DOMÉS TICAS E FAMILIA RES Os dois filhos Mateus 21:28-35 Lucas 15:11-32 O filho Pródigo O credor incompassivo Mateus 18:31-35 O bom e o mau servo Mateus 24:45-51 Mordomo infiel Lucas 16: 1-13 As dez virgens Mateus 25: 1-13 O reino dos céus Mateus 13:44-53 A candeia Marcos 4:21-25 A dracma perdida Lucas 12:35-48 Lucas 8:16-18 Lucas 15: 8-10 Os Dois Filhos O primeiro filho convidado pelo pai a trabalhar na sua vinha diz que ia, mas não foi. Significa o credo sem obras O segundo filho convidado pelo pai diz que não ia, mas foi. Homem que se nega ao trabalho espiritual, mas depois de haver raciocinado transformou o não em sim, não com a palavra abstrata, a crença, a obediência cega, mas pelo esforço intelectual e pelas obras que deliberou fazer. A Vontade de Deus é que trabalhemos não só em proveito nosso, mas em proveito dos nossos semelhantes. O filho que disse “irei, mas não foi” representa os anciãos e sacerdotes que assumindo a tarefa de guiar para a verdade se mantém num exclusivismo condenável, apagando até das almas alguma centelha de fé que lhes foi doada. O filho que tardou, e disse que “não ia, mas foi” representa os publicanos e meretrizes que demoram, mas afinal, mudam de vida e se tornam grandes obreiros da seara divina. O Filho Pródigo O Pai Deus. O Filho Obediente Parte da Humanidade que se esforça por guardar a lei divina e permanece na casa do Pai. O Filho Pródigo Parte da Humanidade que de posse dos haveres celestiais, dissipa todos esses bens e vive dissolutamente até o extremo, quando uma força o obriga a voltar à casa paterna. Esta parábola é um protesto de Jesus conta à doutrina das penas eternas do Inferno. Tudo se retempera, tudo se corrige, tudo se transforma, do pequeno para o grande, do mau para o bom, das trevas para a luz, do erro para a verdade! Tudo limpa, tudo alveja, tudo reluz ao atrito do fogo sagrado do progresso, tudo se aperfeiçoa, tudo evolui, todas as almas caminham para Deus! O Filho Obediente por sua vez, enterrou seus bens, ele vivia às custas do Pai, participava de todos os bens que havia em casa, e com a chegada do irmão, ao ver a festa com que aquele foi recebido, entristeceu-se: cheio de egoísmo, de avareza, revoltou-se contra o Pai. Jesus ao concluir a parábola exalta os pródigos que voltam e censura os obedientes que ficam, não só com os bens que receberam, como também, com as paixões más de que não se querem despojar! O Credor Incompas sivo “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Do cumprimento ou não desta obrigação, depende o deferimento ou indeferimento do nosso requerimento. 10.000 talentos 100 denários = = 18.900.000,00 Reais 31,50 Reais Quem deve 2 e pagará 2, e nada ficará devendo, não pode continuar a ficar pagando a dívida. É muito difícil pagar 18.900.000,00 Reais, e deve-se pagar até o último centavo, mas temos a eternidade diante de nos. Tudo isto está de acordo com a bondade de Deus, aliada à sua justiça. A lei do perdão é inflexível, reina no Céu tal como a prescreveu na terra o Mestre. O Bom eo Mau Servo O Bom servo trabalha para cumprir os seus deveres; trabalha sem cessar, sabe que o trabalhador de última hora é aquele que trabalha até a última hora é não o último que inicia no trabalho. O Mau servo trabalha por seus vis interesses e para satisfazer desejos bastardos. O que nos foi confiado, não o foi para ser enterrado ou guardado mas para ser por nós aproveitado e aproveitado pelos nossos semelhantes. Por isso, cada um é responsável pelo que lhe é dado; a quem muito é dado, muito se lhe pedirá, a quem pouco é dado, pouco se lhe pedirá. O dia do Senhor é sempre hoje, e sua palavra está sempre guiando e ensinando aos que a ele se chegam com boa vontade para aprenderem suas inestimáveis lições. Os servos bons distinguem-se dos servos maus como se distinguem as laranjas Pela doçura. O Mordomo Infiel FIDELIDADE X INFIDELIDADE A fidelidade é a Constancia, a firmeza e a lealdade com que agimos em todos os momentos da vida. Quem é fiel tem todas as qualidades exigidas ao homem de caráter: Reconhecimento, gratidão, indulgência, caridade, amor, porque a verdadeira fidelidade não se manifesta com exceções ou preferências. O Mordomo foi acusado como esbanjador dos bens de seu patrão. Pela prestação de contas verificou-se não ter havido esbanjamento, mas sim facilidade em negócios, que prejudicaram o patrão. Legalizadas as contas o “amo” louvou o Mordomo por haver procedido sabiamente, por tais atos não só garantiam a empresa mas foi um bom meio de granjear amigos. Auxiliai com vossas sobras, os que têm necessidades e sede também indulgentes para com os pecadores, ao que deve “cem pegados” manda-o escrever “cinqüenta”. Mas faça com que ele trabalhe para pagar por estes cinqüenta. Se não fostes fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio quem vos dará o que é Vosso? As Dez Virgens Há virgens e virgens: Umas são prudentes e outras são néscias. Os que passam a vida ociosamente, que julgam obter o Reino de Deus sem estudo, sem esforço, sem trabalho, finalmente aqueles que não fazem provisão de conhecimentos que lhes aumente a fé, estão sujeitos a verem apagadas as suas candeias, e a perderem a entrada às bodas quando se virem forçados a fazer a aquisição de óleo (conhecimento que faz a combustão de nossas almas). A fé sem conhecimento é igual a uma candeia mal provida que à meia noite não dá mais luz. Não é bastante a virgindade