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SILAS MALAFAIA
REJEITE A PREOCUPAÇÃO
E VIVA EM PAZ
SUMÁRIO
Apresentação.
Capítulo 1- A ansiedade, a vida moderna e as limitações do ser humano.
O que é ansiedade.
Preocupação com as doenças.
Preocupação com a violência.
As limitações do ser humano.
Somos limitados pelo tempo.
Somos limitados pelo espaço.
Somos limitados às circunstâncias.
Capítulo 2 - Como rejeitar a preocupação e viver em paz.
Apurando a causa da preocupação.
Vivendo de acordo com a nossa capacidade.
Dizendo não ao inconformismo crônico.
Aprendendo a vivenciar cada momento.
Capítulo 3 - Outras formas de evitar preocupações extras.
Não assumindo a vida de outra pessoa.
Pensando em coisas boas.
Capítulo 4 - Lançando sobre Cristo a ansiedade
Lançando os nossos cuidados sobre o Senhor pela Oração.
Fazendo petições e súplicas a Deus.
A oração com ação de graças.
Crendo em Deus.
Jesus é o Príncipe da paz.
APRESENTAÇÃO
O que é ansiedade? Quais os tipos mais comuns? O que ela provoca e por que a
sentimos? Como rejeitar a preocupação excessiva e viver em paz, sem deixar que os
cuidados desta vida nos abalam e façam-nos adoecer?
Com base em 1 Pedro 5.7, um texto bíblico muito conhecido pelos evangélicos, analiso
o que implica lançar sobre Cristo toda a nossa ansiedade e incentivo a Igreja a crer que
o Senhor cuida de cada um de nós, que Ele é poderoso para nos dar paz em meio à
tribulação e para nos fazer vitoriosos, provendo um escape e o milagre de que
precisamos.
Que este livro o ajude a entender as causas de sua preocupação, a lançar sobre Jesus a
sua ansiedade e a aprender a desfrutar da paz do Senhor, que excede todo o
entendimento humano e independe das circunstâncias que vivemos!
Que as idéias compartilhadas aqui contribuam para que você, como filho de Deus, olhe
para o Autor e Consumador da sua fé e para Suas maravilhosas promessas, enxergue
além do dia mau, rejeitando a preocupação e vivendo em paz!
Boa leitura!
CAPÍTULO 1
A ANSIEDADE, A VIDA MODERNA
E AS LIMITAÇÕES DO SER HUMANO
Vivemos tempos difíceis. A vida moderna tornou-se mais acelerada e estressante. Nas
cidades, a falta de contato com a natureza, a poluição sonora e a visual, o trânsito
caótico e a violência fazem as pessoas se tornarem mais cansadas, irritadas e
desconfiadas.
Além disso, os problemas econômicos mundiais, o desemprego, a competitividade e o
consumismo estimulados por nossa sociedade capitalista contribuem para que vivamos
preocupados com a sobrevivência e em ter mais dinheiro e bens de consumo. Assim,
trabalhamos mais, e desfrutamos menos daquilo que realmente tem valor: a comunhão
com Deus e com o nosso próximo, porque o ritmo estressante da nossa vida nos impede
de ficar a sós, descansar e refletir sobre nós mesmos e nossa trajetória de vida, bem
como de ter um tempo livre para conversar e trocar experiências profundas com nossos
semelhantes — o que nos ajudaria a administrar melhor as nossas emoções e a
compreender as nossas reações aos outros.
Esse quadro de pressão e estresse tem favorecido o adoecimento do corpo e da alma
humana; tem provocado síndromes nervosas, cujos sintomas mais comuns são dores
musculares, de cabeça, aperto no peito, nó na garganta, taquicardia, pressão arterial
alterada, a sensação de vazio no estômago, perda do apetite ou compulsão por comida,
tontura, vertigem, falta de memória, confusão mental, insônia, irritação, fadiga, estafa.
Por que isto ocorre? O que a ansiedade crônica provoca? A Palavra de Deus é bem
clara: A ansiedade no coração do homem o abate (Provérbios 12.25 ARA), torna-o
enfermo, cansado e improdutivo. Então, como evitá-la?
O que é ansiedade?
Antes de respondermos a essa pergunta, precisamos entender que a ansiedade é uma
resposta normal do organismo humano a situações de perigo real ou imaginário. A
pessoa fica "acelerada" e atenta a tudo. Logo, a ansiedade, em um nível normal, pode
até ser benéfica, pois coopera para que a pessoa não cometa erros, não desperdice tempo
e recursos, e não venha a comprometer sua honra, reputação, seu emprego e seus bens
mais preciosos.
A ansiedade normal gera uma energia extra, que desperta os nossos sentidos e a nossa
imaginação, ajudando-nos a perceber as causas dos nossos problemas e as possíveis
soluções, além de motivar-nos a vencer obstáculos e seguirem frente. Em outras
palavras, a preocupação, em uma dose normal, não nos prejudica; antes, estimula-nos a
agir com precaução e vigor em meio às adversidades.
Vejamos um exemplo. Neste século, pelas pressões do mercado de trabalho, as pessoas
são estimuladas a aprimorarem-se cada vez mais em faculdades e cursos de pósgraduação, a fim de garantir a empregabilidade. Neste caso, a preocupação, num nível
normal, com a sobrevivência tornou-se um agente motivador para que as pessoas
cresçam intelectual e profissionalmente.
Contudo, quando a ansiedade domina alguém, sobrecarrega a mente deste, bloqueando
sua capacidade de pensar e reagir com sabedoria às adversidades, de enxergar soluções
e alternativas, de confiar em Deus e crer que Ele intervirá com poder para lhe garantir a
vitória.
Assim, muitas pessoas vivem preocupadas com coisas que ainda não aconteceram, em
constante estado de medo e inquietação. Elas não conseguem colocar sua cabeça no
travesseiro e ter uma noite tranqüila de sono reparador; não relaxam nunca. A
preocupação exagerada envenena-lhes a mente, neutralizando a percepção e a ação
delas. E o estresse tem o efeito de uma bomba, pois o organismo, em constante estado
de aceleração, fica cansado e debilitado, com baixa imunidade. Isso pode levá-las a
cultivar outros tipos de preocupação, especialmente com a saúde e a violência.
Preocupação com as doenças
Um fator que tem causado preocupação exacerbada nas pessoas é o medo de estarem
sofrendo de algum tipo de doença, mesmo com a confirmação médica de não haver
qualquer enfermidade. Esse tipo de preocupação tem um nome: hipocondria, e é
considerada pelos especialistas uma doença crônica que pode provocar perturbações e
disfunções psicofisiológicas, além de problemas familiares e sociais.
Preocupar-se com a saúde, é normal. Todos nós temos de cuidar bem do nosso corpo, da
nossa alma e do nosso espírito, a fim de não adoecermos.
Somos uma unidade psicossomática. Quando algo vai mal em nossas emoções ou
espiritualmente, nosso corpo padece; e vice-versa. O que não é normal é viver em
função de uma preocupação crônica com doenças.
Precisamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para termos saúde. Devemos
alimentar-nos bem, fazer alguma atividade física (caminhar, nadar), descansar, ter
contato com a natureza, desfrutar de momentos a sós para a introspecção e momentos de
lazer com a família e os amigos, lambem precisamos, pelo menos anualmente, fazer um
check-up, para verificar se há algum problema, a fim de tratá-lo logo no início.
Essa é a nossa parte, como mordomos de Deus. Mas não podemos viver desesperados,
ansiosos, com a idéia de uma doença. Devemos sim, cuidar de nós mesmos e buscar a
cura para as enfermidades que nos afligem, crendo que o Senhor nos guardará do mal.
Essa é Sua promessa para os que se aliançaram com Ele:
Se ouvires atento a voz do SENHOR, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus
olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus
estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu
sou o SENHOR, que te sara.
Êxodo 15.26
O Senhor prometeu isso e é poderoso e fiel para cumprir!
Preocupação com a violência
Outro fator que muito preocupa as pessoas é a violência, que tem crescido
assustadoramente nas últimas décadas, devido a fatores espirituais e socioeconômicos.
Como previu o apóstolo Paulo, os últimos dias seriam maus. A demolição dos valores
tradicionais e a valorização de modelos negativos, a ausência paterna, a corrupção e a
impunidade que imperam nesta sociedade, somadas à miséria e ao desemprego, são
fatores que têm contribuído para a formação de indivíduos egoístas, egocêntricos, sem
afeto natural, que não honram os pais e não respeitam as autoridades nem os seus
semelhantes.
Convivemos com uma geração de pessoas vazias, sem temor a Deus, sem limites, sem
princípios éticos e morais e sem senso de família; pessoas frágeis emocionalmente,
vulneráveis às drogas, ao álcool, à corrupção e outros tipos de perversão e à violência,
que gera mais violência.
Não é isto que todos os dias os noticiários nos informam? O tráfico alicia adolescentes,
que acabam praticando vários delitos nas ruas. Eles acabam indo presos e ou morrendo
em confrontos com a Polícia e grupos rivais. Jovens morrem e matam no trânsito, por
dirigirem embriagados ou drogados, ou em discussões por banalidades. Pais assassinam
filhos; e filhos, os pais. Tudo isso gera preocupação, angústia e medo na população. A
sensação de insegurança é geral. Não é à toa que é cada vez mais comum pessoas com
transtornos de ansiedade v síndrome de pânico.
Precisamos vigiar, estar atentos e tomar certos cuidados. Essa é a nossa parte. Contudo,
de nada adiantará sofrer por antecedência e paralisar a nossa vida, com medo de sair de
casa. Precisamos crer em Deus e não colocar a nossa segurança em risco, indo a lugares
perigosos ou associando-nos com pessoas ímpias. Além disso, devemos ter a convicção
de que o Senhor está conosco, guardando-nos. Ele é a nossa real segurança. Afinal,
como disse o salmista: Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela
(Salmo 127.1 b). Contudo, se Ele estiver conosco, mil cairão ao nosso lado, dez mil à
nossa direita, mas nós não seremos atingidos (Salmo 91.7).
Vale a pena servir a Deus. Os que habitam no esconderijo do Altíssimo não precisam
temer peste perniciosa, espanto noturno, a seta que voe de dia, nem mortandade que
assole ao meio-dia. Eles estão protegidos; são cuidados e direcionados pelo Guarda de
Israel, que não cochila nem dorme!
Quem teme ao Senhor é bem-aventurado. Não precisa morrer de ansiedade, perder
noites de sono preocupado com o futuro, porque o seu futuro está escondido, guardado
em Cristo.
As limitações do ser humano
Por que somos ansiosos? Porque, por mais inteligente e bem preparado que alguém seja,
como ser humano, é mortal e está limitado ao tempo, ao espaço e às circunstâncias. Não
tem o controle sobre a sua própria vida e o seu futuro.
A nossa vida aqui na terra é curta, passa rápido e é cheia de imprevistos que não
podemos controlar. Mas, graças a Deus, podemos contar com a ajuda do Senhor que fez
os céus e a terra e o homem à Sua imagem e semelhança.
Deus é o nosso Provedor e Ajudador! Contudo, é necessário termos humildade para
reconhecer que somos frágeis e limitados, que precisamos do Senhor para ter uma vida
saudável, cheia de significado e abundante.
Analisemos mais detalhadamente as nossas limitações, a fim de compreendermos
melhor por que nos preocupamos tanto e por que devemos aprender a confiar mais em
Deus.
Somos limitados pelo tempo
As nossas limitações podem ser percebidas desde que somos gerados. Depois que o
óvulo é fecundado pelo espermatozóide, precisa de nove meses para o feto se
desenvolver e o bebê estar pronto para viver fora do útero materno. Após o nascimento,
ele leva quase um ano para engatinhar e falar. Entre 10 e 12 anos, a criança passa por
profundas transformações fisiológicas e psicossociais. Nesta fase da puberdade, ela
descobre que os pais não são super-heróis e que a vida não ó uma fantasia; há escolhas
sérias a serem feitas, < mu conseqüências tremendas. A partir dos 21 anos, o jovem
alcança certa maturidade; aos 30, atinge o ápice da vida adulta; e a partir de então só
acumula experiências. E quando pensa que já sabe muito, está mais próximo da morte.
Tudo passa por um processo de nascimento, crescimento e amadurecimento. Até o
Senhor, ao criar o mundo, fez cada coisa ao Seu tempo (Gênesis 1.1—2.3). Isto não
significa que Ele seja limitado como os seres humanos. Significa que Ele segue uma
ordem, faz tudo com organização, planejamento e eficácia. Ele é minucioso; perfeito
nos mínimos detalhes.
Desde antes de nosso nascimento até o momento de nossa morte, Deus está realizando
os Seus propósitos, mesmo que nem sempre sejamos capazes de entendê-los. Contudo,
se conseguirmos perceber que há um tempo específico para cada coisa (Eclesiastes 3.18), vamos cooperar com o kairós de Deus, certos de que tudo o que vem do Senhor é
bom e acontece no seu devido tempo.
Não adianta querer, da noite para o dia, querer ser uma pessoa bem-sucedida
profissionalmente, sem antes estudar, fazer estágio, ganhar experiência e continuar
aprimorando seus conhecimentos. Somente após anos de empenho, dedicação e
investimento na sua carreira, uma pessoa obtém know how e alcança um patamar mais
elevado.
Não adianta querer acelerar certos processos. Se o fizermos, estaremos comprometendo
as bases, e o resultado pode ser desastroso. Há coisas que dependem apenas de nós e da
nossa maturidade. Dependem também do amadurecimento de outras pessoas e de outros
fatores. Logo, não adianta morrer de ansiedade por algo que ainda está por vir, porque,
como diz um ditado popular: "o futuro, a Deus pertence". Daí as recomendações
bíblicas:
Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que produzirá o dia.
Provérbios 27.1
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si
mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Mateus 6.34
Se você está em Cristo e é obediente à palavra de Deus, no tempo certo, aquilo que você
deseja e o Senhor lhe prometeu acontecerá. Faça a sua parte, e deixe o resto com Deus.
