Itinerário pedagógico O TURISMO Ciências NaturAIS FÍSICO-QUÍMICA GEOGRAFIA HISTÓRIA 20_Turismo.indd 1 • Turismo sustentável • O que é o desenvolvimento sustentável? • Benefícios do turismo sustentável • O caso particular das áreas protegidas • O restauro de objetos de arte e a Físico-Química • O que são as chuvas ácidas? • Localização geográfica • Do «Grand Tour» ao turismo 27/03/14 15:01 Apresentação Em 2014, a editora Santillana comemora o seu 25.º Aniversário em Portugal. Consideramos que é uma data com um significado especial, que queremos partilhar com o professor como forma de agradecimento por nos acompanhar neste percurso. Com esse propósito, criámos recursos educativos inovadores e úteis para professores e alunos, pois esta é a nossa área de especialidade. Selecionámos, assim, uma série de temas que podem ser explorados nas salas de aula e que se propõem alcançar os seguintes objetivos: • valorizar o património cultural de Portugal a partir da exploração de temas que tenham uma importância destacada no desenvolvimento económico e social das regiões do nosso país; • escolher setores que tenham sofrido profundas alterações nos últimos 25 anos e que, no momento presente, enfrentam o desafio que é crescer com ambição e sucesso num novo contexto económico e social; • trabalhar numa perspetiva multidisciplinar como forma de enriquecer os recursos didáticos e permitir um trabalho de parceria com as escolas; • propor sugestões de atividades que possam ser facilmente realizadas nas salas de aula e que possam servir de base para visitas de estudo ou para trabalhos de investigação; • estreitar a relação entre os conteúdos didáticos e o quotidiano dos alunos. Esperamos que a exploração destes temas seja útil para o seu trabalho nas escolas e contamos consigo para continuar a melhorar a qualidade da formação dos nossos alunos. A equipa Santillana 1989-2014 20_Turismo.indd 2 27/03/14 11:57 O Turismo Os recursos turísticos pertencem ao património comum da Humanidade. As comunidades dos territórios onde eles se situam têm, perante os mesmos direitos e obrigações especiais. As políticas e as atividades turísticas serão desenvolvidas, respeitando o património artístico, arqueológico e cultural, que deve ser preservado e transmitido às gerações futuras. O intercâmbio de culturas é fundamental para o progresso dos homens e ocorre há séculos na nossa história. Desenvolve o interesse pela conservação do património natural e cultural e também dá acesso a saídas profissionais emergentes no mercado do turismo. O Património E O SEU POTENCIAL PEDAGÓGICO p. 4 Ciências Naturais p. 6 Físico-Química p. 8 Geografia p. 10 História p. 12 Caso de sucesso p. 14 3 20_Turismo.indd 3 27/03/14 11:57 O Património E O SEU POTENCIAL PEDAGÓGICO José Amado Mendes Professor catedrático da Universidade de Coimbra (ap.º) e da Universidade Autónoma de Lisboa. Tem-se dedicado à investigação e ao ensino de questões relacionadas com o património, a museologia, a arqueologia industrial e a história das empresas, entre outras. O património cultural — doravante designado apenas por património — está na ordem do dia, sobretudo desde meados do século xx. Até à década de 1930, a noção de património circunscrevia-se quase só ao conjunto de bens materiais, transmitidos pelos familiares aos seus descendentes e herdados por estes. Aliás, o próprio vocábulo «património» (do latim «patrimonium») remete para «pater» (pai) e também para a herança de bens familiares, cujo significado se encontra patente na raiz do termo inglês «heritage». Todavia, de modo especial a partir da II Guerra Mundial, a noção de património passou a aplicar-se cada vez mais frequentemente aos elementos de ordem cultural, de tal modo que, quando nos referimos àquele, mesmo sem o adjetivar, regra geral o que temos em mente é precisamente o património cultural. Entre outras definições, podemos adotar a seguinte: «a noção moderna de património, que põe uma ênfase especial no critério científico de seleção dos bens patrimoniais, abarca todos os objetos portadores de informação e que tenham sido produzidos em qualquer momento histórico» (Tugores e Planas, 2006: 23)1. Alguns dos fatores mais significativos pelos quais o património tem vindo a impor-se, tanto do ponto de vista da ciência como da docência, devem-se, por um lado, à sua interdisciplinaridade — o que tem levado, inclusive, à criação das chamadas «ciências do património» (Mohen,1999) — e, por outro, ao seu cariz de aplicabilidade a diversos domínios, como veremos em seguida. 