8 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á Sorrisos, brindes, é o encontro de dorenses e amigos... I N F O R M AT I V O A D I - A S S O C I AÇ Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N D A I Á adi Dores do Indaiá associação de amigos de ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013 É tempo de festa! A alegria está no ar, assim como a saudade e a vontade de estarmos juntos. Palavra do Presidente ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE DORES DO INDAIÁ - ADI Biênio 2012 / 2014 Dando prosseguimento aos eventos promovidos anualmente pela ADI, foram realizados, pela atual Diretoria, os seguintes: CONFRATERNIZAÇÃO DORENSES E AMIGOS Dia 30 de Junho de 2012 Local - Raja Grill Na noite de sábado de 30 de junho de 2012, foi realizado, no Raja Grill, o Encontro de Dorenses e Amigos. Foi uma bela festa, muito concorrida, ao som de boa música e muita dança. Naquela oportunidade, Cecília Sá, da Agência Ponte, entregou ao presidente da ADI, José Antônio Guimarães de Faria, 71 folhas de selos personalizados com a marca dos 180 Anos da Festa de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia de Dores do Indaiá. A ADI foi uma das quatro parceiras a aderirem a esta etapa da campanha. TALENTOS DORENSES Dia 27 de Outubro de 2012 Local: Teatro Centro Cultural Pio XII ( Colégio Pio XII ) Procurando inovar, foi realizada no dia 27 de outubro de 2012, no Teatro do Colégio Pio XII, a festa que surpreendeu a todos pela sua beleza, pelo encontro de tantos dorenses. O espetáculo foi a realização de antigo sonho da ADI que procurou reunir, prestigiar e incentivar talentosos dorenses que moram em Dores e em Belo Horizonte. Muita música, dança e poesia. Tivemos a oportunidade de rever amigos e conterrâneos que há muito não víamos. Muita alegria, muita emoção. E desse encontro inédito, nasceu um DVD que registrou para sempre essa noite memorável e inesquecível. DORENSES E AMIGOS CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL Será no dia 15 de junho 2013 a tão esperada festa, já tradicional, que desta vez será realizada no Circulo Militar. Espero por vocês neste nosso novo encontro. Abraço a todos José Antônio Guimarães de Faria - Presidente da Associação dos Amigos de Dores - ADI Em 2013 Visite Dores do Indaiá Prestigie nossa querida cidade Aproveite feriados e festas 30 de maio – Corpus Christi 24 a 28 de julho – Expodores 19 de agosto – Nossa Senhora do Rosário Sou um dos 11 filhos de Geraldo Gontijo de Faria e Yone Guimarães de Faria. Meu pai sempre foi fazendeiro, e era conhecido como Dico do Marcondes. Meus avós paternos são Marcondes de Souza Faria e Veraldina Gontijo de Faria (Dona Mulatinha). Meu avô também sempre foi fazendeiro. Meus avós maternos são: Antônio Caetano da Silva Guimarães Junior (Tonico Caetano ) e Maria Rita de Faria Guimarães. Meu avô Tonico Caetano foi um grande poeta, deixando-nos um livro muito bonito, Paisagens de Nossa Terra, de grande valor histórico, onde conta em versos, um pouco da história de Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro. Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas lembranças. Os melhores anos de minha vida passei em Dores. Mas, o mundo nos leva para outros caminhos, e numa fria manhã de julho deixei Dores. Começava ali uma nova vida, um novo mundo, uma outra história. Deixei Dores aos 18 anos, em busca de meus sonhos. Nunca esqueci minha querida cidade. Fui para São Paulo, onde morei por oito anos, trabalhando na firma Indústria Romi S.A. Deixei São Paulo e me mudei para Belo Horizonte, ingressando na firma Cia. Siderúrgica Mannesmann, onde me aposentei. Quis o destino que eu chegasse à presidência da Associação dos Amigos de Dores do Indaiá – ADI, eleito para o biênio 2012/2014, como que um prêmio, pois, de certa forma poderia me aproximar de velhos amigos, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades, sempre com o espírito voltado para a minha querida cidade. Confesso que fiquei muito emocionado e surpreso, e a princípio um pouco temeroso em ocupar o cargo de Presidente, já que a ADI dispõe de inúmeros nomes para ocupar tão honroso cargo. Não é uma tarefa das mais fáceis, mas muito prazerosa. Tudo farei para levar adiante projetos que possam elevar o nome de nossa querida Dores, fortalecendo ainda mais a ADI com reuniões periódicas, promoção de eventos culturais, artísticos, sem jamais esquecer a festa anual do encontro dos dorenses, que já é uma tradição e não pode morrer. Para tanto, conto com a colaboração de todos, pois ninguém faz nada sozinho. Um abraço a todos. José Antônio Guimarães de Faria - Presidente 08 de outubro – Aniversário da cidade HINO A DORES DO INDAIÁ Letra: Waldemar de Almeida Barbosa Música: Luiz Gonzaga Melgaço No passado longínquo, distante, Boa Vista o arraial se chamou; Inda tem vista bela e galante, que fascina e sempre encantou. Salve Dores, ó Dores, ó terra de alegria e fé no Senhor! Este povo, na paz ou na guerra, mostra sempre seu grande valor! Indaiá simboliza o sertão, onde Cristo plantou a sua Cruz e o bravo estendeu a nação, na epopéia que glória traduz. Esta bela cidade de Minas, Bem traçada, qual um lindo jardim, tem seus montes e belas campinas, também tem horizontes sem fim. Esta terra feliz tem agora, tem progresso, tem luz e tem flores, tem a benção de Nossa Senhora, Mãe de Deus e Senhora das Dores. Ó Senhora das Dores, Mãe nossa, ajudai este povo tenaz, na cidade, no campo e na roça, pois só quer o progresso e a paz. Convite A Associação de Amigos de Dores do Indaiá - ADI convida você, familiares e amigos para a grande CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL DE 2013 DATA/HORA: 15 de junho de 2013, de 21h as 3h LOCAL: Círculo Militar - Av. Raja Gabáglia, 350 - Gutierrez Bufet: Tereza Cavalcanti BANDA: Conexsom HOMENAGEADOS: Haroldo de Oliveira Lopes João de Souza Tonaco Maria Helena Fiúza Guimarães (D. Heleninha) Ronaldo Salviano de Araújo Kattah Onde adquirir o seu Ingresso: BELO HORIZONTE CONTAGEM NILCE PONTES: Tel: (31) 9656-1536 VERA: Tel: (31) 8799-3718 LEITURA BIG SHOPPING: Av. João César de Oliveira nr 1275 Loja 250 LEITURA ITAÚ SHOPPING: Av. General David Sarnof, 5160 Loja 67 LEITURA PÁTIO: Av. do Contorno, nr. 6061 Loja 235 LEITURA SHOPPING CIDADE: Rua Rio de Janeiro nr. 910 DORES DO INDAÍA BAR DA REGINA Dorenses já homenageados pela ADI 1998 - Oswaldo Araújo e Emílio Moura 1999 - Waldemar de Almeida Barbosa e Luiz Melgaço 2000 - João Chagas de Faria (Dr. Di) e José Ribeiro Machado 2001 - Maria do Carmo S. Gouthier (Carminha Gouthier) e Edgard Pinto Fiúza 2002 - Jesuína Francisca de Jesus, Maria Aparecida França Teles e Francisco Luís da Silva Campos (Chico Ciência) 2003 - Alexandre Lacerda Filho, Hugo de Sousa Araújo e Emídio Teles de Carvalho Filho (Emidinho) 2004 - Tiburtino José da Silva (Tininho) e Marcondes Franco da Silva 2005 - Carlos Augusto Melo e Silva, Josué Chagas e Amadeu Brasileiro dos Santos 2006 - José de Oliveira Carvalho, Mário de Oliveira Carvalho, Branca Caetano Guimarães, Ivany Chagas Coutinho e Nilce Pontes. 2007 - Antônio Lalau de Carvalho, Dácio Chagas de Faria, Kielder Wagner Lopes Cançado e Nilo Peçanha de Araújo. 2008 - Belmiro Teles de Carvalho, Bolívar Lamounier, Juscelino Pinto da Cunha e Maria da Conceição Silva (Irmã Teresa) 2010 - Fábio Nelson Fiúza, Mário Carneiro e Rosalva Oliveira Bernardes. 2011 - Augusto de Mello Netto José Fiúza de Lacerda Wagner de Castro MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á DONA HELENINHA onfesso que hesitei: que título dar a este artigo? Minha prima Heleninha? Professora Heleninha? Ou, simplesmente, Heleninha? Acabei ficando com o “Dona” – no seu significado etimológico de “dona de casa, senhora” – sentido que depois se ampliou, como título honorífico para pessoas de destaque. E não era assim que Maria Helena Fiúza Guimarães era por todos conhecida, em nossa Dores do Indaiá? E quem não se lembra da filha do Tonico Caetano (o apaixonado e saudosista trovador de Dores) e da D. Zoca (Maria Rita de Faria Guimarães), sempre elegante, “elegantérrima”, vestindo roupas de corte clássico, sem desprezar um que outro detalhe mais moderno, como um lenço ou echarpe em volta do pescoço? Até nas suas aulas ela costumava usar meias finas e sapatos de salto alto, imaginem! A comedida Heleninha normalmente não era de dar gargalhadas: apenas sorria – e, às vezes, um sorrisozinho maroto no canto dos lábios... Esse comedimento explicaria, talvez, sua preferência pela cantora Elisete Cardoso, que tinha um gingado um pouco mais discreto... Foi sempre muito atuante na Paróquia. Devota de Nossa Senhora do Ssmo. Sacramento, pertenceu à associação das “Filhas de Maria” e também às “Luísas de Marilac”. Nesta linha de atuação solidária, foi uma filha e irmã C exemplar. Adotou como suas as filhas da irmã Terezinha, quando esta faleceu, e apoiou também outras pessoas que passavam por momentos de necessidade. Deu até uma grande ajuda ao nosso cantor Guto – era sempre a pessoa dedicada e disponível. Hoje, aposentada, participa do grupo “Apoio”, que promove bazares beneficentes, para os quais confecciona bordados muito bonitos. Mas, é evidente que nossa homenageada se destacou, sobretudo, no campo profissional. Auxiliar da famosa Diretora da Escola Normal, D. Esther Alves, seguia muito a orientação dessa educadora, ao ser nomeada para as cadeiras de Metodologia e de Prática de Ensino, que incluía orientação pedagógica às Classes Anexas e às alunas-mestras que procuravam seguir o ideal do magistério. Após fazer com brilhantismo um curso de especialização do Departamento de Aperfeiçoamento de Professores, do então Ministério da Educação e Cultura, foi convidada a trabalhar neste Ministério, em Belo Horizonte, para onde se transferiu. Aqui na Capital continua residindo até hoje, com a irmã Sílvia, depois de aposentar-se. Embora domiciliada em Belo Horizonte, nunca se esqueceu da Escola Normal de Dores e de suas queridas Classes Anexas, sempre orientando suas substitutas, como a D. Branca e a Maria Helena. Assim é que conseguiu, no Léon Renault, vários estágios para as alunas do curso de magistério dorense. Portanto, D. Heleninha surge diante de nós como um modelo de educadora, daquelas à moda antiga, de valores e princípios, de dedicação e ideal, que nem sempre conseguimos encontrar em nossos dias. Além do mais, solidária, ela sempre está presente nos momentos tristes ou alegres em que se reúne a comunidade dorense de Belo Horizonte, da mesma forma que sempre prestigiou nossas festas de confraternização ou de beneficência. Permitam-me terminar com uma pequena evocação: a área dos fundos da Escola Normal, em Dores, tinha várias casuarinas, aquelas árvores que, em vez de folhas, possuem pequenas hastes cilíndricas, que produzem um suave sussurro - que, às vezes, mais parecem um gemido – quando tangidas pelo vento. Dona Heleninha amava essas árvores e quantas vezes chamou atenção das pessoas: ‘ – Olha que beleza das casuarinas! ‘ Eu imagino que nossa homenageada passou por Dores e pela nossa comunidade como esse discreto sussurro das casuarinas, que fazem ouvir sua voz, mas sem estridências nem barulhos. É o doce murmúrio produzido pela presença dos ventos da amizade e da solidariedade, murmúrio tranquilo e reconfortante. Homenageados de 2013 2 José Hipólito de Moura Faria Homenageados de 2011 em clima de confraternização, emoção e alegria. CLÍNICA PSIQUIÁTRICA Dr. Marcondes Franco da Silva PSIQUIATRIA, CLÍNICA E PSICOTERAPIA CRMMG 8455 (31) 3273-0202 / 9481-3111 Av. Mem de Sá, 962 – Bairro Santa Efigênia 30.260-270 - BELO HORIZONTE - MG Tel.: 31 3194-5000 deando o açude vai indo uma velha. A saia dela é toda de sianinha no trespasse. - Boa tarde. - Hoje é você que está começando a conversa. - Eu só disse boa tarde. Não sou mal-educada. Acho melhor passar a te cumprimentar. Afinal, a gente está se vendo toda tarde. - Toda tarde. - Toda tarde! Dores. As meninas do tio Mário brincam de pular maré na rua Benedito Valadares. Dana a ventar forte. - Ontem você disse que não era mal-educada. - Ah, sim, boa tarde. - Boa tarde. Inda. Outras dores. Uma mulher soca paçoca no pilão. Vento nenhum. Nem frio. Nem chuva fininha. Mas o sol teima, o sol demora. - Boa tarde. - Boa tarde. O primeiro beijo Cai chuva fininha. Um pássaro preto canta no pé de jatobá. - Faz uma semana que eu te vejo por aqui... Endoidou? - Posso te perguntar a mesma coisa. - Eu tenho vindo toda tarde, faz mais de ano. - Por que resolveu prosear comigo hoje? - Prefere não ouvir nem falar nada? - Prefiro. Eu venho aqui pra isso. Passa um homem alto e magro, chapéu branco, vai carregando samburá cheinho de flores. O homem assobia alto. Cai chuva fininha. Em Dores do Indaiá. - Ei. - Continuo não querendo prosa. - Está bem. Me desculpa. Mas você, vira e mexe, aparenta tristeza na alma. - Continuo não querendo prosa, vê se larga a mão de puxar assunto. Inda Indaiá. Carro de boi empacado. E la- - Hoje eu trouxe cachecol e não está fazendo frio. - Engraçado, não é? - Por que você vem aqui toda tarde? - Posso te perguntar a mesma coisa. No ritmo da mão de pilão, a mulher que soca paçoca desembesta a cantar alto. E o sol fica mais renitente ainda. - Senti saudade. - Senti saudade. - Jura que sentiu saudade? - Jura que sentiu saudade? No Morro da Capelinha o primeiro beijo. Stella Maris Rezende Autora de “A mocinha do Mercado Central”, Globo, e “A guardiã dos segredos de família”, SM, Prêmios Jabuti 2012, Câmara Brasileira do Livro. “A mocinha do Mercado Central” é também o vencedor do Prêmio Jabuti O Livro do Ano, categoria Ficção. I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á Diretoria e Conselho da ADI para o biênio 2012/2014 Presidente: José Antônio Guimarães de Faria Vices-presidentes: Fábio das Graças Oliveira Braga, João de Souza Tonaco, José Arinos