Diác. João Gonçalves: 25 anos dedicados ao ministério diaconal
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Jornal da
Arquidiocese
“De graça recebestes, de graça dai”
Florianópolis, Setembro de 2010 Nº 160 - Ano XIV
(Mt 10,8)
Grandiosa Concentração dos GBFs
Celebração realizada em Camboriú
reuniu mais de 4,5 mil participantes
mostrando a força dos Grupos Bíblicos
Número de participantes
na II Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos
em Família, realizada no Ginásio de Esportes Irineu
Bornhausen, em Camboriú,
surpreendeu a equipe organizadora. “A presença de tantos participantes comprova
que os GBFs estão organizados, articulados e unidos”,
disse Maria Glória, coordena-
dora arquidiocesana.
Durante o dia, os participantes acompanharam encenaçõs artísticas realizadas
por cada uma das oito comarcas da Arquidiocese, show de
evangelização e pregação de
Antônio Cardoso e celebração Eucarística presidida pelo
nosso arcebispo Dom Murilo
Krieger.
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ELEIÇÕES 2010:
Dom Murilo presidiu à Eucaristia durante evento que celebrou a caminhada dos GBF na Arquidiocese
Celebração consagrou Paróquia
da Santíssima Trindade
Presidida pelo nosso arcebispo, celebração marcou a conclusão dos
trabalhos de restauração e adequação do espaço celebrativo
Uma celebração realizada na
noite do dia 31 de agosto, presidida pelo nosso arcebispo Dom
Murilo Krieger, marcou a consagração da Igreja Matriz da Paróquia
Irmã Stella celebra
Jubileu de Diamante
de vida religiosa
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Participe do
Jornal da
Arquidiocese
Santíssima Tridade em Florianópolis. Durante a solenidade, foram
depositadas as relíquias da beata
Albertina Berkenbrock, virgem e
mártir, sob o altar. No mês de se-
tembro, outras duas paróquias da
Arquidiocese serão consagradas: a
Catedral no dia 07 de setembro, e
a Paróquia São Luiz Gonzaga, em
Brusque, no dia 30 .
Coroinhas recebem Ação Social Arquiformação sobre a diocesana celebra
vida religiosa
50 anos de serviços
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DO CHÃO PARA O HORIZONTE
O voto pode ser o primeiro
passo para a promoção das mudanças que precisamos realizar
em vista de uma sociedade em
que todos tenham acesso ao
banquete da vida e de seus
bens, sejam eles materiais, espirituais ou morais. Depois do
voto existem vários outros passos a serem dados. Precisamos
acompanhar o trabalhado dos
governantes e parlamentares
eleitos, ver de que forma estão
atuando, quais as classes que
privilegiam, quais são seus pro-
Voluntário fala da
experiência de missão na Bahia
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jetos, quem são seus aliados,
etc. A mudança sempre começa
na base. É ilusão pensar que as
mudanças começam de cima,
das elites, dos governantes.
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Coral Santa Cecília
celebra 60 anos em
encontro de corais
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2
Opinião
Setembro 2010
Palavra do Bispo
Dom Murilo S. R. Krieger
Krieger,, SCJ
Jornal da Arquidiocese
Arcebispo de Florianópolis
A Boa Nova da Família
À luz de Aparecida, fica clara a
missão da Pastoral da Família:
“Com a alegria da fé, somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, nele, a boa
nova... da família” (Aparecida 103).
“A família é patrimônio da humanidade”; é "escola da fé"; é lar em que
a vida nasce e é acolhida generosa
e responsavelmente; é ambiente
"insubstituível para a serenidade
pessoal e para a educação de seus
filhos” (Bento XVI, cf. 114). “Nela
se vivem e se transmitem os valores fundamentais da fé cristã”
(204), embora seja preciso reconhecer que, hoje, nossas tradições
culturais já não se transmitem de
uma geração à outra com a mesma fluidez que no passado (cf. 39).
Cristo, “optando por viver em
família em meio a nós, a eleva à
dignidade de Igreja Doméstica”(115). “Pertence à natureza humana que o homem e a mulher
busquem um no outro sua reciprocidade e complementaridade"
(116). O amor conjugal é imagem
do amor de Cristo por sua Igreja e
assemelha-se ao amor fecundo da
Santíssima Trindade (cf. 117). Na
Santíssima Trindade “nossas famílias têm sua origem, seu modelo
perfeito, sua motivação mais bela
e seu último destino” (434).
Ao educar os filhos, cada família é chamada a receber a fé,
conservá-la, celebrá-la, transmiti-la
e dar testemunho dela (cf. 118).
Deus ama nossas famílias, apesar
de suas feridas e divisões. A oração em família ajuda-a a superar
os problemas, a curar as feridas e
a abrir caminhos de esperança (cf.
Palavra do Papa
Bent
o XVI
Bento
São Pio X
Quero meditar acerca da figura
de meu Predecessor, São Pio X (...).
Giuseppe Sarto nasceu em Riese
(Treviso), em 1835, de uma família de camponeses; (...) foi ordenado sacerdote com 23 anos de idade. (...) Em 1884 foi nomeado Bispo de Mântua e, em 1893, Patriarca de Veneza. Dia 4 de Agosto de
1903, foi eleito Papa (...).
O Pontificado de São Pio X deixou um sinal indelével na história
da Igreja (...). Com efeito, suas intervenções envolveram os vários
âmbitos eclesiais. Desde o começo, dedicou-se à reorganização da
Cúria romana; depois, deu início
aos trabalhos para a redação do
Código de Direito Canônico; (...)
promoveu a revisão dos estudos e
do percurso de formação dos futuros sacerdotes (...). Como pontífice, preparou um texto de doutrina
cristã para a Diocese de Roma, que
depois se difundiu por toda a Itália
e pelo mundo. Este Catecismo,
chamado “de Pio X”, foi para muitas pessoas um guia seguro na
aprendizagem das verdades relativas à fé, por sua linguagem simples, clara e específica, e pela eficácia de sua exposição. Dedicou
uma atenção notável à reforma
da Liturgia e, de modo particular,
da música sacra (...). Recomendava a aproximação frequente dos
sacramentos, favorecendo a recepção diária da Sagrada Comunhão, (...) e antecipando oportunamente a Primeira Comunhão
das crianças (...).
Fiel à tarefa de confirmar os irmãos na fé, São Pio X, diante de algumas tendências que se manifestaram no âmbito teológico (...), interveio com determinação, condenando o “Modernismo”, para defender
os fiéis de concepções errôneas e
promover um aprofundamento científico da Revelação, em harmonia
com a Tradição da Igreja. A 7 de Maio
de 1909, com a Carta Apostólica
Vinea electa, fundou o Pontifício Instituto Bíblico. Os últimos meses da
sua vida foram tristemente marcados pelos inícios da guerra. O apelo
aos católicos do mundo, lançado a
2 de Agosto de 1914, para manifestar “a dor acerba” da hora presente, era o clamor de sofrimento
do pai que vê os filhos oporem-se
uns contra os outros. Faleceu pouco tempo depois, dia 20 de Agosto,
e sua fama de santidade começou
a difundir-se imediatamente no
meio do povo cristão.
