2º SIMULADO ESPECÍFICO - 2ª ETAPA
• MODELO ENEM •
• 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO •
DIA 11 DE AGOSTO DE 2015
LEIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES
01.Este CADERNO DE PROVAS contém a Prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e a Prova de Matemática
e suas Tecnologias, cada uma delas contendo 45 questões objetivas de múltipla escolha.
02.No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras, correspondentes às respostas de sua opção, deve ser feita
preenchendo todo o espaço compreendido no circulo, a lápis preto nº 2 ou caneta esferográfica de tinta preta,
com um traço contínuo e denso. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras. Portanto, preencha os
campos de marcação completamente, sem deixar claros.
03.Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA para não DOBRAR, AMASSAR, ou MANCHAR. O CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído caso esteja danificado na BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA
ÓTICA.
04.Para cada uma das questões são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E);
só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você deve assinalar apenas UMA ALTERNATIVA PARA
CADA QUESTÃO. A marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS
ESTEJA CORRETA.
05.As questões são identificadas pelo número que se situa acima e à esquerda de seu enunciado.
06.SERÁ EXCLUÍDO DO EXAME o participante que:
a) se utilizar, durante a realização da prova, de máquinas e/ou de relógios de calcular, bem como de rádios
gravadores, de “headphones”, de telefones celulares ou de fontes de consulta de qualquer espécie;
b) se ausentar da sala em que se realiza a prova levando consigo o CARTÃO-RESPOSTA
07. Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA.
08.Quando terminar, entregue ao fiscal o CARTÃO-RESPOSTA e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA.
09. O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTA PROVA É DE QUATRO HORAS.
10. Por motivos de segurança, você somente poderá se ausentar do recinto de prova após decorridas 2 horas do
inicio da mesma. Caso permaneça na sala, no mínimo, 4 horas após o inicio da prova, você poderá levar este
CADERNO DE QUESTÕES.
.2.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
VERBO SER
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser
quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom?
É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando
crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim
mesmo. Sem ser. Esquecer.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
91) A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões
existenciais que têm origem
a) no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular.
b) na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros.
c) na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares.
d) no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por seus antepassados.
e) na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares.
Leia estes textos:
TEXTO I
TEXTO II
SONHAR
Mais um sonho impossível
Não me importa saber
Lutar
Se é terrível demais
Quando é fácil ceder
Quantas guerras terei que vencer
Vencer o inimigo invencível
Por um pouco de paz
Negar quando a regra é vender
E amanhã se esse chão que eu beijei
Sofrer a tortura implacável
For meu leito e perdão
Romper a incabível prisão
Vou saber que valeu delirar
Voar num limite improvável
E morrer de paixão
Tocar o inacessível chão
E assim, seja lá como for
É minha lei, é minha questão
Vai ter fim a infinita aflição
Virar esse mundo
E o mundo vai ver uma flor
Cravar esse chão
Brotar do impossível chão.
(J. Darione – M. Leigh – Versão de
Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra, 1972.)
92) A tirinha e a canção apresentam uma reflexão sobre o futuro da humanidade. É correto concluir que os dois textos
a) afirmam que o homem é capaz de alcançar a paz.
b) concordam que o desarmamento é inatingível.
c) julgam que o sonho é um desafio invencível.
d) têm visões diferentes sobre um possível mundo melhor.
e) transmitem uma mensagem de otimismo sobre a paz.
.3.
TEXTO III
A DANÇA E A ALMA
A DANÇA? Não é movimento,
súbito gesto musical.
É concentração, num momento,
da humana graça natural.
Um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão
libertar-se por todo lado...
No solo não, no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança — não vento nos ramos:
seiva, força, perene estar.
Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir à forma do ser,
por sobre o mistério das fábulas.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 366.)
93) A definição de dança, em linguagem de dicionário, que mais se aproxima do que está expresso no poema é
a) a mais antiga das artes, servindo como elemento de comunicação e afirmação do homem em todos os momentos
de sua existência.
b) a forma de expressão corporal que ultrapassa os limites físicos, possibilitando ao homem a liberação de seu espírito.
c) a manifestação do ser humano, formada por uma sequência de gestos, passos e movimentos desconcertados.
d) o conjunto organizado de movimentos do corpo, com ritmo determinado por instrumentos musicais, ruídos, cantos, emoções etc.
e) o movimento diretamente ligado ao psiquismo do indivíduo e, por consequência, ao seu desenvolvimento intelectual e à sua cultura.
94) O poema “A Dança e a Alma” é construído com base em contrastes, como “movimento” e “concentração”. Em uma
das estrofes, o termo que estabelece contraste com solo é:
a) éter. d) paixão.
b) seiva.
c) chão. e) ser.
TEXTO IV
O SUOR E A LÁGRIMA
01
Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente
deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os
sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.
Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono
05
de um rei desolado de um reino desolante.
O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.
Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a
calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.
10
Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo
instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.
E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu
um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.
Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu
15
a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.
Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim,
por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele
brilho humano, salgado como lágrima.
(CONY, Carlos Heitor. Folha de S. Paulo, 19/02/2001.)
95) As palavras que compõem o título — O suor e a lágrima — são usadas fora de seu campo de significação próprio,
adquirindo, no texto, significação figurada.
As possíveis interpretações para o sentido figurado observado, respectivamente, nas palavras suor e lágrima são:
a) aflição – alívio d) exploração – remorso
b) medo – reprovação
c) dor – condescendência
e) reprovação – amor
.4.
96) A tomada de consciência do personagem-narrador acerca dos abismos sociais vai-se aguçando gradativamente a
partir de certo ponto da narrativa.
Os primeiros sinais dessa tomada de consciência estão adequadamente representados por um processo de adjetivação presente na seguinte alternativa:
a) “Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos” ( l. 3)
b) “Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre,” ( l. 4)
c) “O engraxate era gordo e estava com calor” ( l. 6)
d) “Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva.” (l. 8 - 9)
e) “...os jornais diriam que fora o mais quente deste verão...” (l. 1 - 2)
97) As comparações, ao destacarem semelhanças e diferenças entre elementos colocados lado a lado, funcionam
como estratégias por meio das quais se ressaltam determinados pontos de vista. Uma comparação está indicada
no seguinte fragmento:
a) “Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41.” ( l. 1)
b) “caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.” ( l. 11)
c) “e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio.” ( l. 12 - 13)
d) “deixei-lhe um troco generoso.” ( l. 14)
e) “Cheguei ao Santos Dumont,...”(l. 2)
TEXTO V
98) Tendo em vista a segunda fala do personagem entrevistado, constata-se que
a) o entrevistado deseja convencer o jornalista a não publicar um livro.
b) o principal objetivo do entrevistado é explicar o significado da palavra motivação.
c) são utilizados diversos recursos da linguagem literária, tais como a metáfora e a metonímia.
d) o entrevistado deseja informar de modo objetivo o jornalista sobre as etapas de produção de um livro.
e) o principal objetivo do entrevistado é evidenciar seu sentimento com relação ao processo de produção de um livro.
TEXTO VI
.5.
99) O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A estratégia que o
autor utiliza para o convencimento do leitor baseia-se no emprego de recursos expressivos, verbais e não verbais,
com vistas a
a) ridicularizar a forma física do possível cliente do produto anunciado, aconselhando-o a uma busca de mudanças
estéticas.
b) enfatizar a tendência da sociedade contemporânea de buscar hábitos alimentares saudáveis, reforçando tal postura.
c) criticar o consumo excessivo de produtos industrializados por parte da população, propondo a redução desse
consumo.
d) associar o vocábulo “açúcar”à imagem do corpo fora de forma, sugerindo a substituição desse produto pelo
adoçante.
e) relacionar a imagem do saco de açúcar a um corpo humano que não desenvolve atividades físicas, incentivando
a prática esportiva.
TEXTO VII
São Paulo vai se recensear. O governo quer saber quantas pessoas governa. A indagação atingirá a fauna e a
flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros serão reduzidos a números e invertidos em estatísticas. O homem
do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo
apartamento, pelo cortiço e pelo hotel, perguntando:
— Quantos são aqui?