Guimarães Machado, José Hipólito de Moura Faria, Ozório José Araújo do Couto e Wagner Álvares de Carvalho. Diretoria Administrativa: José Jalba Martins Faria e Roberto Eustáquio de Araújo. Diretoria Cultural: Antônio Augusto de Souza e Márcia Gouthier de Carvalho. Diretoria de Desenvolvimento e Expansão: Jalmira Regina Fiúza de Sousa e Valéria Madureira de Oliveira Melo. Diretoria Financeira: Aloísio Mendonça de Lacerda e Geraldo José de Mello. Diretoria Jurídica: José Lino de Faria e Maria Claret Carneiro Barbosa. Diretoria de Relações Públicas: Antônio Carlos Carvalho Campos e Domingos Carneiro Costa. Diretoria de Secretários: Altina Lúcia Caetano Guimarães Mello e Vera Maria Motta Machado. Diretoria Social: Nilce Pontes e Sophia Bernardes Lorenzato. Conselho Consultivo: Presidente – Haroldo de Oliveira Lopes, vice-presidente – Rosalva de Oliveira Bernardes, Carlos Augusto de Melo Silva, Emídio Teles de Carvalho Filho, Kielder Wagner Lopes Cançado. Conselho Fiscal: Chester Carlos de Azevedo, Juarez de Carvalho Campos, Juarez França Teles, Mônica Corrêa, Gustavo Henrique Lopes Cançado, Marcondes Franco da Silva, Padre Henrique de Moura Faria. Conselheiros: Ademar de Barros Rodrigues; Afonso José de Melo; Alcides Silva Júnior; Alda Alvares Lacerda; Amauri Fagundes Faria; Ana Maria de Oliveira Lacerda; Angela Maria Faria Lopes; Angela Melgaço Cardoso; Angélica de Carvalho Chagas Vioth; Antônio Caetano de Sousa; Antônio Carlos de Oliveira Corrêa; Antônio Celso Beluco; Antonio Dias Carvalho; Aparecida de Oliveira Galvão; Arnaldo Brasil Filho; Balbina Alves Cardoso; Bolivar Lamounier; Carla de Araújo Faria; Cássia Imaculada Cordoval; Catarina Silvânia de Oliveira; Cecília de Sá Lino Silva; César Machado Ribeiro; Cimar Eustáquio Marques; Daladier Rodrigues de Alcântara Júnior; Dalila Caetano Lacerda; Danilo Mendonça de Lacerda; Delenda F. Campos; Dimas Wagner Lamounier; Édna Caetano C. Lacerda; Eliardo Viana de Queiroz; Eduardo de Lacerda Valente; Estanley Falconieri Resende; Fabiano Ribeiro de Oliveira; Fábio Rogério S. Pereira; Fabrício José Moreira Borges; Fernando Baeta Zebral Vieira; Franquislene Dias Vieira; Genoveva Costa; Giselda de Queiroz Franco; Gustavo de Oliveira Lacerda; Gustavo Pinto de Melo; Hamilton Mendonça de Lacerda; Helio Carneiro Araujo; Henrique Vasconcelos Caetano; Hipólito de Assis Matos; Ivone Maria de Almeida Luz; Jaquelina Sarkis; Jesus Bráulio; João Bosco Lucas Pereira; João Paulo Chagas Vioth de Magalhães; João Paulo de Noronha; Joaquim Franco; Jonas Galvani Faria Pereira; José Antonio Cardoso; José Eduardo Madureira de Oliveira; Jose Machado Resende; Jose Odilon Fonseca; José Orlando Pinto da Cunha; José Osvander Fonseca; José Ozório Caetano; Júnia França Teles; Jussara Correa; Laís Oliveira Faria; Lindalva Carvalho S. Barros; Lucas Flávio de Camargos Souza; Luiz Carlos Teles Correa; Luiz Gonzaga Costa; Márcio Alves Vasconcelos; Marcio Caetano Cruz; Marcos Paulo da Silva; Maria Augusta Alcantara Borges; Maria Auxiliadora de Souza Pereira; Maria Terezinha de Melo Silva Vieira; Marilia Fiuza; Marina Caetano Guimaraes Pires; Messias José de Sousa; Muraí Caetano; Myriam Guimarães Machado Mendes; Moisés Souza; Nelson Campos Valente Neto; Olavo Abreu; Olavo Lacerda Ribeiro; Orestes Vaz da Costa Filho; Orlando Abreu; Orlando E Zica Júnior; Osvaldo Mateus de Sousa; Paulo Cesar Leite Correa; Paulo Gomes Santiago; Paulo Pinto Morais; Paulo Roberto de Araujo; Raphaela Ignachiti Vargas; Regina Marcia de Oliveira Dias; Renato Lopes Lacerda; Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza; Ricardo Giordani Ribeiro; Roberto Reis; Rodrigo Franco; Ronaldo Salviano de Araújo Kattah; Ronildo Faria Paixão; Rosaura Zica Costa; Serdiley Resende; Sérgio Costa Carvalho; Sergio Mauricio Madureira Dias; Sérgio Paulo Silva; Simeão de Oliveira Neto; Wagner de Castro; Waldemar José de Oliveira; Waldir Matos de Assis e Wilson José dos Santos. MAIO2013 7 PIO DORES Maria De repente, o salão social do Colégio PIO XII era uma pracinha das Dores do Indaiá... De repente, uma esquina, que eu conheço tanto, estava lá, no PIO XII... De repente, as ruas, que eu conheço tanto, estavam lá no PIO XII... De repente, meu povo todo, o povo que eu conheço tanto, estava lá no PIO XII... E meu coração confundiu tudo: a alma de Dores do Indaiá se mudara para o Teatro do PIO XII... O mundo da alma é mágico, é telúrico e nós – os de cá - embarcamos em suas manhas, em suas feitiçarias... Não há de ver que o Teatro cantava com a voz e o mesmo carisma do Osvaldo da Sinhá do Grilo, mas com outro rosto? Ah, o rosto era de dois filhos lindos, Guto e Lucinha... Daqui de minha casa, sem sair das Dores, eu vi e ouvi a Dª Dayse Gouthier, a professora inesquecível, recitando (ainda existe esta palavra?) as poesias do Zezé Machado, que batia palmas na plateia - pelas mãos e com o rosto de sua filha, a nossa Helena/Lelena? Ah, a Dª Dayse já recita para os anjos? Quem falou isso? Eu a vi, com uma roupa linda, encantando o Teatro do PIO XII...- Uai, então era a Márcia, sua filha? - Jesus, jurei que era a professorinha daqui, a Dayse do Zezé do Gustavo, jurei que era... - Deus meu, o que o Tonico Caetano foi fazer lá no PIO XII, gente? - Tudo bem, o jeitão, era do Marcondes Faria, do Dico do Marcondes... Mas a leveza da alma, ah, essa era da Yone e do Tonico Caetano, claro que era! Não era nenhum deles, era o José Antônio - o Presidente - a mágica de misturas atemporais... - Uai, e o Zé Lino, o Dr. Tampinha – desculpe, eu misturo tudo - agora deu pra tocar piano, sem a barba branca e com cara de mocinho? Não entendo mais nada: pensei que era o filho dele... Depois, pensei que era o poeta do meu tempo de Festivais - aqui na Terra Azul... Tiraram minha dúvida – era mesmo o filho do Dr. Tampinha, o Ramiro Moreno... Recebeu do pai a fagulha da ARTE... (até sua esposa herdou um pouco dessa fagulha, pode? Penso que pode, porque ela deu o maior show ao piano!) Sem falar no dedilhado a quatro mãos, de Sandra e Cristina ... Precisava de QUATRO MÃOS DE ARTISTAS, gente? Foi emoção demais pro meu pobre coração do Indaiá das Dores... - Gente, gente, gente... E aquela gracinha de Rosalva, de onde tirou tanta simpatia, tanto carisma? Eu sei, essa eu mato na hora: quem falava, naquela “prafrenteza”, naquela prontidão, era o Lourival Bernardes, aquele que recitava NAVIO NEGREIRO ao meio dia, no sol, na chuva, em casa, na rua... naquela panca toda. A Rosalva é uma Dircinha do Lourival: sorriso de um, olhar do outro, certeza de que, na ARTE, tudo continua, indefinidamente... Um vento mágico sopra a chama e ela reaparece... De repente, lá estavam todos os MELGAÇOS nas mãos encantadas do Mauro Morais. O nome dele bem que poderia ser: Mauro MELGAÇO Fiúza de Morais, porque, vai ser artista lá longe! O piano em suas mãos fica leve, sai voando, corre mundo, toca na Europa, canta, dança, encanta...nEntende de música como seus longevos ancestrais de além-mar... O nosso Carlinhos da Rádio, aquele menino que deu birra por causa de um microfone – pensando que era um picolé...- e, até hoje, acha que o microfone é picolé, tamanha doçura o acompanha, quando canta... Claro, alguma fada-madrinha falou, quando ele nasceu: _"Vai, Carlos, vai ser cantor nessa vida..." Um fio mágico teceu sua alma – ele o segue fielmente: onde tem dorenses juntos, lá está ele, o Carlos Roberto Silva... Até o Oriente estava ali, com nome indaiazeiro, com família indaiazeira: Dores do Indaiá, com 10 anos de idade, já sabendo usar o véu para encantar corações... D. PolicenaMoemaDanielaCamila: corrente forte essa! A bisavó andava longe pra arrumar um teatro, adorava uma selva no palco, com as índias mais bonitas da região: Delenda, Moema ... Outras vezes, transformava nossas meninas em BONECAS VIVAS... (minha filha Altina Lúcia foi uma de suas bonecas, ao lado de Alzirinha, Simone, Cidinha, Raquel, Zinha...) Antigamente, muitos ciganos vinham beber da água da Fonte-do-Povo aqui nas Gerais – a Praça Prof. Waldemar de Almeida Barbosa era Praça São Vicente. Nome que ninguém falava – o povo logo a batizou PRAÇA DOS CIGANOS... Emílio Moura – o poeta – relembra esse tempo bonito em seu poema à cidade azul... Certamente, algum passarinho contou isso por aí: o Grupo LUNA GUAPA, Dayana Keny e Pablo, certamente, também beberam da água da Fonte-do-Povo... - A Praça antiga e os ciganos voltaram, com suas tendas, suas cartas de baralho, suas danças e encantamento. Partiam sempre, deixavam suspiros e saudades, sempre... Depois, voltavam, como agora, porque foram enfeitiçados pela água e pela cidade e porque a Praça dos Ciganos já lhes pertencia... - Ah, ADI! Eu sei que a ARTE é uma chama à espera de artistas: a essência da história de um povo é tecida com danças, poesias, livros e palavras... Eu sei que todo teatro tem coxia, tem bastidores, que muita gente precisa estar lá atrás – estando à frente... Emidinhos e Nilces, Marcondes e Claretes, estavam lá, nas coxias, nos bastidores, soprando as chamas e as fagulhas da História de Dores do Indaiá... De repente, o Pio XII era um PIO DORES, com gosto de manga doce de leite, com cheiro de poeira vermelha... Com a Santa Azul abençoando nossa terra... Com as cores da Congada, com a ARTE descendo do mundo mágico para enfeitar o trabalho "desse povo tenaz, na cidade, no campo e na roça, pois só quer o progresso e a paz." Dores do Indaiá, 12/12/12. Dorenses... Arte – Talento – Emoção... Cachaça Mineira: Alívio de Dores Produzida em Dores do Indaiá - MG Condomínio CEDRO Lagoa Mansões - Lagoa Santa Casas prontas de 3 quartos em lotes de 426 m2, a menos de 2.000 m da lagoa principal, 2 Portarias, todo murado, área verde própria, área de lazer com espaço gourmet e futebol society Financiamento pela CAIXA ou pelo seu Banco Rua VL-3, Nº 99 - Lagoa Mansões - Lagoa Santa Informações: 8812-6461 Por que você merece viajar mais Avenida Alvares Cabral, 344- salas 708- Lourdes Belo Horizonte / MG - Brasil CEP 30.170-000 Fone: + 55 31 3646-9444 Fax: + 55 31 3646-3747 E-mail e Msn: [email protected] Website: www.viagensplus.com.br Joaquim Araguaia Em nosso inesquecível encontro “Talentos Dorenses” realizado em 27 de outubro de 2012, no Teatro do Colégio Pio XII, em Belo Horizonte, tivemos a valiosa participação dos talentosos artistas dorenses: Mauro Fiúza Morais – Grupo “Luna Guapa” – Márcia Gouthier de Carvalho – Antônio Augusto de Sousa “Guto” – Lúcia de Sousa “Lucinha” – Camila Theodoro de Menezes – Carlos Roberto Silva “Carlinhos” – Cristina Guimarães - Sandra Costa Almeida de Lino Faria – José Lino de Faria – Ramiro Moreno Amorim Gontijo de Lino Faria – Dayana Keny Xavier Foi um encontro regado a música clássica, música popular brasileira, música sertaneja, dança e poesias, onde artistas e platéia se interagiram e... aplauso, emoção e sorrisos de alegria. I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á MAIO2013 Presidente atual e ex-presidentes em momentos festivos. Circuito Turístico Caminhos do Indaiá valoriza potencial regional Circuito Turístico Caminhos do Indaiá, criado em 2008, e hoje composto por 07 municípios, tem dado prosseguimento em seus trabalhos de planejamento e divulgação do potencial turístico regional. Com o objetivo de inserir a região no cenário turístico estadual, o Circuito tem apostado na cultura e nas belas paisagens que os municípios associados proporcionam. Recentemente foi lançado o primeiro guia turístico do Circuito, onde foram incluídas as principais empresas ligadas ao setor do turismo em Bom Despacho, Cedro do Abaeté, Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá, Quartel Geral, Luz e Santa Rosa da Serra. Este guia visa dar orientação ao turista de onde poder se hospedar, alimentar, abaste- O cer e fazer compras em nossa região. Além do trabalho de folheteria, o Caminhos do Indaiá, tem participado efetivamente da política estadual do Turismo, com presença garantida nas principais feiras e eventos do setor, dentre eles o Salão Mineiro de Turismo, que acontece anualmente mostrando todas as belezas das regiões turísticas de Minas Gerais. Como resultado de nosso trabalho, recebemos junto a SETUR-MG a renovação de nossa certificação, que garante a permanência dos municípios associados nas politicas publicas estaduais do Turismo em 2013. Sendo assim, continuamos firmes no ideal de que podemos crescer cada dia mais e tornar essa região num dos principais destinos turísticos do nosso Estado. Românticos Anônimos Tudo bem, eu admito: sou fã incondicional do amor. Amo sentir frio na barriga, sonhar acordada, pensar se do outro lado da linha alguém mais pensa... e todas essas coisas idiotas que a gente adora, como me disse minha amiga Mandjuras. Amo surpresa, cartinha romântica, beijo demorado, abraço apertado, olhares furtivos, sorrisos involuntários e músicas que saem de dentro do chuveiro em dias especiais, dias como ontem, hoje ou amanhã, tardes que viram coleções de momentos fantásticos dentro da nossa imaginação. Ter um coração insaciável pode ser bem complicado, ainda mais quando se vive em pleno século XXI, no auge da superficialidade e da banalização das relações afetivas. A fila tem que andar, e a gente não tem nem o direito de chorar pelo que não deu certo porque são tantas as oportunidades, tantos os meios e além de tudo todo mundo hoje em dia é tão interessante que deixar de vender o peixão que você é acaba por te excluir de uma rede de partidos imperdíveis. Nunca fui muito boa com essas coisas que vêm antes do amor, essa auto-promoção disfarçada acompanhada de estratégias de conquista pré-cozidas, e ainda assim acredito que quando alguns caminhos se cruzam, não há escapatória. Acho que ninguém deveria se privar de amar direito, de dar as cartas sem moderação e sem expectativas, sem medo de perder. Enquanto você espera, flores, sabores e dias de sol esperam por