Somos limitados pelo espaço
O ser humano também está limitado ao espaço que ocupa. De acordo com uma lei da
física, dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Sendo assim,
uma pessoa não pode estar em dois lugares simultaneamente, resolvendo vários
assuntos, por mais que deseje. O único ser onipresente é Deus (Salmo 139.7-10).
Então, não adianta ela ficar ansiosa e estressada. É necessário estabelecer prioridades,
fazendo cada coisa ao seu tempo, de acordo com as suas reais possibilidades.
O apóstolo Paulo entendia isto perfeitamente. Após tornar-se apóstolo dos gentios, ele
desejou evangelizar na Ásia, mas o Espírito Santo o impediu. Quando chegou a Mísia,
intentou ir à Bitínia, mas o Senhor ordenou que ele fosse para a Macedônia. Paulo
obedeceu. Não podia estar nos dois lugares; então, acatou a prioridade estabelecida pelo
Senhor, e foi uma bênção (Atos 16.6-10).
Como Paulo, devemos ser obedientes a Deus, priorizar o que é mais importante e não
nos deixar levar pela ansiedade e a preocupação excessiva, porque isso só faz mal.
Somos limitados às circunstâncias
Também estamos limitados às circunstâncias desta vida, a qual é imprevisível. Num
determinado momento tudo pode parecer estar dando certo, caminhando rumo ao que
esperamos. Mas, de repente, podemos ser surpreendidos por uma tribulação ou uma
fatalidade que interfira em nossos planos. Pode ser desde um simples atraso, provocado
por um engarrafamento no trânsito ou um vôo cancelado, até a perda de um emprego ou
de alguém querido. Não importa! Somos limitados pelas circunstâncias da vida e
devemos aprender a lidar com isso de forma inteligente e saudável, a fim de que
ajustemos nosso planejamento, sem perder o ânimo e o foco.
Para não darmos lugar à ansiedade e ao desespero, e não fazermos besteira,
antecipando-nos aos fatos e prejudicando os resultados, precisamos lembrar-nos de que
Deus está no controle de tudo; a qualquer momento, Ele pode intervir fazendo com que
tudo concorra para o bem daqueles que o amam e foram chamados por Seu decreto.
Neste capítulo, vimos em que consiste a ansiedade e por que ficamos ansiosos. No
seguinte, veremos algumas medidas simples que podemos tomar, a fim de evitá-la e
viver em paz.
CAPÍTULO 2
COMO REJEITARA PREOCUPAÇÃO
E VIVER EM PAZ?
É possível viver em paz em meio à adversidade, o dia mau? Sim! t isso que vemos nas
Escrituras e na vida daqueles que são cristãos genuínos; daqueles que experimentaram a
paz de Deus, que excede lodo o entendimento humano. Essa paz não depende da
ausência de guerras e conflitos. Ela é gerada pelo Espírito Santo em nosso espírito
(Gálatas 5.22).
Antes de Jesus retornarão céu, Ele advertiu os discípulos de que no mundo eles teriam
aflições, mas deviam ter bom ânimo porque Aquele que venceu o pecado, o mundo e o
diabo estaria com eles até a consumação dos séculos (João 16.33; Mateus 28.20). Jesus
disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.
Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (João 14.27).
Foi essa paz gloriosa que Pedro vivenciou, mesmo quando foi preso por ordem de
Herodes, para depois ser julgado e morto. O episódio é narrado em Atos 12.
E interessante notar que, mesmo na prisão, acorrentado entre dois soldados e muito bem
guardado, Pedro dormia tranquilamente, pois tinha paz. Ele não estava desesperado com
a idéia de morrer por causa do evangelho. Ele acreditava no que pregava. Sabia que
Cristo era real e fiel para cumprir tudo o que lhe prometera.
Qualquer um que não tivesse tantas experiências com o Senhor poderia ficar
desesperado, blasfemar contra Deus e reclamar da própria sorte. Mas Pedro não o fez.
Ele sabia que, independente das circunstâncias, Deus estaria no controle e era com ele; o
que o apóstolo não sabia é que Deus já havia tomado providências para libertá-lo.
E você, como reage às adversidades? Fica ansioso e desesperado, ou confia sua
preocupação a Deus, certo de que Ele enviará o socorro de que necessita? Se quer
aprender a evitar a ansiedade, deve saber que há algumas medidas que não dependem de
Deus, mas de nós, tais como detectar o que costuma preocupar-nos, não inverter
prioridades, viver de acordo com a nossa capacidade e saber vivenciar cada momento.
Apurando a causa da preocupação
O salmista disse:
Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em
Deus, pois eu ainda o louvarei. Ele é o meu Deus e a salvação de minha face.
Salmo 42.11
Se você deseja mesmo rejeitar a preocupação e viver em paz, em primeiro lugar deve
perguntar a si mesmo por que está tão preocupado e o que está se passando com você.
Quando fizer uma análise introspectiva, poderá verificar se o motivo de suas
preocupações está ligado a coisas reais ou irreais, de pequeno ou de grande valor.
Conversando com nós mesmos, às vezes descobrimos que muitas coisas com as quais
nos preocupamos são devido a medos infundados, possibilidades irreais, que
superdimensionamos por causa de nossa insegurança ou ótica distorcida da realidade.
Então, precisamos voltar-nos para o Senhor e pedir que Ele corrija nossa visão.
Outras vezes, ficamos ansiosos, gastamos tempo e energia pensando em coisas triviais,
como a roupa que vamos vestir, o carro que vamos dirigir, onde vamos morar.
Eventualmente, essas preocupações nos sobrevêm. Mas não é normal viver ansioso com
isso, preocupar-se mais com os bens materiais do que com a própria vida. Isso é uma
inversão de valores. É trocar o essencial pelo secundário, o que vale mais por aquilo que
vale menos.
Jesus disse:
Não andeis ansiosos quanto à vossa vida pelo que haveis de comer e de beber, nem
quanto ao vosso corpo pelo que haveis de vestir. Olhai para as aves do céu, que não
semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não
tendes vós muito mais valor do que elas? E, quanto ao vestuário, porque andais
solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no
forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé? Não andeis, pois,
inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?
(Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe
que necessitais de todas essas coisas; mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua
justiça, e todas essas coisas [a comida, o vestuário, a moradia] vos serão
acrescentadas.
Mateus 6.25,26, 28,30-33
Se Deus tiver a primazia da nossa vida, Ele suprirá as nossas necessidades básicas. Ele
proverá um trabalho honesto, para ganharmos o pão de cada dia e assegurarmos uma
moradia, roupas etc. Não é necessário perder noites de sono por causa dessas coisas. E
necessário crer em Deus e fazer a nossa parte. Acordar cedo, e ir procurar emprego; e
quando estiver empregado, chegar ao trabalho no horário, realizar as atividades com
responsabilidade e disposição. O resto o Senhor acrescentará. E Ele o que te dá força
para adquirires riquezas (Deuteronômio 8.18 ARA)!
Vivendo de acordo com a nossa capacidade
Além de apurar a causa da sua ansiedade, se você quer rejeitar a preocupação e viver em
paz, deve aprender a viver de acordo com suas reais possibilidades.