Pergunta triste, de resto. Um homem dirá:
— Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora, felizmente, só há pulgas e ratos.
E outro:
— Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio, esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes, se
quiser. Querendo levar todos, é favor... (...)
E outro:
— Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr. não a vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua saudade jamais
sairá de meu quarto e de meu peito!
Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3.
São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).
100) O fragmento acima, em que há referência a um fato sócio-histórico — o recenseamento — apresenta característica
marcante de um texto literário por
a) expressar o tema de forma objetiva e científica.
b) manter-se fiel aos acontecimentos, retratando os personagens em um só tempo e um só espaço.
c) apresentar função utilitária, visando apenas à informação.
d) relatar a vida na cidade, visando transmitir ensinamentos práticos do cotidiano, para manter as pessoas informadas.
e) valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construção de texto que recebe tratamento estético.
101) No Brasil, a condição cidadã, embora dependa da leitura e da escrita, não se basta pela enunciação do direito, nem
pelo domínio desses instrumentos, o que, sem dúvida, viabiliza melhor participação social. A condição cidadã depende, seguramente, da ruptura com o ciclo da pobreza, que penaliza um largo contingente populacional.
Rio de Janeiro: FBN, 2008.
Ao argumentar que a aquisição das habilidades de leitura e escrita não são suficientes para garantir o exercício da
cidadania, o autor
a) critica os processos de aquisição da leitura e da escrita.
b) fala sobre o domínio da leitura e da escrita no Brasil.
c) incentiva a participação efetiva na vida da comunidade.
d) faz uma avaliação crítica a respeito da condição cidadã do brasileiro.
e) define instrumentos eficazes para elevar a condição social da população do Brasil.
102) Considere o seguinte trecho:
[...] a rede Globo importa um programa que pode, a médio e longo prazo, demolir tudo o que os grandes mestres
das lutas conseguiram em anos.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) As formas verbais “importa” e “pode” indicam o tempo e o modo em que os fatos relatados ocorreram, isto é, no
passado, gramaticalmente conhecido como pretérito perfeito do indicativo.
b) Na expressão “tudo o que os grandes mestres”, os termos destacados classificam-se como artigos indefinidos.
c) A forma verbal ‘conseguiram’ está na 3ª pessoa do plural para concordar com o sujeito “grandes mestres das lutas”.
d) Na expressão “a rede Globo importa um programa”, temos dois sujeitos simultaneamente: rede Globo / um programa.
e) As vírgulas são usadas na expressão “a médio e longo prazo” para separar o sujeito do predicado.
.6.
103) Comida é o nome de uma das músicas dos Titãs. Leia um fragmento dela.
“A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte” (...)
(Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto)
(http://tinyurl.com/lwl3v2c Acesso em: 31.07.2014. Adaptado)
Podemos afirmar que os termos “comida, diversão e arte”, nesse trecho, exercem sintaticamente a função de
a) complemento nominal. d) objeto direto.
b) sujeito composto.
c) objeto indireto. e) aposto.
TEXTO VIII
Um dos primeiros registros de que as salinas naturais do Nordeste brasileiro chamaram a atenção dos portugueses é o 5relato de 1um capitão-mor, 3Pero Coelho, em 1627. Derrotado por piratas franceses numa batalha na
serra de Ibiapaba, no Ceará, Coelho recuou suas forças para o litoral e encontrou – na região onde se localiza hoje o
Município de Areia Branca – extensões de sal suficientes para abarrotar muitos navios. Em 1641, 4Gedeão Morritz, 2o
chefe da guarnição batava no Ceará, chegou às mesmas salinas; a partir daí, os holandeses, que em seus primeiros
anos no Nordeste importavam sal, trazido pelos navios da Companhia das Índias Ocidentais, iniciaram a 6extração do
mineral. O sal do Rio Grande do Norte só começou a ser comercializado em outras províncias a partir de 1808, com
a suspensão das proibições por D. João VI.
Fonte: O sal na história. Disponível em: http://www.norsal.com.br/o_sal/historia.html.
Acesso em: 01 ago. 2014. (adaptado)
TEXTO IX
É na terra do Tio Sam que fica uma das regiões mais ricas do mundo nesse mineral. Salt Lake City, 8capital do
Estado de Utah, está à beira de um dos maiores lagos salgados do planeta. Sorte dos americanos, que precisam do
sal para muito mais do que temperar guloseimas. Menos de 10% do sal que os Estados Unidos produzem é de mesa,
aliás. A grande fatia – 7cerca de 50% – serve para derreter a neve das estradas no inverno.
Fonte: PAIVA, U.; PENNA, M. Império do sal. Superinteressante. Disponível em:
http://super.abril.com.br/ciencia/imperio-sal-443351.shtml. Publicado em set. 2012.
104) Com relação ao uso de recursos linguísticos nos textos, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) na(s) afirmativa(s) a seguir.
( ) No texto 1, tanto “um capitão-mor” (ref. 1) quanto “o chefe da guarnição batava no Ceará” (ref. 2) funcionam
como apostos que especificam os cargos ocupados, respectivamente, por “Pero Coelho” (ref. 3) e “Gedeão
Morritz” (ref. 4), ambos sujeitos nas orações.
( ) No texto 1, em “relato de um capitão-mor” (ref. 5) e “extração do mineral” (ref. 6), “um capitão-mor” e “mineral”
são representados como agentes no contexto.
( ) No texto 2, os travessões que intercalam “cerca de 50% ” (ref. 7) poderiam ser substituídos por vírgulas, sem
infração à norma-padrão, considerando-se a mesma razão por que “capital do Estado de Utah” (ref. 8) aparece
entre vírgulas.
A sequência correta é
a) V – V – F. d) F – V – F.
b) F – F – V.
c) V – F – F.
e) V – F – V.
TEXTO X
1
José Leal fez uma reportagem na Ilha das Flores, onde ficam os imigrantes logo que chegam. E falou dos equívocos de nossa política imigratória. 2As pessoas que ele encontrou não eram agricultores e técnicos, gente capaz de
ser útil. Viu músicos profissionais, bailarinas austríacas, cabeleireiras lituanas. Paul Balt toca acordeão, Ivan Donef faz
coquetéis, Galar Bedrich é vendedor, Serof Nedko é ex-oficial, Luigi Tonizo é jogador de futebol, Ibolya Pohl é costureira. Tudo 15gente para o asfalto, “para entulhar as grandes cidades”, como diz o repórter.
6
O repórter tem razão. 3Mas eu peço licença para ficar imaginando uma porção de coisas vagas, ao olhar essas
belas fotografias que ilustram a reportagem. Essa linda costureirinha morena de Badajoz, essa Ingeborg que faz fotografias e essa Irgard que não faz coisa alguma, esse Stefan Cromick cuja única experiência na vida parece ter sido
.7.
vender bombons 11– não, essa gente não vai aumentar a produção de batatinhas e quiabos nem 16plantar cidades
no Brasil Central.
7
É insensato importar gente assim. Mas o destino das pessoas e dos países também é, muitas vezes, insensato:
principalmente da gente nova e países novos. 8A humanidade não vive apenas de carne, alface e motores. Quem
eram os pais de Einstein, eu pergunto; e se o jovem Chaplin quisesse hoje entrar no Brasil acaso poderia? Ninguém
sabe que destino terão no Brasil essas mulheres louras, esses homens de profissões vagas. Eles estão procurando
alguma coisa12: emigraram. Trazem pelo menos o patrimônio de sua inquietação e de seu 17apetite de vida. 9Muitos
se perderão, sem futuro, na vagabundagem inconsequente das cidades; uma mulher dessas talvez se suicide melancolicamente dentro de alguns anos, em algum quarto de pensão. Mas é preciso de tudo para 18fazer um mundo; e
cada pessoa humana é um mistério de heranças e de taras. Acaso importamos o pintor Portinari, o arquiteto Niemeyer,
o físico Lattes? E os construtores de nossa indústria, como vieram eles ou seus pais? Quem pergunta hoje, 10e que
interessa saber, se esses homens ou seus pais ou seus avós vieram para o Brasil como agricultores, comerciantes,
barbeiros ou capitalistas, aventureiros ou vendedores de gravata? Sem o tráfico de escravos não teríamos tido Machado de Assis, e Carlos Drummond seria impossível sem uma gota de sangue (ou uísque) escocês nas veias, 4e
quem nos garante que uma legislação exemplar de imigração não teria feito Roberto Burle Marx nascer uruguaio,
Vila Lobos mexicano, ou Pancetti chileno, o general Rondon canadense ou Noel Rosa em Moçambique? Sejamos
humildes diante da pessoa humana: 5o grande homem do Brasil de amanhã pode descender de um clandestino que
neste momento está saltando assustado na praça Mauá13, e não sabe aonde ir, nem o que fazer. Façamos uma política
de imigração sábia, perfeita, materialista14; mas deixemos uma pequena margem aos inúteis e aos vagabundos, às
aventureiras e aos tontos porque dentro de algum deles, como sorte grande da fantástica 19loteria humana, pode vir
a nossa redenção e a nossa glória.