você... (31) 2519-2727 [email protected] Érika Amâncio I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á RONALDO SALVIANO DE ARAÚJO KATTAH Um dos nomes escolhidos como homenageado na Festa de Confraternização da ADI - Associação dos Amigos de Dores do Indaiá deste ano foi RONALDO SALVIANO DE ARAÚJO. E a festa continua... Nome grande e pomposo que se torna grandioso quando acrescido de um apelido carinhoso. CATATAU. Catatau, com o passar do tempo e o emprego da numerologia ficou mais sofisticado e incorporou-se ao nome e à pessoa. Surgiu então o KATTAH. Isto mesmo, com K no início, dois Ts no meio e H no final. Porém para facilitar, vou usar o Kata com K, porque soa como sempre o chamei desde a infância e não complica na hora de escrever. Seu alcunha, segundo informação do mesmo, foi colocado por uma filha do Sr. Ageu que morava na Rua Capitão Amaro no Buracão (hoje Bairro São Sebastião), lá pelos idos de 1960. (muito antes de surgir o Catatau, amigo do Zé Colméia.) Catatau significa “Pessoa de pequena estatura, miudinha”. Será por quê? Mas também significa “Pessoa charmosa, amável e expressiva, muito criativa e um tanto curiosa”. Acertou também. Ronaldo, filho de D. Rosa e Sr. Sebastião Salviano de saudosas memórias, nasceu em Quartel Geral que na época pertencia à Comarca de Dores do Indaiá, o que lhe concede a cidadania e o título de um legítimo dorense da gema com todas as características e singularidades. É o bendito fruto entre as mulheres, suas irmãs: Maria de Lourdes, Darcy, Eunice, Perpétua (esposa do meu grande amigo João de Melo que viajou fora do combinado) e Rosaura. É pai de Felipe, Paula e Raquel. Amigo só dos amigos porque não tem e nunca teve inimigos. Estudou e formou-se em 1963 no nosso querido Ginásio Cornélio Caetano ainda no prédio do Grupo Dr. Zacarias e depois na Casa do Sr. Hugo, berço de formação de uma talentosa e vitoriosa geração, graças ao empenho de professores como Djalma Melgaço, D. Dora Pinto, D. Adalmar, Dr. Raimundinho Azevedo, Prof. João Batista, Luís Assunção, Ivone Zica, Dr. Augusto Melo e tantos outros e a intensa dedicação de Hugo de Sousa Araújo. Nesse mesmo ano, juntamente com os amigos Emidinho Teles, Lúcio Teles, Augusto do Mozart da Farmácia, Antônio Alberto Ba- naneira, Zé Maria Canela e outros, fundaram e dirigiram o CNG - Clube Nova Geração, que com o apoio do Padre Jayme, naqueles anos de chumbo, desenvolveram trabalhos de conscientização política de grande importância para o desenvolvimento da juventude dorense daquela época e que repercute até hoje. Sempre ligado às letras e às artes, Kata iniciou sua carreira de jornalista amador em 1969 colaborando com a famosa Coluna Mini-Notas fundada por Roberto do Nilo e Carlinhos do Gil no jornal “O Liberal” de Nilo Peçanha, fato que contribuiu para que fosse convidado pelo saudoso amigo Corsino José da Silva para substituí-lo como correspondente do jornal ”Estado de Minas” desde 1994, divulgando tudo sobre Dores e a sociedade dorense, o que ainda faz até hoje, inclusive no jornal “O Tempo” onde goza de grande prestígio. Em 1970, fundou o conjunto “Som 2001” muito antes do filme “2001 - Uma odisseia no Espaço”, com os amigos Ronaldo Lacerda (empresário), Mirtão na bateria, Bananeira, Rafael do INPS, Helíneo da Cemig nas guitarras, José Ferreira (filho do Zé da Guiomar) nos teclados e seu irmão Ardisson no contrabaixo, ele, Kata, na voz e eu, José Lino, dando canja como cantor, quando visitava Dores em ocasiões festivas. Foi o grande sucesso da Churrascaria Central e do Indaiá Clube nos anos 70. Em 1971, idealizou e realizou o 1º Festival de Música de Dores do Indaiá, no palco do Cine Indaiá, que teve como vencedores José Lino e Torres Homem Vaz. Em 1972, foi vencedor com a música “Por um mundo melhor” interpretada por Paulo Coelho juntamente com José Lino com a música “Morro da Capelinha”. Foi um grande show com torcida organizada gritando e agitando cartazes, no auditório lotado como só se via nos filmes do Mazzaropi. Kata ficou tão entusiasmado com o festival que foi comemorar com os amigos, no Bar do Zé Preto. Depois de tomar umas e outras (coisa que já não faz mais), cantou a música “Amada Amante” de Roberto Carlos apenas 28 vezes seguidamente, ostentando e balançando sua vasta cabeleira “a La Roni Von”. É verdade!... Kata foi um dos precursores dos cabeludos em Dores. Era a moda. Eram os modelos. Bons tempos. Bons e idos cabelos. Em 1973, participou ativamente da UNESDI - União dos Estudantes do Ensino Secundário de Dores do Indaiá e juntamente com o Edson (irmão do Paulo Cassuaba) e Eliana Agnelo, montaram no palco do Cine Indaiá uma peça teatral de sua autoria intitulada “Juventude e Esperança” contando no elenco com os atores Moacir (irmão do Bite), Bananeira, Arlene do Zé Basílio (Toró irmã da Coruja) e Senhorinha Catita, que foi um grande sucesso. Além de poeta, jornalista, cantor, compositor, homem de muita fé, nosso amigo Kata também foi desportista tendo jogado no Juvenil do Dorense Futebol Clube na época de grandes craques. Além de tantas atividades artísticas, Ronaldo Salviano de Araújo dedicou-se à família aos amigos e ao trabalho. Começou sua trajetória profissional na Caixa Econômica de Minas Gerais onde exerceu, por 28 anos, com dignidade e dedicação, diversas atividades, chegando à Gerência, onde permaneceu até a extinção da mesma. Foi então transferido para a Secretaria da Fazenda onde se aposentou. Kata, sempre alerta e atento a tudo, quando Dores do Indaiá foi, de forma leviana e irresponsável, atacada por uma jornalista do Diário Popular de São Paulo, saiu em defesa de todos os dorenses publicando a realidade dos fatos na coluna “Fale com a Redação” do jornal “Estado de Minas” fato que obrigou a jornalista a desculpar-se publicamente. Nosso amigo Kata também idealizou e redigiu, juntamente com o Dr. Alaor Campos Fiúza, o “Requerimento Conjunto” endereçado ao Governador do Estado reivindicando a instalação de uma unidade da Universidade do Estado de Minas Gerais ou do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia em Dores. Este documento assinado pelo Prefeito (Dr. Joaquim Cruz), Secretária Municipal de Educação (Janaína Mendonça Ferreira), e pelos presidentes da Câmara Municipal (Dr. Sósthene Morais), Clube Regional da Agropecuária (Amaury Fagundes Faria), COMADI (Dr. Amadeu Brasileiro dos Santos), Lions (Sérgio Geraldo de Oliveira), Loja Maçonica (Paulo César Pinto Ribeiro), OAB (Dra. Susicley Mara V. S. Paulucci), Sindicato Rural (Dr. Tarley Santos), SADI – Sociedade dos Amigos de Dores (Maria Genoveva Costa), e ADI – Associação dos Amigos de Dores do Indaiá (Rosalva de Oliveira Bernardes), foi protocolado pela ADI junto ao Governo do Estado em 2009. 3 MAIO2013 - Em 2002, foi agraciado com o título "Gente de Expressão" conferido pela jornalista Lourdinha Silva do jornal "O Estado de Minas". - Em 2003, recebeu o Diploma de Moção Honrosa da Câmara de Vereadores de Dores do Indaiá. - E, merecidamente recebeu também o título de "Dorense Notável" conferido pela SADI – Sociedade dos Amigos de Dores do Indaiá no ano de 2008. Tarefa antagônica essa de escrever sobre Ronaldo Kattah. FÁCIL, por se tratar de um grande amigo de infância e adolescência, pessoa popular, transparente com tantos atributos e qualidades já de conhecimento geral. DIFÍCIL, pela pouca convivência na fase adulta, o que me privou de conhecer mais a fundo o seu mundo de ideias, do qual me sobraram poucos, mas porem valiosos fragmentos. Por fim, o meu abraço, desejo de saúde e paz e o reconhecimento de que foi: Homenageados de 2013 6 ILUMINADA A LEMBRANÇA DE SEU NOME. MAIS FELIZ A ESCOLHA. E UMA BRANCA FUMACINHA, TAMBÉM SURGIU NO MORRO DA CAPELINHA, O PRESIDENTE JOSÉ ANTÔNIO, OS VOTOS CONTOU E O DR. MARCONDES ANUNCIOU: HAVEMOS KATA. José Lino de Faria JOÃO DE SOUZA TONACO ma das pessoas mais vivas — no sentido latente da palavra — de Dores do Indaiá é João Tonaco de Souza. Não só da ilustrada terra e amada da Boa Vista, como de toda a região e, notadamente, de Belo Horizonte, a capital das Minas Gerais, que do Curral Del-Rey aclamou a mineiridade no coração do Brasil. Filho dos fazendeiros José Gonçalves de Souza e de Maria Rita de Souza, João nasceu sob os auspícios da Revolução de 1930, em 28 de abril de 1929, que culminaria com o fim da República Velha (e continua velha), onde se prometia um Brasil novo, nos brilhantes discursos e trabalho do conterrâneo Francisco Campos, ou Chico Campos, o Chico Ciências, uma das mais expressivas personalidades do solo mineiro. Matrimônio em 1960 com a uberabense Marli Mendes, com quem permaneceu casado várias décadas e teve três filhas, Cláudia, Alexandra e Caroline, e seis netos. Todos residentes em Belo Horizonte. Terminado o curso ginasial no antigo Ginásio Pio X, em 1948, onde depois funcionou o Seminário, veio para Belo Horizonte na procura de uma formação para o seu sonho. Estudou nos Colégios Marconi e Anchieta, formando-se em 1951. Vestibular em 1953 nas duas faculdades de Medicina que existiam à época, a Ciências Médicas (hoje da PUC Minas) e a UFMG, e passou com loas nas duas, graduando-se em 1958 na Faculdade de Medicina da UFMG. São, portanto, 54 anos de serviços prestados à carreira que lhe deu fama e visibilidade. Após dois anos de residência, ingressou na carreira de professor universitário, nomeado professor assistente. Concursado, foi promovido a profes- U sor adjunto. Durante 28 anos, como professor no Departamento de Clínica Médica da UFMG, exerceu também atividades administrativas, como a de diretorsuperintendente do Hospital das Clínicas da UFMG por cinco anos. Foi um tempo dos mais profícuos para este profissional, com especialidade em gastroenterologia, que não parava e cansava de crescer. Também fez pós-graduações em Administração Hospitalar, Patologia Torácica e Patologia Digestiva, e foi médico do INSS e deu assistência em várias instituições de saúde. É detentor de rico currículo, com participações em congressos, seminários, bolsas de estudos, palestras, honrarias, etc. Contando com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), implantou no Hospital das Clínicas o segundo Centro de Tratamento Intensivo (CTI) no Brasil. Esse feito marcou a história da Medicina no Estado e foi comentado e comemorado em todo o Brasil. O CTI do Dr. João Tonaco que, orgulhoso e feliz por ter realizado um grande feito para a população carente, era de primeiro mundo. Aliás, quem se deve orgulhar desse feito e do grande cidadão que ele é, somos nós os mineiros, em especial os dorenses. A maior parte da clientela do Dr. João Tonaco é de Dores do Indaiá, e com muito orgulho. Imaginem, sair da terrinha naquela época em que se demorava cerca de 20 horas, dependendo das condições climáticas, para chegar de jardineira à capital, então uma cidade provinciana, bucólica e que progredia com suas largas avenidas e ruas com traçado de cidade planejada. E lembrar hoje a falta de planejamento no seu crescimento, pois para uma população que deveria ser de 200 mil habitantes, pulou para 2 milhões e 500 mil, e 4 milhões na região metropolitana. Cresceu desordenada. As montanhas vão sumindo, os córregos poluídos, o verde é pouco para parcos parques/reservas, clima se deteriorando, e por aí vai, mas continua sendo a Belo Horizonte querida do Dr. João Tonaco (e nossa também), que nunca deslembra a calmaria de Dores do Indaiá, naquele platô inesquecível visto do Alto da Capelinha, onde Waldemar de Almeida Barbosa a imortalizou, Francisco Campos a politizou, Emílio Moura e Carminha Gouthier a perfumaram de poesia, Luiz Melgaço a musicalizou, Hugo Gouthier a diplomatizou, Oswaldo e Vicente Araújo a tornaram um centro financeiro, e hoje Emídio Teles de Carvalho Filho a tornou Leitura obrigatória no país. Dr. João, mestre dorense exemplar da medicina, adora pegar o caminho de casa, hoje pela moderna rodovia BR 262 até Luz, depois seguindo pela MG 176. Dr. João Tonaco uma vez disse ao jornal da ADI: “Sempre que chego a Dores do Indaiá, relembro os meus pais que há muito já se foram, encontro meus irmãos para conversar amenidades enquanto saboreamos a mais caseira e saborosa das comidas, envoltos por uma natureza exuberante. Ainda hoje me alegra a imagem do gado no pasto, ou se movimentando no curral. E como é agradável e relaxante ouvir o canto do galo ou bezerros mugindo ao longe. Como é bom poder voltar sempre a Dores do Indaiá.” Batalhador dos mais ativos da ADI, Tonaco sempre participou da diretoria e é um dos vice-presidentes. Quantas pessoas este nobre personagem, que é o humanista Dr. João Tonaco de Souza, salvou ou cujas dores amenizou, socorrendo-as da melhor forma possível, com dedicação, solidariedade e amor à profissão. Apesar de toda pompa nas circunstâncias do trabalho e com uma bagagem da melhor qualidade no currículo e no saber, o médico João Tonaco sempre se pautou por ser uma pessoa muito querida, agradável, solícita, amiga, tolerante e, acima de tudo, da maior discrição e simplicidade. Ozório Couto CIRCOS, PARQUES E CIGANOS (Em Dores do Indaiá) José Antônio Guimarães de Faria “O circo é, antes de tudo, um espetáculo visual. O palhaço faz tudo seriamente. Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejeitos. Sua mímica ingênua sempre consegue fazer rir”. Nos meus tempos de criança e adolescente em Dores do Indaiá, os circos e parques sempre foram atrações para os adultos e notadamente para as crianças. Já os ciganos não eram bem vistos pelas crianças, pois causavam certo medo. Coisas de criança. Minhas lembranças a principio parecem um BH Shopping - 2º Piso Tel. 3286-2623 pouco infantis, mas, retratam uma época gostosa, muita ingenuidade, diferente do mundo de hoje. Procurei ser o mais fiel possível, ao relatalas, apesar da minha pouca idade naquela época. São lembranças indeléveis. Muitos e muitos dorenses vão se lembrar e matar saudade. Tenho certeza. Por ser uma cidade pequena, Dores era muito carente de atrações, festa, diversões. Toda vez que chegavam circos e parques, era uma festa, uma alegria total. A cidade se movimentava e o comentário era geral. Eles chegavam sempre precedidos de muita propaganda no rádio, cartazes, serviços de altofalantes, etc., e se instalavam, preferencialmente, na Praça São Vicente (Praça Professor Waldemar de Almeida Barbosa), Praça São Sebastião (Praça Alexandre Lacerda Filho), Praça Tenente Zacarias Zica (Praça Abaeté), e numa área ao lado da Fonte do Povo. As crianças normalmente iam acompanhadas dos pais ou alguém responsável. A exemplo do que acontecia nas barraquinhas, também nos circos e parques, em um dado momento, o serviço de alto-falantes anunciava com muita ênfase, criando um clima de muita expectativa por parte de todos, a frase que ficou famosa : “Esta música alguém oferece a alguém e este alguém sabe quem”. Cada um dava um palpite, tentando adivinhar para quem seria a música. Bons tempos aqueles! Uma gostosa volta ao passado. CIRCOS - Dentre outros, os circos que mais visitavam Dores eram : Circo Bibi, Circo Garcia e Circo Irmãos Elias. As atrações eram sempre: Globo da Morte, Trapézio, Equilibristas, Palhaços, Mágicos, “Animais Ensinados” (Cachorros, elefantes, leões, macacos, zebras, girafas), entre outros. Os alegres e engraçados palhaços mexiam muito com a plateia, principalmente com as crianças e eram, sem dúvida, a maior atração. Eram apresentadas também peças de teatro, de que papai tanto gostava. Peças memoráveis como O Ébrio, A noite tudo encobre, E o céu uniu dois corações, entre outras. Eu e meus irmãos somente íamos ao circo com o papai. Quando os circos iam embora, dei- xavam sempre muita saudade. LEMBRANÇAS - Em nossa casa não havia rádio, e como sempre gostei muito de música, ir ao circo ou ao parque era oportunidade de ouro. Lá se ouvia de tudo, através dos serviços de alto-falante: Nélson Gonçalves, Orlando Silva, Ivon Cury, Gilberto Alves, Francisco Carlos, Vicente Celestino, Luiz Gonzaga, Anísio Silva, Carlos Galhardo, Francisco Alves, Roberto Silva, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Maysa, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, Marlene, Nora Ney, Tonico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho, Cascatinha e Inhana, Libertad Lamarque, Pedro Vargas, Sarita Montiel, Bienvenido Granda, Gregório Barrios, Lucho Gatica, entre outros. Havia uma musica que tocava sempre nos circos e parques, cantada por um menino e que fazia muito sucesso. Mais tarde, muito mais tarde, vim saber que se tratava da musica Canção do Jornaleiro, e o cantor-mirim era nada mais nada menos que Wanderley Cardoso, que se tornou famoso cantor da Jovem Guarda. Uma das propagandas utilizadas (não sei por qual circo) era anunciando a presença de Del Mario, cujo slogan era: “Venham ver e aplaudir Del Mário o grande êmulo de Mazzaropi “. Del Mário fazia muito sucesso no rádio. Um grande artista. O público delirava com ele. Ele era muito engraçado. Papai gostava muito de circo, e fez amizade com o Bibi (do circo do mesmo nome), e que chegou a visitar a Fazenda Santarém, da qual papai era um dos proprietários. Achei que foi uma honra muito grande para nossa família receber uma pessoa famosa, em nossa casa. Quando de uma das apresentações (não me lembro de qual circo), um dos artistas trajando terno branco, gravata “borboleta” escura, cabelos “englostorados”, sapatos de duas cores, cantou diversas músicas, mas, duas agradaram tanto que o público pediu bis, diversas vezes. Apesar de minha pouca idade, também gostei muito. Anos mais tarde descobri os nomes daquelas inesquecíveis musicas: Canta Maria, de Ari Barroso, e Chuá, Chuá, de Pedro de Sá Pereira e Ari Machado. CIRCOS DE TOURADAS - Os circos de touradas também chegavam sempre precedidos de muita propaganda. Mas, o público era mais especifico, e não iam tantas crianças. Havia muitos animais bravos e causavam certo receio aos pais. Mesmo assim, recebiam um bom público e também movimentavam a cidade. I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á HAROLDO DE OLIVEIRA LOPES aroldo Oliveira Lopes foi o presidente anterior da nossa querida Associação de Amigos de Dores do Indaiá (ADI). Sua gestão foi de alto valor e teve como diferencial a entrada de vez da entidade na era da internet. Quando eleito presidente e ao tomar posse, Haroldo já começou trabalhando com afinco e arregaçando as mangas. Jovem na ADI (e também na idade), deu um impulso para valer. Reuniões com computador, anotações de tudo, perfil diferenciado das reuniões e do plano de administração. Sentimos nas palavras do então jovem timoneiro da ADI a expressão concordante de que precisaríamos sempre avançar e traçar cada vez mais os laços que nos une a Dores do Indaiá, em amizade afetiva, conciliadora e objetiva para podermos elevar o nome de nossa queridíssima Indaiá e seu município além-fronteiras. Elo importantíssimo entre os conterrâneos, os conterrâneos por delegação da Câmara e os conterrâneos por afinidade, como eu, honrado e com muito orgulho. Assim expressou o ex-presidente no seu discurso de posse: “Representar e comandar uma entidade como a ADI é um prazer para mim e com certeza para meus diretores, estes, escolhidos e selecionados como se faz com algo que se quer muita qualidade. Todo Comando que assume aquilo que já existe deseja fazer algo diferente, fazer sempre melhor. No nosso caso, temos o desejo de fazer com que a integração existente se torne ainda mais forte, desenvolvendo em cada Cidadão Dorense e Amigo a reflexão sobre manter comunicação e relacionamento, brindando sempre que possível essa ação por meio de confraternizações.” É gratificante ser amigo de Haroldo e sua família, e de ter participado com ele e nos trabalhos que puderam ser feitos. Ser amigo fraterno dos amigos de Dores do Indaiá, numa profusão de fé e de celebração, que nos une ao passado glorioso, ao presente instigante e ao futuro promissor é das mais gratas satis- H fações. Tanto para Haroldo, como para todos os ex-presidentes, e o atual, José Antônio Guimarães de Faria, a luta e a alegria de poder fazer algo por Dores do Indaiá é uma irrequietude só. E o mais bonito é a confiança uns com os outros, a unidade e amizade que nos une. As dificuldades em cada gestão são sempre as mesmas, até falta de compreensão às vezes vem à tona. Mas tudo se resolve com boa fé, solidariedade e vontade de fazer e vencer. Ainda do Haroldo: “Não é fácil manter as pessoas em harmonia, preparar formas de entretenimento e encontros, mas a cada esforço nosso temos a certeza de que conseguimos experiência, conquistas são atingidas e a alegria trazemos ao coração de cada um.” Como dizia, a ADI entrou de vez na modernidade com a nova criação do sítio www.adidoresdoindaia.com.br, obra da gestão (2004-2006) do dr. Kílder Wagner Lopes Cançado, um incansável batalhador, amigo, excelente articulador e advogado. Haroldo revolucionou o sítio, tornou a Entidade, a Diretoria, as diretorias anteriores mais conhecidas e divulgadas, como também nossos associados e a nossa própria Dores Indaiá, com o charme irresistível de sua história, sua atualidade e seus personagens, muitos deles famosos e que honraram a patriazinha. Durante a gestão de Haroldo Oliveira Lopes, presidente da ADI de abril de 2010 a abril de 2012, entre as principais realizações da diretoria citamos: apoio ao projeto Andayá (revitalização de praças públicas em Dores); apoio na reforma da igreja do Rosário, com doação de 100 unidades do livro Horas Mágicas e leilão de uma obra da renomada artista Yara Tupynambá; entrega do Requerimento de iniciativa do Ronaldo Silviano Araújo, o Ronaldo Kattah, assinado por autoridades e associações dorenses ao Governo do Estado de Minas Gerais, solicitando a implantação de faculdade pública em Dores; a grande festa no Minas Tênis Clube, no dia 29 de maio de 2010, cujos homenageados foram o Dr. Fabio Nélson Fiúza, o Mário Carneiro e a ex-presidente Rosalva de Oliveira Bernardes; grande festa no Minas Tênis Clube, no dia 28 de maio de 2011, sendo homenageados o Dr. Augusto de Mello Netto, o José Fiúza de Lacerda e o Wagner de Castro, fundador-mor da ADI; fórum de debate: “Todos contra a Dengue”. Reunião de entidades, escolas, associações, bancos, prefeito, secretários, vereadores, sindicatos e pessoas importantes, que desencadearam grandes ações de combate a epidemias; festa no Quiosque Grill, “Encontra Dores em BH”, no dia 28 de novembro de 2009, com José Lino e Lucas & Gustavo; festa no Quiosque Grill, no dia 5 de novembro de 2010: com Salvatore Som & Cia; lançamento do livro de nossa estimada Branca Caetano Guimarães, Horas Mágicas, uma coletânea de crônicas em parceria com a editora O Lutador, na Livraria Leitura e na Escola Estadual Francisco Campos, em Dores. Haroldo de Oliveira Lopes nasceu em Dores do Indaiá no dia 14 de novembro de 1973. Filho de Eduardo de Oliveira e de Letícia Lopes de Oliveira, é o sétimo de nove filhos. Casou em 2007 com Raphaela Ignachiti Vargas e têm duas filhas, Larissa, 5, e Sophia, 1 mês. Estudou nas classes anexas até o 4º ano e na Escola Estadual Francisco Campos da quinta à oitava. 2º Grau na Escola Municipal Comercial São Luís (o famoso Comércio onde se formou como Técnico Contábil.). Veio para Belo Horizonte em 1995. Em 1997 ingressou no curso de Ciências Contábeis na UNA, honrando a tradição de família de contadores. Entrou para a Vale em 2001 como estagiário na área contábil, financeira em 2004; mudou-se para Governador Valadares em 2005, para o Rio de Janeiro em 2006, e retornou a Belo Ho- Belo Horizonte, Fevereiro de 2012. rizonte em 2009. Depois de pós-graduado em Logística e Sistema de Transporte, na Vale atua como coordenador da logística de transporte de quinze minas, com extração de minério de ferro e pelota, e exportação via navio para diversos países, com destaque para China. Observação de um colega de trabalho, líder de processo de extração de minério: “Haroldo demonstra flexibilidade e criatividade ao ajustar sua atividade para satisfazer os objetivos corporativos em evolução. Ao olhar o cenário como um todo, ele identifica futuros problemas e desenvolve planos de contingências para resolvê-los. Mesmo sob pressão, Haroldo se mantém com os pés no chão e busca fatos e dados para não tomar decisões precipitadas. Não é resistente a mudanças. Excelente ouvinte, tem sido um grande parceiro que se dedica ao trabalho, sempre aberto a novas ideias. Ele chega a se oferecer para ouvir, sempre buscando métodos diferentes para atender melhor à maioria. Está sempre informado a respeito das últimas novidades em sua área de atuação.” 5 Ozório Couto Família, amigos, conterrâneos... PARQUES DE DIVERSÃO - A meninada é que mais gostava, pois havia muito do que aproveitar: Roda Gigante, Carrossel, Canoinhas, Gangorra, brincadeiras diversas, e a expectativa de ganhar prêmios com jogo de argolas (Jogar Argolinhas), Tiro ao Alvo, etc. sem contar com os doces, picolés, pipocas, pirulitos, balas, etc., que eram vendidos por todo lado, uma verdadeira tentação. Os parques também deixavam saudade quando iam embora. Não me lembro do nome de nenhum deles. CIGANOS - Diferentemente dos circos e parques, os ciganos surgiam de repente, sem avisar. Instalavam, rapidamente, suas barracas. Expunham à venda mercadorias que eles mesmos produziam: alambiques, tachos e panelas de cobre, além de brincos, colares, e outras bugigangas. Faziam também consertos em panelas, tachos, alambiques, etc. Os ciganos causavam certo medo na meninada, pois, usavam roupas estranhas, alguns dentes de ouro. As ciganas com suas saias compridas, vários colares, também dentes de ouro, lenços na cabeça, enormes brincos, muitos anéis, e andavam pela cidade se oferecendo para “ler as mãos”, “ler a sorte”. Quando os ciganos iam embora, a meninada sentia certo alívio. Coisas de criança. Muita ingenuidade. De qualquer forma os ciganos movimentavam a cidade. Quanta saudade dos circos, parques e porque não dizer, também, dos ciganos, em nossa Dores do Indaiá. MAIO2013 Homenageados de 2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á MAIO2013 Homenageados de 2013 4 O Jardim da Escola Normal Este é o jardim da Escola Normal que foi o palco de muitos acontecimentos importantes para a juventude de nós septuagenários. Aqui, todas noites, reunia uma multidão de jovens para aquele encontro social que caracterizava as cidades do interior. Aqui se fazia o "footing“, embalado pelas músicas românticas emanadas do alto fa- lante da Rádio Cultura. Na alameda central, os moços andavam num sentido, as moças no outro e em cada rodada a oportunidade de ver, duas vezes, a nossa pretendida! Um olhar conspirador era o sinal verde! Depois de confirmada a sua veracidade, íamos ao encontro de nossa conquista, quando passávamos para as laterais do jardim ou íamos para o "passeio" do Pensionato que ficava defronte. Nesse lugar, deram início muitos dos casamentos que perpetuam através desses anos todos. Muito mais tarde, com a chegada do cinema, descíamos para ver a programação dessa casa de diversões que, com uma iluminação feérica, deslumbrava a noite dorense, contrastando com a claridade deficiente proporcionada pelo precário sistema de então. Para aí, modificando o antigo hábito, o povo foi transferindo os seus encontros noturnos. Com o tempo e a chegada da televisão tudo foi ficando diferente. O comodismo decretou a falência do nosso cinema e, hoje, as noites desertas de nossa cidade se ressentem da ausência dessa gente impetuosa que, um dia, lhe deu vida e alegria!... Agora, o viver ganhou novo sentido e uma nova história está sendo escrita, história ditada pela passagem do tempo e pela transformação dos costumes. Paulo Ribeiro de Andrade