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MAIO2013
I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á
Sorrisos, brindes, é o encontro de dorenses e amigos...
I N F O R M AT I V O A D I - A S S O C I AÇ Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N D A I Á
adi Dores do Indaiá
associação de amigos de
ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013
É tempo de festa!
A alegria está no ar, assim como a
saudade e a vontade de estarmos juntos.
Palavra do Presidente
ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO DOS
AMIGOS DE DORES DO INDAIÁ - ADI
Biênio 2012 / 2014
Dando prosseguimento aos
eventos promovidos anualmente
pela ADI, foram realizados, pela
atual Diretoria, os seguintes:
CONFRATERNIZAÇÃO
DORENSES E AMIGOS
Dia 30 de Junho de 2012
Local - Raja Grill
Na noite de sábado de 30 de junho de 2012, foi realizado, no Raja
Grill, o Encontro de Dorenses e
Amigos.
Foi uma bela festa, muito concorrida, ao som de boa música e
muita dança.
Naquela oportunidade, Cecília
Sá, da Agência Ponte, entregou ao
presidente da ADI, José Antônio
Guimarães de Faria, 71 folhas de
selos personalizados com a marca
dos 180 Anos da Festa de Nossa
Senhora do Rosário, São Benedito
e Santa Efigênia de Dores do Indaiá. A ADI foi uma das quatro parceiras a aderirem a esta etapa da
campanha.
TALENTOS DORENSES
Dia 27 de Outubro de 2012
Local: Teatro Centro Cultural Pio
XII ( Colégio Pio XII )
Procurando inovar, foi realizada
no dia 27 de outubro de 2012, no
Teatro do Colégio Pio XII, a festa
que surpreendeu a todos pela sua
beleza, pelo encontro de tantos dorenses. O espetáculo foi a realização de antigo sonho da ADI que
procurou reunir, prestigiar e incentivar talentosos dorenses que moram em Dores e em Belo Horizonte.
Muita música, dança e poesia. Tivemos a oportunidade de rever amigos e conterrâneos que há muito
não víamos. Muita alegria, muita
emoção.
E desse encontro inédito, nasceu um DVD que registrou para
sempre essa noite memorável e
inesquecível.
DORENSES E AMIGOS
CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL
Será no dia 15 de junho 2013 a
tão esperada festa, já tradicional,
que desta vez será realizada no Circulo Militar.
Espero por vocês neste nosso
novo encontro.
Abraço a todos
José Antônio Guimarães de
Faria - Presidente da Associação
dos Amigos de Dores - ADI
Em 2013
Visite Dores
do Indaiá
Prestigie nossa
querida cidade
Aproveite feriados e festas
30 de maio – Corpus Christi
24 a 28 de julho – Expodores
19 de agosto – Nossa Senhora do Rosário
Sou um dos 11 filhos de Geraldo Gontijo
de Faria e Yone Guimarães de Faria.
Meu pai sempre foi fazendeiro, e era conhecido como Dico do Marcondes.
Meus avós paternos são Marcondes de
Souza Faria e Veraldina Gontijo de Faria
(Dona Mulatinha). Meu avô também sempre foi fazendeiro. Meus avós maternos são: Antônio Caetano da
Silva Guimarães Junior (Tonico Caetano ) e Maria Rita de Faria
Guimarães. Meu avô Tonico Caetano foi um grande poeta, deixando-nos um livro muito bonito, Paisagens de Nossa Terra, de grande valor histórico, onde conta em versos, um pouco da história de
Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro.
Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas lembranças. Os melhores anos de minha vida passei em Dores. Mas,
o mundo nos leva para outros caminhos, e numa fria manhã de julho deixei Dores. Começava ali uma nova vida, um novo mundo,
uma outra história. Deixei Dores aos 18 anos, em busca de meus
sonhos. Nunca esqueci minha querida cidade. Fui para São Paulo,
onde morei por oito anos, trabalhando na firma Indústria Romi S.A.
Deixei São Paulo e me mudei para Belo Horizonte, ingressando na
firma Cia. Siderúrgica Mannesmann, onde me aposentei.
Quis o destino que eu chegasse à presidência da Associação
dos Amigos de Dores do Indaiá – ADI, eleito para o biênio
2012/2014, como que um prêmio, pois, de certa forma poderia me
aproximar de velhos amigos, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades, sempre com o espírito voltado para a minha querida cidade.
Confesso que fiquei muito emocionado e surpreso, e a princípio
um pouco temeroso em ocupar o cargo de Presidente, já que a
ADI dispõe de inúmeros nomes para ocupar tão honroso cargo.
Não é uma tarefa das mais fáceis, mas muito prazerosa.
Tudo farei para levar adiante projetos que possam elevar o nome de nossa querida Dores, fortalecendo ainda mais a ADI com
reuniões periódicas, promoção de eventos culturais, artísticos,
sem jamais esquecer a festa anual do encontro dos dorenses, que
já é uma tradição e não pode morrer. Para tanto, conto com a colaboração de todos, pois ninguém faz nada sozinho.
Um abraço a todos.
José Antônio Guimarães de Faria - Presidente
08 de outubro – Aniversário da cidade
HINO A DORES DO INDAIÁ
Letra: Waldemar de Almeida Barbosa
Música: Luiz Gonzaga Melgaço
No passado longínquo, distante,
Boa Vista o arraial se chamou;
Inda tem vista bela e galante,
que fascina e sempre encantou.
Salve Dores, ó Dores, ó terra
de alegria e fé no Senhor!
Este povo, na paz ou na guerra,
mostra sempre seu grande valor!
Indaiá simboliza o sertão,
onde Cristo plantou a sua Cruz
e o bravo estendeu a nação,
na epopéia que glória traduz.
Esta bela cidade de Minas,
Bem traçada, qual um lindo jardim,
tem seus montes e belas campinas,
também tem horizontes sem fim.
Esta terra feliz tem agora,
tem progresso, tem luz e tem flores,
tem a benção de Nossa Senhora,
Mãe de Deus e Senhora das Dores.
Ó Senhora das Dores, Mãe nossa,
ajudai este povo tenaz,
na cidade, no campo e na roça,
pois só quer o progresso e a paz.
Convite
A Associação de Amigos de Dores
do Indaiá - ADI convida você, familiares
e amigos para a grande
CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL DE 2013
DATA/HORA: 15 de junho de 2013, de 21h as 3h
LOCAL: Círculo Militar - Av. Raja Gabáglia, 350 - Gutierrez
Bufet: Tereza Cavalcanti
BANDA: Conexsom
HOMENAGEADOS: Haroldo de Oliveira Lopes
João de Souza Tonaco
Maria Helena Fiúza Guimarães (D. Heleninha)
Ronaldo Salviano de Araújo Kattah
Onde adquirir o seu Ingresso:
BELO HORIZONTE
CONTAGEM
NILCE PONTES:
Tel: (31) 9656-1536
VERA:
Tel: (31) 8799-3718
LEITURA BIG SHOPPING:
Av. João César de Oliveira nr 1275
Loja 250
LEITURA ITAÚ SHOPPING:
Av. General David Sarnof, 5160
Loja 67
LEITURA PÁTIO:
Av. do Contorno, nr. 6061
Loja 235
LEITURA SHOPPING CIDADE:
Rua Rio de Janeiro nr. 910
DORES DO INDAÍA
BAR DA REGINA
Dorenses já homenageados
pela ADI
1998 - Oswaldo Araújo e Emílio
Moura
1999 - Waldemar de Almeida
Barbosa e Luiz Melgaço
2000 - João Chagas de Faria
(Dr. Di) e José Ribeiro
Machado
2001 - Maria do Carmo S.
Gouthier (Carminha
Gouthier) e Edgard Pinto
Fiúza
2002 - Jesuína Francisca de
Jesus, Maria Aparecida
França Teles e Francisco
Luís da Silva Campos
(Chico Ciência)
2003 - Alexandre Lacerda Filho,
Hugo de Sousa Araújo e
Emídio Teles de Carvalho
Filho (Emidinho)
2004 - Tiburtino José da Silva
(Tininho) e Marcondes
Franco da Silva
2005 - Carlos Augusto Melo e
Silva, Josué Chagas e
Amadeu Brasileiro dos
Santos
2006 - José de Oliveira
Carvalho, Mário de
Oliveira Carvalho,
Branca Caetano
Guimarães, Ivany
Chagas Coutinho e Nilce
Pontes.
2007 - Antônio Lalau de
Carvalho, Dácio Chagas
de Faria, Kielder Wagner
Lopes Cançado e Nilo
Peçanha de Araújo.
2008 - Belmiro Teles de
Carvalho, Bolívar
Lamounier, Juscelino
Pinto da Cunha e Maria
da Conceição Silva (Irmã
Teresa)
2010 - Fábio Nelson Fiúza,
Mário Carneiro e
Rosalva Oliveira
Bernardes.
2011 - Augusto de Mello Netto
José Fiúza de Lacerda
Wagner de Castro
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DONA HELENINHA
onfesso que hesitei: que título dar a este artigo? Minha prima Heleninha? Professora Heleninha? Ou,
simplesmente, Heleninha?
Acabei ficando com o “Dona” – no
seu significado etimológico de “dona
de casa, senhora” – sentido que depois se ampliou, como título honorífico
para pessoas de destaque. E não era
assim que Maria Helena Fiúza Guimarães era por todos conhecida, em nossa Dores do Indaiá?
E quem não se lembra da filha do
Tonico Caetano (o apaixonado e saudosista trovador de Dores) e da D. Zoca (Maria Rita de Faria Guimarães),
sempre elegante, “elegantérrima”, vestindo roupas de corte clássico, sem
desprezar um que outro detalhe mais
moderno, como um lenço ou echarpe
em volta do pescoço? Até nas suas
aulas ela costumava usar meias finas
e sapatos de salto alto, imaginem!
A comedida Heleninha normalmente não era de dar gargalhadas: apenas
sorria – e, às vezes, um sorrisozinho
maroto no canto dos lábios... Esse comedimento explicaria, talvez, sua preferência pela cantora Elisete Cardoso,
que tinha um gingado um pouco mais
discreto...
Foi sempre muito atuante na Paróquia. Devota de Nossa Senhora do
Ssmo. Sacramento, pertenceu à associação das “Filhas de Maria” e também
às “Luísas de Marilac”. Nesta linha de
atuação solidária, foi uma filha e irmã
C
exemplar. Adotou como suas as filhas
da irmã Terezinha, quando esta faleceu, e apoiou também outras pessoas
que passavam por momentos de necessidade. Deu até uma grande ajuda
ao nosso cantor Guto – era sempre a
pessoa dedicada e disponível. Hoje,
aposentada, participa do grupo
“Apoio”, que promove bazares beneficentes, para os quais confecciona bordados muito bonitos.
Mas, é evidente que nossa homenageada se destacou, sobretudo, no
campo profissional. Auxiliar da famosa
Diretora da Escola Normal, D. Esther
Alves, seguia muito a orientação dessa educadora, ao ser nomeada para
as cadeiras de Metodologia e de Prática de Ensino, que incluía orientação
pedagógica às Classes Anexas e às
alunas-mestras que procuravam seguir o ideal do magistério.
Após fazer com brilhantismo um
curso de especialização do Departamento de Aperfeiçoamento de Professores, do então Ministério da Educação e Cultura, foi convidada a trabalhar neste Ministério, em Belo Horizonte, para onde se transferiu. Aqui na Capital continua residindo até hoje, com a
irmã Sílvia, depois de aposentar-se.
Embora domiciliada em Belo Horizonte, nunca se esqueceu da Escola
Normal de Dores e de suas queridas
Classes Anexas, sempre orientando
suas substitutas, como a D. Branca e a
Maria Helena. Assim é que conseguiu,
no Léon Renault, vários estágios para
as alunas do curso de magistério dorense.
Portanto, D. Heleninha surge diante de nós como um modelo de educadora, daquelas à
moda antiga, de valores e princípios, de dedicação e ideal, que
nem sempre conseguimos
encontrar em nossos
dias.
Além
do
mais, solidária,
ela sempre está presente
nos momentos tristes ou
alegres em
que se reúne
a comunidade dorense
de Belo Horizonte,
da
mesma forma
que sempre
prestigiou nossas festas de confraternização ou de beneficência.
Permitam-me terminar com uma
pequena evocação: a área dos fundos
da Escola Normal, em Dores, tinha várias casuarinas, aquelas árvores que,
em vez de folhas, possuem pequenas
hastes cilíndricas, que produzem um
suave sussurro - que, às vezes, mais
parecem um gemido – quando tangidas pelo vento. Dona Heleninha amava essas árvores e quantas vezes chamou atenção das pessoas: ‘ – Olha
que beleza das casuarinas! ‘
Eu imagino que nossa homenageada passou por Dores e pela nossa comunidade como esse discreto sussurro das casuarinas, que fazem ouvir
sua voz, mas sem estridências nem
barulhos. É o doce murmúrio produzido pela presença dos ventos da amizade e da solidariedade, murmúrio
tranquilo e reconfortante.
Homenageados de 2013
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José Hipólito de Moura Faria
Homenageados de 2011 em clima de confraternização, emoção e alegria.
CLÍNICA
PSIQUIÁTRICA
Dr. Marcondes Franco da Silva
PSIQUIATRIA,
CLÍNICA E PSICOTERAPIA
CRMMG 8455
(31) 3273-0202 / 9481-3111
Av. Mem de Sá, 962 – Bairro Santa Efigênia
30.260-270 - BELO HORIZONTE - MG
Tel.: 31 3194-5000
deando o açude vai indo uma velha. A saia
dela é toda de sianinha
no trespasse.
- Boa tarde.
- Hoje é você que está começando a conversa.
- Eu só disse boa tarde. Não sou mal-educada. Acho melhor passar a te cumprimentar. Afinal, a gente está se vendo toda
tarde.
- Toda tarde.
- Toda tarde!
Dores. As meninas do tio Mário brincam
de pular maré na rua Benedito Valadares.
Dana a ventar forte.
- Ontem você disse que não era mal-educada.
- Ah, sim, boa tarde.
- Boa tarde.
Inda. Outras dores. Uma mulher soca paçoca no pilão. Vento nenhum. Nem frio.
Nem chuva fininha. Mas o sol teima, o sol
demora.
- Boa tarde.
- Boa tarde.
O primeiro beijo
Cai chuva fininha. Um pássaro preto canta
no pé de jatobá.
- Faz uma semana que eu te vejo por
aqui... Endoidou?
- Posso te perguntar a mesma coisa.
- Eu tenho vindo toda tarde, faz mais de
ano.
- Por que resolveu prosear comigo hoje?
- Prefere não ouvir nem falar nada?
- Prefiro. Eu venho aqui pra isso.
Passa um homem alto e magro, chapéu
branco, vai carregando samburá cheinho
de flores. O homem assobia alto. Cai chuva fininha. Em Dores do Indaiá.
- Ei.
- Continuo não querendo prosa.
- Está bem. Me desculpa. Mas você, vira e
mexe, aparenta tristeza na alma.
- Continuo não querendo prosa, vê se larga a mão de puxar assunto.
Inda Indaiá. Carro de boi empacado. E la-
- Hoje eu trouxe cachecol e não está fazendo frio.
- Engraçado, não é?
- Por que você vem aqui toda tarde?
- Posso te perguntar a mesma coisa.
No ritmo da mão de pilão, a mulher que
soca paçoca desembesta a cantar alto. E
o sol fica mais renitente ainda.
- Senti saudade.
- Senti saudade.
- Jura que sentiu saudade?
- Jura que sentiu saudade?
No Morro da Capelinha o primeiro beijo.