1.Valores e potencialidades do património Dada a já referida abrangência do conceito de património, em vez de património podemos falar de patrimónios, pois aquele diversifica-se por diversas modalidades, embora sob a mesma designação genérica. Assim, reportando-me apenas a alguns exemplos, podemos identificar os seguintes tipos de património: mundial, europeu, nacional, regional e local; material e imaterial, artístico, estético e arqueológico; científico e tecnológico; industrial e agrícola; gastronómico, folclórico e musical; natural e paisagístico, etc. Ainda que com incidências diferentes, consoante o género de património, são múltiplos os valores e as potencialidades que lhe podemos atribuir. Todavia, deverá ter-se presente que o património não tem propriamente um valor intrínseco, já que aquele é-lhe atribuído pelas pessoas de determinada época e em contexto específico. Referem-se a este aspeto expressões como as seguintes: a) «nada é património, mas qualquer coisa se pode tornar património»; b) as discussões cerca do património não são relativas ao passado, mas sim sobre o presente e o futuro, designadamente quanto ao que fazemos dele (Howard, 2003: 7 e 19). Xavier Greffe, por exemplo, alude aos seguintes valores do património: estético, artístico, histórico, cognitivo e económico (Greffe, 1990: 32-38); a estes, permito-me acrescentar os valores social e pedagógico. Quanto aos valores estético e artístico, eles estão presentes nos monumentos tradicionais — castelos, catedrais e igrejas, palácios e casas vernáculas, obras de arte pictóricas e escultóricas, objetos de ornamento e de vestuário, entre outros —, podendo ser estudados através da história, da história da arte, da etnologia e da sociologia. No que concerne ao valor histórico e cognitivo, os objetos são vistos como fontes de informação ou como documentos/ /monumentos (usando a expressão de Jacques Le Goff). Relativamente ao valor económico, o património é perspetivado como um recurso que pode igualmente transformar-se num «produto», o qual é de capital importância, por exemplo, no âmbito do turismo cultural. Face ao papel que o turismo desempenha na economia e na sociedade contemporâneas, já se lhe chamou o «passaporte para o desenvolvimento» (Kadt, 1984). O valor social do património patenteia-se na sua fruição pela própria sociedade, através da sua utilização ou reutilização para proveito das comunidades em que o mesmo se insere. A propósito, já foi devidamente enfatizado: «A partir da década de 1980, o património cultural começa a ser percebido não só na sua dimensão histórica e cultural, mas também como uma fonte de riqueza e de desenvolvimento económico» (Hernández Hernández, 2002: 8). Ao invés do que outrora se verificava, segundo esta perspetiva, o património deve ser considerado uma mais-valia ou um ativo, em prol do desenvolvimento, e não apenas um encargo para os responsáveis pela sua preservação. 2.O património no centro da educação formal O património e a educação patrimonial, não obstante a sua enorme importância, ainda não ocupam o papel primordial que lhes deveria ser atribuído na escola e no processo de ensino-aprendizagem. Acerca do assunto e a propósito da pedagogia do património, já foi formulada a seguinte questão: «Os nossos contemporâneos felizmente têm aceitado estas verdades fundamentais [quanto à função educativa] nos domínios técnico e científico. Mas que dizer de uma educação para o ambiente e o património? Estará ela suficientemente presente nos nossos espíritos e nas nossas escolas?» (Hague [The] Forum, 2004: 8). Do ponto de vista da educação formal — em geral cometida à escola —, o património constitui um complemento fundamental do processo educativo, podendo funcionar como uma espécie 1 Não obstante a relevância que o património tem vindo a assumir nas últimas décadas — ao ponto de já se falar de uma certa «patrimonialização» —, os dicionários de língua portuguesa só recentemente passaram a considerar e referida vertente do património, como por exemplo na seguinte definição: «conjunto de bens materiais e imateriais transmitidos pelos antepassados e que constituem uma herança colectiva» («património», in Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, vol. II, Lisboa, Ed. Verbo, 2001, p. 2784). Nas citações a partir de língua estrangeira, a tradução é da minha responsabilidade. 