1 AS AÇÕES ESTRATÉGICAS DOS GOVERNOS ESTADUAIS POR MEIO DO GASTO PÚBLICO E SEU IMPACTO NO CRESCIMENTO ECONÔMICO José Mário Bispo Sant´Anna Mestre em Contabilidade Fucape Vitória - ES 27-99635534 [email protected] [email protected] Luiz Fernando Dalmonech Mestre em Contabilidade Fucape Vitória - ES 27-99801285 [email protected] RESUMO Esse trabalho analisa o impacto da estratégia deliberada dos governos estaduais, ao executar os gastos públicos, no crescimento econômico estadual, através de dados obtidos na Secretaria do Tesouro Nacional no período de 1997 a 2007. Como ferramenta utilizou-se dados em painel. A variável dependente utilizada foi o produto interno bruto (PIB), as variáveis independentes utilizadas no modelo foram as despesas governamentais presentes no orçamento-programa de cada Estado da Federação, representando o que foi consumido pelas ações estratégicas governamentais dentro de suas respectivas funções de gastos. Os resultados obtidos estatisticamente evidenciam que em sua grande maioria as ações estratégicas governamentais não estão relacionadas com crescimento econômico, sendo, portanto, ações estratégicas improdutivas. Este fato ocorre em função de que o governo retira recursos do setor privado para financiar seus gastos, especificamente aqueles que são aprovados em função do poder da imprensa (RING E PERRY, 1985), favorecendo a popularidade dos gestores públicos e de seus partidos (e coesões políticas), interferindo nas ações estratégicas deliberadas e emergentes, ocorrendo redução da taxa de poupança, menor retorno do setor privado, proporcionando redução no crescimento econômico ou injetando dinheiro na economia, independente da natureza do investimento, favorecendo o crescimento econômico de curto prazo, mas poderá vir a comprometer os investimentos e evoluções de longo prazo. Palavras-chave: Estratégias governamentais. Gastos públicos. Setor privado. Setor público. 2 1. INTRODUÇÃO Os gastos públicos podem elevar o crescimento econômico, aumentando a produtividade do setor privado, podendo ainda elevar os retornos privados, a taxa de poupança e acumulação de capital, desde que esses gastos públicos sejam produtivos (LLEDÓ e FERREIRA, 1997). Wagner (1890) citado por Cândido Júnior (2001) foi quem primeiro postulou gastos públicos e crescimento econômico, estabelecendo a Lei dos Dispêndios Públicos Crescentes, defendendo que o crescimento da renda ‘per capita’ (ou o desenvolvimento econômico em termos gerais) exige a participação cada vez maior do governo na oferta de bens públicos. Os gastos públicos são os recursos consumidos pelas ações estratégicas governamentais, registrados no Orçamento Público, em suas respectivas funções. Existem duas correntes que estudam o resultado dos gastos públicos. A primeira corrente encontrou em seus estudos uma relação entre gasto público e produto (RAM, 1986; BARRO, 1990; 1991; CASHIN, 1995; ASCAHUER, 1989, apud CÂNDIDO JÚNIOR, 2001);a segunda corrente que defende que os gastos públicos são improdutivos,não geram nenhum produto adicional porque são apenas resultantes de interesses de grupos, fazendo parte desse grupo Srinivasan (1985), Buchanan (1980) e Bhagwati (1982) apud Cândido Júnior (2001) e Kormendi e Meguire (1985), Grier e Tullock (1989) e Summers e Heston (1988) apud por Rocha e Gilberti (2007). O setor público, responsável por incentivar o crescimento econômico, geração de emprego e renda, formula e executa as ações estratégicas, agregadas nas funções governamentais, utilizando como instrumentos o planejamento de longo prazo, definido como Plano Plurianual (PPA), de médio prazo definido como Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Planejamento Operacional, curto prazo, conhecido como Lei do Orçamento Anual (LOA). Estes mecanismos são formulados dentro das normas e padrões estabelecidos, definindo objetivos de longo prazo (objetivos estratégicos), com ações no curto e médio prazo, sendo que todas as ações somente fazem sentido se estiverem alinhadas com os objetivos estratégicos de longo prazo. Gompers, Ishii and Metric (2003, pag. 107 a ) apud Schelker (2008, pag. 15) estabelecem uma forte relação entre a governança no setor privado e no setor público, onde iniciam o artigo com a seguinte definição: “Corporation are republics” e estabelecem a seguinte estrutura: "[...] A autoridade final cabe aos eleitores (acionistas). Estes eleitores elegem representantes (dirigentes) que delegam as decisões aos burocratas (gestores). Como em toda a república, o poder real de relação de partilha depende das regras específicas de governança. Um extremo, que se inclina em direção a uma democracia, as reservas de pouco poder de gestão e permite aos acionistas rápida e fácil substituição dos diretores.” A importância do planejamento estratégico no setor governamental é confirmado por Steiner and Miner (1977, p. 296) apud Stevens e McGowan (1983, pag.527)como: "government is the most dominant institution in society" for which the strategy processes may literally mean "the difference between life and death to all of our institutions and to each of us personally" Ao analisar a estratégia adotada por governos locais, Stevens e McGowan (1983, pag.532), encontraram paralelos interessantes entre o setor governamental e o setor privado, 3 mas quanto a flexibilidade a estratégia adotada pelo setor governamental é mais restrita tendo em vista ser um modelo oficial, ou seja, aprovado por um parlamento. As ações estratégicas estabelecidas nas funções orçamentárias, podem ser definidas como um conjunto de decisões, consciente, racional e coerente, sobre ações a empreender e sobre uma gama ampla de insumos a utilizar (RICHERS, 1982). As funções orçamentárias, aqui traduzidas como ações, tratam do maior nível de agregação das despesas públicas, composta pela despesa corrente como despesa de capital. Nesse contexto, os processos de planejamento no setor público brasileiro têm a função de disponibilizar a organização instrumentos que contemplem objetivos de longo prazo, médio e de curto prazo. No orçamento os planos passam a uma dimensão menos abstrata, na medida em que se definem metas e ações organizacionais específicas, alinhadas com os objetivos de longo prazo (CORRÊA, 1980; BIN E CASTOR, 2007). Todo esse processo leva em consideração as oscilações dos índices de expansão demográfica, de evolução econômica, por exemplo, para que as ações estratégicas governamentais possam ser adequadas às reais necessidades de setores ou regiões. Deve-se considerar que as estratégias nem sempre são formuladas de forma explícita, podendo emergir de iniciativas dos gestores das linhas de frente, da base para o topo ou podem simplesmente emergir (MINTZBERG e WATERS, 1985). Para emergir, a organização deve ser facilitadora