Stella Maris Rezende
Autora de “A mocinha do Mercado Central”,
Globo, e “A guardiã dos segredos de família”,
SM,
Prêmios Jabuti 2012,
Câmara Brasileira do Livro.
“A mocinha do Mercado
Central” é também o
vencedor do Prêmio Jabuti O Livro do Ano, categoria Ficção.
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Diretoria e Conselho da ADI
para o biênio 2012/2014
Presidente: José Antônio Guimarães de Faria
Vices-presidentes: Fábio das Graças Oliveira Braga, João de Souza Tonaco, José Arinos Guimarães
Machado, José Hipólito de Moura Faria, Ozório José
Araújo do Couto e Wagner Álvares de Carvalho.
Diretoria Administrativa: José Jalba Martins Faria
e Roberto Eustáquio de Araújo.
Diretoria Cultural: Antônio Augusto de Souza e
Márcia Gouthier de Carvalho.
Diretoria de Desenvolvimento e Expansão: Jalmira Regina Fiúza de Sousa e Valéria Madureira de
Oliveira Melo.
Diretoria Financeira: Aloísio Mendonça de Lacerda
e Geraldo José de Mello.
Diretoria Jurídica: José Lino de Faria e Maria Claret
Carneiro Barbosa.
Diretoria de Relações Públicas: Antônio Carlos
Carvalho Campos e Domingos Carneiro Costa.
Diretoria de Secretários: Altina Lúcia Caetano Guimarães Mello e Vera Maria Motta Machado.
Diretoria Social: Nilce Pontes e Sophia Bernardes
Lorenzato.
Conselho Consultivo: Presidente – Haroldo de Oliveira Lopes, vice-presidente – Rosalva de Oliveira
Bernardes, Carlos Augusto de Melo Silva, Emídio Teles de Carvalho Filho, Kielder Wagner Lopes Cançado.
Conselho Fiscal: Chester Carlos de Azevedo, Juarez de Carvalho Campos, Juarez França Teles, Mônica Corrêa, Gustavo Henrique Lopes Cançado,
Marcondes Franco da Silva, Padre Henrique de
Moura Faria.
Conselheiros: Ademar de Barros Rodrigues; Afonso
José de Melo; Alcides Silva Júnior; Alda Alvares Lacerda; Amauri Fagundes Faria; Ana Maria de Oliveira
Lacerda; Angela Maria Faria Lopes; Angela Melgaço
Cardoso; Angélica de Carvalho Chagas Vioth; Antônio Caetano de Sousa; Antônio Carlos de Oliveira
Corrêa; Antônio Celso Beluco; Antonio Dias Carvalho; Aparecida de Oliveira Galvão; Arnaldo Brasil Filho; Balbina Alves Cardoso; Bolivar Lamounier;
Carla de Araújo Faria; Cássia Imaculada Cordoval; Catarina Silvânia de Oliveira; Cecília de
Sá Lino Silva; César Machado Ribeiro; Cimar Eustáquio Marques; Daladier Rodrigues de Alcântara Júnior; Dalila Caetano Lacerda; Danilo Mendonça de Lacerda; Delenda F. Campos; Dimas
Wagner Lamounier; Édna Caetano C. Lacerda; Eliardo Viana de Queiroz; Eduardo de Lacerda Valente; Estanley Falconieri Resende; Fabiano
Ribeiro de Oliveira; Fábio Rogério S. Pereira;
Fabrício José Moreira Borges; Fernando
Baeta Zebral Vieira; Franquislene Dias Vieira;
Genoveva Costa; Giselda de Queiroz Franco; Gustavo de Oliveira Lacerda; Gustavo Pinto de
Melo; Hamilton Mendonça de Lacerda; Helio Carneiro Araujo; Henrique Vasconcelos Caetano;
Hipólito de Assis Matos; Ivone Maria de Almeida Luz;
Jaquelina Sarkis; Jesus Bráulio; João Bosco Lucas
Pereira; João Paulo Chagas Vioth de Magalhães;
João Paulo de Noronha; Joaquim Franco; Jonas
Galvani Faria Pereira; José Antonio Cardoso; José
Eduardo Madureira de Oliveira; Jose Machado Resende; Jose Odilon Fonseca; José Orlando Pinto da
Cunha; José Osvander Fonseca; José Ozório
Caetano; Júnia França Teles; Jussara Correa; Laís
Oliveira Faria; Lindalva Carvalho S. Barros; Lucas
Flávio de Camargos Souza; Luiz Carlos Teles
Correa; Luiz Gonzaga Costa; Márcio Alves Vasconcelos; Marcio Caetano Cruz; Marcos Paulo da Silva; Maria Augusta Alcantara Borges; Maria Auxiliadora de Souza Pereira; Maria Terezinha de Melo Silva Vieira; Marilia Fiuza; Marina Caetano Guimaraes
Pires; Messias José de Sousa; Muraí Caetano; Myriam Guimarães Machado Mendes; Moisés Souza; Nelson Campos Valente Neto; Olavo Abreu;
Olavo Lacerda Ribeiro; Orestes Vaz da Costa Filho; Orlando Abreu; Orlando E Zica Júnior; Osvaldo Mateus de Sousa; Paulo Cesar Leite Correa;
Paulo Gomes Santiago; Paulo Pinto Morais;
Paulo Roberto de Araujo; Raphaela Ignachiti Vargas; Regina Marcia de Oliveira Dias; Renato Lopes Lacerda; Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza; Ricardo Giordani Ribeiro; Roberto Reis; Rodrigo
Franco; Ronaldo Salviano de Araújo Kattah;
Ronildo Faria Paixão; Rosaura Zica Costa; Serdiley
Resende; Sérgio Costa Carvalho; Sergio Mauricio
Madureira Dias; Sérgio Paulo Silva; Simeão de Oliveira Neto; Wagner de Castro; Waldemar José de
Oliveira; Waldir Matos de Assis e Wilson José dos
Santos.
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PIO DORES
Maria
De repente, o salão social do Colégio
PIO XII era uma pracinha das Dores do Indaiá...
De repente, uma esquina, que eu conheço tanto, estava lá, no PIO XII...
De repente, as ruas, que eu conheço
tanto, estavam lá no PIO XII...
De repente, meu povo todo, o povo que
eu conheço tanto, estava lá no PIO XII...
E meu coração confundiu tudo: a alma
de Dores do Indaiá se mudara para o Teatro do PIO XII...
O mundo da alma é mágico, é telúrico e
nós – os de cá - embarcamos em suas manhas, em suas feitiçarias...
Não há de ver que o Teatro cantava com
a voz e o mesmo carisma do Osvaldo da
Sinhá do Grilo, mas com outro rosto? Ah, o
rosto era de dois filhos lindos, Guto e Lucinha...
Daqui de minha casa, sem sair das Dores, eu vi e ouvi a Dª Dayse Gouthier, a professora inesquecível, recitando (ainda existe esta palavra?) as poesias do Zezé Machado, que batia palmas na plateia - pelas
mãos e com o rosto de sua filha, a nossa
Helena/Lelena?
Ah, a Dª Dayse já recita para os anjos?
Quem falou isso? Eu a vi, com uma roupa
linda, encantando o Teatro do PIO XII...- Uai, então era a Márcia, sua filha?
- Jesus, jurei que era a professorinha
daqui, a Dayse do Zezé do Gustavo, jurei
que era...
- Deus meu, o que o Tonico Caetano foi
fazer lá no PIO XII, gente?
- Tudo bem, o jeitão, era do Marcondes
Faria, do Dico do Marcondes... Mas a leveza da alma, ah, essa era da Yone e do Tonico Caetano, claro que era! Não era nenhum deles, era o José Antônio - o Presidente - a mágica de misturas atemporais...
- Uai, e o Zé Lino, o Dr. Tampinha – desculpe, eu misturo tudo - agora deu pra tocar
piano, sem a barba branca e com cara de
mocinho? Não entendo mais nada: pensei
que era o filho dele... Depois, pensei que
era o poeta do meu tempo de Festivais -
aqui na Terra Azul... Tiraram minha dúvida –
era mesmo o filho do Dr. Tampinha, o Ramiro Moreno... Recebeu do pai a fagulha da
ARTE... (até sua esposa herdou um pouco
dessa fagulha, pode? Penso que pode, porque ela deu o maior show ao piano!) Sem
falar no dedilhado a quatro mãos, de Sandra e Cristina ... Precisava de QUATRO
MÃOS DE ARTISTAS, gente? Foi emoção
demais pro meu pobre coração do Indaiá
das Dores...
- Gente, gente, gente...
E aquela gracinha de Rosalva, de onde
tirou tanta simpatia, tanto carisma? Eu sei,
essa eu mato na hora: quem falava, naquela “prafrenteza”, naquela prontidão, era o
Lourival Bernardes, aquele que recitava
NAVIO NEGREIRO ao meio dia, no sol, na
chuva, em casa, na rua... naquela panca toda. A Rosalva é uma Dircinha do Lourival:
sorriso de um, olhar do outro, certeza de
que, na ARTE, tudo continua, indefinidamente... Um vento mágico sopra a chama e
ela reaparece...
De repente, lá estavam todos os MELGAÇOS nas mãos encantadas do Mauro
Morais. O nome dele bem que poderia ser:
Mauro MELGAÇO Fiúza de Morais, porque, vai ser artista lá longe! O piano em
suas mãos fica leve, sai voando, corre mundo, toca na Europa, canta, dança, encanta...nEntende de música como seus longevos ancestrais de além-mar...
O nosso Carlinhos da Rádio, aquele menino que deu birra por causa de um microfone – pensando que era um picolé...- e, até
hoje, acha que o microfone é picolé, tamanha doçura o acompanha, quando canta...
Claro, alguma fada-madrinha falou,
quando ele nasceu: _"Vai, Carlos, vai ser
cantor nessa vida..."
Um fio mágico teceu sua alma – ele o
segue fielmente: onde tem dorenses juntos,
lá está ele, o Carlos Roberto Silva...
Até o Oriente estava ali, com nome indaiazeiro, com família indaiazeira: Dores do
Indaiá, com 10 anos de idade, já sabendo
usar o véu para encantar corações... D. PolicenaMoemaDanielaCamila: corrente forte
essa! A bisavó andava longe pra arrumar
um teatro, adorava uma selva no palco,
com as índias mais bonitas da região: Delenda, Moema ...
Outras vezes, transformava nossas meninas em BONECAS VIVAS... (minha filha
Altina Lúcia foi uma de suas bonecas, ao lado de Alzirinha, Simone, Cidinha, Raquel,
Zinha...)
Antigamente, muitos ciganos vinham
beber da água da Fonte-do-Povo aqui nas
Gerais – a Praça Prof. Waldemar de Almeida Barbosa era Praça São Vicente. Nome
que ninguém falava – o povo logo a batizou
PRAÇA DOS CIGANOS... Emílio Moura – o
poeta – relembra esse tempo bonito em
seu poema à cidade azul...
Certamente, algum passarinho contou
isso por aí: o Grupo LUNA GUAPA, Dayana
Keny e Pablo, certamente, também beberam da água da Fonte-do-Povo... - A Praça
antiga e os ciganos voltaram, com suas
tendas, suas cartas de baralho, suas danças e encantamento. Partiam sempre, deixavam suspiros e saudades, sempre... Depois, voltavam, como agora, porque foram
enfeitiçados pela água e pela cidade e porque a Praça dos Ciganos já lhes pertencia...
- Ah, ADI! Eu sei que a ARTE é uma chama à espera de artistas: a essência da história de um povo é tecida com danças, poesias, livros e palavras...
Eu sei que todo teatro tem coxia, tem
bastidores, que muita gente precisa estar lá
atrás – estando à frente...
Emidinhos e Nilces, Marcondes e Claretes, estavam lá, nas coxias, nos bastidores,
soprando as chamas e as fagulhas da História de Dores do Indaiá...
De repente, o Pio XII era um PIO DORES, com gosto de manga doce de leite,
com cheiro de poeira vermelha... Com a
Santa Azul abençoando nossa terra... Com
as cores da Congada, com a ARTE descendo do mundo mágico para enfeitar o trabalho "desse povo tenaz, na cidade, no
campo e na roça, pois só quer o progresso
e a paz."
Dores do Indaiá, 12/12/12.
Dorenses... Arte – Talento – Emoção...
Cachaça Mineira:
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do Indaiá - MG
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Joaquim
Araguaia
Em nosso inesquecível encontro “Talentos
Dorenses” realizado em 27 de outubro de 2012,
no Teatro do Colégio Pio XII, em Belo Horizonte,
tivemos a valiosa participação dos talentosos artistas dorenses:
Mauro Fiúza Morais – Grupo “Luna Guapa” –
Márcia Gouthier de Carvalho – Antônio Augusto
de Sousa “Guto” – Lúcia de Sousa “Lucinha” –
Camila Theodoro de Menezes – Carlos Roberto
Silva “Carlinhos” – Cristina Guimarães - Sandra
Costa Almeida de Lino Faria – José Lino de Faria
– Ramiro Moreno Amorim Gontijo de Lino Faria –
Dayana Keny Xavier
Foi um encontro regado a música clássica,
música popular brasileira, música sertaneja, dança e poesias, onde artistas e platéia se interagiram e... aplauso, emoção e sorrisos de alegria.
I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á
MAIO2013
Presidente atual e ex-presidentes em momentos festivos.
Circuito Turístico Caminhos do Indaiá
valoriza potencial regional
Circuito Turístico
Caminhos do Indaiá, criado em
2008, e hoje composto por 07 municípios, tem dado prosseguimento em seus trabalhos de planejamento e divulgação do potencial turístico regional.
Com o objetivo de inserir a
região no cenário turístico estadual, o Circuito tem apostado na
cultura e nas belas paisagens
que os municípios associados
proporcionam.
Recentemente foi lançado o
primeiro guia turístico do Circuito, onde foram incluídas as principais empresas ligadas ao setor do turismo em Bom Despacho, Cedro do Abaeté, Dores do
Indaiá, Estrela do Indaiá, Quartel Geral, Luz e Santa Rosa da
Serra. Este guia visa dar orientação ao turista de onde poder
se hospedar, alimentar, abaste-
O
cer e fazer compras em nossa
região.
Além do trabalho de folheteria, o Caminhos do Indaiá, tem
participado efetivamente da política estadual do Turismo, com
presença garantida nas principais feiras e eventos do setor,
dentre eles o Salão Mineiro de
Turismo, que acontece anualmente mostrando todas as belezas das regiões turísticas de Minas Gerais.
Como resultado de nosso
trabalho, recebemos junto a SETUR-MG a renovação de nossa
certificação, que garante a permanência dos municípios associados nas politicas publicas estaduais do Turismo em 2013.
Sendo assim, continuamos
firmes no ideal de que podemos
crescer cada dia mais e tornar
essa região num dos principais
destinos turísticos do nosso Estado.
Românticos Anônimos
Tudo bem, eu admito: sou fã incondicional do amor. Amo sentir frio na barriga, sonhar acordada, pensar se do
outro lado da linha alguém mais pensa... e todas essas coisas idiotas que a
gente adora, como me disse minha
amiga Mandjuras. Amo surpresa, cartinha romântica, beijo demorado, abraço
apertado, olhares furtivos, sorrisos involuntários e músicas que saem de
dentro do chuveiro em dias especiais,
dias como ontem, hoje ou amanhã, tardes que viram coleções de
momentos fantásticos dentro da nossa imaginação. Ter um coração
insaciável pode ser bem complicado, ainda mais quando se vive em
pleno século XXI, no auge da superficialidade e da banalização das
relações afetivas. A fila tem que andar, e a gente não tem nem o direito de chorar pelo que não deu certo porque são tantas as oportunidades, tantos os meios e além de tudo todo mundo hoje em dia é
tão interessante que deixar de vender o peixão que você é acaba por
te excluir de uma rede de partidos imperdíveis. Nunca fui muito boa
com essas coisas que
vêm antes do amor, essa auto-promoção disfarçada acompanhada
de estratégias de conquista pré-cozidas, e
ainda assim acredito
que quando alguns caminhos se cruzam, não
há escapatória. Acho
que ninguém deveria
se privar de amar direito, de dar as cartas sem
moderação e sem expectativas, sem medo
de perder. Enquanto
você espera, flores, sabores e dias de sol esperam por você...
