ROQUE FELIPE DE OLIVEIRA FILHO MEMÓRIAS INSANAS (os hospitais psiquiátricos e a disciplinarização social em Salvador) dissertação de mestrado em história apresentado,como requisito parcial, para obtenção junto à do grau Faculdade de Ciências Humanas da de mestre Filosofia e Universidade Federal da Bahia. PROFESSORA ORIENTADORA: MARIA HELENA OCHI FLEXOR Salvador 1994 T/UFBA T/UFBA 616.89 048 616.89 048 Autor: Oliveira Filho, Roque Feíipt Título: Memórias insanas : (os hos Consulta 11111111111101 12703 Universidade Federal da Bahia - UFBA Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Esta obra foi digitalizada no Centro de Digitalização (CEDIG) do Programa de Pós-graduação em História da UFBA Coordenação Geral: Prof. Milton Moura Coordenação Técnica: Luis Borges Maio de 2013 Contatos: poshisto@ ufba.br / lab@ ufba.br tndice Abreviaturas - .......... 03 I n t r o d u ç ã o ........ ............................... .... ........ 06 üap. 1. Raz ão eloucura. Notas Gap. ........... ...................... 12 29 2. A cidade e onascimento dai p s i q u i a t r i a ........... ..32 N o t a s ............. G a p .3,. 0 d Iscurso médi c o 46 .......... - 50 N o t a s ..................... .......... ...................... . 76 Gap. 79 4. Asilo Sao João de Deus,. . ............ N o t a s .............................................. Conclusão .................... ..122 126 B i b l i o g r a f i a ....... ................................... .......130 ABR EVI A TU R AS A MM - Ar qu ivo H i s t ó r i c o Municipal AMMB - Ar qu ivo do Memorial de Me di c i na da Bahia APEB - Ar qu ivo P ú b li c o do Esta do da Bahia ASCM ••• A r q ü i v o da Santa Casa de Mis er ic ór di a Í6GE - Instituto B r a si le i ro de Ge og raf ia e Est at íst ic a LBHM " Liga B ra si l e i r a de Higiene Mental OMS -• Org a n iz aç ã o Mundial SAME de Saúde Se rv iço de A rq uiv o Médico SUD EN E - S up e r i n t e n d ê n c i a de D e s e n v o l v i m e n t o do Nordeste MA - M a n u s c r it o 3 Go sta ri a de a g ra de cer aos f u n c i o n ár io s Hospital Ju lia no Mo rei ra e, ern especial, Edna Amado Non at o e Jorge Fe rn and es do a S i lv ér io pela aju ad a que d er am a este trabalho. A h , tu d a é s í m b o 1o e a n a 1 o g ia ! 0 vento que passa, a noite que esfria São outra cousa que a noite e o vento So mb r a s de vida e de p e n s a m e n t o .. Tudo que vemos é outra cousa. A rna r é v a.s ta, a mar e a n s Io s a „ É o eco de outra maré que está Onde é real o mundo que Tudo que A noite há,. te m o s é e s q 1.1e c irne n to . fria, o passar do vento São s o mb ras de mãos cujos gestos sao A ilusão mãe desta ilusão., Ferna ndo Pess oa INTRODUÇÃO Era uma v e z . .. , Assim co m e ç a v a m e s cu tá va m os ern cr ia n ç a s quando algu ém ning ué m nos conta va literatos, meras co m po si çõ es saíd as da e s p a ç o para os conto s fato, para uma história. ali E narrados imaginação* e é de certa não possui forma natural ora de um de te r m i n a d o acontecimento, a elu ci da çã o de nosso mundo, de te rmi nad o uma det er mi na da que p ro cu r ar em o s desv en dar com os olhos de nossas muito que ela proceda pois o que se busca é o e s c l a r e c i m en to de um social que ora das pessoas mais velhas. Mas a história de que trata a ac ad e m ia assim, fábulas àquela época se q u e s ti on ava se os event os eram ver d a de ir os ou d os todas as estrutura sempre imagens, vo ltados talvez de nossos pr ó pri os medos. No Brasil, francesa, pelo pe rc or re u um herdeiro me nos longo nas de ci ên cia s caminho, uma linhagem humanas, pas sa nd o da intelectual a história história pos itiva já á h is tó r ia e c o n Ô m ic a , à h is tó r ia q u a n t i ta t iv a e a h is t ó r ia s o c i a 1 e das mentalidades, D e n t ro poderíamos re s g a t a r citar os por vezes alt era nd o- se a ordem aqui de u ioa d a s ú 1 1 irna s t e nd è n c ia s o desejo de; uma série de s i.1 ê n c io s d a 11 is tó r i.a , d e s v endar citada. dess es estudo s , hi sto ria dor es a v id a de d a q u e 1e s c on str uto re s do p as sa do que nunca p o s su ír am um claro dentro do m und o acad êm ico "status") e é nesse (se é que co nte xto que se registro muito hoje eles possu em esse pr oc uro u este; incluir t raba 1h o .. Re sg at ar a história de uma instituição, p s iq u iá t r ic o , p a r e c e 1.1 um a for m a d e d a r v id a a que esse perm ea ra m através de seu den t r o daque la sua i n ú rne r a s pe ssoa s local e que, de uma forma ou de outra, si lê nc io forçado, instmtuição, seja atrav és de -seja suas lutas c o n t r i b u í r a m para a c o n s t i t u i ç ã o de história. Estuda r hoje a loucura, traz à luz, pensamento médico b r a s i l e i r o e de sua prática. o crescimento aparecimento de também, sob o prisma das ofras de Michel Foucault, como como um hospital de núcleos espaç os p o s s ib i 1 i ta e s t u d a r , uma parte do urbanos di sc i p l i n a r e s desenvolvimento no P e rm it e país mais observar p r op ic iou refinados s o b r e t ud o , a q u e 1e s q ue m esmo do sem o o e s a b e r ,, se b e n e f i c i a r a m com a co ns t r u ç ã o des se s espaços.. Não se pode es quecer tam bé m que o c r e s c i me nt o apareci m e nto de i nst i tuIções h ig ie n i za n tes t a zern urbano e o par te p ro cesso de h ig ien iz açã o que o p ró pri o di sc urs o médico começ ou do a ex ig ir „ No Brasil, res guardadas proc ess os de hospitais p s i q u iá tr i co s utilizados na Europa pois, por exemplo, diz que devida s higien iza ção e co nt rol es sociai s ~ não se se as vezes ir muito "o mo me nt o proporções, - os atrav és dos muito dos di ferenciariarn parece difícil a d o c il iz aç ão e a ho mo gen eiz açã o de não se precis a q ue as imaginar, comportamentos, longe para v e r i f i c a ™ lo, b as ta ver a idéia histórico das d i sc ipl ina s é o moment o em que nasce uma arte do corpo humano, habilidades, nem não tampouco unicamente aumen to de sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo me c a n i s m o torna suas que» visa ap ro f u n d a r tanto mais o b e di en te quanto é mais útil, ( F O U C A U L T , 1987:127 ), e aplic á-l a 0 principal de mo ns t r a r que os trabalho, hospitais p s iq ui át ri co s especial o antigo Asilo São João de Deus, ca rá te r d isc ip 1 inador homo ge ne iz ar di v e r s o s os entre c om po r ta me nt os núcleos urbanos sua o inversamente" as ins tituições brasileiras. obj eti vo deste que, e o portanto, é o de brasileiros, e em pos su ía m um da Bahia, outras merdidas, consi der ¿idos procurava desviant.es , tendo como pa r â m e t r o o nos ideário de dese n v o 1v ime n to b u rg uès da soci e d a d e . Não c.onhecemos, a respeito qu al qu er do assunto, cidade trabalhos, no entanto, baiana. nenhum tr ab alh o de História, que retrate a No Brasil cidade já foram aborda o Juquery, Na el ab or aç ão deste em São Paulo trabalho Sal vador pr odu zid os como o da profa da UN IC AM P Maria C unha o qual de Clementina ou alguns Pereira ( C U N H A , 1986:1-217).. recorreu-se à d o Arquiv o Público do Esta do da B a h i a , - A P E B - , de onde d o cu me nt aç ão retirou-se informações das Falas de Pr es id ent es de Pr ov ín ci a e Mensa gen s Governadores, para averigu ar a criaçã o e m a n ut en ç ão do pri meiro o Asilo São João de; Deus, internadas naquela postu ra do Estado em hospital ps iq ui át ri co da com o intuito evo lu çã o q u a n t i ta t iv a dos pac ie nte s el ab or ar no asilo, referentes ao ano de 1874, um qua dr o das prime ira s de a Bahia, pessoas ob se r v ar a no hospital» Bu sc ou -s e ainda, investigar os prim ei ros internação relação bem como resgatar o número de instituição, de internações» r eq uer im en tos de com o fim Infelizmente de esse? material só ficou a t r a p a l h o u muito disponível no APEB no final de 1993 o a pesquisa.. N o Servi ço de Arquivo Médico -SAME"' do hospital Moreir a resgato u- se a vida asilar dos pacientes, d a s pr át ic as m é di ca s av a li aç ão do utilizadas no hospital, "Status" séc u l o do as pe c t o s bem c o m o , fez -s e de Me dicina c o ns eg ui u- se di sc u r s o médico pr o f e ri do XIX. alguns J u li an o uma social das pesso as a }t internadas. No arqui vo do Memorial esp ec tr o que aos mea do s do século XX, na Bahia, o que dos um amplo meados foi de; multei do valia p a ra e s t e e s t u d o . 0 acesso tra ns fo r m o u - s e salientar aos ar qu ivo s da Santa numa a grata investigação co n s e r v aç ão dos especial, João de hospício deve- se nos livros e s t ud ad os Asilo Termos de Entrega da Fazen da da à inauguração do Asilo, todas as c o r r e s po nd ên ci as feitas ia pas sa nd o São desde a por uma nesse período, com bem como com a de na Bahia.. história da ps iq uia tri a Asilo e., Boa Vista,, primei ro seus res pectivos custos e problemas, uma br eve tanto no a r q u i v o , quanto A pr e o c u p a ç ã o do mordo mo do de Salvador, d e s c r i ç ã o de pois, o d o c u m e n t o que relata a inauguração do Deus. an ot a ç ã o dos de Mi se ricórdia do cu me nt os ressaltar a riqueza de detalhes co nt id os em Casa apresentação Fica claro assim, uma das mel hor es fontes de est ud o d o Estado aberto àquele s que se interessam pela história. que estes arq uiv os representam Após as pr im ei ra s pesq ui sas o a té número de me a d os masculinas,, apenas internaç ões femininas, realizadas, desde a inaugur aç ão do d o s é c ulo X X , era m u i to s upe r io r ao o que fez com que se optasse por em p r o nt uá ri os de mulheres, 9 ver if ic ou -s e que de ctsilo i nter na ções realizar a pesquisa, por a c r e d i t a r - s e que, se ri a provável que este di s c i p li na ri zaç ão , dado re velasse Imposta pelo urn dos hospital as pe ct os da psiquiátrico, no pe rí o d o . A cit ada além partir de leituras es p e c í f i ca s el abo ra -se urn texto que dessa introdução,, os e se divide etn quais da doc ume nt aç ão qua tr o apr es en ta m capítulos., a seg uinte c o n f I g u ra ç a o : -Capí tu lo cap í t u l o da Razão e Loucura. 1. Pr o c u r a r -s e- a ap res ent ar uma ge ne a l o g i a do pen sa me nt o psiquiátrico, Europa desde o final da Idade Media até as nesse p a r t i n d o -s e represen ta çõ es gerais que iriam c onf igu ra r o dis cur so médico brasileiro; - C a pí tu lo estudo se uma breve historia da cidade, ern seus as pe ct os económicos, social Psiquiatria „ resume à cidade de Sa lv ado r -BA, apresentar e A Cidade e o Nascimento da 2. aonde psiquiatria.» Nesse ca pí t u l o p r o c u r ar -s e- a o o aquí, em seus as pe cto s sociais coroo firn de ap re s e n t a r o se d e s e nv ol veu Como dis cur so pr ocurar-se-a, méd ic o também, esp aç o sobre demonstrar m o v i m e n t o de c o n f i g u r a ç ã o de di ve rso s asp ect os urbanos da a o cidade de Salvador. -Ca pi tu lo 3. O Discurso Médico.. Pr o c u r a r - s e - a cam inhos ps i q u i a t r i a menos 1980, p e r c o r r i d os no Brasil, pelo di sc u r so aqui mé d ic o a desc re ve r os respeito da desde mea do s do século XIX até ano em que se encerra esta rnais ou abordagem. -Cap ít ul o 4. Asilo São João de Deus.. Nesse ca pí t u lo p r oc ur ar- se- a ap re s e n t a r a historia do Asilo dessa designação, d e n o m i n a d o Hospital Juliano Moreira, até a segund a met ad e des te século, 10 po s t e ri or me nt e desde sua criação, incluindo em 1874, urn estudo de caso, -de Maria dos Sant os Matos-, e xe m p l i f i c a r social, o pr oce ss o que se con si de ro u si gn if i c a t i v o para de ex pi aç ão referentes ao di scu rs o médico, Procurar-se-a, e de disc ip 1i na rIzação em Salvador. portanto, neste re produzir o que se co ns i d e r o u corno o nascimento da na pa ss an do Europa médic as para o Brasil Sa lvador) A silo Sao pelo seu translado e para a Bahia de de Deus depois Hospital Morei r a . 11 p s iq u i a t r i a di versas teorias (e sp ec ificamente a cid ad e de re sgatando para tal a história de uma João tr ab al ho instituição, Psiquiátrico o Julian a CAP ÍT UL O 1 RA Z fiO E LOUCU RA Eu sou o p al ha ço de Deus Ni.i i nsk i. "Num meio-di a de fim de primavera, t ive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cr is to dcscer â te r r a . Vei o pela encosta de um monte, torna do outra vez menino,, a correr e a rolai se pela erva, e arr anc ar f lores para as dei ta r fora, e a rir de modo a o uv i r-se de l o n g e ". "Tinha fugido do céu. Era nosso demais para fingir de segun da pess oa da Trindade. No céu era tudo falso» tudo em desacordo, com flores e árvor es e pedras. No c é u tinha que estar sernpre sério, e de vez em quando de se tornar outra vez homem, e subir para a cruz, e estar sempre a morrer". "Com uma coroa toda à roda de espinhos, e os pés e s p et ad os por um prego com c a b e ç a , e ate com um trapo á roda da cintura, como os pr et o s nas ilustrações. Nem sequer o d e i x a v a rn t e r f:>a i e mae como as o u t ra s crianças. 0 seu pai eret duas pessoas. Um v el tio c h a m a d o J o s é , q u e era c a r p i n te i r o , e que nao era pai dele; o outro pai era uma pomba estúpida, a única pomba feia do mundo, porque não era do mundo nem era pomba. E a sua mãe não tinha amado antes de o ter". "Não era mulher: era uma mala, em que ele tinha vindo do céu. E q ue ri am que ele, que só nascera da mae, e nunca tivera pai para amar com respeito, pr eg as se a b on da de e a j us t iça í"(P E S S O A , 1985). 12 Se D es car te s pudes se (em especial o mesmo acima, o que era 1er os poemas de foi exposto), insano, pois seria impossível no mesmo momen to em que o (DESCARTES, 1978: 136 ) procu rav a exp lic ar o razão. de nS o-razào perigos Era um mundo, pod ia m sempre, pelo menos de as pe c t o s o b stante, da literatura, textos, pa lavras mundo pe>.1o direito, onde a idéia aberta cujos c o mp ro me te r (FOUCAULT, fizeram Método exer cíc io 1987: com refer'éncia s ciara s a sernpre s e loucura, as Di scurso do "uma e s pé ci e de ante a ça relações de su bj e t i v id ad e e da verdade" Nao pensar o dos s é cu lo s XVI e XVII, con-sti tuia, Pessoa bem pro va ve lm en te con cl ui ri a que es cr i t a s da Fe rn and o p r e se nt es as 47).. di v e rsos dent ro da ora ap re s e n t a n d o o louco como uma espéc ie de crítico dos cos tum es e da moral (como é o caso do Rei Lear)"*-, ora como um rep r e s e n t a n t e dos d es vi os da sociedade. Nes se senti do pode- se traçar loucura desde o final da Idade Média"-, c o me ça a per ceber uma clara ati tud es que, então, d e cl ín io até nesse mo me nt o seria d en om in ad o - loucura,. urna espécie de g en eal og ia da a. partir transferência dos di ve rs os eram as so ci ad os à , para um outro P e r c eb e- se que lepra, es tru tur as exp ia ça o seriam r el açã o aos tarde. . Por vezes, usados, os mesmos Pobres, loucos, prostitutas, 13 c o dig os - em a lepra se e grande d e s a p a re ce ri a no entanto, locais de t r a n f e r indo-se a práti ca leprosos para os alienados, onde com po ne nt e social que d o cenári o e do imaginá rio da Europa permanecendo, suas de reclusão uti li za da as e em dois ou três séculos mais e outros, a s s u mi ri am assim o p a p 0 1 d o .1a z a re n fco ..(F 0 U C A U L T ,19 8 7 : 6 ) Tanto a lepra quanto a loucura são imaginário das populações, uma prática c ó 1 era s ei am objetos dos ritos de p u rg aç ão Isso leproso,, em em purificação do um efeito se ndo que p u ri fic açã o da ambas (o que Isto fazia com que herde;ira de todo o se nti men to de medo ser comprovado, relação à cidade quanto ao c o n s t r u íd o s de e p r a d e s d e h á m u it o t e m f:>o pode di st an ci a m e n t o e a excl usã o social). loucura fosse con si de ra da 1 como De u s (F 0U C A U L T ,1987:6 )^ f r e q u e n te me n te c a r re g a d o p e 1 a pelo pelo menos até o momento do inicio relação ao alienado, e da bo ndade de env ol vi a a médica em c o n s id er ad as 1 por e x e m p l o ,, imposto ao doente, louco.. Lep rosa ri os e hospícios o c a is tanto sempre p r o m o v e nd o ~ s e , ao foram a s s im , a do exílio das fontes de um processo que ocorr ess e do Com o d e sa pa re ci me nt o da lepra na E u r o p a s no esp aço a fas ta d o s , pelo urbano at ravés contágio, No dia entanto, para a noite. final do per íod o tra nsf or ma ça o esse não era medieval, que na me d f.da orn que as várias pa u 1 a t i na m e nt e „ ass uni i r iam o papel alienados do e riças e, começ a-s e dando pr oce ssa r gaf arias origem se aos especial.izarlam pr ime iro s essa existentes, de as i 1 os de me nd I câ nc i a e com o passar dos tempos, mentais* a de nas hospitais ps iq ui á t ri cos. Ressalte-se, muito bem também, rec onhecido pelo Fi gu ras como a "Nau dos p in tu ra de Bosch, que o louco já era imaginário da Insensatos", Ren as ce nç a ou como os se po pu la riz ava m com a mesma 14 um p er son age m européia... "Desviados" intensidade da com que a u m en ta va o número de a l ie na dos e x cl uí dos do co nv ívi o social, p r i n ci p a l m e n te Mao el em ent os nas pa is age ns se que me nd i c â n c i a deve urbanas das velhas c i d a d e s - . esquecer c on t r i b u i r i a m - instituições que mais na em por pr in ci p a l m e n t e especial devido ã um asilos para a vezes, a R ef orm a após própria dos por necessidade de Igreja Católica. "Século XVI o cr is ti an is mo era o própri o ar respirado toda a região que c o n v e n ci on ou -s e des ignar por Europa e c on st i t u í a homem o ter ri tó ri o da cristandade. vi via sua vida, intelectual, rnas comportamentos. ocupações, imensa que, toda sua vida, também Vivia sua e n q u a d r a s s e .... Do sua vida sua vida vida Uma atm os fer a em e não unicamente até pre te ns õe s de s u a. tornar-se Percebe-se,, da livre" assim, Contra-Reforrna, vida múlti plo s pública, em suas div er sa s a onde quer que se morte, estabeleci a™ se; de cos tumes e „e s c ra v iz a nd o - o v o n ta d e sua o seus sendo todas cr ist ãs ou c r i s t i a n i z a d a s ,a m ar ra vam c o rit ra que em pro fissional nascim ent o que privad a cadeia de cer im ón ia s e tradições, mesmo e de seria tornar-se-iam, re con quistar os es paç os perdido s pela Ho religião formação tarde p s i q u i át ri ca s Pr ot e s t a n t e que a prá ticas o ap esa r uma homem, s ua s de ( F E B V R E ,1 9 7 8 : 3 8 ) . a importância da religião, sobre o p en sa me nt o da Reforma das ci dad es re na sc en ti st a s e ur opé ia s do séc ul o XVI. Por século, outro iria série de o c r e s c i m e n to das pro por ci on ar p o 1 í 1 1cas exerc idas As lado, al te ra çã o após das esse relações nos Es tados Naci ona ís que se d e s e n v o 1v i a m . cre sc en te s revoltas uma grande ci dad es c o n c e n tr aç õe s urbanas na Europa. urbanas É óbvio, pr ov o c a r i a m então, que uma o apa re ci me n t o para essa da traria, cont er tais do que no ce nár io europeu, muito mudanç a do eixo campo/cidade’, mas fabril analisar, fábrica, aos go ve rno s da época, revoltas, a o desenvolvimento aliado ao necessidade de co nt r i b u i r i a se desejo de se avaliar, de; se de se e s q ua d ri nh a r essa mesma po p ul aç ão urbana, d e s e n v o l v i m e n t o de uma burg ue si a ficaria, em muit os casos, nascente e de sua a ca rg o do higienisrno em prol moral, vigen te o na época. Ao imaginar se que, ac o n t e c e r i a an al is ar o expos to acima, muito difícil logo após um pr im ei ro momen to de ex cl u s ã o social, uma opção muito clara não é dos go ve rn os pelo e n c l a u s u r a m e n t o dos p e r s o na ge ns que rompiam com a moral da época,, seja por motiv os religiosos, seja por- motiv os de alienação, por moti vo de não a d a pt aç ão às novas Para se para a ter uma mel ho r p o p ul aç ão denominaria como formas urbanas de idéia do que rep re se nt ou civil das grande di ve rs as internação, trabalho.. esse cidades, fenômeno que transcreve-se seja Foucaul t. o texto a b a i x o : . Isl "lí sabido que o séc ul o XVII criou casas de internamento; nao é muito sabi do que mai s de um habitante em cada cem da c i dade de Paris viu-se fechada numa de las, por alguns meses. É bem sabido que o poder ab so lu to fez uso das car ta s régias de medid as de pri sã o arbitrárias; é menos sabido qual a consciência, j u r í dica que poderia animar essas práticas.... (F O U C A U L T , 1937: 48) Nes se uma s e n ti do haveria um poder praticarnenrnte jur is d i çã o sem po ss i bi li da de de apelação, direito sobre a vida e a morte. 16 0 Hospital absoluto, dando ao Estado Geral de o Paris (fundada em 1656) c o n f i g u r a r - s e -i a como es ta be le c id a entre a justiça e a polícia. uma est ran ha ( F O U C A U L T ,1987:50)„ Era como se a med icina e os hospitais possuíssem, 'de sua suposta carrasco, casas de internamento, s oc ia bi li da de Pinei 7 neu tralidade científica, pois ao dec ret ar quem devia, e de ou d e t e rm in av am san idade da força o status não, as atravé s de juiz frequentar pró prias soc ie d a d e 6 . e n c on tr ar ia o louco na final do Sécu lo XVI11 £3 essas regras Nesse e de u niverso . É nesse mo men to em que realmente se iniciaria uma prática médica em relação à loucura, teóricos, iniciaria-se aí pr om ov id os pelos alienistas, que s i m p l es me nt e se recolher e enc ar ce ra r os loucos todo ou desviant.es. alienismo, A partir daí, uma série de estud os levaria a indivíduos um mas a praxis vida social" Se partir da economia, do 1990; da 20). necessariamente, deveria ser a n a l is ad o pela prática médica, seria o p r óp ri o corpo humano, enq u a n t o o p o d ia um dos objetos que, força de produção. m a is se arbitrariedade. unicamente re a 1.i z a r S e n ti a- se a t ra vé s Assim, a p e na s que em con tro le dei p e lo uso a d o m in aç ão da co n s c i ê n c i a ou da 17 relação a ex po st o que percebe-se, medicina, ao «interiormente, X V 1 1 1, das sentida, reprodução se obs erv ar agora o d e s e n v o l v i m e n t o da seculo cada emana do no seu amplo posta a serviç o da p r od uç ão e da (TUNDIS, série "norrnatividade pessoal de e n te nd ida aqui, de e do p at oló gic o de um eixo de referência s u p r a - i n d i v i d u a l , neces sid ade s como ob je t i va o que ac ar r e ta ri a o re co nhe cim ent o de uma realizada através da mais c o n s i d e ra do s a cura seria o d e pa tol ogi as clí nic as onde a defi ni ção do normal não mais era não socie dad e não da for ç a ou da não podia se dar que uma ideologic!, e soci eda de das d i s c i pl in a r seria c o ns tr u í d a quando, ideologias, além do ela cont rol ass e também os corpos. Era co nt r o l e necessário, inclusive para os model os e c on óm ic os que estavam se firmando, pr o j e t o de s o c i a l i z a çã o dos corpos e da pr od uç ão de ideologia que desse pa ss a n do conta sociedade das Europa, médicas9 , e a desse período, medici na pr incipalmente, com Havia forma co erente e homogênea pois, natural refere nt es tanto à estr ut ur a rios da na realidade», estrutura •desenvolvimento a física ou seja, do século XIX, polícias pr eo cu p a v a m - s e es tr u t u r a s urbanas que tendia a a cidade. com o começassem regular esse espaço desenvolvimento a surgir das p r ob le mas (o con tro le dos cemitérios., social (revoluções, di ve rso s pr ob le ma s es ta va m e tendiam a se aglo me ra r e aprofu nd ar urbana. fabril das quanto â de ordem me n d i c â n c i a etc.), ai, p e r me ad os se que etc.), quais nesse momento, era ope rá ri o tempos: necessi da de de, matadouros, as as o con tro le de um espaço cidades, dentro vinha const It u i a - se o d es en v o l v i m e n t o em última análise, greves, que ur ba n a 1 0 , se valo ri za r com o passar dos de por ( F O U C A U L T , 1982:84 ). Ha visando, t r a n s fo r m aç õe s um Se se levar em e, conseqüentemente!, conta, o o desenvolvimento po d e r - s e - i a veri fi ca r que c o n c e n t r a r i a m os grand es c o n t i n g e n t e s ainda, nas cidades r e vo lu ci on ár io s desse séc u l o . Na cidade ci d ad an ia e o p r o l e t a r i a d o ex e r c i t a r i a o em pu r r a n d o para r e v o l u c i o n á r i a s do séc ul o XIX. mais a forte, fome, frente Na cidade as e mp ur ra ri a o de ondas cada vez na ci d a d e quo " l umperr- prole ta r lado " 18 de s e j o grand es a burguesia, traçaria sua es tr a t é g i a de c o n qu is ta e por vezes, seu para as mãos do Imperador'*'*'. os m o vi me nt os Não é atoa que Marx se pre oc up ou em r e v ol u ci on ár ios de 1848/51 e, ac o n t e c i m e n t o s re lativos à Cornuna de Paris Ele que pe rc e b e u trabalh ad or es e na cidade se dava burgueses, pois nao poste ri or me nt e, (MARX, o estudar 1980: grande exis ti ri a os 93-285). emb at e en tre d e se n v o l v i m e n t o c a p i t a l i s t a sem o de se n v o l v i m e n t o das forças trabalhadoras. Se po p ul ar es se cada - imbuídos do esp ír it o c o ns ti tu i ri am f ev er ei ro de preocupar, os na França, vez mais, di ve rsos div ersas republicano vigent e é claro que na época como se nota em Est ad o se do ap ara to médico •- que há algum tempo, setores o ca mad as iria com o co nt rol e desses ext ra to s incontáveis vezes, de se n v o l v en do as em uma grande* força política, 1848, cada utilizaria, se vez ma is o op er ar ia do e sociais e s t a b i l i d a d e da po lí ti ca e moral como se viu - para que of e r e c i a m e já se vinha disciplinar algum risco à burguesas. A cid ad e se c o n f i g u r a r i a en tã o como obje to p r i v i l e g i ad o da intervenção médica por doença s da população. na Europa seus (ma Is pobreza) cidade seus causas que que gr a s s o u teve, como um dos p r o pe ns os à doença) e 1982: pois, a os ricos (temerários as s u m i r i a da 86/87). importância c r e sc en te que assu mi ri a a relação a co m o centro de pr od uç ão ec o n ô m i c a bem como em pro ce ss os das a d i vi sã o dos espaç os físic os da cida de ent re os (FOUCAULT, Vê-se as É o caso da ep id em ia de cólera, na pr im ei ra met ad e do Século XIX, resultados, pobres reunir em sua de so r d e m comerciais. Há que se lembrar que também a centralizaçfío do poder po lí t i c o que e m todos os níveis da vida social forçando, cidade intervia o desenvolvimento certos p a dr õe s para o fu n c i o n a m e n t o or de na do dos .19 a de núcleos urbanos. ( M A C H A D O :1978, intuito 260). E nesse s en tid o a ps iq uiatria viria de es qu ad ri nh a r se qu es tr a r o tecido os degenerados, social para com localizar os de s vi ad os e def end er a o e sociedade, reforça ndo as for mas de controle; sobre os sadios. No sua de pe nd ênc ia havia, na -e não poder ia ser muito di fe ren te devido em relação no século XIX, so c i e d a d e rec.pei.to de Brasil di ve r s os inclusive necessária. urbanos como a os cemitérios, o a loucura, séc ul o XIX, levariam a uma atesta etc., as médic as nacionais, o conce ito s di scu ssõ es Impér i o a acer ca alcoolismo, s en do idéia de Robert o Ma cha do não havia no Brasil, instituições europeus- desses Assim, sífilis, lixo C o r t e " e das pr i ncipa is c idades do Como cult ur ais iriam surgir mo ti vad as pelos debates temas matadouros, model os a tent at iva de a p li ca ção sem a crítica d d loucura aos á que os todos, "metropolização da (C U N H A ,1990:16). (MACH ADO ,1978), antes do seja por parte do Estado ou uma p r e o cu pa çã o e das uma relação de grande s ex p l í c i t a entre a saúde e a sociedade. 