(BRAGA, R. Imigração. In: A borboleta amarela. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1963)
105) Assinale a opção em que o termo grifado é conjunção integrante.
a) José Leal fez uma reportagem na Ilha das Flores, onde ficam os imigrantes logo que chegam. (ref. 1)
b) As pessoas que ele encontrou não eram agricultores e técnicos, gente capaz de ser útil. (ref. 2)
c) Mas eu peço licença para ficar imaginando uma porção de coisas vagas, ao olhar essas belas fotografias que
ilustram a reportagem. (ref. 3)
d) [...] e quem nos garante que uma legislação exemplar de imigração não teria feito Roberto Burle Marx nascer
uruguaio, [...] (ref. 4)
e) [...] o grande homem do Brasil de amanhã pode descender de um clandestino que neste momento está saltando
assustado na praça Mauá, [...] (ref. 5)
TEXTO XI
PERFEIÇÃO
Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações (...)
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão (...)
....................................................................
Vamos celebrar a fome (...)
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos (...)
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional (...)
....................................................................
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça:
Venha, que o que vem é perfeição.
Legião Urbana
106) A última estrofe confirma o apelo que caracteriza todo o texto. Este apelo é reforçado em “Venha, QUE o que vem é
perfeição.” (v. 13), onde o QUE tem valor:
a) concessivo. d) adversativo.
b) explicativo.
c) aditivo.
e) conclusivo.
.8.
TEXTO XII
POETAS E TIPÓGRAFOS
Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um médico por causa de sua
crônica dor de cabeça. Ele lhe receitou exercícios físicos, para “canalizar a tensão”. João Cabral seguiu o conselho.
Comprou uma prensa manual e passou a produzir à mão, domesticamente, os próprios livros e os dos amigos.
E, com tal “ginástica poética”, como a chamava, tornou-se essa ave rara e fascinante: um editor artesanal.
Um livro recém-lançado, “Editores Artesanais Brasileiros”, de Gisela Creni, conta a história de João Cabral e de
outros sonhadores que, desde os anos 50, enriqueceram a cultura brasileira a partir de seu quarto dos fundos ou de
um galpão no quintal.
O editor artesanal dispõe de uma minitipografia e faz tudo: escolhe a tipologia, compõe o texto, diagrama-o,
produz as ilustrações, tira provas, revisa, compra o papel e imprime – em folhas soltas, não costuradas – 100 ou 200
lindos exemplares de um livrinho que, se não fosse por ele, nunca seria publicado. Daí, distribui-os aos subscritores
(amigos que se comprometeram a comprar um exemplar). O resto, dá ao autor. Os livreiros não querem nem saber.
Foi assim que nasceram, em pequenos livros, poemas de – acredite ou não – João Cabral, Manuel Bandeira,
Drummond, Cecília Meireles, Joaquim Cardozo, Vinicius de Moraes, Lêdo Ivo, Paulo Mendes Campos, Jorge de Lima
e até o conto “Com o Vaqueiro Mariano” (1952), de Guimarães Rosa.
E de Donne, Baudelaire, Lautréamont, Rimbaud, Mallarmé, Keats, Rilke, Eliot, Lorca, Cummings e outros, traduzidos por amor.
João Cabral não se curou da dor de cabeça, mas valeu.
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 17.08.2013. Adaptado.) Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947,
o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um médico por causa de sua crônica dor de cabeça.
107) O trecho pode ser reescrito, sem prejuízo de sentido ao texto, por:
a) Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, tão logo sentiu sua crônica dor de cabeça, o poeta João Cabral de
Melo Neto foi a um médico.
b) Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, como sentia dor de cabeça crônica, o poeta João Cabral de Melo
Neto foi a um médico.
c) Embora fosse vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um médico
sentindo crônica dor de cabeça.
d) Por ser vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um médico com
crônica dor de cabeça.
e) Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um médico, mas era vítima
de uma crônica dor de cabeça.
TEXTO XIII
O menino sentado à minha frente é meu irmão, assim me disseram; e bem pode ser verdade, ele regula pelos
dezessete anos, justamente o tempo em que estive solto no mundo, sem contato 5nem notícia.
A princípio quero tratá-lo como intruso, mostrar-lhe 1aminha hostilidade, não abertamente para não chocá-lo,
11
mas de maneira a não lhe deixar dúvida, como se lhe 6perguntasse com todas as letras 18: que direito tem você de
estar aqui na intimidade de minha família, entrando nos nossos segredos mais íntimos, dormindo na cama onde eu
dormi, lendo meus velhos livros, talvez sorrindo das minhas anotações à margem, tratando meu pai com intimidade,
talvez discutindo a minha conduta, talvez até criticando-a? 12Mas depois vou notando que ele não é totalmente estranho. De repente fere-me 2 a ideia de que o intruso talvez 7seja eu, que ele 8tenha mais direito de hostilizar-me do que
eu a ele 19, que vive nesta casa há dezessete anos. O intruso sou eu, não ele.
Ao pensar nisso vem-me o desejo urgente de entendê-lo e de ficar amigo. Faço-lhe 21perguntas e noto a sua
avidez em respondê-las, 13mas logo vejo a inutilidade de prosseguir nesse caminho, 22as perguntas parecem-me
formais e 23as respostas forçadas e complacentes.
Tenho tanta coisa a dizer, mas não sei como começar, até a minha voz parece ter perdido a naturalidade. Ele me
20
olha , e vejo que está me examinando, procurando decidir se devo ser tratado como irmão ou como estranho, e
imagino que as suas dificuldades não devem ser menores do que as minhas. 24Ele me pergunta se eu moro em uma
casa grande, com muitos quartos, e antes de responder procuro descobrir o motivo da pergunta. 25Por que falar em
casa? 14E qual a importância de 9muitos quartos? Causarei inveja nele se responder que sim? 26Não, não tenho casa,
há 10muitos anos que tenho morado em hotel. Ele me olha, parece que fascinado, diz que deve ser bom viver em hotel,
.9.
15
e conta que, toda vez que faz reparos 3 à comida, mamãe diz que ele deve ir para um hotel, onde pode reclamar e
exigir. De repente o fascínio se transforma em alarme, 16e ele observa que se eu vivo em hotel não posso ter um cão
em minha companhia, o jornal disse uma vez que um homem foi processado por ter um cão em um quarto de hotel.
Confirmo 4__________ proibição. Ele suspira 17e diz que então não viveria em um hotel nem de graça.
Adaptado de: VEIGA, José J. Entre irmãos. In: MORICONI, Ítalo M.
Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 186-189.
108) Considere as afirmações abaixo, sobre os usos de e e mas no texto.
I) Nas referências 11, 12 e 13, a conjunção mas tem o papel de mostrar, por meio de oposições de sentido, os
conflitos do narrador-personagem.
II) Na referência 14, a conjunção E funciona como um articulador das dúvidas do irmão do narrador-personagem
sobre o motivo da pergunta.
III) Nas referências 15, 16 e 17, a conjunção e, além de estabelecer relação aditiva entre orações de idêntica função,
também sinaliza a mudança de ações na narrativa.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. d) Apenas II e III.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III. e) I, II e III.
