio no Banco de Alimentos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), parceira da universidade. A entidade recebeu cerca de quatro mil latas amassadas, que a princípio deveriam ser descartadas. Curiosa em verificar se os alimentos estariam, de fato, danificados, Samanta resolveu buscar a resposta nos laboratórios da Unisinos. Entre os enlatados, escolheu um alimento com maior risco de reagir com a embalagem: o extrato de tomate. Comprou 240 latas. Preservou 24, para formar o grupo de controle, e colocou as restantes em cima de uma empilhadeira. Para simular um acidente, derrubou-as de uma altura de 2,7 metros. Nenhuma se rompeu. Samanta, então, separou as latas em cinco grupos, de acordo com o local amassado (na lateral, na costura, na tampa, no fundo ou na tampa e no fundo). A cada 50 dias, realizou análises para verificar se havia ocorrido contaminações microbiológicas de bolores e leveduras, e físico-químicas de pH, acidez, ferro e estanho. “Após 150 dias, não consegui encontrar nada fora dos limites aceitáveis pela legislação brasileira. A lata amassada é considerada fora do padrão, mas ninguém se preocupa em saber se o alimento foi afetado. Hoje, há toda uma tecnologia avançada em embalagens que preserva o alimento”, salienta Samanta, que trabalha como laboratorista na Unisinos. Já a engenheira de alimentos Roberta Steffens investigou se a farinha de trigo, um dos alimentos que mais chegam para doação, mantinha-se den- 12 Agosto/Outubro - 2005 A pesquisadora Samanta dos Anjos tro dos padrões mesmo depois de o prazo de validade constante no rótulo estar vencido. Após monitorar, durante um ano, a temperatura e a umidade, ela concluiu que as condições de armazenamento do banco de alimentos eram boas. Nos laboratórios da Engenharia de Alimentos, fez inúmeros testes para verificar a presença de microorganismos, análises de pH, teor de umidade, de proteínas e sais minerais e a acidez graxa das farinhas. Descobriu que, após o vencimento, o produto continuava dentro dos parâmetros estipulados pela Agên- cia de Vigilância Sanitária. “Pretendemos desencadear uma discussão sobre a necessidade de se criar uma legislação específica para os bancos de alimentos. E o trabalho mostrou que a discussão é válida”, pontua Roberta. A coordenadora do curso, Janice da Silva, que orientou o trabalho com a farinha de trigo, lembra que o assunto é bastante delicado e envolve questões de mercado, sociais e éticas. “Nosso desejo é fornecer subsídios técnico-científicos para, possivelmente, criar uma legislação específica”, salienta. Outros trabalhos deverão ser realizados, com o objetivo de ampliar o estudo. O Banco de Alimentos havia solicitado ao Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), de São Paulo, um dos mais bem conceituados do país, um trabalho nessa mesma linha. A pesquisadora paulista elogiou o trabalho realizado pela Unisinos e encontrou resultados similares, o que fortaleceu ainda mais a tese de que é preciso rever as leis atuais. “Dá para mudar tudo o que está aí e resolver o problema da fome, desde que o trabalho seja acompanhado por profissionais capacitados”, destacou o presidente da entidade, Paulo René Bernhard. UNISANTOS INAUGURA CÁTEDRA O Centro de Ciências da Educação da Universidade Católica de Santos (UniSantos) instalou no último mês de junho a Cátedra Paulo Freire. Formada por um grupo que segue as idéias de Paulo Freire, tem como objetivo manter vivo o ideário Freiriano, além de fazer com que o educador seja estudado de forma intensa. O local não foi criado para fazer com que os alunos virem seguidores de Freire, mas sim para que eles possam conhecer uma maneira diferente de pensar. Segundo o professor Dráuzio da Costa Pires de Campos, diretor do Centro de Ciências da Educação, a Cátedra se destina a uma reflexão. Ela é ligada ao projeto Centro Cidadão, que existe há dois anos e tem como objetivo resgatar a cidadania pelo conhecimento. No local, são desenvolvidos inúmeros projetos com alunos dos ensinos fundamental e médio. Presente durante a instalação, o presidente o instituto freiriano, professor Jason Mafra, falou da importância de uma Cátedra dentro da universidade e do seu papel perante os alunos. Mafra registrou que com o projeto, a UniSantos torna-se mais uma parceira do instituto, Parlamento universitário cria Rede Universitária de Cidadãos Cristãos T rês estudantes da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) estavam entre os cinco brasileiros que participaram, entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, do I Parlamento Universitário Latino-Americano, realizado na Universidade Católica da Argentina, em Buenos Aires. O evento, que reuniu mais de 200 estudantes de 28 universidades de países da América Latina, marcou o início da união dos jovens em busca de uma sociedade mais justa e foi encerrado com a primeira ação prática do grupo: a criação de um portal na Internet que vai reunir universitários cristãos que queiram trabalhar por melhores condições de vida em seus países. Segundo os estudantes Marcos Júnior Teixeira de Oliveira, João Gabriel Medeiros e Rafael Otávio de Britto, que representaram a UCP no Parlamento, o encontro teve como objetivo principal reunir estudantes universitários da América Latina para discutirem diferentes aspectos da realidade de seus países. Ao todo, 10 temas foram debatidos e, para cada um deles, foi formatado um documento com as principais propostas de ação. A intenção é que cada estudante, de volta a seu país, busque apoio do go- Estudantes da América Latina debatem diferentes aspectos de seus países verno para a implementação das idéias. “Nós da UCP, junto com os estudantes da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), que também participaram do encontro, vamos formular um documento com as principais propostas do parlamento para entregar ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Queremos conseguir apoio do governo”, explica Marcos. Segundo ele, o comitê organizador do Parlamento reunirá as propostas aprovadas em um livreto, que será entregue às principais autoridades dos países da América Latina e de outros que também apoiaram o evento. “O Papa Bento XVI também receberá. Ele enviou mensagem de apoio aos participantes do encontro”, revela. Os estudantes da UCP participaram de grupos de discussão sobre os temas “A América Latina diante da Ordem Internacional”, “Democracia e Participação” e “Tráfico de Entorpecentes e Dependência de Drogas”. Entre as principais propostas da primeira mesa de discussão estão a cobrança de mais integração entre os países da América Latina e de mais responsabilidade em relação aos direitos humanos. Os integrantes da segunda mesa pediram lideranças para comunidades educativas e campanhas de conscientização sobre a importância da democracia e da participação popular. Na terceira mesa, propostas mais práticas: aumentar a oferta de cursos profissionalizantes para jovens carentes, criar programas de fortalecimento da família e aumentar a fiscalização nas principais entradas e saídas dos países participantes do evento. PAULO FREIRE o direito à “palavra”. A parseguindo a ideologia e os pensamentos de Paulo Freire. “A tir dessa prática, Freire criou comunidade freiriana constio método que o tornaria cotui-se num conjunto de pesnhecido no mundo, fundasoas e instituições que, por mentado no princípio de afinidade e prática políticoque o processo educacional educacionais, se encontram deve partir da realidade ligadas ao legado freiriano”, Jason Mafra falou da importância de uma Cátedra dentro da que cerca o educando. universidade e do seu papel perante os alunos acrescentou. As primeiras experiênPara melhor cumprir essa finalidade, conhecer o instituto basta acessar o site cias com o método tiveram início em 1963, quando 300 trabalhadores