da inovação, ter flexibilidade. Entretanto, existe uma suposição de que no setor público ocorra uma rigidez em vez de flexibilidade em função de: estruturas funcionais altamente centralizadas; planos e controles inflexíveis; recompensas que tendem a valorizar antiguidades em detrimento de mérito ou capacidade inovadora; perda de flexibilidade, inovação e incisivo direcionamento à eficiência diante da ausência de objetivos que estimulem a eficácia; falta de comprometimento com resultados, o que pode comprometer os resultados objetivados (ARAUJO, 1990; MILLER, HICKSON e WILSON, 1996 in BIN e CASTOR, 2007; SARAIVA, 2003). As ações governamentais em nível de execução para alinhamento com os objetivos estratégicos, exigem a elaboração orçamentária (SCHUBERT, 1985). Para Horngren, Sundem e Stratton (2004, p. 230) citados por Leite et al. (2008) destacam três principais benefícios do orçamento: a) os orçamentos compelem os gestores a pensar no futuro pela formalização de suas responsabilidades para planejar; b) os orçamentos fornecem expectativas definidas, que são a melhor estrutura para julgar o desempenho subseqüente; e c) os orçamentos ajudam os gestores na coordenação de seus esforços, de modo que os planos das subunidades da organização satisfaçam os objetivos da organização como um todo. A forma de monitorar e avaliar se a implementação e execução orçamentária estão de acordo com os objetivos estratégicos, é feita no orçamento, onde se materializa as intenções governamentais e onde se pode medir a qualidade da aplicação dos recursos aplicados, permitindo a percepção das eventuais diferenças entre o planejado e o executado. O desalinhamento entre ação e declaração de intenções tem sido criticado por Mintzberg (1994), que descreve como problema o destacamento, que é a separação da formulação da estratégia e a sua implementação. É importante analisar as ações estratégicas governamentais, em suas respectivas funções, uma vez que consomem recursos, presentes no orçamento público, podendo ser analisado em termos de custo versus benefício, o que pode definir ou orientar a otimização de recursos e o aumento da produtividade, o que, evidencia a necessidade de se determinar a qualidade do gasto (produtivo ou improdutivo). Diante do exposto, esse trabalho tem por objetivo analisar o impacto das ações estratégicas dos governos estaduais, ao executar os gastos públicos, no crescimento econômico. A importância para a realização desse trabalho é a de fornecer informações que permitam uma discussão de qualidade de gastos governamentais em relação aos objetivos 4 estratégicos, permitindo dessa forma estabelecer metas e avaliar resultados tanto de curto prazo como em longo prazo. 2. ESTRATÉGIAS: DELIBERADA E EMERGENTE A estratégia pode ser definida como um conjunto de decisões, consciente, racional e coerente, sobre ações a empreender e sobre uma gama ampla de insumos a utilizar. É levado em consideração níveis de comprometimento, riscos e incertezas e objetivos a alcançar, de curto e longo prazo, variações externas nas áreas econômicas, política, social e tecnológica e o impacto no meio social e as ações que possam ser tomadas pelas organizações concorrentes (LODI, 1969; RICHERS, 1982; CUSTÓDIO, 1986; WHITTINGTON, 2004; CARAVANTES, PANNO e KLOECKNER, 2005, p. 430). Para Custódio (1986) Ansoff (1987) Volberda (2004) A estratégia é um processo de planejamento deliberado (formal), iniciado pela alta administração, baseado em análise industrial elaborada, pautando o comportamento da empresa face ao seu ambiente interno e externo e focado no desenvolvimento de uma estratégia corporativa coesa e consistente, principalmente diante de uma situação de escassez de recursos Mintzberg e Waters (1985) estudam “o processo de formação da estratégia baseada na definição da estratégia como "um padrão num fluxo de decisões".” Ring e Perry (1985, pag.8) destacam que para as organizações do setor público podem se utilizar do modelo de Mintzberg (1978): (…) typology of deliberate (intended strategies that are realized), unrealized (intended strategies that are not realized), and emergent (realized strategies that were never intended) strategies. Given previous arguments regarding policy ambiguity, open and intense influence processes, and coalition instability, public organizations can be characterized as low on deliberate strategy and high on emergent and unrealized strategy. If this characterization is correct, any manager who is unable, for instance, to relinquish intended strategies in order to pursue emergent strategies is likely to fail. A tipologia de estratégia pode ser classificada em dois grandes grupos: deliberada e emergente. A estratégia emergente é aquela que emerge da organização em resposta a uma oportunidade do ambiente, principalmente diante de eventos contidos no planejamento estratégico e que apresentam maior probabilidade de não se concretizarem no futuro. Pelo Decreto-Lei 200/67, artigo 10 (dez), parágrafo 3º (terceiro) apresenta-se clara a menção à estratégia emergente ao estabelecer: “A Administração casuística, assim entendida a decisão de casos individuais, compete, em princípio, ao nível de execução, especialmente aos serviços de natureza local, que estão em contato com os fatos e com o público”. Estratégia deliberada é um processo de tomada de decisão dentro de um cenário totalmente previsível, exigindo total controle das variáveis, o que requer pressupostos da racionalidade ilimitada, simetria informacional e certeza. Além disso, assume-se a tendência linear existente ou devido a controle normativo, enfatizando direção central e hierarquia (MINTZBERG e WATERS, 1985). Entretanto, diante de uma perspectiva política somam-se algumas perspicácias críticas porque alguns assuntos estratégicos não emergem, são suprimidos, não alcançam a fase de decisão por não obterem apoio político. Portanto, não obtém poder de influência suficiente sobre a média e alta administração (NARAYANAN e FAHEY, 1982). Pode ainda a estratégia evoluir ao contrário dos objetivos declarados de uma firma (ANSOFF, 1987). Nesse caso, surge o a estratégia emergente, que corrige a rota da organização, não ficando presa a um planejamento defasado, que não permite o alinhamento organização-ambiente (BORGES JR. e LUCE, 2000). 5 Nesse sentido, a declaração de intenções segue um plano detalhado, claro, objetivo e preciso, de forma que os objetivos e metas sejam perfeitamente entendidos por todos, permitindo, assim, ações padronizadas. É necessário alinhamento de objetivos organizacionais e pessoais, percebidos por todos da organização e cujo monitoramento e avaliação seja aceito por todos. Desta forma o detalhamento do plano é realizado através na forma de orçamentos e programas onde os atores devem agir de acordo com o ambiente normativo (controles formais) que determina a forma de agir, mas restringe o poder de decisão (MINTZBERG e WATERS, 1985). 