TEXTO XIV
“De repente chegou o dia dos meus setenta anos.
Fiquei entre surpresa e divertida, setenta, eu? Mas tudo parece ter sido ontem! No século em que a maioria quer
ter vinte anos (trinta a gente ainda aguenta), eu estava fazendo setenta. Pior: duvidando disso, pois ainda escutava
em mim as risadas da menina que queria correr nas lajes do pátio quando chovia, que pescava lambaris com o pai
no laguinho, que chorava em filme do Gordo e Magro, quando a mãe a levava à matinê. (Eu chorava alto com pena
dos dois, a mãe ficava furiosa.)
A menina que levava castigo na escola porque ria fora de hora, porque se distraía olhando o céu e nuvens pela
janela em lugar de prestar atenção, porque devagarinho empurrava o estojo de lápis até a beira da mesa, e deixava
cair com estrondo sabendo que os meninos, mais que as meninas, se botariam de quatro catando lápis, canetas,
borracha — as tediosas regras de ordem e quietude seriam rompidas mais uma vez.
Fazendo a toda hora perguntas loucas, ela aborrecia os professores e divertia a turma: apenas porque não queria
ser diferente, queria ser amada, queria ser natural, não queria que soubessem que ela, doze anos, além de histórias
em quadrinhos e novelinhas açucaradas, lia teatro grego — sem entender — e achava emocionante.
(E até do futuro namorado, aos quinze anos, esconderia isso.)
O meu aniversário: primeiro pensei numa grande celebração, eu que sou avessa a badalações e gosto de grupos
bem pequenos. Mas pensei, setenta vale a pena! Afinal já é bastante tempo! Logo me dei conta de que hoje setenta
é quase banal, muita gente com oitenta ainda está ativo e presente.
Decidi apenas reunir filhos e amigos mais chegados (tarefa difícil, escolher), e deixar aquela festona para outra
década.”
LUFT, 2014, p.104-105
109) Leia atentamente a oração destacada no período a seguir:
“(...) pois ainda escutava em mim as risadas da menina que queria correr nas lajes do pátio (...)”
Assinale a alternativa em que a oração em negrito e sublinhada apresenta a mesma classificação sintática da destacada acima.
a) “A menina que levava castigo na escola porque ria fora de hora (...)”
b) “(...) e deixava cair com estrondo sabendo que os meninos, mais que as meninas, se botariam de quatro catando
lápis, canetas, borracha (...)”
c) “(...) não queria que soubessem que ela (...)”
d) “Logo me dei conta de que hoje setenta é quase banal (...)”
e) Decidiu que iria reunir filhos e amigos mais chegados.
TEXTO XV
A JABUTICABA SÓ NASCE MESMO NO BRASIL?
Em seu discurso de agradecimento pelo prêmio de Economista do ano em 2003, Pérsio Arida, um dos idealizadores do Plano Real, utilizou um argumento inusitado para justificar a taxa de juros de equilíbrio de 8% ao ano no
Brasil. “Certas coisas são iguais à jabuticaba, só ocorrem no Brasil”, explicou ele na época. Rapidamente, jornalistas
e intelectuais passaram a citar a frase como parte da chamada “Teoria da Jabuticaba”, com o objetivo de explicar em
seus textos o porquê de alguns fenômenos só acontecerem no Brasil.
Se nas Ciências Humanas a tal teoria parece fazer sucesso, do ponto de vista biológico ela está equivocada.
Quem garante isso é o pesquisador da APT (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) Eduardo Suguino que
.10.
tratou de derrubar alguns mitos sobre a ocorrência do famoso fruto. “A jabuticaba pode até ser nativa do Brasil, mas
não ocorre só aqui”, explicou. “Ela já apareceu em países como Argentina e México em sua forma natural”.
Ainda de acordo com Suguino, a jabuticabeira pode ser cultivada em qualquer canto do planeta. Como se trata de
uma planta propagada por semente, são necessárias apenas três condições para que ela se desenvolva: água, oxigênio
e calor. Mesmo assim, ele faz questão de ponderar sobre a suposta universalidade do tradicional vegetal. “Apesar de
possuir essa capacidade de ser cultivada em qualquer lugar, a jabuticabeira pode ser prejudicada por alguns fatores
ambientais”, afirma. Depois, o pesquisador ainda forneceu exemplos de casos em que o vegetal pode sofrer danos. “Se
levar um exemplar para a Europa durante o inverno, ele dificilmente sobreviverá fora de um vaso ou de ambiente protegido”.
(Disponível em http:// www.blogdoscuriosos.com.br . Acesso em 19.10.2013. Adaptado)
110)Leia o trecho retirado do último parágrafo do texto: “Apesar de possuir essa capacidade de ser cultivada em qualquer
lugar, a jabuticabeira pode ser prejudicada por alguns fatores ambientais”. Assinale a alternativa correta em que o
termo em destaque pode ser substituído sem prejuízo de sentido.
a) Como possui essa capacidade de ser cultivada em qualquer lugar, a jabuticabeira pode ser prejudicada por alguns
fatores ambientais.
b) De modo que possua essa capacidade de ser cultivada em qualquer lugar, a jabuticabeira pode ser prejudicada
por alguns fatores ambientais.
c) A fim de possuir essa capacidade de ser cultivada em qualquer lugar, a jabuticabeira pode ser prejudicada por
alguns fatores ambientais.
d) Visto que possui essa capacidade ser cultivada em qualquer lugar, a jabuticabeira pode ser prejudicada por alguns
fatores ambientais.
e) Ainda que possua essa capacidade de ser cultivada em qualquer lugar, a jabuticabeira pode ser prejudicada por
alguns fatores ambientais.
TEXTO XVI
Como percepção da sociedade moderna, não há nada que se compare a ‘O Capital’, ao ‘Manifesto Comunista’
e aos escritos sobre a luta de classes na França. A potência da formulação e da análise até hoje deixa boquiaberto.
Dito isso, os prognósticos de Marx sobre a revolução operária não se realizaram, o que obriga a uma leitura distanciada. Outros aspectos da teoria, entretanto, ficaram de pé, mais atuais do que nunca, tais como a mercantilização da
existência, a crise geral sempre pendente e a exploração do trabalho. Nossa vida intelectual seria bem mais relevante
se não fechássemos os olhos para esse lado das coisas.
(Roberto Schwarz, “Por que ler Marx”, Folha de S.Paulo, 22.02.2013)
111) No trecho: “Dito isso, os prognósticos de Marx sobre a revolução operária...”, a vírgula separa uma oração reduzida
e isso também ocorre na frase:
a) Nada influencia mais a mortalidade infantil, no Brasil de hoje, do que o baixo nível de escolaridade dos adultos.
b) Nem a falta de dinheiro, de água ou de esgoto têm um impacto maior na mortalidade infantil.
c) Se 1% dos adultos de uma cidade é alfabetizado, mais 47 crianças em média sobrevivem à primeira infância.
d) O pesquisador do IBGE Celso Simões, autor do estudo, afirma que educação importa mais que saneamento.
e) Tendo a mãe um pouco de educação, consegue-se que o filho tenha acesso aos programas sociais do governo.
112) A água, tema recorrente nos dias de hoje, também serviu de objeto poético para poetas parnasianos. Leia o poema
abaixo de Olavo Bilac e responda:
AS ONDAS,
Entre as trêmulas mornas ardentias,
A noite no alto mar anima as ondas.
Sobem das fundas úmidas Golcondas,
Pérolas vivas, as nereidas frias:
Entrelaçam-se, correm fugidias,
Voltam, cruzando-se; e, em lascivas rondas,
Vestem as formas alvas e redondas
De algas roxas e glaucas pedrarias.
Coxas de vago ônix, ventres polidos
De alabatro, quadris de argêntea espuma,
Seios de dúbia opala ardem na treva;
E bocas verdes, cheias de gemidos,
Que o fósforo incendeia e o âmbar perfuma,
Soluçam beijos vãos que o vento leva...
