Câncer de pele
Nesta época do ano, ficamos com nosso corpo mais exposto e por este motivo devemos dar
atenção especial a nossa pele e aos riscos que a submetemos.
A pele é o maior órgão do corpo humano. É o responsável por proteger o corpo contra o calor, a
luz e as infecções.
O câncer de pele é um tumor formado por células da pele que sofreram transformação e
multiplicam-se de maneira desordenada e anormal dando origem a um novo tecido (neoplasia).
Embora seja o tipo de câncer mais freqüente, correspondendo a cerca de 25% de todos os
tumores malignos registrados no Brasil, quando detectado precocemente este tipo de câncer
apresenta altos percentuais de cura. A doença geralmente se desenvolve na epiderme, a camada
mais externa da pele, facilitando que seja geralmente bem visível, propiciando seu diagnóstico nos
seus estágios mais iniciais
Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de pele deve acometer mais
de 12000 pessoas apenas no nosso estado durante o ano de 2008. Uma das razões é a
constituição genética da população por ter pele clara, decorrente da descendência européia, e a
grande exposição ao sol no período de verão sem os cuidados necessários.
Entre as causas que predispõem ao inicio desta transformação celular aparece como principal
agente a exposição prolongada e repetida à radiação ultra-violeta do sol. Como outros fatores de
risco, podemos citar: exposição a agentes químicos (arsênico), radiação ionizante, processos
irritativos crônicos e alterações genéticas.
Esta forma comum de câncer desenvolve-se geralmente em áreas expostas, incluindo face, lábios,
orelhas, tórax anterior, mãos e braços e também nas pernas em mulheres Mas também pode surgir
em regiões não expostas como entre os dedos dos pés, palma das mãos e área genital. E embora
seja mais freqüente em indivíduos de pele e olhos claros, com mais de 40 anos, também pode
acometer negros e crianças.
Existem três tipos comuns de câncer de pele de acordo com o tipo de célula afetada.
Os tipos mais comuns são o carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas ou
epidermóide e o melanoma.
O basocelular representa 70% dos diagnósticos. É o tipo mais comum e mais facilmente tratado,
com baixa chance de metástases. Já o carcinoma de células epidermóide, corresponde a cerca de
25% dos casos, e é um pouco mais agressivo que o anterior. Ambos podem ser desconfigurantes
localmente mas geralmente não se espalham para outras partes do corpo.
O tipo mais perigosos é o melanoma maligno, que pode ser fatal se não tratado brevemente, mas
que felizmente corresponde a apenas 4% dos pacientes com câncer de pele.
Câncer de pele -Dra. Fernanda Togni (14-03-2008)
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Muitas vezes, o câncer de pele pode iniciar-se em manchas aparentemente inocentes. É preciso
ter atenção a alguns sinais que podem indicar o início da doença:
•· Manchas que ardem, coçam, escamam ou sangram;
•· Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
•· Feridas que não cicatrizam em 4 semanas
•· Mudança na textura da pele ou dor
Para que estas alterações, muitas vezes sutis, não passem despercebidas, é importante que
façamos periodicamente um auto-exame em frente ao espelho. Para melhor verificação de
alterações, é preciso estar completamente despido, e lembrar-se de observar cuidadosamente
locais menos expostos como axilas, região entre os dedos de mãos e pés, além da planta dos pés,
região genital, couro cabeludo, pescoço, orelha, costas, nádegas, enfim, nenhum local deve ser
deixado de fora.
Para confirmação diagnóstica a biópsia é necessária.
A maioria dos tipos de câncer de pele podem ser tratados apenas pela remoção cirúrgica da lesão,
com margem de segurança.
Para lesões de baixo risco, a radioterapia ou crioterapia podem exercer um controle adequado,
mas ambos possuem uma taxa de cura inferior a da cirurgia.
No caso de a doença já ter se espalhado (metastatisado), quimioterapia sistêmica pode ser
necessária.
Medidas podem ser tomadas no sentido de diminuir significativamente a chance de desenvolver a
doença:
•· Redução da exposição aos raios ultravioletas do sol, principalmente em idades menores
•· Evitar outras formas de radiação ultravioleta como bronzeamento artificial.
•· Evitar queimaduras solares, evitando expor-se ao sol das 10 às 16h, horário de maior concentração
de raios
•· Usar filtro solar com proteção UVA e UVB e com fator de proteção solar de no mínimo 50
•· Usar itens de proteção como chapéus e bonés ao expor-se ao sol
•· Reaplicar o filtro solar a cada 2 horas e após banho de mar ou piscina.
Lembre-se: o câncer de pele tem cura quando diagnosticado e tratado precocemente. Ao perceber
qualquer alteração na pele, consulte o médico. .
Câncer de pele -Dra. Fernanda Togni (14-03-2008)
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