espiritual para a entrada da criatura humana no Reino de Deus, mas é preciso que a mesma seja ligada ao conhecimento, a todo o conhecimento que nos foi dado por Jesus. Aquele que aspira o Reino dos Céus deve instruir-se, cultivar o Espírito, exercitar a inteligência e a razão, para obter os conhecimentos supremos, que nos guindará à eterna felicidade. Não basta dizer: Senhor! Senhor! Não basta proferir preces, nem pronunciar orações mais ou menos emocionantes para que a porta da felicidade nos seja aberta. É preciso, primeiro de tudo, “abastecer as lâmpadas e os vasos”. O mandamento não é só: amai-vos, é também: instruí-vos. As “virgens prudentes” simbolizam os que lêem, estudam, experimentam, investigam, raciocinam, procurando compreender a vida, trabalhando pelo seu próprio aperfeiçoamento. As “virgens néscias” é o símbolo daqueles que sabem tudo o que se passou, menos o que precisam saber: não estudam, enfastiamse quando se lhes fala de assuntos espirituais; chegam mesmo a dizer que, enquanto estão nesta vida, dela tratarão, reservando o seu trabalho de Espírito para quando se passarem para o outro mundo. É preciso vigiar: procurar a verdade, onde quer que se encontre. É preciso adquirir conhecimentos, luzes internas que nos fazem ver o Senhor e nos permitem ingressar na sua morada. O Reino dos Céus O Reino dos Céus é um tesouro oculto ao mundo, porque os grandes, os nobres, os guias e os chefes das seitas religiosas não querem fazê-lo aparecer a Humanidade. Para tanto o homem tem que vender o que tem e comprar o campo = desembaraçar-se das suas velhas crenças, do egoísmo, do preconceito, do amor aos bens terrestres, para possuir os bens celestes. O homem terreno morre e fica sem seus bens, o homem espiritual permanece para a vida eterna e o tesouro do Céu, que ele adquiriu é de sua posse permanente. O Reino dos Céus é semelhante a pérola e o mestre nos disse “Não de pérolas aos porcos”. Devemos evitar sermos Homens-Suínos que vivem de lama e para o estomago. O fim do mundo é a mudança do velho mundo para o novo mundo. É o fim dos velhos costumes, sua velha ciência, sua velha filosofia e sua velha religião. Todos estarão na rede e todos serão julgados de acordo com as suas obras. Os anjos são os Espíritos Superiores que possuem o poder do julgamento; a fornalha de dor é o símbolo dos mundos inferiores. Os que conhecem o amor e não tem amor; os que exigem a lealdade e a sinceridade, mas não as praticam; os que clamam por indulgência e não são indulgente; os que anunciam a humildade, mas se elevam aos primeiros lugares; todos estes, e ainda os perjuros, os convencionalistas, os tíbios e os subservientes, não poderão ter a cotação dos bons, dos humildes, dos que tem o coração reto, dos que cultivam o amor pelo amor, a fé pelo seu valor progressivo, e trabalham pela verdade para terem liberdade. A Candeia A luz é indispensável à vida material e à vida espiritual. Sem luz não há vida; a vida é luz quer na esfera física, quer na esfera psíquica. Que ocorreria a Terra sem o Sol? Esconda-se a luz da sabedoria e a humanidade não dará mais um passo. Acender a candeia e colocá-la debaixo da cama X Receber novo conhecimento e ocultá-lo aos nossos semelhantes Ainda mais: “Não há coisa oculta que não venha a ser manifesta”. Todos nos recebemos a luz da doutrina de Jesus e precisamos mostrá-la, não devemos escondê-la sob a alegação do interesse, nem sob o leito da hipocrisia. Quer seja fraca, média ou forte; ilumine na proporção do azeite, do petróleo, do acetileno ou da eletricidade, o mandamento é: “Que a vossa luz brilhe diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras (que são as irradiações dessa luz) glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus”. A chama da vela não diminui, nem se gasta o seu combustível por acender cem velas; ao passo que estando apagada é preciso que alguém a acenda para aproveitar e fazer aproveitar sua luz. Uma vela acendendo cem velas, aumenta a claridade, ao passo que apagada, mantém as trevas. Assim como a luz que não ilumina e o sal que não conserva para nada prestam, assim, também, os que se dizem discípulos do Cristo e não cumprem os seus preceitos, nem desempenham a tarefa que lhes está confiada, só servem para serem lançados fora da comunhão espiritual e serem pisados pelos homens. A Dracma Perdida Nesta parábola Jesus mostra a alegria que há no mundo espiritual quando um pecador se arrepende, como a alegria que uma mulher tem ao achar 315,00 Reais (uma dracma) que havia perdido. Da mesma forma como uma mulher que ao perder a dracma, acende a candeia, varre a casa e procura-a diligentemente até achá-la, também Deus emprega todos os meios que sabiamente sugere aos Espíritos seus mensageiros para encontrar a sua dracma, ou seja o pecador que se perdeu. O Deus de Jesus, é o Deus sábio e benevolente, o Deus amoroso e caritativo, e não o Deus pródigo, cioso, vingativo e mau. Bibliografia: O Redentor - Cap. 34 - Edgard Armond - Ed. Aliança O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 11 item 3, ca. 18 item 1 - Allan Kardec - FEB Parábolas Evangélicas à Luz do Espiritismo - Rodolfo Calligaris - FEB Sabedoria das Parábolas - Huberto Rohden - Ed. Alvorada O Sermão da Montanha - Huberto Rohden - Ed. Alvorada O Sermão da Montanha - Rodolfo Calligaris - FEB Histórias que Jesus Contou - Clóvis Tavares - Lake Parábolas e Ensinos de Jesus - Caírbar Schutel - O Clarim