Diác. João Gonçalves: 25 anos dedicados ao ministério diaconal PÁGINA 14 Jornal da Arquidiocese “De graça recebestes, de graça dai” Florianópolis, Setembro de 2010 Nº 160 - Ano XIV (Mt 10,8) Grandiosa Concentração dos GBFs Celebração realizada em Camboriú reuniu mais de 4,5 mil participantes mostrando a força dos Grupos Bíblicos Número de participantes na II Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família, realizada no Ginásio de Esportes Irineu Bornhausen, em Camboriú, surpreendeu a equipe organizadora. “A presença de tantos participantes comprova que os GBFs estão organizados, articulados e unidos”, disse Maria Glória, coordena- dora arquidiocesana. Durante o dia, os participantes acompanharam encenaçõs artísticas realizadas por cada uma das oito comarcas da Arquidiocese, show de evangelização e pregação de Antônio Cardoso e celebração Eucarística presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. PÁGINA 09 ELEIÇÕES 2010: Dom Murilo presidiu à Eucaristia durante evento que celebrou a caminhada dos GBF na Arquidiocese Celebração consagrou Paróquia da Santíssima Trindade Presidida pelo nosso arcebispo, celebração marcou a conclusão dos trabalhos de restauração e adequação do espaço celebrativo Uma celebração realizada na noite do dia 31 de agosto, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, marcou a consagração da Igreja Matriz da Paróquia Irmã Stella celebra Jubileu de Diamante de vida religiosa PÁGINA 03 Participe do Jornal da Arquidiocese Santíssima Tridade em Florianópolis. Durante a solenidade, foram depositadas as relíquias da beata Albertina Berkenbrock, virgem e mártir, sob o altar. No mês de se- tembro, outras duas paróquias da Arquidiocese serão consagradas: a Catedral no dia 07 de setembro, e a Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque, no dia 30 . Coroinhas recebem Ação Social Arquiformação sobre a diocesana celebra vida religiosa 50 anos de serviços PÁGINA 08 PÁGINA 10 DO CHÃO PARA O HORIZONTE O voto pode ser o primeiro passo para a promoção das mudanças que precisamos realizar em vista de uma sociedade em que todos tenham acesso ao banquete da vida e de seus bens, sejam eles materiais, espirituais ou morais. Depois do voto existem vários outros passos a serem dados. Precisamos acompanhar o trabalhado dos governantes e parlamentares eleitos, ver de que forma estão atuando, quais as classes que privilegiam, quais são seus pro- Voluntário fala da experiência de missão na Bahia PÁGINA 13 jetos, quem são seus aliados, etc. A mudança sempre começa na base. É ilusão pensar que as mudanças começam de cima, das elites, dos governantes. PÁGINA 04 Coral Santa Cecília celebra 60 anos em encontro de corais PÁGINA 16 P O R C A R TA POR E-MAIL PELO SITE Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis [email protected] www.arquifln.org.br 2 Opinião Setembro 2010 Palavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger Krieger,, SCJ Jornal da Arquidiocese Arcebispo de Florianópolis A Boa Nova da Família À luz de Aparecida, fica clara a missão da Pastoral da Família: “Com a alegria da fé, somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, nele, a boa nova... da família” (Aparecida 103). “A família é patrimônio da humanidade”; é "escola da fé"; é lar em que a vida nasce e é acolhida generosa e responsavelmente; é ambiente "insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação de seus filhos” (Bento XVI, cf. 114). “Nela se vivem e se transmitem os valores fundamentais da fé cristã” (204), embora seja preciso reconhecer que, hoje, nossas tradições culturais já não se transmitem de uma geração à outra com a mesma fluidez que no passado (cf. 39). Cristo, “optando por viver em família em meio a nós, a eleva à dignidade de Igreja Doméstica”(115). “Pertence à natureza humana que o homem e a mulher busquem um no outro sua reciprocidade e complementaridade" (116). O amor conjugal é imagem do amor de Cristo por sua Igreja e assemelha-se ao amor fecundo da Santíssima Trindade (cf. 117). Na Santíssima Trindade “nossas famílias têm sua origem, seu modelo perfeito, sua motivação mais bela e seu último destino” (434). Ao educar os filhos, cada família é chamada a receber a fé, conservá-la, celebrá-la, transmiti-la e dar testemunho dela (cf. 118). Deus ama nossas famílias, apesar de suas feridas e divisões. A oração em família ajuda-a a superar os problemas, a curar as feridas e a abrir caminhos de esperança (cf. Palavra do Papa Bent o XVI Bento São Pio X Quero meditar acerca da figura de meu Predecessor, São Pio X (...). Giuseppe Sarto nasceu em Riese (Treviso), em 1835, de uma família de camponeses; (...) foi ordenado sacerdote com 23 anos de idade. (...) Em 1884 foi nomeado Bispo de Mântua e, em 1893, Patriarca de Veneza. Dia 4 de Agosto de 1903, foi eleito Papa (...). O Pontificado de São Pio X deixou um sinal indelével na história da Igreja (...). Com efeito, suas intervenções envolveram os vários âmbitos eclesiais. Desde o começo, dedicou-se à reorganização da Cúria romana; depois, deu início aos trabalhos para a redação do Código de Direito Canônico; (...) promoveu a revisão dos estudos e do percurso de formação dos futuros sacerdotes (...). Como pontífice, preparou um texto de doutrina cristã para a Diocese de Roma, que depois se difundiu por toda a Itália e pelo mundo. Este Catecismo, chamado “de Pio X”, foi para muitas pessoas um guia seguro na aprendizagem das verdades relativas à fé, por sua linguagem simples, clara e específica, e pela eficácia de sua exposição. Dedicou uma atenção notável à reforma da Liturgia e, de modo particular, da música sacra (...). Recomendava a aproximação frequente dos sacramentos, favorecendo a recepção diária da Sagrada Comunhão, (...) e antecipando oportunamente a Primeira Comunhão das crianças (...). Fiel à tarefa de confirmar os irmãos na fé, São Pio X, diante de algumas tendências que se manifestaram no âmbito teológico (...), interveio com determinação, condenando o “Modernismo”, para defender os fiéis de concepções errôneas e promover um aprofundamento científico da Revelação, em harmonia com a Tradição da Igreja. A 7 de Maio de 1909, com a Carta Apostólica Vinea electa, fundou o Pontifício Instituto Bíblico. Os últimos meses da sua vida foram tristemente marcados pelos inícios da guerra. O apelo aos católicos do mundo, lançado a 2 de Agosto de 1914, para manifestar “a dor acerba” da hora presente, era o clamor de sofrimento do pai que vê os filhos oporem-se uns contra os outros. Faleceu pouco tempo depois, dia 20 de Agosto, e sua fama de santidade começou a difundir-se imediatamente no meio do povo cristão. “ O Pontificado de São Pio X deixou um sinal indelével na história da Igreja, intervindo nos vários âmbitos eclesiais”. Bento XVI XVI, 18.08.10 119); o domingo é "dia de descanso, dia da família e do culto ao Senhor" (121). Para que a família seja "escola de fé" e possa ajudar os pais a serem os primeiros catequistas de seus filhos, a Pastoral da Família deve oferecer espaços de formação, materiais catequéticos e momentos celebrativos que lhes permitam cumprir sua missão educativa. Educar os filhos para o amor é formá-los para o dom de si mesmos, para o serviço, para serem “discípulos de Jesus Cristo” (cf. 303). “A família cristã está fundada no sacramento do matrimônio entre um homem e uma mulher, sinal do amor de Deus pela humanidade e da entrega de Cristo por sua esposa, a Igreja” (433). Ela é um dos eixos transversais de toda a ação evangelizadora da Igreja. “Em toda diocese se requer uma pastoral familiar “intensa e vigorosa” (Bento XVI, DI 5), para proclamar o evangelho da família, promover a cultura da vida e trabalhar para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados (435). Várias ameaças pairam sobre a família (cf. 40), mas, com o apoio da Pastoral da Família (cf. 437), a família poderá ser vista como um bem dos povos e de toda a humanidade. Alegrem-se, pois, membros da Pastoral da Família: vocês estão a serviço de um dos mais belos sonhos de Deus! (Idéias desenvolvidas na palestra de abertura do Congresso Arquidiocesano da Pastoral da Família - Florianópolis, 21.08.10). “ Em toda diocese se requer uma pastoral familiar ‘intensa e vigorosa’, para proclamar o evangelho da família.” Reflexão Deus enviou a Palavra e o homem criou o palavrório Há um complô contra o silêncio: ruas, casas, lojas, clínicas, estão povoadas por sistemas de som com música, anúncios, vantagens. O lar está tomado pelo barulho da TV, do rádio, celular, telefone, aparelho de som. Há barulhos nas imagens, anúncios nas estradas e vias públicas, sites de internet que também rompem o silêncio, às vezes com efeitos mais desastrosos ainda. Por que temos tanta dificuldade em parar, fechar os olhos, permanecer silenciosos ou, silenciosamente, contemplar as pessoas que nos cercam, a paisagem oferecida gratuitamente? É o medo de nós. Medo da vida que levamos e fingimos que não levamos. A solidão, o silêncio e a ascese permitem olhar face a face os pensamentos-tentações que nos afligem: não crer em Deus nem em nada, a conclusão de que tudo se acaba em nada, o peso dos pecados que leva a duvidar do perdão, a capacidade de ver o bem no ser humano. O silêncio e a solidão nos obrigam a dar uma resposta a esses verdadeiros problemas, tão ocultos na vida social, mas tão exigentes para que possamos existir com sentido. Ouvir o silêncio que fala, ouvir a Palavra de Deus exige que se calem as outras palavras, que se escute o outro, o irmão e a irmã que batem à nossa porta a fim de escutarmos seus problemas, sofrimentos, a palavra de sua vida. Jornal da Ar quidiocese de Florianópolis Arq Rua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis 4-4 799 Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322 3224-4 4-4799 E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br 24 mil exemplares mensais Foi no silêncio eterno que a criação ainda informe e vazia ouviu a primeira Palavra do Criador: “Faça-se a luz!” (Gn 1,3). Essa Palavra continua a ecoar pela história daqueles que decidem tornar suas existências luminosas, mas somente é ouvida no silêncio. E, sem a luz, a palavra não discerne o belo e o mau. O barulho nos faz escutar o nada, leva-nos ao esvaziamento das profundezas de nosso coração, chegando a impedirnos o grande grito silencioso e necessário “Das profundezas, Senhor, a vós eu clamo!” (Sl 129,1). Silêncio - a Palavra veio morar entre nós O silêncio é um caminho que se percorre no exercício perseverante e até árduo do encontro pessoal. Às vezes o silêncio espanta e vem a tentação de retornar ao barulho, ao palavrório vazio. Preferese o sonambulismo espiritual, o não se conhecer em profundidade e se cai na alienação. Numa espiritualidade movida a vácuo multiplicamos a ação, nos embebe-damos para gritar falsas alegrias, transformamos o louvor em algazarra, o ato penitencial em gemido narcisista, a Liturgia em espetáculo, gritamos para Deus a fim de que ele não possa ser ouvido. Permaneceremos como semente lançada em chão sem profundidade. “E a Palavra se fez carne, e veio morar entre nós” (Jo 1,14). O Filho eterno do Pai não veio ao mundo com palavras, mas como Palavra feita carne, vida, encontro, misericórdia. Não Palavra de ensino, legalista, mas Palavra encarnada que nos narra o Pai, possibilitandonos o confronto com aquele que, único, pode dizer: “Faça-se a luz!”