ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA VITICULTURA DURIENSE “Cluster” dos vinhos da Região do Douro Quinta de Santa Maria – 5050-106 GODIM (Peso da Régua) Telefone 254 312940 / Fax 254 321350 - [email protected] - www.advid.pt CIRCULAR - 07 26 Maio de 2011 Míldio, Oídio e Traça da Uva MILDIO Atendendo à instabilidade meteorológica verificada nos últimos dias, com destaque para a precipitação ocorrida ontem em alguns locais com bastante intensidade (25-05), e devido à pressão do míldio ao longo deste período, alertamos para a necessidade de manter as vinhas protegidas. Neste período de grande sensibilidade à doença, aconselhamos a aplicação de produtos com acção curativa e anti-esporulante. No caso das vinhas onde a doença apresenta maior pressão, a renovação dos tratamentos não deve ser superior a 6-7 dias. Foto 1- Cacho de Tinta Roriz com esporulações de míldio observado no Cima Corgo (M. C. Val, 25/05/2011) Continuamos a alertar para o facto de se manterem as vinhas correctamente orientadas, de forma a reduzir as condições favoráveis ao desenvolvimento da doença no interior da própria videira e a facilitar a penetração das caldas fungicidas para que a eficácia dos produtos seja optimizada. OÍDIO A maioria das vinhas da região encontra-se já em bago de chumbo, período de grande sensibilidade à doença. A forte expansão vegetativa associada às altas temperaturas e aos fortes períodos de humidade, tem contribuído para o seu elevado desenvolvimento. Ter em atenção que os tratamentos devem ser efectuados sempre preventivamente, evitando que a doença se instale. Nesta fase, no caso de já ter aplicado um fungicida do tipo IBE, deve ser dada preferência a fungicidas penetrantes (azoxistrobina, cresoxime-metilo, enxofre+quinoxifena, metrafenona, Foto 2- Cacho de Tinta Roriz com esporulações de oídio observado no Cima Corgo (M. C. Val, 25/05/2011) ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA VITICULTURA DURIENSE “Cluster” dos vinhos da Região do Douro Quinta de Santa Maria – 5050-106 GODIM (Peso da Régua) Telefone 254 312940 / Fax 254 321350 - [email protected] - www.advid.pt proquinazida, quinoxifena e trifloxistrobina) ou sistémicos (boscalide+cresoxime-metilo, micloclobutanil+quinoxifena e espiroxamina). Relembramos a importância da correcta orientação da vegetação neste período de grande sensibilidade às doenças. TRAÇA DA UVA As estimativas realizadas à 1ª geração de lagartas de traça da uva, resultaram na observação, em casos pontuais de níveis de infestação que se aproximam do NEA definido para esta fase (100200 ninhos / 100 cachos). Apesar de se observarem alguns cachos com ataque significativo (5 ninhos / cacho na foto 3), a estimativa global à maioria das parcelas não justificou a realização de tratamentos dirigidos a Foto 3- Cacho com vários ninhos de traça da uva observado no Cima Corgo (C. Carlos, 20/05/2011) esta geração. Chamamos no entanto à atenção para o facto da importância de acompanhar estas parcelas, através da observação de armadilhas sexuais para captura de adultos, já que o avançado estado de desenvolvimento das lagartas e a observação de pupas (foto 4), indica-nos que está para breve o início do 2º voo que irá dar origem aos ovos e às lagartas da 2ª geração. Foto 4- Cacho com ninho de traça no interior do qual se encontra já uma pupa de traça da uva, Cima Corgo (C. Carlos, 20/05/2011) ADVID, 26 de Maio de 2011