UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL DA AMAZÔNIA
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE LINHA DE PESQUISA II: TRABALHO, CULTURA E
ETNICIDADE
PROF. DR. JOSÉ ALVES DE SOUZA JUNIOR
EMENTA: A presente disciplina tem como objetivo aprofundar as discussões sobre
pressupostos teórico-metodológicos que possam contribuir para o amadurecimento das
temáticas dos projetos de pesquisa apresentados à seleção do PPHIST pelos alunos que
a cursarem e para a definição por eles da proposta historiográfica mais adequada para o
desenvolvimento do seu tema. Nesse sentido, serão discutidos textos que ajudem a
pensar o trabalho do historiador e o escrever a história. A disciplina objetiva também
examinar e discutir questões relacionadas à Linha de Pesquisa Trabalho, Cultura e
Etnicidade, tais como relações de trabalho, movimentos sociais, cultura, cultura popular,
religião e religiosidade, cidade, relações de gênero, relações étnicas,
identidade/alteridade, etc, a partir de textos específicos sobre as referidas questões.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I – A Fabricação da História ou o fazer historiográfico.
Textos:
1. CERTEAU, Michel de. “A Operação Historiográfica”. In: A Escrita da
História/Michel de Certeau: tradução de Maria de Lourdes Menezes: revisão
técnica [de] Arno Vogel. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982, pp. 55106.
2. RICOUER, Paul. “”Memória, história, esquecimento”. Conferência proferida
em março de 2003, em Budapeste, no âmbito de uma conferência internacional
intitulada :Haunting Memories? History in Europe after Authoritarianism”.
3. FOUCAULT, Michel.II - “As Regularidades Discursivas”. In: A arqueologia do
saber/Michel Foucault; tradução de Luiz Felipe Baeta Neves, -7ed. – Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2008, pp. 21-86.
4. THOMPSON, E. P. “A História Vista de Baixo”. In: As Peculiaridades dos
Ingleses e Outros artigos/ E. P. Thompson; organização de Antonio Luigi Negro
e Sérgio Silva – Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001, pp. 185-201.
5. VAINFAS, Ronaldo. “Da História das Mentalidades à História Cultural”,
História, São Paulo, 15, 129-141, 1996.
6. GINSBURG, Carlo; CASTELNUOVO, Enrico; PONI, Carlo. Cap. VIII - “O
inquisidor como antropólogo. Uma analogia e as suas implicações”. In: A MicroHistória e Outros Ensaios; tradução de Antônio Narino. – São Paulo: DIFEL,
pp. 203-214.
7. BORGES, Vavy Pacheco. “Grandezas e misérias da biografia”. In: PINSKY,
Carla Bassanezi (org.). Fontes históricas. 3. ed. – São Paulo: Contexto, 2011,
pp. 203-233.
8. DE LUCA, Tânia Regina. “História dos, nos e por meio dos periódicos”. In:
PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes históricas. 3. ed. – São Paulo:
Contexto, 2011, pp. 111-153.
II – Trabalho e Movimentos Sociais.
Textos:
9. THOMPSON, E. P. “Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial”.
In: Costumes em comum/ E. P. Thompson; revisão técnica Antonio Negro e
Cristine Meneguello. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, pp. 267-304.
10. CASTORIADIS, Cornelius. “Introdução: a questão da história do movimento
operário”In: A experiência do movimento operário/ Conelius Castoriadis;
tradução de Carlos Nelson Coutinho. – São Paulo: Brasiliense, 1985, pp. 11-78.
11. BITTENCOURT, Ícaro. “O Operariado no Brasil da Primeira República: alguns
apontamentos teórico-metodológicos e historiográficos”, Sociais e Humanas,
Santa Maria, v. 20, n. 01, jan/jun 2007, 141-151.
12. BATALHA, Cláudio. “Os Desafios Atuais da História do Trabalho”, Anos 90,
Porto Alegre, v. 13, n. 23/24, p. 87-104, jan./dez. 2006.
13. _________________ “Identidade da Classe Operária no Brasil (1880-1920):
Atipicidade ou Legitimidade?, Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 12,
no 23/24, pp. 111-124, set. 91/ago. 92.
14. MENEZES NETO, Antonio Julio. “A Igreja Católica e os Movimentos Sociais
do Campo: a Teologia da Libertação e o Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra”, Caderno CRH, Salvador, v. 20, n. 50, p. 331-341, Maio/Ago. 2007.
15. BEZERRA, Viviane Prado. “A Igreja está do lado da libertação”: Experiências
de uma pastoral popular no contexto da Ditadura Militar no Ceará, Revista
Historiar, ano II, n. I (2010).
III – Cultura, Cidade, Relações de Gênero.
Textos:
16. BURKE, Peter. Parte I: Em busca da cultura popular. In: Cultura Popular na
Idade Moderna/ Peter Burke; tradução Denise Bottmann. – São Paulo:
Companhia das Letras, 1989, pp. 31-112.
17. CHARTIER, Roger. “Cultura Popular”: revisitando um conceito historiográfico,
Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 8, n. 16, 1995, p. 179-192.
18. BRESCIANE, Maria Stella. “A Cidade das Multidões, a cidade aterrorizada”.
In: PECHMAN, Robert Moses (org.). Olhares sobre a Cidade. Rio de Janeiro:
Editora UFRJ, 1994, pp. 09-42.
19. LETELIER, Lilian. “O gênero na academia”. In: ÁLVARES, Maria Luzia
Miranda e SANTOS, Eunice Ferreira dos. Desafios de Identidade: espaço –
tempo de mulher. Belém: Editora Cejup, 1997, pp. 03-10.
20. GOTTFRIED, Clarissa Kogik. “Rituais e festas populares na Idade Moderna”,
História, imagem e narrativas, n. 15, outubro/2012, pp. 01-10.
IV – Etnicidade.
Textos:
21. SANSONE, Lívio. “Urbanismo, globalização e etnicidade”. In: SANSONE,
Lívio e PINHO, Osmundo Araújo (organizadores). Raça: novas perspectivas
antropológicas. Salvador: Associação Brasileira de Antropologia: EDUFBA,
2008, pp. 151-192.
22. FIGUEIREDO, Ângela. “Dialogando com os estudos de Gênero e raça no
Brasil”. In: SANSONE, Lívio e PINHO, Osmundo Araújo (organizadores).
Raça: novas perspectivas antropológicas. Salvador: Associação Brasileira de
Antropologia: EDUFBA, 2008, pp. 237-256.
23. ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Capítulo VI: Os índios aldeados:
histórias e identidades em construção”. In: Metamorfoses indígenas: identidade
e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. – Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2013, pp. 299-326.
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