OPINIÃO USO DA CULTURA DE CÉLULAS EM TESTES DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS EM MEDICINA E BIOLOGIA The use of cell culture in laboratory diagnostic tests in medicine and biology Maria de Fátima Lima de Assis1, Elizabeth Conceição de Oliveira Santos 2, Iracina Maura de Jesus 3, Maria Izabel de Jesus 3, Walber Victor de Moraes Pinto4, Renato Lopes Fernandes Medeiros 4, Dorotéa de Fátima Lobato da Silva 5 RESUMO A cultura de células, iniciada nos primórdios do século XIX, vem sendo cada vez mais adaptada à manutenção do metabolismo fundamental celular in vitro, permitindo o desenvolvimento da maioria das funções fisiológicas básicas inerentes a uma célula e ao conjunto delas (tecido). A permanência da informação genética trazida do organismo que lhe deu origem, faz com que as células em cultura correspondam a um modelo biológico “vivo” para um número cada vez maior de testes laboratoriais aplicados aos campos da Medicina e da Biologia. O advento da Biologia Molecular e o esclarecimento do papel das células-tronco no desenvolvimento do organismo tornaram a cultura de células uma ferramenta fundamental na elucidação e solução de problemas, visando a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, como, também, o aprimoramento da manutenção de espécies animais e vegetais. Este trabalho tem o objetivo de mostrar a importância do uso das culturas de células, chamando a atenção para a biodiversidade intra e inter-específica, observada principalmente na região Amazônica, como também para a adaptabilidade das células in vitro. PALAVRAS-CHAVE Técnicas de cultura celular, técnicas de cultura de tecidos, bancos de tecidos ABSTRACT Cell culture techniques, initiated in the early XIX century, evolved to increasingly being able to maintain the basic cell metabolism in vitro, allowing the development of most inherent basic cell and tissue physiological functions. The maintenance of the organism genetic information, makes cells culture to correspond to an “alive” biological 1 Citogeneticista. Consultora da UNESCO/IEC/SVS/MS. End. Rua Veiga Cabral nº 618, Cidade Velha, Belém - PA - CEP: 66023-630. E-mail: [email protected] 2 Virologista. Diretora do Instituto Evandro Chagas/SVS/MS. 3 Especialista em Vigilância e Saúde Ambiental. Instituto Evandro Chagas/SVS/MS. 4 Mestre em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários. Consultor da UNESCO/IEC/SVS/MS. 5 Mestre em Genética Molecular. Consultora da UNESCO/IEC/SVS/MS. C A D . S A Ú D E C O L E T ., R I O DE J A N E I R O , 15 (3): 425 - 432, 2002 – 425 MARIA DE FÁTIMA LIMA DE ASSIS, ELIZABETH CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SANTOS, IRACINA MAURA JESUS, MARIA IZABEL DE JESUS, WALBER VICTOR DE MORAES PINTO, RENATO LOPES FERNANDES MEDEIROS, DOROTÉA DE FÁTIMA LOBATO DA SILVA DE model for a increasingly number of laboratorial tests, applied to the fields of Medicine and Biology. The advent of Molecular Biology and the clarification of the role of stem cells in the development of the organism, had promoted the use of cell culture as a basic tool for the elucidation solution of problems aiming at improving the quality of life of the individuals as well as, the maintenance of vegetables and animal species. The objective of this work is to show the importance of the use of cell cultures, calling attention to the biodiversity intra and inter-species observed in the Amazon region, as well as for the adaptability of the cells in vitro. KEY WORDS Cell culture techniques; tissue culture techniques; tissue banks 1. UM POUCO DE HISTÓRIA O desenvolvimento de monocamadas celulares a partir de pequenas amostras de tecidos humanos, de animais e de plantas teve início no século XIX, com aplicação nos campos experimentais