0 século XIX marcaria, t r a n f o r m a ç õ e s sociais, po r certo assim, um períod o polít ica s e ec onô mic as para o Brasil também influe nci ar ia a medicina, o que o que fez corn que esta de s e n v o l v e s s e dois as pectos que se tornaram ma r ca nt es até os dias atuais , ou seja, incor po ra nd o sociedade» a anális e e i n d Is p e n s á v e l leva a cie nt is ta a pe ne t r a ç ã o da a de vários me di ci na no meio e l em en tos do cotidiano si tu aç ã o da med icina como ele mento a.o co nc lu ir social e x e r c íc io do poder que o médico capaz e assim, avali ar da ci ent ífi co (M A C H A D 0,19 7 8:155). tornarIa-se, de pe rc ebe r social, os o Is s o grande c a ra ct e r e s históricos, dem ográficos, geográficos, es ta tí s ti co s ur b an ís ti co s com o sentido de au> i 1 iar o Est ad o na dos di ve r s o s pr o b le ma s da cidade e propor soluções. através de co n cl us ão uma de unicamente-! que pela fragmenta ria, urna nova as nova pode utilizada nas Igrejas, se 156). qua nd o ch eg a r ia ser uma foi a destruído ação lacunar, mas ex ig ir ia a c r ia çã o ao Essa se indivíduos mesmo nova de tempo tecnologia, proib iu os or iu nd os daquela p ro voc ar ia a por en ter ro e fundados os dos práti ca e que, revolta e que o b j e t i v a n d o- se afasta r a po pu laç ão Salvador-Ba, conh eci da na como 1O Assim psiquiátricos ser ia m no Brasil. em Recife em 1 8 6 1 , As p r i m e i r a s ao leis ou por pr od ut iv os dos ares pestilentos, de nao d et ec ta ça o Ou seja, capaz de cont ro lar os tornando-os seria Cem ite rada prim ei ro s hospitais No Rio de Ja nei ro e São Paulo em Sa lvador em 1 87 4 e em em 1852, Porto Alegre em 1 8 8 9 . instituições ps i qu iá tr ic as bra si le ir as sur gi ri am reclamo populares, paz urbano (MACHADO, .1978: sepultamento urbanas perigo tecnologia do poder, exemplo, meio que de repressão aos abusos, inofensivos" cidade d i s c i p l i na r pro mu lg aç ão de populações, miasmas, "o lógica e já das class es médicas, e mesmo das classes imbuídas do di sc ur so méd ic o por es tru tur as so cia is mais or g a n i z a d as e em um con te xt o de ameaça à or de m e social em advinda da falta de bom senso ass oc ia do à a loucura ( T U N D I S ,1 9 9 0 : 3 8 ) . Seria psiquiatria, como na se na Europa, supunha-se cidade: que a medicina, instalariau. 0 que ela seria a repressão a toda em p e n h a d a em resistir e a e em parti cu la r iria buscar uma "fauna" fraudar as no a Brasil, urbana que d i s c ip li nas impostas pela sociedade pr o cu ra va d i s c i p l i n ar mult id õe s an ôn im as c as as das boteq uin s era o que reedição das co ns t r u ç ã o de becos, nas suas nos nas habitações c o le ti vas e insalubres, nas fronteira com os imperceptível" deg en era dos (C U N H A :1990,27). no s e nt id o de pr ev eni r esses internação o que par ec e ser pr áticas de ex cl u s ão social antigas m e d i c in a imoralidade laboriosos cuja a a escondia sem pr e so lid ári os com a p r át ic a medica desenvolvida, ju st a m e n t e "a cida de que nas meretrizes, e cabarés, o vielas, teóri ca e p r a ti ca m e n te seria ou seja, de de g e n e r a do s em seus mu l t i d õ e s de pobres seria burguesa, um universo d i sc ip lin ar no qual males, uma que simpl es v i sa va m apenas A o a méd ic o ma nt In ha o contro 1e .. P o d e r - s e- i a exemplificar- o expos to atrav és dos dos médicos, prostituição da e pr ime ir a metade do sécul o XIX, à fábrica.. p r o s t i t u i ç ã o sempre idéias, sentido, respeito verifica-se; que aqui licença a respeito, ao leitor de He rc ul an o para transcrever August o Cunha ern "these" à Faculdade* de Medicina do Rio de Janeir a do ano de "As pro s t it ut as Moram de pr ime ir a ordem são isoladas, se honestas».,. esp al ha da s m ui to tempo socie dad e por nas j a ne 1a s S ã o por Em Não vivem quando 1845: público, peleis tornado nojentas ficam classes da abastadas.. recusam o tratamento rnedico quan do o mal as tem das acham- opulentamente, fr eq ue nt ad as as ricos.. mais perigosas, que me dei am entre a po pu laç ão e as pe ss oa s Só a sua tor na di f í c11 disti n g u I - las As de segunda ordem, toda cidade. E, dado fundamental, sífilis. fr eq uentadas em casas de sobrad o e bem ornadas,. apr es en ta m ar de hones tidade que m ul he re s â fez parte desse discur so m é d i c o „ Pede- se esse Nesse a escritos contraem recorrem a medicina,.. As p r o s ti t ut a s de te rc eir a ordem sór d i d o s casebres, en tr e g a r e m nelas onde se reune; o refugo dos a cr á p u l a e as de ma si as da a pa ga do dec ê n c i a os sensualidade... pudor, p ú bl ic a com suas vo ci fe r a ç o e s obscenas, libidinosos... às janelas ou às portas d e badajos r e n d e n d o - 1hes ascos as da os mais libertinos para d e r r a de ir os v e st íg ios do d e s o n e s t o s e seus gestos vistas habitam se; te nd o - s e e sp an ca m seus ademães Quan do chega à noite taberna, homenagens, a rodeadas de são m a go te s ou ba r g a t e a n d o pelas ruas em co m p a n h i a de seus ap a i x o n a d o s que as seguem tocando viola e so lt a n d o 1973; pa la vr as que; o de;coro não t o l e r a " (Apud 331/332). médico, a Imiscuído á p r o s t i t u i ç ã o estava, figura do 1 ibert i,no o qual, so f reri a de uma Nesse porém, que mesmo não se; trata aqui de; uma dos médicos assu mi da s e sim da críti ca pelo di sc u r s o méd ic o apesar- dos di ve r s o s erros cometidos, av a n ç o s socía is de c o r r e n t e s da med icina Por um outro lado, a fábrica d i s c i p l i n a r i z a ç ã o , através de; sua e, pela sua o r g a n i z a ç ã o níveis autor, c on de na ça o no a de de te rm i n a d a s p e rí od o abordado.. de sua interna. higienista de p r e o c u p a ç ã o básica. inegáveis os (COSTA: 1983).. localização ein relação à cidade A reflexão sobre a fábrica, localização e or g a n i z a ç ã o está, idéia fundamental Soci ed ad e foram diz aparece como um el em e n t o de portanto, aos guiada de que ela é um age nt e poluente. 0 Código de Po sturas de 1832, da discurso senti do concorda-se; com Ju ra nd ir Freire; Costa quando que, pela para à prática médica br as i l e i r a ou se supor a c r i a ç ã o Repú bl ic a po st ur as MACHADO, i n úme ras molés tias f ísIcas e mo ra is . É óbvio, irrestrita se gu i n d o o a: e l a bo ra do com a asses so ri a Medicina do Rio de Janeiro, 0 seu título sexto, mostra pr im e i r a parte, qual é a re fere-se â colocação de cor t u m e s , e q u ai sq uer e s t a b e l e ci me nt os de fábricas e manufaturas, a t m os fe ra ou imundícies" da incomodar a vizinhança; (MAC HA DO ,1978:345). fábrica,, Goes que pos sa m alterar e c o rr om per a Também Siqueira, a pr es en tad o o em melhoramento da si tu a ç ã o das class es mesmo procu ra t.al, em seus estudos, mortalidade, as c o n di çõ es d e p ós it os de sobre organiza ci on al "médico-pol í t i c o " 1854 qua nd o da no aspec to p o de -s e citar o projeto do Legislativa, para e s a l ub ri da de à As se m b l é i a legislar a José Geral respeito t r a b a 1h a d o r a s , os hábitos alimentares, do o bs er va nd o as causas hi giênicas das of icinas entre de out ro s (Apud a M A C H A D O , 1978:346). A do intervenção da medicina e da ps i q u i a t r i a mundo burgu ês se c o n st rui a legislação de; 1903 loucura, as s i n a l a n d o mo lé st ia cong ên it a assume a natureza que ou segurança das pessoas" me di ci na avaliar o e regular elaborava-se, adquirida, (CUNH A, 1986: os das di versos c a ma da s 0 que pret en di a por ordem ou assim, que a pre oc up ad a vida di sc u r s o em médico qual se fosse técnicos força den tr o de uma s o c ie da de e das o todo um códi go de totalmente de um c o n h e c i m e n t o 24 as de forma manique* i s t a , assim, a cotidiana, isento c r í 11 c:a o u Id e o lo g Ia , p o Is q ue o m e s m o e s ta r ia pr eceitos a acima de qu al qu er ju ri s d i ç ã o ou ju risprudência, normas de p r o c e d i m e n t o social, o da populares. moralidade ganhav a a Parece, as pe ct os “a a t r ib uí da Indivíduo 45-46). confeccionando, em o compromete que era c erto ou errado, q u a lq uer p at ol óg ic a al ie n a do é fo rm açã o por exemplo, p s i q u i á t r i c a da época estava ser ia me nt e pr i n c i p a l m e n t e diversas na me d id a em que, na que, a pr óp r i a s de f u nd ad o cada dia, academias médicas. Era a p s i q u i a t r i a que iria e n c on tr ar em Fr a nc o da Rocha, alie ni sta pa uli st a f or mad o em 1890 - o seu re pr ese nt ant e mais conhecido„ 0 que se pode concluir, é que os pr o c e s s o s utiliza do s méd ic o a uma basicamente prática que (CUNHA ,1986:1-217), lógico po is vir ex cl u s ão já ou ainda, psiquia tr ia obs c u r o s dos govern os social, assoei ados ao do muito di scurso Brasil, serviram não d i s pu nh am pesso as que, por de um espa ço um moti vo que, mesmo por , o poder de fogo do alienisrno, 1ocais outro, moral. "sem um proje to muito ai nda cami nhava para social ou a ferir os e s t at ut os de uma d e t e r m i n a d a pensar, a e análise, para a c o n s t i t u i ç ã o de um esp aç o médi co asilar pesso as pu de ss em ex piação em uma pr im ei ra pelos a l i e n i s t a s brasileiros, e aquel as de então, claro ai nda do início mui to do século, esta va v o lt ad o para as tarefas de c o n s t i t u i ç õ e s e difus ão de moralidade;. Fundava-se no d i s c i p l i n a para o trabalho, rotinas toda claro a co m p o r t a m e n t o s di f e r e n ç a s ac a rr et ou esta que, um normalizada, sociais, história, ev it an do a de um di scurso pensamento ho mo geneizar configuração p u r am en te lacunar a respeito da procurou, em os di versos das di versas ideológico. loucura, Isso lacuna pelos pr óp r i o s m ec an is mo s de co nt rol e estabelecidos, po de ri a vir a ser pr ee n c h i d a pelas mãos dos médicos. vez, da (CUNHA, 1986:119).. que a ps i q u i a t r i a b r a s i l e i r a sua atrav és família uma da a c e it aç ão dos papéis sociais e das impostas pela vida urbana" Fica quase; padrão cia evitou, s e gu nd o Marilena Chauí s i t u a ç ã o - o que p o de ri a ideologia apenas É levar a uma , a só Isso por sua indeterminaçao instab il id ad e social, de uma pois a reco nh ec e o que já foi ace it o pela s o c ie da de ~ o que forta le ce o poder médico, principalmente nos ex tr at os s oc ia is po p u l a r e s D e n t r o dessa perspectivei,, a cidade de S a l v a d o r - B a , deste aqui estudo, d em on st ro u uma vontade de enc ai xa r- se apresentados,, p s i qu ia tr ia Janeiro, co ns onâ nci a brasileira. torna-se respeito em do Desde 1830, alienismo. Apenas do Santa de Misericórdia, preocupação com o modelo s d es en vo lv im en to ern co nj unt o com o da Rio de um grande centro pr od uto r de teses médicas, inauguração Casa com nos alvo a part ir As ilo São João de Deus, urna que, de ligado 1874, nesse na realidade, com a a momen to a ins taurou-se a d e t e rm in ada pratica medica em relação a lo uc u r a . Porém, impediam a l g u m a s e s p e c i f i c i d ad es da cidade que se p r o p u s e ss e que os mesmos mé tod os Sul do País fossem tr a n sp la nt ad os para a Bahia, de Salvador, ut ili zad os no corno por exemplo, a herança e s c r a v i s t a „ Não obstante, p er ce be -s e Asilo S$o João de Deus, no di scurso médico, relativo cio um certo d e s c o n t e n t a m e n t o dos m éd ic os da Fa c u l d a d e de Me di ci na em relação à ad mi n i s t r a ç ã o da Santa Casa de Misericórdia o vá ri a s a lt er aç õe s que iria, no Asilo, com o adven to porém, da República, trazer tratar-se-a melhor desse tema mais adiante. Resumindo,, uma pr e o c u p a ç ã o estrutura física ve r i f i c a - s e com até , desde o final a loucura, ai ocupeidei constatando-se pelo da Idade que lazarento Média, muito da (hospitais. gafar i as , loucuraq ue etc), seria, A nível todo o do com o passar "transplante" medo que se do ternpo,ocupado das mental idades vê-se criou em torno do pela também leproso seria t ra nsf e r ido pa ra o alie n a d o . $ de É uma óbvio, hora porém, que essas transfor ma çõe s pera outra. Renasc ime nto , e ap ar ec im en to da c on tr ib u i r i a m para tal o 0 cr e s c i m e nt o fenómeno, da fábrica não cidades, na sentido, na medi da em que as ern con jun to com o d e s e n v o l v i m e n to pela Europa, desenvolver- se- ia, nova uma moral moral, cada vez mais, d es de Europa, sócio-econòinicas e mentais das cidade s se alter ava m N ess e oc or re ra m o rnuito es tr ut ur as rapidamente. social vi v i d o também, di ve rs os as pe cto s de uma a qual sentia a nec essidade de, uma p o p ul aç ão c r e sc en te nas bur guesa e s q u a d r i n h a r e regular cidades. Cria-se, entre: tantos outros e l e me nt os vo lt ado s para d i s c i p l inarização inaugurada da sociedade, por Pínel, melhor ent end er o c ár c e r e tantos e tantos Porém, libertação p ris ão fenômeno da grades. Seus loucura, loucos que aqui lo social médica na virada do século XIX, alienista, com o senti do p ro cu ra nd o tirar de do lá se encontravam. que; pareci a um gesto de do alienado, imensa uma práti ca a com o passar do tempo com a d i fe re nça que esta car id ad e e t o r n a r - s e - ia já limites dor av an te es t a v am de te rm in ad os não pelo de uma p o ss uí a olhar a t e n c io s o d o m é d ic o . Libertinos, ce libatários, sociedade, etc, seria prostitutas» «assa fauna considerada, bêbados, boêmios, fadada a romper com as via de regra, como sifilíticos, regras da el em en to de de sv i o de s v ia nt e e , cu bra si l e i r o s e europeus, Era para tal, vár io s corno tal., e n q u a d r a d o dentro dos limites da alienistas,, loucura» necessá r io d isc iplina r e h ig ie n izar esses se to res ainda no pe río do do hospitais p si qu i á t r i c o s até o final uma práti ca médica 0 b v ia m e n te, Eur op eu s pelos Império , inst it ui çõ es que se do século, por todo o em e, um em relação a p r irne í ro mais tarde, Brasilloucura, rno m e n to , na área, Nina Fra nco da Rocha, Esse a espalharam» no s t e ó r ic o s de ?.B sua Afrâni o Peixoto, pesqu isa s mais vo lt ada s para re a 1 id a d e b ra s i 1e i r a » de nível nacional. atrav és Julia no Moreira, criaram-se foi o início 1ns p i ra d a produzindo, i nt el ec tualidade Rodrigues, como Brasileiro, e, a HO r AS I. O texto de Shakespeare, co stumes da época, p r i n c i pa lm en te por- utn ac esso de ral va. avalia a sua si na 2„ 0 Re i Lear, críti ca a os t o ma do uro di scurso em que (S H A K E S P E A R E ,1983:1-151). pois a li teratura estudada, textos de Michel Cl ás s i c a urna no moment o em que o Reí, Set i a chuva e profe re inicio do recorte e aquí pe lo s p r omo ve (F'OUCAULT, sug er id o no final da nesse sentido, Foucault: Tdade é co mp os ta ba s ic am en te A história da loucura 1978:1-551) e Media, Eu, Pierre na Idade Riviere... (F O U C A U L T „1982:1 ~ 294). 3.. Foucault se refere aos mi lhares de: leprosarios abert os em Europa da alta Idade Média até a época das toda Cr uz a d a s (FOUCAUL 'I , 1978: 3- 44 ) . 4.. Eram efeitos da cólera de Deus, leproso passaria dec o r r e r de sua pois o individuo louco cu pr i v a ç õ e s no por urna série de hum il ha çõ es & vida e, da bonda de do Deus, co nd iç ão de e x i s t e n c i a sofrida na terra rrtesmo pois 1 he ga ra nt ir ia urn sua espa ço no reino de Deus. 5. A Ñau dos l i t e r á r ia re ce nt e m e n t e In sensatos é, como afirma F'oucault, uma "composição e m p r e s t a d a s e m d ú vid a d o ve 1 tio c i d o d o s a r g o na u tas, r e s sus ci tad o entre* os grandes ternas mític os lado de Blawe Schute de Jacob Van Oestvorern em 1413, e ao de Borgonha" ( F O U C A U L T , 1987:9) . 6. Poder-se-ia, ci t a d o por Michel nesse sentido, Foucault: "Para transcrever o tanto, os Edito d i r et or es de 1656, di sp o r ã o de; postes, Geral e parecer, do dito gol ilhas de nos lugares ferro, deles de p en de nt es sem que se possa hospital; prisõe s e celas no dito conform e Hospital for de seu apelar das ordens por eles dadas de nt ro e quanto as ordens que interfiram com o e x te r io r , s e ra o e x e c 1.11a d a s e m s u a for rna e d is p o s iç a o n a o o b s ta n t e q u a is qu e r op o s iç õ es pre ju íz o daqueles, ou a p e 1açoes que se e para os quais, nenhu ma defesa ou exceção" 7 -Filipe Es tu do u Pinei P a t ol og ia Bicêtre na em Toulouse, e Salpêtrierre- tratamento, p a ra o a tirou 1801, francês Mo nt pel lie r (n. e F1a r is ., nos t e rnp o „ A b o 1 iu aos os Tomou m é to d o s doent.es,. apenas o Prop ôs pu bl ic ou psiquiatria: 1972 ) .. seguir (LI S A : das c on st at aç õe s c o n d i ç õ e s em que? se en c o n t r a v a m os a l ie na dos nos h o s p i t a i s : "vi- os pouco de palha para abrigarem-se da fria trapos, mal alimentados, matar a en t re gu es a vigilância. sem luz, ferozes, tendo apenas um a umidade do chão sobre o qual se Vi-os sede Pinei Esc rev eu das co be rt os de de Tratado respeito nus, uma medidas de t a m b é m : Nosogra fia F i 1osóf ica ( 1780 ); de b r u t a is Corno re sultado de seus estudos, a obra que se tornou clá ssica em Ensinou ho spitais ou a Mania. A sem 1745,1826).. Médico - Fi lo s óf i co Sobre a A l i e n a ç ã o Mental 8. e não se concederá De di co u- se a psiquiatria.. cadela tra ta m e n t o psicológico. fazer (Apud a F 0 U C A U L 1 , 1087:50). Esco la Médica de Paris e serviu r e v o 1 u c io n á r ia s em não obs tan te ~ Médico ps iq ui át ri co med ici na possam sem o ar para e sem às coisas mais respirar, sem a necessárias â v e r d ad ei ros carcereiros, Vi-os em locais estreitos, ab a nd on ad os a sujos, 30 água para vida. sua infectos, fechados em antros onde se hesitaria em e que o luxo dos go ve rn os mantem com estendiam. fechar g r an de s Vi-os brutal sem ar, animais de sp es as nas cap ita is " (Apud a FOU CAULT , 1987 :49 ) . 9„ Para melhor M i c ro fí si ca com pr ee ns ã o da idéia de Polícia Médica do Po der de M. Fo uc aul t ( F O U C A U L F ,1982:79-98), P o lí ti ca das Fam íli as de J,. Donzelot ( D O N Z E L O T ,19 80: 15- 49 ). 10- Na França, ern fins do século pr áti ca m édica que se preocupava, XVIII, se tudo que, e d e s en vo lv eu pr in ci palmente, lugares de a cú mul o e arnontoamento de ver uma em an alisar no espaço A os urbano, podia pr ovocar d o en ça s e com o co nt ro le da c i r c u l a ç ã o das coisas ou elem en to s e s s e n c i a l m e n t e ar e água. 11.. Faz-se p r o l e ta ri a do harx aqui uma à referência na as cen são ao poder de ( M A R X ,1980: importância REIS, de sc r e v e essa morte na 98-285). José João. A morte é uma festa,. a leitura „ onde o c.orno Cerni terada ocorr eu "0 ep isódio do autor revolta entre os di versos as pectos que? en vo lvi am pr im ei ra met ad e do séc ul o XIX. conhecido lumpen Luiz Bona pa rt e ap on t a do por 12. Para se con hec er melhor o a s sun to é fundamental livro: do a que ficou no dia 25 de; outub ro de 1836. N o dia s e g u i n te en t r a r ia e rn v ig o r u m a lei p ro ib i n d o o t ra d ic:io na I. costume; de en te r r o s e-m Salvador por trinta anos ( R E I S „ 1991:1- 357 ) . 