r evista do co f r e d e p r evi d ê nc i a novembro/dezembro de 2014, número 18, ii série Em terras de erva doce há portas que dão para escadas passadas. Ou serão voos futuros? pvp €1,00 www.cofre.org ISSN 2182-1437 Ervedosa, Vinhais 9 772182 143004 Galiza Cofre / Ano XVIII / II série / N.º 18 / Novembro-Dezembro 2014 / www.cofre.org Ficha técnica / PRESIDENTE Tomé Jardim [email protected] / DIRECTORA Luísa Paiva Boléo [email protected] / EDIÇÃO Cofre de Previdência / CONSELHO REDACTORIAL Tomé Jardim, Francisco Pinteus, Elder Fernandes, Manuela Charrua, Catarina Santos, Vitor Luz / RESPONSÁVEL EDITORIAL Ricardo Henriques [email protected] / FOTOGRAFIA DE CAPA Luís Liberal/www.panoramio.com / FOTOGRAFIA Cláudia Peres, Egídio Santos e Paulo Muge / DIRECÇÃO DE ARTE E DESIGN Silvadesigners / PUBLICIDADE Sara Ferreira e Susana Inácio / COLABORADORES DESTE NÚMERO Sónia Ferreira, Sara Ferreira, Maria da Luz Barreto, Manuel Dias Reis, Rafael Gueifão, Jorge Pinhal, José Emanuel Fernandes Boal, Odeith / SECRETÁRIA Sara Ferreira / CONTACTOS DO COFRE Rua do Arsenal, Letra E, 1112-803 Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 1100-579 Lisboa / TELEFONE 213 241 060 / FAX 213 470 476 [email protected] / NIF 500969442 / PVP ¤1,00 / IMPRESSÃO Multiponto, S. A. / ISSN 2182-1437 / DEPÓSITO LEGAL 324664/11 / REGISTO ERC 119146 / PERIODICIDADE Bimestral / TIRAGEM 47 000 6 P.34 4 a 7 de jun.’15 P. entrevista receita Vítor Luz, Fatias de conselheiro Tomar do Cofre Itinerário: 1º dia – Lisboa / Santa Tecla / Baiona / Santiago de Compostela 2º dia – Santiago de Compostela 3º dia – La Toja / Grove / Santiago de Compostela 4º dia – Ourense / Pontevedra / Lisboa 32 17 P. P. cara-a-cara cofre Plano de Actividades e Orçamento Anual para 2015 37 30 P. P. Jorge Pinhal Natal novo sócio efemérides 28 P. Preço por pessoa: Duplo (mínimo 30 participantes) €460 Duplo (mínimo 40 participantes) €420 Suplemento individual €85 antiguidade O sócio mais antigo e o mais idoso 38 P. consultório da língua portuguesa Condições Inclui: Autopullman de turismo + 3 noites no Grand Hotel Santiago | 4 estrelas em regime de pequeno-almoço e jantar + todas as visitas e entradas mencionadas acompanhadas com guias locais + 4 almoços em restaurantes locais + cruzeiro com degustação de Mexilhão + acompanhamento durante toda a viagem por um Guia e por um representante da Agência Abreu + taxas hoteleiras e Iva em vigor a 23 de Outubro de 2014 + Seguro de viagem. O nome dos meses Exclui: extras de carácter pessoal (bebidas às refeições, telefonemas, bar, lavandaria, etc.) + tudo o que não estiver devidamente mencionado como incluído no programa. Comum a todos os programas: Exclui despesa de reserva de € 29 por processo (e não por pessoa). Taxas sujeitas a alterações. Sujeito a disponibilidade. Estamos em processo de adoção do novo acordo ortográfico. 100% portuguesa SEGURANÇA E COMPETÊNCIA A Agência em que os portugueses mais confiam para viajar. ESCOLHA DO CONSUMIDOR AGÊNCIAS DE VIAGENS A Agência de Viagens escolhida pelos portugueses. Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.org Para mais informações e reservas: Cofre: 21 324 10 60 LOJA ABREU Av. António Augusto de Aguiar, 90-B | Tel.: 213 552 170 | Email: [email protected] | Web: www.abreu.pt Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • Contribuinte nº 500 297 177 • 2014 10 P. Quinta de Santa Iria Inauguração do Centro de Ciência Viva www.cofre.org 1 CFR Editorial/ Da Palavra do Presidente Momentos tomé jardim Cofre, como sabem, é uma instituição vocacionada para a solidariedade, valor intrínseco ao ser humano e que jamais deverá ser esquecido ou ignorado. Todavia os tempos evoluem, os horizontes têm, necessariamente, de ser alargados e o enriquecimento cultural faz parte desse alargamento. Também a vertente lúdica não pode nem deve ser esquecida, tal o seu contributo para uma vida mais feliz, e se a essa vertente conseguirmos aliar um lado pedagógico que, de preferência, abranja as diversas faixas etárias, então temos a certeza de estar no caminho certo no desenvolvimento do nosso trabalho. Nem sempre conseguimos fazer as coisas ao ritmo que desejaríamos, umas vezes por nos dificultarem, como foi o caso do Campus, mas a nossa força e uma equipa jovem, coesa, esforça-se por melhorar a qualidade e diversidade dos serviços oferecidos, com um lema em mente: servir e fazer mais e melhor. É este o lema pelo qual trabalhamos em todas as áreas para a evolução das nossas Residências Seniores, Universitárias, Centros de Lazer – Vau, Quinta de Sta. Iria e Sede na assistência social aos nossos Associados. O CFR 2 www.cofre.org Será sempre um trabalho infindável porque queremos proporcionar a todos aqueles que os usufruem espaços cada vez mais acolhedores e diversificados na oferta. A Quinta de Santa Iria tem a particularidade de se situar numa zona interior do país e bem sabemos como todo o interior se encontra desfavorecido comparativamente a outras regiões, sendo também com esta perspectiva que nos surgiu a ideia de criar ali o Campus de Ciência Viva Prof. Máximo Ferreira, recentemente inaugurado. Se por um lado o mesmo oferece a todos os utentes da quinta mais um pólo de diversão e conhecimento, pode igualmente constituir uma mais-valia para a região se colocado ao dispor da comunidade. Assim, estabelecemos contactos, nomeadamente com a Universidade da Beira Interior, as escolas e os municípios limítrofes ali representados pelos Srs. Presidentes de Câmara, que permitirão a todos, mas sobretudo aos mais jovens, usufruir de uma infra-estrutura, até ao momento única na zona, a qual certamente valorizará a sua formação e quem sabe poderá despertar-lhes interesses até então ignorados ou desvalorizados. O complexo dispõe, como podem ver na excelente reportagem efectuada pelos repórteres e fotógrafos da nossa Revista de um planetário e observatório equipados com a mais alta tecnologia, salas de formação, auditório para receber, desde conferências, aos mais variados espectáculos e com um palco que se pode abrir ao exterior aumentando desta forma a sua dimensão e permitir, sempre que o tempo ajude, a realização de espectáculos no anfiteatro e no auditório com uma capacidade total de 500 lugares. Quero publicamente agradecer em meu nome e no do C.A., o qual tenho a honra de presidir, a todos os que se empenharam na concretização do projecto, à Câmara Municipal da Covilhã, ao Eng.º Rito Pereira, Sr. Alberto Martelo e aos restantes trabalhadores, os quais com o seu empenho tornaram este momento possível e muito particularmente ao Senhor Carriço e ao Professor Máximo Ferreira pela simpatia com que abraçou o projecto, disponibilidade e apoio técnico e ao qual ficará para sempre ligado ao baptizarmos o Campus com o seu nome e, finalmente, aos trabalhadores da Quinta pelos arranjos e limpezas exteriores e no seu interior. Como disse, para além da reportagem, a revista contém ainda o Cara-a-Cara com os trabalhadores do Departa- mento de Gestão dos Associados e Património (DGAP) e o Coordenador de Secção Sr. Alves da Silva, o novo sócio, o nosso plano de actividades e orçamento para o ano de 2015 preparados para apresentação na Assembleia Geral a qual não se realizou por lapso na convocatória colocada no sítio do Cofre, na Rua do Arsenal e na Rua dos Sapateiros. A aludida A. G. foi remarcada de acordo com as normas estatutárias pelo Sr. Presidente da Mesa para o dia 26 de Janeiro de 2015 às 19 (dezanove) horas. O referido Plano e Orçamento concebidos para o crescimento saudável, solidário e sustentado, olhando para o futuro pensando nos mais e também nos menos jovens, esperando por isso poder contar com todos para continuar a desenvolver o fim para que o Cofre foi criado – a solidariedade. Sendo esta a revista do Natal e a última do ano de 2014, e como final da nossa conversa quero endereçar a todos, em meu nome, no do Conselho de Administração e de todos os trabalhadores do Cofre um Natal feliz, com paz e muito amor. Um ano novo com mais segurança na saúde, no trabalho e no conforto. E não se esqueçam da contribuição, com tudo aquilo que já sabem, para a revista.n www.cofre.org 3 CFR Notícias/ Aberto a 7 chaves br ás Carlos a autogr afar As Flores Brancas do Frangipani por L.P.B. Como qualquer poeta, Brás Carlos surpreendeu-nos logo de início, quando explicou que estas flores são raramente brancas, exalam um olor suave e a sua beleza delicada liga-as simbolicamente ao amor. Uma assistência numerosa e interessada compareceu no dia 25 de Novembro ao fim da tarde, no auditório do Cofre, ao lançamento do segundo livro de poemas do sócio Américo Brás Carlos. A sessão foi presidida pelo Dr. Tomé Jardim que citou um dos poemas do autor. O editor Jorge Ramos da Parceria António Maria Pereira falou dos grandes autores desta secular editora e, como Brás Carlos, está em boa companhia entre Camilo Castelo Branco, Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queiroz e Fernando Pessoa. Ao contrário do habitual, o autor falou antes da prefaciadora e na sua voz pausada e bem timbrada leu e falou dos seus «colegas» poetas de todos os tempos, pois não imaginamos «os amigos que se reencontram devido à poesia». O fiscalista e poeta provou que não há incompatibilidade entre a poesia e outras profissões e falou de Ruy Cinatti que era engenheiro agrónomo, Eugénio de Andrade, fiscal da Segurança Social, António Osório, advogado e, se dúvidas restassem, Fernando Pessoa contabilista de profissão. Entre cada leitura Brás Carlos foi-nos dizendo como deseja a sua poesia: «simples» e acrescentou «o que dá muito trabalho». Os seus auCFR 4 www.cofre.org Assembleia-geral Ordinária momento musical com josé resa tores e inspiradores foram, pouco a pouco ocupando as cadeiras do auditório – Horácio, Elliot, António Osório, Ruy Belo, Jorge Luís Borges, António Ramos Rosa, Pablo Neruda, António Pina, Zeca Afonso. A música composta e executada à guitarra por João Carlos Galelo, um jovem talento de vinte e quatro anos, foram transformando a leitura dos poemas num momento mágico. Poemas sobre as memórias de infância e o amor, mas também os dramas dos náufragos de Tarifa e Lampedusa. «É a alma que te dói?/ E eu ainda não sei bem dizer-te. /Doem-me a humanidade, a compreensão e tudo em que verdadeiramente assento.» Tomou por fim a palavra a professora de Humanidades e Estudos Clássicos da Universidade de Coimbra – Dr.ª Teresa Carvalho, e se a assistência já estava envolvida em poesia, a partir das suas palavras foi transportada para o sentido universal dessa forma de comunicação. Neste livro os poemas têm cinco vectores – a memória, a infância, a morte, a vida e o amor. Elogiou a apuradíssima linguagem do autor e disse mesmo «que na poesia de Brás Carlos só fica o que é pepita de ouro». “Ga “Garimpeiros” como Cesário Verde, Ma Manuel da Fonseca, Alexandre O’Neill, Luís Filipe Castro Mendes, Sophia e Carlos de Oliveira apreciarão com certeza a companhia. Houve ainda um momento musical com José Resa que tocou à viola en entre outras, Traz um Amigo Também. O autor autografou e conversou com os seus leitores. Por fim o chef Francisco Santos e Telma Amaro da Quinta de Santa Iria apresentaram apresentarambrin -nos os seus dotes culinários e brindámos com a jeropiga do Cofre. Sim «a poesia vale a pena!» A Assembleia-geral Ordinária do Cofre de Previdência marcada para o passado dia 15 de Dezembro, não chegou a realizar-se por, antes do início dos trabalhos, se terem verificado lapsos nas convocatórias colocadas no sítio do Cofre, na Rua do Arsenal e na Rua dos Sapateiros, o que foi considerado como susceptível de induzir em erro e, assim, prejudicar o direito e a vontade de participação dos interessados. Assim, não havendo condições para o início da Assembleia-geral Ordinária, foi decidido pelo Sr. presidente da Mesa remarcar a referida Assembleia, mantendo-se a mesma Ordem de Trabalhos, de acordo com as normas estatutárias, para o dia 26 de Janeiro de 2015, segunda-feira, às 19 (dezanove) horas. Bolsas de estudo Estão abertas as candidaturas para a atribuição de Bolsas de Estudo para o ano lectivo de 2014/2015 até 31 de Dezembro do corrente ano. Consulte o regulamento e preencha o formulário, disponíveis em www.cofre.org, através do telefone da sede 213 241 060, fax 213 470 476 ou por mail [email protected] Feliz Natal e Próspero Ano Novo www.cofre.org 5 CFR Entrevista/ Dentro do contexto fotogr afia Cláudia Peres Pela janela, pela liberdade, pelo Cofre Vítor Luz, conselheiro do Cofre Sei que nasceu em Almodôvar, no Baixo Alentejo, falemos um pouco da sua infância e Juventude. Tem boas recordações de infância? Nasci efectivamente na Vila de Almodôvar, distrito de Beja, no dia 5 de Dezembro de 1945, na casa de habitação dos meus pais, numa rua chamada Rua Fria. Sou filho único, razão pela qual senti desde muito cedo a necessidade de conviver com familiares de idade próxima da minha. Talvez seja essa uma das razões pela qual me relaciono facilmente com todos aqueles com quem convivo diariamente. Almodôvar era uma localidade relativamente pequena onde os habitantes tinham amplos laços familiares. Aos cinco anos de idade, frequentei, tal como muitos jovens sensivelmente da mesma idade, um espaço a que hoje chamamos infantário. Levávamos de casa uma pequena cadeira, garrafa com água, ardósia e lá permanecíamos nas tardes quentes de Verão ou frias de Inverno, até os pais nos irem buscar. A minha juventude foi passada alternadamente CFR 6 www.cofre.org em Almodôvar e Aljustrel, localidades onde estudei. Na primária em Almodôvar, nos intervalos, gostava de ir para a ribeira quebrar