“
O Pontificado
de São Pio X
deixou um sinal
indelével na
história da Igreja, intervindo
nos vários âmbitos eclesiais”.
Bento XVI
XVI, 18.08.10
119); o domingo é "dia de descanso, dia da família e do culto ao Senhor" (121).
Para que a família seja "escola
de fé" e possa ajudar os pais a serem os primeiros catequistas de
seus filhos, a Pastoral da Família
deve oferecer espaços de formação,
materiais catequéticos e momentos
celebrativos que lhes permitam
cumprir sua missão educativa. Educar os filhos para o amor é formá-los
para o dom de si mesmos, para o
serviço, para serem “discípulos de
Jesus Cristo” (cf. 303).
“A família cristã está fundada
no sacramento do matrimônio entre um homem e uma mulher, sinal do amor de Deus pela humanidade e da entrega de Cristo por sua
esposa, a Igreja” (433). Ela é um
dos eixos transversais de toda a
ação evangelizadora da Igreja. “Em
toda diocese se requer uma pastoral familiar “intensa e vigorosa”
(Bento XVI, DI 5), para proclamar o
evangelho da família, promover a
cultura da vida e trabalhar para que
os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados (435).
Várias ameaças pairam sobre
a família (cf. 40), mas, com o apoio
da Pastoral da Família (cf. 437), a
família poderá ser vista como um
bem dos povos e de toda a humanidade. Alegrem-se, pois, membros
da Pastoral da Família: vocês estão a serviço de um dos mais belos sonhos de Deus!
(Idéias desenvolvidas na palestra
de abertura do Congresso
Arquidiocesano da Pastoral da Família - Florianópolis, 21.08.10).
“
Em toda
diocese se
requer uma pastoral familiar
‘intensa e vigorosa’, para proclamar o evangelho da família.”
Reflexão
Deus enviou a Palavra e o homem criou o palavrório
Há um complô contra o silêncio: ruas, casas, lojas, clínicas, estão povoadas por sistemas de som
com música, anúncios, vantagens.
O lar está tomado pelo barulho da
TV, do rádio, celular, telefone, aparelho de som. Há barulhos nas imagens, anúncios nas estradas e vias
públicas, sites de internet que também rompem o silêncio, às vezes
com efeitos mais desastrosos ainda. Por que temos tanta dificuldade em parar, fechar os olhos, permanecer silenciosos ou, silenciosamente, contemplar as pessoas
que nos cercam, a paisagem oferecida gratuitamente? É o medo de
nós. Medo da vida que levamos e
fingimos que não levamos.
A solidão, o silêncio e a ascese
permitem olhar face a face os
pensamentos-tentações que nos
afligem: não crer em Deus nem
em nada, a conclusão de que
tudo se acaba em nada, o peso
dos pecados que leva a duvidar
do perdão, a capacidade de ver o
bem no ser humano. O silêncio e
a solidão nos obrigam a dar uma
resposta a esses verdadeiros problemas, tão ocultos na vida social, mas tão exigentes para que
possamos existir com sentido.
Ouvir o silêncio que fala, ouvir
a Palavra de Deus exige que se
calem as outras palavras, que se
escute o outro, o irmão e a irmã
que batem à nossa porta a fim de
escutarmos seus problemas, sofrimentos, a palavra de sua vida.
Jornal da Ar
quidiocese de Florianópolis
Arq
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24 mil exemplares mensais
Foi no silêncio eterno que a criação ainda informe e vazia ouviu a
primeira Palavra do Criador:
“Faça-se a luz!” (Gn 1,3). Essa Palavra continua a ecoar pela história daqueles que decidem tornar
suas existências luminosas, mas
somente é ouvida no silêncio. E,
sem a luz, a palavra não discerne
o belo e o mau. O barulho nos faz
escutar o nada, leva-nos ao esvaziamento das profundezas de nosso coração, chegando a impedirnos o grande grito silencioso e necessário “Das profundezas, Senhor, a vós eu clamo!” (Sl 129,1).
Silêncio - a Palavra
veio morar entre nós
O silêncio é um caminho que
se percorre no exercício perseverante e até árduo do encontro pessoal. Às vezes o silêncio espanta e
vem a tentação de retornar ao barulho, ao palavrório vazio. Preferese o sonambulismo espiritual, o
não se conhecer em profundidade
e se cai na alienação. Numa espiritualidade movida a vácuo multiplicamos a ação, nos embebe-damos para gritar falsas alegrias,
transformamos o louvor em algazarra, o ato penitencial em gemido
narcisista, a Liturgia em espetáculo, gritamos para Deus a fim de que
ele não possa ser ouvido. Permaneceremos como semente lançada em chão sem profundidade.
“E a Palavra se fez carne, e veio
morar entre nós” (Jo 1,14). O Filho
eterno do Pai não veio ao mundo
com palavras, mas como Palavra
feita carne, vida, encontro, misericórdia. Não Palavra de ensino,
legalista, mas Palavra encarnada
que nos narra o Pai, possibilitandonos o confronto com aquele que,
único, pode dizer: “Faça-se a luz!”.
Cristo-Palavra é o Filho estampado no rosto humano e permite decifrar Deus em cada rosto de homem, onde o Deus pessoal o trata
como um “tu” e com ele estabelece diálogo. Então o homem mergulha no Absoluto e recupera sua
imagem dialogal - somente se é
pessoa diante de um tu - e emerge
indo ao encontro do mistério do
próximo, dando um significado infinito ao rosto do outro.
A Bíblia é uma Palavra, a Palavra é Cristo, Deus é uma Palavra:
Amor. Para fugir do Amor criamos
palavrórios sedutores envolvidos
em embalagens de teologias prolixas, criamos igrejas movidas a
milagres, competições denominacionais, proferimos conferências
e sermões gritantes, colocamos o
demônio em todos os problemas,
transformamos o Cristianismo em
terapia. Não é necessário tanto
palavrório. Serve apenas para fugir da verdade que é mais simples:
é Palavra-amor no qual Cristo nos
revela quem é Deus e, ao mesmo
tempo, quem é o homem.
Pe. José Artulino Besen
pejabesen.wordpress.com
Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe.
Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Guilherme
Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224
JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Depto. de Publicidade: Pe. Francisco Rohling Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul
Jornal da Arquidiocese
Geral 3
Setembro 2010
Irmã Stella comemora Jubileu de Diamante
Com 60 anos de vida consagrada, a irmã carmelita é membro de uma família rica em vocações
Foto/JA
Uma celebração realizada no
dia 15 de agosto marcou o Jubileu
de Diamante da Irmã Maria
Stella do Sagrado Coração de
Jesus
Jesus. Realizada às 17h no
Carmelo Cristo Redentor, em Picadas do Sul, São José, a celebração
foi presidida pelo nosso arcebispo
Dom Murilo Krieger
Krieger, e concelebrada por sete padres e diáconos.
O evento contou com a presença de fiéis e colaboradores do
Carmelo. Também com a presença do Irmão Luiz Puhl, religioso
jesuíta e único irmão vivo da homenageada. A animação ficou por
conta do Coral Encantos, sob a
regência de Robson Vieira.