1?. Para aprofundamento da q u es tã o ver Competente; e s cr it o por Ma rilena Chauí 31 o texto 0 (CHAUt ,1981:3-13). Di scurso C A P ÍT U L O 2 A CIDADE E O NA SC IM EN TO DA PS IQ UIA TRI A Ao an ali sar di ve rso s aspecto s do d e se nv ol vi me nt o de Sal vado r-ESa , avalla r a s é cu lo clda de XX, d el im it ad o percebe-se, imediato, q u e , segundo não havia mod if ic ad o no séc ulo XVI du ran te esse período, mun ic ip ai s de que (MATTOSQ, a d i fi cu lda de de; se do Kátia Mia I:t o s o , até meados o seu "termo", tal corno fora sugere que., 1973:116);, o que apenas acurnularam-se urna serie de revelavam urbano varios pr ob le ma s entre os postura s quais, os cida de de relativos â higiene. Existem Sal vador e, passavam relatavam pe r c e b i a m baixa, María varios d e p o im en to s a respeito corno d i z Pierre Verger, sempre em Salvador, as Ferdiriand Denis e Kid de r que deixou p a ss ar urnas das p elas ruas co nt ra d i t ó ri as que notam-se bem como, at r a t i v o s aos olhos dos estrangeiros. Inglés Wetherell, aquí alta e a (VEROíE'R,,1981:: i6 ) .. Nas a s p e c t o s sujos da cidade comercial o Cónsul por entre a cidade entre es cra vo s e se nhores Graham, os v i a ja nt es que impressões divi di dos da a possível falta Segun do Katia Mattoso, fortes dizendo: da cidade baixa, falas ,claramente, que viveu na Bahía entre imagens mais cld ad e o nariz "De do 1843 e de os de foi 1857. manhã ao se transeunte é as sa l ta d o por urna pr of u s ã o de cheiros" e isso devido sobr et ud o às diferen tes frituras que se fazem ali ex al an do todas horrível" de permanecer tal modo que não se pode "um agradar che ir o a ali a não ser a título de pura curiosidade". ninguém (Apud a MATTOSO, .1978:174).. Assim» suja,, com e o c on si der ada Passei o uma por alguns Público- cida de alegre» g ra nd e s mais do que ninguém, popu laç ão semp re for-a ta 1v e z , de alguns pontos elo gia da e s ta b e le c e ra rn s e que, cidade de Sal vador excessão, ab so lv id a exemplo, a também Semp re viva, da consider ada cidade viajantes., fora, em colorida, por contrapartida, um c o m e rc ia n t e s , b a ia no s como alta e local onde-; e s t.r a n g e i ro s presi dia m o d e sti no da cida de e de sua ( M A T T OS O, 1978:175). Salvador se constit uía ainda como "Mercado de varejo também, com suas mil e uma lojinhas e tabernas, farmácias, livrarias, bo te qui ns e tendas onde se ve n d i a m artigo s de Joalheria, roupas, s a p a tos, a lime n to s e b e b id a s , r eniéd io s para se sanar o corpo e a mente, e onde s e o f e r e c ia m o s rna is v a r ia 'do s s e r v iç o s á população residente como para a de p a s s a g e m : a 1 i t inham seus pon to s os a l fa i a t e s „ os barbeiros, os tanoeiros, os serralheiros e os funileiros, os fabricantes também de rapé, cuja lembrança pe rd ur ou por m ui to tempo na den om in aç ão de becos e ruas: rua do peso do fumo, rua das grad es de ferro, becos dos tanoeiros, beco dos barbe i r o s , r ua dos ca lde i re ir o s , etc Mu ndo do tra balho col ori do ao qual se deve ser ac re sci da a mul tid ão dos vendedores a mb ul an te s e os grupos de escravos, or g an iz ad os em cantos" (MAT T O S O , 1978: 172 )Na descia parei cid ad e alta a c.idade baixa muito do lixo jogado . "Esta p o p ul aç ão nas morava encostas., na maior p r o m i s c u i d a d e social pois lado a lado vivia m as sal ari ado s forros e escravos., nobres, ocu pa do s com todo o tipo de co mé rci os e atividades, segun do R.. conventos, Ch. mestr es ar tesões e funcionários, livres, 13- Avé-Lal l e m a n t , Babel um caos de voelas, praças, e descem e em cuja conexão, recém ch ega do de sc obr ir alguma ordem. c as as and ar es oc upa do s por p al ác io s ép oca do Ferrão. permit e informativa. faz p r o fi ss ão pardos de de ou apesar- na mesma rua: costureira, francês, alfaiate, que a de a f r ic a n os atividades de ga nhador ou de que sao em pr e ga d os procuradores de mesmo 21 advogados, em p r e g a d o s médicos, públicos, c o n t i n ua rn e que as músicos, sapateiros, 34 da pouco que donos no e xe rc em de pr of ess or estudante, s ua & brancos de venda, D i ve rs ida de tipo de documento: 1862 temos para s e g ui nt es ourives, saveristas, a criada; e x e rce n d o negociantes. Para o ano de artistas, e e fi nal men te os um outro q u a r t e i r ã o do curato da Sé a 1guns lado a lado, livres estudantes, social que é aliás c o r r o b o r a d a por ou do c u m e n t a ç ã o marceneiro, lavadeira, caix ei ros q u a l i f i c a ç ão de votantes,. mod es ta s lente aposentado, q ue públicos, causas, que na rua direita da Ajuda, crioulo s leite, l ib e rt o s de incompleta sapateiro, s a v e r is ta ; social o o Paço do Saldanha, de ped rei ro de cri ad o ou livres que são ama de pode famílias e mesmo P r om is cu id ad e social Em meados do século XIX préd io que er gu ia m- se sobrado s de dois p<rirte do 21 q ua rt eir ão do curato da Sé moram mesmo de P r om is cu id ad e uma ou várias apreender , igrejas, só depois de um tempo, nobres como a casa dos 7 Candieiros, Solar e e numa, e travessas, prédio s re si den cia is onde ao lado térreas de porta e janela, mais o os casas recantos, sobem e v i d e nc ia va m de b u r gu es es o esse profissões;1 marceneiros, charuteiros, negociantes, pintores,, calafetes, É so c i a i s a liaiates, cl aro ferreiros, que significa tiv o: p e d r e 1r o s , caixe iros , e t c " (MATTOSO, 1978:179/180 ).. no expos to intermediárias, pelos pr o f i s s i o n a i s escri.vões, acima, trata-se onde o e l e m e n to de burguês, liberais e negociantes, camadas representado é um número ba st an te dos vot antes do 21 q ua rt ei rã o 30,2% pe rte nci am a e s t a c a t e g o r ia p r o f is s io n a 1 " _ (M A '('1030,1978: 180 ) No entanto, mínim as de higiene, vi es se m a o poder tantos jogar toda cond iç ões edi tan do e reitera ndo div ers as po sturas di sc ipl ina r assim, públi co p r o cu ra va manter o espaço públi co da cidade, hábitos já há muito adquiridos, es péc ie de det ritos na rua- e -como regulando, o hábito a d m 1rii s t rand o pr ob le ma s sur gid os com o d e s e n v o l v i m en to da cidade» que de novos É o caso, por e x e m p l o da Postura citada por Jorge Uzeda: "É, absolutamente, pro ib id o ás pessoa s que sof re ra m de m o 1és t ias con ta g iosas ou repugnantes, vender carnes. Os e m p r e g a d o s de açougues, e os pr óp rio s aço ug ue ir os deverão ser inspeci ona dos pela Higien e e Ass is tê nc ia Pú bli ca Municipal, antes da matr íc ul a a que sAo obrigados. Pena de 30:0 00 de multa" (A p u d : U Z E D A ,s / d :37 ) Como essa, sao inúmeras as po st ura s d e di ca das con tro le do lixo e da utilização dos espaços urbanos do dá sécu lo XIX, o que, de certa ap li ca b i l i d a d e das mesmas, forma, de nú nc ia ;1ornais da época, de correr di me ns ão p r I n c i p a 1mente se se observ ar s ó na legislação existi a a vontade* de se div er so s a no promovem, da que nao higienizar a cidade. c o ns ta n t e m e n t e ao também, 0s a da insalub rid ade de certos pontos da cidade.-. Esse pr oblema per siste de tal forma na so c i e d a d e de Salvador que, em 1912, era p r o m u l g a d a regular a vig il ân c ia sani tár ia Feitos da Um reais dos poucos em iniciaria procurava, "Juizo de pr e oc up aç ão do r e p r es en ta nte s do Estado da a cida de realizar foi 3..J um pr oc e s so de remo del açã o da cidade com vistas ideal entanto, h igi eni zar -se d e m on st ra a relação à hi gi eni zaç ao a ati ng ir -s e a cidade No que terna. mu dan ça s Seabra, lei na cidade cr ian do até um SaCide P ú b l i c a . " 1 , o que Eista do com esse uma (UZE0A,s/d:121). essas a cidade, medid as pouco mudando pouco o seu contribuíram aspect o para insalubre. Como pode-s e perceber-, "As ruas do Montouro, que fica a. mais de cern metro s d e d Is t á n ci a do des i n fec tó r io ce n t ral de Higien e e a 300 ou 400 metros das repartições de higiene municipal e estadual., atestam bem alto a sig nif ic aç ão de seu nome, e é a II, tã o p e r to d e ta e s r e p a r t iç õ e s , q ue se vê rnalor p o r c a r i a ; as ruas do Colégio,, Fiamos de Queiroz, Dr. Seabra, Baixa do Sapateiro, Rua das Flores, Taboão, Maciel, Portas do Carmo etc; Todas estas no ãm ago da cid ad e primam pelo "grande cuidado" que 1hes di sp ens am os en ca rr eg ad os do asseio público; a rua D r.. Seabra, antiga Vala,, da Barr oqu inh a a baixa do Sapateiro, quando chove é um v er da d e i r o charco; por qu e a ins uficiência de esgoto s ali é ma ni fes ta e essas águas que para ali se dirigem, pe rm a n e c e m por muitos dias estagnadas, ex al and o c h eir os nause abu ndo s das ma té ria s de que são m is t u r a d as". (Ap u d : U 2 E 0 A ,s / d ;122)„ Já em 1920,, e s p ec if ic as ao con tr ol e dos depósitos, D e s ta ca m- s e as p o st ur as 306, que stõ es forarn cr iad as 308 e uma 309 de sa lu b r i d a d e públi ca e higiene. série de Pos tur as e empresas,. fá br ica s por referirem-se Exi st e um desejo a de regular-s e o determinada amb ie nt e licença urbano exiginda~se, especial, conc ed id a a proibir aguardente, no de am bi en te cozer q u a l q u e r outra que ou da cidade torrar fumo, vezes, pela p úb l ic a , t:>ar a instalar - se de t e r rni na do t i po de se por a d m i n i s t r a çã o fáb r ic a , "fêtbrica de uma de sabão, c hegandode st ila r azeite, trabalhe com ingr ed ien te s que exal em ou vapores" (A H M -- P o s t u ra s m u n ic ip a is , 1920 ) . Por outro desse análise per iodo dos lado, em observa-se, higienizar da cidade, títulos das segu in te s SILVA, colégios. co ns ta ta pela Higie ne nos 1869. Angelo de Souza. Da p r op h y l a x i a hyg i e n ic a s . 1884.. i nd Ív id ua 1 e me d idas ALMEIDA, o que se medicin a "theses" médicas:: Fr ut u o s o Pinto da. SANTOS, também, o dese jo da Luiz de Oliveira. Hy gie ne dos p o b r e s „1908. COSTA., Verissirno Gomes da. estudo da hygiene das C o nt ri bu iç ão ao r u a s , 1 9 2 5 . (MMB - Teses MediCcis) o que dem on st ra que a medicina possuia, di sc ur so alienista, também, rua e, em especial, em Salvador, Por outro lado, e 60 do s écu lo passado, re l a t i va me nt e forte isso sem falar no o anse io de d i s c ip li nar o a m b i en te da pelas cond iço es co n s t a t a -s e que, entre as d é ca da s de 40 formai— se-ia em Salvado r do país, 37 a p r e s e n t a d a s .. que só seria um núcleo fabril ultrapassado, a níveis de .1991:32). ern "Salvador en genhos de produção, V e r i f ic a~ s e baiano , "a fábrica modelo, em pr ega va que exist ia 110 operários, a industrial do Norte, um dos mu l ti tu de fábricas de um certo por exemplo, ban co s e se se; avaliar por José Revaul t (1858), roupas Tarquinio, fabris ve 1a s d e ; desenvolvimento de esc ravos C o mp an hia por Romulo Almei da que núcleos de? fábricas de charutos, pr od uz in do em pr es a de Luís citada (HARDMAH,, 1987:26). fundada em Salvador, ou como (OLIVEIRA, que se; comprova, sacaria", Janeiro eng enh os de; aguardente, de pr od ut os alimentícios, uma co mp anh ia de seguros" se de fáb ric as de selas e arreios,, b e n e fi ci am en to industrial Rio e o R e cô nc avo c o n t a v am com a de açúcar e rapadura, tecidos, que 1860 pelo mais e E m pó ri o c o nfi gu rav a- mo de r n o s à época (A L M E I D A „1977:19-53 ) . Havia,, industria arnbito baiana Estadual, Pri meira ju lho também, o que se pode avalia r p a g a me nt o 1915. de século, como, Em outro de se nvo lve r leis a Lei N. legislação por um financeiro a d e t e r m i n a d o s lado, avalia-se, a vinda de ca pi ta is britânico, tal estaduais, Bahia,, o que se pode: notar capital por exemplo, geral, impostos c on ce de nd o a ux ili o Por nas e;m p r od u z i d a s a respeito dos in centivos fiscais República de um desejo do Estado e Bahia 1.033 de isenta no o li na 1 de resduz determinado o tempo, O ramos da, in d u s t r i a “ . nesse perío do de fim de internacionais para o Brasil e para a no e x emp lo relativo à p a rt ic ip aç ão francês, N o r t e / N o r d e s t e b r a si l e i r o na a na (Salvador, 38 construção Mac ei ó e de portos Manaus), bem do no como na con st r u çã o dei estrad a de ferro da Bahia» Juazei r o .. (H A R D M A N ,1991: Essa endividamento Estado, no entanto» nos as su nt o s baianos, do inglês, abaixo, levaria e a uma maior es tr a n g e i r o capital Sa lvador e 61) . política» do ligando influência o que se vê am ericano e mais francês nos tarde do pela ao capital intervenção dados f or ne ci da s refer en te s ape na s a Bahia por volta da década de 1C)2 0 : "Inglaterra: Donos de em p ré st im os no valor de 3 . 2 17 .36 0 libras e 6.000 contos papel, ou aeja, 61% das dividas do Estado. E.U.A.: Co m p ra d o re s de 68% da e xp or ta çã o de; cacau que constitui: 77% das exportações e 15% das rendas do estado. Donos da força, luz e bondes de todo o Estado, pela Cia Em pr es as El é t r i c as Brasileiras, com o que são os únicos fornecedores de en erg ia às indústrias d o Estado. França: Credor do estado por e m p ré st im os de 6 5 „000.. 000 fran c o s a o B a n c o d e P a r is e p a í.s e s Ba ixos e eio C.r éd i to Mob i 1 ia r i o F ra nça i s .. Donos de p ro pr ie da de s de cacau e c o n t r o 1ado re s p e la Casa Tude Irmãos e Cia., da ex po rt aç ã o desse produto, base principal,, da ec ono mi a do Estado,. Dono da Estrada de Ferro Este Brasileiro, que a t r av es sa todo o estado, e é uma das maiore s do país.. Dono, pela Cia C on ce s s i o n á r i a de Tude Irmãos, do porto de Ilhéus, princital do estado". (C A R O N E ,1973: 276). Ora, condi çõe s c a pi ta is quão fez-se todas essas c o ns id er aç õe s a respeito urbanas e se nit á ri as e do de se n v o l v i m e n t o fabril na Eiahia e, em especial nec ess ári o era , para um Salvador, mel ho r para se das e v e r if ic ar de se n v o l v i m e n t o de o social,, hi gie niz ar e d i s ci pl in ar a so ci eda de e o espa ço urbano. As indústrias no ter cei ro quartel do século XIX, após transmis são e o d e s l o ca me nt o de cap itais para o Sul do país, pod iam con vi ve r sem um mínimo de o r g an iz aç ão e 39 a não disciplinarização dos espaç os urbanos ern que este "surge como urna das favoráveis à formação e ao d e s e n v ol vi me nt o do capital Pode-s e d iz er económicas, a cidade, acaba por criar circulação ao (dinheiro, produção financeiro (armazéns, um assim como todo lojas, bancos, co nj un to i ndúst ria " - (H A R O M A M ,1991: Mão hierarquia, se a necessá ri os industriais, pode o s is terna créditos, e etc.) e tam bé m o os se rv iç os de e n erg ia de at iv id ad es es quecer a também vigilância que "na e outras aca b a r a m por mestres e trabalho". su bmeter a um regime dita do contramestres, d om ín io do (D EC A : 1962,24), o que es t a b e l e c e r apesar uma cap it al is ta o que Industrialização de; relação na me câ ni ca história do Eiras 11 Ja ne i r o e fisionomia Salvador, o trabalhadores normas em de últírna pro ce ss o de de ,. que "não entre , claro se pode; u r b a ni za çã o está que eram ainda pe qu en as ern urbana bas ta nt e devi am sua de e as em meio as heranças do si st em a e a pre se nç a do escravismo, ma io ri a e, sua formas feito sem o pr oc e s s o re co nh ec er -s e causal a pelas sobre não foi ci dad es br as il eir as do século XIX, colonial a fábrica, representou, co nt ro le e d i s c i p l i n a r i z a ç ã o geral da so ciedade Assim, el ét r ic a in di spe nsá vei s tornaram-se ta ngíveis a tal ponto que os o como comercial controle, instânciaó, bem à 122). disciplina, se ati vi da de s mat ér ias primas e máquinas) a ser investido fabril; formam industrial,. certas uma base de se rv iço s si st em a viário e de transportes, etc., co nc en tr ar e d i s t r i bu iç ã o das m e r c a d o r i a s d o capital na que c o nd iç ões rede restrita e que, urbana em boa Rio parte sua de a s i t uação espec í fIca das cap i ta is adm i n ist rat iv a s , na Co 1ô ni a e no 40 I m p é r i o " ( H A R D M A N ,1991:121). Ora, fica claro, crescimento urbano desenvolvimento e que a cid ad e de Salvador, industrial industrial polícia. higienista 0 pe rc e b e n d o p o s su ir ia vida curta), m e c a n i s m o s de co nt r o l e soci al da (mesmo que o necessitava de mais ef icazes que a simples a t ua çã o di sc u r s o médico e., e o alienista, devido ao seu pr incipalmente, encontrariam, assim, o di scurso meio fértil para s e dese nvol v e r . Já para no século XX, corn o intuito de definir di m i nu ir os d e s e q u i l í b r i o s integrada 50, 34/18,, regionais e pr om ov er do d e s e n v o l v i m e n t o do Nordeste;, foi criada a SUDENE. "a indústria Ora, no final antes da SUDENE, usinas de; açúcar, tecid os de inversões algodão... nos senti r nesse um crescimento i ndústr ia . parte dos a 34/18 fez cresc er E esse quando a Bahia no rd estinos po si t i v o (Bahia, relativo foi Resolução vo lt a d a s indústria de co n s u m o substancialmente e; outros fenômeno já se o investimentos 27/32), o que, caso e sp ec íf ico a único mã o - d e - o b r a regionais a por sua vez, da 41 de de as sub fazia dos três P e r n a m b u c o e Ceará) a possu ir c r e s c i m e n t o da cid ad e como se pode cons ta ta r No da ocupada Sa 1vador ser La o mun ic í.pio que c o nc en tr ar ia (CAMAR AN O, 1986: v is ão da década e intermediários ( M O R E [RA :1979,128)„ período, grandes es t a d o s uma p r o c e s s a m e n t o de; óleos ve ge ta is e s u b s e t o r e s de bens ramos di n âmicos" política na região era forma da por em pr es as para o p r o c e s s a m e n t o de pr od ut os agrícolas, menores, uma Bahia, partir a na maior de; 1960 pr ov o c a r i a um gr an d e nos gráfic os ve r i f i c a - s e 1 a 2. que "a bur gu e s i a que se formou sob a liderança de sua setores que formam fi na nc ei ra e hoje o al ic erc e da eco nomia - a saber, a ex pl or aç ão e o refino de petróleo, a p e t ro qu ím ic a -- facção a indústria de foram pr ojetos de pr im ei ra transformação e hora do capitai f i na nce i r o ba ia no " (GUI MARfiES:s/d ) Além do mais, outras coisas, que a criaç ão alter ou Guimarães, as "a de Pe t r o b r á s psicólogos, em pr e g a d o s lado, administração pessoai s significa, uma nova cidade de ci si va de médicos, e S e gu nd o de Sérgio Camaçari. et c ri açã o de um pr o f i s s i o n a i s por o de alta um lado, engenheiros, ad mi ni stradores, e c o n om is ta s e psicólogos, ad mi ni st ra do re s, no no setor de comércio" ser viç os Industriais (GUIMARftES,s/d:19)„ e Isso forma nas relações socia is e na s o c i a b i l i d a d e Salvador, o que parece iria influir de maneira na a Iteraçao dos c o m p o r t a m e n t o s e at itudes da. população,. Ora, interessa aqui deline ar as mudanç as por que passou a Bahia a par ti r de 1940 pois, avanço Antón io P e t r o q u ím ic o para estável, núrnero de outros especial Istas em pr e g a d o s pública, serviços interno mais entre no parque p e t r o q u í m i c o e m e t a l - m e c â n i c o e, advogados, e c o n o m i s t a s e um grande da químicos, trouxe consigo, indiretamente, t é c n I c o - c i e n t í f I c a . São, informática, na e Co mp l e x o em Salvador, téc nicos em por outro sociais. e o c a s io na ra m tr abalho qualificação de um m er ca do relações c r i a r a m diretamente, me r c a d o a in d u st ri al iz aç ão do di sc ur so de s e n v o l v i m e n t o higiênico/ ps iq ui át ri co , econômico, mé d i c a s psiquiát ri ca s, no tocante, com o s e nt id o de co nst r ui r- s e co mp r e e n d e - se que o que vem a reboque por exemp lo há muito vinharn se e s t r ut ur ai s ãs do práticas Implementando na Bahia, uma moral burguesa. Ein suma, corno sa li e n ta do anteriormente, a c-idade S a l v a d o r ~ B a , iria constitui r - s e , do século XIX até meados do como um paraís o â int erven ção médica, e aqui, de muitos de fin iri am maneira, locais essa v e ri fi ca -s e ainda e médica, o que, nos dias atuais devido à um A ex ist ênc ia insalubre s e de uma certa pr om is cui dad e intervenção estatal XX, em particular, grande espa ço para o d e s e n v ol vi me nt o da psiquiatria- de de urbana certa probl em át ic a q u e e nv o lv e a urban i z a, ç a o d e Sal v a d o r . Por outro sem pre lado, o d e s e n v o l v i m e n t o e c on ôm ico de Salvador sof reu com os altos e baixos de sua economia, ress alt ar o c r e s c i m en to industriai de cl ín io após esse período, devido , em muito, á entre 1840 e 1860, po de n d o - s e s eg uid o de e a atual di n a m i z a çã o de sua e co no mi a industria qu imi ca e ao polo petroquímico. 43 GRAFICO 1 Evolução Demográfica de Salvador 3.50 3.00 o « 2.50 IA OL 2.00 « "O m 1.50 4) 10 jC 1,00 0,50 JL ll rBa|— j LI--------- jHffl iIMB jfWHjHBI iM H| y )« o o o o o o o o o o o o o o o S (oD No CoO Do) oO O T - N W ' i i n i i i s f f l a o T - N n ? CO CO ( O O) O) rO ) O ) O) O ) o C O C O G O C O C O C O C O O ) O ) O ) 0 ) »Y~ {\J 0,00 4“ *H---1 ---1---1------------- Décadas ANO TA X A POPULAÇÃO 129.109 1872 1 .7 0 % 174.412 1890 1 ,7 0 % 205.813 1900 1 .6 0 % 283.422 1920 0 ,1 0 % 1940 290.443 3 .0 0 % 389.422 1950 4 ,9 0 % 630.878 1960 4 ,7 0 % 1970 1.007.200 4 .8 0 % 1.490.893 1980 4 .8 0 % F O N T E : IB G E (C f; N E V E S , 1985:20) GRAFICO 2 Evolução Espacial de Salvador 4 Épocas FO N T ES: M edições da área definida pela malha urbana com base nas plantas da Cidade em diversas épocas constantes das seguintes publicações: 1. Evolução Física de Salvador. Faculdade de Arquitetu ra da UFBA. 1980. 2. A Grande Salvador, Posse e Uso da Terra. C ED U RB. 1978. 3. PLANDURB. O CEPLAN P.M .S 1979 (Cf; N EV ES, 1985:27) NOTAS 1 . Lei número 921, de 22.11.1912.., geral de saúde p ú bl ic a “Art. 67. 0 Juizo que o rg an iz av a o no Estado. serviço • terá o se gu in te pessoa 1.„ 1 j u iz l Procurador 1 Escrivão 2 üfí iciaes de Justiça q u e te r Iam p o r o f íc io j u lg ar demolição hygiene to d a s a s c a 1.1s a h ig iê n í.c a s b e rn c o m o a de p r é di o s e j ul gam en to dos crimes e c o n t r a v e n ç õe s e sa l u b r id a d e públ i c a s ". A P E B , REPÕF3L [ CA , maço de 2974., m a .a v u l s o . 2.. "Lei N .. 1083 de 1 de julho de 1915 Govern o do Est ad o da Bahia Faço saber que a A ss em bl éi a L.e?gisl ativa de cr eto u e eu sa nc ion o a se gu in te Lei: Art. 1 - Fica o gove?r no a u t o ri za do a isentar de impostos Esta du ai s d ur ant e o tempo de qu a l q u e r industria montar neste Esta do ou comp an hi a uma fábrica de todos 10 os anos or ga n i z a d a cerve ja a que pelo si s t e m a de baixa fermentação. P . ÕnIco. - Ne ss a ise nção de impos tos não está compree nd ido o imposto de e xp ort aç ão que? será cobra do com o a b a t im e n to d e 4 0 %. Art. 2 - A isenção de? impostos, a que se? re?fe?re? o artigo an t e r i o r so c o m p a n h ia p r ev ale cer á o r ga n i za d a , se o Industrial de sei s meses, a contar da data de pu bli caç ão desta Lei, tiver monta do pr o d u z i r a sua den t ro do prazo ou fábriva com nunca menos de 1500 ca pa c i d a d e litros de; de cerveja d i3 ~ Art. 3 - J.J. 3„ Re vo ga m- se as dis po si çõ es em contrário. Sea br a - Arlind o Fragos o Ent re t a nt o ao se; estudar a cidade de de te rm i na d os fe nô men os que, ca r a c t e r i z a r como como, casamentos, formaturas, da v id a por a do mi naç ão realização N a R a h ia po r bairro, nos per mi te m apree nde r ao vivo a trama laços sociais. Casamentos, nascimentos, antes que reuniões privadas" Isso leva a classes, imiscuindo-se, p o ré m , que (MATT0S0:1988, pensar em assim, pr iv il e g i a m ~ s e "as vi zi nh os da mesma mortes, uma de fe s t a s rua tecida ou pelos são atos pú blicos 185). c o n fr at er ni za çã o o pú bli co e o privado. nesses e ultrapa ss am a e x e m p lo , reúnem parentes, e agregados, festas que familiares po de r i a m bur guesa de a n iv er sá ri os e outras, fa rni l ia r . de te ctam-se superficial, lógica de exemplo, 1915) Salvador, numa a n áli se uma fuga da c a p it al is t a e s fe r a (A P E B , Leis, mome n tos as entre A c r ed it a- se r e 1ações de compa d ri o a s q ua i s , pro mo ve nd o a t i t udes co nt rá r ias ao c o nc e1 1o de cidadania plena, delineada, por exemplo, lei, unidade acabam por reafirmar com os ideais de nacional, senti do a lógica burguesa, "respeito a ordem de; à organização, m o n o t e i s m o ,d e m o c r a c i a ,s e d e n t a r i s m o ,i n d u s t r i a l i z a ç a o , m a r c h a 47 e para o progresso, etc" ( F E R R O , 1983:22) , d e s e n v o l v e n d o aut or i d a d e e o ap adrinhamento. fenômeno ao higienistas, re sp eitaram se no avaliar Brasil 1 Iberdades o a hierarquia,, Ver-se-á ainda a e f et iv aç ão desenvolvimento e na Bahia que, via individuais rnínimas- 48 das de desse at it ud es regra, nunca "A loucura designa o e q ui nó cio entre a vaida de dos fantasmas da noite e o s e r dos juizos da claridade" Fo ucault 49 nao C A P ÍT U L O 3 O DI SC U R S O MED ICO "Quando se investiga a med ic in a passad o delineia-se» clareza, um sociedade. projet o de A me di ci na di spu ta n do vez cada do sécu lo com mais rned ícal izaçao da investe sobre a cidade, um lugar entre as con tr ol e da vida social" instâncias ( M A C H A D O ,1978: de 18). Pelas pal avr as de Robert o Ma cha do vê-se que exist iu clara t r an sf or ma çã o partir de c o ns ta ta então, ao na medicinei do século XIX, urna que procurava, imiscuir-se na vida da po p u l aç ão o que se ve ri fic ar que, antes desse período, não a se havia, seja por parte do apa rel ho de Estado, seja por parte das p r ó p r i a s i. nsti tuições ex:pliei ta sociedade, méd i c a s , idéia uma que pode, relação hoje, parece r e nt re óbvia, e sa úde e atemporal ( M A C H A D O , 19 78:154 ) .. Entretanto, série de formulações desde o início do sécu lo XVII, teóricas no sentid o re lações ana tô mi ca s do homem e a sua de existia e s t ab el ec er uma as l o u c u r a . B O N E T „ por exemplo. "viu o cér ebro dos ma ní ac os seco e quebradiço, e o dos m e l a n c ó li co s úmido e congestionado de humores; na demência, a substân cia cerebral era muito rígida ou, pelo contrário ex ce ss i v a m en te solta, tanto num caso como no outro, sem elastic id ad e" (Apud a F O U C A U L T ,198 7 : 218/2 19 ) .. Um out ro lieckel ,1750, exempl o dessa te nd ênc ia é o das que, através da medição, análises pe sag em e de poste rio r c o m p a r a ç ã o entre div ers as porções do céreb ro de pessoas alienadas e sadias, con clu iu que o peso de um céreb ro nem sempre é o mesmo, d e p e n d e n d o do t.ipo de pato log ia apresentada. 