SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS SSRH-CSAN REV. DATA MODIFICAÇÃO ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO 5 10/11/2015 Compatibilização PMSB 4 01/03/2015 Emissão final 3 11/08/2014 2 04/08/2014 1 29/07/2014 0 01/07/2014 Atendimento de Análise de Relatório R2 (SSRH) Atendimento de Análise de Relatório R1 (SSRH) Atendimento de Análise de Relatório R0 (SSRH) Emissão Inicial AQUALOG ENGECORPS MAUBERTEC ENGECORPS MAUBERTEC ENGECORPS MAUBERTEC ENGECORPS MAUBERTEC ENGECORPS MAUBERTEC Elaboração de planos integrados regionais de saneamento básico e atividades de apoio técnico à elaboração de planos integrados municipais de saneamento básico para a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Mogi Guaçu – UGRHI 9 PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO VERSÃO PRELIMINAR REVISADA MUNICÍPIO: PIRASSUNUNGA ELABORADO: APROVADO: AQUALOG Saneamento e Engenharia Ambiental Ltda - EPP VERIFICADO: COORDENADOR GERAL: CREA: Nº (CLIENTE): DATA: Nº CONTRATO: 019/2015 REVISÃO: 10/11/2015 R5 FOLHA: 1 DE 302 -2SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS DE SÃO PAULO SSRH/CSAN Elaboração de planos integrados regionais de saneamento básico e atividades de apoio técnico à elaboração de planos integrados municipais de saneamento básico para a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Mogi Guaçu – UGRHI 9 PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO VERSÃO PRELIMINAR MUNICÍPIO: PIRASSUNUNGA CONSÓRCIO ENGECORPSMAUBERTEC 1222-SSE-25-SA-RT-0006-R4 Março/2015 COMPATIBILIZAÇÃO: AQUALOG – SANEAMENTO E ENGENHARIA AMBIENTAL 019/2015 Novembro/2015 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -3SUMÁRIO PÁG. APRESENTAÇÃO ..........................................................................................................................7 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................9 2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO DE PIRASSUNUNGA E SUA INSERÇÃO REGIONAL......................................................................................................................10 2.1 2.2 2.3 ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS ...................................................................................... 10 ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS ................................................................................... 20 ASPECTOS AMBIENTAIS ..................................................................................................... 27 3. POPULAÇÕES, DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES DOS SISTEMAS............................28 3.1 3.2 PROJEÇÕES POPULACIONAIS E DE DOMICÍLIOS RELATIVOS À ÁREA DE PROJETO ................... 28 ESTUDO DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES ......................................................................... 31 4. DIAGNÓSTICO SETORIAL DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO ..................59 4.1 4.2 4.3 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS SANITÁRIOS .......... 59 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ....... 137 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ...... 142 5. OBJETIVOS E METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO ..................................148 5.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE OS OBJETIVOS E METAS PARA OS SISTEMAS DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO ................................................................................................................. 148 CONDICIONANTES E DIRETRIZES GERAIS ADVINDAS DE DIAGNÓSTICOS LOCAIS E REGIONAIS ...................................................................................................................... 148 OBJETIVOS E METAS ....................................................................................................... 151 5.2 5.3 6. RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS, ESTIMATIVA DE CUSTOS E CRONOGRAMAS DA SEQUÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO ............................................154 6.1 6.2 6.3 6.4 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 154 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................................................................. 163 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 172 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ..................................... 191 7. ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SOLUÇÕES ADOTADAS ......................................................................................................................................199 7.1 7.2 7.3 7.4 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 199 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................................................................. 203 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 207 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ..................................... 213 8. RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ... 216 9. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES .........................................................................220 9.1 9.2 PROGRAMAS GERAIS APLICÁVEIS ÀS ÁREAS DE SANEAMENTO ........................................... 220 PROGRAMAS ESPECÍFICOS APLICÁVEIS À ÁREA RURAL ....................................................... 237 10. PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS E FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS 240 10.1 10.2 CONDICIONANTES GERAIS ............................................................................................... 240 FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS ............................................................................. 241 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -410.3 10.4 10.5 10.6 FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS ..............................................................................242 LISTAGEM DE VARIADOS PROGRAMAS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO PARA O SANEAMENTO..................................................................................................................242 DESCRIÇÃO RESUMIDA DE ALGUNS PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS DE GRANDE INTERESSE PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PMSB ................................................................... 244 INSTITUIÇÕES COM FINANCIAMENTOS ONEROSOS ............................................................. 249 11. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS ...................................253 12. DIRETRIZES PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS RELATIVAS AO PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS ................260 12.1 DIRETRIZES GERAIS PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS PARA PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO ................ 260 RECOMENDAÇÕES RELATIVAS À RELEVÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL SOBRE A POLÍTICA DE SANEAMENTO .................................................... 262 12.2 13. INDICADORES DE DESEMPENHO..............................................................................264 13.1 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO.......................................................................... 264 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .........................................................................................................271 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS..........................................................................................................276 13.2 13.3 14. ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA .......................280 14.1 14.2 14.3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTOS SANITÁRIOS .................................. 280 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................... 282 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ..................................... 287 15. MINUTA DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PLANO .....................................................289 15.1 15.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................289 MINUTA DE PROJETO DE LEI .............................................................................................290 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................297 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -5SIGLAS AAB – Adutora de Água Bruta AAT – Adutora de Água Tratada ANA – Agência Nacional de Águas APA - Área de Proteção Ambiental APP – Área de Preservação Permanente ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo CBH – Comitê de Bacia Hidrográfica CBH-MOGI – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CF – Constituição Federal CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos CRHi - Coordenadoria de Recursos Hídricos CSAN – Coordenadoria de Saneamento da SSRH DAE – Departamento de Água e Esgotos DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada EEE – Estação Elevatória de Esgoto ETA – Estação de Tratamento de Água ETE – Estação de Tratamento de Esgotos FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos GEL – Grupo Executivo Local IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -6IG – Instituto Geológico INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas IQA – Índice de Qualidade das Águas IVA – Índice de Proteção da Vida Aquática MCidades – Ministério das Cidades MME – Ministério de Minas e Energia PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos PLANASA – Plano Nacional de Saneamento Básico PMSB – Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos PRISB – Plano Regional Integrado de Saneamento Básico SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgotos SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SIG – Sistema de Informações Georreferenciadas SIGRH – Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos SMA – Secretaria do Meio Ambiente SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SSRH – Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos – SP STF – Supremo Tribunal Federal TR – Termo de Referência UGRHI – Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -7APRESENTAÇÃO O presente documento refere-se à versão preliminar revisada do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMSB) do Município de Pirassununga, integrante da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Mogi Guaçu – UGRHI 9. A proposta inicial do PMSB (março/2015) foi elaborada conforme contrato CSAN 001/SSRH/2013, firmado em 05/02/2013 entre o Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC e a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH) do governo do Estado de São Paulo. Conforme contrato, o presente plano deve estar agregado aos planos municipais dos outros municípios pertencentes à UGRHI 9 (principalmente àqueles do entorno) e, necessariamente, ao Plano Regional Integrado de Saneamento Básico (PRISB) dessa Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Para a elaboração do plano municipal, foram considerados a lei federal nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, o termo de referência (TR) da concorrência CSAN 001-2012 – UGRHI 9 para contratação dos serviços objeto desse contrato, a proposta técnica do Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC, as diretrizes emanadas de reuniões prévias entre os técnicos da SSRH/CSAN e do CONSÓRCIO e as premissas e procedimentos apresentados no documento Reunião de Partida, fornecido aos representantes dos municípios presentes no evento de assinatura dos contratos para a elaboração dos PMSBs, realizado no Palácio dos Bandeirantes em 31 de janeiro de 2013. O Plano Detalhado de Trabalho, proposto pelo CONSÓRCIO para elaboração do PMSB, que engloba as áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, representa um modelo de integração entre os produtos de serviços estabelecidos no edital de concorrência, com inter-relação lógica e temporal, conforme apresentado a seguir: ♦ PRODUTO 1 - PLANO DETALHADO DE TRABALHO; ♦ PRODUTO 2 - COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES; ♦ PRODUTO 3 - DIAGNÓSTICO E ESTUDO DE DEMANDAS; ♦ PRODUTO 4 - OBJETIVOS E METAS; ♦ PRODUTO 5 - PLANO REGIONAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO - PRISB; ♦ PRODUTO 6 - PROPOSTAS DE PLANOS MUNICIPAIS INTEGRADOS DE SANEAMENTO BÁSICO - PMSB. O processo de elaboração do PMSB teve como referência as diretrizes sugeridas pelo Ministério das Cidades, através do Guia para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento (MCidades, 2011), listadas a seguir: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -8♦ Integração de diferentes componentes da área de Saneamento Ambiental e outras que se fizerem pertinentes; ♦ Promoção do protagonismo social a partir da criação de canais de acesso à informação e à participação que possibilite a conscientização e a autogestão da população; ♦ Promoção da saúde pública; ♦ Promoção da educação sanitária e ambiental que vise à construção da consciência individual e coletiva e de uma relação mais harmônica entre o homem e o ambiente; ♦ Orientação pela bacia hidrográfica; ♦ Sustentabilidade; ♦ Proteção ambiental; ♦ Inovação tecnológica. O documento proposto pelo Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC passou por revisão em novembro/2015, visando à atualização das informações levantadas e compatibilização com as políticas públicas desenvolvidas no município. A empresa Aqualog – Saneamento e Engenharia Ambiental Ltda – EPP foi contratada pelo Termo de Contrato n° 019/2015, nas condições estabelecidas no Edital n° 020/15 e Termo de Referência, que determina o escopo do serviço – Compatibilização do PMSB em conformidade com a lei 11.445/07: ♦ Entendimento e identificação da situação atual referente aos serviços públicos em Saneamento Básico prestado à Municipalidade; ♦ Abrangência dos trabalhos relativamente ao abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana; ♦ Complementação das ações articuladas com a política de desenvolvimento urbano cujos fatores determinantes estão apoiados no saneamento básico; ♦ Fornecimento de soluções e métodos para acompanhamento das propostas apresentadas no PMSB; ♦ Validação das propostas via audiências públicas, com explanação do plano; ♦ Alterações, inserções, supressões no plano após audiências que se fizerem necessário. Assim, juntamente com a entrega do Plano Municipal de Saneamento Básico de Pirassununga, foi apresentado o Relatório de Alinhamento de Compatibilização do PMSB, onde são detalhadas todas as alterações propostas pela empresa Aqualog – Saneamento e Engenharia Ambiental Ltda. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -91. INTRODUÇÃO Aa Versão Preliminar Revisada do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMSB) de Pirassununga é resultante do processo de revisão e atualização do relatório elaborado pelo Consórcio ENGECORPSMAUBERTEC, após a consecução das atividades desenvolvidas nos Blocos 2 (Coleta de Dados e Informações), Bloco 3 (Diagnóstico e Estudo de Demandas) e Bloco 4 (Objetivos e Metas), conforme apresentado no Plano de Trabalho do mesmo. O presente relatório foi reformulado pela empresa Aqualog – Saneamento e Engenharia Ambiental Ltda – EPP, a partir da atualização dos dados de diagnóstico, e complementação das ações articuladas com as políticas de desenvolvimento urbano. São previstos ainda mecanismos de monitoramento das propostas apresentadas no Plano, bem como foram utilizados instrumentos para envolver a sociedade em seu processo de construção. Nesse produto, estão sintetizadas todas as informações e dados obtidos durante o transcorrer dos trabalhos, apresentando-se o plano de saneamento para cada um dos componentes do saneamento básico, quais sejam, água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem pluvial urbana. A elaboração do PMSB obedeceu aos preceitos da Lei 11.445/07, baseando-se, principalmente, nas diretrizes do Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, especificamente no documento “Definição da Política de Elaboração de Planos Municipais e Regionais de Saneamento Básico”. As definições da Política e do Plano de Saneamento Básico estão contidas, respectivamente, nos Capítulos II e IV da supracitada lei, que estabelece a finalidade, o conteúdo e a responsabilidade institucional do titular por sua elaboração. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -102. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO DE PIRASSUNUNGA E SUA INSERÇÃO REGIONAL A seguir estão relacionados os aspectos geográficos, político-administrativos e fisiográficos que caracterizam o território que compreende ao município de Pirassununga. 2.1 ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS 2.1.1 Aspectos Gerais O município de Pirassununga localiza-se na região leste do Estado de São Paulo, estendese por 727 km², com altitude média de 620 metros acima do nível do mar e sua sede situase nas coordenadas geográficas 21°59'46" de latitude sul e 47°25'35" de longitude oeste. Pirassununga está inserido na Região Administrativa de Campinas e Região de Governo de Limeira, fazendo divisa com os municípios de Porto Ferreira e Santa Cruz das Palmeiras ao Norte, Leme e Santa Cruz da Conceição ao Sul, Aguaí e Mogi Guaçu a Leste e Analândia e Descalvado a Oeste. Distante 210 km da capital paulista, o acesso ao município, a partir da capital, pode ser feito através da Rodovia Anhanguera (SP-330). A Ilustração 2.1 apresenta essa situação. Na região do município, fica a Cachoeira das Emas à qual os índios tupis chamavam de "pirá cynunga", significando lugar onde o peixe faz barulho. A colonização, no entanto, fixou-se às margens do Ribeirão do Ouro, iniciada pelos faiscadores do metal, que aí construíram uma capela em louvor ao Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Em 21 de novembro de 1838 o povoado passou a capela curada com o nome de "Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Pirassununga”, pertencente ao Termo de Mogi Mirim. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -11- Ilustração 2.1 – Localização e Acessos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -122.1.2 Geologia O município de Pirassununga situa-se na porção nordeste da Bacia Sedimentar do Paraná, próximo ao limite com as unidades metamórficas e intrusivas do Embasamento Cristalino do Estado de São Paulo. Segundo a Carta Geológica Compilada e Simplificada do Projeto Mogi-Pardo na escala 1:500.000 publicada pelo CPRM (1998), o substrato rochoso do município é formado por unidades estratigráficas representadas pela Formação Aquidauana (Subgrupo Itararé Indiviso). Segundo Azevedo (1984), a Formação Aquidauana é constituída por corpos interdigitados de rochas sedimentares de origem glacial formadas por siltitos, arenitos, ritmitos, diamictitos e argilitos, que aparecem em todos os níveis da unidade com espessuras atingindo até algumas dezenas de metros, formas e dimensões variadas. Também são encontradas rochas sedimentares, como arenitos, siltitos, argilitos e folheiros betuminosos, todas das Formações Corumbataí e Pirambóia, dos períodos Paleozoico ao Jurássico (AZEVEDO, 1984). Rochas intrusivas tabulares, tais como sills de diabásio, dioritos, andesitos e traquitos, dos períodos Jurássico/Cretáceo, também estão presentes no município (AZEVEDO, 1984). Destacam-se ainda coberturas cenozoicas indiferenciadas (Formação Rio Claro) e depósitos aluviais mais recentes (AZEVEDO, 1984). 2.1.3 Geomorfologia O estudo geomorfológico permite um entendimento da dinâmica das bacias de drenagem e de aspectos importantes, tais como a susceptibilidade a processos erosivos, o comportamento e características do lençol freático e a avaliação das vazões de cheia, em função da estimativa mais precisa de tempos de concentração e processos de retardamento que são, de certo modo, dependentes das formas do relevo. Segundo o mapa geomorfológico do IPT (1981), o município de Pirassununga situa-se, regionalmente Depressão Periférica coincidentes com a Bacia Sedimentar do Paraná. Segundo Almeida (1964), os terrenos pertencentes à Depressão Periférica exibem um relevo com formas suavizadas, levemente onduladas e constituído por colinas amplas. As cotas altimétricas oscilam entre 500 m e 700 m. Localmente, a geomorfologia da área de estudo está inserida na zona do rio Mogi Guaçu, em áreas de relevo de degradação em planaltos dissecados, classificados segundo IPT (1981), como Colinas Amplas, as quais predominam na área de estudo e, em menor escala, por Colinas Médias, Morros Amplos, Morrotes Alongados e Espigões e Planícies Aluviais. As Colinas Amplas, caracterizadas por interflúvios superiores a 4 km², topos extensos e aplainados e vertentes com perfis retilíneos a convexos, predominam por quase todo o Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -13território do município. Nesta área a drenagem é de baixa densidade, com padrão subdendrítico, vales abertos e planícies aluviais interiores (IPT, 1981). As Colinas Médias abrangem a parte ocidental do município, onde predominam interflúvios de 1 a 4 km², topos aplainados, vertentes com perfis convexos a retilíneos. A drenagem caracteriza-se por ser de média à baixa densidade, padrão sub-retangular, vales abertos a fechados e planícies aluviais interiores restritas (IPT, 1981). No nordeste da área de estudo os Morros Amplos são formados por interflúvios arredondados com área superior a 15 km², topos arredondados e achatados, vertentes com perfis retilíneos a convexos. A drenagem é de baixa densidade com padrão dendrítico, vales abertos, planícies aluviais interiores restritas. Caracteriza-se, também, pela presença de boçorocas (IPT, 1981). Os Morrotes Alongados e Espigões localizam-se no centro-sul do município e caracterizamse por elevações com declividades superiores a 15% e pelos interflúvios se orientação preferencial com topos angulosos e achatados. A drenagem é de média a alta densidade, padrão dendrítico e vales fechados (IPT, 1981). As Planícies Aluviais que margeiam o rio Mogi Guaçu apresentam terrenos baixos e mais ou menos planos, sujeitos a inundações periódicas (IPT, 1981). 2.1.4 Pedologia A grande diversidade de relevo e geologia do município de Pirassununga dá origem a uma grande variedade de solos. Neste sentido os solos deste município caracterizam-se por forte heterogeneidade litológica, englobando, no Embasamento Cristalino, gnaisses, granitos, xistos, quartzitos e rochas cataclásticas, de Idade Pré-Cambriana fortemente estruturada (xistosidade, fraturas e falhas) e com frequentes contatos tectônicos entre as litologias. A porção da bacia do Paraná é constituída por rochas sedimentares pertencentes a Formação Aquidauana (Subgrupo Itararé Indiviso), dos períodos Carbonífero/Permiano, representadas por arenitos, siltitos, argilitos e diamictitos, em uma interdigitação típica de depósitos glaciais. Intrudidos, neste pacote de sedimentos ou no contato embasamento/bacia, ocorrem extensos sills de diabásio, e com baixa heterogeneidade litológica. Ocorrem ainda, capeando as diversas litologias da região, extensos depósitos arenoargilosos com espessuras variáveis, de idade cenozoica e correlacionáveis à Formação Rio Claro. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -14Segundo o Mapa Pedológico do Estado de São Paulo (OLIVEIRA, J.B et al, 1999), realizado pela Embrapa-Solos/IAC na escala 1:500.000, os solos dominantes na área em questão são os Latossolos Vermelhos e Vermelho-Amarelos, além de Argissolos VermelhoAmarelos. Os Latossolos Vermelho e Vermelho-Amarelos são formados do substrato de rochas intrusivas básicas, com predominância de diabásios. São constituídos por material mineral, com horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte diagnóstico superficial, exceto horizonte H hístico. Apresentam um avançado estágio de intemperização, são muito evoluídos, e virtualmente destituídos de minerais primários ou secundários, menos resistentes ao intemperismo (IBGE, 2004). Desenvolvem-se em relevo suave a pouco ondulado, com declividades variando entre 0% e 10% e predominância de 0% a 5%. Ocorre em área com densidade de drenagem baixa (OLIVEIRA, J.B et al, 1999). Os Argissolos Vermelho-Amarelos têm uma presença mais restrita, concentram-se nas porções sudoeste e leste do município. São constituídos por argila de atividade baixa e horizonte B textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, exceto o horizonte hístico (IBGE, 2004). Desenvolvem-se em relevo suave a suaveondulado com declividades entre 5% e 10% (OLIVEIRA, J.B et al, 1999). Os Neossolos Quartzarênicos ocorrem no leste do município, em relevo plano a ondulado, apresentando textura arenosa ao longo do perfil logo abaixo do horizonte A. são profundos não existindo a limitação física para o desenvolvimento radicular, presença de caráter hálico ou distrófico e reduzida quantidade de água (EMBRAPA, 2013). 2.1.5 Clima Segundo a classificação de Köppen, o clima de Pirassununga se enquadra no tipo Cwa, isto é, mesotérmico (subtropical e temperado) com verões quentes e chuvosos, com a temperatura média do mês mais quente superior a 22°C. Segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (CEPAGRI), o município é caracterizado por apresentar temperatura média anual de 21,5°C, oscilando entre mínima média de 13,8°C e máxima média de 29,3°C. A precipitação média anual é de 1.396 mm. Pluviosidade Segundo o Departamento de Água e Energia Elétrica - DAEE, o município de Pirassununga possui dez estações pluviométricas com prefixos C4-003, C4-033, C4-037, C4-063, C4070, C4-073, C4-074, C4-080, C4-082 e C4-085, conforme consulta no banco de dados por meio do endereço eletrônico (http://www.sirgh.sp.gov.br/). As informações das referidas estações encontram-se no Quadro 2.1. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -15QUADRO 2.1 – DADOS DAS ES TAÇÕES P LUVIOMÉTRICAS DO MUNICÍP IO P IRAS S UNUNGA Município Prefixo Altitude (m) Latitude Longitude Bacia Pirassununga Pirassununga Pirassununga Pirassununga Pirassununga Pirassununga Pirassununga Pirassununga Pirassununga Pirassununga C4-003 C4-033 C4-037 C4-063 C4-070 C4-073 C4-074 C4-080 C4-082 C4-085 630 m 670 m 580 m 560 m 620 m 600 m 540 m 590 m 590 m 640 m 22°01’ 22°02’ 21°54’ 21°56’ 21°51’ 21°53’ 21°55’ 21°55’ 21°55’ 21°58’ 47°26’ 47°25’ 47°19’ 47°23’ 47°19’ 47°19’ 47°24’ 47°22’ 47°22’ 47°28’ Mogi Guaçu Mogi Guaçu Turvo Mogi Guaçu Mogi Guaçu Turvo Mogi Guaçu Turvo Pardo Turvo Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em junho de 2013. A análise das precipitações foi elaborada com base nos dados do posto pluviométrico C4033, por apresentar a maior série histórica (1939 a 2006). O Gráfico 2.1 possibilita uma análise temporal das características das chuvas, apresentando a distribuição das mesmas ao longo do ano, bem como os períodos de maior e menor ocorrência. Verifica-se uma variação sazonal da precipitação média mensal com duas estações representativas, uma predominantemente seca e outra predominantemente chuvosa. O período mais chuvoso ocorre de outubro a março, quando os índices de precipitação média mensal são superiores a 120 mm, enquanto que o mais seco corresponde aos meses de abril a setembro com destaque para junho, julho e agosto, que apresentam médias menores que 40 mm. Ressalta-se que os meses de dezembro e janeiro apresentam os maiores índices de precipitação, atingindo uma média de 230 mm e 244 mm, respectivamente. Gráfico 2.1- Precipitação Média Mensal no Período de 1939 a 2006, Estação C4-033 Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em Junho de 2013 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -162.1.6 Recursos Hídricos Pirassununga está inserido na Sub-Bacia do Médio Mogi e a zona urbana do município está inserida na bacia do Ribeirão da Laranja Azeda, um tributário do Rio Mogi Guaçu. Este ribeirão possui quatro afluentes dentro ou próximos da área urbana: Córrego do Andrézinho, Córrego Quartel, Ribeirão do Ouro e Córrego do Taboão. Destacam-se outros cursos d’água no município, como Córrego da Ponte de Terra, Córrego De Bem e Ribeirão Descaroçador, este, usado como manancial de abastecimento da cidade. Entretanto, os três localizam-se fora da zona de expansão urbana. A Ilustração 2.2 apresenta a localização dos principais cursos d’água de interesse. O Sistema de Abastecimento de Água de Pirassununga é atendido exclusivamente por mananciais superficiais, a saber, o Ribeirão Descaroçador, com vazão de disponibilidade Q7,10 de 442 L/s, e o Córrego da Barra (ou Batistela), com disponibilidade hídrica de 337 L/s, ambos enquadrando-se como Classe 2. A implantação de uma nova captação será finalizada ainda no ano de 2015 no Ribeirão do Roque, tendo em vista o abastecimento do distrito Sede do município. 2.1.7 Vegetação Os remanescentes da vegetação original foram compilados no Sistema de Informações Florestais do Estado de São Paulo – SIFESP, do Instituto Florestal da SMA/SP, reunidos no Inventário Florestal do Estado de São Paulo, em 2009. Em Pirassununga, dos 72.200 ha de superfície de cobertura original, restam apenas 2.585 ha preenchidos por Floresta Ombrófila Densa, 1.321 ha por Savana (cerrado e cerradão), 556 ha por Formações Arbóreo-Arbustiva-Herbácea em Regiões de Várzea e 5 ha por vegetação não classificada, totalizando 4.467 ha, correspondendo a 6,19% da superfície total municipal. Ressalta-se que o município também possui 201 ha de superfície reflorestada, correspondendo a 0,28% da área total municipal. Quando comparados aos 17,5% correspondentes à cobertura vegetal original contabilizada para o Estado de São Paulo, decorrente da somatória de mais de 300 mil fragmentos, podese afirmar que a vegetação original remanescente do município de Pirassununga é bem reduzida. 2.1.8 Uso e Ocupação do Solo O uso e ocupação da terra são o reflexo de atividades econômicas, como a industrial e comercial entre outras, que são responsáveis por alterações na qualidade da água, do ar, do solo e de outros recursos naturais, que interferem diretamente na qualidade de vida da população. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -17Na análise do uso do solo uma das principais categorias a ser analisada é a divisão do território em zonas urbanas e zonas rurais. Segundo a relação dos setores censitários do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, o município tinha duas áreas urbanas, do distrito sede e do distrito Cachoeira de Emas, conforme indicado na Figura 2.1. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -18- lustração 2.2 - Macrodrenagem Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -19- Figura 2.1 – Setores do município de Pirassununga, segundo o Censo do IBGE. Fonte: IBGE (2010) O município Pirassununga, tem uma superfície territorial de 725,8 km², sendo 565,5 km² correspondentes ao distrito sede de Pirassununga e 160,3 km², ao distrito de Cachoeira de Emas. Segundo projeções do SEADE para 2013, a população do município totaliza 72.022 habitantes, atingindo densidade média de 97,9 hab./km². Em 2010, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE o distrito sede contava com 63.309 habitantes e o distrito de Cachoeira de Emas, com 6.772 habitantes, resultando densidades médias de 111,9 hab./km² e 42,3 hab./km², respectivamente. As densidades de ocupação do território, por setores censitários, registradas pelo Censo de 2010 acham-se representadas na Figura 2.2. Verifica-se que as maiores densidades, ou seja, as densidades superiores a 3.000 hab./km² ou 30 hab./ha se localizam na sede do distrito de Pirassununga, e apenas num pequeno setor urbano do distrito de Cachoeira de Emas. Nos demais setores urbanos das sedes distritais a densidade varia entre 200 e 3.000 hab./km² ou entre 2 e 30 hab./ha. Apenas um setor rural do distrito sede de Pirassununga possui densidade de 2 a 5 hab./ha, os demais loteamentos de chácaras foram subsumidos nos setores rurais e, assim, têm Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -20suas densidades diluídas no computo geral dos amplos setores censitários que os contêm, ficando assim necessariamente com densidades extremamente baixas, inferiores a 2 hab./ha. Figura 2.2 - Densidades residenciais por setores censitários do município de Pirassununga. Fonte: IBGE (2010) 2.2 ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS 2.2.1 Dinâmica Populacional Este item visa analisar o comportamento populacional, tendo como base os seguintes indicadores demográficos 1: ♦ porte e densidade populacional; ♦ taxa geométrica de crescimento anual da população; e 1 Conforme os dados disponíveis nos sites do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE. Ressalta-se que os valores estimados pelo SEADE são da mesma ordem de grandeza dos valores publicados pelo IBGE, a partir do Censo Demográfico realizado em 2010. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -21♦ grau de urbanização do município. Em termos populacionais, Pirassununga pode ser considerado um município de médio porte. Com uma população de 70.036 habitantes, representa 11,2% do total populacional da Região de Governo (RG) de Limeira, com 626.433 habitantes. Sua extensão territorial de 727,12 km² impõe uma densidade demográfica de 97,40 hab./km², inferior às densidades da RG de 216,94 hab./km² e do Estado de 168,96 hab./km². Na dinâmica da evolução populacional, Pirassununga apresenta uma taxa geométrica de crescimento anual de 0,56% ao ano (2000-2010), inferior às médias da RG de 0,92% a.a. e do Estado, de 0,87% a.a.. Com uma taxa de urbanização de 91,63%, o município de Pirassununga apresenta índice inferior à RG de 95,59% e ao Estado de 95,94%. O Quadro 2.2 a seguir apresenta as principais características demográficas. QUADRO 2.2 – P RINCIP AIS AS P ECTOS DEMOGRÁFICOS DO MUNICÍP IO, REGIÃO DE GOVERNO E ES TADO - 2010 Unidade territorial População total (hab.) 2010 População urbana Taxa de urbanização (%) 2010 Área (km²) Densidade (hab./km²) Taxa geométrica de crescimento 2000-2010 (% a.a.) Pirassununga 70.036 64.175 91,63 727,12 97,40 0,56 RG de Limeira 626.433 598.821 95,59 2.941,15 216,94 0,92 Estado de São Paulo 41.223.683 39.548.206 95,94 248.223,21 168,96 0,87 Fonte: Fundação SEADE. 2.2.2 Características Econômicas Visando conhecer os segmentos econômicos mais representativos do município, em termos de sua estrutura produtiva e o peso dessa produção no total do Estado, foi realizada uma breve análise comparativa entre as unidades territoriais, privilegiando a participação dos setores econômicos no que tange ao Valor Adicionado Setorial (VA) na totalidade do Produto Interno Bruto (PIB), sua participação no Estado e o PIB per capita. Apesar do município de Pirassununga ter sido classificado com perfil agropecuário com relevância no Estado 2, o setor de serviços apresenta maior participação no PIB do município, seguido da indústria e, por fim, a agropecuária. Na RG e no Estado, a 2 A tipologia do PIB dos municípios paulistas considera o peso relativo da atividade econômica dentro do município e no Estado e, por meio de análise fatorial, identifica sete agrupamentos de municípios com comportamento similar. Os agrupamentos são os seguintes: perfil agropecuário com relevância no Estado; perfil industrial; perfil agropecuário; perfil multissetorial; perfil de serviços da administração pública; perfil industrial com relevância no Estado e perfil de serviços. SEADE, 2010. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -22participação dos setores segue a mesma ordem de relevância nos PIBs correspondentes, conforme pode ser observado no Quadro 2.3. O valor do PIB per capita em Pirassununga (2010) é de R$23.616,76 por hab./ano, não superando o valor da RG que é de R$24.277,92 e nem o PIB per capita estadual de R$30.264,06. A representatividade de Pirassununga no PIB do Estado é de 0,13%, o que demonstra média expressividade, considerando que a Região de Governo de Limeira participa com 1,22%. QUADRO 2.3 – P ARTICIP AÇÃO DO VALOR ADICIONADO S ETORIAL NO P IB TOTAL* E O P IB P ER CAP ITA - 2010 Participação do Valor Adicionado (%) PIB (a preço corrente) Unidade territorial Serviços Agropecuária Indústria PIB (milhões de reais) PIB per capita (reais) Participação no Estado (%) Pirassununga 60,91 10,78 28,30 1.645,02 23.616,76 0,13 RG de Limeira 61,96 4,11 33,93 15.208,49 24.277,92 1,22 Estado de São Paulo 69,05 1,87 29,08 1.247.595,93 30.264,06 100,00 Fonte: Fundação SEADE. *Série revisada conforme procedimentos metodológicos adotados pelo IBGE, a partir de 2007. Dados de 2010 sujeitos a revisão. ♦ Emprego e Renda Neste item, serão relacionados os valores referentes ao mercado de trabalho e poder de compra da população de Pirassununga. Segundo estatísticas do Cadastro Central de Empresas de 2011, em Pirassununga há um total de 2.954 unidades locais, considerando que 2.729 são empresas atuantes, com um total de 25.695 pessoas ocupadas sendo destas, 22.241 assalariadas, com salários e outras remunerações somando 519.125 mil reais. O salário médio mensal no município é de 3,2 salários mínimos. Ao comparar a participação dos vínculos empregatícios dos setores econômicos, no total de vínculos, em Pirassununga, observa-se que a maior representatividade fica por conta do setor de serviços com 41,30%, seguido da indústria com 20,90%, do agropecuário com 18,20%, do comércio com 17,70% e, por fim, a construção civil com 1,90%. Na RG, a maior representatividade é do setor da indústria, seguido dos serviços, comércio, agropecuário e construção civil. No Estado o setor de serviços é mais relevante que a indústria e a construção civil mais relevante que o agropecuário. O Quadro 2.4 apresenta a participação dos vínculos empregatícios dos setores econômicos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -23QUADRO 2.4 – P ARTICIP AÇÃO DOS VÍNCULOS EMP REGATÍCIOS P OR S ETOR (%) - 2011 Unidade territorial Agropecuário Comércio Construção Civil Indústria Serviços Pirassununga 18,20 17,70 1,90 20,90 41,30 RG de Limeira 5,30 20,80 4,30 36,60 33,00 Estado de São Paulo 2,70 19,30 5,50 20,90 51,60 Fonte: Fundação SEADE. Ao comparar o rendimento médio de cada setor nas unidades territoriais, observa-se que a indústria e os serviços detêm os maiores valores. A construção civil é o setor que apresenta valor mais baixo no município. E a agropecuária por sua vez, apresenta o valor mais baixo na RG e no Estado. Em Pirassununga, o rendimento mais relevante foi registrado no setor de serviços. Já na RG e no Estado, o rendimento mais relevante ocorreu na indústria. Os valores maiores de rendimento para os setores são encontrados no Estado e RG respectivamente, quando comparado ao município. Para os setores da indústria e serviços, o município possui maior valor que a RG. Quanto ao rendimento médio total, Pirassununga detém o segundo maior valor dentre as unidades, conforme o Quadro 2.5. QUADRO 2.5 – RENDIMENTO MÉDIO NOS VÍNCULOS EMP REGATÍCIOS POR S ETOR E TOTAIS (EM REAIS CORRENTES ) - 2011 Unidade territorial Agropecuário Comércio Construção Civil Indústria Serviços Rendimento Médio no Total Pirassununga 1.079,64 1.223,31 1.067,52 2.123,49 2.209,41 1.794,87 RG de Limeira 1.090,21 1.286,81 1.704,91 2.113,17 1.740,51 1.747,52 Estado de São Paulo 1.234,37 1.590,37 1.903,48 2.548,90 2.309,60 2.170,16 Fonte: Fundação SEADE. ♦ Finanças Públicas Municipais A análise das finanças públicas está fortemente vinculada à base econômica dos municípios, ou seja, o patamar da receita orçamentária e de seus dois componentes básicos: a receita corrente e a receita tributária, bem como o Imposto Sobre Serviço – ISS são funções diretas do porte econômico e populacional dos municípios. Para tanto, convencionou-se analisar a participação da receita tributária e o ISS na receita total do município, em comparação ao que ocorre na RG. De início, nota-se que a participação da receita tributária é a fonte de renda mais relevante em Pirassununga, assim como na RG. Ao comparar os percentuais de participação, em Pirassununga a receita tributária representa 20% da receita corrente, enquanto na RG, 17% da receita. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -24Situação semelhante ocorre com a participação do ISS nas receitas correntes nas duas unidades territoriais, sendo que, no município, a contribuição é de 11%, e na RG, de 7%. Os valores das receitas para o Estado não estão disponíveis. O Quadro 2.6 a seguir apresenta os valores das receitas no município e na RG. QUADRO 2.6 – P ARTICIP AÇÕES DA RECEITA TRIBUTÁRIA E DO IS S NA RECEITA CORRENTE (EM REAIS ) - 2012 Unidade territorial Receitas Correntes (total) Total da Receita Tributária Participação da Receita Tributária na Receita Total Arrecadação de ISS Participação do ISS na Receita Total Pirassununga 161.621.405,00 32.061.319,00 20% 17.169.309,00 11% RG de Limeira 1.508.102.177,00 262.769.932,00 17% 111.200.777,00 7% Fonte: Fundação SEADE. 2.2.3 Infraestrutura Urbana e Social A seguir, serão relacionadas às estruturas disponíveis à circulação e dinâmica das atividades sociais e produtivas, além da indicação a respeito do atendimento às necessidades básicas da população pelo setor público em Pirassununga. ♦ Sistema Viário O sistema viário de Pirassununga é composto principalmente pelas Rodovias Prefeito Euberto Nemésio Pereira de Godoy (SP-201), Deputado Rogãs Ferreira/ Cyro Albuquerque (SP-225), SP-328 e Anhanguera (SP-330), além das Estradas do Bom Retiro, São Domingos e Estrada Vicinal Santa Cruz das Palmeiras. ♦ Energia Segundo a Fundação SEADE, o município de Pirassununga registrou em 2009 um total de 26.332 consumidores de energia elétrica, que fizeram uso de 162.578 MWh. Em 2010, foi registrado um total de 27.324 consumidores, o que representa um aumento de 3,8% em relação ao ano anteriormente analisado. Esse aumento é acima dos 2,7% apresentado na RG e do Estado com 2,5%. Isso repercutiu diretamente no acréscimo do consumo de energia que, em 2010, passou para 177.019 MWh, o que significa um aumento de 8,9%, superior ao registrado na RG de 6,4% e no Estado, de 5,9%. ♦ Saúde Em Pirassununga, segundo dados do IBGE (2009), há 39 estabelecimentos de saúde, no qual 23 são públicos municipais, 2 públicos federais e 14 são privados e destes, 2 atendem também o SUS. No entanto há no município apenas 2 estabelecimentos que possuem o Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -25serviço de internação, sendo um público federal, que possui 20 leitos e o outro privado, com 92 leitos disponíveis e que atendem também o SUS. Em relação à taxa de mortalidade infantil, destaca-se o fato de Pirassununga apresentar aumento nos índices em 2010 e queda em 2011. Na RG há aumento das taxas durante todo o período, tendência contrária é apresentada no Estado. O Quadro 2.7 apresenta os índices. QUADRO 2.7 – TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL* – 2009, 2010 E 2011 Unidade territorial 2009 2010 2011 Pirassununga 14,84 15,29 6,56 RG de Limeira 11,77 12,42 13,53 Estado de São Paulo 12,48 11,86 11,55 Fonte: Fundação SEADE. *Relação entre os óbitos de menores de um ano residentes numa unidade geográfica, num determinado período de tempo (geralmente um ano) e os nascidos vivos da mesma unidade nesse período. ♦ Ensino Segundo informações do IBGE (2012), há no município 22 estabelecimentos de ensino préescolar, sendo que 17 deles são públicos municipais e 5 são privados. A rede pública recebeu ao todo 1.293 matrículas e a privada, 248. As escolas públicas dispõem de 67 professores, enquanto que as privadas, de 19. O ensino fundamental é oferecido em 35 estabelecimentos e destes, 17 são públicos municipais, 10 estaduais e 8 privados. As escolas públicas municipais foram responsáveis por 3.394 matrículas, as estaduais por 2.934 e as privadas, por 2.464. A rede pública municipal possui 175 profissionais, a estadual 176 e a privada, 175. O ensino médio é oferecido em 14 estabelecimentos em Pirassununga. Destes, 7 são estaduais e 7 privados. A rede estadual recebeu ao todo 2.088 matrículas e possui 162 professores e a rede privada, possui 910 alunos matriculados e dispõe de 113 profissionais. A taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade permite traçar o perfil municipal em relação à educação. Assim, Pirassununga, com uma taxa de 4,04%, possui menor número de analfabetos do que a RG e o Estado. Os valores das taxas das três unidades territoriais estão apresentados no Quadro 2.8. QUADRO 2.8 – TAXA DE ANALFABETIS MO* – 2011 Unidade territorial Taxa de Analfabetismo da População de 15 anos e mais (%) Pirassununga 4,04 RG de Limeira 4,84 Estado de São Paulo 4,33 Fonte: Fundação SEADE. *Consideram-se como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -26Segundo o índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB 3, indicador de qualidade educacional do ensino público que combina rendimento médio (aprovação) e o tempo médio necessário para a conclusão de cada série, em Pirassununga o índice obtido foi de 6,0 para os anos iniciais da educação escolar e 4,4 para os anos finais. 2.2.4 Qualidade de Vida e Desenvolvimento Social O perfil geral do grau de desenvolvimento social de um município pode ser avaliado com base nos indicadores relativos à qualidade de vida, representados também pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS. Esse índice sintetiza a situação de cada município, no que diz respeito à riqueza, escolaridade, longevidade e, desde a edição de 2008, foram incluídos dados sobre meio ambiente, conforme apresentado no item seguinte. Tratava-se de um instrumento de políticas públicas, desenvolvido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, numa parceria entre o seu Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a Fundação SEADE. Reconhecido pela ONU e outras unidades da federação, permite a avaliação simultânea de algumas condições básicas de vida da população. O IPRS, como indicador de desenvolvimento social e econômico foi atribuído aos 645 municípios do Estado de São Paulo, classificando-os em 5 grupos. Nos anos de 2008 e 2010 Pirassununga classificou-se no grupo 2, que agrega os municípios bem posicionados na dimensão riqueza, mas com deficiência em pelo menos um dos indicadores sociais. Em síntese, no âmbito do IPRS, o município registrou avanços em todos os indicadores. Em termos de dimensões sociais, os escores de riqueza e longevidade são inferiores à média do Estado e nos quesitos escolaridade o escore é superior à média estadual. O Quadro 2.9 apresenta o IPRS do município. QUADRO 2.9 – ÍNDICE P AULIS TA DE RES P ONS ABILIDADE S OCIAL – IP RS – POS IÇÃO NO ES TADO EM 2008 E 2010 IPRS 2008 2010 Riqueza 137ª 114ª Longevidade 442ª 435ª Escolaridade 374ª 308ª Comportamento das variáveis Pirassununga somou pontos em seu escore de riqueza no último período e avançou posições nesse ranking. Entretanto, seu índice situa-se abaixo do nível médio estadual. Pirassununga realizou avanços nesta dimensão, somando um ponto no indicador agregado. Seu escore é inferior à média estadual e o município conquistou posições no ranking. Entre 2008 e 2010 o município aumentou seu indicador agregado de escolaridade e melhorou sua posição no ranking. Seu escore é superior ao nível médio do Estado. Fonte: Fundação SEADE. 3 O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, é um indicador de qualidade que combina informações de desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb) – obtido pelos estudantes ao final das etapas de ensino (os anos iniciais são representados pelos 1º ao 5º ano e os anos finais, do 6º ao 9º anos) – com informações sobre rendimento escolar (aprovação), pensado para permitir a combinação entre rendimento escolar e o tempo médio necessário para a conclusão de cada série. Como exemplo, um IDEB 2,0 para uma escola A é igual à média 5,0 de rendimento pelo tempo médio de 2 anos de conclusão da série pelos alunos. Já um IDEB 5,0 é alcançado quando o mesmo rendimento obtido é relacionado a 1 ano de tempo médio para a conclusão da mesma série na escola B. Assim, é possível monitorar programas e políticas educacionais e detectar onde deve haver melhoria. Fonte: MEC – INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -272.3 ASPECTOS AMBIENTAIS Este item reúne elementos que permitem avaliar preliminarmente as condições do meio ambiente do município no que diz respeito ao cumprimento de normas, legislação e instrumentos que visem o bem-estar da população e o equilíbrio entre processos naturais e os socioeconômicos. No que diz respeito ao indicador meio ambiente, as características de Pirassununga estão apresentadas no Quadro 2.10 a seguir. QUADRO 2.10 – INDICADORES AMBIENTAIS Tema Conceitos Organização para questões ambientais Unidade de Conservação Ambiental Municipal Legislação Ambiental (Lei de Zoneamento Especial de Interesse Ambiental ou Lei Específica para Proteção ou Controle Ambiental) Existência de Unidade Administrativa Direta (Secretaria, diretoria, coordenadoria, departamento, setor, divisão, etc.) Existênci a Sim Não Não Fonte: Fundação SEADE. No município de Pirassununga, às margens do rio Mogi Guaçu, está localizado o Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros Continentais (CEPTA), criado em setembro de 1978 através da Portaria n°649-G. O Centro tem como objetivo executar ações voltadas para a conservação e preservação de peixes continentais, o controle de espécies invasoras, o licenciamento para pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e difusão das informações. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -283. POPULAÇÕES, DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES DOS SISTEMAS Apresentam-se, a seguir, dados resumidos relativos às populações atendidas e às respectivas demandas e contribuições dos serviços de saneamento básico ao longo do período de planejamento (2016 a 2035). 3.1 PROJEÇÕES POPULACIONAIS PROJETO 3.1.1 Projeções Populacionais e de Domicílios relativos à Área de Projeto E DE DOMICÍLIOS RELATIVOS À ÁREA DE Uma vez que o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Pirassununga foi concluído em maio de 2015, antes do término e aprovação do presente PMSB, identificou-se a necessidade de compatibilização das projeções populacionais com o mesmo. Conforme PMGIS, para a estimativa de progressão populacional na área urbana, optou-se pelo o uso do crescimento logístico devido à maior proximidade da taxa de crescimento verificada pelos dados do IBGE anteriores a 2010. A área rural, por sua vez, apresenta redução da população. Assim, para a estimativa de progressão da populacional rural, optouse pelo método de progressão geométrica. A partir dos dados verificados para os anos de 2000 e 2010, a projeção da população foi refeita adotando-se os mesmos métodos de cálculo estabelecidos no PMGIRS: • População urbana: Método da Curva Logística (a partir dos dados de 1980, 1990 e 2000) • População rural: Método de Progressão Geométrica (a partir dos dados de 2000 e 2010) A projeção populacional para o município de Pirassununga pode ser visualizada no Quadro 3.1. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -29QUADRO 3.1 – EVOLUÇÃO P OP ULACIONAL E DE DOMICÍLIOS ADOTADA – P IRAS S UNUNGA - S EQUÊNCIA ANO A ANO - 2011 A 2035 População População População Domicílios Domicílios Domicílios Total (hab.) Urbana (hab.) Rural (hab.) Totais (un.) Urbanos (un.) Rurais (un.) 2011 70.482 64.583 5.899 24.911 23.075 1.836 2012 70.869 64.938 5.931 25.047 23.202 1.846 2013 73.656 67.492 6.164 26.032 24.114 1.918 2014 75.925 70.543 5.382 26.879 25.205 1.675 2015 76.526 71.258 5.268 28.315 26.676 1.639 2016 77.101 71.945 5.156 27.310 25.706 1.604 2017 77.652 72.606 5.046 27.512 25.941 1.570 2018 78.178 73.239 4.939 27.705 26.168 1.537 2019 78.681 73.847 4.834 27.889 26.385 1.504 2020 79.160 74.429 4.732 28.065 26.593 1.472 2021 79.617 74.986 4.631 28.233 26.792 1.441 2022 80.051 75.519 4.533 28.393 26.982 1.410 2023 80.464 76.028 4.436 28.545 27.164 1.380 2024 80.857 76.515 4.342 28.689 27.338 1.351 2025 81.229 76.979 4.250 28.826 27.504 1.322 2026 81.581 77.422 4.160 28.957 27.662 1.294 2027 81.915 77.844 4.071 29.080 27.813 1.267 2028 82.231 78.247 3.985 29.197 27.957 1.240 2029 82.530 78.630 3.900 29.307 28.094 1.214 2030 82.812 78.994 3.817 29.412 28.224 1.188 2031 83.077 79.341 3.736 29.511 28.348 1.163 2032 83.328 79.671 3.657 29.604 28.466 1.138 2033 83.563 79.985 3.579 29.692 28.578 1.114 2034 83.785 80.282 3.503 29.774 28.684 1.090 2035 83.993 80.565 3.428 29.852 28.785 1.067 Ano Observa-se que no município de Pirassununga a maior parte da população urbana situa-se no Distrito Sede e parte situa-se no Distrito de Cachoeira de Emas. Da mesma forma, um pequeno percentual da população rural encontra-se no Bairro Mamonal, região onde são oferecidos serviços públicos de saneamento básico. Uma vez que os sistemas existentes precisarão ser analisados e projetados com base na população de cada distrito, há necessidade de se apresentar também tais projeções individualmente, realizadas com base dos percentuais de atendimento verificados no ano de 2010, a partir de dados de ligações de água. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -30QUADRO 3.2 – EVOLUÇÃO P OP ULACIONAL E DE DOMICÍLIOS ADOTADA –DIS TRITO S EDE - S EQUÊNCIA ANO A ANO - 2015 A 2035 Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 População (hab.) Domicílios (un.) 64.628 65.251 65.850 66.425 66.976 67.504 68.009 68.492 68.954 69.395 69.817 70.218 70.601 70.966 71.314 71.645 71.959 72.258 72.543 72.813 73.069 24.194 23.314 23.528 23.733 23.930 24.119 24.299 24.472 24.637 24.795 24.945 25.089 25.225 25.356 25.480 25.598 25.711 25.817 25.919 26.015 26.107 QUADRO 3.3 – EVOLUÇÃO P OP ULACIONAL E DE DOMICÍLIOS ADOTADA –DIS TRITO CACHOEIRA DE EMAS - S EQUÊNCIA ANO A ANO - 2015 A 2035 Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 População (hab.) Domicílios (un.) 6.630 6.694 6.755 6.814 6.871 6.925 6.977 7.026 7.074 7.119 7.162 7.204 7.243 7.280 7.316 7.350 7.382 7.413 7.442 7.470 7.496 2.482 2.392 2.414 2.435 2.455 2.474 2.493 2.511 2.527 2.544 2.559 2.574 2.588 2.601 2.614 2.626 2.638 2.649 2.659 2.669 2.678 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -31QUADRO 3.4 – EVOLUÇÃO P OP ULACIONAL E DE DOMICÍLIOS ADOTADA –BAIRRO MAMONAL - S EQUÊNCIA ANO A ANO - 2015 A 2035 Ano 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 População (hab.) Domicílios (un.) 385 389 392 396 399 402 405 408 411 414 416 419 421 423 425 427 429 431 432 434 436 120 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 140 141 142 142 143 144 144 145 145 3.2 ESTUDO DE DEMANDAS E CONTRIBUIÇÕES 3.2.1 Sistema de Abastecimento de Água Os dados relativos às populações e demandas estimadas para o Sistema de Abastecimento de Água de Pirassununga encontram-se resumidos no Quadro 3.5 ao Quadro 3.7, a seguir, de forma global e separadamente para cada distrito. Deve-se ressaltar que as datas de referência relativas ao S.A.A. são as seguintes: 1) ano 2016 – início de planejamento; 2) ano 2017 – data limite para implantação das obras de emergência; 3) ano 2019 – data limite para implantação das obras de curto prazo; 4) ano 2023 – data limite para implantação das obras de médio prazo; 5) ano 2035 – data limite para implantação das obras de longo prazo e horizonte de planejamento do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -32Com relação ao Programa de Redução de Perdas, que prevê a redução das perdas reais e aparentes para 29% até 2035, deve-se ressaltar a consequente redução dos volumes produzidos, com economia em energia elétrica, produtos químicos, etc. Para se ter uma ideia do valor aproximado da redução dos volumes produzidos, simularam-se duas situações, onde se consideram as demandas médias do sistema: ♦ Situação 1 – adotando-se uma redução global de perdas de 48,2% (valor de 2015 para o sistema global) para 29,0% (valor previsto para 2035), conforme planejado nesse PMSB; ♦ Situação 2 – considerando-se nenhuma redução de perdas, mantendo-se o índice do ano de 2015 durante todo o período de planejamento (48,2%), admitindo-se que não seja implantado nenhum programa de redução de perdas. Ainda, é valido destacar que as vazões foram calculadas estimando-se um consumo per capita médio de 200 l/s. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -33QUADRO 3.5 – P OP ULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS , DEMANDAS E VOLUMES DE RES ERVAÇÃO NECES S ÁRIOS – P IRAS S UNUNGA - TOTAL - 2015 A 2035 Populações e Porcentagens de Atendimento População Urbana Total (hab.) Atendimento (%) Índice de Perdas COM redução (%) 71.643 74.831 77.395 79.421 81.001 100 100 100 100 100 48,2 43,4 38,6 33,8 29,0 Ano 2015 2020 2025 2030 2035 Vazões Disponibilizadas/Volumes de Reservação Necessários COM redução de perdas Qmédia (L/s) Qmáx.dia (L/s) Qmáx.hora (L/s) Volume (m³) 320,23 306,14 291,90 277,85 264,09 353,40 340,78 327,73 314,62 301,59 452,9 444,7 435,2 424,9 414,09 10.178 9.815 9.439 9.061 8.686 Índice de Perdas SEM redução (%) 48,2 48,2 48,2 48,2 48,2 Vazões Disponibilizadas/Volumes de Reservação Necessários SEM redução de perdas Qmédia (L/s) Qmáx.dia (L/s) Qmáx.hora (L/s) Volume (m³) 320,23 334,48 345,94 355,00 362,06 353,40 369,12 381,77 391,77 399,56 425,4 444,4 459,7 471,8 481,18 10.178 10.631 10.995 11.283 11.507 QUADRO 3.6 – P OP ULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS , DEMANDAS E VOLUMES DE RES ERVAÇÃO NECES S ÁRIOS DIS TRITO S EDE - 2015 A 2035 Vazões Disponibilizadas/Volumes de Reservação Necessários COM redução de perdas Qmédia (L/s) Qmáx.dia (L/s) Qmáx.hora (L/s) Vol. m³ Índice de Perdas SEM redução (%) 48,4 291,71 321,81 412,1 9.268 100 43,6 278,53 309,97 404,3 70.233 100 38,7 265,30 297,82 2030 72.072 100 33,9 252,30 2035 73.505 100 29,0 239,65 Populações e Porcentagens de Atendimento Ano População Urbana Total (hab.) Atendimento (%) 2015 65.013 100 2020 67.906 2025 Índice de Perdas COM redução (%) Vazões Disponibilizadas/Volumes de Reservação Necessários SEM redução de perdas Qmédia (L/s) Qmáx.dia (L/s) Qmáx.hora (L/s) Vol. m³ 48,4 291,71 321,81 412,1 9.268 8.927 48,4 304,69 336,13 430,5 9.680 395,4 8.577 48,4 315,13 347,65 445,3 10.012 285,67 385,8 8.227 48,4 323,38 356,75 457,0 10.274 273,68 375,77 7.882 48,4 329,8 363,8 466,2 10.479 * Inclui o Bairro Mamonal Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -34QUADRO 3.7 – P OP ULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS , DEMANDAS E VOLUMES DE RES ERVAÇÃO NECES S ÁRIOS DIS TRITO CACHOEIRA DE EMAS - 2015 A 2035 Vazões Disponibilizadas/Volumes de Reservação Necessários COM redução de perdas Qmédia (L/s) Qmáx.dia (L/s) Qmáx.hora (L/s) Vol. m³ Índice de Perdas SEM redução (%) 46,2 28,52 31,59 40,8 910 100 41,9 27,60 30,81 40,43 7.162 100 37,7 26,60 29,91 2030 7.350 100 33,4 25,55 2034 7.496 100 29,0 24,44 Populações e Porcentagens de Atendimento Ano População Urbana Total (hab.) Atendimento (%) 2015 6.630 100 2020 6.925 2025 Índice de Perdas COM redução (%) Vazões Disponibilizadas/Volumes de Reservação Necessários SEM redução de perdas Qmédia (L/s) Qmáx.dia (L/s) Qmáx.hora (L/s) Vol. m³ 46,2 28,52 31,59 13,3 910 887 46,2 29,79 33,00 13,9 950 39,86 862 46,2 30,81 34,13 14,4 983 28,95 39,16 834 46,2 31,62 35,02 14,7 1.009 27,91 38,32 804 46,2 32,25 35,72 15,0 1.029 * Inclui a Vila Santa Fé Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -35Para melhor visualização, os gráficos a seguir apresentam valores verificados para o distrito Sede (que engloba o Bairro Mamonal) em relação à evolução da população, à evolução das demandas médias e máximas diárias e à evolução dos volumes de reservação necessários ao longo do período de planejamento. 76.000 74.000 72.000 70.000 68.000 66.000 64.000 62.000 60.000 Populações Atendidas 2015 2020 2025 2030 2035 65.013 67.906 70.233 72.072 73.505 Gráfico 3.1 – Populações Atendidas no Distrito Sede (hab.) x Anos de Planejamento. Para permitir a comparação entre o cenário com redução de perdas e o cenário sem redução de perdas, a evolução das vazões médias a serem produzidas encontra-se no Gráfico 3.2 a seguir: VAZÕES MÉDIAS A SEREM PRODUZIDAS (L/S) X ANOS DE PLANEJAMENTO 340 320 300 280 260 240 220 200 2015 2020 2025 2030 2035 Sem redução de perdas 291,71 304,69 315,13 323,38 329,81 Com redução de perdas 291,71 278,53 265,30 252,30 239,65 Gráfico 3.2 – Vazões Médias a serem produzidas (L/s) no Distrito Sede. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -36370 350 330 310 290 270 250 2015 2020 2025 2030 2035 Capac. Produção Existente 345 345 345 345 345 Demandas Máximas Diárias sem redução de perdas 321,81 336,13 347,65 356,75 363,84 Demandas Máximas Diárias com redução de perdas 321,81 309,97 297,82 285,67 273,68 Gráfico 3.3 – Demandas Máximas Diárias (L/s) x Capacidade de Produção (L/s) x Anos de Planejamento – Distrito Sede. 13.000 12.000 11.000 10.000 9.000 8.000 7.000 6.000 2015 2020 2025 2030 2035 Vol. Reserv Existente 12.300 12.300 12.300 12.300 12.300 Vol. Reserv Necessário sem redução de perdas 9.268 9.680 10.012 10.274 10.479 Vol. Reserv Necessário com redução de perdas 9.268 8.927 8.577 8.227 7.882 Gráfico 3.4 – Volumes de Reservação Necessários (m³) x Volume de Reservação Planejado (m³) x Anos de Planejamento – Distrito Sede. A análise dos dados permite se chegar às seguintes conclusões principais, considerandose o sistema do distrito Sede: ♦ haverá um acréscimo de populações urbanas atendidas de 8.491 hab. entre 2015 e 2035, correspondendo a um porcentual de 11,55% durante o período de 2015 a 2035; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -37♦ Considerando-se a redução de perdas para 29%, as demandas máximas diárias e os volumes de reservação necessários deverão decrescer cerca de 17,59% durante o período 2015 a 2035; ♦ a capacidade de produção atual, dada pela capacidade de tratamento das ETAs, não será suficiente considerando-se um cenário de não redução de perdas. No entanto, a capacidade se mostra suficiente para atender a demanda em um cenário com redução de perdas. Em relação ao Distrito Cachoeira de Emas, que engloba a Vila Santa Fé, apresentam-se a seguir os gráficos de evolução da população, evolução das demandas médias e máximas diárias e evolução dos volumes de reservação necessários ao longo do período de planejamento. 7.600 7.400 7.200 7.000 6.800 6.600 6.400 6.200 6.000 Populações Atendidas 2015 2020 2025 2030 2035 6.630 6.925 7.162 7.350 7.496 Gráfico 3.5 – Populações Atendidas no Distrito Cachoeira de Emas (hab.) x Anos de Planejamento. Para permitir a comparação entre os cenários com redução de perdas e sem redução de perdas, a evolução das vazões médias a serem produzidas encontra-se reproduzida no Gráfico 3.2 a seguir: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -3834 32 30 28 26 24 22 20 2015 2020 2025 2030 2035 Sem redução de perdas 28,52 29,79 30,81 31,62 32,25 Com redução de perdas 28,52 27,60 26,60 25,55 24,44 Gráfico 3.6 – Vazões Médias a serem produzidas (L/s) no Distrito Cachoeira de Emas. 55 50 45 40 35 30 25 20 2015 2020 2025 2030 2035 Capac. Produção Existente 35 35 35 35 50 Demandas Máximas Diárias sem redução de perdas 31,59 33,00 34,13 35,02 35,72 Demandas Máximas Diárias com redução de perdas 31,59 30,81 29,91 28,95 27,91 Gráfico 3.7 – Demandas Máximas Diárias (L/s) x Capacidade de Produção (L/s) x Anos de Planejamento – Distrito Cachoeira de Emas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -391.300 1.200 1.100 1.000 900 800 700 600 2015 2020 2025 2030 2035 1.240 1.240 1.240 1.240 1.240 Vol. Reserv Necessário sem redução de perdas 910 950 983 1.009 1.029 Vol. Reserv Necessário com redução de perdas 910 887 862 834 804 Vol. Reserv Existente Gráfico 3.8 – Volumes de Reservação Necessários (m³) x Volume de Reservação Planejado (m³) x Anos de Planejamento – Distrito Cachoeira de Emas. A análise dos dados permite se chegar às seguintes conclusões principais, considerandose o sistema do distrito Cachoeira de Emas: ♦ haverá um acréscimo de populações urbanas atendidas de 866 hab. entre 2015 e 2035, correspondendo a um porcentual de 11,55% durante o período de 2015 a 2035; ♦ considerando-se a redução de perdas para 29%, as demandas máximas diárias e os volumes de reservação necessários deverão decrescer cerca de 13,19% durante o período 2015 a 2035. Observa-se que o volume atual é capaz de suprir a demanda do início ao final de plano; ♦ a capacidade de produção atual, dada pela capacidade de tratamento das ETAs, não será suficiente a partir do ano 2030 considerando-se um cenário de não redução de perdas. Neste cenário seria necessário de fato implantar as obras de ampliação da ETA. No entanto, a capacidade de tratamento se mostra suficiente para atender a demanda em um cenário com redução de perdas. 3.2.2 Sistema de Esgotos Sanitários Os dados relativos às populações e demandas estimadas para o Sistema de Esgotos Sanitários de Pirassununga encontram-se resumidos nos Quadros a seguir, de forma global e separadamente para cada distrito. Deve-se ressaltar que as datas de referência relativas ao S.E.S. são as seguintes: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -40♦ ano 2016 – início de planejamento; ♦ ano 2017 – data limite para implantação das obras de emergência; ♦ ano 2019 – data limite para implantação das obras de curto prazo; ♦ ano 2023 – data limite para implantação das obras de médio prazo; ♦ ano 2035 – data limite para implantação das obras de longo prazo e horizonte de planejamento do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). As vazões foram calculadas estimando-se uma contribuição per capita média de 160 l/s e uma vazão de infiltração de 0,2 l/(s.km). QUADRO 3.8 – P OP ULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS , CONTRIBUIÇÕES DE VAZÃO E CARGA ORGÂNICA – P IRAS S UNUNGA – TOTAL - 2015 A 2035 Populações e Porcentagens de Atendimento Ano População Urbana Total (hab.) Contribuições de Vazão e Carga Orgânica Atendimento Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora (%) (L/s) (L/s) (L/s) Carga Orgânica (Kg DBO/dia) 2015 71.643 99,5 205,1 231,5 310,8 3849,4 2020 74.831 100 212,2 239,9 323,0 4040,9 2025 77.395 100 217,4 246,1 332,1 4179,3 2030 79.421 100 221,6 251,0 339,2 4288,8 2035 81.001 100 225,1 255,1 345,1 4374,0 QUADRO 3.9 – P OP ULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS , CONTRIBUIÇÕES DE VAZÃO E CARGA ORGÂNICA –– DIS TRITO S EDE - 2015 A 2035 Populações e Porcentagens de Atendimento Ano População Urbana Total (hab.) Contribuições de Vazão e Carga Orgânica Atendimento Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora (%) (L/s) (L/s) (L/s) Carga Orgânica (Kg DBO/dia) 2015 64.628 100 187,0 211,0 282,8 3489,9 2020 67.504 100 192,6 217,6 292,6 3645,2 2025 69.817 100 197,2 223,1 300,6 3770,1 2030 71.645 100 200,9 227,4 307,0 3868,8 2035 73.069 100 203,9 231,0 312,2 3945,7 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -41QUADRO 3.10 – P OP ULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS , CONTRIBUIÇÕES DE VAZÃO E CARGA ORGÂNICA – DIS TRITO CACHOEIRA DE EMAS - 2015 A 2035 Populações e Porcentagens de Atendimento Ano População Urbana Total (hab.) Contribuições de Vazão e Carga Orgânica Atendimento Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora (%) (L/s) (L/s) (L/s) Carga Orgânica (Kg DBO/dia) 2015 6.630 95 16,1 18,4 25,4 340,1 2020 6.925 100 17,4 20,0 27,7 374,0 2025 7.162 100 18,0 20,7 28,6 386,8 2030 7.350 100 18,5 21,2 29,4 396,9 2035 7.496 100 18,8 21,6 29,9 404,8 QUADRO 3.11 – P OP ULAÇÕES URBANAS TOTAIS E ATENDIDAS , CONTRIBUIÇÕES DE VAZÃO E CARGA ORGÂNICA – BAIRRO MAMONAL - 2015 A 2035 Populações e Porcentagens de Atendimento Ano População Urbana Total (hab.) Contribuições de Vazão e Carga Orgânica Atendimento Qmédia Qmáx.dia Qmáx.hora (%) (L/s) (L/s) (L/s) Carga Orgânica (Kg DBO/dia) 2015 385 100 2,0 2,2 2,6 20,8 2020 402 100 2,1 2,3 2,7 21,7 2025 416 100 2,2 2,3 2,8 22,5 2030 427 100 2,3 2,4 2,9 23,1 2035 436 100 2,3 2,5 2,9 23,5 Para melhor visualização, apresentam-se, nos gráficos a seguir, a evolução das populações urbanas totais e urbanas atendidas (que apresentam valores iguais no Distrito Sede e no Bairro Mamonal, já que o atendimento se mantém em 100% para todo o período de planejamento, e valor inicial referente a 95% de atendimento do Distrito Cachoeira de Emas, devido a não existir atualmente cobertura no Bairro do Limoeiro), a evolução das demandas médias diárias e a evolução das cargas orgânicas ao longo do período de planejamento. Os valores indicados nos gráficos referem-se aos sistemas do Município de Pirassununga individualmente – Distrito Sede, Distrito Cachoeira de Emas (que engloba a Vila Santa Fé) e Bairro Mamonal. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -4274.000 72.000 70.000 68.000 66.000 64.000 62.000 60.000 Populações Atendidas (hab.) 2015 2020 2025 2030 2035 64.628 67.504 69.817 71.645 73.069 Gráfico 3.9 – Populações Atendidas (hab.) x Anos de Planejamento – Distrito Sede. 400,0 350,0 300,0 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0 2015 2020 2025 2030 2035 Demandas Médias Diárias 187,0 192,6 197,2 200,9 203,9 Capac.Tratamento Existente 250,0 250,0 250,0 250,0 370,0 Gráfico 3.10 – Demandas Médias Diárias (L/s) x Capacidade de Tratamento (L/s) x Anos de Planejamento – Distrito Sede. Nota: A capacidade de tratamento, em termos de vazão média, foi estabelecida com base na capacidade indicada para a ETE Laranja Azeda. A análise dos dados permite-se chegar às seguintes conclusões para o Distrito Sede, considerando-se o sistema de esgotos coberto pelo sistema público: ♦ haverá um acréscimo de populações urbanas atendidas de 8.441 hab. entre 2015 e 2035, correspondendo a um porcentual de 11,55%; ♦ as demandas médias diárias e as cargas orgânicas terão um aumento de 8,27% e 11,55%, respectivamente, durante o período 2015 a 2035; ♦ as capacidades de tratamento, expressadas em termos de vazão média, são superiores às demandas estimadas durante todo o período de planejamento. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -43- 7.600 7.400 7.200 7.000 6.800 6.600 6.400 6.200 6.000 2015 2020 2025 2030 2035 População Total 6.630 6.925 7.162 7.350 7.496 Populações Atendidas 6.299 6.925 7.162 7.350 7.496 Gráfico 3.11 – Populações Atendidas (hab.) x Anos de Planejamento – Distrito Cachoeira de Emas. 20,0 19,0 18,0 17,0 16,0 15,0 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 2015 2020 2025 2030 2035 Demandas Médias Diárias 16,1 17,4 18,0 18,5 18,8 Capac.Tratamento Existente 12,0 12,0 12,0 12,0 12,0 Gráfico 3.12 – Demandas Médias Diárias (L/s) x Capacidade de Tratamento (L/s) x Anos de Planejamento – Distrito Cachoeira de Emas. Nota: A capacidade de tratamento, em termos de vazão média, foi estabelecida com base na capacidade indicada para a ETE Santa Fé. A análise dos dados permite-se chegar às seguintes conclusões para o Distrito Cachoeira de Emas, considerando-se o sistema de esgotos coberto pelo sistema público: ♦ haverá um acréscimo de populações urbanas atendidas de 1.197 hab. entre 2015 e 2035, correspondendo a um porcentual de 11,55%; ♦ as demandas médias diárias e as cargas orgânicas terão um aumento de 14,81% e 15,97%, respectivamente, durante o período 2015 a 2035; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -44♦ as capacidades de tratamento, expressadas em termos de vazão média, não são suficientes para atendimento das demandas durante o período de planejamento, apresentando um déficit de 6,8 l/s no fim de Plano. 460 440 420 400 380 360 340 320 300 Populações Atendidas (hab.) 2015 2020 2025 2030 2035 385 402 416 427 436 Gráfico 3.13 – Populações Atendidas (hab.) x Anos de Planejamento – Bairro Mamonal. 