o gelo que se formava devido ao frio. Em Aljustrel, já mais responsável, gostava de me deslocar aos terrenos da mina e verificar o dia-a-dia dos trabalhadores mineiros, cuja luz dos gasómetros lhes indicava a direcção a seguir. Sendo o Presidente do Cofre, Dr. Tomé Jardim, também de Almodôvar, será que o conheceu nos bancos de escola? Não. Sou mais velho que o Dr. Tomé Jardim sete anos. Presentemente as diferenças de idade já não são tão acentuadas, como naquela altura. Iniciámos a nossa verdadeira amizade, quando trabalhámos na mesma Repartição de Finanças em Almodôvar no ano de 1971. Qual o seu primeiro emprego? Tem algum episódio inesquecível? O meu primeiro emprego foi no Estado — na Repartição de Finanças do www.cofre.org 7 CFR Entrevista/ Dentro do contexto Na primária em Almodôvar, nos intervalos, gostava de ir para a ribeira quebrar o gelo que se formava devido ao frio. Em Aljustrel, já mais responsável, gostava de me deslocar aos terrenos da mina e verificar o dia-a-dia dos trabalhadores mineiros, cuja luz dos gasómetros lhes indicava a direcção a seguir. Aprecio a arquitectura nos seus vários estilos, por isso gosto de a conhecer e fotografar, nos vários passeios que efectuo. Gostava de conhecer a América Latina, mas são muitas horas de avião... Presentemente tenciono conhecer o arquipélago dos Açores para desfrutar as paisagens naturais. CFR 8 www.cofre.org concelho de Almodôvar. Com 18 anos de idade, os episódios foram muitos e recordo com saudade. Quando regressei da praia de Quarteira, tinha um comunicado para me apresentar nas Finanças. Ainda em calções de praia, fui à Repartição, mais propriamente ao gabinete do Chefe, que me comunicou que tinha sido deferido o meu pedido como provisório. Foi tão grande o contentamento que, em vez de ter saído pela porta, saltei pela janela. Aproveito a ocasião para recordar aqui o sempre "Sr. Parrinha", mestre de muitos que pela Repartição passaram. Para a sua geração o serviço militar era obrigatório e deve-o ter marcado muito. Quer partilhar connosco esses tempos? Sem dúvida! A década de «60 foi por muitos designada de medo, suor e lágrimas». O país vivia isoladamente sob uma ditadura. A guerra colonial era o drama de quase todas as famílias. Todos os jovens aos dezoito anos eram submetidos a inspecção militar. Salvo raras excepções, todos, ou quase todos, ficavam aptos para cumprir o serviço militar obrigatório. Foi o meu caso. No mês de Junho de 1967 apresentei-me no quartel em Tavira (CISMI) onde como instruendo, concluí a recruta e especialidade de atirador. Em Janeiro de 1968, fui colocado no R.I.3 em Beja para dar recruta a soldados, e logo após, fui mobilizado para a então província ultramarina da Guiné. No dia 1 de Maio de 1968 no cais de Alcântara entre muito choro, abraços e esperança «drama cuja memória jamais esquecerei», embarcámos no navio Niassa, com rumo a Bissau. Gentes cujo rosto traduzia a expressão do mais profundo sentimento da ida para a “Guerra”. Foram dois anos cujo lema era viver um dia em cada dia! Não foi fácil, para os que foram e para os que ficaram, aguardando com angústia o regresso. Felizmente que aconteceu o 25 de Abril, com coisas boas e outras menos boas, o normal numa revolução. Casou novo ? Como é o seu agregado familiar ? Tem netos? Em virtude da mobilização de jovens para a guerra nas ex-Colónias em África, não estavam reunidas as condições para um matrimónio muito cedo. Como certamente sucedeu com a grande maioria, casei após o regresso de África, concluído o serviço militar. Casei com 26 anos de idade, após um longo namoro com a minha mulher Maria Lança. Temos dois filhos, Rui e Raquel. Do casamento do nosso filho Rui temos dois netos, o Hugo André com 5 anos e o Gonçalo Miguel com 2 anos. Como entrou o Cofre na sua vida? Após ter feito concurso para o Quadro da D.G.C.I. e tendo ficado nos primeiros lugares na lista de classificação, deixei o Alentejo e fui colocado na Repartição de Finanças do concelho da Murtosa. Ao tomar posse, o Chefe da Repartição Sr. Jaime Cardoso, nosso Associado, comunicou-me que por inerência, tinha de ser sócio do "Cofre do Ministério das Finanças". A partir do dia 1 de Fevereiro de 1966, com o N.º 43815, fiquei sócio do Cofre. Presentemente e por convite do actual Presidente Dr. Tomé Jardim, sou vogal do Conselho de Administração, com total sentido de responsabilidade no órgão ao qual me orgulho de pertencer. E o Sindicalismo? Após o 25 de Abril de 1974 — Revolução de Abril, em 1976 na consagração constitucional das liberdades e direitos fundamentais dos trabalhadores, surgiu a liberdade sindical com o direito à greve, liberdade de expressão, igualdade entre homens e mulheres. A minha experiência sindical esteve sempre ligada ao Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos. Iniciei-a em 1976, como delegado de base na Repartição de Finanças de Santiago do Cacém. Fiz dois mandatos como Presidente da Direccão Distrital de Setúbal. Fui vogal no Conselho Fiscal em 85/86. Integrei a primeira e única Comissão de Gestão do STI no ano de 1991. Fui vogal na Direcção Nacional em 1987/1988 e Vice-presidente da Direcção Nacional de 1992 a 1997. Em 2012 fiz o curso de Formador Sindical. Como vê estas organizações em termos sociais? Com a Revolução Industrial que teve início em Inglaterra no ano de 1760, todo esse movimento se propagou pela Europa, tendo chegado a Portugal muito mais tarde. Apenas em 1821 se viria o conhecer a liberdade de organização em associações aos trabalhadores portugueses, surgindo em Lisboa, na década seguinte, a Sociedade dos Artistas Lisbonenses, sem cariz reivindicativo, mas com o objectivo de ajudar os seus associados na doença, no desemprego, na velhice e no apoio às viúvas e órfãos (como aconteceu com o nosso Cofre em 1901), desprovidos de qualquer sustento. Em 1896 foi criada a Caixa Geral de Aposentações para trabalhadores assalariados e a regulamentação da organização e funcionamento das Associações dos Socorros Mútuos. Em 1978 foi aprovada a declaração de princípios e os estatutos da União Geral de Trabalhadores. No dia 2 de Maio de 1974 na antiga sala de concursos da DGCI, houve a 1.ª Reunião Geral de Trabalhadores das Contribuições e Impostos. Em Maio de 1976 no Plenário de Leiria foi tornada realidade a decisão de criar um sindicato para a DGCI e no dia 11 de Maio de 1977 nasceu oficialmente, com a publicação no Boletim do Trabalho e do Emprego, cujo nome e sigla evoluíram para STI, cujo seu primeiro presidente e verdadeiro líder foi Eduardo Belo. Sindicato, cujas regalias sociais assentam, entre outras, no Fundo de Acção Social, apoio jurídico e seguro de doença. Nota biográfica Nasceu em Almodôvar, no dia 5 de dezembro de 1945. Trabalhou na D.G.C.I., sócio do Cofre desde 1966. Sindicalista desde 1976, desde 2012 é formador sindical. Qual das artes é a sua preferida? E os tempos de lazer como os ocupa? Aprecio a arquitectura nos seus vários estilos, por isso gosto de a conhecer e fotografar, nos vários passeios que efectuo. Gostava de conhecer a América Latina, mas são muitas horas de avião... Presentemente tenciono conhecer o arquipélago dos Açores para desfrutar as paisagens naturais. Gosto de ler, em especial Albert Camus e ouvir música nomeadamente os êxitos dos anos "60", tais como: Otis Redding, Elvis Presley, Beatles, entre outos, não esquecendo a música italiana e francesa. Não prescindindo do convívio com familiares e amigos. Quer deixar umas palavras para os nossos Associados e familiares nesta quadra natalícia e no início de um novo ano? É com o maior respeito e simpatia que desejo para todos os Asso-ciados do Cofre e familiares, um Natal Próspero com saúde e que as dificuldades até agora sentidas se possam diluir ao longo do próximo ano. Tenhamos esperança em dias melhores! Bem hajam. n www.cofre.org 9 CFR Reportagem/ Campus de Ciência Viva textos Sar a Ferreir a e Sónia Ferreir a fotogr afias Paulo Muge e Cláudia Peres urante os dias 14 e 15 de Novembro teve lugar o evento de abertura do Campus Ciência Viva Prof. Máximo Ferreira. Numa simbiose com a programação do Magusto no Centro de Lazer, os nossos associados foram brindados com uma programação cultural diversificada. Ao início da noite de sexta-feira, após uma breve refeição típica da época, iniciaram-se os eventos. Prévio às artes do espectáculo o Prof. Máximo Ferreira foi convidado a abrir formalmente o Campus, baptizado com o seu nome, o que o deixou surpreendido e honrado. Já no conforto do auditório, e dando início ao programa, o Presidente do Conselho de Administração do Cofre, Dr. Tomé Jardim, num discurso poético deu a conhecer o projecto e agradeceu a todos os que colaboraram na sua construção. Estiveram presentes, entre outros, o Presidente da C. M. da Covilhã, Vice-presidentes das Câmaras do Sabugal, Belmonte, Fundão e Celorico, representantes da UBI e das Escolas do Município da Covilhã, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão, Director da Academia de Dança e Música do Fundão e a Directora da APPACDM da Covilhã. Em seguida a Orquestra da Academia de Música e Dança do Fundão, brindou-nos com um momento musical onde houve lugar para obras clássicas, fados, música de intervenção e uma bela interpretação do tema Cinema Paraíso de Ennio Morricone que mereceu uma ovação de pé. A pausa entre espectáculos da noite foi a oportunidade que muitos ansiaram para dar umas risadas enquanto tiravam uma fotografia cómica no painel de fotografia de temática planetária, colocado à entrada do auditório. A noite continuou com o brilhantismo e emoção da família de Ruy de Carvalho, com a peça de teatro Trovas e Canções interpretada por Ruy, João e Henrique de Carvalho acompanhada pela voz da fadista Ana Marta e pelos virtuosos guitarristas Ricardo Gama e João Correia que, percorrendo a história da poesia portuguesa, nos maravilharam com um momento memorável. O fado falado de João Villaret interpretado por João de Carvalho foi um momento apoteótico, que deixou o público entusiasmado. D Dias de festa na Quinta de Santa Iria CFR 10 www.cofre.org www.cofre.org 11 CFR Reportagem/ Campus de Ciência Viva Peça Trovas e Canções com a equipa de Ru y de Carvalho Dr. Tomé Jardim, Professores Má ximo Ferreir a e Br ás Carlos Academia de Música e Dança do Fundão aspecto da entr ada do edifício Grupo Musical Gr ande Roda , do Teixoso Madrugada dentro, o fado foi o distinto e exclusivo protagonista, iniciativa inserida no Programa Magusto do Centro de Lazer, em redor de boas conversas e dos bons petiscos da zona. Em tarde animada, o recém-inaugurado Auditório acolheu no sábado o Grupo Musical Grande Roda do Teixoso com os seus poemas da cultura tradicional contando com a presença do organista Emanuel Silva logo seguido por um espaço dedicado às crianças com a apresentação da peça de teatro Os Animais no EspaCFR 12 www.cofre.org sessão de fados ço do Grupo de Teatro CFR, um êxito de riso e alegria para a pequenada e não só. Não se sabe quem terá rido mais, se os mais pequenos, se os mais crescidos. Apesar das condições climáticas não terem favorecido a realização de um magusto tradicional com a fogueira de caruma, as castanhas assadas e a jeropiga foram uma presença incontornável, acompanhadas de muita animação e diversão, ficando o desejo em todos na continuidade de actividades culturais. n Os Animais no Espaço Os Animais no Espaço é uma peça infantil escrita, encenada e representada por trabalhadores do Cofre. Pensada para transmitir conteúdos educativos ligados à astronomia e ao Campus de Ciência Viva, utilizaram-se ícones da quinta – os animais – e os planetas do sistema solar para construir uma história divertida que agradasse aos mais novos. A pesquisa para o libreto da peça foi intensa e o apoio do Dr. Tomé Jardim e o apoio técnico do Prof. Máximo Ferreira foi essencial para garantir o rigor teórico. O envolvimento dos trabalhadores voluntários na execução da cenografia e figurinos só foi possível graças ao ajuste dos serviços aos quais estes elementos estão afectos e a quem se agradece. Sempre que possível, foram utilizados materiais recicláveis ou da região onde está a Quinta de Santa Iria. Os Animais no Espaço é uma viagem cheia de peripécias que conta a descoberta do nosso sistema solar. Foi com grande entusiasmo que a ideias saltaram para o palco. Numa verdadeira união de esforços, sawww.cofre.org 13 CFR Reportagem/ Campus de Ciência Viva FICHA TÉCNICA autoria e encenação Sónia Ferreira produção Sónia Ferreira e Susana Inácio assistente de produção Jorge Antunes concepção de cenário, figurinos e adereços Joana Nabais e Susana Inácio desenho de luz, som e projecção Miguel Pires e João Canas assistente de som e luz Rui Mendes assistentes de cenário e figurinos David Pardal e Jorge Antunes construção e montagem de cenário, figurinos e adereços Beatriz Nabais, Bruna Carriço, Joana Nabais, Nazaré Rosário, Patrícia Castro, Regina Louro, Silvina Santos, Telma Amaro, Sónia Ferreira, Susana Inácio, Teresa Mendes concepção e construção dos Relógios para a personagem Planeta Saturno Alunos do Agrupamento de Escolas do Teixoso (orientação das Prof.