4 20_Turismo.indd 4 27/03/14 11:57 de laboratório. Segundo Ballart, podemos «aproximar-nos» do passado através de três vias: a) pela memória, explorada através da história oral e da psicologia; b) pelos livros e documentação arquivística, como fazem os historiadores; c) pelos objetos e vestígios materiais, foco de atenção por parte de arqueólogos e antropólogos (Ballart, 1997: 93). Os objetos e vestígios materiais contemplam, por exemplo: estátuas, livros, fábricas, fotografias, paisagens, canais, casas, igrejas, mobiliário, tecnologia, utensílios e ferramentas artesanais, meios de transporte, centrais elétricas, de gás e de elevação e tratamento de água. A sua diversidade é quase omnipresente e pelo menos alguns dos seus elementos fazem do dito património um meio pedagógico da maior relevância, o que é facilitado pela sua acessibilidade, tanto a professores como a alunos, no respetivo contexto. As visitas de estudo, organizadas no âmbito da escola, ou mesmo fora do ambiente escolar, por alunos — individualmente ou em família —, devem fazer parte das estratégias de ensino-aprendizagem, bem como de projetos de investigação a desenvolver. Assim, segundo já foi destacado por um autor, «é possível dar um uso didático ao património. Neste caso, o seu uso e significado estão unidos a um determinado processo de ensino e aprendizagem, à sua utilidade como recurso didático em contextos formais ou informais de ensino» (Viñao, 2011: 49). Como são múltiplas as atividades a concretizar no que concerne ao património — deteção e inventariação, salvaguarda e preservação, reutilização e dinamização —, existem numerosos tipos de ações que poderão ser incrementadas, com bons resultados em termos de aproveitamento escolar, de âmbito pluridisciplinar. Mesmo que os aspetos relacionados com o património não se encontrem expressamente referenciados nos conteúdos programáticos, há sempre a possibilidade de usar a chamada «porta de serviço» 2. Trata-se, pois, de utilizar o património para ilustrar, fundamentar ou concretizar rubricas dos programas, direta ou indiretamente, relacionadas com o mesmo. São diversas as temáticas em que a educação patrimonial e a história — bem como outras disciplinas — se podem encontrar e de que podem beneficiar mutuamente, tais como: artesanato, industrialização e urbanização; rotas comerciais e meios de transporte e comunicações; expansão marítima e encontro de civilizações; arquitetura civil, militar e religiosa; antigo regime, modernidade e pós-modernidade; cultura de massas e cultura de elites; operariado e respetivo ambiente3. Obviamente que, nestes como noutros casos relacionados com o património, as questões referentes à identidade e à memória também se encontram presentes. Reportando-se aos laços que unem a história e a memória, esclarece A. Viñao: «paradoxalmente, o crescente interesse pela memória e pelo património produz-se num momento caracterizado pela desmemória, a destruição do comum ou comunitário e as profundas transformações nos meios e suportes de transmissão intergeracional do saber e do conhecimento que em cada momento se considera valioso. No centro de tudo se acha a educação institucional, essa atividade ou tarefa que as sociedades têm configurado ao longo de vários séculos para levar a cabo, de modo sistemático e formalizado, a dita transmissão» (Viñao, 2011: 35). Em termos de metodologia, a educação patrimonial é baseada em: métodos ativos; ensino baseado em projetos; práticas cooperativas; autogestão e disciplina; interdisciplinaridade e interculturalismo; parcerias entre professores, líderes culturais artesãos, encarregados de educação e patrocinadores (Cultural heritage…, 1998: 115). O estudo do património pode desempenhar também uma função primordial na formação para a cidadania, a compreensão do outro, a tolerância e a paz. Como cada povo constrói, desenvolve e salvaguarda o seu próprio património, o aprofundar do seu conhecimento constitui uma boa forma de entendimento e de aproximação entre pessoas provenientes de meios culturais e civilizacionais diversificados (Hague [The] Forum, 2004: 26), o que é da maior importância na era da globalização e no «mundo plano»4 em que nos inserimos. 