. Cristo-Palavra é o Filho estampado no rosto humano e permite decifrar Deus em cada rosto de homem, onde o Deus pessoal o trata como um “tu” e com ele estabelece diálogo. Então o homem mergulha no Absoluto e recupera sua imagem dialogal - somente se é pessoa diante de um tu - e emerge indo ao encontro do mistério do próximo, dando um significado infinito ao rosto do outro. A Bíblia é uma Palavra, a Palavra é Cristo, Deus é uma Palavra: Amor. Para fugir do Amor criamos palavrórios sedutores envolvidos em embalagens de teologias prolixas, criamos igrejas movidas a milagres, competições denominacionais, proferimos conferências e sermões gritantes, colocamos o demônio em todos os problemas, transformamos o Cristianismo em terapia. Não é necessário tanto palavrório. Serve apenas para fugir da verdade que é mais simples: é Palavra-amor no qual Cristo nos revela quem é Deus e, ao mesmo tempo, quem é o homem. Pe. José Artulino Besen pejabesen.wordpress.com Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Guilherme Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Depto. de Publicidade: Pe. Francisco Rohling Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul Jornal da Arquidiocese Geral 3 Setembro 2010 Irmã Stella comemora Jubileu de Diamante Com 60 anos de vida consagrada, a irmã carmelita é membro de uma família rica em vocações Foto/JA Uma celebração realizada no dia 15 de agosto marcou o Jubileu de Diamante da Irmã Maria Stella do Sagrado Coração de Jesus Jesus. Realizada às 17h no Carmelo Cristo Redentor, em Picadas do Sul, São José, a celebração foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger, e concelebrada por sete padres e diáconos. O evento contou com a presença de fiéis e colaboradores do Carmelo. Também com a presença do Irmão Luiz Puhl, religioso jesuíta e único irmão vivo da homenageada. A animação ficou por conta do Coral Encantos, sob a regência de Robson Vieira. No início da celebração, Dom Murilo disse que somos convidados a subir o Monte Carmelo, partilhando a experiência de Santa Terezinha e de Irmã Stella. "Deus é misericordioso e é isso que Irmã Maria Stella quer nos mostrar", disse Dom Murilo. Em sua homilia, nosso arcebispo disse que, ao fazer os seus votos, Irmã Stella disse a Deus XIII Congresso da RCC Irmã Stella acompanhou a celebração na clausura, com as suas coirmãs que queria dedicar-se inteiramente a ele. “Ao vir para o Carmelo, ela não quis fugir do mundo, mas dedicou toda a sua vida a interceder pelo mundo”. Ao final da celebração, Irmã Maria Stella agradeceu a presença de todos, particularmente do nosso arcebispo, Dom Murilo. Em seguida, os presentes foram convidados a degustar um coquetel oferecido pelos colaboradores do Carmelo. Para mais informações sobre a Irmã, veja a edição anterior do nosso Jornal. Mais fotos no site www. ar q uifln.org.br arq uifln.org.br, clicar no link “Galerias” no alto da página. Concentração do Apostolado da Oração Mais de quatro mil participantes da Arquidiocese são aguardados para o evento No dia 05 de setembro, todos os membros do Apostolado da Oração da Arquidiocese são convidados a reunir-se no Centro de Evangelização Angelino Rosa Rosa, o “CEAR”, em Areias de Baixo, Gov. Celso Ramos. O evento espera reunir mais de cinco mil participantes. Com o tema “Coração de Jesus, fonte de Amor”, o encontro contará com a presença do Pe. Otmar Schwengher SJ, secretário nacional do Apostolado, e do Pe. Silvano Valdemiro de Oliveira, pároco de Antônio Carlos. O encerramento, às 15h, será com a celebração eucarística, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. A animação ficará por conta de um coral com 200 vozes, sob a regência do maestro Robson Medeiros Vicente. Ao final, haverá uma procissão com a imagem do Sagrado Coração de Jesus, seguida de de bênção do Santíssimo. O evento é realizado a cada dois anos. No último, em 2008, em Antônio Carlos, mais de quatro mil pessoas estiveram presentes. “Isso nos motiva para que neste próximo encontro ainda mais pessoas possam participar”, osa disse Terezinha Nair da R Rosa osa, da equipe arquidiocesana de coordenação do Apostolado. Mais informações, pelos fones (48) 3244-8477 ou 9968-2453, ou pelo e-mail terezinhanairrosa @hotmail.com @hotmail.com.. 100 anos de assistência social A Irmandade do Divino Espírito Santo - IDES, em Florianópolis está comemorando 100 anos de trabalho de assistência social. Para celebrar a data, no dia 17 de setembro, às 18h15, será realizada uma missa comemorativa na Catedral de Florianópolis. A celebração será presidida pelo Pe. Francisco de Assis Wloch, pároco da Catedral. Vai acontencer... Fundada em 1773, portanto com 277 anos de atuação, a Irmandade é uma entidade de caráter assistencial, sem fins lucrativos e tem por finalidade atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Seu trabalho está concentrado em três núcleos de atendimento: Infância; Arte e Educação; e Formação e Trabalho. No total, são atendidas mais de 1.100 crianças e adolescentes, com idades entre 0 e 18 anos. A manutenção dos trabalhos é feita através de doações de benfeitores, do trabalho dos voluntários e da Festa do Divino Espírito Santo. Mais informações no site http:// idespr omenor .org.br/ idespromenor omenor.org.br/ .org.br/, ou pelo fone (48) 3298-7130. A Renovação Carismática Católica estará realizando, nos dias 10, 11 e 12 de setembro, o seu XIII Congresso Arquidiocesano. O local será o Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR, em Governador Celso Ramos. Com o tema “Celebrando Pentecostes”, durante os três dias os participantes contarão com a pregação de Ironi Spuldaro, apresentador do programa "Celebrando Pentecostes" na TV Canção Nova, Lucimar Maziero, coordenadora nacional do Ministério de Formação da RCC, e do Pe. Nilson Mota, pregador e cantor da Diocese de Osasco, São Paulo. Para participar, os interessados devem fazer as suas inscrições até o dia 03 de setembro. Os participantes serão acolhidos em alojamentos ou em casas de famílias. Mais informações, pelo fone (48) 3263-6347, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h, no escritório da RCC em Tijucas (quem mora em outras regiões, é necessário colocar o DDD 48), ou pelo fone (48) 8813-8081, ou ainda pelo e-mail contato@ r ccar q uifloripa.com.br ccarq uifloripa.com.br. Encontro do Setor Juventude A Equipe de Coordenação Arquidiocesana do Setor Juventude realizará um encontro no dia 05 de setembro, no salão paroquial da Paróquia de Tijucas. São convidados a participar todos os segmentos da juventude da Arquidiocese. Durante o evento, haverá tro- ca de experiências e será aprofundado o estudo sobre a constituição do Setor e como organizálo. Os presentes participarão de trabalhos de grupo. Para mais informações, entrar em contato com o Pe. Josemar Silva Silva, pelo fone (47) 3365-1884, ou pelo email [email protected] [email protected]. Congresso da Infância Missionária O Conselho Missionário Diocesano - COMIDI, estará realizando, no dia 19 de setembro, o Congresso da Infância Missionária. Localizado na igreja São Francisco, no Kobrasol, em São José, pertencente à paróquia Santo Antônio, de Campinas, o evento terá como tema “Criança evangeliza criança!” e lema “De todas as crianças do mundo sempre amigas!”. Durante o dia, além da celebração eucarística, as crianças participarão de apresentações de histórias, com dramatizações e teatrinhos. Entre as apresentações, haverá animação musical. Mais informações pelo fone 48) 3222-9572 com Leka, ou pelo e-mail leka@ missaojovem.com.br Retiro dos diáconos e esposas A Comissão Arquidiocesana do Diaconato Permanente CADIP, programou para os dias 17 a 19 de setembro o retiro para diáconos, esposas e viúvas. Será na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis, com a assessoria do Pe. Domingos Nandi Nandi, professor do Instituto Teológico de Santa Catarina - ITESC. Durante os três dias, os participantes refletirão sobre o tema “A Espiritualidade da liturgia na vida do diácono e família”. Este será o primeiro retiro do ano. O próximo será nos dias 15 a 17 de outubro, com o mesmo assessor e tema, e será realizado na Casa Padre Dehon, em Brusque. Mais informações pelo fone (48) 3237-3320, com o diácono Avelino Trentin, ou pelo e-mail avtrentin@y ahoo.com.br [email protected] ahoo.com.br. 4 Tema do Mês As eleições de 2010 se aproximam. Novamente somos chamados a eleger os governantes do país e do Estado e os parlamentares representantes do Estado no contexto da nação. O voto pode ser um ato profético e evangélico de anúncio da Boa Nova do Reino de Deus, com suas características centrais como a justiça, a paz, a promoção e a defesa da vida, o cuidado com a criação e a opção pelos pobres. Atualmente muitas pessoas preferem não se envolver com a política. Os escândalos de corrupção ocorridos no campo da política evidenciam os problemas atuais da sociedade, mostram que o benefício pessoal torna-se mais importante que o bem estar de toda população. Estes problemas não atingem só a política. Diversas organizações e instituições passam por crises éticas, provocadas em sua maioria pelo modelo de sociedade em que vivemos, na qual se incentiva a competição, a obtenção de lucros, o consumismo, o favoritismo etc. O voto pode ser uma resposta concreta para a solução de muitos problemas atuais. No entanto, além do voto existem vários outros processos sociais, que podem apontar para as mudanças das estruturas econômicas, sociais e políticas do Brasil. Além da Lei 9840 contra a compra e venda de voto e, assim, contra a corrupção eleitoral, temos agora a Lei Ficha Limpa. São exemplos de que é possível mudar práticas antigas, se milhares de pessoas se unirem, se organizarem e lutarem por um país mais justo, ético e fraterno. Para votarmos de forma consciente, as Pastorais Sociais da CNBB indicam o exercício de dois movimentos concomitantes: olhar para o chão e apontar para o horizonte. Olhar para o nosso chão A sociedade brasileira tem passado por profundas mudanças. Muitas vezes elas são tão rápidas que não conseguimos acompanhálas. Por isso, é importante e necessário fazer análise constante da realidade, considerando-a em seus aspectos políticos, sociais, econômicos, ecológicos, exercitando a dialética do local para o global. Neste tempo de campanha eleitoral essa análise torna-se ainda mais necessária, pois corremos o risco de cair na ilusão das frases bem elaboradas e de números que nem sempre condizem com a realidade. O exercício de olhar para o chão nos leva a perceber quais são as principais demandas existentes em nossa rua, bairro, município, estado e país. Depois, é preciso relacioná-las com as propostas apresentadas pelos candidatos, a Setembro 2010 ELEIÇÕES 2010: DO CHÃO PARA O HORIZONTE As mudanças sempre começam na base; é ilusão esperar que venham de cima, das elites, dos governantes. partir de uma análise conjugada do perfil de sua história, de sua formação e de seu engajamento político. Se comparássemos o mundo da política com um grande banquete, como será que a definiríamos? Será que todos sairiam saciados desse banquete? Como seriam os talheres? Haveria pessoas que buscariam atender bem e servir bem as outras pessoas? Por quê? Quem seriam os apressados a encher o prato e deixar os outros sem nada? A eleição é um ato político, que deve levar o cidadão a pensar na coletividade. O que é bom para uma pessoa, pode não ser para outra. Mas não há como lutar por uma sociedade mais justa e igualitária, se as pessoas só vivem pensando em si. Política na vida da gente A política mexe com a nossa vida cotidiana. É no nosso dia a dia que vivemos as grandes cri- “ Vote consciente: voto não tem preço, tem consequências; acompanhe o trabalho dos candidatos, suas realizações, depois de eleitos”. ses noticiadas nos jornais. Na hora do voto, é preciso pensar como os candidatos se propõem resolver ou apontar caminhos para a solução dessas crises. A crise ecológica está a mostrar, há muito tempo, que a ação do ser humano está tornando a terra inabitável, por causa da escolha de um modelo de desenvolvimento predatório, que esgota os recursos naturais, porque se ba- seia na produção sem limites e no consumo desenfreado. Na Campanha da Fraternidade deste ano tratou-se do modelo econômico seguido em nosso país. Urge pensar em um modelo que nos estimule a fazer que a economia seja voltada para a vida, uma economia inclusiva e solidária, uma economia da comunhão e da participação, baseada na distribuição de riquezas. Uma economia que valorize mais o ser do que o ter. Também a concepção de Estado é algo que se deve refletir. É importante considerar as propostas de Estado que os candidatos apresentam. Geralmente são apresentados dois modelos: de um lado, um Estado indutor do crescimento econômico e redistribuidor de renda, incentivador de melhores condições de saúde, educação, emprego e segurança do povo, a começar com os mais pobres; de outro lado, o chamado Estado enxuto, desinteressado das grandes Jornal da Arquidiocese questões sociais, facilitador da iniciativa privada e que só admite gastos sociais que não provoquem déficit nas contas públicas. Apontar para o horizonte Depois de analisar a sociedade em que vivemos, é preciso elencar as características da sociedade que queremos. Apontar para o horizonte significa sonhar com a superação de alguns problemas atuais, tais como a crise ecológica, a falta de ética na política, a força do modelo produtivista e consumista, a centralidade do deus-dinheiro na organização da sociedade, a ausência de valores no mundo do mercado etc. O voto pode ser o primeiro passo para a promoção das mudanças que precisamos realizar em vista de uma sociedade em que todos tenham acesso ao banquete da vida e de seus bens, sejam eles materiais, espirituais ou morais. Depois do voto, existem vários outros passos a serem dados. Precisamos acompanhar o trabalho dos governantes e parlamentares eleitos, ver de que forma estão atuando, quais as classes que privilegiam, quais são seus projetos, quem são seus aliados, etc. A mudança sempre começa na base. É ilusão pensar que as mudanças venham de cima, das elites, dos governantes. Para votar bem, algumas dicas são muito úteis: reúna um grupo de pessoas (catequistas, lideranças da comunidade e familiares) para realizar os dois exercícios: olhar para o chão e apontar para o horizonte; analise a história de vida dos candidatos, veja qual seu comprometimento com a coletividade, principalmente com os mais pobres; considere seus projetos, veja quem são seus aliados; lembre-se de que candidato com muitos recursos na eleição, é candidato comprometido com grandes setores econômicos, que depois cobrarão o que tiverem investido; denuncie os candidatos que não respeitam a Lei 9840 contra a corrupção eleitoral; vote consciente: voto não tem preço, tem consequências; acompanhe o desenvolvimento dos candidatos depois de eleitos, veja de que forma estão trabalhando, quais são seus projetos, de que forma estão cumprindo suas promessas de campanha. Fernando Anísio Batista Batista, Sociólogo, Ação Social Arquidiocesana, e Pe. Vit or Galdino FFeller eller Vitor eller, Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Professor