0 céreb ro ser-Ia mais leve em fluídos pelo corpo. doenças real iza da nas quais os humores e os Meckel ainda afirmava, referindo-se a e s c o r r e s se m uma em uma mulher con si de ra da maníac a e est úpi da s u b s t â n c i a cin zenta do seu cérebr o e a subst ância estava ex ag er ad am en te medula r de ma si a d a m e n t e branca, au tó psi a que a pá 1 1da co nc lu in do que: "a sic id ad e dos canais me du lar es p er tur bar os mo vim ent os do cé reb ro e, conseguinte, o uso da razão" pode por e , Inversamente, que " o cérebr o é tanto mais ad eq uad o aos usos aos quais se d e st ina na medida em que seus canais me d u l a r es são mais adequ ado s à sec reção do fluido nervoso". (Apud a F O U C A U L T , 1987: 219- 220) O que interessa no moment o nao di ver sas teorias médica s e sim mostra r havia levavam um interesse á loucura, é que, já da me dicina em d e sc ob rir utiliza ndo -se para isso, questionar- essas no século XVIII, os a cam in ho s a v a l ia çã o que da a11afcornia h u m a n a . 0 tr an sf er id o dis cu rs o para o Brasil, an at omo pat oló gic as. de médico europeu, fenômenos da náo investiu apen as As in ve sti ga çõ es lua, dos séculos XVIII nas ligavam-se à con cl us õe s a respeito de como e XIX, d e f i ni çõ es a s so cia çõe s utilizar o meclo 3 em s i t nações te rape u t icas „e tc* Além das div er sa s teorias criadas para d e sv en da r- se motivo s da al ie naç ão mental, apa rec em também os formas p u n it iv as de controle. Pelos séc ulo XVIII textos uma de Foucault, clara, nota-se que não dif er en ci aç ão entre os físicos e os med ica me nt os p s ic ol óg ic os ou morais. existe, no m e d i c am en to s Tal "diferença só começa rá a exist ir em p r o f u n d i d ad e no momen to em que o medo nao for mais utilizado corno método de fixação do movimento, mas como punição.;... em suma quando o século XIX, ao inventar os famosos "métodos morais" tiver in tr oduzido a loucura e a sua cura no jogo da cu lpabilidade. A d i s t i n ç ão entre o físico e o moral só se tornou um conceit o pr áti co na med ici na da e sp i r i t o no m o me nt o em que a p r ob le má ti ca da loucura se des loc ou para uma interrogação do s ujeito r espo nsá v e 1„. 0 espaç o p urame nt e moral, en tã o definido, dá as m e di da s exa ta s dessa interiori dade ps i co lóg ic:a em q ue o homem modern o procu ra tanto a sua profund id ad e, quanto sua verdade. A terapêut í.ca f ís ica tende a tornar se, na pr im ei ra metade do século XIX, a cura do d e t er mi n i sm o inocente, e o tr at am en to moral, a liberdade falível". ( F O U C A U L T ,1987: 325), O b s e r va - se o moral melhor, ao av al i a r - s e as a pa ss age m do dis cu rs o idéias de Esqui rol segui r . 52 físico d e sc ri tas para logo a Os p r ime iros t r a b a 1hos teó r icos sob re alie nação no Brasil su rg ir a m em meados do século passado, me n ta 1 sob a forma Teses ap r e se nt ad a s ás Fa cul da de s de Med ici na do Rio de Janeir o Bahia, vi sa nd o a obt enç ão do grau de doutor, m e r am en te autores acadêmico, e st ra n ge ir o s um exer cí cio sem escolar. nenhuma a r t i c u l a ç ã o méd ic a voltada para o Brasil Cabe aqui p o s su in do uma dois grandes centro s de pro dução de teses médica s a da loucura abaixo, em prati ca faculdades c o n s t it uía m os Bahia, cunho 1 nspi ravarn~se com e ( M A C H A D O ,1978:382)- ressaltar que essa duas no século XIX. um de As teses da Escola de respeito Med ic in a es cl ar e c e m melhor o exposto: - Ma r i nôrn i o de F re ita s Brito. D isse r taçao sobre a 1 Ibertinagem. 1853.. J o a q u im T . F e r re 1r a _ 0 a l e i t a ment o .. 1855. Fran cis co de Freitas e Albuquerque. A mo noma n ia . 1858. La di s la u José de Ca rv al ho e Araújo Influência do celibat o sobre a saúde do h o m e m .. Joaqui m Ca rv alh o de Andrade.. Som no, son fio, somnambulIsrno e hallucinações. 1873. Ange lo de Souza Santos. Da p r o p hy la xia i n d i v i d u a 1 e medid as higiênicas. 1884. Arthur Homem de Carvalho. Al co o l i s m o debai xo do ponto de vista da higiene. 1885.. José Anton io Duarte da Silva Braga. E le c t ro te ra p ia .. 188 5. Theodoreto A. do Nascimento. Al co o l i s m o e embr L a g u e s . 1336. Guari no A lo ys lo Fe rreira Freire. Qual é o papel que d e s e m p e n h o u a. c i v i l i z a ç ão no mo v i m e n to das m o lé st ias mentais. 1888. Vi rg íl io Lopes de Mendonça. Do hypnotismo e seu valor terapêutico. 1889. Eduar do Vieira de Melo. Hys ter ia no homem. 1890. - 1 Felipe Nery Gonçalvez. A degeneração physica. 1891. Af ra ni o Peixoto. Epile psi a e crime.. 1897. A n to ni o Fe rr eir a Guimarães. Deve ser r eg ul am en ta da a p r os ti t u i ç ã o ? 1899. - Adria no de Ara uj o J o r g e „^Álcoolismo e a lie n a ç ã o me n ta l . 1900. da A sobre p r óp ria a loucura, a mb ig üid ad e em que surgi am as ou seja a incapacidade de formular v ol tad a para a realidade a medicina de pr omo ve r d e s en vo lv er Buscava obter assim um me dic as uma teoria na ci o n al 4 e a necessidade que se impunha um det er mi na do con tr ol e social, que o alíenisrnc br as il e i r o se para teses teorias iniciasse com uma forte; a respeito da moral fez com inclinação da sociedade.. homog ene iz ar di ve rso s c o m p o rt am en to s sociai s total con tro le sobre a sociedade, inscrevendo para assim a loucura na c at eg ori a das co ndutas anormais. 0 grande; inspirador dos Esqui rol., médico francês ali en is ta s do teóricos ordens m éd ic os rec on hecido século passado, como um dos con si de ra do como "do ap ar ec im e nt o do co nc e i to de de b r as ile iro s grandes um dos loucura e das fenômenos p sí qu ico s pr es ent es no termo foi. marc os di st int as da a l i en aç ão m e n t a 1 " ( M A C H A D O ,1978:386). S eg u n d o fe nômeno único Esqui rol a loucura não deve ser e sim ava li ada em sua pensada diversi.da.de, po de nd o- se c a r a c t e r i z a ~ la bas ic am en te como delíri o e como desrazao. de srazão seria x nte 1 ígê nc Ia m é d Ic o este a n iq u 11 a d a ,, p ud e s s e resgatar. não tr at ar- se como iria a p e n a s abalada, da loucura, d e s e m p e n h a r o s e u p a p e 1, n á o ha v e r i a aus ênc ia de razão e perturbada, a loucura como sim como p er ce be -se que -e foi formula r suas teoriaspo de- se ainda resgatá-la tratamentos. 54 estan do atravé s uma. nesse a de Enq uan to es tan do po is não sob ra r Iarn f o rrnas pa r a No en tan to se o bs er va -se inteligência Esqui rol impossível como o q ue a o q ue se delírio, e determinada campo que; in te ligência div ersos Além disso, de se nv o l v e n d o os estudos no momento,, sobre tud o corri os criam a noção de delíri o parcial, grupo de objetos permanecendo, fun cionamento normal, alienistas, sem delír io pequeno de mesma a inteligência a pr ese nt ar prob le mas em coex ís t ir a já no caso da loucura, ou que antes e que,agora que nível car act er ís ti ca Esses se-á a portanto, uma na fixava-se na inteligência a pai xã o a v a l i a ç ão de idéia det erminada passa a ser ob servada em relação à paixão- A tese pr oferida das paixõe s é de al ie na çã o mental são os muito natural e por Esqui rol mais A básico d e ix av a importante como ( M A C H A D O ,1978:388). conce ito s fu nda men tai s pelos loucura a uma de t e r m i n ad a moral social, os uma as def in iç õe s propo sta s deixo u assim de ser o referencial o se um de que existe urn claro de sl oc a m e n t o da para def in ir -s e a loucura. ligar e x e m p 1o , de possuir a predom inância de loucura pois se se aceitar nota-se inteligência c la ro i nt e 1 igê ne ia 1 Ipemania a fixação é Vê-se assim aimportância desses c o nc ei tos por Esquirol, a (M A C I"!A D ü , 197 8:3 8 7 ).. t r Îs te e d e p r e s s i v a do fe nômeno da com relação número de objeto s com ex ci taç ão e p r e d o m in ân ci a corn a dif er en ça pessoa, Esqui rol urn delíri o c e nt ra li za do em um único objeto p a i x ã o alegre e expansiva, se limitado a um objeto ou e o s a s p e c t o s p a toi ó g ic o s . A rno no m an ía , p o r constitui de e s tav am trabalhos de no entanto, o u t ros e 1eme n t o s . 0 de 1 ír io pa rc. ia 1 fa z no rm a 1 que mé dic os al ien ist as a imiscuirern-se quais capacitando,, nos div ers os campos da mor al id ad e da sociedade. Esqui rol ainda pro punha em a uma cl as s i fi ca çã o das mo no ma ni as três intanelas d is ti nta s e que var iav am e nt re a af et i v i d a d e e o instinto.. Em relação à inteligência, inteligência caracter! zava-se des o r d e m por uma co n c e n tr a va -s e p a c i e n t e se co mp ort ass e diziam lesão parcial da inteligência em um único objeto fazendo um c o m p o r t a m e n t o vida, ap res e nt an d o a 11 e r a ç Ões em si tuaçÕes que loucura suas são matriz normal de sua doença. nao passa va pela idéias, normais, o seu tipo de um e n v o 1viam Em relação a 0 di sc u r s o do ao caráter, da Esqui rol con si de ra va dei xan do claro afetividade; do que 0 problema, essa nesse caso, lesão como e moral, as alienado ou seja, a Esse é 0 doent e era o caracterizava da instinto por que a vontade, afetividade* era mon om ani a Inteligência pode ser per ve rt id a ou abolida; intelectual nem o fator de te rm in an te do a l ie na do á sensibilidade; moral, a (MACHADO, 1978:390). não ap re sen tav a al te raç ão inteligência. a 1g um as paixões. 0 terceiro tipo de m o no ma nia era o que se nem sua louco, loucura que pode ser con si de ra do como moral. Instinto que não a f et ivi dad e todos esses e l e me nt os do hábitos, o indivíduo a de so rd em está a nível de comportamento, que era born torna-se; mau pelo que todos os momentos de inteligência. raciocínio, ano ma li a diz respeito aos o em quase ou seja, tinha da com normalmente em todos os as pectos que r espeito ao núcleo -de^sua doença, aspecto cuja a vontade. sem delírio, pe ns am en to e que; "... se o mesmo ou da se a aco nt ec e este c o m pl em en to do se;r na o seria per ve rt id a ou anulada?" (Apud a que o M A C H A D O ,19 78:391)„ Ainda., autor que an al i s a n d o este último tipo, saliente-se; c o ns id er av a esta. mo no man ia como aquela capaz de um indivíduo sociabilidade, conduzida, per des se agin do apen as por por e>emplo, por com ple to instinto. as fazer com noções de Tal pessoa po d e r ia ser a cometer assassinatos, a realizar atos c on t r a o acordo de sua estari a sua ligado ao liberdade Inteligência. Instinto, moral, esse i n c o n t r o l á v e l , pr iv an do o ou seja., loucura,, Sendo assim se a poderia homem própria vontade; rea lizar-se impulso atos de pode ser que riâo al ter ada pela po ss u í s s e m uma lógica e uma raciona lid ade es pe rad as em um pessoa normal. Aqui, loucura novamente., que, em seu há Início, a l t er aç ão da inteligência., dos i nd iv í d i j o s outro pr im ei ro no tornava-se, Brasil,, final a al i e n a ç ã o Me d ie in a$ do autor fator irremediavelmente, humana podia estudo ainda teórico a respeito segun do R o be rt o m e n t a l ",, tese Machado, a p r e s e n t a da fez p s i q u i a t ri a seria "Consideraçoes em 183 7 e que, é um estudo que se da à F a cu ld ade co nf or me o o ger ais da p r ópr mo se gu i n do as o r i en ta çõ es de Esqut r o l . 0 Dr. de ter co n s c i ê n c i a de si. Rio de Janeiro, informa, e aqu il o que a pessoa tra ba lh o de Anton lo Luis da Silva Peixoto, so br e um de; para agora fixar-se; nos co mp or t a m e n t o s c o n t e r em si sem,, ao menos, c-scrito con cei to identi fic ava -se como lado da consciência, 0 do . Assim,, a loucura o um d e s l o ca me nt o Silva Peixoto define a a l i en aç ão mental "moléstia a p í rí tí ca do cérebro, o r d I na ri a me nt e de longa duração, com pe rt u r b a ç ã o co nt ínu a ou int ermitente das fa c u 1dades Inteleotua is e af et iva s , a 1g uma s vezes parcial, com ou sem lesáo das s e n sa çõ es e dos movimentos, e sem d e s or de ns p r o fu nd as e du rá ve is das funções orgânicas". EE define, a Inda , roania como "delírio gera 1 com como agitação, ira sci bi li dad e e furor; monomania, delírio parcial, com abatimento, moros id ade e inclinação à d e s e s p e ra çã o demência, o b 11 teraçao a c 1de n t a I das fac u 1dades i nte lec:t ua is id io t is m o , ob 1 ite ração o u d e b i l i da de co ngenital da inteligência" (Apud a M A C H A D O , 19 78:3*2-393 ) „ H o ta- s e Esqui rol, um a g r a rid e principalmente Inteligência loucura. A um dos no s e m e 1 ha nç a que c o rn tange á fatores p r e p o n d e r an te s paira a a n ál is e da in tel igência no indivíduo do inteligên cia d e s v 1o s de parai depois cheg ar -se ao foi um p ro p u n ha des vi o rnoral q ue campo físico como, da algumas iria continuar, Costa Fi gu e i r e d o com sua tese: general idades a e aos d e v e r i.a tanto respeito da dez anos mais no 0 Dr. "Breve a l i en aç ão tarde, A g o s t i n h o José est ud o sobre mental", também apr es en ta da à Facu ld ad e de Me di ci na do Rio de Janeiro, 1 3 4 7, d iz na no ca mp o da moral. o di sc u r s o moral, iniciado por Silva Peixoto. Inácio o par ti a-s e urna in te rv enç ão sobre o al ie na do e que se fizesse Um outro a l i eni st a a da apenas haver e sobretudo, ser avali açã o di scurso c o nd u t.a - S i1v a P e Ix o to a i n d a de ou seja, ponto de vista que o al ie na do p o ss uí a de te o r 1a s q u est ão ponto de partida das di versas teori as médicas» sempre as o s e g u i nt e : "Não há e n f e r m i da de alguma que tanta relação tenha com a filosofia moral e a história do entendim ent o, como a de que nos ocupamos, e menos ainda, alguma, sobre quem pesem tantos p r e j u í z o s e erros, no e n ta nt o que ela só tem sido c o ns id e r ad a como uma lesão o r g â n i c a do cérebro, de sp re za nd o- se assim todas as c o ns id er aç õe s filosóficas e mor ai s que lhe di zem respeito" e que "... 0 ex er cíc io das fa c u 1d a d e s 1n te 1 e c:1 1.1a is e a f e 11 v a s a p r e s e nt a 58 tese em em cada indivíduo graus infinitos de força ou de fraqueza, de harmonia ou desarmonia, que até ce rto ponto p e rma ne cem no estado normal e or d i n á r i o da e x is tê nc ia intelectual e moral, ou constituem as di ve r s a s varied ad es de a l i e n a ç ão mental, sem que nos seja fácil em muitos casos d et er mi na r onde acaba o normal e o sadio para começar o anormal e o doentio" e ainda na "alienação mental po de m - s e admitir três graus, um pr im e i r o a que Pinei denomina rna n ia r a c io c i n a n te , n a q uai o i nd i v íd u o raciocina bem, con versa e escreve, mas por um co nt ras te sin gular qu e br a e rasga a cama, a roupa e tudo o que encontra, procur an do sempre uma razão plausível para justificar a sua con duta" (Apud a M A C H A D O ,1978:396-397)„ Chega-se, referi a-s e em seus assim, aos mes mo s p a t am ar es a trabalhos, ou seja, que à d e f in iç ão Esquirol. da loucura como um objeto p r i v i l e g i a d o do estu do da moral dos co m p o rt am en to s de um de t er mi nad o normalidade, intelectuais local.. D ef in em -se e p r e s c r ev em -s e c o n f i r ma n do -s e ,cintes propostos, o de sp re st ig io padrõe s dos de fatores des lo ca nd o esses p r e s s u p os to s para o do mín io da condut a do indivíduo que seria esquadri nhada em prol do "bem" p ú b 1 ic o .. Na pro duç ão baiana referidos anteriormente.. "Dissertação sobre há uma óbvia Por exemplo, o tr ata men to das ligação com Luis Ca rn e i ro m o lé st ias a p r es en ta da à Fa cu ld ad e de Med icina da Bahia, a definição de rnonomania corno delíri o parcial, da mentais", em 1858, Rocha., tese ad mi tin do diz o seguinte: "o que a di st ing ue é não só a pouca ext ens ão do delírio, mas ainda a a lucidez, a clareza das Idéias, é o ex er cíc io em ap ar ênc ia normal das funções intelectuais" e que "observandose o m o n o m a n i a c o , muit as vezes não de no ta mo s cousa, alguma que nos mostre a lesão parcial de sua inteligência. A rnonomania enfim é o verda d e iro tipo de 1o uo u r a , é nes t e estado 59 os estudos que a mo lé s t i a se afasta de todos os estados pa t o l ó g ic os conhecidos: a monomania é a reunião bizarra do delír io e da razão" (Apud a M A C H A D O , 1978:4 00)_ Em de Freit as Albuquerque, das mo l é s t i a s mentais", da Bahia, Rocha, em 1858, na parcial, uma idéia "Monomania: tratamento tese ap r e s e n t ad a à Facu ld ade de vê-se o c o mp lem ent o medida, em que este das idéias de pro põ e a m o n om an ia se gu in do as ori en ta çõ es de Esqui rol, como Med ic in a Ca rn ei ro delírio com o pr ed o m í n i o de Fixa de um se nt i m e n t o ou de uma paixão e continua " . A p e r ve rs ão das inclinações, das a fe iç õ e s e s e n t.im e n t o s d o m o no m a n i a c o a ca b a por arrastar á de so rd em da inteligência, mas e la p o cáe e x Is t ir s e rn urna p e r t u rb a ç ã o de sta última f a c u l d a d e " e que, m i s t u r a n d o já aqui o pensa me nto de Pinei e Esq u i r o 1, ex i stem duas ca t e g o r i a s nessa moléstia: a mono ma nia raciocina nte e a instintiva sendo que nesta última "não há delírio nem motivo, mas puro ato de v o nt ad e sem s u bm is são a nenhuma regra, justa ou ilusória, de r a z ã o .. Assim na mo n o m a n i a homicida instintiva os doentes ma ta m sem motivos, sem paixão, por uma tendência inexplicável, invencível; en qu a n t o que na ra ci ocinante eles comet em o as s a s s i n a t o com premeditaçao, sentem todo o h o rror que 1hes ínspira a ídéía d e 1 irante; há uma ve rd a d e i r a luta em seu espírito, mas sua v o nt ad e é vencida, e são fI na 1m e nte levados a executá -l o" (Apud a M A C H A D O ,19 78:401). Fica m é d ic a s a Idéia de s u b mi ss ão das t e o r 5as q u e s u r g Ia m no Eir a s 11 a o (5e ns a m en to m é d ic o e u ro p e u e pa rt i c u l a r às Fica F r ei ta s assim deli ne ad a idéias de Esqui rol e, em parte, ciar o, Albuquerque, d e t e c t a ç ã o da tambem, a loucura do campo as de Pinei atrav és do di sc u r s o d e f en di do ex is t ê n c i a de intelectual um d e sl oc am en to por da para o morai] . Da mesrna forma como se a d mi tiu an te r i or me nt e ser a loucura 60 em Instintiva, uma das formas en co nt rad as para as s oc ia r- se a c om po rt amentos, fenômeno p er ce b e - s e correlato, que loucura o que; ocor re utilizando-se, no a div er so s Brasil inclusive, é um nomen cla tur a semelhante. Em co ns e q ü ê nc ia a cr io u-s e in ternação dos ex tr a t o s to r n o u - s e atenta pois insediosa, dos como mistu ra do vida o grande! motivo para impares da sociedade, inexpugnável, m éd ic os alienistas. obser va no Brasil Freita s de pois a nao ser atrav és A loucura t o r no u- se Albuquerque, o loucura da um lente perigo, louco aparecia ã p op ula çã o de tal forma, que era possível inteira sem a levar-se uma detectá-lo: "Os m o n o m a n i a c o s passam anos e muitas vezes m o r re im, s e m q ue s e t e n h a a o m e no s s us p e it a d o a ex istência de um tal desarranjo; ou passam ge ra lme nt e por homens irritáveis e se ns íve is em e x c e s s o , or ig i na i s e s i ng u 1a r e s " (Ap ud a M A C H A D O ,1978:402). "0 pr im ei ro pr oblema que surge é pois o do o do difícil rec on he ci me nt o da al ie naç ão mental em meio a gama de comportamentos civilizada, do que a sociedade, possibilita. d e s e n v o l vi m e nt o condu ta como seu em A me di cin a mental, de a ent re hábitos, te ndê nci as da individualidades, inc linações do polít ica s p ro du to no rm alidade em seu c i rcu lo de amizades, suas so ciedade ela própr ia instaura com pa ra çã o do caráter, meio familiar, pro fissional, e mais p r e c i s a m e n t e a c i v i 1 izatório, cr it é r i o a n ál is e diferencial em diagnóstico, em e indivíduo sua vida convicções religiosas". "Reconheci.manto do fexeer.so e co nh ec im en to da norma c o íb e o excesso, s ã o d ua s t a re f a s a q u e s «3 p r o p õ e a rne d ic i n a 61 que no registro de indivíduo com um seu saber, dois as pe ct os de uma rnoral e a moralidade; social» Re; flexão que dis curso abr an g en t e -historíco, sobre; o s i g n i fi ca d o da obra reflexão pol íti co c l v í l i z a t ó r ia sobre se e o conclui filosófico- empr een did a pelas m o d e r n a s s o c ie d a d e s " (M A C H A D 0,1978; 411) 0 co nst it ui u dis se ca r alienisino apenas no Brasil e na num di sc urs o m e ra me nte uma de te rmi nad a área do saber. ferramenta de Bahia, intervenção social então,, não ideológico com Con stituiu-se, com a qual fins sim, e s pe rav a-s e o controle e con duz ir à ho mo gen eiz açã o e â disciplina, se a numa manter todos os indivíduos con sid er ad os como de sv ia nt es ou com algum el em e n to que pudesse; ser con si de ra do como desvio. paz social co nse gui da atravé s da via d i s c u r s o médico 1.1m a Buscava-se; assim um ideal de; não atingia apenas da discip li na riz aç ao» uma det er mi na da d e te rm In a d a p o ! í t i c a m é d Ic a , e 1e das le gislação ou o in s id ia d Ir e t a m e n t e sobre c orp o das pessoas sobre o corpo da sociedade, imaginário 0 ele se.