(31) 2519-2727
[email protected]
Érika Amâncio
I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á
RONALDO SALVIANO
DE ARAÚJO KATTAH
Um dos nomes escolhidos como homenageado na Festa de Confraternização da
ADI - Associação dos Amigos de Dores do Indaiá deste ano foi RONALDO SALVIANO DE
ARAÚJO.
E a festa continua...
Nome grande e pomposo
que se torna grandioso
quando acrescido
de um apelido carinhoso.
CATATAU.
Catatau, com o passar do tempo e o emprego da numerologia ficou mais sofisticado
e incorporou-se ao nome e à pessoa. Surgiu
então o KATTAH. Isto mesmo, com K no início, dois Ts no meio e H no final.
Porém para facilitar, vou usar o Kata com
K, porque soa como sempre o chamei desde
a infância e não complica na hora de escrever.
Seu alcunha, segundo informação do
mesmo, foi colocado por uma filha do Sr.
Ageu que morava na Rua Capitão Amaro no
Buracão (hoje Bairro São Sebastião), lá pelos idos de 1960. (muito antes de surgir o Catatau, amigo do Zé Colméia.)
Catatau significa “Pessoa de pequena estatura, miudinha”.
Será por quê?
Mas também significa “Pessoa charmosa,
amável e expressiva, muito criativa e um tanto curiosa”.
Acertou também.
Ronaldo, filho de D. Rosa e Sr. Sebastião
Salviano de saudosas memórias, nasceu em
Quartel Geral que na época pertencia à Comarca de Dores do Indaiá, o que lhe concede
a cidadania e o título de um legítimo dorense
da gema com todas as características e singularidades.
É o bendito fruto entre as mulheres, suas
irmãs: Maria de Lourdes, Darcy, Eunice, Perpétua (esposa do meu grande amigo João de
Melo que viajou fora do combinado) e Rosaura. É pai de Felipe, Paula e Raquel.
Amigo só dos amigos porque não tem e
nunca teve inimigos.
Estudou e formou-se em 1963 no nosso
querido Ginásio Cornélio Caetano ainda no
prédio do Grupo Dr. Zacarias e depois na Casa do Sr. Hugo, berço de formação de uma
talentosa e vitoriosa geração, graças ao empenho de professores como Djalma Melgaço,
D. Dora Pinto, D. Adalmar, Dr. Raimundinho
Azevedo, Prof. João Batista, Luís Assunção,
Ivone Zica, Dr. Augusto Melo e tantos outros
e a intensa dedicação de Hugo de Sousa
Araújo.
Nesse mesmo ano, juntamente com os
amigos Emidinho Teles, Lúcio Teles, Augusto
do Mozart da Farmácia, Antônio Alberto Ba-
naneira, Zé Maria Canela e outros, fundaram
e dirigiram o CNG - Clube Nova Geração,
que com o apoio do Padre Jayme, naqueles
anos de chumbo, desenvolveram trabalhos
de conscientização política de grande importância para o desenvolvimento da juventude
dorense daquela época e que repercute até
hoje.
Sempre ligado às letras e às artes, Kata
iniciou sua carreira de jornalista amador em
1969 colaborando com a famosa Coluna Mini-Notas fundada por Roberto do Nilo e Carlinhos do Gil no jornal “O Liberal” de Nilo Peçanha, fato que contribuiu para que fosse
convidado pelo saudoso amigo Corsino José
da Silva para substituí-lo como correspondente do jornal ”Estado de Minas” desde
1994, divulgando tudo sobre Dores e a sociedade dorense, o que ainda faz até hoje, inclusive no jornal “O Tempo” onde goza de grande prestígio.
Em 1970, fundou o conjunto “Som 2001”
muito antes do filme “2001 - Uma odisseia no
Espaço”, com os amigos Ronaldo Lacerda
(empresário), Mirtão na bateria, Bananeira,
Rafael do INPS, Helíneo da Cemig nas guitarras, José Ferreira (filho do Zé da Guiomar)
nos teclados e seu irmão Ardisson no contrabaixo, ele, Kata, na voz e eu, José Lino, dando canja como cantor, quando visitava Dores
em ocasiões festivas. Foi o grande sucesso
da Churrascaria Central e do Indaiá Clube
nos anos 70.
Em 1971, idealizou e realizou o 1º Festival de Música de Dores do Indaiá, no palco
do Cine Indaiá, que teve como vencedores
José Lino e Torres Homem Vaz. Em 1972, foi
vencedor com a música “Por um mundo melhor” interpretada por Paulo Coelho juntamente com José Lino com a música “Morro
da Capelinha”. Foi um grande show com torcida organizada gritando e agitando cartazes,
no auditório lotado como só se via nos filmes
do Mazzaropi.
Kata ficou tão entusiasmado com o festival que foi comemorar com os amigos, no
Bar do Zé Preto. Depois de tomar umas e outras (coisa que já não faz mais), cantou a música “Amada Amante” de Roberto Carlos apenas 28 vezes seguidamente, ostentando e
balançando sua vasta cabeleira “a La Roni
Von”. É verdade!... Kata foi um dos precursores dos cabeludos em Dores. Era a moda.
Eram os modelos. Bons tempos. Bons e idos
cabelos.
Em 1973, participou ativamente da
UNESDI - União dos Estudantes do Ensino
Secundário de Dores do Indaiá e juntamente
com o Edson (irmão do Paulo Cassuaba) e
Eliana Agnelo, montaram no palco do Cine
Indaiá uma peça teatral de sua autoria intitulada “Juventude e Esperança” contando no
elenco com os atores Moacir (irmão
do Bite), Bananeira, Arlene do Zé
Basílio (Toró irmã
da Coruja) e Senhorinha Catita,
que foi um grande sucesso.
Além de poeta,
jornalista,
cantor, compositor, homem de
muita fé, nosso
amigo
Kata
também
foi
desportista tendo jogado no
Juvenil do Dorense Futebol
Clube na época
de grandes craques.
Além de tantas atividades artísticas, Ronaldo Salviano de Araújo dedicou-se à família
aos amigos e ao trabalho. Começou sua trajetória profissional na Caixa Econômica de
Minas Gerais onde exerceu, por 28 anos,
com dignidade e dedicação, diversas atividades, chegando à Gerência, onde permaneceu até a extinção da mesma. Foi então
transferido para a Secretaria da Fazenda onde se aposentou.
Kata, sempre alerta e atento a tudo, quando Dores do Indaiá foi, de forma leviana e irresponsável, atacada por uma jornalista do
Diário Popular de São Paulo, saiu em defesa
de todos os dorenses publicando a realidade
dos fatos na coluna “Fale com a Redação” do
jornal “Estado de Minas” fato que obrigou a
jornalista a desculpar-se publicamente.
Nosso amigo Kata também idealizou e redigiu, juntamente com o Dr. Alaor Campos
Fiúza, o “Requerimento Conjunto” endereçado ao Governador do Estado reivindicando a
instalação de uma unidade da Universidade
do Estado de Minas Gerais ou do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia em Dores. Este
documento assinado pelo Prefeito (Dr. Joaquim Cruz), Secretária Municipal de Educação (Janaína Mendonça Ferreira), e pelos
presidentes da Câmara Municipal (Dr. Sósthene Morais), Clube Regional da Agropecuária
(Amaury Fagundes Faria), COMADI (Dr. Amadeu Brasileiro dos Santos), Lions (Sérgio Geraldo de Oliveira), Loja Maçonica (Paulo César Pinto Ribeiro), OAB (Dra. Susicley Mara V.
S. Paulucci), Sindicato Rural (Dr. Tarley Santos), SADI – Sociedade dos Amigos de Dores
(Maria Genoveva Costa), e ADI – Associação
dos Amigos de Dores do Indaiá (Rosalva de
Oliveira Bernardes), foi protocolado pela ADI
junto ao Governo do Estado em 2009.
3
MAIO2013
- Em 2002, foi agraciado com
o título "Gente de Expressão" conferido pela
jornalista Lourdinha Silva do jornal "O Estado
de Minas".
- Em 2003, recebeu o Diploma de Moção
Honrosa da Câmara de Vereadores de Dores
do Indaiá.
- E, merecidamente recebeu também o título de "Dorense Notável" conferido pela SADI – Sociedade dos Amigos de Dores do Indaiá no ano de 2008.
Tarefa antagônica essa de escrever sobre
Ronaldo Kattah.
FÁCIL, por se tratar de um grande amigo
de infância e adolescência, pessoa popular,
transparente com tantos atributos e qualidades já de conhecimento geral.
DIFÍCIL, pela pouca convivência na fase
adulta, o que me privou de conhecer mais a
fundo o seu mundo de ideias, do qual me sobraram poucos, mas porem valiosos fragmentos.
Por fim, o meu abraço, desejo de saúde e
paz e o reconhecimento de que foi:
Homenageados de 2013
6
ILUMINADA A LEMBRANÇA DE SEU NOME.
MAIS FELIZ A ESCOLHA.
E UMA BRANCA FUMACINHA,
TAMBÉM SURGIU NO MORRO DA CAPELINHA,
O PRESIDENTE JOSÉ ANTÔNIO,
OS VOTOS CONTOU
E O DR. MARCONDES ANUNCIOU:
HAVEMOS KATA.
José Lino de Faria
JOÃO DE SOUZA TONACO
ma das pessoas mais vivas
— no sentido latente da palavra — de Dores do Indaiá
é João Tonaco de Souza.
Não só da ilustrada terra e
amada da Boa Vista, como de toda a região e, notadamente, de Belo Horizonte,
a capital das Minas Gerais, que do Curral Del-Rey aclamou a mineiridade no
coração do Brasil.
Filho dos fazendeiros José Gonçalves de Souza e de Maria Rita de Souza,
João nasceu sob os auspícios da Revolução de 1930, em 28 de abril de 1929,
que culminaria com o fim da República
Velha (e continua velha), onde se prometia um Brasil novo, nos brilhantes discursos e trabalho do conterrâneo Francisco Campos, ou Chico Campos, o Chico Ciências, uma das mais expressivas
personalidades do solo mineiro.
Matrimônio em 1960 com a uberabense Marli Mendes, com quem permaneceu casado várias décadas e teve
três filhas, Cláudia, Alexandra e Caroline, e seis netos. Todos residentes em
Belo Horizonte.
Terminado o curso ginasial no antigo
Ginásio Pio X, em 1948, onde depois
funcionou o Seminário, veio para Belo
Horizonte na procura de uma formação
para o seu sonho. Estudou nos Colégios
Marconi e Anchieta, formando-se em
1951. Vestibular em 1953 nas duas faculdades de Medicina que existiam à
época, a Ciências Médicas (hoje da
PUC Minas) e a UFMG, e passou com
loas nas duas, graduando-se em 1958
na Faculdade de Medicina da UFMG.
São, portanto, 54 anos de serviços prestados à carreira que lhe deu fama e visibilidade. Após dois anos de residência,
ingressou na carreira de professor universitário, nomeado professor assistente. Concursado, foi promovido a profes-
U
sor adjunto. Durante 28 anos, como professor no Departamento de Clínica Médica da UFMG, exerceu também atividades administrativas, como a de diretorsuperintendente do Hospital das Clínicas da UFMG por cinco anos. Foi um
tempo dos mais profícuos para este profissional, com especialidade em gastroenterologia, que não parava e cansava de crescer. Também fez pós-graduações em Administração Hospitalar, Patologia Torácica e Patologia Digestiva, e
foi médico do INSS e deu assistência
em várias instituições de saúde. É detentor de rico currículo, com participações em congressos, seminários, bolsas de estudos, palestras, honrarias,
etc.
Contando com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde
(OPAS) e da Organização Mundial de
Saúde (OMS), implantou no Hospital
das Clínicas o segundo Centro de Tratamento Intensivo (CTI) no Brasil. Esse
feito marcou a história da Medicina no
Estado e foi comentado e comemorado
em todo o Brasil. O CTI do Dr. João Tonaco que, orgulhoso e feliz por ter realizado um grande feito para a população
carente, era de primeiro mundo. Aliás,
quem se deve orgulhar desse feito e do
grande cidadão que ele é, somos nós os
mineiros, em especial os dorenses.
A maior parte da clientela do Dr. João
Tonaco é de Dores do Indaiá, e com
muito orgulho. Imaginem, sair da terrinha naquela época em que se demorava cerca de 20 horas, dependendo das
condições climáticas, para chegar de
jardineira à capital, então uma cidade
provinciana, bucólica e que progredia
com suas largas avenidas e ruas com
traçado de cidade planejada. E lembrar
hoje a falta de planejamento no seu
crescimento, pois para uma população
que deveria ser de 200 mil habitantes, pulou para 2 milhões
e 500 mil, e 4 milhões na região metropolitana. Cresceu
desordenada. As montanhas
vão sumindo, os córregos
poluídos, o verde é pouco
para parcos parques/reservas, clima se deteriorando, e
por aí vai, mas continua sendo
a Belo Horizonte querida do Dr.
João Tonaco (e nossa também),
que nunca deslembra a calmaria de Dores do Indaiá, naquele
platô inesquecível visto
do Alto da Capelinha, onde
Waldemar de
Almeida Barbosa a imortalizou, Francisco Campos a politizou, Emílio Moura e
Carminha Gouthier a perfumaram de
poesia, Luiz Melgaço a musicalizou, Hugo Gouthier a diplomatizou, Oswaldo e
Vicente Araújo a tornaram um centro financeiro, e hoje Emídio Teles de Carvalho Filho a tornou Leitura obrigatória no
país. Dr. João, mestre dorense exemplar da medicina, adora pegar o caminho de casa, hoje pela moderna rodovia
BR 262 até Luz, depois seguindo pela
MG 176.
Dr. João Tonaco uma vez disse ao
jornal da ADI: “Sempre que chego a Dores do Indaiá, relembro os meus pais
que há muito já se foram, encontro
meus irmãos para conversar amenidades enquanto saboreamos a mais caseira e saborosa das comidas, envoltos
por uma natureza exuberante. Ainda hoje me alegra a imagem do gado no pasto, ou se movimentando no curral.
E como é agradável e relaxante ouvir
o canto do galo ou bezerros mugindo ao
longe. Como é bom poder voltar sempre
a Dores do Indaiá.” Batalhador dos mais
ativos da ADI, Tonaco sempre participou
da diretoria e é um dos vice-presidentes.
Quantas pessoas este nobre personagem, que é o humanista Dr. João Tonaco de Souza, salvou ou cujas dores
amenizou, socorrendo-as da melhor forma possível, com dedicação, solidariedade e amor à profissão.
Apesar de toda pompa nas circunstâncias do trabalho e com uma bagagem da melhor qualidade no currículo e
no saber, o médico João Tonaco sempre
se pautou por ser uma pessoa muito
querida, agradável, solícita, amiga, tolerante e, acima de tudo, da maior discrição e simplicidade.