de Teologia e Diretor do ITESC Jornal da Arquidiocese Geral 5 Setembro 2010 Clero recebe formação sobre o canto na liturgia Mais de 50 padres e diáconos refletiram sobre o conceito de ‘música ritual’ nas celebrações Jornal da Arquidiocese Que tipo de canto se pode utiFoto JA Frei Joaquim: “Os erros cometidos na utilização do canto na Liturgia são devidos à falta de formação”. Foto JA “Canto e Música na Presidência Litúrgica”, este foi o tema do Curso do Clero da Arquidiocese realizado nos dias 17 e 18 de agosto, na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis. Assessorado por Frei Joaquim Fonseca ofm ofm, de Belo Horizonte, MG, o encontro reuniu mais de 50 padres e diáconos da Arquidiocese. Durante os dois dias, Frei Joaquim, que foi assessor da CNBB para a música litúrgica e presta assessorias sobre o tema em todo o Brasil, entre outras coisas, explicou a função ministerial de cada canto na celebração litúrgica. Os participantes do encontro receberam uma apostila explicativa sobre a função ministerial do canto e da música nos tempos do ano litúrgico e suas festas. Também foram apresentados dois livros do assessor: “Quem canta? O que cantar na liturgia?”; e “Cantando a missa e o ofício divino” (Ed. Paulus). Para esclarecer algumas dúvidas, ele concedeu a entrevista que segue. Semana Teológica no ITESC Membros do clero da Arquidiocese receberam formação sobre a função ministerial do canto e a música nos tempos do ano liturgico lizar em uma Celebração ltúrgica? Frei Joaquim - Não se pode utilizar qualquer canto. Antes de tudo, ele deve estar enraizado na Sagrada Escritura. Outra coisa é que cada canto combine com o momento ritual a que se destina e sempre em consonância com o tempo do ano litúrgico e/ou festa. Qualquer pessoa que tenha formação litúrgico-musical básica não terá maiores dificuldades de escolher um repertório adequado para as celebrações litúrgicas. JA - As orientações sobre o uso do canto e da música na liturgia vêm de quando? Frei Joaquim - A Igreja sempre cuidou de orientar seus fiéis para que o canto e música fossem adequados à celebração litúrgica. Contudo, o Concílio Vaticano II recuperou a verdadeira teologia e espiritualidade do canto litúrgico que, ao longo do tempo, foi mal entendida. Conforme o ensinamento do Concílio, canto e a mú- sica são “parte integrante” do culto cristão e não um mero acessório no conjunto da celebração. JA - Como se consegue tornar uma celebração participa participa-tiva sem fugir às normas litúrgicas? Frei Joaquim - O princípio fundante é o conhecimento da teologia e da espiritualidade litúrgica. Por exemplo, muitas pessoas, inclusive presbíteros, acham que “participar” é todo mundo fazer tudo ao mesmo tempo. Cada momento da ação ritual requer um tipo de participação. E mais: a própria “Sacrosanctum Concilium” estabelece os vários níveis de participação: Interna, externa, consciente, ativa, plena, frutuosa. Cada ministro da celebração, a começar por quem a preside, deve restringir-se àquilo que lhe compete (Cf. SC 28). Isso também vale para a assembleia. Essa ministerialidade é que confere maior dinamismo e beleza enquanto se celebra o mistério pascal de Cristo. Assembleia Regional dos Diáconos Os diáconos do Regional Sul IV da CNBB (SC) estarão reunidos nos dias 10 a 12 de setembro, na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis, para participar da sua Assembleia Regional. No segundo dia do evento, eles contarão com a assessoria do Diácono José Carlos Pascoal, do Vai acontencer... Regional Sul I (São Paulo), membro da Comissão Nacional de Diáconos. Ele tratará do tema “O ser Diácono na Vida da Igreja”. No último dia, será realizada a Assembleia Eletiva. Na oportunidade, será apresentada a prestação de contas de 2007 a 2010, e realizada a eleição da nova diretoria, que será empossada durante a celebração de encerramento. O Regional Sul IV, conta com 196 diáconos incardinados e dois aguardando incardinação. Mais informações com o Diácono Antônio Camilo dos Santos Santos, Coordenador Regional dos Diáconos, pelo fone (48) 3206-3280, ou pelo e-mail [email protected] [email protected]. “Teologia e economia e suas implicações pastorais” é o tema da semana teológica deste ano, que se realizará nos dias 20 a 24 de setembro. Promovido pelo Instituto Teológico de Santa Catarina - ITESC, em Florianópolis, o evento pretende discutir os seguintes assuntos: a realidade econômica e ecológica catarinense, economia solidária, teologia e economia, crítica teológica ao neoliberalismo, implicações éticas, entre outros. O evento contará com con- ferencistas convidados, entre os quais: Jung Mo Sung (SP), Celestino Secco, Armando Lisboa, Vilmar Adelino Vicente, Glauco Corte, Hector Lois. Uma das novidades deste ano, além da pedagogia e dinâmica da semana, é o horário noturno, possibilitando um maior número de participantes. Para conhecer a programação, com os horários e temas com respectivos conferencistas, acesse o site http:// it esc.org.br itesc.org.br esc.org.br. Mais informações no fone (48) 3234-0400. Uso das Plantas Medicinais A Pastoral dos Enfermos estará realizando no dia 14 de setembro, às 14h30, o curso de formação “Saiba como utilizar as plantas medicinais”. Será no Centro Arquidiocesano de Pastoral - CAP, no Largo São Sebastião, na Beira-Mar, em Florianópolis. O curso será ministrado por Jaci Helena Perttoni Perttoni, coordenadora da Pastoral da Saúde na Arquidiocese. “O evento tem como objetivo orientar as pessoas sobre o uso das plantas medicinais e seus benefícios para a saúde”, informou Maria Luiza Nogueira Nogueira, Coordenadora da Pastoral dos Enfermos. Encontro para casais em Segunda União A Pastoral Familiar estará promovendo nos dias 23 e 24 de outubro um encontro de formação para casais em segunda união. Realizado na Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque, o evento contará com a assessoria do Padre Chiru Chiru, da diocese de São Leopoldo, RS, e sua equipe. Os casais de outras cidades, interessados em participar, serão acolhidos para pernoitar em casa de famílias. Para mais in- formações, entre em contato com Sílvia e José Almir (Brusque), pelo fone (47) 33515322, ou com Cida e Gervásio (Fpolis), (48) 3240-8064; ou com Liege e Rogério (Itajaí), (47) 3241-2455, ou pelo e-mail Fundamentado na "Misericordiosa Partilha de Vida", os casais são acolhidos também com seu filhos pequenos (creche no local). O Valor da inscrição para o Casal é de apenas R$ 70,00. Encontro de Jovens Cursilhistas O movimento do Cursilho de Cristandade realizará o 5º EDIJO - Encontro Diocesano de Jovens, nos dias 18 e 19 de setembro, no Camping Beira Rio, Guarda do Embaú, em Palhoça. Trata-se de um espaço de lazer e entretenimento com a finalidade de proporcionar uma experiência com Deus, em meio à natureza, e um encontro com Jesus Cristo, resgatando valores importantes para nossa vida. As vagas são limitadas a 70 participantes. Os interessados devem fazer a sua inscrição até o dia 06 de setembro pelo eacad_reciclagem@ mail superig.com.br superig.com.br. 6 Bíblia Setembro 2010 Jornal da Arquidiocese Conhecendo o livro dos Salmos (30) Salmos 42 (41) e 43 (42): Sede e Desamparo Como a corça 2. Como a corça anseia pelas águas correntes, / assim a minha alma / anseia por ti, ó Deus. A primeira comparação, em ambiente silvestre, numa paisagem aparentemente tranquila, pode enganar-nos sobre o conteúdo do salmo, que nada tem de aprazível. Segundo a informação geográfica do v. 7, o salmista encontra-se, exilado, na região montanhosa do Hermon, ao norte da Galiléia. Seus olhos percebem uma corça, um caprino, numa torrente seca, em busca desesperada de água. Na ansiedade do animal, o poeta projeta o seu próprio estado de ânimo, a sua busca sofrida de Deus, expressa de maneira indireta: é sua “alma”, isto é, o profundo do seu ser, que anseia pelo Senhor. Sede de Deus 3. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: / quando hei de ver a face de Deus? A “sede de Deus” que abrasa o salmista não é algo abstrato. Por isso mesmo, é comparada à sede física, vital, dessa água corrente sem a qual ninguém pode viver, e que para ele é o próprio Deus, o Deus vivo. Mas o salmista fala também da sua ânsia de “ver a face de Deus”, isto é, de comparecer à divina presença, de certo modo localizada no Templo, de onde, por algum motivo injusto (cf v. 13), ele se encontra afastado. Divulgação/JA Este belo salmo surpreende por vários motivos. É um salmo só, ou, como consta em nossas bíblias, são dois? Ou até três salmos, delimitados pelo mesmo refrão que aparece no v. 6, no v. 12 e, ainda, no v. 17? Aliás, é esse refrão que confere unidade ao conjunto. Mas temos ainda, num salmo relativamente breve, uma série de imagens vigorosas, como a da sede de águas benfazejas, no início (v.2), contrastando com o medo de águas torrenciais, no meio (v. 8); o contraste, também, entre os hinos da “multidão em festa” (v. 5) e o escárnio impiedoso dos que provocam o fiel: “Onde está o teu Deus?” (vv. 4 e 11); a saudade do Templo, e a esperança e certeza de voltar “ao altar de Deus” (v. 5 e v. 15). Tudo isso, entrecortado de queixas, perguntas, propósitos, com os quais o salmista se expõe, e até se desnuda, diante de Deus e de si mesmo. Mas vejamos, ao longo do salmo, esses e outros detalhes. do no outro, evoca perigos mortais, cada vez mais extremos. De dia, de noite 9. De dia, o Senhor me dá a sua graça; / de noite, elevo a Ele o meu canto, / minha prece, ao Deus da minha vida. Depois da impressionante queixa no versículo anterior, segue, sem transição, o relato da tranqüilidade de que o salmista desfruta, apesar de tudo. De fato, se “de noite” eleva a Deus o seu “canto”, a sua “prece”, ele conta, durante o dia, com a “graça”, ou seja, a misericórdia e bondade, do Senhor. Meu rochedo O pão das lágrimas 4. As lágrimas são meu pão dia e noite, enquanto me repetem o dia inteiro: “Onde está o teu Deus?” É curiosa essa metáfora do “pão das lágrimas”, quando o normal, tendo antes falado em “sede”, seria falar em “bebida”: em vez de água, ou vinho, o que ele tem a beber agora são “as lágrimas”. E o primeiro motivo dessas lágrimas é o escárnio, a zombaria, dos que insistem em afirmar que ele está abandonado por Deus, o que lhe torna ainda mais doloroso, mais insuportável, esse suposto abandono. Saudade do Templo 5. Disto me lembro e minha alma se aflige: / quando eu passava junto à tenda admirável, rumo à casa de Deus, / entre os cantos de alegria e louvor da multidão em festa. Em contraste com o presente escárnio dos ímpios, a lembrança dos cantos de alegria e louvor da multidão em festa outrora, deveria ser-lhe agradável, até confortadora. Mas não. Não é “memória” que atualiza, e sim apenas saudade de uma fase feliz que passou. Por isso, a “aflição” de sua alma, inconsolável. Por que estás triste? 6. Por que estás triste, minha alma? Por que gemes dentro de mim? / Espera em Deus, pois ainda o louvarei, / meu salvador e meu Deus. O diálogo interior é no salmo expressão do drama interno, vivido pelo salmista. Se os ímpios insistem em lançar-lhe em rosto a ausência de Deus, ele próprio dia- loga consigo mesmo, questionando a própria tristeza e retomando consciência da divina presença. São como que dois “eu”: o eu carnal, natural, frágil, e o eu espiritual, sobrenatural, forte. Por isso, a última palavra é a da esperança, da certeza do futuro louvor. Esse contraste entre a ausência sentida e a presença esperada, do próprio Deus, é tão importante, que o salmista o retomará mais duas vezes (v. 12 e v. 17), transformando-o como que num refrão, conforme já dito acima. Na terra do Jordão 7. Em mim se abate a minha alma: / por isso, de ti me recordo na terra do Jordão e do Hermon, / no monte Misar. O salmista volta a afirmar o próprio abatimento, mas nele não se fecha. Fala na reevocação da presença do Senhor, exatamente nas suas circunstâncias de exilado “na terra do Jordão e do Hermon”. Ele não insiste nessas informações topográficas, das quais, aliás, a referência ao “monte Misar” não tem sido exatamente identificada. Abismos e cascatas 8. Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas cascatas: / as tuas vagas e ondas todas passaram sobre mim. De repente, uma explosão de imagens, talvez inspiradas nas nascentes do Jordão, onde o salmista esteve, lhe serve agora para expressar a enxurrada de males que sobre ele se abateram, uns após outros. De que males se trata? Ele não concretiza. Mas deles se queixa como se proviessem de Deus: “tuas” cascatas, “tuas” vagas e ondas... O “abismo”, um despencan- 10. Digo a Deus, meu rochedo: “Por que te esqueceste de mim? Por que ando triste, pela opressão do inimigo?” Deus como “rochedo”, isto é, fundamento firme e lugar de refúgio, é uma comparação relativamente freqüente nos salmos. Aqui, porém, o “rochedo” parece ter desmoronado ou ter-se tornado inacessível, provocando a queixa que já foi verbalizada no v. 7 e vai retornar nos vv. 12 e 17: “Por que ando triste?” Só que a queixa agora é mais pungente, com uma nota muito pessoal: “Por que te esqueceste de mim?” Pelo fato de ser sentida, dói muito essa ausência de Deus. Ossos quebrados 11. Pelo insulto dos meus adversários, estão quebrados os meus ossos. / Pois repetem o dia inteiro: “Onde está o teu Deus?” Justamente porque ama o Senhor, o salmista sente abalada a sua estrutura pessoal (seus “ossos”), ante o repetido deboche dos seus adversários. Esses, de fato, continuam a provocá-lo, sem darlhe trégua, como já ouvimos acima, no v. 4. Por que triste? 