Newsletter nº 144/2014 – Ano 5 Data: 24/03/2014 EM PRIMEIRA REUNIÃO DO ANO, CÂMARA DO MILHO E SORGO DEBATE SOBRE NÚMEROS CONJUNTURAIS DA CADEIA A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo se reuniu no dia 19, em Brasília, para debater temas relevantes para o setor. O diretor de Relações Institucionais, Roberto Queiroga, esteve representado a ACEBRA no encontro. O secretário da Câmara, Ayrton Jun, abriu a pauta apresentando um relato sobre as micotoxinas em grãos e diversos subprodutos de milho. Em 1º de janeiro de 2014 estava programado de ser divulgado pela Anvisa uma norma sobre os valores máximos de micotoxina. “A Câmara de Culturas de Inverno em 2013 fez uma grande mobilização junto com a Anvisa e no dia 26 de dezembro foi aprovada a mudança na portaria RDC nº 7, dando prazo adicional até janeiro de 2017 na vigência dos limites praticados em 2013”, assegurou. Ayrton propôs a formação de um Grupo de Trabalho da Câmara do Milho para estudar o assunto. “Precisamos consolidar os números que nós temos porque quando vencer o prazo, as novas normas serão baseadas em dados que poderão não ser os certos.” A proposta foi aceita pelos membros. Seguindo com a pauta, o gerente de Oleaginosas e Produtos Pecuários da Companhia Nacional de Abastecimento, Thomé Guth, falou sobre a conjuntura do milho no Brasil. Segundo dados apresentados, o milho vem se consolidando como principal componente da ração animal. “Quando observamos no cenário mundial a situação do milho na alimentação animal, percebe-se que o grão tem poucos concorrentes, economicamente falando. Se ocorrer uma forte quebra da safra de milho dificilmente será encontrado um substituto que possa suprir a necessidade”, afirmou. Segundo Thomé Guth, o Brasil se manteve como o maior exportador de milho no último ano, devido a quebra da safra dos Estados Unidos. Em relação à importação, nota-se que a China tem uma previsão de cinco milhões de toneladas para este ano (safra 13/14). “A projeção de 10 milhões de toneladas do acordo fechado com o governo brasileiro é algo que vai acontecer ao longo Informações: Assessoria de Comunicação da Acebra - PR Consultoria e Marketing www.prbrasilia.com.br | Tel.: (61) 3347-1599 do tempo, não imediatamente”, asseverou. Os principais mercados brasileiros são o Japão, Coréia do Sul, Egito, Irã, Colômbia, Venezuela e Arábia Saudita. “O destaque fica para o Japão e a Coréia do Sul que ao longo dos anos vêm crescendo nas tabelas de compras”, informou. Dando continuidade à discussão sobre a produção de milho no país, o diretor de Relações Institucionais da ACEBRA, Roberto Queiroga, reafirmou que sempre que é preciso discutir política agrícola e os programas de apoio, o interlocutor é o MAPA porque é no Ministério que estão os técnicos que efetivamente fazem o monitoramento da safra. “Como é a composição da CIEP (Comissão Interministerial de Estoques Públicos)? Como é a tomada de decisões e se isso de alguma forma não trava o processo e a rapidez da resposta dos programas de sustentação de preço?”, questionou. Guth explicou que: “a CIEP é uma comissão criada para tratar dos estoques e quem assina são os ministros do Planejamento, da Agricultura, da Casa Civil, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário”. Porém, segundo Guth, a questão deliberativa quem faz são os respectivos secretários das pastas. A Conab faz parte para subsidiar tecnicamente em termos de propostas. “Sinceramente, diante das reuniões que eu participei, acredito que precisa ser um pouco mais ágil nas respostas”, admitiu Guth. Queiroga ainda perguntou ao gerente sobre o preço mínimo. “Está sendo levado em consideração para a próxima safra a discussão de aumento do preço mínimo do milho?”, Thomé garantiu que foram feitos estudos e notou-se que nestes últimos anos os custos aumentaram e declarou: “é preciso ao menos tentar buscar suprir esta necessidade”. Sobre o PEP, o diretor da ACEBRA lembrou que o programa está sub judice. “Diante disso, você tem alguma informação se está havendo um realinhamento com relação com o que a CGU está solicitando?” Pelas informações de Guth, já está sendo definido um novo “desenho” do PEP. “Este processo já está na fase final e pelo o que eu observei irá mudar alguns detalhes em termo de comprovação”, declarou. Para finalizar a reunião, o diretor-substituto Sanidade Vegetal, Carlos Franz, fez uma apresentação sobre o Protocolo de exportação de milho para a China. Este documento trata dos requisitos fitossanitários para a exportação de milho do Brasil para a China entre a administração geral de supervisão de qualidade, inspeção e quarentena da China e MAPA. “A negociação que já vinha ocorrendo há alguns anos se intensificou no ano passado. Em uma reunião ocorrida em novembro de 2013 foi dada a base para se fechar este acordo e abrindo assim o mercado chinês”, assegurou. Roberto Queiroga questionou Franz sobre a relação dos exportadores. “Como aqueles que não estão na relação do MAPA, mas que estão interessados em exportar milho para China poderão proceder? Além disso, como o governo chinês determinará os exportadores aptos?”, interrogou. A princípio, de acordo com o diretor, só as empresas que estão na lista do Ministério receberam o certificado. “As que não tiverem precisam comunicar o MAPA, mas é um pouco mais demorado. Porque na China tem um procedimento protocolar e é preciso que o Itamaraty envie uma nota verbal para que seja acrescentada mais uma empresa”, afirmou Franz. Deste modo, seguindo as orientações, a ACEBRA enviou ao MAPA uma relação de empresas cerealistas que manifestaram o interesse em se cadastrar como exportadora apta a comercializar com a China. Este fato foi confirmado pelo representante do Ministério, que já encaminhou a lista à China. Os detalhes de comercialização deverão ser feitos diretamente entre as cerealistas e a empresa importadora chinesa. A próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo está prevista para acontecer no dia 19 de agosto. Para encerrar sua participação, Roberto Queiroga fez um desabafo sobre o Programa Nacional de Armazenagem lançado pelo PAP 2013/14. “Não conseguimos utilizar efetivamente o Programa Nacional de Armazenagem, principalmente aquele que diz respeito aos cerealistas por todos os percalços que já foram ditos. Sei que este não é um problema que será resolvido pela Conab, mas fica a frustração das empresas cerealistas”, disse. Informações: Assessoria de Comunicação da Acebra - PR Consultoria e Marketing www.prbrasilia.com.br | Tel.: (61) 3347-1599