2.1 Formulação da estratégia e fatores intervenientes Os fatores que comprometem ou podem comprometer a formulação e implementações de estratégias nas Organizações Públicas e Privadas são: a) pressões políticas fortes e difusas, que condicionam a ação de seus administradores e que inibem a elaboração e, principalmente a implementação de planos estratégicos adequados; b) as pressões políticas se voltam para resultados visíveis ao público ou à classe política, a curto prazo; c) quando ocorrem decisões de maior impacto elas voltam para a realização de grandes obras ou investimentos, nem sempre posicionados para parte de um plano estratégico sistematicamente elaborado; d) descontinuidade administrativa, decorrente da rotação periódica de seus administradores, trazendo, como conseqüência, uma descontinuidade também em seu processo de planejamento e na caracterização de suas missões, diretrizes, objetivos e estratégias; e) baixa orientação para o mercado; f) proposição de linearidade sendo que diversas subunidades representam uma proliferação desordenada de classificações sobre preferências e visões divergentes acerca das relações entre causa e efeito; g) poder nas organizações; (CUSTÓDIO, 1986; ANSOFF, 1987; VOLBERDA, 2004; BOSCO e PACE, 2003). Na formulação de estratégia o valor simbólico da organização normalmente é desprezado. Assim, não se leva em consideração as conseqüências da rigidez de comportamento e o surgimento de uma organização informal defensiva em face de qualquer ameaça à integridade do grupo, grupo esse que busca atender a seus objetivos em detrimento de um objetivo global. Entretanto, não se pode deixar de perceber que existe influência da perspectiva política no contexto organizacional, onde processos políticos internos determinam ou modificam conteúdo de estratégia (MOTTA, 1979; NARAYANAN e FAHEY, 1982; ANSOFF, 1987). Nutt (1989) concluiu que existe uma tendência para diretores estratégicos investirem pouco do tempo em aplicação (execução), evidenciando, portanto, um baixo-envolvimento. Em 93% das táticas de fracasso, uma evidência foi o baixo envolvimento dos diretores estratégicos (alta administração), mesmo deixando um assessor representando-o. Esse fato no Brasil se deve à separação entre direção e execução estabelecido no Decreto-Lei 200/67, artigo 10. No trabalho de Nutt (1989) quando os diretores estratégicos implementavam planos estratégicos houve 94% de sucesso e quando não havia o envolvimento dos diretores estratégicos, apenas 19% obtiveram sucesso. Existe ainda o problema dos diretores estratégicos, o grupo de indivíduos cuja responsabilidade de trabalho nominal é guiar evolução estratégica até certo ponto que é funcional às aspirações geralmente seguradas (objetivos) da organização, mas, pode ocorrer de que na prática, os diretores estratégicos também buscam influenciar o processo em uma direção que cumpre as suas aspirações pessoais, como o poder, por exemplo (ANSOFF, 1987). O poder da imprensa que pode fazer com que medidas necessárias não sejam discutidas e/ou implementadas em função de popularidade dos gestores públicos, desencadeadas por meio de indivíduos ou grupos que são contrários à estratégia ou querem tirar proveito da situação. Outro ponto a ser abordado é o tempo de duração no cargo, o que, 6 pelo próprio sistema legal leva-os a ações de curto e médio prazo independente da natureza do investimento e que leva à uma necessidade de coligações políticas para a execução dos investimentos. Entretanto, as coligações podem e freqüentemente se separam durante aplicação (RING e PERRY, 1985). A administração pública tem, em geral, horizonte estratégico de dois a quatro anos, o que é uma medida conservadora e de orientação de curto prazo, mesmo em atividades que demandem orientação em períodos maiores e geralmente entre períodos de eleições. Portanto, há uma pressão para a obtenção de resultados rápidos, objetivando alcançar objetivos pessoais e de grupos políticos, comprometendo investimentos e evoluções de longo prazo (LODI, 1969; CORRÊA, 1980; ARAÚJO, 1990). No longo prazo têm-se vantagens como: a) compreensão mais clara dos futuros impactos de decisões atuais; b) maior consciência das mudanças econômicas e sociais; c) antecipação das áreas que requerem mudanças futuras; d) aumento da velocidade das informações relevantes para monitoramento e avaliação; e implementação mais rápida das futuras decisões. Já no curto prazo tem-se o desprezo pelos objetivos de longo prazo em benefício dos objetivos de curto prazo, principalmente diante de prêmios ou para atingir objetivos pessoais, como permanecer no cargo (LODI, 1969). Em termos de dimensões, existem pelo menos duas dimensões que influenciam nas estratégias que são: a dimensão racional e a dimensão política, tratadas por Whitehead (1958) e Kuhn (1972) citados por Ansoff (1987). Com isso, aumentam a amplitude das operações internas através de redução da flexibilidade da alta administração, canalizando esforços administrativos mais a níveis táticos e operacionais do que a nível estratégico. Gera também vulnerabilidade da organização a tramas políticas e ideologia do sistema, criando, assim, alto componente de incerteza no planejamento (ARAÚJO, 1990; BIN e CASTOR, 2007; ANSOFF, 1987). A perspectiva política traz esta dinâmica em foco, fazendo com que o conteúdo de decisões estratégicas seja visto como um resultado de transações de poder e influência. Assim, processos políticos em organizações ganham importância causal em explicações de decisões estratégicas. Assim, são formadas coligações para ordenar decisões, principalmente diante dos recursos limitados, interdependência de tarefas, disponibilidade limitada de informação, limitações de poder, que em resumo, pode ocorrer: (1) a diminuição e fluxo de interações organizacionais envolvidos em tais decisões podem ser capturados amplamente por uma sucessão de marcos ou passagens; (2) manifestos de políticas organizacionais na evolução e desintegração de coligações; e (3) coligações diferentes evoluem para tomar decisões diferentes ou decisões semelhantes com o passar do tempo, proporcionando novas negociações através de ou devido a: (a) obrigação para alguma ação; (b) adiamento de decisão para uma data futura; (c) não decisão ou derrubando o assunto completamente; ou (d) transformação, ou ainda retratando o assunto como um sintoma de um assunto maior ser solucionado. Tais resultados geralmente conduzem a uma quase resolução de conflitos e a coligações diferentes no futuro. Pode ocorrer ainda a distorção consciente ou inconsciente de informação e promoção ou supressão de alternativas (NARAYANAN e FAHEY, 1982). 