3.O património na educação não formal e ao longo da vida Relativamente à educação não formal — também apelidada de informal por alguns autores —, é hoje relativamente consensual que se trata de uma das principais características das políticas educativas do século xxi. Com efeito, diferentemente do que se registava num passado ainda não muito distante, o processo de ensino-aprendizagem não se restringe meramente ao período escolar do indivíduo, mas deve acompanhá-lo ao longo da vida. Neste contexto, instituições como museus, centros de interpretação, bibliotecas, arquivos e outros centros de documentação e informação — locais que, por definição e vocação, albergam, estudam, tratam e divulgam os vários géneros de património — são convocados para o domínio da educação, tornando-se assim parceiros e complementos das próprias escolas. Em termos de valorização e sensibilização, a educação patrimonial leva a que o indivíduo, culto, civicamente ativo e crítico, não só conheça o património mas também adquira competências para ser um seu empenhado defensor e protetor. Assim, o património está intimamente relacionado com a educação em todas as idades5. Como escreveu F. Tilden, considerado o pai da interpretação no campo do património: «através da interpretação, a compreensão; através da compreensão, a apreciação; e através da apreciação, a proteção»6. 2 Esta estratégia foi utilizada em Inglaterra nas décadas de 1960 e 1970, quando se começou a prestar a devida atenção ao potencial pedagógico do património e da arqueologia industriais. 3 Alguns exemplos da ação educativa junto das comunidade podem passar por: a) técnicas relacionadas com o trabalho da comunidade; b) salvaguarda do património cultural local; c) visitas de estudo, atentas aos valores visuais do ambiente, artesanais e artísticos (Telmo, 1986: 6). 4 Friedman, 2005. 5 Howard, 2003: 18. 6 NOTA: Referências bibliográficas na contracapa desta brochura. Apud Murta e Celina (Orgs.), 2002: 14-15. 5 20_Turismo.indd 5 27/03/14 11:57 Ciências naturais Turismo sustentável O turismo é uma das atividades económicas com maior relevância no nosso país, sendo, simultaneamente, fundamental na promoção da cultura e do património natural. Ecoturismo na albufeira de Castelo do Bode. Observação de aves no Paul do Boquilobo. Esta atividade, muitas vezes apontada pelo seu impacto negativo sobre o ambiente, quando conciliada com a preservação dos recursos naturais e a proteção do ambiente, pode desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento sustentável das regiões. O que é o desenvolvimento sustentável? Em 1987, no Relatório de Brundtland, intitulado O nosso futuro comum, preparado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, surgiu pela primeira vez o conceito de desenvolvimento sustentável: «Desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades; significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da Terra e preservando as espécies e os habitats naturais.» O desenvolvimento sustentável assume o compromisso de preservar para as gerações futuras condições idênticas às atuais e assenta em três pilares: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade económica e a sustentabilidade sociopolítica. Desenvolvimento sociopolítico Desenvolvimento sustentável Desenvolvimento económico Preservação e conservação ambiental Os pilares do desenvolvimento sustentável: ambiente, economia e sociopolítica. 