foram ou seja, sua missão institucional, o Insti- www.paulofreire.org Pensamento freiriano – O pensa- alfabetizados em 45 dias. Um ponto netuto busca desenvolver pesquisas, para formular e implementar planos, progra- mento freiriano teve início no Nordeste gativo foi o golpe militar que interrommas e projetos nos campos da educa- na década de 60, com Paulo Freire, que peu os trabalhos bem no início e reprição, da cultura e da comunicação. Para considerava que as crianças deveriam ter miu a mobilização. Agosto/Outubro - 2005 13 Novo método para o diagnóstico do HIV/Aids U ma nova técnica para atestar se o paciente tem o vírus HIV foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Caxias do Sul (UCS). O estudo avalia a “testagem por amostra seca em papel-filtro” como forma de realizar o diagnóstico, analisando uma pequena amostra de sangue, coletada a partir de uma picada no dedo e aplicada a um papel. A pesquisa, financiada pelo Programa Nacional de DST/Aids e pela Unesco, foi aprovada pelo Ministério da Saúde, que autorizou a continuação dos trabalhos. Democratizar o acesso – De acordo com o chefe do Laboratório de Pesquisa em HIV/ Aids da UCS, Ricardo da Silva de Souza, a validação comprovou que o papel-filtro tem a mesma eficácia da coleta via punção venosa. Ainda segundo ele, a idéia é acessar áreas remotas e sem estrutura laboratorial. “Os resultados da primeira fase da pesquisa foram positivos”, avalia. “ Essa forma de amostragem possui outras vantagens, além da facilidade na coleta, como o armazenamento, a necessidade de pouca estrutura e recursos humanos, o custo mais baixo e a praticidade na obtenção de respostas, via Internet e Correios”, enumera o pesquisador. Resultados – O médico explica também que foram analisadas 309 amostras durante o período de 3 de dezembro de 2004 a 3 de janeiro de 2005, coletadas no ambulatório de Pré-Natal e HIV/Aids do Hospital Nossa Senhora Método facilita a coleta e o amazenamento das amostras da Conceição, de Porto Alegre, e testadas em diferentes condições de temperatura e umidade, comparadas, posteriormente, com as de outras capitais brasileiras. “Conseguimos mostrar que o teste em papel-filtro funciona e adaptase à temperatura ambiente. Constatamos que as amostras de outras regiões podem ser avaliadas aqui no Sul”, ressaltou. No trabalho realizado, as amostras permaneceram 35 dias sem condições especiais de armazenagem, o que comprova a estabilidade do processo. No método de coleta via punção venosa, o sangue precisa ser processado logo após a coleta, do contrário fica inutilizado. A fase dois da pesquisa deverá iniciar-se neste semestre. Com a validação do método, o próximo passo é realizar novos testes em trabalho de campo e implantar o sistema de devolução dos resultados pela Internet e Correios. Pré-natal mais completo – O estudo deve continuar sendo realizado com gestantes. “A meta é aumentar a cobertura e diminuir o número de crianças infectadas”, observa Souza. Segundo ele, no Brasil existem 17,2 mil gestantes por ano com o vírus HIV ou Aids e somente 38,5% dos casos são diagnosticados no início da gestação. Entre os anos de 2000 e 2003, aproximadamente quatro mil bebês nasceram infectados. Por isso, destaca, a idéia é ter acesso às gestantes de áreas distantes. “Medicamentos existem, mas o controle é maior na área urbana; nas áreas rurais, no Nordeste e Norte do país, ainda é difícil o diagnóstico”, enfatiza. O Laboratório de Pesquisa em HIV/ Aids da UCS iniciou suas atividades no final de 2002 e é o único credenciado, no Brasil, para a coleta por meio de papel-filtro. Nessa pesquisa, além do médico Ricardo da Silva Souza, atuam o professor Marcelo Bertelli e os farmacêutico-bioquímicos Luiz Gustavo dos Anjos Borges e Leonardo Motta. O objetivo é que a UCS seja um centro de referência em pesquisa e treinamento para profissionais de outros estados nessa área. Os professores que atuam no Laboratório desenvolvem, também, duas pesquisas financiadas por instituições norte-americanas. Curso de Odontologia da Univille é destaque nacional O trabalho de pesquisa de alunas do curso de Odontologia da Universidade da Região de Joinville (Univille) foi o único selecionado, na categoria Pesquisador Iniciante (PIO), do estado de Santa Catarina, para ser apresentado no maior evento nacional sobre pesquisa odontológica, a 22ª Reu- 14 Agosto/Outubro - 2005 nião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica. O evento foi realizado no último mês de agosto, em Águas de Lindóia (SP). A pesquisa de título Avaliação do Nível de Conhecimento dos Escolares do Distrito do Saí (São Francisco do Sul/SC, Brasil) em Relação à dieta Cariogênica e Higiene Bucal foi desenvolvida pelas acadêmicas Aline Raquel Kruger, Caroline Fabre e pelos professores Célia Maria Condeixa de França, Paulo Henrique Condeixa de França e Edward Werner Schubert, no programa de extensão do curso de Odontologia Sorria Vila da Glória, que atua com ensino, pesquisa e extensão. Tr a b a l h o s C o m u n i t á r i o s Índios fazem apresentação no lançamento do projeto apoiado pela Unesco URI promove cultura indígena nas Missões A reitora da Universidade Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Mara Regina Rösler, anunciou que a instituição vai desenvolver um projeto de inclusão cultural indígena num programa que conta com a parceria da Rede Globo e da Unesco. Aumentar o diálogo e a prática intercultural na região das Missões é a meta do projeto da universidade, que vai distribuir material divulgando a milenar cultura indígena para 50 escolas públicas da região em 2006. O projeto foi um dos 40 selecionados este ano pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para receber recursos do Programa Criança Esperança, da Rede Globo. “O objetivo é iniciar um diálogo hoje e utilizar a educação formal do ensino fundamental para discutir a questão das culturas M’bya Guarani e Kaingang, sob a perspectiva do indígena. Temos escolas que ainda falam da cultura indígena na perspectiva do século 16, quando ela estava totalmente separada da civiliza- ção ocidental. Por isso, estamos consultando os indígenas. Só será publicado o que deixarem”, diz Antônio Dari Ramos, coordenador do projeto e dos cursos de história e geografia da universidade. Estrutura – A URI já recebeu metade dos R$ 100 mil destinados ao projeto pela Unesco. O dinheiro foi aplicado na montagem da estrutura. Os professores querem produzir material étnicohistórico multidisciplinar para valorizar o patrimônio e a cultura indígena. O material deve ficar pronto em julho de 2006 e poderá ser trabalhado nas licenciaturas de História, Geografia, Letras e Biologia. A meta é atender cerca de 3,5 mil alunos de 50 escolas de ensino fundamental da rede pública da região, que abrange 40 municípios. Oficinas – Após finalizar o projeto, a universidade pretende realizar oficinas pedagógicas e minicursos de formação de professores, além de um simpósio nacional sobre educação formal e inclusão indígena para que a comunidade e pesquisadores aprofundem a discussão so- bre as políticas pró-educação indígena. O MEC, que edita material produzido pelos indígenas, aprova a iniciativa. “O projeto é interessante porque vai permitir o diálogo intercultural em uma região com muitos sítios arqueológicos, com a produção de um material de qualidade que vai renovar as concepções e mentalidades das culturas Kaingang e M’bya Guarani”, afirma Susana Guimarães, consultora da Coordenação-Geral de Educação Escolar Indígena, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). Comunitárias – De acordo com a reitora Mara Regina Rösler, trabalhar num programa que conta com o apoio da Unesco e da Rede Globo “dará um diferencial não só à URI, mas reafirma o compromisso da universidade comunitária que busca ser sempre solidária e reafirmar seu