7 3. TRABALHOS ANTERIORES Em seu estudo exploratório, Stevens e McGowan (1983) tinham como objetivos examinarem certas dimensões da gestão estratégica dentro dos governos locais, fornecendo uma base conceitual e desenvolvimento empírico. Estes objetivos demonstravam a preocupação em fornecer evidências sobre a responsabilidade dos gerentes no processo de diminuição do setor público, demonstrados pelos profissionais e estudiosos. Ao analisar a estratégia adotada por governos locais, Stevens e McGowan (1983, pag.532), encontraram paralelos interessantes entre o setor governamental e o setor privado, mas quanto a flexibilidade a estratégia adotada pelo setor governamental é mais restrita tendo em vista ser um modelo oficial, ou seja, aprovado por um parlamento. Os resultados demonstram que os gestores do governo local e prefeitos é que a sua postura estratégica mais geral pode ser caracterizado como um conjunto de dimensões que necessitam de integração. O padrão dos fatores parece ser baseado em uma abordagem de aversão ao risco (Feller, 1981 apud Stevens e McGowan 1983, pag.533) Aschauer (1989) encontrou evidência de um impacto positivo do investimento público (em particular estradas, ruas, sistemas de água, etc.) sobre o crescimento econômico e a produtividade do setor privado nos Estados Unidos no período 1949-1985. Easterly e Rebelo (1993) verificaram o impacto das variáveis fiscais sobre o crescimento em 100 países (cross-section) e dados em painéis compreendendo 28 países entre 1870 e 1988 concluindo que as variáveis fiscais e o crescimento econômico no longo prazo é bastante frágeis, provavelmente diante do número de variáveis fiscais e da forte colinearidade entre as variáveis fiscais e nível de renda. Investimentos públicos em transporte e comunicação apresentaram relação positiva e significante com taxas de crescimento de longo prazo. Devarajan et al. (1996) procuram determinar que componentes dos gastos públicos podem ser considerados produtivos em países em desenvolvimento. Eles evitam classificar a priori os gastos públicos em produtivos ou improdutivos. Ao invés disso, eles deixam os dados dizerem que componentes atendem à definição de gasto produtivo. Os resultados empíricos, para um conjunto de 43 países em desenvolvimento ao longo de 20 anos, indicam que os gastos que normalmente são considerados produtivos podem se tornar improdutivos quando são feitos em excesso. Este seria o caso dos gastos com capital, transporte e comunicação, saúde e educação. Somente os gastos de investimentos, como categoria ampla, estão associados com maior crescimento econômico. Isto resulta do fato de os países em desenvolvimento terem concentrado seus gastos em capital ao invés de custeio. Desta forma, a recomendação tradicional de aumentar a parcela do investimento público no orçamento para promover o crescimento – que valeria para os países desenvolvidos uma vez que esses investiram relativamente mais em custeio – não é correta para os países em desenvolvimento. Assim Lledó (1996) concluiu que: a) o crescimento diferenciado dos Estados brasileiros depende do esforço fiscal de cada governo estadual e a destinação da parcela da receita arrecadada para as a despesas e investimentos públicos; b) existe relação positiva entre concentração de renda e taxação, ou seja, Estados com distribuição de renda mais concentrada apresentam cargas tributárias mais elevadas, e conseqüentemente têm um maior volume de despesas públicas totais; c) não encontraram relação de longo prazo entre distribuição de renda e crescimento econômico; d) Estados com maior grau de urbanização tem uma distribuição de renda mais concentrada; e) entre Estados com graus de urbanização similares, aqueles que apresentarem níveis mais elevados de renda per capita tem como contrapartida uma menor concentração de renda. Candido Júnior (2001) concluiu que a proporção de gasto público no Brasil está acima do seu nível ótimo. Entretanto, apresentam baixa produtividade. Conclui que a simples transferência de recursos do setor mais produtivo para o menos produtivo não promove o 8 desenvolvimento econômico. Entretanto, Oliveira e Cruz (2000) identificaram que o comportamento dos estados do Nordeste, quanto à flutuação do emprego, segue uma trajetória comum à do país, ou seja, que existe uma integração dessas economias estaduais que se reflete sobre a economia nacional. Concluiu que no curto prazo, um aumento da taxa de crescimento do gasto público afeta positivamente o crescimento econômico, enquanto, no longo prazo, o efeito é negativo. Sua justificativa a geração de impostos distorcivos, tais como o imposto inflacionário e a carga tributária elevada sobre a produção para financiar o aumento dos gastos e a própria ineficiência na alocação dos recursos, gerou uma redução na taxa de poupança e nos retornos do setor privado, contribuindo, assim, para a queda na taxa de crescimento econômico. Easterly (2005) concluiu que muitos trabalhos encontram relações significantes estatisticamente entre políticas nacionais e crescimento econômico, com framework razoáveis. Em outros trabalhos os resultados encontrados não apresentam relações entre as políticas públicas e crescimento econômico. No trabalho do referido autor os resultados predizem somente efeitos modestos de políticas nacionais e desenvolvimento econômico. Easterly e Rebelo (2003) afirmaram que gastos com transportes e comunicações em países em desenvolvimento não estão comprovados como sendo gastos produtivos. Mas são comprovadamente gastos produtivos em países desenvolvidos. Sant’Anna (2006) concluiu que o gasto social dos municípios do Estado do Espírito Santo, assistência e previdência social, de saúde e saneamento, educação e cultura, não têm evidência estatística de sua influência no PIB, quanto ao gasto com habitação e urbanismo, apresentou resultado na relação com o PIB. 4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A tipologia de pesquisa utilizada nesse trabalho é explicativa e empírica (BEUREN, 2003). Os dados (gastos) foram obtidos na Secretaria do Tesouro Nacional – STN, de todos os vinte e seis (26) Estados brasileiro e do Distrito Federal, no período de 1997 a 2008, portanto, 11 (onze) anos, 27 observações anual, uma por Estado, totalizando 297 observações. O Produto Interno Bruto (PIB) utilizado foi o divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, do ano 1999 até 2007, para o ano de 1998, como a série do IBGE foi iniciada a partir de 1999, foi feito uma média de variação do PIB de 1999 e 2000, passando esta variação média para 1998. para o ano de 2008 estabelecemos uma média da variação de dois anos anteriores, 2006 e 2007 Foi utilizada a ferramenta Dados em Painel devido a amostra ser constituída por