ª Ana Paula e Profª Maria Da Luz Castanheira) apoio à construção de cenário Pedro Santos interpretação Anabela Marques, Ana do Carmo, Beatriz Nabais, Bruna Carriço, Francisco Santos, Joana Nabais, Helena Baeta, Marta Oliveira, Sara Ferreira, Sónia Ferreira, Susana Inácio, Tânia Pinheiro, Máximo Ferreira (Prof.) e Tomé Jardim (Dr.) fotografia Cláudia Peres cartaz Joana Nabais beres e sinergias os pensamentos tornaram-se palpáveis e em pouco menos de dois meses Os Animais no Espaço chegou ao momento da sua estreia planetária, a 15 de Novembro de 2014, na inauguração do auditório Ruy de Carvalho da Quinta de Santa Iria. Quase como uma alquimia, transformou-se o pouco em muito, o simples em belo. Com a dedicação e a aventurança de quem tem boa vontade, nasceu uma peça de teatro. As cortinas abriram-se e foi desvendado um pequeno mundo imaginário. Um porco, uma galinha e um pónei, a caseira e os astronautas, viajam no foguetão pelo espaço e entre partidas cantaroladas e travagens destravadas, encontram e encetam conversa com os planetas por onde vão passando. Durante esses pequenos diálogos os elementos do sistema solar dão a conhecer as suas particularidades e características. Um universo de informação, camuflado de humor, acção e muito movimento. Os figurinos e adereços concebidos pela colega Joana Nabais (C.L. Qta. de Sta. Iria) foram de excelência tanto na criatividade como na sua elaboração. CFR 14 www.cofre.org Uma grande equipa ajudou na montagem, conseguindo que um pequeno desafio se transformasse numa produção digna de teatros de renome. Foi com uma enorme boa vontade, paciência e profissionalismo, em curtas jornadas de trabalho, que a equipa de Miguel Pires e João Canas, deu vida, som e luzes à peça conferindo-lhe ritmo e muita cor. Quando se assiste a uma peça de teatro, muitas vezes, não nos apercebemos do imenso trabalho para a produção de um espectáculo. As compras de materiais, fotografar elementos, montar cenários provisórios, pesquisar e tomar muitas decisões até conseguir dar vida e credibilidade ao espectáculo. E o que dizer dos actores? Amador é aquele que faz por gosto, sem pretensões ao estrelato, mas com muita dedicação e vontade, o conjunto de funcionários do Cofre, o seu Presidente, Dr. Tomé Jardim, e o Prof. Máximo Ferreira, animaram os personagens com uma imensa energia e dinamismo. Os assistentes de cena, ainda que escondidos por cortinas e fumo, foram o motor da organização da peça. n Odeith, o graffiter Odeith, o autor dos graffitis no Campus de Ciência Viva, falou-nos do seu trabalho. nunca ninguém tinha utilizado o conceito em esquinas e com a técnica de graffiti. Como começou a fazer graffiti? Comecei a interessar-me pelo desenho por volta dos 7 anos de idade. A paixão pelo graffiti surgiu desde a primeira vez que vi um trabalho em Carcavelos, em meados dos anos 90, desde aí ainda não parei. Quais são os próximos projectos? Na próxima semana vou viajar para Louisiana pela 4.ª vez consecutiva para o Egoless Event em Baton Rouge. Tenho ido a vários encontros internacionais Brasil, Panamá, Dubai, Alemanha, Londres, entre outros. Como descreve o seu estilo e a evolução do seu trabalho em torno da cidade? Houve uma enorme evolução no meu trabalho. No início identificava-me com as correntes realistas e hiper realistas, desenhava imagens perfeitas, limpas. Agora associo-me a uma certa sujidade no desenho, ou seja, gosto que se note o traço do pincel e que se repare que são pinturas. Fui o pioneiro na arte anamorphose (trabalhos em 3D realizados em esquinas) e de certa forma, foi o que me trouxe mais projecção a nível internacional. Embora este tipo de pintura tenha sido iniciado no século xvi Já alguma vez tinha desenhado sobre o tema do espaço, como fez no Observatório da Quinta de Sta. Iria? Em 98 (dois anos após ter começado a pintar), fiz um trabalho sobre o espaço, mas nunca mais desenhei sobre este tema. Interessou-me especialmente pela possibilidade de utilização da técnica do spray para o desenho das galáxias e estrelas. Qual foi a maior dificuldade? Trabalhar depois do almoço (gargalhadas). Sem dúvida, a parte superior do desenho foi a mais complicada pelo tipo de infraestrutura e pela utilização de andaimes. n www.cofre.org 15 CFR Leitores/ Cartas de quem diz o que pensa A revista Cofre reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos não solicitados e não prestará informação postal sobre eles. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores. Brasilino Godinho Sócio n.º 32025 Transmito-lhe as minhas impressões. A minha avaliação sobre a revista Cofre é mui positiva. Neste ano de 2014 evoluiu muito. Capas lindas e sugestivas. O aspecto gráfico é de alto nível artístico e bastante atraente. Os conteúdos culturais são variados e interessantes, nomeadamente os consultórios tratando temas importantes que suscitam a atenção do leitor; e, também, despertam a apetência pela cuidada leitura. Tenho ouvido referências elogiosas sobre a revista. As pessoas surpreendem-se ao vê-la. Ao escrever estes breves comentários não me ocorrem ideias quanto a eventuais correcções ou melhorias a introduzir na publicação Cofre. Pressentem-se na Cofre a superior qualidade, a brilhante inspiração e a grande eficiência da orientação da respectiva directora. Imagino o grande esforço a desenvolver por toda a equipa que tem a seu cargo a edição da revista. Há que enaltecer tão profícuo trabalho. Certamente apreciado pelos assinantes, especialmente os que estão instalados nos lares. Concluindo: gosto da revista! Atentamente. António Esteves Pires Sócio n.º 71520 Desta vez ainda lhe mando a colaboração em papel, da próxima será, com ajuda do meu filho, por e-mail. Com os melhores cumprimentos. Vamos falar de bibliotecas – parte II A invenção da escrita impôs ao homem a necessidade de descobrir suportes para a sua fixação. Já na pré-história o homem usou as rochas para pintar e gravar mensagens. Posteriormente usou a entrecasca das árvores, o chamado “liber”, de onde deriva a palavra livro. Em épocas mais recentes foi usado das árvores, o “caudex” de onde provém a palavra codex, e desta códice. Além destes, outros suportes foram usados na escrita, tais como: a cana de bambu, o caule de papiro, as tabuinhas de argila, madeira ou cera, as folhas metálicas de bronze, chumbo ou ouro e finalmente o pergaminho (feito a partir da pele de cabra, carneiro, vitela ou vaca) depois o papel e por fim os suportes electrónicos. Merecem destaque as “estelas”, sendo o seu suporCFR 16 www.cofre.org te a pedra como o Código de Hamurábi (séc. XVIII a.C.) e a Pedra de Roseta (196 a.C.) (…) O papiro era uma planta ciperácea, típica dos lugares húmidos e inundados. Foi usado em todo o Mediterrâneo a partir do terceiro milénio a.C., todavia na Grécia só apareceu a partir do séc. VII a.C. É graças ao papiro que hoje conhecemos, por exemplo, a «Constituição de Atenas» de Aristóteles «(…) O pergaminho apresentava vantagens sobre o papiro por ser mais sólido e flexível e poder ser cortado nas dimensões desejadas, além disso pode ser escrito dos dois lados (documento epistógrafo). (…) O pergaminho podia ainda ser apagado (raspado) e reutilizado, era o chamado palimpsesto». António Galvão Sócio n.º 66181 Envio este desenho sobre o Cante Alentejano para a revista, neste dia em que o Cante ascendeu a Património Imaterial da Humanidade. Cumprimentos. Plano de Actividades e Orçamento Ordinário para o ano de 2015 Venerandos sócios, em cumprimento do disposto no Art.º 98º dos Estatutos, apresentamos e deixamos à consideração dos venerandos sócios o Orçamento Ordinário para o ano de 2015. I – Plano de Actividades Abertura Como sabem, tem sido desde sempre uma preocupação constante do Conselho de Administração para a área, considerada mais sensível do Cofre, os Associados e a sua sustentabilidade. Já nos referimos por diversas vezes a esta temática, mas nunca é de mais lembrar a necessidade de todos juntos continuarmos a trabalhar para a sua manutenção angariando associados de uma faixa etária mais baixa. Não é fácil, mas com persuasão e o contributo de todos vamos conseguir mostrar aos mais novos a mais-valia de ser associado do Cofre enquanto Instituição de apoio e solidariedade. A política então seguida para a captação de novos sócios não foi a ideal, como sabemos. Na nossa opinião, como então foi transmitido, era possível aumentar o seu número apesar das dificuldades já sentidas. Utilizou-se uma estratégia diferente da usada até ao momento, menos burocracia e com uma nova categoria de sócios conseguiu-se um aumento significativo do valor referente às quotizações, apesar da diminuição de Sócios – pelos mais diversos motivos, sobretudo o perecimento de 638 sócios, até dia 25 de Novembro. Todavia, apesar do apelo para todos trabalharem no sentido de motivar os colegas, nos mais diversos locais de trabalho, para aderirem à causa do Cofre de uma maneira geral, com algumas exceções de louvar, a maior parte dos Associados pouco têm feito por isso. Assim, e por essa falta de contributo voluntário, resolvemos criar um grupo de trabalho ligado ao Núcleo de Ação Social, no qual estão integrados dois trabalhadores aposentados com um grande conhecimento do Cofre, e uma senhora com uma larga experiência no marketing e já no terreno tem-se revelado uma mais-valia na recuperação de sócios eliminados e na captação de novos. Como sabem o veículo de transmissão de comunicação por excelência, é a nossa Revista CFR, já disponível na internet e um Sítio mais apelativo, todavia da leitura que fazemos dos dados fornecidos, apesar de terem aumentado significativamente as visitas ao nosso sítio, ainda não é o suficiente e aquele grupo vai igualmente ter essa missão de mostrar o Cofre e divulgá-lo nos vários serviços da Administração Central e Local e onde se mostre necessário. A nossa perspetiva para o ano de 2015, apesar da abertura forçada às nossas remunerações, aposentações e pensões, pela intervenção do Tribunal Constitucional, será igualmente difícil para todos, os novos impostos e taxas levam a aludida abertura a ficar apenas entreaberta. Para minimizar temos de continuar a apoiar os sócios mais carenciados. A continuidade das bolsas de estudo para estudantes do ensino secundário e universitário para o ano letivo de 2014/2015, a oferta das residências universitárias nas cidades de Lisboa e do Porto felizmente também já esgotadas, e da bolsa de compensação, co- nhecida por bolsa sénior, para os sócios com um rendimento insuficiente para o pagamento da prestação nas nossas residências, terá uma continuidade natural no ano de 2015. O Seguro de Saúde, apesar das dificuldades e de alguns desacertos, hoje já ultrapassados, está já com um número muito razoável de adesões, apesar de ter ficado aquém das nossas perspetivas, podê-lo-emos considerar um bom resultado. Continuamos a trabalhar na sua melhoria renovando e melhorando as ofertas com o objetivo de chegar e ajudar todos os nossos Associados. Dentro da estratégia delineada para a aquisição de imóveis, sempre com o objetivo de obter uma mais-valia para o Cofre e seus Associados adquirimos, ao fim de 30 anos a viver em compropriedade no nosso prédio da Rua da Prata, os 25% ao nosso comproprietário, pelo preço de 570.000,00 € com o objetivo de ali, depois de realizadas obras, centralizarmos todos os nossos Serviços Administrativos no ano de 2015. A gestão dos nossos Centros de Lazer passou a ser feita diretamente pelo Cofre e apesar de algumas dificuldades na Quinta de Santa Iria, superadas pela introdução de um novo equipamento informático em harmonia com a exigência da Administração Tributária e Aduaneira, os resultados passaram a ser mais reais, assim como o Centro de Lazer do Vau que teve uma procura e um período de estadias mais prolongado na sua existência. Vamos, por isso, continuar com a política adotada para estes Centros. A estratégia delineada, ao aumentar o número de anos para amortizar a aquisição de habitação própria vai prosseguir. Continuaremos assim a baixar o valor da prestação havendo uma maior disponibilidade financeira para o Associado. No próximo ano de 2015 iremos manter a decisão de não aplicar o coeficiente de aumento das rendas. O Contencioso, apesar de todos os mecanismos de prevenção, do aumento do período de carência de três meses para um ano, da obrigatoriedade de apresentação do recibo da remuneração e do certificado do Banco de Portugal, aumentou, contrariando os resultados verificados no ano anterior. Vamos tomar medidas mais agressivas, para o próximo ano e mais eficazes para combater o incumprimento. Os projetos para o ano de 2015 No nosso terreno de Queluz depois de efetuada a limpeza do terreno e de se ter construído o muro de segurança, iremos finalmente avançar com uma primeira fase e construir uma Residência de Dia e um ATL, depois de ultrapassada a dificuldade, por parte da Câmara de Sintra, em nos dizer o que se vai passar entre o terreno do Cofre e o Quartel. Na Quinta de Santa Iria – Covilhã com o objetivo de economizar os combustíveis fósseis (GAS), no corrente ano concluímos a montagem do ar-condicionado nos apartamentos e com o mesmo objetivo de economia levaremos a cabo a montagem de um sistema híbrido de aquecimento através do sol e vento. Concluiu-se o Campus de Ciência Viva onde se localizam, o observatório astronómico, o planetário, o auditório e o anfiteatro; terminámos as reparações de água e eletricidade, as quais como se encontravam ofereciam perigo iminente para os seus visitantes. Para o ano, e para que os nossos Associados possam fazer www.cofre.org 17 CFR hidroginástica, iremos nivelar a profundidade da piscina atualmente com três metros num dos seus extremos. Na abertura do Campus estiveram presentes as mais altas individualidades de todos os concelhos e das escolas limítrofes para assim poderem levar aos seus munícipes a realidade e as potencialidades daquele investimento para a cultura e saber e com isso trazerem as escolas os visitantes e assim nos ajudarem na amortização daquele investimento. No Centro de Lazer do Vau, iremos concluir o projeto