2,4 2,2 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 2015 2020 2025 2030 2035 Demandas Médias Diárias 2,0 2,1 2,2 2,3 2,3 Capac. Tratamento Existente 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 Gráfico 3.14 – Demandas Médias Diárias (L/s) x Capacidade de Tratamento (L/s) x Anos de Planejamento – Bairro Mamonal. Nota: A capacidade de tratamento, em termos de vazão média, foi estabelecida com base na capacidade indicada para a ETE Mamonal. A análise dos dados permite-se chegar às seguintes conclusões do Bairro Mamonal, considerando-se o sistema de esgoto coberto pelo sistema público: ♦ haverá um acréscimo de populações urbanas atendidas de 50 hab. entre 2015 e 2035, correspondendo a um porcentual de 11,55%; ♦ as demandas médias diárias e as cargas orgânicas terão ambas um aumento de 11,55% durante o período 2015 a 2035; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -45♦ a capacidade de tratamento, expressada em termos de vazão média é suficiente para atendimento da demanda do início de planejamento. No entanto, ao longo do horizonte do plano, o sistema é ligeiramente ineficiente para atendimento da vazão produzida, alcançando um déficit de apenas 0,3 l/s no ano 2035. 3.2.3 Sistema de Resíduos Sólidos 3.2.3.1 Critérios e Parâmetros Adotados O planejamento dos serviços de limpeza pública visa atingir os padrões de qualidade recomendáveis de limpeza das vias e logradouros públicos e assegurar a adequada destinação dos resíduos gerados. Como critério fundamental para o planejamento, encontra-se a universalização do atendimento às comunidades locais, independentemente das dificuldades impostas atualmente pelas condições em que se encontram. Além deste critério, também foram adotados, e até mesmo desenvolvidos quando inexistiam, critérios para medição da qualidade de serviços e para projeções de resíduos sólidos, conforme apresentado adiante. Boa parte dos critérios para medição de qualidade não podem ser aplicados à situação atual por não existirem informações disponíveis, mas, certamente, poderão ser aplicados em planejamentos futuros, possibilitando melhores avaliações do sistema. Assim, no momento atual, tais critérios servem de orientadores do passo-a-passo para se atingirem as metas almejadas. No que se refere às projeções de resíduos sólidos, foram utilizados os dados contidos no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do município de Pirassununga, concluído em maio/2015. 3.2.3.2 Projeção da Geração de Resíduos A projeção dos resíduos foi feita separadamente para resíduos sólidos domiciliares, resíduos de construção civil (inertes) e resíduos de serviços de saúde, uma vez que cada um destes segmentos apresenta aspectos específicos. Ainda, tais resíduos demandam medidas estruturais mais onerosas da Prefeitura para garantir um gerenciamento adequado. O diagnóstico detalhado dos outros tipos de resíduos, bem como ações mais específicas podem ser verificados nos relatórios do PMGIRS (2015). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -46 Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais (RSD) Conforme PMGIRS (2015), estima-se que a produção média diária de resíduos sólidos domiciliares e comerciais seja de 0,64 kg/hab.dia. Assim, as projeções anuais, calculadas a partir deste valor, são apresentadas no Quadro 3.12. QUADRO 3.12 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE RS D Município: Pirassununga Ano População (hab.) 2015 76.526 2016 77.101 2017 77.652 2018 78.178 2019 78.681 2020 79.160 2021 79.617 2022 80.051 2023 80.464 2024 80.857 2025 81.229 2026 81.581 2027 81.915 2028 82.231 2029 82.530 2030 82.812 2031 83.077 2032 83.328 2033 83.563 2034 83.785 2035 83.993 Projeção de RSD (ton/mês) 1.490 1.501 1.512 1.522 1.532 1.541 1.550 1.558 1.566 1.574 1.581 1.588 1.595 1.601 1.607 1.612 1.617 1.622 1.627 1.631 1.635 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) Segundo PMGIRS (2015), estima-se que sejam produzidos no município cerca de 140m³/dia de resíduos de construção civil, ou, 162 toneladas por dia. Aplicando-se a taxa estimada às populações projetadas ano a ano, obtiveram-se as projeções anuais dos resíduos da construção civil e demolição, conforme apresentado no Quadro 3.13. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -47QUADRO 3.13 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE RCC Município: Pirassununga Ano População (hab.) Projeção de RCC (ton/mês) Projeção de RCC (m3/mês) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 4.927,50 4.964,55 5.000,01 5.033,90 5.066,26 5.097,12 5.126,52 5.154,50 5.181,10 5.206,36 5.230,32 5.253,03 5.274,53 5.294,87 5.314,09 5.332,24 5.349,35 5.365,47 5.380,65 5.394,93 5.408,34 4.141,70 4.172,84 4.202,65 4.231,13 4.258,33 4.284,27 4.308,99 4.332,50 4.354,86 4.376,09 4.396,23 4.415,32 4.433,39 4.450,49 4.466,64 4.481,89 4.496,28 4.509,83 4.522,59 4.534,59 4.545,86 Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) A geração dos resíduos de serviços de saúde não é proporcional à população residente porque os habitantes de municípios menos equipados recorrem a municípios vizinhos melhor dotados de unidades de saúde. Porém, pode-se notar que com raras exceções os equipamentos de saúde apresentam maiores concentrações quanto maior é a população dos municípios, o que permite que se considere que os efeitos da polarização podem ser compensados pela concentração demográfica. Cabe ressaltar que, as quantidades de RSS geradas nos municípios e abaixo apresentadas, referem-se apenas à parcela que necessitam de tratamento especial antes da disposição final, podendo ser citados os materiais perfurocortantes, os potencialmente infectantes e os químicos. Assim, optou-se por montar uma única curva para responder pela relação entre população e geração de RSS, conforme segue: Geração RSS = (População/22434)(1/0,5346) Os dados básicos de população e geração utilizados para a montagem da curva e a geração através dela projetada, possibilitando o cálculo do fator de ajuste, encontram-se apresentados no Quadro 3.14. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -48QUADRO 3.14 – CURVA GERAÇÃO RS S X P OP ULAÇÃO Municípios Geração Real 2012 (t/mês) População 2012 (hab.) Fator de Ajuste Aguaí Águas da Prata Águas de Lindóia Américo Brasiliense Araras Barrinha Conchal Cravinhos Descalvado Dumont Engenheiro Coelho Espírito Santo do Pinhal Estiva Gerbi Guariba Guatapará Itapira Jaboticabal Leme Lindóia Luiz Antônio Mogi Guaçu Mogi Mirim Monte Alto Motuca Pirassununga Pitangueiras Pontal Porto Ferreira Pradópolis Rincão Santa Cruz da Conceição Santa Cruz das Palmeiras Santa Lúcia Santa Rita do Passa Quatro Santo Antônio do Jardim São João da Boa Vista Serra Negra Sertãozinho Socorro Taquaral Vargem Grande do Sul 5,00 0,05 0,10 1,67 15,00 0,40 1,10 4,00 3,00 0,25 0,50 0,30 9,42 0,15 1,00 9,10 10,00 3,50 0,30 8,00 4,00 2,00 0,30 0,42 1,70 0,20 1,20 0,06 10,00 1,50 21,00 2,00 0,03 3,80 32.820 7.628 17.493 35.620 121.260 29.243 25.634 32.235 31.339 8.450 16.684 42.054 10.249 36.197 7.057 69.226 72.208 93.576 6.928 11.886 139.476 87.349 47.032 4.359 70.824 35.945 42.141 51.963 18.094 10.426 4.069 30.682 8.313 26.462 5.913 84.423 26.609 112.645 37.127 2.728 39.716 1,454 -0,624 -0,841 -0,295 -0,361 -0,756 0,016 -0,442 1,140 0,013 0,015 -0,074 0,082 -0,796 1,610 0,019 0,057 0,019 0,351 2,281 -0,702 -0,213 -0,124 5,428 -0,069 0,656 -0,385 0,018 0,015 0,258 9,236 -0,054 0,281 -0,119 -0,273 -0,162 0,090 0,026 -0,221 0,545 0,305 Aplicando as populações projetadas ano a ano na curva obtida, obtiveram-se as projeções anuais dos resíduos provenientes de serviços de saúde, conforme apresentado no Quadro 3.15. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -49QUADRO 3.15 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE RS S Município: Pirassununga 3.2.3.3 Ano População (hab.) Projeção de RSS (ton/mês) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 9,93 10,07 10,20 10,33 10,46 10,58 10,69 10,80 10,90 11,00 11,10 11,19 11,27 11,36 11,43 11,51 11,58 11,64 11,70 11,76 11,82 Reaproveitamento de Resíduos O reaproveitamento dos resíduos sólidos passou a ser compromisso obrigatório das municipalidades após a Lei Federal 12.305 de 02/08/10, referente à Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Desta forma, focou-se este aspecto nos resíduos sólidos domiciliares e nos resíduos da construção civil e demolição já que, devido aos riscos à saúde pública pela sua patogenicidade, os resíduos de serviços de saúde não são recicláveis. Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) A massa de resíduos sólidos domiciliares é formada por diversos componentes, como papéis, plásticos, metais, vidros, trapos, couros, borrachas, madeiras, terra, pedras e outros tipos de detritos, além da matéria orgânica presente nos restos de alimentos. Estes componentes vêm apresentando participação variável durante os anos, particularmente devido à evolução das embalagens, conforme pode ser observado no Quadro 3.16, que apresenta o exemplo do município de São Paulo. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -50QUADRO 3.16 – EVOLUÇÃO DA GRAVIMETRIA DOS RS D NO MUNICÍP IO DE S ÃO P AULO Tipo de RSD Componentes Papel/Papelão Lixo Seco Lixo Úmido 1927 1957 1969 1976 1991 2010 (%) (%) (%) (%) (%) (%) 13,40% 16,70% 29,20% 21,40% 13,87% 10,60% Plástico Duro/Filme - - 1,90% 5,00% 11,47% 13,60% Metal Ferroso Metal Não Ferroso 1,70% 2,23% - 7,80% - 3,90% 0,10% 2,83% 0,69% 1,40% 0,40% Vidros Trapos/Couro/Borracha 0,90% 1,50% 1,40% 2, 70% 2,60% 3,80% 1,70% 2,90% 1,69% 4,39% 1,70% 2,60% Subtotal 17,50% 20,33% 45,30% 35,00% 34,94% 30,30% Matéria Orgânica 82,50% 76,00% 52,20% 62,70% 60,60% 62,90% Madeira Terra/Pedras - - 2,40% - 1,60% 0,70% 0,75% 0,77% 1,20% 2,10% Diversos - 0,10% - - 1,23% 2,00% Perdas - 3,57% 0,10% - 1,71% 1,50% Subtotal 82,50% 79,67% 54,70% 65,00% 65,06% 69,70% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% Total Dados de 1927 a 1991: DOM São Paulo - 03/12/92 Dados de 2010: PMSP/LIMPURB Observando-se este quadro, nota-se que, nos idos de 1927, havia uma predominância absoluta de embalagens de papel/papelão, metais ferrosos e vidros e uma ocorrência maior de matéria orgânica, talvez devido às piores condições de refrigeração da época. Ao longo dos anos, esses materiais usados nas embalagens foram sendo substituídos principalmente por plásticos e, mais recentemente, por metais não ferrosos, sobressaindo o alumínio. Provavelmente, até para se adequar à nova legislação, os fabricantes de embalagens devem estar estudando materiais e formatos que possibilitem o máximo reaproveitamento, pois destiná-las está ficando cada vez mais caro. Porém, é extremamente difícil preverem-se tais mudanças, considerando que estão relacionadas com o comportamento humano voltado para a compra e consumo dos produtos. Por essa razão, optou-se por um posicionamento conservador e adotou-se que a atual composição gravimétrica da massa de resíduos sólidos domiciliares deverá persistir sem grandes alterações por todo o horizonte de projeto. Através da análise da composição gravimétrica realizada na etapa de diagnóstico do PMGIRS (2015), é possível observar que 14,96% dos resíduos são passíveis de reciclagem, classificados como resíduos secos, sendo que os outros 85,04% correspondem a resíduos úmidos. Diante disto, para o estabelecimento de metas de reaproveitamento é importante analisar duas condições de disponibilidade dos materiais: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -51♦ Condição Mínima: O resíduo bruto chega à central de triagem sem ter sido separado no local de sua geração e, portanto, sem ter sido recolhido separadamente pela coleta seletiva; e ♦ Condição Máxima: O resíduo é separado na origem em duas partes: resíduo seco e resíduo úmido, sendo coletadas em separado respectivamente pela coleta seletiva e pela coleta regular, chegando à central de triagem sem estarem misturadas. Com relação à aceitabilidade pelo mercado consumidor, com a instituição da nova legislação, que obriga a retirada dos materiais reaproveitáveis e limita a disposição apenas daqueles para os quais o reaproveitamento não é viável, acredita-se que haverá um maior desenvolvimento no setor de reciclagem, principalmente se houver incentivos governamentais para que isto aconteça. Diante deste cenário, para efeito de cálculo e projeção das demandas, foi considerado que o reaproveitamento dos resíduos será implantado de maneira progressiva e que os demais resíduos terão sua destinação final feita adequadamente, ainda que de maneira emergencial em outra unidade, uma vez que o presente município já não dispõe de unidade adequada para tal. As proposições para esta problemática serão feitas em etapas futuras do presente trabalho. Com as metas sendo implantadas progressivamente ao longo dos anos, atende-se a legislação no quesito reciclagem, dando tempo para o município e o mercado se adaptarem à nova realidade. Cabe ressaltar que, como o plano deve ser revisado a cada quatro anos, as metas podem ser alteradas de acordo com as expectativas do município. Ainda, tendo em vista que resíduos orgânicos passíveis de compostagem não devem ser enviados a aterros sanitários, é necessário prever o reaproveitamento de tais resíduos, tendo em vista que o atendimento a esta diretriz será feito também progressivamente. Conforme metas estabelecidas no PMGIRS (2015), o município deve “diminuir as quantidades, em massa, de matéria orgânica aterrada, oriundos de residências e comércio em: • Entre 2016 e 2018: 5% • Entre 2019 e 2024: 25% • Entre 2025 e 2030: 60% • Entre 2031 e 2035: 90% (Previsão de redução dos resíduos orgânicos aterrados diariamente, com base nos valores de massa aterrada obtidos em 2014). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -52Em relação aos resíduos sólidos domiciliares secos (recicláveis), observa-se que no município de Pirassununga há atuação de uma cooperativa de catadores, a Coopererp, que gerencia cerca de 7% (15 ton/mês, ano 2014) dos recicláveis produzidos no município. Como não há uma meta definida para este tipo de resíduo no PMGIRS, adotou-se os mesmos parâmetros de redução estabelecidos para os resíduos orgânicos (compostáveis). Compatibilizando o presente PMSB com o determinado no PMGIRS (2015), estabeleceuse para o município de Pirassununga metas semelhantes, tendo em vista que a previsão de redução da massa de resíduos aterrada será referente à massa aterrada no ano 2014. Extraindo essas parcelas progressivas da massa dos resíduos sólidos domiciliares brutos, obteve-se ainda a evolução dos totais de rejeitos, que continuarão a ser dispostos em aterros sanitários, como manda a nova legislação. O Quadro 3.17 apresenta as projeções para o horizonte de projeto. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -53QUADRO 3.17 – P ROJ EÇÃO DA MAS S A DE RES ÍDUOS ATERRADOS E REAP ROVEITADOS . MASSA TOTAL TOTAL (ton/ mês) Recicláveis (ton/ (%) mês) 93,0 Orgânicos (ton/ (%) mês) 100 Rejeitos (ton/ mês) MASSA NÃO ATERRADA 2014 Recicl. (ton/ mês) 14,96% 2015 222,9 819,3 447,5 1489,7 204,7 91,8 809,1 98,8 447,5 1461,3 98,1 18,2 10,2 28,4 1,9 2016 224,5 825,5 450,9 1500,9 203,6 90,7 804,9 97,5 450,9 1459,3 97,2 20,9 20,6 41,6 2,8 2017 226,1 831,4 454,1 1511,6 202,4 89,5 800,2 96,3 454,1 1456,7 96,4 23,7 31,2 54,9 3,6 2018 227,7 837,0 457,2 1521,9 201,1 88,4 795,2 95,0 457,2 1453,5 95,5 26,5 41,9 68,4 4,5 2019 229,1 842,4 460,1 1531,7 195,3 85,3 772,2 91,7 460,1 1427,7 93,2 33,8 70,2 104,0 6,8 2020 230,5 847,5 462,9 1541,0 189,4 82,2 748,7 88,3 462,9 1401,0 90,9 41,1 98,9 140,0 9,1 2021 231,9 852,4 465,6 1549,9 183,3 79,1 724,6 85,0 465,6 1373,4 88,6 48,6 127,9 176,4 11,4 2022 233,1 857,1 468,1 1558,3 177,1 76,0 700,0 81,7 468,1 1345,1 86,3 56,1 157,1 213,2 13,7 2023 234,3 861,5 470,5 1566,4 170,7 72,9 674,8 78,3 470,5 1316,1 84,0 63,6 186,7 250,3 16,0 2024 235,5 865,7 472,8 1574,0 164,2 69,8 649,3 75,0 472,8 1286,4 81,7 71,2 216,4 287,7 18,3 2025 236,6 869,7 475,0 1581,3 152,2 64,3 601,5 69,2 475,0 1228,7 77,7 84,4 268,2 352,5 22,3 2026 237,6 873,5 477,1 1588,1 139,9 58,9 553,2 63,3 477,1 1170,2 73,7 97,6 320,3 417,9 26,3 2027 238,6 877,0 479,0 1594,6 127,6 53,5 504,3 57,5 479,0 1110,9 69,7 111,0 372,7 483,7 30,3 2028 239,5 880,4 480,9 1600,8 115,1 48,1 454,9 51,7 480,9 1050,8 65,6 124,4 425,5 549,9 34,4 2029 240,3 883,6 482,6 1606,6 102,4 42,6 405,0 45,8 482,6 990,1 61,6 137,9 478,6 616,5 38,4 2030 241,2 886,6 484,3 1612,1 89,7 37,2 354,7 40,0 484,3 928,6 57,6 151,5 532,0 683,4 42,4 2031 241,9 889,5 485,8 1617,2 78,8 32,6 302,4 34,0 485,8 867,0 53,6 163,2 587,1 750,2 46,4 2032 242,7 892,2 487,3 1622,1 65,4 27,0 249,8 28,0 487,3 802,5 49,5 177,2 642,4 819,6 50,5 2033 243,4 894,7 488,7 1626,7 52,1 21,4 196,8 22,0 488,7 737,5 45,3 191,3 697,9 889,2 54,7 2034 244,0 897,1 490,0 1631,0 38,6 15,8 143,5 16,0 490,0 672,1 41,2 205,4 753,5 959,0 58,8 2035 244,6 899,3 491,2 1635,1 22,7 9,3 89,9 10,0 491,2 603,9 36,9 221,9 809,4 1.031,2 63,1 ANO Orgân. Rejeitos (ton/ (ton/ mês) mês) 55% 30,04% MASSA ATERRADA TOTAL (ton/ (%) mês) do total Recicláveis (ton/ mês) 15 Orgânicos (ton/ mês) Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada TOTAL (ton/ (%) mês) do total -54Observando-se este quadro, pode-se notar que o decréscimo da massa disposta em aterro dos primeiros anos é menor do que dos anos posteriores, visto que as metas aumentam gradativamente a cada cinco anos, até que seja atingido a redução prevista de 90% de materiais, recicláveis e orgânicos, dispostos em aterro a partir de 2035. Ainda com a implantação das metas de reaproveitamento, faz-se necessário planejar unidades capazes de receber os resíduos não reaproveitáveis (rejeitos), prevendo-se que a geração destes resíduos continuará aumentando uma vez que, este aumento está diretamente relacionado com o crescimento populacional. Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) Ao contrário dos resíduos sólidos domiciliares, a massa de resíduos sólidos inertes é formada principalmente por entulhos da construção civil, onde costuma estarem presentes restos de concreto, tijolos, pedras, terra e ferragem. Com exceção à ferragem, que deve ser separada na origem para ser reaproveitada como aço, os demais detritos podem ser submetidos ao processo de britagem e, depois de triturados, resultam em material passível de ser utilizado pela própria construção civil como material de enchimento ou em outros tipos de serviços, como operação tapa-buracos em estradas de terra, dentre outros. Portanto, seu melhor reaproveitamento também está associado à estocagem nos locais de geração, não devendo ser juntados a outros tipos de resíduos, particularmente à matéria orgânica. Assim como para os RSD, para efeito de cálculo e projeção das demandas, foi considerado que o reaproveitamento dos RCC será implantado de maneira progressiva e que os demais resíduos terão sua destinação final feita adequadamente. Como não foram verificadas metas específicas para reaproveitamento de tais resíduos no PMGIRS (2015), adotou-se as metas definidas para os demais municípios da UGRHI. Para retratar esse cenário, segue descrita a progressão adotada para a implementação do reaproveitamento dos resíduos da construção civil e demolição, considerando o Ano 1 sendo o ano de implementação do plano: Ano 1: faixa de 0 a 5%, com média anual de 2,5% de reaproveitamento; Ano 5: faixa de 5 a 10%, com média anual de 7,5% de reaproveitamento; Ano 10: faixa de 10 a 20%, com média anual de 15% de reaproveitamento; Ano 15: faixa de 20 a 30%, com média anual de 25% de reaproveitamento; e Ano 20 em diante: 30% de reaproveitamento. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -55Com estas metas sendo implantadas progressivamente ao longo dos anos, atende-se a legislação no quesito reciclagem, dando tempo para o município se adaptar para processar os materiais brutos gerados em seu território. Extraindo essas parcelas progressivas da massa dos resíduos da construção civil e de demolição brutos, obteve-se a evolução dos totais de rejeitos, que continuarão a ser dispostos em aterros de inertes, como manda a nova legislação. A projeção dos resíduos sólidos inertes reaproveitáveis e não reaproveitáveis encontra-se apresentada no Quadro 3.18. QUADRO 3.18 – P ROJ EÇÃO DE RES ÍDUOS REAP ROVEITADOS E REJ EITOS DE RCC População Ano Município: Pirassununga 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 (hab.) 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 Resíduos reaproveitados Resíduos dispostos em aterro de inertes (ton/mês) (ton/mês) 0,00 62,06 125,00 188,77 253,31 305,83 358,86 412,36 466,30 520,64 627,64 735,42 843,93 953,08 1.062,82 1.155,32 1.248,18 1.341,37 1.434,84 1.528,56 1.622,50 4.927,50 4.902,49 4.875,01 4.845,13 4.812,95 4.791,30 4.767,67 4.742,14 4.714,80 4.685,72 4.602,68 4.517,61 4.430,61 4.341,80 4.251,27 4.176,92 4.101,17 4.024,10 3.945,81 3.866,36 3.785,84 Observa-se que para os resíduos sólidos domiciliares, o decréscimo dos primeiros cinco anos é menor do que dos anos em diante, visto que as metas aumentam gradativamente a cada cinco anos, até que seja atingido o limite previsto de 30% de reaproveitamento dos materiais contidos nos entulhos a partir de 2035. Quanto ao planejamento das unidades de disposição destes materiais não reaproveitáveis (rejeitos), ainda com a implantação das metas de reaproveitamento, a geração destes resíduos continuará aumentando uma vez que, este aumento está diretamente relacionado com o crescimento populacional. Portanto a municipalidade deve prever unidades capazes de atender todo o horizonte do planejamento. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -563.2.4 Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais No caso específico de Pirassununga, o Plano Diretor de Águas Pluviais (2009) do município apresenta o estudo da componente drenagem, adotando uma área de abrangência das bacias hidrográficas de interesse dentro dos limites territoriais do município, a fim de aferir os condicionantes do sistema de macrodrenagem e diagnosticar pontos críticos no mesmo. As bacias em questão têm seus cursos d’água inseridos em zonas que estão total ou parcialmente urbanizadas, ou que preveem probabilidade de aumento da urbanização no horizonte de planejamento do Plano (20 anos). Para os objetivos do Plano Diretor de Águas Pluviais, foram utilizados os dados do posto pluviométrico de Pirassununga (C3-033 – DAEE) para determinação das equações IDF (Intensidade-duração-frequência). O Plano realizou o cálculo das vazões máximas de projeto para as bacias através do método de Ven Te Chow, considerando um período de retorno de 25, 50 e 100 anos. O método de Ven Te Chow, apresentado em 1962, foi desenvolvido para determinação de vazão de projeto (vazão de pico), para estruturas hidráulicas, em bacias pequenas rurais e urbanas. Os conceitos propostos pelo Prof. Ven Te Chow da Universidade de Illinois, idealizador do método, são aplicados universalmente a outras regiões, desde que os dados hidrológicos de entrada no modelo sejam inteiramente obtidos. Este método nada mais é que a aplicação direta do hidrograma unitário. O Plano relata a existência de pontos críticos (com ocorrência de inundações) ao longo dos cursos d’água do Córrego do Andrezinho e do Ribeirão do Ouro. No estudo, cada curso d’água foi segmentado em vários pontos de análise, a fim de analisar cada sub-bacia e alteração de seção isoladamente. Especificamente para os cursos d’água supramencionados, os pontos são nomeados de A0 a A10 (para o Córrego do Andrezinho), e O1 a O4 (Ribeirão do Ouro). Desta forma, os pontos críticos são identificados no Plano da seguinte forma: Córrego do Andrezinho ♦ Estaca 39 (Ponto A2); ♦ Seções 3 e 5 (Entre pontos A5 e A6); ♦ Seção 7 (Entre pontos A9 e A10). Ribeirão do Ouro ♦ Estaca 1 (Ponto O1); ♦ Estacas 14, 26, 33, 45 e 58 (Entre pontos O1 e O2); Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -57♦ Estacas 64, 70, 76, 82, 85, 90 e 96 (Entre pontos O2 e O3); ♦ Seção 3 (Entre pontos O3 e O4). Além destes pontos críticos apresentados pelo Plano, o GEL apontou ocorrências de inundação no ponto aonde o córrego do Andrezinho cruza a Rua 06 de Agosto. Esta localização corresponde ao ponto A0 no Plano, porém, este não inclui o mesmo nas análises de capacidade. Porém, este ponto foi um dos objetos de análise do documento “Estudo Básico, Diagnóstico e Propostas de Soluções para os Problemas de Enchentes no Bairro Cidade Jardim” (2006), que diagnostica o local com deficiência no escoamento de vazão. O estudo em questão utiliza as mesmas metodologias de cálculo do Plano Diretor de Águas Pluviais, porém, considera um período de retorno de 20 anos nas análises. A delimitação da área da bacia objeto de estudo do Plano, bem como a indicação dos pontos de análise, está contida na Figura 3.1. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -58- Figura 3.1- Limite da área do Plano e Relação de Pontos de Análise Fonte: Plano Diretor de Águas Pluviais de Pirassununga, 2009. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -594. DIAGNÓSTICO SETORIAL DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO 4.1 DIAGNÓSTICO SANITÁRIOS 4.1.1 Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água 4.1.1.1 Características Gerais DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS O município de Pirassununga possui dois distritos urbanos: o Distrito Sede e o Distrito de Cachoeira de Emas. Cada um deles possui seu próprio sistema produtor, de distribuição/reservação de água. Os sistemas de abastecimento de Pirassununga são integralmente operados pelo SAEP Pirassununga - Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga, autarquia criada em 1973 pela Lei Municipal n° 1.153/73. As informações retiradas do SNIS, ano de 2013, referentes ao município como um todo, abrangendo tanto o distrito sede como o distrito de Cachoeira de Emas, estão apresentadas a seguir: ♦ Índice de atendimento urbano de água ................................................................ 100 %; ♦ Índice de Hidrometração ........................................................................................ 100%; ♦ Extensão de Rede de Água ................................................................................ 507 km; ♦ Volume Anual Produzido Total ................................................................... 7.983.000 m³; ♦ Volume Anual Micromedido Total .............................................................. 4.844.000 m³ ♦ Volume Anual Faturado Total..................................................................... 6.252.000 m³; ♦ Índice de perdas na distribuição......................................................................... 38,24 %; ♦ Índice de perdas por ligação ................................................................ 309,31 (L/dia/lig); ♦ Quantidade de ligações ativas de água ............................................................... 26.626. As características gerais do sistema da Sede de Pirassununga e do distrito de Cachoeira de Emas, conforme os dados coletados no SAEP (Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga) em outubro de 2015, encontram-se apresentados a seguir: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -60DISTRITO SEDE ♦ Porcentagem de Atendimento ............................................................................... 100%; ♦ Nº de ligações/economias ........................................................................ 25.425 / 26.935; o N° de ligações residenciais .............................................................................22.803 o N° de ligações comerciais ................................................................................ 2.188 o N° de ligações industriais...................................................................................... 92 o N° de ligações mistas ......................................................................................... 341 ♦ Hidrometração ...................................................................................................... 100%; ♦ Vazões Nominais de Captação Ribeirão Descaroçador (ETA I) ..................................................... 135 L/s (máxima); Ribeirão Descaroçador (ETA II e III) ............................................. 210 L/s (máxima); Ribeirão do Roque .................................................. 370 L/s (máxima final de plano); Ribeirão Chica Costa (desativada) ................................................ 10 L/s (máxima). ♦ Capacidade Nominal das ETAs ETA I ............................................................................................................. 135 L/s; ETA II ............................................................................................................ 160 L/s; ETA III ............................................................................................................. 50 L/s; ETA Chica Costa (desativada) ........................................................................ 10 L/s; ♦ Volume Total de Reservação .........................................................................12.300 m³. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS Porcentagem de Atendimento......................................................................... 100%; Nº de ligações/economias..................................................................... 2.463 / 2.620; o N° de ligações residenciais ....................................................................... 2.325 o N° de ligações comerciais ............................................................................ 117 o N° de ligações industriais ................................................................................. 1 o N° de ligações mistas .................................................................................... 20 Hidrometração ............................................................................................... 100%; Vazões Nominais de Captação Córrego da Barra (Batistela) ........................................................... 34 L/s (máxima). Capacidade Nominal da ETA Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -61 ETA Santa Fé ................................................................................................. 35 L/s. Volume Total de Reservação ....................................................................... 740 m³. A Ilustração 6.1, inserida no Capítulo 6, apresenta as localizações das unidades componentes do sistema. 4.1.1.2 Descrição Resumida do Sistema de Abastecimento de Água 4.1.1.2.1 Sistema Produtor de Água Captação de Água Bruta Captação Superficial O Ribeirão Descaroçador é o atual manancial de abastecimento da Sede de Pirassununga, sendo que uma nova captação está sendo finalizada no Ribeirão do Roque. Já o distrito de Cachoeira de Emas é abastecido pelo Córrego da Barra (ou Batistela). Os três mananciais de abastecimento pertencem à Bacia do Rio Mogi Guaçu na UGRHI-9. Em relação ao manancial utilizado para abastecimento sede, Ribeirão Descaroçador, temse que o mesmo está enquadrado como Classe 2, conforme Decreto Estadual nº 10.755/76, e segundo o Relatório de Qualidade das Águas Superficiais (CETESB, 2012) não possui nenhum ponto de monitoramento da rede básica da CETESB instalado. O Ribeirão do Roque, também enquadrado em Classe 2, possui um ponto de monitoramento (OQUE02900), cujo IQA médio para o ano de 2011 foi de 59, classificando como de ‘Boa’ qualidade. Já o Córrego da Barra possui um ponto de monitoramento (TELA02900) situado em sua foz, cujo IQA médio para o ano de 2012 foi de 58, também classificando como de ‘Boa’ qualidade. DISTRITO SEDE Existem atualmente duas captações para abastecimento da Sede Municipal de Pirassununga, ambas são efetuadas na mesma barragem de nível, localizada no Ribeirão Descaroçador. A Captação 1 é realizada através de um canal que encaminha as águas provenientes do manancial até a EEAB1, que recalca uma vazão de 135 L/s para a ETA1. Esta estação funciona em média 21horas/dia. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -62A Captação 2 também possui um canal para tomada d'água até EEAB2, que tem capacidade de recalque de 150 L/s, 180 L/s ou 210 L/s, dependendo do regime de funcionamento das bombas, sendo a vazão captada encaminhada para a ETA II e ETA III. Os dois sistemas de bombeamento funcionam em média 21 e 5 horas/dia, respectivamente. As fotos 4.1 e 4.2 ilustram a captação no Ribeirão descaroçador e as EEAB1 e EEAB2. Foto 4.1 - Barragem de nível - Captação Ribeirão Descaroçador. Foto 4.2 - EEAB1, EEAB2 e Canais de Tomada. A outorga de captação foi solicitada em 2006 e concedida para um prazo de 10 anos, com uma vazão futura máxima de 1.152 m³/h (320 L/s), período de 21h/dia, 30 dias mês ou uma vazão futura média de 960 m³/h (266,67 L/s), período de 24h/dia, 30 dias mês. Atualmente, a vazão média captada é de 268,0 L/s. Outra captação na Sede Municipal dava-se no Ribeirão Chica Costa, porém está desativada, uma vez que, além de muito distante, a água proveniente desse manancial apresenta cor elevada. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS A captação para abastecimento do distrito de Cachoeira de Emas é realizada em uma barragem de nível no Córrego da Barra (ou Batistela). A captação de água é feita através da EEAB3, localizada junto ao manancial, que recalca uma vazão média de 20,7 L/s para a ETA Santa Fé. O tempo de funcionamento dessa elevatória é de 20 horas/dia. As fotos 4.3 e 4.4 ilustram a captação no Córrego da Barra e a EEAB3. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -63- Foto 4.3 - Barragem de nível - Córrego da Barra. Foto 4.4 - Captação e EEAB3 - Córrego da Barra. A outorga de captação foi solicitada em 2006 e concedida para um prazo de 10 anos, com uma vazão futura máxima de 125 m³/h (34,72 L/s), período de 18h/dia, 30 dias mês ou uma vazão futura média de 96 m³/h (26,67 L/s), período de 24h/dia, 30 dias mês. 4.1.1.2.2 Elevação e Adução de Água Bruta DISTRITO SEDE As estações elevatórias de água bruta EEAB1 e EEAB2 dividem a mesma estrutura civil, esta localizada junto à tomada d’água do Ribeirão Descaroçador (Foto 4.2). Trata-se de elevatórias de poço seco, dotadas de bombas de eixo horizontal, onde a sucção é realizada diretamente em cada canal de tomada de água, derivado de uma barragem de nível. A EEAB1 é constituída de 2 bombas centrífugas, sendo uma bomba em operação, com potência do motor de 75 CV, marca WEG, 1.770 rpm e outra para reserva com potência do motor de 50 CV, marca WEG, 1.775 rpm. Esta elevatória opera com uma vazão de 135 L/s, altura manométrica de 16 m.c.a, por um período de 22 horas por dia. A adutora de água bruta (AAB1) possui boa condição, com material em ferro fundido, diâmetro 400 mm e extensão de 50 m. A EEAB2 é constituída de 2 bombas centrífugas, sendo uma bomba em operação e outra para rodízio e reserva ou operação simultânea, sendo uma bomba com potência do motor de 350 CV, 1.780 rpm, marca EBERLE, modelo B-355-M/L4, operando com uma vazão de 150 L/s, altura manométrica de 90 m.c.a. e a outra com potência do motor de 350 CV, 1.790 rpm, marca WEG, modelo 355-M/L operando com uma vazão de 180 L/s, altura Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -64manométrica de 90 m.c.a.. Quando operadas simultaneamente o conjunto atinge uma vazão de 210 L/s. A adutora de água bruta (AAB2) possui boa condição, com material em ferro fundido, diâmetro 400 mm e extensão de 2.000 m. Deve-se ressaltar que existe automação para a partida e parada das bombas das EEABs 1 e 2. Além disso, foi implantado, no ano de 2015, gerador de emergência para a ETA I. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS A EEAB3 está localizada junto à tomada d'água do Córrego da Barra (Foto 4.4) e também é do tipo poço seco, dotada de bombas de eixo horizontal, onde a sucção é realizada diretamente no canal de tomada d’água. A EEAB3 é constituída de 2 bombas centrífugas, uma em operação e outra para rodízio e reserva, de modo que uma bomba possui potência do motor de 40 CV, 1.770 rpm, marca WEG, modelo 3-200M, com capacidade de bombeamento de 34 L/s e altura manométrica de 50 m.c.a. e a outra possui potência do motor de 30 CV, 1.765 rpm, marca WEG, modelo 180-M, com capacidade de bombeamento de 28 L/s, altura manométrica de 48 m.c.a.. A adutora de água bruta (AAB3) possui boa condição, com material em PVC, diâmetro 150 mm e extensão de 1.600 m. Na EEAB3 não existe automação para a partida e parada das bombas e não existe também, gerador de emergência. 4.1.1.2.3 Tratamento de Água e Disposição Final do Lodo da ETA DISTRITO SEDE Como já apresentado nas características gerais do sistema, existem 3 ETAs em operação no distrito Sede. A ETA I é do tipo convencional, e está localizada próxima a captação no Ribeirão Descaroçador. Possui capacidade nominal de 135 L/s e foi reformada em outubro de 2010. É dotada de laboratório de controle de qualidade da água e de efluentes. Possui as seguintes unidades principais: ♦ Medição de vazão e mistura rápida; um Floco-decantador circular e 3 filtros de dupla camada. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -65O tempo de funcionamento é de 21 horas diárias. O Quadro 4.1 apresenta a relação de produtos químicos utilizados na ETA I no ano de 2015. QUADRO 4.1 – RELAÇÃO DE P RODUTOS QUÍMICOS US ADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA (2015) – ETA I Produto Aplicação Quantidade anual Coagulação água bruta (início do Policloreto de Alumínio (PAC) 160 toneladas tratamento) Alcalinizante água bruta (início do Cal hidratada 15 toneladas tratamento) e correção de pH da água tratada (final do tratamento) Fluoretação da água tratada (final do Ácido Fluossilicico 11 toneladas tratamento) Desinfecção água tratada (final Hipoclorito de Cálcio 65 % 7 toneladas tratamento) Controle de corrosão e sequestrante Orto polifosfato de Sódio 4 toneladas para água tratada (final do tratamento) As fotos 4.5 e 4.6 ilustram as unidades da ETA I. Foto 4.5 - ETA I - Decantador. Foto 4.6 - ETA I - Filtros. A ETA I não possui sistema de tratamento do lodo dos decantadores e floculadores, sendo o material descartado no rio diariamente. Não existe também sistema de recirculação das águas de lavagem dos filtros. O volume descartado corresponde a aproximadamente 4,5% do volume tratado. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -66A ETA II e ETA III estão localizadas no mesmo local, na margem da a Rod. Dep. Cyro Albuquerque. A ETA II é do tipo convencional e possui capacidade nominal de 160 L/s. Suas principais unidades são: ♦ Medição de vazão e mistura rápida; 2 módulos de tratamento em paralelo, cada um com a seguinte configuração: (2) duas câmaras de floculação em série, dotadas de agitadores de eixo vertical, (1) um decantador e (2) dois filtros de dupla camada. A ETA III é do tipo convencional compacta e possui capacidade nominal de 50 L/s. Possui as seguintes unidades principais: ♦ Medição de vazão e mistura rápida; 4 (quatro) câmaras de floculação em série, dotadas de agitadores de eixo vertical, 2 (dois) decantadores em paralelo e 3 (três) filtros de dupla camada. As fotos 4.7 e 4.8 ilustram as ETAs II e III, respectivamente. Foto 4.7 - ETA II - Decantadores e Filtros. Foto 4.8 - ETA III. Após a filtração a água proveniente da ETA III se junta com a água vinda pela ETA II. Na mesma área das ETAs II e III foi implantado em novembro de 1995 o Laboratório Físico, Químico e Bacteriológico, utilizado para realizar as análises de água das duas estações. Também é realizado análises da qualidade da água tratada dos diversos pontos da rede de distribuição. O tempo de funcionamento de ambas as ETAs é de 22 horas/dia e ambas possuem sistema de recirculação das águas de lavagem dos filtros. O Quadro 4.2 apresenta a relação de produtos químicos utilizados na ETA II no ano de 2015. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -67QUADRO 4.2 – RELAÇÃO DE P RODUTOS QUÍMICOS US ADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA (2015) – ETA II Produto Aplicação Quantidade anual Coagulação água bruta (início do Policloreto de Alumínio (PAC) 240 toneladas tratamento) Alcalinizante água bruta (início do Cal hidratada 22 toneladas tratamento) e correção de pH da água tratada (final do tratamento) Fluoretação da água tratada (final do Ácido Fluossilicico 16 toneladas tratamento) Desinfecção água tratada (final Hipoclorito de Cálcio 65 % 9,5 toneladas tratamento) Orto polifosfato de Sódio Controle de corrosão e sequestrante para água tratada (final do tratamento) 6,5 toneladas Fonte: SAEP. Ainda no mesmo local dessas ETAs, existe um sistema de desidratação do lodo proveniente dos decantadores e floculadores, implantado recentemente. No processo de desidratação é adicionado polímero catiônico em pó para auxiliar o adensamento do lodo. Após desidratação, o lodo (84% de umidade) é encaminhado para o Aterro Sanitário do município. O Quadro 4.3 apresenta a relação de produtos químicos utilizados no tratamento de lodo da ETA II no ano de 2015. QUADRO 4.3 – RELAÇÃO DE P RODUTOS QUÍMICOS US ADOS NO TRATAMENTO DE LODO (2015) – ETA II Produto Aplicação Quantidade anual Polímero Aniônico em pó Adensamento de lodo 1 tonelada Polímero catiônico em pó Desidratação de lodo 3 toneladas Fonte: SAEP. Existe ainda uma quarta ETA, atualmente desativada, denominada Chica Costa. O sistema de tratamento dessa estação é do tipo Filtração Direta Ascendente. Possui uma capacidade nominal de 10 L/s, porém operava com uma vazão média de 6 L/s, com água proveniente do Ribeirão Chica Costa. Esse sistema foi desativado em função da baixa viabilidade econômica devido à sua distância, baixa vazão e baixa qualidade da água do manancial. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS No sistema produtor de água do distrito de Cachoeira de Emas existe a ETA Santa Fé do tipo convencional, cuja capacidade nominal é de 35 L/s. É dotada de laboratório de controle de qualidade da água e possui as seguintes unidades principais: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -68♦ Medição de vazão e mistura rápida; 2 (duas) câmaras de floculação em paralelo, dotadas de agitadores de eixo vertical, 2 (dois) decantadores em paralelo e 4 (quatro) filtros de dupla camada e tanque de contato, onde se faz a dosagem de ácido fluorsilícico, cloro líquido, ortopolifosfato de sódio e hidróxido de cálcio. Atualmente, trata uma vazão de 25 L/s com período de funcionamento de 16 horas/dia. A Foto 4.9 ilustra a ETA Santa Fé. Foto 4.9 - ETA Santa Fé. Fonte: SAEP A ETA Santa Fé não possui sistema de tratamento do lodo dos decantadores e floculadores e também não existe sistema de recirculação das águas dos filtros, de modo que periodicamente é realizado o descarte da água de lavagem dessas unidades na rede de água pluvial. O volume descartado corresponde a aproximadamente 4,5% do volume tratado. O Quadro 4.4 apresenta a relação de produtos químicos utilizados na ETA Santa Fé no ano de 2015. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -69QUADRO 4.4 – RELAÇÃO DE P RODUTOS QUÍMICOS US ADOS NO TRATAMENTO DE LODO (2015) – ETA S ANTA FÉ Produto Aplicação Quantidade anual Pré-cloração água bruta (início do Hipoclorito de Sódio 20 toneladas tratamento) Coagulação água bruta (início do Cloreto Férrico 70 toneladas tratamento) Cal Hidratada Ácido Fluossilicico Hipoclorito de Cálcio 65 % Orto polifosfato de Sódio Alcalinizante água bruta (início do tratamento) e correção de pH da água tratada (final do tratamento) Fluoretação da água tratada (final do tratamento) Desinfecção água tratada (final tratamento) Controle de corrosão e sequestrante para água tratada (final do tratamento) 22 toneladas 2,5 toneladas 1,5 toneladas 2,5 toneladas Fonte: SAEP. Existe o projeto básico do "Sistema de Tratamento de Lodo e Reaproveitamento das Águas de Lavagem de Filtros e Decantadores da ETA Santa Fé - Nov/2012", essa adequação está prevista como objetivo de reduzir em 5% as perdas com a lavagem dos filtros e decantadores, além de reduzir o volume captado do Córrego da Barra e eliminar o lançamento de lodo no curso d’água. Esse projeto atende ainda, uma futura ampliação da ETA, para tratamento de 50 L/s. 4.1.1.2.4 Reservação A área urbana de Pirassununga possui 25 reservatórios com capacidade total de armazenamento de 13.590 m³, destes, 17 pertencem ao sistema que abastece a Sede Municipal (12.300 m³), 7 fazem parte do sistema que abastece Santa Fé e o distrito de Cachoeira de Emas (1.240 m³) e 1 se encontra desativado (sistema ETA Chica Costa50 m³). Centro de Reservação da Área das ETAs Na área da ETA I, existem 2 reservatórios de água tratada (R1 e R2) que funcionam para estabilizar a vazão. Suas águas são encaminhas por gravidade até o poço de sucção da estação elevatória de água tratada (EEAT1), que recalca a vazão produzida nessa ETA para o centro de reservação principal. Cada um dos reservatórios possui a capacidade de 150 m³, sendo um semienterrado construído em concreto armado e um metálico apoiado. Na área da ETA II e ETA III, está localizado o Centro de Reservação principal onde existem 6 reservatórios de água tratada (R3 a R8), funcionando como reservatórios-pulmão e poços de sucção das estações elevatórias de água tratada. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -70As características dos reservatórios dos centros de reservação estão apresentadas no Quadro 4.5. QUADRO 4.5 – RES ERVATÓRIOS DOS CENTROS DE RES ERVAÇÃO DO DIS TRITO S EDE (ETA I, ETA II E ETA III) Local Nome Tipo Capacidade (m³) ETA I R1 Concreto semienterrado 150 ETA I R2 Metálico apoiado 150 ETA II/ ETA III R3 Concreto semienterrado 1.000 ETA II/ ETA III R4 Elevado de concreto 400 ETA II/ ETA III R5 Concreto semienterrado 1.300 ETA II/ ETA III R6 Metálico apoiado 2.000 ETA II/ ETA III R7 Metálico apoiado 1.000 ETA II/ ETA III R8 Metálico apoiado 1.000 Total 7.000 Reservatórios da Rede de Distribuição Além dos reservatórios dos Centros de Reservação, existem ainda 9 reservatórios localizados estrategicamente para atendimento de bairros mais afastados e localizados em cotas superiores ao Centro de Reservação, totalizando um volume total de 5.300 m³. As características dos reservatórios da rede de distribuição estão apresentadas no Quadro 4.6. QUADRO 4.6 – RES ERVATÓRIOS DA REDE DE DIS TRIBUIÇÃO Local Nome Tipo Capacidade (m³) Pátio SAEP Pátio SAEP Vila Guilhermina Jardim Redentor (Vila Esperança) Jardim Laranjeiras Jardim São Valentim Jardim Ferarezzi Vila Belmiro Vila São Pedro R9 R10 R11 R12 R13 R14 R15 R16 R17 Concreto semienterrado Concreto semienterrado Elevado de concreto Elevado de concreto Elevado metálico Elevado de concreto Elevado de concreto Elevado de concreto Elevado metálico 1.000 800 500 600 150 750 500 500 500 Total 5.300 Reservatórios do distrito de Cachoeira de Emas e da Vila Santa Fé O sistema que abastece o distrito de Cachoeira de Emas e a Vila Santa Fé possui atualmente 7 reservatórios, sendo 4 deles localizados junto a ETA Santa Fé e os outros 3 localizados no distrito de Cachoeira de Emas. As características dos reservatórios desse sistema estão apresentadas no Quadro 4.7. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -71QUADRO 4.7 – RES ERVATÓRIOS S IS TEMA ETA S ANTA FÉ Local Nome Tipo Capacidade (m³) ETA Santa Fé ETA Santa Fé ETA Santa Fé ETA Santa Fé Cachoeira Cachoeira ETA Santa Fé R18 R19 R20 R21 R22 R23 R24 Elevado metálico Apoiado metálico Apoiado metálico Apoiado metálico Elevado metálico Enterrado concreto N/D 150 85 50 105 200 150 500 Total 740 4.1.1.2.5 Elevação e Adução de Água Tratada DISTRITO SEDE Existe apenas uma estação elevatória de água tratada (EEAT1) e uma estação pressurizadora de água tratada (EPAT) no sistema de abastecimento da Sede Municipal. A primeira faz o recalque da vazão produzida na ETA I até o Centro de Reservação principal (ETA II e ETA III), já a EPAT pressuriza a rede de distribuição para atendimento da Zona Alta da cidade, a descrição dessas unidades está apresentada a seguir. A EEAT1 divide a mesma estrutura civil com as EEABs 1 e 2. Essa estrutura está localizada junto à tomada d’água do Ribeirão Descaroçador. Trata-se de uma elevatória de poço seco, dotada de bombas de eixo horizontal. A água produzida na ETA I é reservada em dois reservatórios localizados ao lado da estação, a partir dos quais a água é conduzida por gravidade até o poço de sucção da EEAT1, onde é feito o recalque através da adutora de água tratada (AAT1) até o Centro de Reservação principal localizado na área das ETAs II e III. A EEAT1 é constituída de 2 bombas centrífugas, sendo uma bomba em operação e outra para rodízio e reserva ou operação simultânea. O primeiro conjunto possui potência do motor de 250 CV, marca GE, 1.780 rpm, modelo 62.1034.205, o segundo conjunto possui a mesma potência que o outro e a mesma marca, porém sua rotação é de 1.775 rpm e modelo 62.1034.215. Esta elevatória opera em média 22h/dia, recalcando uma vazão de 120 L/s e altura manométrica de 110 m.c.a., porém quando os dois conjuntos são operados simultaneamente atinge uma vazão de 135 L/s. Possui automação para a partida e parada das bombas. Não existe gerador de emergência. A adutora de água tratada (AAT1) possui boa condição, com material em ferro fundido, diâmetro 400 mm e extensão de 2.200 m. A EPAT é um booster que tem a função de pressurizar a rede de abastecimento para atendimento da Zona Alta do município. Esta estação é constituída de uma bomba Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -72centrífuga com potência do motor de 150 CV, com capacidade de bombeamento de 111,11 L/s e altura manométrica de 78 m.c.a.. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS Todo o abastecimento do distrito Cachoeira de Emas e Vila Santa Fé é feito por gravidade, sem necessidade de elevatórias. 4.1.1.2.6 Rede de Distribuição A extensão total da malha de rede de distribuição do município de Pirassununga é de, aproximadamente, 600,26 km (SAEP outubro/2015), com predominância de tubos em PVC. A rede de distribuição da Sede Municipal atende 100% da população urbana e possui 25.425 ligações de água, classificadas em 22.803 residenciais, 2.188 comerciais, 92 industriais e 341 mista residencial/comercial (SAEP outubro/2015). No distrito de Cachoeira de Emas e Vila Santa Fé, a rede de distribuição atende 100% da população urbana e possui 2.463 ligações de água, classificadas em 2.325 residenciais, 117 comerciais, 1 industrial e 20 mista residencial/comercial (SAEP outubro/2015). O Quadro 4.8 apresenta as informações relativas às extensões de rede por diâmetro, em cada distrito. QUADRO 4.8 – EXTENS ÕES DAS REDES P OR CLAS S E DE DIÂMETRO. Diâmetro (mm) < 50 50 75 100 125 150 200 250 300 400 Extensão (Km) Distrito Distrito Sede Cachoeira de Emas 26,03 0,72 333,45 28,08 29,36 1,10 80,34 6,23 0,85 38,46 5,32 34,19 2,75 6,11 7,27 - Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -73♦ Controle de Perdas A partir do levantamento das informações do SNIS, anos de 2006 a 2013 (Quadro 4.9), é possível observar que existe um elevado índice de perdas no sistema, principalmente na rede de distribuição, alcançando no ano de 2013 um total de perdas de 39,32% do volume total produzido, considerando tanto as perdas no tratamento como no sistema de distribuição. Em 2012, conforme informações do GEL, o índice de perdas foi superior, correspondente a 43,76%, tendo em vista que na época havia um vazamento na adutora de Cachoeira de Emas, de difícil identificação, em função de a mesma estar em terreno de difícil acesso (mata). QUADRO 4.9 – ÍNDICE GLOBAL DE P ERDA DE P IRAS S UNUNGA (1) Ano Volume Produzido (m³) (1) Volume Micromedido (m³)(1) Índice de Perdas Distribuição IN049 (%)(1) Índice de Perdas Total (%) 2006 7.439.000 4.544.000 36,17 38,92 2007 7.977.270 4.646.000 39,21 41,76 2008 7.623.000 4.589.000 36,69 39,80 2009 7.757.000 4.632.000 37,41 40,29 2010 7.713.670 4.879.500 28,08 36,74 2011 8.283.000 4.916.850 38,11 40,64 2012 8.780.000 4.937.850 42,6 43,76 2013 7.983.000 4.844.000 38,24 39,32 Fonte: SNIS-2006 a 2013 Como já existe nas ETAs sistema de recirculação das águas de lavagem dos filtros, com exceção da ETA I, a maior parte das perdas do sistema ocorre na rede de distribuição. Isso mostra a necessidade de ações preventivas tais quais: instalação de macromedidores, substituição de redes, ramais e hidrômetros antigos, instalações de válvulas redutoras de pressão, etc. ♦ Pontos de Controle Sanitário Existem 45 pontos de controle sanitário no sistema de distribuição de água na sede municipal, conforme apresentado no Quadro 4.10. QUADRO 4.10 – P ONTOS DE CONTROLE S ANITÁRIO – S EDE – S AEP – P IRAS S UNUNGA Nº do ponto 01 02 03 04 05 06 07 08 09 Endereços de Coleta Alameda das Flores 236 Cidade Jardim Piauí 3990 Jardim Kamel Creche Olympio Guiguer Vila São Pedro Joaquim Cristovam 697 Vila Malaquias USF Arnaldo Pereira Jardim Roma Eduardo Araium 5197 Jardim Morumbi Antônio Joaquim Mendes 1481 Jardim Lago XV de Novembro 192 Jardim Eldorado João Francisco Jardim 1678 Jardim Laranjeiras Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -7410 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 Escola AMMA Sítio Laranja Azeda Siqueira Campos 1116 Centro Escola Liceu Vivere Jardim Elite XV de Novembro Praça da Fepasa CEFE Presidente Médice Jardim Carlos Gomes Antônio Joaquim Mendes 1906 Cidade Nova Andradas 896 Centro Joaquim Vieira Sardinha 491 Jd. São Valentim Praça São Fernando 3495 Jd. São Fernando Galício Del Nero 51 Centro USF Vila Brasil Pereira Bueno 1348 Jardim Petrópolis Erotides de Campos 964 Bairro do Rosário Paturís 1870 Jardim do Lago Duque de Caxias Norte 707 Clayton Malaman José Lebeis 888 Vila Guilhermina Guarita da Recepção Bairro Vertentes do Mamonal Lourenço Batel 1136 Jardim Brasília Francisco Caruso 1205 Vila São Pedro Hideo Myamoto 354 Polo Industrial Paraguai 189 Vila Esperança Coronel Franco 893 Centro Alameda das Acácias 122 Cidade Jardim Avenida Painguás 1273 Vila Guimarães Evásio Perez 568 Jardim Veneza II Duque de Caxias Ponto de Taxi Centro Alzira Silveira Pinheiro 812 Vila Pinheiro Ataliba Penteado 1703 Vila Guilhermina Moacir Pereira Castilho 428 Jardim Margarida Alameda das Flores 52 Cidade Jardim USF Vila Pinheiro Avenida Brasil 850 Vila Esperança Henrique Devitte 1694 Jardim Rosim Joaquim Procópio de Araújo 1797 Centro Alameda das Acácias 405 Cidade Jardim Renê Albers 1985 Vila Redenção No sistema ETA Santa Fé, que abastece o distrito de Cachoeira de Emas e a Vila Santa Fé, existem 5 pontos de controle sanitário no sistema de distribuição de água, conforme apresentado no Quadro 4.11. QUADRO 4.11 – P ONTOS DE CONTROLE S ANITÁRIO – SIS TEMA ETA S ANTA FÉ – S AEP – P IRAS S UNUNGA Nº do ponto 01 02 03 04 05 Endereços de Coleta São Joaquim 1472 Vila Santa Fé Avenida São Lucas 300 Vila Santa Fé USF - Avenida dos Pescadores 200 Jd. Limoeiro Santa Clara 321 Vila Santa Fé Santa Marta 564 Jardim Bela Vista Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -75As análises físicas, químicas e bacteriológicas nesses pontos são realizadas periodicamente para os seguintes parâmetros: cloro residual, turbidez, cor aparente, pH, temperatura, flúor, coliformes totais, coliformes fecais e contagem de bactérias heterotróficas. Em menor frequência também são realizados, além dos parâmetros supracitados, as análises de alumínio, ferro total e manganês. Foram fornecidos pelo SAEP os resultados das análises de qualidade de água realizadas em cada uma das ETAs no ano de 2015, conforme Quadros a seguir. QUADRO 4.12 – RES ULTADOS DAS ANÁLIS ES DE ÁGUA NO S IS TEMA DAS ETAS I E II. Atendimento aos n° Relatório padrões de Data Local Padrões analisados de Ensaio potabilidade* Jan/2015 077496 ETA I / II Metais sim Fev/2015 077497 ETA I / II Metais Sim ETA I / II Metais Sim 115380 (água tratada) 115375 Rede de distribuição THM Sim 115377 Rede de distribuição THM Sim Mar/2015 115378 Rede de distribuição THM Sim 115379 Rede de distribuição THM Sim ETA I / II 115374 THM Sim (água tratada) Abr/2015 115773 Rede de distribuição Metais Sim Mai/2015 115783 Rede de distribuição Metais Sim Microbiológico; substâncias inorgânicas; subst. orgânicas; agrotóxicos; desinfetantes ETA I / II Sim 117438 e produtos secundários da (água tratada) desinfecção; cianotoxinas; Jun/2015 radioatividade; padrão organoléptico 117433 Rede de distribuição THM Sim 117434 Rede de distribuição THM Sim 117435 Rede de distribuição THM Sim 117436 Rede de distribuição THM Sim Jul/2015 120316 Rede de distribuição Metais Sim Ago/2015 125544 Rede de distribuição Metais Sim 129703 Rede de distribuição Metais Sim 129701 Rede de distribuição THM Sim 129711 Rede de distribuição THM Sim Set/2015 129712 Rede de distribuição THM Sim 129713 Rede de distribuição THM Sim 129699 Rede de distribuição THM Sim * o comentário com relação ao atendimento ou não da legislação requerida não considera o resultado da incerteza de medição dos ensaios. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -76- QUADRO 4.13 – RES ULTADOS DAS ANÁLIS ES DE ÁGUA NO S IS TEMA DA ETA S ANTA FÉ. Atendimento aos n° Relatório Padrões padrões de Data Local de Ensaio analisados potabilidade* Jan/2015 077506 ETA Sta. Fé Metais sim Fev/2015 077507 ETA Sta. Fé Metais Sim 115383 Rede de distribuição Metais Sim 115382 Rede de distribuição THM Sim Mar/2015 ETA Sta. Fé 115391 THM Sim (água tratada) Abr/2015 115774 Rede de distribuição Metais Sim Mai/2015 115784 Rede de distribuição Metais Sim Microbiológico; substâncias inorgânicas; subst. orgânicas; agrotóxicos; desinfetantes e ETA Sta. Fé 117439 Sim produtos (água tratada) Jun/2015 secundários da desinfecção; cianotoxinas; radioatividade; padrão organoléptico 117437 Rede de distribuição THM Sim Jul/2015 120317/32748 Rede de distribuição Metais Sim Ago/2015 125545 Rede de distribuição Metais Sim 129704 Rede de distribuição Metais Sim 129702 Rede de distribuição THM Sim Set/2015 ETA Sta. Fé 129700 THM Sim (água tratada) * o comentário com relação ao atendimento ou não da legislação requerida não considera o resultado da incerteza de medição dos ensaios. 4.1.1.2.7 Sistema de Abastecimento de Água Projetado DISTRITO SEDE Existe uma obra em andamento do "Projeto Executivo da Nova Captação e Adução do Ribeirão do Roque". Essa obra visa o aumento de capacidade de produção do Sistema de Abastecimento de Água da Sede de Pirassununga, projeto contratado pelo SAEP e elaborado pela PROESPLAN ENGENHARIA LTDA, em outubro de 2010. As fotos 4.10 e 4.11 ilustram o local em obras da nova captação. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -77- Foto 4.10 – Local da Nova Captação – Ribeirão do Roque Foto 4.11 – Canteiro de Obras – Sala de Comandos Elétricos Fonte: SAEP Após o término da obra (prevista ainda para 2015), a tomada de água será feita diretamente no leito do Ribeirão do Roque, através de bombas submersíveis, instaladas curso de água. Esta captação está localizada logo após a confluência do Ribeirão do Descaroçador, sob a antiga ponte ferroviária da FEPASA. A vazão de projeto é de 370 L/s, estabelecida com base no estudo hidrológico, onde a partir da metodologia DAEE, foi determinada a vazão mínima consecutiva por sete dias, com recorrência de dez anos (Q7,10) calculada em 0,743 m³/s. O projeto foi limitado à metade da vazão mínima calculada, considerando área total das bacias dos ribeirões do Roque e do Descaroçador de 308 km². Todas as unidades foram dimensionadas para esta vazão de projeto. A obra foi dividida em 2 (duas) etapas de implantação distintas. A seguir, estão descritas as unidades do sistema projetado: ♦ Estação Elevatória de Água Bruta - EEAB1: localizada junto à tomada d'água, irá recalcar a vazão de captação para a torre de carga, através de Linhas de Recalque individuais. Suas características operacionais básicas são: Tipo: submersível de eixo vertical, fluxo misto ou axial; 1ª Etapa Número de conjuntos: 3 (2+1R); Vazão nominal de cada conjunto: 140 L/s; Altura manométrica nominal: 15,83 mca. 2ª Etapa Número de conjuntos: 4 (3+1R); Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -78 Vazão nominal de cada conjunto: 123,3 L/s (Considerando Mudança de Rotor); Altura manométrica nominal: 15,65 mca. ♦ Linhas de Recalque Captação (LR1 a LR4): cada bomba terá uma linha de recalque independente com as seguintes características básicas: Diâmetro: 300,0 mm; Extensão de cada linha de recalque até a torre de carga: 28,3 m; Material: Ferro Fundido, conexões flangeadas, PN-10. ♦ Torre de Carga: tem por função a uniformização do fluxo dos diversos recalques da Elevatória de Tomada (EEAB1), além de criar condições de recalque favoráveis para os conjuntos motobomba, eliminando a necessidade da implantação de válvulas para cada um dos recalques. A torre de carga possui as seguintes características: Forma: cilíndrica; Diâmetro: 2,30 m; Altura útil: 6,20 m; Altura total: 7,20 m; Material: Aço Carbono. ♦ Adutora de Água Bruta - AAB1: conduz por gravidade a água da Torre de Carga até a Caixa de Chegada. As características básicas da adutora são as seguintes: Diâmetro: Ø600mm; Extensão: 67,44 m; Material: Aço. ♦ Caixa de Chegada: tem por função receber as tubulações provindas dos recalques da tomada de água, regularizando a entrada na unidade de desarenação. A caixa de chegada tem as seguintes características básicas: Largura: 1,80 m; Comprimento: 2,20 m; Altura total: 2,00 m. ♦ Unidade de Desarenação: é composta por duas caixas de areia quadradas com raspador e removedor de areia mecanizado circular, com as seguintes características: Largura: 5,00 x 5,00 m; Altura útil: 0,50m; Altura total: 1,70m. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -79♦ Adutora de Água Bruta - AAB2: a partir das caixas de areia a água desarenada é coletada em um canal interligado ao poço de sucção da Estação Elevatória de Água Bruta Desarenada (EEAB2) através de tubulações com as seguintes características: Material: Ferro Fundido; Quantidade e dimensões: 2 x Ø500 mm; Extensão: 3,50m. ♦ Poço de sucção: a água desarenada tem seu fluxo regularizado através do poço de sucção, que tem capacidade para autonomia de 30 minutos de recalque com a vazão nominal. Apresenta os seguintes dados: Número de câmaras: 2; Dimensões de cada câmara: 7,50 x 15,00 x 3,00m (altura útil) x 3,60 m (altura total). ♦ Estação Elevatória de Água Bruta Desarenada - EEAB2: é responsável pela transferência da água desarenada do poço de sucção para a ETA I, através da Linha de Recalque - LR5. Tipo: centrífuga, instalação de eixo horizontal, com corpo bipartido axialmente. 1ª Etapa Número de conjuntos: 3 (2+1R); Vazão nominal de cada conjunto, operando em paralelo: 140 L/s; Altura manométrica nominal: 98,33 mca. 2ª Etapa: Número de conjuntos: 4 (3+1R); Vazão nominal de cada conjunto, operando em paralelo: 123,3 L/s; Altura manométrica nominal: 103,5 mca. ♦ Linha de Recalque LR5: conduz a água da EEAB2 até a Calha Parshall da ETA I. A linha de recalque segue em sua maior parte o caminhamento do leito da antiga estrada de ferro da FEPASA até encontrar a estrada de acesso à ETA II, seguindo por esta estrada ao lado da adutora de água tratada existente, cruzando a rodovia SP-225. As características básicas da adutora são as seguintes: Diâmetro: Ø600 mm; Extensão: 4.220,05 m; Material: Ferro Fundido com ponta e bolsa junta elástica. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -80Também existe a previsão de duplicação da ETA II, porém não existe projeto. Essa duplicação foi considerada no dimensionamento do sistema de desidratação de lodo recentemente implantado. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS Na ETA Santa Fé, que fornece água para Cachoeira de Emas e Vila Santa Fé, existe a previsão da implantação do ‘Sistema de Tratamento de Lodo e Reaproveitamento das Águas de Lavagem de Filtros e Decantadores’. O projeto tem como objetivo, reduzir em 5% as perdas com lavagem de filtros e decantadores, além de reduzir o volume captado do Córrego da Barra, afluente do Rio Mogi Guaçu, e eliminar o lançamento de lodo no curso d’água. A implantação dessa obra foi orçada em R$ 960.121,76 (base SINAPI - Agosto/2012) e prevê ainda atendimento a uma futura ampliação da ETA, para tratamento de 50 L/s. O projeto existente contempla as seguintes unidades: Tanque de Regularização onde serão instalados dois misturadores tipo turbina axial; Decantador/Adensador; Tanque de Armazenamento de Lodo Adensado possuindo dois misturadores tipo turbina axial; e Sistema de Desaguamento de Lodo formado por uma centrífuga do tipo tambor horizontal, própria para o desaguamento de lodo físico-químico gerado em estação de tratamento de água. 4.1.2 Diagnóstico Operacional dos Sistemas de Abastecimento de Água 4.1.2.1 Mananciais de Suprimento O Sistema de Abastecimento de Água de Pirassununga é atendido exclusivamente por mananciais superficiais. Será avaliada, a seguir, a disponibilidade hídrica desses mananciais através do método de regionalização de vazões do DAEE, para o ponto de captação. A metodologia aplicada leva em conta a vazão de referência para outorga, vazão total consumida na área de drenagem da captação (usos outorgados - DAEE), bem como vazão ecológica obrigatória a ser mantida para jusante do ponto de captação. Os dados de entrada são os seguintes: Ribeirão Descaroçador Regionalização Hidrológica do Estado de São Paulo Posicionar o ponto de saída da bacia hidrográfica por: Coordenadas Geográficas Coordenadas UTM Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -81Dados de entrada: Área da bacia hidrográfica (km 2 ): 157,37 Longitude do Meridiano Central: 45 o Coordenadas Geográficas: Latitude: 22 Longitude: 47 o o 2 25 49,20 ' 19,20 ' " " Resultados Precipitação anual média (mm): 1358,9 Região hidrológica: N Região hidrológica (parâmetro C): Y Latitude: 22° 02' 49'' Longitude: 47° 25' 19'' Norte (m): 7559978,330 Este (m): 250026,839 Resultado 1: Vazão média de longo termo Vazão média plurianual (m³ /s): 1,817 Resultado 2: Curva de Permanência Vazão para "P (%)" de permanência (m³ /s): P (%) 5 10 15 20 25 30 40 50 60 70 75 80 85 90 95 100 Q (m 3 /s) 4,354 3,603 3,024 2,620 2,281 2,037 1,677 1,434 1,234 1,076 0,994 0,919 0,852 0,763 0,660 0,405 Resultado 3: Volume de regularização Volume necessário para se regularizar "Qf" com risco "R (%)" de probabilidade de não atendimento em um ano qualquer (106 m³ ): Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -82Vazão firme "Qf" (m³ /s): T (anos) 10 15 20 25 50 100 R (%) = 100 / T 10,00 6,67 5,00 4,00 2,00 1,00 Volume (10 6 m 3 ) 2,746 3,225 3,551 3,791 4,420 4,946 Dur. crítica (meses) 5,318 5,898 ????? ????? ????? ????? Resultado 4: Q7,T Vazão mínima anual de 7 dias consecutivos com "T" anos de período de retorno: Q7,T (m³/s): T (anos) 10 15 20 25 50 100 Q (m³ /s) 0,442 0,422 0,410 0,402 0,382 0,367 Córrego da Barra Regionalização Hidrológica do Estado de São Paulo Posicionar o ponto de saída da bacia hidrográfica por: Coordenadas Geográficas Coordenadas UTM Dados de entrada: Área da bacia hidrográfica (km 2 ): o Longitude do Meridiano Central: Coordenadas Geográficas: Latitude: o ' " Longitude: o ' " Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -83- Resultados 1375,0 Precipitação anual média (mm): N Região hidrológica: Y Região hidrológica (parâmetro C): Latitude: 21° 57' 07'' Longitude: 47° 21' 57'' Norte (m): 7570591,080 Este (m): 255646,110 Resultado 1: Vazão média de longo termo Vazão média plurianual (m³ /s): 1,386 Resultado 2: Curva de Permanência Vazão para "P (%)" de permanência (m³ /s): P (%) 5 10 15 20 25 30 40 50 60 70 75 80 85 90 95 100 Q (m 3 /s) 3,320 2,748 2,306 1,998 1,739 1,553 1,279 1,093 0,941 0,820 0,758 0,701 0,650 0,582 0,503 0,309 Resultado 3: Volume de regularização Volume necessário para se regularizar "Qf" com risco "R (%)" de probabilidade de não atendimento em um ano qualquer (106 m³ ): 0,693 Vazão firme "Qf" (m 3 /s): T (anos) 10 15 20 25 50 100 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -84R (%) = 100 / T 10,00 6,67 5,00 4,00 2,00 1,00 Volume (1 6 m³ ) 2,093 2,459 2,708 2,890 3,370 3,771 Dur. crítica (meses) 5,318 5,898 ????? ????? ????? ????? Recalcular Resultado 4: Q7,T Vazão mínima anual de 7 dias consecutivos com "T" anos de período de retorno: Q7,T (m³/s): T (anos) 10 15 20 25 50 100 Q ( 3 /s) 0,337 0,322 0,313 0,306 0,291 0,280 As vazões de referência para outorga estão apresentadas no Quadro 4.14. QUADRO 4.14 – VAZÃO DE REFERÊNCIA P ARA OUTORGA Descrição Área de Drenagem (km²) Q7,10 (L/s) Ribeirão Descaroçador Córrego da Barra (ou Batistela) 157,37 115,52 442,00 337,00 Elaboração ENGECORPS/MAUBERTEC, 2013 A expressão (1) mostra o equacionamento para a avaliação da disponibilidade hídrica por meio do cálculo do saldo disponível para outorga. Onde: 𝑆𝑆 = [�𝑄𝑄𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 ∗ 𝑘𝑘1 � − 𝑄𝑄𝑐𝑐 ] (1) 𝑆𝑆 = saldo disponível para outorga, em L/s; 𝑘𝑘1 = 0,50 (segundo Lei Estadual nº 9.034 de 27 de Dezembro de 1994); 𝑄𝑄𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 = Q7,10 = vazão de referência para orientar a outorga de direito de uso de recursos hídricos, em L/s; 𝑄𝑄𝐶𝐶 = vazão total consumida na área de drenagem em que a captação superficial está inserida, em L/s. O Quadro 4.15 apresenta as vazões de usos outorgados na área de drenagem. Essas informações compõem os dados de entrada para o cálculo do saldo de vazão disponível no local de captação. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -85QUADRO 4.15 – VAZÕES DE US OS OUTORGADOS NA ÁREA DE DRENAGEM Análise na Bacia de Captação Setor de Uso Consumo na Área de Drenagem (Qc) Urbano + Rural, Industrial, Irrigação e Animal Manancial Usos Outorgados na Área de Drenagem da Captação (L/s) Ribeirão Descaroçador 161,30 Córrego da Barra (ou Batistela) 36,67 Elaboração ENGECORPS/MAUBERTEC, 2013 Com base no Quadro 4.14 e no Quadro 4.15, e a partir da expressão (1), obteve-se o saldo disponível para outorga, conforme apresentado no Quadro 4.16. QUADRO 4.16 – S ALDOS DIS PONÍVEIS P ARA OUTORGA NOS P ONTOS DE CAP TAÇÃO Manancial Qref (L/s) k1.Qref (L/s) QC (L/s) S (L/s) Ribeirão Descaroçador Córrego da Barra (ou Batistela) 442,00 337,00 221,00 168,5 161,30 36,67 59,70 131,83 Elaboração ENGECORPS/MAUBERTEC, 2013 O ponto de captação no Ribeirão Descaroçador apresenta o consumo total (Qc) na área de drenagem inferior à disponibilidade hídrica, apresentando um saldo positivo de 59,70 L/s no local da captação, porém este não garante o atendimento da demanda atual 321,81 L/s (2015) e futura 276,13 L/s (2035), referente ao sistema da sede do município, que engloba o Bairro Mamonal. É importante salientar que a captação é realizada em uma barragem, onde há um acúmulo de água, o que garante a captação atual. O ponto de captação no Córrego da Barra também apresenta o consumo total (Qc) na área de drenagem inferior a disponibilidade hídrica, apresentando um saldo positivo de 131,83 L/s no local da captação, o que garante o atendimento da demanda atual 31,59 L/s (2015) e futura 28,16 L/s (2035), referente ao Distrito de Cachoeira de Emas. 4.1.2.2 Sistema Produtor DISTRITO SEDE A capacidade atual do sistema produtor, considerando o Distrito Sede de Pirassununga, com base nas informações do ano de 2015 do SAEP Pirassununga – Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga é a seguinte: ♦ Vazão de captação no manancial Ribeirão Descaroçador – ETA I – 135 L/s; ♦ Vazão de captação no manancial Ribeirão Descaroçador – ETA II e III – 150 L/s, 180 L/s ou 210 L/s (em função do regime de operação das bombas de captação); ♦ Vazão total média de produção, atualmente – 345 L/s. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -86Essa capacidade de produção está acima das demandas teóricas estabelecidas durante todo o período de planejamento (2015 a 2035). Os valores máximos, em termos de demanda máxima diária, estão em torno de 319,9 L/s e 1,9 L/s, correspondestes ao Distrito Sede e ao aglomerado rural Bairro Mamonal, este abastecido pelo mesmo sistema da Sede. Evidentemente, as demandas, apontadas nos quadros supracitados, estão referidas a um período de 24 horas de produção e foram estimadas levando-se em conta a implantação de um Programa de Redução de Perdas, que possa implicar a diminuição do valor atual de 48,4% até 29%, como valor idealizado para o ano de 2035. Para que se possa ter uma ideia da economia que poderá ser proporcionada pela redução de perdas, evitando-se ampliações desnecessárias em sistemas produtores, apresenta-se, no Quadro 4.17, a comparação das demandas médias diárias ao longo do período de planejamento com abordagem de dois cenários: ♦ CENÁRIO 1 – com implantação de um Programa de Redução de Perdas que possa proporcionar a redução dessas perdas de 48,4% (em 2015) para 29% (em 2035); ♦ CENÁRIO 2 – sem redução de perdas, mantendo-se o valor em 48,4% durante todo o período de planejamento. Ressalta-se que essa análise foi realizada considerando as demandas do Distrito Sede e do Bairro Mamonal. QUADRO 4.17 – COMPARAÇÃO DE DEMANDAS -P ERÍODOS QUINQUENAIS -2015 A 2035 Ano 2015 2020 2025 2030 2035 Índices de Perdas Demandas Médias Diárias Índices de Perdas Demandas Médias Diárias (%) (L/s) (%) (L/s) CENÁRIO 1 CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 CENÁRIO 2 48,4 43,6 38,7 33,9 29,0 291,71 278,53 265,30 252,30 239,65 48,4 48,4 48,4 48,4 48,4 291,71 304,69 315,13 323,38 329,81 Como se verifica, caso seja implantado um Programa de Redução de Perdas e se forem seguidas, em linhas gerais, as reduções propostas, somente no ano de 2035 a economia anual em termos de volume de água produzido será de (329,81-239,65) x 86,4 x 365 = 2.843.405 m³, ou seja, cerca de 2,8 bilhões de litros de água. Se for considerado o período completo de planejamento, a economia proporcionada poderá chegar a 31,8 bilhões de litros de água produzida. No Gráfico 4.1, encontra-se a comparação ilustrativa da evolução das demandas médias diárias ao longo do período de planejamento. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -87- Gráfico 4.1 - Comparação de Demandas - Períodos Quinquenais - 2015 a 2035 – Distrito Sede Evidentemente, esses valores são estimados e dependem de uma redução gradativa dos índices de perdas na distribuição, tal como planejado. Em função disso, pode haver substancial economia em investimentos e despesas de exploração do sistema de água, pois o volume produzido será bem menor para um mesmo volume consumido. Em função desses fatores, nesse PMSB do Município de Pirassununga recomenda-se que seja implantado um Programa de Redução de Perdas, tal como será delineado nos itens subsequentes. Com isso, evitar-se-ão ampliações desnecessárias no sistema produtor. Por outro lado, as capacidades nominais das estações de tratamento de água (ETA I, II e III) são de 135 L/s, 160 L/s e 50 L/s, respectivamente, as duas primeiras operando por um período de 21 horas/dia, e a última por um período de 5 horas por dia. Considerando que as mesmas operem com as respectivas vazões máximas e pelo tempo citado, o sistema de tratamento supre as demandas máximas diárias cujos valores máximos correspondem a 319,9 L/s e 1,9 L/s, já no ano de 2015, respectivamente para o Distrito Sede e o Bairro Mamonal, de modo a se esperar que o sistema como um todo (captações, elevatórias e adutoras de água, ETAs, etc.) possa ser integralmente aproveitado, eventualmente sem ampliações, apenas com reformas e adequações para melhoria operacional do mesmo. Deve-se ressaltar que na ETA I não existe um sistema de reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros, nem de tratamento dos despejos de lodo dos floculadores e decantadores, sendo este resíduo descartado no Ribeirão Descaroçador a jusante da captação. Já as ETAs II e III possuem sistema de recirculação das águas de lavagem dos filtros, assim como sistema de desidratação do lodo proveniente das unidades de decantadores e floculadores, com encaminhamento desses resíduos, após desidratação, para o Aterro Sanitário Municipal. Todas as ETAs são dotadas de sistemas de macromedição, através de Calha Parshall. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -88O município possui uma obra em andamento do "Projeto Executivo da Nova Captação e Adução do Ribeirão do Roque". Essa obra visa o aumento de capacidade de produção do Sistema de Abastecimento de Água da Sede de Pirassununga, projeto contratado pelo SAEP e elaborado pela PROESPLAN ENGENHARIA LTDA, em outubro de 2010. Esse estudo prevê a captação de uma vazão de 370 L/s, no Ribeirão do Roque, superior, portanto, à atual, podendo-se aferir que a mesma será suficiente para garantir o abastecimento de toda a Sede. DISTRITO CACHOEIRA DE EMAS A capacidade atual do sistema produtor, com base nas informações do ano 2015 do SAEP Pirassununga – Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga é a seguinte: ♦ Vazão média de captação no manancial Córrego da Barra (Batistela) e total de produção – 25 L/s, com operação de 20 horas/dia. Essa capacidade de produção está levemente abaixo das demandas teóricas estabelecidas durante todo o período de planejamento (2015 a 2035). O valor máximo, em termos de demanda máxima diária, está em torno de 31,59 L/s. As demandas, apontadas no quadro a seguir, estão referidas a um período de 24 horas de produção e foram estimadas levandose em conta a implantação de um Programa de Redução de Perdas, que possa implicar a diminuição do valor atual de 46,2% até 29%, como valor idealizado para o ano de 2035. Para que se possa ter uma ideia da economia que poderá ser proporcionada pela redução de perdas, evitando-se ampliações desnecessárias em sistemas produtores, apresenta-se, no Quadro 4.18, a comparação das demandas médias diárias ao longo do período de planejamento com abordagem de dois cenários: ♦ CENÁRIO 1 – com implantação de um Programa de Redução de Perdas que possa proporcionar a redução dessas perdas de 46,2% (em 2015) para 29% (em 2035); ♦ CENÁRIO 2 – sem redução de perdas, mantendo-se o valor em 46,2% durante todo o período de planejamento. QUADRO 4.18 – COMPARAÇÃO DE DEMANDAS -P ERÍODOS QUINQUENAIS -2015 A 2035 Ano 2015 2020 2025 2030 2035 Índices de Perdas Demandas Médias Diárias Índices de Perdas Demandas Médias Diárias (%) (L/s) (%) (L/s) CENÁRIO 1 CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 CENÁRIO 2 46,2 41,9 37,7 33,4 29,0 28,5 27,6 26,6 25,6 24,4 46,2 46,2 46,2 46,2 46,2 28,5 29,8 30,8 31,6 32,3 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -89Como se verifica, caso seja implantado um Programa de Redução de Perdas e se forem seguidas, em linhas gerais, as reduções propostas, somente no ano de 2035 a economia anual em termos de volume de água produzido será de (32,3 – 24,4) x 86,4 x 365 = 246.210 m³, ou seja, cerca de 246 milhões de litros de água. Se for considerado o período completo de planejamento, a economia proporcionada poderá chegar a 2,7 bilhões de litros de água produzida. No Gráfico 4.2, encontra-se a comparação ilustrativa da evolução das demandas médias diárias ao longo do período de planejamento. Gráfico 4.2 - Comparação de Demandas - Períodos Quinquenais - 2015 a 2035 – Distrito de Cachoeira de Emas Conforme já constatados, esses valores são estimados e dependem de uma redução gradativa dos índices de perdas na distribuição, segundo planejado. Portanto, pode ocorrer significativa economia em investimentos e despesas de exploração do sistema de água, pois o volume produzido será menor para um mesmo volume consumido. Em função desses fatores, reforça-se nesse PMSB do Município de Pirassununga a recomendação para que seja implantado um Programa de Redução de Perdas, tal como será delineado nos itens subsequentes do PMSB. Com isso, evitar-se-ão ampliações desnecessárias no sistema produtor. Por outro lado, a capacidade nominal da estação de tratamento de água (ETA Santa Fé) é de 35 L/s, operando atualmente com vazão média de 25 L/s, por um período de 20 horas/dia. Considerando o esquema de operação citado, o sistema produtor não supre a demanda máxima diária cujo valor máximo corresponde a 31,59 L/s se operado 24 horas por dia, já no ano de 2015. Porém, como há capacidade ainda não utilizada na estação, é de se esperar que o sistema como um todo (captação, elevatórias e adutoras de água, ETA, etc.) possa ser integralmente aproveitado, eventualmente sem ampliações, apenas com reformas e adequações para melhoria operacional do mesmo. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -90Deve-se ressaltar que na ETA Santa Fé não existe um sistema de reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros, nem de tratamento dos despejos de lodo dos floculadores e decantadores, sendo este resíduo descartado na rede de água pluvial. No entanto, o projeto existente supracitado também prevê a implantação de um ‘Sistema de Tratamento de Lodo e Reaproveitamento das Águas de Lavagem de Filtros e Decantadores’, para este distrito. Essa ETA também possui sistema de macromedição, com presença de Calha Parshall na entrada. 4.1.2.3 Sistemas de Reservação DISTRITO SEDE A capacidade atual do Sistema de Reservação do Distrito Sede, constituído de 17 reservatórios em operação, é de 12.300 m³. O maior centro de reservação está situado na área das ETAs II e III, com 6 (seis) reservatórios e volume total de armazenamento de 6.700 m³. Outro centro de reservação encontra-se na área da ETA I, com 2 (dois) reservatórios, um semienterrado e outro apoiado, com volumes de 150 m³ cada. Os demais estão localizados na rede de distribuição, em um total de 9 (nove) reservatórios com volumes variados de 150 m³ a 1.000 m³, totalizando 5.300 m³. Os volumes de reservação necessários para o Distrito Sede e o Bairro Mamonal variam entre 9.213 m³ (ano 2015) e 7.835 m³ (ano 2035), para a Sede, e 55 m³ (ano 2015) e 47 m³ (ano 2035), para o aglomerado. Portanto, há suficiência de reservação até o horizonte de planejamento, do início ao final do plano. Deve-se ressaltar que os volumes de reservação necessários são calculados como um terço da demanda máxima diária e, como as demandas deverão ser decrescentes até o final do plano, em função da implementação de um Programa de Redução de Perdas, os volumes de reservação também serão decrescentes. 4 DISTRITO CACHOEIRA DE EMAS A capacidade atual do Sistema de Reservação do Distrito de Cachoeira de Emas, constituído de 7 (sete) reservatórios em operação, é de 1.240 m³. A maior capacidade de reservação está situada na área da ETA Santa Fé, com existência de 5 (cinco) reservatórios, com volume total de armazenamento de 890 m³. Os demais estão localizados na rede de distribuição, com volumes de 200 m³ e 150 m³. Os volumes de reservação necessários para o Distrito de Cachoeira de Emas variam entre 910 m³ (ano 2015) e 804 m³ (ano 2035). Portanto, há suficiência de reservação até o horizonte de planejamento, do início ao final do plano. 4 Nota – Na impossibilidade de se obterem as curvas de consumo, conforme as prescrições contidas nas normas ABNT NBR 12.217/94 e NBR 12.218/94, que estabelecem os critérios de volume a ser reservado, adotou-se, como regra prática usual, 33% da demanda do dia de maior consumo. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -91Observa-se que, conforme preconizado pelo SAEP, por motivos principalmente recreativos, o distrito atrai uma população flutuante considerável, de cerca de 4.500 pessoas por final de semana, o que tem gerado preocupação por parte da operadora. Assim, o reservatório de 500m3, construído na área da ETA Santa Fé, teve como objetivo evitar problemas com falta de água para distribuição, uma vez que o Distrito recebe vários moradores aos finais de semana e feriados (população flutuante). 4.1.2.4 Sistemas de Elevação/Adução de Água Tratada DISTRITO SEDE Existe apenas uma estação elevatória de água tratada no sistema de adução aos reservatórios, responsável pelo recalque da vazão produzida na ETA I até o Centro de Reservação principal (ETAs II e III). Essa elevatória (EEAT1) é de poço seco, dotada de bombas de eixo horizontal com vazão média de operação igual a 120 L/s, funcionando por um período de 22 h/dia. As principais características dessa elevatória e da respectiva linha adutora já foram apresentadas no item 4.1.1 anterior. A elevatória é dotada de conjunto motobomba para reserva e rodízio, também utilizado para operação simultânea, com características parecidas. Quando operados em conjunto, a vazão pode atingir 135 L/s. Ressalta-se que a EEAT1 possui automação para partida e parada das bombas, porém não há gerador de emergência. A adutora de água tratada (AAT1) é constituída em FºFº e está em boas condições de uso. Nesse sistema também há uma estação pressurizadora de água tratada (EPAT), tratandose de um booster, com função de pressurizar a rede de abastecimento para atendimento da Zona Alta do município. A capacidade de bombeamento dessa estação é de 111 L/s. O abastecimento do bairro rural Mamonal é realizado também através da estação pressurizadora da Zona Alta do distrito Sede, sendo que nos pontos mais baixos a pressão é controlada por Válvulas Redutoras de Pressão (VRP’s). Não foram fornecidas maiores informações a respeito da operação da elevatória e do booster, inclusive a suficiência de bombeamento aos respectivos reservatórios. DISTRITO CACHOEIRA DE EMAS A água tratada no sistema do Distrito de Cachoeira de Emas é distribuída diretamente por gravidade, sem necessidade de adutoras e elevatórias. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -924.1.2.5 Rede de Distribuição DISTRITO SEDE A rede de distribuição de água apresenta, atualmente, uma extensão de cerca de 558,81 km, com predominância de tubulação em PVC, abrangendo a área urbana da Sede e o Bairro Mamonal, rural. Foram registrados 584 vazamentos/rompimentos em 2013, sendo que esse número reduziu para 531 em 2014 e para 529 em 2015. Observa-se que esse número contempla o município em sua totalidade, incluído o Distrito Cachoeira de Emas. Ressalta-se que não há cadastro completo e atualizado do sistema de abastecimento de água da Sede (o cadastro do Bairro Mamonal encontra-se atualizado), o mesmo de extrema importância ao município, de modo que a sua elaboração e/ou atualização é recomendada nesse PMSB. O índice de Perdas na Distribuição, tal como estimado a partir de informações do SNIS 2013, apresenta valor em torno de 38,24%. Em consonância com o informado pelo SAEP, o índice de perdas total no ano de 2012, que atingiu 43,76%, deveu-se a um vazamento, já solucionado. Para que se evitem ampliações desnecessárias no Sistema Produtor, é recomendável a implantação de um Programa de Redução de Perdas, com intervenções que abranjam a nova setorização da rede, substituição de trechos de redes, troca de hidrômetros e ramais, etc., e a implementação de uma gestão comercial eficaz, que permita melhor eficiência no sistema de micromedição. O sistema possui um total de 45 pontos de controle sanitário distribuídos na localidade, com análises física, químicas e bacteriológicas realizadas periodicamente. DISTRITO CACHOEIRA DE EMAS No Distrito de Cachoeira de Emas, a rede de distribuição de água apresenta, atualmente, uma extensão de cerca de 41,45 km, também predominando tubos de PVC. Ressalta-se que para o distrito também não há cadastro completo e atualizado do sistema de abastecimento de água, o mesmo de extrema importância ao município, de modo que a sua elaboração é recomendada nesse PMSB. Conforme informações disponibilizadas pelo SAEP, em outubro/2015, o índice de perdas total do distrito é de 46,19%. Dessa forma, o Programa de Redução de Perdas deve abranger para este distrito as mesmas ações identificadas para o Distrito Sede de Pirassununga (nova setorização da rede, substituição de trechos de redes, troca de hidrômetros e ramais, etc., e a implementação de uma gestão comercial eficaz). Neste distrito, encontram-se 5 pontos de controle sanitário distribuídos na localidade, com a mesma periodicidade de análise da Sede. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -934.1.2.6 Principais Problemas e Estado de Conservação das Unidades dos Sistemas de Abastecimento de Água Os principais problemas verificados no Sistema de Abastecimento de Água de Pirassununga encontram-se resumidos a seguir. DISTRITO SEDE SISTEMA PRODUTOR ♦ Captação Ribeirão Descaroçador (ETA I), EEAB1, AAB1: manancial não protegido; falta de informações a respeito de análises de água bruta, com base em análises rotineiras; há outorga de captação no manancial; há canal de tomada, porém não há poço de sucção na EEAB1; há conjunto motobomba reserva, e ambos os conjuntos estão em bom estado de conservação; há automação para partida de parada das bombas e gerador emergência para a ETA I; a adutora (AAB1) está em boa condição de uso; ♦ Captação Ribeirão Descaroçador (ETAs II e III), EEAB2, AAB2: manancial não protegido; falta de informações a respeito de análises de água bruta, com base em análises rotineiras; há outorga de captação no manancial; há canal de tomada, porém não há poço de sucção na EEAB2; há conjunto motobomba para reserva ou operação simultânea, e ambos os conjuntos estão em bom estado de conservação; há automação para partida e parada das bombas; não há gerador de emergência; a adutora (AAB2) está em boa condição de uso; ♦ ETA I: é do tipo convencional, com capacidade nominal de 135 L/s, operando na capacidade máxima, por um período de 22h/dia; não há indicação dos volumes macromedidos e do consumo de produtos químicos; não possui sistema de reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros nem sistema de tratamento do lodo gerado nos decantadores e floculadores, sendo esse resíduo descartado no Ribeirão Descaroçador a jusante da captação; a ETA I foi reformada em outubro de 2010, e, portanto, encontra-se em bom estado de conservação; ♦ ETA II: é do tipo convencional, com capacidade nominal de 160 L/s, operando na capacidade máxima, por um período de 22h/dia; não há indicação dos volumes macromedidos e do consumo de produtos químicos; possui sistema de reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros e sistema de tratamento do lodo gerado nos decantadores e floculadores, sendo esse resíduo encaminhado, após desaguamento, ao Aterro Sanitário Municipal; não foram levantados problemas operacionais com a estação, a mesma em bom estado de conservação; ♦ ETA III: é do tipo convencional compacta, com capacidade nominal de 50 L/s, operando na capacidade máxima, por um período de 22h/dia; não há indicação dos volumes macromedidos e do consumo de produtos químicos; possui sistema de reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros e sistema de tratamento do lodo Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -94gerado nos decantadores e floculadores, sendo esse resíduo encaminhado, após desaguamento, ao Aterro Sanitário Municipal; não foram levantados problemas operacionais com a estação, a mesma em bom estado de conservação. SISTEMA DE RESERVAÇÃO/ELEVAÇÃO E ADUÇÃO DE ÁGUA TRATADA ♦ Volume de reservação total: suficiente durante todo o período de planejamento; ♦ Reservação setorial: há necessidade de identificação de possíveis déficits setoriais, para rearranjo do sistema de distribuição e implementação de um Programa de Redução de Perdas; ♦ Estado de conservação dos centros de reservação: todos os reservatórios estão em boas condições de uso; ♦ Elevação e adução de água tratada: a EEAT1 possui conjunto motobomba para rodízio e reserva ou operação simultânea, com características parecidas; há automação para partida e parada das bombas; não há geradores de emergência; tanto a elevatória quanto a respectiva linha adutora (AAT1) estão em bom estado de conservação; booster em boas condições de uso e conservação. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ♦ Rede de distribuição está em bom estado de conservação, sendo registrados 529 vazamentos/rompimentos em 2015 (número que engloba o sistema do Distrito Cachoeira de Emas); há 45 pontos de controle sanitário; não há cadastro completo e atualizado da rede de abastecimento de água; ♦ Há necessidade de se efetuar/analisar a setorização na rede, com possível estabelecimento de novos setores de medição, concomitantemente à implementação de um Programa de Redução de Perdas, que esteja relacionado com a substituição de redes, troca de hidrômetros e ramais e com implantação de uma gestão comercial eficaz do sistema de micromedição/faturamento. Distrito de Cachoeira de Emas SISTEMA PRODUTOR ♦ Captação Córrego da Barra (Batistela), EEAB3, AAB3: manancial não protegido; falta de informações a respeito de análises de água bruta, com base em análises rotineiras; há outorga de captação no manancial; há canal de tomada, porém não há poço de sucção na EEAB3; há conjunto motobomba reserva, e ambos os conjuntos estão em bom estado de conservação; inexistência de automação para partida e parada das bombas; não há gerador de emergência; a adutora (AAB3) está em boas condições de uso; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -95♦ ETA Santa Fé: é do tipo convencional, com capacidade nominal de 35 L/s, operando com vazão média de 25 L/s, por um período de 20 h/dia; não há indicação dos volumes macromedidos e do consumo de produtos químicos; não possui sistema de reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros nem sistema de tratamento do lodo gerado nos decantadores e floculadores, sendo esse resíduo descartado na rede de água pluvial. SISTEMA DE RESERVAÇÃO/ELEVAÇÃO E ADUÇÃO DE ÁGUA TRATADA ♦ Volume de reservação total: suficiente durante todo o período de planejamento; ♦ Reservação setorial: há necessidade de identificação de possíveis déficits setoriais, para rearranjo do sistema de distribuição e implementação de um Programa de Redução de Perdas; ♦ Estado de conservação dos centros de reservação: todos os reservatórios estão em boas condições de uso. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ♦ Rede de distribuição está em bom estado de conservação, exceto em relação à adutora de água tratada Cachoeira de Emas, que apresenta vazamento expressivo; há 5 (cinco) pontos de controle sanitários; não há cadastro completo e atualizado da rede de abastecimento de água; ♦ Há necessidade de se efetuar/analisar setorização na rede, com estabelecimento de setores de medição, concomitantemente à implementação de um Programa de Redução de Perdas, que esteja relacionado com a substituição de redes, troca de hidrômetros e ramais e com implantação de uma gestão comercial eficaz do sistema de micromedição/faturamento. 4.1.2.7 Análise Operacional dos Serviços de Água com Base em um Sistema de Indicadores Para análise e avaliação da prestação atual dos serviços de abastecimento de água, adotaram-se alguns indicadores constantes do Glossário de Informações de Água e Esgotos do Ministério das Cidades, considerados mais apropriados para essa avaliação em questão. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -96Indicadores Operacionais - Água IN009 – Índice de Hidrometração - % Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas Quantidade de Ligações Ativas de Água IN020 – Extensão de Rede de Água por Ligação – m/ligação Extensão da Rede de Água Quantidade de Ligações Totais de Água IN022 – Consumo Médio Per Capita de Água – L/hab.dia Volume de Água Consumido – Volume de Água Tratada Exportado População Total Atendida com Abastecimento de Água IN023 – Índice de Atendimento Urbano de Água - % População Urbana Atendida com Abastecimento de Água População Urbana do Município Atendido com Abastecimento de Água IN028 – Índice de Faturamento de Água – % Volume de Água Faturado Volume de Água (Produzido + Tratado Importado – de Serviço) IN049 – Índice de Perdas na Distribuição - % Volume de Água (Produzido+Tratado Importado – de Serviço) – Volume de Água Consumido Volume de Água (Produzido + Tratado Importado – de Serviço) 5 IN051 – Índice de Perdas por Ligação – l/ligação.dia Volume de Água (Produzido+Tratado Importado – de Serviço) – Volume de Água Consumido Quantidade de Ligações Ativas de Água IN055 – Índice de Atendimento Total de Água - % População Total Atendida com Abastecimento de Água População Total do Município Atendido com Abastecimento de Água No Quadro 4.19 encontram-se reproduzidos os valores desses indicadores para a situação de 2013, conforme informações constantes do SNIS do Ministério das Cidades: 5 Notas 1 – Por definição, o volume de água consumido não deve ser confundido com o volume de água faturado; o volume consumido compreende o volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou com o hidrômetro parado e o volume de água tratada exportado; 2 – O volume de água micromedido compreende o volume anual medido pelos hidrômetros instalados nos ramais prediais. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -97QUADRO 4.19 – VALORES DE ALGUNS INDICADORES OP ERACIONAIS P ARA AVALIAÇÃO DA P RES TAÇÃO DOS S ERVIÇOS DE ABAS TECIMENTO DE ÁGUA – S NIS 2013 – P IRAS S UNUNGA Indicador IN009 – Índice de Hidrometração IN020 – Extensão de Rede de Água por Ligação IN022 – Consumo Médio Per Capita de Água IN023 – Índice de Atendimento Urbano de Água IN028 – Índice de Faturamento de Água – % IN049 – Índice de Perdas na Distribuição IN051 – Índice de Perdas por Ligação IN055 – Índice de Atendimento Total de Água Unidade Valor % m/ligação L/hab.dia % % % L/ligação.dia % 100,00 18 201,0 100 79,71 38,24 309,31 91,63 A análise dos indicadores supracitados permite concluir que se trata de um sistema que apresenta valores adequados e outros não conformes, segundo apresentado a seguir: ♦ o índice de hidrometração (IN009 = 100%) é elevado, atingindo a totalidade das residências; no entanto, não se pode garantir uma medição adequada nos volumes consumidos, uma vez que esse indicador não está referido a certas condições não conformes, quais sejam, hidrômetros parados ou com incapacidade de medição do consumo de forma o mais precisa possível; ♦ a extensão de rede por ligação (IN020 = 18 m/ligação) é um pouco elevada, indicando atendimento, em média, a construções com largura maior dos lotes ou distâncias maiores entre as áreas de atendimento, implicando maiores custos para implantação de redes; ♦ o consumo de água per capita (IN022 = 201,0 L/hab.dia) não é muito elevado e condiz com o porte do município; foi utilizado um valor ligeiramente menor como base para a previsão das demandas (200L/hab/dia); ♦ o índice de atendimento urbano de água é elevado (IN023 = 100%), abrangendo a totalidade da população urbana do município, ou seja, há universalização dos serviços de abastecimento de água; ♦ o índice de faturamento de água é elevado (IN028 = 79,71%) e é coerente com o índice de perdas na distribuição, correspondente a 38,24%; deve-se salientar que o índice de faturamento é superior ao volume consumido (micromedido ou não), uma vez que são cobrados consumos mínimos não necessariamente atingidos pelos usuários; ♦ o índice de perdas na distribuição é elevado (IN049 = 38,24%), e está abaixo do índice estimado com base nas informações de volumes produzido e consumido fornecidos para o ano de 2015, cujo valor atual corresponde a 48,2% para o município como um todo; no entanto, ambos os valores podem ser considerados elevados e são comuns para sistema de abastecimento de água no Brasil; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -98♦ como consequência, quando se exprimem as perdas por ligação, o valor encontrado elevado (IN051 = 309,31 L/ligação.dia), uma vez que é superior a 200 L/ligação.dia, considerado limite de adequação do indicador; ♦ o índice de atendimento de água (IN055 = 91,63%), deve-se ao não abastecimento pela rede pública a populações situadas no entorno da área mais central de Pirassununga. Pode-se concluir que o sistema de água apresenta algumas informações ligeiramente diferentes entre as informações do SNIS 2013 e as estimadas com base em informações do SAEP para o ano de 2015, que foram utilizadas para as projeções ao longo dos anos de planejamento. Além disso, observa-se a necessidade principal em reduzir o índice de perdas, assim como aumentar o atendimento total com os serviços de abastecimento de água. 4.1.3 Diagnóstico dos Serviços de Esgotos Sanitários 4.1.3.1 Características Gerais No município de Pirassununga existem 3 (três) sistemas de Coleta e Tratamento de Esgotos implantados. O sistema principal atende a Sede Municipal, outro atende o Bairro Mamonal, um condomínio de chácaras na zona rural, próximo a Sede, e o último sistema é responsável pelo atendimento do distrito Cachoeira de Emas e Vila Santa Fé. O sistema de esgotamento sanitário de Pirassununga é integralmente operado pelo SAEP - Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga. As informações retiradas do SNIS, ano 2013, são referentes ao município como um todo, abrangendo tanto o distrito sede como o distrito de Cachoeira de Emas, essas informações estão apresentadas a seguir: ♦ Índice de atendimento Urbano de esgoto .............................................................. 100%; ♦ Índice de tratamento do esgoto coletado ............................................................ 49,99%; ♦ Quantidade de ligações ativas de esgoto ............................................................. 26.626; ♦ Volume Anual Coletado ..............................................................................3.875.000 m³; ♦ Volume Anual Tratado ................................................................................3.784.240 m³; ♦ Volume Anual Faturado ..............................................................................3.875.000 m³; ♦ Extensão da rede de esgoto ................................................................................ 362 km. As características gerais dos sistemas da Sede de Pirassununga e do Distrito de Cachoeira de Emas, conforme os dados coletados no SAEP (Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga) em outubro/2015, encontram-se apresentados a seguir: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -99DISTRITO SEDE ♦ Porcentagem de Atendimento por coleta ............................................................... 100%; ♦ Porcentagem de Tratamento do Esgoto Coletado ................................................. 100%; ♦ Nº de ligações/economias ...................................................................... 25.425 / 26.935. ETE Laranja Azeda (principal) ♦ Tipo de Tratamento ................................................. UASB+Filtro Biológico+Decantador; ♦ Vazão Nominal de Tratamento (L/s) ......................................................................... 250; ♦ Vazão Média Tratada (L/s) ........................................................................................ 125; ♦ Destinação final do Efluente Tratado ......................................... Córrego Laranja Azeda. ETE Mamonal ♦ Tipo de Tratamento ....................................................................................... Fossa-filtro; ♦ Vazão Nominal de Tratamento (L/s) ............................................................................. 2; ♦ Vazão Média Tratada (L/s) ......................................................................................... 0,8; ♦ Destinação final do Efluente Tratado ............................................................. Sumidouro. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS - ETE SANTA FÉ ♦ Porcentagem de Atendimento por coleta ................................................................. 95%; ♦ Porcentagem de Tratamento do Esgoto Coletado ................................................. 100%; ♦ Nº de ligações/economias .......................................................................... 2.463 / 2.620; ♦ Tipo de Tratamento ............................................. Lodos Ativados (aeração prolongada); ♦ Vazão Nominal de Tratamento (L/s) ........................................................................... 12; ♦ Vazão Média Tratada (L/s) ......................................................................................... 7,5; ♦ Destinação final do Efluente Tratado .................................................... Rio Mogi Guaçu. A Ilustração 6.2, inserida no Capítulo 6, apresenta as localizações das unidades componentes do sistema. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1004.1.3.2 Sistema de Esgotamento DISTRITO SEDE Como já apresentado nas características gerais do sistema, existem 2 (duas) ETEs em operação, uma para atendimento do Bairro Mamonal e a principal para atendimento do restante da Sede Municipal, alcançando 100% de atendimento na área urbana. O sistema de esgotamento é composto por rede coletora (cerca de 362 km, em 2013), 5 (cinco) estações elevatórias de esgotos, 3 (três) coletores-tronco (C.T.) e 1 (um) emissário final (EMF). O C.T. 1, responsável por coletar os esgotos da porção leste da cidade, inicia-se na esquina da Alameda das Açucenas com a Rua Hilton da Silva Bley, com 400 mm de diâmetro. Segue margeando o Córrego do Andrezinho até ir de encontro ao C.T. 2, no Ribeirão da Laranja Azeda, ponto onde tem início o EMF. O coletor tem seu diâmetro aumentado para 600 mm ao longo de seus 5.920 m, e é todo em manilhas de barro. Já o C.T. 2, responsável por coletar e conduzir ao EMF os esgotos da porção Sul e Oeste da cidade tem seu início na esquina da Rua Campo Grande com a Rua Florianópolis, e segue margeando o Ribeirão do Ouro, afluente do Ribeirão Laranja Azeda. Quando os dois cursos d’água confluem, o C.T. 2 segue margeando o segundo, até ir de encontro ao C.T. 1. Assim como o coletor 1, o C.T. 2 varia de diâmetro ao longo de seus 9.090 metros, iniciando com 300 mm e passando por 400 mm, 800 mm e 1.000 mm, sempre tubos de manilhas de barro. O terceiro coletor-tronco (C.T. 3), bem menor que os demais, parte da Avenida Padre Antônio Van Ess, próximo à Rua Luiz Tesch, e, margeando o Ribeirão Laranja Azeda, coleta os esgotos de alguns bairros até ir de encontro ao C.T. 2, na Rua Riachuelo. O coletor é todo em Manilhas de Barro de 300 mm, com extensão de 980 metros. No ponto onde os coletores-tronco 1 e 2 se unem, tem início o emissário final, o qual segue margeando o Ribeirão Laranja Azeda até atingir o poço de sucção da EEE Final da Sede. O EMF tem 2.530 metros de extensão, em Manilhas de Barro de 1.000 mm. O Quadro 4.20 a seguir resume os coletores e emissários descritos: QUADRO 4.20 – DADOS DOS COLETORES -TRONCO E EMIS S ÁRIOS - S EDE Denominação Material C.T. 1 Manilhas de Barro C.T. 2 Manilhas de Barro C.T. 3 EMF Manilhas de Barro Manilhas de Barro Diâmetro (mm) 400 600 300 400 800 1.000 300 1.000 Extensão (m) 610 5.310 1.510 1.480 3.320 2.780 980 2.530 * Obs.: As extensões são aproximadas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -101DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS Os esgotos coletados no distrito de Cachoeira de Emas e na Vila Santa Fé são encaminhados para tratamento na ETE Santa Fé, o atendimento abrange 95% da população urbana dessas áreas. Novamente, o sistema de esgotamento é bastante simples, contando basicamente com rede coletora e 3 (três) estações elevatórias, sem presença de interceptores e emissários. Não há informações sobre problemas significativos no sistema. 4.1.3.3 Estações Elevatórias e Linhas de Recalque DISTRITO SEDE E BAIRRO MAMONAL A Sede Municipal possui 5 (cinco) Estações Elevatórias de Esgoto em operação, 4 (quatro) delas pertencentes ao sistema principal e 1 (uma) ao Bairro Mamonal. As características dessas elevatórias estão apresentadas no Quadro 4.21. QUADRO 4.21 – ES TAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ES GOTO - S EDE Denominação Modelo Nº de Conjuntos motobombas Potência (cv) Vazão (L/s) AMT (m.c.a.) EEE Jd. Milenium CP3152/3500RPM 1+1 23,4 10,0 30,0 EEE Jd. Verona NP 3152 1+0 20,4 10,0 30,0 EEE Polo Industrial SPV – EG-750 1+1 2,0 1,0 10,0 EEE Final Sede ABS submersível 1+2 90,0 125,0 32,9 EEE Mamonal Helicoidal 1+1 3,0 1,5 40,0 As EEEs Jd. Milenium, Jd. Verona e Polo Industrial recalcam os esgotos coletados nos respectivos bairros para pontos da rede coletora principal. Essa rede encaminha os efluentes, por gravidade, até a EEE Final, a partir da qual são recalcados para a ETE Laranja Azeda. Já a EEE Mamonal recalca parte dos esgotos coletados no bairro de mesmo nome até a ETE Mamonal, para tratamento; o restante é encaminhado por gravidade à ETE. Não existe automação para a partida e parada das bombas, assim como não há gerador de emergência para as EEEs existentes, com exceção da EEE Final que, além de gerador, possui sensor ultrassônico para controle de nível do poço de sucção. Não foram disponibilizadas maiores informações sobre as linhas de recalque. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -102DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS Segundo informações do GEL, o distrito de Cachoeira de Emas possui 3 (três) Estações Elevatórias de Esgoto em operação, uma para atendimento do Ecomuseu, outra localizada no distrito de Cachoeira de Emas, e a última localizada na Vila Santa Fé. As características dessas elevatórias estão apresentadas no Quadro 4.22: QUADRO 4.22 – ES TAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ES GOTO - SIS TEMA ETE-S ANTA FÉ Nome Nº de Conjuntos motobombas Potência (CV) Vazão (L/s) AMT (m.c.a.) EEE Ecomuseu 1+1 2,0 2,0 3,0 EEE Cachoeira de Emas 1+1 30,0 23,0 35,0 EEE Vila Santa Fé 1+1 30,0 10,0 69,0 A EEE Ecomuseu recalca os esgotos até a EEE Cachoeira de Emas. Esta, por sua vez, recebe além do esgoto do Ecomuseu, o efluente proveniente da rede coletora do distrito de mesmo nome. A EEE Cachoeira de Emas é responsável por recalcar o esgoto até a ETE Santa Fé, assim como a EEE Santa Fé (Final) é responsável por encaminhar o esgoto coletado da Vila Santa Fé até a estação de tratamento. Não existe automação para a partida e parada das bombas, assim como não há gerador de emergência para as EEEs existentes. No entanto, a EEE Cachoeira de Emas possui sensor ultrassônico para controle de nível do poço de sucção. 4.1.3.4 Tratamento de Esgotos DISTRITO SEDE E BAIRRO MAMONAL Como dito anteriormente, a Sede Municipal possui duas ETEs instaladas, a ETE Laranja Azeda e a ETE Mamonal. Em relação à ETE Laranja Azeda, o tratamento do esgoto empregado é realizado por 2 (dois) Reatores Anaeróbios, seguidos por um Filtro Biológico e um Decantador Secundário. Além dessas unidades, há também as de Tratamento Preliminar, composto por gradeamento e caixa de areia, Calha Parshall, Caixas de Gordura e Unidade de Desinfecção, na qual é feita a cloração do efluente antes do lançamento no corpo receptor. O Fluxograma do processo de tratamento realizado na ETE Laranja Azeda está apresentado na Figura 4.1 a seguir. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -103- Figura 4.1 - Fluxograma do Processo de Tratamento - ETE Laranja Azeda Fonte: EDITAL Nº 020/06 - TERMOS DE REFERÊNCIA EXECUÇÃO DAS OBRAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE PIRASSUNUNGA – SP, JAN/2006 A capacidade nominal de tratamento da ETE é de 250 L/s. Atualmente, a vazão média de tratamento é de 187 L/s. É dotada de laboratório para análises Físico-Químicas e Biológicas e possui sistema de desidratação de lodo (centrífuga). As fotos 4.12 a 4.15 ilustram as unidades da ETE Laranja Azeda. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -104- Foto 4.12 - Tratamento preliminar - Caixas de Areia Foto 4.13 - Reatores Anaeróbios Foto 4.14 - Filtro Biológico Foto 4.15 - Laboratório O Quadro 4.23 apresenta a relação de produtos químicos utilizados na ETE Laranja Azeda no ano de 2015. QUADRO 4.23 – RELAÇÃO DOS P RODUTOS QUÍMICOS US ADOS NO TRATAMENTO DE ES GOTO (2015) – ETE LARANJ A AZEDA Produto Aplicação Quantidade anual Polímero catiônico em pó Desidratação de lodo 2 toneladas Hipoclorito de Sódio Desinfecção de esgoto tratado (final de tratamento) 180 toneladas Fonte: SAEP. O efluente tratado por esta ETE é lançado no Córrego Laranja Azeda, cuja outorga de lançamento foi solicitada em 2006 e concedida para um prazo de 10 anos, com uma vazão Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -105futura máxima de 1800 m³/h (500 L/s), período de 10h/dia, 30 dias mês ou uma vazão futura média de 1260 m³/h (350 L/s), período de 24h/dia, 30 dias mês. Foram fornecidos pelo SAEP os resultados das análises de qualidade de efluente realizadas na ETE Laranja Azeda no ano de 2015, conforme Quadro a seguir. QUADRO 4.24 – RES ULTADOS DAS ANÁLIS ES DE EFLUENTE NO S IS TEMA DA ETE LARANJ A AZEDA. Atendimento aos padrões de emissão* n° Parâmetros Data Relatório Local Dec. Est. analisados CONAMA 430/11, de Ensaio 8468/78, art. 16 art. 18 Entrada da 077616 ETE – branco Jan/2015 077628 Saída da ETE Sim DBO não atende 077617 Entrada da ETE – branco - 077629 Saída da ETE DBO não atende Sólidos sedimentáveis, DBO e Nitrogênio amoniacal não atendem 115387 Entrada da ETE – branco - - 115389 Saída da ETE Sólidos Sedimentáveis não atende Sólidos Sedimentáveis não atende 115777 Entrada da ETE – branco - - 115778 Saída da ETE Sim Sim 115787 Entrada da ETE – branco - Sólidos Sedimentáveis, Sulfeto e Óleos Vegetais e Gorduras Animais não atendem Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015 - Físicos; substâncias orgânicas; metais; substâncias inorgânicas 115788 Saída da ETE Sólidos Sedimentáveis e DBO não atendem 117442 Entrada da ETE – branco - - 117443 Saída da ETE Sim Sulfeto não atende 120320 Entrada da ETE – branco - - 120321 Saída da ETE Sim DBO e Nitrogênio Amoniacal Total não atendem 125549 Entrada da ETE – branco - - Mai/2015 Jun/2015 Jul/2015 Ago/2015 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -106- Data Atendimento aos padrões de emissão* Dec. Est. CONAMA 430/11, 8468/78, art. 16 art. 18 Sólidos Sedimentáveis e Sólidos Nitrogênio Sedimentáveis Amoniacal Total não atendem não atendem n° Relatório de Ensaio Local 125550 Saída da ETE 129708 Entrada da ETE – branco - - 129709 Saída da ETE Sim Sim Set/2015 Parâmetros analisados * o comentário com relação ao atendimento ou não da legislação requerida não considera o resultado da incerteza de medição dos ensaios. Já a ETE Mamonal, que atende o Bairro de Chácaras Mamonal, trata os esgotos coletados no bairro por um sistema Fossa-Filtro, constituído de 2 (duas) fossas seguidas por dois filtros biológicos e sumidouro. Sua capacidade nominal de tratamento é de 2 L/s, tratando atualmente uma vazão média de 2,0 L/s. A Foto 4.16 ilustra a fossa filtro da ETE Mamonal. Foto 4.16 - Fossa-Filtro - ETE Mamonal DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS A ETE Santa Fé foi implantada em Agosto/2003. Nessa ETE, o tratamento do esgoto empregado é realizado por um sistema de Lodos Ativados com aeração prolongada, seguido de um Decantador. Sua capacidade nominal de tratamento é de 12 L/s, tratando atualmente uma vazão média de 16,1 L/s. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -107A ETE é dotada de sistema de desidratação de lodo (centrífuga), no qual é adicionado polímero para auxiliar o adensamento do material. As fotos 4.17 a 4.20 ilustram as unidades da ETE Santa Fé. Foto 4.17 - Tanque de Aeração (reator) Foto 4.18 - Tanque de Aeração (reator) Foto 4.19 – Decantador Foto 4.20 - Centrífuga O Quadro 4.25 apresenta a relação de produtos químicos utilizados na ETE Laranja Azeda no ano de 2015. QUADRO 4.25 – RELAÇÃO DOS P RODUTOS QUÍMICOS US ADOS NO TRATAMENTO DE ES GOTO (2015) – ETE S ANTA FÉ Produto Aplicação Quantidade anual Polímero catiônico em pó Desidratação de lodo 2 toneladas Fonte: SAEP. O efluente tratado é lançado no Rio Mogi Guaçu, cuja outorga para regularização do lançamento foi solicitada em 2006 e concedida para um prazo de 10 anos, com uma vazão futura máxima de 108 m³/h (30 L/s), período de 15h/dia, 30 dias mês ou uma vazão futura média de 72 m³/h (20 L/s), período de 24h/dia, 30 dias mês. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -108Foram fornecidos pelo SAEP os resultados das análises de qualidade de efluente realizadas na ETE Santa Fé no ano de 2015, conforme Quadro a seguir. QUADRO 4.26 – RES ULTADOS DAS ANÁLIS ES DE EFLUENTE NO S IS TEMA DA ETE S ANTA FÉ. Atendimento aos n° Relatório Parâmetros padrões de emissão do Data Local Decreto Estadual de Ensaio analisados 8468/78, art. 18 * Entrada da ETE – 077545 branco Jan/2015 077557 Saída da ETE Sim Entrada da ETE – 077546 branco Fev/2015 077558 Saída da ETE DBO não atende Entrada da ETE – 115385 branco Mar/2015 115386 Saída da ETE DBO não atende Entrada da ETE – 115775 branco Abr/2015 115776 Saída da ETE Sim Entrada da ETE – Físicos; 115785 branco substâncias Mai/2015 orgânicas 115786 Saída da ETE Sim Entrada da ETE – 117440 branco Jun/2015 117441 Saída da ETE DBO não atende Entrada da ETE – 120318 branco Jul/2015 120319 Saída da ETE Sim Entrada da ETE – 125546 branco Ago/2015 125547 Saída da ETE Sim Entrada da ETE – 129705 branco Set/2015 129706 Saída da ETE Sim * o comentário com relação ao atendimento ou não da legislação requerida não considera o resultado da incerteza de medição dos ensaios. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1094.1.3.5 Sistema de Esgotamento Sanitário Projetado DISTRITO SEDE E BAIRRO MAMONAL A implantação do projeto da ETE Laranja Azeda (principal), que atende praticamente toda a Sede Municipal, foi prevista em três etapas. A primeira etapa, já concluída, possui a capacidade de tratamento de 250 L/s, e encontra-se em operação. As estruturas implantadas na 1ª etapa, e as previstas para 2ª e 3ª etapas, estão descritas a seguir: PRIMEIRA ETAPA (CONCLUÍDA) ♦ Serviços preliminares; ♦ Peneira/caixa de areia/calha Parshall; ♦ Caixa de gordura; ♦ Caixa repartidora de vazão; ♦ Reatores anaeróbios de manta de lodo (2 unidades); ♦ Estação elevatória de efluente - EEE1 e torre de carga; ♦ Filtro biológico (1 unidade); ♦ Decantador secundário (1 unidade); ♦ Elevatória de lodo; ♦ Elevatória de recirculação de efluente - EEE2 (2 unidades); ♦ Tratamento do lodo; ♦ Sistema de desinfecção e Calha Parshall final; ♦ Galeria de águas pluviais; ♦ Rede distribuição de água; ♦ Edificações, pavimentação asfáltica, etc.; ♦ Instalações elétricas; ♦ Interligações entre os sistemas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -110SEGUNDA ETAPA ♦ Estação elevatória de efluente - EEE1 e torre de carga; ♦ Filtro biológico (1 unidade); ♦ Decantador secundário (1 unidade); ♦ Elevatória de lodo; ♦ Elevatória de recirculação de efluente - EEE2; ♦ Interligações entre os sistemas. TERCEIRA ETAPA ♦ Reatores anaeróbios de manta de lodo (1 unidade); ♦ Estação elevatória de efluente – EEE1 e torre de carga; ♦ Filtro biológico (1 unidade); ♦ Decantador secundário (1 unidade); ♦ Elevatória de lodo; ♦ Elevatória de recirculação de efluente - EEE2; ♦ Interligações entre os sistemas. A Figura 4.2 a seguir, ilustra todas as fazes de implantação da ETE. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -111- Figura 4.2- Lay-out de Implantação da ETE Laranja Azeda Fonte: Projeto Executivo da ETE - Município de Pirassununga/SP A implantação da 2ª etapa da ETE está prevista para 2017, alcançando uma capacidade de tratamento de 370 L/s. A etapa final está prevista para ser executada antes de 2035, alcançando na conclusão, uma capacidade de tratamento de 500 L/s, em função do crescimento populacional. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS No sistema de esgotamento do distrito de Cachoeira de Emas e Vila Santa Fé, existe o Projeto Básico de "Reforma e Adequação da ETE Santa Fé" elaborado em fevereiro de 2006, conforme o contrato n° 027/2005, firmado entre a ESA – Engenharia S/S e o Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga – SAEP. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -112Este projeto foi elaborado, tendo em vista as deficiências observadas nas instalações, na maioria de caráter hidráulico, que comprometem tanto o desempenho do sistema em termos da produção de um efluente tratado de boa qualidade, quanto dificulta os procedimentos operacionais. O projeto considera a possibilidade futura de duplicação do sistema de tratamento com a implantação de mais um módulo. Para tanto, o tratamento preliminar proposto foi dimensionado para uma capacidade de 36 L/s, enquanto as demais adequações foram propostas para melhorar o desempenho do sistema quando operado em sua capacidade nominal de 12 L/s. As unidades propostas e suas características estão descritas a seguir: ♦ Tratamento Preliminar: Gradeamento: Número de grades: 1 unidade; Largura do canal: 0,40 m; Espaçamento entre barras: 10 mm; Espessura das barras: 6 mm; Caixas de areia: Número de unidades: 2 associadas em paralelo para operação alternada; Comprimento útil: 6,50 m; Largura útil: 0,40 m; Profundidade do poço de areia: 0,20 m; Calha Parshall: Dimensões padrão para a garganta de 3 polegadas. ♦ Tratamento Biológico Secundário: A principal deficiência dessa unidade é o sistema de aeração e homogeneização da massa líquida, tendo em vista sua potência instalada e as características e posicionamento dos aeradores no interior do tanque. Para a adequação, são propostas duas alternativas de sistemas de aeração e homogeneização, sendo que a implantação de uma dessas pode ser considerada em um médio prazo (quando a demanda ficar próxima a 12 L/s, em termos de vazão máxima diária). A seguir são apresentadas as características básicas de cada alternativa apresentada: ♦ Alternativa 1: Sistema de aeração com aeradores mecânicos flutuantes: 4 aeradores flutuantes de alta rotação; Potência total instalada: 90 HP (2 x 25HP + 2 x 20 HP). ♦ Alternativa 2: Sistema de ar difuso: 3 sopradores (2 + 1 de reserva); Difusores de bolhas finas do tipo membrana elástica expansível; Potência total instalada: 60 HP (3 x 20 HP); Potência em operação: 40 HP (2 x 20 HP); ♦ Decantador Secundário: As limitações dessa unidade residem basicamente nas deficiências das estruturas de distribuição de lodo ativado, coleta de efluente decantado e armazenamento e descarte de lodo. A seguir são apresentadas as propostas para a melhoria e/ou substituição dessas estruturas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -113 Estrutura de alimentação do decantador: é proposta a substituição das tubulações perfuradas existentes por quatro tubos verticais de diâmetro de 200 mm, interligados ao tubo principal de alimentação existente no decantador; Estrutura de coleta de efluente decantado: as tubulações perfuradas existentes na superfície do decantador serão substituídas por outras tubulações perfuradas, bem como aumentadas em número, de forma a resultar um espaçamento entre as mesmas igual a 1,00 m. Outra modificação proposta é a alteração de forma de coleta, posicionando os orifícios em relação ao eixo horizontal das tubulações e o afogamento destas com a introdução de um vertedor de controle a jusante; Poços de Armazenamento de Lodo: substituição dos 6 poços tronco-piramidais por 24 poços com paredes laterais inclinadas a 60º, para melhor condição no descarte do lodo; Tubulações de Drenagem do Lodo sedimentado: cada conjunto de 4 poços de lodo será drenado por um barrilete formado por 4 tubulações de diâmetro de 150 mm, sendo cada tubulação destinada à drenagem de um poço. ♦ Elevatória de Recirculação e Descarte de Excesso de Lodo: para melhorar as condições de recalque de recirculação e descarte de lodo é prevista a desativação dos conjuntos submersíveis existentes e a utilização do poço de lodo apenas como poço de recalque para um conjunto de deslocamento positivo helicoidal que deverá atender as seguintes condições operacionais: vazão de recalque de 13,9 L/s e altura manométrica total ≥ 6 m.c.a.; ♦ Desinfecção do Efluente Tratado: a principal intervenção na etapa de desinfecção do efluente tratado é a implantação de uma câmara de contato para garantir um tempo de contato mínimo do hipoclorito de sódio com o efluente tratado antes de seu lançamento no rio Mogi Guaçu. Essa câmara de contato deverá possuir as seguintes dimensões: volume útil de 21,6 m3, formato retangular com comprimento de 10,0 m, largura útil de 1,8 m e altura de lâmina líquida de 1,2 m; ♦ Armazenamento e Desaguamento do Lodo Descartado: no tanque de adensamento existente é prevista a instalação de um floculador mecânico de eixo vertical dotado de duas turbinas de fluxo axial, O sistema de desaguamento proposto considera 2 centrífugas (1+1) com capacidade hidráulica para o desaguamento de 1,0 m³ de lodo por hora. A alimentação das centrífugas será feita por recalque através de 2 (1+1) conjuntos motobomba do tipo deslocamento positivo helicoidal, ambos com capacidade de recalque igual a 1,0 m3/h e pressão de trabalho de cerca de 6 m.c.a.. No entanto, conforme observado pelo SAEP, não há espaço físico para ampliação do sistema, sendo necessário um novo estudo para adequação das estruturas da ETE Santa Fé. Uma possibilidade seria a adoção de um sistema UASB, mais compacto, ou a ampliação da rede de recalque a partir da EEE Santa Fé (Final) que encaminharia parte do esgoto à ETE Laranja Azeda. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1144.1.4 Diagnóstico Operacional dos Sistemas de Esgotos Sanitários 4.1.4.1 Sistemas de Coleta e Encaminhamento DISTRITO SEDE E BAIRRO MAMONAL O Sistema de coleta e encaminhamento da área urbana do Distrito Sede é composto por apenas uma bacia de esgotamento, com rede coletora (cerca de 336 km, no ano de 2013), 3 (três) coletores troncos, um emissário final, 5 (cinco) estações elevatórias de esgotos e uma ETE. O índice de coleta de esgotos é de 100% (referido à população do distrito). Na área rural da Sede, tem-se o Bairro Mamonal, cujo sistema de coleta e encaminhamento é composto apenas por rede coletora (cerca de 6 km), uma estação elevatória de esgotos e uma ETE. 6 Em relação à rede coletora (considerando área urbana e aglomerado rural), aos coletores troncos e ao emissário final, os mesmos são constituídos em manilha de barro, com diâmetros variados, o maior, correspondente ao emissário com 1.000 mm. Não foram identificados pelo GEL, problemas operacionais com as unidades, todas em bom estado de conservação e uso. Ressalta-se que não há cadastro completo e atualizado do sistema de esgotamento sanitário da Sede e Bairro Mamonal, o mesmo de extrema importância ao município, de modo que a sua elaboração é recomendada nesse PMSB. As elevatórias do sistema principal (área urbana da Sede) apresentam baixas vazões, exceto a EEE Final Sede, assim como baixa potência dos motores. Dentre as 4 (quatro) elevatórias, somente uma (EEE Jd. Verona) não possui conjunto motobomba reserva, enquanto a EEE Final Sede funciona com um conjunto e possui dois para rodízio e reserva. Já em relação à estação elevatória alocada no Bairro Mamonal, a mesma possui vazão de operação e potência do motor muito baixos, correspondentes a apenas 3 L/s e 1,5 CV, respectivamente. Há conjunto motobomba reserva. Não há informações referentes a problemas operacionais com as unidades, todas em bom estado de conservação, porém para nenhuma das 5 (cinco) elevatórias instalados no Distrito Pirassununga há automação para partida e parada das bombas, assim como não há gerador de emergência, o que pode provocar o extravasamento de esgotos nos corpos receptores. Não foram disponibilizadas informações sobre as linhas adutoras. Algumas ampliações no sistema de coleta e encaminhamento dependem de detalhamentos constantes de projetos executivos a serem elaborados, restringindo uma avaliação mais precisa das intervenções propostas, pois o aumento do índice de coleta deve interferir em 6 Nota – De acordo com o Glossário de Informações de Água e Esgotos do Ministério das Cidades, a extensão de rede de esgoto (E04a) indica o comprimento total da malha, incluindo redes de coleta, coletores e interceptores, excluindo ramais prediais e emissários por recalque. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -115todo o sistema de encaminhamento, principalmente nas elevatórias e emissários de recalque. De qualquer forma, nos itens subsequentes, encontram-se informações mais consistentes sobre as obras necessárias para ampliação das unidades constantes do sistema de coleta e encaminhamento do Distrito Sede. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS O Sistema de coleta e encaminhamento do Distrito de Cachoeira de Emas é composto somente por rede coletora (cerca de 20 km), 3 (três) estações elevatórias e uma ETE, sem presença de interceptores e emissários. A descrição desse sistema já foi apresentada com maiores detalhes anteriormente no item 4.1.3 A rede coletora é constituída em manilha de barro, com diâmetros variados. Não foram identificados pelo GEL, problemas operacionais com as unidades, todas em bom estado de conservação e uso. Ressalta-se que também não há cadastro completo e atualizado do sistema de esgotamento sanitário do distrito, o mesmo de extrema importância ao município, de modo que a sua elaboração é recomendada nesse PMSB. Já as elevatórias apresentam baixas vazões e potência dos motores, cujos maiores valores correspondem a EEE Cachoeira de Emas, com vazão de 23 L/s e potência de 30 CV. Todas as elevatórias possuem conjunto motobomba para rodízio e reserva, porém nenhuma possui automação para partida e parada das bombas, assim como não há geradores de emergência, podendo ocasionar o extravasamento de esgotos nos corpos receptores. Para este distrito também não foram fornecidas informações sobre as linhas adutoras. Todas as unidades se encontram em bom estado de conservação e uso. Conforme supracitado, o distrito possui cerca de 95% de atendimento pela rede coletora. Segundo o SAEP, para atender a 100% dessa região, é necessária a construção de uma estação elevatória de esgotos para encaminhamento dos esgotos do Jardim Limoeiro à ETE. Diversos estudos elaborados pela operadora apontaram para uma única solução, que seria a de implantação desta EEE em um terreno da Prefeitura Municipal de Pirassununga, inicialmente classificado como “Sistema de Lazer”, sendo que a “Lei Orgânica” do município impede construções neste tipo de área. Assim, foi necessário modificar a classificação desse terreno, etapa já concluída, para a implantação da EEE, prevista para 2016. Observase que, atualmente, os esgotos ali gerados são lançados “in natura” no Rio Mogi Guaçu. Novamente, em vista de implantações de sistema de coleta e encaminhamento depender de detalhamentos constantes de projetos executivos a serem elaborados e/ou existentes, restringe-se uma avaliação mais precisa das intervenções propostas. De qualquer forma, nos itens subsequentes, encontram-se informações mais consistentes sobre as obras Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -116necessárias para implantação das unidades constantes do sistema de coleta e encaminhamento do Distrito. 4.1.4.2 Sistema de Tratamento DISTRITO SEDE E BAIRRO MAMONAL A área urbana do Distrito Sede conta com uma estação de tratamento de esgotos, denominada ETE Laranja Azeda, cujo tratamento empregado é realizado por 2 (dois) Reatores Anaeróbios, seguidos por um Filtro Biológico e um Decantador Secundário, com capacidade nominal de 250 L/s, operando com uma vazão média de 187 L/s. A ETE é antecedida por unidade de tratamento preliminar para retirada de material grosseiro e areia, medidor de vazão (Calha Parshall), caixas de gordura, e sistema de desinfecção com adição de cloro, como pós-tratamento. As características principais dessa ETE já foram apresentadas item 4.1.3. O efluente tratado é lançado no Córrego Laranja Azeda, com outorga de lançamento válida até 2016. Em relação aos resultados das análises do efluente bruto e tratado da ETE Laranja Azeda, apontou que apenas nos meses de abril e setembro de 2015 a totalidade dos parâmetros atendeu aos padrões de qualidade do Decreto Estadual 8468/78 e do CONAMA 430/11. Nos demais meses, parâmetros como DBO, sólidos sedimentáveis, nitrogênio amoniacal, sulfeto, óleos vegetais e gorduras animais apresentaram valores acima do exigido. Tendo em vista que a máxima contribuição média é de 203,9 L/s, no final do plano (ano 2035), a ETE Laranja Azeda possui capacidade suficiente para atender à área urbana do Distrito Sede ao longo de todo o horizonte de planejamento. Vale lembrar que a implantação do projeto da ETE foi prevista em três etapas, das quais somente a primeira foi concluída, de modo que ao final da 2ª etapa (prevista para 2017), a capacidade de tratamento será de 370 L/s, garantindo uma folga no atendimento em relação às contribuições máximas diárias estimadas. No caso do aglomerado rural, Bairro Mamonal, o mesmo conta com uma estação de tratamento de esgotos, denominada ETE Mamonal, composta por um sistema Fossa-Filtro, constituído de 2 (duas) fossas seguidas por 2 (dois) filtros biológicos e sumidouro. A capacidade nominal de tratamento é de 2 L/s, operando com uma vazão média de 2 L/s. Conforme as contribuições de esgotos apresentadas, a máxima contribuição diária para o Bairro Mamonal será de 2,3 L/s, no final do plano (ano 2035), de modo que a ETE não suportaria a vazão demandada. No entanto, como a diferença entre a capacidade nominal da estação e a contribuição estimada é muito pequena, é de se esperar que o sistema atenda à demanda, sem eventuais ampliações, apenas com reformas e adequações no mesmo. Em vista de implantações de sistema tratamento depender de detalhamentos constantes de projetos executivos a serem elaborados e/ou existentes, restringe-se uma avaliação Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -117mais precisa das intervenções propostas. De qualquer forma, nos itens subsequentes, encontram-se informações mais consistentes sobre as obras necessárias para ampliação das unidades constantes do sistema completo de esgotamento sanitário do Distrito Sede, abrangendo uma análise do projeto existente, a fim de verificar a sua validade. Não há informações sobre análises do efluente bruto e tratado, a fim de avaliar a eficiência do tratamento, e consequentemente, a qualidade do corpo receptor. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS O Distrito de Cachoeira de Emas conta com uma estação de tratamentos de esgotos, denominada ETE Santa Fé, cujo tratamento empregado é realizado por um sistema de Lodos Ativados com aeração prolongada, seguido de um decantador, com capacidade nominal de 12 L/s, operando com uma vazão média de 16,1 L/s. A ETE também possui um sistema de desidratação de lodo (centrífuga), porém não há medidor de vazão na mesma. As características principais dessa ETE já foram apresentadas no item 4.1.3. O efluente tratado é lançado no Rio Mogi Guaçu, com outorga de lançamento válida até 2016. Em relação aos resultados das análises do efluente bruto e tratado da ETE Laranja Azeda, apontou que apenas nos meses de fevereiro, março e junho de 2015 o parâmetro DBO não atendeu aos padrões de qualidade do Decreto Estadual 8468/7, apresentando eficiência de 38%, 65% e 77%, respectivamente. Observa-se que foi registrado chuva nas 24 horas anteriores à coleta da amostra nos meses de fevereiro e junho, o que pode ter comprometido a eficiência do tratamento. Tendo em vista que a contribuição máxima diária é de 18,4 L/s, já no início do planejamento (ano 2015), a ETE Santa Fé não possui capacidade suficiente para atender à área urbana do distrito ao longo de todo o horizonte de planejamento. Vale lembrar que o SAEP possui um projeto - Projeto Básico de "Reforma e Adequação da ETE Santa Fé", elaborado pela ESA – Engenharia S/S e concluído em 2006, no qual consta o dimensionamento para um sistema de tratamento preliminar, visando uma futura duplicação do tratamento com a implantação de mais um módulo, além de propor adequações a fim de melhorar o desempenho do sistema atual. No entanto, conforme observado pelo SAEP, não há espaço físico para ampliação do sistema, sendo necessário um novo estudo para adequação das estruturas da ETE Santa Fé. Uma possibilidade seria a adoção de um sistema UASB, mais compacto, ou a ampliação da rede de recalque a partir da EEE Santa Fé (Final) que encaminharia parte do esgoto à ETE Laranja Azeda. Segundo informado pelo SAEP, esse projeto foi elaborado tendo em vista as deficiências observadas nas instalações, na maioria de caráter hidráulico, que comprometem o desempenho do sistema, dificultando os procedimentos operacionais. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -118Novamente, em vista de implantações de sistema tratamento depender de detalhamentos constantes de projetos executivos a serem elaborados e/ou existentes, restringe-se uma avaliação mais precisa das intervenções propostas. De qualquer forma, nos itens subsequentes, encontram-se informações mais consistentes sobre as obras necessárias para ampliação das unidades constantes do sistema completo de esgotamento sanitário da região, especialmente a estação de tratamento. 4.1.4.3 Principais Problemas e Estado de Conservação das Unidades dos Sistemas de Esgotos Sanitários Os principais problemas verificados no Sistema de Esgotos Sanitários de Pirassununga encontram-se resumidos a seguir. DISTRITO DE PIRASSUNUNGA (SEDE) ♦ Sistema de Coleta e Encaminhamento: a rede coletora, os quatro coletores troncos e o emissário estão em bom estado de conservação, sem informações sobre problemas operacionais como vazamentos e entupimentos; não há cadastro completo e atualizado da rede coletora; falta de conjunto motobomba reserva na EEE Jd. Verona; inexistência de automação para partida e parada das bombas; sistema operacional das elevatórias prejudicado por falta de geradores de emergência, com exceção da EEE Final; todas as elevatórias estão em bom estado de conservação; falta de informações referentes às linhas adutoras de cada elevatória, tais como características operacionais e as condições de uso; ♦ Sistema de Tratamento – ETE Laranja Azeda: determinados meses do ano apresentaram parâmetros do efluente tratado fora dos limites exigidos; há outorga de lançamento do efluente tratado no Córrego Laranja Azeda; todas as unidades da estação se encontram em bom estado de conservação; ♦ Sistema de Tratamento – ETE Mamonal: sistema composto de fossa-filtro; sem informações referentes a problemas operacionais na estação; todas as unidades estão em boas condições de uso. DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS ♦ Sistema de Coleta e Encaminhamento: rede coletora em bom estado de conservação, sem informações sobre problemas operacionais como vazamentos e entupimentos; não há cadastro completo e atualizado da rede coletora; todas as elevatórias possuem conjunto motobomba reserva; inexistência de automação para partida e parada das bombas; sistema operacional das elevatórias prejudicado por falta de geradores de emergência; todas as elevatórias estão em bom estado de conservação; falta de informações referentes às linhas adutoras de cada elevatória, tais como características operacionais e o estado de conservação; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -119♦ Sistema de Tratamento: determinados meses do ano apresentaram valores de DBO no efluente tratado fora dos limites exigidos; há outorga de lançamento do efluente tratado no Rio Mogi Guaçu; ETE Santa Fé apresenta deficiência de caráter hidráulico, com redução do desempenho; capacidade nominal de tratamento inferior às contribuições de esgotos estimadas. 4.1.4.4 Análise Operacional dos Serviços de Esgotos com Base em um Sistema de Indicadores Para análise e avaliação da prestação atual dos serviços de esgotamento sanitário, adotaram-se alguns indicadores constantes do Glossário de Informações de Água e Esgotos do Ministério das Cidades, considerados mais apropriados para essa avaliação em questão. Indicadores Operacionais - Esgoto IN015 – Índice de Coleta de Esgotos - % Volume de Esgoto Coletado (Volume de Água Consumido - Volume de Água Tratado Exportado) IN016 – Índice de Tratamento de Esgotos - % Volume de Esgoto Tratado (Volume de Esgoto Coletado + Volume de Esgoto Importado) IN021 – Extensão de Rede de Esgoto por Ligação – m/ligação Extensão da Rede de Esgoto Quantidade de Ligações Totais de Esgoto IN024 – Índice de Atendimento Urbano de Esgoto - % População Urbana Atendida com Esgotamento Sanitário População Urbana do Município Atendido com Abastecimento de Água IN056 – Índice de Atendimento Total de Esgoto - % População Total Atendida com Esgotamento Sanitário População Total do Município Atendido com Abastecimento de Água No Quadro 4.27, a seguir, encontram-se reproduzidos os valores desses indicadores para a situação de 2013, conforme informações constantes do SNIS do Ministério das Cidades: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -120QUADRO 4.27 – VALORES DE ALGUNS INDICADORES OP ERACIONAIS P ARA AVALIAÇÃO DA P RES TAÇÃO DOS S ERVIÇOS DE ES GOTAMENTO S ANITÁRIO – S NIS 2013 Indicador IN015 – Índice de Coleta de Esgotos IN016 – Índice de Tratamento de Esgotos IN021 – Extensão de Rede de Esgoto por Ligação IN024 – Índice de Atendimento Urbano de Esgoto IN056 – Índice de Atendimento Total de Esgoto Unidade Valor % % m/ligação % % 80,00 49,99 13,71 100,00 91,63 A análise dos indicadores supracitados permite concluir que se trata de um sistema que apresenta alguns valores inadequados para os serviços, conforme apresentado a seguir: ♦ o índice de coleta de esgotos (IN015 = 80%), isto é, o volume de esgotos coletado em função do volume de água consumido, equivale ao valor tradicional, 80%, significando que não há necessidade de se efetuarem ainda muitas ligações de esgoto, onde já existem ligações de água (provavelmente pela ausência de rede de esgotos) ou pela ausência de ligações de esgoto em locais já atendidos simultaneamente pelas redes de água e esgotos; ♦ o índice de tratamento de esgotos é baixo (IN016 = 49,99%), e não condiz com as informações fornecidas pelo SAEP (100% da área urbana) corroborado pela existência de três ETEs no município, portanto, o índice do SNIS 2013 certamente está incorreto; ♦ a extensão de rede por ligação (IN021 = 13,71 m/ligação), é um pouco elevada, indicando atendimento, em média, a construções com largura maior dos lotes ou distâncias maiores entre as áreas de atendimento, implicando maiores custos para implantação de redes; este valor está em acordo com a rede de água/ligação, significando que os sistemas abrangem as mesmas áreas; ♦ o índice de atendimento urbano de esgotos referido à população urbana atendida com abastecimento de água é elevado (IN024= 100%), isto é, há universalização dos serviços de coleta de esgoto na área urbana, atendendo toda a população dessa localidade; ♦ o índice de atendimento total de esgotos referido à população total atendida com abastecimento de água é pouco elevado (IN056= 91,63%), podendo-se concluir que alguns domicílios ainda não se encontram conectados à rede e há necessidade de ampliação da rede coletora e de se efetuarem novas ligações para que o índice de esgotamento, referido à população total atendida com água, possa ser aumentado para 100%. Pode-se chegar à conclusão de que o sistema de esgotos não apresenta, ainda, parâmetros adequados em todos os indicadores analisados, havendo necessidade de se aumentar principalmente o índice de coleta de esgoto, assim como o índice de atendimento total do mesmo. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1214.1.5 Análise das Condições Institucionais dos Serviços de Água e Esgoto 4.1.5.1 Titularidade da Prestação dos Serviços Os serviços de abastecimento de água e esgotos do Município de Pirassununga são prestados pelo SAEP – Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga. Trata-se de uma autarquia, que é uma entidade da administração pública municipal, estabelecido através da Lei nº 1.153 de 1973, possuindo personalidade jurídica própria e autonomia administrativa e financeira. Sua finalidade consiste em estudar, projetar e executar, diretamente ou mediante contrato com organizações especializadas em Engenharia Sanitária, as obras relativas à construção ou remodelação dos sistemas públicos de abastecimento de água potável e de esgotos sanitários, bem como administrar, operar, manter, conservar e explorar diretamente os serviços de água e esgotos sanitários, além de lançar, fiscalizar e arrecadar as tarifas desses serviços. A Lei Municipal n° 3.346, de 30 de março de 2005, acresceu a competência do SAEP, que passou a ser responsável, além dos serviços de água e esgoto, por: “exercer atividades ligadas à recuperação asfáltica do Município, e projeto, reforma e implantação de galerias de águas pluviais e sistema de drenagem urbana”. Embora instituídas para uma finalidade específica, suas atividades e a respectiva remuneração não se encontram vinculadas a uma equação econômico-financeira, pois não há contrato de concessão. Também não se verificam, nas respectivas leis de criação, regras sobre sustentabilidade financeira ou regulação dos serviços. As vantagens da gestão municipal estão relacionadas com os seguintes aspectos principais: ♦ os serviços são mais compatíveis com as características locais, aumentando a eficiência da prestação dos serviços; ♦ na administração municipal, os investimentos são aplicados integralmente no próprio município e, com a escassez de recursos governamentais no âmbito estadual e federal, cada vez há mais necessidade de investimentos com recursos próprios para ampliação e melhoria da infraestrutura de saneamento básico; ♦ no caso de administração indireta (autarquia), a arrecadação é separada da prefeitura, tendo como consequência um melhor controle das receitas arrecadadas, bem como das despesas, objetivando-se a sustentabilidade econômico-financeira dos serviços. No entanto, existem desvantagens decorrentes da obtenção das fontes de financiamento, que são mais restritas, uma vez que a administração pública indireta, na forma de autarquia municipal, não pode ser a tomadora de crédito, devendo ser analisada a sua capacidade de endividamento em conjunto com a administração municipal e isso, muitas vezes, Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -122inviabiliza a obtenção de recursos, mesmo que o prestador de serviços tenha capacidade de endividamento. Nesse caso, os investimentos de capital ficam a cargo somente dos recursos próprios que, para grandes obras de engenharia, não são suficientes para suprir as necessidades do município. Outra desvantagem é a influência da política local na tomada de decisões, mesmo quando essas decisões são de natureza técnica. Isso reflete na fixação das tarifas de água e esgoto, pois, quando há falta de uma política tarifária local, pode haver distorções nas cobranças, já que a aprovação das tarifas se dá pelo Executivo Municipal e, dependendo dos interesses políticos em jogo, os valores das tarifas podem ser deficitários em relação às práticas de mercado. No entanto cabe destacar que, segundo a Lei nº 11.445/2007, tal atribuição passa a ser de responsabilidade de uma entidade reguladora. 4.1.5.2 Legislação Aplicável Em função das novas referências, em termos da legislação institucional em vigor, deve-se destacar que os planos municipais e regionais de saneamento deverão obedecer às exigências das Lei Federais nos 11.445/07 (Lei Nacional do Saneamento Básico e sua regulamentação – Decreto nº 7.217/10) e 11.107/05 (Lei dos Consórcios Públicos); outras leis de referência são as Leis nº 11.079/04 (Lei das Parcerias Público-Privadas), Lei nº 8.987/95 (Lei de Concessões) e, no campo da regulação dos serviços, a Lei Complementar nº 1025/07, que criou a ARSESP - Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo. No caso do município de Pirassununga, o Poder Executivo foi autorizado a firmar o Convênio de Cooperação nº 04/2014 com a Agência Reguladora PCJ, que delegou e transferiu o exercício das atividades e funções de regulação e fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico à ARES-PCJ. A Resolução ARES-PCJ n° 74, de 29 de dezembro de 2014 dispõe sobre o reajuste dos valores das tarifas de água e esgoto e dos demais serviços a serem aplicados no Município de Pirassununga. Deve-se, também, levar em conta a Lei Estadual nº 7.663/91, centrada na Política Estadual de Recursos Hídricos, e demais documentos que orientam a elaboração dos planos nacionais, estaduais, municipais ou regionais (como portarias, resoluções, guias, leis orgânicas municipais, etc.). Na esfera municipal, pode-se destacar o Plano Diretor do Município de Pirassununga, criado pela Lei Complementar nº 69 de 2006, que aborda, ao longo dos capítulos, questões relacionadas ao meio ambiente, recursos naturais, saneamento e recursos hídricos. 4.1.6 Análise da Situação Econômico-Financeira dos Serviços de Água e Esgotos 4.1.6.1 Informações Gerais e Financeiras Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -123Apresentam-se, no Quadro 4.28, algumas informações de interesse, considerando o período de 2008 a 2014, para análise da situação econômico-financeira dos serviços de água e esgotos do município. Os Sistemas de Abastecimento de Água e de Coleta e Tratamento dos Esgotos Sanitários do Município de Pirassununga englobam o Distrito Sede, o Distrito de Cachoeira de Emas e o Bairro Mamonal (aglomerado rural pertencente ao Distrito Sede). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -124QUADRO 4.28 – COMP ILAÇÃO DE INFORMAÇÕES GERAIS P ARA ANÁLIS E DA S ITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DOS S ERVIÇOS DE ÁGUA E ES GOTOS Descrição Unidade 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 População total atendida com abastecimento de água (AG001) Habitantes 63.642 64.791 64.216 64.583 64.583 67.492 67.924 População atendida com esgotamento sanitário (ES001) Habitantes 63.642 64.791 64.216 64.583 64.583 67.492 67.924 Quantidade de ligações ativas de água (AG002) Ligações 26.848 27.317 27.500 26.212 26.501 26.626 27.267 Economias 28.104 28.603 28.805 27.500 27.680 28.092 28.923 Ligações 26.490 26.953 27.200 25.779 25.800 26.626 27.265 Economias 26.490 26.953 27.201 25.779 25.801 26.993 27.350 Receita operacional direta de água (FN002) R$/ano 5.479.185,00 5.816.554,00 7.020.585,00 7.599.510,00 8.566.279,00 8.654.880,00 9.226.295,00 Receita operacional direta de esgoto (FN003) R$/ano 3.698.527,00 3.972.522,00 4.780.643,00 5.269.628,00 7.626.903,00 8.508.285,00 9.006.275,00 Receita operacional indireta (FN004) R$/ano 2.288.192,00 1.869.305,00 861.838,00 1.327.870,00 938.230,00 1.541.180,00 1.756.401,00 Receita operacional total (FN005) R$/ano 11.465.904,00 11.658.381,00 12.663.066,00 14.197.008,00 17.131.412,00 18.704.345,00 19.988.971,00 Despesas com pessoal próprio (FN010) R$/ano 4.570.751,00 5.142.890,00 6.353.062,00 6.675.428,00 7.285.191,00 8.056.116,00 9.482.976,00 Despesas com serviços de terceiros (FN014) R$/ano 1.457.712,00 1.560.316,00 1.419.024,00 1.853.316,00 1.905.764,00 1.491.934,00 2.814.783,00 Despesas totais com os serviços (DTS) (FN017) R$/ano 8.811.308,00 8.414.684,00 9.674.820,00 10.935.027,00 11.871.117,00 12.055.743,00 15.322.510,00 Investimento realizado em abastecimento de água (FN023) R$/ano 1.116.571,00 717.088,00 621.545,00 973.533,00 718.071,00 1.988.387,00 672.973,00 Quantidade de economias ativas de água (AG003) Quant de ligações ativas de esgoto (ES002) Quant de economias ativas de esgoto (ES003) Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -125Investimento realizado em esgotamento sanitário (FN024) R$/ano 958.475,00 842.327,00 151.460,00 106.643,00 58.771,00 326.002,00 2.228.708,00 Investimento com recursos próprios (FN030) R$/ano 1.961.733,00 542.881,00 773.005,00 1.080.176,00 776.842,00 2.314.389,00 2.901.681,00 Investimento com recursos onerosos (FN031) R$/ano 1.066.747,00 901.254,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Investimento com recursos não onerosos (FN032) R$/ano 4.740,00 192.487,00 175.411,00 723.899,00 0,00 0,00 0,00 Investimentos totais (FN033) R$/ano 3.033.220,00 1.636.622,00 948.416,00 1.804.075,00 776.842,00 2.314.389,00 2.901.681,00 Despesa com juros e encargos do serviço da dívida exceto variações monetárias e cambiais (FN035) R$/ano 162.181,00 146.426,00 136.778,00 183.989,00 164.379,00 140.528,00 114.533,00 Investimento realizado em abastecimento de água pelo Estado (FN052) R$/ano ND ND ND ND ND ND ND Investimento realizado em esgotamento sanitário pelo Estado (FN053) R$/ano ND ND ND ND ND ND ND Investimentos totais realizados pelo Estado (FN058) R$/ano ND ND ND ND ND ND ND Fonte: SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - 2008 a 2013; SAEP - 2014 ND = não disponível Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -126Conforme estabelecido pela Resolução ARES-PCJ n° 74/ 2014, os valores das Tarifas de Água e Esgoto praticadas pelo Serviço de Água e Esgoto – SAEP, aplicados desde fevereiro de 2015, estão apresentados a seguir: QUADRO 4.29 – TARIFAS DE ÁGUA E ES GOTO P RATICADAS P ELO S AEP . Faixas de Consumo Água Tarifas (R$) Esgoto Total mês m³ m³ m³ m³ m³ 18,81 2,30 2,76 3,52 4,12 4,16 18,81 2,30 2,76 3,52 4,12 4,16 37,62 4,60 5,52 7,04 8,24 8,32 mês m³ m³ m³ m³ m³ 25,02 3,17 3,40 4,60 5,30 5,49 25,02 3,17 3,40 4,60 5,30 5,49 50,04 6,34 6,80 9,20 10,60 10,98 Mês m³ m³ m³ m³ m³ 31,34 5,65 6,15 7,76 8,98 11,39 31,34 5,65 6,15 7,76 8,98 11,39 62,68 11,30 12,30 15,52 17,96 22,78 Unidade CATEGORIA RESIDENCIAL Consumo até 15 m³ De 16 a 20 De 21 a 25 De 26 a 30 De 31 a 35 Acima de 36 CATEGORIA COMERCIAL Consumo até 15 m³ De 16 a 20 De 21 a 25 De 26 a 30 De 31 a 35 Acima de 36 CATEGORIA INDUSTRIAL Consumo até 40 m³ De 41 a 50 De 51 a 100 De 101 a 500 De 501 a 1.000 Acima de 1.001 Fonte: Resolução ARES-PCJ n° 74/ 2014. A resolução supracitada define ainda valores para os demais serviços prestados pelo SAEP, apresentados a seguir, sendo que os valores constantes nos itens “36.3” e “36.4” foram retificados pela Nota Técnica ARES-PCJ n° 30/2015. QUADRO 4.30 – VALORES DOS DEMAIS S ERVIÇOS P RES TADOS P ELO S AEP . ITEM 1 2 3 4 5 6 7 8 DESCRIÇÃO VALOR (R$) Ligação de água, Esgoto ou substituição – Rua de asfalto ou calçamento Ligação de água e Esgoto ou substituição – Rua de terra Ligação de Esgoto ou substituição – Rua de asfalto ou calçamento Ligação de água ou substituição – Rua de asfalto ou calçamento Ligação de água ou substituição- Rua de terra Ligação de Esgoto ou substituição – Rua de terra Ligação de água e Esgoto – na Calçada Supressão da Ligação de Água no Cavalete 286,08 173,11 141,21 207,34 159,39 141,21 118,23 32,24 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -127ITEM 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 36.1 36.2 36.3 36.4 DESCRIÇÃO VALOR (R$) Supressão da Ligação de Água na Calçada Religação da Ligação de Água no Cavalete Religação da Ligação de Água na Calçada Mudança de Cavalete normal Mudança de Cavalete com distância superior a 1 (um) metro, será acrescido o valor por metro linear Suspensão de Cavalete ou Rebaixamento Troca de Registro do Cavalete Troca de Registro da Calçada Substituição de ligação de Água calçada até o cavalete Substituição de ligação de Esgoto calçada até o alinhamento Lacração de hidrômetro Multa por Violação de corte de água Conserto de Cavalete Colocação de pé de torneira Conserto de ligação de água Aferição de hidrômetro Recape de asfalto m2 Vistoria de vazamento interno com geofone Substituição de cavalete por caixa padrão Mudança de caixa padrão Desentupimento de ligação de esgoto Fornecimento de água tratada caminhão SAEP Fornecimento de água tratada retirada p/caminhão terceiros Limpeza de fossa 6 m3 Expedição de 2ª Via recibo de água Fornecimento de certidões CETESB Outras Certidões ANÁLISE DE PROJETOS E COMPLEMENTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA Fornecimento de diretrizes de água, esgoto e águas pluviais Vistoria na implantação das redes de água, esgoto e águas pluviais de loteamento ou desdobro Abastecimento de Água Unidade habitacional com 1 dormitório Unidade habitacional com 2 dormitórios Unidade habitacional com 3 dormitórios ou mais Lotes habitacionais de 180 m2 Lotes habitacionais de 250 m2 Lotes habitacionais de 251 m2 ou mais Esgotamento Sanitário e Galeria de Águas Pluviais Unidade habitacional com 1 dormitório Unidade habitacional com 2 dormitórios Unidade habitacional com 3 dormitórios ou mais Lotes habitacionais de 180 m2 Lotes habitacionais de 250 m2 Lotes habitacionais de 251 m2 ou mais 36,82 32,24 36,82 101,76 9,15 81,30 34,30 93,76 106,34 112,05 6,17 208,10 34,30 36,82 97,30 28,59 86,90 36,70 68,60 58,31 63,00 32,24 16,12 183,17 2,97 20,58 12,01 250,00 520,00 38,00 39,40 41,00 53,00 58,00 62,00 19,00 19,70 20,50 53,00 58,00 62,00 Fonte: Resolução ARES-PCJ n° 74/ 2014; Nota Técnica ARES-PCJ n° 30/2015 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -128- 4.1.7 Análise da Situação Econômico-Financeira Geral em Função das Receitas e Despesas Considerando de modo integrado os serviços de água e esgotos, podem-se notar superávits entre as receitas e as despesas, havendo sempre saldos positivos nos anos de 2008 a 2014. As despesas totais com os serviços tiveram um aumento entre 2008 e 2014, assumindo um valor de cerca de 76,65% da receita total no ano de 2014. Os investimentos foram realizados com recursos próprios, podendo-se considerá-los relativamente baixos, quando comparados às receitas totais do município. Em especial, podem ser considerados de pequena monta, em função da expansão necessária dos sistemas (rede, ligações e tratamento). Não foram indicados investimentos realizados pelo Estado no período considerado. Em decorrência do equilíbrio entre receitas versus despesas, pode-se afirmar que o sistema é bem administrado do ponto de vista econômico-financeiro, apesar de existirem encargos sendo pagos a serviço de investimentos com recursos onerosos, considerando o período de 2008 e 2009, fato que já não ocorreu a partir de 2010. No entanto, deve-se ressaltar a necessidade de se realizarem maiores investimentos nos sistemas de água e esgoto (principalmente em relação às redes de distribuição de água e coleta de esgotos – rede e coletores). Como visto anteriormente, tanto o Sistema Produtor de Água quanto o Sistema de Tratamento de Esgotos necessitam apenas de reformas e adequações, com eventuais ampliações, além de um gerenciamento mais eficiente dos mesmos. Para melhor entendimento apresenta-se, no Gráfico 4.3 a evolução das receitas e despesas, bem como os investimentos totais realizados nos sistemas de água e esgotos durante o período de 2008 a 2014. 21.000.000,00 18.000.000,00 15.000.000,00 REC.OPERAC.TOTAL 12.000.000,00 DESP. TOTAL 9.000.000,00 INVEST.TOTAL 6.000.000,00 3.000.000,00 0,00 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Gráfico 4.3 - Gráfico Comparativo das Receitas, Despesas e Investimentos – Serviços de Água e Esgoto Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1294.1.7.1 Indicadores Econômico-Financeiros Apresentam-se, no Quadro 4.31, alguns indicadores econômico-financeiros, considerando o período 2008 a 2013, para análise da situação econômico-financeira dos serviços de água e esgotos do município. A análise também está referida à situação dos serviços de água e esgotos de um modo global para o Município de Pirassununga (distritos). QUADRO 4.31 – COMP ILAÇÃO DE ALGUNS INDICADORES P ARA ANÁLIS E ECONÔMICOFINANCEIRA DOS S ERVIÇOS DE ÁGUA E ES GOTOS Descrição Despesa total dos serviços por m³ faturado (IN003) Tarifa média praticada (IN004) Tarifa média de água (IN005) Tarifa média de esgoto (IN006) Indicador de desempenho financeiro (IN012) Despesa de exploração por m³ faturado (IN026) Unidade 2008 2009 2010 2011 2012 2013 R$/m³ 0,87 0,98 1,05 1,19 1,24 1,19 R$/m³ R$/m³ R$/m³ 0,91 0,98 0,82 1,14 1,03 1,34 1,28 1,19 1,44 1,4 1,31 1,54 1,69 1,43 2,12 1,69 1,38 2,2 % 104,2 116,33 122,00 117,69 136,41 142,37 R$/m³ 0,86 0,96 1,03 1,17 ND 1,18 Fonte: SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento-2008 a 2013. Definição dos Indicadores Econômico-Financeiros e Administrativos - Água + Esgoto IN003 – Despesa Total com os Serviços por m³ Faturado – R$/m³ Despesas Totais com os Serviços Volume Total Faturado (Água + Esgoto) IN004 – Tarifa Média Praticada – R$/m³ Receita Operacional Direta (Água + Esgoto) Volume Total Faturado (Água + Esgoto) IN012 – Indicador de Desempenho Financeiro – % Receita Operacional Direta (Água + Esgoto +Água Exportada + Esgoto Importado) Despesas Totais com os Serviços IN026 – Despesa de Exploração por m³ Faturado – R$/m³ Despesas de Exploração Volume Total Faturado (Água + Esgoto) Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -130Análise Geral em Função de Indicadores Econômico-Financeiros Pelos dados apontados no Quadro 4.31, pode-se concluir que as despesas totais com os serviços (IN003), expressas em R$/m³ de volume total faturado, encontram-se abaixo das tarifas médias praticadas (IN004), significando que o sistema tarifário isoladamente pode ter proporcionado uma situação de equilíbrio entre receitas e despesas nos serviços de água e esgoto durante o período de 2008 a 2013. Os resultados apontados para o indicador de desempenho financeiro (IN012) demonstraram que, entre 2008 e 2013, houve algum acréscimo nesse indicador, uma vez que as incidências porcentuais dos somatórios das receitas diretas de água e esgoto aumentaram em relação às despesas totais. Isso se deve ao aumento mais elevado do valor de receitas totais, sem que as despesas totais tenham aumentado, na mesma proporção, entre os anos de 2008 e 2013. Quanto às despesas de exploração-DEX (IN026), pode-se verificar que elas se situam em patamares abaixo de R$ 1,00/m³, para o período de 2008 e 2009, indicando um bom desempenho dos sistemas, com ligeira piora entre os anos. Já a partir de 2010, as despesas situam-se ligeiramente acima de R$ 1.00/m³, de modo que o houve uma piora no desempenho dos sistemas, em relação aos anos anteriores. Deve-se realçar que essas despesas, que se referem unicamente às despesas com energia elétrica, produtos químicos, pessoal, etc., diferenciam-se das despesas totais, que já incluem, além das despesas de exploração, outras despesas incidentes na administração dos serviços. Para melhor entendimento, apresenta-se, no Gráfico 4.4, a evolução das tarifas médias, das despesas totais e das despesas de exploração realizadas nos sistemas de água e esgotos durante o período de 2008 a 2013. 1,8 1,6 1,4 1,2 TARIFAS MÉDIAS PRATICADAS 1 DESPESAS TOTAIS 0,8 DESPESAS DE EXPLORAÇÃO 0,6 0,4 0,2 0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Gráfico 4.4 - Comparativo das Tarifas Médias, Despesas Totais e Despesas de Exploração – Serviços de Água e Esgoto Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1314.1.8 Análise das Condições Intervenientes com os Serviços de Água e Esgotos Para consecução do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMSB), a partir dos estudos de demandas e contribuições para um determinado horizonte de planejamento (ano de 2035), deve-se proceder à elaboração de outros estudos com base em uma visão integrada, em que se abordem as principais interfaces entre os sistemas, não somente no âmbito municipal, como no contexto da bacia hidrográfica, partindo-se do princípio de que sistemas de saneamento, mesmo que adequadamente planejados, possam interferir, de forma inadequada, nas condições locais e até mesmo em outros municípios. Os estudos deverão avaliar a realidade local na perspectiva da bacia hidrográfica e da região na qual o município está inserido, por meio da análise de estudos, planos e programas voltados para a área de saneamento básico; deve reunir e analisar, também, quando disponíveis, informações e diretrizes de outras políticas correlatas ao saneamento básico. Esses estudos devem contemplar, também, os setores que possuem inter-relação direta com o saneamento básico, englobando as seguintes situações em termos municipais e regionais: Situação do Desenvolvimento Urbano e habitação Parâmetros do uso e ocupação do solo e definição do perímetro urbano; Definição de zonas especiais e identificação de ocupação irregular em APPs urbanas; Definições do zoneamento e identificação de eixos fundiários e eixos de desenvolvimento da cidade; Quadro de oferta habitacional, análise das projeções dos déficits habitacionais e impactos para as demandas de saneamento básico. Situação Ambiental e de Recursos Hídricos Caracterização geral das bacias hidrográficas e a caracterização geral dos ecossistemas naturais; Situação e perspectivas dos usos e oferta de água, considerando as demandas presentes e futuras e o lançamento dos resíduos líquidos e sólidos dos sistemas de saneamento básico; A identificação das condições de gestão dos recursos hídricos, incluindo o domínio das águas superficiais e subterrâneas, a atuação dos comitês e agência de bacia, o enquadramento dos corpos d’água, a implementação da outorga e cobrança pelo uso d’água, os instrumentos de proteção dos mananciais, etc.; A identificação da relação de dependência entre a sociedade local e os recursos ambientais, incluindo o uso da água. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -132 Situação da Saúde Morbidade de doenças relacionadas com a falta de saneamento básico e existência de programas de educação ambiental; Identificação de fatores causais de enfermidades relacionadas ao saneamento básico; Identificação e análise das políticas e planos locais de saúde. No contexto de todas essas questões, dever-se-á levar em conta o Plano Diretor do Município de Pirassununga, criado pela Lei Complementar nº 69 de 2006, que aborda, ao longo dos capítulos, questões relacionadas com o meio ambiente, recursos naturais, saneamento e recursos hídricos, conforme já citado. A transcrição de algumas dessas questões encontra-se apresentada a seguir. TÍTULO III – DA POLÍTICA AMBIENTAL CAPÍTULO I – DA GESTÃO DO MEIO AMBIENTE ART. 61 – Constituem Diretrizes da política municipal do Meio Ambiente: II – O estabelecimento do zoneamento ambiental compatível com as diretrizes para ocupação do solo; III – O controle do uso e da ocupação de fundos de vale, áreas sujeitas à inundação, mananciais, áreas de alta declividade e cabeceiras de drenagem; VIII – Proibição do acesso e fixação de pessoas nas áreas de captação de águas, a distância de 1 km, considerando-se a montante do manancial e a jusante do ponto de tomada de água, em faixa mínima de 30 (trinta) metros de cada lado do curso d’água, ou 100 (cem) metros caso o ponto de tomada de água for Rio com mais de 100 (cem) metros; X – Proibir o lançamento de esgotos in natura ou tratados com eficiência inferior a 90% (noventa por cento) da DBO (5 dias, 20°C) à montante da captação e duzentos metros à jusante, nos Córregos Batistella, Descaroçador, São Joaquim, Ribeirão do Ouro, Chica Costa e Ribeirão do Roque; XI – Criar mecanismos de controle sanitário constante em todos os mananciais, mediante análise in loco, coletas e exames laboratoriais físico-químicos e bacteriológicos de amostras ao longo dos cursos d’água; XII – Criar mecanismos de proteção aos cursos d’água contra a ação direta de acidentes ou operação inadequada no trato e transporte de produtos tóxicos ou patogênicos, em especial na travessia da Via Anhanguera com o córrego do Descaroçador e nas nascentes do Ribeirão do Ouro; XIII – Monitoramento, com auxílio dos órgãos estaduais e federais, do lançamento de resíduos líquidos por todas as indústrias instaladas no município. CAPÍTULO IV – DOS RECURSOS HÍDRICOS Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -133ART. 67 – São diretrizes para a política dos recursos hídricos; III – Utilização da água subterrânea e superficial como prioridade ao abastecimento público; IX – Exercer controle sobre as formas de captação e exploração, através de cadastramento, licenciamento e autorização de todos os poços situados no Município, inclusive cisterna; X – Em situação emergencial, limitar ou proibir, pelo tempo mínimo necessário, o uso da água em determinadas regiões do Município, e o lançamento de efluentes nos corpos d’água afetados, ouvindo os órgãos estaduais competentes. ART. 68 – São objetivos para a política de proteção dos mananciais: II – Definir como mananciais sob proteção os córregos do Descaroçador, Batistela, De Bem, Andrézinho, Laranja Azeda, Ribeirão do Outro e o Ribeirão do Roque, em todas as suas extensões, o trecho do Córrego São Joaquim dentro do município, e as nascentes do Ribeirão do Ouro e Chica Costa; IV – Reversão do processo de degradação instalados nos mananciais, alterando tendências de perda de capacidade de produção de água nessas áreas de mananciais, por meio de programas de saneamento ambiental. ART. 69 – São ações previstas para a proteção de mananciais e microbacias hidrográficas de interesse para abastecimento público: I – Consolidar o programa de destino adequado de esgotos residenciais e industriais e demais efluentes líquidos; VI – Celebrar convênios com o Estado ou com a União para representá-lo no outorga de concessão, permissão ou autorização para o uso e derivação das águas públicas, nos termos e condições da legislação pertinente. CAPÍTULO V – DO SANEAMENTO AMBIENTAL E DOS SERVIÇOS URBANOS ART. 75 – O sistema de saneamento ambiental observará as seguintes diretrizes: IX – Manter, atualizar e aprimorar o Mapa Urbano Básico Georreferenciado e cadastro comercial e técnico referente à água, esgoto e de resíduos sólidos; XI – Garantir a universalização do abastecimento de água, coleta e tratamento dos esgotos e o tratamento e disposição final dos resíduos sólidos de maneira ininterrupta e de acordo com os padrões ambientais e de saúde pública vigentes; XV – Implantação de sistema de fiscalização e controle ambiental, sanções aos despejos clandestinos e a disposição inadequada de resíduos; XVII – Reconhecer e disciplinar a coleta ambulante de materiais recicláveis, através de programas específicos; XVIII – Não permitir: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -134A deposição indiscriminada de lixo em locais inapropriados, em áreas urbanas ou rurais; A incineração e a disposição final de lixo a céu aberto; A utilização de lixo in natura para alimentação de animais e adubação orgânica; O lançamento de lixo em água de superfície, sistemas de drenagem águas pluviais, poços, cacimbas e áreas erodidas; O assoreamento de fundo de vale através da colocação de lixo, entulhos e outros materiais. Seção I – Do Abastecimento de Água ART. 77 – Constituem objetivos gerais para o sistema de saneamento ambiental em relação ao Abastecimento de Água: I – garantir a universalização dos serviços e abastecimento de água, de maneira ininterrupta e de acordo com os padrões ambientais e de saúde pública vigentes; III – Estabelecer procedimentos e garantir a participação do SAEP na outorga de direito de uso de poços profundos e demais atividades que utilizam recursos hídricos a fim de priorizar o abastecimento público, o controle de sua utilização e dos riscos de contaminação. ART. 78 – Constituem ações para a política de abastecimento de águas: II – Aprimorar os procedimentos de atendimento ao público, racionalizar os processos administrativos e operacionais, monitorar e controlar para reduzir as perdas do sistema de abastecimento de água, energia, produtos químicos e insumos; VII – Aprimorar o sistema de telemetria e implantar a automação dos sistemas de produção em relação a poços e captações superficiais, em relação às redes de distribuição e o tratamento nas ETAs; VIII – Implantar campanhas de fiscalização para combate às fraudes nos sistemas de abastecimento, e exigir nos casos constados, a adequação das ligações de acordo com o padrão do SAEP em vigência. Seção II – Dos Esgotos Sanitários ART. 79 – Constituem objetivos para o sistema de coleta e tratamento de esgotos: I – Garantir a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgotos, de maneira ininterrupta e de acordo com os padrões ambientais e de saúde pública; II – Proceder a análise periódica dos esgotos tratados na ETE de acordo com os padrões e normas vigentes e manter públicos o registro dos resultados obtidos; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -135IV – Implantar o sistema de remoção e tratamento do lodo da estação de tratamento de esgoto e dar destinação e monitoramento adequado aos resíduos gerados; V – Proibir o lançamento indevido de águas pluviais na rede de esgotos; VI – Implantar a cobrança da tarifa referente ao lançamento de esgotos na rede pública dos locais que dispõe de poço particular como fonte de abastecimento. Seção III – Da Drenagem Urbana ART. 84 – Constituem objetivos gerais para o sistema de saneamento ambiental em relação ao tratamento e disposição dos resíduos sólidos: I – Garantir a universalização dos serviços de coleta, tratamento e disposição dos resíduos, de maneira ininterrupta e de acordo com os padrões ambientais e de saúde pública vigentes. ART. 85 – Constituem diretrizes e estratégias para o sistema de saneamento ambiental em relação ao abastecimento de água: I – Proceder ao desassoreamento das represas, destinadas à captação de água para o abastecimento público do Município e a recuperação e manutenção das barragens a montante dessas captações, com o objetivo de aumentar o volume de água reservado para a utilização no abastecimento público; II – Reduzir o índice de perdas de água através das seguintes ações: Elaboração de estudos e diagnósticos dos sistemas de abastecimento de água; Realizar a sub-setorização quando necessário, dos atuais setores de abastecimento, ou nova subdivisão territorial de planejamento e gestão em consonância com esta Lei Complementar. III – Aumentar os sistemas de produção, tratamento, reservação e distribuição de água para atender a demanda de cada setor ou região de planejamento da cidade; VII – Implantar o sistema de tratamento de lodo da estação de tratamento de água e dar destino e monitoramento adequado aos resíduos nelas gerados; IX – Aprimorar o sistema de telemetria e implantar a automação dos sistemas de produção em relação a poços e captações superficiais, em relação às redes de distribuição e o tratamento na estação de tratamento de água. Seção IV – Dos Resíduos Sólidos ART. 86 – São diretrizes para a coleta, destinação final e tratamento de resíduos sólidos: I – Definir e implantar novos projetos e programas de disposição e tratamento de resíduos sólidos, sustentados em alternativas tecnológicas que minimizem os riscos de poluição ambiental e os danos à saúde da população; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -136II – Implantar uma política de gerenciamento de resíduos sólidos gerados no Município, englobando coleta seletiva, reciclagem e sua destinação, inclusive de entulhos da construção; VI – O estímulo à segregação integral de resíduos sólidos na fonte geradora e a gestão diferenciada; VIII – A eliminação da disposição inadequada de resíduos. ART. 87 – São objetivos para a coleta, destinação final e tratamento de resíduos sólidos: II – Implementar o tratamento e o depósito ambientalmente adequado dos resíduos remanescentes; III – Controlar a disposição inadequada de resíduos pela educação ambiental, oferta de instalações para disposição de resíduos sólidos e fiscalização efetiva; IV – Estabelecer nova base legal relativa a resíduos sólidos, disciplinando os fluxos dos diferentes resíduos e os diferentes fatores em consonância com a Política Municipal de Resíduos Sólidos; VI – Estimular a implantação de unidades de tratamento e destinação final de resíduos industriais; VII – Aprimorar a gestão diferenciada para resíduos domiciliares, industriais e hospitalares. ART. 88 – São ações previstas para a coleta, destinação final e o tratamento de resíduos sólidos no Município: I – Realizar a coleta diferenciada, considerando lixo séptico e asséptico, lixo tóxico, lixo industrial, lixo doméstico, sucata, entulho e restos de jardins e poda de árvores; IV – Instalar, em parceria com a iniciativa privada, uma usina de processamento de entulhos da construção civil; VI – Estimular programas de coleta seletiva e reciclagem, preferencialmente em parceria com grupos de catadores organizados em cooperativas, com associações de bairros, condomínios, organizações não-governamentais e escolas; VI – Implantar pontos de entrega voluntária de lixo reciclável- PEV’s; VII – Estabelecer indicadores de qualidade do sérvio de limpeza urbana que incorporem a pesquisa periódica de opinião pública; VIII – Cadastrar e intensificar a fiscalização de lixões, aterros e depósitos clandestinos de material. Seção V – Disposições Gerais ART. 89 – Constituem diretrizes e estratégias para o sistema de saneamento ambiental em relação à coleta e tratamento de esgotos: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -137I – Rever e atualizar o sistema de coleta, afastamento e tratamento dos esgotos sanitários, estabelecendo prioridades para a ampliação, o remanejamento de coletores tronco, interceptores e emissários de esgoto nas sub-bacias do município; III – Implantar o sistema de remoção e tratamento do lodo gerado na estação de tratamento de esgoto; IV – Proceder à análise periódica dos efluentes tratados na estação de tratamento de esgoto, monitorar e dar destino adequado aos resíduos gerados, em consonância com a legislação ambiental vigente; VI – Aprimorar o sistema de telemetria e implantar a automação dos sistemas de tratamento de esgotos; ART. 90 – Constituem diretrizes e estratégias para o sistema de saneamento ambiental em relação ao tratamento e disposição dos resíduos sólidos: II – Elaborar e implementar o planejamento e o gerenciamento integrado dos resíduos sólidos municipais; III – Acompanhar o processo de implementação do Plano Diretor de gerenciamento integrado dos resíduos sólidos da construção civil, conforme resolução nº 307/2002 do CONAMA: g) Reservar áreas para a implantação de novos aterros sanitários e de resíduos inertes da construção civil no Plano Diretor de Resíduos Sólidos; h) Estimular a implantação de unidades de tratamento e destinação final de resíduos industriais; i) Introduzir a gestão diferenciada para resíduos domiciliares, industriais e hospitalares. 4.2 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 4.2.1 Descrição dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos O município de Pirassununga possui Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, elaborado em maio/2015. Assim, um diagnóstico detalhado dos serviços de resíduos sólidos pode ser encontrado no mesmo. A Ilustração 6.3, apresentada no Capítulo 6, ilustra as principais unidades identificadas do sistema de coleta e destinação de resíduos sólidos. O diagnóstico do sistema de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos em função da geração atual e futura desses resíduos constitui a base para a proposição de cenários, Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -138definição de diretrizes e metas, e para o detalhamento de programas, projetos e ações, que serão apresentados em fases posteriores deste trabalho. 4.2.1.1 Classificação, geração, coleta, transporte e destinação final As informações quanto à classificação dos resíduos a seguir descritas, foram extraídas do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação – Ministério do Meio Ambiente (MMA). Classificação Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) Corresponde aos resíduos originários de atividades domésticas em residências urbanas; é composta por resíduos secos e resíduos úmidos. Os resíduos secos são constituídos principalmente por embalagens fabricadas a partir de plásticos, papéis, vidros e metais diversos, além das embalagens do tipo “longa vida”. Já os resíduos úmidos são constituídos principalmente por restos oriundos do preparo de alimentos. Contém partes de alimentos in natura, como folhas, cascas e sementes, restos de alimentos industrializados, entre outros. Os estudos que embasaram o Plano Nacional de Resíduos Sólidos apontaram uma composição média nacional de 31,9% de resíduos secos e 51,4% de resíduos úmidos do total dos resíduos sólidos urbanos coletados. Os 16,7% restantes, são rejeitos. No entanto, para o presente PMSB, utilizou-se o percentual de 14,96% de materiais secos verificado em gravimetria na etapa de diagnóstico do PMGIRS, e adotou-se um percentual de 55% de resíduos úmidos, com base em estudos de composição gravimétrica apresentados no Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo – PERS (2014), para os municípios da UGRHI 5, da Região Metropolitana da Baixada Santista e Ubatuba, e do município de São Paulo, indicando que resíduos orgânicos situam-se entre 54,2% e 73,3%. Resíduos da Limpeza Pública (RLP) As atividades de limpeza pública, definidas na Lei Federal de Saneamento Básico, dizem respeito a: varrição, capina, poda e atividades correlatas; limpeza de escadarias, monumentos, sanitários, abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia em logradouros públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e limpeza de feiras públicas e eventos de acesso aberto ao público (BRASIL, 2007a). Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) Nestes resíduos predominam materiais trituráveis como restos de alvenarias, argamassas, concretos e asfalto, além do solo, todos resignados como RCC classe A (reutilizáveis ou Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -139recicláveis). Correspondem, a 80% da composição típica desse material. Comparecem ainda materiais facilmente recicláveis como embalagens em geral, tubos, fiação, metais, madeira e o gesso. Este conjunto é designado de classe B (recicláveis para outras destinações) e corresponde a quase 20% do total sendo que a metade é debitado às madeiras, bastante utilizadas nas construções (MMA, 2011). Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) Para melhor controle e gerenciamento, estes resíduos são divididos em grupos, da seguinte forma: Grupo A (potencialmente infectante: produtos biológicos, bolsas transfusionais, peças anatômicas, filtros de ar, gases etc.); Grupo B (químicos); Grupo C (rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfuro cortantes). A observação de estabelecimentos de serviços de saúde tem demonstrado que os resíduos dos Grupos A, B, C e E são no conjunto, 25% do volume total. Os do Grupo D (resíduos comuns e passíveis de reciclagem, como as embalagens) respondem por 75% do volume (MMA, 2011). 4.2.2 Diagnóstico Operacional do Sistema de Resíduos Sólidos 4.2.2.1 Geração, Coleta, Transporte e Destinação Final Segue abaixo, o Quadro 4.32 com o resumo dos dados quantitativos da geração e informações a respeito do gerenciamento de cada tipo de resíduo diagnosticado. Informações mais detalhadas referentes ao diagnóstico dos resíduos sólidos podem ser encontradas no Diagnóstico apresentado pelo PMGIRS (2015). QUADRO 4.32 – P RODUÇÃO MÉDIA DE RES ÍDUOS (TON/MÊS ) – ANO 2015 Tipo de Resíduo Domiciliares e Comerciais Geração estimada Resp. Coleta Destinação final 1423 ton/mês Prefeitura Aterro Recicláveis 213 ton/mês Cooperep (15 ton/mês); Prefeitura (restante) Aterro Reciclagem Rejeito aterro Resíduos de poda e capina 144 ton/mês Prefeitura (sob demanda) Aterro Varrição 1400 a 3200 m3/mês Prefeitura (50% do município) Aterro Serviços de saúde 7,4 ton/mês Prefeitura (em alteração) e geradores Construção Civil 4200 a 4800 ton/mês Prefeitura e geradores Serviço de Saneamento Básico Lodo de ETA: 158 ton/mês; lodo de ETE: 15 ton/mês; grade ETA: 130 ton/mês; embalagens de produtos químicos: 273 um/mês SAEP Incineração e autoclavagem aterros particulares de resíduos perigosos Aterros particulares Aterro Embalagens – reciclagem (parte) Lodo ETA - Corpo d’água Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -140Tipo de Resíduo Geração estimada Resp. Coleta Eletro-Eletrônico - Prefeitura e geradores Pneus - Pilhas e baterias - Prefeitura e geradores, sendo feita por empresa especializada Geradores – entrega voluntária Destinação final Empresas especializadas Empresas especializadas (reciclagem) Fonte: PMGIRS (2015). 4.2.2.2 Análise Operacional dos Serviços de Limpeza Pública e Manejo dos Resíduos Sólidos com base no Sistema de Indicadores Para a verificação da prestação atual dos serviços de limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos, adotaram-se alguns indicadores, que se encontram analisados a seguir. A partir desta análise, foi realizado o diagnóstico do sistema. ♦ Icr – Indicador de Coleta Regular Como o município de Pirassununga tem 100% de coleta domiciliar, o Icr é igual a 100. Neste caso, o atendimento da coleta deve ser mantido e continuamente avaliado para que o serviço não deixe de ser prestado. ♦ Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD De acordo com a avaliação da CETESB, no ano de 2012, o aterro sanitário municipal de Pirassununga, obteve IQR = 8,4, sendo avaliado em condições Adequadas. (Inventário de Resíduos Sólidos Domiciliares – 2012 – CETESB). Ainda de acordo com esta avaliação, os itens que receberam pontuação zero foram: Profundidade do lençol freático (P) x permeabilidade do solo (k); drenagem provisória de aguas pluviais; monitoramento de águas subterrâneas inadequado/insuficiente; monitoramento geotécnico inadequado/insuficiente; presença de aves e animais; recebimento de resíduos não autorizados; proximidade de corpos de água < 200m. É necessário, portanto que, além de corrigir tais problemas apontados, que o município faça adequações no quesito reaproveitamento. Por exigência da PNRS, somente será permitida a disposição em aterro os resíduos não reaproveitáveis, ou seja, os rejeitos. ♦ Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -141De acordo com a avaliação da CETESB (Inventário de Resíduos Sólidos Domiciliares – 2012 – CETESB), a vida útil do aterro sanitário municipal é maior que 5 anos, obtendo portanto, Isr igual a 100. Neste caso, na proposição de cenários, apresentados em fase posterior do trabalho, o município terá o detalhamento de programas, projetos e ações, de forma a buscar alternativas para soluções futuras de disposição final de RSD, conforme estudado no PMGIRS (2015). ♦ Demais análises De acordo com a PNRS, todos os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos sólidos preveem a universalização do atendimento às comunidades locais, independentemente das dificuldades impostas pelas condições em que se encontram. É necessária também a conscientização por parte dos munícipes para que não haja descarte dos resíduos clandestinamente, como em terrenos baldios e margens de córregos, onerando os custos de coleta e transporte para o município. Não há coleta seletiva em Pirassununga. Há uma cooperativa, mas sem estrutura. O espaço destinado para a cooperativa fica no aterro sanitário, e serve de ponto de descarte e a triagem é precária. Além do barracão, existe apenas uma mesa de seleção e uma prensa. Isto delega à coleta domiciliar a responsabilidade pelo recolhimento de quase a totalidade dos resíduos gerados pelos domicílios. Porém, por exigência da PNRS, somente será permitida a disposição em aterro sanitário dos resíduos não reaproveitáveis, ou seja, os rejeitos. Assim, o que era uma iniciativa voluntária passa a ser uma obrigação do município, que deverá planejar e implantar sistemas de coleta seletiva realmente amplos e eficientes. Não existe local de disposição de RCC no município, os mesmos são dispostos irregularmente, portanto devem ser tomadas medidas emergenciais para a implementação de uma infraestrutura de disposição e reaproveitamento destes resíduos, conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sob Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Neste caso, na proposição de cenários, apresentados em fase posterior do trabalho, o município terá o detalhamento de programas, projetos e ações, de forma a solucionar tal problema. Cabe ressaltar que, o município já possui a Licença de Instalação de uma central de reciclagem de resíduos da construção civil e de podas de árvores, e aguarda a liberação de recursos para a contratação de um projeto para a construção do mesmo. Cabe ressaltar, que o município deve se utilizar dos indicadores sugeridos, ou se utilizar ainda de outros, para que todos os serviços prestados sejam sempre executados de maneira adequada, respeitando as legislações vigentes. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1424.3 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS PLUVIAIS URBANAS 4.3.1 Descrição dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS O município de Pirassununga está inserido na Sub-Bacia do Médio Mogi, cujas características principais são: alta suscetibilidade a processos erosivos, pontos dispersos de cobertura vegetal nativa e secundária e economia baseada em atividades agrícolas e pastoris. O sistema de drenagem natural do município é composto, principalmente, pelo Ribeirão da Laranja Azeda, Córrego do Andrézinho, Córrego Quartel, Ribeirão do Ouro, Córrego do Taboão, Ribeirão Descaroçador, Córrego da Ponte de Terra e o Córrego do Bem. 4.3.1.1 Microdrenagem O sistema de microdrenagem urbana capta as águas escoadas superficialmente e as encaminha até o sistema de macrodrenagem através das seguintes estruturas: meio-fio ou guia, sarjeta, boca-de-lobo, poço de visita, galeria de água pluvial, tubo de ligação, conduto forçado e estação de bombeamento (quando necessário). Pirassununga dispõe de estruturas de drenagem na área urbana. Porém, o levantamento total do município em planta da rede de drenagem e demais informações técnicas relativas ao número de estruturas, dimensões como extensão da rede, diâmetro das galerias, número de bocas-de-lobo, localização dos poços de visita etc., não está cadastrado ou disponível para consulta. Também não há informação sobre a manutenção e limpeza periódica do sistema de microdrenagem. A incapacidade de um sistema de microdrenagem em determinados pontos da malha urbana fica evidenciada pela ocorrência de pontos de alagamento durante chuvas intensas, potencializados pelo aumento do escoamento superficial direto. De acordo com o relatório final do ‘Estudo Básico, Diagnóstico e Propostas de Soluções para os Problemas de Enchentes no Bairro Cidade Jardim’, na região a oeste da Avenida Newton Prado há ausência rede de microdrenagem, o que sobrecarrega o sistema de galerias e bocas-de-lobo da vizinhança. No cruzamento da Avenida Newton Prado com a Alameda das Açucenas os problemas de alagamento são mais evidentes. Conforme relatado pelo SAEP, o Distrito de Cachoeira das Emas apresenta sério problema referente aos pesqueiros localizados em Área de Preservação Permanente, onde não há possibilidade de se implantar rede de esgoto. Adicionalmente, segundo o GEL, há dois locais que apresentam ocorrência de erosão. No primeiro, Vila Real (Foto 4.23), observa-se uma voçoroca em um terreno onde há um tubo que recebe as águas pluviais captadas pela rede de microdrenagem da região. O segundo (fotos 4.24 a 4.26), encontra-se no Jardim Verona II. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -143- Foto 4.21 - Voçoroca na Vila Real O segundo caso localiza-se no Jardim Verona II, onde ocorre situação similar à Vila Real. Foto 4.23 - Erosão no Jardim Verona II Foto 4.22 - Tubulação no Jardim Verona II 4.3.1.2 Foto 4.24 - Erosão no Jardim Verona II Macrodrenagem A macrodrenagem de uma zona urbana corresponde à rede de drenagem natural, ou seja, constituída pelos córregos, riachos e rios que se localizam nos talvegues e vales. A zona urbana do município de Pirassununga está inserida na bacia do Ribeirão da Laranja Azeda, Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -144um tributário do Rio Mogi Guaçu. Este ribeirão possui quatro afluentes dentro ou próximos da área urbana: Córrego do Andrézinho, Córrego Quartel, Ribeirão do Ouro e Córrego do Taboão. Destacam-se outros cursos d’água no município: Córrego da Ponte de Terra, Córrego de Bem, Ribeirão Descaroçador, Ribeirão do Roque e Córrego da Barra, os três últimos usados como mananciais de abastecimento da cidade. Entretanto, os localizam-se fora da zona de expansão urbana. As águas de chuva, ao alcançar um curso d’água, causam o aumento da vazão por certo período de tempo. Este acréscimo na descarga da água tem o nome de cheia ou enchente. Quando essas vazões atingem tal magnitude a ponto de superar a capacidade de descarga da calha fluvial e extravasar para áreas marginais, habitualmente não ocupadas pelas águas, caracteriza-se uma inundação. De acordo com o diagnóstico do Plano Diretor de Águas Pluviais do município de Pirassununga, o Córrego do Andrézinho e o Ribeirão do Ouro atravessam áreas com urbanização mais intensificada e apresentam problemas de inundação. Ainda, o Plano Diretor cita que esses dois corpos d’água já apresentam estruturas de canalização: aproximadamente 80% do Ribeirão do Ouro e um trecho inicial do córrego do Andrézinho, onde este atravessa vias urbanizadas, com canal em concreto. Complementarmente, o GEL apontou assoreamento no início do trecho canalizado do Ribeirão do Ouro e também mencionou ocorrência inundação na Rua 6 de Agosto, onde atravessa o Córrego do Andrézinho. Neste ponto observa-se pela Foto 4.27 a presença de obstruções ao longo do canal, o que diminui a velocidade de escoamento. As fotos 4.24 e 4.28 ilustram o início do trecho canalizado do Ribeirão do Ouro. Foto 4.25 - Jardim Verona - Córrego do Andrézinho Foto 4.26 - Jardim do Lago - Ribeirão do Ouro Não foram identificados estudos relativos a projetos de estruturas para o sistema de drenagem urbana. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -145A Ilustração 6.4 apresentada no Capítulo 6 mostra as áreas com risco de inundação, sujeitas a alagamento ou que apresentam erosão. 4.3.2 Diagnóstico do Sistema de Drenagem Pluvial Urbana O Plano Diretor de Águas Pluviais verificou o funcionamento do sistema de macrodrenagem para os pontos de interesse nas bacias adotadas juntamente com as restrições de projetos de drenagem do DAEE. A partir das características hidráulicas levantadas desses pontos, foi determinada sua capacidade de escoamento (vazão através de travessias construídas sobre galerias ou bueiros; vazão sob a estrutura de pontes; canais e estruturas vertedouros), sendo esta contraposta com a relação de vazões máximas de cada ponto crítico das sub-bacias. O diagnóstico do município de Pirassununga consistiu basicamente em verificar a capacidade de escoamento das estruturas nos pontos de interesse para as vazões máximas. O Quadro 4.33 relaciona os resultados da referida análise. QUADRO 4.33 – DIAGNÓS TICO HIDRÁULICO DOS P ONTOS CRÍTICOS DO SIS TEMA DE MACRODRENAGEM Corpos de Água Andrezinho Ouro Ponto Crítico Vazão (m³/s) – Período de Retorno 100 anos Capacidade da Seção (m³/s) (*) Estaca 39 Seção 3 Seção 5 Seção 7 Estaca 1 Estaca 14 Estaca 26 Estaca 33 Estaca 45 Estaca 58 Estaca 64 Estaca 70 Estaca 76 Estaca 82 Estaca 85 Estaca 90 Estaca 96 26,5 37,1 37,2 81,1 37,6 41,3 44,4 46,3 49,4 52,8 53,8 54,7 55,6 56,4 56,9 57,6 58,5 25,1 28,5 25,4 13 3,8 16,3 20,3 18,6 21,2 26,3 36,8 30,5 44,7 23 22 21,1 54,3 (*) Nota: Cálculo elaborado pela Engecorps a partir dos dados de seções fornecidos pelo Plano De acordo com a análise realizada pelo Plano, observa-se que, em várias seções ao longo dos trechos analisados, as estruturas não tem capacidade para escoar as vazões máximas, portanto necessitam de intervenções, a fim de evitar problemas quando ocorrer uma chuva crítica. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -146Para avaliação da componente drenagem, em relação aos aspectos institucionais e pontos críticos, o Quadro 4.34 e o Quadro 4.35 mostram os indicadores referentes ao município de Pirassununga. Observa-se que o município de Pirassununga obteve nota alta nos indicadores do sistema de macrodrenagem, ou seja, apresenta uma estrutura organizacional que, enquanto ainda passível de melhorias, possibilita uma análise mais completa do seu sistema. Isso ocorre principalmente devido à existência do Plano Diretor de Águas Pluviais. A inexistência de uma legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias é motivo de preocupação em função do impacto sobre o sistema de macrodrenagem. Vale destacar que o monitoramento dos cursos d´água não é realizado pelo município, e sim pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), portanto cabe também ao município realizar o registro dessas vazões e elaborar um banco de dados. Em relação ao sistema de microdrenagem, atualmente não existe uma padronização para projeto viário e drenagem pluvial, dificultando o dimensionamento, projeto e implementação do sistema como um todo, e também o diagnóstico de eventuais deficiências no mesmo. Da mesma forma, a inexistência de um serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e loteamentos dificulta, em muito, garantir o atendimento aos requisitos de impermeabilização e medidas compensatórias e sua fiscalização, e consequentemente gerando impactos adicionais ao sistema de microdrenagem. Por fim, não existe uma estrutura de inspeção e manutenção dos dispositivos, o que impacta seriamente o sistema de microdrenagem, por possibilitar que ocorram obstruções e/ou danos mais sérios aos dispositivos, resultando em funcionamento deficiente. O monitoramento das chuvas, assim como o da vazão dos cursos d´água, é realizado pelo DAEE, sendo importante o município também registrar e elaborar um banco de dados. Quanto aos aspectos de necessidade de intervenções nos sistemas, conforme diagnosticado, há diversos pontos críticos do sistema de macrodrenagem, que necessitam de intervenções estruturais a fim de ampliar a capacidade dos dispositivos existentes e consequentemente resolver os problemas de inundação dos mesmos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -147QUADRO 4.34 – AVALIAÇÃO DOS INDICADORES INDICADORES DE DRENAGEM URBANA PIRASSUNUNGA MACRODRENAGEM I1 Existência de padronização para projeto viário e drenagem pluvial NÃO 0 I2 Serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos SIM 0 I3 Estrutura de inspeção e manutenção da drenagem NÃO 0 I4 Existência de monitoramento de chuva SIM 0,5 I5 Registros de incidentes envolvendo microdrenagem SIM 0,5 TOTAL= 1,0 INSTITUCIONALIZAÇÃO INSTITUCIONALIZAÇÃO MICRODRENAGEM I1 Existência de plano diretor urbanístico com tópicos relativos à drenagem SIM 0,5 I2 Existência de plano diretor de drenagem urbana SIM 0,5 I3 Legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias NÃO 0 I4 Monitoramento de cursos d'água (nível e vazão) SIM 0,5 I5 Registros de incidentes envolvendo a macrodrenagem SIM 0,5 TOTAL= 2,0 QUADRO 4.35 – AVALIAÇÃO DO INDICADOR RELACIONADO À QUALIFICAÇÃO DOS S ERVIÇOS INDICADORES DE DRENAGEM URBANA PIRASSUNUNGA Q1 Inexistência de Pontos de alagamento MACRODRENAGEM NÃO 0 TOTAL= 0 QUALITATIVO QUALITATIVO MICRODRENAGEM Q1 Inexistência de pontos de inundação Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada NÃO 0 TOTAL= 0 -1485. OBJETIVOS E METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO 5.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE OS OBJETIVOS DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO E METAS PARA OS SISTEMAS Neste capítulo serão definidos os objetivos e as metas para o Município de Pirassununga, contando com dados e informações que já foram sistematizados nos produtos anteriores, essencialmente quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de projeto, com relação ao nível de cobertura dos serviços de saneamento básico e sua futura universalização. Sob essa intenção, os objetivos e metas serão mais bem detalhados em nível do território do município, orientando o desenvolvimento do programa de investimentos proposto, que constituirá a base do plano municipal. Mais do que isso, com vistas à coerência no conceito dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico, sobretudo quando postos frente ao Plano Regional Integrado de Saneamento Básico, os objetivos e metas também estão relacionados com a gestão de recursos hídricos da UGRHI 9, composta pelos 38 municípios 7, a serem vistos em conjunto no contexto da bacia hidrográfica. Ou seja, em adição à abordagem dos PMSBs, este tópico considera a leitura sintética da região abrangida pela UGRHI 9, com a finalidade de identificar problemas comuns e eventuais conflitos entre os diferentes setores usuários de recursos hídricos, de modo a conferir subsídios à desejada definição de objetivos e metas dos PMSBs. 5.2 CONDICIONANTES E DIRETRIZES GERAIS ADVINDAS LOCAIS E REGIONAIS DE DIAGNÓSTICOS Contando com todos os subsídios levantados – locais e regionais –, pode-se, então, chegar a conclusões e a diretrizes gerais relacionadas aos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico, que devem ser concebidos tanto sob a perspectiva local, quanto sob uma ótica regional, a ser traduzida no Plano Regional Integrado de Saneamento Básico. Sob o conceito de Planos Integrados, entende-se que devem ser consideradas: ♦ de um lado, as articulações e mútuas repercussões entre os segmentos internos ao setor saneamento, que envolvem o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de esgotos, a coleta e a disposição adequada de resíduos sólidos e, também, os sistemas de micro e macrodrenagem; ♦ de outro, as ações conjuntas e processos de negociação para alocação das disponibilidades hídricas, com vistas a evitar conflitos com outros diferentes setores 7 Na verdade, para elaboração dos planos municipais, foram agregados à UGRHI 9 três municípios, a saber: Cravinhos e Vargem Grande do Sul, da UGRHI 4 – Pardo, e Monte Alto – UGRHI 15 – Turvo-Grande. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -149usuários das águas – no caso da UGRHI 9, com destaques para o setor agropecuário e de cultivos irrigados, a geração de hidroeletricidade, a produção industrial e a explotação de minérios. Assim, sob tais subsídios e conceitos, em relação aos sistemas de abastecimento de água dos municípios da UGRHI 9, pode-se concluir que: ♦ há um quadro regional preocupante, em decorrência da baixa disponibilidade de água de boa qualidade, adequada à captação para abastecimento público; ♦ por consequência, ocorre elevada dependência de inúmeros municípios quanto: à proteção e à operação adequada dos Reservatório Cachoeira de Cima em Mogi Guaçu e Reservatório Cachoeira das Emas em Pirassununga; à melhoria da qualidade de água do próprio Rio Mogi Guaçu; à proteção dos diversos mananciais locais (córregos, rios afluentes e mananciais subterrâneos); sob as perspectivas do desenvolvimento regional, em decorrência da continuidade do processo de expansão e descentralização da RMSP, as disputas e conflitos pelas disponibilidades hídricas entre os diferentes setores usuários das águas tendem a implicar maiores dificuldades quanto ao abastecimento público. No que tange aos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, as conclusões são as seguintes: ♦ mesmo com diversos municípios da UGRHI 9 estando acima dos padrões nacionais de coleta e tratamento de esgotos, há espaço e demandas para avanços importantes, que terão rebatimentos positivos em termos da oferta de água para abastecimento, notadamente em termos da qualidade dos recursos hídricos, tanto superficiais quanto subterrâneos; ♦ as prioridades desses avanços poderão ser estabelecidas de acordo com as associações de seus resultados em termos de melhoria de qualidade da água e proteção a mananciais de sistemas de abastecimento público. Em relação aos sistemas de resíduos sólidos, não obstante os elevados percentuais de coleta, por vezes universalizados na maioria das cidades, pode-se concluir que os principais desafios referem-se: ♦ à disposição final adequada, com a implantação de aterros sanitários, com vistas a impedir a contaminação de aquíferos que sirvam como mananciais para abastecimento e, também, para reduzir os impactos negativos que são causados sobre as águas superficiais da região – rios córregos e reservatórios; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -150♦ à identificação de locais adequados, inclusive para empreendimentos coletivos de aterros sanitários e/ou unidades de valorização energética que atendam a conjuntos de municípios, considerando a perspectiva regional e o rebatimento de tais empreendimentos sobre o meio ambiente e sobre os recursos hídricos. Por fim, em relação aos sistemas de drenagem, conclui-se que os casos mais frequentes dizem respeito: ♦ às inundações em locais específicos de áreas urbanas, o que requer intervenções de cunho mais pontual; ♦ à consideração, em termos de macrodrenagem, da operação adequada de barragens, para fins de reservação, regularização de vazões e controle de cheias; Sob tais conclusões, os PMSBs devem considerar as seguintes diretrizes gerais: ♦ a universalização dos sistemas de abastecimento de água, não somente para atender às questões de saúde pública e direitos de cidadania, como também para que os mananciais presentes e potenciais sejam prontamente aproveitados para fins de abastecimento de água, consolidando o sistema de saneamento, prevendo projeções de demandas futuras e antecipando-se a possíveis disputas com outros setores usuários das águas; ♦ sob tal diretriz, apenas casos isolados de pequenas comunidades da área rural serão admitidos com metas ainda parciais, para chegar à futura universalização dos serviços de abastecimento de água; ♦ mais do que isso, também cabe uma diretriz voltada ao aumento da eficiência na distribuição de água potável, o que significa redução do índice de perdas reais e aparentes, com melhor aproveitamento dos mananciais utilizados; ♦ a máxima ampliação viável dos índices de coleta de esgotos sanitários, associados a sistemas de tratamento, notadamente nos casos onde possam ser identificados rebatimentos positivos sobre a qualidade de corpos hídricos nos trechos de jusante, com particular destaque à proteção dos Reservatórios Cachoeira de Cima e das Emas, que apresentam significativos impactos regionais – quantitativos e qualitativos – nas águas de jusante; ♦ tais resultados advindos da coleta e tratamento de esgotos não devem ser considerados somente na Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu, mas também sobre as outras UGRHIs que compõem as bacias hidrográficas do Estado de São Paulo; ♦ a implantação de todos os aterros sanitários demandados para a disposição adequada de resíduos sólidos – coletivos ou para casos isolados –, a serem construídos em locais identificados sob aspectos de facilidade logística e operacional, assim como de pontos que gerem menores repercussões negativas sobre o meio ambiente e os recursos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -151hídricos (ou seja, verificando acessibilidade, custos de transporte, tipo do solo, relevo e proximidade com corpos hídricos); ♦ a identificação de frentes para avanços relacionados a indicadores traçados para: serviço de coleta regular; saturação do tratamento e disposição final dos resíduos sólidos domiciliares; serviço de varrição das vias urbanas; destinação final dos resíduos sólidos industriais e manejo e destinação de resíduos sólidos de serviços de saúde; ♦ execução de intervenções pontuais e de manutenção e limpeza em sistemas de macro e microdrenagem das cidades, a checagem de regras de operação de barragens, para fins de melhores resultados na reservação, regularização de vazões e controle de cheias, em termos de macrodrenagem; ♦ a previsão de tecnologias apropriadas à realidade local e regional para os quatro sistemas de saneamento; ♦ sob tal diretriz, das prioridade às tecnologias ambientalmente adequadas, que incentivam a redução das emissões de gases de efeito estufa. 5.3 OBJETIVOS E METAS Em consonância com as diretrizes gerais, os Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico devem adotar os seguintes objetivos e metas, tal como já disposto, essencialmente, quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de projeto, em relação ao nível de cobertura e/ou aos padrões de atendimento dos serviços de saneamento básico e sua futura universalização, conforme apresentado nos itens a seguir, particularmente para cada sistema/serviço de saneamento. 5.3.1 Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotos Sanitários No Quadro 5.1, encontram-se resumidos os objetivos e metas, considerando, em essência, metas progressivas de atendimento para consecução da universalização dos serviços, abordando a população urbana dos Distritos Sede e Cachoeira de Emas e a população urbana do Bairro Mamonal. O período considerado está relacionado com um horizonte de planejamento de 20 anos, especificamente nesse caso, entre 2015 e 2035. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -152QUADRO 5.1 – OBJ ETIVOS E METAS P ARA OS S IS TEMAS DE ÁGUA E ES GOTO – MUNICÍP IO DE P IRAS S UNUNGA – ÁREA URBANA 8 ÁREA URBANA ATENDIDA PELO SISTEMA PÚBLICO Serviços de Saneamento Água Objetivos Situação Atual (2015) Metas Prazo Manter o índice de atendimento de água Cobertura • 100% • Índice de Perdas 48,4% Cobertura • Distrito Sede – 100% • Bairro Mamonal – 100% Cobertura • Distrito de Cachoeira de Emas – 95% Índice de Tratamento • Distrito Sede – 100% • Bairro Mamonal – 100% Índice de Tratamento • Distrito de Cachoeira de Emas – 95% Cobertura 100% Longo Prazo até 2035 Índice de Perdas 29,0% Longo Prazo até 2035 Cobertura 100% Longo Prazo até 2035 Índice de Tratamento 100% Emergencial – até 2016 Índice de Tratamento 100% Longo Prazo até 2035 Índice de Tratamento 100% Emergencial – até 2016 Reduzir as perdas de água Manter o índice de coleta de esgotos Ampliar o índice de coleta de esgotos Esgotos Manter o índice de tratamento de esgotos Ampliar o índice de tratamento de esgotos Já para as áreas rurais do município, atualmente não atendidas pelo sistema público, apresentam-se no Quadro 5.2 os objetivos e metas. QUADRO 5.2 – OBJ ETIVOS E METAS P ARA OS S IS TEMAS DE ÁGUA E ES GOTO – MUNICÍP IO DE P IRAS S UNUNGA – ÁREA RURAL Serviços de Saneamento Água Esgotos ÁREA RURAL Objetivos Garantir os padrões de qualidade da água consumida Garantir os padrões de qualidade de efluentes lançados Situação Atual Metas Prazo Monitoramento ND Monitoramento 100% Longo Prazo até 2035 Monitoramento ND Monitoramento 100% Longo Prazo até 2035 Com relação à área rural, adiante serão indicadas algumas soluções possíveis para se atingir a universalização do acesso à água de qualidade e de tratamento adequado dos esgotos, baseadas em novas concepções e experiências desenvolvidas para várias localidades. 8 1 – O índice de cobertura de água refere-se ao indicador IN023 (índice de atendimento urbano de água) do SNIS (Mcidades), que abrange a população urbana atendida em relação à população urbana total; 2 – O índice de perdas refere-se às perdas reais e aparentes na distribuição, associado ao indicador IN049 do SNIS; 3 – O índice de cobertura de coleta de esgotos refere-se ao indicador IN024 (Índice de atendimento urbano de esgotos) do SNIS, que abrange a população urbana atendida em relação à população urbana total; 4 – O índice de tratamento de esgotos refere-se ao indicador IN016 (Índice de tratamento de esgotos) do SNIS, que abrange o volume de esgotos tratados em relação ao volume de esgotos coletados na área urbana. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1535.3.2 Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos No Quadro 5.3, encontram-se resumidos os objetivos e as metas para a universalização do atendimento dos serviços de coleta e limpeza urbana e a disposição adequada dos resíduos sólidos domiciliares, da construção civil e de serviços de saúde, para o horizonte de projeto de 20 anos, ou seja, de 2016 a 2035. QUADRO 5.3 – OBJ ETIVOS E METAS P ARA O S IS TEMA DE RES ÍDUOS SÓLIDOS – MUNICÍP IO DE P IRAS S UNUNGA Objetivos Situação Atual (2015) Metas Prazo Cobertura 100% Cobertura 0% Cobertura 100% Cobertura 100% Longo Prazo até 2035 Cobertura 100% Longo Prazo até 2035 Cobertura 100% Longo Prazo até 2035 ND 90% 0% 95% Aumentar a nota da avaliação do IQR 9 9,8 (2013) 1,00 Disposição adequada dos resíduos sólidos domiciliares Adequado Manter Adequado Disposição adequada dos resíduos da construção civil Inadequado Adequar Adequado Manter adequado ND 100% Manter o índice de coleta de resíduos sólidos domiciliares Ampliar o índice de coleta dos resíduos da construção civil Manter o índice de coleta de resíduos de serviços de saúde Ampliar índice de reciclagem dos resíduos domiciliares coletados Ampliar índice de reaproveitamento dos resíduos da construção civil coletados Tratamento e disposição adequada dos resíduos de serviços de saúde Universalização dos serviços de limpeza e varrição 5.3.3 Longo Prazo até 2035 Longo Prazo até 2035 Longo Prazo até 2035 Longo Prazo até 2035 Longo Prazo até 2035 Longo Prazo até 2035 Imediato 2016 Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas No Quadro 5.4 encontram-se resumidos os objetivos e metas considerando, em essência, metas progressivas para o controle de inundações nas áreas urbanas. O período considerado está relacionado com um horizonte de planejamento de 20 anos, entre 2016 e 2035. QUADRO 5.4 – OBJ ETIVOS E METAS P ARA O S IS TEMA DE DRENAGEM URBANA – MUNICÍP IO DE P IRAS S UNUNGA Objetivos Situação Atual (2013) Metas Prazo Controle de inundações Pontos de inundação Sem registros de problemas de inundação 2016 a 2035 9 O IQR – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos – Nova Proposta – é um indicador da CETESB que avalia diversos aspectos do aterro como: estruturas de apoio, aspectos operacionais, estruturas de proteção ambiental, características da área entre outros. Essa avaliação permite que seja atribuída uma nota à unidade, classificando-a como adequada ou inadequada. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1546. RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES PRINCIPAIS, ESTIMATIVA DE CUSTOS E CRONOGRAMAS DA SEQUÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO 6.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 6.1.1 Resumo das Intervenções Principais e Estimativa de Custos O resumo das obras necessárias para o Sistema de Abastecimento de Pirassununga encontra-se apresentado no Quadro 6.1. A estimativa de custos também é indicada, em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 38,6 milhões, com valores estimados na data base de dezembro de 2013 e corrigidos para a data base de setembro de 2015 com inflação acumulada de 14%. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -155QUADRO 6.1 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES P RINCIP AIS E ES TIMATIVA DE CUS TOS P ARA O S IS TEMA DE ABAS TECIMENTO DE ÁGUA10 Locais Sistemas Tipo de Intervenção / Prazo de Implantação Unidades CAPTAÇÃO Longo Prazo – entre 2016 e 2035 (R$) 30.000 2016 – 15.000,00 2026 – 15.000,00 OSL: Implantação de uma Estação de Tratamento do lodo dos floculadores e decantadores da ETA I existente. 1.140.000 • OSL: Ampliação da ETA II, duplicação da capacidade de tratamento. 4.560.000 • MNE: Elaboração de Estudo Ambiental nas bacias hidrográficas das nascentes e captações do município, identificando impactos que provocam a redução do volume de água. 135.000 • OSL: Implantação de automação nos reservatórios. 35.000 • OSL: Implantação de geradores de emergência em todas as elevatórias e boosters. 520.000 Emergencial – 2016 • OSE: Atualização do cadastro no SANEGEO. 30.000 Emergencial – entre 2016 e 2017 • OSE: Elaboração de Estudo de Concepção para setorização do sistema. 580.000 • OSE: Substituição das tubulações antigas de distribuição, cerca de 52 km de rede (estimada como 10% da extensão total). 9.120.000 • OSE: Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc. OSE: Implantação de aproximadamente 10,0 km de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 2.040 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações. 14.820.000 ÁREA URBANA – DISTRITO SEDE RESERVAÇÃO RESERVATÓRIO Longo Prazo – entre 2016 e 2035 E ELEVAÇÃO ESTAÇÃO ELEVATÓRIA Curto Prazo – entre 2016 e 2019 DISTRIBUIÇÃO (R$) • Médio Prazo – entre 2016 e 2023 ÁREA URBANA – MAMONAL Investimentos Anuais Estimados OSL: Renovação das outorgas das captações. Médio Prazo – entre 2016 e 2023 ETA Custos Estimados • Médio Prazo – entre 2016 e 2023 PRODUÇÃO Obras Principais Planejadas REDE DE DISTRIBUIÇÃO Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • 2016 a 2023 142.500,00/ano 2016 a 2023 570.000,00/ano 2016 a 2023 16.875,00/ano 2016 a 2035 1.750,00/ano 2016 a 2019 130.000,00/ano 2016 – 30.000,00 2016 – 290.000,00 2017 – 290.000,00 2016 a 2035 456.000,00/ano 2016 a 2035 741.000,00/ano Continua... 10 Valores arredondados Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -156Continuação. QUADRO 6.1 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES P RINCIP AIS E ES TIMATIVA DE CUS TOS P ARA O S IS TEMA DE ABAS TECIMENTO DE ÁGUA10 Locais Sistemas Tipo de Intervenção / Prazo de Implantação Unidades CAPTAÇÃO RESERVAÇÃO ELEVAÇÃO ESTAÇÃO ELEVATÓRIA (R$) 456.000 Curto Prazo – entre 2016 e 2019 • OSL: Substituição das bombas de recalque e adequação do sistema elétrico da captação 500.000 • OSL: Implantação de automação na captação. 