Diversidade biológica e
diversidade de paisagens em
montados
F. Rego, S. Dias, & S. Mesquita
F. Fernandez-Gonzalez
Departamento de Ciencias Ambientales.
Facultad de Ciencias del Medio Ambiente.
Universidade de Castilla-La Mancha. Toledo. Espanha.
Centro de Ecologia Aplicada
“Prof. Baeta Neves”.
Instituto Superior de Agronomia
Enquadramento
…Do ecossistema
para o gene…
…Do planeta para o
ecossistema… (Forman, 1997)
Fragmentação
Intensificação
Deflorestação
Eutrofização
Acidificação
Alterações climáticas
Diversidade biológica
Paisagem
Respostas
Natura 2000
Estratégia para CDB
Convenção de Kyoto
Programa ambiental
Agricultura
Silvicultura
Demografia
Transportes
Urbanização
Energia
PAC agro-ambiental
Estado
Sectorial
Pressões
Medidas adoptadas
Agentes
Impactes na
biodiversidade
Ameaças a espécies e
habitats
Alteração de funções
ecológicas
Projecto U.E.
“Biodiversity
Assessment
tools”
Objectivos:
¾ Desenvolver
ferramentas para avaliar
os impactes derivados de
políticas comunitárias, ao
nível da biodiversidade
¾ Quantificar o impacte
das alterações
paisagísticas na
biodiversidade
Componentes de biodiversidade amostrados
(grupos taxonómicos)
¾ flora e fauna
ªaves
ªborboletas
ªlíquenes
ªplantas
vasculares
ªcarabídeos
ªmacrofauna do solo
ªcolêmbolos edáficos
¾ detecção remota
Baixo valor
valor
Elevado
métricas
Area
Densidade
de manchas
Orla
Forma
Area central
Visinhança
Diversidade
Contagio
Lista preliminar de indicadores
¾ flora e fauna
ªriqueza
especifica
ªriqueza morfo-espécies
ªriqueza em taxa específicos
ªnúmero ou relação entre grupos funcionais,
ªabundância
ªbiomassa
ªíndices de diversidade
ªnúmero de espécies classificadas (red-list)
ªraras, endémicas ou espécies-alvo
¾ detecção remota
ªíndices
de fragmentação
ªdiversidade de habitat
ªriqueza de elementos de paisagem
Área de estudo
N
“MONTADO”
Companhia
das
Lezírias
Localização:
20 km a leste de
Lisboa
Solo:
Aluvião
consolidado da
planície do Tejo
Lisboa
Campo de Tiro
de Alcochete
LUU3
“MONTADO”
Selecção de 6
unidades de
paisagem (1Km2)
ao longo de um
gradiente de
intensificação do
uso do solo
LUU6
LUU4
LUU1
LUU5
LUU2
“MONTADO”
Selecção de 6
unidades de
paisagem (1Km2)
ao longo de um
gradiente de
intensificação do
uso do solo
LUU3
LUU6
LUU4
LUU5
+
16 pontos de
amostragem em
cada
LUU1
LUU2
Un. paisagem 1 (LUU1)
BAIXO nível de maneio:
• limpeza de corta-fogos (todos os anos)
• remoção de cortiça (cada 9 anos)
Áreas de sobreiro (por
vezes misturadas com
pinheiro) com um subcoberto denso.
Presença de pequenas
zona húmidas
temporárias.
Un. paisagem 3 (LUU3)
Nível de maneio MODERADO:
• remoção de cortiça (cada 9 anos)
• poda recente
• corte de arbustos recente
Áreas de montado
fechado mais a sul com um
sub-coberto mais ou
menos desenvolvido
Un. paisagem 4 (LUU4)
Nível de maneio MODERADO:
• remoção de cortiça (cada 9 anos)
• pastoreio ocasional durante o Inverno
Formações de montado
aberto e fechado com
áreas de pastagem natural.