Olavo Bilac
a) O “eu poético” não consegue esconder suas emoções diante do objeto tema de sua poesia, porém coloca-se de
forma objetiva.
b) O poeta constrói o texto repleto de adjetivos, estabelecendo uma comparação subjetiva entre o mar e a morte.
c) O olhar objetivo é uma marca da poesia parnasiana, mas a poesia de Bilac acima se apresenta como uma exceção
dentro da escola parnasiana.
d) A poesia explora o lado descritivo do objeto água, personificando-a.
e) A poesia acima confirma o interesse poético parnasiano por temas universais, retomando elementos da tradição
romântica.
.11.
113)Considerado um poeta de intensa fidelidade à estética parnasiana, Antonio Mariano Alberto de Oliveira (1853-1937)
foi eleito em 1924 o “segundo príncipe dos poetas brasileiros”, enquanto Olavo Bilac foi o primeiro, em 1913. Com
base nesta afirmativa, leia o texto abaixo:
“Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhantes copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia.
Então e, ora repleta ora esvaziada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Todas de roxas pétalas colmada.”
(Alberto de Oliveira)
Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema:
a) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo.
b) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso;
c) revalorização das ideias iluministas e descrição do passado;
d) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga;
e) vocabulário preciosista, de forte ardor sensual.
114) Ainda sobre os temas e as atitudes dos poetas parnasianos, podemos afirmar que:
a) O artesanato poético é a principal preocupação do poeta parnasiano, marcado também pelo seu envolvimento
subjetivo.
b) Os parnasianos diferem da atitude impassível e anti-sentimental dos realistas.
c) É uma poesia de um intenso processo de elaboração, resultado do esforço intelectual do poeta.
d) A poesia parnasiana é uma poesia despreocupada com as questões estéticas.
e) A poesia parnasiana foi marcada pela sua função social, ao discutir questões pertinentes à geração de poetas do
final do século XIX e o desenvolvimento do país.
115) Sobre o Simbolismo, leia o texto abaixo e responda:
VIOLA CHINESA
Ao longo da viola morosa
Vai adormecendo a parlenda
Sem que amadornado eu atenda
A lenga-lenga fastidiosa.
Sem que o meu coração se prenda,
Enquanto nasal, minuciosa,
Ao longo da viola morosa,
Vai adormecendo a parlenda.
Mas que cicatriz melindrosa
Há nele que essa viola ofenda
E faz que as asitas distenda
Numa agitação dolorosa?
Ao longo da viola, morosa...
(Camilo pessanha)
Vocabulário:
morosa: lenta
parlenda: conversa, discussão
amadornado: sonolento
atenda: preste atenção
fastidiosa: tediosa
ofenda: desperte
asitas: asinhas
distenda: estenda
melindrosa: sensível
Considerando as duas primeiras estrofes, percebemos que:
a) O poeta explora bastante certos fonemas, produzindo uma musicalidade que se espalha por todos os versos.
b) A poesia difere da estética simbolista ao apresentar o tema de forma objetiva.
c) O poeta simbolista explora o uso de figuras de linguagem como a personificação e anáfora.
d) A poesia faz uso de antíteses e paradoxos, marca da poesia simbolista.
e) A poesia confirma a estética simbolista ao conter elementos subjetivos, porém, sem o uso de metáforas.
.12.
116) O Simbolismo foi um movimento de grande expressividade nas artes plásticas, no teatro e na poesia, e tinham características distintas do movimento parnasiano. Todas as afirmativas abaixo estão corretas, exceto:
a) Enquanto os parnasianos declaravam preferência pelo soneto, os simbolistas exploraram outras formas de composição poética.
b) Apesar de serem dois movimentos distintos, tanto o Parnasianismo quanto o Simbolismo foram marcados pelo
interesse a temas noturnos, misteriosos e sobre a morte.
c) Enquanto os simbolistas trabalharam pela retomada dos elementos românticos, os parnasianos buscavam inspiração na tradição clássica.
d) Os simbolistas exploraram a metáfora, enquanto parnasianos exploraram o equilíbrio formal.
e) Subjetivismo e objetivismo são as principais marcas que diferem um movimento do outro.
117) Nomear um objeto e suprimir três quartos do prazer do poema, que é feito da felicidade em adivinhar pouco a pouco;
sugeri-lo, eis o sonho....deve haver sempre enigma em poesia, e é o objetivo da Literatura — e não há outro — evocar
os objetos.
O trecho acima resume parte da ideologia:
a) SIMBOLISTA d) PARNASIANA
b) ROMÂNTICA
c) NATURALISTA
e) MODERNISTA
118) Uma vez...Uma vez, depois de dar comida aos peixinhos, Lúcia sentiu os olhos pesados de sono. Deitou-se na grama
com a boneca no braço e ficou seguindo as nuvens que passeavam pelo céu, formando ora castelos, ora camelos. E
já ia dormindo, embalada pelo mexerico das águas, quando sentiu cócegas no rosto. Arregalou os olhos: um peixinho
vestido de gente estava de pé na ponta do seu nariz. Vestido de gente, sim! Trazia casaco vermelho, cartolinha na
cabeça e guarda-chuva na mão — a maior das galantezas! O peixinho olhava para o nariz de Narizinho com rugas
na testa, como quem não está entendendo nada do que vê.”
O trecho acima explora o universo infantil, marca do autor pré-modernista:
a) Graça Aranha d) Euclides da Cunha
b) Monteiro Lobato
c) Lima Barreto
e) Augusto dos Anjos
119) A exploração do lúdico, marca de textos elaborados para atrair as crianças como leitores, está presente no trecho:
a) Uma vez....
b) Lúcia sentiu os olhos pesados de sono.
c) Deitou-se na grama com a boneca no braço.
d) Trazia casaco vermelho, cartolinha na cabeça e guarda-chuva na mão.
e) E já ia dormindo, embalada pelo mexerico das águas, quando sentiu cócegas no rosto.
VERSOS ÍNTIMOS
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
120) A poesia acima é de um poeta que se destacou entre as prosas pré-modernistas, com suas poesias que marcaram
a transição entre a estética poética simbolista e a modernidade. Trata-se de:
a) OLAVO BILAC d) EUCLIDES DA CUNHA
b) AUGUSTO DOS ANJOS
c) CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
e) MÁRIO DE ANDRADE
121) A informalidade da língua utilizada dentro da poesia modernista já estava na poesia apresentada. O verso que melhor
representa essa informalidade está em:
a) Somente a Ingratidão – esta pantera – Foi tua companheira inseparável!
b) Vês! Ninguém assistiu ao formidável, Enterro de tua última quimera.
c) Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
d) A mão que afaga é a mesma que apedreja.
e) Escarra nessa boca que te beija!
.13.
122) According to the synopsis, it is possible to infer that:
a) the character of each sister is pretty similar.
b) sense refers to passion and romance.
c) the two sisters embody both, sense and sensibility.
d) reason and emotion are attributes of the young only.
e) Sense and Sensibility refers to the character of the sisters.
123) In the statement “Marianne, on the other hand, is […]” (lines 3 and 4), the expression in bold indicates:
a) possibility. b) equality.
c) opposition.
d) conclusion.
e) addition.
124) The only piece of information not found in the synopsis is:
a) the author of the book Sense and Sensibility.
b) the actress who plays Elinor in the film.
c) the sisters‘ surname.
d) the place where the story takes place.
e) the year the film was produced.
125) From the statement “Elinor is all calmness and reason, and can be relied upon for practical, common sense opinions”
(lines 2 and 3), it is possible to assume that:
a) she is recognized by being unreasonable.
b) her behavior is ruled by practice and reason.
c) her attitudes are based on her feelings.
d) her attitudes are based on her feelings and reason.
e) she is calm and affective.
.14.
126) Textos motivacionais são crônicas com um fundo moral, cujo objetivo é nos ajudar a refletir e melhorar enquanto
seres humanos. Com base no texto acima, o autor
a) sustenta que nós devemos viver plenamente o presente, porém sem deixarmos de ter o passado e o futuro como
referências.
b) sugere que nós estejamos aptos a identificar as oportunidades que perdemos como forma de aproveitar melhor
o futuro.
c) enaltece aqueles que são capazes de criticar a si mesmos com o mesmo rigor com que detectam falhas nos outros.
d) ressalta a necessidade de buscarmos a aprovação de outras pessoas para que nossas ações sejam validadas
por elas.
e) defende a tese de que precisamos assumir o papel de protagonistas de nossas próprias vidas e arquitetos de
nosso destino.