- imiscui a no in tro jet as sem os pessoa s fazend o com que estas c o n c ei to s sobre o a l l e n i s mo e que o reprod uz is se m de;ntro do melo O C Ía l « Nesse sentido, 1874, na Bahia, pr ópr ia real q ue no A.P.Eí.B., eram Os motivos e l en ca dos pela eram tão , geralmente, para os 0 que se percebe, i n t e r n a m e n t o s . Uma mae pede o que a moça é uma pessoa Outr os internação, registrados at r a v é s de chefes de polícia e, da mesma no forma, mesmo não e a um internamento no entanto, de de ie s , no entanto, da filha atestando, p e di do s da tad os de feitos to r na ~ se imposs íve l resgata r , a. pa r 1.1 r ano malia do internado. reclamo moral pedido s de> internação, hoje; enc on tr ad os família. gené r icos alguns decente» ano, vêm a pr es en ta m cl ar a m e n t e os esperar, pelo motivos» En co nt ra m- se também, e como referências a i nter namentos de escravos, poder policial ou pelo própr ío era de se requeridas 01.1 dono (APE6..Seção C o 1o n ia 1„Maço 7148). Vê-se conservar o nesta documentação, um forte apelo no senti do se uma d e t e r m i n a d a moral social chefe de polícia, o dono de escravo, etc, s en do a e não solic it ar a internação, um família, médico uma junta médica, cada um o fazia de* aco rd o com a sua co n s c i ê n c i a e as suas a a pois, é a loucura. isso si gn ifi ca que Ideais do que aqui que o deferimento de um pedido de internação cabia ge ra l m e n t e não a No entanto, houve Casa, responsável uma clara mudan ça al ie nis ta a partir da Instalação p e r c or re r do discur so médico. ano de com eç av a o ca min ho 1340, a hosp i t a I s , se 1 ixo na do Asilo São João de Deus. etc. de 1850, uma a Mas, medicina as Se se jornada também, pre oc up aç ão no bai an a que stõ es alguns as pe c to s das at it ud es da po p u l aç ão em s e x u a l i d a d e e cios ex ce s so s com o álcool, a existi r Iniciando a naquele momento, ac um u 1ado década pelo asilo. no dis cu rs o médico pr eo cup ar rnaís ser ia me nt e com do principalmente regular ver -se -á que, lernbrar ou respeito me di c i n a mas ao provedo r da Santa Deve-s e de dos no t a -se médica relação o fumo ou jogo. um dis cur so mor al iz an te por parte da medicina. em à Co meçava Assim, a ci ên c i a médica co nt inu ari a a ser m o r a l í z a d o r a até aproximadamente! o final da déc ada de 70, loucura, Medicas” quando a pr od u ç ã o de textos em relação a espoei f Icarnente aum ent ou muito. sobre esse assunto até 1870, teíse de; Jo aq ui m Ca rdo so de Andrade;: Se eram raras as a par ti r de 1878, "Somno, sonho, "Theses com a somnarnbul is mo e h a l l u c i n a ç õ e s ", pro du çã o loucura, p re ci so duran te homogênea. o três essas duas seguintes, décadas, Em um pr ime iro momento, di scu rso da houve não ocorr eu uma loucura é uma extensão, pura e na Bahia sobre o higienismo. crime» a n a t o m o p a t o 1ógica da Nesse ideológico. dos di sc urs o se mais paradoxal por exemplo, dos É a part ir numa pr ojetar torna mais que possa "Theses" como: alienados", "Considerações e tnopatogenia da. p redominânci a d ep s ic o s e puerperio", e depois disto, o por Aparecem,, intestinal simples, de o tendência desvios., uma visão 1oucura. momento, concornitantemente, forma co nstatar ap roximar a loucura aos seus à d e s o r d e m etc), a "Epilepsia e c r i m e " 6 que dos a l i e n i s t as mudará de rumo buscando, que se verifica até 1915, sobre de p o de -s e c la ra me nt e com a tese de Afranio Peixoto, trabalho (ao dé cad as ressaltar que o au men to dos estud os es tu d o s já realizados 1897, nas intensa de textos vol tados ao al ienisrno na Bahia. É que e história", "Melancolia: m a n ía c o parecer, e, mais "A He lm en t hi as e em tipo d e p r e s s iva", "Espiritismo e loucura", técnico "0 trabalho na torno da clínico da ”P s ic o s e do ter ap êu ti ca d a s d o e n ç as me n ta i s " , e o u t ro s . Con st at a- se que o d e s e n v o l v i m e n t o do di sc u r so rnédico Bahia, e em especial isolada do con tex to higien ism o carioca, s e g r e g a ç ã o social na cidade de Salvador, nacional, por Observe-se, d a vacina", relatado que exemplo, teve por exemplo, fundamental atuação o fenômeno c h ama do por Nicolau Sev cen ko preocupa, no forma que vivia o a d ven to da República. e na exc lusão dos ex tr a t os mais baixos sociedade,. 0 nao se deu de entanto, 64 é na 0 na daquela "Revolta ( S E V C E N K O ,1984) deixar claro que a c o n s t it ui ç ão de um espaço republicano reforçou o di sc ur so méd ico higienista na medida em que a la icização da soci ed ad e enc ontro às teorias bu rg ues as de urn Esta do que se queria liberal.. Esse amb ie nt e Casa novo Mi se ri c ór d ia previa -■Estado •• pois, o v elh o pr ópr ia ad ministração, Como , loucura, mel ho r da a t e nd en do a já não atendia, por causa de sua os anseios d i s c i p li na re s da cidade. imbuídos pelo Pre s i d e n t e s para co nt e ú d o de suas teses a respeito do poder p ú bl ic o alguma atenção, urn d i s cu rs os dos alien ado s da cidade. Os de Pr o v í n c i a d e mo ns tr av am o claro interesse, seu e em a m pa ra r e me d i c a i i za r os alienados. Pode-se e s t a b e l e c e r psiquiatria, da e os da população, no desenvolvimento Brasil do urna cronologia, dos fatos e na Bahia para es cl ar ec er pe nsa m en to méd ic o e o papel um do ligados a pouco o Estad o no criaç ão do : o Imperador D. pri meiro em Santa já foi. s ali en ta do anter i o r m e n t e , não eram apenas os cuidado, 1841: da de que demo ns tr a a ligação - Igreja hospital que so l i c i t a v a m processo a f a s t a m e nt o da direçã o do Asilo São João de Deus, inúmeros pedidos médicos» médicos o vinha hospital 1852, no Rio Pedro II assina o Decre to p s i qu iá t r i co do de Janeiro, país, de que veio a ser sob a direção da Santa inaugur ado Casa de Misericórdia; 1 8 5 2 : cr ia çã o dos pr i m e i r o s hospitais ps iq u i á t r i c os do Brasil, D.Pedro li, no Rio primei ra Lei d oe ntes menta I s . o de J a ne ir o e o de São Paulo. B r a s i l e i r a que regula men tou a As s is tê nc ia aos 1 8 7 4 : é cri ado o Asilo São João de Deus na Bahia; 1 8 9 0 : o hospício D. P edr o II passa a ch a m a r - s e Hospital Nacional de Alien ado s e é s e p a r a d o da a d m i n i st ra çã o da Santa Casa; 1899: o govern o or ça me nt ár ia s degradar-se à impõe d r á st ic as p s i q u i á tr ic a que reduções começa então a ( C O S T A ,,1980: 22 ) ; Hospital requerido pelo Gover no Federal, Nacional loucos, onde qua lqu er fis caiizaçao é si mp le s me nt e uma casa não há tra ta me nt o conveniente, Rodr igu es nomeia Sales a s s i s tê nc i a 1 9 0 2 : um inquérito, o Cam pos Juliano Alves nem co nstata de de te nçã o di sci pli na que de nem ( C O S T A , 1 9 3 0 : 2 2 J; reformula a Mo re ir a como as si st ênc ia novo psi qu iá tr ic a diretor do e Hospital (COST A,1980:22); 1903: é pr omu lga da a pri meira lei federal de a s s is tê nc ia aos alienados; 1 9 0 5 : surgem os Arq ui vo s Bra si le ir os de Psiquiatria, Neu ro lo gi a e Ciê nci as afim; 1907: surge s So ci eda de Brasileira de Psiquiatria, Neu ro lo gi a e Med ic:1na Lega l ; 1 9 1 2 - 1 9 2 0 : há urn gran de aument o de ins tituições p s iq ui át ri ca s ern vários E s t a d o s ; 1 9 1 7 : Cr iaç ão da pri me ir a Liga EugEnic a da Améric a do Sul. 1 9 2 3 : Cr ia çã o da. Liga. Brasileira, de Higien e Mental.. Ap ro va ça o do dec reto-lei 1 9 3 0 /4 0 : . surge m na Europa e nos E.Ü.A.. , a idéia c om un itá ria 1934: 5.14 8-A. de psi qui atr ia e de com un id ad e terapêutica; o De cre to numero 24.5 59 de 3 de julho promulga, 66 a. segunda lei a federal d e - a s s i s t ên ci a aos d o en te s mentais, "proph ylaxia mental, que dispõe a ass is tê nc ia e a pro te çã o á sobre pesso a dos psicop a tas e a fisca liz aç ão dos ser viç os p s y c h i a t r i c o s "; 1941: com a reforma reorgani za-se o do Mi ni st ér io D e p t o .. Nacional da de Saúde e Edu caç ão e Saúde, cria-s e o Serviço Nac io na 1 de Doe riças Me n ta i s : 1 9 5 5 : médic os do Hospital Julian o Moreir a ela bo ra m um estudo resultará Leal e na cr ia çã o dos Am bu la tó ri os de Higien e Osvaldo Camargo, Lopes Rodrigues, em Feira de Santana V i tó r ia da Conqui s ta 1960: e dos Ho sp ita is Mario Colônia (1962) e Afrãni o Peixoto, na América Latina e s o b re o s n o v os t ratam e n t o s p s iq u iá t r ic o % . N o B r a s i 1 instalada urna exp er iê nc ia às pr op ost as de s e rá Psi qu ia tr ia no dis cu rs o oficial; Essa cro no lo gi a é importante referencial no nesse sentid o em Porto Alegre-RS; incentivo do Esta do da Bahia, Comunitária, em (1966); A 0..M..S., pr om ov e vários sem in ár io s E.:ir a s i 1 1971: em Salvador, Mental que na medida em que oferec e o da história da ps iq uia tri a brasileira:, atravé s da qual se pode estuda r a c o n s t it ui çã o de uma outra instituição ligada psiquiatria, a Liga Bra si le ir a de Higien e Mental ~ LBHM„ A forneceu material c o m pr ee ns ão um teórico importante para a a Liga do ali e n ismo b ras ile i r o .. A LBHM as si st ên ci a profissionais foi aos da fundada ern 1923 com o obj eti vo de mel hor ar do ent es área, me nta is bem como atravé s a da mel hor ia mel hor ia das a dos condições I hospitalares. Desde a se p a r a ç ão dos hospitais ps iq ui á t r i c o s das Santas 67 Casas de Misericórdia,, a pa ss an do pela col oc aç ão de Julian o Moreira frente da di reç ão da p s i qu ia tr ia brasileira, nacionais se pr op us er am a romper o vincu lo que os os médico s ligava, tão 1 est reitamente, ao al ie nis mo francês e criar teórico mais ad eq ua d o e coe ren te para o país. LBHM nada mais um referencial, Assim, a criaçã o da foi que o reflexa dessa polític a no campo da prat.i ca médica brasi leira. Alé m p % iq u ia t ra s ost ent ar Eles se co n c eb ia m c iê nc ia s , ob je tiv os filantrópicos,, d a L ig a a c re d it a v a m n o m i t o d a c iê n e ia universal. isso de po rtanto mesmo e sq ue c e r a m d e te r m i n a d a c 1 as se p s iq u iá t.r ic a habitantes do hermético im p e rm eá ve i s à s i n í 1 uênc ias que eram cu1 indivíduos s o c ia 1 , c o m o p i n i ó e s e "os 1 reino das ur a i s . Po r pertencentes v a 1 o re s a f:>r•ó p r i o s a deterrn inado per iodo h i s t ó r i c o " ( C O S T A ,1980:15 ). Esse higiene mental de uma eles, preconceito ba se a do s na noção de p s iq ui a t ri a com a eugeni a era levou-os ideais p r o gr am as "prevenção eugenica"., um co nceito científico, logo restava sexual desaparecimento a s o l i ci ta r da indivíduos m i s ci g e n a çã o p ro i.b iç a o d a a dos racial de nascida Para inquestionável. impor aos br a s i l e i ro s as doentes, entre Im i g ra ç a o -de i n d iv íd u o s instalação de nazismo. dessa p s i q u i a t r i a . "Os psi qu ia tr as passarsim a e s te ri la za çã o e x ig i r el ab or ar se m e l h a n te s ao do Urna vez aceito esse pressuposto, re ceitas a tribunétis de a pedir pr eg a r o brasileiros, não br a.n c o s , eugenia a a a etc" (C OS T A , 1980:16). A Liga ba se av a- se em fundamentos a cr ed it a v a - s e que se a doença mental "racionais" pelos quais era t r a n s mi ti da pelo p r o c e s s o da h e r e d i t a r i e d a d e , então a única forma de se promover 68 a p rof ilax ia das doe nças mon ta is no te r r i to r io b ras I l e i r o , se ria a pr ev en ção a do ex te r m i n i o ap a r e c i m e n t o ge né t i c o da raça dos degenerados» ap res en ta da s se se notar, de 1923, ex ame pré, nupcial A que foi as obrig ató rio " de p r om ov en do João P. 1928 de Souza 10 de , "Sífilis e a (cf .. U Z E D A ,,s / d :38) .. no Congr ess o Nacional janeiro de 1927, aqui "Da Eugen ia e Liga po ssu ia de te rmi nad o poder pol íti co de idéias "Theses" de dois alun os e Luiz Fab ricio de Oliveira, apr ov ad o 5.. 148-A, doença C o nf irm a-s e as por exemplo, da Fa cu lda de de Med ic in a da Bahia, eugenia", da o ? o qual na medid a decreto-lei suprimia a em número exigê nci a de d e t e r mi na da s f o r m a 1 i d a d e s , como guia de qu al if ic aç ão policial ou de para port ari as internação de exclusivamente au to rid ade s qua lq ue r a cargo públicas, pac ie nt e dos médicos necessárias psiquiátrico, a dc-signação a ficand o da loucura ( C U N H A ,1986:171). "A nova importantes, p r át ic as curto que para degenerados, i ntrod u z i a eg i s 1 ação ate nd i am as nec essidades médicas. espa ço de treinadas 1 ai nda de Cr ia va- se a figura - pouco i novaçôes a t u al iz aç ão utilizada, tempo - das vis it ad or as psi quiátricas, as tarefas dos desequil ibr ado s, ava nça da do psiq uia tra " esquadri nharnento etc., loucos, linha (C UN HA :1986,171). o dep ut ad o era membro da Liga. Brasile ira de Higiene Mental. A na li s a n d o co m p l e x i d a d e por mul he re s como R e s sa lt e- se que o autor do referido decreto, rtfrânio Peixoto, e de; funciona ndo das o do problema, f o r mu la çõ es da L 6 HM. que foi ex pos to dá para es pe ci alm ent e o con teú do notar racista A noção de pr ev enç ão a p r es en ta da pela a das Liga, pro pun ha tarde as realmente foi uma pratica den om in ad o de nazismo, teori a s de Lo mbr os o que, nâo havia que as se me lh ar -s e- ia p r i n ci pa lm en te se se porque, as teorias m édi ca s a p r e s e nt av am -s e de tal vezes,, nem de t e r mi na da o doente ou o medi co doença mental, ficando assim de ve r ia passar "É pelo pr oc e s s o de "limpeza este o e xem pl o que a Liga mais obs ervar ainda na data da fun daç ão sido e x c lu íd as do pen sa me nt o medico,. mesmo ao que da Liga,, Com plexa ainda forma que, podiam por reconhecer impossível saber quero racial" ou nao. nos deu. 0 que falt ou aos p s i qu ia t r a s da Liga não foi uma c o m p r e en sã o corret a do que era ciência. Fa lt ou -l h e s , i s t o sim, e s ta va ausente era a di men sã o A necess idade fundamental a refer ên ci a cultural. mais nada interesses dos psi qu ia tr as era a de d eg ra da va - se oc io s i d a d e moral e não concordavam. menos que a ad ap ta çã o privados. da da so ci alm ent e mi sc ig en aç ão por racial modificar A pr e v e n ç ã o psi qu ia tr ia Os psi qu ia tr as acr ed it av am e que neles histórica da cultura em que viviam. re alidade br asi lei ra com a qual nada 0 causa do povo que dos a o e eficaz para sanear a situação", qu al qu er que, e a co er ênc ia diz COSTA científica, assim, vícios, exemplo, o alcoolismo, a qual, to rn ou- se atr ibu to pouco rápido importava pois se se tomar como méd ico ou então a sífili s do p at r im on io gen éti co dos negros, em real id ade que foi c o n s i d e r a d o pelo di sc urs o ma is dis se mi na da entre estes, A (1980:18). se observa, co mo cau sador da pobrez a e da decadência,, da brasileiro. os pró pr io s a li en i s t a s faziam com que c o i n c i d i s s e m proposta, foi seus teoria j u s t i f i c ar i a a idéia de p r e v e n ç ã o na med id a teoria a Brasil p re ven ção eug enica apa re ce u- lh es como um instrumento mais A a que por ser ou ainda a m i s c i g e n a ç ã o racial que 70 tornar a” se a causa da d e s o r g a n iz aç ão pol ítica e social por ser o Brasil con st it ui do de urna po pu laç ão ddo país, m i s ci ge na da ( CO S T A , 1980:18). "A pr ev enç ão eugènic a d e s t i n a v a - s e a criar b r a s i le i r o indivíduo qualquer. s a d io . Mas e s t e A ind iv id uo Ele deveria ser branco, oliauvin i sta e an ti liberal" puritano, $ me n ta 1 me n t e ps iq ui a tr ie precisava, urn (COSTA: individuo na o racista, e ra xenofobo, 1980,18). a qu al q u e r custo, dominar lo uc u ra q ue res is ti a a norrnali d a d e . As pvá ti cas eu gé nle as co nt r i b u i r Mental para iria, essa até lufca. Assim a Liga Bras ilemra meados deste século, uro de de s e n v o l ve r a v ie ram Higiene mais urn e o ca p í t u l o da história da psiq uia tri a brasileira. Também se vê, nesse período, d e s e n v o l v i m e n t o de urna série de novas utiliz aça o em psiquiatria, a cr iaç ão técnicas b io ló gi ca s para a as quais tem os seus pr in ci pa is mar co s ern: 1 9 1 7 - Wag ner J au reg g introduz a m a l a r ío te ra pi a no tratamento da Pa r a l i s ia Geral Pro gr es si va - P.G.P. 1 9 2 1 - Kr et s c hm er d es en v o l v e uma tipologia co nstitucional; 1 9 2 2 - Klaesi introduz a so n o t e r a pi a no tra ta me nt o da I e s q u i z o f r e n i a r, 1 9 2 9 - Berger apl ica a elet ro en ce fa l o g r a f i a ; i ns u Li n ico $ 1935- Sa. ke 1 ap 1ica o c hoq ue 1937 Med un a apl ica o cho qu e c a rd i a z ó l ic o * ; - ; 1 9 3 8 - Cerlet tÍ ~B in i ap li ca o e 1e t roehoque ; * Todas estas são terapias convulsivas. Seguramente, ve ri f i ca -s e 71 urn largo uso no Brasil, de todas as té cnicas a pr es en t a d as acima, de me di ca me nt os que os quais, a s soc ia das a toda uma iriao surgir após a Segun da Guerra pr ovo ca r am o c r e s c i m e n to da como se pode indústria gama Mundial, f a r m a c ê u t i c a ,, notar- no texto a seguir: Após a S e g u nd a G uerra H u nd ia 1, especialmente: com a introdu ção do n eu ro lép ti co clorprornazi na. por Uelay e outros em .1,952, deu-se o de se n v o l v i m e n t o ace le rad o da p s i c o f a r m a c o t e r a p i a que c o n t r i b u i u para o tratamento sin to má ti co das psicoses, tornando-se o instrumento p r i v i le gi ad o de co n t e n ç ã o e co ntr ol e do pac ie n t e , s u bju ga ndo a ag i taçao ps i corno to ra q ue se c o nst i t u i no Cjrande de saf io a uma prática fun dam ent al men te repressiva e dis ci pl in ar e p o s s i bi li to u também uma atuaçã o massiva for-a do asilo, com os a n t idep ress i v os e t ra nq ü i l i za nt.es (ansiolí t i c o s ), entre; os mais usados (.JACOB INA, 1982:17 ) . A de 50 psi qu ia tr ia deste teorias e sé cu l o , m u i t o ev olu iu novos me di c a m e n t o s o que intervenção da assuntos, no períod o entre gu err as e após a indústria no s e nti do far macêutica remédios ps iq ui á t r i c o s semp re po s s u ír am elevados. Têm-se ramos da medicina testar faz qu es ti on ar pois é de: con he ci me nt o gerai venda de e década a novas cerca bi om éd ic a da nesses que eq ui pa m en to s médico s e um custo de fabricaçao informações que a ps iq uia tri a é onde a utilização de remédios se dá urn em e dos larga e s ca 1 a .. No entanto, de forma mais idéias da refle xõe s no Brasil forte dep oi s -dos anos psi qu ia tr ia da e no mundo, 0.M..S., cipós a década de 60, 70, a introdução co munitária®, sejam elas e no pais das or iu nda s das sejam eias vindas das t e or ia s de Franco Basaglia. No caso e sp ec íf ic o de 72 Sal vador c ri ar am -s e vários hospitais quo realizada« Leal vi sav am escapar no Ju lia no Moreira, das pr o l o n g a da s internações como é o caso do Am bu lat óri o Mario (depois t r a n s fo rm ad o em hospital). B us ca va -s e internações, internados pe s s o a s suas tratamentos ou seja, naquela não ao invés bu sca va- se dim inuir o número de instituição pois, que para ali doenças, a m b u l a t o r iais ia,, sofria po de nd o uma gra nd e um pr oc ess o de mats, de pacie nte s qu an ti da de das cr on if ic aç ão geralmente, receber de alta O h os p\ ta l a r . Esse Julian o pro ce ss o Moreira (antigo Ba ir r o de; Brotas, nome, iria de sa gua r e a con st ru çã o de um novo A partir dai no número de pa ci ent es nos demons t ra a tabela Ern c on str uir suma, 1 no com o mesmo uma queda naquele» a med icina no Brasil, muito hospital na Bahia» um pr oje to de m e d i c a ii za çã o da cidade. sempre A como Seja qua nd o da física do cérebro, loucura,, tornou-se; um busca va seja buscou psiquiatria, além de não fugir a regra, anatomopatológicos constituição si tua do hospital, nota-se internados acol he do r dessas propostas. elementos Deus), Hospital . por suas especif ici da des , meio Asilo São João de no Bairro do Cabula. gra nd e na d e s a t i v a çã o do d e s co bri r investigando a seja bu scando os e l em en tos mo ra is q u e d e l i n e a v a m a figura do alienado. Nesse sentido vé-se c o n h e c i m e n t o s m é di co s p ro du zi do s a Bahia, notand o- se aqui que, a transf er ên ci a na Europa, Esquirol 73 dos para o Brasil foi o gr a n d e di ve rso s e para inspirador da m e d i cina ps iquiatr ica No entanto, claramente, quando como a se analisa, procu ra es sa tran sp osi çã o busca de idéias por exemplo, internar ou as os iria para delinear-se» intervenção indivíduos que a social,, psiquia tri a idéias eu g e n i c a s p r o d uz id as pela LBHM. A meta a ser at ingida é a p ro fi la xi a das doenç as mentais. Novas qu ai s toda serião uma técnicas largamente utilizadas nova o r d e n a ç ã o do Ancioliticos, pa ci en te es te s surgem a partir do n e u r o l ept ic os outros das su bjugam a sua ag it aç ão p s i c om ot or a utilização a. uma grande massa fora dos ,, as consigo, mo l é s t i a s mentais.. tornam algo roais tr an qüi lo para a medicina, guerras, trazendo no Brasil, tratamento e entre o co nt rol e na medida e st end en do do em que a sua hospitais. Com a i nt ro du çã o do pe ns am en to a respeito da psiq uia tr ia com u n i t á r i a no Brasil e na Bahia, de i x o u de ser internada, de de saúde mental, uma grande parte dos pa c i e n t e s para f re qu en ta r os di versos amb ula tó ri as a que pr oduziu vários e f eit os e até um p r oje to lei. A avanços, grande como ps iqu iátrico? dúvida que paira estará no ar é: hoje o pa ci e n t e após internado em todos um esses hospital, TABELA 1 IVOS DOS HOSPITAL JULIANO MOREIRA NO ULT IM O ANO rraio TOTAL DE TOTftL DE Nfi DE PACIENTES INTERNA- ALTAS QUE PASSARAM P / DE PERHA- PERIODO N6NCIA C0E5 tempo PERCENTUAL COEFICIENTE DE DE 0CUPACS0 MORTALIDADE Nfi DE ÓBITOS SEGUINTE 1979 1326 1458 393 121 92 2,2 33 1980 724 734 S3 178 96 3,9 30 1981 436 480 291 246 97 3,6 18 1982 509 695 100 79 69 0,7 5 1983 842 825 113 42 54 0,5 4 1984 1049 1021 138 50 86 0,3 3 1985 1164 1147 149 47 82 0,5 6 1986 989 1023 107 50 92 0,78 8 1987 571 575 102 62 96 0,17 1 1988 559 525 132 77 97 0,76 4 1989 5® 548 120 84 94 0,36 2 FCHIE: füHEIRfl NOTAS 1 São três Foucault: os o grupos de doenç as grupo da demência, me nta is ap re se nt ad os o da mania e mel an co li a por e ,, da 1 h ister ia e hipocon dr ia 2_ Nesse loucura sentid o não "o própr io deve psicológica. (FOUCAULT, 1978:25 1- 29 5) uso da pai xã o ser e n t en di do como uma na terapêutica forma Ut il iz ar a paixão con tr a as demê nc ias c oi sa que di ri g i r - s e a unidade da alma e do corpo mais de rigoroso, servir medi ca ção não é o utr a naquilo tem se de um eve nt o no duplo s i ste ma de loucura, pela pa i x ã o pres su põ e que nos colo ca mo s recip ro co entre considerado alma como e corpo. 0 medo, espécie aos e aos de-; t r e i na me nt o que num m a ní ac o medo ma ní ac os fosse furiosos; natural so nh a - s e Curar simbolismo século uma das paixões que mais se deve louco.. Acredita-se; que seja o co m p l e m e n t o impõem no no XVIII, é su sc it ar no das coaçõ es que mesmo faria com que cada acesso logo acompanhada, e c om pe ns ad o por com de uma cólera uma reação de (F O U C A U L T :1987,323/324). 3 . Teses resgatadas no Arqui vo do Memorial da Medicina da Bahia. 4.. Poder-se- ia c o m pr ov ar a idéia exposta se; se observar o que o Prof. da de seus e f e i t o s e na c o r r e s p o n d ê n c ia imediata de suei significação.. ei da Alvaro Rubin de Pinho, Bahia, p e r ió di co internacional, qualquer não trabalho ( P Í N H O , 1982:159-168); sobre o assunto: lançado em 1866 e apresentou, origi nal ou então, em sobre que seus o "A Gazeta at ing iu Mé di c a ci rcu laç ão pr i m e ir os tema d ir; volumes, psiquiátrico" r e fer in do- se às pr i m e ir as qua tr o década s ensino que do século XX: não refletia eu não na "0 Asilo era uma d e t e r i o r i z a ç a o terapêutica»,. .... 0 Asilo posso dizer que conheci total. foi tão ps i q u i a t ra s do do Asilo gineco lo gi st as , prof. nao se constituía cl ín i c o s gerais etc"- de apagado Asilo, ps i q u i a t r a s da época eram pessoas muito e x c ê n t r i c a s . médico Os , o corpo psi qu ia tr as E nt re vi st a O e sim realizada corn o Alv ar o Rubin de Pinho em 20.11.93. 5.Filipe Pinei Es tu do u - Méd ic o ps iq ui á t r ic o me dicina Pa t o l o g i a Bicêtr e na em Toulouse, francês Mo n tp el li er (n, e Paris. Esc ol a Médica de Paris e ser vi u nos e Sa 1 pétrierre. rev ol u c i o n á r i a s tr a tame nt o, para tirou 0 o a tr atamento psicologico. a obra que se cade i a Como Abol iu a os os Tomou métodos doe n t e s . de m e 'didas brutais de ape r>as o Pr opôs resultado de seus estudos, pu bl ic ou psiquiatria: Trata do Mé di c o - Fi los ófi co Sobre a A l i en aç ão Mental ou a Mania» Esc reveu também: 1972). em 6 1801, .Essa tornou cl ás s i c a ern En si no u hospitais e d i c o u -se a ps 1 quiatria tempo. 1745» 1826).. Nos og r af ia F i l os óf i c a "these" também num forma,, retrata (1780); foi ap re sen t ad a por (LISA: Afrãn io Peixo to e c o nst it ui- se interessante trabalho de an tr op o lo gi a e que, uma di ve rgê nci a com alguns es tud os que se realizavam á Faculdii.de de Me di c i na 7. "Segundo o aut or id ad es in ter nam ent o implicassem da lei lornbrosianos na época. (5148-A),, ficavam suprim ida s c o m o a guia d e q u a 1 i f ic a ç a. o p o liei a 1 o u f o rm a 1 id a d e s , de texto públicas, de doentes interdição como co n d i ç õ e s menta is civil, p o r t a r ia s obr iga tó ri as -exc etu ado s cur ate la de certa de os bens, para casos etc. que Cabia f i n a 1 m e n t e a p e n a.s e e x c 1 1.1s Iv a m e n t e a p s iq u ia t r ia a d e s ig na ç ã o 1o ucu ra (C U N H A , 1 0 8 6 : 171). 