No início da celebração, Dom
Murilo disse que somos convidados a subir o Monte Carmelo, partilhando a experiência de Santa
Terezinha e de Irmã Stella. "Deus
é misericordioso e é isso que Irmã
Maria Stella quer nos mostrar",
disse Dom Murilo.
Em sua homilia, nosso arcebispo disse que, ao fazer os seus
votos, Irmã Stella disse a Deus
XIII Congresso da RCC
Irmã Stella acompanhou a celebração na clausura, com as suas coirmãs
que queria dedicar-se inteiramente a ele. “Ao vir para o Carmelo,
ela não quis fugir do mundo, mas
dedicou toda a sua vida a interceder pelo mundo”. Ao final da
celebração, Irmã Maria Stella
agradeceu a presença de todos,
particularmente do nosso arcebispo, Dom Murilo. Em seguida,
os presentes foram convidados
a degustar um coquetel oferecido pelos colaboradores do
Carmelo. Para mais informações
sobre a Irmã, veja a edição anterior do nosso Jornal.
Mais fotos no site www.
ar
q uifln.org.br
arq
uifln.org.br, clicar no link
“Galerias” no alto da página.
Concentração do Apostolado da Oração
Mais de quatro mil participantes da Arquidiocese são aguardados para o evento
No dia 05 de setembro, todos
os membros do Apostolado da Oração da Arquidiocese são convidados a reunir-se no Centro de
Evangelização Angelino Rosa
Rosa,
o “CEAR”, em Areias de Baixo, Gov.
Celso Ramos. O evento espera reunir mais de cinco mil participantes.
Com o tema “Coração de Jesus,
fonte de Amor”, o encontro contará
com a presença do Pe. Otmar
Schwengher SJ, secretário nacional
do Apostolado, e do Pe. Silvano
Valdemiro de Oliveira, pároco de
Antônio Carlos. O encerramento, às
15h, será com a celebração
eucarística, presidida pelo nosso
arcebispo Dom Murilo Krieger.
A animação ficará por conta de
um coral com 200 vozes, sob a regência do maestro Robson Medeiros Vicente. Ao final, haverá uma
procissão com a imagem do Sagrado Coração de Jesus, seguida de
de bênção do Santíssimo.
O evento é realizado a cada
dois anos. No último, em 2008,
em Antônio Carlos, mais de quatro mil pessoas estiveram presentes. “Isso nos motiva para que
neste próximo encontro ainda
mais pessoas possam participar”,
osa
disse Terezinha Nair da R
Rosa
osa,
da equipe arquidiocesana de coordenação do Apostolado.
Mais informações, pelos fones
(48) 3244-8477 ou 9968-2453, ou
pelo e-mail terezinhanairrosa
@hotmail.com
@hotmail.com..
100 anos de assistência social
A Irmandade do Divino Espírito Santo - IDES, em Florianópolis
está comemorando 100 anos de
trabalho de assistência social.
Para celebrar a data, no dia 17
de setembro, às 18h15, será realizada uma missa comemorativa na Catedral de Florianópolis.
A celebração será presidida pelo
Pe. Francisco de Assis Wloch,
pároco da Catedral.
Vai acontencer...
Fundada em 1773, portanto
com 277 anos de atuação, a Irmandade é uma entidade de caráter assistencial, sem fins lucrativos e tem por finalidade atender
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Seu trabalho está concentrado
em três núcleos de atendimento:
Infância; Arte e Educação; e Formação e Trabalho. No total, são
atendidas mais de 1.100 crianças e adolescentes, com idades
entre 0 e 18 anos.
A manutenção dos trabalhos é feita através de doações
de benfeitores, do trabalho dos
voluntários e da Festa do Divino Espírito Santo. Mais informações no site http://
idespr
omenor
.org.br/
idespromenor
omenor.org.br/
.org.br/, ou
pelo fone (48) 3298-7130.
A Renovação Carismática
Católica estará realizando, nos
dias 10, 11 e 12 de setembro,
o seu XIII Congresso Arquidiocesano. O local será o Centro de
Evangelização
Angelino
Rosa - CEAR, em Governador
Celso Ramos.
Com o tema “Celebrando
Pentecostes”, durante os três
dias os participantes contarão
com a pregação de Ironi
Spuldaro, apresentador do programa "Celebrando Pentecostes" na TV Canção Nova, Lucimar
Maziero, coordenadora nacional do Ministério de Formação
da RCC, e do Pe. Nilson Mota,
pregador e cantor da Diocese de
Osasco, São Paulo.
Para participar, os interessados devem fazer as suas inscrições até o dia 03 de setembro.
Os participantes serão acolhidos
em alojamentos ou em casas de
famílias. Mais informações, pelo
fone (48) 3263-6347, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h,
no escritório da RCC em Tijucas
(quem mora em outras regiões,
é necessário colocar o DDD 48),
ou pelo fone (48) 8813-8081,
ou ainda pelo e-mail contato@
r ccar
q uifloripa.com.br
ccarq
uifloripa.com.br.
Encontro do Setor Juventude
A Equipe de Coordenação
Arquidiocesana do Setor Juventude realizará um encontro no
dia 05 de setembro, no salão
paroquial da Paróquia de Tijucas.
São convidados a participar todos os segmentos da juventude
da Arquidiocese.
Durante o evento, haverá tro-
ca de experiências e será aprofundado o estudo sobre a constituição do Setor e como organizálo. Os presentes participarão de
trabalhos de grupo. Para mais informações, entrar em contato
com o Pe. Josemar Silva
Silva, pelo
fone (47) 3365-1884, ou pelo email [email protected]
[email protected].
Congresso da Infância Missionária
O Conselho Missionário Diocesano - COMIDI, estará realizando, no dia 19 de setembro,
o Congresso da Infância
Missionária. Localizado na igreja São Francisco, no Kobrasol,
em São José, pertencente à paróquia Santo Antônio, de Campinas, o evento terá como tema
“Criança evangeliza criança!” e
lema “De todas as crianças do
mundo sempre amigas!”.
Durante o dia, além da celebração eucarística, as crianças participarão de apresentações de histórias, com dramatizações e teatrinhos. Entre as
apresentações, haverá animação musical. Mais informações
pelo fone 48) 3222-9572 com
Leka, ou pelo e-mail leka@
missaojovem.com.br
Retiro dos diáconos e esposas
A Comissão Arquidiocesana
do Diaconato Permanente CADIP, programou para os dias
17 a 19 de setembro o retiro
para diáconos, esposas e viúvas.
Será na Casa de Encontros e
Retiros Divina Providência, em
Florianópolis, com a assessoria
do Pe. Domingos Nandi
Nandi, professor do Instituto Teológico de
Santa Catarina - ITESC. Durante
os três dias, os participantes
refletirão sobre o tema “A
Espiritualidade da liturgia na
vida do diácono e família”.
Este será o primeiro retiro do
ano. O próximo será nos dias 15 a
17 de outubro, com o mesmo assessor e tema, e será realizado na
Casa Padre Dehon, em Brusque.
