1 UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DHE – DEPARTAMENTO HUMANIDADES E EDUCAÇÃO CURSO DE GEOGRAFIA WALDI ORLANDO REHFELD PESQUISA COMO PRINCÍPIO PEDAGÓGICO: IMPLANTAÇÃO DO COMPONENTE SEMINÁRIO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DR. ROBERTO LÖW DE NOVA RAMADA/RS Ijuí, 2012 WALDI ORLANDO REHFELD 2 PESQUISA COMO PRINCÍPIO PEDAGÓGICO: IMPLANTAÇÃO DO COMPONENTE SEMINÁRIO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DR. ROBERTO LÖW DE NOVA RAMADA/RS Monografia apresentada ao Curso de Geografia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI , como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Geografia. Orientador: Leonardo Dirceu de Azambuja Ijuí, 2012 3 4 DEDICATORIA Foram tempos de busca, Momentos de Reflexão Sentimentos Repartidos Conflitos sem conclusão Em circunstancia no “auge” Outras na solidão. Momentos de aprendizagem Que não passaram em vão É o tempo na memória Os registros ficarão Uma porta fica aberta À futura geração Dedico com carinho, o apreço e sincera gratidão aos meus familiares, em especial à sempre companheira Leda, filhos Girlane, Juliane (in memória), Daniel e meu neto João Arthur, inseparáveis em todos os momentos. 5 AGRADECIMENTOS À Unijuí e seu corpo docente. Aos Coordenadores do curso de Geografia, Célia Clarice Atkinson e Mario Amarildo Attuati bem como a todos os professores e tutores que ministraram as aulas, ou cuidaram do espaço virtual e prestaram suas contribuições , entre eles destaco, Leonardo Dirceu de Azambuja, Bernadete Maria de Azambuja, Célia Clarice Atkinson, Mario Amarildo Attuati, Doris Ketzer Montardo, Marta Estela Borgmam e Dinarte Belato Em especial ao orientador da monografia, pela dedicação e intervenções que me au xiliaram no crescimento intelectual. Aos membros da banca examinadora Professor Leonardo de Azambuja e Célia Clarice Atkinson. A todos os colegas com os quais compartilhamos a trajetória acadêmica do curso. A Direção e Professores e Funcionários da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw. Ao Poder Público Municipal de Nova Ramada, aos Dirigentes da 36ª Coordenadoria da Educação de Ijuí, pelas informações prestadas. A DEUS criador, responsável maior pela superação das dificuldades enfrentadas, amigo e orientador em todas as horas. 6 Resumo A reflexão sobre Implantação do Componente Seminário na Escola Estadual de Ensino Médio DR. ROBERTO LÖW, analisa a proposta de reestruturação Curricular do Ensino Médio, estabelecida pela Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul a partir de 2011, em desenvolvimento no sistema formal de Ensino. Esta proposta assume a pesquisa como princípio pedagógico. Isto é importante, pois não se pode conceber o processo educativo escolar sem a pesquisa, visto que por intermédio dela é que professores e alunos deixam de ser apenas consumidores de conhecimentos, e passam a ser construtores de conhecimentos. Visa atender às necessidades sociais ligadas ao mundo do trabalho oportunizando novos espaços à construção do saber, contrapondo ao estilo bancáriotradicional. Esta reflexão objetiva caracterizar o sentido do processo de sua implementação e as percepções iniciais dos agentes sociais envolvidos no que refere a dinamicidade de funcionamento e a praticidade da proposta. Neste sentido, os sujeitos do processo de ensinar e aprender criam condições para o protagonismo social e cultural, na medida em que se apropriam de saberes, que permitirem a leitura da realidade. A pesquisa como princípio pedagógico é condição para autonomia intelectual. Por meio da qual, docentes e discentes, na convergência de pensares, buscam respostas para problemas, situações que permeiam o contexto social, cultural, econômico e político. A pesquisa, como um processo sistemático de construção do conhecimento, visa principalmente, gerar novos conhecimentos e refletir sobre os conhecimentos existentes sob a ótica do pesquisador. Com a implantação do Ensino Politécnico nas Escolas Estaduais e do Componente Curricular Seminário podemos trabalhar este componente de forma que se torne interessante e possível para o educando praticar a pesquisa científica. Qual a melhor metodologia a ser usada para que a Escola Dr. Roberto Löw atinja os objetivos nessa perspectiva e como integrar as áreas do conhecimento para a eficácia do componente seminário são desafios colocados. Neste sentido foi possível constatar que esta prática de ensino avança gradativamente no sistema formal e cumpre seu papel potencializador na construção da cidadania e pode servir como ponto de partida para novas reflexões sobre a prática da pesquisa no componente Seminário. Palavras chave: Pesquisa, Politecnia, Avaliação Emancipatória, Seminário. 7 Resumen La reflexión sobre la aplicación del Seminario de componentes en la Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw se analiza la propuesta de restructuración curricular de la educación secundaria, establecido por el Secretaria daEducação do Rio Grande do Sul a partir de 2011, el desarrollo del sistema formal de educación. Esta propuesta asume encuesta como pesquisa pedagógica. Esto es importante porque no podemos concebir el proceso educativa escolar sin el proceso de investigación, a través de ella es que los profesores y los estudiantes ya no son sólo consumidores de conocimiento y empiezan a ser constructores de conocimiento también. Visa satisfacer las necesidades sociales, ligada al mundo del trabajo, oportunizar nuevos espacios a la construcción del saber, en contraste con el estilo tradicional bancario. La intención fue de caracterizar el sentido del proceso de su aplicación y las percepciones iniciales de los agentes sociales implicados en que refiere el tratamiento de la dinámica de funcionamiento y la practicidad de la propuesta. En este sentido, los sujetos del proceso de enseñanzar y aprender crean las condiciones para la función social y cultural, en la medida que se apropian de saberes que permitieron la lectura de la realidad. La encuesta como principio pedagógico es un requisito previo para la autonomía intelectual. En la cual profesores y estudiantes, la convergencia de pensar, buscan respuestas a los problemas, situaciones que permean el contexto social, cultural, económico y político. La investigación como un proceso sistemático de construcción del conocimiento, tiene como objetivo principal generar nuevos conocimientos y reflexionar sobre los conocimientos existentes desde la perspectiva del investigador. Con la implantación del“Ensino Politécnico nas Escolas Estaduais e do Componente Curricular Seminário”, trabajar estainvestigación científica. Cuál es la mejor metodología que se utilizará para la Escola Dr. Robert Löw cumplir con los objetivos. Cómo integrar las áreas de conocimiento para el componente seminario sea eficaz. En este sentido se fue posible constatar que está práctica de enseñanza avanzapoco a poco en el sistema formal y cumple con su papel en la potenciación de acceso de los ciudadanos y que puede servir como punto de partida para nuevas reflexiones sobre la práctica de la pesquisa en el componente Seminario. Palabras clave: pesquisa, Seminario politécnico, evaluación emancipadora. 8 SUMÁRIO DEDICATÓRIA ......................................................................................................................... AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... RESUMO .................................................................................................................................... RESUMEN ................................................................................................................................ INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 1- PROPOSTA METODOLÓGICA DO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO..........12 1.1 - Os limites e as possibilidades do ensino médio proposto pela SEDUC...........................12 1.2 - Organização curricular do Ensino Médio Politécnico......................................................18 2- METODOLOGIA DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DR. ROBERTO LÖW, PERÍODO LETIVO BASE:.......................................................................................25 2.1- Aprendendo e "ensinando" com projetos de pesquisa.......................................................29 2.2- Proposta para construção de projeto a partir do diagnóstico da pesquisa participante.....31 2.3- Perfil do profissional da educação que atua com os educandos .......................................32 3-ESCLARECIMENTOS QUANTO A SEQUENCIA DOS FOCOS NOS RESPECTIVOS ANOS E TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS......................35 3.1-Primeiro Ano do Ensino Médio Politécnico Estudo de Três Focos...................................38 3.2-Segundo Ano do Ensino Médio Estudo de Dois Focos......................................................39 3.3-Terceiro Ano do Ensino Médio Estudo de Dois Focos......................................................40 3.4- PERSPECTIVAS DO COMPONETE SEMINÁRIO..................................................42 - CONCIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................45 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. .............47 9 ANEXO A - Sumário Sugestivo Para o Primeiro Ano. Segundo Trimestre.................................. 51 ANEXO B – Sumário Sugestivo Para o Primeiro Ano. Terceiro Trimestre...................................55 ANEXO C – Sumário Sugestivo Para o Segundo Ano .....................................................................55 ANEXO D – Sugestões de Sumários para o Terceiro Ano ..............................................................56 ANEXO E – Relação dos trabalhos Apresentados de Pesquisa no Período de 2002 à 2012 .........58 ANEXO F – Sugestões para construir um Projeto de Pesquisa.......................................................62 10 INTRODÇÃO A Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw Nova Ramada /RS, na sua trajetória da ação educativa, tem procurado aprimorar seu método de ensino, envolvendo o corpo docente e administrativo na investigação diagnostica das práticas educativas, para qualificar através da pesquisa, e debate a práxis escolar embasada na busca do conhecimento científico para uma formação que capacite à intervenção em situações concretas de vida. Para tanto o Ensino Médio representa um espaço da construção e reconstrução do saber que oportuniza aos educandos desenvolver a capacidade de refletir, pensar e analisar a sua realidade sócio-hitórica na busca da identidade e da formação para o mundo do trabalho. Desta forma os conteúdos trabalhados nas mais complexas situações, conforme as áreas do saber, precisam atender a essa perspectiva de educação escolar. Assim, os conteúdos “realizam o sentido que lhes é próprio ao inserirem-se no universo amplo do que se ensina e aprende a partir do mundo da vida em seus processos de aprendizagens sociais” (Marques 2000), que são decorrentes e embasados nas tradições socioculturais e com uma visão de projetos de futuro. A ação pedagógica do professor não pode ficar restrita a mera transmissão de conhecimentos. Para Marques (2000) ensinar não é repetir; é reconstruir as aprendizagens. “Trata-se de realizar a tradução dos conceitos reconhecidos no estado atual das ciências para o nível das práticas sociais contextualizadas e conjunturais” (p.118). Nesta dimensão, o acesso ao conhecimento científico é um mecanismo de apropriação que forma e encaminha para o enfrentamento de situações concretas dos sujeitos/atores. Para que isso ocorra é importante exercer o domínio de cada campo específico, trabalhando passo a passo com o rigor científico dos conhecimentos, utilizando materiais e instrumentos de apropriação e capacitação no desenvolvimento de habilidades, num processo constante de reconstrução segundo as definições da proposta político-pedagógica escolar. 11 Nossa escola desenvolve uma prática pedagógica de diagnóstico e pesquisa que se inicia no primeiro ano Politécnico do Ensino Médio, dividida em focos. O foco determina a intencionalidade da construção do saber num processo permanente em forma de pesquisa e desenvolvimento de projeto orientado. Foram desenvolvidas sete etapas que são divididas por ano/series que serão explicitados posteriormente. Existem várias formas que orientam a organização de um projeto. Com este documento não temos a pretensão de oferecer uma simples cartilha, mas de prestar uma orientação teórica e filosófica de acordo com o projeto político pedagógico de nossa escola. Partimos de uma ação conjunta da equipe diretiva e pedagógica, juntamente com os professores da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw no sentido de orientar e a realização de pesquisa por parte dos educandos do Ensino Médio Politécnico por meio do novo componente curricular Seminário Integrado, conforme proposição da Secretaria Estadual de Educação. O primeiro capítulo deste trabalho apresenta a proposta metodológica, pedagógica e legal para implantação, os limites e as possibilidades do ensino médio politécnico conforme a proposta implantada pela Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul. O segundo capítulo, consta da metodologia de ensino desenvolvida pela Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw, explicita a proposta para a construção do projeto, a partir do diagnóstico da pesquisa participante a ser desenvolvido pelos educandos do Ensino Médio. Esta pesquisa visa diagnosticar um “problema” da realidade local e regional e suas ramificações. No terceiro capítulo, o propósito é esclarecer quanto aos focos trabalhados nos respectivos anos e sua organização, objetivando assim, que ao concluir o ensino médio o aluno tenha capacidade de realizar um estudo aprofundado sobre um tema de seu interesse. Nossa expectativa com a realização deste trabalho de conclusão de curso está em poder contribuir para o aperfeiçoamento processo de ensino-pesquisa em nossa escola permitindo que os educandos construam-se como sujeitos capazes de encontrar respostas para as diversas situações da vida e do mundo do trabalho. 