da Bioquímica e da Microbiologia. Os primeiros estudos, no início de 1800, foram voltados para definições e hipóteses sobre a origem e a forma da célula. Em 1878, Claude Bernard destacou a importância do meio ambiente interno na regulação das atividades dos tecidos vivos. Em sua concepção, o ambiente não é somente o produto do metabolismo do tecido, mas a atuação deste produto no próprio tecido, regulando suas atividades. Nesta linha, Friedrich Daniel Von Recklinghausen, em 1866, manteve células sangüíneas de anfíbio em recipientes estéreis, sob uma variedade de condições, por volta de 35 dias, na tentativa de esclarecer o quanto o meio ambiente é afetado pela célula ou a célula é afetada pelo meio ambiente. O primeiro experimento com cultura de tecido organizado foi feito por Wilhelm Roux, em 1885, quando transferiu a placa neural de um embrião de galinha para uma solução salina aquecida, provando que o fechamento do tubo neural é uma função primária de seu constituinte celular e não um efeito mecânico direto por pressão exercida pelas estruturas adjacentes, como se supunha anteriormente. Dois anos depois, em 1887, J. Arnold cultivou leucócitos, implantando sob a pele e na cavidade abdominal de um sapo fragmentos da parte central de uma planta umedecidos com humor aquoso do mesmo tipo de animal, os quais foram invadidos por leucócitos. Em seguida, os fragmentos foram transferidos para discos contendo humor aquoso ou solução salina, tendo sido possível a observação dos leucócitos durante alguns dias. Esse experimento foi o início dos estudos de mitose e a prova de que as células podiam sobreviver fora de um corpo animal. Em 1898, C. A. Ljunggren manteve, durante algumas semanas, fragmentos de pele humana em líquido ascítico. Em 1903, J. Jolly completou estudos mais detalhados sobre sobrevivência celular e divisão de leucócitos fora do organismo original. 426 – C A D . S A Ú D E C O L E T ., R I O DE J A N E I R O , 15 (3): 425 - 432, 2007 USO DA CULTURA DE CÉLULAS EM TESTES DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS EM MEDICINA E BIOLOGIA Ross G. Harrison, em 1907, cultivando em linfa de anfíbio adulto fragmentos de medula espinhal de girino, demonstrou visualmente a origem da fibra de tecido nervoso, ao transplantar os fragmentos para outros locais do corpo do embrião, mostrando que na parede da fibra sempre se desenvolvia tecido vivo e organizado, e que essas células estavam relacionadas à formação do axon. Sua técnica de observação foi com a gota do material em lamínula, recobrindo uma lâmina escavada. Com este trabalho, Harrison foi reconhecido como o inventor da cultura de tecidos, evidenciando a grande utilidade da cultura para o estudo de elementos estruturais de organismos superiores, ao mesmo tempo que instituiu o método de gota pendente, para análise. Em 1910, M. T. Burrows introduziu o uso da técnica de plasma clot. Nesta época, com o prosseguimento das técnicas modernas de cultivo iniciadas por Harrison, em 1907, a cultura de tecidos enfrentou o problema da contaminação bacteriana. Alexis Carrel, em 1912, levou para o laboratório de cultura as técnicas de assepsia utilizadas em salas de cirurgia. Carrel trabalhou durante 30 anos com subcultura de fibroblastos de pinto sem nenhum incidente de contaminação, postulando que células animais podem ser cultivadas in vitro com sucesso. Em 1928, H. B. Maitland desenvolveu pela primeira vez um método de tecido em cultura voltado principalmente para cultura de vírus. Por volta de 1934, A. Carrel e G. O. Gey cultivaram fragmentos de tecidos em garrafas e tubos. O advento dos antibióticos em 1940 ajudou consideravelmente na simplificação de várias técnicas de cultura de células, em decorrência do controle da contaminação