12. Por que estás triste, minha alma? Por que gemes, dentro de mim? / Espera em Deus, pois ainda o louvarei, / meu salvador e meu Deus. Este v.12 repete, com novas nuances, o v.7, já comentado acima. SALMO 43 (42) 13 (1). Faze-me justiça, ó Deus, / defende a minha causa contra gente ímpia; / livra-me de quem é mentiroso e enganador. Usando linguagem judicial, o salmista apela ao Juiz supremo, pedindo-lhe que “faça justiça”, O ITESC - INS A CA TARINA sos no turnos de e xt ensão para leigos/as, nas segunINSTITUT TITUTO SANTA CAT ARINA,, além dos cur cursos noturnos ext xtensão TITUT O TEOLÓGICO DE SANT eiras à noit e (1 9h 30 - 22h), mantém o cur so matutino de graduação em TTeologia, eologia, em 4 anos, 8 semestres, aber noite (19 curso abertto das ffeiras também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2 o grau completo. A matrícula pode ser feita por disciplinas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48) 3234 3234-- 0400 ou o e e-- mail: [email protected] “defenda a sua causa” e o “liberte” das acusações injustas dos seus adversários, que, mentindo, conseguiram bani-lo do Templo. Minha fortaleza 14 (2). Pois tu és, ó Deus, a minha fortaleza: Por que me rejeitas? Por que ando triste, oprimido pelo inimigo? Este versículo praticamente repete o v. 10, onde Deus é chamado de “meu rochedo” e no qual o salmista se queixa de ter sido “esquecido”. Aqui, se queixa de estar sendo “rejeitado”, deixando-se levar pela falsa idéia de um Deus “disponível”. Ao altar de Deus 15 (3). Envia tua luz e tua verdade: / que elas me guiem, me conduzam ao teu monte santo, à tua morada. 16 (4). Irei ao altar de Deus, / ao Deus que é a minha alegria e meu júbilo, / e te darei graças na cítara, ó Deus, meu Deus. Estes dois versículos eram rezados pelo celebrante no início da Missa, como preparação pessoal ao pé do altar, no rito anterior ao Vaticano II. No contexto geral do salmo, expressam a esperança e certeza do retorno ao Templo, o salmista podendo novamente “subir ao altar de Deus”. Por que triste? 17 (5). Por que estás triste, minha alma? Por que gemes, dentro de mim? / Espera em Deus, pois ainda o louvarei, / meu salvador e meu Deus. Como o v. 12, este v. 17 repete o v. 7, já comentado acima. Não é preciso ressaltar, resumindo, que este salmo é um dos mais belos testemunhos da experiência vvida pelos místicos: da presença/ausência de Deus. Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica no ITESC email: [email protected] Para refletir: 1) Por que estes salmos 42 e 43 podem ser considerados um salmo só? 2) De que “sede” se trata nos versículos 2 e 3? O que é “ver a face de Deus”? 3) Qual a razão da saudade do salmista? Como é o seu diálogo interior? 4) Percebe a variação de sentido do “refrão” (vv. 7,12,17), de acordo com o que precede? 5) Qual era a aplicação que se fazia do Sl 43 no rito anterior ao Vaticano II? Jornal da Arquidiocese Juventude 7 Setembro 2010 Jovens da Comarca da Ilha realizam Trilha Caminhada reuniu 80 jovens de várias paróquias da Comarca, que caminharam por quatro horas Divulgação/JA A Pastoral da Juventude da Comarca da Ilha realizou no mês de agosto a sua primeira atividade comarcal, uma trilha. Cerca de 80 jovens, de várias paróquias, fizeram o percurso que iniciou na Praia Mole e terminou na prainha da Barra da Lagoa. A trilha, considerada de alta dificuldade, durou cerca de 4 horas, superando a estimativa do percurso. Ao chegarem na prainha da Barra da Lagoa, os jovens participaram da Santa Missa, celebrada pelo comarcão, Padre Caon. Essa atividade foi muito importante para a integração dos grupos de jovens e a comunhão com a Igreja particular na Comarca da Ilha. O sentimento foi de alegria, Como falar ao jovem sobre... O Pecado Após a longa caminhada, um momento para relaxar em frente ao mar Divulgação/JA Após a caminhada, os jovens participaram de Celebração Eucarístico apesar do cansaço, e já aguardando a próxima atividade. Próximos eventos No mesmo sentido, buscando a integração e fortalecimento do sentimento de comarca na Pastoral da Juventude, estão sendo pensadas atividades da PJ em outras comarcas: Comarca de Tijucas 04 e 05 de setembro - Retiro Comarcal da PJ Comarca do Estreito 25 de setembro - Missa comarcal da PJ CONTATOS COM A PASTORAL DA JUVENTUDE TWITTER www.twitter.com/ pjarquifloripa ORKUT PJ ARQUIFLORIPA MSN [email protected] YOUTUBE www.youtube.com/ pjarquifloripa SKYPE pjarquifloripa Quando alguém vai falar do pecado para os jovens, o que fala? Normalmente sobre “o que não pode”. Não pode isto, não pode aquilo. Até está certo, pois o pecado são coisas que temos que evitar, que temos a cada dia que ficar longe e dizer “não”. Mas, que jovem não sabe o que é pecado? Qual jovem não sabe quando está pecando e fazendo algo de errado? Sabem. Mas uma conversa que já começa com o “Não”, por si só afasta um jovem. Ao falar de pecado, começando com um “não”, cortamos a conversa logo no seu início. Mas como falar do pecado e se aproximar dos jovens, sendo este um assunto tão delicado? Falando do divino no jovem e do amor de Deus. No catecismo da Igreja Católica, temos esta garantia: “Pelo fato de estarmos mortos, ou, pelo menos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do Dom do Amor é a remissão dos nossos pecados” (CIC 734). O jovem é um ser divino. É criado por Deus à sua imagem e semelhança. Recebe de Deus a alegria, a força, a coragem, o entusiasmo, a ousadia. Como acreditar que a juventude não seja divina? Dessa forma, podemos afirmar ao jovens que eles são divinos e amados por Deus. Ele não os criou por acaso. Não os fez para deixá-los sozinhos e abandonados. Deus ama cada um dos divinos jovens que criou à sua imagem e semelhança, mesmo na dificuldade, nas tentações, nos momentos de erros. Ele não diz que ama os jovens “Se eles fizerem isso e aquilo”. Deus simplesmente ama. E é esse amor que deve mover cada jovem. Como não amar quem nos ama, sem condições e sem exigências? Mas como amar a Deus? Cuidando de nós mesmos, do nosso corpo, da nossa vida. Cuidando das pessoas com quem convivemos, ajudando as pessoas que precisam. O Apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, nos dá a certeza de que “Para os que amam a Deus tudo concorre para o bem” (Rm 8, 28). Se invertermos a ordem dessa frase, perceberemos que aqueles nos quais tudo concorre para o bem, são os que certamente amam a Deus. Quando fazem a Jesus a pergunta de qual seria o maior mandamento de todos (cf Mt 22, 36), Jesus responde que o maior é amar a Deus sobre todas as coisas, e o segundo, semelhante ao primeiro, é amar o próximo como a si mesmo (cf Mt 22, 37-40). O jovem que tem a certeza de que foi criado por Deus e é amado por Ele, que sabe que a vida cristã se resume no amor a Deus e no amor aos irmãos, esse jovem vai amar e, sendo divino o amor, vai estar longe do pecado. Guilherme Pontes Coordenador Arquidiocesano da PJ 8 Geral Setembro 2010 Jornal da Arquidiocese Encontro Vocacional reuniu coroinhas Realizado pelo segundo ano consecutivo, encontro contribuiu para a divulgação da vida consagrada Foto JA Curso forma novas lideranças para o Ecumenismo Formação pretende capacitar agentes para o Ecumenismo nas paróquias Encontro reuniu 60 participantes, de sete paróquias. Elas receberão acompanhamento vocacional um animado “bingo”, que as brindou com pequenas lembranças preparadas pelas irmãs do Provincialado. Aumento na procura Na avaliação da Irmã Clea Fuck, coordenadora arquidioFuck cesana da Pastoral de Coroinhas e promotora do evento, coordenado pela Ir. Rosiléa Aparecida Maia e sua equipe, esse segundo encontro já demonstrou o crescimento do trabalho. Lembrou que no primeiro encontro houve a participação de 25 adolescentes e jovens, representan- do cinco paróquias e cinco comarcas. Neste, houve 60 participantes, de sete paróquias e quatro comarcas. “Tirando a redução de uma comarca, tivemos um número maior de participantes e de paróquias, o que nos motiva a perseverar no trabalho”, disse. Ela informou ainda que até o próximo encontro haverá um acompanhamento de cultivo para as que o desejam. A Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-religioso - CADEIR, promoveu na tarde do dia 28 de agosto um curso de formação de agentes. Foi na paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José, e contou com a participação de 39 participantes, representando 12 paróquias. O objetivo é constituir as comissões paroquiais para o Ecumenismo. Com o tema “Orientações da Igreja para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso”, o encontro contou com a assessoria do Pe. Elias Wolff Wolff, membro da Cadeir e professor do ITESC. Ele apresentou os fundamentos bíblicos e os documentos da Igreja sobre o Ecumenismo, e como organizar as comissões paroquiais. Este é o terceiro ano seguido que se oferece a formação. Segundo Celso Loraschi Loraschi, Coordenador arquidiocesano da Cadeir, a participação vem crescendo a cada ano. “Isso mostra uma disposição muita aberta das pessoas em colaborar com a unidade dos cristãos e com o diálogo inter-religioso”, entusiasma-se. Para ele, a boa participação deve-se ao fato de que este ano a Campanha da Fraternidade foi Ecumênica, e também pela divulgação realizada na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Já foram criadas algumas comissões paroquiais, que por sua vez realizam encontros de formação, e espera-se que novas comissões sejam criadas. Mais informações com Celso Loraschi, pelo fone (48) 32347334 e 9628-6632, ou pelo email [email protected] [email protected]. Foto JA Realizado no Provincialado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis, o evento contou com a presença de 60 participantes, a maior parte delas coroinhas, representando sete paróquias da Arquidiocese. Este foi o segundo encontro realizado com o mesmo objetivo. Pela manhã, elas tiveram dinâmicas de integração, palestra sobre vocação, oração com simbologia do semeador. As jovens receberam sementes para serem distribuídas para outros grupos das suas paróquias, para que plantem e acompanhem o crescimento. O desenvolvimento das plantas simbolizará o crescimento da vocação religiosa. Às 11h, elas participaram da Celebração Eucarística presidida eller pelo Pe. Flávio FFeller eller, pároco do Senhor Bom Jesus, em Monte Alegre, Camboriú. Em sua homilia, ele falou que o encontro possibilitará às jovens irem discernindo a vocação para a qual Deus as está chamando, seja como religiosas, seja como “lideranças mais engajadas em suas paróquias e comunidades”, disse. À tarde, divididas em grupos, receberam tarefas de montagem de quebra-cabeças e encenação espontânea de textos bíblicos vocacionais, apresentados com muita criatividade. Houve ainda Mais fotos no site www. ar quifln.org.br arq uifln.org.br,, clicar no link “Galerias” no alto da página. Encontro Comarcal de Coroinhas Mais de 280 coroinhas da Comarca de Tijucas estiveram reunidos no dia 14 de agosto. Realizado na comunidade de São João Batista, no Sertão do Trombudo, paróquia Santo Antônio, em Itapema, o evento contou com a participação de quatro paróquias, das sete da Comarca. O encontro foi marcado por bela celebração, significativa presença dos padres, encenações bíblicas carinhosamente preparadas e muito bem apresentadas. O próximo encontro será no dia 04 de setembro e reunirá os coroinhas da Comarca de Biguaçu, na Comunidade São José Operário, da Paróquia da Santa Cruz, Barreiros. Por último, a Comarca de São José realizará seu encontro no dia 11 de setembro, no Seminário de Azambuja, em Brusque, encerrando assim, este ano, a série dos oito encontros anuais dos coroinhas da arquidiocese. Pe. Elias Wolff, assessor do encontro, apresentou os fundamentos bíblicos e os documentos da Igreja sobre o Ecumenismo Jornal da Arquidiocese GBF 9 Setembro 2010 Concentração mostrou a força dos GBFs Número de participantes superou expectativas e fortaleceu os Grupos Bíblicos em Família na Arquidiocese ção de 35 padres e 18 diáconos. Na saudação inicial, ele falou que a presença de tantas pessoas no evento é testemunho do bem que os Grupos Bíblicos estão fazendo para a Arquidiocese. Em sua homilia, nosso arcebispo disse que os GBF procuram desvendar a seus integrantes o rosto de Deus - rosto apresentado por Jesus Cristo, Seu Filho. “Nos GBF, observamos, com a ajuda dos outros, o jeito de ser de Jesus Cristo. De repente, percebemos que também ele nos observa. E nos ensina que cada um de nós é o que é diante de Deus, nada mais”, explicou Dom Murilo. sana. Ela agradeceu a todos que contribuíram para a realização do evento com grande êxito: padres, diáconos, colaboradores, prefeitura, os animadores/as, e todos os presentes . “Quando vemos a Igreja reunida dessa forma, vemos que tudo o que fazemos é pequeno demais. O amor de Deus é que nos une, que nos faz irmãos e irmãs”, disse emocionada Maria Glória. Mais fotos no site www. ar q arquifln.org.br uifln.org.br,, clicar no link “Galerias” no alto da página. Foto JA Foto JA Mais de 4.500 pessoas estiveram reunidas no dia 29 de agosto, no Ginásio de