Mais informações pelo fone (48)
3237-3320, com o diácono
Avelino Trentin, ou pelo e-mail
avtrentin@y
ahoo.com.br
[email protected]
ahoo.com.br.
4
Tema do Mês
As eleições de 2010 se aproximam. Novamente somos chamados a eleger os governantes do país
e do Estado e os parlamentares representantes do Estado no contexto da nação. O voto pode ser um
ato profético e evangélico de anúncio da Boa Nova do Reino de Deus,
com suas características centrais
como a justiça, a paz, a promoção
e a defesa da vida, o cuidado com a
criação e a opção pelos pobres.
Atualmente muitas pessoas preferem não se envolver com a política. Os escândalos de corrupção
ocorridos no campo da política evidenciam os problemas atuais da
sociedade, mostram que o benefício pessoal torna-se mais importante que o bem estar de toda população. Estes problemas não atingem
só a política. Diversas organizações
e instituições passam por crises éticas, provocadas em sua maioria
pelo modelo de sociedade em que
vivemos, na qual se incentiva a
competição, a obtenção de lucros,
o consumismo, o favoritismo etc.
O voto pode ser uma resposta
concreta para a solução de muitos
problemas atuais. No entanto,
além do voto existem vários outros
processos sociais, que podem
apontar para as mudanças das
estruturas econômicas, sociais e
políticas do Brasil. Além da Lei
9840 contra a compra e venda de
voto e, assim, contra a corrupção
eleitoral, temos agora a Lei Ficha
Limpa. São exemplos de que é
possível mudar práticas antigas, se
milhares de pessoas se unirem, se
organizarem e lutarem por um país
mais justo, ético e fraterno.
Para votarmos de forma consciente, as Pastorais Sociais da CNBB
indicam o exercício de dois movimentos concomitantes: olhar para
o chão e apontar para o horizonte.
Olhar para o nosso chão
A sociedade brasileira tem passado por profundas mudanças.
Muitas vezes elas são tão rápidas
que não conseguimos acompanhálas. Por isso, é importante e necessário fazer análise constante da realidade, considerando-a em seus
aspectos políticos, sociais, econômicos, ecológicos, exercitando a
dialética do local para o global. Neste tempo de campanha eleitoral
essa análise torna-se ainda mais
necessária, pois corremos o risco
de cair na ilusão das frases bem
elaboradas e de números que nem
sempre condizem com a realidade.
O exercício de olhar para o
chão nos leva a perceber quais são
as principais demandas existentes em nossa rua, bairro, município, estado e país. Depois, é preciso relacioná-las com as propostas
apresentadas pelos candidatos, a
Setembro 2010
ELEIÇÕES 2010:
DO CHÃO PARA O HORIZONTE
As mudanças sempre começam na base; é ilusão esperar
que venham de cima, das elites, dos governantes.
partir de uma análise conjugada
do perfil de sua história, de sua
formação e de seu engajamento
político.
Se comparássemos o mundo
da política com um grande banquete, como será que a definiríamos? Será que todos sairiam saciados desse banquete? Como
seriam os talheres? Haveria pessoas que buscariam atender bem
e servir bem as outras pessoas?
Por quê? Quem seriam os apressados a encher o prato e deixar
os outros sem nada? A eleição é
um ato político, que deve levar o
cidadão a pensar na coletividade.
O que é bom para uma pessoa,
pode não ser para outra. Mas não
há como lutar por uma sociedade
mais justa e igualitária, se as pessoas só vivem pensando em si.
Política na vida
da gente
A política mexe com a nossa
vida cotidiana. É no nosso dia a
dia que vivemos as grandes cri-
“
Vote consciente: voto não
tem preço, tem
consequências;
acompanhe o
trabalho dos
candidatos, suas
realizações, depois de eleitos”.
ses noticiadas nos jornais. Na
hora do voto, é preciso pensar
como os candidatos se propõem
resolver ou apontar caminhos
para a solução dessas crises. A
crise ecológica está a mostrar, há
muito tempo, que a ação do ser
humano está tornando a terra
inabitável, por causa da escolha
de um modelo de desenvolvimento predatório, que esgota os
recursos naturais, porque se ba-
seia na produção sem limites e
no consumo desenfreado. Na
Campanha da Fraternidade deste ano tratou-se do modelo econômico seguido em nosso país.
Urge pensar em um modelo que
nos estimule a fazer que a economia seja voltada para a vida,
uma economia inclusiva e solidária, uma economia da comunhão
e da participação, baseada na
distribuição de riquezas. Uma
economia que valorize mais o ser
do que o ter.
Também a concepção de Estado é algo que se deve refletir. É
importante considerar as propostas de Estado que os candidatos
apresentam. Geralmente são
apresentados dois modelos: de
um lado, um Estado indutor do
crescimento econômico e
redistribuidor de renda,
incentivador de melhores condições de saúde, educação, emprego e segurança do povo, a começar com os mais pobres; de outro
lado, o chamado Estado enxuto,
desinteressado das grandes
Jornal da Arquidiocese
questões sociais, facilitador da iniciativa privada e que só admite
gastos sociais que não provoquem déficit nas contas públicas.
Apontar para
o horizonte
Depois de analisar a sociedade em que vivemos, é preciso
elencar as características da sociedade que queremos. Apontar
para o horizonte significa sonhar
com a superação de alguns problemas atuais, tais como a crise
ecológica, a falta de ética na política, a força do modelo produtivista
e consumista, a centralidade do
deus-dinheiro na organização da
sociedade, a ausência de valores
no mundo do mercado etc.
O voto pode ser o primeiro passo para a promoção das mudanças que precisamos realizar em
vista de uma sociedade em que
todos tenham acesso ao banquete da vida e de seus bens, sejam
eles materiais, espirituais ou morais. Depois do voto, existem vários outros passos a serem dados.
Precisamos acompanhar o trabalho dos governantes e parlamentares eleitos, ver de que forma
estão atuando, quais as classes
que privilegiam, quais são seus
projetos, quem são seus aliados,
etc. A mudança sempre começa
na base. É ilusão pensar que as
mudanças venham de cima, das
elites, dos governantes.
Para votar bem, algumas dicas
são muito úteis: reúna um grupo
de pessoas (catequistas, lideranças da comunidade e familiares)
para realizar os dois exercícios:
olhar para o chão e apontar para
o horizonte; analise a história de
vida dos candidatos, veja qual seu
comprometimento com a coletividade, principalmente com os
mais pobres; considere seus projetos, veja quem são seus aliados;
lembre-se de que candidato com
muitos recursos na eleição, é candidato comprometido com grandes setores econômicos, que depois cobrarão o que tiverem investido; denuncie os candidatos que
não respeitam a Lei 9840 contra
a corrupção eleitoral; vote consciente: voto não tem preço, tem
consequências; acompanhe o
desenvolvimento dos candidatos
depois de eleitos, veja de que forma estão trabalhando, quais são
seus projetos, de que forma estão cumprindo suas promessas
de campanha.