microbiológica, sendo de grande valia em técnicas com utilização de vírus. Com P. R. White em 1946, teve início o crescimento de tecido animal em meio sintético, com composição conhecida (revisão em Parker, 1961; Wasley & May, 1970). Esse novo avanço no cultivo de células permitiu a formulação de uma variedade de meios de cultura, acrescidos de substâncias responsáveis pelo melhor desenvolvimento celular in vitro, possibilitando, deste modo, o cultivo de células da maioria dos tecidos e órgãos, tanto de animal quanto de vegetal, que atualmente são mantidas vivas em condição permanente, à temperatura baixíssima de -170 ºC, em nitrogênio líquido 2. A CULTURA DE TECIDOS COMO MODELO EXPERIMENTAL BIOLÓGICO (IN VITRO) EM TESTES E DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS A descoberta da estrutura do DNA por Watson e Crick, em 1953, como um polímero “gigante” que contém as instruções – o código genético – responsáveis pela formação de um organismo, revolucionou o estudo da Biologia, definindo a célula como uma unidade complexa, capaz de armazenar toda a informação necessária para o desenvolvimento biológico de um ser vivo, C A D . S A Ú D E C O L E T ., R I O DE J A N E I R O , 15 (3): 425 - 432, 2007 – 427 MARIA DE FÁTIMA LIMA DE ASSIS, ELIZABETH CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SANTOS, IRACINA MAURA JESUS, MARIA IZABEL DE JESUS, WALBER VICTOR DE MORAES PINTO, RENATO LOPES FERNANDES MEDEIROS, DOROTÉA DE FÁTIMA LOBATO DA SILVA DE tanto animal quanto vegetal. O fato de termos exemplares de células isoladas ou organizadas em mono ou múltiplas camadas, desenvolvendo-se fora de seu habitat natural (in vitro), ampliou sobremaneira a área técnica em relação a estudos experimentais, antes restritos apenas a modelos vivos. Porém, como todo suporte técnico, é possível estabelecermos algumas vantagens (Tabela 1) e desvantagens (Tabela 2) acerca do uso da cultura de tecidos em testes biológicos, bioquímicos e fisiológicos. Apesar das críticas sobre a validade das células em cultura como modelo biológico “vivo” com função fisiológica, por freqüentemente não expressarem as propriedades características das células que lhe deram origem, devido a trocas no ambiente celular quando in vitro (Freshney, 2000), as células em cultura, pelo fato de manterem o genoma e os mecanismos fundamentais de proliferação (mitoses), representam, sim, um modelo experimental vivo considerado, em muitos testes, substituto do modelo animal, preservando primordialmente a vida e as espécies, em diversas situações experimentais. Tabela 1 Vantagens da cultura de tecidos. Fonte: Freshney (2000). Atualmente, células em cultura são requisitadas para estudos em todos os ramos da Biologia, principalmente devido à diversidade de suas origens, representada pela variedade de tecidos em cultura de animais e plantas que se encontram criopreservados, assim como pela variação de órgãos cujas células podem ser cultivadas, abrindo um universo de estudos no campo da Biomedicina. Neste contexto, podemos referir alguns trabalhos que seguem a linha experimental avançando cada vez mais para a elucidação de questionamentos impossíveis de 428 – C A D . S A Ú D E C O L E T ., R I O DE J A N E I R O , 15 (3): 425 - 432, 2007 USO DA CULTURA DE CÉLULAS EM TESTES DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS EM MEDICINA E BIOLOGIA serem testados em organismos vivos: Estudos sobre citotoxidade de enterotoxinas bacterianas em linhagem CHO – fibroblasto de ovário de hamster (Begum et al., 2006); em linhagem VERO – rim do macaco verde africano Cercopitheccus aethiops (Coelho et al., 2000); em linhagem HT-29 – células de cólon humano e em cultura primária de cartilagem da orelha de morcego (Souza et al., 1999). Tabela 2 Limitações da