diálogo e compromisso social”. Segundo a reitora, o papel das comunitárias no país é claro ao defender e proporcionar o desenvolvimento regional e a inclusão social, como pode ser atestado outra vez por meio de um projeto como este sobre os indígenas das Missões. Ela observa que as universidades comunitárias aguardam por programas de capacitação de seus docentes para oferecer uma educação cada vez de melhor qualidade. Agosto/Outubro - 2005 15 Tr a b a l h o s Comunitários Projeto divulga literatura e incentiva a leitura em comunidades carentes Oficinas de leitura já beneficiaram mais de 900 crianças L evar conhecimentos sobre literatura infantil e cultura a crianças carentes, por meio de oficinas diárias. Isto ocorre há nove anos no projeto do Centro de Literatura Interativa da Comunidade (Clic), idealizado pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras (Fale) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). A iniciativa, implantada no Campus Aproximado da Universidade na Vila Nossa Senhora de Fátima, em Porto Alegre, já recebeu mais de 900 crianças de 7 a 14 anos. Baseado em oficinas ministradas por alunos de graduação e pós-graduação da Fale, o Clic tem a função de incentivar a leitura e o contato com obras literárias. Para isso, os pequenos são divididos em grupos de 10 alunos, com aulas pela manhã e à tarde, de segunda a sextafeira, totalizando, aproximadamente, cem crianças atendidas por ciclo. Segundo a coordenadora do projeto e professora do Programa de Pós-Graduação da Fale, Vera Aguiar, o foco dos encontros é o livro de literatura. “A partir de uma obra infantil, os participantes fazem peças de teatro, músicas, contam histórias, desenham utilizando sucatas e usam o computador, dentre outras atividades”, enumera. O Clic conta ainda com uma biblioteca com cerca de mil exemplares, que são utilizados para os trabalhos. Uma vez por mês são realizados encontros culturais, nos quais autores, ilustradores, cineastas, músicos e outros profissionais Inclusão social por meio da leitura e outras... da arte participam das atividades, falam de suas experiências e interagem com as crianças. Já participaram do projeto o cineasta Carlos Gerbase, o cartunista Rodrigo Rosa e a escritora Sissa Jacoby, dentre outros. Ganham as crianças e os alunos Para Vera, a iniciativa tem sua impor- TRABALHO COMUNITÁRIO MUDA ESCALA DE E strategicamente, a partir de 2002, todos os alunos de graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), atualmente 20.721, só podem colar grau após cumprirem, de forma sistematizada, 36 horas de trabalho comunitário, executado de conformidade com abordagens científicas e competência técnica. O eixo condutor são a solução de problemas regionais, a formação da cidadania e a ampliação da visão pessoal e pública. “Ao participarmos do Projeto Comunitário, aplicamos os conhecimentos adquiridos, mesmo quando escolhemos atividades que não fazem parte do nosso estudo específico, isso porque a PUCPR, com a finalidade 16 Agosto/Outubro - 2005 de nos tornar profissionais competentes, ensina a ser cidadão solidário comprometido com a vida e o progresso igualitário da sociedade”, testemunha Josney Rodrigues Lara, do 8º período de Bacharelado em Sistema de Informação. Tendo desenvolvido o Projeto Comunitário no Hospital Psiquiátrico Nossa Senhora da Luz, de Curitiba, Vera Lúcia do Rosário, 10º período de Direito, salienta que a convivência com pacientes contribuiu para seu crescimento pessoal e serviu para refletir sobre valores, saúde e partilha. “Nós, alunos, estamos desenvolvendo espírito solidário, suprindo carências e construindo uma sociedade mais justa. A violência, a exclusão social e a falta de condições mínimas de sobrevivência são processos perversos e realidades assustadoras”, ressalta Vera. E prossegue: “Por isso, a formação universitária não visa apenas à realização pessoal e profissional, mas, fundamentalmente, contribuir para o desenvolvimento da sociedade justa, humana e sem violência. Só se constrói essa sociedade a partir da contribuição de todos”. Experiência inesquecível - Claudino Gilz, do 8º período de Pedagogia, realizou o Projeto Comunitário na Escola Municipal Margarida Orso Dalagassa, destinada a crianças de 1ª a 4ª séries. “A alegria da meninada em participar de atividades propostas, a simpatia e o abra- ...manifestações culturais tância duplicada, pois beneficia ao mesmo tempo os estudantes da Fale e as crianças. Por outro lado, oferece uma inclusão social por meios da leitura e outras manifestações culturais. A monitora do projeto e acadêmica do sexto semestre da Letras Giovana Camillo ressalta a importância do Clic para a sua formação. “Aprendi a trabalhar com as diferenças. O que a gente vê na faculdade são pessoas de um nível social muito diferente, você tem de vir para o Clic livre dos seus problemas, para que possa dar a eles o melhor de você”, adianta. Giovana destaca que muitas crianças têm somente nas aulas um canal de acesso à cultura. “Os vemos despertando para a cultura, dizendo que viram na TV um escritor que trabalhamos. São gratificantes as respostas que eles dão para o pouquinho que oferecemos.” Para as crianças, o projeto é muito mais do que uma oficina de leitura. É uma oportunidade de entrar em contato com o mundo cultural e também de aprender valores humanos, como a solidariedade e o respeito com o próximo. “Gosto muito das aulas. Aqui eu aprendi a mexer no computador, a respeitar mais os meus colegas”, conta Tamires Redivo, 12 anos. Para Kevin Pinto, de 11 anos, os três anos no Clic ensinaram muito mais do que literatura. “Eu aprendi a ter educação, não brigar com os colegas, ter respeito e gostar de ler”, conta. Luís Pedro Fraga, responsável pela seleção das crianças da comunidade, ressalta a importância para a vila: “Hoje, eu vejo o Clic como um serviço, uma necessidade da comunidade e não mais como um projeto”. Ele acompanha a iniciativa desde o início e nota a evolução no aprendizado dos participantes: “Há crianças que chegam com dificuldade de leitura e saem lendo”. Mas o Clic não é privilégio somente dos pequenos da comunidade. Mediante o grande interesse das famílias, há dois anos foi criada a Mala de Leitura, em que são depositados livros de literatura infantil, infanto-juvenil, adulta e revistas. “Saio visitando as casas para eles poderem escolher os livros que gostariam de ler. Caso não sejam alfabetizados, eu mesmo conto as histórias. Dessa forma, a comunidade também tem acesso à leitura”, conta Fraga. O Clic recebeu, em 2004, menção honrosa do 9º concurso, promovido pela Fundação Nacional de Livro Infantil e Juvenil, que premiou os melhores programas de incentivo à leitura junto a crianças e jovens de todo o país. Sediada no Rio de Janeiro, a Fundação é a principal entidade não-governamental brasileira de incentivo à literatura infantil e juvenil. VALORES DE UNIVERSITÁRIOS ço de gratidão de cada criança ficarão para sempre em minha lembrança. Foi uma experiência maravilhosa e inesquecível. Só o amor pela educação e pelo voluntariado pode proporcionar tamanha realização humana e profissional”, fundamenta. Segundo ele, o Projeto Comunitário coloca os conhecimentos acadêmicos a serviço da edificação de uma sociedade fraterna e pacífica. “O testemunho pessoal dessa iniciativa é fundamental. Estou convicto de que a educação é, essencialmente, ato de cidadania e promoção humana. A PUCPR nos oferece orientação e possibilidades de minimizar o sofrimento de quem passa fome de pão, fome de sentido para a vida e fome de oportunidades mais básicas de subsistência”, aponta frei Claudino Gilz. Larley de Souza, diplomada em Educação Física, em 29 de julho de 2005, realizou o Projeto Comunitário ensinando crianças a brincar, a não brigar, a não dizer palavrões, bem como a respeitarem-se. “Por meio de oficina