dotando o lado nascente de aparelhos de ar-condicionado, tal como o fizemos para o lado poente. Na Residência de Loures, não foi possível ampliar a residência em mais 24 camas devido à discussão pública do Plano de Ordenamento Municipal, motivo para o atraso na aprovação do nosso projeto. É nossa intenção, dado o projeto se encontrar em apreciação final, iniciarmos no decurso do ano de 2015 as aludidas obras. No concelho do Seixal, como sabem, o maior número de sócios está localizado na área de Lisboa e Setúbal, é intenção do Conselho iniciar diligências junto das autarquias ou de particulares para encontrar um espaço com dimensões dignas para comportarem jardim e horta para ali se poder construir mais uma Unidade para os nossos Associados seniores ali residentes. No distrito de Leiria, aproveitando a sua localização e os distritos confinantes onde temos cerca de 6 mil sócios e a oferta de condições especiais por parte da autarquia iremos, no ano de 2015, continuar as diligências no sentido de obter um espaço com as dimensões dignas para a construção de mais uma Residência Sénior. No distrito do Porto, o excesso de oferta em Residências Sénior, como sabem, levou-nos a desistir do projeto da anterior gestão para Arcozelo – Gaia. Depois de concluído o projeto de urbanização e a sua viabilização por parte da C. M. do Porto, vamos, no próximo ano, colocá-lo no mercado de venda, a fim de se amortizar o investimento então realizado. Optámos por fazer protocolos para o alojamento dos nossos Associados daquela região. No financiamento à habitação e abonos reembolsáveis, o agravamento da crise financeira e económica, à qual o Cofre não é imune, e o incumprimento, obriga-nos à contenção orçamental. Decidimos por isso manter a mesma dotação para o ano de 2015. Nos recursos humanos vamos continuar a sua valorização e o reconhecimento do mérito como fator decisivo na progressão profissional, pedindo alguns sacrifícios na contenção de pedidos de horas extraordinárias. Para isso é fundamental a formação para existir a eficiência, a produtividade, a correção, a simpatia e a disponibilidade. A mobilidade interna é também um fator de inovação e conhecimento. A avaliação de desempenho terá de ser rigorosa para poder ser justa, os melhores têm de ser distinguidos. A otimização dos recursos humanos é um objetivo, a polivalência dos novos contratos é uma realidade. Todavia o aumento dos serviços prestados, as aposentações, apesar da otimização, irá naturalmente exigir novas contratações. despesas, levando a confinar-se num “Mapa de Tesouraria” refletindo apenas os movimentos relacionados com recebimentos e pagamentos ocorridos no decurso do respetivo ano. Não deixando por isso de ter outras premissas entre as quais estão as que se prendem com os prazos de recebimento, pagamento e os saldos a existir à data de 31 de Dezembro do ano em curso, assim como os saldos do ano orçamentado. Neste Orçamento, os pagamentos das despesas correntes e de capital (Investimentos) são apresentados com dedução do IVA faturado, quando se relacionem com atividades passíveis deste imposto. A receita é líquida de IVA. A diferença entre os valores a liquidar e os dedutíveis é inserida em “Operações extra-orçamentais”. II - Orçamento Ordinário 2.1.2. – Transferências Correntes 1. – Considerações Técnicas As estimativas de receitas e despesas para o próximo ano assentam em critérios rigorosos indispensáveis à segurança da instituição. A análise financeira efetuada ao longo do ano de 2014, comparada com a de anos anteriores, permite-nos concluir pela realização dos objetivos ora propostos. O “Orçamento” continua a ser construído na ótica das receitas e CFR 18 www.cofre.org 2. – Explicitação Orçamental Na explicitação orçamental incluiremos, apenas, as rubricas que, pelo seu peso percentual, mereçam ser objeto de comentários. 2.1. – Receitas Correntes Para o total de 7.196.000,00 € previstos em Receitas Correntes, as componentes a assumirem maior importância pelo seu peso percentual são os “Rendimentos da propriedade” e as “Transferências correntes”. Os primeiros respeitam a juros obtidos com os empréstimos concedidos e os segundos aos recebimentos da Quotização, serviços prestados nos empreendimentos do Vau e Covilhã e residências seniores e universitárias. 2.1.1. – Rendimentos da Propriedade Um dos capítulos que integram as “Receitas Correntes” é o de “Rendimento da Propriedade”. 2.1.1.1. – “Juros - Famílias” – “Abonos Reembolsáveis” No conjunto dos financiamentos concedidos, os abonos reembolsáveis são os mais procurados. Contribuem para este afluxo as condições de reembolso, não só no referente aos prazos mas também às taxas de remuneração. 2.1.1.2. – “Juros - Famílias” – “Propriedade Resolúvel” e “Obras de Beneficiação” Quanto à propriedade resolúvel a dotação para o ano de 2015 manteve a mesma dotação em relação ao ano anterior. 2.1.1.3. – “Juros – Sociedades Financeiras” Os juros estimados nesta rubrica são inerentes às “Aplicações de tesouraria” existentes nesta data e que manteremos em 2015. Prevê-se um total de 59.000,00 €. Estima-se na rúbrica “Rendimentos da propriedade – Famílias”, correspondendo ao total de juros provenientes dos financiamentos à habitação e de abonos reembolsáveis, seja na ordem de 1.555.000,00 €. Assim, em “Rendimentos da propriedade” prevê-se um total de 1.625.000,00 €, sendo 1.555.000,00 € relativos a “Juros - Famílias”, 11.000,00 € de juros provenientes da imobilização financeira em Títulos de dívida pública e 59.000,00 € de “Juros -Sociedades financeiras”. 2.1.2.1. – Famílias Para o conjunto de receitas provenientes de Quotização, Centro de Lazer – Vau, Unidade de Turismo Rural – Covilhã, Residências Seniores de Loures e Vila Fernando e Residências Universitárias de Lisboa e Porto, prevê-se um total de 5.196.000,00 €. Quanto à Quotização, podemos estimar que do proveito total a obter no ano de 2015, somado ao saldo previsto para 31 de Dezembro de 2014 e deduzido do saldo provável em 31 de Dezembro de 2015, sejam cobrados, no decurso do ano orçamentado, 3.376.000,00 €. Da ocupação do Centro de Lazer – Vau, podemos estimar que a cobrança desta receita seja de 525.000,00 €. Na Residência de Loures, estima-se uma receita de 555.000,00€. Para a Residência de Vila Fernando, cuja capacidade máxima de ocupação já se atingiu, prevemos uma receita de 325.000,00 €. Apesar da divulgação e da boa recetividade em relação ao empreendimento da Covilhã, continuamos a acautelar a receita da atividade desenvolvida na Unidade de Turismo Rural, estimando apenas 325.000,00 €. Para as Residências Universitárias de Lisboa e do Porto, estima-se uma receita de 90.000,00€. 2.1.2.2. – Venda de bens e serviços correntes Este capítulo agrega as receitas provenientes de “venda” de outros serviços prestados, como viagens e arrendamento de habitações e edifícios (lojas do Vau), a realizar em 2015, e, ainda, a cobrança de saldos transitados de 2014, que esperamos atinja o valor de 343.000,00 €. 2.2. – Receitas de Capital 2.2.1. – Ativos Financeiros Ponderados os pressupostos para a previsão destes recursos, estima-se uma receita de “Ativos financeiros” aproximada de 5.761.000,00 €. Para os “Abonos reembolsáveis”, procedemos ao cálculo do retorno de capital com base no prazo máximo de reembolso, embora a escolha dos associados seja diversificada. Reforçando a margem de segurança nas estimativas efetuadas, no valor dos “Ativos financeiros”, foi também calculada e deduzida uma percentagem de novos valores para contencioso. 2.2.2. – Outras Receitas de Capital Não foram totalmente utilizados os recursos disponíveis, prevendo-se que o valor que constitui o “Saldo da gerência anterior”, a transitar para o ano de 2015, seja na ordem de 3.700.000,00 €. 2.3. – Operações extra-orçamentais Em “Operações de tesouraria – Retenção de receitas do Estado” são inseridos os descontos efetuados nos vencimentos dos funcionários, bem como os encargos do Cofre a entregar ao Estado no mês subsequente, tendo a correspondente contrapartida na rubrica com a mesma denominação em “Despesas”. As “Outras Operações de Tesouraria” incluem também os fluxos relativos às operações com terceiros sem “receita” ou “despesa” mas com expressão na tesouraria. 2.4. – Despesas Correntes Neste agrupamento inserem-se as Despesas com o pessoal, a Aquisição de bens e serviços e Transferências correntes, como despesas de maior volume. Nas “Despesas com o pessoal”, encontram-se previstos os ajustamentos necessários e inerentes à eficiência pretendida ao nível do funcionamento dos serviços que prestamos de acordo com o Quadro de Pessoal. Em “Aquisição de bens e serviços”, estão incluídas as despesas respeitantes aos fornecimentos e serviços adquiridos a entidades externas indispensáveis ao funcionamento das diversas atividades da Instituição. Em “Transferências correntes”, ajustamos os valores das rubricas que compõem este grupo e de acordo com os acontecimentos verificados ao longo do ano, elevando a previsão total para 856.000,00 €. Continuamos a manter a rubrica “Dotação provisional” com o valor de 10.000,00 €, mas julgado tecnicamente correto, prevenindo a eventualidade de fazer face a pagamentos não previstos no orçamento. O total de despesas correntes estimado atinge os 5.197.000,00€. 2.5. – Despesas de Capital O financiamento da tesouraria para o ano de 2015 será efetuado com o somatório dos fundos cuja existência se prevê para o final do ano de 2014 e dos recursos estimados para o ano a que respeita o Orçamento. As componentes de maior volume são a “Aquisição de bens de capital” e os “Ativos financeiros”, este último subdividindo-se em “Empréstimos de curto, médio e longo prazo” – “Sociedades financeiras” e “Famílias”. Nestas “Famílias” estão incluídas as dotações entendidas como necessárias à satisfação dos pedidos de financiamento, tendo em conta a análise do comportamento dos associados. A “Aquisição de bens de capital” corresponde aos Investimentos, aumentos de Ativos decorrentes de grandes beneficiações a efetuar em edifícios e habitações, ou substituição de bens. Para esta componente prevê-se um total de 5.990.000,00 €. Os excedentes possíveis encontram-se integrados nas rubricas das Sociedades Financeiras, permitindo-nos prever um saldo no fim do ano de 2015 de 2.050.000,00 €, uma parte aplicada em diversos produtos a médio e longo prazo e outra em disponibilidades a curto prazo. Das dotações que compõem estas despesas com “Famílias”, salientamos: – Empréstimos a médio e longo prazo (financiamento para aquisição de habitação, transferências de hipotecas e obras de beneficiação): 2.750.000,00 €; – Abonos reembolsáveis e Outros empréstimos: 6.650.000,00€; – Segundas tranches e seguintes, de empréstimos para a construção e beneficiação de habitação: 20.000,00 €. Para a realização e integral cumprimento do Orçamento é necessário contar com a colaboração de todos como tem acontecido, Associados, Trabalhadores e Órgãos Sociais. A delicada situação económica vigente à qual o Cofre, como se aludiu, não está imune, deve consubstanciar em todos nós uma vontade ainda mais forte para a ultrapassar. O trabalho em prol da nossa comunidade mais desfavorecida, a ajuda através dos mecanismos colocados à sua disposição, as disponibilidades do Cofre e a nossa solidariedade serão uma realidade. Como é sabido, a construção de qualquer Orçamento tem por base pressupostos decorrentes do plano de atividades e, como não podia deixar de ser, de uma previsão das repercussões do seu desenvolvimento por quem detém a responsabilidade de gestão da Instituição. Só assim se poderá entender como um instrumento de trabalho essencial. Concluindo; Tudo isto não teria sido possível sem a participação ativa e diligente da maior parte dos trabalhadores do Cofre e dos nossos prestadores dos mais variados serviços. Assim, esperamos, com este Orçamento merecer a vossa aprovação. Lisboa, 25 de Novembro de 2014 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Américo Tomé Jardim Francisco Manuel Feliciano Pinteus Vítor Calado Luz Maria Catarina Gonçalves dos Santos Maria Manuela Charrua Franco Por razões técnicas este texto seguiu com o novo Acordo Ortográfico. www.cofre.org 19 CFR Resumo do orçamento das receitas Desenvolvimento do orçamento das receitas Unidade: Euros Capítulo Designação Unidade: Euros Valor Capítulo Receitas Correntes Grupo 04 Taxas, multas e outras penalidades 30.000,00 05 Rendimentos da propriedade 1.625.000,00 06 Transferências correntes 5.196.000,00 07 Venda de bens e serviços correntes 08 Outras receitas correntes 04 02 2.000,00 99 05 02 6.000.000,00 03 11 Activos financeiros 5.761.000,00 16 Saldo da gerência anterior 3.700.000,00 Total de receitas de capital 15.461.000,00 Operações extra-orçamentais 30.000,00 02 08 03 Unidade: Euros 02 08 2.807.000,00 Aquisição de bens e serviços 1.509.000,00 03 Juros e outros encargos 04 Transferências correntes 06 Outras despesas correntes Total de despesas correntes 5.000,00 856.000,00 Activos financeiros Total de despesas de capital Operações extra-orçamentais Total orçamentado 1.625.000,00 Famílias 5.196.000,00 5.196.000,00 5.196.000,00 Outros 25.000,00 25.000,00 Habitações Edifícios 271.000,00 47.000,00 318.000,00 2.000,00 2.000,00 09 Outras 02 Habitações 10 03 5.990.000,00 6.000.000,00 6.000.000,00 1.000,00 1.000,00 5.760.000,00 5.760.000,00 6.000.000,00 Títulos a médio e longo prazos 04 11.470.000,00 17.460.000,00 Famílias Activos financeiros 06 10 1.700.000,00 Administ.pública-Adm.central-Serv. e fundos autónomos Empréstimos a médio e longo prazos 16 Famílias 5.761.000,00 Saldo da