12 1- PROPOSTA METODOLÓGICA DO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO 1.1 Os limites e as possibilidades do ensino médio proposto pela SEDUC. Vivemos um dilema constante na sociedade atual onde educadores a todo instante ficam indagando quanto a formação no ensino médio em nossas escolas: o ensino médio deve formar para que? Vestibular? Acesso a Universidade? A cidadania? (humanização - direitos e deveres) O mundo do trabalho? A reestruturação curricular do Ensino Médio, estabelecido pela Secretaria da Educação do Rio Grande do sul, a partir de 2011 contém a pesquisa como princípio pedagógico. Isto é importante, pois não se pode conceber o processo educativo escolar sem a pesquisa, visto que por intermédio dela, é que professores e alunos deixam de ser apenas consumidores de conhecimentos e passam a serem também construtores de conhecimentos. Neste sentido, os sujeitos do processo de ensinar e aprender acessam condições para o protagonismo social e cultural, na medida em que se apropriam de saberes, que instrumentalizam para a leitura da realidade. A pesquisa, como um processo sistemático de construção do conhecimento, visa principalmente, gerar novos conhecimentos ou refletir sobre os conhecimentos existentes sob a ótica do pesquisador. A pesquisa como princípio pedagógico é condição para autonomia intelectual. Docentes e discentes, na convergência de pensares, buscam respostas para problemas, situações que permeiam o contexto social, cultural, econômico e político. É recorrente entre os educadores, governo e a sociedade civil que o Ensino Médio tal como vem sendo concebido e praticado não dialoga com as mudanças do processo civilizatório em curso, que se apresenta com novas bases, desde o processo produtivo, o avanço, nas ciências, novas produções culturais e políticas. A legislação nacional no âmbito da educação preconiza a democratização da oferta da Educação Básica com qualidade social, 13 como condição de cidadania, o que impulsiona políticas que levem a superação da estagnação e descompasso, entre a educação dos jovens e o que deles demanda-se no mundo da vida. Dados estatísticos, avaliações internas e externas, há algum tempo, revelam realidades que sinalizam para necessidade de mudanças. São estas realidades que nos permitem radicalizar o olhar sobre a escola pública estadual para ser propositiva na evolução de uma educação com qualidade social e cidadania, dando atenção especial ao Ensino Médio. Neste sentido, a Secretaria Estadual de Educação tomou para si a responsabilidade de propor e discutir uma política pública de Estado para a educação que dialogue e se articule com a realidade daqueles que vivem do trabalho. Para dar conta desse debate, desencadeou um processo de Conferências de Reestruturação Curricular do Ensino Médio, do Curso Normal e da Educação Profissional da Rede Pública do Estado do Rio Grande do Sul, trazendo as contribuições dos diversos atores envolvidos nas Conferências. A Conferência Estadual retoma as discussões, problematizando as questões limite levantadas ao longo do processo, buscando clarificar os princípios e proposições que constituem as propostas da SEDUC-RS. Os debates possibilitaram sistematizações dos eixos que compõem a proposta e produziram encaminhamentos para a operacionalização das mesmas. Nesse contexto, foi referendada, pelos participantes com destaque, a formação continuada dos educadores antes do início do ano letivo de 2012, especialmente em relação ao trabalho de elaboração de projetos interdisciplinares e da realização de seminários preparatórios para as direções e equipes pedagógicas, inicialmente na esfera estadual, com representantes de todas as escolas do estado, e em seguida em macrorregiões envolvendo mais que uma Coordenaria de Educação, e ainda, nas Coordenadorias Regionais envolvendo suas escolas de abrangência. Dentre as discussões ocorridas, evidenciou-se a importância do papel das equipes diretivas na implantação do novo Ensino Médio, considerando os desafios que este apresenta e que passa pela necessidade de rever paradigmas e práticas que historicamente vem sendo realizadas. Acredita-se no valor da articulação dos sujeitos que tem sob sua responsabilidade a gestão da escola para que projetos desta natureza possam tomar corpo. A gestão escolar, entendida como o ato de gerir a dinâmica cultural da escola em consonância com as diretrizes e políticas educacionais, necessita, como no termo Freiriano, “rigorosidade metódica” no cuidado com as múltiplas dimensões que possibilitam a efetivação de uma proposta que aborda a ideia de Paulo Freire referente à conscientização como forma de educar. Esta conscientização se dá a partir de um processo dialógico. 14 A experiência educacional hoje clama por mudanças e novas leituras. Não é possível nos mantermos distantes das realidades sociais e dos contextos que circundam a escola. Os sujeitos que acessam a escola demandam uma educação contextualizada em suas realidades e em direção da qualidade da própria vida. Os agentes educacionais precisam movimentar-se nesta direção. E a gestão escolar tem o compromisso da permanente qualificação do projeto político pedagógico da escola sob sua responsabilidade. É oportuno destacar que a escola é um importante espaço de convivência e socialização, de encontros e descobertas. A escola tem uma história na comunidade que tem sua cultura, portanto, precisa estar em permanente ligação com o seu entorno para construir uma educação de melhor qualidade, com o apoio e envolvimento de todos os atores imbricados nesse processo, buscando condições que promovam a aprendizagem, pauta que deve ser constante no trabalho das equipes escolares. Cabe ao gestor escolar mobilizar sua equipe para pensar projetos educacionais baseados nas demandas da comunidade e das possibilidades humanas, territoriais e temáticas do entorno da escola, buscando superar os altos índices de reprovação e evasão, atender às demandas de formação que a sociedade contemporânea está exigindo e atender as orientações curriculares e a legislação que aponta à estas demandas. O Ensino Médio no Rio Grande do Sul apresenta índices preocupantes, ao considerar o compromisso com a aprendizagem para todos. A escolaridade líquida (idade esperada para o ensino médio 15-17anos) é de apenas 53,1%. A defasagem idade-série no Ensino Médio é de 30,5. Ao mesmo tempo, constatam-se altos índices de abandono (13%) especialmente no primeiro ano, e de reprovação (21,7%) no decorrer do curso, o que reforça a necessidade de priorizar o trabalho pedagógico no Ensino Médio. (INEP/MEC– Educacenso –Censo Escolar da Educação Básica 2010). Do universo de 1.053 escolas, 104 oferecem curso normal, 156 oferecem cursos profissionalizantes e 793 ofertam exclusivamente o curso de Ensino Médio. De um total de 24.763 professores, 2.016 atuam no curso normal, 2.037 no ensino profissional e 22.747 somente no Ensino Médio. . (INEP/MEC– Educacenso –Censo Escolar da Educação Básica 2010). Por outro lado, quanto às condições da infraestrutura das escolas, algumas requerem atenção em relação à implantação, à implementação e à construção ou reforma de quadra de esportes (139); laboratório de ciências (103); laboratório de informática (87); biblioteca (9); 15 cozinha (9); acessibilidade ao espaço escolar para pessoas com mobilidade reduzida, (320) (DEPLAN/SEDUC/RS, 2011). Agravando este panorama, constata-se que o ensino se realiza mediante um currículo fragmentado, dissociado da realidade sócio-histórica, e, portanto, do tempo social, cultural, econômico e dos avanços tecnológicos da informação e da comunicação. Um obstáculo a ser superado no processo da reestruturação do currículo do Ensino Médio, pode ser a pouca visão sobre a pesquisa científica por parte de alguns professores. Muitos professores, então vão ficar em dúvida, talvez inseguros no início, mas com vontade logo se tornarão pesquisadores, e assim, poderão ensinar os alunos a pesquisar. Quando da implantação do Ensino Politécnico nas Escolas Estaduais e do Componente Curricular Seminário surgem muitas perguntas: como trabalhar este componente de forma que se torne interessante para o educando e educador praticarem a pesquisa científica? Qual a melhor metodologia a ser usada para que a escola atinja os objetivos? Como integrar as áreas do conhecimento para a eficácia do componente Seminário? Como o componente curricular Seminário vai contribuir para a prática do ensino-pesquisa nos demais componentes disciplinares? Em que momento reunir professores que trabalham em mais que uma escola? Que espaço e a estrutura que a escola possui são adequados para a realização da prática pedagógica da pesquisa? Qual o base teórica-metodologia que orienta a proposta pedagógica da escola e das disciplinas escolares? Construir respostas para esses questionamentos nos leva a busca do entendimento sobre o que é ensino politécnico ou Ensino Médio Politécnico. A Lei de Diretrizes Bases da Educação (BRASIL, Lei nº 9.394/1996) no artigo 22º, define como finalidade da Educação Básica “...desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. No artigo 35º da mesma Lei são apresentadas as finalidade de formação específicas do ensino médio. São elas: • I – a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; • II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamentos posteriores; • III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e pensamento crítico; 16 • IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática, no ensino de cada disciplina”. É a partir destas finalidades que surge a proposição do Ensino Médio Politécnico, implantado em 2011 pela Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul. O entendimento é de um Ensino Médio vinculado à realidade social e ao desenvolvimento científico-tecnológico, integrando as áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Na prática, o estudante terá, além das aulas dos componentes curriculares do Ensino Médio, o desenvolvimento de projetos com atividades práticas e vivências relacionadas com a vida, com o mundo do trabalho. Contudo, isso não implicará na extinção das disciplinas, que serão fortalecidas no diálogo interdisciplinar. A formação voltada para compreensão da totalidade social, não apenas de seus fragmentos mas uma formação plena e integral é “nesta capacidade de fascinação que reside o germe do progresso.” ( MORENO ET ALL, 1999) Politecnia, entendido como o domínio intelectual da técnica, não profissionaliza, mas está enraizado no mundo do trabalho e das relações sociais, promovendo a formação científico-tecnológica e sócia histórica, pelo protagonismo do aluno e do professor. Supõe novas formas de seleção e organização dos conteúdos a partir da prática social, contemplando o diálogo entre as áreas de conhecimento, buscando superar a lógica disciplinar e a primazia, da qualidade da relação com o conhecimento, sobre a quantidade de conteúdos apropriados de forma mecânica. “A noção de politecnia diz respeito ao domínio dos fundamentos científicos das diferentes técnicas que caracterizam o processo de trabalho produtivo moderno.” (SAVIANI, 1989, p. 17) O currículo é concebido como o conjunto das relações desafiadoras das capacidades de todos, que se propõe a resgatar o sentido da escola como espaço de desenvolvimento e aprendizagem, dando sentido para o mundo real, concreto, percebido pelos alunos e alunas. Trabalho como princípio educativo, e pesquisa como princípio metodológico. O desafio de compreender fatos e realidades amplas e complexas, a partir da escolha de conteúdos curriculares, demanda uma relação constante entre a parte e a totalidade. “Totalidade como todo estruturado e dialético, do qual ou no qual um fato ou conjunto de fatos como pode ser racionalmente compreendido pela determinação das relações que os constituem.” (KOSIK, 1978) O relacionamento das áreas de conhecimento e dos saberes para a resolução de problemas advém do resgate de visões epistemológicas (teoria do conhecimento) e práticas de pesquisa que trabalham o objeto do conhecimento como totalidade, com interferência de 17 múltiplos fatores, pressupostos estabelecidos a partir dos avanços científicos e tecnológicos contemporâneos. A compreensão que os problemas não são resolvidos apenas à luz de uma única disciplina ou área do saber, desmistifica (denunciar um erro) a ideia, ainda predominante, da supremacia de uma área de conhecimento sobre outra. A busca constante na interdisciplinaridade, é no professor, ele é o principal agente, pois, o saber está inserido em cada disciplina cabendo aí ao educador exercer sua capacidade de fazer relações com os demais componentes curriculares, que tem um objetivo comum a formação integral de cada estudante, nesta sociedade que é totalmente interdisciplinar e globalizada social e economicamente. Avaliação Emancipatória que sinaliza os avanços do aluno em suas aprendizagens, aponta os meios para superação das dificuldades, oportuniza reflexão e revisão das práticas da escola, permite rever a prática da avaliação como classificação, seleção e exclusão, com mudança de paradigma. É a politecnia, assim compreendida, que se constitui no princípio organizador da proposta de Ensino Médio, seja na sua versão geral, o Ensino Médio Politécnico, ou na versão profissional, Educação Profissional integrada ao Ensino Médio. Na versão geral, o Ensino Médio Politécnico, embora não profissionalize, deve estar enraizado no mundo do trabalho e das relações sociais, de modo a promover formação científico-tecnológica e sócio-histórica a partir dos significados derivados da cultura, tendo em vista a compreensão e a transformação da realidade. Do ponto de vista da organização curricular, a politecnia supõe novas formas de seleção e organização dos conteúdos a partir da prática social, contemplando o diálogo entre as áreas de conhecimento; supõe a primazia da qualidade da relação com o conhecimento pelo protagonismo do aluno sobre a quantidade de conteúdos apropriados de forma mecânica; supõe a primazia do significado social do conhecimento sobre os critérios formais inerentes à lógica disciplinar. A construção desse currículo integrado supõe a quebra de paradigmas e só poderá ocorrer pelo trabalho coletivo que integre os diferentes atores que atuam nas escolas, nas instituições responsáveis pela formação de professores e nos órgãos públicos responsáveis pela gestão. 18 O futuro das instituições de formação de professores está em buscar uma formação por área do conhecimento, incluindo as tecnologias aplicadas e usadas para cada área, bem como mudando a concepção para o uso da avaliação emancipatória, rompendo assim com as “caixinhas” que hoje tem se firmado para o ensino e aprendizagem. Formar e avaliar em grupo, este é novo paradigma a ser buscado. Sabemos que muitos professores resistem a esta proposta, pois desacomodarão uma rotina, que não segue o livro didático enquanto manual, ou uma cartilha que os professores estão acostumados, ficando a incerteza no novo, e acomodação na forma velha de ensinar. 