Atente o que o apóstolo Paulo disse em Romanos 12.16: Não ambicioneis as coisas
altas, mas acomodai-vos às humildes. Alguém pode interpretar este versículo ao pé da
letra, e dizer: "pastor, então quer dizer que a gente não precisa ter objetivo de vida;
temos de ser um 'zé ninguém'?" Não! Não confunda humildade com desinteresse pela
vida.
O que o apóstolo disse foi o seguinte: "não ambicione coisas maiores do que a sua
capacidade; do que a sua estrutura física, psicológica, emocional, financeira. Você
precisa saber quem é você e aprender a viver de acordo com o que recebeu".
Esse conselho está em consonância com o que Jesus ensinou na parábola dos dez
talentos, em Mateus 25.14,15. Nelas, vemos que o Senhor distribuiu os talentos
conforme a capacidade de trabalho de cada empregado. Este foi o critério para uns
receberem mais responsabilidades do que outros.
Isso não quer dizer, de modo algum, que uma pessoa é menos importante do que outra.
Todos nós temos a nossa importância dentro da organização em que vivemos, mas
conhecer a nossa capacidade e aceitar as nossas limitações é a melhor coisa para
evitarmos preocupações extras e vivermos em paz.
O problema é que alguns acham que só porque receberam um talento não devem ser
produtivos. Então, enterram-no e vivem amargurados. Não se contentam com o que têm
e esquecem-se de que, se administrarem bem aquela responsabilidade, poderão receber
outras. Ou então, ignoram a sua realidade, e gastam mais do que podem. Resultado:
compram, e não pagam. Vivem atormentados pelas dívidas e pelos credores.
Hoje em dia, há tantas pessoas preocupadas, porque estão insistindo em viver um nível
de vida que não corresponde à sua realidade.
Algumas, para ter os bens de consumo que desejam, costumam fazer dívidas com cartão
de crédito, pagando taxas de juros altíssimas, que chegam a 14% ao mês. Assim, elas
amontoam dívidas e estouram o seu orçamento.
Outras se acostumaram com um nível de vida alto. Tinham um bom emprego,
ganhavam um salário de R$ 5.000,00 por mês. Mas, de repente, são demitidas e
começaram a trabalhar em outra empresa, ganhando R$ 1.500,00. Contudo, elas
insistem em continuar mantendo o mesmo padrão de vida anterior.
Isso é inviável! Como é que alguém pode continuar andando de carro, viajando todo fim
de semana, comendo fora todo dia, ganhando apenas R$ 1.500,00 por mês? O mínimo
que essa pessoa pode fazer é rever seu orçamento, priorizar as coisas essenciais e cortar
despesas. Caso contrário, terá sérios problemas financeiros e viverá preocupada e
ansiosa, podendo ficar hipertensa, ter um infarto, um AVC ou outros problemas de
saúde.
Para evitarmos preocupações e termos paz, devemos viver de acordo com a nossa
capacidade, dando um passo de cada vez rumo ao que sonhamos, estruturando-nos
primeiro e sujeitando-nos às orientações do Senhor para nós.
Dizendo não ao inconformismo crônico
Muitas dessas pessoas que se recusam a viver dentro de suas possibilidades tornam-se
inconformadas com sua realidade, amarguradas e mal-humoradas.
A pior coisa que existe é convivermos com gente que está sempre inconformada
consigo mesma, com a vida, a família, o trabalho. Tais pessoas costumam maldizer
tudo. São dominadas por baixa autoestima e complexo de inferioridade; são pessimistas.
Nada nunca está bom nem ficará. Nada as agrada. Estão sempre de mal com a vida e
com todos, e não percebem que acabam afastando as pessoas, tornando-se solitárias,
infelizes, ansiosas e frustradas.
O inconformismo em alguns casos é justificável. Quem gosta de ficar doente ou
desempregado, passar fome e não ter onde morar? Quem gosta de ser injustiçado e
caluniado? Ninguém! Nesses casos, o inconformismo deve ser usado pela pessoa para
reverter essas situações.
Contudo, existem pessoas que não têm nenhuma razão lógica para viver descontes, e
permanecem em estado de insatisfação constante. Elas podem ser bonitas, inteligentes,
ricas, famosas, mas não são felizes. Não conseguem ver-se como alguém realizado,
provavelmente porque não têm em si a maior riqueza que um ser humano pode
desfrutar: o Espírito Santo habitando nelas, dando-lhes paz e um sentido para a vida
delas.
Mas o que dizer das pessoas que afirmam ser cristãs e são "inconformadas cônicas"?
Como lidar com gente que, em vez de parar de reclamar e fazer algo para mudar a
situação que a aflige, prefere dar lugar ao escapismo.
Você já ouviu um desses cristãos dizendo: "Volta logo, Jesus! Arrebata a Igreja, porque
não agüento mais viver assim"? Com certeza, sim!
Eles não aceitam a vida como ela é: uma grande luta pela sobrevivência. Não atentam
para o fato de que, por mais difícil que uma situação seja, Deus está conosco, dando-nos
vitória sobre nos mesmos, o mundo e o diabo. Devido à sua baixa autoestima, eles não
conseguem amar e aceitar a si mesmos como são. Por isso têm dificuldade de lidar com
a graça de Deus e de amar o seu próximo. Vivem ansiosos por soluções miraculosas, e
não percebem que o Senhor também quer usá-los com poder, graça e autoridade, para
operar mudanças nas pessoas e no mundo em que vivemos.
A mudança deve começar em cada um de nós. Para isso, precisamos aceitar nossa
realidade e abrir o nosso coração para o novo de Deus, comemorando cada melhora,
cada vitória e conquista. Não sejamos, pois, inconformados! Sejamos realistas sim, mas
gratos ao Senhor por nossa vida, nossos dons, talentos, recursos; por nossa família,
nossos amigos; e por todas as chances que Ele nos tem dado de recomeçar a cada dia.
Assim, teremos paz e reais perspectivas de um futuro melhor aqui e na eternidade!
Aprendendo a vivenciar cada momento
Outra coisa importante a fazer para evitar problemas extras é aprendermos a vivenciar
cada momento da nossa vida.
Analisemos o que disse o apóstolo Paulo em Filipenses 4.11b-13:
Já aprendi a contentar-me com o que tenho. Em todas as coisas eu estou instruído. Eu
sei estar abatido e ter em abundância. Eu sei passar fome e ter fartura. Posso todas as
coisas naquele que me fortalece.
Nas entrelinhas, Paulo estava dizendo: "sei viver na fartura e na escassez; sei viver com
muito e com pouco; sei alegrar-me com os que se alegram e chorar com os que choram.
Em todas as coisas, dou glória a Deus, porque, em Cristo, posso todas as coisas. A graça
dele é suficiente para me dar paz, tranqüilidade, paciência, perseverança para cumprir
minha missão como cristão e ter a perspectiva de uma vida melhor aqui e na
eternidade".