100.000 • MNE: Elaboração de estudo de disponibilidade hídrica, com avaliação de nova captação no Rio Mogi Guaçu. 342.000 • OSL: Renovação das outorgas das captações 10.000 • OSL: Implantação de uma Estação de Tratamento do lodo dos floculadores e decantadores da ETA Santa Fé existente, conforme projeto “Sistema de Tratamento de Lodo e Reaproveitamento das Águas de Lavagem de Filtros e Decantadores da ETA Santa Fé - Nov/2012". 1.800.000 • OSL: Reforma da ETA Santa Fé existente e implantação de uma ETA nova com capacidade de 50 L/s. 2.300.000 Médio Prazo – entre 2016 e 2023 • OSL: Implantação de automação na ETA. 140.000 Curto Prazo – entre 2016 e 2019 • OSL: Implantação de um novo reservatório de 500 m³. 285.000 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • OSL: Implantação de automação nos reservatórios. 15.000 • OSL: Implantação de geradores de emergência em todas as elevatórias e boosters. 150.000 Médio Prazo – entre 2016 e 2023 Médio Prazo – entre 2016 e 2023 RESERVATÓRIO (R$) OSL: Substituição da linha de adutora de água bruta AAB3 por uma de 250 mm, de PVC e com 1.200 m de extensão. Curto Prazo – entre 2016 e 2019 ETA Investimentos Anuais Estimados • Longo Prazo – entre 2016 e 2035 ÁREA URBANA – DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS Custos Estimados Emergencial – entre 2016 e 2017 Emergencial – entre 2016 e 2017 PRODUÇÃO Obras Principais Planejadas Curto Prazo – entre 2016 e 2019 2016 – 228.000,00 2017 – 228.000,00 2016 – 250.000,00 2017 – 250.000,00 2016 a 2023 12.500,00 2016 a 2019 85.500,00/ano Contabilizado no Distrito Sede 2016 a 2019 450.000,00/ano 2016 a 2023 287.500,00/ano 2016 a 2023 17.500,00 2016 a 2019 71.250,00/ano 2016 a 2035 750,00/ano 2016 a 2019 37.500,00/ano Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -157Continuação. QUADRO 6.1 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES P RINCIP AIS E ES TIMATIVA DE CUS TOS P ARA O S IS TEMA DE ABAS TECIMENTO DE ÁGUA10 Locais ÁREA URBANA – DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS ÁREA URBANA – DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS 10 Sistemas Tipo de Intervenção / Prazo de Implantação Unidades Emergencial – 2016 Emergencial – entre 2016 e 2017 DISTRIBUIÇÃO REDE DE DISTRIBUIÇÃO Médio Prazo – entre 2016 e 2023 Longo Prazo-entre 2016 e 2035 Obras Principais Planejadas Custos Estimados Investimentos Anuais Estimados (R$) (R$) • OSE: Atualização do cadastro no SANEGEO. - • OSE: Elaboração de Estudo de Concepção para setorização do sistema. - • OSE: Substituição das tubulações antigas de distribuição, cerca de 2 km de rede (estimada como 10% da extensão total). 350.000 • OSE: Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melhorias na gestão comercial, etc. OSE: Implantação de aproximadamente 2,0 km de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 600 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações. 1.200.000 • Valores arredondados Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada Contabilizado no Distrito Sede Contabilizado no Distrito Sede 2016 a 2023 43.750,00/ano 2016 – 43.750,00 2016 a 2035 60.000,00/ano -1586.1.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais De acordo com o planejamento efetuado para elaboração desse Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte estruturação sequencial para implantação das obras necessárias no Sistema de Abastecimento de Água de Pirassununga: ♦ obras emergenciais – de 2016 até o final de 2017 (imediatas); ♦ obras de curto prazo – de 2016 até o final do ano 2019 (4 anos); ♦ obras de médio prazo – de 2016 até o final do ano 2023 (8 anos); ♦ obras de longo prazo – A partir de 2024 até o final de plano (ano 2035) 11. Em função dessa estruturação, apresenta-se, na Figura 6.1, um cronograma elucidativo, com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema: 11 Excepcionalmente, foi considerada como intervenção de longo prazo (2015 a 2034) a ampliação gradativa da rede de distribuição, em função do crescimento vegetativo das populações; idem em relação à implementação de um Programa de Redução de Perdas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -159- Prazos Locais Sistemas Unidades Obras Principais Planejadas Investimentos (R$) Emergencial/ Curto Prazo R$ 9.120.000,00 R$ 14.820.000,00 Figura 6.1 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Água (continua). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada 2035 Substituição das tubulações antigas de distribuição, cerca de 52 km de rede (estimada como 10% da extensão total). REDE DE DISTRIBUIÇÃO Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melho-rias na gestão comercial, etc.. Implantação de aproximadamente 10,0 Km de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 2.040 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações. 2034 R$ 580.000,00 2033 Elaboração de Estudo de Concepção para setorização do sistema. 2032 R$ 30.000,00 2031 Atualização do cadastro no SANEGEO. 2030 R$ 520.000,00 2029 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA Implantação de geradores de emergência em todas as elevatórias e boosters . 2028 R$ 35.000,00 2027 Implantação de automação nos reservatórios - telemetria para controle de nível. 2026 R$ 135.000,00 2025 Elaboração de Estudo Ambiental nas bacias hidrográficas das nascentes e captações do município, identificando impactos que provocam a redução do volume de água. Longo Prazo 2024 R$ 4.560.000,00 2023 DISTRIBUIÇÃO Ampliação da ETA II, duplicação da capacidade de tratamento. 2022 ÁREA RURAL – MAMONAL R$ 1.140.000,00 2021 ELEVAÇÃO RESERVATÓRIO Implantação de uma Estação de Tratamento do lodo dos floculadores e decantadores da ETA I existente. 2020 E RESERVAÇÃO R$ 30.000,00 2019 ÁREA URBANA – DISTRITO SEDE ETA 2018 PRODUÇÃO Renovação das outorgas das captações. 2017 2016 CAPTAÇÃO Médio Prazo -160- Prazos Locais Sistemas Unidades Obras Principais Planejadas Investimentos (R$) Emergencial/ Curto Prazo - Elaboração de Estudo de Concepção para setorização do sistema. R$ 350.000,00 R$ 1.200.000,00 38.618.000,00 14.028.000,00 Figura 6.1 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Água (continuação). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada 9.465.000,00 15.125.000,00 2035 Atualização do cadastro no SANEGEO. 2034 R$ 150.000,00 2033 R$ 15.000,00 2032 Implantação de automação nos reservatórios. INVESTIMENTOS TOTAIS 2031 R$ 285.000,00 Implantação de aproximadamente 2,0 km de redes de distribuição (linhas principais e secundárias) e 600 novas ligações, de acordo com o crescimento vegetativo das populações. 2030 Implantação de um novo reservatório de 500 m³. REDE DE DISTRIBUIÇÃO Implantação de um Programa de Redução de Perdas, que implique, de um modo geral, a setorização da rede, substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamentos, implantação de VRPs, melho-rias na gestão comercial, etc.. 2029 R$ 2.300.000,00 R$ 140.000,00 Substituição das tubulações antigas de distribuição, cerca de 2 km de rede (estimada como 10% da extensão total). 2028 R$ 1.800.000,00 Implantação de automação na ETA. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA Implantação de geradores de emergência em todas as elevatórias e boosters . 2027 Implantação de uma Estação de Tratamento do lodo dos flocu-ladores e decantadores da ETA Santa Fé existente, conforme pro-jeto “Sistema de Tratamento de Lodo e Reaproveitamento das Águas de Lavagem de Filtros e Decantadores da ETA Santa Fé Nov/2012". Reforma da ETA Santa Fé existente e implantação de uma ETA nova com capacidade de 50 L/s. 2026 R$ 10.000,00 2025 Renovação das outorgas da captação. Longo Prazo 2024 R$ 100.000,00 2023 DISTRIBUIÇÃO Implantação de automação na captação. 2022 ELEVAÇÃO R$ 500.000,00 2021 RESERVATÓRIO Implantação de 2 bombas de recalque e adequação do sistema elétrico da captação 2020 ÁREA URBANA – DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS R$ 342.000,00 2019 ETA Elaboração de estudo de disponibilidade hídrica, com avaliação de novo captação no Rio Mogi Guaçu. 2018 PRODUÇÃO R$ 456.000,00 2017 2016 CAPTAÇÃO Substituição da linha de adutora de água bruta AAB3 por uma de 250 mm, de PVC e com 1.200 m de extensão Médio Prazo -1616.1.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas Tendo em vista as propostas de soluções apresentadas nos itens, tem-se como principais benefícios para o sistema de abastecimento de água: ♦ A universalização dos serviços, atendendo toda a população urbana dos distritos e bairro isolado; ♦ A redução de perdas de água no processo, com a proposição de medidas correlatas, especialmente visando reduções no sistema de distribuição; ♦ Maior garantia de fornecimento de água com qualidade estabelecida pela legislação vigente, desde a saída da unidade de tratamento até as residências; ♦ Aumento da eficiência do sistema, com operação completa e eficaz, atrelada a substituição de unidades e implantação de outras em locais estratégicos; ♦ Melhoria no sistema de gerenciamento municipal, acompanhamento dos processos e treinamentos. em função do maior A Ilustração 6.1 a seguir apresenta as intervenções propostas para o sistema de abastecimento de água de Pirassununga. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -162ILUSTRAÇÃO 6.1 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA – SOLUÇÕES PROPOSTAS Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1636.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 6.2.1 Resumo das Intervenções Principais e Estimativa de Custos O resumo das obras necessárias para o Sistema de Esgotos Sanitários de Pirassununga encontra-se apresentado no Quadro 6.2. A estimativa de custos também é indicada em termos globais e anuais, considerando-se todo o período de planejamento. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 37,7 milhões, com valores estimados na data base de dezembro de 2013 e corrigidos para a data base de setembro de 2015 com inflação acumulada de 14%. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -164QUADRO 6.2 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES P RINCIP AIS E ES TIMATIVA DE CUS TOS P ARA O S IS TEMA DE ES GOTOS S ANITÁRIOS Locais Sistemas Unidades REDE COLETORA ENCAMINHAMENTO ÁREA URBANA – DISTRITO SEDE INTERCEPTOR ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTOS TRATAMENTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS Custos Estimados Investimentos Anuais Estimados (R$) (R$) Tipo de Intervenção / Prazo de Implantação Obras Principais Planejadas Emergencial – entre 2016 e 2017 • MNE: Elaboração de estudo de diretrizes para novos loteamentos observar que enquanto o emissário na Zona Leste não for construído, não há como implantar loteamentos nesta área da cidade. 30.000 Curto Prazo – entre 2016 e 2019 • OSE: Atualização do cadastro técnico do sistema de esgotamento sanitário no SANEGEO. 30.000 Curto Prazo – entre 2016 e 2019 • OSE: Elaboração de Estudo de Concepção para setorização dos sistemas. 180.000 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • OSE: implantação de aproximadamente 6 km de novas redes e 2.000 ligações para atendimento ao crescimento vegetativo das populações. 4.600.000 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • OSE: Substituição das tubulações antigas de coleta, cerca de 34 km de rede (estimada como 10% da extensão total). 12.600.000 Médio Prazo – entre 2016 e 2023 • OSE: Identificação e correção de ligações cruzadas de rede de drenagem (inclui Sistema do Distrito Cachoeira de Emas). Médio Prazo – entre 2016 e 2023 • OSE: Implantação de um interceptor na zona leste. 6 km. Emergencial – entre 2016 e 2017 • OSL: instalação de um conjunto motobomba na EEE Jardim Verona, para funcionar como reserva. 35.000 Médio Prazo – entre 2016 e 2023 • OSL: instalação de geradores de emergência nas quatro estações elevatórias do sistema da sede, incluindo-se todas as adequações necessárias nas áreas civil, hidromecânica e elétrica. 370.000 2016 - 15.000 2017 - 15.000 2016 a 2019 7.500,00/ano 2020 a 2023 22.500,00/ano 2016 a 2035 230.000,00/ano 2016 a 2035 400.000 4.200.000 630.000,00/ano 2016 a 2023 50.000,00/ano 2016 a 2023 525.000,00/ano 2016 – 17.500,00 2017 – 17.500,00 2016 a 2023 Emergencial – entre 2016 e 2017 • OSL: implantação da 2ª Etapa da ETE Laranja Azeda. 2.400.000 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • OSL: implantação da 3ª Etapa da ETE Laranja Azeda. 7.000.000 46.250,00/ano 2016 – 1.200.000,00 2017 – 1.200.000,00 2026 a 2035 700.000,00/ano Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -165Continuação. QUADRO 6.2 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES P RINCIP AIS E ES TIMATIVA DE CUS TOS P ARA O S IS TEMA DE ES GOTOS S ANITÁRIOS Locais Sistemas Tipo de Intervenção / Prazo de Implantação Unidades Emergencial – entre 2016 e 2017 ÁREA URBANA – DISTRITO SEDE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS TRATAMENTO ÁREA URBANA – DISTRITO ENCAMINHAMENTO DE CACHOEIRA DE EMAS REDE COLETORA Obras Principais Planejadas Custos Estimados Investimentos Anuais Estimados (R$) (R$) 2016 • OSL: Implantação de automação na ETE – 1ª Etapa. 500.000 Longo Prazo-entre • OSL: Implantação de automação na ETE – 2ª Etapa. 2016 e 2035 500.000 Médio Prazo – entre 2016 e 2023 • OSL: Projeto e implantação de Estação de Tratamento de Lodo. 500.000,00 2016 a 2035 25.000,00/ano 2016 a 2023 1.750.000 218.750,00/ano 2016 – 10.000,00 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • OSL: Renovação das outorgas dos lançamentos. 20.000 Emergencial – entre 2016 e 2017 • MNE: Elaboração de estudo de diretrizes para regularização dos pesqueiros localizados em Área de Preservação Permanente - discutir a questão juntamente com o CBH. 50.000 Curto Prazo – entre 2016 e 2019 • OSE: Atualização do cadastro técnico do sistema de esgotamento sanitário no SANEGEO. - Contabilizado no Distrito Sede Curto Prazo – entre 2016 e 2019 • OSE: Elaboração de Estudo de Concepção para setorização dos sistemas. - Contabilizado no Distrito Sede Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • OSE: implantação de aproximadamente 2 km de novas redes e 400 ligações para atendimento ao crescimento vegetativo das populações; Médio Prazo – entre 2016 e 2023 • OSE: Substituição das tubulações antigas de coleta, cerca de 2 km de rede (estimada como 10% da extensão total). 2026 – 10.000,00 2016 - 25.000 2017 - 25.000 2016 a 2035 1.150.000 57.500,00/ano 2016 a 2023 700.000 87.500,00/ano Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -166Continuação. QUADRO 6.2 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES P RINCIP AIS E ES TIMATIVA DE CUS TOS P ARA O S IS TEMA DE ES GOTOS S ANITÁRIOS Locais Sistemas Unidades ESTAÇÕES ENCAMINHAMENTO ELEVATÓRIAS DE ESGOTOS ÁREA URBANA – DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS Investimentos Anuais Estimados (R$) (R$) Obras Principais Planejadas Emergencial – entre 2016 e 2017 • OSL: implantação da Estação Elevatória de Esgotos EEE Limoeiro e redes coletoras no bairro Limoeiro. 250.000 Médio Prazo – entre 2016 e 2023 • OSL: instalação de geradores de emergência nas três estações elevatórias, incluindo-se todas as adequações necessárias nas áreas civil, hidromecânica e elétrica. 140.000 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • OSL: Implantação de automação nas elevatórias - sensores ultrassônicos para controle de nível nos poços de sucção. 20.000 Curto Prazo-entre 2016 e 2023 TRATAMENTO Custos Estimados Tipo de Intervenção / Prazo de Implantação Médio Prazo-entre 2016 e 2023 • OSL: Novo projeto para melhorias da ETE Santa Fé. Juntamente deverá ser feito estudo de avaliação de novo local de implantação ou encaminhamento de parte dos esgotos para a ETE Laranja Azeda. • OSL: instalação de geradores de emergência nas três estações elevatórias, incluindo-se todas as adequações necessárias nas áreas civil, hidromecânica e elétrica. Médio Prazo-entre 2016 e 2023 • OSL: Implantação de automação na ETE Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • OSL: Renovação das outorgas dos lançamentos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada 2016 - 125.000 2017 - 125.000 2016 a 2023 17.500,00/ano 2024 a 2035 2.000,00/ano 2016 a 2023 700.000 87.500,00/ano 2016 a 2023 70.000 8.750,00/ano 2016 a 2023 47.000 5.875,00/ano - Contabilizado no Distrito Sede -1676.2.2 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais De acordo com o planejamento efetuado para elaboração desse Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), foi concebida a seguinte estruturação sequencial para implantação das obras necessárias no Sistema de Esgotos Sanitários de Pirassununga: ♦ obras emergenciais – de 2016 até o final de 2017 (imediatas); ♦ obras de curto prazo – de 2016 até o final do ano 2019 (4 anos); ♦ obras de médio prazo – de 2016 até o final do ano 2023 (8anos); ♦ obras de longo prazo – A partir de 2024 até o final de plano (ano 2035) 12. Em função dessa estruturação apresenta-se na Figura 6.2 um cronograma elucidativo com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema: 12 Excepcionalmente, foi considerada como intervenção de longo prazo (2015 a 2034) a ampliação gradativa da rede coletora, em função do crescimento vegetativo das populações. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -168- E ÁREA RURAL – MAMONAL ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTOS TRATAMENTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS Instalação de um conjunto motobomba na EEE Jardim Verona, para funcionar como reserva. R$ 35.000,00 Instalação de geradores de emergência nas quatro estações elevatórias do sistema da sede, incluindo-se todas as adequações necessárias nas áreas civil, hidromecânica e elétrica. R$ 370.000,00 Implantação da 2ª Etapa da ETE Laranja Azeda. R$ 2.400.000,00 Implantação da 3ª Etapa da ETE Laranja Azeda. R$ 7.000.000,00 Implantação de automação na ETE – 1ª Etapa. R$ 500.000,00 Implantação de automação na ETE – 2ª Etapa. R$ 500.000,00 Projeto e implantação de Estação de Tratamento de Lodo. Renovação das outorgas dos lançamentos. R$ 1.750.000,00 R$ 20.000,00 Figura 6.2 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Esgotos Sanitários (continua). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada 2035 R$ 4.200.000,00 2034 Implantação de um interceptor na zona leste, 6 km. 2033 INTERCEPTOR R$ 400.000,00 2032 Identificação e correção de ligações cruzadas de rede de drenagem (inclui Sistema do Distrito Cachoeira de Emas). 2031 R$ 12.600.000,00 2030 Substituição das tubulações antigas de coleta, cerca de 34 km de rede (estimada como 10% da extensão total). 2029 ÁREA URBANA – DISTRITO SEDE R$ 4.600.000,00 2028 ENCAMINHAMENTO Implantação de aproximadamente 6 km de novas redes e 2.000 ligações para atendimento ao crescimento vegetativo das populações. Longo Prazo 2027 REDE COLETORA 2026 R$ 180.000,00 2025 Elaboração de Estudo de Concepção para setorização dos sistemas. 2024 R$ 30.000,00 2023 Atualização do cadastro técnico do sistema de esgotamento sanitário no SANEGEO. 2022 R$ 30.000,00 2021 Elaboração de estudo de diretrizes para novos loteamentos - observar que enquanto o emissário na Zona Leste não for construído, não há como implantar loteamentos nesta área da cidade. Prazos Médio Prazo 2020 Investimentos (R$) 2019 Obras Principais Planejadas 2018 Unidades 2017 Sistemas 2016 Locais Emergencial/ -169- R$ 140.000,00 Implantação de automação nas elevatórias - sensores ultrassônicos para controle de nível nos poços de sucção. R$ 20.000,00 Novo projeto para melhorias da ETE Santa Fé. Juntamente deverá ser feito estudo de avaliação de novo local de implantação ou encaminhamento de parte dos esgotos para a ETE Laranja Azeda. R$ 700.000,00 R$ 70.000,00 R$ 47.000,00 Renovação das outorgas dos lançamentos. IINVESTIMENTOS TOTAIS 37.742.000,00 15.082.500,00 Figura 6.2 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Esgotos Sanitários (continuação). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada 11.327.500,00 11.332.000,00 2035 instalação de geradores de emergência nas três estações elevatórias, incluindose todas as adequações necessárias nas áreas civil, hidromecânica e elétrica. 2034 R$ 250.000,00 2033 implantação da Estação Elevatória de Esgotos EEE Limoeiro e redes coletoras no bairro Limoeiro. 2032 R$ 700.000,00 Implantação de automação na ETE. 2031 TRATAMENTO R$ 1.150.000,00 de rede (estimada Substituição das tubulações antigas de coleta, cerca de 2 km como 10% da extensão total). Instalação de geradores de emergência nas três estações elevatórias, incluindoESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE se todas as adequações necessárias nas áreas civil, hidromecânica e elétrica. ESGOTOS 2030 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTOS 2029 ÁREA URBANA – DISTRITO DE CACHOEIRA DE EMAS 2028 ENCAMINHAMENTO Longo Prazo 2027 de novas redes e 400 ligações para implantação de aproximadamente 2 km atendimento ao crescimento vegetativo das populações. 2026 - 2025 Elaboração de Estudo de Concepção para setorização dos sistemas. 2024 - 2023 Atualização do cadastro técnico do sistema de esgotamento sanitário no SANEGEO. 2022 R$ 50.000,00 2021 Elaboração de estudo de diretrizes para regularização dos pesqueiros localizados em Área de Preservação Permanente - discutir a questão juntamente com o CBH. Emergencial/ 2020 Investimentos (R$) 2019 REDE COLETORA Obras Principais Planejadas 2018 Unidades 2017 Sistemas 2016 Locais Prazos Médio Prazo -1706.2.3 Principais Benefícios das Soluções Propostas Tendo em vista as propostas de soluções apresentadas nos itens anteriores, tem-se como principais benefícios para o sistema de esgotos sanitários: ♦ A universalização dos serviços, atendendo toda a população urbana dos distritos e bairro isolado; ♦ Aumento da eficiência do sistema, com operação completa e eficaz, atrelada a substituição de unidades e implantação de outras em locais estratégicos; ♦ Melhoria no sistema de gerenciamento municipal, em função da nova configuração dos serviços; ♦ A redução e/ou eliminação de lançamento in natura de esgotos sanitários em corpos hídricos; ♦ Aumento da qualidade dos corpos hídricos, especialmente os situados nos limites territoriais do município de Pirassununga; ♦ Pode-se também citar, a diminuição de casos de contaminação por doenças de veiculação hídrica, em função da melhoria na qualidade da água dos rios/córregos presentes no município. A Ilustração 6.2 apresenta as intervenções propostas para o sistema de esgotos sanitários. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -171ILUSTRAÇÃO 6.2 – SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS – INTERVENÇÕES PROPOSTAS Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1726.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS A Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal 12.305 de 02/08/10, prevê, entre outros, que apenas os rejeitos devem ser dispostos em aterros e, sendo assim, o reaproveitamento dos resíduos passou a ser compromisso obrigatório das municipalidades. Esse aspecto foi focado apenas para os resíduos domiciliares e da construção civil e demolição, tendo em vista que, pelos riscos à saúde devido às patogenicidades, os resíduos de serviços de saúde não são reaproveitáveis. Uma vez que a PNRS discorre sobre todos os resíduos gerados no município, para a elaboração deste Produto, a formulação de alternativas e as soluções apresentadas nos itens subsequentes referem-se tanto aos resíduos gerados na área urbana quanto na área rural. Ainda, no caso específico do município de Pirassununga, o PMGIRS foi elaborado em maio/2015, sendo este utilizado como base para a proposição das ações. Neste relatório estão apresentadas propostas para equacionamento da disposição final dos resíduos sólidos gerados no município tendo como referência soluções que sejam de domínio municipal propiciando, dessa forma, a estimativa dos custos dessas intervenções sem o ganho de escala que pode ser obtido através de soluções regionais empregando o recurso do consórcio de municípios. Tal procedimento dará subsídio para a abordagem qualitativa da solução consorciada a ser apresentada no Plano Regional Integrado de Saneamento Básico – PRISB. 6.3.1 Limpeza Pública No âmbito dos serviços de limpeza pública recomenda-se que o município realize as seguintes atividades: ♦ Varrição manual - requer adequação da frequência do serviço em função das necessidades do local e a instalação de cestos em locais estratégicos para minimização dos resíduos, além da redução de riscos aos funcionários por meio de varrição mecanizada noturna em vias expressas e o atendimento de baixa frequência através de mutirões; ♦ Manutenção de vias e logradouros – através de fiscalizações para programação do serviço, manutenção de áreas verdes, prestação do serviço por meio de mutirões e mobilização de triturador para facilitar o transporte e o reaproveitamento dos resíduos de poda; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -173♦ Limpeza pós feiras-livres – através do aperfeiçoamento do sistema de limpeza, da disponibilização de contêineres para lixo seco e úmido em local estratégico e lavagem pós varrição e aplicação de desinfetante nos locais de venda de pescados. O detalhamento dos custos e a logística desses serviços demandam a elaboração de estudos mais detalhados como, por exemplo, o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos - PGIRS. 6.3.2 Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) Seguindo os preceitos da PNRS, há 3 destinos possíveis para os resíduos sólidos domiciliares: ♦ Central de Triagem e, posteriormente, reciclagem para os resíduos secos passíveis de reciclagem; ♦ Usina de Compostagem para os resíduos úmidos, compostos de matéria orgânica; e ♦ Aterro Sanitário para os rejeitos. Conforme metas estabelecidas no PMGIRS (2015), o município deve “diminuir as quantidades, em massa, de matéria orgânica aterrada, oriundos de residências e comércio em: o Entre 2016 e 2018: 5% o Entre 2019 e 2024: 25% o Entre 2025 e 2030: 60% o Entre 2031 e 2035: 90% Compatibilizando o presente PMSB com o determinado no PMGIRS (2015), estabeleceuse para o município de Pirassununga metas semelhantes às do PMGIRS, tanto para resíduos orgânicos como para resíduos secos, tendo em vista que a previsão de redução da massa de resíduos aterrada será referente à massa aterrada no ano 2014. Assim, o Quadro 6.3 apresenta os percentuais de reaproveitamento estabelecidos como meta para os resíduos sólidos domiciliares orgânicos e secos, ao longo do horizonte de projeto. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -174QUADRO 6.3 – P ORCENTAGEM DE RS D REAP ROVEITADOS Período Resíduos orgânicos Resíduos secos 2016 a 2019 De 2,5 a 8,3%, com média anual de 4,8% De 9,3 a 14,8%, com média anual de 11,6% 2020 a 2023 De 11,7 a 21,7%, com média anual de 16,7% De 17,9 a 27,2%, com média anual de 22,5% 2024 a 2035 De 25 a 90%, c om média anual de 57,3% De 30,3 a 90,7%, com média anual de 60% 6.3.2.1 Central de Triagem No município não há programa de coleta seletiva, no entanto há uma pequena cooperativa de reciclagem com infraestrutura precária. Dessa forma, as propostas incluem a implantação de uma nova central de triagem. A projeção dos recicláveis ao longo do horizonte de projeto está apresentada no Quadro 6.4. QUADRO 6.4 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE RECICLÁVEIS REAP ROVEITADOS Ano População (hab.) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 TOTAL (2016-2035) Projeção de Recicláveis Projeção de Recicláveis de RSD (ton/ano) de RSD (t/dia) 218,3 251,3 284,6 318,3 405,6 493,8 582,9 672,8 763,4 854,8 1.012,7 1.171,8 1.331,9 1.492,9 1.654,8 1.817,4 1.958,3 2.126,6 2.295,6 2.465,1 2.662,3 0,60 0,69 0,78 0,87 1,11 1,35 1,60 1,84 2,09 2,34 2,77 3,21 3,65 4,09 4,53 4,98 5,37 5,83 6,29 6,75 7,29 24.617 Toneladas Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -175Dessa forma, a central de triagem proposta deverá comportar no mínimo o recebimento diário de 7,29 toneladas/dia, ou 2.662 toneladas/ano, de material reciclável. Área requerida Para o cálculo da área necessária para implantação da central de triagem, foi elaborada uma curva com dados de área e capacidade de unidades de diferentes dimensões. Essa curva está apresentada no Gráfico 6.1. 3 2,5 Área (1.000 m²) 2 y = 1,8016x2,4852 1,5 1 0,5 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Capacidade Máxima (1.000 t/ano)) Gráfico 6.1 - Variação da área do terreno da CT em função da capacidade. 6.3.2.2 Usina de Compostagem O município não possui usina de compostagem. Desse modo, para o reaproveitamento da parte úmida dos resíduos (orgânicos), será necessária a implantação de uma usina no município. Conforme citado no item anterior, a parcela úmida a ser reaproveitada no final de plano corresponde a 90% do total dos resíduos orgânicos gerados. O Quadro 6.5 apresenta a projeção dos materiais compostáveis. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -176QUADRO 6.5 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE COMP OS TÁVEIS Ano População (hab.) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 TOTAL (2016-2035) Projeção de Compostáveis Projeção de Compostáveis de RSD (t/ano) de RSD (t/dia) 122,9 247,6 374,1 502,2 842,4 1.186,6 1.534,4 1.885,6 2.239,9 2.597,1 3.217,9 3.843,2 4.472,9 5.106,5 5.743,5 6.383,8 7.044,7 7.708,3 8.374,3 9.042,4 9.712,3 0,34 0,68 1,03 1,38 2,31 3,25 4,20 5,17 6,14 7,12 8,82 10,53 12,25 13,99 15,74 17,49 19,30 21,12 22,94 24,77 26,61 82.060 Toneladas Assim, para que a usina de compostagem receba toda a massa de resíduos orgânicas a ser reaproveitada no final do plano (2035), a mesma deverá ter capacidade para receber no mínimo 26,6 toneladas diárias de matéria orgânica. No entanto, para o alcance da meta proposta, o município pode investir em iniciativas que estimulem a população a adotar a compostagem de seus resíduos em sua própria residência, bem como incentivar a adoção desta tecnologia em menor escala, como em escolas, restaurantes ou setorizada por bairros. Essa estratégia contribui com a redução dos custos de construção e operação de uma usina de compostagem de escala municipal. Assim, propõe-se que seja implantada uma usina de compostagem com capacidade para recebimento de aproximadamente 10 toneladas/dia, ou 3.650 toneladas/ano de resíduos orgânicos. A área da usina deve considerar ainda a massa de materiais estruturantes, ricos em carbono, a serem incorporados para garantir uma proporção adequada de C:N. Podem ser também incorporados materiais que garantam uma boa aeração das leiras, como cascalho de madeira e galhos oriundos de atividades de poda. Área requerida Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -177Para o cálculo da área necessária para implantação da usina de compostagem, foi elaborada uma curva com dados de área e capacidade de unidades de diferentes dimensões. Essa curva está apresentada no Gráfico 6.2. 16 14 Área (1.000m²) 12 10 y = 0,4525x1,9358 8 6 4 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Capacidade Máxima (1.000 t/ano) Gráfico 6.2 - Variação da área do terreno da UC em função da capacidade 6.3.2.3 Aterro Sanitário O município de Pirassununga possui aterro próprio, com avaliação do IQR de 2013 em 9,8, sendo classificado como aterro adequado. Nesta mesma avaliação do IQR consta que a vida útil do aterro é superior a 5 anos. No entanto, a Licença de Operação desse aterro é válida até 2016. Dessa forma, será considerado que a vida útil do aterro é de 5 anos e que haverá necessidade de renovação da Licença de Operação. Após o término da vida útil, os rejeitos serão encaminhados para o um novo aterro a ser construído. O Quadro 6.6 apresenta a evolução da geração de rejeitos, durante o horizonte de projeto. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -178QUADRO 6.6 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE REJ EITOS DE RS D Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RSD (t/ano) Projeção de Rejeitos de RSD 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 17535,2 17511,9 17480,8 17441,9 17131,9 16811,5 16481,2 16141,6 15793,1 15436,2 14744,5 14042,4 13330,7 12609,9 11880,7 11143,6 10403,9 9630,4 8850,6 8064,8 7246,2 48,0 48,0 47,9 47,8 46,9 46,1 45,2 44,2 43,3 42,3 40,4 38,5 36,5 34,5 32,5 30,5 28,5 26,4 24,2 22,1 19,9 Total (2021-2035) 185.800 TOTAL 272.178 (t/dia) Toneladas Assim, o aterro sanitário a ser implantado deverá ter capacidade mínima para receber 185.800 toneladas de rejeitos, gerados durante o período de 2021 a 2035. Cabe salientar que essa quantidade é uma estimativa e depende do atendimento às metas de reaproveitamento estabelecidas anteriormente. Área requerida Para o cálculo da área necessária para implantação do aterro sanitário, foi elaborada uma curva com dados de área e população. Essa curva está apresentada no Gráfico 6.3. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -179- Área (10.000 m²) 20 10 y = 0,0429x + 3,5714 0 0 20 40 60 80 100 120 140 160 População (1.000 hab) Gráfico 6.3 – Variação da área do terreno do ATS em função da população. ♦ Lei Estadual 13.798/2009 Nos aterros sanitários ocorre a decomposição anaeróbia da matéria orgânica presente nos resíduos, com a consequente produção do biogás. De maneira geral, o biogás é composto em maior fração pelos gases metano e dióxido de carbono (gases causadores de efeito estufa), bem como por traços de outros gases, tais como hidrogênio, gás sulfídrico, oxigênio, amoníaco e nitrogênio. A composição de cada um dos gases, entretanto, pode variar de acordo com o material orgânico utilizado e o tipo de tratamento anaeróbio. O biogás produzido nos aterros sanitários contribui de maneira significativa para o aumento da concentração de metano na atmosfera. Segundo a CETESB, 50% a 70% do volume do biogás produzido é composto por esse gás. Diante desse cenário, o Estado de São Paulo enfatiza, por meio da Lei nº 13.798/2009, a necessidade de se tomar ações no sentido de mitigar as emissões de metano decorrentes do gerenciamento de resíduos. Ao instituir a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), a lei define como meta apresentar, em 2020, uma redução das emissões totais de gases de efeito estufa em 20% em relação aos totais observados em 2005. Dessa forma, algumas técnicas podem ser adotadas com o objetivo de mitigar as emissões de metano geradas por aterros sanitários. As principais alternativas utilizadas atualmente em escala comercial são: captura dos gases com queima em flares e captura dos gases para geração de energia. No primeiro caso, os gases gerados no aterro são captados em tubulações e queimados na saída dos drenos, transformando-se em dióxido de carbono, o qual possui potencial de geração de efeito estufa significativamente menor. No segundo caso, os gases captados são encaminhados para uma usina de geração, onde alimentam Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -180motogeradores para a produção de eletricidade. Embora a opção de captura de gases para geração de energia seja mais vantajosa ambientalmente do que a simples queima em flares, em termos econômicos essa técnica não é considerada uma iniciativa muito interessante. Outra opção que tem sido testada em escala laboratorial é o tratamento do biogás através de um sistema de biofiltros, o qual é composto por bactérias capazes de oxidar e consumir o gás metano, produzindo dióxido de carbono e água. Essa técnica tem como objetivo criar condições de desenvolvimento das bactérias consumidoras de metano na parte superior do sistema de cobertura do aterro, o que propicia a minimização das emissões de gases devido ao escape sem controle pelo sistema de cobertura. Essa opção, apesar de ainda não ser utilizada em escala comercial, apresenta a vantagem de permitir a geração de créditos de carbono, tendo em vista que reduz as emissões de gases de efeito estufa. No aterro de Pirassununga não foi identificada nenhuma atividade que visa à redução das emissões de gases de efeito estufa. No entanto, uma vez que foi proposta a implantação de uma nova unidade no município, deverão ser elaborados estudos de viabilidade de atividades que reduzam a emissão dos gases de efeito estufa, além do monitoramento desses gases. 6.3.3 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) Para os resíduos da construção civil e demolição, há 2 destinos possíveis: ♦ Central de Britagem, e ♦ Aterro de Inertes. Como o PMGIRS de Pirassununga (2015) não define uma meta específica para reaproveitamento de tais resíduos, optou-se por adotar meta semelhante àquela proposta para os demais municípios da UGRHI 9, com reaproveitamento gradual dos resíduos da construção civil e demolição, conforme a progressão: ♦ Ano 1 ao 5: faixa de 0 a 5%, com média anual de 2,5% de reaproveitamento; ♦ Ano 5 ao 10: faixa de 5 a 10%, com média anual de 7,5% de reaproveitamento; ♦ Ano 10 ao 15: faixa de 10 a 20%, com média anual de 15% de reaproveitamento; ♦ Ano 15 ao 20: faixa de 20 a 30%, com média anual de 25% de reaproveitamento; e ♦ Ano 20 em diante: 30% de reaproveitamento. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1816.3.3.1 Central de Britagem Há no município um Plano de Coleta Seletiva dos Resíduos Sólidos Urbanos e Plano de Gerenciamento de Resíduos a Construção Civil (Lei Complementar n° 107, de 24 de abril de 2012), que apresenta diretrizes para o reaproveitamento dos resíduos no município. Porém, Pirassununga ainda não faz o reaproveitamento dos resíduos da construção civil e demolição, pois não há uma central de britagem e nem britador. Assim, deverá ser implantada no município uma central de britagem. O Quadro 6.7 apresenta a projeção dos resíduos reaproveitáveis da construção civil. QUADRO 6.7 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE REAP ROVEITÁVEIS Ano População (hab.) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 TOTAL Projeção de Reaproveitáveis Projeção de Reaproveitáveis de RCC (t/ano) de RCC (t/dia) 0,0 744,7 1.500,0 2.265,3 3.039,8 3.669,9 4.306,3 4.948,3 5.595,6 6.247,6 7.531,7 8.825,1 10.127,1 11.436,9 12.753,8 13.863,8 14.978,2 16.096,4 17.218,1 18.342,8 19.470,0 0,0 2,0 4,1 6,2 8,3 10,1 11,8 13,6 15,3 17,1 20,6 ‘24,2 27,7 31,3 34,9 38,0 41,0 44,1 47,2 50,3 53,3 182.961,3 Toneladas Assim, a central de britagem deverá ter capacidade para receber e britar, no mínimo, 53,3 toneladas diárias, ou aproximadamente 19.500 toneladas anuais, de resíduos da construção civil e demolição. Área requerida A área necessária para implantação da central de britagem foi calculada pela curva elaborada a partir de dados de capacidade e área de implantação de centrais de britagem Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -182de diferentes portes. A área mínima considerada é de 900 m². O Gráfico 6.4 ilustra essa curva. 3 2,5 Área (1.000m²) 2 y = 7E-05x1,9043 1,5 1 0,5 0 50 0 100 150 200 250 Capacidade Máxima (1.000 t/ano) Gráfico 6.4 – Variação da área do terreno da CB em função da capacidade 6.3.3.2 Aterro de Inertes O município não possui aterro de inertes e, sendo assim, será considerada a implantação de um aterro, devidamente licenciado, e com capacidade para receber os rejeitos gerados durante todo horizonte de projeto. A projeção da geração dos rejeitos de resíduos da construção civil e demolição está apresentada no Quadro 6.8. QUADRO 6.8 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE REJ EITOS DE RCC Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RCC (t/ano) Projeção de Rejeitos de RCC (t/dia) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 59.130,0 58.829,9 58.500,1 58.141,6 57.755,4 57.495,6 57.212,0 56.905,7 56.577,6 56.228,7 55.232,2 54.211,3 53.167,3 52.101,5 162,0 161,2 160,3 159,3 158,2 157,5 156,7 155,9 155,0 154,1 151,3 148,5 145,7 142,7 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -183Ano População (hab.) Projeção de Rejeitos de RCC (t/ano) Projeção de Rejeitos de RCC (t/dia) 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 51.015,3 50.123,0 49.214,0 48.289,3 47.349,7 46.396,4 45.430,1 139,8 137,3 134,8 132,3 129,7 127,1 124,5 1.070.177 Toneladas TOTAL O aterro de inertes de Pirassununga deverá ter a capacidade mínima de receber 1.070.177 toneladas de resíduos da construção civil e demolição, que corresponde ao total gerado durante todo o horizonte de projeto. No entanto, essa quantidade é apenas estimada, dependendo do atendimento às metas de reaproveitamento estabelecidas anteriormente. Área requerida As instalações de apoio e a configuração do maciço para o aterro de inertes são similares aos aterros sanitários, portanto, admitiu-se uma área mínima para implantação do aterro de inertes de 4 ha, similar ao aterro sanitário. Porém, como os aterros de inertes não necessitam de área para tratamento de gases e chorume, admitiu-se que a área necessária para implantação do aterro de inertes para população de 150.000 habitantes é de 88% da área necessária para implantação do aterro sanitário. O Gráfico 6.5 apresenta a curva resultante. 10 9 8 Área (1.000m²) 7 6 y = 0,0343x + 3,6571 5 4 3 2 1 0 0 20 40 60 80 100 120 140 160 População (1.000 hab) Gráfico 6.5 - Variação da área do terreno do ATI em função da população Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1846.3.4 Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) Os resíduos de serviços de saúde do município são coletados em veículo comum e são armazenados em uma área do aterro sanitário. O transporte, tratamento e disposição final são de responsabilidade da Sterlix Ambiental, localizada em Mogi Mirim. Essa unidade trata os resíduos através de autoclave. O Quadro 6.9 apresenta a projeção da geração de resíduos de serviços de saúde. QUADRO 6.9 – P ROJ EÇÃO DE GERAÇÃO DE RES ÍDUOS DE RS S Ano População (hab.) Projeção de Resíduos de RSS (t/ano) Projeção de Resíduos de 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 76.526 77.101 77.652 78.178 78.681 79.160 79.617 80.051 80.464 80.857 81.229 81.581 81.915 82.231 82.530 82.812 83.077 83.328 83.563 83.785 83.993 119,1 120,8 122,4 124,0 125,5 126,9 128,3 129,6 130,8 132,0 133,2 134,3 135,3 136,3 137,2 138,1 138,9 139,7 140,4 141,1 141,8 0,33 0,33 0,34 0,34 0,34 0,35 0,35 0,36 0,36 0,36 0,36 0,37 0,37 0,37 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,39 0,39 2.656,7 Toneladas TOTAL RSS (t/dia) Assim, a Sterlix Ambiental deverá ter capacidade de tratar 390 quilogramas diários de resíduos, ou 141,8 toneladas anuais. Uma possível unidade municipal não foi considerada, uma vez que os custos de implantação, operação e manutenção seriam muito altos para tratar pouca quantidade de resíduo. Além disso, em média, no Brasil a capacidade mínima de uma unidade de tratamento é de 3 t/dia e a máxima de 6 t/dia 13, bastante superior às necessidades diárias de Pirassununga. 13 Fonte: Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de Sorocaba Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1856.3.5 Outros resíduos Embora as ações referentes ao gerenciamento dos demais tipos de resíduos tenham sido desconsideradas para a elaboração do plano de investimentos do sistema no presente Plano de Saneamento, uma vez que a responsabilidade pelo gerenciamento e disposição final adequada é do gerador, apresenta-se a seguir uma abordagem geral dos resíduos especiais e industriais. Para maiores detalhes quanto à geração, destinação e gestão deste tipo de resíduos será necessária a elaboração de um Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos. 6.3.5.1 Domésticos especiais Além dos chamados resíduos sólidos domiciliares, os resíduos gerados nos domicílios e grandes geradores contêm materiais especiais, cujo reaproveitamento está vinculado a processos mais complexos e onerosos. Segundo preconiza a PNRS, a gestão desse tipo de resíduos ocorre através da chamada logística reversa, que significa providenciar meios de retorno desses materiais para os próprios geradores, sejam fabricantes, distribuidores ou simplesmente vendedores. A logística reversa prevista na PNRS pode ser implementada através de Acordos Setoriais, que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e fabricantes, importados, distribuidores ou comerciantes, pelo ciclo de vida do produto. Esse processo já é realizado para alguns materiais e, como exemplos, podem-se citar os pneus usados e as embalagens de óleo lubrificantes, para os quais já existe o compromisso de reciclagem gradativa pelos próprios fabricantes, o que obriga os respectivos distribuidores a recebê-los de volta ao término da sua vida útil. Com relação às pilhas e baterias, a Resolução CONAMA nº 257/99 estabelece os limites do que pode ser descartado como lixo comum e o que deve ser recolhido separadamente e conduzido para aterros industriais de resíduos perigosos. As lâmpadas fluorescentes, por emitirem vapores de mercúrio que podem contaminar o solo e as águas subterrâneas e serem facilmente absorvidos pelos organismos vivos por meio da cadeia alimentar, também necessitam de tratamento em unidades específicas. 6.3.5.2 Industriais A PNRS define, em seu artigo 13, resíduos industriais como aqueles gerados nos processos produtivos e instalações industriais. Entre os resíduos industriais, inclui-se também grande quantidade de material perigoso, que necessita de tratamento especial devido ao seu alto potencial de impacto ambiental à saúde. Já o CONAMA define, na Resolução nº 313/02, como todo resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos estados sólidos, semissólido, gasoso – quando contido, Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -186e líquido – cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d´água, ou que exijam para isso, soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição. No Brasil, o gerador é responsável pelo resíduo gerado, e esta responsabilidade está descrita no artigo 10 da PNRS. Preferencialmente, os resíduos industriais devem ser tratados e depositados no local onde foram gerados, bem como devem ter destinação adequada, de acordo com as normas legais e técnicas vigentes. 6.3.6 Resumo das Intervenções no Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos O resumo das obras necessárias para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos está apresentado no Quadro 6.10. A estimativa de custos também é indicada em termos globais anuais, considerando-se todo o horizonte de planejamento, de acordo com a metodologia apresentada no item anterior. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 14,3 milhões, observando que os valores estimados na data base de dezembro de 2013 foram corrigidos para a data base de setembro de 2015. QUADRO 6.10 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES P RINCIP AIS NO S IS TEMA DE LIMP EZA URBANA E MANEJ O DE RES ÍDUOS SÓLIDOS Unidades CENTRAL DE TRIAGEM (RSD) Tipo de Intervenção/Prazo de Implantação Curto Prazo – entre 2016 e 2019 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 Obras Principais Planejadas • • • USINA DE COMPOSTAGEM (RSD) CENTRAL DE BRITAGEM (RCC) ATERRO DE REJEITOS (RSD) Curto Prazo – entre 2016 e 2019 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 Curto Prazo – entre 2016 e 2019 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 • • • OSL: Manutenção do local e dos equipamentos. • OSL: Implantação de um Aterro Sanitário, com capacidade mínima de 185.800 toneladas (resíduos de 2021 a 2035). OSL: Manutenção do local e dos equipamentos. Curto Prazo – entre 2018 e 2019 Longo Prazo – entre 2018 e 2035 OSL: Implantação da Central de Triagem com capacidade mínima de 7,29 ton/dia. OSL: Manutenção do local e dos equipamentos. OSL: Implantação de uma Usina de Compostagem, com capacidade mínima de receber 26,61 ton/dia. OSL: Manutenção do local e dos equipamentos. OSL: Implantação de uma Central de Britagem, com capacidade mínima de britar 53,3 ton/dia. • Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais Estimados (R$) 323.975 2016 – 323.975 19.439 2026 – 19.439 1.577.090 2016 – 1.577.090 110.396 2026 – 110.396 423.489 2016 – 423.489 769.683 2021 – 244.949 2026 – 279.786 2031 – 244.949 3.232.774 6.397.058 2018 – 3.232.774 2023 – 1.958.842 2028 – 2.479.374 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -187Unidades ATERRO DE INERTES (RCC) Tipo de Intervenção/Prazo de Implantação Curto Prazo – entre 2016 e 2019 Longo Prazo – entre 2016 e 2035 Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais Estimados (R$) 2033 – 1.958.842 OSL: Implantação de um Aterro de Inertes, com capacidade mínima de 1.070.177 toneladas. 1.343.430 2016 – 1.343.430 OSL: Manutenção do local e dos equipamentos. 2.441.658 Obras Principais Planejadas • • INVESTIMENTOS TOTAIS 16.638.993 2021 – 777.048 2026 – 887.562 2031 – 777.048 - As intervenções propostas acima visam à universalização dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Para o melhor funcionamento do sistema, além das obras previstas, há necessidade de medidas complementares como a elaboração de projetos de setorização da coleta, com dias e horários definidos para cada região e o tipo de resíduos a ser coletado; programa de educação e conscientização da população para a reciclagem e o reaproveitamento; implantação do programa de coleta seletiva; cadastro atualizado dos funcionários da cooperativa de reciclagem; melhorias nas condições do atual aterro como a drenagem de águas pluviais, o monitoramento geotécnico, eliminar o recebimento de resíduos não autorizados e a presença de animais e aves; implantação do aterro de inertes; melhorias na infraestrutura de limpeza urbana através do cadastro de funcionários e distribuição de uniformes e EPIs para os mesmos; elaboração de estudos de viabilidade das atividades que reduzam a emissão de gases do efeito estufa e monitoramento desses efluentes (atendendo à Lei Estadual 13.798/2009), inclusive com recuperação energética; estudo de viabilidade de implantação de unidade de valorização energética (UVE) como opção ao aterro; e a elaboração de um Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos. 6.3.7 Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais Assim como para o sistema de abastecimento de água e para o sistema de esgotos sanitários, a estruturação sequencial para implantação das obras do sistema de resíduos sólidos é: ♦ obras emergenciais – de 2016 até o final de 2017 (imediatas); ♦ obras de curto prazo – de 2016 até o final do ano 2019 (4 anos); ♦ obras de médio prazo – de 2016 até o final do ano 2023 (8 anos); ♦ obras de longo prazo – de 2024 até o final de plano (ano 2035). Em função dessa estruturação, apresenta-se, na Figura 6.3, um cronograma elucidativo, com a sequência de implantação das obras necessárias no sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -188- Em ergencial/ Curto Prazo R$ 769.683,37 Manutenção do local e dos equipamentos R$ 6.397.057,79 R$ 1.343.430,20 R$ 2.441.658,49 16.638.993,47 5.066.766,78 2.980.839,38 6.757.395,30 Figura 6.3 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada 2035 R$ 423.489,15 2034 R$ 110.396,30 2033 R$ 1.577.090,03 2032 2031 2030 2029 2028 2027 2026 2025 2024 2023 R$ 19.438,52 R$ 3.232.774,38 INVESTIMENTOS TOTAIS Longo Prazo R$ 323.975,26 Implantação de ATS, capacidade mínima para 185.800 ton Implantação de ATI, capacidade mínima Aterro de Rejeitos para 1.070.177 ton de RCC (ATI) Manutenção do local e dos equipamentos 2022 Central de Britagem (CB) 2021 Implantação da CB, capacidade mínima Aterro de Rejeitos para 53,3 ton/dia de RSD (ATS) Manutenção do local e dos equipamentos 2020 Implantação da UC, com capacidade Usina de mínima para 26,61 ton/dia Compostagem (UC) Manutenção do local e dos equipamentos 2019 Implantação da CT, com capacidade Central de Triagem mínima para 7,29 ton/dia (CT) Manutenção do local e dos equipamentos 2018 Investimentos (R$) 2017 Obras Principais Planejadas 2016 Unidades Médio Prazo -1896.3.8 Principais Benefícios das Soluções Propostas Os benefícios gerados pelas obras e soluções apresentadas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos estão listadas a seguir: ♦ Universalização do sistema; ♦ Aumento do reaproveitamento dos resíduos e, consequentemente, a diminuição da geração de rejeitos e aumento da vida útil dos aterros (sanitário e inerte); ♦ Eliminação da disposição irregular, da contaminação do solo e da veiculação de doenças; ♦ Redução de pontos de inundação causados pelo carreamento dos resíduos dispostos irregularmente; ♦ Eliminação do risco de contaminação com os resíduos provenientes de serviços de saúde. A Ilustração 6.3 apresenta as intervenções propostas para o sistema de resíduos sólidos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -190ILUSTRAÇÃO 6.3 – SISTEMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – INTERVENÇÕES PROPOSTAS Nota: Estudos locacionais de alternativas e propostas podem ser verificados no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Franca – PMGIRS (2015). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1916.4 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 6.4.1 Medidas Estruturais No caso do sistema de drenagem urbana, as propostas de combate à inundação estão definidas pelo Plano Diretor de Macrodrenagem do município de Pirassununga (ESA, 2009). Conforme o diagnóstico realizado pelo Plano, as propostas para o sistema de macrodrenagem e suas novas dimensões. No entanto, depois do término do Plano, houve modificações nas intervenções preconizadas, principalmente no Córrego Andrezinho e no Laranja Azeda. Além das propostas apresentadas para os pontos com histórico de inundação, o presente Plano propõe medidas estruturais para o Ribeirão Laranja Azeda, devido a problemas identificados através do seu diagnóstico. Ainda, outras propostas gerais para o município foram levantadas juntamente com técnicos do SAEP. Em relação a erosões/assoreamentos constantes em diversos pontos do município, em especial os localizados: na continuação da R. Martimiano dos Santos – erosão; continuação da Av. Prudente de Morães – erosões (voçorocas); e Av. Aufrano Joaquim – assoreamento (ponte sobre Córrego do Ouro), deverão ser elaborados estudos específicos para cada região, visando solucionar os pontos críticos. No bairro Mamonal, será necessária intervenção na rede de água pluvial de microdrenagem, pois com a impermeabilização das ruas, verifica-se acúmulo de água em alguns pontos. Há necessidade ainda de elaboração de um estudo específico para o bairro rural, pois grande parte da urbanização deste localiza-se em Área de Preservação Permanente, onde não é permitido implantar estruturas de drenagem. O Quadro 6.11 apresenta as intervenções necessárias. QUADRO 6.11 – INTERVENÇÕES NECES S ÁRIAS NO S IS TEMA DE DRENAGEM Córrego Intervenção • Andrezinho • • Ouro • OSL: Alargamento das pontes nas ruas Constituição e Rua 6 de Agosto OSL: 1º Trecho do córrego – Galerias Celulares com segmento (aduela), na Av. Newton Prado OSE: Canalização do ribeirão do Ouro entre os pontos de interesse O1 e O3 OSL: Redimensionamento de 9 pontes entre os pontos Prazo da intervenção Vazão projeto (m³/s) Prazo Imediato até 2017 - Médio Prazo até 2023 15,5 Aduelas de 2,50 m x 2,50 m e extensão de 1.6000 m Longo Prazoaté 2035 58,9 Canal retangular com largura de 6 m e altura de 3 m Longo Prazoaté 2035 58,9 Ponte vão de 7,5 m e altura de 3 m Seção projetada Aduelas – projeto a elaborar Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -192Córrego Intervenção • • • • • • • Laranja Azeda • • • • Rede • Sistema de interesse O1 e O3 sobre o ribeirão do Ouro OSE: Canalização do ribeirão do Ouro entre as seções 1 e 3 OSL: Construção de ponte localizada no ponto de interesse O1 sobre o ribeirão do Ouro OSL: Construção de ponte localizada após o ponto de interesse O1 sobre o ribeirão do Ouro MNE: Estudo e projeto para avaliação das bacias de retenção construídas a montante do município (Horto Florestal) OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ1 até AZ2 OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ2 até AZ4 OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ4 até AZ6 OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ6 até AZ7 OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda da Seção 17, após o ponto de interesse AZ8 até AZ11 OSL; Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ11 até AZ16 Implantação de 330 m de 2 tubos de 800 mm para contenção de erosão na R. Martimiano dos Santos Implantação de rede de microdrenagem nos bairros da cidade Prazo da intervenção Vazão projeto (m³/s) Longo Prazoaté 2035 58,9 Canal trapezoidal, em terra: Largura de fundo de 5,7 m, altura de 2,9 m e largura da borda de 6,1 m Longo Prazoaté 2035 37,6 Ponte vão de 7,5 m e altura de 3 m Longo Prazoaté 2035 37,6 Ponte vão de 7,5 m e altura de 3 m Médio Prazo até 2023 - Longo Prazoaté 2035 45,2 Longo Prazoaté 2035 68,7 Longo Prazoaté 2035 114,3 Longo Prazoaté 2035 113,7 Longo Prazoaté 2035 121,8 Canal trapezoidal, em terra: Largura de fundo de 12,5 m, altura de 3 m e largura da borda de 18,5 m Médio Prazo até 2023 185,8 Canal trapezoidal, em terra: Largura de fundo de 10,85 m, altura de 4,3 m e largura da borda de 14,5 m Curto Prazo até 2019 - - Médio Prazo até 2022 - - Seção projetada - Canal trapezoidal, em terra: Largura de fundo de 11 m, altura de 2 m e largura da borda de 15 m Canal trapezoidal, em terra: Largura de fundo de 11 m, altura de 2,5 m e largura da borda de 16 m Canal trapezoidal: Largura de fundo de 12 m, altura de 2,8 m e largura da borda de 17,6 m Canal trapezoidal, em terra: Largura de fundo de 12,5 m, altura de 3 m e largura da borda de 18,5 m Cabe destacar que as propostas elaboradas para o primeiro trecho do córrego Andrezinho foram estudadas e sugeridas pelo relatório Estudo Básico, Diagnóstico e Propostas de Soluções para os Problemas de Enchentes no Bairro Cidade Jardim (ESA, 2006) e citadas sucintamente no Plano Diretor de Macrodrenagem (ESA, 2009). Foram elaboradas duas propostas, a primeira consiste na construção de um interceptor do lado esquerdo da Av. Newton Prado até o cruzamento com a Av. Joaquim Mendes e desta seguindo para a direita até o lançamento no corpo de água e a construção de uma bacia de contenção em área próxima à sua nascente. Já a segunda consiste da alternativa anterior acrescida da retificação da porção inicial do canal de drenagem, reduzindo a área Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -193ocupada pela bacia de contenção. A seguir, apresentam-se as dimensões das estruturas propostas: ♦ Proposta 1 O Quadro 6.12 apresenta as características do interceptor ao longo da Av. Newton Prado, desde a rotatória na altura da Al. das Camélias até a Al. das Açucenas. QUADRO 6.12 – DECLIVIDADES , VAZÕES E DIMENS ÕES DO INTERCEP TOR P ROLONGADO Trecho Declividade (m/m) Q (m³/s) Diâmetro seção circular (m) I1-I2 I2-I3 I3-I4 I4-I5 0,0200 0,0140 0,0042 0,0350 3,65 5,50 5,50 5,50 1,1 1,5 1,8 1,8 Já a bacia de detenção apresenta um volume de 6.400 m³. ♦ Proposta 2 Através da retificação do canal no trecho 1, correspondente a R. Pedro Verona até a R. Martiniano dos Santos, o volume da bacia de detenção é reduzido para 800 m³. A declividade do novo trecho é de 0,0026 m/m. Cabe destacar que a fim de apresentar nos capítulos seguintes uma estimativa de custo para o planejamento do sistema de drenagem, adotou-se a Proposta 2 como alternativa para esse local. 6.4.2 Medidas não-estruturais Além das propostas acima, foram adotadas para o presente Plano proposições baseadas na avaliação dos indicadores institucionais. Para o sistema de microdrenagem propõe-se: ♦ Elaboração de cadastro do sistema de drenagem urbana municipal em Sistema de Informações Geográficas; ♦ Elaborar padronização para projeto viário e drenagem pluvial; ♦ Elaboração de serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos; ♦ Criação de estrutura de inspeção e manutenção da drenagem; ♦ Monitoramento de chuva pelo município; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -194♦ Programa permanente de atualização periódica do cadastro do sistema de drenagem, incorporando ao cadastro às intervenções realizadas ao longo do tempo. Já para o sistema de macrodrenagem, propõe-se: ♦ Elaborar legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias, incluindo diretrizes para projeto de estruturas de retenção de água nos lotes; ♦ Monitoramento dos cursos d'água (nível e vazão) pelo município. 6.4.3 Resumo das Intervenções Principais e Estimativa de Custos O resumo das intervenções necessárias para o sistema de drenagem urbana de Pirassununga encontra-se apresentado no Quadro 6.13. O montante dos investimentos previstos é da ordem de R$ 63 milhões, com valores corrigidos para a data base de setembro de 2015. QUADRO 6.13 – RELAÇÃO DAS INTERVENÇÕES P RINCIP AIS E ES TIMATIVA DE CUS TOS P ARA O S IS TEMA DE DRENAGEM URBANA Córrego Andrezinho Ouro Laranja Azeda Intervenção • OSL: Alargamento das pontes nas ruas Constituição e Rua 6 de Agosto • OSL: Implantação de galerias na Av. Newton Prado através de Método Não-Destrutivo (MND) • OSE: Canalização do ribeirão do Ouro entre os pontos de interesse O1 e O3 • OSL: Redimensionamento de 9 pontes entre os pontos de interesse O1 e O3 sobre o ribeirão do Ouro • OSE: Canalização do ribeirão do Ouro entre as seções 1 e 3 • OSL: Construção de ponte localizada no ponto de interesse O1 sobre o ribeirão do Ouro • OSL: Construção de ponte localizada após o ponto de interesse O1 sobre o ribeirão do Ouro • OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ1 até AZ2 • OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ2 até AZ4 • OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ4 até AZ6 Prazo da intervenção Custos Estimados (R$) Prazo Imediato até 2017 500.000 Médio Prazo até 2023 até 2035 até 2035 129.960 957.600 957.600 2020 a 2035 8.123,00/ano 2020 a 2035 59.850,00/ano 59.850,00/ano 2020 a 2035 2.332.440 Longo Prazo até 2035 538.650,00/ano 2020 a 2035 Longo Prazo até 2035 279.799/ano 2020 a 2035 8.618.400 Longo Prazo até 2035 2.500.000/ano 2020 a 2035 4.476.780 Longo Prazo Longo Prazo até 2035 Longo Prazo 250.000/ano 2016 a 2023 20.000.000 Longo Prazo até 2035 Investimentos Anuais Estimados (R$) 2016 a 2017 145.778/ano 2020 a 2035 1.676.940 Longo Prazo 104.809/ano 2020 a 2035 5.115.180 até 2035 319.699/ano Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -195Córrego Intervenção • OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ6 até AZ7 Longo Prazo OSL: Canalização do ribeirão Laranja Azeda da Seção 17, após o ponto de interesse AZ8 até AZ11 Longo Prazo • OSL; Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ11 até AZ16 Longo Prazo • • REDE Implantação 330 m de 2 tubos de 800 mm de diâmetro para contenção de erosão na R. Martimiano dos Santos • Elaborar cadastro do sistema de microdrenagem em Sistema de Informações Geográficas Implantação da rede de microdrenagem dos bairros da cidade • Elaborar padronização para projeto viário e drenagem pluvial. Elaboração de serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos, Criação de estrutura de inspeção e manutenção da drenagem, Elaborar legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias. Monitoramento dos cursos d'água (nível e vazão) e chuva pelo município. • SISTEMA 6.4.4 Prazo da intervenção Custos Estimados (R$) Investimentos Anuais Estimados (R$) 2020 a 2035 1.860.480 até 2035 116.280/ano 2020 a 2035 6.418.200 até 2035 401.138/ano 2020 a 2035 7.766.820 até 2035 485.426/ano Curto Prazo 2016 e 2017 400.000 Até 2019 200.000/ano Prazo Imediato até 2017 2016 a 2023 60.000 Médio Prazo até 2023 30.000/ano 2016 a 2023 1.710.000 Longo Prazo Custos considerados até 2035 nas DEX 213.750/ano - Cronograma da Sequência de Implantação das Intervenções Principais Apresenta-se na Figura 6.4 um cronograma com a sequência de implantação das intervenções necessárias no sistema. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -196Longo Prazo 8.618.400,00 Canalização do ribeirão do Ouro entre as seções 1 e 3. 129.960,00 Construção de ponte localizada no ponto de interesse O1 sobre o ribeirão do Ouro. 957.600,00 Construção de ponte localizada após o ponto de interesse O1 sobre o ribeirão do Ouro. 957.600,00 Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ1 até AZ2. 2.332.440,00 Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ2 até AZ4. 1.676.940,00 Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ4 até AZ6. 5.115.180,00 Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ6 até AZ7. 1.860.480,00 Canalização do ribeirão Laranja Azeda da Seção 17, após o ponto de interesse AZ8 até AZ11. 6.418.200,00 Canalização do ribeirão Laranja Azeda do ponto de interesse AZ11 até AZ16. 7.766.820,00 Implantação 330 m de 2 tubos de 800 mm para contenção de erosão na R. Martimiano dos Santos. 400.000,00 Elaborar cadastro do sistema de microdrenagem em Sistema de Informações Geográficas. 60.000,00 1.710.000,00 62.980.400,00 11.815.000,00 20.932.600,00 Figura 6.4 - Cronograma de Implantação das Intervenções Propostas no Sistema de Drenagem Urbana Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada 30.232.800,00 2035 Redimensionamento de 9 pontes entre os pontos de interesse O1 e O3 sobre o ribeirão do Ouro. 2034 4.476.780,00 2033 Canalização do ribeirão do Ouro entre os pontos de interesse O1 e O3. 2032 2031 2030 2029 2028 2027 2026 2025 2024 2023 2022 2021 2020 2019 20.000.000,00 TOTAIS Médio Prazo 500.000,00 Implantação de galerias na Av. Newton Prado através de Método NãoDestrutivo (MND). Implantação de rede de microdrenagem nos bairros da cidade. 2018 Alargamento das pontes nas ruas Constituição e Rua 6 de Agosto. 2017 Investimentos (R$) 2016 Intervenção Emergencial/ Curto Prazo -1976.4.5 Principais Benefícios das Soluções Propostas Os principais benefícios proporcionados por essas intervenções no município de Pirassununga estão listados a seguir: ♦ Eliminação dos pontos de inundação, diminuindo-se a probabilidade de perdas de vida; ♦ Redução das perdas materiais e dos danos causados às edificações; ♦ Eliminação de interrupção do tráfego e das vias gerando maior mobilidade nos períodos de cheias; ♦ Redução de assoreamento dos cursos d´agua devido ao escoamento superficial dos sedimentos; ♦ Eliminação do risco de contaminação com os dejetos provenientes do refluxo de redes de esgotos e de galerias de águas pluviais. A Ilustração 6.4 apresenta as intervenções propostas para o sistema de drenagem urbana. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -198ILUSTRAÇÃO 6.4 – SISTEMA DE DRENAGEM – INTERVENÇÕES PROPOSTAS Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -1997. ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SOLUÇÕES ADOTADAS 7.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 7.1.1 Investimentos Necessários no Sistema de Água O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado a seguir. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade econômicofinanceira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 2016, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura do Município de Pirassununga. QUADRO 7.1 – RES UMO DOS INVES TIMENTOS NECES S ÁRIOS NO S .A.A. - HORIZONTE DE P LANEJ AMENTO 14 INVESTIMENTO NO SISTEMA-R$ Ano Tipo de Intervenção TOTAL Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 a 2035 704.000,00 704.000,00 817.500,00 817.500,00 817.500,00 817.500,00 1.090.625,00 1.090.625,00 1.090.625,00 1.090.625,00 1.090.625,00 1.090.625,00 1.090.625,00 1.090.625,00 1.260.750,00 1.260.750,00 1.260.750,00 1.260.750,00 1.260.750,00 1.260.750,00 1.260.750,00 1.260.750,00 3.872.875,00 3.872.875,00 3.168.875,00 3.168.875,00 2.351.375,00 2.351.375,00 2.351.375,00 2.351.375,00 15.129.000,00 15.129.000,00 TOTAIS 1.408.000,00 25.215.000,00 38.618.000,00 7.1.2 3.270.000,00 8.725.000,00 Despesas de Exploração do Sistema de Água As despesas de exploração foram adotadas com o valor de R$ 1,18/m³ faturado, na data base de 2013, englobando os dois sistemas (água faturada + esgoto coletado faturado). Com a correção para setembro/2015, considerando a inflação acumulada, esse valor elevase a R$ 1,35/m³. 14 Valores arredondados Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -2007.1.3 Despesas Totais do Sistema de Água No Quadro 7.2 encontra-se apresentado o resumo, ao longo do horizonte de planejamento, dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema. QUADRO 7.2 – RES UMO DOS INVES TIMENTOS E DES P ES AS DE EXP LORAÇÃO (DEX) DO S .A.A. – HORIZONTE DE P LANEJ AMENTO 2016 Pop.Urb. Atendágua (hab.) 77.101 6.750.137 1,35 9.080.283,95 3.872.875,00 12.953.158,95 2017 77.652 6.815.246 1,35 9.167.869,42 3.872.875,00 13.040.744,42 2018 78.178 6.877.787 1,35 9.251.999,41 3.168.875,00 12.420.874,41 2019 78.681 6.937.806 1,35 9.332.736,65 3.168.875,00 12.501.611,65 2020 79.160 6.995.354 1,35 9.410.150,28 2.351.375,00 11.761.525,28 2021 79.617 7.050.487 1,35 9.484.314,92 2.351.375,00 11.835.689,92 2022 80.051 7.103.263 1,35 9.555.309,90 2.351.375,00 11.906.684,90 2023 80.464 7.153.746 1,35 9.623.218,47 2.351.375,00 11.974.593,47 2024 80.857 7.201.998 1,35 9.688.127,05 1.260.750,00 10.948.877,05 2025 81.229 7.248.085 1,35 9.750.124,59 1.260.750,00 11.010.874,59 2026 81.581 7.292.077 1,35 9.809.301,91 1.260.750,00 11.070.051,91 2027 81.915 7.334.040 1,35 9.865.751,11 1.260.750,00 11.126.501,11 2028 82.231 7.374.045 1,35 9.919.565,06 1.260.750,00 11.180.315,06 2029 82.530 7.412.159 1,35 9.970.836,89 1.260.750,00 11.231.586,89 2030 82.812 7.448.453 1,35 10.019.659,58 1.260.750,00 11.280.409,58 2031 83.077 7.482.995 1,35 10.066.125,54 1.260.750,00 11.326.875,54 2032 83.328 7.515.854 1,35 10.110.326,30 1.260.750,00 11.371.076,30 2033 83.563 7.547.095 1,35 10.152.352,15 1.260.750,00 11.413.102,15 2034 83.785 7.576.786 1,35 10.192.291,94 1.260.750,00 11.453.041,94 2035 83.993 7.604.990 1,35 10.230.232,80 1.260.750,00 11.490.982,80 194.680.577,94 38.618.000,00 233.298.577,94 Ano Totais Vol.de Água Faturado (m³) DEX (R$/m³ fat) DEX Investimento Despesa Total (R$) (R$) (R$) Nota - O volume anual faturado corresponde a 129,07 % do volume consumido de água (SNIS, 2013). 7.1.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Água O Quadro 7.3 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao sistema de abastecimento de água. O volume de receitas foi calculado com base na receita média, que já incorpora os domicílios com tarifa social. A tarifa média de água indicada no SNIS 2013 foi de R$ 1,38/m³ faturado. Com a atualização desse valor para setembro de 2015, pela inflação acumulada do IPCA-IBGE entre jan/2014 a set/2015 de 14%, obtém-se um valor médio de R$ 1,57/m³ faturado. Esta taxa foi aplicada sobre o volume total da água oferecida à população, constituindo-se na receita operacional bruta. À esta receita foram acrescentadas as demais. Segundo Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -201dados levantados em sistemas de abastecimento de água, quando da elaboração dos PMSBs dos municípios integrantes da UGRHI 9, as receitas com ligações adicionais e ampliações de sistema cobertas por usuários correspondem a cerca de 5,0% da receita operacional. Este é o valor adotado no horizonte do projeto. Das receitas operacionais devem-se excluir os usuários não pagadores, aqui identificados como devedores duvidosos. O percentual identificado nos estudos supracitados também está em torno de 5,0%. Estes são os percentuais aplicados no período do projeto. Também foram abatidos da receita os impostos com COFINS, PIS, IR e CSLL. Estes valores totalizam 7,30% da receita operacional bruta, em concordância com o valor pago atualmente por sistemas autônomos e pela concessionária de alguns sistemas. Os custos considerados foram os de investimentos e DEX. Note-se que a DEX, conforme calculada pelo SNIS, inclui impostos. Esses impostos estão deduzidos do valor da DEX considerados no Quadro 7.3, pois também estão deduzidos da receita operacional bruta. O resultado final indica que o sistema de abastecimento de água é sempre deficitário, durante todo o período de planejamento. Esses déficits são significativos e se concentram no período das obras de curto prazo, assumindo valores em torno de R$ 2,75 milhões. Após 2020, os déficits reduzem, mas ainda são altos, assumindo valor médio de R$ 1,55 milhões até 2023. Entre os anos 2024 e 2035, observa-se déficits mais baixos, em torno de R$ 0,42 milhões, devido aos menores valores de investimento aplicados em longo prazo. No entanto. O déficit total acumulado atinge R$ 22,2 milhões em 2035. Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de juros de longo prazo não está consolidada, optou-se por adotar as duas para fins de análise. Segundo esta ótica, os VPLs dos componentes descontados a 10% e 12% são negativos e assumem valores em torno de R$ 13,5 milhões e R$ 12,5 milhões, respectivamente. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -202QUADRO 7.3 – RECEITAS E RES ULTADO OP ERACIONAL DO S .A.A. Vol.Faturado Receitas Tarifárias Totais (R$ ) Custos (R$) Result.Operac. Ano (m³) Operacional Demais Receitas Dev Duvidosos Tributos Líquida INVEST DEX (R$) 2016 6.750.137 10.619.315,12 530.965,76 -530.965,76 -775.210,00 9.844.105,12 3.872.875,00 9.080.283,95 -3.109.053,83 2017 6.815.246 10.721.745,60 536.087,28 -536.087,28 -782.687,43 9.939.058,17 3.872.875,00 9.167.869,42 -3.101.686,25 2018 6.877.787 10.820.134,90 541.006,75 -541.006,75 -789.869,85 10.030.265,05 3.168.875,00 9.251.999,41 -2.390.609,35 2019 6.937.806 10.914.556,43 545.727,82 -545.727,82 -796.762,62 10.117.793,81 3.168.875,00 9.332.736,65 -2.383.817,85 2020 6.995.354 11.005.091,01 550.254,55 -550.254,55 -803.371,64 10.201.719,36 2.351.375,00 9.410.150,28 -1.559.805,92 2021 7.050.487 11.091.825,93 554.591,30 -554.591,30 -809.703,29 10.282.122,63 2.351.375,00 9.484.314,92 -1.553.567,29 2022 7.103.263 11.174.853,95 558.742,70 -558.742,70 -815.764,34 10.359.089,62 2.351.375,00 9.555.309,90 -1.547.595,29 2023 7.153.746 11.254.272,45 562.713,62 -562.713,62 -821.561,89 10.432.710,56 2.351.375,00 9.623.218,47 -1.541.882,91 2024 7.201.998 11.330.182,48 566.509,12 -566.509,12 -827.103,32 10.503.079,16 1.260.750,00 9.688.127,05 -445.797,89 2025 7.248.085 11.402.688,08 570.134,40 -570.134,40 -832.396,23 10.570.291,85 1.260.750,00 9.750.124,59 -440.582,74 2026 7.292.077 11.471.895,45 573.594,77 -573.594,77 -837.448,37 10.634.447,09 1.260.750,00 9.809.301,91 -435.604,82 2027 7.334.040 11.537.912,32 576.895,62 -576.895,62 -842.267,60 10.695.644,72 1.260.750,00 9.865.751,11 -430.856,39 2028 7.374.045 11.600.847,27 580.042,36 -580.042,36 -846.861,85 10.753.985,42 1.260.750,00 9.919.565,06 -426.329,64 2029 7.412.159 11.660.809,24 583.040,46 -583.040,46 -851.239,07 10.809.570,17 1.260.750,00 9.970.836,89 -422.016,72 2030 7.448.453 11.717.906,97 585.895,35 -585.895,35 -855.407,21 10.862.499,76 1.260.750,00 10.019.659,58 -417.909,82 2031 7.482.995 11.772.248,52 588.612,43 -588.612,43 -859.374,14 10.912.874,38 1.260.750,00 10.066.125,54 -414.001,17 2032 7.515.854 11.823.940,93 591.197,05 -591.197,05 -863.147,69 10.960.793,24 1.260.750,00 10.110.326,30 -410.283,06 2033 7.547.095 11.873.089,81 593.654,49 -593.654,49 -866.735,56 11.006.354,25 1.260.750,00 10.152.352,15 -406.747,90 2034 7.576.786 11.919.799,05 595.989,95 -595.989,95 -870.145,33 11.049.653,72 1.260.750,00 10.192.291,94 -403.388,22 2035 7.604.990 11.964.170,56 598.208,53 -598.208,53 -873.384,45 11.090.786,11 1.260.750,00 10.230.232,80 -400.196,69 Total 144.722.404,06 227.677.286,06 11.383.864,30 -11.383.864,30 -16.620.441,88 211.056.844,18 38.618.000,00 194.680.577,94 -22.241.733,76 VPL 10% 60.435.305,53 95.076.822,66 4.753.841,13 -4.753.841,13 -6.940.608,05 88.136.214,61 20.365.062,53 81.297.573,00 -13.526.420,92 VPL 12% 52.850.123,68 83.143.814,57 4.157.190,73 -4.157.190,73 -6.069.498,46 77.074.316,11 18.507.762,18 71.093.986,37 -12.527.432,44 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -203Como conclusão, pode-se afirmar que o sistema de abastecimento de água não apresenta, de forma isolada, situação econômica e financeira sustentável, em função do panorama de investimentos necessários e das tarifas médias atualmente cobradas, considerando que as despesas de exploração foram fixadas nos valores de referência do ano de 2013, conforme dados do SNIS. 7.2 SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS 7.2.1 Investimentos Necessários no Sistema de Esgotos O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado no Quadro 7.4. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 2015, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das prioridades a serem estabelecidas pelo SAEP. QUADRO 7.4 – RES UMO DOS INVES TIMENTOS NECES S ÁRIOS NO S .E.S . - HORIZONTE DE P LANEJ AMENTO INVESTIMENTO NO SISTEMA-R$ Ano Tipo de Intervenção TOTAL Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 a 2035 1.507.500,00 1.507.500,00 182.500,00 182.500,00 182.500,00 182.500,00 1.888.375,00 1.888.375,00 1.888.375,00 1.888.375,00 1.888.375,00 1.888.375,00 1.888.375,00 1.888.375,00 944.500,00 944.500,00 944.500,00 944.500,00 944.500,00 944.500,00 944.500,00 944.500,00 4.522.875,00 4.522.875,00 3.015.375,00 3.015.375,00 2.832.875,00 2.832.875,00 2.832.875,00 2.832.875,00 11.334.000,00 11.334.000,00 TOTAIS 3.015.000,00 18.890.000,00 37.742.000,00 7.2.2 730.000,00 15.107.000,00 Despesas de Exploração do Sistema de Esgotos Igualmente como apresentado para o sistema de água, as despesas de exploração foram adotadas com o valor de R$ 1,18/m³ faturado, na data base de 2013, englobando os dois sistemas (água faturada + esgoto coletado faturado). Com a correção para setembro/2015, considerando a inflação acumulada, esse valor eleva-se a R$ 1,35/m³. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -2047.2.3 Despesas Totais do Sistema de Esgotos No Quadro 7.5 encontra-se apresentado o resumo, ao longo do horizonte de planejamento, dos investimentos necessários e das despesas de exploração. A composição dos investimentos e despesas de exploração (DEX) está avaliada no item subsequente, onde são efetuados os estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema. QUADRO 7.5 – RES UMO DOS INVES TIMENTOS E DES P ES AS DE EXP LORAÇÃO (DEX) DO S .E.S . – HORIZONTE DE P LANEJ AMENTO 2016 Pop.Urb. Atendesgoto (hab.) 77.101 DEX (R$/m³ fat) 6.750.136,74 Vol.Anual Esgoto Faturado (m³) 4.183.745,98 2017 77.652 1,35 5.627.975,09 4.522.875,00 10.150.850,09 6.815.246,38 4.224.101,04 1,35 5.682.260,72 4.522.875,00 10.205.135,72 2018 78.178 6.877.787,25 4.262.863,98 1,35 5.734.404,62 3.015.375,00 8.749.779,62 2019 78.681 6.937.806,02 4.300.063,71 1,35 5.784.445,70 3.015.375,00 8.799.820,70 2020 79.160 6.995.354,06 4.335.732,08 1,35 5.832.426,80 2.832.875,00 8.665.301,80 2021 79.617 7.050.486,86 4.369.903,48 1,35 5.878.394,17 2.832.875,00 8.711.269,17 2022 80.051 7.103.263,38 4.402.614,46 1,35 5.922.396,97 2.832.875,00 8.755.271,97 2023 80.464 7.153.745,52 4.433.903,37 1,35 5.964.486,81 2.832.875,00 8.797.361,81 2024 80.857 7.201.997,51 4.463.810,04 1,35 6.004.717,26 944.500,00 6.949.217,26 2025 81.229 7.248.085,48 4.492.375,44 1,35 6.043.143,44 944.500,00 6.987.643,44 2026 81.581 7.292.076,95 4.519.641,42 1,35 6.079.821,64 944.500,00 7.024.321,64 2027 81.915 7.334.040,37 4.545.650,42 1,35 6.114.808,95 944.500,00 7.059.308,95 2028 82.231 7.374.044,80 4.570.445,23 1,35 6.148.162,92 944.500,00 7.092.662,92 2029 82.530 7.412.159,45 4.594.068,76 1,35 6.179.941,29 944.500,00 7.124.441,29 2030 82.812 7.448.453,45 4.616.563,84 1,35 6.210.201,67 944.500,00 7.154.701,67 2031 83.077 7.482.995,50 4.637.973,06 1,35 6.239.001,36 944.500,00 7.183.501,36 2032 83.328 7.515.853,63 4.658.338,58 1,35 6.266.397,06 944.500,00 7.210.897,06 2033 83.563 7.547.094,97 4.677.702,02 1,35 6.292.444,75 944.500,00 7.236.944,75 2034 83.785 7.576.785,56 4.696.104,30 1,35 6.317.199,50 944.500,00 7.261.699,50 2035 83.993 7.604.990,19 4.713.585,57 1,35 6.340.715,31 944.500,00 7.285.215,31 Ano Vol.de Água Faturado (m³) Totais 89.699.186,78 DEX Investimento Despesa Total (R$) (R$) (R$) 120.663.346,05 37.742.000,00 158.405.346,05 Nota - O volume anual de esgoto faturado corresponde a 61,98% do volume anual de água faturado (SNIS 2013) 7.2.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Esgotos O Qu a d ro 7.6 adiante apresenta a formação do resultado operacional relativo ao sistema de esgotos sanitários. O volume de receitas foi calculado com base na receita média, que já incorpora os domicílios com tarifa social. A tarifa média de esgotos indicada no SNIS 2013 é de R$ 2,2/m3. Considerando a inflação acumulada de 14%, esse valor eleva-se a R$ 2,51/m³. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -205QUADRO 7.6 – RECEITAS E RES ULTADO OP ERACIONAL DO S .E.S. Ano Vol.Faturado Receitas Tarifárias Totais (R$) Custos (R$) Result.Operac. (m³) Operacional Demais Receitas Dev Duvidosos Tributos Líquida INVEST DEX (R$) 2016 4.183.746 10.492.834,92 524.641,75 -524.641,75 -765.976,95 9.726.857,97 4.522.875,00 5.627.975,09 -423.992,12 2017 4.224.101 10.594.045,41 529.702,27 -529.702,27 -773.365,31 9.820.680,10 4.522.875,00 5.682.260,72 -384.455,62 2018 4.262.864 10.691.262,86 534.563,14 -534.563,14 -780.462,19 9.910.800,67 3.015.375,00 5.734.404,62 1.161.021,05 2019 4.300.064 10.784.559,79 539.227,99 -539.227,99 -787.272,86 9.997.286,92 3.015.375,00 5.784.445,70 1.197.466,22 2020 4.335.732 10.874.016,06 543.700,80 -543.700,80 -793.803,17 10.080.212,89 2.832.875,00 5.832.426,80 1.414.911,09 2021 4.369.903 10.959.717,94 547.985,90 -547.985,90 -800.059,41 10.159.658,53 2.832.875,00 5.878.394,17 1.448.389,36 2022 4.402.614 11.041.757,07 552.087,85 -552.087,85 -806.048,27 10.235.708,80 2.832.875,00 5.922.396,97 1.480.436,83 2023 4.433.903 11.120.229,65 556.011,48 -556.011,48 -811.776,76 10.308.452,89 2.832.875,00 5.964.486,81 1.511.091,07 2024 4.463.810 11.195.235,57 559.761,78 -559.761,78 -817.252,20 10.377.983,38 944.500,00 6.004.717,26 3.428.766,11 2025 4.492.375 11.266.877,60 563.343,88 -563.343,88 -822.482,07 10.444.395,54 944.500,00 6.043.143,44 3.456.752,10 2026 4.519.641 11.335.260,69 566.763,03 -566.763,03 -827.474,03 10.507.786,66 944.500,00 6.079.821,64 3.483.465,02 2027 4.545.650 11.400.491,26 570.024,56 -570.024,56 -832.235,86 10.568.255,40 944.500,00 6.114.808,95 3.508.946,45 2028 4.570.445 11.462.676,64 573.133,83 -573.133,83 -836.775,39 10.625.901,24 944.500,00 6.148.162,92 3.533.238,32 2029 4.594.069 11.521.924,44 576.096,22 -576.096,22 -841.100,48 10.680.823,96 944.500,00 6.179.941,29 3.556.382,67 2030 4.616.564 11.578.342,11 578.917,11 -578.917,11 -845.218,97 10.733.123,13 944.500,00 6.210.201,67 3.578.421,46 2031 4.637.973 11.632.036,43 581.601,82 -581.601,82 -849.138,66 10.782.897,77 944.500,00 6.239.001,36 3.599.396,41 2032 4.658.339 11.683.113,16 584.155,66 -584.155,66 -852.867,26 10.830.245,90 944.500,00 6.266.397,06 3.619.348,84 2033 4.677.702 11.731.676,66 586.583,83 -586.583,83 -856.412,40 10.875.264,26 944.500,00 6.292.444,75 3.638.319,51 2034 4.696.104 11.777.829,58 588.891,48 -588.891,48 -859.781,56 10.918.048,02 944.500,00 6.317.199,50 3.656.348,52 2035 4.713.586 11.821.672,60 591.083,63 -591.083,63 -862.982,10 10.958.690,50 944.500,00 6.340.715,31 3.673.475,20 Total 89.699.186,78 224.965.560,43 11.248.278,02 -11.248.278,02 -16.422.485,91 208.543.074,52 37.742.000,00 120.663.346,05 50.137.728,47 VPL 10% 37.457.902,90 93.944.420,48 4.697.221,02 -4.697.221,02 -6.857.942,69 87.086.477,78 21.310.224,95 50.388.370,98 15.387.881,85 VPL 12% 32.756.594,57 82.153.539,18 4.107.676,96 -4.107.676,96 -5.997.208,36 76.156.330,82 19.537.724,42 44.064.171,02 12.554.435,39 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -206Esta taxa foi aplicada sobre o volume coletado de esgotos, constituindo-se na receita operacional bruta. À esta receita foram acrescentadas as demais. Segundo dados levantados em sistemas de esgotos sanitários, quando da elaboração dos PMSBs dos municípios integrantes da UGRHI 9, as receitas com ligações adicionais e ampliações de sistema cobertas por usuários correspondem a cerca de 5,0% da receita operacional. Este é o valor adotado no horizonte do projeto. Das receitas operacionais devem-se excluir os usuários não pagadores, aqui identificados como devedores duvidosos. O percentual identificado nos estudos supracitados também está em torno de 5,0%. Estes são os percentuais aplicados no período do projeto. Também foram abatidos da receita os impostos com COFINS, PIS, IR e CSLL. Estes valores totalizam 7,30% da receita operacional bruta, em concordância com o valor pago atualmente por sistemas autônomos e pela concessionária de alguns sistemas. Os custos considerados foram os de investimentos e DEX. Note-se que a DEX, conforme calculada pelo SNIS, inclui impostos. Esses impostos estão deduzidos do valor da DEX considerados no Qu a dro 7.6 , pois também estão deduzidos da receita operacional bruta. O resultado final indica que o sistema de esgotamento sanitário é superavitário, com exceção dos dois primeiros anos, ocasião em que deverão ser efetuadas as obras de caráter emergencial. Esses valores negativos assumem valor em torno de R$ 404 mil nos dois primeiros anos de planejamento. A partir de 2018, o resultado é positivo e aumenta progressivamente até o final do plano (2035), com valores em torno de R$ 2,8 milhões. O resultado operacional acumulado no final do plano é de R$ 50,1 milhões positivos. Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de juros de longo prazo não está consolidada, optou-se por adotar as duas para fins de análise. Segundo esta ótica, os VPLs dos componentes descontados a 10% e 12% são positivos e assumem valores em torno de R$ 15,4 milhões e R$ 12,6 milhões, respectivamente. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -207Como conclusão, pode-se afirmar que o sistema de esgotos sanitários apresenta, de forma isolada, situação econômica e financeira sustentável, em função do panorama de investimentos necessários e das tarifas médias atualmente cobradas, considerando que as despesas de exploração foram fixadas nos valores de referência do ano de 2013, conforme dados do SNIS. 7.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 7.3.1 Investimentos Necessários no Sistema de Resíduos Sólidos O resumo dos investimentos necessários ao longo de todo horizonte de projeto está apresentado no Quadro 7.7. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudo de sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 2016, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente que, assim como para os componentes água e esgoto, o enquadramento das obras de resíduos sólidos segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das prioridades a serem estabelecidas pela Prefeitura do Município de Pirassununga. QUADRO 7.7 – RES UMO DOS INVES TIMENTOS NECES S ÁRIOS NO S IS TEMA DE RES ÍDUOS S ÓLIDOS – HORIZONTE DE P LANEJ AMENTO Ano 2016 2017 2018 2019 Tipologia de Intervenção Emergencial Curto Prazo 2020 2021 2022 2023 2024 a 2035 Médio Prazo Longo Prazo TOTAIS 7.3.2 Investimento Previsto no Sistema (R$) Investimento Previsto para Tratamento de RSS (R$) Total (R$) 1.833.992,32 241.612,55 2.075.605 0,00 244.850,48 244.850 3.232.774,38 247.964,29 3.480.739 0,00 250.954,36 250.954 0,00 253.821,53 253.822 1.021.997,05 256.567,06 1.278.564 0,00 259.192,55 259.193 1.958.842,11 261.699,96 2.220.542 6.757.395,30 3.296.637,72 10.054.033 14.805.001,16 5.313.300,51 20.118.301,67 Despesas de Operação do Sistema de Resíduos Sólidos Os custos para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos foram obtidos através de curvas paramétricas elaboradas a partir de informações de unidades já existentes. Esses custos foram aplicados em todas as unidades a serem implantadas ou ampliadas no município, sem considerar o custo de transporte, conforme também já informado anteriormente. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -2087.3.3 Despesas Totais do Sistema de Resíduos Sólidos No Quadro 7.8 apresenta-se o resumo dos investimentos necessários e das despesas de operação, ao longo de todo horizonte de projeto. QUADRO 7.8 – RES UMO DOS INVES TIMENTOS NECES S ÁRIOS NO S IS TEMA DE RES ÍDUOS S ÓLIDOS – HORIZONTE DE P LANEJ AMENTO Ano 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 7.3.4 População Atendida (hab) Investimento Previsto no Sistema (R$) Investimento em Tratamento de RSS (R$) Investimento Previsto em Operação (R$) Despesa Total (R$) 77.101 1.833.992,32 241.612,55 858.315,92 2.933.920,79 77.652 1.833.992,32 244.850,48 864.038,13 2.942.880,93 78.178 3.232.774,38 247.964,29 869.472,42 4.350.211,09 78.681 0,00 250.954,36 874.624,43 1.125.578,79 79.160 0,00 253.821,53 876.762,16 1.130.583,69 79.617 1.021.997,05 256.567,06 878.416,77 2.156.980,88 80.051 0,00 259.192,55 879.775,99 1.138.968,54 80.464 1.958.842,11 261.699,96 880.849,67 3.101.391,74 80.857 0,00 264.091,51 881.647,83 1.145.739,34 81.229 0,00 266.369,70 882.180,60 1.148.550,30 81.581 1.297.182,56 268.537,23 879.806,21 2.445.526,00 81.915 0,00 270.596,99 877.163,74 1.147.760,73 82.231 2.479.373,57 272.552,02 874.265,15 3.626.190,74 82.530 0,00 274.405,48 871.122,21 1.145.527,69 82.812 0,00 276.160,62 867.746,47 1.143.907,09 83.077 244.948,74 277.820,78 863.897,64 1.386.667,16 83.328 0,00 279.389,33 856.999,89 1.136.389,22 83.563 2.735.890,42 280.869,65 852.497,13 3.869.257,21 83.785 0,00 282.265,16 847.802,79 1.130.067,95 0,00 16.638.993,48 283.579,24 5.313.300,51 842.927,15 17.380.312,29 1.126.506,39 39.332.606,28 83.993 TOTAL Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Resíduos Sólidos Além das despesas apresentadas no subitem anterior, o sistema de resíduos sólidos também possui a capacidade de gerar receitas, através da comercialização da parcela reaproveitável dos resíduos gerados. O valor dessas receitas, no entanto, é altamente questionável. Em primeiro lugar, deve ser considerado como as mesmas serão apropriáveis: pelo município, por cooperativas de catadores, por empresas concessionárias, etc. Em segundo lugar, o valor atual de um mercado ainda incipiente não é um bom indicador das receitas futuras. Com a criação de volume consideráveis de resíduos recicláveis, é difícil prever a direção destes fluxos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -209Assim, as análises presentes devem ser entendidas apenas como um alerta sobre as possibilidades de aproveitamento econômico desta variável, com mercados que se formarão durante a vigência do Plano. 7.3.4.1 Receitas por tipo de Unidade Embora a nova Política Nacional de Resíduos enfatize a diretriz de inclusão social dos catadores na gestão dos resíduos sólidos, o que praticamente induz ao repasse das receitas para os mesmos, as municipalidades precisam conhecer pelo menos sua ordem de grandeza. Assim, dependendo da forma de organização proposta, podem optar pelo repasse total ou mesmo parcial para as cooperativas mantendo, neste segundo caso, uma reserva monetária para a manutenção e reposição de recursos naturais. Receitas de Central de Triagem As receitas unitárias resultantes da venda de materiais recicláveis gerados pelas atividades da central de triagem foram obtidas junto à CEMPRE (Compromisso Empresarial com Reciclagem) e à indústria Gerdau. O Quadro 7.9 apresenta os valores. QUADRO 7.9 – RECEITAS DE CENTRAL DE TRIAGEM Material Preço (R$/t) Condição Papel Branco Outros Papéis/ Papelão Plástico Filme Plástico Rígido Embalagem PET Embalagem Longa Vida Sucata de Aço Cobre Alumínio Vidro Incolor Vidro Colorido 400,00 430,00 750,00 1.000,00 1.250,00 360,00 300,00 12.373,00 2.200,00 80,00 80,00 Limpo e prensado Prensado Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo e prensado Limpo Limpo Para a aplicação destes preços unitários, utilizam-se médias para adaptar esta relação à composição dos materiais encontrados no lixo urbano. Receitas de Usina de Compostagem A receita unitária resultante da venda de composto orgânico gerado pelas atividades da usina de compostagem foi obtida junto à entidade CEMPRE e está apresentada no Quadro 7.10. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -210QUADRO 7.10 – RECEITAS DE US INA DE COMP OS TAGEM Material Preço (R$/t) Condição Composto Orgânico 125,00 Peneirado, sem impurezas e ensacado Receitas de Central de Britagem Embora os entulhos selecionados devidamente britados também apresentem valor comercial, já que podem ser aplicados como material de construção para peças não estruturais, prevê-se que sua maior utilização será mesmo nas obras de manutenção e recuperação de estradas vicinais. Portanto, como tais materiais apresentam restrição de aplicação na construção civil que precisaria ser fiscalizada resultando em custos adicionais para a municipalidade, considerou-se que não serão vendidos para terceiros e que, portanto, não acrescerão receitas aos cofres públicos. Assim, aplicando as receitas possíveis apresentadas aos resíduos gerados, obteve-se o valor da composição das receitas, apresentadas no Quadro 7.11. As receitas possíveis com a venda de recicláveis seriam em torno de R$ 7,0 milhões. No entanto, dadas as limitações institucionais e, principalmente, a inexistência de uma cultura de reciclagem, adotar essa hipótese é difícil na prática. Apenas para efeito de simulação, considerou-se simplificadamente, que seja viável arrecadar 50% da receita, tida como possível apresentada no Quadro 7.11 anterior. Esse montante possível de arrecadação com rejeitos chega a cobrir cerca de 9% dos custos totais do componente. Se somados os ganhos com aproveitamento energético, que será uma necessidade no futuro do manejo de resíduos sólidos, é possível imaginar uma redução adicional nos gastos municipais com coleta e disposição de resíduos sólidos ao longo do horizonte do Plano. O Quadro 7.12 apresenta o resumo dos investimentos e receitas previstos para os serviços relativos a resíduos sólidos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -211QUADRO 7.11 – RECEITAS DE CENTRAL DE TRIAGEM Ano 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2034 Reciclável (t/ano) Compostável (t/ano) 251,26 284,60 318,29 405,57 493,80 582,90 672,80 763,45 854,76 1.012,69 1.171,76 1.331,85 1.492,89 1.654,77 1.817,42 1.958,25 2.126,65 2.295,61 2.465,09 2.662,30 TOTAL VPL 10% VPL 12% 247,65 374,13 502,22 842,41 1.186,56 1.534,37 1.885,58 2.239,91 2.597,12 3.217,85 3.843,25 4.472,91 5.106,45 5.743,52 6.383,78 7.044,69 7.708,28 8.374,26 9.042,36 9.712,33 Compostável 12.017 18.155 24.370 40.878 57.578 74.456 91.498 108.692 126.025 156.146 186.494 217.048 247.791 278.704 309.773 341.844 374.044 406.361 438.781 471.291 3.981.944 R$ 1.078.376 R$ 862.547 Papel/ Papelão 6.006 6.803 7.608 9.695 11.804 13.934 16.083 18.249 20.432 24.207 28.010 31.837 35.686 39.556 43.444 46.810 50.835 54.874 58.925 63.640 588.437 173.703 141.975 Plástico Mole 5.050 5.720 6.398 8.152 9.925 11.716 13.523 15.345 17.181 20.355 23.552 26.770 30.007 33.261 36.530 39.361 42.746 46.142 49.548 53.512 494.796 146.060 119.381 RECEITAS (R$) Plástico Longa PET Rígido Vida 14.246 1.696 814 16.137 1.921 922 18.047 2.148 1.031 22.996 2.738 1.314 27.998 3.333 1.600 33.050 3.935 1.889 38.148 4.541 2.180 43.287 5.153 2.474 48.465 5.770 2.769 57.420 6.836 3.281 66.439 7.909 3.796 75.516 8.990 4.315 84.647 10.077 4.837 93.825 11.170 5.361 103.048 12.268 5.888 111.033 13.218 6.345 120.581 14.355 6.890 130.161 15.495 7.438 139.770 16.639 7.987 150.953 17.971 8.626 1.395.767 166.163 79.758 412.020 49.050 23.544 336.762 40.091 19.244 Metal Ferroso 950 1.076 1.203 1.533 1.867 2.203 2.543 2.886 3.231 3.828 4.429 5.034 5.643 6.255 6.870 7.402 8.039 8.677 9.318 10.064 93.051 27.468 22.451 Metal Não ferroso 2.910 3.296 3.686 4.697 5.719 6.751 7.793 8.842 9.900 11.729 13.572 15.426 17.291 19.166 21.050 22.681 24.631 26.588 28.551 30.836 285.117 84.165 68.791 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada Vidro Total 43.826 137 54.184 155 64.665 173 92.223 221 120.093 269 148.251 317 176.675 366 205.344 415 234.238 465 284.354 551 334.839 637 385.661 725 436.791 812 488.199 900 539.858 989 1.065 589.759 1.157 643.278 1.249 696.986 1.341 750.861 1.448 808.339 13.391 7.098.424 3.953 1.998.339 3.231 1.614.472 -212QUADRO 7.12 – CUS TOS , INVES TIMENTOS E RECEITAS P OS S ÍVEIS (R$) – RES ÍDUOS SÓLIDOS ANO Custos (R$) Receitas Possíveis Result.Operac. Sistema Tratamento RSS Operação Despesas Totais (R$) (R$) 2016 1.833.992 241.613 858.316 2.933.921 21.913 -2.912.008 2017 1.833.992 244.850 864.038 2.942.881 27.092 -2.915.789 2018 3.232.774 247.964 869.472 4.350.211 32.333 -4.317.879 2019 0 250.954 874.624 1.125.579 46.112 -1.079.467 2020 0 253.822 876.762 1.130.584 60.046 -1.070.537 2021 1.021.997 256.567 878.417 2.156.981 74.125 -2.082.856 2022 0 259.193 879.776 1.138.969 88.337 -1.050.631 2023 1.958.842 261.700 880.850 3.101.392 102.672 -2.998.720 2024 0 264.092 881.648 1.145.739 117.119 -1.028.620 2025 0 266.370 882.181 1.148.550 142.177 -1.006.373 2026 1.297.183 268.537 879.806 2.445.526 167.419 -2.278.107 2027 0 270.597 877.164 1.147.761 192.830 -954.930 2028 2.479.374 272.552 874.265 3.626.191 218.395 -3.407.795 2029 0 274.405 871.122 1.145.528 244.099 -901.428 2030 0 276.161 867.746 1.143.907 269.929 -873.978 2031 244.949 277.821 863.898 1.386.667 294.879 -1.091.788 2032 0 279.389 857.000 1.136.389 321.639 -814.750 2033 2.735.890 280.870 852.497 3.869.257 348.493 -3.520.764 2034 0 282.265 847.803 1.130.068 375.431 -754.637 2035 0 283.579 842.927 1.126.506 404.170 -722.337 TOTAL 16.638.993 5.313.301 17.380.312 39.332.606 3.549.212 -35.783.394 VPL 10% R$ 8.820.721 R$ 2.204.145 R$ 7.414.687 R$ 18.439.553 R$ 999.170 -R$ 17.440.383 VPL 12% R$ 8.046.332 R$ 1.925.273 R$ 6.505.726 R$ 16.477.332 R$ 807.236 -R$ 15.670.096 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -213Essas possíveis receitas não excluem, no entanto, a necessidade de criação de outros mecanismos de arrecadação que possam garantir a sustentabilidade econômico-financeira do sistema de resíduos sólidos de forma isolada. Entre outros mecanismos de arrecadação, pode-se citar a criação de uma taxa de lixo por domicílio, taxa essa indicada como uma possibilidade de receita, conforme predisposições constantes na Lei Nacional de Saneamento (nº 11.445/07). 7.4 SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 7.4.1 Investimentos Necessários no Sistema de Drenagem O resumo de investimentos durante o período de planejamento encontra-se apresentado no Quadro 7.13. Deve-se ressaltar que, para efeito de estudos de sustentabilidade econômico-financeira do sistema, os investimentos foram divididos ano a ano, a partir de 2015, de modo equânime, abrangendo os tipos de intervenção utilizados nos Planos de Saneamento elaborados para a SSRH. Evidentemente, o enquadramento das obras segundo a tipologia emergencial, de curto, médio e longo prazo dependerá das prioridades a serem estabelecidas pelo município. QUADRO 7.13 – RES UMO DOS INVES TIMENTOS NECES S ÁRIOS NO S IS TEMA DE DRENAGEM - HORIZONTE DE P LANEJ AMENTO INVESTIMENTO NO SISTEMA-R$ Ano Tipo de Intervenção TOTAL Emergencial Curto Prazo Médio Prazo 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 a 2035 280.000,00 280.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 2.713.750,00 2.713.750,00 2.713.750,00 2.713.750,00 2.713.750,00 2.713.750,00 2.713.750,00 2.713.750,00 TOTAIS 560.000,00 7.4.2 400.000,00 21.710.000,00 Longo Prazo 2.519.400,00 2.519.400,00 2.519.400,00 2.519.400,00 3.093.750,00 3.093.750,00 2.813.750,00 2.813.750,00 5.233.150,00 5.233.150,00 5.233.150,00 5.233.150,00 30.232.800,00 30.232.800,00 40.310.400,00 62.980.400,00 Despesas de Exploração do Sistema de Drenagem Urbana As despesas de exploração foram adotadas com base nos custos de manutenção do sistema de drenagem urbana adotados pelo SEMASA e acrescidos custos das medidas não estruturais e estudos complementares, cujo valor apresentado foi de R$ 25,5/domicílio/ano data base Dezembro/2010. Com a correção para setembro/2015, esse valor eleva-se a R$ 34,4. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -214- 7.4.3 Despesas Totais do Sistema de Drenagem Urbana No Quadro 7.14, encontra-se apresentado o resumo, ao longo do horizonte de planejamento, dos investimentos necessários e das despesas de exploração para o sistema de drenagem urbana de Pirassununga. QUADRO 7.14 – RES UMO DOS INVES TIMENTOS E DES P ES AS DE EXP LORAÇÃO (DEX) DO S IS TEMA DE DRENAGEM URBANA– HORIZONTE DE P LANEJ AMENTO Domicílios urbanos (un.) DEX Investimento Despesa Total (R$) (R$) (R$) 2016 25.706 884.991,67 3.093.750,00 3.978.741,67 2017 25.941 893.112,90 3.093.750,00 3.986.862,90 2018 26.168 900.906,61 2.813.750,00 3.714.656,61 2019 26.385 908.379,50 2.813.750,00 3.722.129,50 2020 26.593 915.538,75 5.233.150,00 6.148.688,75 2021 26.792 922.392,03 5.233.150,00 6.155.542,03 2022 26.982 928.947,37 5.233.150,00 6.162.097,37 2023 27.164 935.213,12 5.233.150,00 6.168.363,12 2024 27.338 941.197,86 2.519.400,00 3.460.597,86 2025 27.504 946.910,35 2.519.400,00 3.466.310,35 2026 27.662 952.359,50 2.519.400,00 3.471.759,50 2027 27.813 957.554,26 2.519.400,00 3.476.954,26 2028 27.957 962.503,63 2.519.400,00 3.481.903,63 2029 28.094 967.216,58 2.519.400,00 3.486.616,58 2030 28.224 971.702,02 2.519.400,00 3.491.102,02 2031 28.348 975.968,80 2.519.400,00 3.495.368,80 2032 28.466 980.025,64 2.519.400,00 3.499.425,64 2033 28.578 983.881,10 2.519.400,00 3.503.281,10 2034 28.684 987.543,60 2.519.400,00 3.506.943,60 2035 28.785 991.021,37 2.519.400,00 3.510.421,37 18.907.366,68 62.980.400,00 81.887.766,68 Ano TOTAIS 7.4.4 Estudos de Sustentabilidade Econômico-Financeira do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas O Quadro 7.15 apresenta a formação do resultado operacional relativo ao sistema de drenagem urbana. Além do valor bruto, foi calculado o Valor Presente Líquido (VPL) do componente. O objetivo de tal procedimento é tornar o projeto comparável a outros de igual porte. A utilização de uma taxa de desconto pretende uniformizar, num único indicador, projetos de Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -215diferentes períodos de maturação e operação. Assim, é possível indicar não apenas se o projeto oferece uma atratividade mínima, mas também seu valor atual em relação a outras atividades concorrentes, orientando decisões de investimento. Foram utilizadas duas taxas de desconto. A taxa de 10% ao ano foi utilizada durante a maior parte das décadas passadas, sendo um padrão de referência para múltiplos órgãos governamentais e privados. Porém, com os elevados índices de inflação observados no final do século passado, esta taxa acabou substituída pela de 12%. Na atualidade, com os baixos níveis de taxas de juros praticados por órgãos governamentais, observa-se um retorno a padrões de comparação com descontos mais baixos, inclusive abaixo dos tradicionais 10%. Como uma taxa que reflita a percepção de juros de longo prazo não está consolidada, optou-se por adotar as duas para fins de análise. Segundo esta ótica, o VPL dos componentes descontados a 10% e 12% resultou negativos e assumiu valores em torno de R$ 27,8 milhões e R$ 24,6 milhões, respectivamente. QUADRO 7.15 – RES ULTADO OP ERACIONAL DO S IS TEMA DE DRENAGEM URBANA Ano Receita (R$) DEX (R$) Investimento (R$) Resultado Operacional (R$) 2016 994.805,90 884.991,67 3.093.750,00 -2.983.935,77 2017 1.003.934,85 893.112,90 3.093.750,00 -2.982.928,04 2018 1.012.695,65 900.906,61 2.813.750,00 -2.701.960,96 2019 1.021.095,81 908.379,50 2.813.750,00 -2.701.033,69 2020 1.029.143,42 915.538,75 5.233.150,00 -5.119.545,33 2021 1.036.847,09 922.392,03 5.233.150,00 -5.118.694,94 2022 1.044.215,85 928.947,37 5.233.150,00 -5.117.881,52 2023 1.051.259,08 935.213,12 5.233.150,00 -5.117.104,04 2024 1.057.986,44 941.197,86 2.519.400,00 -2.402.611,42 2025 1.064.407,77 946.910,35 2.519.400,00 -2.401.902,58 2026 1.070.533,08 952.359,50 2.519.400,00 -2.401.226,43 2027 1.076.372,43 957.554,26 2.519.400,00 -2.400.581,83 2028 1.081.935,94 962.503,63 2.519.400,00 -2.399.967,69 2029 1.087.233,69 967.216,58 2.519.400,00 -2.399.382,89 2030 1.092.275,71 971.702,02 2.519.400,00 -2.398.826,31 2031 1.097.071,94 975.968,80 2.519.400,00 -2.398.296,86 2032 1.101.632,17 980.025,64 2.519.400,00 -2.397.793,47 2033 1.105.966,04 983.881,10 2.519.400,00 -2.397.315,07 2034 1.110.083,00 987.543,60 2.519.400,00 -2.396.860,61 2035 1.113.992,31 991.021,37 2.519.400,00 -2.396.429,07 TOTAIS 21.253.488,16 18.907.366,68 62.980.400,00 -60.634.278,52 VPL 10% 8.884.049,30 7.903.360,45 28.743.506,36 -27.762.817,50 VPL 12% 7.770.322,87 6.912.575,60 25.424.099,96 -24.566.352,69 Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -216Observa-se que a única receita considerada para o sistema de drenagem deve-se à análise de projetos e complementação infraestrutura, conforme valores definidos na Resolução ARES-PCJ n° 74/2014. Utilizou-se assim, uma receita média de R$ 38,7/domicílio, considerando o crescimento populacional urbano projetado para o município. Observa-se que o sistema não apresenta de forma isolada, situação econômica e financeira sustentável, em função do panorama de investimentos necessários e das despesas de exploração incidentes ao longo do período de planejamento, com déficit de R$ 60,6 milhões. 8. RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICOFINANCEIRA De acordo com os estudos efetuados para os quatro componentes dos serviços de saneamento do município, podem-se resumir alguns dados e conclusões, como apresentado no Quadro 8.1. QUADRO 8.1 – RES UMO DOS ES TUDOS DE S US TENTABILIDADE ECONÔMICOFINANCEIRA S EGUNDO O PMS B-P ERÍODO 2015-2034 Componentes Investimentos (R$) Despesas de Exploração (R$) Despesas Totais (R$) Receitas Totais (R$) Água 38.618.000,00 194.680.577,94 233.298.577,94 211.056.844,18 Esgoto 37.742.000,00 120.663.346,05 158.405.346,05 208.543.074,52 Resíduos Sólidos 21.952.294 17.380.312 39.332.606 3.549.212 (receitas possíveis) Drenagem 62.980.400,00 18.907.366,68 81.887.766,68 21.253.488,16 TOTAIS 161.292.694,00 351.631.602,67 512.924.296,67 444.402.618,86 Conclusões A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente. A princípio, o sistema se mostra viável isoladamente. Atualmente não há receitas no sistema de resíduos sólidos assim, o sistema dependerá de recursos a fundo perdido para viabilização das proposições, em função dos altos investimentos necessários. A princípio, o sistema não é viável. É necessária a criação de uma taxa pela prestação dos serviços e recursos a fundo perdido. Nota DEX- valores brutos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -217A análise da sustentabilidade econômico-financeira de cada componente de forma isolada está de acordo com o artigo 29 da Lei 11.445/2007, que estabelece que os serviços públicos de saneamento básico tenham essa sustentabilidade assegurada, sempre que possível, mediante a cobrança dos serviços da seguinte forma: ♦ abastecimento de água e esgotamento sanitário – preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente; ♦ limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos – na forma de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação de serviço ou de suas atividades; ♦ manejo de águas pluviais urbanas – na forma de tributos, inclusive taxas, em conformidade com o regime de prestação de serviço ou de suas atividades. No caso específico de Pirassununga, as incidências porcentuais dos serviços são as seguintes, conforme apresentado no Quadro 8.2. QUADRO 8.2 – INCIDÊNCIAS P ORCENTUAIS DOS S ERVIÇOS DE S ANEAMENTO S EGUNDO O PMS B-P ERÍODO 2016-2035 Componentes Água Esgoto Resíduos Sólidos Investimentos (%) 24% 23% 14% Despesas de Exploração (%) 55% 34% 5% Despesas Totais (%) Conclusões 45% Os investimentos em água são superiores àqueles de esgoto; assim como as despesas de exploração, implicando uma % maior de despesa total. 31% Verifica-se menor porcentagem de investimentos no sistema de esgotos, assim como de despesas de exploração, implicando em uma % menor de despesas totais. 8% Os investimentos são inferiores aos anteriores. As despesas de exploração também são baixas, comparativamente aos sistemas de água e esgotos. Os investimentos previstos nesse sistema são muito elevados, ocorrendo, no entanto, baixos custos de exploração relativamente aos outros sistemas. Drenagem 39% 5% 16% TOTAIS 100% 100% 100% Como conclusão, pode-se afirmar, com base nos dados desse PMSB de Pirassununga, que as despesas totais em água e esgoto representam cerca de 76% dos serviços de saneamento. A representatividade para os serviços de resíduos sólidos e drenagem urbana atinge apenas 24% do valor total previsto para exploração dos sistemas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -218Os dados resultantes, com relação aos custos unitários dos serviços, em termos de investimentos e despesas de exploração, estão indicados no Quadro 8.3. QUADRO 8.3 – RES UMO DE CUS TOS UNITÁRIOS DOS S ERVIÇOS DE S ANEAMENTO S EGUNDO O PMS B-P ERÍODO 2015-2034 Componentes Água Esgoto Resíduos Sólidos Drenagem Custos Unitários Atuais (2013) Custos Unitários Estimados (R$ /unidade) (R$ /unidade) 1,38/m³ faturado 2,2/m³ faturado - 1,61/m³ faturado 1,77/m³ faturado 2,02/ hab./mês 4,44/hab.urbano/mês TOTAIS Despesas Totais (R$/domicílio/mês) 35,40* 24,04* 5,69 12,43* 77,56 * Domicílio urbano Como conclusões finais do estudo, tem-se: ♦ Os investimentos em água e esgoto representam 47% dos serviços de saneamento, sendo que os de resíduos e drenagem representam juntos, cerca de 53% do total previsto para exploração dos sistemas, dos quais 39% são referentes ao sistema de drenagem; ♦ Os custos de água conforme praticados atualmente são insuficientes para suprir as despesas com os serviços, devendo ser aumentados para patamares próximos dos estimados neste estudo, nos quais a tarifa de água assume valor em torno de 1,61/m³, pouco acima da tarifa atual. Ressalta-se que também pode ser prevista uma relação entre os sistemas de água e esgoto, com tarifas que permitam um auxiliar o outro, conforme necessidade, de modo a tornar ambos os sistemas sustentáveis; ♦ Em relação ao sistema de esgotos sanitários, o mesmo é sustentável com a tarifa praticada atualmente, valendo-se apenas de análises que possibilitem o mesmo ser superavitário nos anos com valores mais elevados de investimentos; ♦ Os custos de resíduos sólidos estão num montante razoável pela adoção de solução individual; esse valor pode diminuir caso se adote um consórcio com outros municípios com disposição em unidades regionais; ♦ Recomenda-se a criação de uma taxa média mensal em torno de R$ 5,69 / domicílio para a viabilização do sistema de resíduos sólidos conforme planejado; ♦ Os custos de drenagem também estão num montante razoável pela adoção de solução individual; esse valor pode diminuir em caso de adoção de uma política de serviços interligada no município, que permita um determinado sistema auxiliar, quando necessário. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -219♦ Para o sistema de drenagem ser sustentável, recomenda-se a criação de taxa de prestação dos serviços, de modo que haja uma receita fixa, podendo essa taxa ser incluída em outras já existentes; ♦ Outra alternativa que pode tornar os sistemas viáveis (esgoto, resíduos e drenagem) é a obtenção de fundo perdido para viabilização das proposições. Ainda que seja recomendável a revisão de custos das despesas de exploração dos sistemas de água e esgotos para melhor adequação à realidade (considerando, por exemplo, o alcance das metas de redução de perdas), os valores resultantes certamente deverão ser compatíveis com a capacidade de pagamento da população local. Visando à viabilidade econômico-financeira dos serviços, propõe-se neste PMSB a criação de uma Conta de Saneamento, em substituição à conta de prestação de serviços de água e esgoto, a ser utilizada como instrumento para tarifação dos usuários, referente aos serviços prestados nos quatro sistemas de saneamento. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -2209. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES Alguns programas deverão ser instituídos para que as metas estabelecidas no Plano Municipal de Saneamento Básico possam ser cumpridas. Esses programas compreendem medidas estruturais, isto é, com intervenções diretas nos sistemas, e, medidas estruturantes, que possibilitam a adoção de procedimentos e intervenções de modo indireto, constituindo-se um acessório importante na complementação das medidas estruturais. Deve-se realçar que as linhas de financiamento ou repasses a fundo perdido, quando aplicáveis a esses programas, encontram-se apresentados no capítulo 10 subsequente. São apresentados, a seguir, alguns programas, descritos de modo sucinto, aplicáveis ao Município de Pirassununga. 9.1 PROGRAMAS GERAIS APLICÁVEIS ÀS ÁREAS DE SANEAMENTO 9.1.1 Programa de Redução de Perdas A grande maioria dos municípios integrantes da UGRHI 9 apresenta perdas elevadas, variando de 30 a 60%. No caso específico de Pirassununga, a perda média na distribuição está em torno de 48,4%, valor que pode ser considerado elevado. Essa perda é composta das perdas reais (físicas) e das perdas aparentes (não físicas). As perdas reais referem-se às perdas por vazamentos na rede de distribuição e em outras unidades do sistema, como é o caso dos reservatórios. As perdas aparentes estão relacionadas com erros na micromedição, fraudes, existência de ligações irregulares em favelas e áreas invadidas e falhas no cadastro comercial. A implementação de um Programa de Redução de Perdas pressupõe, como ponto de partida, a elaboração de projeto executivo do sistema de distribuição, já que a maioria dos municípios não dispõe ainda desse importante produto. Como resultado, nesse projeto deverão constar: a setorização da rede, em que fiquem estabelecidos os setores de abastecimento, os setores de manobra, os setores de rodízio e, se possível, os distritos pitométricos. Além disso, é conveniente, efetuar o cadastro das instalações existentes. Com esse projeto, além das intervenções fundamentais no sistema de distribuição, que abranjam eventuais reformas e/ou ampliações em estações elevatórias, adutoras de água tratada, podem-se estabelecer ações paralelas relativas ao Programa de Redução de Perdas, considerando a meta a ser atingida, com intervenções complementares no âmbito do programa. A meta a ser atingida, no caso do município de Pirassununga, pressupõe a redução do índice de perdas para 29% até o ano de 2035. Em relação às perdas reais (físicas), as medidas fundamentais visam ao controle de pressões, à pesquisa de vazamentos, à redução no tempo de reparo dos mesmos e ao Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -221gerenciamento da rede. Quanto às perdas aparentes (não físicas), as intervenções se suportam na otimização da gestão comercial, pois elas ocorrem em função de erros na macro e na micromedição, nas fraudes, nas ligações clandestinas, no desperdício pelos consumidores sem hidrômetros, nas falhas de cadastro, etc. No caso específico de Pirassununga, a proposição desse Plano Municipal de Saneamento Básico é a diminuição das perdas reais e aparentes de 48,4% (valor estabelecido para 2015) para 29% em 2035, isto é, uma redução de cerca de 19,4% em 20 anos. Evidentemente, essa redução deve ser gradativa. De um modo geral, considerando-se a situação de todos os municípios da UGRHI 9, os procedimentos básicos podem ser sintetizados, conforme apresentado a seguir, aplicáveis indistintamente a todos os municípios, com algumas diversificações em alguns procedimentos, em função do porte do município e das características gerais do sistema de abastecimento de água: AÇÕES GERAIS elaboração do projeto executivo do sistema de distribuição, com as ampliações necessárias, com enfoque na implantação da setorização e equacionamento da macro e micromedição; elaboração e disponibilização de um cadastro técnico do sistema de abastecimento de água, em meio digital, com atualização contínua; implantação de um sistema informatizado para controle operacional. REDUÇÃO DAS PERDAS REAIS (FÍSICAS) redução da pressão nas canalizações, com instalação de válvulas redutoras de pressão com controladores inteligentes; pesquisa de vazamentos na rede, com utilização de equipamentos de detecção de vazamentos tais como geofones mecânicos, geofones eletrônicos, correlacionador de ruídos, haste de escuta, etc.; minimização das perdas inerentes à distribuição, nas operações de manutenção, quando é necessária a despressurização da rede e, em muitas situações, a drenagem total da mesma, através da instalação de registros de manobras em pontos estratégicos, visando a permitir o isolamento total de no máximo 3km de rede; monitoramento dos reservatórios, com implantação de automatização do liga/desliga dos conjuntos elevatórios que recalcam para os reservatórios, além de dispositivos que permitam a sinalização de alarme de níveis máximo e mínimo; troca de trechos de rede e substituição de ramais com vazamentos; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -222 eventual instalação de inversores de frequência em estações elevatórias ou boosters, para redução de pressões no período noturno. REDUÇÃO DE PERDAS APARENTES (NÃO FÍSICAS) planejamento e troca de hidrômetros, estabelecendo-se as faixas de idade e o cronograma de troca, com intervenção também em hidrômetros parados, embaçados, inclinados, quebrados e fraudados; seleção das ligações que apresentam consumo médio acima do consumo mínimo taxado e das ligações de grandes consumidores, para monitoramento sistemático; substituição, em uma fase inicial, dos hidrômetros das ligações com consumo médio mensal entre o valor mínimo (10 m³) e o consumo médio mensal do município ( por ligação); atualização do cadastro dos consumidores, para minimização das perdas financeiras provocadas por ligações clandestinas e fraudes, alteração do imóvel de residencial para comercial ou industrial e controle das ligações inativas; estudos e instalação de macromedidores setoriais, para avaliação do consumo macromedido para confronto com o consumo micromedido, resultando um planejamento mais adequado de intervenções em setores com índices de perdas maiores. Além dessas atividades supracitadas, são necessárias melhorias no gerenciamento, com incremento da capacidade de acompanhamento e controle. Apesar de o enfoque dessas recomendações estar relacionado principalmente com o sistema de distribuição, podem-se efetuar, também, intervenções no sistema produtor, principalmente na área de tratamento, quando se recomenda o reaproveitamento das águas de lavagem dos filtros e o sobrenadante dos lodos decantados, que poderão ser retornados ao processo. 9.1.2 Plano da Bacia Hidrográfica Mogi Guaçu (2016-2019) O plano da bacia é o relatório de planejamento definido pela legislação, que orienta a gestão de uma bacia hidrográfica, no uso, recuperação, proteção e conservação dos recursos hídricos. A cada quatro anos o Plano da Bacia estabelece as diretrizes, os objetivos e os critérios gerais de gerenciamento. Sua elaboração, implantação e controle representam um processo dinâmico, em que estão previstas as participações dos representantes dos diversos setores usuários da água. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -223QUADRO 9.1 – METAS DO P LANO DA BACIA HIDROGRÁFICA MOGI GUAÇU Metas Meta nº 1 - Coletar 100% do esgoto urbano Controle de poluição Meta nº 2 - Destinar de forma adequada 100% dos resíduos sólidos domiciliares Meta nº 3 - Ampliar a rede regional de monitoramento da qualidade Monitoramento das águas das águas em 30 pontos Meta nº 4 - Instalar rede de monitoramento telemétrico para medição de vazão Controle da exploração e uso da água Meta nº 5 - Montar e manter atualizado cadastro de usuários de água Meta nº 6 - Possuir infraestrutura de abastecimento para atendimento Infraestrutura de abastecimento de 100% da população urbana Meta nº 7 - Diminuir para no máximo 25% as perdas de água na distribuição Meta nº 8 - Incentivar a criação e manutenção de viveiros e banco de sementes de espécies nativas Controle de erosão e assoreamento Meta nº 9 - Diagnosticar as áreas de preservação permanente (APP) e iniciar processo de recuperação Meta nº 10 - Viabilizar planos de macrodrenagem para todos os municípios da bacia Meta nº 11 - Atualização e integração das bases de dados existentes para a bacia hidrográfica do rio Mogi Guaçu. Meta nº 12 - Estudos e proposições para o reenquadramento dos corpos d'água em classes de uso preponderante. Gestão de recursos hídricos Meta nº 13 - Elaboração e divulgação de relatórios de situação dos recursos hídricos anuais Meta nº 14 – Elaboração e divulgação do plano de bacias Meta nº 15 - Estudos para implantação da cobrança Meta nº16 - Incentivo a programas de treinamento e capacitação; de educação ambiental; e comunicação social alusivos à gestão de recursos hídricos. 9.1.3 Programa de Utilização Racional da Água e Energia A utilização racional da água e da energia elétrica constitui-se em um dos complementos essenciais ao Programa de Redução de Perdas, tendo em vista a política de conservação da água e da energia estabelecida em projetos efetuados para esse fim. No âmbito da utilização racional da água, os municípios devem elaborar programas que resultem em economia de demandas, com planejamento de intervenções voltadas diretamente para os locais de consumo, como é o caso de escolas, hospitais, universidades, áreas comerciais e industriais e domicílios propriamente ditos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -224A elaboração desse programa para qualquer município da UGRHI 9 pode se basear no Programa Pura – Programa de Uso Racional da Água, elaborado em 1996 pela Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. Esse programa adotou uma política de incentivo ao uso racional da água, com ações tecnológicas e mudanças culturais. Em abril de 2009, a SABESP lançou a cartilha “O Uso Racional da Água”, que, além de trazer diversas informações, relata os casos de sucesso adotados por empresas e instituições que reduziram o consumo de água em suas unidades. Essa cartilha está disponível para consulta no site www.sabesp.com.br. Com relação à utilização de energia elétrica em sistemas de saneamento básico, o PROCEL – Programa de Conservação de Energia Elétrica, criado pela ELETROBRAS em 1985, estabeleceu, em 1997, uma meta de redução de 15% no desperdício de energia elétrica. Para isso, esquematizou ações relativas à modulação de carga, controle de vazões de recalque, dimensionamento adequado de equipamentos eletromecânicos e automação operacional de sistemas com gerenciamento e supervisão “on-line”. As intervenções necessárias em sistemas de abastecimento de água estavam, originaria e prioritariamente, relacionadas com a otimização do funcionamento dos conjuntos motobombas dos sistemas de recalque, onde o consumo de energia atinge até 95% do custo total, aumentando os custos de exploração. Em 2003, a ELETROBRAS/PROCEL instituiu o PROCEL SANEAR – Programa de Eficiência Energética em Saneamento Ambiental, que atua de forma conjunta com o Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água – PNCDA e o Programa de Modernização do Setor de Saneamento – PMSS, ambos coordenados pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA, vinculada ao Ministério das Cidades. QUADRO 9.2 – P ROCEL S ANEAR – P ROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM S ANEAMENTO AMBIENTAL Promover ações que visem ao uso eficiente de energia elétrica e água em sistemas de saneamento ambiental, incluindo os consumidores, segundo uma visão integrada de utilização desses recursos; Objetivos Incentivar o uso eficiente dos recursos hídricos, como estratégia de prevenção à escassez de água destinada à geração hidroelétrica; Contribuir para a universalização dos serviços de saneamento ambiental, com menores custos para a sociedade e benefícios adicionais nas áreas de saúde e de meio ambiente. Incremento do fluxo de recursos financeiros para implementação de projetos de eficiência energética na área de saneamento ambiental; Metas Melhoria dos indicadores de desempenho associados à energia elétrica e ao processamento de água dos prestadores de serviços de saneamento; Maior conscientização dos consumidores no que se refere ao uso adequado de energia elétrica e água e à informação de novas tecnologias e seus benefícios. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -225Outras várias medidas podem ser tomadas, como a identificação das áreas com consumo elevado de energia elétrica e consequente adoção de procedimentos técnicos e operacionais mais adequados. Além disso, a redução dos custos com energia elétrica pode ser obtida, também, com o conhecimento detalhado do sistema tarifário, adotando-se a melhor forma de fornecimento de energia, em função das várias opções existentes (tarifas convencional, horo-sazonal, azul e verde). 9.1.4 Programa de Reuso da Água Outro programa de importância que pode ser adotado no município é o Programa de Reuso da Água, com o objetivo de economizar água e até otimizar a disposição em cursos d’água. A água de reuso pode ser produzida pelas estações de tratamento de esgotos, podendo ser utilizada com inúmeras finalidades, quais sejam, na limpeza de ruas e praças, na limpeza de galerias de águas pluviais, na desobstrução de redes de esgotos, no combate a incêndios, no assentamento de poeiras em obras de execução de aterros e em terraplenagem, em irrigação para determinadas culturas, etc. No caso específico de Pirassununga, os esgotos da sede estão sendo tratado na ETE Laranja Azeda, com nível de tratamento secundário, com vazões médias diárias totais de cerca de 189,9 L/s (vazão média de final de plano). E no Distrito Cachoeira de Emas, o efluente é tratado na ETE Santa Fé, também com nível de tratamento secundário, com vazões médias diárias totais de aproximadamente 16 L/s (vazão média de final de plano). Isso significa que existe a possibilidade de reaproveitamento de efluentes finais que apresentam redução de cerca de 80% da carga orgânica em relação ao esgoto bruto, com utilizações onde não se necessita da água potabilizada, conforme relacionado anteriormente. Evidentemente, as utilizações dependem de inúmeras circunstâncias que envolvem custos, condições operacionais, características qualiquantitativas da água de reuso e demais condições específicas, dependendo dos locais de utilização. A adoção de um programa para reutilização da água pode ser iniciada estabelecendo-se contato com o Centro Internacional de Referência em Reuso da Água – CIRRA, que é uma entidade sem fins lucrativos, vinculada ao Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Com o objetivo de promover e disponibilizar recursos técnicos e humanos para estimular práticas conservacionistas, essa entidade tem como funções básicas desenvolver pesquisas e tecnologias adequadas, proporcionar treinamento e divulgar informações visando à promoção, à institucionalização e à regulamentação da prática do reuso no Brasil. A assessoria técnica é direcionada ao setor público e ao setor privado, com promoção de cursos e treinamento. A estrutura do CIRRA permite a realização de convênios com instituições públicas e privadas, para desenvolvimento de temas pertinentes ao reuso de água, sob diversos Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -226aspectos relacionados à gestão ambiental, desde o uso otimizado dos recursos hídricos a tecnologias de tratamento e minimização da geração de efluentes. O enfoque está dirigido aos reusos urbano, industrial, agrícola e meio ambiente. Podem-se obter maiores informações no site www.usp.br/cirra. 9.1.5 Programa Município Verde Azul O programa, lançado em 2007 pelo governo de São Paulo, tem por objetivo ganhar eficiência na gestão ambiental através da descentralização e valorização da base da sociedade. As dez diretivas são as seguintes: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental, onde os municípios concentram esforços na construção de uma agência ambiental efetiva. De acordo com a classificação da SMA, a situação do município de Pirassununga em relação aos municípios paulistas participantes é a seguinte: o ano 2009 – nota 36,2 – classificação – 490º lugar; o ano 2010 – nota 22,2 – classificação – 561º lugar; o ano 2011 – nota 41,0– classificação – 357º lugar. QUADRO 9.3 – P ROGRAMA MUNICÍP IO VERDE AZUL Diretivas Realizar a despoluição dos dejetos em 100% até o ano de 2010, ou, Esgoto Tratado sendo financeiramente inviável, firmar um termo de compromisso com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, comprometendo-se a efetivar o serviço até o final de 2014. Lixo Mínimo Recuperação da Mata Ciliar Arborização Urbana Eliminar até 2010 os lixões a céu aberto, promovendo a coleta seletiva e a reciclagem do lixo no município. Auxiliar o governo na recuperação das matas protetoras dos córregos e das nascentes d’água. Aprimorar as áreas verdes municipais, diversificando a utilização das espécies plantadas, visando atingir 12m por habitante. Implementar um programa de educação ambiental na rede de ensino Educação Ambiental municipal, promovendo a conscientização da população a respeito dos problemas ecológicos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -227Diretivas Definir critérios de sustentabilidade na expedição de alvarás da Habitação Sustentável construção civil, restringindo o uso de madeira da Amazônia e favorecendo tecnologias de economia de água e energia fóssil. Uso da Água Poluição do Ar Estrutura Ambiental Conselho de Meio Ambiente 9.1.6 Implantar um programa municipal contra o desperdício de água. Auxiliar o governo no combate da poluição atmosférica, especialmente no controle da fumaça preta dos ônibus e caminhões a diesel. Criar um Departamento ou Secretaria municipal de meio ambiente. Constituir órgão de participação da sociedade, envolvendo a comunidade local na agenda ambiental. Programas de Educação Ambiental O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Pirassununga apresenta Programas e Ações de Educação Ambiental que poderão ser adaptados e ampliados, a fim de abranger não somente os Resíduos Sólidos, mas também os demais setores do PMSB. QUADRO 9.4 – P ROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Objetivos Educação Formal Diretrizes Educação Informal • Estruturar as ações de educação ambiental no ensino tanto formal quanto informal; • Integrar os programas e projetos ambientais municipais, com as atividades de educação ambiental; • Integrar os principais atores envolvidos na educação ambiental no município; • Incentivar a difusão de informações e a comunicação de projetos e programas relacionados ao meio ambiente. A. Inserir a educação ambiental como uma prática educativa integrada, transversal, transdisciplinar, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades de ensino formal. B. Promover a formação complementar e continuada aos professores em atividade na rede municipal de ensino, com o propósito de atenderem adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Municipal da Educação Ambiental. C. Integrar os diferentes atores e projetos relacionados à educação ambiental e relacionar os temas trabalhados em aula aos projetos práticos e os programas de educação informal. D. Incentivar e auxiliar na elaboração de projetos práticos, dentro das instituições de ensino E. Promover a formação de multiplicadores nas associações de bairro F. Incentivar a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, de programas educativos e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente. G. Dar continuidade aos projetos e programas de educação ambiental existentes, especificados no diagnóstico e relatados anteriormente. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -228Entre outras iniciativas, a Secretaria de Meio Ambiente promove no município de Pirassununga a Semana da Água (no mês de março), com palestras educativas ministradas por técnicos da própria Prefeitura. Tal atividade tem como objetivo transmitir aos estudantes do ensino fundamental da rede pública, a importância da água para os seres vivos, além de instruí-los quanto à importância de economizar este recurso. Observa-se que outros programas relacionados com a conscientização da população em temas inerentes aos quatro sistemas de saneamento podem ser elaborados pela operadora, com ampla divulgação através de palestras, folhetos ilustrativos, mídia local e em instituições de ensino. 9.1.7 Programa Cidades Sustentáveis (Plataforma Cidades Sustentáveis) O Programa Cidades Sustentáveis oferece aos gestores públicos uma agenda completa de sustentabilidade urbana, um conjunto de indicadores associados a esta agenda e um banco de práticas com casos exemplares nacionais e internacionais como referências a serem perseguidas pelos municípios. O objetivo é sensibilizar e mobilizar as cidades brasileiras para que se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável. QUADRO 9.5 – P ROGRAMA CIDADES S US TENTÁVEIS Eixos Governança: Fortalecer os processos de decisão com a promoção dos instrumentos da democracia participativa. Bens naturais comuns: Assumir plenamente as responsabilidades para proteger, preservar e assegurar o acesso equilibrado aos bens naturais comuns. Eixos específicos relacionados ao PMSB - Continuar a desenvolver uma perspectiva comum e de longo prazo para cidades e regiões sustentáveis. - Fomentar a capacidade de participação e de ação para o desenvolvimento sustentável tanto nas comunidades como nas administrações locais e regionais. - Convocar todos os setores da sociedade civil local para a participação efetiva – em conselhos, conferências, audiências públicas, plebiscitos e referendos, entre outros – nos processos de decisão, monitoramento e avaliação. - Tornar públicas, transparentes e abertas todas as informações da administração municipal, os indicadores da cidade e os dados orçamentários. - Promover a cooperação e as parcerias entre os municípios vizinhos, outras cidades, regiões metropolitanas e outros níveis de administração. - Melhorar a qualidade da água, poupar água e usar a água de uma forma mais eficiente. - Proteger, regenerar e aumentar a biodiversidade, ampliar as áreas naturais protegidas e os espaços verdes urbanos. - Melhorar a qualidade do solo, preservar terrenos ecologicamente produtivos e promover a agricultura e o reflorestamento sustentáveis. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -229Equidade, Justiça Social e Cultura de Paz: Promover comunidades inclusivas e solidárias. Gestão Local para a Sustentabilidade: Implementar uma gestão que envolva as etapas de planejamento, execução e avaliação. Planejamento e Desenho Urbano: Reconhecer o papel estratégico do planejamento e do desenho urbano na abordagem das questões ambientais, sociais, econômicas, culturais e da saúde, para benefício de todos. Cultura para a sustentabilidade: Desenvolver políticas culturais que respeitem e valorizem a diversidade cultural, o pluralismo e a defesa do patrimônio natural, construído e imaterial, ao mesmo tempo em que promovam a preservação da memória e a transmissão das heranças naturais, culturais e artísticas, assim como incentivem uma visão aberta de cultura, em que valores solidários, simbólicos e transculturais estejam ancorados em práticas dialógicas, participativas e sustentáveis. - Assegurar acesso equitativo aos serviços públicos, à educação, à saúde, às oportunidades de emprego, à formação profissional, às atividades culturais e esportivas, à informação e à inclusão digital com acesso à internet; - Aumentar a segurança da comunidade e promover a cultura de paz; - Garantir o direito à habitação em condições socioambientais de boa qualidade. - Realizar uma gestão integrada e eficiente para a sustentabilidade, baseada no princípio da precaução sobre o Ambiente Urbano e seus entornos. - Estabelecer metas e prazos concretos, face aos Compromissos da Plataforma Cidades Sustentáveis, bem como um programa de monitoramento destes Compromissos; - Assegurar a importância das questões de sustentabilidade nos processos de decisão nos níveis urbano e regional, assim como uma política de gestão de recursos baseada em critérios de sustentabilidade sólidos e abrangentes; - Garantir a transparência administrativa e envolver atores diversos para monitorar e avaliar o desempenho da gestão, tendo em vista o alcance das metas de sustentabilidade estabelecidas. - Reutilizar e regenerar áreas abandonadas ou socialmente degradadas. - Assegurar a compatibilidade de usos do solo nas áreas urbanas, oferecendo adequado equilíbrio entre empregos, transportes, habitação e equipamentos socioculturais e esportivos, dando prioridade ao adensamento residencial nos centros das cidades. - Assegurar uma adequada conservação, renovação e utilização/reutilização do patrimônio cultural urbano. - Adotar critérios de desenho urbano e de construção sustentáveis, respeitando e considerando os recursos e fenômenos naturais no planejamento. - Construir amplo diálogo social para desenvolver conceitos e práticas que religuem o ser humano à natureza, buscando incrementar a cultura do humanismo com os preceitos da sustentabilidade. - Promover a gestão participativa, envolvendo comunidade, profissionais da área cultural e gestores públicos. - Promover a cultura da sustentabilidade como área de integração entre os diversos setores da administração municipal. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -230Educação para Sustentabilidade e Qualidade de Vida: Integrar na educação formal e não formal valores e habilidades para um modo de vida sustentável e saudável. Economia Local, Dinâmica, Criativa e Sustentável: Apoiar e criar as condições para uma economia local dinâmica e criativa, que garanta o acesso ao emprego sem prejudicar o ambiente. Consumo Responsável e Opções de Estilo de Vida: Adotar e proporcionar o uso responsável e eficiente dos recursos e incentivar um padrão de produção e consumo sustentáveis. Ação Local para a Saúde: Proteger e promover a saúde e o bem-estar dos nossos cidadãos. Do Local para o Global: Assumir as responsabilidades globais pela paz, justiça, equidade, desenvolvimento sustentável, proteção ao clima e à biodiversidade. 9.1.8 - Prover a todos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, oportunidades educativas que lhes permitam papel protagonista no desenvolvimento sustentável local e regional. - Garantir a implementação do tema da sustentabilidade de forma transversal nos currículos e propostas pedagógicas. - Incentivar o papel dos meios de comunicação de massa na conscientização sobre os desafios socioambientais e sobre as mudanças culturais necessárias à sustentabilidade. - Introduzir medidas para estimular e apoiar o emprego local, o trabalho decente, a contratação de aprendizes e a formação de empresas. - Cooperar com o tecido empresarial local para promover e implementar a responsabilidade social empresarial. - Desenvolver e implementar princípios e indicadores de sustentabilidade para as empresas, desde a localização mais apropriada para cada uma, passando por seus processos e produtos, até a sustentabilidade das cadeias produtivas que integram. - Implementar o turismo local sustentável. - Evitar e reduzir os resíduos, aumentar a reutilização e a reciclagem com a inclusão social das cooperativas de catadores e recicladores. - Gerir e tratar os resíduos de acordo com técnicas e modelos sustentáveis. - Promover o planejamento urbano para o desenvolvimento saudável das nossas cidades, garantindo ações integradas para a promoção da saúde pública; - Determinar que os urbanistas integrem condicionantes de saúde nas estratégias de planejamento e desenho urbano; - Reduzir o impacto no ambiente global e promover o princípio da justiça ambiental. - Reforçar a cooperação regional, nacional e internacional de cidades e desenvolver respostas locais para problemas globais em parceria com outros governos locais e regionais, comunidades e demais atores relevantes. Programa PROÁGUA - Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano O objetivo geral do PROÁGUA Nacional é contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população, especialmente nas regiões menos desenvolvidas do País, mediante planejamento e gestão dos recursos hídricos simultaneamente com a expansão e otimização da infraestrutura hídrica, de forma a garantir a oferta sustentável de água em quantidade e qualidade adequadas aos usos múltiplos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -231QUADRO 9.6 – P ROGRAMA P ROÁGUA Resolução/Portaria Resolução SS 65/05 Portaria n° 2914/11 9.1.9 Conteúdo Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao Controle e Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano no Estado de São Paulo e dá outras providências. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Programa Estadual de Implementação de Projetos de Resíduos Sólidos O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos - PROÁGUA Nacional é um programa do Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. Com ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com a gestão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, ambiental e social, promovendo assim o uso racional dos recursos hídricos. QUADRO 9.7 – P ROGRAMA ES TADUAL DE IMP LEMENTAÇÃO DE P ROJ ETOS DE RES ÍDUOS S ÓLIDOS Projetos Do projeto de apoio à gestão municipal de resíduos sólidos: Do projeto de apoio às atividades de reciclagem, coleta seletiva e melhoria na destinação final dos resíduos sólidos: Ações relacionadas ao PMSB I – apoiar, por meio de capacitação técnica e planejamento, a elaboração de planos municipais de resíduos sólidos; II – elaborar e publicar material de orientação técnica para a melhoria da gestão dos resíduos sólidos pelos Municípios; III – apoiar e fomentar soluções regionalizadas, bem como a integração e cooperação entre os Municípios na gestão de resíduos sólidos; IV – monitorar a evolução das ações de gestão dos resíduos sólidos nos Municípios por meio de índices e indicadores específicos. I – estimular a adoção de boas práticas de gestão de resíduos, por meio de capacitação e distribuição de material técnico, de acordo com os princípios da Política Estadual de Residuos Solidos; II – fomentar o aperfeiçoamento dos sistemas de gestão de resíduos nos Municípios, incluindo a ampliação da coleta seletiva, triagem e destinação ambientalmente adequada de resíduos; III – empreender ações indutoras de recuperação ou encerramento das instalações de destinação final de resíduos em situação inadequada; IV – subsidiar, por meio de recursos técnicos e financeiros, o aproveitamento econômico de resíduos sólidos urbanos, industriais, das atividades rurais e da construção civil, dentre outros; VI – apoiar tecnicamente o estabelecimento de cooperativas de materiais recicláveis; VII – criar o cadastro estadual de cooperativas de materiais recicláveis. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -232Projetos Ações relacionadas ao PMSB I - fomentar e promover ações de educação ambiental sobre resíduos sólidos, em especial pela capacitação dos professores da rede pública de ensino; II – promover a disseminação de informações e orientações sobre a participação de consumidores, comerciantes, distribuidores, fabricantes e importadores nos sistemas de responsabilidade pós-consumo; III – sensibilizar e conscientizar a população sobre suas responsabilidades na gestão de resíduos, em especial na coleta seletiva e nos sistemas de responsabilidade pós-consumo, visando a difundir e consolidar padrões sustentáveis de produção e consumo; IV – elaborar e publicar material de orientação sobre a gestão dos resíduos sólidos. Do projeto de educação ambiental para a gestão dos resíduos sólidos: 9.1.10 Programa Pró-Catador QUADRO 9.8 – P ROGRAMA P RÓ-CATADOR Finalidade Áreas de ações Capacitação Formação Assessoria técnica Integrar e articular as ações do Governo Federal voltadas ao apoio e ao fomento à organização produtiva dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, à melhoria das condições de trabalho, à ampliação das oportunidades de inclusão social e econômica e à expansão da coleta seletiva de resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem por meio da atuação desse segmento. Incubação de cooperativas e empreendimentos sociais solidários Pesquisas e estudos sobre o ciclo de vida dos produtos e a responsabilidade compartilhada. Aquisição de equipamentos, máquinas e veículos Implantação e adaptação de infraestrutura física e a organização de redes de comercialização e cadeias produtivas integradas por cooperativas e associações de trabalhadores em materiais recicláveis e reutilizáveis 9.1.11 Pacto das Águas de São Paulo (2013-2015) O Pacto das Águas – São Paulo é um Programa da Secretaria do Meio Ambiente, integrado ao Município VerdeAzul. Buscando fomentar uma agenda voltada à recuperação e conservação da qualidade das águas nos municípios do Estado. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -233As ações propostas pelo Pacto das Águas são voltadas para as áreas de saneamento, proteção das águas, biodiversidade, educação, gestão e a identificação de fontes de pressão sobre as águas no território de seus municípios. Para cada uma das ações propostas, as Prefeituras devem estabelecer um Plano de Trabalho para a sua consecução. O ciclo de vida do Pacto é de 3 anos, ou seja, trienalmente são lançados novos desafios. QUADRO 9.9 – P ACTO DAS ÁGUAS DE S ÃO P AULO Ações Atividades Coleta, tratamento e disposição de esgoto sanitário (1) Disposição de resíduos sólidos urbanos (2) Programa/ações de Coleta Seletiva e destinação adequada (3) Programa/ações de Coleta Seletiva e destinação adequada (3) - Será avaliado o desempenho municipal com relação ao Indicador de Coleta e Tratabilidade de Esgoto da População Urbana do Município – ICTEM, indicador que é produzido pela CETESB e que traduz a situação de todo o sistema de esgotamento sanitário, isto é, o ICTEM verifica a efetiva remoção da carga orgânica, em relação à carga potencial gerada pela população urbana, englobando também a coleta, o afastamento e o tratamento dos esgotos, até a destinação dada aos lodos gerados nas estações de tratamento além dos impactos causados aos corpos hídricos receptores dos efluentes. - O Programa Pacto das Águas acompanhará o desempenho do município com relação ao IQR e visa a melhoria do enquadramento dos aterros, seja através do IQR, ou do IQR –Valas (optativo para municípios que produzem até 10 toneladas/dia), propondo ações que levem a um aperfeiçoamento do sistema de coleta e disposição de resíduos sólidos domiciliares. - Relatório sobre quantidade de lixo (ton/dia) e tipologia (classificação dos materiais). - Sensibilização da população para adesão à coleta seletiva: palestras, prog. de rádio e TV, material impresso. - Relatório com os benefícios econômicos (vida mais longa para o aterro, obtenção de recursos com a venda do material, economia de matéria prima para as empresas), sociais (nova frente de trabalho para os catadores/recicladores) e ambientais (menor geração de resíduos para disposição em aterro, menor poluição da água) da reciclagem para o município. - Implantar Programas Especiais de Sensibilização para a separação do lixo, voltada para alunos e professores das Escolas Municipais e para funcionários das Repartições Públicas Municipais. - Mobilizar as Associações de Bairro, Associações Comerciais, ONGs para adesão e multiplicação da proposta de coleta seletiva. - Identificar quais tipos de lixo são/serão objeto de coleta seletiva – todos ou apenas os economicamente significativos. - Descrever a estratégia adotada para a implantação da coleta seletiva: porta a porta, Posto de Entrega Voluntária - PEV, e/ou acordo com cooperativas, etc. - Definir zoneamento para a coleta seletiva na cidade: coleta em todos os bairros, ou naqueles com maior organização e já selecionados. - Implantar galpão de reciclagem com os seguintes itens: área de apoio aos usuários do galpão; vestiário/banheiros; baias para armazenamento do material separado; esteiras para separação, elevadores de carga, prensas/ enfardadeiras; balanças, carrinhos de mão, caminhão para transporte (entrada e saída). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -234Ações Atividades Programa/ações de Coleta Seletiva e destinação adequada (3) Levantamento da área ciliar total do município e da área ciliar degradada (4) Ações de recuperação ou revitalização (5) Lei Municipal Regulamentada voltada à Proteção de Mananciais destinados ao abastecimento público, superficial ou subterrâneo, identificando os mananciais e sua forma de proteção. (6) Proporcionalidade de cobertura vegetal natural existente no município (7) - Articular e pactuar com as cooperativas de reciclagem uma ação conjunta: as cooperativas são as entidades que muitas vezes são responsáveis pela organização dos catadores e coordenam o processo operacional no galpão da coleta seletiva, assim como a comercialização do material separado. - Definir destino e compradores para os resíduos separados. - Pesquisar o melhor valor de mercado para cada item objeto da coleta seletiva. A intenção é que os municípios desenvolvam um diagnóstico que demonstre: - as áreas ciliares existentes ou estimadas no território do município – tanto na área urbana como rural; - as áreas que já estão protegidas ou recuperadas com espécies nativas (igual as originais do local); - as áreas prioritárias que devem ser recuperadas; - os métodos usados para recuperação; - as áreas que estão em processo de recuperação. - programas de incentivo de parceria com produtor rural. Definição de um ou mais córregos que cortem a zona urbana e que estejam degradados e provocando transtornos para os moradores (enchente, mal cheiro, mosquitos, etc). Diagnosticar: 1 - A situação atual: metragem que percorre na zona urbana, qualidade das suas águas, vazão em época de cheias, limpeza das ruas (varredura), coleta de lixo, uso atual pela população; 2 - Planejamento da intervenção contemplando: etapas de revitalização, ou seja, implantação de coleta e tratamento de esgoto, arborização de suas margens com proposta de uso pela população (parque linear, ciclovia, pista de exercícios) estabelecendo cronograma de implantação (proposta de metas). - Todo o município com área de manancial deverá apresentar Lei Municipal regulamentada, voltada à proteção dos mananciais existentes ou futuros destinados ao abastecimento público (superficiais e subterrâneos). A Regulamentação da Lei Municipal voltada à Proteção dos Mananciais deverá conter os procedimentos e instrumentos para a proteção dos mananciais (como, porque, de que forma etc.). - Caso o município não possua área de manancial, deverá apresentar declaração do prefeito informando o fato, bem como a indicação do manancial utilizado para abastecimento público, incluindo os subterrâneos. Unidades de Conservação: - Implantação de Corredores Ecológicos - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Destaca-se que dentro do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais há incentivos econômicos para RPPN. - Unidades de Conservação de proteção integral, tais como parques. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -235Ações Atividades Proporcionalidade de cobertura vegetal natural existente no município (7) Instrumentos Econômicos: - Incentivos fiscais para programas como por exemplo “Adote um Parque” permitindo descontos, por exemplo no imposto territorial – IPTU – para proprietários que contribuam na sua fiscalização ou gestão, e por meio do Programa Adote uma Nascente, que é base para o pagamento por serviço ambiental. Informações sobre proteção de nascentes podem ser obtidas no hotsite do Programa Adote uma Nascente da SMA : http://www.ambiente.sp.gov.br/adoteumanascente/ e no hotsite do Pacto das Águas. Mobilização da Comunidade: - Estabelecer Mutirão de Plantio em áreas públicas que possam recompor a paisagem natural com o plantio de árvores nativas. Iniciativa Municipal: - Implantar viveiros de mudas nativas específicas da formação florística regional para permitir programas de recomposição da vegetação nativa ou parceria com setores produtivos e estimular os produtores rurais a recuperarem as mata ciliar inseridas em suas propriedades, orientados por Programa de Recuperação. - Criar Programa para cadastramento de nascentes no município (anexo ficha modelo com as informações básicas necessárias). Existência de Programa/Projetos de Proteção de Nascentes (8) - Incentivar o isolamento das nascentes, num raio de 50 metros, para evitar pisoteamento de animais, passagem de carros ou de pessoas. - Proibir qualquer atividade que possa contaminar a nascente, com destaque para construções de fossas. - Plantar árvores nativas nos topos de morro , (1/3 do morro) respeitando as curvas de nível e na direção das nascentes e cursos d´água. - Lei Municipal de Educação Ambiental. Educação Ambiental (9) 1 - Capacitação voltada para água: a) Introdução oficial no currículo escolar municipal, do primeiro grau, do tema água e sua abordagem nas diferentes matérias escolares; b) Formação de professores municipais em educação ambiental (curso a ser realizado no próprio município ou com participação em capacitação externa pública ou privada); c) Existência de atividades sistemáticas de sensibilização sobre a importância da água com os alunos da rede municipal – gincanas, palestras, mutirões, competições entre escolas, etc; d) Produção e/ou aquisição de material (recursos) didático de apoio para as escolas; e) Criação e/ou manutenção de projetos educativos em Unidades de Conservação, Parques etc. tendo como eixo pedagógico os temas água e floresta. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -236Ações Atividades Ações de proteção aos mananciais superficiais e subterrâneos (10) Plano de Drenagem Urbana (11) 2 - Comunicação: a) Programa de rádio sobre questões ambientais do município, com destaque para água; b) Redação pelos alunos de matérias para o jornal local ou para afixar nos murais das escolas municipais; c) Campanhas educativas sobre economia e proteção de água (palestras, banners, cartazes, realização de pequenos filmes, etc). 3 - Mobilização: eventos para sensibilização sobre a importância da água e sua proteção a) Mutirão de plantio de mudas nativas próximos aos mananciais ou em locais degradados; b) Economia de água na escola e em casa; c) Coleta de óleo de cozinha e sensibilização para não ser descartado na rede pública. Superficial: i) identificação dos mananciais “in loco”, em local visível ao público, por meio de placas sinalizadoras de madeira ou metal para conhecimento público, com informações sobre sua importância para a população; ii) existência de fiscalização periódica do uso e ocupação do solo no entorno da área de manancial; iii) apresentação de carta IGC 1:10:000 com a delimitação da bacia de contribuição dos mananciais de abastecimento. Subterrâneo: iv) implantação ou manutenção da proteção sanitária dos poços de abastecimento (tampa da tubulação e laje de cimento ao redor do poço) e identificação destes poços por meio de placas sinalizadoras de madeira ou metal para conhecimento público, com informações sobre sua importância para a população. v) apresentação de cópia de outorgas do DAEE para cada poço de abastecimento público. vi) instituição, por lei municipal, de perímetros de proteção de poços de abastecimento público, de acordo com Decreto Estadual no. 32.955/91 e instrução técnica DPO no. 006, encontrada no sítio www.daee.sp.gov.br. O planejamento da drenagem urbana incorpora necessariamente a concepção de uma atuação com base em planos que envolvem pelo menos sub-bacias hidrográficas, senão a própria bacia, de ruas, guias, boca de lobo, e passeios, áreas verdes, parques municipais, etc. 1 – Apresentação de lei que defina a obrigatoriedade do planejamento da drenagem urbana - macro e micro drenagem. 2 – Elaboração do plano de drenagem. 3 – Obras ou ações executadas de controle de inundações. 4 – Levantar obras ou ações emergenciais de mitigação das inundações, realizadas antes da aprovação do plano. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -237Ações Atividades Monitoramento da água para abastecimento público (12) Relatórios de monitoramento com resultados das análises dos parâmetros para água bruta realizado pela entidade responsável pelo serviço de abastecimento. Parâmetros recomendados: dureza, turbidez, cor, ferro, coliformes termotolerantes, pH, DBO, clorofila Devem ser apresentados: - os nomes dos mananciais de abastecimento público e a bacia hidrográfica e Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos a que pertencem; - a localização dos pontos de captação de água bruta (água do rio, represa, ou lago) em coordenadas UTM (GPS pode ser instrumento para localização); - identificação da autarquia ou empresa concessionária do serviço de abastecimento de água; - os relatórios de monitoramento da qualidade da água bruta realizados para cada ponto de captação de água bruta, os quais devem considerar os parâmetros acima descritos. Ações municipais relacionadas com as prioridades estabelecidas pelo Comitê de Bacias que está inserido (13) Procedimentos sugeridos: - Pesquisar no Plano de Bacias Hidrográficas as metas ou ações prioritárias ali estabelecidas; - Demonstrar e comprovar a correlação entre essas metas/prioridades e ações que estão sendo desenvolvidas pelo município ou que possam vir a ser desenvolvidas; - Preparar a documentação para comprovar essa correlação. 9.2 PROGRAMAS ESPECÍFICOS APLICÁVEIS À ÁREA RURAL A análise da configuração da área rural do Município de Pirassununga permite concluir pela inviabilidade da integração dos domicílios e núcleos dispersos aos sistemas da área urbana, pelas distâncias, custos, dificuldades técnicas, operacionais e institucionais envolvidas. Chegou-se à conclusão de que é inviável a integração dos domicílios e núcleos dispersos aos sistemas da área urbana pelas razões acima apontadas. a. Programa de Microbacias Uma das possibilidades de solução para os domicílios dispersos ou pequenos núcleos disseminados na área rural seria o município elaborar um Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável, com assistência da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo, através da CATI-Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas II – Acesso ao mercado. Os objetivos prioritários estariam relacionados com o desenvolvimento rural sustentável, aliando a produção agrícola e a conservação do meio ambiente com o aumento de renda e Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -238melhor qualidade de vida das famílias rurais. O enfoque principal são as microbacias hidrográficas • Construção de poços freáticos comunitários; • Construção de fossas biodigestoras, modelo EMBRAPA, com destinação adequada para o efluente final (adubação de áreas diversas); • Construção de outros sistemas de disposição de esgotos, tipo fossa séptica, filtro anaeróbio, sumidouro ou mesmo fossa séptica e leitos cultiváveis (wetlands) e vala de infiltração QUADRO 9.10 – P ROGRAMA ES TADUAL DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS Estratégias 1. Aumentar a produtividade e melhoria da qualidade dos produtos; 2. Integrar melhores práticas de manejo do solo e da água e sistemas de produção mais competitivos e sustentáveis; 3. Fortalecer a capacidade organizacional e gerencial das organizações de produtores rurais; 4. Promover uma participação mais ativa dos agricultores familiares e suas organizações (associações, cooperativas) para se integrarem de forma competitiva nas cadeias produtivas, nas regiões onde há uma vantagem comparativa. Ações de apoio do Governo relacionadas ao PMSB Contratação de estudos setoriais. Disponibilizar um sistema informatizado georreferenciado de gestão da malha viária municipal. Apoiar financeiramente a melhoria da infraestrutura municipal, principalmente a manutenção e reabilitação das estradas rurais não asfaltadas, consideradas como de elevada importância para facilitar aos agricultores familiares o acesso aos mercados. b. O Programa Nacional de Saneamento Rural Dentro dos programas estabelecidos pelo recém-aprovado PLANSAB-Plano Nacional de Saneamento Básico (dez/2013), consta o Programa 2, voltado ao saneamento rural. Os objetivos do programa são o de financiar em áreas rurais e comunidades tradicionais medidas estruturais de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias domiciliares e de educação ambiental para o saneamento, além de, em função de necessidades ditadas pelo saneamento integrado, ações de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -239c. Programa Melhor Caminho O Programa Melhor Caminho é destinado à elaboração de convênios entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e prefeituras municipais para a execução de obras de recuperação de estradas rurais de terra e não consta, nem pode constar no escopo do Programa Melhor Caminho, o revestimento asfáltico da estrada de terra. QUADRO 9.11 – P ROGRAMA MELHOR CAMINHO Objetivos Cabe à Prefeitura Readequação das plataformas das estradas rurais de terra, com ou sem a elevação do “greide estradal”, para a implantação de sistema de drenagem superficial eficiente; Dotar os pontos de sangra da estrada (deságue) de estruturas que evitem a ocorrência de processos erosivos nas propriedades lindeiras, como terraços ou bacias de captação, favorecendo a infiltração das águas pluviais e a recarga do lençol freático. Melhorar as condições de suporte e rolamento das pistas das estradas rurais com a execução de revestimento primário. Providenciar a vegetação e a manutenção dos taludes, canais, terraços e bacias de captação. Informar aos proprietários da necessidade de se fazer a calagem para a implantação de gramíneas nos taludes e canais de escoamento ou admissão. Realizar, no período de estiagem, as limpezas das bacias de captação e/ou terraços, de forma a garantir a capacidade de armazenamento das águas da chuva por estas estruturas, e manter desobstruídos os canais de escoamento ou admissão, visando à estabilidade da obra implantada. Inspecionar (ainda no período de estiagem) a plataforma da estrada, para verificar se as lombadas estarão direcionando as enxuradas para as bacias de captação e/ou terraços, e corrigir, com a reposição de material, eventuais depressões que possam formar poças d’água na pista de rolamento, na estação chuvosa. Inspecionar o funcionamento das estruturas de drenagem corrente existentes, para permitir o escoamento previsto. Orientar os operadores de motoniveladora para não reduzirem a altura das lombadas dimensionadas no projeto e não obstruírem as saídas de água para os canais de escoamento ou admissão. O deslocamento das motoniveladoras, em serviços de reaspagem, dos pontos de cotas mais baixos da estrada para os mais altos, favorece a manutenção das lombadas e do abaulamento da pista de rolamento. Efetuar a manutenção da área vegetada, nas faixas laterais da pista de motoniveladora para “raspar” a vegetação. Não permitir a manobra ou o deslocamento de grades ou outros implementos agrícolas, que possam danificar a pista de rolamento ou a plataforma da estrada. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -24010. PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS E FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS 10.1 CONDICIONANTES GERAIS Nos itens em sequência, apresentam-se várias informações relativas à captação de recursos para execução das obras de saneamento básico. São informações gerais, podendo ser utilizadas por qualquer município, desde que aplicáveis ao mesmo. A seleção dos programas de financiamentos mais adequados dependerá das condições particulares de cada município, atreladas aos objetivos de curto, médio e longo prazo, aos montantes de investimentos necessários, aos ambientes legais de financiamento e outras condições institucionais específicas. Em termos econômicos, sob o regime de eficiência, os custos de exploração e administração dos serviços devem ser suportados pelos preços públicos, taxas ou impostos, de forma a possibilitar a cobertura das despesas operacionais administrativas, fiscais e financeiras, incluindo o custo do serviço da dívida de empréstimos contraídos. O modelo de financiamento a ser praticado envolve a avaliação da capacidade de pagamento dos usuários e da capacidade do tomador do recurso, associado à viabilidade técnica e econômico-financeira do projeto e às metas de universalização dos serviços de saneamento. As regras de financiamento também devem ser respeitadas, considerando-se a legislação fiscal e, mais recentemente, a Lei das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007). Para que se possam obter os financiamentos ou repasses para aplicação em saneamento básico, as ações e os programas pertinentes deverão ser enquadrados em categorias que se insiram no planejamento geral do município e deverão estar associadas às Leis Orçamentárias Anuais, às Leis de Diretrizes Orçamentárias e aos Planos Plurianuais do Município. Em princípio, as principais categorias, que serão objeto de propostas, são: Desenvolvimento Institucional; Planejamento e Gestão; Desenvolvimento de Tecnologias e Capacitação em Recursos Hídricos; Conservação de Solo e Água e de Ecossistemas; Conservação da Quantidade e da Qualidade dos Recursos Hídricos; Gestão, Recuperação e Manutenção de Mananciais; Obras e Serviços de Infraestrutura Hídrica de Interesse Local; Obras e Serviços de Infraestrutura de Esgotamento Sanitário. A partir do estabelecimento das categorias, conforme supracitado, os programas de financiamentos, a serem elaborados pelo próprio município, deverão contemplar a definição do modelo de financiamento e a identificação das fontes e usos de recursos financeiros para a sua execução. Para tanto, poderão ser levantados, para efeito de apresentação do modelo de financiamento e com detalhamento nos horizontes de planejamento, os seguintes aspectos: as fontes externas, nacionais e internacionais, abrangendo recursos onerosos e repasses a fundo perdido (não onerosos); as fontes no âmbito do município; as fontes internas, resultantes das receitas da prestação de serviços e as fontes alternativas de recursos, tal como a participação do setor privado na implementação das ações de saneamento no município. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -24110.2 FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS As principais fontes de financiamento disponíveis para o setor de saneamento básico do Brasil, desde a criação do Plano Nacional de Saneamento Básico (1971), são as seguintes: ♦ Recursos onerosos, oriundos dos fundos financiadores (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS e Fundo de Amparo do Trabalhador-FAT); são captados através de operações de crédito e são gravados por juros reais; ♦ Recursos não onerosos, derivados da Lei Orçamentária Anual (Loa), também conhecida como OGU (Orçamento Geral da União) e, também, de orçamentos de estados e municípios; são obtidos via transferência fiscal entre entes federados, não havendo incidência de juros reais; ♦ Recursos provenientes de empréstimos internacionais, contraídos junto às agências multilaterais de crédito, tais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial (BIRD); ♦ Recursos captados no mercado de capitais, por meio do lançamento de ações ou emissão de debêntures, onde o conceito de investimento de risco apresenta-se como principal fator decisório na inversão de capitais no saneamento básico; ♦ Recursos próprios dos prestadores de serviços, resultantes de superávits de arrecadação; ♦ Recursos provenientes da cobrança pelo uso dos recursos hídricos (Fundos Estaduais de Recursos Hídricos). Os recursos onerosos preveem retorno financeiro e constituem-se em empréstimos de longo prazo, operados, principalmente, pela Caixa Econômica Federal, com recursos do FGTS, e pelo BNDES, com recursos próprios e do FAT. Os recursos não onerosos não preveem retorno financeiro, uma vez que os beneficiários de tais recursos não necessitam ressarcir os cofres públicos. Nos itens seguintes, apresentam-se os principais programas de financiamentos existentes e as respectivas fontes de financiamento, conforme a disponibilidade de informações constantes dos órgãos envolvidos. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -24210.3 FONTES DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS De forma resumida, apresentam-se as principais fontes de captação de recursos, através de programas instituídos e através de linhas de financiamento, na esfera federal e estadual: No âmbito Federal: ANA – Agência Nacional de Águas BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CEF – Caixa Econômica Federal Ministério das Cidades Ministério da Saúde (FUNASA) Ministério do Meio Ambiente Ministério da Ciência e Tecnologia No âmbito Estadual: SSRH - Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos Secretaria do Meio Ambiente Secretaria de Agricultura e Abastecimento O Plano Plurianual (2012 – 2015), instituído pela Lei nº 14.676 de 28 de dezembro de 2001, consolida as prioridades e estratégias do Governo do Estado de São Paulo, para os setores de saneamento e recursos hídricos, através dos diversos Programas aplicáveis ao saneamento básico do Estado, podendo ser citados, entre outros: ♦ Programa 3907 – Infraestrutura Hídrica, Combate às Enchentes e Saneamento; ♦ Programa 3932 – Planejamento e Promoção do Saneamento no Estado (dentre várias ações, inclui o saneamento rural e de pequenas comunidades isoladas, além dos programas Água é Vida e Sanebase). 10.4 LISTAGEM DE VARIADOS PROGRAMAS PARA O SANEAMENTO E AS FONTES DE FINANCIAMENTO No Quadro a seguir, apresenta-se uma listagem com os programas, as fontes de financiamento, os beneficiários, a origem dos recursos e os itens financiáveis para o saneamento. Os programas denominados REFORSUS e VIGISUS do Ministério da Saúde foram suprimidos da listagem, porque estão relacionados diretamente com ações Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -243envolvendo a vigilância em termos de saúde e controle de doenças, apesar da intercorrência com as ações de saneamento básico. Cumpre salientar que o município, na implementação das ações necessárias para se atingir a universalização do saneamento, deverá selecionar o (s) programa (s) de financiamentos que melhor se adeque (m) às suas necessidades, função, evidentemente, de uma série de procedimentos a serem cumpridos, conforme exigências das instituições envolvidas. QUADRO 10.1 – P ROGRAMAS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO P ARA O S ANEAMENTO Instituição Programa Finalidade SSRH FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos Vários Programas voltados para a melhoria da qualidade dos recursos hídricos. GESP / SSRH SSRH MPOG – SEDU SANEBASE Convênio de Saneamento Básico Programa para atender aos municípios do Estado que não são operados pela SABESP. PMSB – Planos Municipais de Saneamento Básico Programa para apoiar os municípios do Estado de São Paulo, visando atender a Lei Federal 11.445/2007 e o Decreto Estadual 52.895/08. PRÓ-SANEAMENTO Ações de saneamento para melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população, aumento da eficiência dos agentes de serviço, drenagem urbana, para famílias com renda média mensal de até 12 salários mínimos. Beneficiário Origem dos Recursos Itens Financiáveis Prefeituras Municipais. abrangem municípios de todos os porte, com serviços de água e esgoto operados ou não pela SABESP. Ver Nota 1 Prefeituras Municipais.serviços de água e esgoto não prestados pela SABESP. Orçamento do Governo do Estado de São Paulo (fundo perdido). Obras de implantação, ampliação e melhorias dos sistemas de abastecimento de água e de esgoto. Prefeituras Municipais.abrangem municípios de todos os porte, com serviços de água e esgoto operados ou não pela SABESP. Orçamento do Governo do Estado de São Paulo Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico. FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Destina-se ao aumento da cobertura e/ou tratamento e destinação final adequados dos efluentes, através da implantação, ampliação, otimização e/ou reabilitação de Sistemas existentes e expansão de redes e/ou ligações prediais. Prefeituras, Governos Estaduais e do Distrito Federal, Concessionárias Estaduais e Municipais de Saneamento e Órgãos Autônomos Municipais. Projeto / Obras e Serviços. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -244Instituição MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA Programa Finalidade LIXO E CIDADANIA A retirada de crianças e adolescentes dos lixões, onde trabalham diretamente na catação ou acompanham seus familiares nesta atividade. PROSAB - Programa de Pesquisa em Saneamento Básico. Visa promover e apoiar o desenvolvimento de pesquisas na área de saneamento ambiental. Beneficiário Origem dos Recursos Itens Financiáveis Municípios em todo o território nacional. Fundo perdido. Melhoria da qualidade de vida. Comunidade acadêmica e científica de todo o território nacional. FINEP, CNPQ, Caixa Econômica Federal, CAPES e Ministério da Ciência e Tecnologia. Pesquisas relacionadas a: águas de abastecimento, águas residuárias, resíduos sólidos (aproveitamento de lodo). Nota 1 - Atualmente, a origem dos recursos é a compensação financeira pelo aproveitamento hidroenergético no território do estado. 10.5 DESCRIÇÃO RESUMIDA DE ALGUNS PROGRAMAS DE FINANCIAMENTOS GRANDE INTERESSE PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PMSB DE A seguir, encontram-se descritos, de forma resumida, alguns programas de grande interesse para implementação do PMSB, em nível federal e estadual. No âmbito Federal: PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS Entre os programas instituídos pelo governo federal, o Programa Saneamento para Todos constitui-se no principal programa destinado ao setor de saneamento básico, pois contempla todos os prestadores de serviços de saneamento, públicos e privados. Visa a financiar empreendimentos com recursos oriundos do FGTS (onerosos) e da contrapartida do solicitante. Deverá ser habilitado pelo Ministério das Cidades e é gerenciado pela Caixa Econômica Federal. Possui as seguintes modalidades: Abastecimento de Água – destina-se à promoção de ações que visem ao aumento da cobertura ou da capacidade de produção do sistema de abastecimento de água; Esgotamento Sanitário – destina-se à promoção de ações para aumento da cobertura dos sistemas de esgotamento sanitário ou da capacidade de tratamento e destinação final adequada dos efluentes; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -245 Saneamento Integrado – destina-se à promoção de ações integradas em áreas ocupadas por população de baixa renda. Abrange o abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, além de ações relativas ao trabalho socioambiental nas áreas de educação ambiental, além da promoção da participação comunitária e, quando for o caso, ao trabalho social destinado à inclusão social de catadores e aproveitamento econômico do material reciclável, visando à sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos empreendimentos. Desenvolvimento Institucional – destina-se à promoção de ações articuladas, viando ao aumento de eficiência dos prestadores de serviços públicos. Nos casos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, visa à promoção de melhorias operacionais, incluindo a reabilitação e recuperação de instalações e redes existentes, redução de custos e de perdas; no caso da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, visa à promoção de melhorias operacionais, incluindo a reabilitação e recuperação de instalações existentes. Manejo de Resíduos Sólidos e de Águas Pluviais – no caso dos resíduos sólidos, destina-se à promoção de ações com vistas ao aumento da cobertura dos serviços (coleta, transporte, tratamento e disposição dos resíduos domiciliares e provenientes dos serviços de saúde, varrição, capina, poda, etc.); no caso das águas pluviais, promoção de ações de prevenção e controle de enchentes, inundações e de seus danos nas áreas urbanas. Outras modalidades incluem o manejo dos resíduos da construção e demolição, a preservação e recuperação de mananciais e o financiamento de estudos e projetos, inclusive os planos municipais e regionais de saneamento básico. As condições gerais de concessão do financiamento são as seguintes: em operações com o setor público a contrapartida mínima de 5% do valor do investimento, com exceção na modalidade abastecimento de água, que é de 10%; com o setor privado é de 20%; os juros são de 6%, exceto para a modalidade Saneamento Integrado, que é de 5%; a remuneração da CEF é de 2% sobre o saldo devedor e a taxa de risco de crédito limitada a 1%, conforme a análise cadastral do solicitante. PROGRAMA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS (AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS – ANA) Esse programa integra projetos e atividades que objetivam a recuperação e preservação da qualidade e quantidade de recursos hídricos das bacias hidrográficas. O programa, que tem gestão da ANA – Agência Nacional de Águas, é operado com recursos do Orçamento Geral da União (não oneroso-repasse do OGU). Deve ser verificada a adequabilidade da Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -246contrapartida oferecida aos porcentuais definidos pela ANA em conformidade com as Leis das Diretrizes Orçamentárias (LDO). As modalidades abrangidas por esse programa são as seguintes: Despoluição de Corpos D’Água Sistema de transporte e disposição final adequada de esgotos sanitários; Desassoreamento e controle da erosão; Contenção de encostas; Recomposição da vegetação ciliar. Recuperação e Preservação de Nascentes, Mananciais e Cursos D’Água em Áreas Urbanas Desassoreamento e controle de erosão; Contenção de encostas; Remanejamento/reassentamento da população; Uso e ocupação do solo para preservação de mananciais; Implantação de parques para controle de erosão e preservação de mananciais; Recomposição da rede de drenagem; Recomposição de vegetação ciliar; Aquisição de equipamentos e outros bens. Prevenção dos Impactos das Secas e Enchentes Desassoreamento e controle de enchentes; Drenagem urbana; Urbanização para controle de cheias, erosões e deslizamentos; Recomposição de vegetação ciliar; Obras para preservação ou minimização dos efeitos da seca; Sistemas simplificados de abastecimento de água; Barragens subterrâneas. No âmbito Estadual: O Programa REÁGUA (Programa Estadual de Apoio à Recuperação das Águas) está sendo implementado no âmbito da SSRH-SP e tem como objetivo o apoio a ações de saneamento básico para ampliação da disponibilidade hídrica onde há maior escassez hídrica. As ações Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -247selecionadas referem-se ao controle e redução de perdas, uso racional de água em escolas, reuso de efluentes tratados e coleta, transporte e tratamento de esgotos. As áreas de atuação são as UGRHIs Piracicaba/Capivari/Jundiaí, Sapucaí/Grande, Mogi Guaçu e Tietê/Sorocaba. A contratação de ações a serem empreendidas no âmbito do Programa REÁGUA estará condicionada a um processo de seleção pública coordenado pela Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos - SSRH. O Edital contendo o regulamento que estabelece as condições para apresentação de projetos pelos prestadores de serviço de saneamento, elegíveis para financiamento pelo REÁGUA, orienta os proponentes quanto aos procedimentos e critérios estabelecidos para esse processo de habilitação, hierarquização e seleção. Esses critérios são claros, objetivos e vinculados a resultados que: (i) permitam elevar a disponibilidade ou a qualidade de recursos hídricos; e, (ii) contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários diretos. O Programa funciona com estímulo financeiro não reembolsável, para autarquias ou empresas públicas, mediante a verificação de resultados. PROGRAMAS DO FEHIDRO Para conhecimento de todas as ações e programas financiáveis pelo FEHIDRO, deve-se consultar o Manual de Procedimentos Operacionais para Investimento, editado pelo COFEHIDRO – Conselho de Orientação do Fundo Estadual dos Recursos Hídricos – dezembro/2010. Os beneficiários dos recursos disponibilizados pelo FEHIDRO são as pessoas jurídicas de direito público da administração direta e indireta do Estado ou municípios, concessionárias de serviços públicos nos campos de saneamento, meio ambiente e de aproveitamento múltiplo de recursos hídricos; consórcios intermunicipais, associações de usuários de recursos hídricos, universidades, instituições de ensino superior, etc. Os recursos do FEHIDRO destinam-se a financiamentos (reembolsáveis ou a fundo perdido), de projetos, serviços e obras que se enquadrem no Plano Estadual de Recursos Hídricos. A contrapartida mínima é variável conforme a população do município. Os encargos, no caso de recursos onerosos (reembolsáveis), são de 2,5% a.a. para pessoas jurídicas de direito público, da administração direta ou indireta do Estado e dos Municípios e consórcios intermunicipais, e de 6,0% a.a. para concessionárias de serviços públicos. As linhas temáticas para financiamento são as seguintes: ♦ Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos; ♦ Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -248♦ Prevenção contra Eventos Extremos. Na linha temática de Proteção, Conservação e Recuperação dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos, encontram-se indicados os seguintes empreendimentos financiáveis, entre outros: estudos, projetos e obras para todos os componentes sistemas de abastecimento de água, incluindo as comunidades isoladas; idem para todos os componentes de sistemas de esgotos sanitários; elaboração do plano e projeto do controle de perdas e diagnóstico da situação; implantação do sistema de controle de perdas; aquisição e instalação de hidrômetros residenciais e macromedidores; instalação do sistema redutor de pressão; serviços e obras de setorização; reabilitação de redes de água; pesquisa de vazamentos, pitometria e eliminação de vazamentos; tratamento e disposição de lodo de ETA e ETE; estudos, projetos e instalações de adequação de coleta e disposição final de resíduos sólidos, que comprovadamente comprometam a qualidade dos recursos hídricos; coleta, transporte e tratamento de efluentes dos sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos (chorume). PROGRAMA SANEBASE – Apoio aos Municípios para Ampliação e melhorias de Sistemas de Águas e Esgoto Este programa, instituído pelo Decreto nº 41.929, de 8-7-1997 e alterado pelo Decreto nº 52.336, de 7-11-2007, tem por objetivo geral transferir recursos financeiros do Tesouro do Estado, a fundo perdido, para a execução de obras e/ou serviços de saneamento básico, mediante convênios firmados entre o Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos tendo a SABESP, na qualidade de Órgão Técnico do Programa, através da Superintendência de Gestão e Desenvolvimento Operacional de Sistemas Regionais e os municípios paulistas cujos sistemas de água e esgoto, são operados diretamente pela Prefeitura Municipal ou por intermédio de autarquias municipais (serviços autônomos). Visa à ampliação dos níveis de atendimento dos municípios para a implantação, reforma adequação e expansão dos sistemas de abastecimento de água e esgotos sanitários, com vistas à universalização desses serviços. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -24910.6 INSTITUIÇÕES COM FINANCIAMENTOS ONEROSOS Outas alternativas possíveis, dentre as instituições com financiamentos onerosos, podem ser citadas as seguintes: BNDES/FINEM O BNDES poderá financiar os projetos de saneamento, incluindo: ♦ abastecimento de água; ♦ esgotamento sanitário; ♦ efluentes e resíduos industriais; ♦ resíduos sólidos; ♦ gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, bacias hidrográficas); ♦ recuperação de áreas ambientalmente degradadas; ♦ desenvolvimento institucional; ♦ despoluição de bacias, em regiões onde já estejam constituídos Comitês; ♦ macrodrenagem. Os principais clientes do Banco nesses empreendimentos são os Estados, Municípios e entes da Administração Pública Indireta de todas as esferas federativas, inclusive consórcios públicos. A linha de financiamento Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos baseia-se nas diretrizes do produto BNDES FINEM, com algumas condições específicas, descritas no Quadro 10.2 a seguir: QUADRO 10.2 – TAXA DE J UROS Apoio Direto: (operação feita diretamente com o BNDES) Apoio Indireto: (operação feita por meio de instituição financeira credenciada) Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Risco de Crédito Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES + Taxa de Intermediação Financeira + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada ♦ Custo Financeiro: TJLP. Atualmente em 6% ao ano. ♦ Remuneração Básica do BNDES: 0,9% a.a.. ♦ Taxa de Risco de Crédito: até 4,18% a.a., conforme o risco de crédito do cliente, sendo 1,0% a.a. para a administração pública direta dos Estados e Municípios. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -250♦ Taxa de Intermediação Financeira: 0,5% a.a. somente para médias e grandes empresas; Municípios estão isentos da taxa. ♦ Remuneração: Remuneração da Instituição Financeira Credenciada será negociada entre a instituição financeira credenciada e o cliente. ♦ Participação: A participação máxima do BNDES no financiamento não deverá ultrapassar a 80% dos itens financiáveis, no entanto, esse limite pode ser aumentado para empreendimentos localizados nos municípios beneficiados pela Política de Dinamização Regional (PDR). ♦ Prazo: O prazo total de financiamento será determinado em função da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa e do grupo econômico. ♦ Garantias: Para apoio direto serão aquelas definidas na análise da operação; para apoio indireto serão negociadas entre a instituição financeira credenciada e o cliente. Para a solicitação de empréstimo junto ao BNDES, faz-se necessária a apresentação de um modelo de avaliação econômica do empreendimento. O proponente, na apresentação dos estudos e projetos e no encaminhamento das solicitações de financiamento referentes à implantação e ampliação de sistemas, deve apresentar a Avaliação Econômica do correspondente empreendimento. Esta deverá incluir os critérios e rotinas para obtenção dos resultados econômicos, tais como cálculo da tarifa média, despesas com energia, pessoal, etc. As informações devem constar em um capítulo do relatório da avaliação socioeconômica, onde serão apresentadas as informações de: nome (estado, cidade, título do projeto); descrição do projeto; custo a preços constantes (investimento inicial, complementares em ampliações e em reformas e reabilitações); valores de despesas de explorações incrementais; receitas operacionais e indiretas; volume consumido incremental e população servida incremental. Na análise, serão selecionados os seguintes índices econômicos: população anual servida equivalente, investimento, custo, custo incremental médio de longo prazo - CIM e tarifa média atual. Também deverá ser realizada uma caracterização do município, com breve histórico, dados geográficos e demográficos, dados relativos à distribuição espacial da população (atual e tendências), uso e ocupação do solo, sistema de transporte e trânsito, sistema de saneamento básico e dados econômico-financeiros do município. Quanto ao projeto, deverão ser definidos seus objetivos e metas a serem atingidas. Deverá ser explicitada a fundamentação e justificativas para a realização do projeto, principais ganhos a serem obtidos com sua realização do número de pessoas a serem beneficiadas. Banco Mundial A busca de financiamentos e convênios via Banco Mundial deve ser uma alternativa interessante para a viabilização das ações. A entidade é a maior fonte mundial de Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -251assistência para o desenvolvimento, sendo que disponibiliza cerca de US$30 bilhões anuais em empréstimos para os seus países clientes. O Banco Mundial levanta dinheiro para os seus programas de desenvolvimento recorrendo aos mercados internacionais de capital e junto aos governos dos países ricos. A postulação de um projeto junto ao Banco Mundial deve ocorrer através da SEAIN (Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento). Os órgãos públicos postulantes elaboram carta consulta à Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX/SEAIN), que publica sua resolução no Diário Oficial da União. É feita então uma consulta ao Banco Mundial e o detalhamento do projeto é desenvolvido conjuntamente. A Procuradoria Geral da Fazenda Federal e a Secretaria do Tesouro Nacional então analisam o financiamento sob diversos critérios, como limites de endividamento, e concedem ou não a autorização para contraí-lo. No caso de estados e municípios, é necessária a concessão de aval da União. Após essa fase, é enviada uma solicitação ao Senado Federal, e é feito o credenciamento da operação junto ao Banco Central - FIRCE - Departamento de Capitais Estrangeiros. O Acordo Final é elaborado em negociação com o Banco Mundial, e é enviada carta de exposição de motivos ao Presidente da República sobre o financiamento. Após a aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE), o projeto é publicado e são determinadas as suas condições de efetividade. Finalmente, o financiamento é assinado entre representantes do mutuário e do Banco Mundial. O BANCO tem exigido que tais projetos sigam rigorosamente critérios ambientais e que contemplem a Educação Ambiental do público beneficiário dos projetos financiados. BID - PROCIDADES O PROCIDADES é um mecanismo de crédito destinado a promover a melhoria da qualidade de vida da população nos municípios brasileiros de pequeno e médio porte. A iniciativa é executada por meio de operações individuais financiadas pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). O PROCIDADES financia ações de investimentos municipais em infraestrutura básica e social incluindo: desenvolvimento urbano integrado, transporte, sistema viário, saneamento, desenvolvimento social, gestão ambiental, fortalecimento institucional, entre outras. Para serem elegíveis, os projetos devem fazer parte de um plano de desenvolvimento municipal que leva em conta as prioridades gerais e concentra-se em setores com maior impacto econômico e social, com enfoque principal em populações de baixa renda. O PROCIDADES concentra o apoio do BID no plano municipal e simplifica os procedimentos de preparação e aprovação de projetos mediante a descentralização das operações. Uma equipe com especialistas, consultores e assistentes atua na representação do Banco no Brasil (CSC/CBR) para manter um estreito relacionamento com os municípios. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -252O programa financia investimentos em desenvolvimento urbano integrado com uma abordagem multissetorial, concentrada e coordenada geograficamente, incluindo as seguintes modalidades: melhoria de bairros, recuperação urbana e renovação e consolidação urbana. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -25311. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS O presente capítulo tem como foco principal a apresentação dos mecanismos e procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações programadas pelos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico (PMSB). Para tanto, a referência será uma metodologia definida como Marco Lógico, aplicada por organismos externos de fomento, como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que associam os objetivos, metas e respectivos indicadores e os cronogramas de implementação com as correspondentes entidades responsáveis pela implementação e pela avaliação de programas e projetos. Portanto, os procedimentos que serão propostos estarão vinculados não somente às entidades responsáveis pela implementação, como também àquelas que deverão analisar indicadores de resultados, em termos de eficiência e eficácia. Quanto ao detalhamento final, a aplicação efetiva da metodologia somente será possível durante a implementação de cada PMSB, com suas ações e intervenções previstas e organizadas em componentes que serão empreendidos por determinadas entidades. Com tais definições, será então possível elaborar o mencionado Marco Lógico, que deve apresentar uma Matriz que sintetize a conexão entre o objetivo geral e os específicos, associados a indicadores e produtos, intermediários e finais, que devem ser alcançados ao longo do Plano, em cada período de sua implementação. Estes indicadores de produtos devem ser dispostos a partir da escala de macrorresultados, descendo ao detalhe de cada componente, programas e projetos de ações específicas, de modo a facilitar o monitoramento e a avaliação periódica da execução e de resultados previstos pelos PMSBs. Portanto, ao fim e ao cabo, o Marco Lógico deverá gerar uma relação entre os indicadores de resultados, seus percentuais de atendimento em cada período dos Planos e, ainda, a menção dos órgãos responsáveis pela mensuração periódica desses dados, tal como consta na Matriz do Marco Lógico, que segue. QUADRO 11.1 – MATRIZ DO MARCO LÓGICO DOS P MS B Objetivos Específicos e Respectivos Componentes dos PMSBs Programas Subprogramas = Frentes de Trabalho, com Principais Ações e Intervenções Propostas Prazos Estimados, Produtos Parciais e Finais Entidades Responsáveis pela Execução e pelo Monitoramento Continuado Em termos dos encargos e funções, é importante perceber que os atores intervenientes no processo de implementação dos PMSB apresentam diferentes atribuições, segundo as componentes, o cronograma geral e os resultados – locais e regionais – que traduzem a performance global dos planos integrados, no âmbito de cada município. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -254Como referência metodológica, o Quadro 11.1 e o Quadro 11.2, relativos aos serviços de água e esgotos, apresentam uma listagem inicial dos componentes principais envolvidos na administração dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma recomendação preliminar a respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores para monitoramento. Deve-se ressaltar que os itens de acompanhamento (IA) estão referidos aos procedimentos de execução e aprovação dos projetos e implantação das obras, bem como aos procedimentos operacionais e de manutenção, que podem indicar a necessidade de medidas corretivas e de otimização, tanto em termos de prestação adequada dos serviços, quanto em termos da sustentabilidade econômico-financeira do empreendimento. Os indicadores de monitoramento espelharão a consecução das metas estabelecidas no PMSB em termos de cobertura e qualidade (indicadores primários), bem como em relação às avaliações esporádicas em relação a alguns resultados de interesse (indicadores complementares). QUADRO 11.2 – LIS TAGEM DAS COMP ONENTES P RINCIP AIS , ATORES , ATIVIDADES E ITENS DE ACOMP ANHAMENTO P ARA MONITORAMENTO DOS S ERVIÇOS DE ÁGUA E ES GOTOS DOS P MS BS Componentes PrincipaisIntervenção/Operação Atores Previstos Atividades Principais • • Construção e/ou ampliação da infraestrutura dos sistemas de água e esgotos Empresas contratadas Operadores de sistemas Órgãos de meio ambiente Entidades das Prefeituras Municipais • a elaboração dos projetos executivos a elaboração dos relatórios para licenciamento ambiental a construção da infraestrutura dos sistemas, conforme cronograma de obras. Itens de Acompanhamento (IA) • a aprovação dos projetos em órgãos competentes • a obtenção da licença prévia, de instalação e operação. • a implantação das obras previstas no cronograma, para cada etapa da construção/ampliação, como extensão da rede de distribuição e de coleta, ETAs, ETEs e outras a implantação dos equipamentos em unidades dos sistemas, para cada etapa da construção/ampliação a fiscalização e acompanhamento das manutenções efetuadas em equipamentos principais dos sistemas, evitando-se descontinuidades de operação. a viabilização econômico-financeira do empreendimento, tendo como resultado tarifas médias adequadas e despesas de operação por m³ faturado (água+esgoto) compatíveis com a sustentabilidade dos sistemas. o pronto restabelecimento no caso de interrupções no tratamento e fornecimento de água e interrupções na coleta e tratamento de esgotos • • a instalação de equipamentos • a prestação adequada e contínua dos serviços • • Operação e Manutenção dos serviços de água e esgotos SAAEs Concessionária estadual Operadores privados • a viabilização do empreendimento em relação aos serviços prestados • o pronto restabelecimento dos serviços de O&M • Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -255QUADRO 11.3 – LIS TAGEM DAS COMP ONENTES P RINCIP AIS , ATORES , OBJ ETIVOS E INDICADORES P ARA MONITORAMENTO DOS S ERVIÇOS DE ÁGUA E ES GOTOS DOS P MS BS Componentes PrincipaisMonitoramento Atores Previstos Objetivos Principais • • Monitoramento e ações para regulação dos serviços prestados ARSESP Agências reguladoras locais Secretaria de Saúde • a verificação e o acompanhamento da prestação adequada dos serviços a verificação e o acompanhamento das tarifas de água e esgotos, em níveis justificados a verificação e o acompanhamento dos avanços na eficiência dos sistemas de água e esgotos Indicadores para Monitoramento (IM) a.1) monitoramento contínuo dos seguintes indicadores primários: o cobertura do serviço de água; o qualidade da água distribuída; o controle de perdas de água; o cobertura de coleta de esgotos; o cobertura do tratamento de esgotos; o qualidade do esgoto tratado. a.2) monitoramento ocasional dos seguintes indicadores complementares : o interrupções no tratamento e no fornecimento de água; o interrupções do tratamento de esgotos; o índice de perdas de faturamento de água; o despesas de exploração dos serviços por m³ faturado (água+esgoto); o índice de hidrometração; o extensão de rede de água por ligação; o extensão de rede de esgotos por ligação; o grau de endividamento da empresa. A respeito do Quadro 11.1 e do Quadro 11.2, cabe destacar que: ♦ os itens de acompanhamento relativos à elaboração de projetos e obras dizem respeito essencialmente à execução dos PMSB, portanto, com objetivos e metas limitados ao cronograma de execução, até a entrada em operação de unidades dos sistemas de água e esgotos; englobam, também, intervenções posteriores, de acordo com o planejamento de implantações ao longo de operação dos sistemas; ♦ os itens de acompanhamento relativos à operação e manutenção do sistemas e os procedimentos de regulação dos serviços prestados baseados nos indicadores principais e complementares devem ser conjuntamente monitorados entre os operadores de sistemas de água e esgotos e as respectivas agências reguladoras, com participação obrigatória de entidades ligadas às PMs, que devem elevar seus níveis de acompanhamento e intervenção, para que objetivos e metas de seus interesses sejam atendidos; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -256♦ os objetivos, metas e indicadores concernentes à abordagem regional, portanto, com foco no Plano Regional Integrado de Saneamento Básico, devem ser encarados como uma das vertentes de ação do Plano da Bacia Hidrográfica da UGRHI 9, dentre outras que correspondem aos demais setores usuários das água; ♦ estes indicadores da escala regional devem estar articulados com o perfil das atividades e dinâmicas socioeconômicas da UGRHI 9, sendo que, em sua maioria, serão apenas recomendados, uma vez que extrapolam a abrangência dos estudos setoriais em tela. Na sequência, também como referência inicial, apresentam-se o Quadro 11.3 e o Quadro 11.4, relativos aos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos, das componentes principais envolvidas na administração dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma recomendação preliminar a respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores para monitoramento. QUADRO 11.4 – LIS TAGEM DAS COMP ONENTES P RINCIP AIS , ATORES , ATIVIDADES E ITENS DE ACOMP ANHAMENTO P ARA MONITORAMENTO DO S ERVIÇO DE LIMP EZA DOS P MS BS Componentes PrincipaisIntervenção Avanços em procedimentos e equipamentos para coleta e transporte e na implantação e/ou ampliação dos aterros sanitários para disposição final de resíduos sólidos Atores Previstos Empresas contratadas Operadores de sistemas Órgãos de meio ambiente Entidades das PMs. Atividades Principais • projetos de execução • licenciamento ambiental ampliação e/ou construção de nova infraestrutura de aterros sanitários, de inertes e de central de tratamento de resíduos de saúde • • aquisição e instalação de equipamentos Itens de Acompanhamento (IA) • aprovação dos projetos pelas PMs e pela SSRH • licença prévia e de instalação • implantação das unidades/centrais previstas, para cada etapa, atendendo ao cronograma do Plano • a aquisição de caminhões, tratores e equipamentos necessários para cada uma das unidades/centrais previstas Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -257QUADRO 11.5 – LIS TAGEM DAS COMP ONENTES P RINCIP AIS , ATORES , OBJ ETIVOS E INDICADORES P ARA MONITORAMENTO DOS S ERVIÇOS DE LIMP EZA DOS P MS BS Componentes PrincipaisMonitoramento Atores Previstos Indicadores para Monitoramento (IM) Objetivos Principais • • Monitoramento e ações para regulação dos serviços prestados Departamentos de Secretarias Municipais Operadores dos sistemas de limpeza locais Operadores das unidades de disposição final Eventuais agências reguladoras • • • • prestação adequada dos serviços viabilidade na prestação dos serviços O&M regular planejamento e avanços na eficiência e eficácia dos serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos • • • • • • • indicador do serviço de varrição das vias e calçadas indicador do serviço de coleta regular indicador da destinação final dos resíduos sólidos indicador de saturação do tratamento e disposição final de resíduos sólidos indicadores dos serviços de coleta seletiva indicadores do reaproveitamento dos resíduos sólidos domésticos indicadores do manejo e destinação dos resíduos sólidos de serviços de saúde indicador de reaproveitamento dos resíduos sólidos inertes Indicador da destinação final dos resíduos sólidos inertes Por fim, o Quadro 11.5 trata das ações de micro e macrodrenagem apresentando a prélistagem geral com as etapas e funções dos atores envolvidos aos PMSBs e a recomendação preliminar do perfil dos indicadores a serem monitorados. QUADRO 11.6 – LIS TAGEM DAS COMP ONENTES P RINCIP AIS , ATORES , OBJ ETIVOS E INDICADORES P ARA MONITORAMENTO DOS S ERVIÇOS DE DRENAGEM DOS PMS BS Componentes Principais Atores Previstos Avanços na microdrenagem em pontos de alagamento e na infraestrutura regional para macrodrenagem e controle de cheias Empresas contratadas Entidades das PMs Órgãos de meio ambiente DAEE/SSRH Atividades e Objetivos Específicos • projetos de execução • licenciamento ambiental adequação e/ou novas infraestruturas em pontos de micro e de macrodrenagem • • Planejamento urbano, monitoramento e avanços na infraestrutura de micro e de macrodrenagem Departamentos de Secretarias Municipais de Obras e de Planejamento DAEE/SSRH • redução do número de pontos e recorrência de alagamentos nas áreas urbanas instalação e operação adequada de obras para macrodrenagem e controle de cheias Itens de Acompanhamento e Indicadores • Serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos • licença prévia e de instalação indicadores para cada etapa de ajuste/construção das infraestruturas de micro e macrodrenagem Microdrenagem: o padrões de projeto viário e de drenagem pluvial; o extensão de galerias e número de bocas de lobo limpas em relação ao total; o monitoramento de chuva, níveis de impermeabilização do solo e registro de incidentes em microdrenagem; o estrutura para inspeção e manutenção de sistemas de microdrenagem. • Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -258Continuação. QUADRO 11.7 – LIS TAGEM DAS COMP ONENTES P RINCIP AIS , ATORES , OBJ ETIVOS E INDICADORES P ARA MONITORAMENTO DOS S ERVIÇOS DE DRENAGEM DOS PMS BS Componentes Principais Atores Previstos Atividades e Objetivos Específicos Itens de Acompanhamento e Indicadores • • Planejamento urbano, monitoramento e avanços na infraestrutura de micro e de macrodrenagem Departamentos de Secretarias Municipais de Obras e de Planejamento DAEE/SSRH • redução do número de pontos e recorrência de alagamentos nas áreas urbanas instalação e operação adequada de obras para macrodrenagem e controle de cheias Macrodrenagem: o existência de plano diretor de drenagem, com tópico sobre uso e ocupação do solo; o monitoramento de cursos d’água (nível e vazão) e registro de incidentes associados à macrodrenagem; o número de córregos operados e dragados e de barragens operadas para contenção de cheias; o modelos de simulação hidrológica e de vazões em cursos d’água. O conjunto de indicadores propostos para a etapa de monitoramento demanda maior presença de entidades vinculadas às PMs, em articulação com o DAEE/SSRH. No que concerne a dados e informações relativas ao conjunto dos segmentos do setor de saneamento – água e esgotos, resíduos sólidos e drenagem – bem como, a outras variáveis indicadas, que dizem respeito aos recursos hídricos e ao meio ambiente, um dos mais significativos avanços a serem considerados será a implementação de um Sistema de Informação Georreferenciada (SIG). Por certo, o SIG a ser instalado para a UGRHI 9 apresentará importantes rebatimentos sobre os procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações programadas pelos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico. Sob tal objetivo, cabe lembrar que o próprio Governo do Estado já detém sistemas de informações sobre meio ambiente, recursos hídricos e saneamento, que se articulam com sistemas de cunho nacional, tendo como boas referências: ♦ o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), sob a responsabilidade do Ministério das Cidades; ♦ o Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos (SNIRH), operado pela Agência Nacional de Águas (ANA). Por conseguinte, a demanda será para o desenvolvimento de escalas regionais dos sistemas de informação que foram desenvolvidos pelo Governo do Estado de São Paulo, de modo que haja mútua cooperação e convergência entre dados gerais e específicos a cada UGRHI, organizados para os diferentes setores de saneamento, dos recursos hídricos e ao meio ambiente. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -259Por fim, para a aplicação dos mecanismos e procedimentos propostos com vistas às avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico, devem-se buscar as mútuas articulações interinstitucionais e coerências entre objetivos, metas e indicadores, tal como consta, em síntese, na Figura 11.1. Prefeituras Municipais e respectivos Departamento e Serviços a elas vinculados Indicadores Executivos e Operacionais Objetivos e Metas ARSESP ou Agências Reguladoras Locais SIGRH/SP e instâncias do Comitê e de sua Fundação Agência de Bacia - gerais e específicas – mutuamente coerentes Indicadores Regulatórios Indicadores de cunho Regional Figura 11.1 – Articulações entre Instituições, Objetivos e Metas e respectivos Indicadores Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -26012. DIRETRIZES PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS RELATIVAS AO PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 12.1 DIRETRIZES GERAIS PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS PARA PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO De modo coerente com as propostas que foram dispostas anteriormente, torna-se evidente a importância de que os municípios passem a assumir encargos de planejamento, regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, sobretudo, para conferir maior prioridade às suas atribuições constitucionais como titulares desses serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem. Devem ser previstas diretrizes gerais para a institucionalização de normas municipais relativas ao planejamento, regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico. Na etapa de planejamento, a primeira a ser cumprida, a diretriz em escala regional é que as prefeituras municipais definam seus interesses, objetivos e metas relacionadas às características de cada cidade e de seus distritos, para fins do desenvolvimento dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico (PMSBs). Com efeito, ao longo do processo de elaboração dos PMSBs, foram realizadas diversas reuniões, envolvendo os chamados Grupos Executivos Locais (GELs) de todos os municípios da UGRHI 9, também contando com a presença de profissionais da SSRH. Dentre os resultados de tais reuniões, foram anotadas diretrizes a serem atendidas pelos PMSBs, uma vez que o planejamento dos sistemas de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem deve apresentar coerência com o planejamento geral dos municípios, notadamente em termos de uso e ocupação do solo, áreas de expansão e níveis de densidade urbana, dentre outras variáveis, como o local para disposição final de resíduos sólidos. Uma vez implantados os PMSBs, a etapa seguinte diz respeito à entrada em operação dos sistemas de saneamento, o que demanda o acompanhamento e o monitoramento continuado de metas e respectivos indicadores que foram traçados quando do planejamento, ou seja, trata-se da etapa de regulação e fiscalização da prestação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem. Como diretriz, cabe destacar que estes encargos não devem ficar somente sob a responsabilidade de uma agência reguladora, a exemplo da ARES-PCJ. Ao contrário, visões e interesses da ordem de cada município devem ser explicitados e inseridos nos convênios de prestação de serviços regulatórios que a Agência Reguladora deverá empreender. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -261Em outras palavras, não obstante a elevada competência e formação da Agência Reguladora quanto aos encargos regulatórios na prestação de serviços de água e esgotos, o município deve posicionar-se sobre aspectos prioritários e abordagens próprias a seus interesses específicos. De fato, haverá abordagens distintas e legítimas entre o responsável pela operação dos sistemas, quando do estabelecimento de metas e respectivos indicadores. Trata-se, portanto, de um continuado processo de negociação e ponderação, para que ocorram avanços factíveis sob a ótica dos municípios, de um lado, em termos executivos, de O&M, de expansão e de modernização dos sistemas, e de outro, sob a regulação, fiscalização e bom atendimento aos consumidores. Um bom exemplo a respeito são os níveis tarifários. Para expansão de sistemas são demandados faturamentos com valores excedentes (reserva de lucros) que propiciem novos investimentos, contudo, dentro de limites aceitáveis pelos consumidores. Isso significa que sempre haverá um processo de análise e negociação entre os operadores de serviços e as agências reguladoras, sejam locais ou da esfera estadual. Sob tais diretrizes, quer sejam para planejamento ou para regulação e fiscalização, para que ocorra uma consistente institucionalização de normas municipais, deverão ser oportunamente investigados os seguintes diplomas legais vigentes: ♦ no caso de departamentos responsáveis pela operação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem, a legislação municipal que estabeleceu as respectivas atribuições e competências, incluindo a devida regulamentação mediante decretos municipais, normas e resoluções das secretarias às quais estejam vinculados; ♦ no caso de autarquias, empresas públicas ou de economia mista que operam os sistemas de saneamento, os estatutos jurídicos que devem ser aprovados por decretos, onde constam encargos e atribuições; ♦ em relação à ARSESP, os convênios celebrados com prefeituras municipais, onde devem constar as divisões de encargos e atribuições, não somente da agência reguladora, mas também dos municípios que serão atendidos; e, ♦ para agência reguladoras locais, os estatutos jurídicos que também definem encargos e atribuições a serem prestadas às suas prefeituras municipais. Para todos os diplomas legais que foram mencionados, caberá, então, verificar se constam adequadamente e de forma consistente o atendimento às diretrizes que foram dispostas para que os municípios passem a atuar mais fortemente sobre o planejamento e sobre a regulação e fiscalização de serviços de saneamento. A propósito, sabe-se que cada caso terá sua especificidade, por conseguinte, podendo-se antecipar que haverá propostas de ajustes e/ou complementação da legislação, de estatutos e/ou de normas e resoluções vigentes, sempre sob a ótica de elevar a presença Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -262e as manifestações dos municípios junto à prestação e regulação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem. Em suma, dentre as expectativas de avanços no setor saneamento encontra-se uma maior presença dos municípios, que devem manifestar aspectos e interesses próprios, desde a primeira etapa de planejamento, notadamente quando da elaboração dos PMSBs, até assumir encargos relacionados à regulação e fiscalização dos serviços. 12.2 RECOMENDAÇÕES RELATIVAS À RELEVÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL SOBRE A POLÍTICA DE SANEAMENTO Em acréscimo à institucionalização de normas municipais para planejamento e regulamentação de serviços de saneamento, sob uma perspectiva moderna e avançada, também devem ser estruturados espaços com vistas à transparência social e vigilância a ser exercida por representantes da sociedade civil. Em outras palavras, não obstante a maior participação das prefeituras municipais, também se espera que organizações não governamentais e que os próprios consumidores manifestem seus posicionamentos sobre a prestação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem, portanto, conferindo maior governança ao setor. Para tanto, duas vertentes devem ser abordadas. Primeiro, na esfera dos serviços locais, as entidades regulatórias – seja a ARSESP ou agências locais de regulação – devem estabelecer Ouvidorias, com abertura efetiva para manifestações e consultas aos consumidores, sempre sob o objetivo de melhorias na prestação de serviços. Neste sentido, questionários regulares e periódicos podem ser organizados como um dos indicadores relacionados às metas de serviços de saneamento. Assim, pretende-se que os encargos de regulação alcancem uma ponderação equilibrada entre os três principais posicionamentos sobre o setor, a saber: (i) as intenções dos governos sob mandato, municipais e do estado; (ii) os objetivos e resultados financeiros esperados pelos prestadores de serviços – sejam públicos ou privados; e, (iii) os próprios consumidores. Contando com tais mecanismos de consulta, verifica-se um acréscimo às formas e mecanismos para a avaliação e acompanhamento da eficácia das ações programadas, ou seja, não somente a ARSESP e agências locais devem exercer a regulação, mas também o próprio município e a vigilância da sociedade civil. Como a segunda vertente, também cabe considerar espaços institucionais para a transparência e vigilância social sobre objetivos e metas coletivas – intermunicipais –, que abranjam as escalas sub-regionais e regionais. Aqui, a principal oportunidade encontra-se na representação da sociedade civil no contexto do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos – o SIGRH/SP. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -263Com efeito, nos comitês das UGRHIs há representação paritária entre o estado, municípios e atores da sociedade civil, que abrangem ONGs com atuação nas áreas do meio ambiente, recursos hídricos e saneamento e representantes dos setores usuários das águas. Assim, os objetivos e metas dos planos de bacias, que devem estar articulados de forma coerente com os PMSBs, também estarão sujeitos a manifestações e interesses por parte da sociedade civil, podendo chegar ao patamar de criação de Câmaras Técnicas no âmbito dos Comitês, fato que cabe recomendar para fins de acompanhamento e vigilância social dos Planos Municipais de Saneamento Básico. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -26413. INDICADORES DE DESEMPENHO 13.1 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Para os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, foi analisado o conjunto de 18 indicadores de regulação da ARSESP, selecionados nas categorias contratuais, operacionais, financeiras e comerciais/outras. No entanto, chegou-se à conclusão de que poderiam ser adotados, adicionalmente, outros indicadores, considerados importantes para o acompanhamento dos serviços de água e esgotos, e que era essencial o enquadramento do conjunto de novos indicadores (18 indicadores sugeridos pela ARSESP e 9 novos indicadores sugeridos) em 2 categorias, conforme descrito a seguir: Indicadores Primários Esses indicadores, considerados extremamente importantes para controle dos sistemas, foram selecionados no presente estudo como instrumentos obrigatórios para o monitoramento dos serviços de água e esgoto e foram hierarquizados dessa maneira porque demonstram, com maior clareza, a eficácia dos serviços prestados à população, tanto em relação à cobertura do fornecimento de água e à cobertura da coleta/tratamento dos esgotos, como em relação à otimização da distribuição (redução de perdas), à qualidade da água distribuída (conforme padrões sanitários adequados) e à qualidade do esgoto tratado (em atendimento à legislação vigente para lançamento em cursos d’água). Esses indicadores normalmente constam de Contratos de Programa (no caso dos serviços prestados pela SABESP), mas também podem ser aplicados aos serviços autônomos de responsabilidade das prefeituras ou mesmo de outras concessionárias. Encontram-se relacionados a seguir: cobertura do serviço de água; qualidade da água distribuída; controle de perdas de água de distribuição; cobertura do serviço de coleta dos esgotos domésticos; cobertura do serviço de tratamento de esgotos; qualidade do esgoto tratado. Nota: Esse último indicador, ainda não constante de nenhum estudo, está sendo selecionado, uma vez que é importante que os esgotos sejam tratados obedecendo-se ao padrão de emissão estabelecido no artigo 18º do Decreto Estadual 8468/76; a definição dos parâmetros a serem considerados (a princípio, pH, resíduo sedimentável e DBO5) está em estudos, com metodologia semelhante à formulação considerada para obtenção do índice de qualidade da água tratada). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -265 Indicadores Complementares Esses indicadores são considerados de utilização facultativa, mas, como recomendação, podem ser adotados pelos operadores dos sistemas para um controle mais abrangente dos serviços, uma vez que englobam os segmentos operacional, financeiro, comercial, etc. São indicadores de natureza informativa e comparativa, sem que estejam ligados diretamente às eficiências de cobertura e qualidade da água e do esgoto tratado, mas que podem demonstrar aos operadores resultados eficazes e/ou ineficazes quando analisados à luz dos padrões considerados adequados ou mesmo quando comparados com outros sistemas em operação. Podem influenciar ou direcionar novas ações e procedimentos corretivos, visando, gradativamente, à otimização dos resultados obtidos. Nessa categoria de indicadores complementares selecionados os seguintes indicadores: (utilização interrupções de tratamento de água; interrupções do tratamento de esgotos; índice de perdas de faturamento de água; despesas de exploração por m³ faturado (água+esgoto); índice de hidrometração; extensão de rede de água por ligação; extensão de rede de esgotos por ligação; grau de endividamento. facultativa), foram No Quadro 13.1 encontram-se apresentados os indicadores selecionados, com explicitação das unidades, definições e variáveis envolvidas. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -266QUADRO 13.1 – INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº NOME DO INDICADOR UNIDADE DEFINIÇÃO % (Quantidade de economias residenciais ativas ligadas nos sistemas de abastecimento de água + quantidade de economias residenciais com disponibilidade de abastecimento de água) * 100 / domicílios totais, projeção Fundação Seade, excluídos os locais em que o operador está impedido de prestar o serviço, ou áreas de obrigação de implantar infraestrutura de terceiros. PERIODICIDADE VARIÁVEIS 1-INDICADORES PRIMÁRIOS 1.1 1.2 1.3 1.4 Cobertura do Serviço de Água Qualidade da Água Distribuída Controle de Perdas Cobertura do Serviço de Esgotos Sanitários % Quantidade de economias residenciais ativas de água e quantidade de economias residenciais com disponibilidade de água * 100 / quantidade de domicílios urbanos * (100 - percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de água + percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de água). Fórmula que considera os resultados das análises de coliformes totais, cloro, turbidez, pH, flúor, cor, THM, ferro e alumínio. Anual Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Água Quantidade de Economias Residenciais com Disponibilidade de Água; Quantidade de Domicílios Totais Quantidade de Domicílios em locais em que o operador está impedido de prestar serviços Quantidade de Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar infraestrutura Quantidade de Domicílios urbanos; Percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de água; e Percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de água. Mensal Valor do IDQAd Volume de Água Produzido (anual móvel); Volume de Água Tratada Importado (anual móvel); L* ligação/ Dia [Volume de água (produzido + tratado importado (volume entregue)- de serviço) anual - volume de água consumo - volume de água exportado]/ quantidade de ligações ativas de água Mensal % (Quantidade de economias residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos + Quantidade de economias residenciais com disponibilidade de sistema de coleta de esgotos inativas ou sem ligação) * 100 / domicílios totais, projeção Fundação Seade, excluídos os locais em que o operador está impedido de prestar serviços, ou áreas de obrigação de implantar infraestrutura de terceiros Anual Volume de Água de Serviço (anual móvel); Volume de Água consumido (anual móvel)l Volume de Água tratada Exportado (anual móvel); Quantidade de Ligações Ativas de Água (média anual móvel). Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto Quantidade de economias residenciais com disponibilidade de esgoto; Quantidade de domicílios totais; Domicílios em locais em que o operador está impedido de prestar serviços Domicílios em áreas de obrigação de terceiros implantar infraestrutura Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -267Continuação. QUADRO 13.1 – INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº NOME DO INDICADOR 1.4 (cont) Cobertura do Serviço de Esgotos Sanitários UNIDADE % DEFINIÇÃO Quantidade de economias residenciais ativas de esgoto e quantidade de economias residenciais com disponibilidade de esgoto * 100 / quantidade de domicílios urbanos * (100 - percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de esgoto + percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de esgoto) PERIODICIDADE Anual VARIÁVEIS Quantidade de domicílios urbanos; Percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento de esgoto; e Percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento de esgoto. Quantidade de economias residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às estações de tratamento de esgotos; Quantidade de Economias Residenciais Ativas de Esgoto % Quantidade de economias residenciais ativas ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às estações de tratamento de esgotos * 100 / quantidade de economias ligadas ao sistema de coleta de esgotos Anual % Fórmula que considera os resultados das análises dos principais parâmetros indicados no artigo 18 do padrão de emissão - Decreto 8468/76 - pH, resíduo sedimentável e DB05. Mensal 2.1 Programa de Investimentos (Água) % Investimentos realizados no sistema de abastecimento de água * 100 / investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de abastecimento de água Anual 2.2 Programa de Investimentos (Esgoto) % Investimentos realizados no sistema de esgotamento sanitário * 100 / investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de esgotamento sanitário Anual % (duração das paralisações) * 100/ (24 x duração do período de referência) Mensal Duração das interrupções (duração das paralisações) * 100/ (24 x duração do período de referência) Mensal Duração das interrupções 1.5 Tratamento de Esgotos 1.6 Qualidade do Esgoto Tratado Valor do IDQEt (fórmula a ser definida) 2-INDICADORES COMPLEMENTARES-OPERACIONAIS 2.3 2.4 Interrupções de Tratamento (Água) Interrupções de Tratamento (Esgoto) % Investimentos realizados no sistema de abastecimento de água; e Investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de abastecimento de água. Investimentos realizados no sistema de esgotamento sanitário; e Investimentos previstos no contrato de programa para o sistema de esgotamento sanitário. Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -268Continuação. QUADRO 13.1 – INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº NOME DO INDICADOR 2.5 Interrupções de Fornecimento 2.6 2.7 2.8 2.9 UNIDADE % Densidade de Obstruções na Rede Coletora de Esgotos Índice de Utilização da Infraestrutura de Produção de Água Índice de Utilização da Infraestrutura de Tratamento de Esgotos Nº de desobstruções / km de rede coletora DEFINIÇÃO PERIODICIDADE Somatório para o período de referência (Quantidade de economias ativas atingidas por paralisações x duração das paralisações) * 100/ (Quantidade de economias ativas de água x 24 x duração do período de referência) Mensal Desobstruções de rede coletora realizadas / extensão da rede coletora Mensal VARIÁVEIS Quantidade de economias ativas atingidas por interrupções Duração das interrupções Desobstruções de rede coletora realizadas no mês; e Extensão da Rede de Esgoto Volume de Água Produzido % Vazão produzida * 100 / capacidade nominal da ETA % Vazão de esgoto tratado * 100 / capacidade nominal da ETE Anual Capacidade nominal da ETA. Volume de Esgoto Tratado Índice de Perda de Faturamento (água) % Volume de Águas não Faturadas / Volume Disponibilizado à Distribuição Anual anual Capacidade Nominal da ETE. Volume de Águas não Faturadas Volume Disponibilizado à Distribuição (Vol. Produz.+Vol.TratadoImport - Vol.Água de Serviço-Vol.Tratado Export.) 3-INDICADORES COMPLEMENTARES-FINANCEIROS 3.1 3.2 3.3 Despesa com Energia Elétrica por m³ (Cons. + Colet.) Despesa Exploração por m³ (Cons.+ Colet.) Despesa Exploração por m³ (faturado) (água + esgoto) R$/m³ Despesa com Energia Elétrica Volume de Água Produzido Despesa com Energia Elétrica / Volume de Água Consumido+ Volume Coletado de Esgoto Volume de Esgoto Coletado R$ / m³ Despesas de Exploração / Volume de Água Consumido + Volume de Esgoto Coletado anual Despesas de Exploração Volume de Água Consumido Volume de Esgoto Coletado R$ / m³ Despesas de Exploração / Volume de Água Faturado + Volume de Esgoto Faturado anual Despesas de Exploração Volume de Água Faturado Volume de Esgoto Faturado Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -269Continuação. QUADRO 13.1 – INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº NOME DO INDICADOR UNIDADE 3.4 Tarifa Média Praticada R$/m³ 3.5 Eficiência de Arrecadação % DEFINIÇÃO Receita Operacional Direta de Água + Receita Operacional Direta de Esgoto+ Receita Operacional Direta de Água Exportada/ Volume de Água Faturado + Volume de Esgoto Faturado Arrecadação Total / Receita Operacional Total PERIODICIDADE anual mensal VARIÁVEIS Receita Operacional Direta de Água Receita Operacional Direta de Esgoto Receita Operacional Direta de Água Exportada Volume de Água Faturado Volume de Esgoto Faturado Arrecadação Total Receita Operacional Total 4-INDICADORES COMPLEMENTARES-COMERCIAIS / OUTROS/BALANÇO 4.1 Reclamações por Economia Reclamações /economia Quantidade Total de Reclamações de Água + Quantidade Total de Reclamações de Esgoto / Quantidade de Economias Ativas de Água+ Quantidade de Economias Ativas de Esgoto mensal 4.2 Índice de Apuração de Consumo % Quantidade de Leituras com Código de Impedimento de Leitura / Quantidade Total de Leituras Efetuadas mensal 4.3 Índice de Hidrometração % Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas/ Quantidade de Ligações Ativas de Água mensal Quantidade de Ligações Ativas de Água+ Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto/ [Quantidade Total de Empregados Próprios ] + [Despesa com Serviços de Terceiros x Quantidade Total de Empregados Próprios ]/ Despesa com Pessoal Próprio anual 4.4 Ligação por Empregado Ligações / empregado equivalente 4.5 Extensão de Rede de Água por ligação m/ligação Extensão de Rede de Água/Quantidade de Ligações Totais anual 4.6 Extensão de Rede de Esgoto por ligação m/ligação Extensão de Rede de Esgoto/Quantidade de Ligações Totais anual Quantidade Total de Reclamações de Água Quantidade Total de Reclamações de Água Quantidade de Economias Ativas de Água Quantidade de Economias Ativas de Água Quantidade de Leituras com Código de Impedimento de Leitura Quantidade Total de Leituras Efetuadas Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas Quantidade de Ligações Ativas de Água Quantidade de Ligações Ativas de Água Quantidade de Ligações Ativas de Esgoto Quantidade Total de Empregados Próprios Despesa com Serviços de Terceiros Quantidade Total de Empregados Próprios Despesa com Pessoal Próprio Extensão de Rede de Água Quantidade de Ligações Totais de Água Extensão de Rede de Esgoto Quantidade de Ligações Totais de Esgoto Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -270Continuação. QUADRO 13.1 – INDICADORES DE REGULAÇÃO Nº NOME DO INDICADOR 4.7 Grau de Endividamento UNIDADE % DEFINIÇÃO Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo + Resultado de Exercícios Futuros/Ativo Total PERIODICIDADE anual VARIÁVEIS Passivo Circulante Exigível a Longo Prazo Resultado de Exercícios Futuros Ativo Total Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -27113.2 INDICADORES SELECIONADOS PARA MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E Embora os indicadores (de serviço de coleta regular, de destinação final dos RSD e de saturação do tratamento e disposição final de RSD) utilizados na composição do ISAm – Indicador de Salubridade Ambiental sejam bastante úteis, não podem ser considerados suficientes perante tamanha diversidade de aspectos e de tipos de resíduos que envolvem os serviços de limpeza pública e de manejo de resíduos sólidos. Assim, considerou-se oportuno apresentar indicadores complementares que, juntamente com os anteriores, podem expressar com maior propriedade as condições dos municípios em relação a este tema. Além disso, propõe-se que, ao invés de se usar uma média aritmética para o cálculo do Irs – Indicador de Resíduos Sólidos, seja promovida uma média ponderada dos indicadores através de pesos atribuídos de acordo com a sua importância para a comunidade, para a saúde pública e para o meio ambiente. Para a ponderação, sugere-se que sejam levados em conta os seguintes pesos relativos a cada um dos indicadores que, através de sua somatória, totalizam p = 10,0: ♦ Icr - Indicador do Serviço de Coleta Regular: ..................................................... p = 1,5 ♦ Iqr - Indicador da Destinação Final dos RSD: ..................................................... p = 2,0 ♦ Isr - Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD ............ p = 1,0 ♦ Ivm - Indicador do Serviço de Varrição das Vias: ................................................. p = 1,0 ♦ Ics - Indicador do Serviço de Coleta Seletiva: ..................................................... p = 1,0 ♦ Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD:................................................... p = 1,0 ♦ Iri - Indicador do Reaproveitamento dos RSI: .................................................... p = 0,5 ♦ Idi - Indicador da Destinação Final dos RSI: ....................................................... p = 0,5 ♦ Ids - Indicador do Manejo e Destinação dos RSS: .............................................. p = 1,5 Irs= (1,5*Icr+2,0*Iqr+1,0*Isr+1,0*Ivm+1,0*Ics+1,0*Irr+0,5*Iri+0,5*Idi+1,5*Ids)/10 Caso, para este plano, ainda não se tenham as informações necessárias para gerar alguns dos indicadores, seu peso deve ser deduzido do total para efeito do cálculo do Irs. A conceituação dos indicadores e a metodologia para a estimativa de seus valores encontram-se apresentadas na sequência. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -272Icr – Indicador de Coleta Regular Este indicador utilizado na composição do ISAm,quantifica os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério: %Dcr = (Duc/Dut) x 100 Onde: %Dcr - porcentagem de domicílios atendidos Duc - total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo Dut - total dos domicílios urbanos Critério de cálculo final: Onde: %Dcr min ≤ 0 %Dcrmax ≥ 90 (Valor para faixa de população de 20.001 a 100.000 habitantes) Iqr – Indicador de Tratamento e Disposição Final de RSD Este indicador, denominado de IQR - Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos é normalmente utilizado pela CETESB para avaliar as condições dos sistemas de disposição de resíduos sólidos domiciliares. O índice IQR é apurado com base em informações coletadas nas inspeções de cada unidade de disposição final e processadas a partir da aplicação de questionário padronizado. Em função de seus respectivos IQRs, as instalações são enquadradas como inadequadas ou adequadas, conforme o Quadro 13.2. QUADRO 13.2 – ÍNDICE DE QUALIDADE DE ATERRO DE RES ÍDUOS IQR Enquadramento Iqr 0,0 a 7,0 7,1 a 10,0 Condições Inadequadas (I) Condições Adequadas (A) 0 100 Fonte: CETESB. Importa, no caso, a pontuação do local de destinação final utilizado pelo município. Observe-se que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos através da Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, passou a exigir que apenas os rejeitos não reaproveitáveis dos resíduos sólidos urbanos sejam destinados a aterros sanitários. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -273Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final de RSD Este indicador, o último componente do ISAm, demonstra a capacidade restante dos locais de disposição e a necessidade de implantação de novas unidades de disposição de resíduos, sendo calculado com base nos seguintes critérios: onde: n = tempo em que o sistema ficará saturado (anos) O nmín e o nmáx são fixados conforme Quadro 13.3: QUADRO 13.3 – FIXAÇÃO DO NMÍN E O NMÁX Faixa da População nmín Isr De 50.001 a 200.000 hab Isr n≥1 Até 20.000 hab. 20.001 a 50.000 hab. nmáx ≤0 0 Maior que 200.000 hab n≥2 n≥3 100 n≥5 Ivm - Indicador do Serviço de Varrição das Vias Este indicador quantifica as vias urbanas atendidas pelo serviço de varrição, tanto manual quanto mecanizada, sendo calculado com base no seguinte critério: Ivm= 100 x (%vm atual - %vmmín)/ (%vmmáx - %vmmín) onde: Ivm é o indicador da varrição de vias %vmmín é o % da km de varrição mínimo = 10% das vias urbanas pavimentadas %vmmáx é o % de km de varrição máximo = 100% das vias urbanas pavimentadas %vm atual é o % de km de varrição praticado em relação ao total das vias urbanas pavimentadas Ics - Indicador do Serviço de Coleta Seletiva Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta seletiva de resíduos sólidos recicláveis, também denominada lixo seco, sendo calculado com base no seguinte critério: Ics= 100 x (%cs atual - %csmín)/ (%csmáx - %csmín) onde: Ics é o indicador de coleta regular %csmín é o % dos domicílios coletados mínimo = 0% dos domicílios municipais Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -274 %csmáx é o % dos domicílios coletados máximo = 100% dos domicílios municipais %cs atual é o % dos domicílios municipais coletados em relação ao total dos domicílios municipais Irr - Indicador do Reaproveitamento dos RSD Este indicador traduz o grau de reaproveitamento dos materiais reaproveitáveis presentes na composição dos resíduos sólidos domiciliares e deve sua importância à obrigatoriedade ditada pela nova legislação federal referente à Política Nacional dos Resíduos Sólidos, sendo calculado com base no seguinte critério: Irr = 100 x (%rr atual - %rrmín)/ (%rrmáx - %rrmín) onde: Irr é o indicador de reaproveitamento de resíduos sólidos %rrmín é o % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos sólidos gerados no município %rrmáx é o % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos sólidos gerados no município %rr atual é o % dos resíduos reaproveitados em relação ao total dos resíduos sólidos gerados no município Iri - Indicador do Reaproveitamento dos RSI Este indicador traduz o grau de reaproveitamento dos materiais reaproveitáveis presentes na composição dos resíduos sólidos inertes e, embora também esteja vinculado de certa forma à obrigatoriedade ditada pela nova legislação federal referente à Política Nacional dos Resíduos Sólidos, não tem a mesma importância do reaproveitamento dos RSD, sendo calculado com base no seguinte critério: Iri= 100 x (%ri atual - %rimín)/ (%rimáx - %rimín) onde: Iri é o indicador de reaproveitamento de resíduos sólidos inertes %rimín é o % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos sólidos inertes gerados no município %rimáx é o % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos sólidos inertes gerados no município %ri atual é o % dos resíduos inertes reaproveitados em relação ao total dos resíduos sólidos inertes gerados no município Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -275Idi - Indicador da Destinação Final dos RSI Este indicador é responsável pela avaliação das condições dos sistemas de disposição de resíduos sólidos inertes que, embora ofereça menores riscos do que os relativos à destinação dos RSD, se não bem operados podem gerar o assoreamento de drenagens e acabarem sendo, em muitos casos, responsáveis por inundações localizadas, sendo calculado com base no seguinte critério: Idi= 10 x IQI onde: Idi é o indicador de disposição final de resíduos sólidos inertes. IQI é o índice de qualidade de destinação de inertes, atribuído à forma/unidade de destinação final utilizada pelo município para dispor seus resíduos sólidos inertes e estimado de acordo com os seguintes critérios, apresentados no Quadro 13.4: QUADRO 13.4 – VALORES AS S OCIADOS AO IQI – ÍNDICE DE QUALIDADE DE DES TINAÇÃO DE INERTES Operação da Unidade Sem triagem prévia / sem configuração topográfica /sem drenagem superficial Com triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem superficial Com triagem prévia / com configuração topográfica / sem drenagem superficial Com triagem prévia / com configuração topográfica / com drenagem superficial Com triagem prévia / sem britagem / com reaproveitamento Com triagem prévia / com britagem / com reaproveitamento Condições IQI Inadequadas Inadequadas Controladas Controladas Adequadas Adequadas 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 Caso o município troque de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, o seu IQI final será a média dos IQIs das unidades e/ou procedimentos utilizados, ponderada pelo número de meses em que ocorreu a efetiva destinação em cada um deles. Ids - Indicador do Manejo e Destinação dos RSS Este indicador traduz as condições do manejo dos resíduos dos serviços de saúde, desde sua forma de estocagem para conviver com baixas frequências de coleta até o transporte, tratamento e disposição final dos rejeitos, sendo calculado com base no seguinte critério: Ids = 10 x IQS onde: Ids é o indicador de manejo de resíduos de serviços de saúde IQS é o índice de qualidade de manejo de resíduos de serviços de saúde, estimado de acordo com os seguintes critérios, apresentados no Quadro 13.5: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -276QUADRO 13.5 – VALORES AS S OCIADOS AO IQS – ÍNDICE DE QUALIDADE DE MANEJ O DE RES ÍDUOS DE S ERVIÇOS DE S AÚDE Operação da Unidade Com baixa frequência e sem estocagem refrigerada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com baixa frequência e com estocagem refrigerada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com frequência adequada /sem transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com frequência adequada /com transporte adequado /sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com frequência adequada /com transporte adequado /com tratamento licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados Com frequência adequada /com transporte adequado /com tratamento licenciado / com disposição final adequada dos rejeitos tratados Condições IQS Inadequadas 0,00 Inadequadas 2,00 Controladas 4,00 Controladas 6,00 Adequadas 8,00 Adequadas 10,00 Caso o município troque de procedimento/unidade ao longo do ano, o seu IQS final será a média dos IQSs dos procedimentos/unidades utilizados, ponderada pelo número de meses em que ocorreu o efetivo manejo em cada um deles. 13.3 INDICADORES SELECIONADOS PARA OS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 13.3.1 Objetivos Este item tem como objetivo a proposição para discussão de um indicador de desempenho para avaliação de sistemas municipais de drenagem urbana, que permita a compreensão de seu estado sob os aspectos de abrangência, operacionalidade e desempenho. A formulação fundamenta-se na avaliação não exaustiva de algumas propostas lançadas por pesquisadores brasileiros e do exterior. Com base em experiências anteriores, e tomando-se como referência que o indicador deve englobar parâmetros mensuráveis, de fácil e acessível aquisição e disponibilidade, e ser aderente aos conceitos de drenagem, o primeiro aspecto será o da avaliação em separado dos subsistemas de micro e macrodrenagem, lembrando que o primeiro refere-se à drenagem de pavimentos que recebem as águas da chuva precipitada diretamente sobre eles e dos lotes adjacentes, e o segundo considera os sistemas naturais e artificiais que concentram os anteriores. Assim, pode-se dizer que a microdrenagem é uma estrutura direta e obrigatoriamente agregada ao serviço de pavimentação e deve sempre ser implantada em conjunto com o mesmo, de forma a garantir seu desempenho em termos de segurança e condições de tráfego (trafegabilidade da via) e ainda sua conservação e durabilidade (erosões, infiltrações e etc.). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -277Tal divisão é importante porque na microdrenagem utilizam-se elementos estruturais (guias, sarjetas, bocas de lobo, tubos de ligação, galerias e dissipadores) cujos critérios de projeto são distintamente diferentes dos elementos utilizados na macrodrenagem (galerias, canais, reservatórios de detenção, elevatórias e barragens), notadamente quanto ao desempenho. Enquanto na microdrenagem admitem-se, como critério de projeto, as vazões decorrentes de eventos com período de retorno 2, 5, 10 e até 25 anos, na macrodrenagem projeta-se tendo como referência os eventos de 50 ou 100 anos e até mesmo valores superiores. Da mesma forma, as necessidades de operação e manutenção dos sistemas são distintas, como toda a frequência de inspeções, capacidade dos equipamentos e especialidade do pessoal para execução das tarefas de limpeza, desobstrução, desassoreamento e etc. Quanto aos critérios de avaliação, os mesmos devem considerar as facetas de institucionalização dos serviços, como atividade municipal, porte/cobertura dos serviços, eficiência técnica e de gestão. A seguir, explica-se cada um dos critérios: Institucionalização (I) A gestão da drenagem urbana é uma atividade da competência municipal, e que tende a compor o rol de serviços obrigatórios que o executivo municipal é obrigado a prestar, tornando-se, nos dias atuais, de extrema importância nos grandes aglomerados urbanos. Desta forma, sua institucionalização como serviço dentro da estrutura administrativa e orçamentária indicará o grau de desenvolvimento da administração municipal com relação ao subsetor. Assim, dentro deste critério, devem se considerar os seguintes aspectos, apresentados no Quadro 13.6, que indicam o grau de envolvimento da estrutura municipal com a implantação e gestão dos sistemas de micro e macrodrenagem: QUADRO 13.6 – INDICADORES RELACIONADOS À INS TITUCIONALIZAÇÃO DOS S ERVIÇOS Microdrenagem Existência de Padronização para projeto viário e drenagem pluvial Serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos Estrutura de inspeção e manutenção da drenagem Monitoramento de chuva Registro de incidentes envolvendo microdrenagem Macrodrenagem Existência de plano diretor urbanístico com tópicos relativos à drenagem Existência de plano diretor de drenagem urbana Legislação específica de uso e ocupação do solo que trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e compensatórias Monitoramento de cursos d’água (nível e vazão) Registro de Incidentes envolvendo a macrodrenagem Este indicador pode, a princípio, ser admitido como ‘seco’, isto é, a existência ou prática do quesito analisado implica na valoração do quesito. Posteriormente, na medida em que o índice for aperfeiçoado, o mesmo pode ser transformado em métrico, para considerar a qualidade do instrumento institucional adotado. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -278Porte/Cobertura do Serviço (C) Este critério considera o grau de abrangência relativo dos serviços de micro e macrodrenagem no município, de forma a indicar se o mesmo é universalizado. Para o caso da microdrenagem, representa a extensão de ruas que tem o serviço de condução de águas pluviais lançados sobre a mesma de forma apropriada, através de guias, sarjetas, estruturas de captação e galerias, em relação à extensão total de ruas na área urbana. No subsistema de macrodrenagem, o porte do serviço pode ser determinado através da extensão dos elementos de macrodrenagem nos quais foram feitas intervenções em relação à malha hídrica do município (até 3ª ordem). Por intervenções, entendem-se as galerias tronco que reúnem vários subsistemas de microdrenagem e também os elementos de drenagem naturais, como os rios e córregos nos quais foram feitos trabalhos de canalização, desassoreamento ou dragagem, retificação, revestimento das margens, regularização, delimitação das áreas de APP, remoção de ocupações irregulares nas várzeas e etc. Eficiência do Sistema (S) Este critério pretende captar o grau de atendimento técnico, isto é, se o serviço atende às expectativas quanto ao seu desempenho hidráulico em cada subsistema. A forma de avaliação deve considerar o número de incidentes ocorridos com os sistemas em relação ao número de dias chuvosos e à extensão dos mesmos. A consideração de um critério de área inundada também pode ser feita, em uma segunda etapa, quando forem disponíveis de forma ampla os cadastros eletrônicos municipais e os sistemas de informatização de dados. Eficiência da Gestão (G) A gestão do serviço de drenagem urbana, tanto para micro como para macro, deve ser mensurada em função da relação entre as atividades de operação e manutenção dos componentes e o porte do serviço, conforme apresentado no Quadro 13.7. QUADRO 13.7 – INDICADORES RELACIONADOS À EFICIÊNCIA DA GES TÃO Microdrenagem Número de bocas de lobo limpas em relação ao total de bocas de lobo Extensão de galerias limpas em relação ao total de bocas de lobo Total de Recursos gastos com microdrenagem em relação ao alocado no orçamento anual para microdrenagem Macrodrenagem Extensão de córregos limpos/desassoreados em relação ao total Total de recursos gastos com macrodrenagem em relação ao total alocado. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -27913.3.2 Cálculo do Indicador O indicador deverá ser calculado anualmente, a partir das informações das atividades realizadas no ano anterior. Os dados deverão ser tabulados em planilha apropriada de forma a permitir a auditoria externa. O cálculo final do indicador será a média aritmética dos indicadores de micro e macrodrenagem, com resultado final entre [0-10]. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -28014. ORGANIZAÇÃO EMERGÊNCIA DAS AÇÕES DE CONTINGÊNCIA 14.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTOS SANITÁRIOS E As intervenções descritas anteriormente são essenciais para propiciar a operação permanente dos sistemas de água e esgotos do município. De caráter preventivo, em sua maioria, buscam conferir grau adequado de segurança aos processos e instalações operacionais evitando descontinuidades. Como em qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de situações imprevistas. As obras e os serviços de engenharia em geral, e os de saneamento em particular, são planejados respeitando-se determinados níveis de segurança, resultados de experiências anteriores e expressos na legislação ou em normas técnicas. Quanto maior o potencial de causar danos aos seres humanos e ao meio ambiente maiores são os níveis de segurança estipulados. Casos limites são, por exemplo, os de usinas atômicas, grandes usinas hidrelétricas, entre outros. O estabelecimento de níveis de segurança e, consequentemente, de riscos aceitáveis é essencial para a viabilidade econômica dos serviços, pois, quanto maiores os níveis de segurança, maiores são os custos de implantação e operação. A adoção sistemática de altíssimos níveis de segurança para todo e qualquer tipo de obra ou serviço acarretaria um enorme esforço da sociedade para a implantação e operação da infraestrutura necessária à sua sobrevivência e conforto, atrasando seus benefícios. E o atraso desses benefícios, por outro lado, também significa prejuízos à sociedade. Trata-se, portanto, de encontrar um ponto de equilíbrio entre níveis de segurança e custos aceitáveis. No caso dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, encontramse identificados, no Quadro 14.1 e Quadro 14.2, os principais tipos de ocorrências, as possíveis origens e as ações a serem desencadeadas. Conforme acima relatado, alguns operadores disponibilizam, seja na própria cidade ou através do apoio de suas diversas unidades no Estado, os instrumentos necessários para o atendimento dessas situações de contingência, como é o caso da SABESP. Para novos tipos de ocorrências que porventura venham a surgir, os operadores deverão promover a elaboração de novos planos de atuação. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -281QUADRO 14.1 – AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA P ARA O S.A.A Ocorrência Origem Plano de Contingências • • • 1. Falta d´água generalizada • • • • Inundação das captações de água com danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas Deslizamento de encostas / movimentação do solo / solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da adução de água bruta Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água Vazamento de cloro nas instalações de tratamento de água Qualidade inadequada da água dos mananciais Ações de vandalismo • • • • • • • • • • 2. Falta d´água parcial ou localizada • • • • Deficiências de água nos mananciais em períodos de estiagem Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água Interrupção no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição Danificação de equipamentos de estações elevatórias de água tratada Danificação de estruturas de reservatórios e elevatórias de água tratada Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada Ações de vandalismo • • • • • • Verificação e adequação de plano de ação às características da ocorrência Comunicação à população / instituições / autoridades / Defesa Civil Comunicação à Polícia Deslocamento de frota grande de caminhões tanque Controle da água disponível em reservatórios Reparo das instalações danificadas Implementação do PAE Cloro Implementação de rodízio de abastecimento Verificação e adequação de plano de ação às características da ocorrência Comunicação à população / instituições / autoridades Comunicação à Polícia Deslocamento de frota de caminhões tanque Reparo das instalações danificadas Transferência de água entre setores de abastecimento QUADRO 14.2 – AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA P ARA O S.E.S . Ocorrência Origem Plano de Contingências • 1. Paralisação da estação de tratamento de esgotos • • • Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de tratamento Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas Ações de vandalismo • • • • • 2.Extravasamentos de esgotos em estações elevatórias • • • Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de bombeamento Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas Ações de vandalismo • • • • 3. Rompimento de linhas de recalque, coletores tronco, interceptores e emissários 4. Ocorrência de retorno de esgotos em imóveis • • • • • Desmoronamentos de taludes / paredes de canais Erosões de fundos de vale Rompimento de travessias • Lançamento indevido de águas pluviais em redes coletoras de esgoto Obstruções em coletores de esgoto • • • • Comunicação à concessionária de energia elétrica Comunicação aos órgãos de controle ambiental Comunicação à Polícia Instalação de equipamentos reserva Reparo das instalações danificadas Comunicação à concessionária de energia elétrica Comunicação aos órgãos de controle ambiental Comunicação à Polícia Instalação de equipamentos reserva Reparo das instalações danificadas Comunicação aos órgãos de controle ambiental Reparo das instalações danificadas Comunicação à vigilância sanitária Execução dos trabalhos de limpeza Reparo das instalações danificadas Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -28214.2 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 14.2.1 Objetivo O principal objetivo de um plano de contingência voltado para os serviços de limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos urbanos é assegurar a continuidade dos procedimentos originais, de modo a não expor a comunidade a impactos relacionados ao meio ambiente e, principalmente, à saúde pública. Normalmente, a descontinuidade dos procedimentos se origina a partir de eventos que podem ser evitados através de negociações prévias, como greves de pequena duração e paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores. Porém, tal descontinuidade também pode ser gerada a partir de outros tipos de ocorrência de maior gravidade e, portanto, de maior dificuldade de solução, como explosões, incêndios, desmoronamentos, tempestades, inundações e outros. Assim, para que um plano de contingência seja realmente aplicável é necessário, primeiramente, identificarem-se os agentes envolvidos sem o que não é possível definiremse as responsabilidades pelas ações a serem promovidas. Além dos agentes, também é recomendável que o plano de contingência seja focado para os procedimentos cuja paralisação pode causar os maiores impactos, relegando os demais para serem atendidos após o controle total sobre os primeiros. 14.2.2 Agentes Envolvidos Tendo em vista, a estrutura operacional proposta para o equacionamento dos serviços de limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos urbanos nos municípios compreendidos pela UGRHI 9, podem-se definir como principais agentes envolvidos: Prefeitura Municipal As municipalidades se constituem agentes envolvidos no Plano de Contingência quando seus próprios funcionários públicos são os responsáveis diretos pela execução dos procedimentos. Evidentemente que, no caso das Prefeituras Municipais, o agente nem sempre é a própria municipalidade e sim secretarias, departamentos ou até mesmo empresas autônomas que respondem pelos serviços de limpeza pública e/ou pela gestão dos resíduos sólidos. Consórcio Intermunicipal Os consórcios intermunicipais, resultantes de um contrato formal assinado por um grupo de municípios interessados em usufruir de uma mesma unidade operacional, também são Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -283entendidos como agentes, desde que tenham funcionários diretamente envolvidos na execução dos procedimentos. Prestadora de Serviços em Regime Normal As empresas prestadoras de serviços são consideradas agentes envolvidos quando, mediante contrato decorrente de licitação pública, seus funcionários assumem a responsabilidade pela execução dos procedimentos. Concessionária de Serviços As empresas executantes dos procedimentos, mediante contrato formal de concessão ou de Participação público-privada – PPP, são igualmente consideradas agentes uma vez que seus funcionários estão diretamente envolvidos na execução dos procedimentos. Prestadora de Serviços em Regime de Emergência As empresas prestadoras de serviços também podem ser consideradas agentes envolvidos quando, justificada legalmente a necessidade, seus funcionários são mobilizados através de contrato de emergência sem tempo para a realização de licitação pública, geralmente por prazos de curta duração. Órgãos Públicos Alguns órgãos públicos também são considerados agentes passam a se constituir agentes quando, em função do tipo de ocorrência, são mobilizados para controlar ou atenuar eventuais impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da CETESB, do DEPRN, da Polícia Ambiental, das Concessionárias de Saneamento Básico e de Energia e Luz e outros. Entidades Públicas Algumas entidades públicas também passam a se constituir agentes do plano a partir do momento em que, como reforço adicional aos recursos já mobilizados, são acionadas para minimizar os impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da Defesa Civil, dos Bombeiros e outros. Portanto, o presente Plano de Contingência deve ser devidamente adaptado às estruturas funcionais com que operam os municípios. 14.2.3 Planos de Contingência Considerando os diversos níveis dos agentes envolvidos e as suas respectivas competências e dando prioridade aos procedimentos cuja paralisação pode causar os maiores impactos à saúde pública e ao meio ambiente, apresentam-se no Quadro 14.3 a seguir, os planos de contingência para cada tipo de serviço: Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -284QUADRO 14.3 – P LANOS DE CONTINGÊNCIA P ARA CADA TIP O DE S ERVIÇO Ocorrência Origem • 1. Paralisação da Varrição Manual 2. Paralisação da Manutenção de Vias e Logradouros • greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores. greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores. Plano de Contingências • • • Entupimento dos dispositivos de drenagem • O Plano de Contingência para este tipo de procedimento se concentra nos serviços esporádicos, decorrentes da queda de árvores. O maior problema a ser equacionado está no tombamento de árvores causado por tempestades e/ou ventanias atípicas, que atingem inclusive espécimes saudáveis. Neste caso, os prejuízos podem atingir perdas incalculáveis, não só diretamente pela perda de vidas humanas, veículos e edificações, mas também indiretamente pela interrupção dos sistemas de energia, telefonia e tráfego em regiões inteiras. Em função da amplitude do cenário de devastação, além de órgãos e entidades que cuidam do tráfego, da energia elétrica e, conforme a gravidade, o sistema de resgate dos Bombeiros, ainda pode ser acionada recursos das regiões vizinhas e, numa última instância, a Defesa Civil. Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões. Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial No caso de paralisação apenas da coleta seletiva de materiais recicláveis, pelo fato do “lixo seco” não conter matéria orgânica sujeita à deterioração, os materiais recicláveis podem aguardar por um tempo maior nos próprios domicílios geradores. Na hipótese da paralisação se manter por um tempo maior que o previsto, impossibilitando a estocagem dos materiais nos domicílios e a prestadora de serviço em regime emergencial ainda não estiver em operação, os materiais devem ser recolhidos pela equipe de coleta regular e conduzidos para a unidade de disposição final dos rejeitos dos resíduos sólidos domiciliares. Porém, é da maior importância a comunicação através de panfletos distribuídos pela própria equipe de coleta domiciliar regular, informando sobre a situação e solicitando colaboração da população. • 3. Paralisação da Manutenção de Áreas Verdes • greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores. • • 4. Paralisação na Limpeza Pós Feiras Livres • greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores. • • • • 5. Paralisação na Coleta Domiciliar de RSD • • Identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais, que possam efetuar o serviço através de mutirões. Contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores. • Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -285Continuação. QUADRO 14.3 – P LANOS DE CONTINGÊNCIA P ARA CADA TIP O DE S ERVIÇO Ocorrência Origem Plano de Contingências • 6. Paralisação no Pré-Beneficiamento e/ou Tratamento dos RSD • Desvalorização do preço de venda desses materiais no mercado consumidor. • • • • • 7. Paralisação na Disposição Final de Rejeitos dos RSD • A paralisação do serviço de operação de um aterro sanitário pode ocorrer por diversos fatores, desde greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado até ocorrências que requerem maiores cuidados e até mesmo por demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do maciço. Devido às características específicas dos resíduos recebidos pelos aterros sanitários, os motivos de paralisação podem exceder a simples greves, tomando dimensões mais preocupantes, como rupturas no maciço, explosões provocadas pelo biogás, vazamentos de chorume e outros. • • • • • No caso da compostagem da matéria orgânica, o Plano de Contingência recomenda os mesmos procedimentos aplicados à prestação de serviços públicos, ou seja, a mobilização de equipes de outros setores da municipalidade ou, no caso de consórcio intermunicipal, das municipalidades consorciadas e, se a paralisação persistir, a contratação de empresa especializada prestadora de serviço em regime emergencial. No caso dos materiais recicláveis, é importante que a cessão das instalações e equipamentos para uso das cooperativas de catadores tenha em contrapartida a assunção do compromisso por parte deles de receber e processar os materiais independentemente dos preços de mercado. Considerando a ocorrência de greves de pequena duração, é possível deslocar equipes de outros setores da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas. Para o caso da paralisação persistir por tempo indeterminado, é recomendável trocar a solução doméstica pela contratação de empresa prestadora de serviço em regime emergencial, pois ela poderá também dar conta dos serviços mais especializados de manutenção e monitoramento ambiental. Enquanto isto não acontece, os resíduos poderão ser enviados para disposição final em outra unidade similar existente na região. Esta mesma providência poderá ser usada no caso de demora na obtenção do licenciamento ambiental para sobre elevação e/ou ampliação do maciço existente. A ruptura dos taludes e bermas engloba medidas de reparos para recomposição da configuração topográfica, recolocação dos dispositivos de drenagem superficial e reposição da cobertura de solo e gramíneas, de modo a assegurar a perfeita estabilidade do maciço, após a devida comunicação da não conformidade à CETESB. Explosões decorrentes do biogás são eventos mais raros, que também podem ser evitados por um sistema de drenagem bem planejado e um monitoramento direcionado para detectar com antecipação a formação de eventuais bolsões no interior do maciço. Com relação a explosão ou mesmo incêndio, o Plano de Contingência prevê a evacuação imediata da área e a adoção dos procedimentos de segurança, simultaneamente ao acionamento da CETESB e dos Bombeiros. Os vazamentos de chorume também não são comuns, já que o aterro sanitário é dotado de uma base impermeável, que evita o contato direto dos efluentes com o solo e as águas subterrâneas. Portanto, eles têm mais chance de extravasar nos tanques e/ou lagoas, seja por problemas operacionais, seja por excesso de chuvas de grandes proporções. A primeira medida do Plano de Contingência diz respeito à contenção do vazamento e/ou transbordamento, para estancar a origem do problema e, em seguida, a transferência do chorume estocado para uma ETE mais próxima através de caminhão limpa fossa. Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -286Continuação. QUADRO 14.3 – P LANOS DE CONTINGÊNCIA P ARA CADA TIP O DE S ERVIÇO Ocorrência Origem Plano de Contingências • • • • 8. Paralisação na Coleta, Transporte, Pré-Beneficiamento e Disposição Final dos RSI • • • ‘Estão compreendidos pelo serviço de coleta de resíduos sólidos inertes a retirada dos materiais descartados irregularmente e o recolhimento e translado dos entulhos entregues pelos munícipes nos “ecopontos”. Portanto, a paralisação do serviço de coleta deste tipo de resíduo engloba ambos os recolhimentos, bem como a operação dos “ecopontos”. No que se refere aos serviços de triagem e pré-beneficiamento de entulhos reaproveitáveis e de operação de aterro de inertes, as interrupções costumam estar associadas a greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado dos funcionários envolvidos na prestação desses serviços. No caso dos aterros de inertes, a paralisação do serviço também pode ocorrer devido à demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do maciço já que, pelas características desse tipo de resíduos, não existem ocorrências com efluentes líquidos e gasosos. Além disso, com a diretriz da nova legislação federal de somente permitir a disposição final dos rejeitos não reaproveitáveis, tais materiais que já não são ambientalmente agressivos ainda terão suas quantidades progressivamente reduzidas à medida que o mercado consumidor de agregado reciclado for se consolidando. Apesar desses atenuantes, justifica-se a necessidade de se dispor este tipo de materiais de forma organizada num aterro de inertes, para evitar que eles sejam carreados pelas águas de chuva e acabem se sedimentando nos baixios, assoreando as drenagens e corpos d’água localizados a jusante. • • • • • • • Caso a ocorrência resulte na contaminação do solo e/ou das águas subterrâneas, o passivo ambiental será equacionado através das orientações prescritas no Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, emitido pela CETESB. Por se tratarem de atividades bastante simples, que não requerem especialização, o Plano de Contingência a ser acionado em momentos de paralisação está baseado no deslocamento de equipes de outros setores da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas. Caso não isto não seja possível, embora tais atividades não exijam maior especialização, a segunda medida recomendada pelo Plano de Contingência é a contratação de empresa prestadora de serviço em regime emergencial. Para agilizar esta providência, é recomendável que a municipalidade ou consórcio intermunicipal mantenha um cadastro de empresas com este perfil para acionamento imediato e, neste caso, o contrato de emergência deverá perdurar apenas enquanto o impasse não estiver resolvido, cessando à medida que a situação retome a normalidade. Caso esta providência se retarde ou se constate demora na obtenção do licenciamento ambiental para sobre elevação e/ou ampliação do maciço existente, os rejeitos dos resíduos sólidos inertes poderão ser enviados para disposição final em outra unidade similar existente na região. Do ponto de vista técnico, a única ocorrência que pode exigir uma maior atenção do Plano de Contingência é uma eventual ruptura dos taludes e bermas, resultante da deficiência de projeto e/ou de execução da configuração do aterro, mesmo tendo a massa uma consistência altamente homogênea, ou no recobrimento com gramíneas. Este tipo de ocorrência não costuma ocorrer com frequência, uma vez que é precedida pelo aparecimento de fendas causadas por erosões localizadas, que podem ser facilmente constatadas através de vistorias periódicas. Assim, o Plano de Contingência destinado à ruptura dos taludes e bermas, além dos procedimentos preventivos, recomenda medidas de reparos para topográfica, recomposição da configuração recolocação dos dispositivos de drenagem superficial para organizar o caminhamento das águas e reposição da cobertura de gramíneas, de modo a assegurar a perfeita estabilidade do maciço. Continua... Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -287Continuação. QUADRO 14.3 – P LANOS DE CONTINGÊNCIA P ARA CADA TIP O DE S ERVIÇO Ocorrência Origem • 9. Paralisação na Coleta, Transporte e Tratamento dos RSS 14.3 Devido à alta periculosidade no manuseio desse tipo de resíduos, sua coleta, transporte e tratamento são sempre realizados por equipes treinadas e devidamente equipadas com os EPIs necessários e dotadas de veículos e equipamentos especialmente adequados para essas funções. Logo, a tarefa da municipalidade limita-se ao gerenciamento administrativo do contrato com essas empresas e o risco de descontinuidade se resume a greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços. Plano de Contingências • • Por tratar-se de atividades altamente especializadas, que requerem recursos materiais e humanos especiais, não é recomendável que se desloquem equipes da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas para cobrir qualquer deficiência de atendimento. Portanto, se isso vier a acontecer, o Plano de Contingência recomenda a contratação de empresa prestadora deste tipo de serviço em regime emergência. SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS Este item visa a apresentar o elenco de ações de contingência e emergência direcionadas ao sistema de drenagem urbana. Segundo a publicação “Critérios e Diretrizes sobre Drenagem Urbana no Estado de São Paulo – Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), 2004”, um Plano de Ação de Emergência é a preparação de um conjunto de medidas integradas, adotado pela comunidade para mitigar os danos, as ameaças à vida e à saúde que ocorrem antes, durante e depois de inundações. Esse tipo de programa deve reconhecer a rapidez das cheias dos cursos d’água, com os picos das vazões ocorrendo após algumas horas, ou mesmo minutos, de chuvas intensas. Dessa forma, dispõe-se de pouco tempo para a consecução de medidas de mitigação anteriores as inundações. Fundamentalmente, recomenda-se a criação de um programa de monitoramento de precipitação, níveis d’água e vazões nas sub-bacias hidrográficas consideradas críticas no município. Posteriormente ou simultaneamente, criar um sistema de alerta de cheias e a inundações visando a subsidiar a tomada de decisões pela defesa civil ou órgão competente, em ocasiões de chuvas intensas. 14.3.1 Sistema de Alerta Para possibilitar a previsão de ocorrência de acidentes e eventos decorrentes de precipitações intensas, deve ser considerada a criação de um grupo de trabalho e/ou a contratação de consultoria específica, visando à criação de modelos hidrológicos e hidráulicos, ajustados e calibrados por meio de dados coletados pelo monitoramento. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -288Considerando as pequenas dimensões da bacia e os pequenos tempos de concentração envolvidos, a agregação de observações realizadas por radar meteorológico poderá possibilitar a antecipação das previsões. Para tanto, é recomendado que a Prefeitura Municipal de Pirassununga celebre convênio com entidades que operam radar meteorológico abrangendo a região ou participe de um consórcio de municípios/estados que venha a se formar com o objetivo de instalar e operar este equipamento. 14.3.2 Planos de Ações Emergenciais Quando da implantação de sistema de alerta de precipitações intensas com a possibilidade de previsão das inundações associados, os Planos de Ações Emergenciais deverão ser formulados com o intuito de adotar medidas que minimizem os prejuízos causados nas diferentes zonas de risco. A efetividade de aplicação desses planos é diretamente dependente da resposta dada pela população aos alertas. Portanto, as recomendações apresentadas nesse Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico, quanto à informação e alerta à comunidade, devem perceber a execução das ações. Na implantação dos Planos de Ações Emergenciais devem ser considerados: ♦ Pré-seleção de abrigos (escolas, igrejas, centros esportivos etc.); ♦ Rotas de fuga entre abrigos (vias não sujeitas à inundação); ♦ Centros de apoio e logística (supermercados, padarias, atacados etc.); ♦ Grupos de apoio – relação de pessoas (clube de rádio amadores, clube de jipeiros, Rotary Clube etc.); ♦ Hierarquização de comando (prefeito, chefe da defesa civil, comando militar, comando de bombeiros etc.). Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -28915. MINUTA DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PLANO 15.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS A seguir estão elaboradas as minutas dos instrumentos legais (uma lei e um decreto) de institucionalização dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico dos municípios localizados nas Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos de Mogi Guaçu – UGRHI 9, de acordo com a divisão dos recursos hídricos do Estado de São Paulo, estabelecida no Anexo I da Lei nº 9.034/1994. O objetivo da minuta de lei é indicar do caminho para execução do plano e o alcance das metas fixadas, como forma de melhorar as condições de saúde, do meio ambiente e da qualidade de vida da população, além da necessidade de implantação efetiva do mesmo. Para isso, o texto contém diretrizes específicas para a implantação do plano no âmbito municipal, considerando o Plano Regional de Saneamento Básico da respectiva UGRHI, bem como o Plano de Bacia Hidrográfica. Além disso, há dispositivos tratando, entre outros: ♦ do conjunto de serviços abrangidos pelo Plano Municipal de Saneamento Básico; ♦ do horizonte do planejamento, dos prazos e procedimentos para sua revisão; ♦ dos seus princípios e objetivos; ♦ dos seus instrumentos; ♦ das responsabilidades dos diversos agentes envolvidos com os serviços de saneamento básico, tais como titulares, prestadores, usuários, reguladores, no que toca à implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico. Está abrangida a hipótese de a entidade municipal ser a prestadora dos serviços, caso em que ela também deverá obedecer aos dispositivos do instrumento legal em questão. É importante salientar que embora a entidade municipal tenha sido criada por lei, na qual estão estabelecidas suas competências, nada impede juridicamente que a prefeitura celebre um contrato de gestão com essa entidade, para o estabelecimento de procedimentos e fixação de metas a serem atingidas; e ♦ das sanções e penalidades aplicáveis em caso de descumprimento dos dispositivos acima referidos pelos prestadores dos serviços de saneamento básico. As referidas sanções e penalidades deverão ser aplicadas pelos entes reguladores dos serviços de saneamento básico, sejam esses entes independentes, como por exemplo a ARSESP, ou integrantes da administração municipal. Conforme acima mencionado, esses dispositivos estão presentes somente na minuta de lei, tendo em vista a impossibilidade do decreto determinar sanções e penalidades, nos termos do art. 5º, II, da CF/88. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -29015.2 MINUTA DE PROJETO DE LEI MINUTA DE PROJETO DE LEI Nº [___________], DE [_______________] Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico e dá outras providências. O Prefeito Municipal de Pirassununga, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara dos Vereadores aprovou e fica sancionada a seguinte Lei: I. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. Na implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I, parte integrante desta Lei, o Município de Pirassununga deverá articular e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros para a garantia da execução dos serviços públicos de saneamento básico, em conformidade com os princípios e diretrizes da Lei nº 11.445/2007. Art. 2º. São diretrizes do Plano Municipal de Saneamento Básico a melhoria da qualidade dos serviços de saneamento básico, a garantia dos benefícios da salubridade ambiental para toda a população, a manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado e o fortalecimento dos instrumentos disponíveis ao Poder Público e à coletividade. Parágrafo único. Na implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico, deverão ser considerados: ♦ o Plano Regional Integrado de Saneamento Básico da UGRHI 9 – Mogi Guaçu, instituído pelo Decreto [______]; e ♦ o Plano da Bacia Hidrográfica Mogi Guaçu – UGRHI 9. Art. 3º. Para efeitos desta Lei, considera-se saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: ♦ abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; ♦ esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; ♦ limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; e ♦ drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -291detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. Art. 4º. O Plano Municipal de Saneamento Básico será considerado para um horizonte de 20 (vinte) anos, devendo ser revisto periodicamente em prazos não superiores a 4 (quatro) anos. § 1º. As revisões de que trata o caput deste artigo deverão preceder à elaboração do Plano Plurianual do Município de Pirassununga, nos termos do art. 19, § 4º, da Lei nº 11.445/2007. § 2º. O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar a proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico à Câmara dos Vereadores, com as eventuais alterações, a atualização e a consolidação do plano anteriormente vigente. § 3º. O processo de revisão do plano deverá garantir a participação social, conforme Decreto Federal n° 7.217/2010 e Decreto Federal n° 8.243/2014. II. DOS OBJETIVOS E PRINCÍPIOS Art. 5º. O Plano Municipal de Saneamento Básico tem por objetivo geral promover a universalização do saneamento básico em todo o território de Pirassununga, ampliando progressivamente o acesso de todos os domicıĺ ios permanentes aos serviços. Parágrafo único. Para alcançar o objetivo geral de universalização, em conformidade com a Lei nº 11.445/2007, são objetivos especıf́ icos do Plano Municipal de Saneamento Básico de Pirassununga: ♦ a garantia da qualidade e eficiência dos serviços, buscando sua melhoria e extensão às localidades ainda não atendidas; ♦ a sua implementação em prazos razoáveis, de modo a atingir as metas fixadas no plano; ♦ a criação de meios e instrumentos para regulação, fiscalização, monitoramento e gestão dos serviços; ♦ a promoção de programas de educação ambiental de forma a estimular a conscientização da população em relação à importância do meio ambiente equilibrado e à necessidade de sua proteção, sobretudo em relação ao saneamento básico; e ♦ a viabilidade econômico-financeira dos serviços, considerando a capacidade de pagamento pela população de baixa renda na definição de taxas, tarifas e outros preços públicos. Art. 6º. Além dos objetivos expressos acima, serão observados, para a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico, os seguintes princípios fundamentais: ♦ integralidade dos serviços de saneamento básico; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -292♦ disponibilidade dos serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais urbanas; ♦ preservação da saúde pública e a proteção do meio ambiente; ♦ adequação de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais; ♦ articulação com outras políticas públicas; ♦ eficiência e sustentabilidade econômica, técnica, social e ambiental; ♦ utilização de tecnologias apropriadas; ♦ transparência das ações; ♦ Controle social; ♦ Segurança, qualidade e regularidade; ♦ Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos. III. DOS INSTRUMENTOS Art. 7º. Os programas e projetos específicos, voltados à melhoria da qualidade e ampliação da oferta dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem constituirão os instrumentos básicos para a gestão dos serviços, devendo incorporar os princípios e diretrizes contidos nesta Lei. Parágrafo único. Os programas e projetos específicos do setor de saneamento básico deverão ser regulamentados por Decretos do Poder Executivo Municipal, na medida em que forem criados, inclusive com a especificação dos recursos orçamentários a serem aplicados. Art. 8º. A implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico, a cargo do [xxxxx] de Pirassununga, pressupõe a participação dos diversos agentes envolvidos, inclusive os demais órgãos e entidades da Administração Pública Municipal, operadores dos serviços, associações de bairro e demais entes da sociedade civil organizada. Art. 9°. Visando à viabilidade econômico-financeira dos serviços, institui-se a Conta de Saneamento, instrumento utilizado para tarifação dos usuários referente aos quatro sistemas de saneamento. Parágrafo 1°. Incidem tarifas sobre os serviços de fornecimento de água, esgotos sanitários, resíduos sólidos e drenagem urbana. Parágrafo 2°. As tarifas, taxas e contribuição de melhoria serão determinadas com base nos custos de investimento e operacional dos serviços, com base em estudos tarifários. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -293Parágrafo 3°. A Conta de Saneamento passará a ser utilizada em substituição à conta de prestação de serviços de água e esgoto assim que regulamentado as competências pelo sistema de resíduos sólidos e aprovadas as tarifas por Entidade Reguladora. IV. DA RESPONSABILIDADE SANEAMENTO BÁSICO DOS AGENTES ENVOLVIDOS COM O Art. 10º. A prestação dos serviços de saneamento básico é de titularidade do Poder Executivo Municipal e poderá ser delegada a terceiros mediante contrato, sob o regime de direito público, para execução de uma ou mais atividades. § 1º. A delegação da prestação dos serviços de saneamento básico não dispensa o cumprimento, pelo prestador, do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I. § 2º. Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I. § 3º. Os contratos mencionados no caput não poderão conter cláusulas que prejudiquem as atividades de regulação e de fiscalização ou o acesso às informações dos serviços contratados. § 4º. No caso de mais de um prestador executar atividade interdependente de outra, a relação entre elas deverá ser regulada por contrato, devendo entidade única ser encarregada das funções de regulação e fiscalização, observado o disposto no art. 12, da Lei nº 11.445/2007. § 5º. Na hipótese de entidade da Administração Pública Municipal ser contratada para a prestação de serviços de saneamento básico nos termos do presente artigo, deverá submeter-se às regras aplicáveis aos demais prestadores. Art. 11°. O Município deverá regular e fiscalizar a prestação dos serviços públicos de saneamento básico, ficando desde já autorizado a delegar essas atividades à entidade reguladora independente, constituída dentro dos limites territoriais do Estado de São Paulo, nos termos do §1º, do art. 23, da Lei nº 11.445/2007. Parágrafo único. Caberá ao ente regulador e fiscalizador dos serviços de saneamento básico a verificação do cumprimento do Plano Municipal de Saneamento Básico, Anexo I desta Lei, por parte dos prestadores dos serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais. Art. 12°. Como forma de garantir a implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico são deveres dos prestadores dos serviços: ♦ prestar serviço adequado e com atualidade, na forma prevista nas normas técnicas aplicáveis e no contrato, quando os serviços forem objeto de relação contratual; Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -294♦ prestar contas da gestão do serviço ao Município de Pirassununga quando os serviços forem objeto de relação contratual, e aos usuários, mediante solicitação por escrito; ♦ cumprir e fazer cumprir as normas de proteção ambiental e de proteção à saúde aplicáveis aos serviços; ♦ permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço; ♦ zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço; e ♦ captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço. § 1º. Para os efeitos desta Lei, considera-se serviço adequado aquele que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia na sua prestação, bem como a modicidade das tarifas. § 2º. A atualidade compreende a modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações, a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. Art. 13°. Tendo em vista que os usuários diretos e indiretos dos serviços de saneamento básico são os beneficiários finais do Plano Municipal de Saneamento Básico, constituem seus direitos e obrigações: ♦ receber serviço adequado; ♦ receber dos prestadores informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos; ♦ levar ao conhecimento do Município de Pirassununga e do prestador as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado; ♦ comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos eventualmente praticados na prestação do serviço; ♦ contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços. V. DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES Art. 14°. Sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, as infrações ao disposto nesta Lei e seus instrumentos, cometidas pelos prestadores de serviços, acarretarão a aplicação das seguintes penalidades, pelo ente regulador, observados, sempre, os princípios da ampla defesa e do contraditório: ♦ advertência, com prazo para regularização; e Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -295♦ multa simples ou diária. Art. 15°. A advertência poderá ser aplicada mediante a lavratura de auto de infração, para as infrações administrativas de menor lesividade, garantidos a ampla defesa e o contraditório. § 1º. Sem prejuízo do disposto no caput, se o ente regulador constatar a existência de irregularidades a serem sanadas, lavrará o auto de infração com a indicação da respectiva sanção de advertência, ocasião em que estabelecerá prazo para que o infrator sane tais irregularidades. § 2º. Sanadas as irregularidades no prazo concedido, o ente regulador certificará o ocorrido nos autos e dará seguimento ao processo. § 3º. Caso o autuado, por negligência ou dolo, deixe de sanar as irregularidades, o ente regulador certificará o ocorrido e aplicará a sanção de multa relativa à infração praticada, independentemente da advertência. § 4º. A advertência não excluirá a aplicação de outras sanções cabíveis. Art. 16°. Para a aplicação da penalidade da multa, a autoridade competente levará em conta a intensidade e extensão da infração. §1º. A multa diária será aplicada em caso de infração continuada. § 2º. A multa será́ graduada entre R$ [______] e R$ [______]. § 3º. O valor da multa será́ recolhido em nome e benefício do Fundo Municipal de [______], instituído pela Lei [______] e suas alterações. § 4º Para cálculo do valor da multa são consideradas as seguintes situações agravantes: ♦ reincidência; ou ♦ quando da infração resultar, entre outros: a) na contaminação significativa de águas superficiais e/ou subterrâneas; b) na degradação ambiental que não comporte medidas de regularização, reparação, recuperação pelo infrator ou às suas custas; ou c) em risco iminente à saúde pública. Art. 17°. Em períodos críticos que exijam ações extraordinárias para garantia do fornecimento dos serviços de saneamento, cabe ao órgão executivo do Plano Municipal de Saneamento Básico de Pirassununga determinar medidas urgentes, bem como decidir sobre a validade da Lei [_____], que dispõe sobre o uso racional da água de abastecimento. Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -296VI. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 18°. Constitui órgão executivo do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo I, o [XXX] de Pirassununga, na forma da Lei Municipal [______]. Art. 19°. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Gabinete do Prefeito Municipal de Pirassununga, Estado de São Paulo, [______] de 2015. XXXXXXXXXXXXXXXXX Prefeito Municipal de Pirassununga Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 9 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – Município: Pirassununga – Versão Preliminar Revisada -29716. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS – ANA. Disponibilidade e demandas de recursos hídricos no Brasil. Brasília. Cadernos de Recursos Hídricos. 2005. 134 p. 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