1.2 - Organização curricular do Ensino Médio Politécnico proposta pela SEDUC- A proposta da SEDUC é que os trabalhos escolares sejam articulados por projetos, nos quais a pesquisa se articula com eixos temáticos transversais, com eixos conceituais ou linhas de pesquisa, desde que sintetizem uma necessidade, uma situação problema, contextualizado na vida do aluno, buscando uma formação geral integrada com a parte diversificada. Entende-se por formação geral (núcleo comum), um trabalho interdisciplinar entre as áreas de conhecimento com o objetivo de articular o conhecimento universal sistematizado e contextualizado, articulado com as novas tecnologias, objetivando a apropriação e integração com o mundo do trabalho. Entende-se por parte diversificada (humana – tecnológica – politécnica), a articulação das áreas do conhecimento, a partir de experiências e vivências com o mundo do trabalho, a qual apresenta opções e possibilidades para posterior formação profissional. A coordenação dos trabalhos, que organiza a elaboração de projetos, por dentro dos Seminários Integrados, será de responsabilidade do coletivo dos professores, e entre eles será deliberada e designada, considerando a necessária integração e diálogo entre as áreas de conhecimento para a execução dos mesmos. Além disso, o exercício da coordenação desses trabalhos, sob a forma rotativa, oportunizará que todos se apropriem e compartilhem do processo de construção coletiva da organização curricular. No Ensino Médio Politécnico, é necessário articular: 19 − uma formação geral sólida, que advém de uma integração com o nível de ensino fundamental, numa relação vertical, constituindo-se efetivamente como uma etapa da Educação Básica; − uma parte diversificada, vinculada a atividades da vida e do mundo do trabalho, que se traduza por uma estreita articulação com as relações do trabalho, com os setores da produção e suas repercussões na construção da cidadania, com vista à transformação social, que se concretiza nos meios de produção voltados a um desenvolvimento econômico, social e ambiental, numa sociedade que garanta qualidade de vida para todos, ou seja, uma escola para todos. A previsão inicial do Currículo do Curso de Ensino Médio será desenvolvida em três anos, com 2.400 horas, sendo que a carga horária no primeiro ano será de 75% de formação geral e 25% de parte diversificada. No segundo ano, 50% para cada formação e, no terceiro ano, 75% para a parte diversificada e 25% para a formação geral. Também se considera a possibilidade de um acréscimo de 600horas de carga horária, totalizando o curso em 3.000horas, não implicando em aumento do número de anos do curso. Este acréscimo, dividido nos três anos, se traduzirá por possibilidades de estágios ou aproveitamento de situações de emprego formal ou informal, desde que seu conteúdo passe a compor os projetos desenvolvidos nos seminários integrados e, com isso, venha a fazer parte do currículo do curso. As proporções de distribuição das cargas horárias dos dois blocos, formação geral e parte diversificada não são rígidas, permitindo aproximações quando da elaboração e distribuição de carga horária pelas áreas de conhecimento na matriz curricular que integra o Projeto Político Pedagógico da Escola. Essa distribuição visa assegurar um processo de ensino e aprendizagem contextualizado e interdisciplinar. A articulação dos dois blocos do currículo, por meio de projetos construídos nos seminários integrados, se dará pela interlocução, nos dois sentidos, entre as áreas de conhecimento e os eixos transversais, oportunizando apropriação e possibilidades do mundo do trabalho. Os Seminários Integrados constituem-se em espaços planejados, integrados por professores e alunos, a serem realizados desde o primeiro ano e em complexidade crescente. Organizam o planejamento, a execução e a avaliação de todo o projeto político-pedagógico, 20 de forma coletiva, incentivando a cooperação, a solidariedade e o protagonismo do jovem adulto. A realização dos seminários integrados constará na carga horária da parte diversificada, proporcionalmente distribuída do primeiro ao terceiro ano, constituindo-se em espaços de comunicação, socialização, planejamento e avaliação das vivências e práticas do curso. Na organização e realização dos seminários integrados, a equipe diretiva como um todo e, especificamente, os serviços de supervisão e orientação educacional, têm a responsabilidade de coordenação geral dos trabalhos, garantindo a estrutura para o seu funcionamento. A coordenação dos trabalhos, que organiza a elaboração de projetos, por dentro dos seminários integrados, será de responsabilidade do coletivo dos professores, e entre eles será deliberada e designada, considerando a necessária integração e diálogo entre as áreas de conhecimento para a execução dos mesmos. Além disso, o exercício da coordenação desses trabalhos, sob a forma rotativa, oportunizará que todos se apropriem e compartilhem do processo de construção coletiva da organização curricular. O desenvolvimento de projetos que se traduzirem por práticas, visitas, estágios e vivências poderão também ocorrer fora do espaço escolar e fora do turno que o aluno frequenta. Para tanto, deverá estar prevista a respectiva ação de acompanhamento executada por um professor. Os projetos serão elaborados a partir de pesquisa que explicite uma necessidade e/ou uma situação problema, dentro dos eixos temáticos transversais. Na perspectiva de garantir a interdisciplinaridade, a distribuição da carga horária da formação geral (base comum nacional), na proporção que lhe cabe em cada ano do curso, contemplará equitativamente, os componentes curriculares das áreas do conhecimento. I – Áreas de Conhecimento: 1-Linguagens e suas Tecnologias; 2-Matemática e suas Tecnologias; 3-Ciências Humanas e suas Tecnologias; 4-Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 21 II – Eixos Temáticos Transversais para a Parte Diversificada 1-Acompanhamento Pedagógico; 2- Meio Ambiente; 3- Esporte e Lazer; 4- Direitos Humanos; 5- Cultura e Artes; 6- Cultura Digital; 7- Prevenção e Promoção da Saúde; 8- Comunicação e Uso de Mídias; 9- Investigação no Campo das Ciências da Natureza; 10- Educação Econômica e Áreas da Produção. A proposta do Ensino Médio, politécnico foi decidida em dois momentos: o primeiro na sua implantação que atingiria o primeiro ano em 2011, tendo um regimento referência, com uma base comum a todas as escolas, acrescentando neste ano o componente Seminários, com quatro horas semanais, conduzido por um o mais professores independente da sua área específica e num segundo plano, a partir de 2012, a partir da construção do novo regimento com indicativo nas revisões das aulas para o 2ª e 3 ano, especificando os desdobres entre formação geral e parte diversificada. A última orientação recebida da SE, através da Coordenadoria Regional de Educação, estabelece uma base sugestiva ao Componente Seminário integrante da parte diversificada disponibilizando 6 horas para este componente, ficando a indicação na distribuição para este de uma hora para cada uma das quatro áreas denominada do componente da área do conhecimento e suas tecnologias aplicadas e ainda duas horas fixas de Seminário. Ficando uma hora semanal de seminário para linguagens suas tecnologias aplicada, uma hora semanal para matemática suas tecnologias aplicadas, uma hora semanal para ciências da natureza suas tecnologias aplicadas e uma hora para as ciências humanas suas tecnologias aplicadas, mais ás duas horas de seminário. A concepção desta proposta é forçar as áreas envolverem nos projetos, e suas tecnologias aplicadas. Além dessas orientações a proposta prevê para o aluno não optante de Língua Espanhola ou Inglesa, e ensino religioso a escola oferece Seminário Integrado. Aulas de 50 minutos totalizando 200 dias letivos. Ou seja 1200 horas aula e 1000 horas relógio. 22 O quadro síntese a seguir, foi proposto pela mantenedora tendo como ano base 2012, pois foi uma exigência do Conselho Estadual de Educação, para que o Regimento Referenciado ao Ensino Médio Politécnico tivesse aprovação e para ser implantado. Quadro Síntese ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO Da E.E.E.M. Dr. Roberto Löw– 1º ano Vigência: 2012 1º ANO/CARGA HORÁRIA SEMANAL FORMAÇÃO GERAL LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Língua Portuguesa Literatura Arte Educação Física MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 8 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia Física Química CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS História Geografia Filosofia Sociologia PARTE DIVERSIFICADA Língua Estrangeira Moderna (Espanhol) Ensino Religioso Seminário Integrado Total Carga Horária Semanal Carga Horária Anual Horas-aula Horas 6 3 2 1 2 4 2 2 2 6 2 2 1 1 6 1 1 4 30 1200 1000 Quadro Síntese do ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO da E.E.E.M. Dr. Roberto Löw Vigência: A partir 2013 FORMAÇÃO GERAL LINGUAGENS, 1º ANO/CARGA HORÁRIA SEMANAL 2º ANO/CARGA HORÁRIA SEMANAL 3º ANO/CARG A HORÁRIA SEMANAL 9 9 9 23 Língua Portuguesa Literatura Arte Educação Física Língua Inglesa Língua Espanhola MATEMÁTICA Matemática CIÊNCIAS DA NATUREZA Biologia Física Química CIÊNCIAS HUMANAS Historia Geografia Filosofia Sociologia Ensino Religioso PARTE DIVERSIFICADA Seminário Integrado Total Carga Horária Semanal Carga Horária Anual Horas-aula Horas 3 2 2 3 2 1 2 3 2 1 2 1 1 1 1 4 4 6 2 4 4 6 2 4 4 6 2 2 2 2 2 7 2 2 1 1 1 4 4 30 1200 1000 2 7 2 2 1 1 1 4 4 30 1200 1000 2 7 2 2 1 1 1 4 4 30 1200 1000 Para o ano 2013, a proposta da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw, de acordo com análise do o grupo de professores e depois de muitas ponderações, chegou-se no seguinte quadro síntese, descrito a seguir. Analisando a nossa forma de trabalho e prática já usada á 10 anos, as quatro horas de seminário, seriam suficientes para este componente, que já em 2012, foi administrado, por dois professores de áreas do conhecimento diferentes, dividindo em duas horas para cada professor, assim exigindo um constante diálogo, entre os dois professores e orientação pedagógica do ensino médio, que sempre acompanhava os cominhos seguidos e decididos pelo coletivo da escola. “Caminhante não há caminho, o caminho se faz ao andar”. Antônio Machado Espera-se, que no futuro as universidades aprimorem esta formação em áreas, professores contratados ou nomeados que atuam somente em uma escola, espaço físico adequado para atender estes alunos em turno inverso, que a questão do transporte escolar de muitos municípios, seja adequado e resolvido para permanência do aluno na escola no contra 24 turno, merenda para facilitar a nutrição nos dias de aula integral, a resistência de parte dos professores na questão de mudanças e inovações, possa ser superado, para que ocorram os avanços necessários. Em nossa escola, mas como já estamos com uma prática, analisada e reconstruída a cada ano, está metodologia veio contribuir para nossa prática de ensino e aperfeiçoar as relações de aprendizagem, que destacamos a seguir. 25 2- METODOLOGIA DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DR. ROBERTO LÖW, PERÍODO LETIVO BASE: ANO 2012 O Projeto regimental de Ensino Médio em desenvolvimento na Escola Dr. Roberto Löw, de Barro Preto, Nova Ramada, tem como princípio básico garantir o acesso e constituir um espaço pedagógico para o processo de construção do conhecimento socialmente produzido. Procura envolver diferentes sujeitos, suas relações sociais e representações culturais, tendo em vista criar possibilidades para romper com o isolamento e exclusão social imposto pelo projeto de desenvolvimento vigente. Os educadores desta escola juntamente com a comunidade escolar estão imbuídos de colocar em prática uma educação libertadora dialógica, baseada na teoria de Paulo Freire. Esta concepção pedagógica tem na pesquisa e diagnóstico da realidade o ponto de partida para a construção e apropriação do conhecimento e assim poder interagir e intervir para transformar a realidade. Neste sentido, esta prática de ensino escolar parte da problemática concreta que, um determinado grupo social e/ou os educandos vivem em seu contexto. Esta problemática não é homogênea nem estática. Está atravessada por contradições objetivas (trabalhar sobre dados objetivos: objetos de materialização) e subjetivas (o interior de cada ser e a relação estabelecida - forma de expressão, linguagem, manifestações culturais e valores). “O método dialético vê as coisas em constante fluxo e transformação. Seu foco é, portanto, o processo. Dentro dele, o entendimento de que a sociedade constrói o homem e, ao mesmo tempo, é por ele construída” (VERGARA, 1997, p. 12 a 14). Desta forma é estabelecido um olhar hermenêutico que é a busca da compreensão de significados, muitos deles ocultos. Para esta compreensão exige-se a leitura do contexto. Diários, relatos do cotidiano, estudos de caso, observações, conteúdos de textos para análises etc. Nesta dinâmica o estudo do “problema” levantado não se processa de forma isolada. Ao contrário, longe de isolar um fenômeno, estuda-o dentro de um contexto, que configura a, totalidade, num constante relacionamento de forças que se contradizem, se repelem e se atraem. É a contradição que permite a superação de determinada situação, ou seja, a mudança. 26 O conhecimento da realidade é a ponte ou a mediação estabelecida entre o sujeito e o objeto estudado o qual propiciará a formulação de novos conceitos (conhecimentos). Freire (1999) sugere a escolha investigativa do tema gerador, que interligado a totalidade permite ao homem se inserir de uma forma crítica de pensar o seu mundo. O tema gerador é um caminho para se conhecer, compreender e intervir criticamente na realidade estudada; pressupõe uma metodologia de trabalho que acredita no crescimento do indivíduo no grupo, na discussão, na problematização, na pergunta, no conflito, na participação e na disponibilidade como forma de apropriação, construção e reconstrução do saber; é um ponto de encontro interdisciplinar das áreas do saber (SE, 2001, p.3). O tema gerador está presente na fala da comunidade, é o limite de compreensão que a comunidade possui de sua realidade. A captação do todo exige certa abstração, pois é algo que não consegue vislumbrar e isso será possível quando se identificarem pensamentos opostos que se dialetizam no ato de pensar. Na análise de uma situação existencial concreta, codificada, se verifica exatamente este movimento do pensar. A descodificação da situação existencial provoca esta postura normal, que implica um partir abstratamente até o concreto; que implica uma ida das partes ao todo e uma volta deste às partes, que implica um reconhecimento do sujeito no objeto (a situação existencial concreta) e do objeto como situação em que está o sujeito(FREIRE, 1999, p. 97). O sujeito se reconhece na representação da situação existencial “codificada” ao mesmo tempo que reconhece nesta, objeto agora de sua reflexão, o seu contorno condicionante em e com que está, com outros sujeitos (FREIRE, 1999). A codificação de uma situação existencial é a representação desta, com alguns de seus elementos constitutivos, em interação. A descodificação é a análise crítica da situação codificada (FREIRE, 1999, p. 97). No processo de busca da temática significativa deve estar presente a preocupação pela problematização dos próprios temas e suas vinculações com outros, pelo seu envolvimento histórico-cultural. É neste sentido que a nossa Escola de Ensino Médio vem desencadeando o processo da Pesquisa Participante para que o educando possa ser um pesquisador e não um mero receptor de informações que nada tem significado para sua vida. É com base nos resultados da pesquisa que os conteúdos escolares vão sendo adequados de acordo com as diferentes áreas do conhecimento. Os dados extraídos da comunidade através da investigação, da temática geradora, possibilitam, não apenas compreender a realidade vivida como também a percepção que as pessoas têm de sua realidade. 