Quando fez essa declaração em Filipenses, o apóstolo Paulo já tinha enfrentado muitos
momentos difíceis de fome, perseguição, apedrejamento, prisão, naufrágio e outros
infortúnios, como ele relatou em 2 Coríntios 11.24-28:
Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um; três vezes fui açoitado com
varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no
abismo; em viagens, muitas vezes; em perigos de rio, em perigos de salteadores, em
perigos minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no
deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga,
em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez. Além
das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.
Quem deseja ter uma vida saudável e plena, deve aprender a vivenciar suas emoções, no
dia bom e no dia mau. Deve alegrar-se pela saúde, fartura, felicidade e comemorar as
vitórias. Mas também deve aprender a lidar com a tristeza causada pela doença, pela
perda de um emprego ou de um ente querido, bem como confiar em Deus para sustentálo na adversidade e dar-lhe vitória. Só assim, conseguirá ter paz e não sucumbir diante
das preocupações pelos problemas.
No capítulo seguinte, vamos ver mais algumas medidas que podemos tomar para não
adoecermos com as preocupações.
CAPÍTULO 3
OUTRAS FORMAS DE EVITAR
PREOCUPAÇÕES EXTRAS
Além de detectarmos a causa das nossas preocupações, verificando o que é ou não é
infundado r (ornando as medidas necessárias para resolver os problemas; de vivermos
de acordo com a nossa rapacidade, sem tornar-nos inconformados crônicos; e de
sabermos vivenciar cada momento, para termos uma vida de paz, também é necessário
que não assumamos a vida de outra pessoa e que pensemos em coisas boas, sendo
otimistas em relação ao futuro e ao que Deus pode fazer por nós. Vejamos, pois, cada
uma dessas medidas.
Não assumindo a vida de outra pessoa
Há várias formas de assumir a vida dos outros: vivendo em função de alguém ou
assumindo responsabilidade pelo que o outro escolhe ser ou fazer. Isto inclui assumir
dívidas materiais e morais.
Contudo, se você quer rejeitar a preocupação e viver em paz, então aqui vai mais uma
dica: não assuma a vida de outrem.
Em Mateus 16.24, lemos que cada um deve tomar a sua cruz. E, em Romanos 14.12, é
enfatizado que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Por que isso? Porque
ninguém tem estrutura emocional, física, psicológica e mental suficiente para viver em
função de outrem ou assumir, além das suas, as responsabilidades alheias por muito
tempo.
Assumir a vida dos outros é um assunto muito sério. Existem pessoas que estão doentes
física e mentalmente, porque quebraram este princípio bíblico. E o pior é que percebem
que há algo errado, e não fazem nada para mudar o quadro. Vejamos alguns exemplos.
Certos pais não cumprem sua responsabilidade de provedores e educadores, obrigando
um dos filhos ou terceiros a fazê-lo. Isso gera problemas para toda família. Há crise de
papéis e de autoridade. Um filho não tem estrutura emocional para assumir a criação
dos irmãos com idade próxima a dele nem de tornar-se pai de seus pais. A Palavra de
Deus é bem clara: Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os
filhos (2 Coríntios 12.14).
Esse entesourar não é só no aspecto material; é também no sentido emocional e
espiritual.
Outros pais são superprotetores e simbióticos. Nunca permitem que os filhos
amadureçam e assumam suas responsabilidades, tornando-se adultos emocionalmente.
Continuam a lidar com os filhos grandes da mesma forma que faziam como quando
eram pequenos. Tomam as decisões e fazem todas as escolhas por eles. Querem
escolher até a profissão e a pessoa com quem os filhos devem casar. Assim, estes não
amadurecem nunca e ficam dependentes emocionalmente dos pais. Quando casam, não
conseguem deixar emocionalmente pai e mãe; só geograficamente. E coitado de quem
se casar com alguém mimado e dependente emocionalmente dos pais! Vai levar a sogra
junto, e terá de cuidar de um "filho" em vez de ter um cônjuge.
Além disso, pais que vivem só em função de um filho normalmente têm sérios
problemas no relacionamento conjugal. É por isso que existem tantos casamentos em
crise: simplesmente porque alguns cônjuges não observam um princípio bíblico
importante: o de que a prioridade do marido é a mulher, e a prioridade da mulher é o
marido. Eles permitem que o filho seja prioridade para sempre e acabam destruindo a
relação conjugal.
Se a prioridade de uma mulher é continuar a superproteger o seu "menininho" de mais
de 20 anos, pode estar certa de que isto causará muitas brigas e desentendimentos em
casa, pois o marido se sentirá rejeitado e sobrecarregado por ter de sustentar a vida toda
o bebezão que não trabalha e quer ditar as regras no lar, manipulando os pais a seu bel
prazer. Então começam as brigas do casal. O esposo fica endividado e nervoso, porque
todos os dias ele é coagido pela mulher a bancar o filho malandro e trapaceiro, a
assumir as dívidas que este fez sem consultar os pais.
Obviamente, não estou falando que os pais podem negligenciar os cuidados a uma
criança pequena ou a um bebê. Só um homem cruel ou louco não entenderia que nessa
fase o filho depende da mãe. Que homem em sã consciência diria à esposa que
amamenta o filho: "Você está amamentando demais este garoto".
Um homem que falasse assim só poderia estar sofrendo algum distúrbio mental, pois
qualquer pessoa, em seu senso normal, entende que nessa fase, a criança precisa receber
atenção e cuidados especiais normalmente até completar cinco ou seis anos de idade.
Contudo, se depois de grande, os pais continuam a superproteger um filho até os 30
anos, o casamento poderá explodir.
Quem ama cuida, é claro! E, em doses normais, cuidado não traz prejuízo. Porém, o
exagero pode resultar mais malefícios do que benefícios. Assim, a superproteção e a
dependência afetiva não prejudicam apenas a vida do casal. Comprometem o
desenvolvimento e o futuro dos filhos. Afinal, quem cresce sempre esperando que
alguém resolva suas questões não desenvolve sua capacidade de pensar em soluções
criativas, para lidar com imprevistos.
Contudo, é tênue a linha que separa a proteção da superproteção, pois qual o pai e a mãe
que não deseja o melhor para o seu filho e faz o possível para que este tenha um futuro
melhor do que o deles?
Só quem é pai ou mãe sabe o drama de educar o filho em um mundo cada vez mais
violento, onde crianças, jovens e adultos estão sempre expostos a perigos. Nessa
conjuntura, é normal os pais quererem proteger os filhos e cercear certas liberdades.
Mas os pais precisam tomar muito cuidado para não usarem a violência como desculpa
para que os filhos não assumam responsabilidades para as quais estão prontos. Até
porque a melhor proteção que um pai pode oferecer é ensinar o filho a fazer as suas
próprias escolhas e a assumir suas responsabilidades, conforme a idade e o
desenvolvimento deste.
Em suma, quando há um relacionamento saudável entre o casal, os pais e os filhos, há
paz e harmonia no lar, e menos motivos para preocupações.
Pensando em coisas boas
Além de não assumir a vida dos outros, se você quer rejeitar a preocupação e viver em
paz, guarde mais este segredo: pense em coisas boas.