Estados ao longo de um período de tempo, sugerindo a existência de características diferenciadoras desses Estados, constantes ou não, ao longo do tempo (PINDYCK e RUBINFELD, 2004, P. 288). Assim sendo, permite tipificar as respostas de diferentes indivíduos a determinados acontecimentos, em diferentes momentos. A janela de tempo adotada para a análise dos resultados é a de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. Cinco anos é o padrão adotado na literatura econômica, tido como adequado para captar o crescimento de longo prazo (ROCHA e GILBERTI, 2007). Portanto, trabalhou-se com a progressão (defasagem) da variável dependente em t+0 até t+5, na segunda regressão. Na primeira regressão as variáveis independentes foram defasadas de t+0 a t+5 . Essa defasagem se justifica porque os gastos públicos do período t = 0, por exemplo, devem demorar um determinado tempo para afetar o crescimento econômico e para minimizar o problema de endogeneidade presente entre gastos governamentais e crescimento econômico. Os gastos (despesas) públicos são separados por funções de gastos, já estabelecidas pela Portaria 042/1999 da secretaria de Tesouro Nacional e serão utilizadas as que têm um vinculo de gasto direto com o cidadão. Os dados foram atualizados e transformados em logaritmo neperiano. As variáveis explicativas ou independentes utilizadas no trabalho são: 9 ‘Assistência e Previdência’, ‘Saúde e Saneamento’, ‘Educação e Cultura’, ‘Habitação e Urbanismo’, ‘Transporte’, ‘Agricultura, Indústria, Comércio’ e Serviços’, ‘Legislativa’, ‘Judiciária’, ‘Comunicação’, Pib Brasil e ‘Estados’. Todas essas variáveis são numéricas, expressas em valores reais (R$) per capita. Uma das variáveis dependentes é o PIB Estadual, denominado nesse trabalho de PIB Privado, que é o resultado da diferença entre o PIB Estadual menos o PIB da administração pública, expresso em valores reais (R$) per capita. Portanto, mede-se aqui o impacto das ações estratégicas no desenvolvimento (crescimento) econômico. O modelo utilizado nesse trabalho está descrito na fórmula 1(um) abaixo. PIB Privado (PIB Estadual sem Administração Pública) = C(1)*ANO1 + C(2)*PIB Brasil + C(3)*Assistência e Previdência+ C(4)*Saúde e Saneamento + C(5)*Educação e Cultura + C(6)*Habitação e Urbanismo + C(7)*Transporte + C(8)*Agricultura + C(9)*Indústria, Comércio e Serviços + C(10)*Legislativa + C(11)*Judiciária + C(12)*Administração + C(13)*Segurança Pública + C(14)*Relações Exteriores + C(15)*Trabalho + C(16)*Direitos e Cidadania + C(17)*Gestão Ambiental + C(18)*Ciência e Tecnologia + C(19)*Organização Agrária + C(20)*Comunicação + C(21)*Energia 5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Na Tabela 1, ‘Assistência e Previdência’, ‘Saúde e Saneamento’, ‘Educação e Cultura’, ‘Transporte’, ‘Judiciária’, ‘Administração’, ‘Segurança Pública’ e ‘Encargos Sociais’ são as funções onde se encontram agrupadas as ações estratégicas. Portanto, as ações governamentais nessas rubricas são consideradas como as de maior importância e que dão maior contribuição (incentivo) para o desenvolvimento econômico do que as demais. As Funções ‘Habitação e Urbanismo’, ‘Agricultura’, ‘Indústria, Comércio e Serviços’, ‘Legislativa’, ‘Essencial à Justiça’, ‘Relações Exteriores’, ‘Trabalho’, ‘Direitos da Cidadania’, ‘Gestão Ambiental’, ‘Ciência e Tecnologia’, ‘Organização Agrária’, ‘Comunicações’, ‘Energia’ e ‘Desporto e Lazer’ são consideradas de menor importância devido à menor contribuição (incentivo) para o desenvolvimento econômico. Muitas dessas funções estão presentes na tabela abaixo dentro da rubrica ‘Outras’. A função ‘Judiciária’, por exemplo, é considerada mais importante do que a função Transporte. Tabela 1. Valor total dos recursos consumidos nas ações estratégicas governamentais Função / Assistência Saúde e Educação Habitação Transport Indústria, Legislativa Judiciária Administr Segurança Encargos Outras Ano e sae Cultura e e Comércio e ação Pública Especiais Urbanismo Previdência neamento Serviços 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 47,958 35,221 33,249 28,456 25,203 20,251 18,215 15,298 20,170 20,814 20,196 16,774 49,332 40,898 37,576 32,529 28,499 22,028 19,705 16,482 11,744 9,601 8,873 7,746 68,825 55,969 50,150 44,093 39,793 39,632 36,090 32,577 27,962 24,758 22,873 15,982 5,620 2,991 3,712 3,067 2,532 1,940 2,276 2,140 1,913 1,329 1,690 1,629 19,342 14,434 12,377 12,776 10,072 7,740 8,532 7,765 6,555 5,025 7,326 16,305 3,307 2,604 2,172 1,998 1,564 2,232 2,625 2,068 2,936 6,530 4,392 1,484 8,906 7,803 7,147 6,340 5,629 5,004 4,475 3,705 3,057 2,883 2,848 2,731 19,679 19,341 17,566 15,313 12,909 12,680 10,229 9,730 9,516 9,791 11,256 8,806 24,647 22,051 17,203 16,053 15,425 11,173 11,381 5,121 52,947 36,677 42,611 68,742 Total 33,551 101,405 24,446 407,017 30,117 86,150 18,814 336,394 27,374 78,906 18,438 305,871 22,796 73,437 16,671 273,530 19,987 65,467 12,756 239,837 19,506 58,532 10,728 211,445 19,002 51,401 10,149 194,080 14,609 0,0 61,586 171,081 11,813 0,0 2,840 151,453 9,750 0,0 12,067 139,226 8,862 0,0 11,779 142,705 7,786 0,0 11,214 159,198 Fonte: adaptada da STN. Notas:a) Valores históricos e em bilhões de Reais. Os gastos governamentais (Tabela 1), de maneira agregada (gasto total), apresentam uma relação positiva com o crescimento econômico (Tabela 2), tanto em curto prazo como em longo prazo. As divergências que normalmente se encontram nos trabalhos relacionados aos gastos governamentais e crescimento econômico está na qualidade do gasto, na quantidade do gasto, no nível de crescimento da esfera governamental analisada, e ainda na quantidade de variáveis do modelo. Entretanto, quando analisado o crescimento econômico (variação do PIB (1) 10 entre períodos) a relação não foi significante estatisticamente, demonstrando a fragilidade dessa variável para explicar as variações no PIB. Esse fato ocorre porque determinados gastos governamentais são produtivos e outros são não produtivos. Tabela 2. Resultado PIB Privado x Ações Estratégicas Method: Pooled Least Squares (cross section) Method: Pooled Least Squares (cross section) Total pool (balanced) observations: 297 - Amostra: 1997-2007 Total pool (balanced) observations: 162 (1997-2002) Váriáveis Coeficientes Erro padrão Estatística-t P-value Coeficientes Erro padrão Estatística-t P-value PIB Brasil 0.385593 0.057829 6.667787 0.0000 0.45349 0.075515 6.005308 0.0000 Gasto Total 0.242435 0.023782 10.19426 0.0000 0.217416 0.031068 6.998021 0.0000 R-Quadrado 27.55% R-Quadrado 21.69% R-Quadrado Ajustado 27.31% R-Quadrado Ajustado 21.20% F-statistic 112.1929 F-statistic 44.3238 Prob(F-statistic) 0.0000 Prob(F-statistic) 0.0000 Akaike info criterion 1.106184 Akaike info criterion 1.134323 Durbin-Watson stat 0.056821 Durbin-Watson stat 0.055187 