gerência anterior Saldo orçamental 01 Na posse do serviço A -Tesouraria (Bancos e Caixa) B - Instituições Financeiras (Saldo de aplicações) 450.000,00 3.250.000,00 3.700.000,00 Total de receitas de capital 17 3.700.000,00 15.461.000,00 Operações extra - orçamentais 01 Operações de tesouraria - Retenção de receitas do Estado 02 Outras operações de tesouraria Total orçamentado www.cofre.org 2.000,00 7.196.000,00 Venda de bens de investimento 01 CFR 20 343.000,00 Receitas de Capital 5.197.000,00 24.357.000,00 11.000,00 1.555.000,00 Total de receitas correntes 11 Aquisição de bens de capital 11.000,00 Outras 99 20.000,00 Despesas de Capital Juros - Administ.central - Serviços e fundos autónomos Outras receitas correntes 01 Despesas com o pessoal 59.000,00 Rendas 01 01 59.000,00 Bancos e outras instituições financeiras Venda de Serviços 99 02 30.000,00 Venda de bens e serviços correntes 02 Valor 15.000,00 Famílias 01 07 Designação Multas e penalidades diversas Transferências correntes 24.357.000,00 Despesas Correntes 15.000,00 Juros - Famílias 06 Resumo do orçamento das despesas Juros de Mora Juros - Administrações públicas 05 1.700.000,00 Total orçamentado 12 Capítulo Juros - Sociedades financeiras 01 Venda de bens de investimento 09 Grupo Rendimentos da propriedade 7.196.000,00 09 07 Artigo Multas e outras penalidades 01 Receitas de Capital Agrupamento Designação Taxas, multas e outras penalidades 343.000,00 Total de receitas correntes 17 Artigo Receitas Correntes 1.000.000,00 700.000,00 1.700.000,00 24.357.000,00 www.cofre.org 21 CFR Desenvolvimento do orçamento das despesas Unidade: Euros Agrup. Subagrup. Despesas Correntes 01 01 Rubrica 03 04 06 07 08 09 11 13 14 15 02 02 04 05 06 07 11 12 13 14 03 01 03 04 05 08 09 10 02 01 02 04 06 07 08 11 15 17 18 21 02 01 02 03 09 10 11 12 13 14 15 CFR 22 www.cofre.org Designação Despesas com o pessoal Remunerações certas e permanentes Pessoal dos quadros - Regime de função pública Pessoal dos quadros - Regime cont.indiv.trabalho Pessoal contratado a termo Pessoal em regime de tarefa ou avença Pessoal aguardando aposentação Pessoal em qualquer outra situação Representação Subsídio de refeição Subsídio de férias e de Natal Remunerações por doença e maternidade/paternidade Abonos variáveis ou eventuais Horas extraordinárias Ajudas de custo Abono para falhas Formação Colaboração técnica e especializada Subsídio de turno Indemnizações por cessação de funções Outros suplementos e prémios Outros abonos em numerário ou espécie A - Remunerações de corpos gerentes B - Outros abonos em numerário ou espécie Segurança social Encargos com a saúde Subsídio familiar a crianças e jovens Outras prestações familiares Contribuições para a segurança social Outras pensões Seguros Outras despesas de segurança social Aquisição de bens e serviços Aquisição de bens Combustíveis e lubrificantes Limpeza e higiene Alimentação - Géneros para confeccionar Vestuário e artigos pessoais Material de escritório Material de consumo clínico Prémios, condecorações e ofertas Ferramentas e utensílios Livros e documentação técnica Outros bens Aquisição de serviços Encargos das instalações Limpeza e higiene Conservação de bens Comunicações Transportes Representações dos serviços Seguros Deslocações e estadas Estudos, pareceres, projectos e consultadoria Formação Transporte Alín./Rubrica Subagrup. Agrup. Agrup. Subagrup. Despesas Correntes 17 18 19 20 25 1.341.000,00 1.000,00 168.000,00 1.000,00 03 5.000,00 2.000,00 1.000,00 130.000,00 246.500,00 3.000,00 05 02 04 07 01 1.898.500,00 08 02 15.000,00 1.000,00 6.000,00 10.000,00 1.000,00 52.000,00 3.000,00 272.500,00 32.000,00 1.000,00 20.000,00 1.500,00 1.000,00 414.500,00 38.000,00 39.000,00 1.000,00 40.000,00 55.000,00 46.000,00 10.000,00 30.000,00 5.000,00 5.000,00 10.000,00 2.000,00 42.000,00 209.000,00 42.500,00 150.000,00 150.000,00 3.000,00 5.000,00 50.000,00 6.000,00 4.000,00 5.000,00 624.500,00 Rubrica 06 01 02 01 03 393.500,00 Despesas de Capital 07 01 515.000,00 02 03 04 06 07 09 10 15 2.807.000,00 09 05 03 06 03 13 245.000,00 12 01 02 245.000,00 2.807.000,00 Designação A transportar Publicidade Vigilância e segurança Assistência técnica Outros trabalhos especializados Outros serviços Juros e outros encargos Outros juros Outros Transferências correntes Instituições sem fins lucrativos Instituições sem fins lucrativos Famílias Outras A - Subsídios por morte, de luto e funeral B - Reembolso de vencimentos perd. por doença C - Rendas vitalícias D - Bolsas de Estudo E - Subsídios sociais Outras despesas correntes Dotação provisional Diversas Impostos e Taxas Outras A - Restituições B - Diversos Total de despesas correntes Aquisição de bens de capital Investimentos Habitações Edifícios Construções diversas Equipamento de transporte Equipamento de informática Equipamento administrativo Equipamento básico Outros investimentos Activos financeiros Empréstimos a curto prazo Sociedades financeiras-Bancos e out.instit.financeiras Empréstimos a médio e longo prazos Sociedades financeiras-Bancos e out.instit.financeiras Famílias - Outras A - Propriedade resolúvel B - Beneficiação em casa dos sócios C - Subsídios reembolsáveis D - Outros empréstimos ou adiantamentos E - Empréstimos para construção e beneficiação, concedidos em anos ant.-2ª tranche e seguintes Total de despesas de capital Operações extra-orçamentais Operações de tesouraria - Entrega de receitas do Estado Outras operações de tesouraria Total orçamentado Alín./Rubrica Subagrup. Agrup. 624.500,00 5.000,00 2.000,00 5.000,00 507.500,00 120.000,00 245.000,00 2.807.000,00 1.264.000,00 1.509.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 1.000,00 1.000,00 550.000,00 250.000,00 18.000,00 35.000,00 2.000,00 855.000,00 856.000,00 5.000,00 4.000,00 10.000,00 20.000,00 5.197.000,00 250.000,00 4.150.000,00 5.000,00 25.000,00 35.000,00 20.000,00 500.000,00 5.000,00 5.990.000,00 5.990.000,00 550.000,00 550.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00 2.500.000,00 250.000,00 6.500.000,00 150.000,00 20.000,00 9.420.000,00 10.000,00 1.000,00 11.470.000,00 17.460.000,00 1.000.000,00 700.000,00 1.700.000,00 24.357.000,00 www.cofre.org 23 CFR Parecer do Conselho Fiscal Parecer do Conselho Fiscal sobre o Plano de Actividades e a Proposta de Orçamento para 2015 Nos termos do artigo 104.º dos Estatutos do CPFAE, o Conselho Fiscal (CF), em sessão realizada em 27 de Novembro de 2014, analisou o Plano de Actividades e a Proposta de Orçamento para 2015 apresentados pelo Conselho de Administração (CA). 1. PLANO DE ACTIVIDADES Sobre o Plano de Actividades, o CF teve em conta o esforço preconizado pelo CA, no sentido de prosseguir a política de apoio aos sócios em matéria de aquisição de habitação, mantendo a deliberação de aumento do número de anos para a amortização dos empréstimos, no domínio do arrendamento, não aplicando o coeficiente do aumento das rendas, no âmbito dos abonos reembolsáveis, mantendo o montante previsto para os mesmos no corrente ano, bem como no que se refere à continuidade de bolsas de estudo para estudantes do ensino secundário e universitário e para compensação (bolsa sénior) destinada aos sócios sem rendimentos suficientes para suportarem o pagamento das prestações nas Residências do Cofre. O CF deu ainda especial atenção à intenção do CA quanto ao reforço do equipamento para os sócios idosos que não possam viver em companhia de familiares, designadamente, o aumento da capacidade de alojamento na Residência de Loures, as diligências encetadas com vista à obtenção de espaços adequados para a construção de Residências Sénior em Leiria e no concelho do Seixal, bem como a realização de protocolos para a resolução do alojamento de idosos necessitados na região do Porto, ou que necessitem de apoio uma parte do dia, como será o projecto para Queluz. Como é conhecido, os equipamentos destinados aos sócios acima aludidos apresentam, normalmente, défices avultados dado que o que pagam os utentes, normalmente ex-trabalhadores da Administração ou seus familiares com poucas posses, não cobre os custos, tanto mais que a política do CA é a de um tratamento digno para todos os utentes. No entanto, o CF recomenda que em relação aos equipamentos em causa, sem prejuízo do referido tratamento, haja um esforço de racionalização das despesas visando a atenuação dos défices, incluindo a hipótese de pagamentos diferenciados em função das posses dos beneficiários e ou dos seus familiares, bem como de criação de uma compensação complementar, em moldes a definir, nos casos em que a situação económica de cada sócio o permita. O CF congratulou-se com as medidas destinadas a tornar rentável o Centro de Lazer do Vau, que já apresenta resultados operacionais positivos, e recomenda que sejam efectuadas as diligências necessárias para que os mesmos objectivos sejam atingidos na Quinta de Santa Iria com as melhorias que já foram introduzidas na respectiva gestão, agora feita, tal como no Vau, directamente pelo Cofre, e com o início da exploração dos novos equipamentos ali construídos e recentemente inaugurados. 2. PROPOSTA DE ORÇAMENTO Quanto à Proposta de Orçamento, o CF analisou o aumento das receitas e despesas previstas para 2015 relativamente a 2014. 2.1. Quanto ao aumento das receitas, que se cifra na ordem dos 21,9%, ficará a dever-se à venda de bens de investimento não necessários ao Cofre, que se prevê atinja €6.000.000,00 (prédio da Rua dos Sapateiros após a instalação do total dos trabalhadores dos serviços centrais e dos membros dos órgãos sociais no edifício da Rua da Prata, prédios de rendimento em zonas que não permitem arrendamento em termos rentáveis ou cuja degradação não justifique despesas de remodelação e, ainda, a venda do terreno que o Cofre possui em Arcozelo após loteamento do mesmo), mantendo-se praticamente inalteráveis as receitas correntes e sofrendo as de capital referentes a activos financeiros um decréscimo de 3,9%. O Conselho concorda com a proposta da venda do património acima mencionado, pelas razões aludidas e porque permitirá cobrir os custos de remodelação do prédio destinado ao funcionamento dos serviços centrais e os relativos à construção e apetrechamento dos novos equipamentos destinados a idosos mencionados em 1 do presente parecer. CFR 24 www.cofre.org 2.2. Quanto ao aumento das despesas, também da ordem dos 21,9% relativamente às previstas para o corrente ano, são as de capital as que se destacam devido aos custos de remodelação, construção e apetrechamento acima referidos e ainda a beneficiações em prédios de rendimento, tudo estimado em €5.990.000,00, considerando o CF justificada a despesa devido às mais-valias que resultam para o funcionamento dos serviços do Cofre e sobretudo para a realização dos seus objectivos sociais, sucedendo ainda que será suportada pela já aludida venda de património. Nas despesas correntes, cujo aumento em relação ao previsto para o corrente ano é de 9,46%, o CF alerta para o acréscimo das relacionadas com transferências correntes na parte em que é influenciado pelo pagamento de reembolsos de vencimento perdido por doença, rubrica em que está previsto um aumento da ordem dos 67% face ao ano em curso. Prevê-se um aumento exponencial desta despesa dadas as novas regras de desconto no vencimento no que a vencimento perdido por doença respeita, razão pela qual recomenda-se ao CA uma alteração das regras estatutariamente previstas sobre este benefício por forma a torná-lo comportável em sede orçamental e de tesouraria. 3. MOVIMENTO ASSOCIATIVO O CF, tendo em conta o envelhecimento da massa associativa, a diminuição do número de sócios, no essencial devido a causas naturais e também a saídas a pedido de muitos outros das faixas etárias intermédias, sem que estas saídas sejam plenamente compensadas com a entrada de novos associados, partilha a preocupação manifestada na nota de abertura do Plano de Actividades e regista com agrado a tentativa de solução já posta em prática pelo CA. Porém, dada a gravidade da situação, aliás, reconhecida por aquele órgão, a que não é alheio o impacto das medidas de austeridade sobre o rendimento dos trabalhadores da Administração Pública, recomenda o prosseguimento de esforços no sentido de serem encontradas soluções eficazes que permitam atrair novos sócios devido à diversidade de vantagens oferecidas pelo Cofre, tendo em conta também as dificuldades da maioria dos trabalhadores que reúnem condições para o efeito no sentido de poderem suportar o pagamento da quota actualmente prevista para a modalidade B, pelo que importará equacionar um regime de quotização alternativo ao actual, que torne mais atractiva a angariação de novos sócios face a um encargo menos oneroso nas disponibilidades financeiras familiares. 4. DÍVIDAS O CF reitera a sua preocupação com o montante das dívidas dos sócios, assunto que sabe ter merecido atenção especial por parte do CA, recomendando que prossiga os esforços já em prática destinados à cobrança contenciosa e à análise cuidada da capacidade dos interessados em empréstimos relativamente à possibilidade de solverem os respectivos compromissos, continuando tais imparidades a ser devidamente acauteladas e evidenciadas em sede contabilística. 