6 20_Turismo.indd 6 27/03/14 11:57 O TURISMO Benefícios do turismo sustentável Além da preservação da gestão do património natural para as gerações futuras, os benefícios do turismo sustentável são visíveis para as gerações atuais. Entre estes benefícios é possível enumerar: • Promoção da região como local de interesse turístico; • Vantagem competitiva; • Aumento de infraestruturas de apoio; • Incremento de postos de trabalho; • Desenvolvimento da economia local; • Fixação de população; • Melhoria da qualidade de vida das populações; • Acesso facilitado a fundos de apoio à proteção do ambiente. O caso particular das áreas protegidas Habitualmente, os recursos naturais existentes em áreas protegidas têm como principal destino a conservação. No entanto, à exceção dos locais mais sensíveis, a divulgação das áreas protegidas como locais privilegiados para atividades de lazer e turismo de natureza, poderá trazer, quando respeitados alguns pressupostos, benefícios diretos para estas mesmas áreas e para os recursos existentes, através da divulgação da importância do património natural a preservar, do envolvimento das populações, da recuperação do património edificado e do aumento das receitas diretas e indiretas para estas áreas. SABER Carta Europeia de Turismo Sustentável Esta carta é a constituição de uma parceria entre a Área Protegida e todos aqueles que têm um papel preponderante no desenvolvimento do turismo na região, com o objetivo de nele integrar os princípios do desenvolvimento sustentável. Áreas protegidas de Portugal. www.icn.pt (adaptado) Sugestão de exploração 1. Através de pesquisa, identificar as áreas protegidas nacionais que possuem a Carta Europeia de Turismo Sustentável. 7 20_Turismo.indd 7 27/03/14 11:57 Físico-Química O restauro de objetos de arte e a Físico-Química Em 2014 finalizou-se a intervenção de conservação e restauro do tambor central da Charola do Convento de Cristo. As intervenções, iniciadas nos finais dos anos 80 do século xx, continuaram com novo fôlego, entre 2007 e 2009, com o apoio mecenático, permitindo o restauro do deambulatório, do arco triunfal e, mais tarde, do tambor central. Intervenção de conservação e restauro do tambor central da Charola do Convento de Cristo. O restauro de objetos de arte é uma parceria entre a arte e a química. A começar pelos pigmentos naturais utilizados nas primeiras pinturas rupestres, os produtos químicos têm sido desde sempre utilizados pelos artistas. Hoje em dia, os produtos químicos modernos, como solventes, resinas, fungicidas e silicones, são essenciais para preservar a herança artística e cultural mundial. Charola do Convento de Cristo. A química e a física constituem a base para determinar os processos de restauro mais convenientes para pinturas, esculturas, têxteis ou até monumentos antigos. Produtos químicos sofisticados são utilizados para restaurar, preservar e proteger tudo, desde as esculturas e os frescos de Miguel Ângelo aos guerreiros de terracota de Qin Shi Huangdi. Existe cerca de uma centena de diferentes substâncias ou misturas de substâncias que são utilizadas nos processos de restauro. É por esta razão que um(a) restaurador(a) precisa de ter uma sólida formação científica para saber como as utilizar. Para além das sequelas da utilização humana, os objetos de arte sofrem principalmente por exposição à luz solar e à humidade, por fraca manutenção, com produtos inadequados, ou até por ação das chuvas ácidas. A química ajuda-nos a compreender os motivos pelos quais uma obra de arte se deteriora, a forma como tal acontece a longo prazo e como pode ser prevenido. 8 20_Turismo.indd 8 27/03/14 11:57 O TURISMO O que são as chuvas ácidas? São chuvas contaminadas por produtos químicos, sobretudo o dióxido de enxofre, que vai produzir ácido sulfúrico diluído, libertados pelas chaminés industriais, particularmente das centrais térmicas a carvão. Consideram-se geralmente estas chuvas como um sério perigo para o ambiente e têm sido feitas campanhas para reduzir as emissões de dióxido de enxofre. Consequências das chuvas ácidas nos monumentos Olhando para as diversas construções, especialmente as mais antigas, poder-se-á notar claramente que os materiais de construção se estão a dissolver. Eles desgastam-se naturalmente pela ação do tempo, mas esse processo ocorre ao longo de vários séculos. As chuvas ácidas aceleram o processo. Por exemplo, em 1984, a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, teve de ser parcialmente desmontada para ser restaurada, porque a poluição ácida corroeu a estrutura metálica e o revestimento de cobre. Foram gastos milhões de dólares para a recuperar. Efeitos