Muitas pessoas só pensam em desastres, desgraças e derrotas. Imaginam que, se saírem
na rua, serão assaltadas por bandidos armados, que lhe dirão: "Já era, perdeu!" Elas não
falam de outro assunto, a não ser de violência. Dizem: "Meu Deus do céu! Não
podemos mais viver sossegados devido a tantos assaltos, seqüestros, estupros que estão
acontecendo por aí! O que é isto?"
Elas andam pelas ruas amedrontadas, desconfiando de todos, dos motoqueiros que
param ao lado do seu carro nos sinais de trânsito, dos entregadores de pizza, dos
flanelinhas. E, se alguém bate no vidro do seu carro, entram em pânico, achando que é
um bandido. Vivem em constante estado de ansiedade e medo, e não conseguem relaxar
nem em casa, porque o pensamento delas está envenenado pelo pessimismo e o medo de
que algo terrível lhes aconteça subitamente. Assim, até quando dormem, têm pesadelos,
porque só pensam em coisas ruins. Acordam cansadas. Tornam-se ansiosas, medrosas,
irritadiças e com baixa produtividade.
Algumas pessoas são tão pessimistas que costumam falar negativamente até em suas
orações. Dizem: "Meu Deus, isto não vai dar certo. Acho que não vou conseguir. O
Senhor não vai fazer o milagre que eu preciso, né?!"É não para cá, não para lá. Como
querem que o Senhor aja em seu favor' se nem elas acreditam que Ele o fará?
Em que você tem pensado? O que é que tem dominado a sua mente? Sabia que
pensamentos podem ser substituídos, mas não deletados? Por isso o apóstolo Paulo
disse:
Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus.
Romanos 12.2
Portanto, seja ressuscitastes com Cristo [...] Pensai nas coisas que são de cima...
Colossenses 3.1,2
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que ê honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma
virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4.8
O campo da batalha espiritual é a nossa mente, pois ela é que controla o nosso ser,
comandando as nossas vontades, os nossos pensamentos e os nossos sentimentos. Antes
de tomarmos qualquer decisão, primeiro nós pensamos no que vamos fazer. Em uma
fração de segundos, o processo mental determina as nossas escolhas, ações e atitudes.
Preencha a sua mente com bons pensamentos. Lembre-se dos bons momentos que lhe
trouxeram felicidade, pense nas promessas de Deus para a sua vida, analise as verdades
bíblicas.
Ame e leia a Palavra. Leia a Bíblia diariamente! Ore, volte o seu pensamento para
Cristo. Pense sobre qual é a vontade do Senhor para a sua vida. Reflita sobre os
ensinamentos bíblicos. Alimente sua mente com a Palavra de Deus. Se o fizer, terá
sabedoria, discernimento, fé e muitos outros benefícios.
Se você deseja enfrentar a adversidade e sair vitorioso deste problema, precisa acreditar
que ele tem solução. Se não crer que a tribulação terá fim, sua derrota acontecerá com
certeza.
Creia que existe cura para esta enfermidade; libertação desse cativeiro; solução para o
seu problema. Se você não acreditar que essa questão que o aflige pode ser resolvida,
sairá fracassado. Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena
(Provérbios 24.10).
Se a situação estiver muito complicada e você entregar os pontos, suas forças serão
poucas para lutar e para tentar resolver o problema. Então, quando pensar em desistir,
reanime-se lembrado que, para Deus, nada é impossível (Mateus 19.26).
Tome essas medidas. Rejeite a preocupação e viva em paz!
CAPÍTULO 4
LANÇANDO SOBRE CRISTO
A ANSIEDADE
Se a essa altura, você sabe as medidas que deve tomar para evitar futuras preocupações,
mas ainda não conseguiu lidar com a ansiedade devido aos problemas e às lutas que está
enfrentando neste momento; se está aí dizendo: "pastor, por favor, diga-me como
poderei rejeitar a preocupação e viver em paz, pois as minhas preocupações já
ultrapassaram o limite da normalidade, e estão prejudicando a minha saúde e os meus
relacionamentos!", tenho um conselho bíblico para você. Está em 1 Pedro 5.6,7:
Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte,
lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
Quando Pedro escreveu essa carta, os cristãos estavam enfrentando uma perseguição
terrível por parte dos judeus e do Império Romano. Muitos estavam sendo martirizados
por causa de sua fé em Cristo. O apóstolo animou os irmãos a perseverarem, pois Deus
estava vendo tudo, tinha o controle da situação em Suas potentes mãos, e cuidaria de
cada crente em particular. Assim, eles deviam aprender a lançar suas preocupações
sobre o Senhor.
O verbo traduzido como lançando, no texto originai grego está no particípio aoristo, que
dá a idéia de uma ação completa. Significa que todas as nossas pesadas cargas deviam
ser totalmente lançadas sobre Cristo, porque Ele é todo-poderoso, misericordioso e dá
conta delas, trazendo-nos o alívio e a solução de que precisamos.
Lançar sobre Jesus as nossas ansiedades não é fazer como muitos, que lançam apenas
parte dos seus problemas para Deus e, "só por precaução", seguram a pontinha, para
tentar ajudar Jeová. Lançara ansiedade sobre o Senhor é confiar a Ele tudo quanto nos
está incomodando, crendo que Ele nos ama e importa-se conosco. É crer na Sua
providência, no Seu poder e cuidado para nos preservar com vida e saúde, prover as
nossas necessidades e dirigir-nos de acordo com os Seus propósitos eternos e a Sua boa,
perfeita e agradável vontade.
Lançar sobre Cristo a nossa ansiedade implica rejeitar o excesso de preocupações e
descansar tranquilamente à sombra do Altíssimo, certo de que Ele agirá a nosso favor.
Se você quer rejeitar a preocupação e viver em paz, faça a sua parte e aprenda a lançar
sobre Jesus os seus cuidados e ansiedades, porque como lembrou Pedro, ele tem
cuidado de nós.
Em Mateus 11.28-30, Jesus fez uma importante convocação:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre
vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e
encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é
leve.
O Senhor quer aliviar o nosso fardo. Que dar-nos paz e alegria. Então, como lançar a
ansiedade sobre Ele? Por meio da oração e da fé em Cristo Jesus. E isto que veremos a
seguir.
Lançando os nossos cuidados sobre o Senhor pela oração
Se você quer rejeitar a preocupação e viver em paz, precisa orar, falar com Deus, expor
para Ele tudo o que está incomodando e afligindo você. Não adianta dizer: "Senhor, tu
sabes!" É claro que Ele sabe, mas espera ouvir de sua boca tudo quanto você está
sentindo. Deseja ouvi-lo dizer: "Senhor, está acontecendo assim, assim e assim. Tenho
agido dessa forma. Mas não sei como vou lidar com isto e resolver a questão. Ajudame. Direciona-me e intervenha a meu favor".
Além de Deus ser o único com poder e sabedoria para dar uma solução eficaz para o
nosso problema, devemos orar, falar com Ele, porque isso também tem um aspecto
terapêutico. Quando verbalizamos o que sentimos, compartilhando com alguém a nossa
dor e visão sobre os fatos, desabafamos e temos a possibilidade de ouvir o outro e
enxergar melhor a situação como um todo. Ao falarmos, as emoções são identificadas e
extravasadas, em vez de ficarem "enlatadas", e a ansiedade é dispersa.