27 Conhecer a sua própria realidade. Participar da produção deste conhecimento e tomar posse dele. Aprender a escrever a sua história de classe. Aprender a reescrever a História através de sua história. Ter o espaço agente que pesquisa uma espécie de gente que serve. Uma gente aliada, armada dos conhecimentos científicos que foram sempre negados ao povo, àqueles para quem a pesquisa participante – onde afinal pesquisadores-e-pesquisados são sujeitos de um mesmo trabalho comum, ainda que com situações e tarefas diferentes – pretende ser um instrumento a mais de reconquista popular (BRANDÃO, 1999, p. 11). Estes pressupostos permitirão que o educando (pesquisador) através da observação da problemática levantada, construa suas hipóteses a partir de sua intuição e escolha um tema de pesquisa em forma de projeto que paulatinamente, nos anos subsequentes, irá se materializando e no Terceiro ano possa ser apresentado para a banca de professores, incluindo sugestões e alternativas viáveis frente ao problema estudado. Nesta perspectiva direção Freire propõe um conjunto de procedimentos, tendo em vista buscar a investigação da realidade local: Primeiro: Uma pesquisa da realidade, organização e análise dos dados levantados; Segundo: definição das falas significativas com a escolha do tema gerador; Terceiro: seleção dos conteúdos significativos e programação das áreas; Quarto: organização das atividades para a sala de aula. Essa educação escolar supõe uma proposição curricular que articule a universalidade da ciência e a realidade sócio-histórica da comunidade escolar, e necessariamente trabalhe a dimensão interdisciplinar das áreas do conhecimento, superando as fragmentações, tal como, referindo-se a escola, afirma Morin (2001, p. 15), “[...] nos ensinam a isolar os objetos (de seu meio ambiente), a separar as disciplinas (em vez de reconhecer suas correlações), a dissociar os problemas, em vez de reunir e integrar.” A ideia de interdisciplinaridade indica para a abertura ao diálogo ou para a interlocução dos saberes. O trabalho escolar organizado em temas e subtemas ou temas-problemas constitui o parâmetro orientador da organização curricular para o desenvolvimento dessa prática de ensino aprendizagem. Na “pedagogia do oprimido” Freire expressa a ideia de homem como ser inconcluso e consciente desta situação, desejando ser sujeito da sua existência, contrapondo a concepção bancaria de conteúdos predefinidos. Necessário se faz o encontro entre os homens e o mundo através do diálogo mediatizados pela palavra, ação e reflexão, aceitando que outro também possui um saber, e assim todos terão o privilégio de aumentar o seu conhecimento. Pernambuco (2002) Destaca a proposição necessariamente dialógica que precisa acontecer em momentos pedagógicos, situados como de Estudo da Realidade (ER), Organização do Conhecimento (OC) e de Aplicação do Conhecimento (AC). 28 A Atitude problematizadora, no universo temático, nas relações homem-mundo, são os obstáculos ou barreiras que precisam ser superadas na construção social, a percepção do problema, e ir em ao encontro para desvendá-lo é o sonho, a utopia para torná-lo realidade, promovendo a humanização. A definição dos conteúdos-forma mais específicos das áreas e ou disciplinas acontecerá nessa relação dialógica do saber popular e do saber científico. O saber das ciências tem a função de desvendar a aparência, romper com o senso comum e produzir a compreensão dos fatos e ou fenômenos sociais e naturais, reconstituindo a totalidade. É nesse momento que o diálogo com e entre as áreas do conhecimento tornase uma necessidade. É o momento de explicitar a “visão de área”, ou de como cada campo da ciência procede a reconstrução do tema com a sua perspectiva de leitura, definindo o seu enfoque de análise e a sua contribuição na construção interdisciplinar da totalidade. É nessa passagem que os programas de ensino tomam forma com a explicitação dos temas específicos de estudo. Será, então, o estudo do tema específico, representativo e ou articulado com a realidade, que possibilitará a (re) construção da visão primeira da realidade, possuída pelo educando, no início do processo educativo. Este supera a situação de ignorância, rompendo o limite explicativo que possuía da sua realidade, entende o real e as suas contradições, amplia a consciência de sua inconclusão histórica, e passa a acreditar na possibilidade de ser sujeito na construção do seu presente e futuro. AZAMBUJA, 2010, P. 26-27) Sabemos que não é uma tarefa fácil de ser cumprida, mas com a construção do projeto e buscando apoio no coletivo, sempre vamos aprofundando e aperfeiçoando o trabalho, usando a metodologia de projetos, que procura através do dialogo, usando os saberes científicos, propiciar a construção e sistematização, que vai se materializando nos três anos de ensino médio, partindo do mais simples de forma grupal para o mais complexo de forma individual. O obrigatório nestes projetos é a garantia do exercício da liberdade, mas com orientações sistemáticas, propiciando condições de escolhas racionais. 29 2.1-Aprendendo e “ensinando” com projetos de pesquisa. A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto. Nessa situação de aprendizagem, o aluno precisa selecionar informações significativas, tomar decisões, trabalhar em grupo, gerenciar confronto de ideias, enfim, desenvolver competências interpessoais para aprender de forma colaborativa com seus pares. A mediação do professor é fundamental, pois, ao mesmo tempo em que o aluno precisa reconhecer sua própria autoria no projeto, ele também precisa sentir a presença do professor, que ouve, questiona e orienta, visando propiciar a construção de conhecimento do aluno. A mediação implica a criação de situações de aprendizagem que permitam ao aluno fazer correções necessárias uma vez que os conteúdos envolvidos no projeto precisam ser sistematizados para que os alunos possam formalizar os conhecimentos colocados em ação. O trabalho por projeto potencializa a integração de diferentes áreas de conhecimento, assim como a integração de várias mídias e recursos, os quais permitem ao aluno expressar seu pensamento por meio de diferentes linguagens e formas de representação. Do ponto de vista de aprendizagem no trabalho por projeto, Prado (2001) destaca a possibilidade de o aluno contextualizar aquilo que aprendeu, bem como estabelecer relações significativas entre conhecimentos. Nesse processo, o aluno resignificará os conceitos e as estratégias utilizadas na solução do problema de investigação que originou o projeto e, com isso, amplia seu universo de aprendizagem. Em se tratando dos conteúdos, a pedagogia de projetos é vista por seu caráter de potencializar a interdisciplinaridade. Isto de fato pode ocorrer, pois o trabalho com projetos permite romper com as fronteiras disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes áreas do conhecimento numa situação contextualizada da aprendizagem. No entanto, muitas vezes o professor atribui valor para as práticas interdisciplinares, e com isso passa a negar qualquer atividade disciplinar. Essa visão é equivocada, pois Almeida (2002) enfatiza que a interdisciplinaridade se dá sem que haja perda da identidade das disciplinas. O projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento, mobilizadas na investigação de problemáticas e situações da realidade. Isso não significa abandonar as disciplinas, mas integrá-las no desenvolvimento das investigações, aprofundando-as verticalmente em sua própria identidade, ao mesmo tempo, que estabelecem 30 articulações horizontais numa relação de reciprocidade entre elas, a qual tem como pano de fundo a unicidade do conhecimento em construção (ALMEIDA, 2002,p. 58). O conhecimento específico – disciplinar – oferece ao aluno a possibilidade de reconhecer e compreender as particularidades de um determinado conteúdo, e o conhecimento integrado – interdisciplinar – dá-lhe a possibilidade de estabelecer relações significativas entre conhecimentos. Ambos se realimentam e um não existe sem outro. A cooperação é uma estrutura de interação projetada para facilitar a realização de um objetivo específico ou o produto final de um grupo de pessoas trabalhando juntas. Aprendizagem cooperativa é definida por um conjunto de processos que ajudam as pessoas interagirem para atingir um objetivo específico ou desenvolver um produto final, geralmente o conteúdo diretamente relacionado. Ao contrário de cooperação, a colaboração é uma filosofia de interação onde os indivíduos são responsáveis por suas ações, incluindo a aprendizagem e respeitando as habilidades e contribuições de seus pares. A aprendizagem colaborativa é uma filosofia pessoal, e não apenas uma técnica de sala de aula. Em cooperação há sempre um objetivo comum ou produto, para benefício de todos, não há o que chamamos de interdependência positiva, tanto em termos de objetivos, tais como papéis, tarefas. Em colaboração isso não é necessário. Para implementar a aprendizagem cooperativa em sala de aula, segundo Pernambuco a primeira coisa que o professor precisa é acreditar fortemente que estamos ajudando o aluno a uma mudança radical de estrutura de grupo em sala de aula, espaço e metodologia que terá um impacto positivo na aprendizagem dos nossos alunos e na nossa própria. Além disso, sabemos em profundidade as bases desta metodologia e os elementos que devem ser considerados no projeto: - A busca da Interdependência positiva: o estímulo é fundamental para o esforço, apoio mútuo e ajuda mútua. Na aprendizagem cooperativa se você ganhar eu ganhar, ou seja, todo mundo ganha. Interdependência positiva deve existir em relação a: objetivos, benefícios, recursos e funções. - A responsabilidade individual é assegurada quando o aluno sabe as suas realizações e os resultados são verificados e avaliados. Para isso, é importante manter um pequeno grupo de trabalho, fazer avaliações individuais, os alunos examinar oralmente, aleatoriamente pedindo que um deles para expor o trabalho em grupo, etc. 31 - Avaliação do grupo: a avaliação tem que ser feita de duas maneiras, pelo professor e pelo próprio grupo, para estar ciente do quanto os objetivos estão sendo alcançados e mantidos bom relacionamento. O grupo de avaliação para impressões a coesão do grupo. - Interação interpessoal cooperativa: é importante confiar e conhecer outras pessoas, ter habilidades de comunicação, e capaz de resolver os conflitos de forma construtiva. - Elaboração cognitiva da informação: tomar a premissa de que há sempre algo a aprender, ajudar envolve explicações, exemplos de formulação e Igualdade de Oportunidades. Neste sentido o papel do professor é baseado em monitoramento ativo e não diretivo, tanto no processo de aprendizagem, e nas interações entre os alunos e seus projetos, buscando sempre ver se o estudo está sendo claro, e tenha sua especificidade na proposta pretendida pelo próprio aluno, apontando alternativa e caminhos a serem seguidos. 2.2-PROPOSTA PARA CONSTRUÇÃO DE PROJETO A PARTIR DO DIAGNÓSTICO DA PESQUISA PARTICIPANTE Não há uma regra comum para estabelecer as diretrizes de um projeto. Existem várias formas e sugestões propostas. O projeto a ser desenvolvido pelos educandos do Ensino Médio da Escola Estadual Dr. Roberto Löw visa diagnosticar um “problema” da realidade local e regional através da pesquisa participante e suas ramificações. Após estudos desenvolvidos nas diferentes áreas do conhecimento o educando vai construindo o seu projeto, primeiramente buscando um aprofundamento teórico sobre os assuntos estudados. Deverá, paulatinamente, com o acompanhamento dos professores, ir formando as partes teóricas e práticas, para quando chegar na terceira série(ano) poder ter claro o que pretende desenvolver e propor, levando-se em consideração toda a trajetória percorrida nos respectivos anos anteriores do conhecimento. Pretende-se desta forma que o educando exercite o método da pesquisa e produza os resultados através de um texto escrito para comunicar, divulgar os seus resultados. O objetivo é formar sujeitos investigadores capazes de construir o próprio conhecimento. Pensar certo implica a existência de sujeitos que pensam. é uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito (FREIRE, 1988, p.77). 32 2.3 - Perfil do profissional da educação que atua com os educandos. O profissional de educação necessita com clarezas saber diferenciar o ensino animação do ensino educação. Animação se satisfaz com uma simples proposta de objetos culturais e que se coloca a serviço da solicitação dos indivíduos, a educação por sua vez tem a tarefa uma iniciação sistemática, pondo todos os sujeitos em contato com objetos culturais, para provocar o interesse desses objetos, escolhas verdadeiras, sem um ensino sistemático, a liberdade do sujeito é uma liberdade do nada, não se pode apaixonar pela física ou se interessar pela história, se não teve a oportunidade de conhecer tudo isso um dia e se não experimentou o prazer disso. O obrigatório aqui é a garantia do exercício da liberdade, o ensino sistemático é a condição de escolhas racionais. É necessário ainda que aluno assuma explicitamente a função de tornar esses objetos desejáveis. Ora, se é certo que não se pode desejar aquilo que se ignora, também é certo que se deixa de desejar aquilo que possui. O objeto do desejo deve ser ao mesmo tempo conhecido e desconhecido, é preciso adivinhar os seus contornos. Como pensar em persuadir o educando a ter desejo de aprender? Se o papel do professor é fazer com que o desejo nasça, o desejo de aprender, sua tarefa é “criar o enigma” e comentá-lo ou mostrá-lo suficientemente para que se entreveja o seu interesse e sua riqueza, para suscitar a vontade de desvendá-lo. É buscar o “segredo”, quando aprendemos deparamonos com o que tomamos por dificuldades. Então buscar a solução com informação e pesquisa é bem mais trabalhoso, e com certeza teríamos ido mais depressa, se elas nos tivessem sido fornecidas pelos nossos educadores, sem que precisássemos procurá-las, ao invés de suspender a explicação e fazer que nasça o desejo, antecipa a solicitação e mata o desejo. É preciso levantar uma ponta do véu, mas apenas uma ponta para não desmobilizar o sujeito. Para que aprender todos os conhecimentos que a escola tem descrito no Plano de Trabalho dos Professores? É necessário que o sujeito disponha de alguns instrumentos para que possa enfrentar a obscuridade, e é isto que o professor deve buscar com prioridade, apoiar-se naquilo que os alunos sabem e sabem fazer a partir da aprendizagem global que cada aluno já assimilou nas várias disciplinas, questionando a partir daí, o que poderiam saber. Criar o enigma com o saber, criar o saber com o enigma. Questionando o futuro apoiando-se no “já existente” criar o problema, o que não sabemos é um jogo de presença/ausência, de conhecimento/ignorância, que gera uma aspiração, suscita um desejo. Pois quanto mais se sabe mais se deseja saber, qualquer que seja expectativa aumentam sempre o enigma. Como fazer com que os suportes pedagógicos utilizados por muitos educadores, como filmes, anúncios de moto em língua estrangeira ou música produzam, significados de saberes 33 escolarizados? “Se o prazer é possível, a cultura está ausente e se a cultura é imposta, os prazeres se esvaem” (Meirieu, 1998, p.90). O interesse pelo rock e pela moto é como se sabe, totalmente superficial no imaginário de qualquer pessoa e deve-se à influencia excessiva da televisão. É preciso fixar-se no desejo existente, por mais superficial que seja, para abrir novos horizontes e assim fazer com que nasçam, por sobreposição, novos desejos mais conformes com um projeto cultural. Assim, constroem-se cadeias analógicas através das quais as coisas (interesses, necessidades, etc.) se articulam, adquirem sentido no caminho do desejo, que leva a um conhecimento transfigurador do real. Como trabalhar a mediação entre o espaço interno e externo à escola, quando o externo traz influências nem sempre positivas e corroborativas do processo de aprendizagem? Esclarecer suficientemente os limites do possível para que cada um se sinta seguro e não tema, a cada instante, o extravasamento da emoção ou a erupção da agressividade, cabe a regra proteger, aí cada um contra si mesmo e contra os outros, impondo a distância necessária. E a distancia é muitas vezes, simplesmente a obrigação de suspender o impulso, pois é exatamente nessa suspensão que se exerce a inteligência. “Escreva e veremos” graças a este sistema aprendem a esperar ao invés de exigir ao mesmo tempo, avaliar a situação, a refletir e justificar a decisão, a ter acesso a uma expressão oral mais serena, e por tanto mais eficaz. O ritual da organização do espaço através do qual cada um apropria-se de um território, estabelece suas ferramentas de trabalho, o ritual da distribuição do tempo, que determina a posição respectiva das atividades individuais, duais, coletivas, que impõe os momentos de silencio evocação e a reflexão. Na medida em que cada um se dedica a uma atividade precisa, útil a todo grupo, identificada por um produto, ainda que pequeno, não pode mais ser, da mesma forma objeto de fascínio ou de repulsa. O papel essencial que pode ter toda avaliação, na medida em que o sujeito dela se apropria é onde pode identificar suas aquisições. Aquele que sabe sem saber que sabe, fica eternamente dependente daquele que ensinou, poderá apenas mostrar seu saber se isso lhe for solicitado. Em contrapartida, aquele que sabe que sabe pode mobilizar seus saberes e seu sovoir-faire(saber fazer) por sua própria iniciativa. Aquele que sai da sala de aula sabendo do que é capaz a partir desse momento, aquele que desvia do olhar do professor para anotar algo que decide reter, aquele que se prende a um detalhe que pretende verificar, aquele que relaciona os resultados que obtém com a situação que tornou possível sua obtenção é quem se livra do poder absoluto do mestre. 