JOÃO DE SOUZA TONACO ma das pessoas mais vivas — no sentido latente da palavra — de Dores do Indaiá é João Tonaco de Souza. Não só da ilustrada terra e amada da Boa Vista, como de toda a região e, notadamente, de Belo Horizonte, a capital das Minas Gerais, que do Curral Del-Rey aclamou a mineiridade no coração do Brasil. Filho dos fazendeiros José Gonçalves de Souza e de Maria Rita de Souza, João nasceu sob os auspícios da Revolução de 1930, em 28 de abril de 1929, que culminaria com o fim da República Velha (e continua velha), onde se prometia um Brasil novo, nos brilhantes discursos e trabalho do conterrâneo Francisco Campos, ou Chico Campos, o Chico Ciências, uma das mais expressivas personalidades do solo mineiro. Matrimônio em 1960 com a uberabense Marli Mendes, com quem permaneceu casado várias décadas e teve três filhas, Cláudia, Alexandra e Caroline, e seis netos. Todos residentes em Belo Horizonte. Terminado o curso ginasial no antigo Ginásio Pio X, em 1948, onde depois funcionou o Seminário, veio para Belo Horizonte na procura de uma formação para o seu sonho. Estudou nos Colégios Marconi e Anchieta, formando-se em 1951. Vestibular em 1953 nas duas faculdades de Medicina que existiam à época, a Ciências Médicas (hoje da PUC Minas) e a UFMG, e passou com loas nas duas, graduando-se em 1958 na Faculdade de Medicina da UFMG. São, portanto, 54 anos de serviços prestados à carreira que lhe deu fama e visibilidade. Após dois anos de residência, ingressou na carreira de professor universitário, nomeado professor assistente. Concursado, foi promovido a profes- U sor adjunto. Durante 28 anos, como professor no Departamento de Clínica Médica da UFMG, exerceu também atividades administrativas, como a de diretorsuperintendente do Hospital das Clínicas da UFMG por cinco anos. Foi um tempo dos mais profícuos para este profissional, com especialidade em gastroenterologia, que não parava e cansava de crescer. Também fez pós-graduações em Administração Hospitalar, Patologia Torácica e Patologia Digestiva, e foi médico do INSS e deu assistência em várias instituições de saúde. É detentor de rico currículo, com participações em congressos, seminários, bolsas de estudos, palestras, honrarias, etc. Contando com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), implantou no Hospital das Clínicas o segundo Centro de Tratamento Intensivo (CTI) no Brasil. Esse feito marcou a história da Medicina no Estado e foi comentado e comemorado em todo o Brasil. O CTI do Dr. João Tonaco que, orgulhoso e feliz por ter realizado um grande feito para a população carente, era de primeiro mundo. Aliás, quem se deve orgulhar desse feito e do grande cidadão que ele é, somos nós os mineiros, em especial os dorenses. A maior parte da clientela do Dr. João Tonaco é de Dores do Indaiá, e com muito orgulho. Imaginem, sair da terrinha naquela época em que se demorava cerca de 20 horas, dependendo das condições climáticas, para chegar de jardineira à capital, então uma cidade provinciana, bucólica e que progredia com suas largas avenidas e ruas com traçado de cidade planejada. E lembrar hoje a falta de planejamento no seu crescimento, pois para uma população que deveria ser de 200 mil habitantes, pulou para 2 milhões e 500 mil, e 4 milhões na região metropolitana. Cresceu desordenada. As montanhas vão sumindo, os córregos poluídos, o verde é pouco para parcos parques/reservas, clima se deteriorando, e por aí vai, mas continua sendo a Belo Horizonte querida do Dr. João Tonaco (e nossa também), que nunca deslembra a calmaria de Dores do Indaiá, naquele platô inesquecível visto do Alto da Capelinha, onde Waldemar de Almeida Barbosa a imortalizou, Francisco Campos a politizou, Emílio Moura e Carminha Gouthier a perfumaram de poesia, Luiz Melgaço a musicalizou, Hugo Gouthier a diplomatizou, Oswaldo e Vicente Araújo a tornaram um centro financeiro, e hoje Emídio Teles de Carvalho Filho a tornou Leitura obrigatória no país. Dr. João, mestre dorense exemplar da medicina, adora pegar o caminho de casa, hoje pela moderna rodovia BR 262 até Luz, depois seguindo pela MG 176. Dr. João Tonaco uma vez disse ao jornal da ADI: “Sempre que chego a Dores do Indaiá, relembro os meus pais que há muito já se foram, encontro meus irmãos para conversar amenidades enquanto saboreamos a mais caseira e saborosa das comidas, envoltos por uma natureza exuberante. Ainda hoje me alegra a imagem do gado no pasto, ou se movimentando no curral. E como é agradável e relaxante ouvir o canto do galo ou bezerros mugindo ao longe. Como é bom poder voltar sempre a Dores do Indaiá.” Batalhador dos mais ativos da ADI, Tonaco sempre participou da diretoria e é um dos vice-presidentes. Quantas pessoas este nobre personagem, que é o humanista Dr. João Tonaco de Souza, salvou ou cujas dores amenizou, socorrendo-as da melhor forma possível, com dedicação, solidariedade e amor à profissão. Apesar de toda pompa nas circunstâncias do trabalho e com uma bagagem da melhor qualidade no currículo e no saber, o médico João Tonaco sempre se pautou por ser uma pessoa muito querida, agradável, solícita, amiga, tolerante e, acima de tudo, da maior discrição e simplicidade. Ozório Couto CIRCOS, PARQUES E CIGANOS (Em Dores do Indaiá) José Antônio Guimarães de Faria “O circo é, antes de tudo, um espetáculo visual. O palhaço faz tudo seriamente. Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejeitos. Sua mímica ingênua sempre consegue fazer rir”. Nos meus tempos de criança e adolescente em Dores do Indaiá, os circos e parques sempre foram atrações para os adultos e notadamente para as crianças. Já os ciganos não eram bem vistos pelas crianças, pois causavam certo medo. Coisas de criança. Minhas lembranças a principio parecem um BH Shopping - 2º Piso Tel. 3286-2623 pouco infantis, mas, retratam uma época gostosa, muita ingenuidade, diferente do mundo de hoje. Procurei ser o mais fiel possível, ao relatalas, apesar da minha pouca idade naquela época. São lembranças indeléveis. Muitos e muitos dorenses vão se lembrar e matar saudade. Tenho certeza. Por ser uma cidade pequena, Dores era muito carente de atrações, festa, diversões. Toda vez que chegavam circos e parques, era uma festa, uma alegria total. A cidade se movimentava e o comentário era geral. Eles chegavam sempre precedidos de muita propaganda no rádio, cartazes, serviços de altofalantes, etc., e se instalavam, preferencialmente, na Praça São Vicente (Praça Professor Waldemar de Almeida Barbosa), Praça São Sebastião (Praça Alexandre Lacerda Filho), Praça Tenente Zacarias Zica (Praça Abaeté), e numa área ao lado da Fonte do Povo. As crianças normalmente iam acompanhadas dos pais ou alguém responsável. A exemplo do que acontecia nas barraquinhas, também nos circos e parques, em um dado momento, o serviço de alto-falantes anunciava com muita ênfase, criando um clima de muita expectativa por parte de todos, a frase que ficou famosa : “Esta música alguém oferece a alguém e este alguém sabe quem”. Cada um dava um palpite, tentando adivinhar para quem seria a música. Bons tempos aqueles! Uma gostosa volta ao passado. CIRCOS - Dentre outros, os circos que mais visitavam Dores eram : Circo Bibi, Circo Garcia e Circo Irmãos Elias. As atrações eram sempre: Globo da Morte, Trapézio, Equilibristas, Palhaços, Mágicos, “Animais Ensinados” (Cachorros, elefantes, leões, macacos, zebras, girafas), entre outros. Os alegres e engraçados palhaços mexiam muito com a plateia, principalmente com as crianças e eram, sem dúvida, a maior atração. Eram apresentadas também peças de teatro, de que papai tanto gostava. Peças memoráveis como O Ébrio, A noite tudo encobre, E o céu uniu dois corações, entre outras. Eu e meus irmãos somente íamos ao circo com o papai. Quando os circos iam embora, dei- xavam sempre muita saudade. LEMBRANÇAS - Em nossa casa não havia rádio, e como sempre gostei muito de música, ir ao circo ou ao parque era oportunidade de ouro. Lá se ouvia de tudo, através dos serviços de alto-falante: Nélson Gonçalves, Orlando Silva, Ivon Cury, Gilberto Alves, Francisco Carlos, Vicente Celestino, Luiz Gonzaga, Anísio Silva, Carlos Galhardo, Francisco Alves, Roberto Silva, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Maysa, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, Marlene, Nora Ney, Tonico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho, Cascatinha e Inhana, Libertad Lamarque, Pedro Vargas, Sarita Montiel, Bienvenido Granda, Gregório Barrios, Lucho Gatica, entre outros. Havia uma musica que tocava sempre nos circos e parques, cantada por um menino e que fazia muito sucesso. Mais tarde, muito mais tarde, vim saber que se tratava da musica Canção do Jornaleiro, e o cantor-mirim era nada mais nada menos que Wanderley Cardoso, que se tornou famoso cantor da Jovem Guarda. Uma das propagandas utilizadas (não sei por qual circo) era anunciando a presença de Del Mario, cujo slogan era: “Venham ver e aplaudir Del Mário o grande êmulo de Mazzaropi “. Del Mário fazia muito sucesso no rádio. Um grande artista. O público delirava com ele. Ele era muito engraçado. Papai gostava muito de circo, e fez amizade com o Bibi (do circo do mesmo nome), e que chegou a visitar a Fazenda Santarém, da qual papai era um dos proprietários. Achei que foi uma honra muito grande para nossa família receber uma pessoa famosa, em nossa casa. Quando de uma das apresentações (não me lembro de qual circo), um dos artistas trajando terno branco, gravata “borboleta” escura, cabelos “englostorados”, sapatos de duas cores, cantou diversas músicas, mas, duas agradaram tanto que o público pediu bis, diversas vezes. Apesar de minha pouca idade, também gostei muito. Anos mais tarde descobri os nomes daquelas inesquecíveis musicas: Canta Maria, de Ari Barroso, e Chuá, Chuá, de Pedro de Sá Pereira e Ari Machado. CIRCOS DE TOURADAS - Os circos de touradas também chegavam sempre precedidos de muita propaganda. Mas, o público era mais especifico, e não iam tantas crianças. Havia muitos animais bravos e causavam certo receio aos pais. Mesmo assim, recebiam um bom público e também movimentavam a cidade. I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á HAROLDO DE OLIVEIRA LOPES aroldo Oliveira Lopes foi o presidente anterior da nossa querida Associação de Amigos de Dores do Indaiá (ADI). Sua gestão foi de alto valor e teve como diferencial a entrada de vez da entidade na era da internet. Quando eleito presidente e ao tomar posse, Haroldo já começou trabalhando com afinco e arregaçando as mangas. Jovem na ADI (e também na idade), deu um impulso para valer. Reuniões com computador, anotações de tudo, perfil diferenciado das reuniões e do plano de administração. Sentimos nas palavras do então jovem timoneiro da ADI a expressão concordante de que precisaríamos sempre avançar e traçar cada vez mais os laços que nos une a Dores do Indaiá, em amizade afetiva, conciliadora e objetiva para podermos elevar o nome de nossa queridíssima Indaiá e seu município além-fronteiras. Elo importantíssimo entre os conterrâneos, os conterrâneos por delegação da Câmara e os conterrâneos por afinidade, como eu, honrado e com muito orgulho. Assim expressou o ex-presidente no seu discurso de posse: “Representar e comandar uma entidade como a ADI é um prazer para mim e com certeza para meus diretores, estes, escolhidos e selecionados como se faz com algo que se quer muita qualidade. Todo Comando que assume aquilo que já existe deseja fazer algo diferente, fazer sempre melhor. No nosso caso, temos o desejo de fazer com que a integração existente se torne ainda mais forte, desenvolvendo em cada Cidadão Dorense e Amigo a reflexão sobre manter comunicação e relacionamento, brindando sempre que possível essa ação por meio de confraternizações.” É gratificante ser amigo de Haroldo e sua família, e de ter participado com ele e nos trabalhos que puderam ser feitos. Ser amigo fraterno dos amigos de Dores do Indaiá, numa profusão de fé e de celebração, que nos une ao passado glorioso, ao presente instigante e ao futuro promissor é das mais gratas satis- H fações. Tanto para Haroldo, como para todos os ex-presidentes, e o atual, José Antônio Guimarães de Faria, a luta e a alegria de poder fazer algo por Dores do Indaiá é uma irrequietude só. E o mais bonito é a confiança uns com os outros, a unidade e amizade que nos une. As dificuldades em cada gestão são sempre as mesmas, até falta de compreensão às vezes vem à tona. Mas tudo se resolve com boa fé, solidariedade e vontade de fazer e vencer. Ainda do Haroldo: “Não é fácil manter as pessoas em harmonia, preparar formas de entretenimento e encontros, mas a cada esforço nosso temos a certeza de que conseguimos experiência, conquistas são atingidas e a alegria trazemos ao coração de cada um.” Como dizia, a ADI entrou de vez na modernidade com a nova criação do sítio www.adidoresdoindaia.com.br, obra da gestão (2004-2006) do dr. Kílder Wagner Lopes Cançado, um incansável batalhador, amigo, excelente articulador e advogado. Haroldo revolucionou o sítio, tornou a Entidade, a Diretoria, as diretorias anteriores mais conhecidas e divulgadas, como também nossos associados e a nossa própria Dores Indaiá, com o charme irresistível de sua história, sua atualidade e seus personagens, muitos deles famosos e que honraram a patriazinha. Durante a gestão de Haroldo Oliveira Lopes, presidente da ADI de abril de 2010 a abril de 2012, entre as principais realizações da diretoria citamos: apoio ao projeto Andayá (revitalização de praças públicas em Dores); apoio na reforma da igreja do Rosário, com doação de 100 unidades do livro Horas Mágicas e leilão de uma obra da renomada artista Yara Tupynambá; entrega do Requerimento de iniciativa do Ronaldo Silviano Araújo, o Ronaldo Kattah, assinado por autoridades e associações dorenses ao Governo do Estado de Minas Gerais, solicitando a implantação de faculdade pública em Dores; a grande festa no Minas Tênis Clube, no dia 29 de maio de 2010, cujos homenageados foram o Dr. Fabio Nélson Fiúza, o Mário Carneiro e a ex-presidente Rosalva de Oliveira Bernardes; grande festa no Minas Tênis Clube, no dia 28 de maio de 2011, sendo homenageados o Dr. Augusto de Mello Netto, o José Fiúza de Lacerda e o Wagner de Castro, fundador-mor da ADI; fórum de debate: “Todos contra a Dengue”. Reunião de entidades, escolas, associações, bancos, prefeito, secretários, vereadores, sindicatos e pessoas importantes, que desencadearam grandes ações de combate a epidemias; festa no Quiosque Grill, “Encontra Dores em BH”, no dia 28 de novembro de 2009, com José Lino e Lucas & Gustavo; festa no Quiosque Grill, no dia 5 de novembro de 2010: com Salvatore Som & Cia; lançamento do livro de nossa estimada Branca Caetano Guimarães, Horas Mágicas, uma coletânea de crônicas em parceria com a editora O Lutador, na Livraria Leitura e na Escola Estadual Francisco Campos, em Dores. Haroldo de Oliveira Lopes nasceu em Dores do Indaiá no dia 14 de novembro de 1973. Filho de Eduardo de Oliveira e de Letícia Lopes de Oliveira, é o sétimo de nove filhos. Casou em 2007 com Raphaela Ignachiti Vargas e têm duas filhas, Larissa, 5, e Sophia, 1 mês. Estudou nas classes anexas até o 4º ano e na Escola Estadual Francisco Campos da quinta à oitava. 