Fernando Anísio Batista
Batista, Sociólogo, Ação Social Arquidiocesana, e
Pe. Vit
or Galdino FFeller
eller
Vitor
eller, Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Professor de Teologia e Diretor do ITESC
Jornal da Arquidiocese
Geral 5
Setembro 2010
Clero recebe formação sobre o canto na liturgia
Mais de 50 padres e diáconos refletiram sobre o conceito de ‘música ritual’ nas celebrações
Jornal da Arquidiocese Que tipo de canto se pode utiFoto JA
Frei Joaquim: “Os erros cometidos
na utilização do canto na Liturgia
são devidos à falta de formação”.
Foto JA
“Canto e Música na Presidência Litúrgica”, este foi o tema do
Curso do Clero da Arquidiocese realizado nos dias 17 e 18 de agosto,
na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis.
Assessorado por Frei Joaquim
Fonseca ofm
ofm, de Belo Horizonte,
MG, o encontro reuniu mais de 50
padres e diáconos da Arquidiocese.
Durante os dois dias, Frei Joaquim, que foi assessor da CNBB
para a música litúrgica e presta
assessorias sobre o tema em todo
o Brasil, entre outras coisas, explicou a função ministerial de cada
canto na celebração litúrgica.
Os participantes do encontro
receberam uma apostila explicativa sobre a função ministerial do
canto e da música nos tempos do
ano litúrgico e suas festas. Também foram apresentados dois livros do assessor: “Quem canta?
O que cantar na liturgia?”; e “Cantando a missa e o ofício divino”
(Ed. Paulus). Para esclarecer algumas dúvidas, ele concedeu a entrevista que segue.
Semana Teológica no ITESC
Membros do clero da Arquidiocese receberam formação sobre a
função ministerial do canto e a música nos tempos do ano liturgico
lizar em uma Celebração
ltúrgica?
Frei Joaquim - Não se pode
utilizar qualquer canto. Antes de
tudo, ele deve estar enraizado na
Sagrada Escritura. Outra coisa é
que cada canto combine com o
momento ritual a que se destina
e sempre em consonância com o
tempo do ano litúrgico e/ou festa. Qualquer pessoa que tenha
formação litúrgico-musical básica
não terá maiores dificuldades de
escolher um repertório adequado
para as celebrações litúrgicas.
JA - As orientações sobre
o uso do canto e da música
na liturgia vêm de quando?
Frei Joaquim - A Igreja sempre cuidou de orientar seus fiéis
para que o canto e música fossem
adequados à celebração litúrgica.
Contudo, o Concílio Vaticano II recuperou a verdadeira teologia e
espiritualidade do canto litúrgico
que, ao longo do tempo, foi mal
entendida. Conforme o ensinamento do Concílio, canto e a mú-
sica são “parte integrante” do culto cristão e não um mero acessório no conjunto da celebração.
JA - Como se consegue tornar uma celebração participa
participa-tiva sem fugir às normas
litúrgicas?
Frei Joaquim - O princípio
fundante é o conhecimento da teologia e da espiritualidade litúrgica.
Por exemplo, muitas pessoas, inclusive presbíteros, acham que
“participar” é todo mundo fazer
tudo ao mesmo tempo. Cada momento da ação ritual requer um
tipo de participação. E mais: a própria “Sacrosanctum Concilium” estabelece os vários níveis de participação: Interna, externa, consciente, ativa, plena, frutuosa. Cada
ministro da celebração, a começar
por quem a preside, deve restringir-se àquilo que lhe compete (Cf.
SC 28). Isso também vale para a
assembleia. Essa ministerialidade
é que confere maior dinamismo e
beleza enquanto se celebra o mistério pascal de Cristo.
Assembleia Regional dos Diáconos
Os diáconos do Regional Sul
IV da CNBB (SC) estarão reunidos nos dias 10 a 12 de setembro, na Casa de Encontros e
Retiros Divina Providência, em
Florianópolis, para participar da
sua Assembleia Regional. No
segundo dia do evento, eles
contarão com a assessoria do
Diácono José Carlos Pascoal, do
Vai acontencer...
Regional Sul I (São Paulo), membro da Comissão Nacional de
Diáconos. Ele tratará do tema “O
ser Diácono na Vida da Igreja”.
No último dia, será realizada a
Assembleia Eletiva. Na oportunidade, será apresentada a prestação
de contas de 2007 a 2010, e realizada a eleição da nova diretoria,
que será empossada durante a
celebração de encerramento. O
Regional Sul IV, conta com 196
diáconos incardinados e dois
aguardando incardinação.
Mais informações com o
Diácono Antônio Camilo
dos Santos
Santos, Coordenador Regional dos Diáconos, pelo fone
(48) 3206-3280, ou pelo e-mail
[email protected]
[email protected].
“Teologia e economia e suas
implicações pastorais” é o tema
da semana teológica deste ano,
que se realizará nos dias 20 a
24 de setembro. Promovido
pelo Instituto Teológico de Santa Catarina - ITESC, em
Florianópolis, o evento pretende discutir os seguintes assuntos: a realidade econômica e
ecológica catarinense, economia solidária, teologia e economia, crítica teológica ao
neoliberalismo, implicações éticas, entre outros.
O evento contará com con-
ferencistas convidados, entre
os quais: Jung Mo Sung (SP),
Celestino Secco, Armando Lisboa, Vilmar Adelino Vicente,
Glauco Corte, Hector Lois. Uma
das novidades deste ano, além
da pedagogia e dinâmica da
semana, é o horário noturno,
possibilitando um maior número de participantes.
Para conhecer a programação, com os horários e temas
com respectivos conferencistas, acesse o site http://
it
esc.org.br
itesc.org.br
esc.org.br. Mais informações
no fone (48) 3234-0400.
Uso das Plantas Medicinais
A Pastoral dos Enfermos estará realizando no dia 14 de setembro, às 14h30, o curso de formação “Saiba como utilizar as
plantas medicinais”. Será no
Centro Arquidiocesano de Pastoral - CAP, no Largo São Sebastião, na Beira-Mar, em Florianópolis. O curso será ministrado
por Jaci Helena Perttoni
Perttoni, coordenadora da Pastoral da Saúde na Arquidiocese. “O evento
tem como objetivo orientar as
pessoas sobre o uso das plantas medicinais e seus benefícios para a saúde”, informou Maria Luiza Nogueira
Nogueira, Coordenadora da Pastoral dos Enfermos.
Encontro para casais em Segunda União
A Pastoral Familiar estará
promovendo nos dias 23 e 24
de outubro um encontro de formação para casais em segunda união. Realizado na Paróquia São Luiz Gonzaga, em
Brusque, o evento contará com
a assessoria do Padre Chiru
Chiru,
da diocese de São Leopoldo, RS,
e sua equipe.
Os casais de outras cidades,
interessados em participar, serão acolhidos para pernoitar em
casa de famílias. Para mais in-
formações, entre em contato
com Sílvia e José Almir
(Brusque), pelo fone (47) 33515322, ou com Cida e Gervásio
(Fpolis), (48) 3240-8064; ou
com Liege e Rogério (Itajaí),
(47) 3241-2455, ou pelo e-mail
Fundamentado na "Misericordiosa Partilha de Vida", os
casais são acolhidos também
com seu filhos pequenos (creche no local). O Valor da inscrição para o Casal é de apenas
R$ 70,00.