da precipitação ácida numa estátua em calcário. Causas das chuvas ácidas Os fumos e os gases expelidos pelas fábricas, pelas centrais térmicas, pelos automóveis (queima de combustíveis fósseis) e que saem das nossas casas são as principais causas da formação de chuvas ácidas, pois estes, quando se misturam com o vapor de água atmosférico, formam ácidos. Ao saturar, o vapor de água origina chuva, uma chuva ácida. Mas nem sempre a chuva cai na região em que se formam as nuvens. Esta pode cair bem longe. As consequências destas chuvas são graves, pois podem provocar: • a destruição das florestas; • o envenenamento do solo, das plantas e dos animais; • a morte da vida nas águas (rios e lagos); • a reação química nas rochas e em monumentos e edifícios; • as interferências na saúde pública. Efeitos da precipitação ácida sobre uma floresta temperada (Jizera, República Checa). Sugestões de exploração 1. Indicar algumas causas da deterioração dos monumentos. 2.Explicar de que forma a chuva ácida pode contribuir para a deterioração dos monumentos. 9 20_Turismo.indd 9 27/03/14 11:57 GEOGRAFIA Vista aérea do Castelo Templário — Convento de Cristo. Localização geográfica IC2 IC8 O turismo: evolução e principais tipos Guia 9 2 IC Barracão LEIRIA Rio N2 Constância A23-IP2 N1 Golegã N2 N3 Abrantes 18 Vila Nova Entroncamento da Barquinha Alcanena 61 Sardoal 10 Torres Novas IC3 Barragem de Castelo de Bode N1 Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros N3 IC1 A8- R 42 N2 N1 A8 o 1 o B a elg es N1 Fátima A1-IP1 Caldas da Rainha Serra de Aire Serra dos Candeeiros Tomar IC9 N356 Ferreira do Zêzere ã Na b Alcobaça N8 Ourém Ri São Martinho do Porto 13 P1 Nazaré dia Aba io N1 A1-I Batalha Rio Lis N356 42 N2 Rio Lena O turismo tem vindo a adquirir cada vez mais importância nas economias dos países, em especial nas dos países mais desenvolvidos. No entanto, temos assistido à sua globalização, envolvendo cada vez mais população, bem como novos espaços em diferentes continentes. O desenvolvimento do turismo, a nível mundial, deve-se a fatores como: • o aumento dos tempos livres; • o alargamento da mobilidade; • os novos hábitos de vida; • a liberalização na circulação das pessoas; • a expansão do poder de compra das populações. Os tipos de turismo mais comuns incluem o turismo balnear, o turismo de montanha (neve e pedestrianismo) e o turismo cultural. O turismo histórico na cidade de Tomar insere-se no turismo cultural. Recentemente, o turismo evoluiu para outras áreas, como o turismo rural, o turismo religioso, o turismo de saúde e as várias formas de turismo de aventura. 38 N2 Rio N242-2 re Z êze N10 A17 Alvaiázere 37 Marinha Grande São Pedro de Moel Figueiró dos Vinhos Ansião Pombal N110 Rio Lis N2 OCEANO ATLÂNTICO IC8 IC8 A1-IP1 Pedrógão -IC1 Doc. 1 O concelho de Tomar tem uma área de 351,2 km2 e situa-se no centro geográfico do País, no distrito de Santarém, integrando a sub-região do Médio Tejo. A população em 2011 era de 40 674 e a densidade populacional era de 116 hab./km2. Como concelhos limítrofes, Tomar tem, a nordeste, o concelho de Ferreira do Zêzere, a este, o concelho de Abrantes, a sul, o concelho de Vila Nova da Barquinha, a oeste/sudoeste, o concelho de Torres Novas, e, a noroeste, o concelho de Ourém. Situado na margem direita do rio Zêzere (principal afluente do rio Tejo), é atravessado pelo rio Nabão, que divide a cidade de Tomar. Constitui um espaço natural de grande valor patrimonial e turístico, integrando também a albufeira de Castelo do Bode. 10 20_Turismo.indd 10 27/03/14 11:57 O TURISMO Doc. 2 Tomar, passado e presente — o património e o turismo histórico Rio Nabão. Vista aérea da cidade de Tomar. Festa dos Tabuleiros. A fixação humana (há mais de 30 mil anos) deveu-se ao excelente clima, à água abundante, à fácil comunicação fluvial e a excelentes solos. Os Romanos fundaram a cidade de Sellium, cuja planta ortogonal decorre da perpendicularidade dos característicos eixos cardus e decumanus que determinavam a organização urbanística das cidades romanas. Pelos meados do século vii, aqui houve conventos de freiras e frades, datando dessa época o episódio visigótico e lendário do martírio de Santa Iria. Quanto aos Árabes (após 712) pouco se