da palavra, as crianças foram percebendo que nada se constrói sozinho. Com isso, começou haver colaboração, amizade, participação e respeito. Foi nesse momento que começamos a fazer os jogos de estafetas, intelectivos, imitativos e recreativos. Isso me trouxe alegria e realização. A maior recompensa que podemos ter em nossa vida de estudantes e na profissão é a possibilidade de transformar a vida de outras pessoas, como essas crianças, que necessitavam de carinho, amizade, compreensão e apoio para sonhar, ouvir e contar história, correr, pular, brincar, dançar sorrir, chorar e,também, saber de seus limites”, destaca Larley. E complementa: “O Projeto Comunitário e as entidades beneficiadas têm proporcionado aos acadêmicos essa oportunidade de crescimento como seres humanos íntegros. Graças a essa iniciativa, cresce o número de ex-alunos da PUCPR participando de projetos voluntários em asilos, orfanatos, associações, ONGs, casas de repouso e instituições de caridade. Agosto/Outubro - 2005 17 Tr a b a l h o s Comunitários Cerca de 1,8 mil alunos já passaram pela Universidade da 3a Idade da PUC-Campinas Em busca da felicidade erca de 1,8 mil alunos já passaram pela Universidade da 3ª Idade da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), em seus 15 anos de atuação. O serviço, pioneiro em todo o país, é modelo para, pelo menos, outros 200 projetos universitários semelhantes, dos quais 50 somente no estado de São Paulo. Segundo a coordenação do curso, as pessoas mudam a partir do momento em que passam a acompanhar os cursos e atividades oferecidas. Primeiro, no âmbito pessoal, com a melhora da autoestima. Segundo os professores, muitos sofrem de depressão logo após a aposentadoria e vivem à custa de medicamentos. Ao freqüentar o serviço, descobrem novas perspectivas de vida e tornam-se pessoas dinâmicas, participativas, reduzindo inclusive o uso de remédios. Trabalho para pesquisadores – Ainda segundo a coordenação, as atividades da Universidade da 3a Idade não se limitam à extensão. Hoje, o serviço é também campo de trabalho para pesquisadores e para a capacitação de novos profissionais das diferentes áreas. Desde a criação da Lei nº 8.842, que C 18 Agosto/Outubro - 2005 estabeleceu a política nacional do idoso e a criação dos Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais do Idoso, até a aprovação do Estatuto do Idoso, em setembro de 2003, os profissionais que atuam no serviço vêm desempenhando papel fundamental nas discussões sobre a terceira idade no país. Qualificação - A necessidade de profissionais capacitados para atender às demandas da população da terceira idade tende a crescer na região. Segundo o censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos quase 15 milhões de idosos brasileiros, em torno de 100 mil vivem em Campinas. O que representa cerca de 10% da população do município. Em 2025, a previsão é de que o Brasil possa abrigar 34 milhões de idosos. Muitos estudantes dos cursos da PUC-Campinas têm despertado interesse pela área, o que permite a aproximação entre as gerações e, inclusive, definição de orientação profissional. De acordo com a coordenação, já foram elaborados mais de 400 estudos de alunos de graduação sobre o assunto e muitos dos que passaram pelos estágios do serviço estão atuando em entidades e serviços públicos de atendimento a idosos. A professora Sandra Forster Joanini, especialista da Faculdade de Serviço Social da PUC-Campinas, ressalta que a universidade tem contribuído não só com a qualificação de novos profissionais como também oferece capacitação para entidades especializadas e trabalha para que a legislação existente seja cumprida. De acordo com Sandra, somente a partir da década de 80 a sociedade brasileira passou a dar maior atenção aos idosos, com a implementação de leis e diretrizes para uma política nacional direcionada à terceira idade. “Mas ainda há muita discriminação e preconceito. O desafio é trabalhar pela implementação das leis no dia-a-dia da comunidade, garantindo proteção, inclusão e participação social aos idosos”, observa. A reinserção social dos idosos na região foi o tema da dissertação da professora Maria Lúcia Olivetti Borini, da Faculdade de Terapia Ocupacional da PUC-Campinas, defendida na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e publicada na última edição da Revista Brasileira de Enfermagem. Alunos dão aula de cidadania realizando trabalho voluntário O perfil comunitário que caracteriza a Universidade Católica de Santos (UniSantos) pode ser refletido na atitude dos alunos. Um exemplo são os estudantes do 6º semestre do curso de Direito (manhã), que fundaram uma ONG (Organização Não- Governamental) para realizar trabalho voluntário em hospitais, unidades de ensino e comunidades carentes. Eles querem ir além e pretendem instituir cooperativas nesses bairros. O objetivo é a confecção de uniforme industrial com plástico de garrafa pet. Tudo começou com um “empurrãozinho” da aluna Idalina Galdino Xavier e com o direcionamento de professores da instituição. Quando Idalina iniciou o Curso de Direito, em 2002, não imaginava que iria ser escolhida pelos colegas como representante de classe. Voluntária desde o início da década de 80, viu a chance de unir pessoas. “Perdi a vergonha de entrar em contato com tanta gente”, conta a então representante, que já no início de sua gestão convidou os colegas de classe para visitar lares infantis beneficentes durante o Natal. Em 2004, com a ajuda dos novos voluntários, sonhou mais alto e quis levar alegria a crianças internadas em hospitais da cidade. “Li uma tese de doutorado da Unicamp que provou que o riso pode bloquear a dor”. Foi, então, conversando com o professor Júlio Ogasawara que descobriu que, para realizar o trabalho, o projeto deveria ser registrado oficialmente. Com a ajuda do professor doutor Luciano Prates, do Mestrado em Gestão de Negócios, Na UniSantos, alunos e funcionários se na formação das cooperativas aprendeu a elaborar o estatuto que oficializou, a partir de outubro daquele ano, a Associação Alegria Solidariedade e Cidadania (A.A.S Cidadania), da qual tornou-se coordenadora. A partir daí, a ONG teve suas ações ampliadas para solucionar questões de cidadania e meio ambiente. Alguns voluntários transformaram-se em “Doutores do Riso” para levar alegria a crianças nos leitos de hospitais e, também, educação ambiental e informações sobre os direitos e deveres contidos na Constituição Federal, para escolas e orfanatos. Além disso, o grupo passou a realizar mensalmente o “Dia da Cidadania Ativa”, atendendo a comunidades carentes com serviços como orientação jurídica, expedição de certidão de identidade, corte de cabelo, dentre outros. Desde então, o número de voluntários (20 alunos do curso de Direito) ampliou-se com alunos de outros cursos da Universidade, formandos e até funcionários. De acordo com Idalina, a Associação desenvolve essas atividades com um único objetivo: aproximar-se das comunidades unem carentes da região para formar as cooperativas. “O mais difícil é levantar o dinheiro para o custeio das máquinas de reciclagem e costura, pois com a venda dos uniformes a cooperativa se auto-sustentará, trazendo renda salarial e benefícios para os cooperados da comunidade”, acredita. Além de levar o projeto para as comunidades, a ONG prestará todo o auxílio jurídico para os participantes. Atualmente, a A.A.S Cidadania conta com a ajuda de 65 voluntários e, para realizar as atividades rotineiras ou o projeto da cooperativa, está aceitando qualquer colaboração, seja pessoal ou financeira. Os interessados devem entrar em contato com Idalina, pelos telefones (13) 3019-8243 e (13) 9139-5466. Agosto/Outubro - 2005 19 Tr a b a l h o s Comunitários Projeto Afinando as Cordas Incentivando jovens na música e na computação Projeto