Encontro de Jovens Cursilhistas
O movimento do Cursilho
de Cristandade realizará o 5º
EDIJO - Encontro Diocesano de
Jovens, nos dias 18 e 19 de
setembro, no Camping Beira
Rio, Guarda do Embaú, em Palhoça. Trata-se de um espaço
de lazer e entretenimento com
a finalidade de proporcionar
uma experiência com Deus,
em meio à natureza, e um encontro com Jesus Cristo, resgatando valores importantes para
nossa vida.
As vagas são limitadas a 70
participantes. Os interessados
devem fazer a sua inscrição até
o dia 06 de setembro pelo eacad_reciclagem@
mail
superig.com.br
superig.com.br.
6
Bíblia
Setembro 2010
Jornal da Arquidiocese
Conhecendo o livro dos Salmos (30)
Salmos 42 (41) e 43 (42): Sede e Desamparo
Como a corça
2. Como a corça anseia pelas águas correntes, / assim a
minha alma / anseia por ti, ó
Deus.
A primeira comparação, em
ambiente silvestre, numa paisagem aparentemente tranquila,
pode enganar-nos sobre o conteúdo do salmo, que nada tem de
aprazível. Segundo a informação
geográfica do v. 7, o salmista encontra-se, exilado, na região montanhosa do Hermon, ao norte da
Galiléia. Seus olhos percebem
uma corça, um caprino, numa torrente seca, em busca desesperada de água. Na ansiedade do animal, o poeta projeta o seu próprio
estado de ânimo, a sua busca sofrida de Deus, expressa de maneira indireta: é sua “alma”, isto é, o
profundo do seu ser, que anseia
pelo Senhor.
Sede de Deus
3. A minha alma tem sede
de Deus, do Deus vivo: / quando hei de ver a face de Deus?
A “sede de Deus” que abrasa
o salmista não é algo abstrato.
Por isso mesmo, é comparada à
sede física, vital, dessa água corrente sem a qual ninguém pode
viver, e que para ele é o próprio
Deus, o Deus vivo. Mas o
salmista fala também da sua
ânsia de “ver a face de Deus”,
isto é, de comparecer à divina
presença, de certo modo localizada no Templo, de onde, por
algum motivo injusto (cf v. 13),
ele se encontra afastado.
Divulgação/JA
Este belo salmo surpreende
por vários motivos. É um salmo
só, ou, como consta em nossas
bíblias, são dois? Ou até três salmos, delimitados pelo mesmo refrão que aparece no v. 6, no v. 12
e, ainda, no v. 17? Aliás, é esse
refrão que confere unidade ao
conjunto. Mas temos ainda, num
salmo relativamente breve, uma
série de imagens vigorosas, como
a da sede de águas benfazejas,
no início (v.2), contrastando com
o medo de águas torrenciais, no
meio (v. 8); o contraste, também,
entre os hinos da “multidão em
festa” (v. 5) e o escárnio impiedoso
dos que provocam o fiel: “Onde
está o teu Deus?” (vv. 4 e 11); a
saudade do Templo, e a esperança e certeza de voltar “ao altar de
Deus” (v. 5 e v. 15). Tudo isso,
entrecortado de queixas, perguntas, propósitos, com os quais o
salmista se expõe, e até se desnuda, diante de Deus e de si mesmo. Mas vejamos, ao longo do
salmo, esses e outros detalhes.
do no outro, evoca perigos mortais,
cada vez mais extremos.
De dia, de noite
9. De dia, o Senhor me dá a
sua graça; / de noite, elevo a
Ele o meu canto, / minha prece, ao Deus da minha vida.
Depois da impressionante queixa no versículo anterior, segue, sem
transição, o relato da tranqüilidade de que o salmista desfruta, apesar de tudo. De fato, se “de noite”
eleva a Deus o seu “canto”, a sua
“prece”, ele conta, durante o dia,
com a “graça”, ou seja, a misericórdia e bondade, do Senhor.
Meu rochedo
O pão das lágrimas
4. As lágrimas são meu pão
dia e noite, enquanto me repetem o dia inteiro: “Onde está o
teu Deus?”
É curiosa essa metáfora do
“pão das lágrimas”, quando o normal, tendo antes falado em
“sede”, seria falar em “bebida”:
em vez de água, ou vinho, o que
ele tem a beber agora são “as lágrimas”. E o primeiro motivo dessas lágrimas é o escárnio, a zombaria, dos que insistem em afirmar que ele está abandonado por
Deus, o que lhe torna ainda mais
doloroso, mais insuportável, esse
suposto abandono.
Saudade do Templo
5. Disto me lembro e minha
alma se aflige: / quando eu
passava junto à tenda admirável, rumo à casa de Deus, /
entre os cantos de alegria e
louvor da multidão em festa.
Em contraste com o presente
escárnio dos ímpios, a lembrança
dos cantos de alegria e louvor da
multidão em festa outrora, deveria ser-lhe agradável, até confortadora. Mas não. Não é “memória” que atualiza, e sim apenas
saudade de uma fase feliz que
passou. Por isso, a “aflição” de sua
alma, inconsolável.
Por que estás triste?
6. Por que estás triste, minha alma? Por que gemes dentro de mim? / Espera em Deus,
pois ainda o louvarei, / meu
salvador e meu Deus.
O diálogo interior é no salmo
expressão do drama interno, vivido pelo salmista. Se os ímpios insistem em lançar-lhe em rosto a
ausência de Deus, ele próprio dia-
loga consigo mesmo, questionando a própria tristeza e retomando
consciência da divina presença.
São como que dois “eu”: o eu carnal, natural, frágil, e o eu espiritual, sobrenatural, forte. Por isso, a
última palavra é a da esperança,
da certeza do futuro louvor. Esse
contraste entre a ausência sentida e a presença esperada, do próprio Deus, é tão importante, que o
salmista o retomará mais duas
vezes (v. 12 e v. 17), transformando-o como que num refrão, conforme já dito acima.
Na terra do Jordão
7. Em mim se abate a minha alma: / por isso, de ti me
recordo na terra do Jordão e do
Hermon, / no monte Misar.
O salmista volta a afirmar o próprio abatimento, mas nele não se
fecha. Fala na reevocação da presença do Senhor, exatamente nas
suas circunstâncias de exilado “na
terra do Jordão e do Hermon”. Ele
não insiste nessas informações
topográficas, das quais, aliás, a referência ao “monte Misar” não tem
sido exatamente identificada.
Abismos e cascatas
8. Um abismo chama outro
abismo, ao fragor das tuas cascatas: / as tuas vagas e ondas
todas passaram sobre mim.
De repente, uma explosão de
imagens, talvez inspiradas nas nascentes do Jordão, onde o salmista
esteve, lhe serve agora para expressar a enxurrada de males que
sobre ele se abateram, uns após
outros. De que males se trata? Ele
não concretiza. Mas deles se queixa como se proviessem de Deus:
“tuas” cascatas, “tuas” vagas e ondas... O “abismo”, um despencan-
10. Digo a Deus, meu rochedo: “Por que te esqueceste
de mim? Por que ando triste,
pela opressão do inimigo?”