2º Grau na Escola Municipal Comercial São Luís (o famoso Comércio onde se formou como Técnico Contábil.). Veio para Belo Horizonte em 1995. Em 1997 ingressou no curso de Ciências Contábeis na UNA, honrando a tradição de família de contadores. Entrou para a Vale em 2001 como estagiário na área contábil, financeira em 2004; mudou-se para Governador Valadares em 2005, para o Rio de Janeiro em 2006, e retornou a Belo Ho- Belo Horizonte, Fevereiro de 2012. rizonte em 2009. Depois de pós-graduado em Logística e Sistema de Transporte, na Vale atua como coordenador da logística de transporte de quinze minas, com extração de minério de ferro e pelota, e exportação via navio para diversos países, com destaque para China. Observação de um colega de trabalho, líder de processo de extração de minério: “Haroldo demonstra flexibilidade e criatividade ao ajustar sua atividade para satisfazer os objetivos corporativos em evolução. Ao olhar o cenário como um todo, ele identifica futuros problemas e desenvolve planos de contingências para resolvê-los. Mesmo sob pressão, Haroldo se mantém com os pés no chão e busca fatos e dados para não tomar decisões precipitadas. Não é resistente a mudanças. Excelente ouvinte, tem sido um grande parceiro que se dedica ao trabalho, sempre aberto a novas ideias. Ele chega a se oferecer para ouvir, sempre buscando métodos diferentes para atender melhor à maioria. Está sempre informado a respeito das últimas novidades em sua área de atuação.” 5 Ozório Couto Família, amigos, conterrâneos... PARQUES DE DIVERSÃO - A meninada é que mais gostava, pois havia muito do que aproveitar: Roda Gigante, Carrossel, Canoinhas, Gangorra, brincadeiras diversas, e a expectativa de ganhar prêmios com jogo de argolas (Jogar Argolinhas), Tiro ao Alvo, etc. sem contar com os doces, picolés, pipocas, pirulitos, balas, etc., que eram vendidos por todo lado, uma verdadeira tentação. Os parques também deixavam saudade quando iam embora. Não me lembro do nome de nenhum deles. CIGANOS - Diferentemente dos circos e parques, os ciganos surgiam de repente, sem avisar. Instalavam, rapidamente, suas barracas. Expunham à venda mercadorias que eles mesmos produziam: alambiques, tachos e panelas de cobre, além de brincos, colares, e outras bugigangas. Faziam também consertos em panelas, tachos, alambiques, etc. Os ciganos causavam certo medo na meninada, pois, usavam roupas estranhas, alguns dentes de ouro. As ciganas com suas saias compridas, vários colares, também dentes de ouro, lenços na cabeça, enormes brincos, muitos anéis, e andavam pela cidade se oferecendo para “ler as mãos”, “ler a sorte”. Quando os ciganos iam embora, a meninada sentia certo alívio. Coisas de criança. Muita ingenuidade. De qualquer forma os ciganos movimentavam a cidade. Quanta saudade dos circos, parques e porque não dizer, também, dos ciganos, em nossa Dores do Indaiá. MAIO2013 Homenageados de 2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á MAIO2013 Homenageados de 2013 4 O Jardim da Escola Normal Este é o jardim da Escola Normal que foi o palco de muitos acontecimentos importantes para a juventude de nós septuagenários. Aqui, todas noites, reunia uma multidão de jovens para aquele encontro social que caracterizava as cidades do interior. Aqui se fazia o "footing“, embalado pelas músicas românticas emanadas do alto fa- lante da Rádio Cultura. Na alameda central, os moços andavam num sentido, as moças no outro e em cada rodada a oportunidade de ver, duas vezes, a nossa pretendida! Um olhar conspirador era o sinal verde! Depois de confirmada a sua veracidade, íamos ao encontro de nossa conquista, quando passávamos para as laterais do jardim ou íamos para o "passeio" do Pensionato que ficava defronte. Nesse lugar, deram início muitos dos casamentos que perpetuam através desses anos todos. Muito mais tarde, com a chegada do cinema, descíamos para ver a programação dessa casa de diversões que, com uma iluminação feérica, deslumbrava a noite dorense, contrastando com a claridade deficiente proporcionada pelo precário sistema de então. Para aí, modificando o antigo hábito, o povo foi transferindo os seus encontros noturnos. Com o tempo e a chegada da televisão tudo foi ficando diferente. O comodismo decretou a falência do nosso cinema e, hoje, as noites desertas de nossa cidade se ressentem da ausência dessa gente impetuosa que, um dia, lhe deu vida e alegria!... Agora, o viver ganhou novo sentido e uma nova história está sendo escrita, história ditada pela passagem do tempo e pela transformação dos costumes. Paulo Ribeiro de Andrade I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á MAIO2013 Presidente atual e ex-presidentes em momentos festivos. Circuito Turístico Caminhos do Indaiá valoriza potencial regional Circuito Turístico Caminhos do Indaiá, criado em 2008, e hoje composto por 07 municípios, tem dado prosseguimento em seus trabalhos de planejamento e divulgação do potencial turístico regional. Com o objetivo de inserir a região no cenário turístico estadual, o Circuito tem apostado na cultura e nas belas paisagens que os municípios associados proporcionam. Recentemente foi lançado o primeiro guia turístico do Circuito, onde foram incluídas as principais empresas ligadas ao setor do turismo em Bom Despacho, Cedro do Abaeté, Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá, Quartel Geral, Luz e Santa Rosa da Serra. Este guia visa dar orientação ao turista de onde poder se hospedar, alimentar, abaste- O cer e fazer compras em nossa região. Além do trabalho de folheteria, o Caminhos do Indaiá, tem participado efetivamente da política estadual do Turismo, com presença garantida nas principais feiras e eventos do setor, dentre eles o Salão Mineiro de Turismo, que acontece anualmente mostrando todas as belezas das regiões turísticas de Minas Gerais. Como resultado de nosso trabalho, recebemos junto a SETUR-MG a renovação de nossa certificação, que garante a permanência dos municípios associados nas politicas publicas estaduais do Turismo em 2013. Sendo assim, continuamos firmes no ideal de que podemos crescer cada dia mais e tornar essa região num dos principais destinos turísticos do nosso Estado. Românticos Anônimos Tudo bem, eu admito: sou fã incondicional do amor. Amo sentir frio na barriga, sonhar acordada, pensar se do outro lado da linha alguém mais pensa... e todas essas coisas idiotas que a gente adora, como me disse minha amiga Mandjuras. Amo surpresa, cartinha romântica, beijo demorado, abraço apertado, olhares furtivos, sorrisos involuntários e músicas que saem de dentro do chuveiro em dias especiais, dias como ontem, hoje ou amanhã, tardes que viram coleções de momentos fantásticos dentro da nossa imaginação. Ter um coração insaciável pode ser bem complicado, ainda mais quando se vive em pleno século XXI, no auge da superficialidade e da banalização das relações afetivas. A fila tem que andar, e a gente não tem nem o direito de chorar pelo que não deu certo porque são tantas as oportunidades, tantos os meios e além de tudo todo mundo hoje em dia é tão interessante que deixar de vender o peixão que você é acaba por te excluir de uma rede de partidos imperdíveis. Nunca fui muito boa com essas coisas que vêm antes do amor, essa auto-promoção disfarçada acompanhada de estratégias de conquista pré-cozidas, e ainda assim acredito que quando alguns caminhos se cruzam, não há escapatória. Acho que ninguém deveria se privar de amar direito, de dar as cartas sem moderação e sem expectativas, sem medo de perder. Enquanto você espera, flores, sabores e dias de sol esperam por você... (31) 2519-2727 [email protected] Érika Amâncio I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á RONALDO SALVIANO DE ARAÚJO KATTAH Um dos nomes escolhidos como homenageado na Festa de Confraternização da ADI - Associação dos Amigos de Dores do Indaiá deste ano foi RONALDO SALVIANO DE ARAÚJO. E a festa continua... Nome grande e pomposo que se torna grandioso quando acrescido de um apelido carinhoso. CATATAU. Catatau, com o passar do tempo e o emprego da numerologia ficou mais sofisticado e incorporou-se ao nome e à pessoa. Surgiu então o KATTAH. Isto mesmo, com K no início, dois Ts no meio e H no final. Porém para facilitar, vou usar o Kata com K, porque soa como sempre o chamei desde a infância e não complica na hora de escrever. Seu alcunha, segundo informação do mesmo, foi colocado por uma filha do Sr. Ageu que morava na Rua Capitão Amaro no Buracão (hoje Bairro São Sebastião), lá pelos idos de 1960. (muito antes de surgir o Catatau, amigo do Zé Colméia.) Catatau significa “Pessoa de pequena estatura, miudinha”. Será por quê? Mas também significa “Pessoa charmosa, amável e expressiva, muito criativa e um tanto curiosa”. Acertou também. Ronaldo, filho de D. Rosa e Sr. Sebastião Salviano de saudosas memórias, nasceu em Quartel Geral que na época pertencia à Comarca de Dores do Indaiá, o que lhe concede a cidadania e o título de um legítimo dorense da gema com todas as características e singularidades. É o bendito fruto entre as mulheres, suas irmãs: Maria de Lourdes, Darcy, Eunice, Perpétua (esposa do meu grande amigo João de Melo que viajou fora do combinado) e Rosaura. É pai de Felipe, Paula e Raquel. Amigo só dos amigos porque não tem e nunca teve inimigos. Estudou e formou-se em 1963 no nosso querido Ginásio Cornélio Caetano ainda no prédio do Grupo Dr. Zacarias e depois na Casa do Sr. Hugo, berço de formação de uma talentosa e vitoriosa geração, graças ao empenho de professores como Djalma Melgaço, D. Dora Pinto, D. Adalmar, Dr. Raimundinho Azevedo, Prof. João Batista, Luís Assunção, Ivone Zica, Dr. Augusto Melo e tantos outros e a intensa dedicação de Hugo de Sousa Araújo. Nesse mesmo ano, juntamente com os amigos Emidinho Teles, Lúcio Teles, Augusto do Mozart da Farmácia, Antônio Alberto Ba- naneira, Zé Maria Canela e outros, fundaram e dirigiram o CNG - Clube Nova Geração, que com o apoio do Padre Jayme, naqueles anos de chumbo, desenvolveram trabalhos de conscientização política de grande importância para o desenvolvimento da juventude dorense daquela época e que repercute até hoje. Sempre ligado às letras e às artes, Kata iniciou sua carreira de jornalista amador em 1969 colaborando com a famosa Coluna Mini-Notas fundada por Roberto do Nilo e Carlinhos do Gil no jornal “O Liberal” de Nilo Peçanha, fato que contribuiu para que fosse convidado pelo saudoso amigo Corsino José da Silva para substituí-lo como correspondente do jornal ”Estado de Minas” desde 1994, divulgando tudo sobre Dores e a sociedade dorense, o que ainda faz até hoje, inclusive no jornal “O Tempo” onde goza de grande prestígio. Em 1970, fundou o conjunto “Som 2001” muito antes do filme “2001 - Uma odisseia no Espaço”, com os amigos Ronaldo Lacerda (empresário), Mirtão na bateria, Bananeira, Rafael do INPS, Helíneo da Cemig nas guitarras, José Ferreira (filho do Zé da Guiomar) nos teclados e seu irmão Ardisson no contrabaixo, ele, Kata, na voz e eu, José Lino, dando canja como cantor, quando visitava Dores em ocasiões festivas. Foi o grande sucesso da Churrascaria Central e do Indaiá Clube nos anos 70. Em 1971, idealizou e realizou o 1º Festival de Música de Dores do Indaiá, no palco do Cine Indaiá, que teve como vencedores José Lino e Torres Homem Vaz. Em 1972, foi vencedor com a música “Por um mundo melhor” interpretada por Paulo Coelho juntamente com José Lino com a música “Morro da Capelinha”. Foi um grande show com torcida organizada gritando e agitando cartazes, no auditório lotado como só se via nos filmes do Mazzaropi. Kata ficou tão entusiasmado com o festival que foi comemorar com os amigos, no Bar do Zé Preto. Depois de tomar umas e outras (coisa que já não faz mais), cantou a música “Amada Amante” de Roberto Carlos apenas 28 vezes seguidamente, ostentando e balançando sua vasta cabeleira “a La Roni Von”. É verdade!... Kata foi um dos precursores dos cabeludos em Dores. Era a moda. Eram os modelos. Bons tempos. Bons e idos cabelos. Em 1973, participou ativamente da UNESDI - União dos Estudantes do Ensino Secundário de Dores do Indaiá e juntamente com o Edson (irmão do Paulo Cassuaba) e Eliana Agnelo, montaram no palco do Cine Indaiá uma peça teatral de sua autoria intitulada “Juventude e Esperança” contando no elenco com os atores Moacir (irmão do Bite), Bananeira, Arlene do Zé Basílio (Toró irmã da Coruja) e Senhorinha Catita, que foi um grande sucesso. Além de poeta, jornalista, cantor, compositor, homem de muita fé, nosso amigo Kata também foi desportista tendo jogado no Juvenil do Dorense Futebol Clube na época de grandes craques. Além de tantas atividades artísticas, Ronaldo Salviano de Araújo dedicou-se à família aos amigos e ao trabalho. Começou sua trajetória profissional na Caixa Econômica de Minas Gerais onde exerceu, por 28 anos, com dignidade e dedicação, diversas atividades, chegando à Gerência, onde permaneceu até a extinção da mesma. Foi então transferido para a Secretaria da Fazenda onde se aposentou. Kata, sempre alerta e atento a tudo, quando Dores do Indaiá foi, de forma leviana e irresponsável, atacada por uma jornalista do Diário Popular de São Paulo, saiu em defesa de todos os dorenses publicando a realidade dos fatos na coluna “Fale com a Redação” do jornal “Estado de Minas” fato que obrigou a jornalista a desculpar-se publicamente. Nosso amigo Kata também idealizou e redigiu, juntamente com o Dr. Alaor Campos Fiúza, o “Requerimento Conjunto” endereçado ao Governador do Estado reivindicando a instalação de uma unidade da Universidade do Estado de Minas Gerais ou do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia em Dores. Este documento assinado pelo Prefeito (Dr. Joaquim Cruz), Secretária Municipal de Educação (Janaína Mendonça Ferreira), e pelos presidentes da Câmara Municipal (Dr. Sósthene Morais), Clube Regional da Agropecuária (Amaury Fagundes Faria), COMADI (Dr. Amadeu Brasileiro dos Santos), Lions (Sérgio Geraldo de Oliveira), Loja Maçonica (Paulo César Pinto Ribeiro), OAB (Dra. Susicley Mara V. S. Paulucci), Sindicato Rural (Dr. Tarley Santos), SADI – Sociedade dos Amigos de Dores (Maria Genoveva Costa), e ADI – Associação dos Amigos de Dores do Indaiá (Rosalva de Oliveira Bernardes), foi protocolado pela ADI junto ao Governo do Estado em 2009. 