Afinando as Cordas, que atende à cerca de 300 jovens da cidade, conta agora com apoio do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB) para projeto pioneiro de aprendizagem de música com utilização do computador. No último mês de julho, os alunos do projeto e da ONG Ser Solidário, estrearam um novo instrumento para a aprendizagem de música e partituras. Além dos violões, os estudantes de música poderão, agora, contar com o computador para o aprendizado. O maestro e professor João Batista Rodrigues Júnior, que conduz o projeto, deverá dar parte de suas aulas nos laboratórios de informática da UNIFEOB, às O Projeto atende cerca de sextas-feiras e sábados, com recursos nunca antes utilizados. Para a viabilização da proposta, UNIFEOB e o Projeto Afinando as cordas contaram com o apoio da Elfusa, que doou os fones de ouvidos para o uso dos alunos. Monitores de informática instalaram os programas e placas, necessários para o uso dos computadores. “Este é mais um projeto em que a UNIFEOB está ajudando, cumprindo sua missão de educar gerações”, registra o maestro. Parceria - Para a presidente da ONG Ser Solidário, Regina Célia Mazeo, a parceria é muito importante, porque testa uma tecnologia nova no ensino da música. “O maestro tem o estu300 jovens do pronto, mas não tínhamos, até então, laboratório para a prática. Num segundo momento, há um fortalecimento no trabalho de inclusão social, com a abertura do espaço universitário para os alunos, que, em sua maioria, vêm da periferia”, explica. Alfabetizadores solidários P arceira do Programa Alfabetização Solidária desde 1998, o Centro Universitário Univates, de Lajeado/ RS, é também uma porta aberta para a troca de experiências, novas vivências e oportunidades para alfabetizadores e alunos da instituição. De 15 a 24 de julho, o Centro Universitário recebeu um grupo de 23 voluntários dos municípios alagoanos de Porto Real do Colégio e Olho d’Água Grande, que participaram de capacitação ministrada por estagiárias do curso de Pedagogia. Ao mesmo tempo em que a Univates atua na realidade social, contribuindo para a diminuição do analfabetismo no país, proporciona aos seus alunos e visitantes o contato com diferentes realidades. Na programação desenvolvida em julho, também se inte- 20 Agosto/Outubro - 2005 graram ao projeto alunos do curso Gastronomia Gaúcha, oferecido desde fevereiro de 2004, e que, neste período, já exportou profissionais do mais tradicional prato típico do Rio Grande do Sul para atuarem em restaurantes e churrascarias do Brasil e exterior. Foi deles a responsabilidade pelo preparo de um suculento churrasco durante um momento de integração, quando ficaram evidenciadas a hospitalidade e a cultura gaúchas. Dentro do Programa Alfabetização Solidária, a Univates já atuou em municípios da Paraíba, Roraima, Espírito Santo, Piauí e Alagoas, atendendo aproximadamente 230 turmas de alunos. Atualmente está em funcionamento o Módulo 18, cujas atividades compreendem o acompanhamento e a seleção dos Parceria é uma porta aberta para a troca de... alfabetizadores, planejamento e capacitação no início e durante a execução de cada módulo, planejamento das atividades realizadas pelos alfabetizadores em seus municípios, visitas às turmas nos municípios (podem ser mensais ou bimensais), articulação do Programa para que os egressos dêem continuidade aos estu- Vitória, garantidas em mão-de-obra especializada. A meta do Programa Gestão Sustentável e Sustentável de Resíduos Sólidos é atingir 400 lideranças de catadores de lixo ao longo de cinco anos, em São Paulo, Santo André, Diadema e Ribeirão Pires, em parceria com o Fórum questão da reciclagem de lixo é Recicla São Paulo (asuma preocupação mundial que sociação de catadodepende principalmente da atuação dos res), Rede Mulher de chamados “catadores”. No Brasil, eles Educação, Fundacensão uma realidade, mas o trabalho nem tro, Senac, Instituto sempre é valorizado. Porém, mesmo em GEA, SOS Mata Atlânpaíses ricos, como o Canadá, o probletica e outros represenma existe e demanda investimentos, intantes de movimentos clusive na capacitação dos trabalhadode catadores. res envolvidos com a reciclagem. Dentre as lições esCapacitação - Um projeto focado tão: melhor aproveitanesse objetivo está sendo formalizado mento do material em Santo André (SP), entre duas instireciclado, segurança, tuições de ensino que vêm se dedicanqualidade de vida, ordo à questão da capacitação dos Meta é atingir 400 lideranças de catadores em cinco anos ganização e noções catadores de lixo: a Universidade de Vide defesa ao meio amtória, no Canadá, e a Fundação Santo International Development Agency biente. Segundo Odair Bermelho, reitor André, no Brasil. A iniciativa terá recur- (Cida), com as contrapartidas da Funda- do Centro Universitário FSA, além da sos de R$ 2 milhões, vindos da Canadian ção Santo André e da Universidade de capacitação técnica, o projeto lida com uma questão fundamental, que é a necessidade de elevar a auto-estima dos catadores. “A valorização desse pessoal é importante para que ele não se sinta marginalizado”, afirmou. Em 2003, projeto semelhante desenvolvido pelos parceiros entre as primeiras centrais de Triagem do Programa de Coleta Seletiva Solidária de São Paulo qualificou 100 catadores, todos multiplicadores de opinião entre suas comunidades. Objetivo - A intenção do projeto é que a experiência obtida no Brasil possa ser desenvolvida em outros países. Na América do Norte, por exemplo, a atividade dos catadores é conhecida como ...experiências, novas vivências e oportunidades binning ou dumpster diving e já envolve milhares de pessoas. dos no programa de Educação de Jovens churrascarias. Com 340 horas/aula, e Adultos (EJA) e incentivo à participa- oferece disciplinas que se relacionem “Há problemas similares de exclusão ção em concursos de redação. aos aspectos organizacionais da prosocial e pobreza no Canadá, especialGastronomia – O curso de fissão, numa visão empreendedora mente em cidades grandes como Vangastronomia gaúcha da Univates enfoca e criativa suficiente para acompanhar couver”, diz Gutberlet. “Governos de os principais aspectos da cultura rio- a ágil evolução e globalização do todos os lugares deveriam procurar sograndense, técnicas de preparo dos ali- mercado de churrascarias nacional e luções criativas para lidar com o problementos e a prestação de serviços em internacional. ma”, completa. Formação de catadores de material reciclável com apoio do Canadá A Agosto/Outubro - 2005 21 Tr a b a l h o s Comunitários Educação no berçário ça freqüentar a escola é de zero a dois anos. As atividades de cuidado e educação, como ensinar a sentar, a segurar o Projeto de extensão em instituições de educação infantil pescoço, por meio do estímulo do desenvolvimento glocoordenadora do curso de Terabal, estão sendo paspia Ocupacional da Universidasadas às berçaristas de do Sagrado Coração (USC), de Bauru por meio de aulas (SP), Fabiana de Vitta, começou uma teóricas, realizadas nova etapa do projeto de extensão em uma vez por mês. A parceria com a Secretaria Municipal de atividade pretende Educação com a finalidade de capacitar fazer com que o enprofissionais dos berçários, das creches tendimento do demunicipais da cidade, para o uso de senvolvimento como metodologias educativas em seu dia-aum todo - motor, sendia de trabalho. sorial, cognitivo e sóDe Vitta é doutora pela Universidacio-emocional - faça de Federal de São Carlos (UFSCar) em parte do trabalho Educação Especial, com a tese “Cuidadiário das funcionádo e Educação nas Atividades do Berrias do berçário. “Se çário e suas Implicações na Atuação Proeu dou banho com a fissional para o Desenvolvimento e Incriança deitada, eu clusão da Criança de Zero a 18 Meses”. não estou ensinandoO projeto dá continuidade a um trabaa a se sentar. Mas