sabe, mas imagina-se muito, como a sensitiva origem do nome Tomar — «Tamaramá»: doces águas. Thomar nasce com o castelo (1 de março de 1160), cuja construção, pela Ordem dos Templários, bem como a da Vila de Baixo, se prolongou por 44 anos. Entre meados do século xvii e finais do século xix, verifica-se grande desenvolvimento industrial: Fábricas de Balas do Prado, de Vidros da Matrena, de Chapéus e de Fiação e Tecidos e diversas fábricas de papel. Mais tarde, na sequência da visita da Rainha D. Maria II, Tomar foi elevada à categoria de cidade em 1844, a primeira do distrito de Santarém. Nos anos 50 (21/01/1951), foi inaugurada a que seria a maior barragem hidroeléctrica do País nas cinco décadas seguintes: a barragem de Castelo do Bode. Ainda em 1950, João dos Santos Simões renovou a Festa dos Tabuleiros, dando-lhe notável projeção nacional e internacional. Em 1983, a UNESCO reconheceu o conjunto Castelo Templário — Convento de Cristo como Património Mundial, e, no início dos anos 90, deram-se os primeiros passos para a recuperação e consolidação do Centro Histórico. O plano da cidade medieval organiza-se em cruz, com os 4 braços apontando os 4 pontos cardeais, marcados pelos 4 conventos da cidade. O centro, onde se situam a Câmara Municipal e a Igreja Matriz, é a Praça da República, a partir da qual irradiam os principais edifícios públicos e religiosos. Adaptado do site www.cm-tomar.pt/pt/conteudos/O%20Municipio/História/História.htm Sugestões de exploração 1. Investigar a importância do turismo na economia regional. 2.Construir um guião de visita de estudo à cidade de Tomar onde fique evidente a importância do turismo histórico. 11 20_Turismo.indd 11 27/03/14 11:57 história Do «Grand Tour» ao turismo Já na Antiguidade, o prestígio da cultura grega em Roma levava muitos jovens patrícios romanos a visitarem Atenas e outros locais da Grécia como parte da sua educação. Estas viagens distinguiam-se das deslocações motivadas por razões estritamente económicas, assim como das peregrinações religiosas que também se realizavam a determinados santuários, como Olímpia ou Delfos. No entanto, o «tour» dos latinos à Grécia era motivado por uma pura vontade de conhecer os monumentos e as paisagens sobre os quais haviam lido, sendo depois estendido a outras paragens já famosas na própria Antiguidade. No século ii da nossa era, o poeta grego Antipatros Sidonios listou as Sete Maravilhas do Mundo, que eram indício de um gosto já existente de viajar para descobrir lugares famosos. No Renascimento, a redescoberta do mundo antigo voltou a inspirar viagens deste género, muitas vezes para admirar o que restava dessas civilizações perdidas. A partir da segunda metade do século xvii, entre a aristocracia do norte da Europa (sobretudo a britânica), desenvolveu-se o hábito de coroar com o «Grand Tour» a educação de um jovem que se preparava para entrar na vida pública. As paragens habituais eram Paris (capital da elegância) e Genebra (associada à Reforma Protestante), a caminho de Itália, onde se visitavam os grandes monumentos da Antiguidade e do Renascimento, em Veneza, Florença, Pisa, Bolonha e Roma. O jovem aristocrata era acompanhado de um tutor (muitas vezes um clérigo), de um cicerone (que fazia as visitas guiadas) e de um número variável de criados. No século xix, com a difusão dos caminhos de ferro, o «Grand Tour» abriu-se à burguesia e às classes médias emergentes, transformando-se no «turismo» moderno. Em 1872, o inglês Thomas Cook (1808-1892) fundou a primeira agência de viagens moderna (Thomas Cook & Son), cujo modelo de excursões exóticas, seguras e organizadas se difundiu rapidamente. N Templo de Ártemis Éfeso Estátua de Zeus Mausoléu de Halicarnasso Jardins Suspensos de Babilónia Olímpia Colosso de Rodes As Sete Maravilhas do Mundo, listadas no século ii da nossa era. Farol de Alexandria Pirâmides do Egito 0 500 km 12 20_Turismo.indd 12 27/03/14 11:57 O TURISMO A massificação do turismo Na transição do século xix para o século xx, o turismo estava já em expansão, graças à subida do nível de vida e à melhoria dos meios de transporte. Jovens burgueses da América do Norte e do Sul passaram também a viajar até à Europa. Com a segurança e rapidez crescente dos transportes, todo o Mundo passou a ser potencialmente um destino turístico, assistindo-se ao longo de todo o século xx a uma expansão imparável do número de «tours» e de turistas. Turistas ingleses no sul de Itália (1845). Viagens ao Nilo, da firma Thomas Cook & Son (1922). O jovem Francis, barão de Dunstanville and Basset (século xviii), o protótipo do «grand tourist». Sugestões de exploração 1. Referir os antecedentes do «turismo» no mundo antigo. 