5. CONCLUSÃO O CF considera adequado às finalidades do CPFAE o Plano de Actividades e a Proposta de Orçamento para 2015 e reconhece que estes documentos obedecem às normas legais e técnicas em vigor quanto à sua elaboração, pelo que entende que os instrumentos de gestão em causa estão em condições de poderem ser aprovados. Em 27 de Novembro de 2014 O Conselho Fiscal Elder Carlos de Sousa Fernandes Hilário Esteves Cochicho Modas José Alexandre Aleixo Ramalho Artigo/ O Cofre visto de dentro fotogr afia Cláudia Peres José Manuel Alves da Silva Coordenador de Secção do DGAP omo e quando conheceu o Cofre. Foi o seu primeiro emprego? Conheci o Cofre em 1980 na sequência da resposta a um anúncio para a contratação de liquidadores estagiários. Anteriormente trabalhei como tarefeiro na Comissão Reguladora do Comércio de Bacalhau e durante cerca de um ano na Docapesca. C Teve cargos de Direcção na década de 90. Como avalia essa experiência? Fui membro da Direcção cerca de 10 anos. Foi uma experiência muito importante, que permitiu olhar para esta Instituição numa perspectiva diferente daquela que decorre das funções meramente administrativas, com a dificuldade acrescida do equilíbrio necessário entre o facto de ser funcionário e simultaneamente elemento da Direcção. Vive-se o dia-a-dia de forma intensa tentando resolver os problemas colocados pelos associados, e procurando criar para o futuro, condições para o crescimento do Cofre. Foi um tempo em que a satisfação sentida de um dever cumprido minimizou os contratempos que algumas vezes surgiram. Das equipas directivas de que tenho orgulho de ter feito parte gostaria de destacar quer pela sua dedicação quer pela tolerância e humildade sempre demonstradas, o Dr. Móscas uma pessoa que saudosamente já não se encontra entre nós e com quem muito aprendi. No seu ponto de vista quais as áreas sociais onde o Cofre poderá ir mais longe? Apesar das limitações que este tipo de instituições tem em termos financeiros, de uma forma geral o Cofre acode às principais necessidades dos associados, podendo de alguma forma ainda ter uma área de maior intervenção no que diz respeito aos associados mais idosos, ajudando a combater a solidão e o abandono a que muitos certamente estarão sujeitos, num apoio domiciliário efectivo. Com o funcionalismo público cada vez com menos trabalhadores, como encara o futuro do Cofre? Tem sugestões para os tempos mais próximos? O futuro do Cofre será sempre aquele que os sócios quiserem. Ainda existe uma larga margem de progres- são para a captação de novos associados se compararmos o número existente de funcionários públicos e o número de associados. É importante, para além das campanhas pontuais com vista à angariação de novos sócios, dar a conhecer através da comunicação social (imprensa, televisão) por exemplo a visita a um lar, a uma residência universitária etc., para que as pessoas vejam o que a instituição tem para oferecer. Pode-nos falar um pouco da sua família, momentos de lazer, viagens? Nasci em Lisboa, terra dos meus pais. Sou o mais velho de três irmãos, casado com uma funcionária aposentada desta instituição e tenho um filho com 29 anos. Nos momentos de lazer, privilegio o convívio com a família e os amigos. Gosto de praticar desporto ao ar livre, ténis e futebol. Não sinto um apelo especial por grandes viagens, gostaria no entanto de conhecer melhor o nosso país e sobretudo percorrer todo o litoral. Neste período de balanço de final de ano quer deixar uma mensagem aos nossos associados? Gostaria de desejar a todos os associados um Natal feliz, com saúde, e deixar uma palavra de esperança para que o próximo ano, com o esforço de cada um, possa trazer a todos uma vida mais feliz, sem esquecer sobretudo aqueles a quem o flagelo do desemprego atingiu. n www.cofre.org 25 CFR Notícias/ O Cofre visto por dentro texto Sónia Ferreir a Magusto no Cofre D. Maria da Luz grilo aprende a pintar Duas ger ações na Residência de Loures para mais tarde recordar Lanches intergeracionais O desenvolvimento da sociedade actual tem caminhado para o isolamento dos idosos e para a falência na transmissão da herança e património histórico, cultural e pessoal de cada um. O projecto intergeracional, que se está a criar entre a Residência Universitária de Lisboa e a Residência Sénior de Loures, visa criar um espaço de partilha de actividades, memórias e afectos que contribuam para a promoção do bem-estar dos anciãos e do senso de responsabilidade e integração social dos mais novos. «No passado dia 14 de Outubro, aceitámos o convite dos estudantes da RUL – Residência Universitária de Lisboa – e fomos visitá-los. Estava um dia de sol e lá fomos até à Praça de Espanha. À chegada, fomos muito bem recebidos. Parecia que já nos conheciam há muito tempo. Convidaram-nos a entrar numa sala com um piano e um lanche que estava à nossa espera, com bolos, biscoitos, chá e limonada que, viemos a descobrir, tinha sido feita com limões da nossa quinta, em Loures. Depois de nos apresentarmos, começámos o Karaoke. Com músicas de outros tempos, todos cantámos e encantámos. Para nossa surpresa, uma das estudantes brilhou com a sua bela voz. Depois das cantigas, passámos aos presentes. Oferecemos um quadro pintado pelo nosso companheiro e residente Sr. Rui Araújo. E ainda recebemos CFR 26 www.cofre.org uma moldura com a fotografia de todos os estudantes. Antes do regresso houve tempo para a despedida, trocar muitos beijinhos e tirar uma fotografia de grupo. Que este convívio se repita mais vezes!» «No dia 6 de Dezembro, a RUL teve o prazer de ser convidada para um lanche de convívio na Residência Sénior de Loures. Ao chegarmos à Residência, fomos recebidos, por todos, de uma forma calorosa e afectiva. De imediato, dividimo-nos pelos grupos para pintarmos uma faixa para mais tarde construirmos uma árvore de Natal. Entre tintas e pincéis, novos e graúdos foram-se conhecendo e partilhando vivências. As histórias dos “avôs” encheram-nos os corações e emocionaram-nos! Após o lanche, fomos conhecer as instalações e por fim, voltámo-nos a juntar e a dar as boas-vindas ao Natal com a nossa árvore cheia de cor. Para além da trocas de presentes e palavras tão bem discursadas cheias de emoção, o mais importante foi o que trouxemos connosco: os contos de “quando era da tua idade”, as histórias de amor e a alegria naqueles olhinhos tão vivos. Queremos voltar em breve para mais trocas de experiências, até porque “o Natal é quando o homem quiser!” A RUL deseja a todos um feliz e mágico Natal!» O Outono e o tempo frio são um prelúdio para as comemorações de S. Martinho, onde castanhas e jeropiga lembram costumes de outrora. O Magusto celebra um acto de bondade de um soldado romano, S. Martinho, para com um mendigo, mas também celebra a importância que a castanha teve na alimentação nacional, nomeadamente junto das gentes serranas. Hoje, esta festividade apresenta o melhor da nossa gastronomia, festejando o milagre ou apenas o convívio, muito bem assinalados pelas nossas Residências Universitárias e Seniores. Na Residência Universitária do Porto, o Magusto celebrou-se em torno da alheira de Mirandela, com ovo estrelado, batatas fritas e migas. «Acendeu-se a fogueira, assaram-se as castanhas, que depois foram degustadas por todos, acompanhadas como não podia deixar de ser, pela bela jeropiga» descreve Fátima Silva, funcionária nesta valência. De Elvas, na Residência Sénior de Vila Fernando, chega-nos o retorno de que a tarde foi repleta de animação. Não faltaram as apreciadas castanhas, nozes, passas, o bolo de mel e outras iguarias que fizeram a delícia de utentes e funcionários, tendo havido, ainda, lugar para um bailarico, onde todos deram o seu pezinho de dança «entre grandes gargalhadas e sorrisos, tornando este dia, mais um dia de partilha familiar. As castanhas assadas, enchidos e leite-creme, preparados e degustados pelos residentes da Residência Universitária de Lisboa, foram, uma vez mais, motivo para uma noite de confraternização, enquanto se prepara a época de frequências e exames que já se avista no caminho. Da Residência Sénior de Loures, a participante D. Maria da Luz Barreto, conta-nos: «Tudo decorreu sem uma falha, como habitualmente. Começou com o Sr. Fernando Silva a tocar gaita-de-beiços e seguiu-se o Coro da Residência. E como cantaram aquelas jovens, bem como alguns residentes! Eu, que desconhecia quase todas as cantigas lá fui trauteando, baixinho, algumas delas, para não desafinar. Depois vieram as castanhas cozidas e assadas. E já sem casca, que delícia! Não faltou a jeropiga, que eu abstémica como sou, provei pela primeira vez. E não é nada má, não senhor! Para terminarmos com chave de ouro veio aquele magnífico bolo. E assim passámos mais uns momentos agradáveis. Que os possamos, todos nós, repetir para o ano.» con vívio dos Alunos Alunos da RUL Residência de Vila Fernando Residência de Loures www.cofre.org 27 CFR Sócios com Antiguidade Depoimentos r ecolhidos por L . P. B. /fotogr afia Paulo Muge e Egídio Santos Rafael Gueifão nasceu entre dois anos relevantes na História de Portugal, em Fevereiro de 1908 foram assassinados o rei D. Carlos e o príncipe real e em 1910 foi implantada a República. Já Manuel Dias Reis nasceu no ano da Revolta de 14 de Maio de 1915, o levantamento contra o governo ditatorial do general Pimenta de Castro que acabou destituído do seu cargo após acesos tiroteios que mataram mais de 200 pessoas em Lisboa. O Cofre agradece aos familiares destes sócios a preciosa colaboração prestada. Manuel Dias Reis O sócio mais antigo Que recordações tem da sua infância e juventude? Recordo-me de tudo, de coisas boas e de coisas más. Lembro-me muito bem das férias, passadas todas na praia fluvial no rio Vouga, a divertir-me com o grupo de amigos composto por raparigas e rapazes. Todos casaram entre si, excepto eu, que fui casar longe. A primeira recordação que tenho da guerra foi que quando me casei, em 1940, já a Europa estava em guerra. Sócio desde 1938, n.º 10284, nascido a 7 de Dezembro de 1915 Conheci muita gente que passou dificuldades, principalmente porque havia racionamento. Porém, nem eu nem a minha família, passámos por qualquer tipo de dificuldade. Nessa época vivia em Alijó e os meus sogros tinham um estabelecimento comercial grande e, por isso, não sentíamos falta de nada. Fale-nos um pouco do local de nascimento, família e profissão. Nasci no lugar de Fontes, freguesia de Alquerubim, no concelho de Albergaria-a-Velha. Os meus pais eram lavradores e tinham vários prédios rústicos e um urbano. Fui estudar para Aveiro até ao 7.º ano do liceu, área de ciência. A seguir fui para a Escola Colonial, em Lisboa, durante três anos. Não completei o curso porque não tinha feito a tropa e, por isso, no ano de 1938 fui trabalhar para as Finanças. Através das Finanças fui colocado em Alijó, no Alto Douro, onde conheci a minha mulher. Em Abril deste ano completámos 74 anos de casados. Temos dois filhos, sete netos e onze bisnetos. Tenho orgulho por tudo o que atingi dentro da minha profissão, na qual cheguei até ao topo da carreira, tendo terminado como Director Orientador do Ministério Público das Contribuições e Impostos. O que mais me marcou e marca foi a minha família, porque é a família que verdadeiramente me estima e apoia. Qual o facto mais marcante da sua vida depois do 25 de Abril? Foi a aposentação, com 68 anos. Como vivia e vivo no Porto, só após a aposentação comecei a ter tempo e disponibilidade para me dedicar a tomar conta das minhas propriedades em Alijó e em Alquerubim. CFR 28 www.cofre.org Rafael Gueifão O sócio mais idoso Que recordações tem da sua infância e juventude? Nasci a 19 de Janeiro de 1909 em Mação. O meu pai chamava-se Martinho e a minha mãe Vitória. Apesar de ter crescido durante a 1.ª Guerra Mundial (1914-1918) e a 2.ª Guerra Mundial (1939-1945) nada faltou naquela casa, mesmo no tempo do racionamento. A filha Maria Manuela corroborou que era um faxina que ia levar as mercearias e bens diversos lá a casa. Rafael recordou ainda a escola de educação física – no Teatro de São Carlos – onde aprendeu esgrima, tendo mesmo sido professor da modalidade e participado em campeonatos. Foi para a tropa por opção sua? Entrei para a recruta em 1930 e não pensava seguir a tropa. Foi um superior hierárquico que me sugeriu fazer o exame. Fui para Tancos. Havia 6 candidatos para 3 vagas e fui o primeiro a sair da sala do exame. Tinha-me corrido bem. Lá fora o oficial abraçou-me e disse-me «se fosses meu filho dava-te uma sova», então vais escrever sobre o custo da refeição por dia, isso só se faz ao fim do mês. Passei no exame e fiquei integrado no Batalhão de Pontoneiros desde Março de 1930. Em Setembro era 1.º cabo e em Janeiro de 1932 furriel. Fez o curso de monitor de esgrima e deu aulas em 1935. Fez ainda o curso de transmissões para sargentos de engenharia. [Pontoneiro é um soldado da arma de engenharia que trabalha na construção de pontes e pontões.] Viagens, sonhos, desporto, coleccionismo dizem-lhe alguma coisa? O que gosta mais de fazer? Depois de aposentado comecei a fazer viagens pela Europa, Norte de África e Israel. O que gosto mais de fazer é de estar com a minha família e ir à minha casa em Alquerubim, onde nasci. Onde conheceu a sua mulher? Éramos da mesma terra e as famílias eram amigas. Casei em 1935. Chamava-se Perpétua. No ano seguinte nasceu o primeiro filho, o Carlos Alberto. Na parede está a bênção papal dos 50 anos de casados, com o selo do Papa João Paulo II, é viúvo desde 1999. Já em Lisboa, nasceram as filhas Maria Fernanda em 1941 e Maria Manuela em 1948. Tem dois netos e dois bisnetos. Gosta de ler a Revista do Cofre? O que falta e o que está a mais? Como tenho alguma dificuldade em ler, é a minha mulher que a lê e me conta os artigos mais interessantes. No seu todo a revista é interessante por ser muito diversificada. Fale-nos um pouco do seu trabalho ligado à engenharia. Percorri o país de lés-a-lés e visitei todos os edifícios militares. Trabalhei na Praia do Ribatejo onde fiz grandes amizades. Conheci o ministro Santos Costa e o Engenheiro Arantes e Oliveira. Gostava de viajar? De que país gostou mais? Das viagens que fiz com a minha mulher e depois com os filhos recordo com muito agrado Israel. Estive em Itália e gostei imenso de Roma. Recordo ainda a viagem de autocarro entre Inglaterra e Escócia, memorável pela beleza da paisagem. Maria Manuela revela que uma das amizades do pai era Cottinelli Telmo, esse homem polifacetado, realizador d'A Canção de Lisboa. Quando Rafael se reformou aos 70 anos teve um enorme desgosto porque gostava muito de trabalhar. Gostava de ler, o que agora não pode fazer devido à pouca visão, tendo lido os clássicos. Aos 100 anos ainda ia a Mação sozinho de comboio. Até aos 102 anos ia tomar o café sozinho, era muito independente. Soubemos ainda que da sua vida no Exército português constam louvores e condecorações. Na passagem dos seus 100 anos e em Janeiro deste ano foi entrevistado para o jornal de Mação a Voz da Minha Terra. n Sócio desde 1942, n.