34 Neste sentido a Escola de Ensino Médio Dr. Roberto Löw, tem a preocupação, de conduzir o componente Seminário por meio de etapas a serem construídas, denominado focos, para que o aluno possa ir do já conhecido para o desconhecido, que logo será conhecido, mas que determinará outro desconhecido a ser desvendado, que ao ser desvendado vai criando um desejo de aprender cada vez mais. 35 3-ESCLARECIMENTOS QUANTO A SEQUENCIA DOS FOCOS NOS RESPECTIVOS ANOS E TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS. Muitos e diversos são nossos possíveis olhares sobre os fatos ou os fenômenos. Eles se revelam frente aos espaços da realidade que observamos, com isso podemos afirmar que existe uma tendenciosidade implícita no olhar investigativo. Estes olhares são variáveis, pois dependem de quem faz a observação, assumem uma diversidade só perceptível ante a sua aferição no confronto com o episódio avaliado. Segundo Heráclito, o mesmo peixe nas águas de um rio pode assumir uma diversidade de identidades dependendo do olhar que observa. De quantas maneiras se podem observar um peixe? Ele é carne, é rival, é renda, é companheiro, é parte das águas, depende de quem olha de suas experiências, de sua intencionalidade. Sempre ainda será um peixe, enquanto as águas, pelas quais ele nada nunca serão as mesmas, pois correm em direção ao mar e para retornar como águas se transformam se transmutam, em muitas formas. Se você a percebeu num momento determinado, no instante seguinte ao recuperar a água desse rio, já não será mais a mesma, ainda que continue a ser a água desse rio. Esta maleabilidade perpassa o olhar que se debruça sobre o peixe, pois interage com ele, transformando-o e transformando nossa percepção acerca das ações que se desenvolvem nesse meio. Somos um conjunto de explicações que enquadram os seres e objetos na tentativa de facilitar a sua compreensão e conhecimento. As múltiplas formas de exercer “o olhar do pesquisador” não se distinguem de maneira inequívoca, pois interagem na observação. No entanto, é possível assumir que determinados princípios predominam sobre outros, lhes atribuindo um caráter mais específico, particular. O pesquisador há de rever muitas vezes seu olhar sobre o fenômeno e concluirá que, a cada vez que se debruçar sobre o mesmo, mais relações extrairá. Muitas dessas observações serão antagônicas e revelam o grau de reflexão e as mutações ocorridas em seus referenciais. 36 Dizem que são os paradigmas de referência que podem definir essas alterações. Estes, no entanto, estabelecem linhas de reflexões mais complexas e profundas que potencializam a análise. Os fenômenos assumem, no entanto, vida própria, independentemente do pesquisador e podem impor rumos diferenciados para as conclusões que não aquelas esperadas pelo pesquisador, da mesma forma que este cria espaços contraditórios em sua análise e muitas vezes independentes dos próprios fenômenos. O que o pesquisador precisa ter em mente é que os referenciais não podem ser tão rígidos e imutáveis, mesmo intocáveis que não permitam observar relações novas e não prédefinidas. Por outro lado, a forma totalmente aleatória e sem disciplina de observação pode, justamente, levar a perda do novo que se esconde nos fenômenos. Ler e reler repetidamente. Escrever e reescrever repetidamente. Refletir exaustivamente. Deixar os conceitos e preconceitos esbarrarem em novas formas de percepção, permitirão um olhar mais qualificado dos fenômenos. Num certo momento, estabelecer que a “leitura” possível até aquele momento está na redação dada, não estanque e apenas o resultado de um exercício que sempre será um dos pilares para construções futuras. O objeto da pesquisa deve partir de um problema a ser investigado, e no final apresentam-se as possíveis soluções. O estudo científico está na criação textual e segue uma regra que leve o educando a realizar uma pesquisa bibliográfica (documental - fontes escritas disponíveis) ou de pesquisa de campo (dados empíricos coletados na realidade). Deve ser desenvolvida uma dissertação, expondo, reunindo, analisando e interpretando informações relativas a um tema específico, bem delimitado. Procura-se exercitar, tendo em vista, qualificar a redação com uma boa linguagem, clara, objetiva, direta, que responda às questões trabalhadas sem perder de vista a proposta político-pedagógica constante no regimento escolar de Ensino Médio. Para desenvolver a pesquisa foi usado temas (focos) foram decididos pelo coletivo da escola, professores, orientação e direção, apresentado e aprovado pela comunidade escolar que seguiríamos no Ensino Médio Politécnico, a mesma linha de trabalho que estávamos realizando durante os últimos anos, para não perdermos o foco durante a caminhada de todo o ensino médio. Daí ficou decidido que inicialmente faríamos a pesquisa participante, para assim termos um diagnostico de suas potencialidades e interesses, após trabalharíamos com o 37 Tema “Escola”, numa sistematização dentro das normas e apresentação para todos os professores, dos dados levantados, com sugestões possíveis, e outros dados considerados relevantes. Em um segundo momento o propósito é trabalhar o Município de Nova Ramada, e a Família, sua história e potencialidades, no segundo ano, os temas ficarão mais voltados ao meio ambiente para o aluno apropriar-se de parte do saber cientificamente elaborado, para que no terceiro ano, consiga buscar um estudo específico em um determinado assunto de seu interesse focando uma alternativa para sua vida, buscando assim uma cidadania e integração social profissionalmente, permanecendo no município, ou buscando alternativa em outro lugar. Nesta caminhada já temos uma prática bem pautável, com vários trabalhos realizados no decorrer de 10 anos e detalhados no anexo E. Por isso, reafirmo que esta proposta do Ensino Médio Politécnico, veio dar uma maior sustentação a nossa caminhada, iniciada com o Ensino Médio Alternativo a praticamente dez anos atrás, que apesar de ter passado por governos e metodologias diferenciadas, resistiu, pois sempre trabalhamos o educando como sendo o sujeito de sua caminhada, e sempre preocupados com a formação integral deste sujeito. Estes temas/focos construídos com participação de mais de setenta escolas do estado do RS no ano de 2001 e que nos acompanham a tantos anos são os seguintes. FOCO 1: Compreensão da Realidade do ponto de vista do desenvolvimento . FOCO 2: Espaços de gestão (família, escola, comunidade entre outros) e relações de poder . FOCO 3: Formação cultural da população e construção da identidade; FOCO 4: Relação do ser humano com o conjunto da natureza e o processo produtivo numa perspectiva ética e humanista. FOCO 5: Políticas públicas em vista da qualidade de vida FOCO 6: Alternativas de desenvolvimento FOCO 7: Sistematização reflexiva do/sobre o processo realizado Vivemos em uma sociedade que impõem padrões culturais e de consumo numa visão mercadológica. As elites globais que controlam o conhecimento científico, meios de produção e forças produtivas, monopolizam o poder econômico e agem em rede numa visão global atingindo diferentes pontos do planeta. A Família, a Escola e o Município de Nova Ramada também sofrem os reflexos das políticas globais. 38 Somos o resultado da evolução histórica da humanidade. Os valores culturais não se extinguem, transformam-se ou se modificam conforme o momento vivenciado. É necessário um olhar presente da vida de nossos antepassados e suas contribuições. Realizar um estudo das raízes histórico-culturais em nosso país desde a origem da formação da sociedade brasileira e o processo imigratório até os dias atuais. Cada ser humano tem sua identificação e/ou identidade que não pode ser deixada de lado e assim constituir-se como agente político de intervenção no espaço em que vive, projetando o futuro de novas gerações. Estudar o local é muito importante para o aluno, pois ali ele “conhece tudo”, ele sabe o que existe, o que falta, como são as pessoas, como são organizadas as atividades, como é o espaço. [...] como trabalhar o local sem considerá-lo como o “único”, sem considerar que as explicações estão todas ali, sem cair no risco de isolá-lo no espaço e no tempo. (CALLAI e ZARTH, 1988, p.17). Callai (2008), lembra ainda, que o município é um lugar que precisa ser entendido no mundo. Uma vez que, nenhum lugar explica-se por si mesmo, é necessário estabelecer as ligações procurando relacioná-lo as escalas regional, nacional e internacional. 3.1-Primeiro Ano do Ensino Médio Politécnico Estudo de Três Focos No primeiro ano do Ensino Médio Politécnico, na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw, os alunos estudam três focos que são os seguintes: FOCO 1:Compreensão da Realidade do ponto de vista do desenvolvimento; Neste momento em que realiza-se a Pesquisa Participante temos que buscar as razões para nosso fazer pedagógico, “Quem tem certezas não tem boas razões para fazer pesquisa.” Hoje sabemos que a dúvida, a incerteza, a insegurança, a consciência de nosso ainda não saber é que nos convida a investigar e, investigando, podermos aprender algo que antes não sabíamos”. (GARCIA et.al, 2003, p. 15 e 16). Que nada mais é do que uma forma de identificar e conhecer o que a comunidade escolar e/ou os educandos projetam para o ensino na escola e sua idealização. A partir do resultado desta pesquisa cria-se o tema gerador razão pela qual as diferentes áreas do saber irão, de forma interdisciplinar trabalhar os conteúdos. Portanto se faz necessário realizar o planejamento de atividades pedagógicas voltadas e demanda social de onde se vive. Neste foco realiza-se o estudo do município de Nova Ramada no contexto regional, localização, pontos turísticos e potencialidades. Desenvolve-se uma análise critica para compreender a relação e o sentido que há entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. 39 FOCO 2:Espaços de gestão (família, escola, comunidade entre outros) e relações de poder; Este foco é o momento de realizar um estudo histórico, constituição e análise familiar e comunitária, as organizações públicas e privadas, entidades civis e religiosas e suas políticas de intervenção social. É a oportunidade de conhecer o projeto da escola, sua proposta política pedagógica, seus mecanismos de funcionamento e gestão, na relação, com a comunidade e sua estrutura interna. Conhecer neste contexto e realidade como se processam as relações de poder na comunidade, seus agentes públicos (governo municipal), escola, e os reflexos do sistema (capitalista) nas relações estabelecidas entre as pessoas, cargos e funções conforme o exposto no anexo A. FOCO 3: Formação cultural da população e construção da identidade; Vivemos em uma sociedade que impõem padrões culturais e de consumo numa visão lógico mercadológica. As elites globais que controlam o conhecimento científico, meios de produção e forças produtivas, monopolizam o poder econômico e agem em rede numa visão global e que atingem diferentes pontos do planeta. Nova Ramada também sofre o reflexo das políticas globais. Somos o resultado da evolução histórica da humanidade. Os valores culturais não se extinguem, transformam-se ou se modificam conforme o momento vivenciado. Portanto, neste foco se faz necessário trazer presente a vida de nossos antepassados e suas contribuições. É realizado um estudo das raízes histórico-culturais em nosso país desde a origem da formação da sociedade brasileira e o processo imigratório até os dias atuais. Cada ser humano tem sua identificação e/ou identidade que não pode ser deixada de lado e assim constituir-se como agente político de intervenção no espaço em que vive, projetando o futuro de novas gerações conforme o anexo B. 3.2-Segundo Ano do Ensino Médio Estudo de Dois Focos Na segunda série do Ensino Médio é estudado como os processos produtivos causam transformações no conjunto da natureza. É analisado o desenvolvimento desencadeado pelas ações humanas e suas relações ambientais e sociais. É oportunidade de identificar, e conhecer situações ambientais resultantes de ações voltadas ao desenvolvimento econômico e sua confrontação com o desenvolvimento sustentável, numa perspectiva ética e humanística. 40 FOCO 4: Relação do ser humano com o conjunto da natureza e o processo produtivo numa perspectiva ética e humanista Neste momento trabalhando-se com o quarto foco as áreas do saber oportunizarão estudos para análise política, econômica e social de como se procede à reconstrução do espaço físico em espaço social (produção agrícola, industrial, urbanização, etc.). Proporciona-se estudo teórico de conhecimentos gerais de aspectos de ordem ambiental culminando com análise de um problema de ordem local, inserido no macro sistema e assim tomar consciência da situação e possíveis intervenções para amenizar a situação de degradação existente. Já no quinto foco “Políticas públicas em vista da qualidade de vida”. Estudam-se os diferentes Modos de Produção e a evolução político-econômica e social de acordo com cada estágio de desenvolvimento da humanidade. São realizados trabalhos de pesquisa para conhecer os processos que desencadearam a formação do Estado e a forma de organização hierárquica e o papel desenvolvido pelos órgãos de governo em suas diferentes esferas. Estudam-se os diferentes povos e nações e as políticas adotadas em benefício da qualidade de vida nos vários setores da atividade produtiva e também nas áreas da saúde, educação, desenvolvimento rural e urbano com projetos nas áreas sociais. Evidencia-se nesta reflexão uma análise problematizadora na relação de um planejamento estratégico de intervenção, com atividades de pesquisa e diagnóstico da situação enfrentada pela população e sugestões com a participação dos educandos juntos ao poder público municipal em vista a geração de trabalho e renda como demostramos no anexo C. Escolha de um tema: Análise de um fenômeno de ordem local a partir de estudos realizados nesta etapa. 