Manchas com forte
regeneração natural do
sub-coberto (8 anos)
Un. paisagem 5 (LUU5)
Nível de maneio MODERADO:
• remoção de cortiça (cada 9 anos)
• corte de arbustos (cada 7-8 anos)
• pastagens melhoradas (mobilização
do solo, fertilização e plantação)
• pastoreio mais intenso no Inverno
Áreas de pastagem com
manchas de montado
aberto e fechado
Un. paisagem 6 (LUU6)
Nível de maneio ELEVADO:
• campo agrícola desde 1988
• utilização elevada de agro-químicos
• corte 4-5 vezes / ano
• uso frequente de maquinaria
“Pivot” com luzerna
desde 2001
Un. paisagem 2 (LUU2)
Nível de maneio MODERADO:
• plantação em 1988
• mato cortado em 1993
• rotação 12 - 14 anos
Falta a foto
Plantação de eucalipto
desde 1988
Amostragem
no campo
PLANTAS
7,29 m
5,65 m
25 m
20 x 5 m
Métodos de
decomposição
Diferentes níveis hierárquicos de inventariação da
diversidade Whittaker ( 1972)
Pontual – diversidade biológica da parcela de amostragem (parcela)
α
– diversidade biológica dos habitats/ ecossistemas (LUUs)
γ – diversidade biológica
no total da paisagem (6 LUUs)
Níveis de diferenciação da diversidade (Magurran, 1991)
Padrão/ textura - diferenciação da diversidade entre parcelas de
amostragem dentro de cada LUU
β
- diferenciação da diversidade entre as LUUs
Medidas usadas:
- Riqueza (S como nº de espécies),
- Exp (H’) com H´ = - Σ pi ln (pi) (Shannon & Weaver 1949):
pi é a proporção do total de ocorrencias para a espécie i
Usando S ou exp (H’):
γ = diversidade α × β
Diversidade α = diversidade pontual × padrão
Diversidade
Decompor os níveis de diferenciação em:
β = nº LUUs ÷ média de amplitude de usos do solo
das espécies
Padrão = nº de parcelas de amostragem ÷ média de
ocorrência das espécies por parcela
Resultados
Riqueza total de plantas vasculares na área (γ)= 268 espécies
Riqueza média em cada LUUs (α) = 123,33 espécies
Cada espécie ocorre em média em 2,76 LUUs
nº espécies
180
160
140
120
100
α (habitats)
80
60
40
20
0
1. Montado - 3. Montado - 4. Montado baixa
intermédia
intermédia
5. Montado alta
Perturbação
2. Eucaliptal
6. Luzerna
LUUs
Decomposição da diversidade da paisagem (γ)
Considerando riqueza
268 (γ)= 123,3 (α)
×
6 (LUUs)
÷
2,76 (amplitude de LUUs)
Diferenciação entre LUUs = β = 2, 17
•Sobreposição significativa entre habitats
Considerando Exp H’ (usando nº de espécies equivalente; média
•β=2pelosituação
equivalente a ter só 2 usos do solo
ponderada
nº de ocorrências)
completamente diferentes.
157,3 (γ) = 91,07 (α) × 5,77 (LUUs) ÷ 3,34 (sobreposição de LUUs)
Diferenciação entre LUUs = β = 1,72
Decomposição da diversidade nos LUUs α (intra habitats)
Considerando a riqueza
•LUU1 - montado
127 = 39, 00 (pontual) × 16 (parcelas) ÷ 4,91 (sobreposição
α1
de parcelas)
n º e sp é c i e s
180
150
120
α (ha b ita ts )
90
60
30
0
nº parcela
nº médio de espécies
p
50
Pontual (parcela)
40
30
20
10
0
8
7
Sobreposição (parcela)
6
5
4
3
2
1
0
1. Montado - 3. Montado - 4. Montado - 5. Montado - 2. Eucaliptal 6. Luzerna
baixa
intermédia intermédia
alta
LUUs
Conclusões
Padrões de diversidade a vários níveis
¾ Os maiores valores de diversidade são atingidos em LUUs de
montado com regime de perturbação intermédio
riqueza florística nas parcelas
homogeneidade da unidade não é afectada por alterações no regime
de perturbação
¾O eucaliptal aparenta ser mais heterogéneo, mas a riqueza média
por parcela é tão baixa
num valor baixo de diversidade da LUU
¾O campo de luzerna, com maiores níveis de perturbação, é mais
homogéneo, menos rico e diverso
¾A sobreposição significativa entre os LUUs
um aumento da
diversidade a nível das paisagem não implica necessariamente um
aumento na diversidade de plantas vasculares
Simular cenários de gestão de paisagem
2 hipóteses
1) Dentro da mesma unidade de uso – gerir o tipo de
perturbação
paisagem (γ)= (α)
× (LUUs) ÷
(sobreposição de LUUs)
Simular cenários de gestão de paisagem
2ª hipótese
Alterar os usos do solo dentro da mesma paisagem
paisagem (γ)= (α)
× (LUUs) ÷
(sobreposição de LUUs)
Agradecimentos
Este estudo é financiado pela
Comissão Europeia
(Contrato No: EVK4-1999-00280)
Companhia das Lezírias
Campo de Tiro de Alcochete
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Un. paisagem 6 - Instituto Superior de Agronomia