Esportes Irineu Bornhausen, em Camboriú, para participar da II Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família. Família Com o tema “Igreja nas Casas”, e lema “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3, 20), o evento teve como objetivos celebrar, visibilizar e reavivar a prática da Igreja nas casas, fortalecendo e incentivando a multiplicação dos pequenos grupos na comunidade. A concentração teve início às 8h, com a animação do grupo musical “Nossa Missão” de Forquilhinhas. A acolhida dos presentes foi feita por Maria Glória da Silva va, coordenadora arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família, e Pe. R evelino Seidler Re Seidler,, articulador da comarca de Tijucas. Em seguida, apresentaram-se Pe. Vitor Feller e Leda Vendrúscolo, pela Coordenação Arquidiocesana da Pastoral, Pe. Cláudio Zimmermann, pároco anfitrião, e Sra. Luzia Lourdes C. Mathias, prefeita da cidade de Camboriú. Também falaram as excoordenadoras dos Grupos Bíblicos na Arquidiocese, Irmã Sandra Leoni e Irmã Luzia Pereira, que reafirmaram com convicção e apreço a caminhada dos grupos. Na Concentração foi destacado o Dia nacional do Catequista, e Irmã Marlene Bertoldi Bertoldi, coordenadora Grandiosa concentração mostrou a união dos GBFs na Arquidiocese arquidiocesana da Catequese, lembrou que todos somos catequistas. “A Catequese é um processo de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé, da esperança e do amor, e para isso muito contribui os GBFs”, explicou Ir. Marlene. Na oração inicial, o espaço sagrado foi embelezado pelas casinhas trazidas pelos animadores dos GBF, representando as paróquias de nossa Igreja arquidiocesana. Em seguida, as oito comarcas apresentaram a identidade dos GBFs, usando as características da prática da “Igreja nas casas”: a oração, a reflexão e a ação. Show de Antônio Cardoso À tarde, após a pausa para o almoço, o evento contou com a animação de Antônio Cardoso Cardoso, cantor baiano, missionário e evangelizador da Arquidiocese de Lins - SP. Ele realizou um show de evangelização, ressaltando a importância da Igreja doméstica e resgatando os valores familiares. Utilizou imagens da realidade local, e convidou alguns participantes para subirem ao palco, entre eles uma família. “A vida em família é uma escola de solidariedade e de partilha”, disse. A partir das 16h, teve início a Celebração Eucarística, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger, com a participa- Superou as expectativas “A presença de tantos participantes comprova que os GBFs estão organizados, articulados e unidos, e que, quando convocados, se fazem presentes e mostram sua força e convicção pela missão de evangelizar, como Igreja nas casas”, disse Maria Glória da Silva, coordenadora arquidioce- Apresentação da Comarca do Estreito surpreendeu pela criatividade. Em poucos minutos montaram a réplica de uma casa de bambus Qual a importância dos Grupos Bíblicos em Família... na sua vida? na Família? na Comunidade? na Sociedade? “Foi através dos Grupos Bíblicos em Família que voltei a participar da Igreja. Os conhecimentos que adquiri da Bíblia e todo o meu círculo de amizades foram criados a partir dos nossos encontros semanais de reflexão bíblica. Hoje boa parte da minha vida gira em torno do Grupo”, Noêmia Mariana da Silva Silva, Paróquia Dom Bosco, em Itajaí. “É fundamental. Ajuda na integração dos pais e filhos e na transformação do casal. Há maior entendimento, compreensão e unidade do casal. É uma catequese domiciliar. Hoje somos lideranças atuantes na Igreja, graças à participação nos GBFs”, Zelete e Antônio Pereira Pereira, Paróquia NSra. da Lapa, Florianópolis. “Hoje as pessoas vivem na correria do dia a dia. A participação nos Grupos Bíblicos em Família integra os vizinhos, e desperta lideranças com maior envolvimento na Igreja. Eles contribuem para a convivência comunitária, na busca de soluções para os problemas”, Roberto Heinzen Heinzen, Paróquia São Sebastião, em Anitápolis. “O Grupo Bíblico em Família proporciona a união das pessoas. Seja qual for a classe a que pertençam, todos se unem na oração em família. Nos encontros, refletimos os desafios que a sociedade apresenta, e somos estimulados para a transformação dessa realidade”, Valdete Gianesine Mariani Mariani, Paróquia São José, Botuverá. 10 Ação Social Setembro 2010 Jornal da Arquidiocese ASA celebra 50 anos de História O início dos trabalhos de promoção humana na promovido pela Arquidiocese de Florianópolis Divulgação/JA Em 17 de novembro de 1960, a Arquidiocese de Florianópolis aprovou em sua Assembléia de Pastoral a criação da Ação Social Arquidiocesana (ASA), com o principal objetivo de coordenar as obras sociais da Arquidiocese; não só as de assistência social, mas também de educação de base e de promoção humana. Embora criada em 1960, o primeiro presidente foi Dom Afonso Niehues, Arcebispo de Florianópolis desde 1965. Antes disso, eram poucas as paróquias com trabalhos sociais organizados, destacando-se a Ação Social São Luiz Gonzaga de Brusque (1949), a Assistência Social São Luiz da Agronômica (1950) e a Ação Social da Trindade (1955). Agora, essas entidades podiam potencializar seus trabalhos a partir da assessoria e do apoio técnico da ASA na sua organização interna. Apesar de ser apenas o início de uma organização arquidiocesana, já se percebia no âmbito da Arquidiocese uma presença forte de trabalhos sociais que eram assumidos pelas congregações religiosas. Essas iniciativas eram basicamente de amparo aos menores abandonados e crianças órfãs, em sistema de internato. As ações desenvolvidas pela ASA na década de 60 passaram a focalizar a promoção humana: cursos profissionalizantes e cursos de afazeres domésticos, tais como: cozinha, higiene, costura e pintura. O convênio firmado com a Legião Brasileira de Assistência Social (LBA) for- Dom Afonso, Joici Matos e Osni Flores, na antiga sede do Projeto “Mensageiros da Caridade” talecia a execução desses serviços nas comunidades. No mesmo período, a ASA também assumia o programa “Aliança para o Progresso”, que no Brasil era executado pela Cáritas Brasileira. Tratava-se, então de organizar a distribuição de alimentos provenientes dos Estados Unidos. Para que, juntos, possamos fazer me- mória dessa história, vamos relembrar fatos e situações importantes que marcaram a história da ASA e das Ações Sociais Paroquiais. Para isso, solicitamos às pessoas que participaram dessa história e que ainda estejam atuando em nossa Arquidiocese, que compartilhem conosco sua vivência, através de fotos, depoimentos ou símbolos que marcaram o período. ASA participa de Encontro Inter-regional Sul da Cáritas Aconteceu nos dias 17 a 19 de agosto o 3º Encontro Inter-Regional Sul da Cáritas Brasileira na cidade de Londrina no Paraná. Compareceram 55 pessoas, representantes das Cáritas Diocesanas e Secretariados Regionais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além da assessoria de duas pessoas do Secretariado Nacional. O encontro teve como tema a “Gestão na Cáritas”, aprofundando o debate para fazer avançar o modelo de gestão colegiada e compartilhada nas diferentes instâncias da Cáritas Brasileira. Buscouse definir melhor as atribuições das instânci- as, comprometer mais as diretorias e conselhos, ampliar a participação das bases, descentralizar as responsabilidades. Na oportunidade, os participantes visitaram o Centro Público de Economia Solidária, local onde os empreendimentos solidários expõem seus produtos para a comercialização e divulgação. O Centro Público é um projeto da Prefeitura de Londrina com o apoio do Governo Federal, enquanto a rede Cáritas fortalece a idéia fomentando uma rede de consumidores solidários. O momento dos Inter-regionais tem como função também realizar o monitoramento do Plano Plurianual da Cáritas Brasileira, identificando as ações realizadas e os desafios que ainda permanecem. Por fim, fica como proposta aos regionais e Dioceses fortalecer sempre mais a mística e a espiritualidade que nos move em missão, na fidelidade ao Evangelho: como Jesus, “promover a vida e a vida plena para todos e todas!”. Para o próximo ano, o Estado de Santa Catarina sediará o 4.º Encontro Inter-Regional Sul da Cáritas Brasileira, aqui na Arquidiocese de Florianópolis. Coleta da Solidariedade arrecada R$ 166 mil Todos os anos a Igreja no Brasil realiza, no Domingo de Ramos, este ano foi no dia 28 de março, a Coleta da Solidariedade, como um gesto concreto da Campanha da Fraternidade. O dinheiro arrecadado nas paróquias e outras entidades da Igreja que realizam a campanha, é repassado à Arquidiocese. Desse valor, 60% compõem o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS), e serve para financiar projetos sociais, os ou- tros 40% constituem o Fundo Nacional de Solidariedade, que se destina a a apoiar projetos ligados à temática da Campanha de cada ano e administrado pela Cáritas Nacional, que tem a mesma finalidade em âmbito nacional. Este ano, a Arquidiocese arrecadou R$ 166.781,49. Desse valor, R$ 66.712,60 serão repassado à Cáritas Nacional e R$ 100.068,89 ficarão para o FAS. (Veja na tabela ao lado o valor arrecadado por paróquia e outras entidades). Encaminhe projetos Para acessar os recursos que compóem o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade, as comunidades e paróquias devem encaminhar projetos de geração de trabalho e renda e outros projetos sociais. Os projetos são avaliados por um comitê gestor. Para saber como acessar os recursos, entre em contato com a Ação Social Arquidiocesana, 4-8 776, ou pelo e-mail pelo fone (48) 322 3224-8 4-87 asa@ar q uifln.org.br asa@arq uifln.org.br. Coleta da Solidariedade - 2010 PARÓQUIAS Angelina Anitápolis Antônio Carlos Balneário Camboriú Balneário Camboriú - Vila Real Balneário Camb. - São Sebastião Biguaçu Botuverá Brusque - Águas Claras Brusque - Dom Joaquim Brusque - Santa Teresinha Brusque - S. Luiz Gonzaga Camboriú Camboriú - Monte Alegre Canelinha Fpolis - Agronômica Fpolis - Balneário Fpolis - Canasvieiras Fpolis - Capoeiras Fpolis - Catedral Fpolis - Coloninha Fpolis - Coqueiros Fpolis - Estreito Fpolis - Ingleses Fpolis - J. Atlântico Fpolis - Lagoa Fpolis - Monte Verde Fpolis - Prainha Fpolis - Ribeirão da Ilha Fpolis - Saco dos Limões Fpolis - Santo Antônio Fpolis - Trindade Garopaba Governador Celso Ramos Guabiruba Itajaí - Cordeiros Itajaí - Fazenda Itajaí - P. Dom Bosco Itajaí - Ssmo. Sacramento Itajaí - São João Itajaí - São Vicente Itapema Leoberto Leal Major Gercino Nova Trento Palhoça Palhoça - Aririú Palhoça - Enseada de Brito Palhoça - Ponte do Imaruim Paulo Lopes Porto Belo Santo Amaro da Imperatriz São Bonifácio São João Batista São José - Barreiros São José - Campinas São José - Forquilhinha São José - Procasa São José - Rosário São José - Sant´Ana São José - Santa Cruz São José - São José São José - S. Judas Tadeu São José - S. Pedro de Alcânt. Tijucas Igreja Santa Cat. de Alexandria Santuário de Azambuja Santuário Santa Paulina Carmelo Cristo Redentor Pe. Ney Brasil Pereira Total Valor R$ 2.596,80 R$ 300,00 R$ 2.889,00 R$ 2.900,00 R$ 2.332,00 R$ 3.592,00 R$ 7.256,55 R$ 1.000,00 R$ 2.110,00 R$ 1.920,00 R$ 3.708,10 R$ 6.750,00 R$ 3.678,65 R$ 875,00 R$ 706,60 R$ 4.773,00 R$ 1.516,00 R$ 1.800,00 R$ 1.555,10 R$ 4.394,00 R$ 199,00 R$ 2.865,00 R$ 1.748,35 R$ 1.401,58 R$ 1.480,00 -R$ 2.054,65 R$ 100,00 R$ 1.577,95 R$ 946,81 R$ 2.715,25 R$ 3.072,00 R$ 744,00 R$ 600,00 R$ 4.459,15 R$ 1.415,00 -R$ 950,00 R$ 4.320,98 R$ 2.590,45 R$ 3.716,22 R$ 3.266,00 R$ 2.124,00 R$ 445,00 R$ 3.653,00 R$ 5.250,60 R$ 2.467,00 R$ 1.122,10 R$ 2.351,55 R$ 359,60 R$ 3.654,35 R$ 4.444,00 R$ 1.305,00 R$ 4.050,70 R$ 3.500,00 R$ 3.641,72 R$ 3.000,00 R$ 547,35 R$ 2.858,00 R$ 602,35 R$ 3.889,18 R$ 5.840,00 R$ 550,00 R$ 840,00 R$ 2.497,00 R$ 3.810,65 R$ 4.704,65 R$ 1.848,50 R$ 500,00 R$ 50,00 R$ 166.781,49 Jornal da Arquidiocese Geral 11 Setembro 2010 Paróquia da Trindade é consagrada Assalto à igreja de Biguaçu Furto mostra a necessidade de adotar sistemas de segurança nas comunidades Celebração marcou entrega da igreja após restauração Foto JA A Paróquia da Santíssima Trindade, em Florianópolis, celebrou na noite do dia 31 de agosto, a consagração da sua Igreja Matriz. A Celebração Eucarística foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, e concelebrada por padres e diáconos da paróquia e convidados. A celebração iniciou com o arcebispo fazendo a aspersão com água benta da igreja, dos fiéis e do altar. Em sua homilia, Dom Murilo falou sobre o espaço sagrado. “Este é o lugar do encontro do povo de Deus. Não temos aqui cidade permanente, mas temos lugares que antecipam a Jerusalém celeste, e este é um deles”, disse Dom Murilo. Em seguida, teve início o rito de consagração/dedicação, com a ladainha de Todos os Santos. Depois, nosso arcebispo recebeu as relíquias da beata Albertina Berkenbrock, virgem e mártir, que foram depositadas em um nicho em baixo do altar. Após o ato, o nicho foi lacrado. Nosso arcebispo conduziu a Prece de Dedicação, seguida da unção, com os santos óleos do Crisma, do altar e das 12 cruzes colocadas nas paredes da igreja. Depois, foi realizada a incensação do altar e da igreja. Na sequência, foi realizada a iluminação da igreja, ao se acenderem as velas que os ministros colocaram junto às 12 cruzes da igreja. Ao final da celebração, Frei Cácio Roberto Petekov, o pároco, lembrou que em 157 anos da paróquia da Santíssima Trindade, mui- Durante a celebração, Dom Murilo ungiu o novo altar da igreja tas graças foram alcançadas. “Este local já era santo, agora se tornou mais santo ainda”, disse. No fim, ele convidou todos para um coquetel realizado no salão paroquial. Espaço Celebrativo A consagração da igreja coroa o trabalho de restauração interna e externa da igreja, iniciado no dia 18 de fevereiro. Também marca a continuação da adequação do espaço celebrativo às normas litúrgicas, iniciada pelo Frei Itamar em 2007. No dia anterior à consagração, uma celebração eucarística marcou a chegada das relíquias da beata Albertina Berkenbrock, mártir catarinense que foi assassinada em defesa da sua virgindade e está em processo de se tornar santa. As relí- quias foram trazidas pelo Pe. Sérgio Geremias, reitor do Santuário de Albertina, na Diocese de Tubarão. Consagrações Celebração semelhante será realizada em duas outras comunidades da Arquidiocese: - no dia 07 de setembro, às 18h, haverá a Solenidade da Consagração da Catedral de Florianópolis; - no dia 30 de setembro, às 19h, será a vez da da Igreja Matriz da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque. As duas celebrações serão presididas pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. 