Fonte: elaborara pelos autores. Variável dependente: PIB Privado dos Estados, sem defasagem da variável dependente no primeiro resultado e com defasagem de cinco anos na segunda. Nota: 297 observações de 1997 a 2007. Foi utilizada a defasagem em dois períodos de tempo seguindo a orientação proposta por Anderson e Hsiao (1981) citados por Marques (2000), que é a de transformar o modelo para as primeiras diferenças (removendo os efeitos individuais) e usar a variável dependente defasada em dois períodos como instrumento para o termo auto-regressivo. Assim, foi trabalhado ‘Dados em Painel’ para a variável dependente ‘PIB Privado’ defasado utilizandose a fórmula: [∆PIB Privado = PIB Privado t – PIB Privado (t-n)], onde ‘n’ é o período de tempo a ser defasado e PIB Privado Defasado (ou variação) é a nova variável dependente, conforme Tabela 3, abaixo. As variáveis dependentes também tiveram o mesmo tratamento. A variável ‘Ano de Eleição’ para governador estadual somente tem relação com a variação do PIB Privado no curto prazo, enquanto a variação do PIB Brasil per capita apresentou relação positiva e significante em curto e em longo prazo conforme esperado. Na Tabela 3, as variáveis ‘Educação e Cultura’, ‘Habitação e Urbanismo’, apresentaram relação positiva com o crescimento econômico somente no longo prazo. No curto prazo não apresentaram relação. A variável ‘Desporto e Lazer’, apresentou relação significante e positiva com o crescimento econômico em longo prazo, não sendo significante no curto prazo. As variáveis, ‘Administração Pública’ e ‘Judiciária’ e apresentaram uma relação negativa no curto prazo e não foram significantes em longo prazo. Já as variáveis ‘Ciência e Tecnologia’ e ‘Organização Agrária’ não foram significantes no curto prazo mas foram significante em longo prazo apresentando uma relação negativa com o crescimento econômico, assim como a variável ‘Energia’. As demais funções não foram significantes estatisticamente. Todos os outros resultados não apresentaram resultados com significância estatística. Os resultados das variáveis ‘Transporte’’ e ‘Comunicações’ estão de acordo com as afirmações de Easterly e Rebelo (1993) de que em países em desenvolvimento gastos realizados por ações estratégicas nessas funções não estão conclusivas em termos de gastos produtivos. E estão em descordo com o resultado encontrado por Rocha e Gilberti (2007) que acharam relação positiva dos gastos com transporte e comunicação e crescimento econômico. 11 Tabela 3. Variação do PIB Privado e Ações Estratégicas Governamentais Método: Pooled Least Squares. Cross section efeito fixo. Método: Pooled Least Squares. Cross section efeito fixo. Variável dependente? Variação PIB Privado per capita anual. Variável dependente? Variação PIB Privado per capita em 5 anos. Total pool (balanced) observations: 270. Amonstra: 1998 a 2007 Total pool (balanced) observations: 162. Amonstra: 2002 a 2007 Variáveis Independentes Coeficientes Erro padrão estatística-t P-value Coeficientes Erro padrão estatística-t P-value C (intercepto) -6.156201 0.868501 -7.088304 0.0000 0.036727 0.03084 1.190896 0.2362 Ano de Eleição 0.058339 0.013879 4.203276 0.0000 0.009967 0.04415 0.225743 0.8218 ? PIB Brasil per capita 0.664124 0.093538 7.100008 0.0000 0.878971 0.22559 3.896319 0.0002 ? Assistência e Previdência 0.012775 0.010714 1.192435 0.2344 0.001166 0.018683 0.062401 0.9504 ? Saúde e Saneamento -0.020508 0.017191 -1.192969 0.2342 -0.027067 0.032553 -0.831479 0.4075 ? Habitação e Urbanismo -0.000647 0.002262 -0.28599 0.7752 0.015905 0.004104 3.875312 0.0002 ? Educação e Cultura 0.047059 0.029499 1.595246 0.1121 0.129595 0.045497 2.84842 0.0052 ? Transporte 9.04E-05 0.002098 0.043096 0.9657 -0.003562 0.00443 -0.804189 0.4230 ? Agricultura 0.002803 0.003594 0.779727 0.4364 -0.006494 0.007229 -0.898286 0.3710 ? Organização Agrária 0.000738 0.00149 0.495305 0.6209 -0.004734 0.002343 -2.020465 0.0457 ? Indústria, Comércio e Serviços 0.004359 0.00305 1.428891 0.1545 0.005822 0.005839 0.997091 0.3209 ? Legislativa 0.003379 0.003236 1.043991 0.2976 -0.002624 0.006995 -0.375138 0.7083 ? Judiciária -0.006897 0.002974 -2.31904 0.0213 -0.007508 0.005042 -1.489082 0.1393 ? Administração -0.003023 0.001055 -2.866149 0.0046 -0.00029 0.002153 -0.13448 0.8933 ? Segurança Pública 0.000547 0.003268 0.167487 0.8671 -0.003818 0.007128 -0.535586 0.5933 ? Relações Exteriores -0.000901 0.002614 -0.344446 0.7308 -0.003437 0.003789 -0.907127 0.3663 ? Trabalho 0.001672 0.001253 1.33457 0.1834 -0.000946 0.001913 -0.494564 0.6219 ? Direito e Cidadania -0.00177 0.002316 -0.763982 0.4457 0.003998 0.003581 1.1164 0.2666 ? Gestãoa Ambiental -0.003031 0.00754 -0.40192 0.6881 0.006364 0.011165 0.569981 0.5698 ? Ciência e Tecnologia 0.001446 0.003179 0.454972 0.6496 -0.008261 0.004893 -1.6883 0.0941 ? Desporto e Lazer 0.009312 0.007995 1.164759 0.2454 0.021338 0.011526 1.851324 0.0668 ? Comunicações 0.000548 0.001125 0.48744 0.6264 -0.002801 0.001928 -1.452772 0.1491 ? Energia -0.001171 0.000878 -1.333852 0.1836 -0.003531 0.001335 -2.644971 0.0093 ? Encargos Especiais -0.002296 0.007668 -0.299433 0.7649 -0.011686 0.011304 -1.03376 0.3035 R-Quadrado 50.27% R-Quadrado 80.25% 39.20% 71.61% R-Quadrado Ajustado R-Quadrado Ajustado Estatística-F 453.92% Estatística-F 9.286339 Prob(F-statistic) 0.00% Prob(F-statistic) 0.0000 211.95% Durbin-Watson stat 1.272794 Durbin-Watson stat FONTE: elaborada pelos autores. Notas: Variável dependente: PIB Privado. 297 Observações. Variáveis dependentes e independentes com variações de 1(um) ano e de 5(cinco) anos. A variável explicativa ‘Educação e Cultura’ apresentou significância (Tabela 3) e relação positiva com o PIB Privado’ em longo prazo. Esse resultado é uma evidenciação aplicação de recursos nessa função estratégica, formando profissionais em áreas específicas do saber, contribuindo, assim, para a distribuição de renda e crescimento econômico. Nessa mesma linha está a função de ‘Habitação e Urbanismo’, e ‘Desporto e Lazer’, que favorecem o crescimento econômico, incentivando o investimento no mercado de construção, o que propicia aumento de produção (construção), maior utilização da capacidade instalada de fabricas de materiais ligados à construção civil, maior movimentação financeira, maior incentivo para aumento de produção das empresas de móveis, de aparelhos eletroeletrônicos por exemplo, o que incentiva empresas de outros setores a aumentarem a produção, conforme já citado, assim como a prestação de serviços e de entretenimento. As variáveis que não apresentam resultado significante estatisticamente têm como explicação a qualidade do gasto (investimento ou custeio) e a quantidade do gasto. Para Devarajan et. al. (1996) gastos produtivos em excesso podem se tornar improdutivos, deixando