Deus como “rochedo”, isto é,
fundamento firme e lugar de refúgio, é uma comparação relativamente freqüente nos salmos.
Aqui, porém, o “rochedo” parece
ter desmoronado ou ter-se tornado inacessível, provocando a queixa que já foi verbalizada no v. 7 e
vai retornar nos vv. 12 e 17: “Por
que ando triste?” Só que a queixa
agora é mais pungente, com uma
nota muito pessoal: “Por que te
esqueceste de mim?” Pelo fato de
ser sentida, dói muito essa ausência de Deus.
Ossos quebrados
11. Pelo insulto dos meus
adversários, estão quebrados
os meus ossos. / Pois repetem
o dia inteiro: “Onde está o teu
Deus?”
Justamente porque ama o Senhor, o salmista sente abalada a
sua estrutura pessoal (seus “ossos”), ante o repetido deboche dos
seus adversários. Esses, de fato,
continuam a provocá-lo, sem darlhe trégua, como já ouvimos acima, no v. 4.
Por que triste?
12. Por que estás triste, minha alma? Por que gemes, dentro de mim? / Espera em Deus,
pois ainda o louvarei, / meu salvador e meu Deus.
Este v.12 repete, com novas
nuances, o v.7, já comentado
acima.
SALMO 43 (42)
13 (1). Faze-me justiça, ó
Deus, / defende a minha causa
contra gente ímpia; / livra-me de
quem é mentiroso e enganador.
Usando linguagem judicial, o
salmista apela ao Juiz supremo,
pedindo-lhe que “faça justiça”,
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3234-- 0400 ou o e
e-- mail: [email protected]
“defenda a sua causa” e o “liberte” das acusações injustas
dos seus adversários, que, mentindo, conseguiram bani-lo do
Templo.
Minha fortaleza
14 (2). Pois tu és, ó Deus, a
minha fortaleza: Por que me
rejeitas? Por que ando triste,
oprimido pelo inimigo?
Este versículo praticamente repete o v. 10, onde Deus é chamado de “meu rochedo” e no qual o
salmista se queixa de ter sido “esquecido”. Aqui, se queixa de estar
sendo “rejeitado”, deixando-se levar pela falsa idéia de um Deus
“disponível”.
Ao altar de Deus
15 (3). Envia tua luz e tua
verdade: / que elas me guiem,
me conduzam ao teu monte
santo, à tua morada.
16 (4). Irei ao altar de Deus,
/ ao Deus que é a minha alegria
e meu júbilo, / e te darei graças
na cítara, ó Deus, meu Deus.
Estes dois versículos eram rezados pelo celebrante no início da
Missa, como preparação pessoal
ao pé do altar, no rito anterior ao
Vaticano II. No contexto geral do
salmo, expressam a esperança e
certeza do retorno ao Templo, o
salmista podendo novamente
“subir ao altar de Deus”.
Por que triste?
17 (5). Por que estás triste,
minha alma? Por que gemes,
dentro de mim? / Espera em
Deus, pois ainda o louvarei, /
meu salvador e meu Deus.
Como o v. 12, este v. 17 repete o v. 7, já comentado acima. Não
é preciso ressaltar, resumindo,
que este salmo é um dos mais
belos testemunhos da experiência vvida pelos místicos: da presença/ausência de Deus.
Pe. Ney Brasil Pereira
Professor de Exegese Bíblica no ITESC
email: [email protected]
Para refletir:
1) Por que estes salmos 42 e
43 podem ser considerados um salmo só?
2) De que “sede” se trata nos
versículos 2 e 3? O que é
“ver a face de Deus”?
3) Qual a razão da saudade
do salmista? Como é o seu
diálogo interior?
4) Percebe a variação de sentido do “refrão” (vv.
7,12,17), de acordo com o
que precede?
5) Qual era a aplicação que
se fazia do Sl 43 no rito
anterior ao Vaticano II?
Jornal da Arquidiocese
Juventude 7
Setembro 2010
Jovens da Comarca da Ilha realizam Trilha
Caminhada reuniu 80 jovens de várias paróquias da Comarca, que caminharam por quatro horas
Divulgação/JA
A Pastoral da Juventude da
Comarca da Ilha realizou no mês
de agosto a sua primeira atividade comarcal, uma trilha. Cerca de
80 jovens, de várias paróquias,
fizeram o percurso que iniciou na
Praia Mole e terminou na prainha
da Barra da Lagoa.
A trilha, considerada de alta
dificuldade, durou cerca de 4 horas, superando a estimativa do
percurso. Ao chegarem na prainha
da Barra da Lagoa, os jovens participaram da Santa Missa, celebrada pelo comarcão, Padre Caon.
Essa atividade foi muito importante para a integração dos grupos de jovens e a comunhão com
a Igreja particular na Comarca da
Ilha. O sentimento foi de alegria,
Como falar ao jovem sobre...
O Pecado
Após a longa caminhada, um momento para relaxar em frente ao mar
Divulgação/JA
Após a caminhada, os jovens participaram de Celebração Eucarístico
apesar do cansaço, e já aguardando a próxima atividade.
Próximos
eventos
No mesmo sentido, buscando a integração e fortalecimento do sentimento de
comarca na Pastoral da Juventude, estão sendo pensadas atividades da PJ em outras comarcas:
Comarca de Tijucas 04 e 05 de setembro - Retiro
Comarcal da PJ
Comarca do Estreito 25 de setembro - Missa
comarcal da PJ
CONTATOS COM A
PASTORAL
DA JUVENTUDE
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Quando alguém vai falar do
pecado para os jovens, o que
fala? Normalmente sobre “o que
não pode”. Não pode isto, não
pode aquilo. Até está certo, pois
o pecado são coisas que temos
que evitar, que temos a cada dia
que ficar longe e dizer “não”.
Mas, que jovem não sabe o
que é pecado? Qual jovem não
sabe quando está pecando e
fazendo algo de errado? Sabem. Mas uma conversa que
já começa com o “Não”, por si
só afasta um jovem. Ao falar
de pecado, começando com um
“não”, cortamos a conversa
logo no seu início.
Mas como falar do pecado e
se aproximar dos jovens, sendo
este um assunto tão delicado?
Falando do divino no jovem e do
amor de Deus. No catecismo da
Igreja Católica, temos esta garantia: “Pelo fato de estarmos mortos, ou, pelo menos feridos pelo
pecado, o primeiro efeito do
Dom do Amor é a remissão dos
nossos pecados” (CIC 734).
O jovem é um ser divino. É
criado por Deus à sua imagem
e semelhança. Recebe de Deus
a alegria, a força, a coragem, o
entusiasmo, a ousadia. Como
acreditar que a juventude não
seja divina?