101, o acesso para a região norte do Estado pelo litoral passava pela comunidade. Com a construção da BR, aos poucos a região viu diminuir gradativamente sua população. Hoje, com o asfaltamento do acesso, muitas pessoas estão adquirindo áreas na região. A maioria com casas de fim de semana. Sistema de segurança Roubos a igrejas como aconteceu em Limeira não são comuns. Em 40 anos como delegado e ex-funcionário da Cúria, Ênio não se recorda de fato semelhante. Ele recomenda que se adotem sistemas de segurança eletrônicos para coibir essas ações. “A maioria dos roubos são feitos por dependentes químicos que querem fazer dinheiro. Qualquer sistema de segurança que faça barulho já vai evitar essas ações”. Para o Pe. José Luiz de Souza, pároco de Biguaçu, o fato de a igreja de Limeira ser distante das residências e não possuir nenhum sistema de segurança facilitou a ação dos ladrões. Segundo ele, a residência mais próxima da igreja fica a cerca de 1km. Nosso arcebispo Dom Murilo Krieger recomenda que sejam tomadas tomadas providências para evitar que ações como essa se repitam. “Precisamos preservar o patrimônio que foi adquirido e conquistado com muito esforço. Então, é importante investir na prevenção para proteger este mesmo patri-mônio”, disse Dom Murilo. Divulgação/JA MEC autoriza curso de Teologia Na manhã do dia 05 de agosto, os moradores da Comunidade de São Sebastião, em Limeira, interior de Biguaçu, levaram um susto ao se depararem com a igreja arrombada e o furto de 12 imagens sacras, entre elas, a imagem do padroeiro, instrumentos litúrgicos e musicais. Além também de terem furtado o cemitério que fica nos fundos da igreja. Quatro dias depois, tudo foi recuperado. Isso graças ao empenho do delegado da Polícia Civil Ênio de Oliveira Matos, da 1ª Delegacia da Capital. As imagens estavam num centro de umbanda localizado na região continental de Florianópolis. Segundo o delegado, que mobilizou todo o seu efetivo, não fosse a rapidez na solução, possivelmente as imagens não mais seriam recuperadas. “Todas elas foram encontradas embaladas e prontas para serem revendidas”, disse ele. Antes de ser delegado, Ênio foi funcionário da Cúria Metropolitana de Florianópolis por 31 anos. Ivone Manerick, coordenadora do Conselho de Pastoral da Comunidade, em Limeira, moradora a menos de 1km da igreja, disse foi um grande susto para a comunidade. Segundo ela, são comuns os roubos de vasos e materiais metálicos no cemitério, mas nunca na igreja. “Agora reforçamos as trancas e estamos estudando colocar um sistema de segurança eletrônico”, disse. Antes da construção da BR- Próximo passo é o credenciamento, que depende de nova visita dos técnicos O Diário Oficial publicou no dia 06 de agosto portaria do Ministério da Educação e Cultura que autoriza o Curso de Teologia a ser ministrado na Faculdade Católica de Santa Catarina - FACASC. A autorização é resultado da visita realizada por uma equipe disciplinar de avaliadores do MEC/INEP e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. A portaria de número 990 foi assinada no dia 04 de agosto, mas publicada dois dias depois. O texto especifica que a autorização é para o curso de bacharelado, com 50 vagas totais anuais, no turno diurno, a ser ministrado pela faculdade. Ainda haverá uma nova visita dos avaliadores do MEC/INEP, que acontecerá nos dias 19 a 22 de setembro, para o credenciamento da Faculdade. “Espera-se que até o final deste ano o credenciamento seja assinado, para que no próximo ano o curso já seja iniciado com a aprovação”, estima Pe. Vitor Galdino Feller, diretor do ITESC. O que muda Com a aprovação e credenciamento, além da validade eclesiástica, o curso de Teologia passará a ter validade civil. Isso quer dizer que os alunos receberão diploma de bacharelado reconheci- do pelo MEC, o que também poderá favorecer uma maior procura do curso pelos leigos. Desde que foi criado, em 1973, o ITESC é a instituição de formação teológica dos seminaristas do Regional Sul IV da CNBB. Atualmente o ITESC possui 75 alunos: 65 seminaristas e 10 leigos. No corpo docente, de 19 professores, temos nove doutores e sete mestres. Hoje, nove das dez dioceses do Estado realizam sua formação no Instituto. Apenas a Diocese de Chapecó encaminha os seus seminaristas para o Instituto Teológico de Passo Fundo, RS, por questões de maior proximidade geográfica. Após o roubo das imagens, altares da igreja ficaram vazios. Das 12 imagens furtadas, dez estão de volta em seus lugares e duas foram danificadas, entre elas a do padroeiro, e estão sendo restauradas 12 Artigos Setembro 2010 Jornal da Arquidiocese Centenário Monsenhor Francisco Xavier Giesberts Francisco Xavier Giesberts nasceu em Straelen (Renânia, Norte da Vestfália), Alemanha, aos 18 de novembro de 1873. Ingressou na Sociedade do Verbo Divino (Verbitas), e nela foi ordenado presbítero em 15 de maio de 1898. Nutrindo vocação missionária, veio para o Brasil em 1900. Foi indicado para Palmeiras, no Paraná, ali sendo pároco de 1903 a 1906. Sabendo das necessidades da Igreja em Santa Catarina, a convite de Pe. Francisco Topp deixou a vida religiosa verbita, ingressando no clero diocesano em 1906. Pe. Topp era pároco do Desterro e quis tê-lo consigo, de modo que foi nomeado vigário paroquial do Desterro em 30 de março de 1907. Isso significava trabalhar em toda a Ilha de Santa Catarina, nas suas sete paróquias (Desterro, Trindade, Lagoa, Canasvieiras, Ribeirão, Rio Vermelho, Santo Antônio). Primeira missão no Sul catarinense Em 16 de novembro de 1908 foi nomeado pároco de Nossa Senhora da Piedade de Tubarão, imensa região do sul catarinense. Dali, em 07 de maio de 1911 foi transferido para pároco de Santo Antônio dos Anjos de Laguna e Interino de Sant’Ana de Mirim e de Vila Nova. Em 29 de junho de 1911 presidiu os funerais do Pe. Manoel João Luís da Silva, que por 58 anos ali trabalhara. Em tocante sermão, antes de morrer, Pe. Manoel pedira aos paroquianos perdão de seus pecados, de sua vida irregular, morrendo reconciliado com a Igreja. Quanto ao próprio Pe. Giesberts, por onde passou, deixou a memória da bondade, dedicação, fineza de trato e santidade. Em 1911 iniciou a comunidade de Magalhães (hoje paróquia), com um centro catequético. Mas, veio a Grande Guerra (1914-1918), e o sofrimento para os padres alemães que trabalhavam nas comunidades “brasileiras”. Nacionalistas que se presumiam guardiães da Pátria sublevaram o povo, taxando o padre de “Quinta Coluna” (espião) e expulsando-o de Laguna no final de 1917. No entanto, trabalho não faltava, especialmen- Monsenhor Giesberts: 55 anos te junto aos colonos alemães. As- dedicados ao pastoreio na Arquiocese sim, após um ano no curato de de Florianópolis, que ele viu nascer e Teresópolis, em 18 de maio de para a qual muito contribuiu 1919 foi provisionado pároco de São Pedro de Alcântara que, nesse Gov. Irineu Bornhausen. período, abarcava os atuais municípios de São Pedro, Antônio Carlos, Sentindo o peso da Biguaçu e Ganchos. responsabilidade Foi homenageado pela Igreja No Vale do Itajaí diocesana: em 08 de agosto de Feliz nesse campo de 1925 recebeu a honraria de Monapostolado, no meio de alemães, senhor Camareiro Secreto Supranubrasileiros e pescadores, em 08 de merário, juntamente com Pe. Freagosto de 1922 o Bispo Dom Joa- derico Tombrock, de São Ludgero. quim ofereceu-lhe novo campo de Para auxiliar no Governo arquidiocetrabalho: pároco do Santíssimo sano, em 25 de janeiro de 1931 Sacramento de Itajaí, onde perma- (até 1949), foi nomeado para o Caneceu até 1938. Era grande e flo- bido Metropolitano de Florianóporescente comunidade paroquial, lis. Por absoluta necessidade e atenincluindo outras paróquias: Penha, to a seus méritos, foi transferido Barra Velha e Camboriú. para a Catedral em 24 de janeiro Em 1922 deu os passos para de 1931. Nesse mesmo ano adoea construção da nova igreja matriz, ceu gravemente e foi diagnostitrocando o terreno do cemitério cada arteriosclerose incipiente. Reatrás da igreja de Nossa Senhora cuperado, foi nomeado novamenda Conceição pelo da atual Praça te pároco de Itajaí (Penha e Barra Velha), tomando posse em 21 de setembro de 1931. Incansável, em outubro de 1931 publicou o livro de Cânticos e Orações OREMOS, há mais tempo em preparação. Dom Joaquim nutria grande confiança e afeto por Mons. Giesberts e não se cansava de confiar-lhe responsabilidades. O bom pastor em Armazém Verdadeiramente cansado, em 15 de maio de 1937 Mons. Giesberts pede sua demissão de pároco de Itajaí, agora em caráter irrevogável. Há necessidade de um padre jovem para a construção inadiável de nova Matriz, organização do operariado, catequese com 2.500 crianças. Finalmente, em 14 de abril de 1938 saiu a sua provisão de vigário paroquial de Braço do Norte com residência em Armazém, para atendimento às Capelas de Grava-tá, Travessão do Gravatá, São Miguel, São João, São Bom Jesus e Sanga Morta. Por questão prática, em 31 de julho de 1940 foi deslocado para vigário paroquial de São Ludgero, continuando em Armazém. Mons. Giesberts teve a felicidade de festejar, em 07 de fevereiro de 1941, a criação da paróquia de São Pedro Apóstolo de Armazém, sendo dela pároco até os últimos dias. Foi conhecido e reconhecido como o Apóstolo de Armazém. Prepara-se para o adeus final Em 1944 surge nova crise de saúde: pediu ou a renúncia ou um coadjutor. Mas, ficando bom, continuou. Em 1946, esteve três semanas internado em Tubarão. Grandes festejos no Sul catarinense em 15 de maio de 1948: Mons. Francisco Xavier Giesberts festejava o Jubileu de Ouro sacerdotal. Todos, arcebispo, padres e povo, reconheciam seus méritos. Em 21 de abril de 1952 adoeceu gravemente, dando poucas esperanças de cura. Recebeu alta em 9 de maio mas, em 8 de junho teve uma vertigem, ficando 15 minutos desacordado. Internado em Tubarão, não prometia sobrevivência. Em 17 de julho escreveu a Dom Joaquim dizendo estar melhor e desejando voltar a Armazém para ao menos celebrar a Missa, graça que alcançou em 02 de outubro. A “cura” não foi tão duradoura: era muito mais fruto do desejo que Monsenhor tinha de retornar a Armazém e trabalhar. No mês seguinte, extremamente enfraquecido, foi residir em São Ludgero com Mons. Frederico Tombrock. Ali passou seus últimos meses de vida, cercado de atenção e carinho. Internado no Hospital de Caridade de Tubarão, faleceu no dia 10 de outubro de 1953. Todos choraram a perda desse homem doce, nobre, caridoso e de inexcedível dedicação ao povo e à Igreja. Foram 55 anos de padre, 53 deles consagrados ao Brasil. Pe. José Artulino Besen pejabesen.wordpress.com Ecumenismo Declaração do CONIC sobre ética na Política e Eleições 2010 Nós, representantes das igrejas-membro que compõem o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e Igreja Síria Ortodoxa de Antioquia, temos por dever a missão de orientar, em um ano eleitoral, a Sociedade Brasileira na busca de uma classe política cada vez mais comprometida com a ética, que esteja preocupada com os interesses da população e não com os seus próprios interesses. Por ocasião da reunião do Conselho Curador do CONIC, e com base no que temos colhido em nossas Igrejas com as pessoas com as quais convivemos diuturnamente, queremos falar sobre as questões sociais, econômicas e éticas que angustiam o Povo Brasileiro. De nossas Igrejas chegam-nos expressões de preocupação e muitas vezes espanto, acompanhadas de insatisfação e desilusão em relação à classe política de nosso país. A voz dessas pessoas deve ser ouvida, não negli- Não podeis servir a Deus e ao dinheiro (Mateus 6:24) genciada; afinal, o poder está nas mãos do povo que, de tempos em tempos, elege representantes para defenderem os interesses da coletividade. Em vista disso, esperamos nos políticos que forem eleitos em outubro, que prezem pela ética como um valor inalienável, para não ver cair na desmoralização e descrédito generalizado todos aqueles que são representantes