77 o da 8 . "A ps iq u i a t r i a co mu nitária al gu ns paises europeus., o pre ven ir nos Estados Unidos preco ce di mi n u ir de doenças, o tempo pro mo ve r de ser viç os hosp it al iz aç ão e se rviços de reabilitação,. princípios de integração entre as di ve rs as a o fe r e c e r uma a s s is t S n c ia p s iq u ia t r ic a rna is a 9„ Se gun do ent re vi st a Ju li a n o Moreira, que o hospital para sua cura.. também manter ( D R F Y ER, a c o nt in ui da de pelo atendimento 19 8 O 13). do realizada com um dos m éd ic os a os médicas, maior c.o o r•d e na ç ã o e n t re o s s e r v iç o s e responsabi 1.idade g e o g r'á fica del imita d a se pr om ove r ag ên cia s pr op oe as s u m i n d o de internação, Man té m c o m a s s o ciais, pr et en d e em alt ern at iv os d e s t.a s Finalmente corno interior a tentativa se rvi ços a m b ul at ór ia is e de emergência, de te c t a ç ã o para traz rio seu hospitalização, de s e n v o l v e r tento se a b r a ng e nt e ,. tratamento, de uma área do Hospital esse-: número seria su perior a 50% o que demost ra ser vir ia mais a cr on if ic aç ao dos pa ci ent es do que C A P ÍT U L O A ASILO SAO JOfiO DE OELJS A cidade pr im ei r a de Sa lv ad or se dá em 1706 na Hospital denominada, Cristovão, loucos. as i l o exp er iê nc ia de reclusão a entanto, loucos.. construção de d i re ta me n te ruvel 0 de Hospital vasto progra ma de co nst ruç ão da uma cisterna. também m o d i f i c a ç õ e s A cister na do claustro. Os como Ali se ficou do irmandade na pronta "casinha dos doudos", também urn que 1702, terreno, ficou grupo tr e i n a m e n t o e que;, sem salário" mesmo já havia (RU3SEL--W00D, 1981: quartos,, pront os al ojados 217). inexistindo uma prática médica em na cidade de Sa lvador abaixo do de ficar am ficavam a em e a borda do barranco, c o ns tr uiu c a r r e g a d o re s de essas conhec e p a r t e da Mi ser ircórd ia ... . Estes eram os g u ar di ões dos loucura, São no cl au s t r o e Devido ao de cli ve do um espaço entre a cisterna sugere; na Miserircórdia» segund o RUSSEL-WOOL), "pouco se sob o claustro. conhecidas 1706. da partir do fim do sécu lo XVIII, volta do século XVIII previa a in da al ie nad os que se co mp un ha de três e n f e r m a r ia s e ac o mo da çõ es para No de de em nessa loucos,, sem 0 trecho relação uma p r e o c u p a ç ã o com a seus loucos. Seria difícil identificar aqui 79 os reais m o ti vo s dessa preocupação, mas parece exc lusão social e x c l uí do s da sociedade) reclamos muitos (os loucos sao acerca da p r ob le m as inspeção, de efi cá ci a de mais v arria m baixa.. As v ie 1as ca usa va a e seja s id o de aç ou g u es e t c . , seja pela falta de lixo urbano.. "A cidade unica me nte devido à alta sua p r e j u d i ca nd o a saúde 1981: p a ra ís o parte do povo já co nd içõ es 207/208). p a f'a el em en to s higienista chuvas a falta de nutrição e pelas m is erá ve is assim que a cidade de Salvador, os As inundadas e o sol quente a do me st i c á v e i s corno,, por in sa lu bri dad e nos matadouros, no século i n te rve n ç ã o da segunda metade do seculo XIX. todos m e di ci na ficavam era posiça o lixo ba rr anc o abaixo até da cidade baixa urn possu ia de do urbano, a qual os falta saudáve1 (RU33EL-WÜOO, hi gie nls mo que M t se ri oc ór di a pela putrefação, Vê-se Bati ia s ane am en to os montes de e n f r a q u e c i d a pela teria de A cidade baixa era a cloaca da cidade alta. fortes de vida" incluídos na local infra- est rut ur a da cidade, esc oa m en to r e 1 a t ivamente prime*iro dos a l ie na dos vem ern consonâ nc ia com matadouros, no superior. co rr ent e que esse exemplo,, açougues, d isciplinar da E n c o n tr av am -s e na e da de int eresse cr ia nç as abandonadas» ruas e vielas, a j u da ri am a dese»nvo lver a teoria dos XVIII, fluídos esgotos, e o que -■ aqui interessa que é o co nt r o l e dos alienados. 0 in salubres co nt r o l e da da cidade, loucura, assim como dos div ers os el em en to s foi o desafi o médica, pois os projeto de desenvo lv im en to » social €* a en fr en ta do pela loucos su bv e r t i a m a nova ordem liberal ordem pública pois eles tao corrompiam necessários d e s e n v o l v i m e n t o da bu r g u e s i a e do ca p i t a l i s m o à o ci ên ci a e o seu contrato lógica do ( J A C O B I N A ,1982:9). Os .1833,, data Terreiro a em de F ac uld ade que doidos con tin u ar ia m que seriam Jesus, no Hospital São tra nsferidos para o Cr i s t o v ã o prédio antigo Colég io dos Je su ít as de Me di ci n a da Bahia, e, cito na Aí agu ar da ri am o ano de Santa Casa. fundaria o Asilo Sao Joao de A início 1874 Deus, e ra uma p rá ti ca méd ic a em relação à loucura. ape na s estudos e n c a r c e ra me n to tornou-se, s i s t e m á t i c os mé d i c a em hospital relação havia "Em a remoção por uma (.JACOOBINA,, 1.982; 54). público, apesar administração médico, dos de No daí, no realizasse,. Salvador, Mas uma A nt ôn io seria reunir Paço não se co n d i ç õ e s de realizou, nao Coelho,, para um foi Itapagipe" pois o prove u os poder meios isso já demo ns tra o interesse em con so nâ nc ia com o regulamentar a nova prática. "Este livro hade servir para o Termo de entrega, de teoria nao in ic ialmente que por não casa antes objeto entanto, Província, loucos, Essa mudança de que 0 o que se inte re ss ar ia pela de ele próprio propò-la, para que a mesma se da nesse momento, na Quinta dos Lázaros, substituído a partir às doenças mentais. 1863 o P r es id en te da pro pos to ed i f í c i o ass im na Bahia., com o o b j e ti vo de des en vo lv er ape nas o dis cu r so médico, loucura. em no tratament o dos p a c ie nt es com doenças mentais. cr iaç ão do Asilo marcou de fi ni tivamente, de no época.,, e spe c ia l i zado em ass is tè nc ia aos alie n a d o s ,, i na ug u ra ndo-se uma nova etapa ate posse es ma, is registro do d oc um en to s relativos a fu nd aç ão do As yl o de Al i e n ad os =« dis cu rs o Sao João de Deus = Se cr et ar ia da Santa Casa •1 de Misericórdia, Ass im instituição i ni c i a -•se 26 de Seternbro de 1869", o es p e c i a l m e n t e 1 iv ro de rey is t r os da p r ime i ra criada para se ocu pa r dos loucos em Salva, d o r .. A qua ndo a história oficial do Asilo Sao Joao de Deus Ass em bl éi a Leg is la ti va da Pr ov ínc ia ap ro vo u a começou Lei Na 1089, ern 1.869, que pos si bi li ta va a comp ra da Fazenda da Boa Vista onde se pr et en di a instalar um asilo de a l i e n a d o s , pela pri mei ra ve:;, o Govern o baiano tratam ent o de do enç as assim que, teria uma at itu de con creta em relação a co ns ti tu iç ão de um espaço oficiaL Ci é mentais.. A do poder p ú bl ic o para referida Fazendsi seria ent regue à Santa Casa em 26 de set emb ro de 1869 com o seguinte. "Termo de entrega que D es em ba r g a d o r A n ton io F i g u e i r e d o Rocha, p ro v í n c ia , à faz o exino. La di s l ao de v ic e- pr es id en te Me sa Sr. desta A d m i n is t r a t iv a da Sa nta Casa de Misericórdia, da casa e da fazenda para da "Boa Vista", netlas i> 0 f u n d a r-se urn A s y 1o d e A 1 ie naclo s ^ " Após ef et iva da a e ntrega da Eíoa Vista à Santa Casa, iria empenhar c o ns t it u iç ã o se na con st r uç ão do novo asilo, d e u m R e g u 1a rne n to G e ra 1 P ro v is ó r i o .. alguns artigo s por co ns id erá -lo s s er ao feitas: bem como esta com a T r a ns c r eveu - s e importantes para as aná lis es que "Da Ad mi ss ão EH Sahida Dos Aliena do s" "Art,. 17. Serão gra tu it am en te a d mi t:ti dos: # 1 . Os i nd ige 11 tes W2. Os es cravos de Se nh ore s que mais de um ,e sem não possu am recursos *13. Os mar in he ir os de navios me rc ant es que apre s e n te m , esc ryp to na o c a s iã o da e íit r a d a reco nhe cid o por Tabelião, pr op ri et ár io consignatário, m e st re do navio do capitã o ou respectivo ou de seu c ô n s u l .., ¡44. Dos Irmãos da Santa Casa pobres, , mul her es ou viúvas, suas e os filhos até 21 ¿)n o s .. Art. 18. Os que tiverem meios de pagar as tr ac ta men to e cu ra tiv o s e r ã o Art. despes as de pensionistas. 19. Jt único. Pri meira Classe, quarto se pa ra do com t ratame n 1:o espec ia 1 - 5$ 0 Segun da Classe,. a l ie na dos com quarto tratamento 0 0 ; parai dous especial 2$500: 'terceira Classe;, 2 $0 0 0 ; Escravos - 83 L$OCO e n f e r m a r i a s geraes - A rt- 21. Os Irmãos da Santa Casa, tr ac ta do s p r im ei ra Art. g r at ui ta me nt e como classe ou A d mi ni st ra çã o clas se nos outros casos. N in gué m será pe ns io ni st as se houverem servid o junta 22.. que forem pobres s erã o Superior adm it id o sem pro ved or que pode or den ar as em e de o de mesa segund a des pacho do "matriculas" nos se gu in te s casos.1 : t! .1.„ A visfca da requisição official O r p h á o s , d o c h e f e de polícia, de j uizo de ou d o d e l e g a d o d o Distrito, ti2 . e as pet içõ es do pai, curador, tutor, irmão, marido ou mulh er e sendo escra vo do senhor,. Art. 23 ... da sentença do Juizo de Orphao s que houver julgado a dem ênc ia ou ao menos com de ma is um Art. at estado méd ico c 1 í n ic o . 40.. 0 s meios de repressão serão somente.': A #1 pri vaç ão de visiteis, pas sei os e outr os recreios » 2 . A di min uiç ão de ali me nt aç ão nos lirnites da decência; »3. A e x c 1usao soli tá r i a #4. 0 collet e de força com ; reclusão ou sem el la.: tf5. Os banhos de emb or ca çã o que, quand o ap li ca do s a pri mei ra vez, m é di co o serao na presenç a do re spe cti vo , e nas outras 84 na da pessoa e pelo tempo por- elle marcado,. Art. 65. Salvos as e x ce pç ões a bem do cu ra tiv o se- ha o seg uinte ffl. 0 (horário das observar- refeições): almoço das sete; e meia as oito horas da manhã, jan tar das duas e meia ceia das cinco e as meia três horas da tarde as seis horas e da t a r d e . _ „^ ,. Havia Asilo, ao forte que parece, a um a também uma inclinação do ao preconceito, v o nt ade d i s c i p 1 in a r na R e g ul am en to às discriminações, med id a em que, indigentes, ma ri nh e ir os e es cravos eram as si st id os bem quando corno, nota-se que os p as sa v a m b a s ic am ent e pela moral o poder Casa, o sobre o pedido de "Juizo de Orphãos", ou a mulher, p r oc ed im en to s vigente. o pai, mas exemp1 o „ gr at ui tam ent e para. adm is sã o Nessa visão quem detin ha internação eram o proved or o curador, da o tutor, inúmeras as a va li aç õe s que se pode as prá ti c a s exe rc id as pela Santa Casa a internamento que passa va hospital. pelo delegado, uma por do o Santa marido o senhor de esc ra vos e o chefe de polícia. Sao do Geral vonta de de fazer em começar pelo p ro ce ss o ne ce ss ari ame nte pelo aceite do Este vinha rec omendado ou pelo ou outros, o que realmente demonstra que tratamento da doença relação mental juiz de de pro vedor orf ão s ou não havia e sim regula r-s e uma s o c ie d a d e q u e não a d m 1 1 1a a c o n v iv ê n c:Ia c o m a d I fe r e nç a . A c ria ção do Asilo São João de Deus co ns t i t u i u um marco nas terapi as Regimento., punição. pessoa, sim ¿asilares na Bahia, vê-se cl ara m en t e Não eram uma série uma relação de pr esc r i ta s a qual se supunh a de visitas) m od if i c a d a s mui tos a repressões as p e c t o s tortu ra em ao se de após para uma de não pe rd e ra m o seu que se pode considerar de te r m i n a d a algum leves emborcaç ão) Essas e técnicos, como, (privação que mas por e des vi o seri am modificações, teor moralista, o versus faculdades mentais, caso 1874,. obs er va r g r at if ica ção iam desde as penas (banho gradati vãmente casos, terapia s nao dominar- suas ( pr ovavelmente de conduta) que de pois que, em ga nh ara m exemplo, a e 1 e t r o t e r a p ia . Mesmo c o n s ti tu iç ã o urna c o n s i d e r a nd o que foi p r i n c ip al me nt e do Asilo São .João de Deus que se prátic a médica** em relação a notar nao, que, uma na realidade, pessoa po de r de Isso pois indivíduos tratame nto B ah ia deixar de internar, ou o Na p rá tic a o mesmo Pro ved or tra ns fe ri a o um médico ou uma junta médica e instituições, como por exemplo também e n ca mi nh av a pac ie nt es para o hospital família. os nao se pode quem tinha, o poder para internar a algum as po lic ia que iniciou na da sim não era Provedo r da Santa Casa. loucura atravé s que vem e para a. reforçar a idéia de normalidade que são, geralmente, são ju st a m en te aqueles que á social, e n ca mi nh ad os para não se en ca i x a m muito bem n a o r d e rn s o c ia 1 d a c id a d e . 0 18 74. Foi Asilo de al ie na d os foi inaugurado em 24 de o quarto hospital ps iq u i á t r ic o a ser cria do sendo an tec edi do pelos Paulo, criados em 1852, junho no hospitais do Rio de J a nei ro e de Reci fe inaugurado em 1861. e de Império, de São Porém, o a dm in is t r a ç ã o reclamos, Bahia, Asilo da Misericórdia, não de Deus, aí. rida atendi a sob t ot alm en te a aos da que d e n u n c i a v a m c o n s t a n t em en te as pr ec ári as co nd iç õe s de Asilo, Iniciando-se, p r ov av e l me nt e Em 1909, assim, uma cam pan ha pela também rep ublican os que ap a r ec i am imp ulsionado levaria J. re sp ondendo assim hi g i e n i s t a s e dos m é d i c o s a l ie ni st as da época "Termo rompe o seu acordo J. Seabra, a passar aos poderes pú bl ic os a m an ut en çã o São João de Deus, 0 Asilo libelos na época. man ut en çã o do Asilo com o Estado o que Asilo laicização do pelos a Santa Casa de M i s e r i c ó r d i a ern 01 de maio de 1912, do João e s p e c i a l m e nt e dos m é di co s da Fa cu lda de de M e di ci na atendimento, de Sao aos anseio s dos (J AC OB I N A , 1982:69). foi d e v olv id o ao Estado como d e mo ns tra o de entrega que M i s e r i c ó rd i a Estado, desta faz a Santa cidade ao Casa de Govern o do do Hos pí c io de Sao João de Deus, do H o spi tal d o s L á z a ros e do C e m it ér io da Q u i nta do s Lázaros.... de mil aos doze dias do mês de c» novecen tos e doze ^ Entre os anos de 1912 a 1954, aq uel es p r i m ei ro s d e pó si to hospitais, anos de de que vida, alienados, o que se v e r if ic ar ia é que já ap re se nt av am iriam su pe rl ot aç ão c o nf ig u r a r - s e con diç ão que, 87 maio na como ma ior ia em seus um grande dos casos, pe rma ne cer ia efi cá ci a de 0 Juquery, a até hoje, tornando por vezes uma p rá ti ca médica. impossível a Mesmo em hospitais de renome como em São Paulo,, criado com o intuito também de investigação científica» real. tornou-se inviável pr omover a realização de tal 1 nv e s t igação dev ido a supe r 1 o t a ç ã o „ 0 Asilo São João de De;us» criado localizada no co n s t r u ç õ e s relatos, bair ro de Brotas, nat Fazenda Boa era um espaço muito Possu ía doente s mentais, internações em que para os devidos tratamentos. sua inauguração» 0 m e ta de Asilo do di scu rso an te ri o r m e n t e locais, úmidos e lugubres, fic.ava bem Sao século XX» asilar João a a contribuía» nos idos de urbanos da cidade. permaneceria na nenhuma grande ou no dis curso méd ic o e em o suj eitos que* em nada longe dos olhar es sem a p res en tar segundo recuperação estava m Obv ia me nt e esse espaço, de Deus, de uma grande área verde, q u e s eg un do os m éd ic os da é p o c a , c o n t r i b u i r i a para dos amplo» o i t o c e n t i s ta s e uma área verdes que incluía» um rio e uma cachoeira. Vista, pr im e i r a mudança no c o n so nâ nc ia com a ana lisar Asilo, r ea lidade ps iq ui á t ri c a brasileira. Assim, passar !"<0 » se-á pois com o ã d e s cri çã o dessa ac re dit a- se que, alter açã o significativa, es tr utu ra sentido de instituição, além de não o já nos idos dos ter s o fr id o o que em relação a psi qu ia tr ia início em junho de 1369. uma fa cilita a análise. in í.o i o , o u a c o ns t i t u iç á o d e f i n i t.i v a , d e um a médica anos nenhuma a p r e s e n t a va em meados do sécu lo XX, um pouco mais completa» 0 melhor na cidade; de p rá t ic a Salvador-BA, Nessa data a P r e si dê nc ia da teve: Pr ov ínc ia assumi a a rnontar compra um tendo Asilo de Alienados, como também da Faze n da Boa Vista com a a interno do qu e p ro mo ve ri a referido asilo, duas observações: cor, seja pela p o si çã o social, urgente a loucura, se inaugurado a d m i n i s t r a d or a a Santa Casa de Misericórdia regimento o qual seria que este co ntinha constituição de intenção de em Misericordia. a edição ali. 1874 S eri a do primeiro onde fica claro de imediato urna d i s c r i m i n a ç ã o seja m ui to forte, uma práti ca e que era médica pela realmente em relação que retirasse o al ienado do o n cl a u s u r a m e n t o em que encontrava., por exemplo, nos tempos do ele hospital São C r i s t o v ã o . .. É óbvio po ré m que essa práti ca tirou o louco de p r i s ã o e apenas o t r a n s f e r i u para outra, Na apresentar ar q u i t e t u r a quatorze co ns iderável original do da doentes ad mi ni stração), "sub-judice" feminino, um de ficando realizavam, os unicamente pa vi lh õe s pelo sexo entre outras, restantes, do as nos paciente, a em a no rnuito hospital crianças, judiciário), se g u n do c o n ti nu ar (não co nt a m o s aqui de praxiterapia p av i lh ã o de clínica médica onde, se sendo um (manicômio pa vil hã o mudaria Instalaram-se pav il hõ es d e d ic ad os a in ternação p a v il hõ es que apesar de área verde, Asilo. uma infelizmente. segun da met ad e deste século, uma a ou o p e ra çõ es quais dois de m a s cu li no e laborterapia, relatos, a d es ti na do s os era o local de um em lobotomia, se pa raç ão aos era internos pr opr iamen te d i tos Cada em um desses pavil hõe s era subdividido, e n f e r m a r i a 1^, po sto de; enfermagem^, sendo que os dois pr im ei ro s ficavam internamente, qua rt o forte** e recreio, fechados durant e o dta, pois ale ga vo -s e que os do ent es col ch õe s etc. onde se co n d uz i am pr ov o c a s s e m que qu a r t o 0 se forte, os mostrassem O pa ci ent es em esse o se por internos p a c i e n t e s por pavilhão, A ri st ides ac o n t e c i a geral, vezes M o v is uma briga» que os Julia no pa v i l h õ e s ficavam sendo que, re crutados de umgrande possu ía ma is de 200 Os doent es de vezes que 1950, pessoas, era haviam 1 0 0 fazer» como v e z es "As quebrada", mas, no ficavam ex po s t o s ao totalmente inútil, ficando Se se ob se r v a r o p r óp ri o perceb er -s e- á que apenas Em sua maioria, chão e apenas alg un s para t r a ba lh ar por com uma média de uma c a b e ç a uma mordida, Moreira p r a ticamente imaginar o por volta levava a ter uma vida no médicos, alguns desses pavilhões, po ss uí am banco de cimento. se nt ad os que aqueles a alimentação» no hospício, dias a fio nos recreios sem nada Hospital ou para relação Nao é difícil o ócio de t e r m i n a v a o dia. abandono, sem se const ata r que, 1400 em ou ficavam durant e todo o dia, alí vi o da morte. ap ro x i m a d a m e n t e o agitad o por sua vez» c o ns ti tu ía -s e passar, recreio lençóis, técnico. recreio, dia es pe ra nd o estado ins ub ord ina do s pát io onde os a l i en ad os o os (rnuito utilizado até hoje) era para alguma co nfu sã o dentro do hospital e n f er me ir os ou pessoal v en do rasgavam e d a n i f ic av am dos alg un s os doent es pa c i e n t e s na r o u p a t i a , na c o zi nh a ou dos em eram outras ati vi d a d e s do hospital',. Tem-se hospital atrav és uma. do idéia melhor quanto ás relato de uma fu n c i o n á ri a dependências do res peito do pa vi l h ã o Aris ti de s No vis,. S e gu nd o ela possuí a mais de du ze n t a s pessoas o que, a todos no hospital, e fazia com que, 90 de certa apenas hospital do a esse Pa vilhão forma, as s u s t a v a em d e te rm in ad os momentos, os en f e rm e ir os f re que nt ass em o seu recreio„ A comida nao era servid a aos a li ena do s e sim jogada em cima de uma mesa de ferro e mesmo a ob se r v a ç ã o desses p a c ie nt es era feri ta através uma pe que na portinhola. Lá estav am homens nus e de seminus que ap en a s de vez em quan do tornavam bariho,. Havia ainda an o inteiro- p r ep ar av am -s e e s co va de uma prática de qua nd o algu ns no hospital» sa qu inh os que dentes e sabonete» p e !a p a s s a g e m na t a l i n a 115 ocasi ão co n t i n h a m Tanto funcionária do Natal» aos uma pa cientes .. internação de é assim que» pode-s e do hospital faltava o b a s ic am en te para ser o f e r e c i d o re tratado pelo ex emp lo da quase p or por pouco caso a que e s tav am s ub met id os os 0 hospital. falsa ca ri dad e -que chegou a ser pacie nte s uma funcionária relatar o caso em do que co n fu di da com uma é uma interna um dos médicos do corpo clínico do hospício: Estava se realizando a internação de um pac ien te a dm is sã o do hospital observar. quan do chegou uma das a ent en de nd o que médica a vir ou™ se para Assustada, As si st en te Social funcionária Social. a A m é d ic a fora Social espe ra acontecendo, interrogada se ouvia vozes, pela de a médica se havia alguém que p r o c e d i me nt o padr ão da época. pro ce ss o d e s e n r o l o u - s e até o moment o em que do hospital de laudos para tal. ficou calada sendo ,:i estava per se gu in do etc.» que Ass is te nt e e sem entend er o que estava sobre o que estava sentindo, Esse essa indivíduo mesma seria uma outra pa ci ent e internação e co meç ou a pree nc her os sala funcionárias e ficou a Após e n tr e vi st a r os f a m i li ar es do internado, na identificou para a medica a i nd a c o m e n t o u : 91 a out ra As si s t e n t e "Também, fica aí par ec en d o Constata-se, Ar i s t i d e s Novis hospital, na no que ,,11 que, co ns id era do re alidade diferenciação pa c i e n t e s e nt ret an to ser principalmente uma p a c i e n t e apesar o mais internados do vi ol e n t o tange a práti ca Pa vilhão de nao se d i f e r e n c i a v a muito a o demais, asilar,. A número de e x ag er ado neste pa vi lhã o que chegou todo dos médi ca dava somente dev id o a o se - abrigar 2 0 0 paci e n t e s . As prá ti ca s médicas, c on v ul s o terapia"*”“" Quando cheguei pr im eir as como por exempl o um outro fu n c i o n á r i o da instituição: ao Hospital tarefas, Juliano Moreira, enq uan to estagiário, em 1972, era a de forma como era feita. pacientes. técni co Em alguns pa vi lhõ es faziam-se os dois eletr odo s um algodã o nas filas de 20, chegav a frontes do pac ien te e e da fila,. As vezes, os repetia -se até o consciência, p ac ien tes e doença pu ni ti vo final p a c ientes q ue j á t in ha m fe i t o a v o lt av am a p en sav a mental pois, col oc av a vi nham para aju da r um outro um nível nesse quem e leito é até a p l ic a ç 'áo „ q u a nd o a pegar a c ol oc á -l os para tomar Cerleterapia. que havia o na cabe ça do mesmo e apl ica va o C'er leti,. Alguns interno para i rc<n ic o , a pela funcionários des lo ca va m entao aquele o pro ce ss o das triste, Depo is que o pac ien te est av a deitado, e passava uma realizar a p l i c a ç ã o de C e r l e t e r a p i a , o que era uma coisa muito 30 a foram relatadas por um dos médicos do hospital Julian o More;ira e por ™1. deste período, Na outros ép oc a se de re so lut ivi dad e ter ape uti ca para processo, mas era um deveri a p re scr ev er a mét od o muito Ce rle ter api a a mais era o méd ic o as sis t en te pacientes, que porém, 13 eu já ouvi receb era m a terapia por muitos orientação en fe rm e i r o ou aux ili ar de e nf er ma ge m do posto, a aplica r o Cerleti, p l a n t o n i s t a ...... época, -2 . tal. até acr edi to que 97% Faz ia- se aquela el et ro c ho q ue estavam fila era p od e- se dizer que se a p r a x i te r a p i a ou pre sen ça pacientes, do daquela . por exemplo, do pa vi lh ão pacientes, p r e c is as se sobretudo, naqueles nos que estav am mais parti Kraepelin. ou não. paci en te s lúcidos 0 que e que Então, utilizava o e l e t r o c h o q ue com um fim punitivo part ir ou de o iniciava-se que, d i to , p o is técnica com a doença não do realizar 1400 p a c ie n t e s .. 