1.1 – Problematização (ponto de análise) 1.1 – Pequena análise conjuntural do fenômeno 1.2 – Localização do fenômeno a nível local 1.3 – Influências na vida humana 1.4 – Relação com as iniciativas do poder público 1.5 – Outros desdobramentos 3.3- Terceira Ano do Ensino Médio Estudo de Dois Focos No terceiro ano do ensino médio, que é a fase final da educação básica, aprofunda-se a praticidade dos projetos de forma individual de cada educando, estudando: 41 FOCO 6: Alternativas de desenvolvimento e FOCO 7: Sistematização reflexiva do/sobre o processo realizado Neste momento, após toda a caminhada de reflexão, pesquisas e estudos realizados no decorrer dos processos anteriores, os educandos construirão o seu projeto alternativo, sistematizado, da caminhada até aqui, desenvolvido nos dois anos iniciais . O trabalho terá três capítulos: o primeiro que trata sobre a educação implantada na escola e a proposta desencadeada que gerou todo este processo de construção e reconstrução do saber ao longo dos dois anos e a relação com os sonhos idealizados pelos estudantes. Leva-se em conta a formulação das seguintes perguntas: Como o projeto escolar se insere no contexto da realidade de vida dos estudantes e comunidade? Ele propicia condições de reflexão e oportunidades na busca de uma formação para o trabalho a ser desenvolvido futuramente e possíveis estudos em outras etapas do saber? Afinal o que foi interessante nos estudos interdisciplinares na formação do conhecimento? Neste capítulo podem estar presentes os aspectos de ordem local de Nova Ramada e sua inserção na região, Estado, País e Mundo. Como se constitui este espaço ocupacional? Que importância teve a independência político administrativa de nosso município através do processo de emancipação? Quais iniciativas foram desencadeadas em benefício da população, as carências existentes e potencialidades? Como se articula a organização da população, o histórico das comunidades e sua importância no processo de desenvolvimento? Como viviam nossos antepassados? Quais as perspectivas para Nosso município? No segundo capítulo os educandos escrevem sobre sua história de vida com identificação através da árvore genealógica, realizando um registro através do resgate do histórico familiar. Este capítulo está relacionado aos aspectos que retratam épocas passadas, valores, hábitos e costumes, e a forma de sobrevivência, estabelecendo um paralelo com os dias atuais. Estes dois capítulos são fundamentais para compreender que somos o resultado de uma construção histórica e temos a função de formar o sujeito para a intervenção social. Pode ser parte da construção realizada nos trabalhos desenvolvidos na primeira série. Por isso a importância em anotar todo o desencadear, inclusive os referenciais das pesquisas para estarem presentes no trabalho final. Resumidamente: Através da Pesquisa Participante se detectou uma ou várias necessidades de realizar estudos conforme a demanda existente. Através dela busca-se compreender como a escola estuda aspectos do conhecimento vinculados a realidade deste contexto. A partir de então com os conhecimentos adquiridos do município, suas potencialidades, e carências e da própria história de nossos antepassados é 42 que no terceiro capítulo o educando, com acompanhamento dos professores orientadores irá desenvolver uma pesquisa voltada a uma alternativa de desenvolvimento, estudo e análise de caso ou até uma temática de projeção pessoal para enfrentar novas etapas do conhecimento. No anexo D demostramos algumas sugestões de sumários utilizados na terceira séria ou ano, que foram realizados durante a experiência já realizada e no anexo E a forma de organização dos trabalhos e algumas orientações básicas para que o educando possa organizar o seu projeto. 3.4- PERSPECTIVAS DO COMPONETE SEMINÁRIO Durante os dez anos de trabalho, com está metodologia voltada a construção de projetos, podemos afirmar que estás formas de efetivação dos trabalhos escolares foram satisfatórias pois a totalidade os alunos, se empenhou ao máximo, com algumas exceções, alunos que resistiram a esta metodologia, alguns por falta de empenho nos seus estudos. É muito gratificante para os professores ver os seus alunos aprofundando seus estudos em um determinado tema, e fazendo a defesa deste tema perante uma banca, formada por educadores e pessoas da comunidade. A dificuldade que encontramos para o desenvolvimento dessa metodologia de ensino é a dificuldade de reunir professores para podermos aprofundar a forma interdisciplinar, por motivo que os professores trabalham em mais que uma escola. Consideramos satisfatórios os projetos até hoje apresentados pelos nossos educandos, e neste sentido, o componente Seminário está auxiliando no trabalho, pois está incluído no tempo regular de estudo, facilitando assim a organização e a construção dos vários projetos. Os projetos são uma parte, do ensino aprendizagem na caminhada do aluno no ensino médio, pois os saberes que cada disciplina tem como parte específica é desenvolvido de forma normal, para que eles possam estar aptos a enfrentar esta sociedade globalizada, e também, terem condições de estar a altura de outros estudantes neste mesmo nível de ensino, tanto para o mercado de trabalho como para o ingresso nas universidades, onde já alunos nossos ingressaram nas Universidades Públicas e particulares. Para o nosso grupo de professores, hoje na maioria contratados emergencialmente, alguns já á dez anos na escola, nesta situação, os alunos são vistos como sujeitos humanos, com falhas, erros, fadiga, e que esperam de seus professores muito mais do que aulas fechadas nas mais variadas disciplinas, mas querem sim ser coautores para assim debater os temas que são de seu interesse e assim, interagir com os professores. 43 É tão prazeroso ouvir ou ler que o professor foi capaz de abrir os olhos, mostrar os caminhos, ressuscitar sonhos de um futuro melhor, que fez com que voltassem a acreditar que são capazes, que podem e devem ir além. Estamos cercados de noticias ruins e de dar destaque as coisas negativas, precisamos nos readaptar e dar amplo espaço nas aulas para falar do aluno bom, que é dedicado e que muitas vezes por não incomodar não sabemos nem o nome. Abrir espaço nos debates, para as coisas que realmente podem servir como alento ás vidas tão dilaceradas diante de tantos problemas. Diante de tal quadro a pergunta que não quer calar: Que escola temos apresentado aos nossos alunos? Que educadores são colocados dentro das salas de aula? Estão preparados para os desafios que se apresentam? A profissão de professor precisa ser reconhecida pela sociedade. Muito do que existe da "crise do magistério" pode ser também responsabilidade nossa, isto, sem tirar as responsabilidades dos gestores/ governos etc. Nós precisamos parar com o discurso de que tudo na escola pública é ruim e fazer afirmações, dar depoimentos das coisas boas, mostrar que o trabalho bem feito vale a pena. A categoria dos professores precisa reverter um certo discurso "sindical" do negativo e mostrar de fato o valor social da profissão. Isto não significa parar de lutar por condições profissionais e de trabalho e sim, encontrar formas de luta que de fato valorizem a escola pública. A chamada autoestima vem também de dentro de cada um. E por isso acredito nesta proposta do Ensino Médio Politécnico, que abriu espaço para que todas as escolas façam o trabalho com projetos que são do interesse dos alunos, nas aulas do componente Seminário Integrado, pois a riqueza está como já frisei anteriormente de dar oportunidade ao aluno de fazer sua manifestação e se sentir como um ser pensante, capaz de filtrar e buscar o seu conhecimento neste mundo que as informações andam numa velocidade jamais vista antes, fazendo com que alguns percam a sua relação com esta sociedade que ao mesmo tempo que oportuniza o ingresso no mundo do trabalho, também exclui aqueles tem falta de iniciativa e criatividade . Os trabalhos realizados na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw nestes dez anos de caminhada, tiveram várias pré-formas de exigências na construção e foram sendo aperfeiçoados durante esta caminhada, certamente outras alterações buscando melhorar o processo ainda serão implementados, mas sempre buscando, tornar o estudante de nossa escola capaz de perceber que cada dia podemos nos aperfeiçoar mais, mas para que isso aconteça devemos ter como afirma Meirieu o desejo para esta caminhada, “obra aberta”, conduz ao “paraíso imaginário dos indivíduos. É o território onde ninguém é possuidor da verdade, nem Anna nem Karenina, mas onde todos têm o direito de ser compreendidos” (Kundera, 1989, p. 192). 44 CONCIDERAÇÕES FINAIS No presente trabalho explicitamos sobre a recente proposta de Ensino Médio Politécnico, que está sendo implantada pela Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, e especialmente do componente curricular Seminário, que busca inserir no currículo um aprofundamento interdisciplinar, tendo como base para este trabalho a proposta que está sendo desenvolvida na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw do Município de Nova Ramada, Rio Grande do Sul. O primeiro capítulo deste trabalho analisou a proposta metodológica, pedagógica e legal para implantação, os limites e as possibilidades do ensino médio politécnico conforme a proposta implantada pela Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul. O Ensino Médio no estado apresenta índices preocupantes, ao considerar o compromisso com a aprendizagem para todos. A proposta sugere uma gradativa elevação da carga horária da parte diversificada, vinculada a atividades da vida e do mundo do trabalho, que se traduza por uma estreita articulação com as relações do trabalho, com os setores da produção e suas repercussões na construção da cidadania, partindo dos 25% no primeiro ano chegando a 75% no terceiro ano. A até o momento esta sistemática não esta sendo colocados em prática, pois segundo discussões levantadas por todos coordenadores do ensino médio das escolas, e a maioria dos professores do seminário integrado da 36ª CRE, falta preparo dos professores nas áreas, o que está dificultando o entendimento da concepção da proposta. O segundo capítulo, consta da metodologia de ensino, desenvolvida pela na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw. Explicita a proposta para a construção do projeto a partir do diagnóstico da pesquisa participante desenvolvida pelos educandos do Ensino Médio. Esta pesquisa visa diagnosticar um “problema” da realidade local e regional e suas ramificações. Esta proposta tornada prática desenvolve um conjunto de ações e saberes que são ressignificados a partir da ação-reflexão-ação na interação mediada pelos docentes numa análise construída e incorporada na realidade e prática de vida. Esta concepção possibilita se apropriar de métodos de pesquisa através do diálogo entre um saber que já é conhecido e se 45 cruza com a prática social. Esta é a base para o ponto de partida num contexto na qual se detecta um “problema” e através dele, com estudos críticos possibilita-se buscar alternativas. Possíveis de serem colocadas em prática. No terceiro capítulo, detalha-se a organização temática dos sete focos trabalhados nos respectivos anos e sua organização, objetivando assim que ao concluir o ensino médio o aluno tenha capacidade de realizar um estudo aprofundado sobre um tema de seu interesse. Neste sentido esta proposta de educação parte da problemática concreta que um determinado grupo social e/ou os educandos vivem em seu contexto. Esta problemática não é homogênea nem estática. Está atravessada por contradições objetivas (trabalham sobre dados objetivos: objetos de materialização) e subjetivas (o interior de cada ser e a relação estabelecida-forma de expressão, linguagem, manifestações culturais e valores. Os educadores desta escola, juntamente com a comunidade escolar, estão comprometidos em colocar em prática esta forma de construir a aprendizagem com a teoria do educador Paulo Freire, defensor e idealizador de uma metodologia de ensino baseada no dialogo crítico da realidade não como algo estático, mas em constante movimento e transformação, bem como a teoria histórica crítica de Saviane. Com isso precisamos refletir sobre a realidade, para estabelecer as razões às vezes inimagináveis das complexas situações de vida no presente contexto históricos e assim fazer uma leitura critica do meio em que vivenciamos. Não é demais lembrar que não podemos mais viver numa sociedade em que nossos estudos e pesquisas criem um descompasso entre o pesquisador e o investigado. As lógicas das ações e as realidades. Em nossa escola o componente seminário está contribuindo para a formação do educando conforme os trabalhos já desenvolvidos, mas para que tenhamos mais êxito, precisa ser reconhecida e valorizada pela sociedade e pelos governantes. Muito do que existe da "crise do magistério" pode ser também responsabilidade nossa, isto, sem tirar as responsabilidades dos gestores/ governos, etc. Nós precisamos parar com o discurso de que tudo na escola pública é ruim e fazer afirmações, dar depoimentos das coisas boas mostrar que o trabalho bem feito vale a pena. Aqui demostrei um pouco da prática realizada em nossa escola, mas sabemos que cada escola tem experiências que elevam o aprendizado dos alunos. A categoria dos professores precisa reverter um certo discurso "sindical" do negativo para a busca do reconhecimento e mostrar de fato o valor social da profissão. Isto não significa parar de lutar por condições profissionais e de trabalho e sim, encontrar formas de luta que de fato valorizem a escola pública. A chamada auto estima vem também de dentro de cada um. E por isso acredito nesta proposta do Ensino Médio Politécnico, que abriu espaço para que todas 46 escolas façam o trabalho com projetos que são do interesse dos alunos, nas aulas do componente Seminário Integrado, pois a riqueza está como já frisei acima de dar oportunidade ao aluno de fazer sua manifestação e se sentir como um ser pensante, capaz de filtrar e buscar o seu conhecimento neste mundo que as informações andam muito numa velocidade como jamais vista antes, fazendo com que muitos percam a sua relação com esta sociedade. Para nós da escola, quatro horas do componente seminário, é suficiente, pois já realizávamos a proposta similar, sem termos hora aula para estes projetos, e também porque entendemos que a formação geral, deve ser bem trabalhada, pois nela estão os conhecimentos, que vão formar a interdisciplinaridade na parte diversificada, e que devemos trabalhar de forma bem aprofundada questões gerais, para que o aluno tenha condições de competir com outros educandos do mesmo nível nesta sociedade, que ainda pensa que a escola é para poucos e não de todos. 