claro que existe um ponto ótimo de gastos. Um exemplo é citado por Gasques (2001) que cita que existe restrição ao crédito de investimento e direcionamento dos gastos dessa rubrica substancialmente para a agricultura familiar, aliado à pulverização dos gastos públicos em agricultura e a às dificuldades de acompanhamento e controle de um número enorme de ações que fazem parte do gasto público. Mais de 50% do gasto público estão pulverizados em ações sobre as quais o governo não tem o menor acompanhamento e controle, influenciando no desenvolvimento econômico do setor agrícola e global. No caso de 12 Previdência e Assistência, há uma tendência de piora nas finanças públicas com relação a essa rubrica no longo prazo (BELTRÃO, OLIVEIRA e PASINATO, 1999). Sem a coordenação de objetivos e ações estratégicas, as ações se apresentam como incrementais, circunstanciais, e não como ações deliberadas ou emergentes. Portanto, o desalinhamento ou a falta de coordenação afetam a ‘QUALIDADE’ do gasto que por sua também é afetada pela ‘QUANTIDADE’ de recursos destinados às ações estratégicas governamentais. Na qualidade e quantidade dos gastos governamentais, consumidos pelas ações estratégicas governamentais, fora do ponto ótimo, têm-se a produtividade ou improdutividade as ações estratégicas governamentais em relação ao produto interno Bruto. Além da significância estatística e do sinal, deve ser observado também o valor do coeficiente. A variável ‘Educação e Cultura’ foi quem apresentou o coeficiente maior das ações estratégicas governamentais, representando, 14,74% do coeficiente do PIB Brasil, que foi o maior coeficiente significante obtido. ‘Habitação e Urbanismo’ com 1,81% e ‘Desporto e Lazer’, com 2,43%, ‘Administração’ com 0,46%. ‘Organização Agrária’, como 0,54%, ‘Energia’, com 0,4%, ‘Judiciária’ com 1,04% e ‘Ciência e Tecnologia’ com 0,94%. Portanto, os valores absolutos das ações governamentais, significantes, apresentam-se pequeno em relação ao coeficiente significante PIB Brasil. Assim, as despesas nas rubricas (funções) aqui utilizadas podem estar relacionadas à efetiva realização da receita e não devido a um planejamento nos moldes estabelecidos na Lei 4.320/64, na Constituição Federal de 1988 e na Lei Complementar 101/2000. Nesse sentido, aumenta-se probabilidade de falta de coesão e coordenação diante de objetivos globais estabelecidos no Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Anual Orçamentária (LAO), fazendo com que os objetivos governamentais não sejam alcançados, principalmente diante da falta de ações estratégicas, sejam elas deliberadas ou emergentes. De uma forma geral, de acordo com a Tabela 3, das 21(vinte e uma) funções estratégicas governamentais apresentaram resultado com significância estatística 23,81% pra o curto prazo e 28,57% para o longo prazo. Apresentaram relação positiva foram 9,52% para o curto prazo e 14,29% pra o longo prazo. Apresentaram relação negativa foram 14,29% em curto e longo prazo. Diante dos resultados obtidos é provável que os planos governamentais sejam elaborados apenas para cumprir o que o ambiente legal determina e não para atender às reais necessidades econômicas e sociais. Portanto, não há comprometimento para com os objetivos estabelecidos no Plano Plurianual. Dessa forma, as ações estratégicas não são deliberadas ou emergentes. São ações reativas, emergenciais e paliativas, demonstrando ausência de uma estratégia governamental coesa e consistente com o Plano Plurianual, diante de uma situação de escassez de recursos. Isso favorece a busca por objetivos pessoais em detrimento de um objetivo maior, que é o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda. Assim sendo, pode-se afirmar que está presente a influência política no contexto organizacional, onde processos políticos internos determinam ou modificam conteúdo de estratégia, conforme afirmado por Motta (1979), Narayanan e Fahey (1982) e Ansoff (1987). Nesse sentido, os resultados apresentados podem ser vistos como processos políticos, incrementais, onde são formadas coligações temporais, com negociações de obrigação para alguma ação; adiamento de decisão para uma data futura; não decisão ou derrubando o assunto completamente; ou (d) transformação, ou ainda retratando o assunto como um sintoma de um assunto maior ser solucionado, resultando em distorção consciente ou inconsciente de informação e promoção ou supressão de alternativas, portanto, influenciando nas ações deliberadas e nas emergentes e por conseqüência, nos resultados objetivados, conforme relatam Narayanan e Fahey (1982). Os resultados indicam também a presença de grupos políticos com interesses específicos e não globais, interferindo no processo de tomada de decisão estratégica e na 13 obtenção de recursos, mesmo dificultado pela interdependência interna entre as subunidades, fato alertado por Araújo (1990), Bin e Castor (2007) e Ansoff (1987). É possível, portanto, classificar as ações estratégicas em produtivas, neutras e improdutivas, diante dos resultados encontrados. As variáveis que apresentaram resultados positivos podem ser classificadas com relação ao PIB Privado são as variáveis produtivas, as que não apresentaram relação alguma são as neutras e as que apresentaram resultado negativo são as variáveis negativas. Os resultados encontrados na Tabela 4, foram calculados comparando as ações estratégicas de um período ‘n’ com o PIB Privado Per Capita no tempo de ‘n+1’ e ‘n+5’. As variáveis explicativas permaneceram no tempo ‘n’. Utilizando a defasagem das variáveis explicativas em relação à variável dependente, ‘Educação e Cultura’, ‘Habitação e Urbanismo’, ‘Indústria, Comércio e Serviços’ e ‘Desporto e Lazer’ apresentaram relação positiva e significante em curso prazo e não significante em longo prazo. As variáveis ‘Segurança Pública’, ‘Ciência e Tecnologia’, ‘Encargos Especiais’ apresentaram relação negativa e significância estatística no curto prazo. Em longo prazo, ‘Comunicações’, ‘Encargos Especiais’ e ‘Energia’ apresentaram relação positiva e significância estatística. Gestão Ambiental e Relações Exteriores apresentaram relação negativa em longo prazo. Portanto, a explicação para as significâncias estatísticas e a relação positiva ou negativa está na qualidade das ações governamentais e na quantidade de recursos destinadas para cada função onde estão contidas as ações estratégicas governamentais específicas dessa função. Quando o governo retira recursos do setor privado para financiar seus gastos, especificamente aqueles que são aprovados em função do poder da imprensa (RING E PERRY, 1985), favorecendo a popularidade dos gestores públicos e de seus partidos (e coesões políticas), interferindo nas ações estratégicas deliberadas e emergentes, ocorre redução da taxa de poupança, menor retorno do setor privado, proporcionando redução no crescimento econômico (CÂNDIDO JÚNIOR, 2001), fato presente na maioria das ações estratégicas governamentais. Outro ponto para justificar a relação positiva está relacionado às ações estratégicas governamentais de ações de curto e médio prazo independente da natureza do investimento, favorecendo o desenvolvimento econômico de curto prazo mas comprometendo investimentos e evoluções de longo prazo, fato comprovado também por Cândido Júnior (2001). 