Engenharias / Engenharia Química / Biocombustíveis / Bioetanol PRÉ-TRATAMENTOS DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA PRODUÇÃO DE BIOETANOL Luiggi Cavalcanti Pessôa [email protected] Curso de Engenharia Química - Universidade Salvador - UNIFACS Leila Maria Aguilera Campos Prof. Msc../Orientadora INTRODUÇÃO O projeto tem o objetivo de avaliar o desempenho dos pré-tratamentos com explosão a vapor, solventes orgânicos (etanol) por ácidos (H2SO4) do bagaço da cana-de-açúcar. Serão realizadas comparações entre: os pré-tratamentos citados e com os demais existentes; e, também, as diversas variáveis do processo, ou seja, tempo, temperatura e pressão de reação, concentração do etanol, da amônia líquida e dos ácidos, juntamente com seus catalisadores. Técnicas analíticas devem ser realizadas para a determinação da composição do bagaço da cana após a realização dos pré-tratamentos, para avaliar se o rompimento da lignina e hemicelulose ocorreu da forma esperada, proporcionando uma maior acessibilidade à celulose, aumentando, consequentemente, o rendimento do processo como um todo. Além de, observar qual dos pré-tratamentos desenvolveu um melhor rendimento na hidrólise e da própria produção de bioetanol. MÉTODOS: Inicialmente, foi realizado um estudo incessante de artigos científicos adquiridos no Portal Capes. Concomitantemente aos estudos teóricos, realizou-se o acompanhamento das obras do novo laboratório designado ao estudo da química sustentável –NQV – Núcleo de Química verde. As atividades foram iniciadas e todas as soluções ácidas necessárias foram preparadas e tituladas. Com essas soluções, será realizado um estudo comparativo para uma das principais rotas de pré-tratamento, o tratamento com ácidos, e com isso a posterior confecção de um artigo científico exclusivo para o tema. As amostras do bagaço da cana-de-açúcar deverão ser antes que o processo seja realizado, para se obter uma referência para a comparação do antes e depois dos pré-tratamentos. Em relação ao pré-tratamento com solventes orgânicos, o bagaço da cana-de-açúcar será submetido ao etanol, inicialmente a 50% (m/v), mantendo a temperatura constante à 175ºC e com a utilização do H2SO4. As concentrações de etanol e catalisador, temperatura, pressão e tempo de reação serão variados, além de testar outros tipos de solventes e catalisadores Em seguida, será realizada a comparação das eficiências entre os pré-tratamentos e a comparação com outros métodos que não foram desenvolvidos nesse projeto. RESULTADOS E DISCUSSÕES A massa inicial do bagaço úmido foi de 229,46g e após a pesagem inicial, foi posto em estufa em temperatura de 100ºC durante cinco dias em um intervalo de três horas em cada dia. As massas do bagaço foram gradativamente diminuídas. Como os resultados práticos ainda estão pendentes podem-se explanar os resultados do estudo. Chegou-se a conclusão de que o pré-tratamento utilizando ácidos diluídos é o mais conveniente. A recuperação do ácido é um fator que poderá tornar o pré-tratamento economicamente vantajoso. Referente ao tratamento do sólido rico em celulose e lignina, a ideia do projeto é a implementação desse agente inovador para a deslignificação do material lignocelulósico, a fim de estudar mais a fundo esse processo. CONCLUSÕES Concluiu-se que os estudos voltados para o aperfeiçoamento das técnicas de pré-tratamento são imprescindíveis, vez que essa etapa costuma ser a mais complexa e de auto custo no processo global e o seu estudo poderá viabilizar economicamente a produção desse biocombustível, principalmente em escala industrial. Relacionado ao tratamento ácido, o ácido sulfúrico é comumente mais utilizado acompanhado de altas temperaturas, porém faz-se necessário o implemento dos ácidos fosfórico e clorídrico. E, em relação ao organosolve, o solvente orgânico etanol é mais viável de ser implementado, principalmente quando acompanhado de um catalisador alcalino. Instituição de fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – Fapesb Trabalho de Iniciação Científica Palavras-chave: Biomassa, Pré-tratamento, Bioetanol de segunda geração