3 MAIO2013 - Em 2002, foi agraciado com o título "Gente de Expressão" conferido pela jornalista Lourdinha Silva do jornal "O Estado de Minas". - Em 2003, recebeu o Diploma de Moção Honrosa da Câmara de Vereadores de Dores do Indaiá. - E, merecidamente recebeu também o título de "Dorense Notável" conferido pela SADI – Sociedade dos Amigos de Dores do Indaiá no ano de 2008. Tarefa antagônica essa de escrever sobre Ronaldo Kattah. FÁCIL, por se tratar de um grande amigo de infância e adolescência, pessoa popular, transparente com tantos atributos e qualidades já de conhecimento geral. DIFÍCIL, pela pouca convivência na fase adulta, o que me privou de conhecer mais a fundo o seu mundo de ideias, do qual me sobraram poucos, mas porem valiosos fragmentos. Por fim, o meu abraço, desejo de saúde e paz e o reconhecimento de que foi: Homenageados de 2013 6 ILUMINADA A LEMBRANÇA DE SEU NOME. MAIS FELIZ A ESCOLHA. E UMA BRANCA FUMACINHA, TAMBÉM SURGIU NO MORRO DA CAPELINHA, O PRESIDENTE JOSÉ ANTÔNIO, OS VOTOS CONTOU E O DR. MARCONDES ANUNCIOU: HAVEMOS KATA. José Lino de Faria MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á DONA HELENINHA onfesso que hesitei: que título dar a este artigo? Minha prima Heleninha? Professora Heleninha? Ou, simplesmente, Heleninha? Acabei ficando com o “Dona” – no seu significado etimológico de “dona de casa, senhora” – sentido que depois se ampliou, como título honorífico para pessoas de destaque. E não era assim que Maria Helena Fiúza Guimarães era por todos conhecida, em nossa Dores do Indaiá? E quem não se lembra da filha do Tonico Caetano (o apaixonado e saudosista trovador de Dores) e da D. Zoca (Maria Rita de Faria Guimarães), sempre elegante, “elegantérrima”, vestindo roupas de corte clássico, sem desprezar um que outro detalhe mais moderno, como um lenço ou echarpe em volta do pescoço? Até nas suas aulas ela costumava usar meias finas e sapatos de salto alto, imaginem! A comedida Heleninha normalmente não era de dar gargalhadas: apenas sorria – e, às vezes, um sorrisozinho maroto no canto dos lábios... Esse comedimento explicaria, talvez, sua preferência pela cantora Elisete Cardoso, que tinha um gingado um pouco mais discreto... Foi sempre muito atuante na Paróquia. Devota de Nossa Senhora do Ssmo. Sacramento, pertenceu à associação das “Filhas de Maria” e também às “Luísas de Marilac”. Nesta linha de atuação solidária, foi uma filha e irmã C exemplar. Adotou como suas as filhas da irmã Terezinha, quando esta faleceu, e apoiou também outras pessoas que passavam por momentos de necessidade. Deu até uma grande ajuda ao nosso cantor Guto – era sempre a pessoa dedicada e disponível. Hoje, aposentada, participa do grupo “Apoio”, que promove bazares beneficentes, para os quais confecciona bordados muito bonitos. Mas, é evidente que nossa homenageada se destacou, sobretudo, no campo profissional. Auxiliar da famosa Diretora da Escola Normal, D. Esther Alves, seguia muito a orientação dessa educadora, ao ser nomeada para as cadeiras de Metodologia e de Prática de Ensino, que incluía orientação pedagógica às Classes Anexas e às alunas-mestras que procuravam seguir o ideal do magistério. Após fazer com brilhantismo um curso de especialização do Departamento de Aperfeiçoamento de Professores, do então Ministério da Educação e Cultura, foi convidada a trabalhar neste Ministério, em Belo Horizonte, para onde se transferiu. Aqui na Capital continua residindo até hoje, com a irmã Sílvia, depois de aposentar-se. Embora domiciliada em Belo Horizonte, nunca se esqueceu da Escola Normal de Dores e de suas queridas Classes Anexas, sempre orientando suas substitutas, como a D. Branca e a Maria Helena. Assim é que conseguiu, no Léon Renault, vários estágios para as alunas do curso de magistério dorense. Portanto, D. Heleninha surge diante de nós como um modelo de educadora, daquelas à moda antiga, de valores e princípios, de dedicação e ideal, que nem sempre conseguimos encontrar em nossos dias. Além do mais, solidária, ela sempre está presente nos momentos tristes ou alegres em que se reúne a comunidade dorense de Belo Horizonte, da mesma forma que sempre prestigiou nossas festas de confraternização ou de beneficência. Permitam-me terminar com uma pequena evocação: a área dos fundos da Escola Normal, em Dores, tinha várias casuarinas, aquelas árvores que, em vez de folhas, possuem pequenas hastes cilíndricas, que produzem um suave sussurro - que, às vezes, mais parecem um gemido – quando tangidas pelo vento. Dona Heleninha amava essas árvores e quantas vezes chamou atenção das pessoas: ‘ – Olha que beleza das casuarinas! ‘ Eu imagino que nossa homenageada passou por Dores e pela nossa comunidade como esse discreto sussurro das casuarinas, que fazem ouvir sua voz, mas sem estridências nem barulhos. É o doce murmúrio produzido pela presença dos ventos da amizade e da solidariedade, murmúrio tranquilo e reconfortante. Homenageados de 2013 2 José Hipólito de Moura Faria Homenageados de 2011 em clima de confraternização, emoção e alegria. CLÍNICA PSIQUIÁTRICA Dr. Marcondes Franco da Silva PSIQUIATRIA, CLÍNICA E PSICOTERAPIA CRMMG 8455 (31) 3273-0202 / 9481-3111 Av. Mem de Sá, 962 – Bairro Santa Efigênia 30.260-270 - BELO HORIZONTE - MG Tel.: 31 3194-5000 deando o açude vai indo uma velha. A saia dela é toda de sianinha no trespasse. - Boa tarde. - Hoje é você que está começando a conversa. - Eu só disse boa tarde. Não sou mal-educada. Acho melhor passar a te cumprimentar. Afinal, a gente está se vendo toda tarde. - Toda tarde. - Toda tarde! Dores. As meninas do tio Mário brincam de pular maré na rua Benedito Valadares. Dana a ventar forte. - Ontem você disse que não era mal-educada. - Ah, sim, boa tarde. - Boa tarde. Inda. Outras dores. Uma mulher soca paçoca no pilão. Vento nenhum. Nem frio. Nem chuva fininha. Mas o sol teima, o sol demora. - Boa tarde. - Boa tarde. O primeiro beijo Cai chuva fininha. Um pássaro preto canta no pé de jatobá. - Faz uma semana que eu te vejo por aqui... Endoidou? - Posso te perguntar a mesma coisa. - Eu tenho vindo toda tarde, faz mais de ano. - Por que resolveu prosear comigo hoje? - Prefere não ouvir nem falar nada? - Prefiro. Eu venho aqui pra isso. Passa um homem alto e magro, chapéu branco, vai carregando samburá cheinho de flores. O homem assobia alto. Cai chuva fininha. Em Dores do Indaiá. - Ei. - Continuo não querendo prosa. - Está bem. Me desculpa. Mas você, vira e mexe, aparenta tristeza na alma. - Continuo não querendo prosa, vê se larga a mão de puxar assunto. Inda Indaiá. Carro de boi empacado. E la- - Hoje eu trouxe cachecol e não está fazendo frio. - Engraçado, não é? - Por que você vem aqui toda tarde? - Posso te perguntar a mesma coisa. No ritmo da mão de pilão, a mulher que soca paçoca desembesta a cantar alto. E o sol fica mais renitente ainda. - Senti saudade. - Senti saudade. - Jura que sentiu saudade? - Jura que sentiu saudade? No Morro da Capelinha o primeiro beijo. Stella Maris Rezende Autora de “A mocinha do Mercado Central”, Globo, e “A guardiã dos segredos de família”, SM, Prêmios Jabuti 2012, Câmara Brasileira do Livro. “A mocinha do Mercado Central” é também o vencedor do Prêmio Jabuti O Livro do Ano, categoria Ficção. I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á Diretoria e Conselho da ADI para o biênio 2012/2014 Presidente: José Antônio Guimarães de Faria Vices-presidentes: Fábio das Graças Oliveira Braga, João de Souza Tonaco, José Arinos Guimarães Machado, José Hipólito de Moura Faria, Ozório José Araújo do Couto e Wagner Álvares de Carvalho. Diretoria Administrativa: José Jalba Martins Faria e Roberto Eustáquio de Araújo. Diretoria Cultural: Antônio Augusto de Souza e Márcia Gouthier de Carvalho. Diretoria de Desenvolvimento e Expansão: Jalmira Regina Fiúza de Sousa e Valéria Madureira de Oliveira Melo. Diretoria Financeira: Aloísio Mendonça de Lacerda e Geraldo José de Mello. Diretoria Jurídica: José Lino de Faria e Maria Claret Carneiro Barbosa. Diretoria de Relações Públicas: Antônio Carlos Carvalho Campos e Domingos Carneiro Costa. Diretoria de Secretários: Altina Lúcia Caetano Guimarães Mello e Vera Maria Motta Machado. Diretoria Social: Nilce Pontes e Sophia Bernardes Lorenzato. Conselho Consultivo: Presidente – Haroldo de Oliveira Lopes, vice-presidente – Rosalva de Oliveira Bernardes, Carlos Augusto de Melo Silva, Emídio Teles de Carvalho Filho, Kielder Wagner Lopes Cançado. Conselho Fiscal: Chester Carlos de Azevedo, Juarez de Carvalho Campos, Juarez França Teles, Mônica Corrêa, Gustavo Henrique Lopes Cançado, Marcondes Franco da Silva, Padre Henrique de Moura Faria. Conselheiros: Ademar de Barros Rodrigues; Afonso José de Melo; Alcides Silva Júnior; Alda Alvares Lacerda; Amauri Fagundes Faria; Ana Maria de Oliveira Lacerda; Angela Maria Faria Lopes; Angela Melgaço Cardoso; Angélica de Carvalho Chagas Vioth; Antônio Caetano de Sousa; Antônio Carlos de Oliveira Corrêa; Antônio Celso Beluco; Antonio Dias Carvalho; Aparecida de Oliveira Galvão; Arnaldo Brasil Filho; Balbina Alves Cardoso; Bolivar Lamounier; Carla de Araújo Faria; Cássia Imaculada Cordoval; Catarina Silvânia de Oliveira; Cecília de Sá Lino Silva; César Machado Ribeiro; Cimar Eustáquio Marques; Daladier Rodrigues de Alcântara Júnior; Dalila Caetano Lacerda; Danilo Mendonça de Lacerda; Delenda F. Campos; Dimas Wagner Lamounier; Édna Caetano C. Lacerda; Eliardo Viana de Queiroz; Eduardo de Lacerda Valente; Estanley Falconieri Resende; Fabiano Ribeiro de Oliveira; Fábio Rogério S. Pereira; Fabrício José Moreira Borges; Fernando Baeta Zebral Vieira; Franquislene Dias Vieira; Genoveva Costa; Giselda de Queiroz Franco; Gustavo de Oliveira Lacerda; Gustavo Pinto de Melo; Hamilton Mendonça de Lacerda; Helio Carneiro Araujo; Henrique Vasconcelos Caetano; Hipólito de Assis Matos; Ivone Maria de Almeida Luz; Jaquelina Sarkis; Jesus Bráulio; João Bosco Lucas Pereira; João Paulo Chagas Vioth de Magalhães; João Paulo de Noronha; Joaquim Franco; Jonas Galvani Faria Pereira; José Antonio Cardoso; José Eduardo Madureira de Oliveira; Jose Machado Resende; Jose Odilon Fonseca; José Orlando Pinto da Cunha; José Osvander Fonseca; José Ozório Caetano; Júnia França Teles; Jussara Correa; Laís Oliveira Faria; Lindalva Carvalho S. Barros; Lucas Flávio de Camargos Souza; Luiz Carlos Teles Correa; Luiz Gonzaga Costa; Márcio Alves Vasconcelos; Marcio Caetano Cruz; Marcos Paulo da Silva; Maria Augusta Alcantara Borges; Maria Auxiliadora de Souza Pereira; Maria Terezinha de Melo Silva Vieira; Marilia Fiuza; Marina Caetano Guimaraes Pires; Messias José de Sousa; Muraí Caetano; Myriam Guimarães Machado Mendes; Moisés Souza; Nelson Campos Valente Neto; Olavo Abreu; Olavo Lacerda Ribeiro; Orestes Vaz da Costa Filho; Orlando Abreu; Orlando E Zica Júnior; Osvaldo Mateus de Sousa; Paulo Cesar Leite Correa; Paulo Gomes Santiago; Paulo Pinto Morais; Paulo Roberto de Araujo; Raphaela Ignachiti Vargas; Regina Marcia de Oliveira Dias; Renato Lopes Lacerda; Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza; Ricardo Giordani Ribeiro; Roberto Reis; Rodrigo Franco; Ronaldo Salviano de Araújo Kattah; Ronildo Faria Paixão; Rosaura Zica Costa; Serdiley Resende; Sérgio Costa Carvalho; Sergio Mauricio Madureira Dias; Sérgio Paulo Silva; Simeão de Oliveira Neto; Wagner de Castro; Waldemar José de Oliveira; Waldir Matos de Assis e Wilson José dos Santos. MAIO2013 7 PIO DORES Maria De repente, o salão social do Colégio PIO XII era uma pracinha das Dores do Indaiá... De repente, uma esquina, que eu conheço tanto, estava lá, no PIO XII... De repente, as ruas, que eu conheço tanto, estavam lá no PIO XII... De repente, meu povo todo, o povo que eu conheço tanto, estava lá no PIO XII... E meu coração confundiu tudo: a alma de Dores do Indaiá se mudara para o Teatro do PIO XII... O mundo da alma é mágico, é telúrico e nós – os de cá - embarcamos em suas manhas, em suas feitiçarias... Não há de ver que o Teatro cantava com a voz e o mesmo carisma do Osvaldo da Sinhá do Grilo, mas com outro rosto? Ah, o rosto era de dois filhos lindos, Guto e Lucinha... Daqui de minha casa, sem sair das Dores, eu vi e ouvi a Dª Dayse Gouthier, a professora inesquecível, recitando (ainda existe esta palavra?) as poesias do Zezé Machado, que batia palmas na plateia - pelas mãos e com o rosto de sua filha, a nossa Helena/Lelena? Ah, a Dª Dayse já recita para os anjos? Quem falou isso? Eu a vi, com uma roupa linda, encantando o Teatro do PIO XII...