14 Tabela 4. PIB Privado defasado e Ações Estratégicas Governamentais Método: Pooled Least Squares. Cross section efeito fixo. Variável dependente: defasagem do PIB Privado Per Capita em 1 anos. Total pool (balanced) observations: 270. Amonstra: 1997 a 2006 Variáveis Independentes Coeficientes Erro padrão Estatística-t P-value C (intercepto) -1.551916 1.303014 -1.19102 0.2349 Ano de Eleição -0.020782 0.01469 -1.414731 0.1586 ? PIB Brasil per capita 0.972588 0.117017 8.311518 0.0000 ? Assistência e Previdência 0.000236 0.013106 0.017994 0.9857 ? Saúde e Saneamento -0.034439 0.021416 -1.608083 0.1093 ? Educação e Cultura 0.110963 0.033666 3.296022 0.0011 ? Habitação e Urbanismo 0.013798 0.002931 4.707714 0.0000 ? Transporte 0.000351 0.002934 0.119798 0.9048 ? Agricultura -0.008911 0.005403 -1.649375 0.1005 ? Indústria, Comércio e Serviços 0.010359 0.004573 2.265186 0.0245 ? Legislativa 0.001835 0.005399 0.339917 0.7342 ? Judiciária -0.004834 0.004681 -1.032632 0.3029 ? Administração 0.000836 0.001645 0.508358 0.6117 ? Segurança Pública -0.01078 0.005558 -1.939573 0.0537 ? Relações Exteriores -0.002723 0.002919 -0.933003 0.3518 ? Trabalho -0.003512 0.001515 -2.318503 0.0213 ? Direito e Cidadania 0.003181 0.002802 1.135102 0.2576 ? Gestãoa Ambiental -0.006586 0.009376 -0.702364 0.4832 ? Ciência e Tecnologia -0.008897 0.003721 -2.390727 0.0177 ? Organização Agrária -0.002963 0.001935 -1.531113 0.1272 ? Comunicações -0.004705 0.001461 -3.22073 0.0015 ? Energia 0.001313 0.001196 1.097942 0.2734 ? Desporto e Lazer 0.043023 0.009645 4.460529 0.0000 ? Encargos Especiais -0.015845 0.009154 -1.730972 0.0849 R-Quadrado 97.14% R-Quadrado Ajustado 96.50% Estatística-F 152.4746 Prob(F-statistic) 0.0000 Durbin-Watson stat 0.870451 Método: Pooled Least Squares. Cross section efeito fixo. Variável dependente? Variação PIB Privado per capita em 5 anos. Total pool (balanced) observations: 162. Amonstra: 1997 a 2002 Coeficientes Erro padrão Estatística-t P-value -0.234331 2.205732 -0.106237 0.9156 0.001801 0.016655 0.108142 0.9141 1.026803 0.221992 4.625414 0.0000 0.005032 0.008906 0.564952 0.5732 -0.021646 0.013871 -1.560576 0.1214 0.000419 0.024196 0.017297 0.9862 -0.002995 0.002294 -1.305317 0.1945 0.002145 0.001844 1.163372 0.2472 0.00106 0.003204 0.330707 0.7415 -0.002552 0.002747 -0.929185 0.3548 0.003303 0.002996 1.102701 0.2725 0.001733 0.002935 0.590414 0.5561 -0.000342 0.000932 -0.366728 0.7145 0.000427 0.003314 0.128918 0.8977 -0.010993 0.004929 -2.230322 0.0277 -0.000628 0.001258 -0.499256 0.6186 -0.001837 0.003274 -0.561198 0.5758 -0.024038 0.008095 -2.96936 0.0037 0.007372 0.006754 1.091487 0.2774 -0.000112 0.001739 -0.064654 0.9486 0.002782 0.001105 2.518292 0.0132 0.002835 0.000852 3.326774 0.0012 -0.011408 0.008957 -1.273646 0.2054 0.02485 0.008846 2.809112 0.0059 R-squared 99.30% Adjusted R-squared 99.00% Estatística-F 326.3804 Prob. (Estatística-F) 0.0000 Durbin-Watson stat 1.470454 Fonte: elaborada pelos autores. Variável dependente = Variação do PIB Privado. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse trabalho foi realizado com informações obtidas na Secretaria do Tesouro Nacional (STN), no período de 1997 a 2007, com 297 (duzentos e noventa e sete) observações, em 11 (onze) anos. As variáveis utilizadas foram as ações estratégicas tendo como proxies as despesas / investimentos governamentais dos Estados Brasileiros, uma vez que as atividades (ações) estratégicas consomem recursos para alcançarem os resultados objetivados. Os dados foram tratados com a ferramenta Dados em Painel, tendo como abordagem teórica a Estratégia. Uma das limitações é a não utilização de variáveis relacionadas com a formulação da estratégia, como no trabalho de NARAYANAN e FAHEY (1982), o que permitiria a avaliação das ações e consumo de recursos tempestivamente, o que serve de sugestão de pesquisas futuras, principalmente para analisar a influencia de variáveis intervenientes no processo do planejamento e nas ações estratégicas governamentais. Outra limitação é o fato de que se trabalhou por funções, portanto, com conjunto de ações estratégicas governamentais, quando o ideal seria subdividir as ações em termos de ações voltadas especificamente voltadas para o crescimento e as ações voltadas para a manutenção do crescimento obtido. Assim, apesar das muitas limitações que certamente esse trabalho tem, ele teve o mérito de discutir sobre as estratégias governamentais e os resultados ou conseqüências dessas ações em função do desenvolvimento econômico, contribuindo assim, para que novos trabalhos sejam apresentados e discutidos, apresentando uma nova abordagem, fazendo com que se discuta a essência e não a forma, os fins e não os meios. . 15 Porém, contribui para reflexão para que sejam estabelecidos critérios objetivos, que possam ser ajustados ao longo do tempo, permitindo análise de gastos públicos e produto, de forma que sejam atingidos os objetivos de desenvolvimento econômico e distribuição de renda. Esse trabalho também demonstrou que não foi através de publicação de uma lei que se resolveu o problema do planejamento estratégico e as ações governamentais e o consumo de recursos incentivando o desenvolvimento econômico. Notou-se foi a falta de implementações de ações estratégica deliberadas, geralmente originadas de um planejamento estratégico, assim como as estratégicas emergentes, que promovem o alinhamento entre os planos quando de sua implantação. Nesse sentido, ao ser aprovada a Lei Complementar 101/2000 e anteriores, acreditou-se que seria suficiente para que formulado o planejamento governamental de forma efetiva, mas, ainda se utiliza a administração pública de ações estratégicas incrementais e não de ações deliberadas ou emergentes. Conforme os resultados apresentados as ações governamentais com características incrementais proporcionam maior consumo de recursos por falta de planejamento e maior interferência de grupos políticos, com objetivos próprios, influenciando na destinação de recursos e no incentivo ao desenvolvimento econômico. Ficou evidenciada também a falta de alinhamento a um objetivo maior, que é o de desenvolvimento econômico, medido nesse trabalho pela variável PIB Privado. 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