47 REFERÊNCIAS BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Pesquisa Participante. São Paulo – SP: Brasiliense, 1999, 212 p. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 12 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. 165 p. GRASSI, Alcindo; BATEZINI, Eunir da Silva. Metodologia da Pesquisa. 28. ed. Ijuí/RS: Unijuí, 2003. 43 p. ( Cadernos Unijuí). MARQUES, Mário Osório. Aprendizagem na mediação social do aprendido e da docência. 2. ed. Ijuí-RS: Ed. UNIJUÍ, 2000. 144p. Programa de incentivo à produção docente> Ed. Unijuí – Ijuí: Ed. Unijuí, 2009. 31p (CadernosUnijuí) MORREIRA, Antônio Flávio; SOARES, Magda; FOLLARI, Roberto A.: GARCIA, Regina Leite (Org.). Para quem pesquisamos: para quem escrevemos: o impasse dos intelectuais. 2 ed. São Paulo, Cortez, 2003. 119 p.(Coleção Questões da Nossa época; v. 88). MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2001. 118 p. SECRETARIA, de Estado de Educação do Rio Grande do Sul. Projeto Alternativo de Ensino Médio. Porto Alegre: Corag, 2002. 46 p. THIOLLENT, M. Notas de aula, curso de Especialização em Ensino Superior. Heráclito de Éfeso KELM, Martinho Luís. Subsídios à disciplina de metodologia da pesquisa. Ijuí: Unijuí. DECon – Departamento de Economia e Contabilidade. 2002. 86 p. ______. Tema Gerador, DialogicidadeFreiriana: o diálogo começa na busca do conteúdo programático. Oficina: Pesquisa Participante – julho/2001. (sem paginação) THIOLLENT, M. Notas de aula, curso de Especialização em Ensino Superior. AZEVEDO, Jose Clovis de. Revista Pedagógica Paixão de Aprender. n. 9.Porto Alegre: SMED, 1995. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A Cultura do Povo e a Educação Popular. In: A Questão Política da Educação Popular. 2ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1980. _________. A Educação Popular na Escola Cidadã. Petrópolis: Vozes, 2002. BRASIL.Ministério da Educação. Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica. Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio – Documento Base, 2007. BRASIL.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Leis e Decretos. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e bases da Educação Nacional. BRASIL.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Leis e Decretos. Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997. Dispõe sobre a regulamentação do 48 parágrafo 2º do artigo 36 e os artigos 39 a 42 da lei federal 9.394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. BRASIL.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Leis e Decretos. Decreto nº. 11.741, de 16de junho de 2008, que altera dispositivos da lei 9.394, de 20 de dezembro de 199, que estabelece diretrizes e bases da educação nacional para redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos, e da educação profissional e tecnológica. CNE. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Resolução nº 04, de 13 de julho de 2010. Define diretrizes curriculares nacionais, gerais para educação básica. CNE. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Parecer CNE/CEB nº 5/2011. Assunto: diretrizes curriculares nacionais para ensino médio. 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Protótipos Curriculares de Ensino Médio e Ensino Médio Integrado: Resumo Executivo. Brasília, Debates ED, n.1, maio 2011 AZAMBUJA, Leonardo Dirceu de. A Geografia do Brasil na Educação Básica. Florianópolis: UFSC, 2010, 206 p. (Tese de Doutorado) Texto: Pedagogia do Oprimido, Pedagogia Histórico-Crítica: aproximações necessárias Autor: Leonardo Dirceu de Azambuja. MARQUES, Mário Osório. Aprendizagem na mediação social do aprendido e da docência. 2. ed. Ijuí-RS: Ed. UNIJUÍ, 2000. Programa de incentivo à produção docente– Ijuí: Ed. Unijuí, 2009. (Cadernos Unijuí) PERNAMBUCO, Marta Maria C. A. Significações e realidade: conhecimento. In: PONTUSCHKA, NidiaNacib (Org.). Ousadia no diálogo: interdisciplinaridade na escola pública. 4. Ed. São Paulo: Loyola, 2002. KUNDERA, M., (1989).L’art du roman.Paris: Folio-Gallimard. 50 MEIRIEU, P., (1999). Des enfants etdeshommes: littérature et pédagogie – v. 1. Paris: ESF. 51 ANEXOS ANEXO A Sumário Sugestivo para o Primeiro Ano, no Segundo Trimestre 1-O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLAR Introdução. 1.1-A Filosofia da Escola: 1.1.1-A Pesquisa Participante; 1.1.2-Interdisciplinaridade; 1.2 - Ensino Politécnico; 1.3-Embasamento Teórico; 1.4-Sistema de Avaliação; 1.5-Gestão Escolar (Lei de Gestão Democrática 10.576) 1.6-Nível da qualidade de Ensino; 1.6.1-Alternativa de ensino apresentada pela escola; 1.7-Perspectiva da Escola CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS Apresentação em seminário do trabalho realizado, utilizando as tecnologias existentes (Power Point, Produção e Vídeo). Segundo Trimestre INTRODUÇÃO 1- O DESENVOLVIMENTO LOCAL 1.1-O NOSSO MUNICÍPIO; O conteúdo Será dividido em seis grupos, tomando-se o cuidado para que os assuntos não se repitam. Primeiro grupo: 1-POTENCIALIDADES ECONÔMICAS E DE PRODUÇÃO: 1.1- Produção de grãos: 52 1.1.1- Tipos de produção; 1.1.2-Finalidade da produção; 1.1.2.1-Dados estatísticos e a comercialização; 1.2-Pecuária -leiteira e gado de corte; 1.2.3-Finalidade da produção; 1.2.3.1-Dados estatísticos e a comercialização; 1.3- Pecuária -Suinocultura: 1.3.1- Consórcios de Produção; 1.3.2- Finalidade de produção; 1.3.2.1- Dados estatísticos e comercialização; 1.4- Piscicultura: 1.4.1-Finalidade da produção: 1.4.1.1-Dados estatísticos e a comercialização; 1.5-Hortigranjeiros: 1.5.1-Tipos; 1.5.2-Finalidades da produção; 1.5.2.1-Dados estatísticos e a comercialização; 1.6- Perspectivas; 2º Grupo: 1-VISÃO DE DESENVOLVIMENTO EM NIVEL DO MUNICÍPIO 1.1-Mudanças ocorridas em Nova Ramada da emancipação até hoje; 1.2-Nível de desenvolvimento Populacional; 1.3-Comércios e prestações de serviços; 1.3.1-Pontos turísticos; 1.3.1.1-Tumulo dos Combatentes da Ramada 1.3.1.2-Outras Potencialidades; 1.3.2-Veículos de Comunicação Local, Regional e Nacional; 1.3.2.1- Rádio, TV, Jornal, Correio, Internet e telefone; 1.4-Associações de entidades sociais do município; 1.5-Perspectivas; 3º Grupo: 53 1-CONHECENDO OS ASPECTOS GEOGRÁFICOS FÍSICOS NATURAIS DE NOVA RAMADA: 1.1-Aspectos geográficos; 1.1.1-Localização; 1.1.2-Divisas; 1.1.3-Extensão território; 1.1.4-Microrregião; 1.2-Físicos naturais; 1.2.1-Relevo; 1.2.2-Clima; 1.2.3-Solo; 1.2.4-Vegetação 1.3-Os principais Arroios de Nova Ramada; 1.3.1-Rio Faxinal; 1.3.2-Rio Bugiganga; 1.3.3-Rio Pinhalzinho; 1.3.4-Rio Cachoeira; 1.4-O que é feito para proteger os rios; 1.4.1-Mata ciliar; 1.4.2-Proteção das nascentes; 1.4.3-Reflorestamento; 1.4.4-Cerca; 1.5-Novo código florestal (lei 12.651 de 25 de maio de 2012; 4º Grupo: 1-EVOLUÇÃO POLITICA ADMINISTRATIVA DE NOVA RAMADA: 1.1-Resgate histórico até a emancipação; 1.2-História da emancipação; 1.3- Histórico das Eleições Municipais 1.4-Mudanças após a emancipação; 1.5-Opinião própria referente à política em Nova Ramada; 1.6-Perspectivas; 54 5º grupo: 1-OCUPAÇÃO E O POVOAMENTO ETNICO CULTURAL EM NOVA RAMADA: 1.1-Imigração; 1.1.1-A origem dos primeiros moradores (onde se localizaram); 1.1.2-As famílias; 1.1.3-Numero de população; 1.2-Emigração da população; 1.2.1-Causas, Consequências e Destinos; 1.2.2-Dados Estatísticos da População após a Emancipação; 1.3-Alternativas viáveis para evitar a Emigração; 1.3.1-Geração de Emprego e trabalho; 1.3.1.1-Setor Primário; 1.3.1.2-Setor Secundário; 1.3.1.3-Setor Terciário; 1.4-Políticas Publicas para o desenvolvimento populacional; 6º Grupo 1- CRESCIMENTO ECONÔMICO VISANDO O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 1.1-Conceito de Crescimento e de Desenvolvimento; 1.1.1- Conceito de Desenvolvimento Sustentável; 1.1.2- Condições Básicas para Alcançar o Desenvolvimento Sustentável; 1.2- Acordos Firmados pelos Países em Favor do Desenvolvimento Sustentável; 1.2.1- Eco 92; 1.2.2-Agenda 21; 1.2.3- Rio +20; 1.3-Ações de Desenvolvimento Sustentável no Município 1.3.1-Abastecedores Agrícolas; 1.3.2-Biodigestores; 1.3.3-Uso de Cisternas; 1.3.4- Produtos Orgânicos; 1.3.5- Coleta Seletiva de Lixo; 1.3.5.1-Pilhas; 55 1.3.5.2-Vasilhame de Agrotóxico; 1.3.5.3-Eletrônicos; 1.3.5.4-Seco; 1.4-Importância Significativa do Desenvolvimento Sustentável para as Futuras Gerações 1.5-Políticas Publicas ANEXO B Sumário Sugestivo para o Primeiro Ano: Terceiro trimestre. 1 A SOCIEDADE BRASILEIRA E NOSSAS RAÍZES HISTÓRICAS 1.1 A ocupação do território brasileiro: 1.1.1 O processo de miscigenação e a formação da sociedade brasileira; 1.2 O processo de construção da cultura e identidadebrasileira e gaúcha do século XIX; 1.2.1 A vinda dos imigrantes e suas contribuições ao Brasil; 1.3 Formações sócio cultural: local e regional: 1.3.1 A minha comunidade (localidade); 1.4 História de vida (antepassados); 1.4.1 Minha História de vida; 1.4.2 Árvore Genealógica; 1.5- Nossas raízes históricas influenciaram no desenvolvimento da sociedade. De que maneira a sua história de vida contribuiu para essa construção? CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXO C Sumário Sugestivo para o Segundo Ano: 1- REFLORESTAMENTO: UM ATO DE COSNCIÊNCIA AMBIENTAL 1.1 – Conceito; 1.2 – Tipos de reflorestamento; 1.3 – Espécies de vegetais; 56 1.4 – Manejo: 1.4.1- Nutrientes para o solo; 1.4.2 – Adubação; 1.4.3-. Espaçamento; 1.4.4 – Irrigação; 1.4.5 – Erosão; 1.5 – Benefícios: 1.5.1 - A influência na produção florestal; 1.5.2- Influência no aquecimento global; 1.6 – Estudo de caso a nível local: 1.6.1 – Localização da área; 1.6.2 – Levantamento da situação “problema”: razões apresentadas; 1.6.3 – O que pensam os responsáveis; 1.6.4 – Iniciativas que podem ser tomadas: 1.6.4 – Espécies de árvores; 1.6.5 – Quantidades /espaçamento; 1.6.6 – Custos; 1.6.7 – Cuidados no tratamento; 1.6.7 – Finalidades; 1.7 – Incentivo das Políticas Públicas; 1.8–Código Florestal; 1.8 – Perspectivas; CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS Obs.:Outra sugestão de sumário: Cadeia alimentar como base um ambiente para estudo como: banhados, arroios, etc. ANÉXO D Algumas Sugestões de Sumários para o Terceiro Ano; Exemplo nº 01 57 -PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM UMA PROPRIEDADE RURAL: ALTERNATIVA DE RENDA NO MUNICÍPIO DE NOVA RAMADA/RS 1.1 – Histórico da propriedade rural familiar; 1.2 - Levantamento das máquinas e equipamentos; 1.3 - Tipos de prestação de serviços realizados; 3.3.1 - Períodos de utilização das máquinas e equipamentos; 3.3.2 - Horas trabalhadas; 1.4 - Força de trabalho; 3.4.1 – familiar; 3.4.2 – Contratada; 1.5 - Resultados financeiros; 1.5.1 – Renda adquirida nos serviços prestados; 1.5.2 – Custos na prestação dos serviços; 1.5.2.1 – Variáveis; 1.5.2.1.1- Mão-de-obra; 1.5.2.1.2- Reformas e Revisões; 1.5.2.1.3- Combustível, Lubrificantes e filtros; 1.5.2.2 – Fixos; 1.5.2.3- Depreciação; 1.5.2.4- Juros; 1.5.3 – Resultados obtidos; 1.6 – Perspectivas da prestação de serviços como fonte de renda; CONCLUSÃO. REFERÊNCIAS. ANEXOS. Exemplo nº 02 SUINOCULTURA INTEGRADA: ALTERNATIVA DE RENDA À PROPRIEDADE RURAL EM NOVA RAMADA. 1.1 – Pequeno histórico da suinocultura em Nova Ramada. 1.1.1 – Localização da propriedade pesquisada; 58 1.2-Construção de chiqueiros; 1.3-Genética; 1.4 - Sistema de criação; 1.4.1- Alimentação; 1.5-Doenças mais comuns e métodos de preservação; 1.5.1-Controle de endoparasitas; 1.5.2-Controle de ectoparasitas; 1.5.3-Uso de vacinas; 1.6 -Programa de incentivo a suinocultura-Procrisu; 1.7- Biodigestores; 1.7.1-Biodigestor queima do gás; 1.7.2-Biogestação de resíduos; 1.7.3-Onde utilizar o biogás; 1.6.4-Ciclo do carbono na natureza; 1.8 -Controle de poluição ao meio ambiente; 1.9 -Custos e benefícios; 1.10 - O destino da carne suína brasileira; 1.11-Contribuições das Políticas Públicas Municipais para a Suinocultura local; 1.12 - Linhas de Créditos; 1.13 –Mercado para suinocultura; 3.14 - Perspectivas e importância da Suinocultura de Terminação; CONCLUSÃO; REFERÊNCIAS; ANÉXO E Relação dos trabalhos de pesquisa no período de 2002 a 2012. Relação dos trabalhos de pesquisa no período de 2002 a 2012 já realizados pelos alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw. – Creche Recanto da Criança Feliz; Mauri Lanches; Informática Höring; Hortifrutigranjeiro Sol Nascente; Malharia Raudam; Criação de Avestruzes; Criação por Espécie de Capivara; Produção na Agropecuária; Creche Colibri; Verduras Vida e Saúde; Grupo Vitória;PyzarFyrme; Queijo Artesanal; Estufas Viver; TajuMel;Tacauleite; Criação de Avestruzes; Padaria Pão de Casa; Prestadora de serviços Geral Car; Lancheria e Pizzaria 59 Boa Gulla; Mecânica Zamberlan; Stúdio Fotográfico Alenady: Cabelaria e Barbearia Stylus; Stúdio Fotográfico Alenady; Livraria e bazar familiar; Novo Visual VR decorações; Associação dos Pequenos Produtores Rurais; Situação Política e Econômica da região e alternativas para o seu desenvolvimento; Água é vida; Produção de Mel de Jataí; Viabilidade econômica do investimento NATLA em Nova Ramada/RS; Agricultura Familiar; A pequena propriedade rural: pecuária de recria como alternativa de desenvolvimento; Horticultura como Alternativa Alimentar e Sustento Agro-familiar; Comércio de Combustível; Informática na Educação; Apicultura; A Informática no Processo de Construção do Conhecimento; Balneário Santa Saara; Pecuária Leiteira na Pequena Propriedade; Análise do Desenvolvimento Rural Sustentável na Pequena Propriedade X Êxodo Rural em Nova Ramada/RS; A Pequena Propriedade Rural e as Linhas de Crédito que Viabilizam a Atividade Leiteira; Projeto Alternativo Sobre Hortigranjeiros; Projeto Sobre Pecuária Leiteira e Alternativas de Desenvolvimento; A Produção de Vinho Colonial: Uma Alternativa de Renda em Nova Ramada/RS; Pecuária Leiteira Como Alternativa e Fonte de Renda na Pequena Propriedade Rural; A Pecuária Leiteira – Uma Alternativa ao Homem Rural em Ajuricaba /RS; Suinocultura Integrada: Alternativa de Renda á propriedade Rural em Nova Ramada; Pecuária Leiteira na Pequena Propriedade Rural; A Suinocultura Integrada no Sistema Associativo: Alternativa de Renda á Pequena Propriedade Rural; A Pecuária Leiteira Como Alternativa de Geração de Renda na Pequena Propriedade Agro-familiar; Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) : Um Estudo de Caso no Município de Ajuricaba; Psicultura: Alternativa de Renda a Pequena Propriedade Rural em Nova Ramada/RS; Pecuária de Corte: Sistema Confinado na Pequena Propriedade Rural; Informática Básica na Escola Dom Pedro I e Introdução Teórica da Iniciação a Informática; Implantação de uma BR Mania: Loja de Conveniência na Empresa Rehfeld& Cia Ltda; AGRONOVA, Um Investimento que deu Certo; Suinocultura integrada: Uma Alternativa de Sustento á Pequena Propriedade Rural; Pecuária Leiteira em Ajuricaba: Um Exemplo a Ser Seguido em Nova Ramada/RS; Produção Artesanal e Hortigranjeira na Pequena Propriedade Rural em Nova Ramada; IRDER Uma Alternativa de Pesquisa e Incremento à Piscicultura Local e Regional; O gado de Corte Como Alternativa de Renda ao Homem Rural; Estudo de Caso de Uma Pequena Propriedade Hortigranjeira em Nova Ramada; Piscicultura