do povo, comprometendo a boa reputação das Instituições Democráticas deste País. Lembrando a recente Campanha da Fraternidade Ecumênica, que com o tema "Economia e Vida" tratou da perversidade do modelo econômico vigente e de alternativas para incluir os menos favorecidos, é preciso que sejam refletidas maneiras de contemplá-los em seus direitos e necessidades básicas. Nesse sentido, é necessária uma profunda reforma na educação do país, de modo que se possam atender as demandas da economia sem, contudo, transformar pessoas em meras peças de reposição do sistema econômico. Para isso, uma visão integral da natureza humana é essencial, pois o ser humano precisa fundamentalmente de atenção, cuidado e reconhecimento, e de um meio ambiente protegido e seguro para viver. Por fim, parabenizamos o Povo Brasileiro, que através da pressão popular, conseguiu que o projeto de lei denominado "Ficha Limpa", após passar pela Câmara dos Deputados, fosse aprovado no Senado Federal na semana passada. Tal iniciativa comprova que é possível mudar. Em vista disso, uma reforma política séria, feita com parâmetros éticos e em parceria com as diversas instâncias da sociedade civil organizada é imprescindível. Incentivamos, portanto, que todos os cidadãos brasileiros, inclusive os residentes no exterior, expressem seus anseios na hora do voto, procurando eleger pessoas comprometidas com o bemestar da população, candidatos que, depois de eleitos, não se esqueçam daqueles que os elegeram, colocando o bem comum acima dos interesses partidários ou pessoais. Certos de que tempos melhores virão com os ares renovados da nova política, também aqui vale a exortação de Jesus, de que “não se pode servir a Deus e ao dinheiro” (Mateus 6:24). Pedimos a Deus que guarde e abençoe a todos os brasileiros deste nosso imenso país. Brasília, 25 de maio de 2010 Dom Dimas Lara Barbosa - Secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Maurício de Andrade - Bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB). Pastor Doutor Walter Altmann - Presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). Reverendo Enoc Wenceslau - Moderador da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU). Padre Joanilson Pires do Carmo - Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia. Pastor Sinodal Carlos Möller - Presidente do CONIC. Reverendo Luiz Alberto Barbosa - Secretário geral do CONIC. Jornal da Arquidiocese Missão 13 Setembro 2010 A BÍBLIA E A MISSÃO Neste mês da Bíblia, apresentamos o aspecto missionário que prevalece no evangelho de São Mateus de maneira tal que, todos que forem atingidos por sua mensagem, se tornem, por sua vez, discípulos-missionários. Esta exigência foi recuperada pela Conferência de Aparecida. “Fazer discípulos” Um caminho a percorrer Para Mateus, fazer missão é oferecer, a todos e todas, a possibilidade de se tornarem discípulos de Jesus. O evangelista parece projetar esta convicção através dos tempos. Os que seguirão Jesus devem agir Divulgação/JA Palavras finais de Jesus, no evangelho segundo Mateus: “Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. E eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,16-20). Para Mateus, ensinar não é uma operação de natureza intelectual, pois o ensinamento de Jesus mexia com a vontade dos ouvintes e exigia a decisão concreta de segui-lo, de se tornarem discípulosmissionários. O discípulo produz frutos Ao discípulo, Jesus pede que “produza frutos”. Mateus, distanciando-se tanto dos “legalistas”, como também dos “exaltados”, ou “espiritualistas”, se preocupa mais com a práxis. É pelos frutos que se percebe se o discípulo é guiado pelo Espírito: “Toda árvore que não der bons frutos, será cortada...” (Mt 7,19). PARA REFLETIR: O número 368 de Puebla fala do surgimento dos ministérios não ordenados, que foram adquirindo espiritualidade e práticas pastorais capazes de levar homens e mulheres a se perceberem como 1. Quem é o discípulo? O que se exige dele? 2. O que comporta ser cristão, para Mateus? Missão Popular em Xique Xique O nosso amigo Domingos voltou da Missão realizada em Xique Xique-BA, com 125 missionários da Arquidiocese. Vejamos o que nos diz de sua experiência. Queridos irmãos e irmãs na fé. Paz e bem! No curto espaço de 10 anos, participando das Santas Missões populares junto à Igreja-Irmã da Barra, BA, percebi claramente o chamado de Deus para essa missão e percebi também o quanto este filho era amado de Deus, pois se olho para frente, para trás e para os lados, aí estão templos católicos. Temos possibilidade de participar das missas todos os dias e de escutar a sua Palavra. Ela está ao nosso alcance. Dia 28/07/2010, ao chegarmos das Missões de Xique-Xique, ao fazer a minha meditação diária do Evangelho, lá encontrei, em Mt 13,44-46, Jesus nos dizendo que o Reino dos Céus é como “um grande tesouro” escondido no campo. Eu disse comigo mesmo: o sertão do Nordeste tem muitos tesouros escondidos, pois aquele povo, esquecido pelos órgãos governamentais, mesmo com suas necessidades e sofrimentos, consegue ser feliz. Quando Pe. Paulo solicitou-me a dar meu testemunho sobre as Missões realizadas, vieram-me à Domingos Francisco Pereira visita família, durante a missão realizada na Diocese de Xique-Xique, na Bahia mente, dentre tantos, os dois fatos seguintes. - Estávamos visitando uma família, quando chegou uma menina perguntando pela dona da casa. Quando chegou, a menina perguntou-lhe: a senhora não tem uma xícara de farinha para trocar por um ovo para minha mãe? - Sempre na visita missionária às casas, numa delas, quando nos abriram a porta, vi uma senhora com uma expressão de pavor. Mesmo assim, ela e seu esposo nos receberam. Após as apresentações, perguntei ao esposo qual fosse seu trabalho. Resposta: moço, já faz sessenta dias que estamos sem trabalho e sem um real no bolso. Queridos irmãos, confesso a vocês que chorei, chorei muito naquela ocasião e também hoje, ao escrever esses fatos. A leitura da Palavra que tínhamos para fazer era a de Lc. 5,1-11, que nos convidava a ter e falar de esperança. Mas como falar de esperança a quem estava morrendo de fome? Quem experimentou a fome, sabe que, quando o estomago está vazio, o cérebro não raciocina! Diante dessa pobreza, nos preocupamos sempre em realizar outras atividades, sobretudo no agentes da missão. Passou a ser comum ouvir dizer: “Eu sou ministro na minha comunidade”. Passar daí para a missão, dentro e fora da comunidade, e mesmo no além-fronteiras, deverá ser um passo natural e conseqüente. Trata-se da meta mais urgente a ser alcançada pela Igreja, que quer se tornar, cada vez mais, uma Igreja missionária, totalmente comprometida com a construção do Reino! campo social. Pessoalmente, nestes 10 anos, foram 20 as viagens à Bahia, entre missões e viagens às comunidades, levando brinquedos, roupas e calçados. Um galpão de 180 m² foi construído para montar um engenho de farinha. Foram levados 3 computadores e colocado o forro de uma Capela de 80 m². Para outra comunidade, que possuía a cerâmica, mas era trabalhada a mão, foi levado um torno de oleiro. Mais de 30 mil peças de roupas e calçados foram oferecidos por muitos nossos irmãos catarinenses. De onde a mim e aos colegas missionários nos vem esta força? Da leitura da Palavra e particularmente de Jr. 33,3 e Is. 55,6. É sempre naquele povo sofrido e necessitado que mais vemos Jesus! Encerro estas minhas palavras com um apelo aos sacerdotes e a todas as paróquias de nossa Arquidiocese, que ainda não enviaram missionários para ajudar a nossa Igreja Irmã da Bahia. Tratase de uma experiência extraordinária que muito contribui para acender a chama da missão em nossas lideranças paroquiais. É bom sempre lembrar que a Igreja é “por sua natureza missionária”. Domingos Francisco Pereira Coordenador dos missionários que vão à Bahia Diretamente da Guiné Bissau Já completo um ano e meio na Guiné Bissau. Passou tão rápido. Sempre estive bem de saúde, acostumei com calor, tempo seco, tempo de chuva, comida, trabalho e com as pessoas: povo, missionários, irmãs... Pe Lucio Espíndola passou alguns dias conosco para descansar um pouco. Está contente e sua comunidade está crescendo. Agora estou trabalhando em um centro de formação do PIME a uns 30 km de Bafatá. Lá, junto com uma missionária leiga italiana, organizamos cursos de pequena duração para proporcionar a possibilidade de pequenos trabalhos para as pessoas. São organizados cursos de transformação de frutas, de apicultura, hortaliça, como também cursos sobre cidadania, direitos humanos, consciência pela Paz etc. Agora Guiné Bissau está muito bonita, estamos na época das chuvas; muitas plantações e tudo está verde.Todo nosso pessoal está bem. Desejo sucesso a todos do Missão Jovem. Deus abençoe o Brasil e a África! Saudações, Célia Sartori 14 Geral Setembro 2010 Foto JA Diác. João Gonçalves Vocação diaconal despertada a partir do trabalho como ministro da Igreja A Paróquia do Santíssimo Sacramento, em Itajaí, celebrou, no dia 01 de agosto, o Jubileu de Prata diaconal de João Gonçalves. A celebração Eucarística foi realizada às 19h30, presidida pelo Pe. José Artulino Besen, pároco, e concelebrada por Pe. Júlio César da Rosa, vigário, e Pe. Valter Goedert, diretor da Escola Diaconal São Francisco de Assis. A celebração ainda contou com a presença de cinco diáconos, de alunos da Escola Diaconal, além de familiares e amigos do diácono. Natural da localidade de Rio do Meio, em Camboriú, onde nasceu em 18 de setembro de 1935, Diácono João Gonçalves é casado com Léa Leite Gonçalves, há 53 anos. Eles têm dois filhos e três netos. Graças ao trabalho que sempre realizou na Igreja, em 1981 foi convidado para ingressar no diaconato. Fez a formação e foi ordenado em 04 de agosto de 1985. Na entrevista, ele fala sobre o seu ministério e suas experiências. Jornal da Arquidiocese - O que foi mais importante na formação familiar recebida de seus pais? Diácono João Gonçalves Foi muito importante para mim o testemunho religioso de meus Pais, as orações em família, a nossa vivência cristã. Éramos de família humilde, trabalhando na agricultura. Sempre agradecemos a Deus pelo pão de cada dia. Meu pai era coordenador da liga católica “Jesus, Maria e José”. Aos 15 anos, eu já era membro do grupo Nossa Senhora da Paz. JA - Quais as suas maiores alegrias no exercício do seu ministério? Diác. João - Meu chamado ao Diaconato foi uma semente plantada através da minha participação como membro ativo da Igreja, sendo ministro da comunhão, participando das pastorais e movimentos. Tive a graça de ser convidado a fazer a escola Diaconal em Florianópolis, iniciando em fevereiro de 1981, e sendo ordenado Diácono em 04 de agosto de 1985, por Dom Afonso Niehues. JA - Quais foram os seus maiores desafios no exercício do ministério? Diác. João - Depois de ordenado, comecei a trabalhar para conquistar o meu lugar no serviço à comunidade. Naquele tempo o Diácono ainda não era bem aceito. Foi uma luta, mas com a graça de Deus venci. Como diz São Paulo aos Coríntios “Basta-te a minha Graça, pois é na fraqueza que se manifesta a minha força” (2Cor 12,9), foi com esta graça e o apoio dos padres e da comunidade que chequei até aqui. Com humildade, repito o testemunho do Apóstolo: “Combati o bom combate, Diácono João Gonçalves e sua esposa, Léa Leite, durante a celebração de suas Bodas de Ouro de matrimônio, realizada em 2007. “ A família é muito importante no ministério diaconal. A minha família me apoia e participa do ministério” terminei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4,7). JA - Como concilia a vida Diác. João - Todos sabem que não é fácil conciliar família, trabalho e Diaconia. Falo de mim como Diácono há 25 anos. Tenho o apoio total da família, que participa e auxilia no meu ministério, administro a minha empresa e os trabalhos que a Igreja nos concede. JA - Há mais de 40 anos o senhor participa da equipe que administra os bens da paróquia do Santíssimo Sacramento. Qual a importância desse trabalho? Diác. João - A minha vida é um tripé, não pode falhar porque tem que conciliar trabalho, família e Igreja. Quando você assume Jesus Cristo, você se torna desafiado e motivado ao serviço comunitário. Por isso me dedico aos trabalhos na administração dos bens Paroquiais, auxiliando os Padres que chegam, transferidos de outra paróquia, e que precisam ser inteirados da nova realidade. Por isso, a importância desse trabalho ao qual me dedico há 40 anos. Jubileu do Diácono Avelino Alves No dia 10 de agosto, também celebrou o seu Jubileu de Prata Diaconal, o diácono Avelino Alves. A Celebração Eucarística foi realizada no dia 14 de agosto, às 10h, na comunidade N.Sra. das Dores, em Garcia, pertencente à Paróquia de Angelina. Nosso arcebispo Dom Murilo Krieger presidiu a celebração, que contou com a presença de dez diáconos e de Pe. Valter Maurício Goedert, dire- Retalhos do Cotidiano tor da Escola Diaconal São Francisco de Assis. Diácono Avelino sofre do Mal de Parkinson e luta contra a doença. Por causa dela, há alguns anos não desempenha o seu ministério. Para esta edição, pretendíamos realizar a entrevista também com ele, mas, por problemas da sua doença, teve que ser internado alguns dias após a celebração jubilar. Carlos Martendal Divulgação/JA Confiança Olhando É um belo amanhecer de inverno. Do 6º andar, sentado à janela, olho os carros que passam pela avenida mais larga do mundo: a 9 de Julho, em Buenos Aires. São milhares. O Senhor faz o sol descer alegremente para os bons e os maus, dá o ar para os santos e os pecadores, e a todos que dirigem contempla com os dons da visão e da audição. Fornece-lhes a terra em que circulam, chamou à vida e deu dons diversos aos engenheiros que construíram as pistas e aos que fabricaram os carros, fez a terra produzir as roupas que aquecem seus filhos e os alimentos que os fortalecem para o trabalho. Não posso, não quero, não devo confiar em minha fraqueza; não posso, não quero, não devo colocar minha confiança no homem; posso, quero, devo confiar no Senhor. Tentação Há muitos que, caindo, aprendem. Mas é preferível não cair. Quando eu cair, Senhor, ajuda a levantarme. A tentação pode vir forte: enfraquece-a; eu sou fraco, fortaleceme! Ensinaste-nos a rezar, Jesus: “não nos deixeis cair em tentação”. Ajuda-nos a viver o que rezamos! Dar Senhor, se quiseres, te dá a mim, para que eu possa dar-te aos outros. Não há como viveres em mim e eu não te dar aos outros; e, se não viveres em mim, como poderei dar-te aos outros? familiar e os afazeres profissionais com o ministério diaconal? Jornal da Arquidiocese Vermelho A caixa de lápis de cor abastecia seus desenhos. Perguntado sobre a cor de sua preferência, o pequeno Artur, 5 anos, respondeu: “O vermelho. Porque é a cor do sangue. O sangue do coração. Onde está Deus, né, vô?”