º 12998, nascido a 19 de Janeiro de 1909 www.cofre.org 29 CFR Efemérides/ Natal Árvore Solstício de Festas S. Bonifácio, no século vii, quando pregava na Turíngia (região da Alemanha) usava o perfil triangular dos abetos como símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). O carvalho, até aí considerado como símbolo divino, foi substituído pelo abeto. S. Nicolau Nicolau de Mira nasceu na Turquia no século iii e desde cedo foi associado a muitas lendas onde protegia os pobres e as crianças. Enquanto S. Nicolau é padroeiro da Rússia, da Noruega, da Grécia, dos marinheiros e das crianças, enquanto Pai Natal, o nome pelo qual o conhecemos hoje, sabemos que deixa a sua casa na Lapónia todos os anos, no dia 24 de Dezembro e só volta com o saco das prendas vazio. Saturnália Na Roma antiga era comum trocar-se presentes em honra de Saturno, deus do tempo, por ocasião do festival Saturnália que durava de 17 a 23 de Dezembro e marcava o solstício de Inverno. Nestes dias os jogos de azar eram permitidos, o mau humor era proibido, os escravos eram temporariamente livres e apenas os pasteleiros e cozinheiros podiam trabalhar. CFR 30 www.cofre.org D.Fernando II No hemisfério Norte, o solstício de Inverno acontece a 21 de Dezembro e marca o fim das colheitas, a “vitória” da luz sobre as trevas e, claro, a data de muitas festividades para além do nascimento de Cristo. Entre várias mitologias, na China festeja-se o Dõngzhì, que celebra o equilíbrio do cosmo e a energia positiva, na região do Punjab existe o Lhori, com crianças a fazerem peditórios parecidos com os do Halloween, na Escandinávia arde o tronco do Yule e os judeus é neste período que acendem a primeira vela do Hanukkah. Árvore de Natal em Portugal A rainha D. Maria II de Portugal casou com D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gota em 1836 e foram pais de dois reis D. Pedro V, D. Luís e de mais filhos. Nessa altura usava-se fazer presépios no Natal, mas D. Fernando introduziu o abeto que era a tradição do seu país – a Alemanha. O gosto pela natureza era um hábito desta família real. Assim podemos dizer que a primeira árvore de Natal em Portugal foi erguida e enfeitada no Paço das Necessidades. Só em meados do séc. xx se generalizou pela população portuguesa o uso da árvore enfeitada que é o pinheiro e não o originário abeto. Presépio presépio de machado de castro na basílica da estrela Acredita-se que foi São Francisco de Assis quem criou o primeiro presépio, por sinal "vivo" (representado por pessoas e animais), em 1223 na cidade de Greccio, inspirado por uma ida à Terra Santa onde visitou a Capela da Natividade, em Belém. Em poucos anos, em todas as paróquias italianas se fazia esta representação. Mais tarde as pessoas foram substituídas por estátuas e os cenários adquiriram expressões mais dramáticas. Frei Zacarias (franciscano) trouxe este costume para Alenquer ainda no século xiii. Os presépios portugueses mais famosos foram moldados em barro por Joaquim Machado de Castro, em Estremoz, no princípio do século xix. Confeitaria Nacional A família de Balthazar Castanheiro, fundou em 1829 aquela que é a mais antiga confeitaria da Baixa lisboeta, responsável por trazer de França a receita do bolo-rei. É favor comprovar a qualidade no 18-B da Praça da Figueira, em Lisboa. Vermelho Harper’s Weekly Não foi a Coca-Cola que se lembrou de vestir o Pai Natal de vermelho. Tudo começou na edição especial de Natal da revista norte-americana Harper’s Weekly, em 1866, quando o cartoonista de origem alemã – Thomas Nast – desenhou o Santa Claus com o seu fato encarnado. Antes de Nast o Pai Natal era representado magro, vestido de várias cores e sem saco de brinquedos. www.cofre.org 31 CFR Quem é quem/ O Cofre apresenta-se fotogr afia Cláudia Peres 1 9 3 7 5 2 4 Cara-a-cara 1 Cláudia Peres assistente técnica Há 3 anos no Cofre, desenvolvo funções na área do património imobiliário e arrendamento. A minha rotina, passa essencialmente pelo apoio aos sócios arrendatários, acompanhando todo o processo de reabilitação dos imóveis, nomeadamente a vistoria a fracções, identificação das anomalias, elaboração de caderno de encargos, intervenção e fiscalização na obra. Contribuir para uma melhor qualidade de vida dos nossos associados, tem sido um desafio muito compensador. Paralelamente abracei o desafio de participar na revista Cofre, onde colaboro na cobertura fotográfica de alguns eventos do Cofre. CFR 32 www.cofre.org 2 Luís Barroso assistente técnico Em 2007 vesti a camisola do Cofre de Previdência. Desde essa altura tenho contribuído para o funcionamento e organização de todos os Departamentos e Secções desta instituição, nomeadamente, em matérias de arquivo e comunicação interna e externa de correspondência. Espero poder continuar a contribuir todos os dias com o meu trabalho para o Cofre que tanto nos tem dado, a todos nós, enquanto sócios e funcionários. 3 Sílvia Ferreira Técnica Superior Ingressei no Cofre em 1998 onde exerci diversas tarefas, tendo, em 2012 coordenado o Departamento de Divulgação, Turismo e Eventos e dado apoio ao Departamento de Consultadoria Jurídica e do Contencioso, bem como ao de Cobrança e Gestão Financeira. Neste momento encontro-me no DGAP – Departamento de Gestão de Associados e Património, nas funções de admissão de sócios, declarações para efeitos de protocolos, actualização de dados (sócios eliminados por débito), rendas vitalícias, readmissões, aumento de subsídios, declarações testamentárias – envio e recepção. Relações Públicas – Atendimento ao público. 4 Ana Paula Esteves Assistente Técnica Sou funcionária desta prestigiada instituição há 32 anos. Sempre estive colocada no mesmo Departamento, que hoje se designa por DGAP. Já desempenhei praticamente todas as tarefas do Departamento, sendo actualmente responsável pelos processos de Reembolso de Vencimento Perdidos por Doença. 5 José Alves da Silva Técnico Superior Coordenador de Secção Ingressei no Cofre em Março de 1980. Desde então percorri todos os departamentos; Relações Públicas, Previdência Social, Fomento Habitacional e Gestão Financeira. Este departamento é aquele em que se sente mais o pulsar da instituição, por onde se efectua todo o percurso associativo de cada pessoa. A nossa maior motivação profissional e pessoal, é de informar e poder contribuir para as soluções dos problemas que os associados nos colocam no dia-a-dia. 8 6 6 Vera L. Boal Assistente Técnica Entrei para o Cofre em Outubro de 2012 em funções no Departamento de Gestão dos Associados e Patrimoniais – Secção de Turismo, Eventos e Cultura. Embora permaneça no DGAP, sou agora responsável pela atribuição dos subsídios por morte e semanalmente mantenho contacto directo com os nossos associados no atendimento nas Relações Públicas. O Cofre é uma instituição que vive de e para os sócios. A equipa onde estou integrada tem isso sempre presente, pois o primeiro contacto é feito por nós, o que tem sempre impacto no relacionamento e imagem do Cofre. Todos os dias experienciamos novas vivências. 7 João Viveiros Técnico Superior - Jurista Depois de dois anos de funções efectivas no Departamento de Consultadoria Jurídica e do Contencioso, que muito contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional, enquanto jurista, dentro da Instituição Cofre, eis que me encontro novamente no Departamento de Gestão de Associados e Património, responsável por uma área, à qual, desde sempre, reservei um carinho especial – o financiamento à habitação. Comprometo-me, por isso, a acompanhar e tratar todos os processos de financiamento à habitação com o profissionalismo e dedicação que todos nós, sócios deste Cofre, merecemos. 8 Isabel Correia assistente técnica Sou funcionária desta instituição há cerca de 27 anos, inicialmente como Dactilógrafa e actualmente como parte integrante do Departamento de Gestão de Associados e Património. Continuo a sentir, como desde o primeiro dia, que o Cofre me tem ajudado a crescer como pessoa e funcionária. É por isso que também eu quero contribuir para melhor servi-lo a si, e a todos nós, sócios deste Cofre. 9 Carlos Filipe Vieira Técnico de Informática Entrei em 1996 como programador informático. Colaborei na adaptação de toda a programação para o ano 2000 e para o Euro, tendo mantido o anterior sistema informático até à sua substituição, altura em que passei a responsável do portal do Cofre e da Folha Informativa. Actualmente no DGAP incumbe-me também a responsabilidade pela formação interna na área da informática e a manutenção de diversos equipamentos. A modernização do Cofre mantendo e ampliando o cariz solidário que sempre o norteou, é neste momento o meu principal objectivo a par com a constante preocupação em servir mais e melhor os nossos associados. 10 10 Cristina Coelho Técnica Superior Serviço Social Funcionária há 14 anos, comecei a trabalhar na residência de Loures em Janeiro de 2000, onde permaneci durante 11 anos. Em 2011 passei a integrar a equipa da sede e neste momento sou responsável pelos abonos reembolsáveis, pelas visitas domiciliárias e pela bolsa sénior. Temos uma equipa bem-disposta, sempre atenta e disponível para apoiar os nossos associados. Antes de entrar para o Cofre trabalhei noutras instituições, em áreas tão diferentes como a comunitária, a infanto-juvenil e idosos com deficiência. NOTA Faltam os depoimentos de Ana Cunha e Luís Ganso, ausentes com baixa médica. www.cofre.org 33 CFR À Mesa/ Receitas simples q.b. para resultados opíparos r eceita Luísa Gulosa fotogr afia Paulo Muge Fatias de Tomar As fatias de Tomar ou da China são uma das mais requintadas sobremesas do nosso país e levam apenas dois ingredientes – gemas de ovos e açúcar. Provém esta receita da tradição conventual, pois, como sabemos, as claras eram usadas para servir de goma às peças de linho litúrgicas e sobrando as gemas estas espicaçaram a imaginação de muitas monjas que ficaram anónimas, mas a quem agradecemos no colectivo. A nossa doçaria não tem paralelo nem nos nossos vizinhos católicos espanhóis, franceses ou italianos. Sendo esta sobremesa uma tradição natalícia na minha família quis partilhá-la sabendo que embora muito fácil requer uma panela especial para banho-maria. Há quem as faça sem a forma própria com bons resultados. Nesta receita usámos uma panela antiga ainda em folha-de-flandres. Tempo de preparação ½ hora na batedeira ou 1 hora manualmente 1 hora de cozedura Ingredientes Para 6/8 pessoas 24 gemas de ovos muito frescos (sem frigorífico) 1 kg de açúcar branco ½ vagem de baunilha (opcional) Preparação 1 Parta os ovos com CFR 34 www.cofre.org cuidado e separe as gemas das claras. Batem-se as gemas durante 30 minutos na batedeira ou 1 hora à mão. Quando a massa apresentar uma textura espessa e os ovos um tom amarelo-claro coloque esta massa na parte de dentro da forma interior própria, previamente untada com manteiga. 2 A forma de fora das fatias de Tomar já deve estar a ferver. A cozedura em banho-maria dura cerca de 1 hora e vai-se deitando água pelo pequeno funil incorporado, para que a fervura nunca seja interrompida. 3 Desenforma-se o bolo (gemas cozidas) e deixa-se arrefecer. 4 Corta-se ao alto com a espessura de um dedo. Entretanto coloque um tacho ao lume com um quilo de açúcar e ½ vagem de baunilha e deive ferver até conseguir um ponto baixo. Coloque então uma fatia de cada vez que vai absorver o açúcar dos dois lados. Nunca deixe a calda engrossar, salpicando com água. 5 Retire com cuidado e coloque numa taça ou travessa. Sirva frio, 1 2 3 4 5 sem ir ao frigorífico. Recomenda-se que não enfeite com natas nem chocolate nem frutos o que lhe tira a dignidade. Nota Segredo Os tempos de batedura e de cozedura são o único segredo. Se, ao abrir a forma onde cozem as gemas estas estiverem levemente húmidas pode cozer mais alguns minutos. Aqui a experiência conta muito. Muitas pessoas perante uma fatia destas dizem não poder comer porque faz mal ao fígado pois presumem que cada fatia contém muitos ovos, ora a realidade é que cada fatia leva cerca de dois ovos. A batedura é que lhe dá o volume. Pode sempre optar por meia fatia. www.cofre.org 35 CFR Perfil/ Novo sócio fotogr afia Paulo Muge Jorge Pinhal Sócio n.