Paulo exortou os irmãos em Filipos, que passavam por dificuldades:
Não andeis inquietos por coisa alguma. Antes as vossas petições sejam em tudo
conhecidas diante de Deus pelas orações e súplicas com ações de graças.
Filipenses 4.6
Observamos nesse texto três formas distintas de orações: as petições, as súplicas e as
ações de graças.
Juridicamente, petições são requerimentos; pedidos formais a uma autoridade superior
(um juiz, um tribunal, um rei). Súplicas são orações, com rogos e humildade, dirigidas a
alguém que está investido de poder e autoridade e pode ajudar-nos. E as ações de graças
são agradecimentos que o suplicante oferece àquele que o ajudou.
Não tenha vergonha de orar, suplicando a Deus pela solução de seu problema, pois Ele
pode revelar a você a saída pela oração. Abra o coração para o Senhor. Ele não está com
os seus ouvidos agravados nem com as Suas mãos encolhidas, que não possa salvar!
Antes, o Senhor tem prazer na oração dos Seus servos. Ele atende a oração do justo!
O salmista sabia disso. Ele orava ao Senhor sempre. Dizia: Na tua presença, Senhor,
estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta (Salmos 38.9 ARA).
Ele estava muito aflito, doente, sendo perseguido por inimigos cruéis. Então,
constantemente orava, contando tudo a Deus, e obtinha a paz, o alívio e o socorro no
tempo oportuno.
Fazendo petições e súplicas a Deus
Charles Spurgeon, um grande pregador inglês do século 19, disse: "Rogue pela oração;
ore até que consiga orar; ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque
não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não puder, é que
realmente você estará fazendo as melhores orações".
Derrame as suas lágrimas na presença do Senhor. Conte a Ele o que lhe aflige!
Apresente os desejos de seu coração, orando com inteligência, consciente do que está
pedindo, e crendo que Deus lhe responderá.
O que o tem incomodado? É a conversão de sua família? A rebeldia de um filho? O
distanciamento do seu cônjuge? A falta de emprego ou um salário que não atende às
suas necessidades básicas? E o fato de o tempo estar passando, e você ainda não ter
achado a pessoa ideal para se casar?
Fale com Deus! Diga: "Senhor, salva minha família!"; "Deus, liberte o meu filho das
drogas"; "Pai, preciso de uma esposa, que seja minha companheira, amiga, honesta e
amorosa. Uma moça bonita e íntegra. Ajuda-me a encontrá-la"; "Senhor, eu já tenho
mais de 30 anos e ainda não encontrei um homem para ser meu marido. Eu não quero
continuar sozinha por toda a minha vida. Preciso de um homem cristão, fiel a ti e a
mim, que me ame, responsável, trabalhador com quem eu possa constituir uma família".
Isto é suplicar, fazer petições a Deus!
Jesus ensinou aos discípulos sobre onde e como orar. Está em Mateus 6. Ele disse que
não deveríamos orar para sermos reconhecidos como espirituais pelos outros nem fazer
vãs repetições, porque Deus sabe do que necessitamos antes de lhe pedirmos. Jesus
ensinou que a oração deve ser um momento de comunhão com o Pai; o que assinala um
relacionamento de amizade íntima; daí Ele ter aconselhado: Mas tu, quando orares,
entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e
teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará (Mateus 6.6).
Ao longo de Seu ministério terreno, Jesus também ensinou que Seus discípulos
deveriam orar e fazer petições em Seu nome ao Pai:
E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho.
João 14.13
Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e
deis fruto, e o vosso fruto permaneça, afim de que tudo quanto em meu nome pedirdes
ao Pai ele vos conceda.
João 15.16
E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo
quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
João 16.23
O nome de Jesus é poderoso, porque o Senhor recebeu todo poder no céu e na terra.
Quando você orar ao Pai pedindo em nome de Jesus, segundo a vontade de Deus e o
propósito dele para sua vida e a vida dessas pessoas que você tem apresentado ao
Senhor, Ele o atenderá.
A oração com ação de graças
Revele os segredos guardados em seu coração que só você e Deus sabem! Fale o que é
que o incomoda e perturba. Suplique e rogue ao Pai pela solução. Contudo, ao fazer
suas petições, não se esqueça de reconhecer e agradecer por aquilo que Ele já tem feito.
Nós vemos esse ensinamento ao longo da Bíblia, mais especificamente no Novo
Testamento.
Ao orar, Jesus dizia: Graças te dou, ó Pai (Mateus 11.25). Ele dava graças pelo alimento
(Mateus 15.36; 26.27); pela revelação especial do Espírito Santo aos pequeninos (Lucas
10.21); pelos milagres tremendos que realizava (João 11.41); por tudo o que era, tinha e
fazia como Filho de Deus nesta terra.
Paulo, seguindo o modelo do Mestre, dava graças a Deus pelo dom inefável do Espírito
(2 Coríntios 9.15), pela conversão e contribuição dos irmãos (Efésios 1.16; Colossenses
1.3,12), por seu ministério (1 Timóteo 1.12). O apóstolo exortou a Igreja:
Perseverai em oração, velando nela com ação de graças.
Colossenses 4.2
Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
1 Tessalonicenses 5.18
E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos
corações; e sede agradecidos.
Colossenses 3.15
Você já orou hoje, dizendo: "Senhor, eu te agradeço por mais esse dia, porque me deste
vida e salvação"? Já declarou: "Pai todo-poderoso, reconheço a ti como o único Deus e
que tu estás no controle de todas as coisas e trará a solução para todas as dificuldades e
lutas que tenho enfrentado"?
Reserve um espaço em suas orações para render graças a Deus pelo favor dele para com
você! Agradeça a Ele pelo privilégio de conhecê-lo e de poder louvá-lo, bendizê-lo e
torná-lo conhecido de outros! Agradeça por sua vida, sua família, por sua igreja e
especialmente pela presença do Espírito Santo em sua vida! Agradeça porque o Senhor
tem cuidado de você!
Não seja o tipo de pessoa pessimista e mal agradecida, que costuma reclamar de tudo.
Em vez disso, reconheça a bênção de Deus em sua vida e seja grato. Você está
respirando sem a ajuda de um balão de oxigênio? Anda, fala e enxerga normalmente?
Possui um ofício, uma família, amigos? Dê graças a Deus!
Nada merecíamos, a não ser a morte naquela cruz no Calvário. No entanto, Deus enviou
o Seu único Filho para morrer por nós, em nosso lugar, a fim de perdoar-nos e dar-nos
uma nova chance de recomeçarmos uma nova vida de amor e santidade. Estávamos
destinados ao inferno, mas Deus nos resgatou para o céu! O que temos para reclamar?
Tudo o que somos, temos e fazemos é pelo favor imerecido do nosso Criador e
Redentor! É pela graça!
Sendo assim, ao orarmos, não nos esqueçamos de agradecer-lhe, reconhecendo todos os
benefícios que o Senhor nos tem concedido e nos concederá se nos mantivermos no
caminho do amor, da paz, do perdão que Ele nos concedeu!