.15.
127) Os verbos modais (modal verbs) são um tipo especial de verbos auxiliares que alteram ou completam o sentido do
verbo principal. De acordo com o cartum, o uso do verbo modal may, dentro do contexto, remete à
a) incerteza do falante em relação ao raciocínio que levou Pitágoras à elaboração de seu famoso teorema matemático.
b) incapacidade de Pitágoras de explicar, de forma didática, o argumento subjacente aos seus princípios geométricos.
c) insegurança de Pitágoras, que teme estar equivocado e, por essa razão, decide abandonar suas ideias originais.
d) indefinição de Pitágoras, que não sabe se é o momento certo ou não para explicar ao mundo o seu famoso teorema.
e) possibilidade de Pitágoras ser ridicularizado por sua descoberta, em função da escolha do nome da “hipotenusa”.
128) Complete o texto abaixo com os adjetivos entre parênteses usando comparações.
Nowadays many people can afford to buy cars because some models are _____1 (cheap) today than years ago.
In addition, they are much _____2 (fast) because they are able to run approximately 180km/h. They are _____3 (reliable)
and people can exchange them to a new one more often due to the amount of car agency’s offers and financial plans.
Once you have a car, more dependent you become of it.
Thus, _____4 (soon) you get one _____5 (easy) your life will be.
Assinale a alternativa correta.
a) 1. cheaper; 2. faster; 3. more reliable; 4. the sooner; 5. the easier.
b) 1. more cheap; 2. fast; 3. reliabler; 4. the sooner; 5. the easier.
c) 1. cheaper; 2. fast; 3. more reliable; 4. more soon; 5. more easy.
d) 1. cheap; 2. fast; 3. the more reliable; 4. sooner; 5. easier.
e) 1. cheap; 2. faster; 3. reliabler; 4. sooner; 5. more easy.
TEXTO I
EN LA ADOLESCENCIA LOS JÓVENES TIENEN LA INQUIETUD DE EXPERIMENTAR COSAS
DIFERENTES, Y EL CONSUMO DE ALCOHOL Y DROGAS LLEGA A DESTRUIR SU VIDA
La adolescencia es la etapa más definitoria del ser humano, porque es en ésta cuando los jóvenes comienzan su
búsqueda de identidad y de una personalidad. Los adolescentes fomentan actitudes sociales reivindicatorias, desafían
los sistemas autoritarios, se separan progresivamente de los padres y viven constantes fluctuaciones de amor y de
su estado anímico, dónde surgen crisis de rebeldía extrema, conductas antisociales y, en el peor de los casos, uso o
dependencia de drogas como alcohol, tabaco, heroína, cocaína, marihuana, inhalantes, entre otros, que distorsionan
su personalidad y limitan sus capacidades psíquicas, intelectuales, afectivas y sociales.
Según el Maestro en Psicoanálisis Salvador Ortiz Freyre, Profesor en la Facultad de Medicina, de la Universidad
Nacional Autónoma de México (UNAM), “las drogas reactivan las frustraciones y las tendencias depresivas o paranoicas
del adolescente y desencadenan episodios maníacos de alegría desmesurada o de agresividad hacia los otros o
hacia ellos mismos; son muy comunes los intentos de suicidio y de mutilaciones, pues la conducta de los adictos es
sumamente autodestructiva”.
La adolescencia no sólo es un época caótica, también es un tiempo maravilloso de descubrimientos y
experimentación de los seres humanos que serán los adultos del mañana, enseñémosles a vivir los valores de
la autoestima, la comunicación, el respeto a su dignidad y la de los demás, el amor y el cuidado a los otros y
a ellos mismos para que no se refugien en las drogas.
Disponível em: http://www.esmas.com. Acesso em: 17 ago. 2012. Adaptado.
129) No que diz respeito à postura do adolescente, é possível depreender, da leitura do texto, a principal característica
da fase, segundo o enunciador é:
a) Separam-se gradativamente dos pais.
b) Experimentam vários tipos de drogas.
c) Valores de Autoestima e comunicação forte.
d) Começam a busca pela identidade e personalidade.
e) Amam intensamente e cuidam dos amigos, evitando as drogas.
130) Sabemos que muitos são os efeitos das drogas na vida do adolescente. O trecho que melhor representa o efeito
das drogas é:
a) Conduta extremamente autodestrutiva.
b) Dependência extrema.
c) Alterações constantes de seu estado de ânimo.
d) Crises de rebeldia extrema.
e) Afronta aos sistemas autoritários.
.16.
TEXTO II
131) Segundo o texto II a adolescência é uma etapa de grandes transformações. Ao compararmos os textos II e III temos
como exemplo de uma destas transformações principalmente a atitude de:
a) Desafiar aos sistemas autoritários.
b) Incentivar atitudes sociais.
c) Separar-se aos poucos dos pais.
d) Ter conduta autoritária.
e) Viver em constantes transformações amorosas.
TEXTO III
NO HAY DERECHO
Una generación mal alimentada no tiene futuro. Los niños desde su gestación hasta los tres años de vida reciben
los nutrientes básicos en su alimentación, sufren daños irreparables en su desarrollo físico e intelectual y padecen
frecuentes enfermedades. En Argentina, el 70% de los niños pequeños, no incluye en la dieta el mínimo de hierro que
el organismo necesita. Sus comidas también son pobres en calcio, zinc, vitaminas A y B. Por todo ello se debe tomar
conciencia del riesgo por el que atraviesa la población infantil.
Los niños tienen derecho a crecer sanos y fuertes. Protegerlos y ayudarlos es responsabilidad de todos.
Solicite información comunicándose con CESNI, Centro de Estudios sobre Nutrición infantil.
Muy Interesante, Junio de 2003.
132) Segundo o texto, uma geração mal alimentada:
a) tem o dever de estudar mais
b) deve ser respeitada por todas as pessoas
c) é uma responsabilidade de todos
d) padece de futuro.
e) é o futuro de toda a humanidade
133) A alternativa que, por eufonia, é obrigatório o uso de “e” no lugar de “y”, igual ao que ocorre em “físico e intelectual” é:
a) calcio - hierro.
b) nutrientes - comidas.
c) dolencias - enfermedades.
d) padres - hijos.
e) fuerte - sanos.
.17.
TEXTO IV
134) A alternativa que segue corretamente a mesma regra da palavra destacada em “podemos tener un gran negocio…” é:
a) Aquella fue una mal idea.
b) Los buens amigos son para siempre.
c) Mi abuelo fue un hombre gran.
d)María siempre fue la primer de la clase.
e) Cualquier persona puede practicar la natación.
TEXTO V
135) Com base nas informações apresentadas na charge, é correto afirmar:
a) As personagens principais estão reivindicando mais vagas no mercado de trabalho.
b) O mercado de trabalho apresenta maior oferta de emprego para as mulheres mais jovens.
c) A reivindicação da mulher reflete que os afazeres domésticos e o cuidado com os filhos são tarefas árduas.
d) O atual panorama de empregos reflete a compatibilidade entre colaboradores especializados e oferta de vagas.
e) Há indícios, de acordo com a charge, de maior oferta de emprego para os homens do que para as mulheres.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
136) Num programa transmitido diariamente, uma emissora de rádio toca sempre as mesmas 10 músicas, mas nunca na
mesma ordem. Para esgotar as possíveis sequências dessas músicas serão necessárias aproximadamente:
a) 100 dias
b) 10 anos
c) 1 século
d) 10 séculos
e) 100 séculos
137) De um acervo que contém três quadros de Anita Malfati e oito de Di Cavalcante, pretende-se formar exposições constituídas de um quadro de Anita Malfati e três quadros de di Cavalcanti.Quantas exposições diferentes são possíveis?
a) 56
b) 168
c) 93
d) 59
e) 140
.18.