o lho já realizado no período de seu douque eu preciso fazer torado. na hora do banho A iniciativa conta com a ajuda de para que ela se senduas alunas da graduação, Daniele te? Colocar figuras na Bustamante e Ana Luíza parede para ela ir Lanza, e uma da pós-graAluna simula exercícios com boneco e com a mãozinha, deiduação, Alexandra SanFabiana De Vitta, coordenadora do programa xar o chuveirinho na tos, que cursa Aperfeiçoque o convívio, somado a mão dela e estimular sua curiosidade e amento em Desenvolviuma série de atividades, participação”, explica a coordenadora, mento Infantil na Terapia não é possível em casa dando ênfase às formas metodológicas Ocupacional. O trabalho de aprendizagem. apenas com os pais. é realizado em forma de “Eu não defendo que coloque proA importância em capacitação dos profiseducar desde os primeiros fessor no berçário, mas que trabalhe com sionais que atuam nos meses de vida também quem está lá”, afirma De Vitta, relacioberçários das instituições pode ser exemplificada nando a importância de ensinar os prode educação infantil da pelo fato de as crianças fissionais do bercário sobre como eduSecretaria Municipal de Educação. Também são realizadas ati- normais de zero a dois anos e as com car uma criança nesta faixa etária. Para vidades de assessorias na promoção deficiências leves, como a Síndrome de ela, os profissionais de educação não têm do desenvolvimento infantil por meio Down, por exemplo, serem iguais nes- preparo para atuar nos berçários pela do planejamento e do oferecimento sa faixa etária. Esse fator faz com que característica das atividades. A metodologia utilizada no curso de de atividades que envolvem cuidar e seja necessário trabalhar tanto as crianças normais, para que se tenham pes- formação e capacitação das berçaristas educar. Segundo De Vitta, a importância do soas críticas no futuro, quanto aquelas é dividida em etapas. A primeira consisprojeto se dá quando a criança, com com deficiência para que o problema te na parte teórica; a segunda, na prátiaproximadamente seis meses, tem a pos- seja trabalhado desde o nascimento. ca com interferência nos berçários, junsibilidade de freqüentar a escola, fica Essa ação pode ser fundamental para tamente com o levantamento de dados propensa a ser educada formalmente e sua inteligência futura, já que, segun- sobre as condições físicas dos locais e se desenvolver melhor em sociedade, já do De Vitta, a melhor fase para a crian- suas necessidades materiais. A 22 Agosto/Outubro - 2005 C omputador, internet e todas as ferramentas da área da computação eram novas para Tainara da Rosa, quando ela começou a participar do Mutirão pela Inclusão Digital da Universidade de Passo Fundo/RS (UPF). “Valeu a pena ir às aulas. O aprendizado vai ser importante para a vida”, afirmou, na solenidade de formatura e entrega de certificados, no último mês de julho. Durante todo o primeiro semestre de 2005, um total de 136 alunos foram atendidos. Dentre eles, portadores de necessidades visuais, surdos, estudantes, cadeirantes e internos do Centro de Atendimento Sócio-Educativo (Case). Cidadania – O Mutirão pela Inclusão Digital surgiu em 2004 com a finalidade de aproximar o mundo virtual da população que não tem acesso a essa Foto: Cristiane Sossella Mutirão pela Inclusão Digital Portadores de necessidades especiais receberam o certificado tecnologia, através das oficinas de informática e de cidadania. Desenvolvido pelo curso de Ciência da Computação, o projeto realiza encontros sema- nais, no Laboratório Central de Informática (LCI) e na UPF Idiomas. A iniciativa conta com a participação de professores, monitores e parceiros de apoio. Ao todo, desde o início das atividades, 270 pessoas já foram beneficiadas. Necessidade de qualificação – Para receber pessoas especiais, a UPF investiu em equipamentos e na preparação de recursos humanos. Nas aulas destinadas aos portadores de necessidades visuais, por exemplo, o aprendizado foi proporcionado por meio do programa DosVox, único aplicativo em português, todo em áudio, que permite a interação com os alunos. Jogos Sinônimo de diversão, entretenimento e aprendizado, os jogos de computador estão cada vez mais presentes na vida de crianças, adolescentes e adultos. Eles surgiram praticamente na mesma época da computação e acompanharam as novas tecnologias. Sua qualidade, jogabilidade e desafios têm melhorado ao longo dos anos, tornando-os mais realistas e complexos. Além disso, o mercado de jogos é lucrativo e nos últimos cinco anos passou a ocupar fatias cada vez maiores do tempo, que antes era dedicado às opções tradicionais de lazer, como cinema, televisão e música. Sabendo dessa realidade, o acadêmico do curso de Ciência da Computação da UPF, Daniel Merkel, em uma iniciativa inédita na instituição, desenvolveu um jogo computacional. Como trabalho de conclusão (monografia), ele apresentou o protótipo para uma banca, tendo alcançado a nota máxima. Segundo Merkel, foram cerca de oito meses, desde a pesquisa de viabilidade, escolha do método e desenvolvimento do protótipo. “Para chegar ao resultado final, utilizei conhecimentos técnicos como programação, in- foi um desafio, uma experiência válida e que deu certo”, considerou. Como funciona – O jogo é de ação e aventura, ambientado dentro da UPF, mais precisamente no Instituto de Ciências Exatas e Geociências (Iceg). Merkel recriou digitalmente o Iceg e simulou uma invasão por seqüestradores, que mantinham como reféns os proCena do jogo desenvolvido por Daniel Merkel fessores e alunos. O jogador, no caso, é o “mocinho”, que deve teligência artificial, computação gráfica, salvar os seqüestrados. lógica, cálculo e trabalhar habilidades arNa opinião do orientador do trabatísticas”, enfatizou, destacando a impor- lho, professor Evandro Luís Viapiana, apetância do embasamento teórico e das prá- sar de ser uma área relativamente nova ticas realizadas durante o curso. Para ele, no Brasil, o computador está sendo conembora considerados, em sua grande par- siderado o centro do entretenimento na te, apenas uma forma de entretenimen- casa, pois consegue congregar som, vídeo, to, já estão comprovados os benefícios dos imagem, interação e movimento. “A área jogos no desenvolvimento da coordena- de jogos movimenta hoje mais dinheiro no ção motora, auxílio na alfabetização de mundo do que o próprio cinema, por isso, crianças, treinamento em áreas como En- acredito que seja de fundamental imporgenharia e Medicina, bem como no trei- tância acompanharmos a evolução”, afirnamento de soldados e pilotos em simu- mou. Para ele, o primeiro passo foi dado. ladores específicos. “Desenvolver o jogo “Agora é só continuar investindo na área”. Agosto/Outubro - 2005 23 ForExt Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária das Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias XII Encontro Nacional elege nova Coordenação E ntre os dias 24 e 26 de agosto foi realizado na Universidade de Passo Fundo (UPF), no Rio Grande do Sul, o XII Encontro Nacional de Extensão e Ação Comunitária, a VII Assembléia e a II Mostra Nacional do Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária das Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias (ForExt). Cerca de 80 representantes de diversas Instituições de Ensino Superior (IES) Comunitárias de todo o país estiveram presentes. Tema – O tema geral do evento foi A Institucionalização da Extensão, que resultou no documento A Extensão nas Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias: Referenciais Teórico e Metodológico. Na ocasião, foi aprovada também a Carta de Passo Fundo referente à conjuntura educacional e social brasileira. O evento, um dos mais representativos já promovidos pelo Fórum, traduziu-se na consolidação da caminhada do ForExt até o presente momento. COORDENAÇÃO NACIONAL