- Uai, então era a Márcia, sua filha? - Jesus, jurei que era a professorinha daqui, a Dayse do Zezé do Gustavo, jurei que era... - Deus meu, o que o Tonico Caetano foi fazer lá no PIO XII, gente? - Tudo bem, o jeitão, era do Marcondes Faria, do Dico do Marcondes... Mas a leveza da alma, ah, essa era da Yone e do Tonico Caetano, claro que era! Não era nenhum deles, era o José Antônio - o Presidente - a mágica de misturas atemporais... - Uai, e o Zé Lino, o Dr. Tampinha – desculpe, eu misturo tudo - agora deu pra tocar piano, sem a barba branca e com cara de mocinho? Não entendo mais nada: pensei que era o filho dele... Depois, pensei que era o poeta do meu tempo de Festivais - aqui na Terra Azul... Tiraram minha dúvida – era mesmo o filho do Dr. Tampinha, o Ramiro Moreno... Recebeu do pai a fagulha da ARTE... (até sua esposa herdou um pouco dessa fagulha, pode? Penso que pode, porque ela deu o maior show ao piano!) Sem falar no dedilhado a quatro mãos, de Sandra e Cristina ... Precisava de QUATRO MÃOS DE ARTISTAS, gente? Foi emoção demais pro meu pobre coração do Indaiá das Dores... - Gente, gente, gente... E aquela gracinha de Rosalva, de onde tirou tanta simpatia, tanto carisma? Eu sei, essa eu mato na hora: quem falava, naquela “prafrenteza”, naquela prontidão, era o Lourival Bernardes, aquele que recitava NAVIO NEGREIRO ao meio dia, no sol, na chuva, em casa, na rua... naquela panca toda. A Rosalva é uma Dircinha do Lourival: sorriso de um, olhar do outro, certeza de que, na ARTE, tudo continua, indefinidamente... Um vento mágico sopra a chama e ela reaparece... De repente, lá estavam todos os MELGAÇOS nas mãos encantadas do Mauro Morais. O nome dele bem que poderia ser: Mauro MELGAÇO Fiúza de Morais, porque, vai ser artista lá longe! O piano em suas mãos fica leve, sai voando, corre mundo, toca na Europa, canta, dança, encanta...nEntende de música como seus longevos ancestrais de além-mar... O nosso Carlinhos da Rádio, aquele menino que deu birra por causa de um microfone – pensando que era um picolé...- e, até hoje, acha que o microfone é picolé, tamanha doçura o acompanha, quando canta... Claro, alguma fada-madrinha falou, quando ele nasceu: _"Vai, Carlos, vai ser cantor nessa vida..." Um fio mágico teceu sua alma – ele o segue fielmente: onde tem dorenses juntos, lá está ele, o Carlos Roberto Silva... Até o Oriente estava ali, com nome indaiazeiro, com família indaiazeira: Dores do Indaiá, com 10 anos de idade, já sabendo usar o véu para encantar corações... D. PolicenaMoemaDanielaCamila: corrente forte essa! A bisavó andava longe pra arrumar um teatro, adorava uma selva no palco, com as índias mais bonitas da região: Delenda, Moema ... Outras vezes, transformava nossas meninas em BONECAS VIVAS... (minha filha Altina Lúcia foi uma de suas bonecas, ao lado de Alzirinha, Simone, Cidinha, Raquel, Zinha...) Antigamente, muitos ciganos vinham beber da água da Fonte-do-Povo aqui nas Gerais – a Praça Prof. Waldemar de Almeida Barbosa era Praça São Vicente. Nome que ninguém falava – o povo logo a batizou PRAÇA DOS CIGANOS... Emílio Moura – o poeta – relembra esse tempo bonito em seu poema à cidade azul... Certamente, algum passarinho contou isso por aí: o Grupo LUNA GUAPA, Dayana Keny e Pablo, certamente, também beberam da água da Fonte-do-Povo... - A Praça antiga e os ciganos voltaram, com suas tendas, suas cartas de baralho, suas danças e encantamento. Partiam sempre, deixavam suspiros e saudades, sempre... Depois, voltavam, como agora, porque foram enfeitiçados pela água e pela cidade e porque a Praça dos Ciganos já lhes pertencia... - Ah, ADI! Eu sei que a ARTE é uma chama à espera de artistas: a essência da história de um povo é tecida com danças, poesias, livros e palavras... Eu sei que todo teatro tem coxia, tem bastidores, que muita gente precisa estar lá atrás – estando à frente... Emidinhos e Nilces, Marcondes e Claretes, estavam lá, nas coxias, nos bastidores, soprando as chamas e as fagulhas da História de Dores do Indaiá... De repente, o Pio XII era um PIO DORES, com gosto de manga doce de leite, com cheiro de poeira vermelha... Com a Santa Azul abençoando nossa terra... Com as cores da Congada, com a ARTE descendo do mundo mágico para enfeitar o trabalho "desse povo tenaz, na cidade, no campo e na roça, pois só quer o progresso e a paz." Dores do Indaiá, 12/12/12. Dorenses... Arte – Talento – Emoção... Cachaça Mineira: Alívio de Dores Produzida em Dores do Indaiá - MG Condomínio CEDRO Lagoa Mansões - Lagoa Santa Casas prontas de 3 quartos em lotes de 426 m2, a menos de 2.000 m da lagoa principal, 2 Portarias, todo murado, área verde própria, área de lazer com espaço gourmet e futebol society Financiamento pela CAIXA ou pelo seu Banco Rua VL-3, Nº 99 - Lagoa Mansões - Lagoa Santa Informações: 8812-6461 Por que você merece viajar mais Avenida Alvares Cabral, 344- salas 708- Lourdes Belo Horizonte / MG - Brasil CEP 30.170-000 Fone: + 55 31 3646-9444 Fax: + 55 31 3646-3747 E-mail e Msn: [email protected] Website: www.viagensplus.com.br Joaquim Araguaia Em nosso inesquecível encontro “Talentos Dorenses” realizado em 27 de outubro de 2012, no Teatro do Colégio Pio XII, em Belo Horizonte, tivemos a valiosa participação dos talentosos artistas dorenses: Mauro Fiúza Morais – Grupo “Luna Guapa” – Márcia Gouthier de Carvalho – Antônio Augusto de Sousa “Guto” – Lúcia de Sousa “Lucinha” – Camila Theodoro de Menezes – Carlos Roberto Silva “Carlinhos” – Cristina Guimarães - Sandra Costa Almeida de Lino Faria – José Lino de Faria – Ramiro Moreno Amorim Gontijo de Lino Faria – Dayana Keny Xavier Foi um encontro regado a música clássica, música popular brasileira, música sertaneja, dança e poesias, onde artistas e platéia se interagiram e... aplauso, emoção e sorrisos de alegria. 8 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á Sorrisos, brindes, é o encontro de dorenses e amigos... I N F O R M AT I V O A D I - A S S O C I AÇ Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N D A I Á adi Dores do Indaiá associação de amigos de ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013 É tempo de festa! A alegria está no ar, assim como a saudade e a vontade de estarmos juntos. Palavra do Presidente ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE DORES DO INDAIÁ - ADI Biênio 2012 / 2014 Dando prosseguimento aos eventos promovidos anualmente pela ADI, foram realizados, pela atual Diretoria, os seguintes: CONFRATERNIZAÇÃO DORENSES E AMIGOS Dia 30 de Junho de 2012 Local - Raja Grill Na noite de sábado de 30 de junho de 2012, foi realizado, no Raja Grill, o Encontro de Dorenses e Amigos. Foi uma bela festa, muito concorrida, ao som de boa música e muita dança. Naquela oportunidade, Cecília Sá, da Agência Ponte, entregou ao presidente da ADI, José Antônio Guimarães de Faria, 71 folhas de selos personalizados com a marca dos 180 Anos da Festa de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia de Dores do Indaiá. A ADI foi uma das quatro parceiras a aderirem a esta etapa da campanha. TALENTOS DORENSES Dia 27 de Outubro de 2012 Local: Teatro Centro Cultural Pio XII ( Colégio Pio XII ) Procurando inovar, foi realizada no dia 27 de outubro de 2012, no Teatro do Colégio Pio XII, a festa que surpreendeu a todos pela sua beleza, pelo encontro de tantos dorenses. O espetáculo foi a realização de antigo sonho da ADI que procurou reunir, prestigiar e incentivar talentosos dorenses que moram em Dores e em Belo Horizonte. Muita música, dança e poesia. Tivemos a oportunidade de rever amigos e conterrâneos que há muito não víamos. Muita alegria, muita emoção. E desse encontro inédito, nasceu um DVD que registrou para sempre essa noite memorável e inesquecível. DORENSES E AMIGOS CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL Será no dia 15 de junho 2013 a tão esperada festa, já tradicional, que desta vez será realizada no Circulo Militar. Espero por vocês neste nosso novo encontro. Abraço a todos José Antônio Guimarães de Faria - Presidente da Associação dos Amigos de Dores - ADI Em 2013 Visite Dores do Indaiá Prestigie nossa querida cidade Aproveite feriados e festas 30 de maio – Corpus Christi 24 a 28 de julho – Expodores 19 de agosto – Nossa Senhora do Rosário Sou um dos 11 filhos de Geraldo Gontijo de Faria e Yone Guimarães de Faria. Meu pai sempre foi fazendeiro, e era conhecido como Dico do Marcondes. Meus avós paternos são Marcondes de Souza Faria e Veraldina Gontijo de Faria (Dona Mulatinha). Meu avô também sempre foi fazendeiro. Meus avós maternos são: Antônio Caetano da Silva Guimarães Junior (Tonico Caetano ) e Maria Rita de Faria Guimarães. Meu avô Tonico Caetano foi um grande poeta, deixando-nos um livro muito bonito, Paisagens de Nossa Terra, de grande valor histórico, onde conta em versos, um pouco da história de Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro. Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas lembranças. Os melhores anos de minha vida passei em Dores. Mas, o mundo nos leva para outros caminhos, e numa fria manhã de julho deixei Dores. Começava ali uma nova vida, um novo mundo, uma outra história. Deixei Dores aos 18 anos, em busca de meus sonhos. Nunca esqueci minha querida cidade. Fui para São Paulo, onde morei por oito anos, trabalhando na firma Indústria Romi S.A. Deixei São Paulo e me mudei para Belo Horizonte, ingressando na firma Cia. Siderúrgica Mannesmann, onde me aposentei. Quis o destino que eu chegasse à presidência da Associação dos Amigos de Dores do Indaiá – ADI, eleito para o biênio 2012/2014, como que um prêmio, pois, de certa forma poderia me aproximar de velhos amigos, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades, sempre com o espírito voltado para a minha querida cidade. Confesso que fiquei muito emocionado e surpreso, e a princípio um pouco temeroso em ocupar o cargo de Presidente, já que a ADI dispõe de inúmeros nomes para ocupar tão honroso cargo. Não é uma tarefa das mais fáceis, mas muito prazerosa. Tudo farei para levar adiante projetos que possam elevar o nome de nossa querida Dores, fortalecendo ainda mais a ADI com reuniões periódicas, promoção de eventos culturais, artísticos, sem jamais esquecer a festa anual do encontro dos dorenses, que já é uma tradição e não pode morrer. Para tanto, conto com a colaboração de todos, pois ninguém faz nada sozinho. Um abraço a todos. José Antônio Guimarães de Faria - Presidente 08 de outubro – Aniversário da cidade HINO A DORES DO INDAIÁ Letra: Waldemar de Almeida Barbosa Música: Luiz Gonzaga Melgaço No passado longínquo, distante, Boa Vista o arraial se chamou; Inda tem vista bela e galante, que fascina e sempre encantou. Salve Dores, ó Dores, ó terra de alegria e fé no Senhor! Este povo, na paz ou na guerra, mostra sempre seu grande valor! Indaiá simboliza o sertão, onde Cristo plantou a sua Cruz e o bravo estendeu a nação, na epopéia que glória traduz. Esta bela cidade de Minas, Bem traçada, qual um lindo jardim, tem seus montes e belas campinas, também tem horizontes sem fim. Esta terra feliz tem agora, tem progresso, tem luz e tem flores, tem a benção de Nossa Senhora, Mãe de Deus e Senhora das Dores. Ó Senhora das Dores, Mãe nossa, ajudai este povo tenaz, na cidade, no campo e na roça, pois só quer o progresso e a paz. Convite A Associação de Amigos de Dores do Indaiá - ADI convida você, familiares e amigos para a grande CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL DE 2013 DATA/HORA: 15 de junho de 2013, de 21h as 3h LOCAL: Círculo Militar - Av. Raja Gabáglia, 350 - Gutierrez Bufet: Tereza Cavalcanti BANDA: Conexsom HOMENAGEADOS: Haroldo de Oliveira Lopes João de Souza Tonaco Maria Helena Fiúza Guimarães (D. Heleninha) Ronaldo Salviano de Araújo Kattah Onde adquirir o seu Ingresso: BELO HORIZONTE CONTAGEM NILCE PONTES: Tel: (31) 9656-1536 VERA: Tel: (31) 8799-3718 LEITURA BIG SHOPPING: Av. João César de Oliveira nr 1275 Loja 250 LEITURA ITAÚ SHOPPING: Av. General David Sarnof, 5160 Loja 67 LEITURA PÁTIO: Av. do Contorno, nr. 6061 Loja 235 LEITURA SHOPPING CIDADE: Rua Rio de Janeiro nr. 910 DORES DO INDAÍA BAR DA REGINA Dorenses já homenageados pela ADI 1998 - Oswaldo Araújo e Emílio Moura 1999 - Waldemar de Almeida Barbosa e Luiz Melgaço 2000 - João Chagas de Faria (Dr. Di) e José Ribeiro Machado 2001 - Maria do Carmo S. Gouthier (Carminha Gouthier) e Edgard Pinto Fiúza 2002 - Jesuína Francisca de Jesus, Maria Aparecida França Teles e Francisco Luís da Silva Campos (Chico Ciência) 2003 - Alexandre Lacerda Filho, Hugo de Sousa Araújo e Emídio Teles de Carvalho Filho (Emidinho) 2004 - Tiburtino José da Silva (Tininho) e Marcondes Franco da Silva 2005 - Carlos Augusto Melo e Silva, Josué Chagas e Amadeu Brasileiro dos Santos 2006 - José de Oliveira Carvalho, Mário de Oliveira Carvalho, Branca Caetano Guimarães, Ivany Chagas Coutinho e Nilce Pontes. 2007 - Antônio Lalau de Carvalho, Dácio Chagas de Faria, Kielder Wagner Lopes Cançado e Nilo Peçanha de Araújo. 2008 - Belmiro Teles de Carvalho, Bolívar Lamounier, Juscelino Pinto da Cunha e Maria da Conceição Silva (Irmã Teresa) 2010 - Fábio Nelson Fiúza, Mário Carneiro e Rosalva Oliveira Bernardes. 2011 - Augusto de Mello Netto José Fiúza de Lacerda Wagner de Castro