8 esse um fim e s ta bei e c ia urna internos com de apurar não possu ia se tipo de tra ba lh o tra bal ho po de- se paciente. durante o dia alguns dos pa ci ent es impossível um segund o em um pr im ei ro momento, p ro p ria m e n te dessa 1959, lab ortera pia de relatos, t e rapé ut ic o ocupar chegavam .. Já, ligação a de p r ópr io de nu nc i av am e diziam coisas contra o hospital. criticavam, at r a v é s de aplicado, agr es s iv o s ... os quais sem dos do tornar el et ro c h o qu e era o que o médi co elegia Quinta feira era o dia, mesmo vezes, se s u b me ti am a C er l e t e r a p i a ^ dia para 0 Eu as relatos» P r o cu ra va -s e ja que seria a pr ox im ad am en te a 1 ie n te - s e ta m b é rn q u e , n a é p o c a , e x is t ia rn a p e na s q u at ro as s i s te nt e s para o total dos enfermos. Um pa vi l hõ e s outro "sub- j u d i c e ", julgados, en c a r c e r a d o s mental. lado e co nd en a d o s do Hospital dest iricidos a pela Juliana Morei ra abrig ar justiça, não em pr isõ es comuns por possu ir algum erarn os indivíduos, que po de r i a m ser tipo de doença Esses e s pa ço s também podem ser di s c i p l i n a r i z a ç ã o que, geralmente, cl ar ez a social dentro dos nesses pavilhões, de sua própr ia condição, tomados como e x em pl o hospícios, porque eram o que exigia, do paciente, de assuntos.. f une ioná ri os do dif erentemente, também No mui ta s desses no incômoda,. as desta do por' vezes,, família, após parte no como, uma desses feminino, tradição,, internar de como pa ci e n t e uma resolução vár ia s pedia as tanto tr az e n d o - l h e s como forma comportamento, internassem vezes mas a um sem pe sso as "sub-j u d i c e ", Ob vi a m e n t e esse juiz da cidade pa ci e n t e após ter sent e nç a .. relatos, houve "sub-judice" em p a v il hõ es comuns do hospício, na época da co ns t r u ç ã o um grande e s fo rç o das Julia no Horeira, do Assistentes manic ômi o Socia is do no sentido de evi ta r a transf er ên cia de p a c ie nt es pois, que nao tinham pena alguma, eleíS tratavam imputava temor por Estado, forma a sua saída... 1.1m a Segun do Hospital os c r ia va m p r o bl em as para en c a m i n h a d o ao hospício pelo s ido de t e rm i n a d a judiciário,, a m e lh or a que dificultando se famílias com alguma interior pa ci e n t e nenhuma ser um certo internadas, Assim, problemas,, influentes c o nh ec im en to hospital aquem por . como determinado devia o que gerava -muitas vezes para situação acompanhados d e t e rm in ado caso es pe c í f i c o do pa vi l h ã o capital obter pessoas das pa c i e n t e s ali famílias na eram pena, fu nc ionários ^ maior tanto devido ao a c o m p a n h a m e n t o do ad vogado porque determinada Os observo u- se os paci en te s tinham uma advogados, certos pois da após a pe squisa em seus p r o n t u á r i o s 94 tendo sido p e r c eb eu -s e en vi ad os para lá err on amente, Ch eg ou- se o que mesmo familiares,, a vem enc ont rar Nos hospital sentid o de o o nesses exposto se se pav i 1 hões anter iormente. prontuários, de juiz es ou mesmo de pessoa s para que esses pa ci en t es constatar, corro bo rar influentes pe d i d o s na s o ci ed ade não v o l ta ss em às suas cidade s "sub~ j ud i c e " pode-se natais regular no Brasil, e em especial uma det e r mi na da sociedade, que tem na-:» idéias de progresso, na Bahia, bas ic am en te de desenv ol vi me nt o, todas elas ori undas do ideário burgu ês ocidental 17 ciararnente levar em conta o relato das entrevistas, p s i q u i át ri c o de que o teve o urbana de ordem ~ po s i t i v i s t a “• os seus padrõe s de estabilidade. Aqui a pr es e nt ar - se -a alguma s tabelas e gráfico s quais aju dar ão a ent end er melh or o Ho sp íci o Julian o Moreira: os TABELA 2 TABELA DE OCUPAÇHO DO ASILO SHO JOÃO DE ANO 1874 1876 1878 1879 1880 1881 1882 1883 1884 1885 1886 1887 1888 1889 1902 1911 1913 1914 1916 1917 1918 1919 1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1932 1935 1948 1949 FONTE OCUP.ANT ENTRADA FALEC. ALTA 107 80 76 72 25 26 8 13 21 16 9 80 64 24 40 73 47 25 17 87 56 40 34 85 44 22 8 139 124 147 155 136 154 186 180 242 249 301 376 484 661 988 97 41 75 65 68 60 96 192 231 241 256 256 276 302 499 492 485 490 573 240 198 217 109 188 311 416 718 APEB. Fal as de Presidentes de Província \ Mensagens de Governador ' OCÜP. 107 83 80 76 72 80 80 80 73 78 87 69 85 99 182 96 192 193 265 276 302 499 492 440 460 518 734 786 TABELA 4 COMPOSIÇfíO 00 HO SP ITA L P S Y C H I A TR IC O Compar t ime nto?» Le i tos h o m e n s ....... 60 1 P e n s i o n at o para 7 Pen si o na to para m u l h e r e s . ................ 3 Secção de a g i t a d o s .............. 4 Secção de molé sti as intercurrentes 5 Secção de al ie nad os impulsivos edel inq uentes... 6 Secção de indigentes 7 Secção de indigentes m u l h e r e s ........ 70 8 Secção para c r e a n ç a s ....... 30 9 Secção para 50 40 50 . ......... h o m e n s ............ APEB. 50 100 i m m u n d o s . . ............................. T o t a l ......... FONTE: 30 480 Fala de P re si de nte de Província. 99 1925. TABELA Q U A 0 R0 C LIN ICO DOS DOENTES 5 INTERNADOS NO ANHCJi DE 0 i ag def i n it . P s y c h o s e s i n fe c t u o s a s . . . ........ ......... Ps yc ho se s IS 0 e l ir to s y s te m a 1 1s a d o a 1 1 u c . c.:h ron ic o . . . . P a r a p h r e n i a s ............. ... ......... P a r a n o i a ......... .................. .......... Ps y c h o s e por 15 85 4 2 6 16 28 8 13 43 81 31 51 36 56 20 55 11 41 12 5 20 30 16 n e v r o s i c a ................ Ps yc ho pa t h ias cons tit ucx o n a e s .„. ......... 22 Total........ ....................... FONTE: 5 38 P a r a ly si a geral............... .... Ps ygh ose 34 47 lesões c e r e b r a e s . .. Psyc hose; ep i 1ep t i c a ..... ......... „ „ ....... 19 1 2 0 P s y c h o s e mani aco d e p r e s s i v a ..... Psy ch os e de i n v o 1 u ç a o ............ .......... Diag. Tota' provis. 55 h e t e r o - t o x i c a s . ........ D e me nc ia precoce. ........ ......... . . ..... . 1925 APEB,. Falas de P re si de nt es de Prov ín cia 100 3t: 16 38 312 653 TA BELA 6 BALAN ÇO DO NU ME R O DE LEITOS E X I S TE NT ES NO HOSPITAL S. JOAO DE DEUS, EM 7 DE OUTUB RO DE l.C)25 Se cç ão de mulheres D o e n t e s .................... „ ........ 218 L ei t o s e x i s t e n t e s .......... 140 Doentes sem l e i t o ........ 70 Sec çá o de homens D o e n t e s ....... I...6 !itos e x i s t e n t e s .......................... 230 Doen te s sem 44 Total FONTE: 274 APEB. l e i t o ......................... de doent es sem l e i t o ............... Fa la s de: P r e s id en te s de Pr ov ínc ia 1.01 114 TABELA TABELA HA S C . FEH. DE ÔCÜP f i Çâ O , PEHS. 3 DO H O S P Í C I O INDIGENTES S20 JOàO DE DEUS ¡ 8RAS E S T R A N G . , T OT A L JAN 214 186 51 349 395 400 FEU 209 190 49 350 394 399 IfAR 212 193 54 351 400 fiB R 212 196 51 354 401 408 ffñ ! 211 195 54 352 398 406 JUtt 212 197 49 360 401 409 JUL 207 190 45 352 389 ftGO 201 187 42 378 378 10 388 SET 200 183 38 345 373 10 383 OU! 213 192 40 365 397 8 405 NOU 212 19 4 43 363 398 8 106 DEZ 291 ¿08 46 381 419 8 427 F ONTE : APEB. Falas de Presidentes de Província. 5 8 405 397 GRÁFICO 4 INTERNAS NO HOSPITAL JULIANO MOREIRA Cor Profissão P retas Lavadeira „ . .12% C ostureira Outras Al \ . H H l Dom éstica P ard as ( N D eclarada 29% Estado Civil Ñ D eclarada Solteira 52% ............... ................. .. ................................................. Fonte: SA M E Hospital Ju lian o M oreira Religião N D eclarada 78% GRAFICO 5 Instrução Ñ D eclarada 6% Primária 36% A nalfabetas 59% Foote: SA M E Hospital Ju lian o M oreira Ob ser va - se do , nas tabelas a p re se nt ad as que da ina uguração Asilo São João de mul her es internadas internados, é relação po rq u e começariam ser criad o um quase que p r ov av el me nt e a Deus até, dobro do número pesso as com a sobre em bebid as numero de partir p r o bl em as internadas como alienados. imposto um dos o iriam se alterar as m a n u t e n ç ã o do hospício, como mais ou menos, 1902 o de homens de 1924,, al co ol is mo Seria, alcoólicas, de inclusive, de s ti na do 1925, por qu e a bebida erá a consider ada fatores que em muito co nt ri bu ir ia para a al ie naç ão mental. Um sé cu lo XX, estável, a ti ngi r outro dado que se; vê nas tabela s éque a partir o numero de tende a internações, que; antes era rnais ou crescer de: forma muito rápida, o número de 988 apenas em um ano. núme ro de pessoa s que pas savam de um do menos chegand o a Concomitantemente, o ano para o outro, i nt.e r n a d a s , a um e n ta v a m na s m e s m a s p r o p o r ç Õ e s .. número de altas 0 hospitalares é sempre menor do que número de p ac ien te s que passam de um ano para o outro, ás vezes, a ser inferio r ao número hospital,. Isto de monstra hospital, mais da agravados, e n q u a nt o c on s i d e r a d a curada, urna fábrica, de que entre as metad e ter ião apenas ou seja, doidos, de urn os -'óbitos pesso as quadro s p e que no chegando,, o c or ri dos in ternadas de-.* at es tad o extr aí dos das t a b e las de rof erènc ia : 104 no no sua doença percentual seria o hospício c o nf ig ur a- se assim como é o pelos dados como abaixo, E m 1920: Em 1933: P a c ie nte s que passam para o perío do s e g u i n t e : ..... 70% P ac ien te s com alta h o s p i t a l a r ........................ 14% ób i to s de p a c i e n t e s ................. ..... ............ 16% P a c ie nte s que pas sa m para o períod o s e g u i n t e : ..... 45% Pa ci en te s com alta 36,5% h o s p i t a l a r .......... ....... 18,5% óbitos de p a c i e n t e s ...... ............................. E ss es números variam de ano para ano. Co m p a r a n d o - s e diagnosticados em e n tr ad a no hospital de l e s foram agora, 1925, naquele mesmo ano, internados sem ao menos Se, por in fo rmações co nt id as que a domésticas, um outro de pa cientes vê-se que, receber algum lado, se resgata nos pr o n t u á r i o s médicos, um idéia de que; foram, bai xo s da s o c ie da de que m er ece ram "loucura", ou justamente, internamentos.. essa cate go ria era se o Hospital P s i q u i á tr ic o esses d itados p e 1 as e 1 i tes setor es 140 que nao se locais. 105 pouco da por outro verifica- analfabetas, em sua maioria, realmente, deram nas tabelas oficiais. so l t e i r a s e, se, que diagnóstico, internadas questionar pacientes pelo menos, grande maioria das mu lheres c o r r o b o r a r com a disciplinar número com o número de s e gu nd o os dados a p re se nt ad os se o tinha são pardas, o que vem a os ex tratos mais Isso nos leva mais por en ca i x a v a m pro pensa a a finalidade nos padrões é pa rt e int eressante ob servar que, dos pacientes, há uma clara co n sc iê nc ia dos quais pe rp as sa a p u ni çã o vi si t a ao Hospital alguns pa c i e n t e s sempre; a no meio asilar. não c o n s t a t o u -s e que, parte fipo de narcótico que tempo - na realidade estao que ao "chá da meia faz com que o louco diálogo, que, al i e n a d o s a com det er mi na do s hospital, n o i t e "^ pois ~ que é "saia do ar" por um algum uma droga mais pesada. e criar es qu e m a s para sua. própr ia proteção, uma em havia os al i e n a d o s são capazes de pe rc eb er o meio exis te pelos c o n v er sa ndo final do da queles meios por exemplo, fossem co men ta dos com a direçã o do eles po de ri am ser p un id os com o Se Quando, Colôn ia de Feira de Santana, recomendaçãopor as su nt os pelo menos em relação a urna certa qual, criação parece, cri a d a pelo op er ár io que, de uma não seria p o de -s e cultura, muito em que dizer própria dos d i f e r e n t e daque la para fugir- aos es qu em as repress iv os do p a t r a o , i nve n ta me ios de fuga. Em um outro m om en to ver if ic a- se que a t ra nf er én c ia di ve rs os pa c i e n t e s para Feira de S a n tana-Ba, social de; instante, com retirar o os bairro a pr esença do atend eu à loucos de» um bai rr o que de Brotas e que, hospital. Hais uma vez aqui utilidade crescia a cada vez mais, dos cada se choca va os olhos sensatos É da so c i e d a d e não podiam co nviver corn o co nf l i t o e a diferença. como se a t e n to s , os al ienados que; saissem do raio de visao dos de ix as sem de e x is t ir ex is t i r , de ix and o a s s Im de olhares o prob l e m a .. A d os a no s p a c ie nt es de;sativaçáo do antigo 30 que, fo i mu ito há muito hospital t ra um á t ic a , tempo, de Brotas, p r í nc ip a 1m ente nao co nh ec ia m 106 no início pa ra os uma outra casa que GRAFICO 3 Gráfico de Ocupação do Asilo São João de Deus 800- □ M a s c u lin o Quantidade 0 9 F e m in in o B 300- T tA CD 91 il m u I i IIÍ lU 111 ~i r . ”iw te eg — SS5»5íS)^“ “ 9)“ — — — O) tf) O) "1-- ! -T Anos H m — cs — 01 — T o ta l não fosse o anti go asilo., p ac ien tes daquele Moreira.. 0 seu EÍ importante hospital ressaltar que nenhum seria tr an sf eri do de st in o seria o hospital para Colônia o de dos Ju li an o Feira de Santana-BAse rvi ço 0 s i m p l es me nt e des lo ca r social os do asilo pa ci ent es procurou, antes para Feira de de; Santana,, v e r i f ic a r q u a is d 6 ;s s e s p o d e r ia in s e r re in t e 9 r a d o s a s o c ie d a d e » C o rn esse obj eti vo longínqua que bus cou um contato com seus familiares, fosse essa isso, ligação,. „ „ Com por a s s is te nt es socia is c ol oca va m di ve rso s pa ci ent es em hospital muito e saíam a procura da pequen o ou quase conflitos, Santos como Matos foi hospício, o qual família inexistente» mais vezes, Isso às vezes ac om pa nh an te de uma as uma kombi do , mesmo que: o contat o o caso de uma dessas saídas em como por gerou fosse certos que: Maria dos funcionária se passa a relatar apenas pela da curiosidade: e já não veio nenhum paciente, e pelas c a r a c t e rí s t ic as p ito re sc as que ele apresenta: - "Do anti go hospital, isso foi muito no hospital sua triste» em Brotas, Haviam p a c ie nt es que já estav am a 20., 30 „ 40 anos, família, a sua casa, que co ns id e r a v a m o hospital que estava m fazer um jogo de bicho, de tra nf er id os para Feira de Santa na -Ba. social pode, ele fez, pac ie nt es para que eles os pac 1.e n te s sertã o com s e mp re rne: busquei na esse para a c o m p an ha v a os 0 que ins t i t u i ç a o e co mu n i d a d e me: o tiveram s e rvi ço desses c o l o c a v a mos r o d a nd o santos Matos, ap ro n t o u uma»,.» alguns pac ie nt es de alta co mpl ica da e sai 10 7 Nós s a ia rno s Essa mesma Maria dos corno a fa mil iar es transferidos. nessas viagens, à um picolé e que localizar nao fossem ko m b i d a fim» compr ar integrados sabendo ser internos para pelo que Eu viajar,. Pegamo s o Ferry Boat e at ra ve s sa mo s para Bom Despacho. duas mul heres demos» Estava Lá, p ed ir am carona a te Santo Anton io de Jesus um calor, então, e nós um a b a f am en to e ai essa Maria dizia e r Ía : - Elas nao sabem o que é gente doida...,, Mas falava baixinho. s e , aba na n d o , e ai - Se não E aí aquele calor e e 1a (Maria) (Ma ria) come ço u .. e1a tá com calor abanando- não minhas filhas? - E aí abanava com o jornal na cara da mulher, até que a mesma rne disse: - Você é muito boazinha, mas a sua amiga..., - A hl Quando a mulh er disse ~ Ela isso, não sabe que eu sou maluca Quando Maria disse para descer, isso, Maria respondeu:: não.. a mulher começ ou a tremer e a pedir rnas Maria continuava: Não você vai até Santo Anton io de Jesus, você vai até lá. Tá com medo da gente? E t ia. E lá se doidas coitadas, foi a gente. sa lta ra m Qua nd o ch eg amo s elas sal tar am assim desesperadas, sa lt a r am da tão Kombi o Maria d i s s e : - Venha aqui agradecer, mal educ-ada. - E a s m u 1 he re s d i z i a m : -• Mui to obr ig a d o , muito obr ig a d o .. ” E lá se p en s ã o olhando, foram embora. almoçar, porque e Quando chegou em Lajes, foi aquele mangue, tinha lá uma kombi a porta es cri to nos chc-iia Hospital Morei rêi, e Maria disse assim prá dona da pensão.: - Minha senhora, "Mai L o v i a ” , eu quero 108 fomos prá uma fazer >;ixi. de gente Juliano - E a. dona da pen são disse: -- Venha, venha c:á minha E levou Maria filha. lá prá dentro, daqui a pouco chega Maria e diz, na vista de todo mundo: Que mulher porca... derrubei Nao um bucado de pinico tudo cheio de mijo, eu tudo. precisa almoçar. Lá conta r que a mulher não deixou a mais a gente teve de tomar a kombi e almoçar Por mais alguns por Maria gente mais prá fr e n t e ^ " „ v i vi do s continuava pit or es co s dos que sejam Santos Matos, a dos realidade é internada e estava sendo tr an sf er id a para institu iç ão asilar fato que, na realidade, em momentos que uma nada ela outra co nt r i b u í a para sua recuperação Du r a n t e o tempo que durou o p r o c e s s o de t r an sf erê nci a dos p a c ie nt e s p a ra func io ná ri os con vi ve r o H o s p i ta 1 C u lô n ia d e F e i ra d e S a n t a n a , do Hospital mais Juliano Moreira, por exemplo, amiúde com Maria dos Santos Matos, p e r i o d i c a m e n t e da. instituiç ão, com o senti do de sua S e gu nd o o p r óp ri o reint egração possível, e Ie dela na sociedade. pois o hospital re la t a q ue fora de realmente fechado, pro cur ou tentar pr omover a relato, "acabara" com Maria, ambiente; do s re ti ran do- a "e s s a v id a d e i n s t i t u iç a o i n v ia b i 1 iz á ra qualquer um de não foi. ou seja, a v id a instituição fec ha da "“15.. As vezes pode» parecer difícil um paciente, interno há tanto tempo 109 pe rc ebe r porque a vida de , possa pas sa r por tantos pr ob le mas para se se o seg uinte relação. A readaptar a sociedade. Nesse senti do relato com o intuito de de sc ri çã o ocorre melhor em uma das resgatou- e s cla re cer saídas de essa Maria do hospi t a 1 para vis ita a a ig uém f o ra do m e s m o : ~ _ qua nd o eu c he ga va em casa ela me ligava: - Vem me buscar que; eu vou. Quando aí a gente chega va para bus ca r ela pintava o diabo e não ia, ou ia comigo de ônibus. ô n ib us porque ela andava descia, e eu desc ia eu tinha de tomar banho, mudar de roupa, de ela ladrão, lugar ela vinha assim, tornava outro, com que instituição. pe ss oa s vida É capaz es inferno, tomar infinitos homéricos Ela ela pente ar a vida dela com ela, outro, fora de era sempre comigo, seja quase de e o O1 se a todo síndic o para o mas e;la boi ia com um,dava. e eu pessoal risada do ." asilar deteriorei qualquer como lã..„ Em que as cr ia nça s estava m com medo, ela a p ron ta o a. chamar todo mun do com di stúrbio de c o m p o r ta me nt o mesmo. inviável riao não queria não quer ia todo mundo, e (e ela subia.) e nao dava. banhos; 20 não queria comer, ficar sozinha, xingav a A Vinha qualqu er ônibus ou ela queria conv ers ar comigo, a c o s t u ma n d o fazer também. ou ela tomei um ponto e dava e sc ân da lo s no edi fíc io gritav a nem de ixa va ela ir uma vez que eu subir e ficava nesse queria cabelo... Teve impossível instituição a pessoa, sua criasse; reabastecer o sistema, a vida ponto fora de da co ns ta n t e m e n t e para que assim ele nunca de íxe de e;xist ir . A Santana, realidade atual do Hospital de Feira de; não deixa muito a desejar aos m a n i c ô m i o s da década de 110 Colôn ia 50. Quando se est eve que havia há lá, em vrnsita, reparou-se, por exemplo,, uma pa ci en t e e nc a rc er ad a em um quar to forte,, prática já muito náo utilizada e muito criticada, pelo menos, desde a déc a d a de 80 no Eiras 11 e de 70 na Europa. Viu-se também mesmos recreios aos quais e a necessidade de atenç ão que se re ferência há pacientes, pois quando se chegou à porta de grades de ferro es ta va pouco, os têm trancada e que separa o recreio das enfermarias, "mundo" fez esses que viu-se de rostos e de mãos quer se co mp r i m i a m como se um b u sc as sem al can çar o visi tan te para 'obter assim alguma ajuda,. Por essas de pen dê n c i as cir cu la ra m mil har es de - lo uco s ou mil ha re s não- de cuja vida pouco e s co lh eu -s e se Maria dos Santos conhece,. Matos"“'“ comentário. ao i n íc to do a no de contato informal s o c i a Is , médicos sido J u 1 ia no Mo re i r a , no i n fo rm a ç a o naquele em ouv iu- se rela t.o visita 1991, e ass is ten tes de um a pacient e Maria dos Santos Matos hospital em d e c or rê nc ia de um colégi o de freiras. A num do s teria "ter sido pega" cu r io si da de dessa le v o u a o p ront u á r io m é d ic o d a i n te r n a n o q ua l n ¿1o pode confirmar ela o 1.11 ro s , ouviu - s e o informando que, masturbando-se que e esses Na pr imeira numa sala onde se reuniam rnédícos, e n fe rm e ir a s internada Entre qual falar pela pri mei ra vez num breve Hosp Í tal pa ci en te s havia a informação... sido único internada por mé di c o s atestav a que ela quand o se pr ont uário, 0 resolveu não era trabalhar checar essa relato que» se enc on tro u foi "malcriação" louca. mais informação, se e que um P r o c u ro u- se mais de t id am en te dos tarde, sobre mas em moment o algum se esse pode; con fir ma r e s s a h 1 pó tese _ No entanto, há uma ciara 111 difer enç a entre os a p o n ta me nt os e n c o n t r ad os r e a Lizadas, caminh os médico quais, se tomadas as p a c i e n t e teria vindo do Asilo N„ passa do sua vida entr evi sta s isoladamente, bem di fe r e n t e s dos ap re se n t a d o s aqui. a tendo as no p ro ntu ár io médi co e inteira naquela 3- levariam Pelo da p ro ntu ári o Misericórdia, instituição,. Por relatos, ela teria p a s s a d o pelo mesmo asilo de menores, vivido durante encaminharam, malcriação vári os por anos causa na de di s t ú r b i o de se fontes está c o r r e t a , parece rna is parte do hospital informações e>.emplo, o vinculação com a paciente; essa devido falar ao nas provar no pr on t u á r i o aceitá- que uma das esclar ec er internação; como, social sua que o comportamento o que leva a pensar resguardar a falhas de vários anos que o Mouraria). prontuário de; das b ai xo Isso da a que vida nao eram do extra to social mais (Bairro da por citados, o nome da a s s i s t e n t e lugar* onde residiam a louca. médico, que ch eg a m a ser em sua pr imeira por certo, que r e c u s a n d o - se a proteção ve;m em senti do de pr ocurar que, mas teria c o m p o r ta me nt o a vonta de de? não qua nd o das visit as das madrinhas; ma d r i n h a s dos interessa nte ob servar que houve „ nome; das madrinhas, levou ao hospital Maria de tentar psiquiátrico, ob sc ur as um m a d ri nh as qua nd o da co n s t a t a ç ã o de que ela não era Independe nt em en te cert as das -, ao hospicio Juliano Morei ra la de volta, por casa a sem pa ci e n t e p o s s u ia .. Para Matos tr ab al ho u- s e entrevisteis Moreira co nh e ce r melhor a vida asi la r de Maria dos que, com com o pr on tu ár io médi co da médico s de uma e funcionários forma ou de outra, do pac ien te Hospital Santos e com Ju lia no ma nt i v e r a m contato com a p a o Ie n te. A p r e s e n t a r •-s e ■-ã , p ri m ei r o momento, po r q u e s t ô e sm e to d o 1ó g Ic a s , n u ni doc um en to s referentes a internação para depois efetuar a análise. Informações obtid as do Pr on t u á ri o Médico. ....... ........... .... Maria dos Santos Matos Paciente. N a s c i m e n t o ........ ......... .... . 06.121942 F i l i a ç ã o . . . . . ......................... José de A 1 m e ida . .................... Joana Angélica C o r .................. ................... Parda I nstruçâo. ........ .......... Pr imãr ia Es ta do Civil........................... 3o l te i r a Natural i d a d e ......... ........... ...... Baiana .... Prof I s s a o . Rei ig Ia o . .Estudante ........... .... ....... . Catol ica Aposto l ica Romana Res i d ê n e i a . .............. ........... Co 1 égio N . S . Miser Icórdia Data da p r imeira Anteced en te s: "Nasceu pe la s freiras, aprendendo mais internação... a di fí ce is ler e 25.11.1954 no Colégi o N.S.. da esteve mu ito tempo na escola regularmente, com maior numero Misericórdla. Criada (cerca de dez anos), atrapalha-se de letras. nas p al av ra s Nada sabe geografia... De história diz que quem de sc obr iu o Brasil A l va re s v e io qu e Matos Cabral. Gosta va de não é doida mas que; ab or re ce rnuito. trabalhava foi festas e diz que sabe dançar, par a o h o s p it a l s e t r a t a r d e m a 1 c r Ia ç a o : a s ela no co nv en to *-•)'7 ° .. lavando roupa e 113 f re i ra s Mar ia dos vasculhando. de Pedro e que d izfârn Santos Veio acompanhada da Assistente Social Anamnese: p o uç o s "Paciente d ia s abandonada» D es en vo l vi me n to "Foi f ug i u - Mi se ric órd ia) nao normal.. desde Urina p o rt a na c a m a , os fo i mente e Gosta de estai' suja e descui da da ." internada em instituição ma ntida pelo padre Oiderot F i c o u s e t e d ia s e m c a s a d e casualmente- 0 (M-S- da d e v i d a „ c o 1o c a d a f:>e 1 a m a d r i n h a e rn c u j a u lt im ame nt e furta- e no Asilo 1 a v a d e i r a s ,, q ue foi exp ulsa desta casa con ta ndo que; fez caso foi discu tid o sendo ela interna neste c o nhe c e u malcriação. hospital para ser a vali a d a s u a p e r ic u 1 o s id a d e s o c ia 1 1' ''E m c o l ég io 1955 o nao concordou- •r na c o m u nidade 0 r - P e 1e g r i n i p e d i u s u a re t i ra d a „ A partir internada por daí, co nti nuo u mas o não P ossa se r e n c arni n.hada '2 4 um local Inf ormaçoes o b t i d a : N o m e ........ Maria dos Santos Matos Nascimenton 02 Fi1iaçáo Ana José dos Sa nt os Cor . „ Parda .. ... -08,1940 Instrução - „ C o 1e g ia 1 i n c o m f:>1e t a Es t a d o Civil Soltei ra N a t u r a 1 id a d e Ba ia na Profissao,-H E s t ud ante da E s c o .1a Normal - ICEIA Reiigiao C a t „ A p o s t ó 1 ic a R o m a n a R esid ên cia. . C o m a rna d r i n h a no b a i r ro 114 da Moura ria Entrada no Asilo N.S. M i s e r i c ó r d i a ...... 16.08,1940. "doente de necess id a d e " ^ Pelos ent revistas, José dos dados acima, Santos, era Ana per ceb eu que ent re go u- a as económica, feito através con cl u i- se que a mãe de Maria dos Santos Matos, uma em pr ega da dona Evelin a e dona Vespucia. luz, e pelo resgate . (lavadeira) Quando, de melhor Ana madrinhas, após alguns tempos de dar a nau consegui ria madrinhas, das de cuidar da po siç ão própri a social e filha, condição para que estas se e n ca rr e g a s s e m da criaça o da menor As madrinhas, realizadas, tr ab alh ava m por sua vez, no s e gu nd o en tr ev is ta s Instituto de Pueri cul tur a (Pupileira) como ps ic ólo ga e a s s is te n te social ainda e, provavelmente, pe rc e b e r a m o fardo que seria cui da r de uma r e c é m - n a s c i d a . Internaram a pequena Ma ria sabe ao dos Santos Matos a data exata em que Asi lo interna N.S. o isso ocorreu. da Mis eri có rd ia que caus ou pront uár ios , enc on tr a- se instituição, seja ela por a no Asilo N.. S. da Mi se ri c ó r d i a estranheza. data em que a Nao obtid os nao consta o motivo da certa a Nos dados . Na junto saída maiori a internet se da dos deixou a "causa rnortis" ou por ter sido en tr e g u e uma família,. A s e nt re vi sta s dizem que* Maria criança, po ssu ia um gênio muito forte, pun iç õe s por parte das madrinhas, edu caç ão comprovai' formal. nos dos Santos Matos, o que pro vo ca va que; eram Existe também um relato, Arq ui vo s da Escola 115 desde frequentes respo ns áv ei s pela que Normal, não que se sua co ns egu iu a mesma lá estudara. A ve ri gu o u -s e pr ofe sso ra da escola, tarribem que., cipós um sério atrito e levando-se em conta as com a malcriações, a fora enc am in ha d a cio Hos píc io J ul ian o Moreira. mesma É p a ci en te aqui coloc ar que a necess ári o viera do Asilo M„ in formação S. da Mis eri có rd ia de foi a que tirada do p r o n t u á r i <j médico da p a c i e n t e . E é neste espa ço - o Hospital Ps iq ui á t r i c o Juliano M or eir a ■ que a pac ie nt e Maria dos Santos Matos relatos que; vida. ela se c o n s e g u i u era chamada, por alguns, tecni cam ent e con si de ra d a D o s c re ve r -s e- á M a r ia s ob resgatar sobre a fase que mais ch am o u a atenç ão 0 foi inseridaasilar de foi justame nte o fato como "Divina e hospital, por sua de que Insuportável", e oligofrèni.ca'“® „ uma série de c o m p o r t a m e nt os e ati tud es de d o s S a n to s M a to s p a ra avaliar- o pe r ío d o e m q u e e 1a o regime asilar Dos no Julian o Moreira. exemplo, faz a Um dos de sc riç ão da es» tev e fu nc ionários "r o n d a " ^ em do que Maria sempre estava presente. - "Ela era muito, com uma pess oa muito boa.- Por exemplo, ele tinha muita, preocupação. todo murido,, um co ra çã o deste interessante, ela Se (os um familiar que familiares) esti ves se ac om pa nh av a Pri me ir o porque ela era tamanho,, Maria tinha uma ela me pro teg ia muito den tr o do hospital, estava semp re comigo.. tinha ela me? lá, ela fossem Ela me dava as coisa percebe,, possíveis. rejeitava o pa ci en te e nao ia lá, e um dia de noites ou imediatamente me - Olha a família de informações boa "nao se i quem" um dia que? esu se não ligava: veio, 116 olhe? venha logo mulher. E lá se ia eu pra c o n v e r s a r . .. Sem contar esse lado rebelde, do í d ã o , que também roe atra ía mu i to ”st:) Por um outro d e t e r mi na da s d as pessoas, "madrinhas" atr ib ul a a sua ~ "E lado,, Maria possu ía ou das o diabo, - E com p r i n ci pa lm en te em se freiras que internação, iarn lá visitá-la, esculhambava, uma relação a g ita da com tratando iêirn visitá-la, de vi sit as as quais Maria situa çõe s que se passa a relatar: inclusive: Iam as e elas saiam de freiras, mas ela pintava lá desesperadas. todas as visita s ela tinha esse c o m p o r t a m e n t o ? Não, ela só psi cóloga... era vis itada por essas duas irmas. que até era com quem ela se dava melhor, Por essa embora as v e z es e 1a r e a g Isse a s s i rn- e aí p I ntava o d i a b o : - Desgraçadêi, me botou a q u i .. Mas era com quem ela se dava rne 1 h o r ; a outra .. ela xingava toda: - Sua gorda, Porque casa, bolo fofo..., diziam que era as duas que m a l t r a t a v a m que batiam multo muito ela nela Hoje ela pode se:r co ns ide rad a como soei opa ta, o que a co ns tat ar mudan ça a Início a mu dan ça do p en sam en to médi co após qual av al ia -s e com pa ra nd o- se o hoje, Ora, leva anos 70, méd ic o do co le ta do com um Ins t it u I ç ã o : - "Essa pressã o que vem de sociais,. os dis cur so do sécu lo com o que apr ese nt am os abaixo, d os mé d I cos d a q u e 1 a em a pessoa fora vai através de co st um es e valore s não e n l o u q u e c e e s i m p l e s m e n t e por qu e passa fome, 117 mas isso é concespção também o minha pr oc e s s o de pass ar com fome, de não ter cond iç õe s de manter a vários outros e le men to s de educação, de alimentação, esses elem ent os vão fazer com que as pesso as í.nt ra -ps íqu ic o s , que podem gerar doenças. dizer que a doen ça mental di ze r sim que, mu ito grande... psiqu iat ras , tenham Se for de desemprego, vida, uma que não quero mas eu quero tem um feito um levant ame nto por uma pú bli ca em torno de alcoolismo, isso seja tao so men te social, m il it â n c i a pa rt i d á r i a ou tanto quebraram Com 2 0 como privada., coisa, quer dizer, também vai todos estão aqui porque; se enc os ta ra m po rqu e no bebem INAMPS, e são mal estares, forçam essa que v i n c ul aç ão com você por não dessa você vai. questão um dia vin cu la do s ao são estado s de pressão... e mal na te;m também a inst itu içã o (privada) que tem interesse. o m torno de 16.000 cruzeiros, cada pac ien te que pe rm ane ce por horas no hospital multiplique; hospital Ora uma diária hoje está 24 privad o ou mesmo pú bli co vale 16.000 cruzeiros, isso pe;lo número de pac ie nt es dessas como o São Paulo da rede privad a abri ga unidades hoje, torno de 600 pacie nte s enq uan to o Ju lia no More;ira possui 150 de essas ver, porque estão peso equipe de pr ob le ma p s i q u iá tr ic o mesmo, %, o restante, todos co n f l i t o s que; não tenham nenhum tipo de; vinculação, p o p ul aç ão que está aqui, i icar tenham... na doença mental o co mp on en te social nenhuma unidades, v,ida, j u n t a m e n t e 1^91, (um em em media internos)"^.. E é assim, p r át ic as asilares, já com o hospital um pouco m o d i f i c a d o em suas no final da déc ad a de 70, M ari a dos Santos Matos.. Nessa época ela, para p es s o a pass ar já saia alguns dias f ora do hospital em r e s p o n s á v e l .. 1.18 que; se enc ont ra frequentemente, co mp an hi a de uma N e sse s e n t id o complementarieda.de entre a o b s e rv «i- s e q ue e x is te unia Internação de H ar ia dos Santos Matos e o d l s c urso médico psiquiátrico, que buscava impingir às pessoas., d e t e r mi na d os p ad rõe s de condu ta e normal idade.. Ao se p er ce be -s e cie analisar, por exemplo, que a mesma deu entra da ficand o durante, o seu pr on tu ár io no hospital aproximadamente, a 25 de médico novembro très anos sem nenhuma an otação de a d mi ni st ra çã o de qu al que r medicação. Isto paci ent es deno ta desse ab an don o Hospital, a que eram s u b m et id os e que de mo nst ra o des ca ss o do os poder m é di co e públic o corn o pa ciente psiquiátrico. Por a té Feira outro lado, o momento em que de Santana, foi transferida ma nte ve- se ad m i n i s t r a d o s a paciente, anos a pacient e rned icame n tos na vida de Maria foi uma ou seja, para o naquela in st ituição Hospital Colônia regul ari dad e durante; a p r o x i m a d a m e n t e medica 1,izada com apenas outro lado, o b se rv an do -s e p a ci en te em relação ao disc ur so méd ic o oficial num trinta dois tipos de a vida asilar da do perío do de c o n s ta t a- se que Maria dos Santos Matos m om en to em ut il iz ad as remédios . Por- um internação, dos de em que a farmacologia, psiquiatria, fora internada e técnica« equipamentos estavam em sua urii pr oc ess o de d e s e n v o 1 v ime nto e m u d a n ç a . Le va nd o- s e levariam para ser em conta o tempo que; essas novas terapias Implantad as e utiliz ada s no Brasil 119 e na Bahia, vê-se toda que, ao an al is ar o pr on tu ár io médico essa nova tecnologia, basta que ela observar, fez por uso de exemplo, a ■quantidade e a d e s i g n a ç ã o dos remédios administrados» . 0 gene;rico por p ro c.e s s o de M a r ia M a tos p o d e (se se deixa de um dos médico s se r lado o fato de ela da instituição c o ns id e r a d o ter sido como Num condu zi da hospital mé di c o pr im e i r o ao momento, hospício por nao p os su ir psiquiátrico. -se houve não corno o de; tapeçaria, labor terapia onde passaria, o que denota a e em média, poucos terapeutas do de s at iv aç ão , para o Hospital a n ta na , p o Is transfe ri do anti go Hospital p a ra do cuidado o que também, a realizar cursos idéia de uma p r a x Î terapia realizar algum, trabalho um 5 Seria, Julia no Moreira, qu a n d o ou que hospital enfim, de Colôn ia Lopes R o d ri gu es em Feira J u 1 ia no „ As s i s t e n t e s c c u p a c i o n a i s .. o n o v o ho s p i ta 1 e M o re i ra nã o sua de: fo i nenhum pacien te que já e s t iv es se cronificado. Vê-se 1 se:ria fora prontuário™, 1400 p a c ie nt es e apenas tra ns ferida medi ca seu e d e nu nc ia da por vezes por' jornais -se é que; é possível existem, ela nenhum em s e nt id o de pr oduzir a cura do pacien te em Sociais 8 intornaçao, um espaço social foi anota do ern pelos pr óp ri os psiquiatras; louca") na Bahia. Passaria vários anos sern demonstrei a falta de cuidado, v en ha o de sua c o n s i d e r ad a "não exernplificador das vari aç õe s do di sc ur so médico b e rn que a pa ci en te passou por todas in a ç ã o , pr o p o s t a s pelo di scurso médico, capaz de a. curar, seja por causa das terapias, paciente. 120 as eta pa s de sem que esse» fosse* seja por causa da Em alienados que s um a , a p r im e ir a e x p e r i ê n c i a na Bahia se dá em 1706,, não cara cte riz a de no Hospital r e c o 1 h irne n t o São de Cr ist o v ã o , o uma prática medica em relação a loucura a que :-ve iniciaria em 1874, mais de urn séc ul o depois, com a criação do A s i lo S ã o J o ã o d e D e u s . Co ncl ui -s e d i s c i p li na do r que o Asilo/Hospital viria corno um das div er sa s camadas so ci ai s da cidade, um forte ele men to de.- dis cr im in aç ão social e punição, in stalado desde a co ns ti tu iç ão de seu pri meiro Com me ta de o do ps iq uiá tri ca s, XX, i ntroduzi ram "-se nos div ersos que houve* uma mudança pac ie nt es ali a regulamento. internados, na primeira novas prá ticas hospitais b r a s i le ir os e baianos, levaram a d e s a ti v aç ão do antigo isso p o ss ui ndo efeti vam ent e d e s e n v ol vi me nt o da ciência medica, sécu lo el em ent o hospital, radical que sem querer afirmar nas c o n di ço es de com vida e a uma série de qu es ti o n a m e n t o s dos novos respe i to da p rát ica méd ic a as i1 a r 0 h o s p i ta l e o d is c u rs o m é d ic o c o n t in 1.1a m a s e r e le rfte n t o s de di sci p l ina r i zação soc ia 1 , na med ida em que essas ai nda não dão conta de seu maior pr ob lem a que seria a indivíduos ali moral, etc, internados,. dos hospitais tratamento As falhas se c o n f i g u r a m como Maria desse s i nst. i t ui ções nos prontuários, psi qu iá t ri co s o o dos dis curso um bom exemp lo disso. Santos Matos continua ambulatorial, cura a espera, qual resultado. 121 ninguém ainda s eg un do sabe;, internada diz terá num de um algum NOTAS .1... Este é o termo de ab ertura do livro de ata do Asilo Sao de Oeus que se en co n tr a João no Arqui vo da Santa Casa de M i s e r i c ó r d i a . 2. Ar qui vo da Santa Casa de Mi s e r i c ó r d i a .. 3. 4. Id e m Ent en de -s e por- prática médica oinício de uma sis tem at iz aç ão d o s c o n he c im e n t o s e d a s te ra p ia s e rnrei a ç a o alo u c u r a . 5. Arquiv o da Santa Casa de M i ser ic órd ia 6 . As e n f er ma ri a s eram os locais onde g er alm en te os p a c ie nt es d o r m i a m e recebiam medicações. 7. Locais para m in ist ra r algum pe que no S.. Os quarto s fort es eram peq uenos cubículos, ferro nu, tratamento médico.. com porta onde o pac ien te agita do at:e com uma permanecia, que o médi co ou ass is te nt e social grade g e r a lm en te resolvesse podia voltar a con viv er com os outros pacientes. Era de que uma ele e s péc ie d e so li tár ia dos hospi ta is psiqu iãtr ic o s . 9. E n t r e v is ta re a l i za d a e m 12.12.9 2 10. Ent rev is ta rea 1 i zada em 14.. 05.. 92 11» E nt re vi st a reali zad a em 14.05.92 12. A c o n v u l so te ra pi a se divide em c e r l e t e r a p i a , como eletrochoque, at ra vé s da pr ov o c a n d o q ue o e i n s u l i n o t e r a p i a „ a qual ap li caç ão a queima de uma dose de mais con hecida provoc a a co nv ul sã o insulina no acent u ad a de açú car es do sangue pac ien te entre em convulsão, elotrochoque. 122 ca us an do o m es mo paciente?, fazendo efeito com do 13. M é d ic o A s s is t e n te é q ue t ra t a d e u m p a c ie n l:e e s p e c i f io a rne n t e .. Ccida tem um numero >. da pac íe ntes médico do hospital via de regro, os quais* só ele presc r ev e me di ca me nt os e terapias. 14.. En tre vi s ta realizada ern 20 .0 5.9 2 15. En tr ev is t a re alizada em 14 .05.9? 16. Ent re vi st a realizada em 12.12. «>2 17. Entre v is t a r e a 1 i za d a. e m 12 „ 12. 9 2 1.8 . cha da meia 0 noite é um tipo de droga muito aos p a c ie nt es que faz com que eles durmam. a droga é tão o que, 19. 2 0 forte; aplicada Segun do alguns médicos forte que evita ató que os paci en te s tenham sonhos, segun do eles, E n tr ev is ta nao é favorável ao tratamento. realizada em 14 .05.92 . Idem 2 . 1.„ 1 dem 2 2. C a b e r e s s a i ta r que p o r rno t iv o s é t ic o s , to d o s o s no m e s aq ui a p r e s e n t a d o s s a o f ic c io n a is „ 23. É en con tr ado no pr ont uár io da pac ien te um outro end ere ço no bairro da M o u r a r í a . 24. Pr on t u á ri o do SAME J u lia no Moreira. 2 5.. E n t r e v i s t a r e a L iz a d a e rn 14 „0 5 „9 2 26. As informações sobre o nascimento, filiação e entrad a Asilo Nossa S. da Mi se ri có rd ia foram obtida s junto àque le Ern relação ao so br eno me Matos todas as cri an ça s a br iga da s Exis te e n c on tr a d a s Arquivo do uma órgão. notou-se: que ele era comum a quase naquele asilo. sem el ha nç a muito grande entre as informações no p r o nt ua r io m édico do SAME do J u l i a n o M o re ir a e Asilo N. S.. no da Misericórdia, nascime nto das duas fichas é muito próxima. 123 como: Ambas não a data do de ap re se nt am r e g is t ro (e n t r e paternidade da a r q u iv o s , paciente.. dados fo r n e c id o s leva a posse, escondendo aceita que este adotada, na "status" dúbio, como inferir, da mãe, nos dois s e rnlevar e rn con t a que tra ta-se da mesma pessoa.. Esse fato porém era algo comum cer ta p ar fa rní 1 ia r e s ) registro do nome; da 0 é o m e s rno , o que o u t r o s depoimentos, 27. os criar fosse maior ia das o na Bahia onde filho de outra filho de criação, vezes, acabav a também família, sendo que a não o era era de não c r ia nç a su je i t an do -s e pois ao mesmo tempo em que não um e m p re ga do da família, uma família a um co n s i d e r a d o to ta l m e n t e como f i l tia . CS. 0 1 igofrènia, significa: es ca ss ez c a u s a s di ve rs as segun do ole o v e rb et e do d ic io ná ri o d e s e n v o l v i m e n t o mental, (hereditárias ou adquiridas), que Aurélio pode ol igops íquisrno ter (c:f. d e m ê n c i a ). 29. Ronda era uma visita que as as s i s t e n t e s sociais, faziam a todos os p a v il hõ es do hospício, problemas social estava quando um pa ciente est av a para morrer, pr ocurava há a família para informá-la. muitos dias no qua rt a nec es si da de da forte, En trevista re alizada em 14 .0 5. 92 31. En tr e v i s t a realizada em 14.05.92 32. En tr e v i s t a real iz ad a em 20 .0 5. 92 0s Qu a n d o de te ct ar sua a um averiguava-se os solução» assistente paciente, a real reclusão, etc. 30.. 33. a fim de ex is t e n t e s para que .se p r o v i d e n c i a s s e a Por exemplo, geralmente, remédios que foram ad mi n i s t r a d os à p a ci en te resumem-se bas i c a m e n t e a dois grupos de m e d i c a m en to s sendo an ti - p si có ti co s e hipnóticos e t r an qüi li zan te s e ansiolíti cos: 124 1950/60: AmpL ict i 1, Po ce ta l+Veganim, Gardenal, Arnprazim Secões de eletrochoque; 1.^60/70: G1 ipex. Atrop I.na s e , S o b i a s o 1, Robianol, Mequalon, Tensilabe, Redoxom, iioga d o m , Vali um, Medi sedam, Synkavit, Dernpax,, L í.t r í,s o m , L 1 b r 1 um 1970/80: Cabe se 1deni aqui ressaltar que a lista dos remédios ap re se n t a d o s repetem acordo en co nt ra com com a multa regular i d a d e , sendo av al iaç ão da paciente, registrada que, eles es cl a r e c i d o o porque da escolhei entre 12 5 al te r n a d o s geralmente, em seu pr on tu ár io médico, acima ou seja, de não se não é um ou outro medicamento. CONCLUSÃO Desde o cont inuadarnente , mentalidade, cada vez final da sendo trancafiada em bord as da R e v ol uç ão Francesa, Esse crescimento fenômeno, das cidades, do c amp o proletariado, nec e s s i d a d e entre de Média, encarcerada. antes a s s oc ia da a lepra mais populares idade no o para 1 de toda outros, o pressionava cont ro la r as já as nada. 0 liberta-la. não ocorreu cidade:; a seria que, por de sl o c a m e n t o do centr o das a vem., a loucura ugubres até viria entanto, loucura Herdeira na Europa, lugares Pinei a diversas; revoltas d e s e n v ol vi me nt o o Esta do a do ver camadas sociai s a que c o rnp u n ha rn o m e io u r b a no. Não se p o de ri a deixar de que p o ss ui a vo n t a d e a de Ob vi a m e n t e me di c i n a que, d e s en vo lv er lado, já há o potencial algum tempo, um projeto de medica 1 ização d is cip li nad or e x te rn ava da o di sc ur so p s i q u i á t r i co enc on tr ou solo fértil a cidade. nessas c o n d i ç õ e s para se desenvolver. Poder-se"-ia avaliar que o Brasil, se Salvador, não p r i m e i r o momento., ficaram houve a cie fora de e ern especial todo a cidade! esse projeto. importação do di sc u r s o médico Num europeu. d o qual Esqui rol dec or re r dos brasileiro, mentais, talver; tenha sido o melhor tempos, de várias cr iou-se v ol ta da e a representante. inauguração, ainda no petra a realidade nacional doenças loucura mesmo que ainda o Império instituições para o tratamento de uma prati ca médica em relação a Com mais inspirada em ideal de hig ien Izaçáo do di sc ur so médico e da au t o res e s tr angei r o s . grande; 0 p s i q u i a t r ia sem p r e b r a s i le i ra processo infra estrutura de d e s e n v o l v i m e n t o final urbana, o Id a d e . industrial, do sécu lo passado, Desde semp re as pri me ir as e x is ti u const ru in do , um em forte de certa que c o nt av a com o para que o di sc u r s o méd ic o com sérios um forte forma ab ortado in ve stimento de fosse c o n s id er ad a o lugar higiênico se fizes se ouvir. teses médica s pro du zi da s desejo c o n f o r mi d a d e Sal v a dor,, (a qual e n fr ent ari a c a p i t a i s e s t r a n g e i r o s de grande monta), ideal da co n s i de ra d a por seus cro ni st as corno urn local pr o b l e m a s de no s e r ia o c o n t r o 1 e corn de cont ro lar as teor-Ias dis c u r s o que buscava as so ci ar os di ve rso s na a Bahia, p o p u l a çã o européias, fenômenos da urn loucura à teorias a n a t o m o p a t o l ó g i c a s e as teorias morais. Corn a ev ol uç ão do di sc ur so e da práti ca méd ic a alguns marcos nesse de se nv olvimento, Peixot o e da LBHíi, prevenção que aparecem como as teori as de Afrani o iriam de s e n v o l v e r as idéias e u g ên ic as às d o en ça s menta is pr op o n do com Isso a de pr of il ax ia da o b s t a n t e , desde o perío do e n t r e --g 11e r r a s , tem-se urn 1 o ucu ra no Eira s 11 . Não franco que, desenvolvimento a nas te rapias associ ad as á partir da década de 50, desenvolvimento da farm ac ol og ia haveria, também, psiquiátrica, 12 7 loucura o urn que sendo grande veio a co ntr ibu ir no •quest ionando, tratamento no entanto, a de di ve r s as doenças, interferência das não se indústrias qu ímicas na utiliz açã o dess as drogas. de se n v o l v i m e n t o 0 par tir de 1970, vê-se das no senti do de bu sc ar- se di ve rs os locais, pelo Ho s picio J u 1 ia n o iio re ira, brasileiros, cond içõ es d aq ue la de ss es co nc epç ão porque forma. lobotomia quanto por era p r a t i c a me nt e Não 0 "naquela ficava pois nem só ou a ciasse médica, di s c u r s o o d e ve ri a o moral socie dad e e seja ou físico-, trancafiado tratado eletrochoque, a ou e por Não se que st io na va havia o con se ns o da e é claro impossível isso, nos recreios, ser seja sua pois que o realidade.. pensar realidade. devia a n e c e ss id ade foi co ns ide rad o per ig os o seja h a v ia naquelas ser tinha c o n h e ci me nt o dessa tr ata men to e seria assim por qu e sempre procurar impunha com a maior força, médico nao co nc ord ass e com essa tratado 11o s p i t a is estava reconh ec ia -s e nú ou s e m i -nú porque ern tanto in t e r n o s , p o is ali en ad o se q u es tio nav a os impossível o médi co era o todo poderoso", pre sc re vi a fortes, o louco e, como tal, dis curso médico ai se época médico, pe ri go que ( p s i c o c i r u r g i a ), o porquê ele Ela era de; to d o s ins trumentos para do cilitar o paciente. loucura. o que, lutas a n t i m a n i c o m i a i s _ m e 1 h o r a r a s c o n d iç ô e s d e v id a d o s p a o ie n te s clara a psi qu ia tr ia uma an ti -psiquiatria, levou a um c r e sc en te das que, mais clara que fosse ci realidade vlvenciada, psiquiátricos uma foi tal uma clara mudança, nos rumos da moderna, Por teorias médicas 0 que louco o era -fosse um isolado da nos quart os na p s ic oc ir ur gi a ou si mp le sm en te dentro dos muros do ma riicôm Io No momento, vive-se uma luta intensa an t im an ic om ta l ), ac en ta da também pelo p ro je to de Lei do d o Parti do dos Trabal h a d o r e s ,, Paulo Delgado, hos pitais criticas, psiquiátricos de todo pais, o que alvo de 129 de pu t a d o tem feito p e sq ui sas com o s e nt id o de me lh or ar o at e n d i m e n t o e o psiqu1átr Íco brasi1ei ro . (movimento dos e de tratam ent o BIBLIOGRAFIA ALMEIDA.,Rornulo ú ltim o de. s é cu lo 5 4 ,o u t/ d e z . A R AN T E S do Traços da m eio. In e A. Humanas, José fis c a is S erg io na 1 75 .. Jo e l. da Bahia: uma M aria Ana S.M . Sâo A. P aulo: M ig ração de o População.. Edgard. n ©i r o : do S a l v a d o r , 5 ( 4 ) : 19~ a n á lise In stitu to de In d u stria liz a ç ã o de estrutu ral F ilo s o fia e e in ce n tiv o s in te rp re ta ç ã o c om o d i s c u r s o h istó ric a . da m o ralid ad e. R io do Alienism o.. CHAUI, M a r i l e n a . no S é cu lo B r a s í 1. i e n s e „ 1 9 8 2 . Vol„ IN: 3, o e sp etácu lo 12?p.. p ro d u tiv a : n o rd estin as,. re p ú b lica XIX: o R e v ista N. 2,, (1889-1930). caso das B ra s ile ira de 1986. R io de Ja n e iro : 39 t p„ D i f e 1, CA ST'EL 5, R o b e r t . P a ris Cam pinas: A p rim e ira 19 73,. e e estrutura Estudos ________________ ,. M o v i m e n t o J no 3Bp.. 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