Crendo em Deus
Além de orarmos, lançando sobre Jesus toda a nossa ansiedade, se quisermos realmente
rejeitar a preocupação e viver em paz, então devemos crer que Ele nos ouviu e está
agindo a nosso favor.
Não devemos permitir que a ansiedade diminua a nossa confiança em Deus, levandonos a ficar tão desanimados e desesperançosos com a vida, que percamos as forças a
ponto de nem mesmo clamar pelo socorro de Deus e enfraquecer na fé.
A fé é uma mola que nos lança para frente, rumo àquilo que o Senhor tem para nós. É o
firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem
(Hebreus 11.1). Orar sem crer que o Senhor virá em nosso socorro de nada adiantará.
Crer é o primeiro passo para irmos a Ele, sermos aliviados e recebermos o milagre de
que tanto carecemos. É isso que é dito em Hebreus 11.6: Sem fé é impossível agradarlhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é
galardoador dos que o buscam.
Jesus foi bem claro, quando disse ao pai de um jovem endemoninhado: Se tu creres,
tudo é possível ao que crer (Marcos 9.23). Os discípulos não tinham conseguido
expulsar os demônios que lançavam o menino no fogo e na água, para matá-lo. Jesus
detectou a causa do insucesso: a incredulidade.
Deus jamais poderá trabalhar em nosso favor e conceder-nos vitórias se primeiro não
removermos a pedra de nossa incredulidade; se não abrirmos a porta de nosso coração e
entregarmos os nossos cuidados a Cristo, rejeitando a preocupação.
No Salmo 37.5, está escrito: Entrega o teu caminho ao Senhor. Confia nele, e o mais ele
fará. Creia no Deus que você serve, pois Ele tem poder para resolver qualquer
problema, conceder-lhe vitória, abrir portas e mudar as circunstâncias, a sua situação e a
sua história!
Não fique tentando imaginar como Deus virá socorrê-lo nem preocupado se o caminho
está fechado à direita, à esquerda, atrás e à frente. Do alto virá o socorro! Em vez de
preocupar-se, cante louvores ao Senhor, como sugere o autor do Salmo 68.4: Cantai a
Deus, cantai louvores ao seu nome; exultai aquele que vem sobre os céus, pois o seu
nome é Já! Exultai diante dele.
O nome de Deus é Já. Isto quer dizer que Ele é Todo-poderoso e pode operar um
milagre agora a seu favor. Enquanto você lê este livro, trabalha ou cultua ao Senhor na
igreja, algo maravilhoso pôde estar acontecendo em você, em sua família. A resposta
que você tanto precisa pode chegar à sua casa ainda hoje.
O nome do nosso Deus é/á! O Senhor a quem servimos é onisciente, onipresente e
onipotente. E cheio de glória, majestade e poder! Creia que Ele está presente em sua
vida e trabalha a favor de todos aqueles que nele esperam! Creia que Ele opera e age a
seu favor, e viva em paz, em nome de Jesus!
Lance sobre o Senhor tudo quanto o perturba e tem atribulado a sua alma. Creia que
você terá um sono de paz nesta noite, porque Deus está passando um bálsamo em seu
coração ferido, promovendo o equilíbrio emocional e a tranqüilidade em sua mente.
Alegre-se na presença desse Deus, que é o nosso Pastor. Ele nos faz deitar em pastos
verdejantes, guia-nos a águas tranqüilas e não permite que nada nos falte.
Jesus é o Príncipe da paz
Se Jesus ainda não é o seu Sumo Pastor, você tem razão de estar preocupado, porque
sua filosofia de vida, sua religião, seus amigos importantes, o padre, o pastor, o guru,
nada nem ninguém, além de Deus, por intermédio de Cristo, pode perdoar os seus
pecados, salvá-lo das garras do diabo, dar-lhe paz e uma vida abundante.
Jesus é o Príncipe da paz (Isaías 9.6). É também o Cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo (João 1.29). É Aquele que verdadeiramente tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si (Isaías 53.4a). Jesus é o único caminho de
volta a Deus. Ninguém vai ao Pai a não ser por intermédio dele (João 14.6). Então, se
você quer ter uma vida de paz, se não deseja mais sucumbir ante as preocupações e
pressões deste mundo que jaz no maligno, que quer derrotar você, entregue sua vida a
Jesus. Confesse-o publicamente como o seu único e suficiente Salvador, pois a Bíblia
diz em Romanos 10.9 que, se com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu
coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Aquele que confessa Jesus diante dos homens, também é confirmado por Ele diante do
Pai, que está nos céus (Mateus 10.32). Mas há um detalhe: declare com a sua boca, mas
também por meio de suas atitudes que você de fato quer pertencer a Cristo. Faça um
voto de ser fiel a Deus em qualquer circunstância.
Se você conhece a verdade, mas está vivendo em pecado e deseja voltar para Jesus, este
é o momento oportuno. Não precisa ter medo ou vergonha ou ficar preocupado.
Humilhe-se aos pés do Senhor, e receba a bênção da salvação.
Jesus o está chamando. Ele pode mudar a sua história a partir de hoje. Ouça Deus
falando ao seu coração por meio deste livro. Dê atenção à voz do Espírito Santo,
dizendo que este é o seu dia, a sua oportunidade de mudar de vida, de ser transformado
pelo poder do evangelho. Este é o dia que Deus fez para que você tenha uma vida
alegre, satisfeita, vitoriosa e emocionalmente equilibrada. Aceite o convite e volte para
Cristo.
Ore comigo:
"Senhor, neste dia, eu ouvi a tua voz, que me convenceu do pecado, da justiça e do
juízo. Entendi que Jesus é o único Salvador e Senhor, que devo entregar-me a Ele e
confiar-lhe todas as minhas preocupações, para receber dele o perdão, a paz e a
transformação de vida de que necessito para ser uma pessoa alegre e verdadeiramente
feliz. Escreva meu nome no livro da vida e repreenda as obras do diabo na minha vida.
Quebra todo pacto que consciente ou inconscientemente eu tenha feito com o inimigo
no passado. Tira todo fardo do pecado e da culpa de sobre mim. Dá-me paz e a alegria
da salvação. Ensina-me a lançar sobre ti os meus cuidados e a minha ansiedade, crendo
no teu milagre em mim e por intermédio de mim! Em nome de Jesus, amém!"
Se você fez essa oração, creia que o Senhor o ouviu. Tome posse do perdão de Deus e
das bênçãos que Ele dará a você por intermédio de Cristo! Tome posse da salvação e de
uma nova vida, que começa a partir de hoje, de agora! Ponha em prática os
ensinamentos que recebeu neste livro. Leia a Palavra do Senhor. Obedeça-lhe! Rejeite
as preocupações e viva em paz; desfrute de uma vida alegre e abundante. Você verá o
cumprimento das promessas de Deus e se alegrará, levando muitos a ter um encontro
com Cristo.
Deus o abençoe!
Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem
entre vós e para com todos. Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai
graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não apagueis
o Espírito. Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom.;
abstende-vos de toda forma de mal. O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o
vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo.
1 Tessalonicenses 5.15-23
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Rejeite a preocupação e viva em paz