PARA O PERÍODO 2005-2006 Flaviano Agostinho de Lima – Presidente Universidade de Sorocaba (Uniso) Pedro Floriano dos Santos – Vice-Coordenador Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Marisa Pontiens Zilio – Vice-Presidente Eugênio Daniel – Coordenador da Câmara Sudeste da Câmara do Nordeste Centro Universitário de João Pessoa (Unipe) Universidade de Passo Fundo (UPF) Centro Universitário Claretiano (Ceuclar) Inez Maria Fornari de Souza – Vice-Coordenadora Luciane Pinho de Almeida – Secretária-Geral Evandro Luis Amaral Ribeiro – Vice-Coordenador Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE) Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Universidade São Francisco (USF) Alcivam Paulo de Oliveira – Assessor Executivo Sandra de Faria – Coordenadora da Câmara do Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Centro-Oeste Universidade Católica de Goiânia (UCG) Carmem Lúcia de Lima Helfer – Coordenadora da Câmara Sul Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) Everaldo Peixoto de Vasconcelos – Coordenador CONSELHO CONSULTIVO Jorge Hamilton Sampaio Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) Pe José Romualdo Degasperi – Vice-Coordenador Luiz Síveres Universidade Católica de Brasília (UCB) Universidade Católica de Brasília (UCB) FAUBAI – Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais U ma das principais ferramentas para o estímulo do processo de internacionalização nas instituições de ensino superior é a organização de unidades especializadas e capacitadas para a promoção e gestão das ações de cooperação internacional. Reconhecendo a importância desta estratégia para a inserção da educação brasileira no cenário da educação internacional e a qualificação dos programas institucionais de ensino, pesquisa, extensão e gestão, em 1998, é criado o Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais (FAUBAI). Como fórum permanente com representatividade nacional e com sede no Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Brasília), o FAUBAI atua no fortalecimento das ações de internacionalização do ensino superior no país, congregando gestores ou responsáveis por assuntos internacionais das instituições de ensino superior brasileiras. Com reconhecimento no Brasil e no exterior, o FAUBAI tem se afirmado como interlocutor privilegiado para a discussão de temas ligados às relações acadêmicas internacionais junto a importantes organismos e agências de fomento nacionais - como Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Ministério da Educação, Ministério de Relações Exteriores, CAPES, CNPq, dentre outros - e internacionais, participando de associações congêneres, programas e eventos ligados à cooperação internacional e mantendo relações permanentes com agências de fomento internacionais e representações diplomáticas, como a Embaixada e os Consulados da França, o Cendotec e a Edufrance. 24 Agosto/Outubro - 2005 Com uma Direção Nacional, representações por região e tipo de instituição, e um Conselho Deliberativo, o FAUBAI reúne atualmente 130 gestores de assuntos internacionais de instituições de ensino superior brasileiras, distribuídas em todo o território nacional. O FAUBAI apóia a inserção de instituições de ensino superior brasileiras no contexto internacional e o intercâmbio com instituições estrangeiras, por meio da(o): • presença de sua network em todas as parte do mundo • promoção da diversidade e das potencialidades do sistema de educação superior brasileiro • promoção da cooperação interinstitucional e do intercâmbio com instituições e organismos nacionais e estrangeiros • estabelecimento de redes de contatos nacionais e internacionais • participação ativa junto a agências e organizações nacionais e estrangeiras para a promoção da cooperação internacional • consultorias técnico-acadêmicas e apoio informativo às agências e organismos nacionais e estrangeiros • qualificação dos gestores de cooperação internacional • promoção de seminários, conferências, cursos, oficinas, encontros regionais, nacionais e internacionais • divulgação de oportunidades, experiências, informações e conhecimentos técnicos e acadêmicos • gerenciamento de bancos de dados sobre internacionalização da educação superior. Leitura Obrigatória Plano de marketing é tema de livro lançado em agosto Eder Polizei Editora Thomson Learning F azer com que o leitor se familiarize com as etapas necessárias à elaboração de um plano de marketing e suas implicações para o mercado, para a empresa e principalmente para o consumidor. Esse é o objetivo do livro Plano de Marketing, editado pela Thomson Learning. A publicação, de autoria do professor de pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) Eder Polizei, que já pode ser encontrado nas livrarias e teve seu lançamento oficial no dia 11 de agosto, em São Paulo. É natural que um empreendedor, principalmente no Brasil, utilize-se somente da sua experiência e intuição para definir novos negócios a explorar. O autor afirma que tais qualidades devem ser destacadas, mas melhor aproveitadas. Além de experiência e intuição, o plano necessita de planificação, estrutura, análise e, finalmente, de mensuração dos dados levantados. O livro auxiliará o empreendedor a destacar melhor os pontos cruciais que lhe per- mitam diminuir o risco de fracasso em um novo negócio e também organizá-los melhor para maximizar o retorno sobre o investimento do planejador. A idéia do livro surgiu da dificuldade que o autor identificou nos últimos 10 anos, ora ministrando disciplinas dos cursos de Marketing que incluem a elaboração de um plano de negócio, ora prestando consultoria sobre o assunto, dos envolvidos (alunos e empreendedores) em entender e operacionalizar a definição de um novo negócio no mercado. O livro visa ser um manual prático, objetivo e descomplicado, recheado de exemplos e aplicações. Ao final do mesmo, um exemplo prático é apresentado em todos os detalhes: um bar sofisticado localizado no bairro do Itaim em São Paulo. A publicação é indicada para disciplinas como Introdução ao Marketing, Planejamento de Marketing Estratégico, Administração Mercadológica, trabalhos de conclusão de curso (TCC - graduação e pós-graduação), Plano de Negócio, nos cursos de Administração, Gestão Empresarial, Gestão de Serviços e Negócios, Comunicação Mercadológica, Administração Mercadológica e Marketing, Publicidade e Propaganda, entre outros. Recomendado também para pequenos e médios empresários e profissionais das áreas de marketing, estratégia e negócios. E-mail e Carta Comercial Bioética – Uma Visão Panorâmica Normélio Zanotto EDUSC Joaquim Clotet, Anamaria Feijó e Marília Gerhardt de Oliveira (Coordenadores) P ublicado em regime de co-edição com a editora carioca Lucerna, a obra é um estudo contrastivo de gênero textual. Analisa o e-mail como gênero textual emergente e sucedâneo da carta comercial, mostrando com clareza como a língua pode assumir relevância social e profissional. Originalmente, a obra foi apresentada como tese de doutorado na Universidad del Salvador, em Buenos Aires. Sobre ela escreveu o professor Jayme Paviani: “Raramente um estudo científico, nesta área, revela uma união tão significativa entre atualidade, cientificidade e praticidade”. Ao escrever sobre a obra, de 176 páginas, a professora Alicia Sisca, da Universidad del Salvador, enfatiza que o professor Zanotto aborda, com rigor científico e base na experiência, um tema de ordem prática: o estudo do e-mail, “novo gênero de texto inserido no discurso empresarial, sem desconsiderar sua relação com a pessoa humana e seus valores espirituais”. obra reúne artigos de participantes das várias edições do Curso de Inverno de Bioética, que vem sendo realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) desde 1999. Integrando-se ao paradigma da formação