Ozório Couto
CIRCOS, PARQUES E CIGANOS (Em Dores do Indaiá)
José Antônio
Guimarães de Faria
“O circo é, antes
de tudo, um espetáculo visual. O palhaço
faz tudo seriamente.
Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejeitos. Sua mímica ingênua sempre consegue fazer rir”.
Nos meus tempos de criança e adolescente
em Dores do Indaiá, os circos e parques sempre
foram atrações para os adultos e notadamente
para as crianças. Já os ciganos não eram bem
vistos pelas crianças, pois causavam certo medo. Coisas de criança.
Minhas lembranças a principio parecem um
BH Shopping - 2º Piso
Tel. 3286-2623
pouco infantis, mas, retratam uma época gostosa, muita ingenuidade, diferente do mundo de
hoje. Procurei ser o mais fiel possível, ao relatalas, apesar da minha pouca idade naquela época. São lembranças indeléveis. Muitos e muitos
dorenses vão se lembrar e matar saudade. Tenho certeza.
Por ser uma cidade pequena, Dores era muito carente de atrações, festa, diversões.
Toda vez que chegavam circos e parques,
era uma festa, uma alegria total. A cidade se
movimentava e o comentário era geral.
Eles chegavam sempre precedidos de muita
propaganda no rádio, cartazes, serviços de altofalantes, etc., e se instalavam, preferencialmente, na Praça São Vicente (Praça Professor Waldemar de Almeida Barbosa), Praça São Sebastião (Praça Alexandre Lacerda Filho), Praça Tenente Zacarias Zica (Praça Abaeté), e numa
área ao lado da Fonte do Povo. As crianças normalmente iam acompanhadas dos pais ou alguém responsável. A exemplo do que acontecia
nas barraquinhas, também nos circos e parques,
em um dado momento, o serviço de alto-falantes
anunciava com muita ênfase, criando um clima
de muita expectativa por parte de todos, a frase
que ficou famosa : “Esta música alguém oferece
a alguém e este alguém sabe quem”. Cada um
dava um palpite, tentando adivinhar para quem
seria a música. Bons tempos aqueles! Uma
gostosa volta ao passado.
CIRCOS - Dentre outros, os circos que mais
visitavam Dores eram : Circo Bibi, Circo Garcia
e Circo Irmãos Elias. As atrações eram sempre:
Globo da Morte, Trapézio, Equilibristas, Palhaços, Mágicos, “Animais Ensinados” (Cachorros,
elefantes, leões, macacos, zebras, girafas), entre outros. Os alegres e engraçados palhaços
mexiam muito com a plateia, principalmente com
as crianças e eram, sem dúvida, a maior atração. Eram apresentadas também peças de teatro, de que papai tanto gostava. Peças memoráveis como O Ébrio, A noite tudo encobre, E o céu
uniu dois corações, entre outras.
Eu e meus irmãos somente íamos ao circo
com o papai. Quando os circos iam embora, dei-
xavam sempre muita saudade.
LEMBRANÇAS - Em nossa casa não havia
rádio, e como sempre gostei muito de música, ir
ao circo ou ao parque era oportunidade de ouro.
Lá se ouvia de tudo, através dos serviços de alto-falante: Nélson Gonçalves, Orlando Silva,
Ivon Cury, Gilberto Alves, Francisco Carlos, Vicente Celestino, Luiz Gonzaga, Anísio Silva,
Carlos Galhardo, Francisco Alves, Roberto Silva,
Cauby Peixoto, Ângela Maria, Maysa, Dalva de
Oliveira, Emilinha Borba, Marlene, Nora Ney, Tonico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho, Cascatinha e Inhana, Libertad Lamarque, Pedro Vargas,
Sarita Montiel, Bienvenido Granda, Gregório
Barrios, Lucho Gatica, entre outros.
Havia uma musica que tocava sempre nos
circos e parques, cantada por um menino e que
fazia muito sucesso. Mais tarde, muito mais tarde, vim saber que se tratava da musica Canção
do Jornaleiro, e o cantor-mirim era nada mais
nada menos que Wanderley Cardoso, que se
tornou famoso cantor da Jovem Guarda.
Uma das propagandas utilizadas (não sei por
qual circo) era anunciando a presença de Del
Mario, cujo slogan era: “Venham ver e aplaudir
Del Mário o grande êmulo de Mazzaropi “. Del
Mário fazia muito sucesso no rádio. Um grande
artista. O público delirava com ele. Ele era muito
engraçado.
Papai gostava muito de circo, e fez amizade
com o Bibi (do circo do mesmo nome), e que
chegou a visitar a Fazenda Santarém, da qual
papai era um dos proprietários. Achei que foi
uma honra muito grande para nossa família receber uma pessoa famosa, em nossa casa.
Quando de uma das apresentações (não me
lembro de qual circo), um dos artistas trajando
terno branco, gravata “borboleta” escura, cabelos “englostorados”, sapatos de duas cores, cantou diversas músicas, mas, duas agradaram tanto que o público pediu bis, diversas vezes. Apesar de minha pouca idade, também gostei muito.
Anos mais tarde descobri os nomes daquelas
inesquecíveis musicas: Canta Maria, de Ari Barroso, e Chuá, Chuá, de Pedro de Sá Pereira e
Ari Machado.
CIRCOS DE TOURADAS - Os circos de touradas também chegavam sempre precedidos de
muita propaganda.
Mas, o público era mais especifico, e não iam
tantas crianças. Havia muitos animais bravos e
causavam certo receio aos pais. Mesmo assim,
recebiam um bom público e também movimentavam a cidade.
I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á
HAROLDO DE OLIVEIRA LOPES
aroldo Oliveira Lopes foi o
presidente anterior da nossa querida Associação de
Amigos de Dores do Indaiá
(ADI). Sua gestão foi de alto
valor e teve como diferencial a entrada
de vez da entidade na era da internet.
Quando eleito presidente e ao tomar
posse, Haroldo já começou trabalhando
com afinco e arregaçando as mangas.
Jovem na ADI (e também na idade), deu
um impulso para valer. Reuniões com
computador, anotações de tudo, perfil
diferenciado das reuniões e do plano de
administração.
Sentimos nas palavras do então jovem timoneiro da ADI a expressão concordante de que precisaríamos sempre
avançar e traçar cada vez mais os laços
que nos une a Dores do Indaiá, em amizade afetiva, conciliadora e objetiva para podermos elevar o nome de nossa
queridíssima Indaiá e seu município
além-fronteiras. Elo importantíssimo entre os conterrâneos, os conterrâneos
por delegação da Câmara e os conterrâneos por afinidade, como eu, honrado
e com muito orgulho.
Assim expressou o ex-presidente no
seu discurso de posse: “Representar e
comandar uma entidade como a ADI é
um prazer para mim e com certeza para
meus diretores, estes, escolhidos e selecionados como se faz com algo que
se quer muita qualidade. Todo Comando que assume aquilo que já existe deseja fazer algo diferente, fazer sempre
melhor. No nosso caso, temos o desejo
de fazer com que a integração existente
se torne ainda mais forte, desenvolvendo em cada Cidadão Dorense e Amigo
a reflexão sobre manter comunicação e
relacionamento, brindando sempre que
possível essa ação por meio de confraternizações.”
É gratificante ser amigo de Haroldo e
sua família, e de ter participado com ele
e nos trabalhos que puderam ser feitos.
Ser amigo fraterno dos amigos de Dores do Indaiá, numa profusão de fé e de
celebração, que nos une ao passado
glorioso, ao presente instigante e ao futuro promissor é das mais gratas satis-
H
fações. Tanto para Haroldo, como para
todos os ex-presidentes, e o atual, José
Antônio Guimarães de Faria, a luta e a
alegria de poder fazer algo por Dores do
Indaiá é uma irrequietude só. E o mais
bonito é a confiança uns com os outros,
a unidade e amizade que nos une. As
dificuldades em cada gestão são sempre as mesmas, até falta de compreensão às vezes vem à tona. Mas tudo se
resolve com boa fé, solidariedade e vontade de fazer e vencer.
Ainda do Haroldo: “Não é fácil manter as pessoas em harmonia, preparar
formas de entretenimento e encontros,
mas a cada esforço nosso temos a certeza de que conseguimos experiência,
conquistas são atingidas e a alegria trazemos ao coração de cada um.”
Como dizia, a ADI entrou de vez na
modernidade com a nova criação do sítio www.adidoresdoindaia.com.br, obra
da gestão (2004-2006) do dr. Kílder
Wagner Lopes Cançado, um incansável
batalhador, amigo, excelente articulador
e advogado. Haroldo revolucionou o sítio, tornou a Entidade, a Diretoria, as diretorias anteriores mais conhecidas e
divulgadas, como também nossos associados e a nossa própria Dores Indaiá,
com o charme irresistível de sua história, sua atualidade e seus personagens,
muitos deles famosos e que honraram a
patriazinha.
Durante a gestão de Haroldo Oliveira
Lopes, presidente da ADI de abril de
2010 a abril de 2012, entre as principais
realizações da diretoria citamos: apoio
ao projeto Andayá (revitalização de praças públicas em Dores); apoio na reforma da igreja do Rosário, com doação de
100 unidades do livro Horas Mágicas e
leilão de uma obra da renomada artista
Yara Tupynambá; entrega do Requerimento de iniciativa do Ronaldo Silviano
Araújo, o Ronaldo Kattah, assinado por
autoridades e associações dorenses ao
Governo do Estado de Minas Gerais,
solicitando a implantação de faculdade
pública em Dores; a grande festa no Minas Tênis Clube, no dia 29 de maio de
2010, cujos homenageados foram o Dr.
Fabio Nélson Fiúza, o Mário Carneiro e
a ex-presidente Rosalva de
Oliveira Bernardes; grande
festa no Minas Tênis Clube, no dia 28 de maio de
2011, sendo homenageados o Dr. Augusto de Mello
Netto, o José Fiúza de Lacerda e o Wagner de Castro, fundador-mor da ADI;
fórum de debate: “Todos
contra a Dengue”. Reunião de entidades, escolas, associações, bancos, prefeito, secretários, vereadores, sindicatos e pessoas importantes, que desencadearam grandes ações
de combate a epidemias; festa no Quiosque Grill, “Encontra
Dores em BH”, no dia
28 de novembro de 2009, com José
Lino e Lucas & Gustavo; festa no Quiosque Grill, no dia 5 de novembro de
2010: com Salvatore Som & Cia; lançamento do livro de nossa estimada Branca Caetano Guimarães, Horas Mágicas,
uma coletânea de crônicas em parceria
com a editora O Lutador, na Livraria Leitura e na Escola Estadual Francisco
Campos, em Dores.
Haroldo de Oliveira Lopes nasceu
em Dores do Indaiá no dia 14 de novembro de 1973. Filho de Eduardo de
Oliveira e de Letícia Lopes de Oliveira, é
o sétimo de nove filhos. Casou em 2007
com Raphaela Ignachiti Vargas e têm
duas filhas, Larissa, 5, e Sophia, 1 mês.
Estudou nas classes anexas até o 4º
ano e na Escola Estadual Francisco
Campos da quinta à oitava. 2º Grau na
Escola Municipal Comercial São Luís (o
famoso Comércio onde se formou como
Técnico Contábil.). Veio para Belo Horizonte em 1995. Em 1997 ingressou no
curso de Ciências Contábeis na UNA,
honrando a tradição de família de contadores. Entrou para a Vale em 2001 como estagiário na área contábil, financeira em 2004; mudou-se para Governador Valadares em 2005, para o Rio de
Janeiro em 2006, e retornou a Belo Ho-
Belo Horizonte, Fevereiro de 2012.
rizonte em 2009.
Depois de pós-graduado em Logística e Sistema de Transporte, na Vale
atua como coordenador da logística de
transporte de quinze minas, com extração de minério de ferro e pelota, e exportação via navio para diversos países,
com destaque para China.
Observação de um colega de trabalho, líder de processo de extração de
minério: “Haroldo demonstra flexibilidade e criatividade ao ajustar sua atividade para satisfazer os objetivos corporativos em evolução. Ao olhar o cenário
como um todo, ele identifica futuros problemas e desenvolve planos de contingências para resolvê-los. Mesmo sob
pressão, Haroldo se mantém com os
pés no chão e busca fatos e dados para
não tomar decisões precipitadas. Não é
resistente a mudanças. Excelente ouvinte, tem sido um grande parceiro que
se dedica ao trabalho, sempre aberto a
novas ideias. Ele chega a se oferecer
para ouvir, sempre buscando métodos
diferentes para atender melhor à maioria. Está sempre informado a respeito
das últimas novidades em sua área de
atuação.”
5
Ozório Couto
Família, amigos, conterrâneos...
PARQUES DE DIVERSÃO - A meninada é
que mais gostava, pois havia muito do que aproveitar: Roda Gigante, Carrossel, Canoinhas,
Gangorra, brincadeiras diversas, e a expectativa
de ganhar prêmios com jogo de argolas (Jogar
Argolinhas), Tiro ao Alvo, etc. sem contar com os
doces, picolés, pipocas, pirulitos, balas, etc., que
eram vendidos por todo lado, uma verdadeira
tentação.
Os parques também deixavam saudade
quando iam embora. Não me lembro do nome
de nenhum deles.
CIGANOS - Diferentemente dos circos e parques, os ciganos surgiam de repente, sem avisar.
Instalavam, rapidamente, suas barracas. Expunham à venda mercadorias que eles mesmos
produziam: alambiques, tachos e panelas de cobre, além de brincos, colares, e outras bugigangas. Faziam também consertos em panelas, tachos, alambiques, etc. Os ciganos causavam
certo medo na meninada, pois, usavam roupas
estranhas, alguns dentes de ouro. As ciganas
com suas saias compridas, vários colares, também dentes de ouro, lenços na cabeça, enormes
brincos, muitos anéis, e andavam pela cidade se
oferecendo para “ler as mãos”, “ler a sorte”.
Quando os ciganos iam embora, a meninada
sentia certo alívio. Coisas de criança. Muita ingenuidade. De qualquer forma os ciganos movimentavam a cidade.
Quanta saudade dos circos, parques e porque não dizer, também, dos ciganos, em nossa
Dores do Indaiá.
MAIO2013
Homenageados de 2013
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4
O Jardim da Escola Normal
Este é o jardim da Escola Normal que foi
o palco de muitos acontecimentos importantes para a juventude de nós septuagenários. Aqui, todas noites, reunia uma multidão de jovens para aquele encontro social
que caracterizava as cidades do interior.
Aqui se fazia o "footing“, embalado pelas
músicas românticas emanadas do alto fa-
lante da Rádio Cultura. Na alameda
central, os moços
andavam num sentido, as moças no
outro e em cada rodada a oportunidade de ver, duas vezes, a nossa pretendida! Um olhar
conspirador era o
sinal verde! Depois
de confirmada a
sua veracidade, íamos ao encontro de
nossa conquista, quando passávamos
para as laterais do jardim ou íamos para o "passeio" do Pensionato que ficava defronte. Nesse lugar, deram início
muitos dos casamentos que perpetuam através desses anos todos. Muito
mais tarde, com a chegada do cinema,
descíamos para ver a programação dessa
casa de diversões que, com uma iluminação feérica, deslumbrava a noite dorense,
contrastando com a claridade deficiente
proporcionada pelo precário sistema de então. Para aí, modificando o antigo hábito, o
povo foi transferindo os seus encontros noturnos. Com o tempo e a chegada da televisão tudo foi ficando diferente. O comodismo decretou a falência do nosso cinema e,
hoje, as noites desertas de nossa cidade se
ressentem da ausência dessa gente impetuosa que, um dia, lhe deu vida e alegria!...