cultura de tecidos. Fonte: Freshney (2000). A ação da toxina bacteriana é de extrema gravidade às populações humanas, tornando-se mais preocupante quando essas populações estão expostas a um ambiente com suspeita de contaminação biológica. Em áreas vulneráveis à contaminação química, a resposta celular mostra os efeitos citológicos e fisiológicos que ocorrem no indivíduo exposto à contaminação, podendo chegar inclusive a apoptose da célula, dependendo da dose do agente contaminante e do tempo de exposição (Herculano et al., 2003). Em estudos de câncer, as culturas de tecidos têm tido um papel fundamental no esclarecimento de diagnósticos e auxílio no tratamento de vários tipos de neoplasias, tanto nos casos comprovadamente hereditários, como na síndrome Li-Fraumeni (Shay et al., 1995), quanto em casos isolados (Hara et al., 1996; Arsura et al., 2000). No campo da Virologia, o uso da cultura de células teve início em 1913, quando Steinhard, Israeli e Lambert demonstraram que o vírus da vaccinia (varíola) permanecia ativo durante mais de um mês, quando inoculado em células de córnea de coelho ou de preá (Cavea), em cultura (Parker, 1961). Desde essa época, a cultura de tecidos continua como importante suporte laboratorial para a C A D . S A Ú D E C O L E T ., R I O DE J A N E I R O , 15 (3): 425 - 432, 2007 – 429 MARIA DE FÁTIMA LIMA DE ASSIS, ELIZABETH CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SANTOS, IRACINA MAURA JESUS, MARIA IZABEL DE JESUS, WALBER VICTOR DE MORAES PINTO, RENATO LOPES FERNANDES MEDEIROS, DOROTÉA DE FÁTIMA LOBATO DA SILVA DE identificação de uma grande variedade de vírus, tanto da família viral quanto do tipo específico, através da resposta citológica, característica de cada grupo (Kobune et al., 1990; Bitko et al., 2004; Rajala et al., 2005). 3. TERAPIA CELULAR COM CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS E ADULTAS A potencialidade celular, ou seja, a capacidade e possibilidade de diferenciação das células se manifesta em âmbito natural de acordo com a ordem hierárquica de seu desenvolvimento, podendo ser classificada em: totipotentes, pluripotentes e multipotentes. As totipotentes são células capazes de formar um indivíduo completo, visto que têm a capacidade de produzir tecido embrionário e extraembrionário. O zigoto é uma célula que faz parte deste grupo por ser capaz de originar um organismo completo. Em rato, a mórula também é totipotente até o estágio de oito células. As células pluripotentes podem diferenciar-se em tecidos procedentes de qualquer das três capas embrionárias. Nesta categoria, estariam as células provenientes da massa celular interna do blastocisto; não são capazes de formar um indivíduo total por ausência do trofoblasto, podendo originar todos os tipos de células e tecidos do organismo. As células multipotentes são as que têm a capacidade de diferenciar-se em vários tipos celulares procedentes da mesma capa embrionária, podendo formar diferentes tipos celulares, mas não todos. Nos últimos anos, a Medicina tem-se voltado para esse tipo especial de célula, cujo conhecimento, há algum tempo, vem sendo cada vez mais ampliado, e seu significado traduz-se em um grande avanço em terapias de casos com necessidade extrema de resolução. Essas células, mantidas em cultura, são conhecidas como células-mãe, células-precursoras, células-progenitoras, células-estaminais ou célulastronco (Ramírez & Balea, 2004). A célula-tronco embrionária deriva do embrião de mamífero em fase de blastocisto e possui a capacidade de gerar qualquer célula diferenciada, quando em um organismo hospedeiro ou meio de cultura adequado. Já a célula-tronco adulta ou célula-tronco somática, com capacidade de diferenciar-se unicamente em células do tecido de