permanente, o curso consolida sua relevância pela atualidade, pertinência e validade dos temas, definidos para atender aos interesses de leitores das mais diferentes áreas. A leitura do livro estimula a reflexão sobre problemas éticos decorrentes do progresso científico e tecnológico das ciências da vida como reprodução assistida, lei de biossegurança, relação entre bioética e direito, ambiente, odontologia, psicologia e estética, ensino e pesquisa em animais, importância dos comitês de ética e bioética. A Agosto/Outubro - 2005 25 L eitura Obrigatória EDUCS lança Criação e Poéticas Digitais A s professoras Diana Domingues, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), e Suzete Venturelli, da Universidade de Brasília (UnB), lançaram, no último dia 10 de agosto, em São Paulo, a obra “Criação e Poéticas Digitais”, do qual são organizadoras. Os textos da obra buscam ampliar e estimular a discussão sobre a relação entre a arte, a comunicação, a ciência e a tecnologia. Além de ser o título do livro, “Criação e Poéticas Digitais é também o nome de um dos grupos de trabalho da Associação de Programas de Pós-Graduação em Comunicação do Brasil. Nesse grupo – do qual faz parte a pesquisadora Diana Domingues – muitos artistas, comunicólogos, teóricos e pesquisadores universitários se apresentaram e trouxeram importantes contribuições para a formação de uma consciência interdisciplinar que funde várias áreas de conhecimento. Desde a relação entre a poesia e a comunicação, passando pelo desenvolvimento de sistemas de visualização de imagens panorâmicas, às imersões em mundos virtuais até a interação com dispositivos móveis, os textos marcam um momento da história da arte e comunicação, em que os grupos de pesquisa no Brasil se consolidam e multiplicam suas ações em congressos, exposições e apresentações. Estudos sobre 3ª Idade specialistas brasileiros de diferentes áreas que atuam com questões relacionadas aos idosos lançaram, no último mês de agosto, o primeiro livro da série Conversas em Tempo de Envelhecer, da editora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). O volume inaugural tem como título Tempo – Rio que Arrebata. A publicação reúne produções científicas de 40 profissionais, entre sociólogos, médicos, arquitetos e gerontólogos. Numa linguagem acessível, de interesse tanto dos estudiosos quanto do próprio público da terceira idade, traz temas diversos como alterações corporais, cidadania, educação, cultura, lazer, acessibilidade, convivência, entre outros assuntos. E 26 Agosto/Outubro - 2005 Max Scheler e a Ética obra, escrita por Karol Wojtyla – Papa João Paulo II, foi traduzida do espanhol para o português por Diva Toledo Piza. Motivado para estudar os laços que vinculam o sistema de Scheler à ética cristã, o livro analisa as premissas fundamentais e as teses do sistema scheleriano. Constrói um sistema partindo de análise crítica da ética de Emmanuel Kant, objetivando a elaboração de um sistema ético próprio dos valores materiais. Em seu sistema, Scheler acentua a importância do amor pela pessoa e o papel do seguimento de um modelo ético para o conjunto da vida moral. Editora Champagnat da PUCPR. A Editora Unisul apresenta seus livros em Florianópolis Feira do Livro tem relançamento de obra de Salim Miguel A Editora da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) terá participação garantida na 20a Feira do Livro de Florianópolis, que acontecerá de 1o a 11 de novembro, no Beiramar Shopping, em Florianópolis. Dois livros lançados recentemente serão apresentados: Velhice e Outros Contos, de Salim Miguel, o mais premiado dos escritores catarinenses, na verdade um relançamento 53 anos depois, com ilustrações de Rodrigo de Haro, e A Região Costeira Meridional de Santa Catarina, de autoria do ex-governador Colombo Machado Salles, que também foi professor da Unisul. O estande da editora Unisul (B16) na Feira do Livro de Florianópolis tem outras atrações, como as sessões de autógrafos de quatro outros livros. A promoção do evento é da Câmara Catarinense do Livro. No dia 4, Silvia Andreis autografará o livro infantil Brincando com Portinari, que conta a experiência de uma turminha em férias. Ao descobrir a obra de Cândido Portinari, o grupo se encanta e a revive em inúmeras vivências. O livro tem também reproduções do pintor: Futebol, de 1935; Meninos Soltando Pipas, de 1943; Palhacinhos na Gangorra, de 1957; Meninos no Balanço, de 1960; Meninos com Estilingue, de 1958; e Circo, de 1957. Dia 6 haverá a sessão de autógrafo do professor Walter Felix Cardoso Júnior, autor do livro Inteligência Empresarial Estratégica. Dia 8, César do Canto Machado autografa Tubarão 1974 - Fatos e Relatos da Grande Enchente, sobre a enchente de Tubarão há mais de 30 anos. Dia 9 haverá a sessão de autógrafos do livro Índios, Baleeiros e Imigrantes, a Aventura Histórica Catarinense, de Mariléia Leal Caruso e Raimundo Caruso. INSTITUIÇÕES FILIADAS Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Universidade Católica de Brasília (UCB) Universidade Católica de Goiás (UCG) Universidade Católica de Pelotas (UCPeL) Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) (19) (31) (11) (41) (21) (51) (61) (62) (53) (81) 3756-7000 3319-4144 3670-8000 3271-1515 3114-1001 3320-3500 3356-9000 227-1000 3284-8000 3216-4000 Universidade Católica de Petrópolis (UCP) (24) 2244-4000 Universidade Católica do Salvador (UCSaL) Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Universidade da Região da Campanha (URCAMP) Universidade de Caxias do Sul (UCS) Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) Universidade de Passo Fundo (UPF) Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) Universidade de Sorocaba (UNISO) Universidade do Sagrado Coração (USC) Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) Universidade Reg. do Noroeste do Est. do Rio G. do Sul (UNIJUÍ) Universidade Reg. Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) Universidade Santa Úrsula (USU) Universidade São Francisco (USF) Centro Universitário Metodista Bennett (UniBENNETT) Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) Universidade Presbiteriana Mackenzie Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações (UNINCOR) Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) Centro Universitário São Camilo (São Camilo) Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) Centro Universitário da FEI Centro Universitário Fundação Santo André (FSA) Centro Universitário UNIVATES (UNIVATES) Centro Universitário FEEVALE (FEEVALE) Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB) Centro Universitário La Salle (UNILASALLE) Universidade Comunitária Regional de Chapecó (UNOCHAPECÓ) Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) (71) (13) (67) (53) (54) (55) (54) (51) (15) (14) (51) (19) (55) (54) (21) (11) (21) (11) (12) (83) (11) (35) (47) (11) (48) (48) (11) (11) (51) (51) (19) (19) (51) (49) (49) (47) (55) 3324-7500 3205-5555 312-3800 242-8244 218-2100 3321-1500 316-8100 3717-7300 2101-7000 3235-7000 591-1122 3124-1515 3332-0200 522-1255 2554-2500 4034-8000 2557-1001 4366-5600 3947-1000 216-9200 3236-8766 3239-1000 461-9000 6169-4000 431-2500 621-3000 4353-2900 4979-3300 3714-7000 586-8800 3471-9700 3634-3300 476-8500 321-8000 251-1022 341-7500 220-1200 SEPN - Quadra 516, Conjunto D (Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB) CEP: 70.770-524 - Brasília-DF Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951 Associação Brasileira das Universidades Comunitárias www.abruc.org.br Agosto/Outubro - 2005 27 Associação Brasileira das Universidades Comunitárias SEPN - Quadra 516, Conjunto D (Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB) CEP: 70 770-535 - Brasília-DF Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951 Home page: www.abruc.org.br 28 Agosto/Outubro - 2005