138) Carlinhos escreveu OBMEP 2013 em cartões, que ele colocou enfileirados no quadro de aviso de sua escola. Ele
quer pintar de verde ou amarelo os cartões com letras e de azul ou amarelo os cartões com algarismos, de modo
que cada cartão seja pintado com uma única cor e que cartões vizinhos não tenham cores iguais.
De quantas maneiras diferentes ele pode fazer a pintura?
a) 2
b) 3
c) 6
d) 7
e) 12
139) No lançamento de 4 moedas "honestas", a probabilidade de ocorrer duas caras e duas coroas e:
a) 1/16
b) 3/16
c) 1/4
d0 3/8
e) 1/2
140) No triângulo de Pascal
n=0
1
n=1
11
n=2
121
n=3
1331
n=4
14641
...........
A soma dos elementos da linha n com os da linha n + 1 é
a) n(n+1)
b) 2n . 2n+1
c) 3 . 2n
d) 2 . 2n+1
e) 3n . 2n+1
141) Os anagramas distintos de palavras MACKENZIE que têm a forma E............E são em número de:
a) 9!
b) 8!
c) 2.7!
d) 9! – 7!
e) 7!
142) Lançando um dado duas vezes, a probabilidade de ser obtido o par de valores 2 e 3, em qualquer ordem é de:
a) 1/6
b) 1/9
c) 1/12
d)1/15
e)1/18
143) O produto 20.18.16.14. ... 6.4.2 é equivalente a:
a) 30!
b) 2.10!
c) 20!
d) 210 . 10!
20 !
e)
10 !
144) Uma estação distribuidora de energia elétrica foi atingida por um raio. Este fato provocou escuridão em uma extensa
área. Segundo estatísticas, ocorre em média a cada 10 anos um fato desse tipo. Com base nessa informação, pode-se
afirmar que:
a) A estação está em funcionamento há no máximo 10 anos.
b) Daqui a 10 anos deverá cair outro raio na mesma estação.
c) Se a estação já existe há mais de 10 anos, brevemente deverá cair outro raio na mesma.
d) A probabilidade de ocorrência de um raio na estação independe do seu tempo de existência.
e) É impossível a estação existir há mais de 30 anos sem que um raio já a tenha atingido anteriormente.
.19.
145) Joãozinho derrubou suco em seu caderno e quatro algarismos da sentença que ele estava escrevendo ficaram borrados.
¨Comprei 18 livros; cada um custou R$
,93 e o total foi R$ 3
2, 7
¨
Qual é a soma dos algarismos borrados?
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14
146) Um Shopping Center possui 4 portas de entrada para o andar térreo, 5 escadas rolantes ligando o térreo ao primeiro
pavimento e 3 elevadores que conduzem do primeiro para o segundo pavimento. De quantas maneiras diferentes uma
pessoa, partindo de fora do Shopping Center pode atingir o segundo pavimento usando os acessos mencionados?
a) 12
b) 17
c) 19
d) 23
e) 60
147) A partir de um grupo de 12 professores, quer se formar uma comissão com um presidente, um relator e cinco outros
membros. O número de formas de se compor a comissão é:
a) 12.772
b) 13.024
c) 25.40
d) 33.264
e) 27.764
148) Seis pessoas, entre elas João e Pedro, vão ao cinema. Existem seis lugares vagos, alinhados e consecutivos. O
número de maneiras distintas como as seis podem sentar-se sem que João e Pedro fiquem juntos é:
a) 720
b) 600
c) 480
d) 240
e) 120
149) Uma pessoa vai retirar dinheiro num caixa eletrônico de um banco, mas na hora de digitar a senha, esquece-se do número.
Ela lembra que o número tem 5 algarismos, começa com 6, não tem algarismos repetidos e tem o algarismo 7 em alguma
posição. O número máximo de tentativas para acertar a senha é:
a) 1680
b) 1344
c) 720
d) 224
e) 136
150) Beatriz e André foram almoçar juntos em um restaurante e cada um escolheu um prato e uma bebida. André gastou
R$ 9,00 a mais do que Beatriz. Qual foi o almoço de André?
a) Prato completo e suco de manga
b) Prato simples e vitamina
c) Prato especial e suco de laranja
d) Prato simples e suco de laranja
e) Prato especial e suco de manga
Prato simples
R$ 7,00
Prato completo
R$ 10,00
Prato Especial
R$ 14,00
Suco de Laranja
R$ 4,00
Suco de Manga
R$ 6,00
Vitamina
R$ 7,00
.20.
151) Nove times de futebol vão ser divididos e, 3 chaves, todas com o mesmo número de times, para a disputa da primeira
fase de um torneio. Cada uma das chaves já tem um cabeça de chave definido. Nessas condições, o número de
maneiras possíveis e diferentes de se completarem as chaves é:
a) 21
b) 30
c) 60
d) 90
e) 120
152) Uma estante tem 10 livros distintos, sendo 5 de Álgebra, 3 de Geometria e dois de Trigonometria. De quantos modos
podemos arrumar esses livros na estante, se desejarmos que os livros de um mesmo assunto permaneçam juntos?
a) 840
b) 4320
c) 2160
d) 8640
e) 540
153) A figura I abaixo mostra um esquema das principais vias que interligam a cidade A com a cidade B. Cada número
indicado na figura II representa a probabilidade de pegar um engarrafamento quando se passa na via indicada. Assim,
há uma probabilidade de 30% de se pegar engarrafamento no deslocamento do ponto C ao ponto B, passando pela
estrada E4, e de 50%, quando se passa por E3. Essas probabilidades são independentes umas das outras.
Figura I
Figura II
Paula deseja se deslocar da cidade A para a cidade B usando exatamente duas vias indicadas, percorrendo um
trajeto com a menor probabilidade de engarrafamento possível.
O melhor trajeto para Paula é:
a) E1E3
b) E1E4
c) E2E4
d) E2E5
e) E2E6
154) Vinte anos depois da formatura, cinco colegas de uma turma decidem organizar um confraternização, Para marcar o
dia e o local da confraternização, precisam comunicar-se por telefone. Cada um conhece o telefone de alguns colegas
e desconhece o de outros. No quadro abaixo, o número 1 indica que o colega da linha correspondente conhece o
telefone do colega da coluna correspondente; o número 0 indica que o colega da linha não conhece o telefone do
colega da coluna. Exemplo: Beto sabe o telefone do Dino, que não conhece o telefone do Aldo.
ALDO
BETO
DINO
ÊNIO
ALDO
1
1
CARLOS
0
1
0
BETO
0
1
0
1
0
CARLOS
1
0
1
1
0
DINO
0
0
0
1
1
ÊNIO
1
1
1
1
1
O número mínimo de telefonemas que Aldo deve fazer para se comunicar com Carlos é:
a) 3
b) 4
c) 5
d) 6
e) 7
.21.
155) No sítio de Paulo, a colheita de laranjas ficou entre 500 e 1500 unidades. Se essas laranjas fossem colocadas, em
sacos com 50 unidades cada um, sobrariam 12 laranjas e, se fosses colocadas em sacos com 36 unidades cada
um, também sobrariam 12 laranjas. Assim sendo, quantas laranjas sobrariam se elas fossem colocadas em sacos
com 35 unidades cada um?
a) 4
b) 6
c) 7
d) 2
e) 9
156) Abílio deseja escolher quatro entre as nove camisetas que possui para levar em uma viagem. De quantos modos
distintos ele pode fazer a escolha?
a) 3024
b) 1512
c) 756
d) 252
e) 126
157) As 3 maiores reservas de petróleo (em bilhões de barris) encontram-se localizadas em:
1) Arábia Saudita -----------262,4
2) Canadá ---------------------175,2
3) Irã-----------------------------137,6
O Brasil ocupa a 20ª posição com 15, mas com os volumes recuperáveis do pré-sal, as reservas brasileiras subiram
para 51, ocupando a 9ª posição (O Globo,02/03/2011)
Para que o Irã atingisse a primeira colocação ao lado da Arábia Saudita, seria preciso que fosse descobertas reservas
de 124,8. Considerando y = 124,8, e x as reservas do Canadá, podemos escrever y = ix para i aproximadamente
igual a:
a) 82%
b) 78%
c) 71%
d) 64%
e) 61%
158) "A Presidente Dilma Rousseff anunciou ontem, em Irecê (BA), o reajuste médio de 19,4% do benefício do Bolsa Família" (O Globo,02/03/2011).