origem, atualmente tem mostrado que, em determinadas condições, são capazes de diferenciar-se em células de diversos tecidos, como podemos destacar as células-tronco adultas hematopoiéticas, capazes de diferenciarse em diversos tecidos como: endotélio, músculo cardíaco, músculo estriado, hepatócitos, neurônios, pele e intestino (Ramírez & Balea, 2004). Essa potencialidade de diferenciação com atividade fisiológica correspondente ao tecido diferenciado, aliada à grande capacidade de multiplicação in vitro das células-tronco, sejam embrionárias ou adultas, levou a consideráveis perspectivas em todos os campos da Medicina e da Biologia, principalmente na Medicina 430 – C A D . S A Ú D E C O L E T ., R I O DE J A N E I R O , 15 (3): 425 - 432, 2007 USO DA CULTURA DE CÉLULAS EM TESTES DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS EM MEDICINA E BIOLOGIA Regenerativa em qualquer nível, desde a regeneração tecidual e de órgãos, até a regeneração em nível sistêmico. 4. PERSPECTIVAS DO USO DE CULTURA DE TECIDO NA ELUCIDAÇÃO DE PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE PÚBLICA NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA O Instituto Evandro Chagas, órgão da Secretaria de Vigilância em Saúde/ Ministério da Saúde, localizado na área metropolitana de Belém – PA, região Amazônica, em 70 anos de atividade tornou-se uma instituição de referência nacional e internacional em saúde pública. Há 10 anos, mantém na seção de Meio Ambiente (SAMAM) um acervo de células cultivadas e preservadas a -170 ºC em nitrogênio líquido, disponíveis para uso em testes e diagnósticos laboratoriais nas áreas de Medicina e Biologia. A maior importância desse banco de células é ser composto, principalmente, por culturas primárias ou subculturas primárias oriundas de biópsias de diversos tecidos e órgãos de animais da Amazônia, e também de tecidos humanos como prepúcio, córnea, esclera, cordão umbilical, placenta e células do canal de pré-molar decíduo. No banco de células da SAMAM, apesar da diversidade de espécies e de órgãos em culturas primárias criopreservadas, o estoque genético de cada espécie é mantido, uma vez que cada cultura é oriunda de apenas uma biopsia. O método empregado é o de dissecção do explante primário (op. cit. Freshney, 2000), sem interferência de enzimas. Portanto, cada informação genética preservada é inerente a um único genoma. Esta particularidade garante estudos que necessitem da expressão gênica, função que tem uma variação em nível interindividual. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARSURA, M.; MERCURIO, F.; OLIVER, A. L.; THORGEIRSSON, S. S.; SONENSHEIN, G. E. 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S A Ú D E C O L E T ., R I O DE J A N E I R O , 15 (3): 425 - 432, 2007 – 431 MARIA DE FÁTIMA LIMA DE ASSIS, ELIZABETH CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SANTOS, IRACINA MAURA JESUS, MARIA IZABEL DE JESUS, WALBER VICTOR DE MORAES PINTO, RENATO LOPES FERNANDES MEDEIROS, DOROTÉA DE FÁTIMA LOBATO DA SILVA DE COELHO, A.; ANDRADE, J. R. C.; VICENTE, A. C. P.; DIRITA, V. J. Cytotoxic cell vacuolating activity from Vibrio cholerae hemolysin. Infection and Immunity. v. 68, n. 3, p. 1700 - 1705, 2000. FRESHNEY, R. I. Culture of animal cells. A manual of basic technique. Willey – Liss, 4. ed., 2000. 577p. HARA, E.; SMITH, R.; PARRY, D.; TAHARA, H.; STONE, S., PETERS, G. Regulation of p16CDKN2 expression and its implications for cell immortalization and senescence. Molecular and Cellular Biology. v. 16, n. 3, p. 859 - 867, 1996. HERCULANO, A. M.; LIMA, S. M. A.; PICANÇO-DINIZ, D. L. W.; DO NASCIMENTO, J. L. M. Nitric oxide activation in retinal cell cultures after methylmercury intoxication. 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