como Alternativa de Desenvolvimento Sustentável na Pequena Propriedade Rural; Estudo de caso de uma Agroindústria de Aguardente em Nova Ramada; Apicultura: Uma Alternativa de Desenvolvimento na Pequena Propriedade Rural; A Importância da Suinocultura na Pequena Propriedade Rural; A Engorda de Suíno Como Viabilidade Econômica no Meio Rural de Nova Ramada; Agricultura: 60 Produção e Comercialização da Soja Transgênica; A Importância do Reflorestamento em Uma Pequena Propriedade Rural; Criação de Suínos: Um Complemente à Renda Familiar em Nova Ramada/RS; Gerenciamento da Atividade Leiteira: Fator Preponderante no Controle Contábil e Produtivo; S.E.R.C Corintians: 49 anos de História; Piscicultura: Alternativa de Renda ao Pequeno Produtor Rural; Psicultura: Uma Alternativa de Renda a Pequena Propriedade Rural; Criação de Galinhas Colôniais em Galinheiro Móvel; Moinho Colonial: Alternativa de Renda Familiar; Frutinova: Microempresa Geradora de Fonte de Renda; Psicultura: Fonte de Renda ao Pequeno Produtor; Produção de Mudas de Pareira: Alternativa de Renda na Pequena Propriedade Rural; Criação de Terneiras:Um Complemento a Pecuária Leiteira; Apicultura: É Tempo de Produzir;Estudo de Caso de Uma Micro e Pequena Empresa de Esponjas Vegetais; Análise da Viabilidade da Apicultura na Agricultura Familiar; Apicultura: Alternativa de Renda na Pequena Propriedade Rural do Senhor Marcio Höring; Alternativa de Renda em Nova Ramada: O Cultivo de Girassol; A Proposta Social de Educação do E.M.A em Nova Ramada; Pecuária Leiteira: Produtividade e Rentabilidade Financeira na Pequena Propriedade Rural; Atividade Leiteira: Rentabilidade Financeira Numa Média Propriedade Rural em Nova Ramada/RS; Pecuária Leiteira: Uma Alternativa no Momento de Crise; Grama Perene Tifton – Alternativa Alimentar para Incremento de Renda da Pecuária Leiteira em Nova Ramada; O Cultivo de Tilápias : Fonte de Renda á Propriedade Rural em Nova Ramada/RS; O Gerenciamento da Produção Leiteira na Propriedade de Nery e Leane Foguesatto; Terminação de Suínos em Sistema Integrado no Município de Nova Ramada/RS; Viabilidade Financeira de Um Salão de Beleza em Nova Ramada; Pecuária Leiteira em Uma Grande Propriedade Rural; Gerenciamento e Análise da Viabilidade Econômica de Investimento na Atividade Leiteira; A implantação de uma horta numa propriedade rural em Nova Ramada – RS; Criação de Terneira e Novilha: Uma Alternativa ao Homem Rural; Uma Agroindústria de Economia Agro familiar como Alternativa de Renda e Sustentabilidade na Pequena Propriedade Rural; Viabilidade do Cultivo de Laranja Valência Em uma Média Propriedade Rural em Nova Ramada; Criação de Gado de Corte: Uma Alternativa de Renda ao Homem Rural; Análise de Um Sistema de Irrigação (pivô central), na Rentabilidade Empresarial em Santo Augusto; Pecuária de Corte em Sistema Semi-confinado: Uma Alternativa de Renda na Propriedade de Osmar Tomm em Nova Ramada/RS; A Importância do Programa ASEFAM Como Meio de Inclusão Social; Pecuária Leiteira: Uma Alternativa de Renda para a Pequena Propriedade Rural; Criação de Terneiras: Um Complemento a Pecuária Leiteira; Cisternas: Uma Alternativa de Economia; Análise da Viabilidade Nutricional de Hortaliças Cultivadas com Produtos Orgânicos na Pequena 61 Propriedade Rural; Suinocultura em Ciclo Completo uma Alternativa de Renda Familiar na Propriedade do Senhor Jaci Costa de Assis;Cultivo de Videira: Uma Análise das Motivações do Plantio; Raizes da Tradição – Uma Nova Experiência Gaúcha em Nova Ramada; Modiska Confecções de Nova Ramada. Sugestões e Propostas, Visando Contribuir Para Melhoria das Condições da Empresa; Plantação de Eucalipto Em Uma Propriedade Rural; Ginásio de Esportes em Nova Ramada: Espaço de Recreação e Lazer; Diabete: Uma Doença Silenciosa Que Causa Preocupação Para o Município; Soja Trangênica: Uma Alternativa de Renda para o Pequeno Produtor; Plantio de Milho, Análise e Viabilidade da Cultura na Propriedade de Tiago Eickhoff; Suinocultura de Terminação: Rentabilidade na Média Propriedade Rural em Nova Ramada; O Hip Hop Como Forma de Inclusão Social ou Rebeldia; Viabilidade Financeira do Comércio de Grãos de Nova Ramada; Plantio de Trigo: Alternativa de Renda naPropriedade Rural; Um Trabalhador com Necessidades Especiais Fazendo a Diferença; Alcoolismo: Uma Doença Crônica; Prestação de Serviço: Uma Alternativa de Renda no Município de Nova Ramada; Suinocultura: Alternativa de Renda na Propriedade Rural; Suinocultura Integrada: Alternativa para Pequena Propriedade Rural em Nova Ramada; Depressão: Uma Doença Psíquica em Nova Ramada; Apicultura: Viabilidade Deste Empreendimento para o Produtor; Análise da Criação de Terneiras e Novilhas em Uma Média Propriedade Rural; Plantio de Eucalipto: Uma Alternativa de Renda e Consumo na Pequena Propriedade Rural; Análise da Viabilidade Financeira de Compra ou Produção de Eucalipto para Lenha; Análise da Viabilidade na Implantação de uma Lan House em Nova Ramada; Biodisel Recurso Energético Ecológico; Hipertensão em Nova Ramada: Doença que Pode Provocar a Morte; Câncer em Nova Ramada; Produção Artesanal de Vinho da Família Beck: Tradição e Consumo; A presença e atuação da mulher nos Ministérios Militares; Plantio de Soja Trangênica: Alternativa de Renda para o Meio Rural; Câncer de Tireóide: é Preciso Estar Atento; Mal de Parkinson: Uma Doença Neurológica Progressiva; Custos da Produção de Silagem de Milho na Pequena Propriedade; As Teorias da Origem da Vida e Análise de Como São ensinadas na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw; Jornalismo Como Profissão: Análise e Pesquisa do CTG Sentinela da Ramada; Importância da Oficina do Tadinos na Manutenção da Família; Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw e Sua Importância aos Novaramadenses; Diabetes Mellitus no Município de Nova Ramada; Vivências de Indivíduos Portadores de Vitiligo em Nova Ramada;A Influência da Mídia na Vida dos Adolescentes; Plantio de Linhaça na Propriedade do Sr. Valmir Weich; Cultivo de Arroz Irrigado no Rio Grande do Sul e Sugestão em Nova Ramada; Perspectiva de Energia Eólica; Câncer de Pele e Suas Implicações; Plantio de Trigo: Opção de Renda em Nova 62 Ramada; Obesidade Infantil: Uma Abordagem Orientada Para a Educação; Homossexualismo: Quebrando as Barreiras do Preconceito; Qualidade microbiológica do Leite; Avaliação de Nova Ramada para Acolher Deficientes Físicos; Viabilidade da Implantação de uma Academia em Nova Ramada; Depressão: Mal do Século; Inserção do Portador de Síndrome de Down; Mata Ciliar: Análise do Impacto da Aplicação da Legislação Ambiental; Viabilidade da Implantação de um Hotel em Nova Ramada; Aborto Provocado: Considerações Clínicas, Jurídicas e Religiosas; Análise da Viabilidade da Reabertura da Agroindústria de Derivados de Cana-de-açúcar Alimentos Naturais (NATLA) de Nova Ramada; Saúde Mental; Envelhecimento populacional em Nova RamadaRS; Polêmica da Formação do Centro Administrativo de Nova Ramada/RS; Balneário: Fonte de Lazer em Nova Ramada/RS; Daltonismo: Enxergando o mundo com Outros Olhos; Plantio de Soja: Alternativa de Renda Familiar; Cultivo de Trigo: Viabilidade da Cultura na Propriedade de Tiago R. Eickoff; Transtorno Bipolar; Suinocultura: Alternativa de Renda na Propriedade rural do Sr. Dirceu Thomazio; Cisterna: Uma Ação Inteligente Para a Preservação da Água Potável; Bovinocultura de Leite: Manejo para Comercialização do Leite; Viabilidade Econômica para reflorestamento de pequenas propriedades através de Eucalipto; Silagem de Milho: Uma Alternativa de Alimentação Para Vacas de Leite; Doenças Sexualmente Transmissíveis: Um problema a Ser Enfrentado pela Sociedade; Síndrome de Dawn: É Normal ser Diferente; Melhoramento da Estrutura da Vídeo Locadora em Nova Ramada; Implantação de Uma Floricultura em Nova Ramada; E.E.E. Médio Dr. Roberto Löw: Formação Acadêmica; Câncer de Mama; Oficina Mecânica de Heitor Santana; Aperfeiçoamento da Atividade Leiteira Segundo a Normativa 51; Faculdade de Inglês ou Jornalismo o que é melhor para meu Futuro?; Viabilidade da Loja RM em Nova Ramada; A Importância da Língua Estrangeira em Um Mundo Globalizado; Energia Elétrica para Nova Ramada; ANEXO F Sugestões para Construir um Projeto de Pesquisa sugeridas pelo grupo de professores da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw de Nova Ramada/RS **Título do trabalho: identificado com a realidade pesquisada; **Objetivo Geral (idéia do todo): dimensiona abrangência do trabalho e o desafio maior. Relaciona-se ao problema geral à que o trabalho deva dar respostas nas suas conclusões. 63 **Objetivos específicos (idéia das partes): são enunciações particulares do trabalho que darão origem às partes, capítulos, tópicos e outros desdobramentos do conteúdo do trabalho. Respondem as questões menores dentro da problemática maior do trabalho. **Hipóteses (problematização): identifica a parte central do problema e suas implicâncias (é o foco central do tema desenvolvido). Na problematização direciona-se o caminho que o fluxo das idéias vai seguir: se do próximo para o afastado ou do distante para o próximo. Pode-se desta forma iniciar o estudo a partir de suas raízes, de sua história ou vice-versa. Elabora-se um problema geral que consiga dar conta da abrangência da temática/assunto como um todo; em seguida, elaboram-se problemas derivados do problema geral, que por sua vez darão origem a investigações particulares, para dar respostas mais específicas, dentro da temática geral do trabalho. (ver a parte da Unidade III do nosso livro-texto Teoria e Método Geográfico) **Embasamento teórico (pressupostos): é a parte teórica que trata diretamente do assunto estudado. Destacam-se os autores ou autor base que ilustra a “fala” e a postura filosófica que desejo seguir. Buscam-se na literatura os fundamentos para a compreensão da temática sob investigação. Os professores devem assessorar os educandos na indicação da bibliografia. Portanto deve-se ter o cuidado em optar por autores que se contrapõem teoricamente. **Metodologia da pesquisa: (especificar como vai ser desenvolvida a pesquisa). Quais os caminhos e práticas desenvolvidas, podendo indicar se a pesquisa é bibliográfica: material publicado, livros, artigos de periódicos e materiais disponibilizados na internet; pesquisa documental: como relatórios de diretorias, balanços patrimoniais, atas de reuniões, manuais de procedimentos etc; levantamento: elaborado a partir de interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer; estudo de caso: estudo de um caso que permite o seu conhecimento profundo e específico na qual ocorre restrições à generalizações dos resultados; pesquisa ação: quando realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Quem pesquisa está envolvida de modo cooperativo e participativo. -Instrumentos para a Coleta de Dados -Observação: quando se utilizam os sentidos na obtenção de dados de determinados aspectos da realidade *observação assistemática: não tem planejamento e controle previamente elaborado; *observação sistemática: tem planejamento, realiza-se em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos; *observação não-participante: opesquisador presencia o fato, mas não participa; *observação individual: realizada por um pesquisador; 64 *observação em equipe: feita por um grupo de pessoas; *observação na vida real: registro de casos à medida que ocorrem; *observação em laboratório: onde tudo é controlado. Entrevista: Forma de obter informações de um entrevistado, sobre determinado assunto ou problema. A entrevista pode ser: *padronizada ou estruturada: roteiro previamente estabelecido; *despadronizada ou não-padronizada: sem rigidez de roteiro; *Questionário: é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O questionário deve esclarecer o propósito de sua aplicação e importância da colaboração do informante. As perguntas do questionário podem ser: Abertas: Qual é a sua opinião? Fechadas: duas escolhas: sim ou não; de múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis. As perguntas devem ser formuladas tendo como base o objetivo da pesquisa evitando perguntas complexas que não vão ser respondidas. Formulário: É uma coleção de questões anotadas por um entrevistador numa situação face a face com a pessoa (informante). Deverá ter uma interação efetiva entre o entrevistador e o entrevistado. Para facilitar o processo de tabulação de dados por meio de suportes computacionais, as questões e suas respostas devem ser previamente codificadas Anexo: G Estrutura na Construção de um Texto Dissertativo **Capa: Nome da Escola; nome do autor (educando); título do trabalho e subtítulo se tiver; local (cidade da escola) e ano da entrega. **Sumário: Enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede, seguido de sua paginação. **Dissertação: É um estudo científico recapitulativo, expondo, reunindo, analisando e interpretando informações relativas a um tema específico, bem delimitado de tal sorte que revele o domínio e a capacidade de explanação e sistematização do assunto em questão. Abrange a introdução, desenvolvimento e conclusão, expondo com clareza e compreensão as ideias. 65 **Introdução: Primeira seção do texto. Define brevemente a delimitação do assunto a ser tratado, os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração. Deve levar o leitor à compreensão objetiva do assunto desenvolvido no corpo do trabalho, apresenta a ideia central, a problematização, a metodologia, pressupostos teóricos e a explicação resumida de cada capítulo do trabalho. A ideia geral do assunto situado na história, na teoria, no tempo e no espaço. A extensão da introdução deve ser proporcional ao todo do trabalho. **Corpo do trabalho ou desenvolvimento: é o miolo, a essência, a substância, a parte mais importante do texto. Exige uma visão reflexiva e analítica, posicionamento crítico e clareza na argumentação, permitindo a compreensão das etapas da pesquisa. As partes são desdobradas em segmentos e que vai constituindo o todo. Cada parte deve ser tratada em fases sucessivas harmoniosamente encadeadas numa sequência lógica. **Conclusão: Configura-se na apreciação sucinta ou comentário pessoal do educando (autor). Faz a síntese dos principais resultados da pesquisa, retomando o que foi anunciado na introdução e desenvolvido no corpo do trabalho. É o momento de fazer o fecho das ideias apresentadas no desenvolvimento e apresentar sugestões consideradas necessárias e recomendações cabíveis. Pode-se fazer a avaliação dos pontos fracos e controvertidos, da validade, da importância e da contribuição para novos questionamentos em torno da temática explorada. É o resultado das aprendizagens ocorridas. **Pós-textual: Nesta parte do relatório, são incluídos todos os elementos complementares ao texto, abrangendo entre outros: **Referências bibliográficas: Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento ao relatório do corpo do trabalho. Apresentam a base de suporte teórico utilizada na realização do estudo. Devem ser relacionadas de acordo com a ocorrência sequencial das citações no texto ou alfabética ao final do trabalho; **Anexos: (opcional). Texto ou documento que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos devem ser identificados através de letras maiúsculas consecutivas e seus respectivos títulos