Agora, o viver ganhou novo
sentido e uma nova história
está sendo escrita, história
ditada pela passagem do
tempo e pela transformação
dos costumes.
Paulo Ribeiro de Andrade
JOÃO DE SOUZA TONACO
ma das pessoas mais vivas
— no sentido latente da palavra — de Dores do Indaiá
é João Tonaco de Souza.
Não só da ilustrada terra e
amada da Boa Vista, como de toda a região e, notadamente, de Belo Horizonte,
a capital das Minas Gerais, que do Curral Del-Rey aclamou a mineiridade no
coração do Brasil.
Filho dos fazendeiros José Gonçalves de Souza e de Maria Rita de Souza,
João nasceu sob os auspícios da Revolução de 1930, em 28 de abril de 1929,
que culminaria com o fim da República
Velha (e continua velha), onde se prometia um Brasil novo, nos brilhantes discursos e trabalho do conterrâneo Francisco Campos, ou Chico Campos, o Chico Ciências, uma das mais expressivas
personalidades do solo mineiro.
Matrimônio em 1960 com a uberabense Marli Mendes, com quem permaneceu casado várias décadas e teve
três filhas, Cláudia, Alexandra e Caroline, e seis netos. Todos residentes em
Belo Horizonte.
Terminado o curso ginasial no antigo
Ginásio Pio X, em 1948, onde depois
funcionou o Seminário, veio para Belo
Horizonte na procura de uma formação
para o seu sonho. Estudou nos Colégios
Marconi e Anchieta, formando-se em
1951. Vestibular em 1953 nas duas faculdades de Medicina que existiam à
época, a Ciências Médicas (hoje da
PUC Minas) e a UFMG, e passou com
loas nas duas, graduando-se em 1958
na Faculdade de Medicina da UFMG.
São, portanto, 54 anos de serviços prestados à carreira que lhe deu fama e visibilidade. Após dois anos de residência,
ingressou na carreira de professor universitário, nomeado professor assistente. Concursado, foi promovido a profes-
U
sor adjunto. Durante 28 anos, como professor no Departamento de Clínica Médica da UFMG, exerceu também atividades administrativas, como a de diretorsuperintendente do Hospital das Clínicas da UFMG por cinco anos. Foi um
tempo dos mais profícuos para este profissional, com especialidade em gastroenterologia, que não parava e cansava de crescer. Também fez pós-graduações em Administração Hospitalar, Patologia Torácica e Patologia Digestiva, e
foi médico do INSS e deu assistência
em várias instituições de saúde. É detentor de rico currículo, com participações em congressos, seminários, bolsas de estudos, palestras, honrarias,
etc.
Contando com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde
(OPAS) e da Organização Mundial de
Saúde (OMS), implantou no Hospital
das Clínicas o segundo Centro de Tratamento Intensivo (CTI) no Brasil. Esse
feito marcou a história da Medicina no
Estado e foi comentado e comemorado
em todo o Brasil. O CTI do Dr. João Tonaco que, orgulhoso e feliz por ter realizado um grande feito para a população
carente, era de primeiro mundo. Aliás,
quem se deve orgulhar desse feito e do
grande cidadão que ele é, somos nós os
mineiros, em especial os dorenses.
A maior parte da clientela do Dr. João
Tonaco é de Dores do Indaiá, e com
muito orgulho. Imaginem, sair da terrinha naquela época em que se demorava cerca de 20 horas, dependendo das
condições climáticas, para chegar de
jardineira à capital, então uma cidade
provinciana, bucólica e que progredia
com suas largas avenidas e ruas com
traçado de cidade planejada. E lembrar
hoje a falta de planejamento no seu
crescimento, pois para uma população
que deveria ser de 200 mil habitantes, pulou para 2 milhões
e 500 mil, e 4 milhões na região metropolitana. Cresceu
desordenada. As montanhas
vão sumindo, os córregos
poluídos, o verde é pouco
para parcos parques/reservas, clima se deteriorando, e
por aí vai, mas continua sendo
a Belo Horizonte querida do Dr.
João Tonaco (e nossa também),
que nunca deslembra a calmaria de Dores do Indaiá, naquele
platô inesquecível visto
do Alto da Capelinha, onde
Waldemar de
Almeida Barbosa a imortalizou, Francisco Campos a politizou, Emílio Moura e
Carminha Gouthier a perfumaram de
poesia, Luiz Melgaço a musicalizou, Hugo Gouthier a diplomatizou, Oswaldo e
Vicente Araújo a tornaram um centro financeiro, e hoje Emídio Teles de Carvalho Filho a tornou Leitura obrigatória no
país. Dr. João, mestre dorense exemplar da medicina, adora pegar o caminho de casa, hoje pela moderna rodovia
BR 262 até Luz, depois seguindo pela
MG 176.
Dr. João Tonaco uma vez disse ao
jornal da ADI: “Sempre que chego a Dores do Indaiá, relembro os meus pais
que há muito já se foram, encontro
meus irmãos para conversar amenidades enquanto saboreamos a mais caseira e saborosa das comidas, envoltos
por uma natureza exuberante. Ainda hoje me alegra a imagem do gado no pasto, ou se movimentando no curral.
E como é agradável e relaxante ouvir
o canto do galo ou bezerros mugindo ao
longe. Como é bom poder voltar sempre
a Dores do Indaiá.” Batalhador dos mais
ativos da ADI, Tonaco sempre participou
da diretoria e é um dos vice-presidentes.
Quantas pessoas este nobre personagem, que é o humanista Dr. João Tonaco de Souza, salvou ou cujas dores
amenizou, socorrendo-as da melhor forma possível, com dedicação, solidariedade e amor à profissão.
Apesar de toda pompa nas circunstâncias do trabalho e com uma bagagem da melhor qualidade no currículo e
no saber, o médico João Tonaco sempre
se pautou por ser uma pessoa muito
querida, agradável, solícita, amiga, tolerante e, acima de tudo, da maior discrição e simplicidade.
Ozório Couto
CIRCOS, PARQUES E CIGANOS (Em Dores do Indaiá)
José Antônio
Guimarães de Faria
“O circo é, antes
de tudo, um espetáculo visual. O palhaço
faz tudo seriamente.
Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejeitos. Sua mímica ingênua sempre consegue fazer rir”.
Nos meus tempos de criança e adolescente
em Dores do Indaiá, os circos e parques sempre
foram atrações para os adultos e notadamente
para as crianças. Já os ciganos não eram bem
vistos pelas crianças, pois causavam certo medo. Coisas de criança.
Minhas lembranças a principio parecem um
BH Shopping - 2º Piso
Tel. 3286-2623
pouco infantis, mas, retratam uma época gostosa, muita ingenuidade, diferente do mundo de
hoje. Procurei ser o mais fiel possível, ao relatalas, apesar da minha pouca idade naquela época. São lembranças indeléveis. Muitos e muitos
dorenses vão se lembrar e matar saudade. Tenho certeza.
Por ser uma cidade pequena, Dores era muito carente de atrações, festa, diversões.
Toda vez que chegavam circos e parques,
era uma festa, uma alegria total. A cidade se
movimentava e o comentário era geral.
Eles chegavam sempre precedidos de muita
propaganda no rádio, cartazes, serviços de altofalantes, etc., e se instalavam, preferencialmente, na Praça São Vicente (Praça Professor Waldemar de Almeida Barbosa), Praça São Sebastião (Praça Alexandre Lacerda Filho), Praça Tenente Zacarias Zica (Praça Abaeté), e numa
área ao lado da Fonte do Povo. As crianças normalmente iam acompanhadas dos pais ou alguém responsável. A exemplo do que acontecia
nas barraquinhas, também nos circos e parques,
em um dado momento, o serviço de alto-falantes
anunciava com muita ênfase, criando um clima
de muita expectativa por parte de todos, a frase
que ficou famosa : “Esta música alguém oferece
a alguém e este alguém sabe quem”. Cada um
dava um palpite, tentando adivinhar para quem
seria a música. Bons tempos aqueles! Uma
gostosa volta ao passado.
CIRCOS - Dentre outros, os circos que mais
visitavam Dores eram : Circo Bibi, Circo Garcia
e Circo Irmãos Elias. As atrações eram sempre:
Globo da Morte, Trapézio, Equilibristas, Palhaços, Mágicos, “Animais Ensinados” (Cachorros,
elefantes, leões, macacos, zebras, girafas), entre outros. Os alegres e engraçados palhaços
mexiam muito com a plateia, principalmente com
as crianças e eram, sem dúvida, a maior atração. Eram apresentadas também peças de teatro, de que papai tanto gostava. Peças memoráveis como O Ébrio, A noite tudo encobre, E o céu
uniu dois corações, entre outras.
Eu e meus irmãos somente íamos ao circo
com o papai. Quando os circos iam embora, dei-
xavam sempre muita saudade.
LEMBRANÇAS - Em nossa casa não havia
rádio, e como sempre gostei muito de música, ir
ao circo ou ao parque era oportunidade de ouro.
Lá se ouvia de tudo, através dos serviços de alto-falante: Nélson Gonçalves, Orlando Silva,
Ivon Cury, Gilberto Alves, Francisco Carlos, Vicente Celestino, Luiz Gonzaga, Anísio Silva,
Carlos Galhardo, Francisco Alves, Roberto Silva,
Cauby Peixoto, Ângela Maria, Maysa, Dalva de
Oliveira, Emilinha Borba, Marlene, Nora Ney, Tonico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho, Cascatinha e Inhana, Libertad Lamarque, Pedro Vargas,
Sarita Montiel, Bienvenido Granda, Gregório
Barrios, Lucho Gatica, entre outros.
Havia uma musica que tocava sempre nos
circos e parques, cantada por um menino e que
fazia muito sucesso. Mais tarde, muito mais tarde, vim saber que se tratava da musica Canção
do Jornaleiro, e o cantor-mirim era nada mais
nada menos que Wanderley Cardoso, que se
tornou famoso cantor da Jovem Guarda.
Uma das propagandas utilizadas (não sei por
qual circo) era anunciando a presença de Del
Mario, cujo slogan era: “Venham ver e aplaudir
Del Mário o grande êmulo de Mazzaropi “. Del
Mário fazia muito sucesso no rádio. Um grande
artista. O público delirava com ele. Ele era muito
engraçado.
Papai gostava muito de circo, e fez amizade
com o Bibi (do circo do mesmo nome), e que
chegou a visitar a Fazenda Santarém, da qual
papai era um dos proprietários. Achei que foi
uma honra muito grande para nossa família receber uma pessoa famosa, em nossa casa.
Quando de uma das apresentações (não me
lembro de qual circo), um dos artistas trajando
terno branco, gravata “borboleta” escura, cabelos “englostorados”, sapatos de duas cores, cantou diversas músicas, mas, duas agradaram tanto que o público pediu bis, diversas vezes. Apesar de minha pouca idade, também gostei muito.
Anos mais tarde descobri os nomes daquelas
inesquecíveis musicas: Canta Maria, de Ari Barroso, e Chuá, Chuá, de Pedro de Sá Pereira e
Ari Machado.
CIRCOS DE TOURADAS - Os circos de touradas também chegavam sempre precedidos de
muita propaganda.
Mas, o público era mais especifico, e não iam
tantas crianças. Havia muitos animais bravos e
causavam certo receio aos pais. Mesmo assim,
recebiam um bom público e também movimentavam a cidade.
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HAROLDO DE OLIVEIRA LOPES
aroldo Oliveira Lopes foi o
presidente anterior da nossa querida Associação de
Amigos de Dores do Indaiá
(ADI). Sua gestão foi de alto
valor e teve como diferencial a entrada
de vez da entidade na era da internet.
Quando eleito presidente e ao tomar
posse, Haroldo já começou trabalhando
com afinco e arregaçando as mangas.
Jovem na ADI (e também na idade), deu
um impulso para valer. Reuniões com
computador, anotações de tudo, perfil
diferenciado das reuniões e do plano de
administração.
Sentimos nas palavras do então jovem timoneiro da ADI a expressão concordante de que precisaríamos sempre
avançar e traçar cada vez mais os laços
que nos une a Dores do Indaiá, em amizade afetiva, conciliadora e objetiva para podermos elevar o nome de nossa
queridíssima Indaiá e seu município
além-fronteiras. Elo importantíssimo entre os conterrâneos, os conterrâneos
por delegação da Câmara e os conterrâneos por afinidade, como eu, honrado
e com muito orgulho.
Assim expressou o ex-presidente no
seu discurso de posse: “Representar e
comandar uma entidade como a ADI é
um prazer para mim e com certeza para
meus diretores, estes, escolhidos e selecionados como se faz com algo que
se quer muita qualidade. Todo Comando que assume aquilo que já existe deseja fazer algo diferente, fazer sempre
melhor. No nosso caso, temos o desejo
de fazer com que a integração existente
se torne ainda mais forte, desenvolvendo em cada Cidadão Dorense e Amigo
a reflexão sobre manter comunicação e
relacionamento, brindando sempre que
possível essa ação por meio de confraternizações.”
É gratificante ser amigo de Haroldo e
sua família, e de ter participado com ele
e nos trabalhos que puderam ser feitos.
Ser amigo fraterno dos amigos de Dores do Indaiá, numa profusão de fé e de
celebração, que nos une ao passado
glorioso, ao presente instigante e ao futuro promissor é das mais gratas satis-
H
fações. Tanto para Haroldo, como para
todos os ex-presidentes, e o atual, José
Antônio Guimarães de Faria, a luta e a
alegria de poder fazer algo por Dores do
Indaiá é uma irrequietude só. E o mais
bonito é a confiança uns com os outros,
a unidade e amizade que nos une. As
dificuldades em cada gestão são sempre as mesmas, até falta de compreensão às vezes vem à tona. Mas tudo se
resolve com boa fé, solidariedade e vontade de fazer e vencer.
Ainda do Haroldo: “Não é fácil manter as pessoas em harmonia, preparar
formas de entretenimento e encontros,
mas a cada esforço nosso temos a certeza de que conseguimos experiência,
conquistas são atingidas e a alegria trazemos ao coração de cada um.”
Como dizia, a ADI entrou de vez na
modernidade com a nova criação do sítio www.adidoresdoindaia.com.br, obra
da gestão (2004-2006) do dr. Kílder
Wagner Lopes Cançado, um incansável
batalhador, amigo, excelente articulador
e advogado. Haroldo revolucionou o sítio, tornou a Entidade, a Diretoria, as diretorias anteriores mais conhecidas e
divulgadas, como também nossos associados e a nossa própria Dores Indaiá,
com o charme irresistível de sua história, sua atualidade e seus personagens,
muitos deles famosos e que honraram a
patriazinha.
Durante a gestão de Haroldo Oliveira
Lopes, presidente da ADI de abril de
2010 a abril de 2012, entre as principais
realizações da diretoria citamos: apoio
ao projeto Andayá (revitalização de praças públicas em Dores); apoio na reforma da igreja do Rosário, com doação de
100 unidades do livro Horas Mágicas e
leilão de uma obra da renomada artista
Yara Tupynambá; entrega do Requerimento de iniciativa do Ronaldo Silviano
Araújo, o Ronaldo Kattah, assinado por
autoridades e associações dorenses ao
Governo do Estado de Minas Gerais,
solicitando a implantação de faculdade
pública em Dores; a grande festa no Minas Tênis Clube, no dia 29 de maio de
2010, cujos homenageados foram o Dr.