Considerando linear esse aumento, poderíamos descrevê-los através de uma equação tipo f(x) = x + kx, sendo f(x)
o novo valor da Bolsa após o reajuste, e o x o valor anterior ao reajuste. Supondo que uma família recebia o valor
médio de R$ 96,00, passará a receber, em reais, aproximadamente:
a) 135 porque k = 19,4
b) 135 porque k = 0,194
c) 115 porque k = 0,194
d) 115 porque k = 19,4
e) 122 porque k = 19,4
159) Na reta abaixo a distância entre dois pontos consecutivos é sempre a mesma. Qual o valor dessa distância?
3
a)
4
b)
1
4
c)
2
3
d)
2
5
e) 1,111....
x
2
x 3x
.22.
160) A área do paralelogramo ABCD vale 24 cm2 e sua diagonal foi dividida em 4 partes iguais. Quanto vale a área tracejada?
a) 6 cm2
b) 4 cm2
c) 3 cm2
d) 5 cm2
e) 2 cm2
161) Na figura a área do quadrado ABCD é S. Calcule a área do quadrilátero EFGH.
a) 5S
b) 4S
c) 6S
d)
7S
2
e) 3S
162) O cuboctaedro truncado ou grande rombicuboctaedro é um dos treze sólidos de Arquimedes. Suas faces são todas
regulares: 12 quadrados, 8 hexágonos e 6 octógonos. As figuras seguintes representam o
cuboctaedro truncado e a sua planificação.
Os números de vértices e de arestas do cuboctaedro truncado são, respectivamente,
iguais a:
a) 36 e 48
b) 36 e 72
c) 48 e 64
d) 48 e 72
e) 72 e 84
163) A figura abaixo mostra o contorno de um terreno. Calcule a soma dos ângulos NÃO retos assinalados:
a) 240o'
b) 260o
c) 300o
d) 280o
e) 360o
164) A área de um anel circular é 55π cm2. Calcule o raio da maior circunferência sabendo-se que o raio da menor é 3 cm.
a) 6 cm
b) 7 cm
c) 8 cm
d) 9 cm
e) 10 cm
165) Pentágonos regulares congruentes podem ser conectados, lado a lado, formando uma estrela de cinco pontas,
conforme destacado na figura. Calcule o ângulo θ.
a) 180o b) 72o
c) 54o
d) 36o
e) 18o
.23.
166) A figura a seguir representa a planificação de um poliedro convexo. O número de vértices desse poliedro é:
a) 12 b) 14
c) 16
d) 20
e) 22
167) Considere o poliedro cujos vértices são os pontos médios das arestas de um cubo. O número de faces triangulares
e o número de faces quadradas desse poliedro são, respectivamente.
a) 8 e 8 b) 8 e 6
c) 6 e 8
d) 8 e 4
e) 6 e 6
( )
( )
168) Um barco está preso por uma corda AC ao cais, através de um mastro AB de comprimento 3 m, como mostra
( )
a figura, a distância em m, da proa do barco até o cais BC é igual a:
a)
b)
(3
(
c)
(
d)
(
2+ 6
2
3 2− 6
4
2− 6
2
2+ 6
)
)
)
)
4
e)
6
169) A figura mostra um recorte de cartolina retangular ABCD o qual é dobrado segundo a diagonal AC de modo que os
vértices B e D fiquem no mesmo plano. Calcule BD depois que a dobra foi feita.
a)
7
5
b) 9
4
8
c)
3
d)
8
5
e) 2
170) Considere um triângulo de hipotenusa a, catetos b e c. Sejam m e n as projeções ortogonais dos catetos sobre a
1 1
hipotenusa. Então a soma
+ é igual a:
m n
1
a)
a
1 1
b) +
b c
1
c)
b+c
a3
d)
bc
a3
e) 2 2
b c
.24.
171) Num passeio pelo bairro da escola, um grupo de alunos fez o percurso orientado de A para B, conforme está representado abaixo, com medidas em metros. Se tivessem caminhado em linha reta de A até B, a distância percorrida teria sido:
a) 33 m
b) 36 m
c) 45 m
d) 89 m
e) 40 m
172) A partir de um ponto, sobre uma estrada plana e horizontal que segue reta até a base de uma montanha, observa-se
o cume da mesma sob um ângulo de 30o com o plano da estrada. Aproximando-se 900 3 em direção à montanha,
sobre essa mesma entrada, observa-se o cume da montanha sob um ângulo de 60o, também com o plano da estrada.
Nessas condições é correto afirmar que a montanha tem altura de:
a) 1350 m
b) 1400 m
c) 1500 m
d) 1600 m
e) 1800 m
173) Três lados de um triângulo medem ,  e  3 . Logo podemos afirmar que o maior ângulo desse triângulo é:
a) 90o
b) 120o
c) 75o
d) 150o
e) 100o
174) A grande sensação da última ExposArte foi a escultura “O.I.T.O”, de 12 metros de altura, composta por duas circunferências, que reproduzimos abaixo, com exclusividade.
Para poder passar por um corredor de apenas 9 metros de altura e chegar ao centro do Salão principal, ela teve de
ser inclinada. A escultura atravessou o corredor tangenciando o chão e o teto, como mostra a figura a seguir.
Determine o ângulo de inclinação α da figura.
a) 45o
b) 30o
c) 60o
d) 15o
e) 75o
175) A figura 1 representa um determinado encaixe do plano 7 ladrilhos poligonais regulares (1 hexágono, 2 triângulos,
4 quadrados), sem sobreposições e cortes.
Em relação aos 6 ladrilhos triangulares colocados perfeitamente nos espaços da figura 1, como indicado na figura
2, é correto dizer que:
.25.
a) 2 são triângulos equiláteros, e 4 são triângulos isósceles de ângulo da base medindo 15o.
b) 2 são triângulos equiláteros, e 4 são triângulos isósceles de ângulo da base medindo 30o.
c) 2 são triângulos isósceles de ângulo da base medindo 50o, e 4 são triângulos isósceles de ângulo da base
medindo 30o.
d) 2 são triângulos equiláteros, e 4 são triângulos retângulos isósceles.
e) 2 são triângulos equiláteros, e 4 são triângulos escalenos.
176) Dois ângulos internos de um polígono convexo medem 130o cada um e os demais ângulos internos medem 128o
cada um. O número de lados do polígono é:
a) 6
b) 7
c) 13
d) 16
e) 17
177) Um quadrado ABCD tem área 1. Um ponto P desloca-se ao longo da semireta AB, partindo do ponto A para a direita,
conforme mostra a figura. Se S é a área da região compreendida entre os quadrados ABCD e APQR, destacada em
cinza, qual é o gráfico que melhor representa a variação de S em função de x?
a)
d)
b)
c)
e)
178) Duas formigas saem simultaneamente de A e C, percorrendo o caminho ZIG-ZAG formado por segmentos que são
perpendiculares a BC e AB , respectivamente. Sabendo que elas chegam 3 segundos depois em P e supondo que
suas velocidades VA e VC sejam constantes, podemos afirmar que:
a) VA = 2VC
b) VA + VC = 6
c) VC = 2VA
d) VA – VC = 6
e) VA = VC obrigatoriamente
.26.
179) A afirmativa: um quadrado foi dividido em n quadrados congruentes, acarreta que:
a) n pode ser 12
b) n pode ser 25
c) n não pode ser ímpar
d) n não pode ser par
e) n pode ser qualquer número inteiro
180) A condição que não é suficiente para que um quadrilátero convexo seja um paralelogramo é:
a) quaisquer lados opostos são congruentes
b) dois dos lados opostos são congruentes e paralelos
c) quaisquer ângulos opostos são congruentes
d) as diagonais são perpendiculares
e) as diagonais se interceptam em seus pontos médios
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Prova - 2º Simulado - ENEM