. Que lógica, que simplicidade! Olhando 2 Tu os amas com amor de mãe. Pensas em tudo e dás a eles o melhor de tudo o que tens. Quantos se lembram de Ti, que os amas com amor eterno? Como Te sentes, Senhor, tão mal correspondido em Teu amor? Basta-Te a gratidão e o reconhecimento de uns poucos? Como és diferente de nós e, no entanto, fomos criados à Tua imagem e semelhança... Então abro a Bíblia, ali no hotel, traduzida em espanhol: “Si, pues, habéis resucitado con Cristo, buscad las cosas de arriba, donde está Cristo sentado a la diestra de Dios. Poned la mira en las cosas de arriba, no en las de la tierra” (Cl 3,1-2) (“Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra”)! Despercebido Quantas disputas, quanta violência, quantas vidas destroçadas, quanta corrupção, quanta morte por causa do dinheiro. E, em cada nota que passa por nossas mãos, uma inscrição que deveria ser para valer: “Deus seja louvado”! Jornal da Arquidiocese Geral 15 Setembro 2010 Pastoral Familiar forma novos agentes Evento refletiu sobre os desafios da Pastoral à luz do “Documento de Aparecida” Foto JA “O maior desafio da Pastoral Familiar é trabalhar com os novos tipos de família” Doutor em Teologia Moral e grande entusiasta da Pastoral Familiar, Pe. Rafael Solano trabalha nesse setor há 15 anos, na Arquidiocese de Londrina, PR. Há dois anos e meio ele foi nomeado coordenador nacional da CNBB para questões de Família. Com prazer ele nos concedeu a seguinte entrevista. Formação reuniu 72 participantes, que refletiram sobre os desafios que temos hoje na família e na Pastoral Familiar cia da Família e do trabalho da Pastoral Familiar. Nosso arcebispo também entregou uma carta, de sua autoria, intitulada “A Boa Nova da Família - à luz do documento de APARECIDA”. Nela, Dom Murilo comenta as várias ameaças que pairam sobre a família e, por outro lado, as atividades que a Pastoral Familiar pode e deve promover. “A família é um dos eixos transversais de toda a ação evangelizadora da Igreja”, disse. Jornal da Arquidiocese Qual é o maior desafio da Pastoral Familiar hoje, na sua opinião? Pe. Rafael Solano - O maior desafio da Pastoral Familiar está em trabalhar com os novos tipos de família: casais em segunda união, casais separados, em dificuldades, viúvos e as novas constituições familiares. JA - Há quem diga que a Família é uma instituição falida. O que o senhor pensa disso? Pe. Rafael Solano - Sabemos que a Família é uma instituição Divina e compete-nos trabalhar para resgatar e evidenciar essa realidade. JA - Diante das novas circunstâncias da Família, como a Pastoral deve lidar com elas? Pe. Rafael Solano - Esse é o grande desafio. A realidade da família é dinâmica, não estática. Devemos acompanhar esse dinamismo e buscar acolher as diferentes situações da Família na Igreja, sobretudo quando elas mesmas se dirigem à Igreja, seja em busca dos sacramentos ou para se engajarem em atividades pastorais. Foto/JA A Pastoral Familiar da Arquidiocese promoveu nos dias 21 e 22 de agosto, um encontro de formação de lideranças. Realizado no salão da Igreja Matriz da Paróquia da Trindade, em Florianópolis, o evento reuniu 72 participantes. A assessoria esteve a cargo do Pe. José Rafael Solano Duran, Duran da Arquidiocese de Londrina, PR, e coordenador nacional da CNBB para questões de Família. Tendo o capítulo 9 do Documento de Aparecida como referência, Pe. Rafael falou dos desafios que temos hoje na Família e na Pastoral Familiar. O texto trata do resgate da dignidade da Família e do seu valor dentro da Igreja. “A Família é uma pequena igreja, e temos que trabalhar para que ela participe e se sinta participante da grande Igreja”, disse Pe. Rafael. O evento também contou com a participação do nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger. Em sua explanação, ele falou da importân- Paróquias promovem casamentos coletivos Como atividade de encerramento da Semana Nacional da Família, duas paróquias realizaram celebrações de casamento coletivo. Na Paróquia São João Batista e Santa Luzia, em Capoeiras, Florianópolis, seis casais receberam o Sacramento do Matrimônio em uma celebração realizada na noite do dia 14 de agosto. Eles receberam formação específica pela coordenação pré-matrimonial da Pastoral Familiar. “Os casais receberam três dias de formação, conduzidos de acordo com as suas disponibilidades”, disse Iliete da Luz Pereira, Pereira que com seu esposo, Sebastião coordenam, a Pastoral Familiar na Paróquia. Segundo ela, a Pastoral Familiar está presente na paróquia há 15 anos. Os casamentos coletivos já acontecem há 10 anos na Paróquia. A equipe se divide em três coordenações: pré-matrimonial, pós-matrimonial e casos especiais. Foto/JA Em Serraria, 15 casais receberam o Sacramento do Matrimônio Fortalecimento da Pastoral Já na Paróquia Santa Cruz, em Areias, São José, 15 casais receberam o sacramento em uma celebração realizada na manhã do dia 15 de agosto, na comunidade Nossa Senhora dos Navegantes e São Pedro, em Serraria, São José. A celebração foi precedida de uma carreata que passou por todas as comunidades da paróquia e reuniu mais de três mil pessoas. Segundo o Pe. Mário Sérgio Baptistim Baptistim, orientador espiritual da Pastoral Familiar e vigário na paróquia, todos os casais receberam um dia de formação. Segundo ele, o evento envolveu três comunidades da Paróquia. “A Pastoral Familiar existia na paróquia desde 2007, mas apenas na matriz. Este ano, tivemos o envolvimento de mais duas comunidades”, comemora. Para ele, a partir desse casamento coletivo poderão surgir novas lideranças para a Igreja. Eles são estimulados a ter uma vida mais presente na Igreja. “Tudo é fruto do trabalho da Pastoral Familiar e do apoio que a paróquia dá para esse trabalho”, disse Pe. Rafael Solano com o casal coordenador da Pastoral Familiar na Arquidiocese, Nestor e Vilma Fetter Seminaristas realizam Missões em Bombinhas Nos dias 20 a 22 de agosto, os seminaristas da Arquidiocese participaram de Missões na Paróquia da Imaculada Conceição, no município de Bombinhas. Participaram também os seminaristas da Filosofia, do Propedêutico e do Menor. O evento teve início na sexta-feira (20), quando houve um momento de formação, e no período da noite a Missa de abertura das Missões. No sábado e no domingo, os seminaristas visitaram as famílias da Paróquia, realizaram encontros com crianças, jovens e casais. Domingo, no período da tarde, houve um momento de avaliação, e no da noite, a missa de encerramento. Foi com grande alegria que todos os seminaristas conheceram e visitaram as comunidades e famílias da mais recente paróquia de nossa Arquidiocese. 16 Geral Setembro 2010 Jornal da Arquidiocese IV Multicoral reuniu 17 corais Realizado no CEAR, evento celebrou os 60 anos do Coral Santa Cecília da Catedral mação coralista, orientada por maestros convidados. O almoço, servido com rapidez no próprio local, agradou a todos. Ao final do evento, com início às 16.00h, houve a Celebração Eucarística, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger. Foi também o momento da apresentação individual do Coral jubilar, com acompanhamento de um quarteto de metais. Concelebraram com Dom Murilo o Diretor do CEAR, Pe. Márcio Vignoli Vignoli, e o primeiro regente do Coral Santa Cecília, Mons. Agostinho Staehelin Staehelin. Dom de Cantar Em sua homilia, Dom Murilo destacou que é um privilégio poder louvar a Deus cantando. “Nem Foto JA Mais de 600 coralistas de 17 corais da Arquidiocese estiveram reunidos no dia 14 de agosto, no Centro de Evangelização Angelino Rosa, o “CEAR”, em Governador Celso Ramos, para participar do IV MULTICORAL. Promovido pelo Coral Santa Cecília da Catedral de Florianópolis, e contando na infraestrutura com a colaboração da comunidade "Divino Oleiro", o evento celebrou os 60 anos de existência da entidade. Após a abertura, às 9.30h, com a instalação da Mesa de Honra, começou a apresentação individual dos corais, cada um deles com três peças do seu repertório. Cada regente ou representante do coral participante recebeu um Certificado. Houve também três momentos de for- Ao final do evento, os presentes partilharam o bolo de aniversário do Coral Santa Cecília, que na ocasião celebrava seu Jubileu de Diamante todos temos o dom da voz para o canto, e o canto coral, como vocês têm. Por isso, devem agradecer a Deus por este dom e utilizá-lo para a sua glória”, disse. Após a celebração, encerrada com o jubiloso “Aleluia” de Haendel, cantado pelo grande coro dos corais presentes, Pe. Pereira, regente do Ney Brasil Pereira Coral Santa Cecília e idealizador do “Multicoral”, entregou ao Sr. Angelino Rosa e à Sra. Valeci, sua esposa, um certificado de participação em agradecimento por terem construído o espaço para a realização do evento. Na seqüência, entrou o bolo de aniversário pelos 60 anos do Coral Santa Cecília. O bolo foi cortado pela Sra. Maria de Lourdes dos Santos Santos, a coralista mais antiga, que também há 60 anos participa da história do Coral, e confeccionou o novo estandarte da entidade. Mais fotos, no endereço: http://picasaweb.google.com/ coralsantaceciliadacatedral Lançado o livro “O Anjo do celeiro” Obra fala das experiências de vida do autor com os dependentes químicos da Comunidade Bethânia alterego. Trata-se de um senhor que acorda nas madrugadas e vai narrando as histórias. Em vários momentos do livro, o leitor é convidado a interagir. Em algumas situações, é perguntado de que forma agiria naquela situação. “A mensagem de fundo do livro “O Anjo do Celeiro”, é ressaltar a importância do diálogo. O homem de hoje precisa voltar a se encontrar com seu semelhante, Foto/JA Uma tarde de autógrafos, realizada no dia 20 de agosto, na Livraria Catedral, em Florianópolis, marcou o lançamento do livro “O Anjo do Celeiro”. Escrito por José Gentil Pires Neris, Neris o livro é resultado de um ano de trabalho. Este foi o primeiro lançamento. Ainda haverá outros na Arquidiocese e em outras localidades. O evento contou com a participação de várias pessoas, sobretudo membros da Comunidade Bethania, casa de recuperação de pessoas com dependência química, localizada em São João Batista, na qual o autor é consagrado. Entre eles, o Pe. Vicente de Paula Neto, presidente da Comunidade. O livro é uma reunião das experiências de José Gentil, que tem como missão ouvir as pessoas atendidas pela obra, interagir com elas e tentar ajudá-las. Para ambientar as histórias, ele criou um provocar o outro ao ponto de entrar na sua vida e poder ajudá-lo”, disse o autor. História de vida José Gentil foi dependente químico desde os 17 anos. Natural do Rio de Janeiro, iniciou bebendo e depois foi consumindo drogas mais pesadas. Até os 29 anos, ainda conseguia morar com sua irmã mais velha. Depois, correu o mundo. Sua vida começou a mudar em 2001, quando conheceu o Pe. Léo, fundador da Comunidade Bethânia. Em 2003, iniciou sua recuperação na comunidade e nunca mais saiu. “Hoje percebo que o que eu buscava, nas drogas e na prostituição, era preencher um terrível vazio interior. O que eu não sabia, é que esse vazio só pode ser preenchido por Deus”, disse José Gentil. O livro pode ser adquirido na Livraria Catedral, na Rua Padre Miguelinho, 55 - Centro, em Florianópolis, fone (48) 32234172, ao custo de R$ 19,50. Livraria é da Catedral José Gentil foi dependente químico e se recuperou na Comunide Bethânia Desde o dia 28 de junho, a Livraria Católica Catedral abriu suas portas como Livraria Católica da Catedral. Depois de alguns anos, a histórica livraria volta a ser administrada pela Catedral. É mais um serviço que se presta à Comunidade Florianopolitana. Então, adquirindo produtos na Livraria, você estará ajudando ainda mais nossas atividades pastorais, além de você mesmo ganhar em formação e espiritualidade.