Fabio Nélson Fiúza, o Mário Carneiro e
a ex-presidente Rosalva de
Oliveira Bernardes; grande
festa no Minas Tênis Clube, no dia 28 de maio de
2011, sendo homenageados o Dr. Augusto de Mello
Netto, o José Fiúza de Lacerda e o Wagner de Castro, fundador-mor da ADI;
fórum de debate: “Todos
contra a Dengue”. Reunião de entidades, escolas, associações, bancos, prefeito, secretários, vereadores, sindicatos e pessoas importantes, que desencadearam grandes ações
de combate a epidemias; festa no Quiosque Grill, “Encontra
Dores em BH”, no dia
28 de novembro de 2009, com José
Lino e Lucas & Gustavo; festa no Quiosque Grill, no dia 5 de novembro de
2010: com Salvatore Som & Cia; lançamento do livro de nossa estimada Branca Caetano Guimarães, Horas Mágicas,
uma coletânea de crônicas em parceria
com a editora O Lutador, na Livraria Leitura e na Escola Estadual Francisco
Campos, em Dores.
Haroldo de Oliveira Lopes nasceu
em Dores do Indaiá no dia 14 de novembro de 1973. Filho de Eduardo de
Oliveira e de Letícia Lopes de Oliveira, é
o sétimo de nove filhos. Casou em 2007
com Raphaela Ignachiti Vargas e têm
duas filhas, Larissa, 5, e Sophia, 1 mês.
Estudou nas classes anexas até o 4º
ano e na Escola Estadual Francisco
Campos da quinta à oitava. 2º Grau na
Escola Municipal Comercial São Luís (o
famoso Comércio onde se formou como
Técnico Contábil.). Veio para Belo Horizonte em 1995. Em 1997 ingressou no
curso de Ciências Contábeis na UNA,
honrando a tradição de família de contadores. Entrou para a Vale em 2001 como estagiário na área contábil, financeira em 2004; mudou-se para Governador Valadares em 2005, para o Rio de
Janeiro em 2006, e retornou a Belo Ho-
Belo Horizonte, Fevereiro de 2012.
rizonte em 2009.
Depois de pós-graduado em Logística e Sistema de Transporte, na Vale
atua como coordenador da logística de
transporte de quinze minas, com extração de minério de ferro e pelota, e exportação via navio para diversos países,
com destaque para China.
Observação de um colega de trabalho, líder de processo de extração de
minério: “Haroldo demonstra flexibilidade e criatividade ao ajustar sua atividade para satisfazer os objetivos corporativos em evolução. Ao olhar o cenário
como um todo, ele identifica futuros problemas e desenvolve planos de contingências para resolvê-los. Mesmo sob
pressão, Haroldo se mantém com os
pés no chão e busca fatos e dados para
não tomar decisões precipitadas. Não é
resistente a mudanças. Excelente ouvinte, tem sido um grande parceiro que
se dedica ao trabalho, sempre aberto a
novas ideias. Ele chega a se oferecer
para ouvir, sempre buscando métodos
diferentes para atender melhor à maioria. Está sempre informado a respeito
das últimas novidades em sua área de
atuação.”
5
Ozório Couto
Família, amigos, conterrâneos...
PARQUES DE DIVERSÃO - A meninada é
que mais gostava, pois havia muito do que aproveitar: Roda Gigante, Carrossel, Canoinhas,
Gangorra, brincadeiras diversas, e a expectativa
de ganhar prêmios com jogo de argolas (Jogar
Argolinhas), Tiro ao Alvo, etc. sem contar com os
doces, picolés, pipocas, pirulitos, balas, etc., que
eram vendidos por todo lado, uma verdadeira
tentação.
Os parques também deixavam saudade
quando iam embora. Não me lembro do nome
de nenhum deles.
CIGANOS - Diferentemente dos circos e parques, os ciganos surgiam de repente, sem avisar.
Instalavam, rapidamente, suas barracas. Expunham à venda mercadorias que eles mesmos
produziam: alambiques, tachos e panelas de cobre, além de brincos, colares, e outras bugigangas. Faziam também consertos em panelas, tachos, alambiques, etc. Os ciganos causavam
certo medo na meninada, pois, usavam roupas
estranhas, alguns dentes de ouro. As ciganas
com suas saias compridas, vários colares, também dentes de ouro, lenços na cabeça, enormes
brincos, muitos anéis, e andavam pela cidade se
oferecendo para “ler as mãos”, “ler a sorte”.
Quando os ciganos iam embora, a meninada
sentia certo alívio. Coisas de criança. Muita ingenuidade. De qualquer forma os ciganos movimentavam a cidade.
Quanta saudade dos circos, parques e porque não dizer, também, dos ciganos, em nossa
Dores do Indaiá.
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O Jardim da Escola Normal
Este é o jardim da Escola Normal que foi
o palco de muitos acontecimentos importantes para a juventude de nós septuagenários. Aqui, todas noites, reunia uma multidão de jovens para aquele encontro social
que caracterizava as cidades do interior.
Aqui se fazia o "footing“, embalado pelas
músicas românticas emanadas do alto fa-
lante da Rádio Cultura. Na alameda
central, os moços
andavam num sentido, as moças no
outro e em cada rodada a oportunidade de ver, duas vezes, a nossa pretendida! Um olhar
conspirador era o
sinal verde! Depois
de confirmada a
sua veracidade, íamos ao encontro de
nossa conquista, quando passávamos
para as laterais do jardim ou íamos para o "passeio" do Pensionato que ficava defronte. Nesse lugar, deram início
muitos dos casamentos que perpetuam através desses anos todos. Muito
mais tarde, com a chegada do cinema,
descíamos para ver a programação dessa
casa de diversões que, com uma iluminação feérica, deslumbrava a noite dorense,
contrastando com a claridade deficiente
proporcionada pelo precário sistema de então. Para aí, modificando o antigo hábito, o
povo foi transferindo os seus encontros noturnos. Com o tempo e a chegada da televisão tudo foi ficando diferente. O comodismo decretou a falência do nosso cinema e,
hoje, as noites desertas de nossa cidade se
ressentem da ausência dessa gente impetuosa que, um dia, lhe deu vida e alegria!...
Agora, o viver ganhou novo
sentido e uma nova história
está sendo escrita, história
ditada pela passagem do
tempo e pela transformação
dos costumes.
Paulo Ribeiro de Andrade
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Presidente atual e ex-presidentes em momentos festivos.
Circuito Turístico Caminhos do Indaiá
valoriza potencial regional
Circuito Turístico
Caminhos do Indaiá, criado em
2008, e hoje composto por 07 municípios, tem dado prosseguimento em seus trabalhos de planejamento e divulgação do potencial turístico regional.
Com o objetivo de inserir a
região no cenário turístico estadual, o Circuito tem apostado na
cultura e nas belas paisagens
que os municípios associados
proporcionam.
Recentemente foi lançado o
primeiro guia turístico do Circuito, onde foram incluídas as principais empresas ligadas ao setor do turismo em Bom Despacho, Cedro do Abaeté, Dores do
Indaiá, Estrela do Indaiá, Quartel Geral, Luz e Santa Rosa da
Serra. Este guia visa dar orientação ao turista de onde poder
se hospedar, alimentar, abaste-
O
cer e fazer compras em nossa
região.
Além do trabalho de folheteria, o Caminhos do Indaiá, tem
participado efetivamente da política estadual do Turismo, com
presença garantida nas principais feiras e eventos do setor,
dentre eles o Salão Mineiro de
Turismo, que acontece anualmente mostrando todas as belezas das regiões turísticas de Minas Gerais.
Como resultado de nosso
trabalho, recebemos junto a SETUR-MG a renovação de nossa
certificação, que garante a permanência dos municípios associados nas politicas publicas estaduais do Turismo em 2013.
Sendo assim, continuamos
firmes no ideal de que podemos
crescer cada dia mais e tornar
essa região num dos principais
destinos turísticos do nosso Estado.
Românticos Anônimos
Tudo bem, eu admito: sou fã incondicional do amor. Amo sentir frio na barriga, sonhar acordada, pensar se do
outro lado da linha alguém mais pensa... e todas essas coisas idiotas que a
gente adora, como me disse minha
amiga Mandjuras. Amo surpresa, cartinha romântica, beijo demorado, abraço
apertado, olhares furtivos, sorrisos involuntários e músicas que saem de
dentro do chuveiro em dias especiais,
dias como ontem, hoje ou amanhã, tardes que viram coleções de
momentos fantásticos dentro da nossa imaginação. Ter um coração
insaciável pode ser bem complicado, ainda mais quando se vive em
pleno século XXI, no auge da superficialidade e da banalização das
relações afetivas. A fila tem que andar, e a gente não tem nem o direito de chorar pelo que não deu certo porque são tantas as oportunidades, tantos os meios e além de tudo todo mundo hoje em dia é
tão interessante que deixar de vender o peixão que você é acaba por
te excluir de uma rede de partidos imperdíveis. Nunca fui muito boa
com essas coisas que
vêm antes do amor, essa auto-promoção disfarçada acompanhada
de estratégias de conquista pré-cozidas, e
ainda assim acredito
que quando alguns caminhos se cruzam, não
há escapatória. Acho
que ninguém deveria
se privar de amar direito, de dar as cartas sem
moderação e sem expectativas, sem medo
de perder. Enquanto
você espera, flores, sabores e dias de sol esperam por você...
(31) 2519-2727
[email protected]
Érika Amâncio
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RONALDO SALVIANO
DE ARAÚJO KATTAH
Um dos nomes escolhidos como homenageado na Festa de Confraternização da
ADI - Associação dos Amigos de Dores do Indaiá deste ano foi RONALDO SALVIANO DE
ARAÚJO.
E a festa continua...
Nome grande e pomposo
que se torna grandioso
quando acrescido
de um apelido carinhoso.
CATATAU.
Catatau, com o passar do tempo e o emprego da numerologia ficou mais sofisticado
e incorporou-se ao nome e à pessoa. Surgiu
então o KATTAH. Isto mesmo, com K no início, dois Ts no meio e H no final.
Porém para facilitar, vou usar o Kata com
K, porque soa como sempre o chamei desde
a infância e não complica na hora de escrever.
Seu alcunha, segundo informação do
mesmo, foi colocado por uma filha do Sr.
Ageu que morava na Rua Capitão Amaro no
Buracão (hoje Bairro São Sebastião), lá pelos idos de 1960. (muito antes de surgir o Catatau, amigo do Zé Colméia.)
Catatau significa “Pessoa de pequena estatura, miudinha”.
Será por quê?
Mas também significa “Pessoa charmosa,
amável e expressiva, muito criativa e um tanto curiosa”.
Acertou também.
Ronaldo, filho de D. Rosa e Sr. Sebastião
Salviano de saudosas memórias, nasceu em
Quartel Geral que na época pertencia à Comarca de Dores do Indaiá, o que lhe concede
a cidadania e o título de um legítimo dorense
da gema com todas as características e singularidades.
É o bendito fruto entre as mulheres, suas
irmãs: Maria de Lourdes, Darcy, Eunice, Perpétua (esposa do meu grande amigo João de
Melo que viajou fora do combinado) e Rosaura. É pai de Felipe, Paula e Raquel.
Amigo só dos amigos porque não tem e
nunca teve inimigos.
Estudou e formou-se em 1963 no nosso
querido Ginásio Cornélio Caetano ainda no
prédio do Grupo Dr. Zacarias e depois na Casa do Sr. Hugo, berço de formação de uma
talentosa e vitoriosa geração, graças ao empenho de professores como Djalma Melgaço,
D. Dora Pinto, D. Adalmar, Dr. Raimundinho
Azevedo, Prof. João Batista, Luís Assunção,
Ivone Zica, Dr. Augusto Melo e tantos outros
e a intensa dedicação de Hugo de Sousa
Araújo.
Nesse mesmo ano, juntamente com os
amigos Emidinho Teles, Lúcio Teles, Augusto
do Mozart da Farmácia, Antônio Alberto Ba-
naneira, Zé Maria Canela e outros, fundaram
e dirigiram o CNG - Clube Nova Geração,
que com o apoio do Padre Jayme, naqueles
anos de chumbo, desenvolveram trabalhos
de conscientização política de grande importância para o desenvolvimento da juventude
dorense daquela época e que repercute até
hoje.
Sempre ligado às letras e às artes, Kata
iniciou sua carreira de jornalista amador em
1969 colaborando com a famosa Coluna Mini-Notas fundada por Roberto do Nilo e Carlinhos do Gil no jornal “O Liberal” de Nilo Peçanha, fato que contribuiu para que fosse
convidado pelo saudoso amigo Corsino José
da Silva para substituí-lo como correspondente do jornal ”Estado de Minas” desde
1994, divulgando tudo sobre Dores e a sociedade dorense, o que ainda faz até hoje, inclusive no jornal “O Tempo” onde goza de grande prestígio.
Em 1970, fundou o conjunto “Som 2001”
muito antes do filme “2001 - Uma odisseia no
Espaço”, com os amigos Ronaldo Lacerda
(empresário), Mirtão na bateria, Bananeira,
Rafael do INPS, Helíneo da Cemig nas guitarras, José Ferreira (filho do Zé da Guiomar)
nos teclados e seu irmão Ardisson no contrabaixo, ele, Kata, na voz e eu, José Lino, dando canja como cantor, quando visitava Dores
em ocasiões festivas. Foi o grande sucesso
da Churrascaria Central e do Indaiá Clube
nos anos 70.
Em 1971, idealizou e realizou o 1º Festival de Música de Dores do Indaiá, no palco
do Cine Indaiá, que teve como vencedores
José Lino e Torres Homem Vaz. Em 1972, foi
vencedor com a música “Por um mundo melhor” interpretada por Paulo Coelho juntamente com José Lino com a música “Morro
da Capelinha”. Foi um grande show com torcida organizada gritando e agitando cartazes,
no auditório lotado como só se via nos filmes
do Mazzaropi.
Kata ficou tão entusiasmado com o festival que foi comemorar com os amigos, no
Bar do Zé Preto. Depois de tomar umas e outras (coisa que já não faz mais), cantou a música “Amada Amante” de Roberto Carlos apenas 28 vezes seguidamente, ostentando e
balançando sua vasta cabeleira “a La Roni
Von”. É verdade!... Kata foi um dos precursores dos cabeludos em Dores. Era a moda.
Eram os modelos. Bons tempos. Bons e idos
cabelos.
Em 1973, participou ativamente da
UNESDI - União dos Estudantes do Ensino
Secundário de Dores do Indaiá e juntamente
com o Edson (irmão do Paulo Cassuaba) e
Eliana Agnelo, montaram no palco do Cine
Indaiá uma peça teatral de sua autoria intitulada “Juventude e Esperança” contando no
elenco com os atores Moacir (irmão
do Bite), Bananeira, Arlene do Zé
Basílio (Toró irmã
da Coruja) e Senhorinha Catita,
que foi um grande sucesso.
Além de poeta,
jornalista,
cantor, compositor, homem de
muita fé, nosso
amigo
Kata
também
foi
desportista tendo jogado no
Juvenil do Dorense Futebol
Clube na época
de grandes craques.
Além de tantas atividades artísticas, Ronaldo Salviano de Araújo dedicou-se à família
aos amigos e ao trabalho. Começou sua trajetória profissional na Caixa Econômica de
Minas Gerais onde exerceu, por 28 anos,
com dignidade e dedicação, diversas atividades, chegando à Gerência, onde permaneceu até a extinção da mesma. Foi então
transferido para a Secretaria da Fazenda onde se aposentou.
Kata, sempre alerta e atento a tudo, quando Dores do Indaiá foi, de forma leviana e irresponsável, atacada por uma jornalista do
Diário Popular de São Paulo, saiu em defesa
de todos os dorenses publicando a realidade
dos fatos na coluna “Fale com a Redação” do
jornal “Estado de Minas” fato que obrigou a
jornalista a desculpar-se publicamente.