2.Caracterizar a época do «Grand Tour» na Europa dos séculos xvii a xix quanto aos destinos escolhidos e às motivações e origem social dos «grand tourists». 3.Explicar as condições que permitiram desde o fim do século xix e durante todo o século xx a «massificação» do turismo. 13 20_Turismo.indd 13 27/03/14 11:57 CASO DE SUCESSO Convento de Cristo História A origem templária do Convento de Cristo A Ordem do Templo foi uma das três ordens militares criadas na Palestina no contexto do esforço de Cruzada pela «libertação» da Terra Santa. Foi fundada em 1119 por Hugo de Payens e reconhecida pelo papado nove anos depois, graças ao patrocínio de Bernardo de Claraval. Espalhou-se por toda a Europa, tendo-se também implantado, no mesmo século da sua fundação, na Península Ibérica no contexto de um outro esforço de Cruzada, a Reconquista. Contrariamente ao que aconteceu noutras áreas da Europa Ocidental, os Templários conservaram na Península o seu prestígio original e o favor dos monarcas. Em Portugal, sob a condução do mestre Gualdim Pais, a ordem estabeleceu em 1162 um castelo em Tomar, assim como o atual complexo edificado conhecido como Convento de Cristo. Além do esforço militar contra os Muçulmanos, os Templários — então conhecidos como «Tempreiros» em Portugal — colaboraram na tarefa de ocupação e repovoamento do território. Aquando da perseguição movida, no fim do século xiii, à ordem em França e à sua posterior abolição, os Templários de Portugal, Castela e Aragão não foram desmembrados. As ordens templárias peninsulares foram «nacionalizadas» e mantiveram os seus bens e privilégios. Em Portugal, em 1319, no reinado de D. Dinis, foi criada a Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (vulgo Ordem de Cristo) para absorver os cavaleiros e os bens da ordem templária no reino, o que teve aprovação papal. Foi em Tomar que a «nova» ordem militar acabou por estabelecer a sua sede em 1338. 14 20_Turismo.indd 14 27/03/14 11:57 O TURISMO O edifício A parte original do edifício, muralhada, introduziu em Portugal peculiaridades da arquitetura militar templária — as torres exteriores circulares e a torre de menagem completamente dentro das muralhas. Por seu lado, a Charola, igreja redonda originária da segunda metade do século xii e inspirada na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, é um tipo de arquitetura religiosa tipicamente templária e atípica em Portugal. O octógono interno da Charola foi magnificamente decorado no reinado de D. Manuel I, no início do século xvi, época à qual pertencem também os esplêndidos acrescentos manuelinos no edifício, de que a Janela da Sala do Capítulo é o ex-líbris. Ainda em Quinhentos, no reinado de D. João III, foi acrescentado o Claustro Renascentista, único em Portugal. Vista exterior da Charola. O octógono interno da Charola, com as magníficas pinturas góticas do tempo do rei D. Manuel. Aspeto da decoração interna do octógono, na parte superior, com motivos decorativos associados ao reinado de D. Manuel, como a esfera armilar e a cruz de Cristo. O Claustro Renascentista de D. João III. 15 20_Turismo.indd 15 27/03/14 11:58 A televisão O vinho alentejano O rio Tejo A agricultura biológica A indústria do papel A indústria têxtil O azeite O vinho verde O sal O queijo SERRA DA ESTRELA A nanotecnologia O rio Douro A indústria O turismo www.santillana.pt A universidade Bibliografia «O PATRIMÓNIO E O SEU POTENCIAL PEDAGÓGICO» Alarcão, Jorge de, Introdução ao estudo da História e do Património locais, Coimbra, Institutos de Arqueologia e História da Arte da Faculdade de Letras de Coimbra, 1982. Álvarez Areces, Miguel Ángel (coord.), Didáctica e Interpretación del Patrimonio Industrial, Gijón (Asturias), Ed. CICEES, 2002. 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