º 104239 TEREMOS QUEDA PARA A DESGRAÇA? asceu em Sesimbra, terra dos homens a «quem o mar se curva e a terra aclama». É casado e tem três filhos, dois rapazes e uma rapariga. O seu dia-a-dia enquanto inspector do trabalho da Autoridade para as Condições do Trabalho é «sempre extremamente intenso, mas também compensador» e o maior desafio é «corresponder às expectativas daqueles que, legitimamente, necessitam do meu trabalho». O seu maior sonho por realizar é poder viajar pelo mundo sem qualquer tipo de condicionantes. O seu maior sonho já realizado acaba em "idade", a paternidade. O caril de Jorge é a sua arma secreta na cozinha e na sala de jantar. Soube do Cofre através de colegas e não tem cofres em casa. Decidiu fazer-se sócio pelas condições oferecidas a sócios e familiares. No que toca a Portugal, além de Sesimbra, aprecia as terras e gentes de Trás-os-Montes. No que toca ao resto do mundo, África é um destino que quer voltar a visitar. Tem dois cães e dois gatos e faz as suas deslocações de moto. Quanto à música é bastante eclético e revela-nos facilmente cinco músicas que marcaram a sua vida. The Wall (Pink Floyd), Camponesa (Rui Veloso), Yesterday (Beatles), I Want you to Want Me (Cheap Trick), Satisfaction (Rolling Stones). Perante a difícil e fraturante questão “Praia ou Campo?” Jorge responde de forma diplomática: «Campo, se possível com o mar por perto!» Para completar o perfil psicológico adiantamos que prefere coentros, gatos e museus à alternativa de salsa, cães e eventos desportivos. Anda a ler Discurso Sobre a Servidão Voluntária,, de La Boétie, editado pela Antígona. «Porque é um livro que ajuda a reorganizar as ideias.» Deixou a meio O Meu Programa de Governo, de José Gomes Ferreira. Se não vivesse em Portugal, gostaria de viver em Macau. n N www.apsi.org.pt Estaremos atentos às 9 crianças que sofrem quedas com consequências graves a cada dia que passa? Teremos pais, professores, governantes e legisladores que façam o que tem de ser feito? A APSI sabe quais as medidas políticas e de segurança a tomar. Ouça-nos. Agora. Apoio Perfil Jorge Manuel Maurício Pinhal, inspector do trabalho da Autoridade para as Condições do Trabalho, tem 51 anos, é de Sesimbra, casado, com três filhos, dois gatos e dois cães. www.cofre.org 37 CFR Consultório de Língua Portuguesa texto Luísa Boléo Chamar os meses pelos nomes s “nossos” meses vêm dos romanos. Dos dez meses iniciais, apenas com 304 dias, com a reforma de Numa Pompílio cerca de 713 a.C. passou-se para o ano lunar com 365,25 dias. Vários acertos depois, chegou-se a Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro, que têm as respectivas designações populares em Portugal. Janeiro, do latim Januariu, dedicado ao deus Jano, representado com duas caras para simbolizar fim e princípio. No norte do país foi em tempos conhecido pelo Mês das Contribuições (*). Fevereiro, do latim Febrariu que vem de februa (purificação), era o mês que os nossos antepassados de Roma dedicavam às purificações e ofereciam então sacrifícios aos mortos para apaziguar os deuses. Por cá este mês é conhecido como o Mês dos Gatos, época em que acasalam esses felinos, mas em certas regiões já foi conhecido como Mês dos Preguiçosos por ter apenas 28 dias e, na região da Covilhã, já foi chamado de Mês das Febras (da época da matança do porco). Março, do latim Martiu, vem do deus da guerra Marte, se bem que haja referências deste mês ser também consagrado ao deus Mercúrio pelos romanos. Na designação antiga era, entre nós, Mês da Primavera ou Mês do Cuco. O Abril, do latim Aprile = abrir, é o mês do desabrochar (abertura) das flores, o que marca a Primavera no hemisfério Norte. Dedicado à deusa Vénus, a sua designação popular é a de Mês dos Enganos, numa referência ao 1.º de Abril, dia dos enganos ou das mentiras (recolhido na região de Guimarães.) Maio vem de Maiu referente a Maia, mãe de Mercúrio. Em Vila Nova de Gaia foi conhecido como Mês dos Gaios, aves que abundam no norte. Noutras terras aparece como Mês das Pegas ou Mês dos Burros (por ser nesta época que têm criação) e ainda Mês das Lavouras, devido ao trabalho das sementeiras do milho, feijão e linho. Também é designado por Mês das Trovoadas. Na tradição religiosa era o Mês de Nossa Senhora ou Mês das Ladainhas, porque era neste mês que se faziam as rogações por ocasião da festa da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo – Quinta Feira da Ascensão, no quadragésimo dia depois da Páscoa. Remonta ao séc. v na Europa. A procissão do Senhor dos Aflitos mantém-se ainda em Lousada. Junho vem de Juniu – Juno – deusa do casamento, do parto e protectora das mulheres. Em Vizela era conhecido por Mês das Sementeiras e mais generalizado como Mês de S. João. Julho, de Juliu. No ano de 44 a.C. este era o quinto mês (Quinctilis) que passou a ser dedicado ao imperador Júlio César. Popularmente foi o Mês das Re- Janeiro, do latim Januariu, dedicado ao deus Jano, representado com duas caras para simbolizar fim e princípio. CFR 38 www.cofre.org Caio Júlio César Otaviano Augusto 63 a.c. - 14 d. c. estátua descoberta em 1863, em prima porta, roma. pertence aos museus do vaticano. Caio Júlio César 100 a.c. - 44 a. c. estátua de nicolas coustou, no palácio das tulherias, em paris, frança. gas ou Mês das Malhas (malhar o centeio). Também aparece como Mês de S. Tiago, cuja festa é a 25 de Julho. Agosto de Augustu, anteriormente o 6.º mês – Sextilis. Como Júlio César, o imperador César Augusto também quis ter o seu nome consagrado a um mês. No aspecto etimológico sabe-se que no séc. ii houve uma dissimilação e au passa apenas a a, e de Agustos evoluiu-se para Agosto. Setembro, do latim Septembre, então o sétimo mês do ano, quando o calendário romano tinha início a 15 de Março. É ainda conhecido no nosso país como Mês das Vindimas ou Mês de S. Miguel porque 29 de Setembro é o dia deste santo, no calendário litúrgico. Outubro, do latim Octubre, seguiu a mesma lógica, era então o oitavo mês do ano. Por cá é conhecido como Mês das Colheitas (do milho e do feijão). Novembro, de Novembru, o nono mês dos romanos. Em certas regiões portuguesas é conhecido como Mês dos Santos pelo dia 1 ser Dia de Todos os Santos. Dezembro, do latim Decembre – décimo mês. Encontramos no Mindelo a designação de Mês das Calhandras, porque se usava calcular as condições atmosféricas do ano inteiro que entrava por um processo conhecido por «calhandras». É conhecido como Mês do Natal em diversos pontos do país. E assim terminamos, a desejar a todas as associadas e associados do Cofre, um feliz mês natalício e óptimo ano novo. n (*) todas as designações populares foram retiradas de um trabalho de Maria Palmira da Silva Pereira do espólio do Prof. Doutor Manuel de Paiva Boléo (1904-1992). O dicionário utilizado é o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de Antenor Nascentes, Rio de Janeiro, 1932. www.cofre.org 39 CFR Proposta de Admissão Abrir o Cofre/ Desporto da minha vida fotocopiar e enviar Sócio n.º 79700 À volta da bola D esde pequeno que gosto de futebol, que vibro com as jogadas mais espectaculares, os grandes remates e os voos dos guarda-redes. O futebol é um jogo de paixões e de multidões. Vou colocar-vos algumas perguntas que demonstram que “a bola” pode ser fonte de saber não exclusivamente futebolístico, bem como algumas constatações que me levam a perguntas para as quais a resposta fica no ar. Havendo curiosidade pode aprender-se muito. Em que ano terá sido o Rapid de Viena campeão da Alemanha? Que dois países se envolveram na chamada Guerra do Futebol? Por que motivo os vice-campeões do mundo em 1978 se recusaram a receber as suas medalhas em pleno estádio, após a final do torneio? Em que clube jogavam os futebolistas que pagaram com a vida a vitória num determinado jogo, sabendo de antemão que tal ocorreria se viesse a ser esse o desfecho? Falemos de Geografia. Quantos leitores não amantes do futebol e donos de alguma curiosidade intelectual, poderão dizer sem pestanejar em que países se situam cidades como Dundee, Gelsenkirchen, Guingamp ou Charleroi? Deixemos os factos enciclopédicos de lado e vamos especular um pouco sobre os equipamentos de clubes e selecções. As camisolas de uma só cor são o padrão dominante entre clubes e selecções, logo seguidas pelo padrão listado. Todos os demais têm uma presença irrisória. Porquê? Mais curioso ainda, e pensemos agora em clubes, por que haverá tantos com listas verticais e tão poucos com listas horizontais? Façamos um exercício de memória sem sair do nosso país. Listas verticais: Porto, Setúbal, Leixões, Nacional, Varzim, Oriental, Atlético, Olhanense, Marítimo… Listas horizontais: Sporting e eventualmente algum mais. Se pensarmos no futebol internacional, a desproporção é semelhante, às listas horizontais do Celtic contrapõem-se as verticais dos Atléticos de Madrid e de Bilbau, do Barcelona, da Juventus, do Inter, do Milan… Não é um facto bizarro? Se pensarmos nos uniformes das selecções nacionais, assistimos a um esmagador predomínio da cor única como padrão. Assim, de repente, ocorrem-me três selecções em que tal não ocorre: Argentina, Paraguai e Peru, curiosamente todas sul-americanas. CFR 40 www.cofre.org Formulário de inscrição de sócio do Cofre de Previdência o middlesborough, vencedor da taça de amadores em 1895 Esta desproporção torna-se mais curiosa se pensarmos que não há bandeiras unicolores desde que Khadafi foi derrubado e que são muito poucas as selecções cujo equipamento não tenha nenhuma correspondência com a bandeira, assim, de repente, ocorrem-me duas: a da Itália e a da Holanda. Serão as cores únicas mais patrióticas? Pensemos em nós, a espécie humana, no quão longe chegámos na arte e na ciência, pensemos também nos erros que temos cometido ao longo da História, pois convém não esquecê-los. Somos o que somos graças às palavras que dizemos e às coisas que fazemos com as mãos, a primeira ferramenta do intelecto. Ora, se pensarmos nas modalidades desportivas, e se excluirmos aquelas em que todo o corpo está dentro das regras, como a natação e o atletismo, que temos? Basquetebol, voleibol, os vários hóqueis, o ténis, o golfe, o andebol, o râguebi, todas as modalidades motorizadas ou que envolvam animais… em todas elas são fundamentais as mãos. Todas menos o desporto mais popular do mundo, o tal em que apenas um entre onze as pode usar. Não é apaixonante? n Perfil José Emanuel Fernandes Boal nasceu em Luanda em 1971. Viveu no Cacém entre 1974 e 1998, ano em que começou a dar aulas. Vive em Elvas, onde é professor de espanhol, desde 2001. A Identificação 1 Nome completo (em maiúsculas) 2 B.I./C.C.* 5 naturalidade 7 filiação (pai) 8 filiação (mãe) 9 estado civil 11 morada 12 localidade 14 telefone 3 Data de nascimento 6 15 10 cônjuge 13 código postal / / 4 NIF* Concelho 16 telemóvel e-mail * Anexar fotocópia do documento B Declara que pretende inscrever-se como sócio nos termos da alínea a) b) com o subsídio por morte de c) do nº 1 do art. 19º dos Estatutos, aprovados pelo Decreto Lei 465/76, , € nos termos da alínea c) do nº 3 do art. 4º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, sem subsídio por morte**. vencimento categoria serviço , € ministério serviço processador do vencimento morada local e data / assinatura do candidato / ** Anexar fotocópia do último recibo de vencimento/pensão C Declaração dos Serviços do Candidato a Sócio Confirmo as declarações prestadas. assinatura do responsável autenticada com o selo em uso D Reservado aos Serviços do Cofre sócio nº admitido em idade subsídio inscrito o funcionário / / o coordenador nos termos da alínea __ do nº __ do art. __ dos estatutos , € quota mensal o secretário-adjunto do cofre € CARTÃO BOAS FESTAS DEFELIZ SAÚDE2015 E Saúde & bem estar (*) Passam a estar incluídas no Cartão de Saúde COFRE: REDE BEM ESTAR (RBE) Rede de Prestadores de Serviços de Saúde e Lazer, com mais de 3.063 Locais de Atendimento, e um desconto médio de 40% no preço praticado para particulares. Nesta Rede beneficiará de serviços como: Psicologia, Nutrição, Osteopatia, Homeopatia, Quiroprática, Acupunctura, Shiatsu, Estética, Genética, Termalismo, Talassoterapia, Spas, Health Clubs, Cursos de Preparação para o Parto, Podologia, Terapia da fala, Criopreservação de Células Estaminais, Parafarmácias, Higiene Oral, Ópticas, Bem estar Animal. ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS Serviços, em Portugal, e no Estrangeiro, em caso de Doença Súbita ou Acidente. Exemplos de Serviços garantidos: Assistência em Viagem no Estrangeiro, Despesas Médicas, Cirúrgicas, Farmacêuticas e de Hospitalização, Aconselhamento e Envio de Médico, Profissional de Enfermagem e/ou Medicamentos ao Domicilio, Procura e Envio de Doméstica ao Domicilio, Marcação de Consultas e Meios Complementares de Diagnóstico, CheckUp, Baby Sitting, Recolha e Entrega de Roupa para Lavar ou Engomar, Assistência a Animais Domésticos, Assistência no Lar com Informação ou Envio de Profissionais Qualificados. O RESUMO DAS COBERTURAS NÃO DISPENSA A LEITURA DAS CONDIÇÕES GERAIS E ESPECIAIS APLICÁVEIS. (*) As presentes coberturas estão disponíveis apenas para os Sócios titulares do Cartão de Saúde, podendo, se assim desejarem, igualmente incluir os respectivos agregados familiares, regularizando para o efeito a situação nos Serviços do Cofre. Sócios do COFRE com condições únicas nos seguros particulares: automóvel, multiriscos, habitação, vida, crédito e outros: • Seguro Automóvel, desde 75,24€/Ano. • Seguro de MultiRiscos (Ex. T2, em Lisboa) para o Recheio da Habitação (15.000) e Paredes (79.000), desde 69,24€/Ano. [email protected] tel: 21 923 94 80 / 96 392 75 55 / 92 564 95 46 segundas e quintas, das 9h00 às 12h30, nas Instalações do Cofre Rua dos Sapateiros – Lisboa Mediador devidamente autorizado, pelo Instituto de Seguros de Portugal, a comercializar seguros dos Ramos Vida e Não Vida, podendo o interessado confirmar esta inscrição em www.isp.pt