Nosso amigo Kata também idealizou e redigiu, juntamente com o Dr. Alaor Campos
Fiúza, o “Requerimento Conjunto” endereçado ao Governador do Estado reivindicando a
instalação de uma unidade da Universidade
do Estado de Minas Gerais ou do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia em Dores. Este
documento assinado pelo Prefeito (Dr. Joaquim Cruz), Secretária Municipal de Educação (Janaína Mendonça Ferreira), e pelos
presidentes da Câmara Municipal (Dr. Sósthene Morais), Clube Regional da Agropecuária
(Amaury Fagundes Faria), COMADI (Dr. Amadeu Brasileiro dos Santos), Lions (Sérgio Geraldo de Oliveira), Loja Maçonica (Paulo César Pinto Ribeiro), OAB (Dra. Susicley Mara V.
S. Paulucci), Sindicato Rural (Dr. Tarley Santos), SADI – Sociedade dos Amigos de Dores
(Maria Genoveva Costa), e ADI – Associação
dos Amigos de Dores do Indaiá (Rosalva de
Oliveira Bernardes), foi protocolado pela ADI
junto ao Governo do Estado em 2009.
3
MAIO2013
- Em 2002, foi agraciado com
o título "Gente de Expressão" conferido pela
jornalista Lourdinha Silva do jornal "O Estado
de Minas".
- Em 2003, recebeu o Diploma de Moção
Honrosa da Câmara de Vereadores de Dores
do Indaiá.
- E, merecidamente recebeu também o título de "Dorense Notável" conferido pela SADI – Sociedade dos Amigos de Dores do Indaiá no ano de 2008.
Tarefa antagônica essa de escrever sobre
Ronaldo Kattah.
FÁCIL, por se tratar de um grande amigo
de infância e adolescência, pessoa popular,
transparente com tantos atributos e qualidades já de conhecimento geral.
DIFÍCIL, pela pouca convivência na fase
adulta, o que me privou de conhecer mais a
fundo o seu mundo de ideias, do qual me sobraram poucos, mas porem valiosos fragmentos.
Por fim, o meu abraço, desejo de saúde e
paz e o reconhecimento de que foi:
Homenageados de 2013
6
ILUMINADA A LEMBRANÇA DE SEU NOME.
MAIS FELIZ A ESCOLHA.
E UMA BRANCA FUMACINHA,
TAMBÉM SURGIU NO MORRO DA CAPELINHA,
O PRESIDENTE JOSÉ ANTÔNIO,
OS VOTOS CONTOU
E O DR. MARCONDES ANUNCIOU:
HAVEMOS KATA.
José Lino de Faria
MAIO2013
I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á
DONA HELENINHA
onfesso que hesitei: que título dar a este artigo? Minha prima Heleninha? Professora Heleninha? Ou,
simplesmente, Heleninha?
Acabei ficando com o “Dona” – no
seu significado etimológico de “dona
de casa, senhora” – sentido que depois se ampliou, como título honorífico
para pessoas de destaque. E não era
assim que Maria Helena Fiúza Guimarães era por todos conhecida, em nossa Dores do Indaiá?
E quem não se lembra da filha do
Tonico Caetano (o apaixonado e saudosista trovador de Dores) e da D. Zoca (Maria Rita de Faria Guimarães),
sempre elegante, “elegantérrima”, vestindo roupas de corte clássico, sem
desprezar um que outro detalhe mais
moderno, como um lenço ou echarpe
em volta do pescoço? Até nas suas
aulas ela costumava usar meias finas
e sapatos de salto alto, imaginem!
A comedida Heleninha normalmente não era de dar gargalhadas: apenas
sorria – e, às vezes, um sorrisozinho
maroto no canto dos lábios... Esse comedimento explicaria, talvez, sua preferência pela cantora Elisete Cardoso,
que tinha um gingado um pouco mais
discreto...
Foi sempre muito atuante na Paróquia. Devota de Nossa Senhora do
Ssmo. Sacramento, pertenceu à associação das “Filhas de Maria” e também
às “Luísas de Marilac”. Nesta linha de
atuação solidária, foi uma filha e irmã
C
exemplar. Adotou como suas as filhas
da irmã Terezinha, quando esta faleceu, e apoiou também outras pessoas
que passavam por momentos de necessidade. Deu até uma grande ajuda
ao nosso cantor Guto – era sempre a
pessoa dedicada e disponível. Hoje,
aposentada, participa do grupo
“Apoio”, que promove bazares beneficentes, para os quais confecciona bordados muito bonitos.
Mas, é evidente que nossa homenageada se destacou, sobretudo, no
campo profissional. Auxiliar da famosa
Diretora da Escola Normal, D. Esther
Alves, seguia muito a orientação dessa educadora, ao ser nomeada para
as cadeiras de Metodologia e de Prática de Ensino, que incluía orientação
pedagógica às Classes Anexas e às
alunas-mestras que procuravam seguir o ideal do magistério.
Após fazer com brilhantismo um
curso de especialização do Departamento de Aperfeiçoamento de Professores, do então Ministério da Educação e Cultura, foi convidada a trabalhar neste Ministério, em Belo Horizonte, para onde se transferiu. Aqui na Capital continua residindo até hoje, com a
irmã Sílvia, depois de aposentar-se.
Embora domiciliada em Belo Horizonte, nunca se esqueceu da Escola
Normal de Dores e de suas queridas
Classes Anexas, sempre orientando
suas substitutas, como a D. Branca e a
Maria Helena. Assim é que conseguiu,
no Léon Renault, vários estágios para
as alunas do curso de magistério dorense.
Portanto, D. Heleninha surge diante de nós como um modelo de educadora, daquelas à
moda antiga, de valores e princípios, de dedicação e ideal, que
nem sempre conseguimos
encontrar em nossos
dias.
Além
do
mais, solidária,
ela sempre está presente
nos momentos tristes ou
alegres em
que se reúne
a comunidade dorense
de Belo Horizonte,
da
mesma forma
que sempre
prestigiou nossas festas de confraternização ou de beneficência.
Permitam-me terminar com uma
pequena evocação: a área dos fundos
da Escola Normal, em Dores, tinha várias casuarinas, aquelas árvores que,
em vez de folhas, possuem pequenas
hastes cilíndricas, que produzem um
suave sussurro - que, às vezes, mais
parecem um gemido – quando tangidas pelo vento. Dona Heleninha amava essas árvores e quantas vezes chamou atenção das pessoas: ‘ – Olha
que beleza das casuarinas! ‘
Eu imagino que nossa homenageada passou por Dores e pela nossa comunidade como esse discreto sussurro das casuarinas, que fazem ouvir
sua voz, mas sem estridências nem
barulhos. É o doce murmúrio produzido pela presença dos ventos da amizade e da solidariedade, murmúrio
tranquilo e reconfortante.
Homenageados de 2013
2
José Hipólito de Moura Faria
Homenageados de 2011 em clima de confraternização, emoção e alegria.
CLÍNICA
PSIQUIÁTRICA
Dr. Marcondes Franco da Silva
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CLÍNICA E PSICOTERAPIA
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Tel.: 31 3194-5000
deando o açude vai indo uma velha. A saia
dela é toda de sianinha
no trespasse.
- Boa tarde.
- Hoje é você que está começando a conversa.
- Eu só disse boa tarde. Não sou mal-educada. Acho melhor passar a te cumprimentar. Afinal, a gente está se vendo toda
tarde.
- Toda tarde.
- Toda tarde!
Dores. As meninas do tio Mário brincam
de pular maré na rua Benedito Valadares.
Dana a ventar forte.
- Ontem você disse que não era mal-educada.
- Ah, sim, boa tarde.
- Boa tarde.
Inda. Outras dores. Uma mulher soca paçoca no pilão. Vento nenhum. Nem frio.
Nem chuva fininha. Mas o sol teima, o sol
demora.
- Boa tarde.
- Boa tarde.
O primeiro beijo
Cai chuva fininha. Um pássaro preto canta
no pé de jatobá.
- Faz uma semana que eu te vejo por
aqui... Endoidou?
- Posso te perguntar a mesma coisa.
- Eu tenho vindo toda tarde, faz mais de
ano.
- Por que resolveu prosear comigo hoje?
- Prefere não ouvir nem falar nada?
- Prefiro. Eu venho aqui pra isso.
Passa um homem alto e magro, chapéu
branco, vai carregando samburá cheinho
de flores. O homem assobia alto. Cai chuva fininha. Em Dores do Indaiá.
- Ei.
- Continuo não querendo prosa.
- Está bem. Me desculpa. Mas você, vira e
mexe, aparenta tristeza na alma.
- Continuo não querendo prosa, vê se larga a mão de puxar assunto.
Inda Indaiá. Carro de boi empacado. E la-
- Hoje eu trouxe cachecol e não está fazendo frio.
- Engraçado, não é?
- Por que você vem aqui toda tarde?
- Posso te perguntar a mesma coisa.
No ritmo da mão de pilão, a mulher que
soca paçoca desembesta a cantar alto. E
o sol fica mais renitente ainda.
- Senti saudade.
- Senti saudade.
- Jura que sentiu saudade?
- Jura que sentiu saudade?
No Morro da Capelinha o primeiro beijo.
Stella Maris Rezende
Autora de “A mocinha do Mercado Central”,
Globo, e “A guardiã dos segredos de família”,
SM,
Prêmios Jabuti 2012,
Câmara Brasileira do Livro.
“A mocinha do Mercado
Central” é também o
vencedor do Prêmio Jabuti O Livro do Ano, categoria Ficção.
I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á
Diretoria e Conselho da ADI
para o biênio 2012/2014
Presidente: José Antônio Guimarães de Faria
Vices-presidentes: Fábio das Graças Oliveira Braga, João de Souza Tonaco, José Arinos Guimarães
Machado, José Hipólito de Moura Faria, Ozório José
Araújo do Couto e Wagner Álvares de Carvalho.
Diretoria Administrativa: José Jalba Martins Faria
e Roberto Eustáquio de Araújo.
Diretoria Cultural: Antônio Augusto de Souza e
Márcia Gouthier de Carvalho.
Diretoria de Desenvolvimento e Expansão: Jalmira Regina Fiúza de Sousa e Valéria Madureira de
Oliveira Melo.
Diretoria Financeira: Aloísio Mendonça de Lacerda
e Geraldo José de Mello.
Diretoria Jurídica: José Lino de Faria e Maria Claret
Carneiro Barbosa.
Diretoria de Relações Públicas: Antônio Carlos
Carvalho Campos e Domingos Carneiro Costa.
Diretoria de Secretários: Altina Lúcia Caetano Guimarães Mello e Vera Maria Motta Machado.
Diretoria Social: Nilce Pontes e Sophia Bernardes
Lorenzato.
Conselho Consultivo: Presidente – Haroldo de Oliveira Lopes, vice-presidente – Rosalva de Oliveira
Bernardes, Carlos Augusto de Melo Silva, Emídio Teles de Carvalho Filho, Kielder Wagner Lopes Cançado.
Conselho Fiscal: Chester Carlos de Azevedo, Juarez de Carvalho Campos, Juarez França Teles, Mônica Corrêa, Gustavo Henrique Lopes Cançado,
Marcondes Franco da Silva, Padre Henrique de
Moura Faria.
Conselheiros: Ademar de Barros Rodrigues; Afonso
José de Melo; Alcides Silva Júnior; Alda Alvares Lacerda; Amauri Fagundes Faria; Ana Maria de Oliveira
Lacerda; Angela Maria Faria Lopes; Angela Melgaço
Cardoso; Angélica de Carvalho Chagas Vioth; Antônio Caetano de Sousa; Antônio Carlos de Oliveira
Corrêa; Antônio Celso Beluco; Antonio Dias Carvalho; Aparecida de Oliveira Galvão; Arnaldo Brasil Filho; Balbina Alves Cardoso; Bolivar Lamounier;
Carla de Araújo Faria; Cássia Imaculada Cordoval; Catarina Silvânia de Oliveira; Cecília de
Sá Lino Silva; César Machado Ribeiro; Cimar Eustáquio Marques; Daladier Rodrigues de Alcântara Júnior; Dalila Caetano Lacerda; Danilo Mendonça de Lacerda; Delenda F. Campos; Dimas
Wagner Lamounier; Édna Caetano C. Lacerda; Eliardo Viana de Queiroz; Eduardo de Lacerda Valente; Estanley Falconieri Resende; Fabiano
Ribeiro de Oliveira; Fábio Rogério S. Pereira;
Fabrício José Moreira Borges; Fernando
Baeta Zebral Vieira; Franquislene Dias Vieira;
Genoveva Costa; Giselda de Queiroz Franco; Gustavo de Oliveira Lacerda; Gustavo Pinto de
Melo; Hamilton Mendonça de Lacerda; Helio Carneiro Araujo; Henrique Vasconcelos Caetano;
Hipólito de Assis Matos; Ivone Maria de Almeida Luz;
Jaquelina Sarkis; Jesus Bráulio; João Bosco Lucas
Pereira; João Paulo Chagas Vioth de Magalhães;
João Paulo de Noronha; Joaquim Franco; Jonas
Galvani Faria Pereira; José Antonio Cardoso; José
Eduardo Madureira de Oliveira; Jose Machado Resende; Jose Odilon Fonseca; José Orlando Pinto da
Cunha; José Osvander Fonseca; José Ozório
Caetano; Júnia França Teles; Jussara Correa; Laís
Oliveira Faria; Lindalva Carvalho S. Barros; Lucas
Flávio de Camargos Souza; Luiz Carlos Teles
Correa; Luiz Gonzaga Costa; Márcio Alves Vasconcelos; Marcio Caetano Cruz; Marcos Paulo da Silva; Maria Augusta Alcantara Borges; Maria Auxiliadora de Souza Pereira; Maria Terezinha de Melo Silva Vieira; Marilia Fiuza; Marina Caetano Guimaraes
Pires; Messias José de Sousa; Muraí Caetano; Myriam Guimarães Machado Mendes; Moisés Souza; Nelson Campos Valente Neto; Olavo Abreu;
Olavo Lacerda Ribeiro; Orestes Vaz da Costa Filho; Orlando Abreu; Orlando E Zica Júnior; Osvaldo Mateus de Sousa; Paulo Cesar Leite Correa;
Paulo Gomes Santiago; Paulo Pinto Morais;
Paulo Roberto de Araujo; Raphaela Ignachiti Vargas; Regina Marcia de Oliveira Dias; Renato Lopes Lacerda; Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza; Ricardo Giordani Ribeiro; Roberto Reis; Rodrigo
Franco; Ronaldo Salviano de Araújo Kattah;
Ronildo Faria Paixão; Rosaura Zica Costa; Serdiley
Resende; Sérgio Costa Carvalho; Sergio Mauricio
Madureira Dias; Sérgio Paulo Silva; Simeão de Oliveira Neto; Wagner de Castro; Waldemar José de
Oliveira; Waldir Matos de Assis e Wilson José dos
Santos.
MAIO2013
7
PIO DORES
Maria
De repente, o salão social do Colégio
PIO XII era uma pracinha das Dores do Indaiá...
De repente, uma esquina, que eu conheço tanto, estava lá, no PIO XII...
De repente, as ruas, que eu conheço
tanto, estavam lá no PIO XII...
De repente, meu povo todo, o povo que
eu conheço tanto, estava lá no PIO XII...
E meu coração confundiu tudo: a alma
de Dores do Indaiá se mudara para o Teatro do PIO XII...
O mundo da alma é mágico, é telúrico e
nós – os de cá - embarcamos em suas manhas, em suas feitiçarias...
Não há de ver que o Teatro cantava com
a voz e o mesmo carisma do Osvaldo da
Sinhá do Grilo, mas com outro rosto? Ah, o
rosto era de dois filhos lindos, Guto e Lucinha...
Daqui de minha casa, sem sair das Dores, eu vi e ouvi a Dª Dayse Gouthier, a professora inesquecível, recitando (ainda existe esta palavra?) as poesias do Zezé Machado, que batia palmas na plateia - pelas
mãos e com o rosto de sua filha, a nossa
Helena/Lelena?
Ah, a Dª Dayse já recita para os anjos?
Quem falou isso? Eu a vi, com uma roupa
linda, encantando o Teatro do PIO XII...- Uai, então era a Márcia, sua filha?
- Jesus, jurei que era a professorinha
daqui, a Dayse do Zezé do Gustavo, jurei
que era...
- Deus meu, o que o Tonico Caetano foi
fazer lá no PIO XII, gente?
- Tudo bem, o jeitão, era do Marcondes
Faria, do Dico do Marcondes... Mas a leveza da alma, ah, essa era da Yone e do Tonico Caetano, claro que era! Não era nenhum deles, era o José Antônio - o Presidente - a mágica de misturas atemporais...
- Uai, e o Zé Lino, o Dr. Tampinha – desculpe, eu misturo tudo - agora deu pra tocar
piano, sem a barba branca e com cara de
mocinho? Não entendo mais nada: pensei
que era o filho dele... Depois, pensei que
era o poeta do meu tempo de Festivais -
aqui na Terra Azul... Tiraram minha dúvida –
era mesmo o filho do Dr. Tampinha, o Ramiro Moreno... Recebeu do pai a fagulha da
ARTE... (até sua esposa herdou um pouco
dessa fagulha, pode? Penso que pode, porque ela deu o maior show ao piano!) Sem
falar no dedilhado a quatro mãos, de Sandra e Cristina ... Precisava de QUATRO
MÃOS DE ARTISTAS, gente? Foi emoção
demais pro meu pobre coração do Indaiá
das Dores...
- Gente, gente, gente...
E aquela gracinha de Rosalva, de onde
tirou tanta simpatia, tanto carisma? Eu sei,
essa eu mato na hora: quem falava, naquela “prafrenteza”, naquela prontidão, era o
Lourival Bernardes, aquele que recitava
NAVIO NEGREIRO ao meio dia, no sol, na
chuva, em casa, na rua... naquela panca toda. A Rosalva é uma Dircinha do Lourival:
sorriso de um, olhar do outro, certeza de
que, na ARTE, tudo continua, indefinidamente... Um vento mágico sopra a chama e
ela reaparece...
De repente, lá estavam todos os MELGAÇOS nas mãos encantadas do Mauro
Morais. O nome dele bem que poderia ser:
Mauro MELGAÇO Fiúza de Morais, porque, vai ser artista lá longe! O piano em
suas mãos fica leve, sai voando, corre mundo, toca na Europa, canta, dança, encanta...nEntende de música como seus longevos ancestrais de além-mar...
O nosso Carlinhos da Rádio, aquele menino que deu birra por causa de um microfone – pensando que era um picolé...- e, até
hoje, acha que o microfone é picolé, tamanha doçura o acompanha, quando canta...
Claro, alguma fada-madrinha falou,
quando ele nasceu: _"Vai, Carlos, vai ser
cantor nessa vida..."
Um fio mágico teceu sua alma – ele o
segue fielmente: onde tem dorenses juntos,
lá está ele, o Carlos Roberto Silva...
Até o Oriente estava ali, com nome indaiazeiro, com família indaiazeira: Dores do
Indaiá, com 10 anos de idade, já sabendo
usar o véu para encantar corações... D. PolicenaMoemaDanielaCamila: corrente forte
essa! A bisavó andava longe pra arrumar
um teatro, adorava uma selva no palco,
com as índias mais bonitas da região: Delenda, Moema ...
Outras vezes, transformava nossas meninas em BONECAS VIVAS... (minha filha
Altina Lúcia foi uma de suas bonecas, ao lado de Alzirinha, Simone, Cidinha, Raquel,
Zinha...)
Antigamente, muitos ciganos vinham
beber da água da Fonte-do-Povo aqui nas
Gerais – a Praça Prof. Waldemar de Almeida Barbosa era Praça São Vicente. Nome
que ninguém falava – o povo logo a batizou
PRAÇA DOS CIGANOS... Emílio Moura – o
poeta – relembra esse tempo bonito em
seu poema à cidade azul...
Certamente, algum passarinho contou
isso por aí: o Grupo LUNA GUAPA, Dayana
Keny e Pablo, certamente, também beberam da água da Fonte-do-Povo... - A Praça
antiga e os ciganos voltaram, com suas
tendas, suas cartas de baralho, suas danças e encantamento. Partiam sempre, deixavam suspiros e saudades, sempre... Depois, voltavam, como agora, porque foram
enfeitiçados pela água e pela cidade e porque a Praça dos Ciganos já lhes pertencia...
- Ah, ADI! Eu sei que a ARTE é uma chama à espera de artistas: a essência da história de um povo é tecida com danças, poesias, livros e palavras...
Eu sei que todo teatro tem coxia, tem
bastidores, que muita gente precisa estar lá
atrás – estando à frente...
Emidinhos e Nilces, Marcondes e Claretes, estavam lá, nas coxias, nos bastidores,
soprando as chamas e as fagulhas da História de Dores do Indaiá...
De repente, o Pio XII era um PIO DORES, com gosto de manga doce de leite,
com cheiro de poeira vermelha... Com a
Santa Azul abençoando nossa terra... Com
as cores da Congada, com a ARTE descendo do mundo mágico para enfeitar o trabalho "desse povo tenaz, na cidade, no
campo e na roça, pois só quer o progresso
e a paz."
Dores do Indaiá, 12/12/12.
Dorenses... Arte – Talento – Emoção...
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Joaquim
Araguaia
Em nosso inesquecível encontro “Talentos
Dorenses” realizado em 27 de outubro de 2012,
no Teatro do Colégio Pio XII, em Belo Horizonte,
tivemos a valiosa participação dos talentosos artistas dorenses:
Mauro Fiúza Morais – Grupo “Luna Guapa” –
Márcia Gouthier de Carvalho – Antônio Augusto
de Sousa “Guto” – Lúcia de Sousa “Lucinha” –
Camila Theodoro de Menezes – Carlos Roberto
Silva “Carlinhos” – Cristina Guimarães - Sandra
Costa Almeida de Lino Faria – José Lino de Faria
– Ramiro Moreno Amorim Gontijo de Lino Faria –
Dayana Keny Xavier
Foi um encontro regado a música clássica,
música popular brasileira, música sertaneja, dança e poesias, onde artistas e platéia se interagiram e... aplauso, emoção e sorrisos de alegria.
8
MAIO2013
I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á
Sorrisos, brindes, é o encontro de dorenses e amigos...
I N F O R M AT I V O A D I - A S S O C I AÇ Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N D A I Á
adi Dores do Indaiá
associação de amigos de
ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013
É tempo de festa!
A alegria está no ar, assim como a
saudade e a vontade de estarmos juntos.
Palavra do Presidente
ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO DOS
AMIGOS DE DORES DO INDAIÁ - ADI
Biênio 2012 / 2014
Dando prosseguimento aos
eventos promovidos anualmente
pela ADI, foram realizados, pela
atual Diretoria, os seguintes:
CONFRATERNIZAÇÃO
DORENSES E AMIGOS
Dia 30 de Junho de 2012
Local - Raja Grill
Na noite de sábado de 30 de junho de 2012, foi realizado, no Raja
Grill, o Encontro de Dorenses e
Amigos.
Foi uma bela festa, muito concorrida, ao som de boa música e
muita dança.
Naquela oportunidade, Cecília
Sá, da Agência Ponte, entregou ao
presidente da ADI, José Antônio
Guimarães de Faria, 71 folhas de
selos personalizados com a marca
dos 180 Anos da Festa de Nossa
Senhora do Rosário, São Benedito
e Santa Efigênia de Dores do Indaiá. A ADI foi uma das quatro parceiras a aderirem a esta etapa da
campanha.
TALENTOS DORENSES
Dia 27 de Outubro de 2012
Local: Teatro Centro Cultural Pio
XII ( Colégio Pio XII )
Procurando inovar, foi realizada
no dia 27 de outubro de 2012, no
Teatro do Colégio Pio XII, a festa
que surpreendeu a todos pela sua
beleza, pelo encontro de tantos dorenses. O espetáculo foi a realização de antigo sonho da ADI que
procurou reunir, prestigiar e incentivar talentosos dorenses que moram em Dores e em Belo Horizonte.
Muita música, dança e poesia. Tivemos a oportunidade de rever amigos e conterrâneos que há muito
não víamos. Muita alegria, muita
emoção.
E desse encontro inédito, nasceu um DVD que registrou para
sempre essa noite memorável e
inesquecível.
DORENSES E AMIGOS
CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL
Será no dia 15 de junho 2013 a
tão esperada festa, já tradicional,
que desta vez será realizada no Circulo Militar.
Espero por vocês neste nosso
novo encontro.
Abraço a todos
José Antônio Guimarães de
Faria - Presidente da Associação
dos Amigos de Dores - ADI
Em 2013
Visite Dores
do Indaiá
Prestigie nossa
querida cidade
Aproveite feriados e festas
30 de maio – Corpus Christi
24 a 28 de julho – Expodores
19 de agosto – Nossa Senhora do Rosário
Sou um dos 11 filhos de Geraldo Gontijo
de Faria e Yone Guimarães de Faria.
Meu pai sempre foi fazendeiro, e era conhecido como Dico do Marcondes.
Meus avós paternos são Marcondes de
Souza Faria e Veraldina Gontijo de Faria
(Dona Mulatinha). Meu avô também sempre foi fazendeiro. Meus avós maternos são: Antônio Caetano da
Silva Guimarães Junior (Tonico Caetano ) e Maria Rita de Faria
Guimarães. Meu avô Tonico Caetano foi um grande poeta, deixando-nos um livro muito bonito, Paisagens de Nossa Terra, de grande valor histórico, onde conta em versos, um pouco da história de
Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro.
Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas lembranças. Os melhores anos de minha vida passei em Dores. Mas,
o mundo nos leva para outros caminhos, e numa fria manhã de julho deixei Dores. Começava ali uma nova vida, um novo mundo,
uma outra história. Deixei Dores aos 18 anos, em busca de meus
sonhos. Nunca esqueci minha querida cidade. Fui para São Paulo,
onde morei por oito anos, trabalhando na firma Indústria Romi S.A.
Deixei São Paulo e me mudei para Belo Horizonte, ingressando na
firma Cia. Siderúrgica Mannesmann, onde me aposentei.
Quis o destino que eu chegasse à presidência da Associação
dos Amigos de Dores do Indaiá – ADI, eleito para o biênio
2012/2014, como que um prêmio, pois, de certa forma poderia me
aproximar de velhos amigos, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades, sempre com o espírito voltado para a minha querida cidade.
Confesso que fiquei muito emocionado e surpreso, e a princípio
um pouco temeroso em ocupar o cargo de Presidente, já que a
ADI dispõe de inúmeros nomes para ocupar tão honroso cargo.
Não é uma tarefa das mais fáceis, mas muito prazerosa.
Tudo farei para levar adiante projetos que possam elevar o nome de nossa querida Dores, fortalecendo ainda mais a ADI com
reuniões periódicas, promoção de eventos culturais, artísticos,
sem jamais esquecer a festa anual do encontro dos dorenses, que
já é uma tradição e não pode morrer. Para tanto, conto com a colaboração de todos, pois ninguém faz nada sozinho.
Um abraço a todos.
José Antônio Guimarães de Faria - Presidente
08 de outubro – Aniversário da cidade
HINO A DORES DO INDAIÁ
Letra: Waldemar de Almeida Barbosa
Música: Luiz Gonzaga Melgaço
No passado longínquo, distante,
Boa Vista o arraial se chamou;
Inda tem vista bela e galante,
que fascina e sempre encantou.
Salve Dores, ó Dores, ó terra
de alegria e fé no Senhor!
Este povo, na paz ou na guerra,
mostra sempre seu grande valor!
Indaiá simboliza o sertão,
onde Cristo plantou a sua Cruz
e o bravo estendeu a nação,
na epopéia que glória traduz.
Esta bela cidade de Minas,
Bem traçada, qual um lindo jardim,
tem seus montes e belas campinas,
também tem horizontes sem fim.
Esta terra feliz tem agora,
tem progresso, tem luz e tem flores,
tem a benção de Nossa Senhora,
Mãe de Deus e Senhora das Dores.
Ó Senhora das Dores, Mãe nossa,
ajudai este povo tenaz,
na cidade, no campo e na roça,
pois só quer o progresso e a paz.
Convite
A Associação de Amigos de Dores
do Indaiá - ADI convida você, familiares
e amigos para a grande
CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL DE 2013
DATA/HORA: 15 de junho de 2013, de 21h as 3h
LOCAL: Círculo Militar - Av. Raja Gabáglia, 350 - Gutierrez
Bufet: Tereza Cavalcanti
BANDA: Conexsom
HOMENAGEADOS: Haroldo de Oliveira Lopes
João de Souza Tonaco
Maria Helena Fiúza Guimarães (D. Heleninha)
Ronaldo Salviano de Araújo Kattah
Onde adquirir o seu Ingresso:
BELO HORIZONTE
CONTAGEM
NILCE PONTES:
Tel: (31) 9656-1536
VERA:
Tel: (31) 8799-3718
LEITURA BIG SHOPPING:
Av. João César de Oliveira nr 1275
Loja 250
LEITURA ITAÚ SHOPPING:
Av. General David Sarnof, 5160
Loja 67
LEITURA PÁTIO:
Av. do Contorno, nr. 6061
Loja 235
LEITURA SHOPPING CIDADE:
Rua Rio de Janeiro nr. 910
DORES DO INDAÍA
BAR DA REGINA
Dorenses já homenageados
pela ADI
1998 - Oswaldo Araújo e Emílio
Moura
1999 - Waldemar de Almeida
Barbosa e Luiz Melgaço
2000 - João Chagas de Faria
(Dr. Di) e José Ribeiro
Machado
2001 - Maria do Carmo S.
Gouthier (Carminha
Gouthier) e Edgard Pinto
Fiúza
2002 - Jesuína Francisca de
Jesus, Maria Aparecida
França Teles e Francisco
Luís da Silva Campos
(Chico Ciência)
2003 - Alexandre Lacerda Filho,
Hugo de Sousa Araújo e
Emídio Teles de Carvalho
Filho (Emidinho)
2004 - Tiburtino José da Silva
(Tininho) e Marcondes
Franco da Silva
2005 - Carlos Augusto Melo e
Silva, Josué Chagas e
Amadeu Brasileiro dos
Santos
2006 - José de Oliveira
Carvalho, Mário de
Oliveira Carvalho,
Branca Caetano
Guimarães, Ivany
Chagas Coutinho e Nilce
Pontes.
2007 - Antônio Lalau de
Carvalho, Dácio Chagas
de Faria, Kielder Wagner
Lopes Cançado e Nilo
Peçanha de Araújo.
2008 - Belmiro Teles de
Carvalho, Bolívar
Lamounier, Juscelino
Pinto da Cunha e Maria
da Conceição Silva (Irmã
Teresa)
2010 - Fábio Nelson Fiúza,
Mário Carneiro e
Rosalva Oliveira
Bernardes.
2011 - Augusto de Mello Netto
José Fiúza de Lacerda
Wagner de Castro
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ADI - Associação dos Amigos de Dores do Indaiá