Dessa forma, podemos afirmar ao jovens que eles são divinos e amados por Deus. Ele não
os criou por acaso. Não os fez
para deixá-los sozinhos e abandonados. Deus ama cada um
dos divinos jovens que criou à
sua imagem e semelhança,
mesmo na dificuldade, nas tentações, nos momentos de erros.
Ele não diz que ama os jovens
“Se eles fizerem isso e aquilo”.
Deus simplesmente ama.
E é esse amor que deve mover cada jovem. Como não
amar quem nos ama, sem condições e sem exigências? Mas
como amar a Deus? Cuidando
de nós mesmos, do nosso corpo, da nossa vida. Cuidando
das pessoas com quem convivemos, ajudando as pessoas
que precisam. O Apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, nos
dá a certeza de que “Para os
que amam a Deus tudo concorre para o bem” (Rm 8, 28). Se
invertermos a ordem dessa frase, perceberemos que aqueles nos quais tudo concorre
para o bem, são os que certamente amam a Deus.
Quando fazem a Jesus a pergunta de qual seria o maior
mandamento de todos (cf Mt
22, 36), Jesus responde que o
maior é amar a Deus sobre todas as coisas, e o segundo, semelhante ao primeiro, é amar o
próximo como a si mesmo (cf
Mt 22, 37-40).
O jovem que tem a certeza
de que foi criado por Deus e é
amado por Ele, que sabe que a
vida cristã se resume no amor a
Deus e no amor aos irmãos,
esse jovem vai amar e, sendo
divino o amor, vai estar longe do
pecado.
Guilherme Pontes
Coordenador Arquidiocesano da PJ
8
Geral
Setembro 2010
Jornal da Arquidiocese
Encontro Vocacional reuniu coroinhas
Realizado pelo segundo ano consecutivo, encontro contribuiu para a divulgação da vida consagrada
Foto JA
Curso forma novas lideranças
para o Ecumenismo
Formação pretende capacitar agentes
para o Ecumenismo nas paróquias
Encontro reuniu 60 participantes, de sete paróquias. Elas receberão
acompanhamento vocacional
um animado “bingo”, que as brindou com pequenas lembranças
preparadas pelas irmãs do
Provincialado.
Aumento na procura
Na avaliação da Irmã Clea
Fuck, coordenadora arquidioFuck
cesana da Pastoral de Coroinhas
e promotora do evento, coordenado pela Ir. Rosiléa Aparecida
Maia e sua equipe, esse segundo encontro já demonstrou o
crescimento do trabalho. Lembrou que no primeiro encontro
houve a participação de 25 adolescentes e jovens, representan-
do cinco paróquias e cinco
comarcas. Neste, houve 60 participantes, de sete paróquias e
quatro comarcas.
“Tirando a redução de uma
comarca, tivemos um número
maior de participantes e de paróquias, o que nos motiva a perseverar no trabalho”, disse. Ela informou ainda que até o próximo
encontro haverá um acompanhamento de cultivo para as que o
desejam.
A Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-religioso - CADEIR,
promoveu na tarde do dia 28
de agosto um curso de formação de agentes. Foi na paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José, e contou com
a participação de 39 participantes, representando 12 paróquias. O objetivo é constituir as comissões paroquiais
para o Ecumenismo.
Com o tema “Orientações da
Igreja para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso”, o encontro
contou com a assessoria do Pe.
Elias Wolff
Wolff, membro da Cadeir
e professor do ITESC. Ele apresentou os fundamentos bíblicos
e os documentos da Igreja sobre
o Ecumenismo, e como organizar as comissões paroquiais.
Este é o terceiro ano seguido que se oferece a formação.
Segundo Celso Loraschi
Loraschi, Coordenador arquidiocesano da
Cadeir, a participação vem crescendo a cada ano. “Isso mostra
uma disposição muita aberta
das pessoas em colaborar com
a unidade dos cristãos e com o
diálogo inter-religioso”, entusiasma-se.
Para ele, a boa participação
deve-se ao fato de que este ano
a Campanha da Fraternidade
foi Ecumênica, e também pela
divulgação realizada na Semana de Oração pela Unidade dos
Cristãos. Já foram criadas algumas comissões paroquiais,
que por sua vez realizam encontros de formação, e espera-se que novas comissões sejam criadas.
Mais informações com Celso Loraschi, pelo fone (48) 32347334 e 9628-6632, ou pelo email [email protected]
[email protected].
Foto JA
Realizado no Provincialado
das Irmãs da Divina Providência,
em Florianópolis, o evento contou
com a presença de 60 participantes, a maior parte delas coroinhas,
representando sete paróquias da
Arquidiocese.
Este foi o segundo encontro
realizado com o mesmo objetivo.
Pela manhã, elas tiveram dinâmicas de integração, palestra sobre
vocação, oração com simbologia
do semeador. As jovens receberam sementes para serem distribuídas para outros grupos das
suas paróquias, para que plantem
e acompanhem o crescimento. O
desenvolvimento das plantas simbolizará o crescimento da vocação religiosa.
Às 11h, elas participaram da
Celebração Eucarística presidida
eller
pelo Pe. Flávio FFeller
eller, pároco
do Senhor Bom Jesus, em Monte
Alegre, Camboriú. Em sua homilia,
ele falou que o encontro possibilitará às jovens irem discernindo a
vocação para a qual Deus as está
chamando, seja como religiosas,
seja como “lideranças mais
engajadas em suas paróquias e
comunidades”, disse.
À tarde, divididas em grupos,
receberam tarefas de montagem
de quebra-cabeças e encenação
espontânea de textos bíblicos
vocacionais, apresentados com
muita criatividade. Houve ainda
Mais fotos no site www.
ar
quifln.org.br
arq
uifln.org.br,, clicar no link
“Galerias” no alto da página.
Encontro Comarcal de Coroinhas
Mais de 280 coroinhas da
Comarca de Tijucas estiveram
reunidos no dia 14 de agosto.
Realizado na comunidade de
São João Batista, no Sertão do
Trombudo, paróquia Santo Antônio, em Itapema, o evento
contou com a participação de
quatro paróquias, das sete da
Comarca. O encontro foi marcado
por bela celebração, significativa
presença dos padres, encenações
bíblicas carinhosamente preparadas e muito bem apresentadas.
O próximo encontro será no
dia 04 de setembro e reunirá os
coroinhas da Comarca de
Biguaçu, na Comunidade São José
Operário, da Paróquia da Santa
Cruz, Barreiros. Por último, a
Comarca de São José realizará
seu encontro no dia 11 de setembro, no Seminário de
Azambuja, em Brusque, encerrando assim, este ano, a série
dos oito encontros anuais dos
coroinhas da arquidiocese.
Pe. Elias Wolff, assessor do encontro, apresentou os fundamentos
bíblicos e os documentos da Igreja sobre o Ecumenismo
Jornal da Arquidiocese
GBF 9
Setembro 2010
Concentração mostrou a força dos GBFs
Número de participantes superou expectativas e fortaleceu os Grupos Bíblicos em Família na Arquidiocese
ção de 35 padres e 18 diáconos.
Na saudação inicial, ele falou que
a presença de tantas pessoas no
evento é testemunho do bem que
os Grupos Bíblicos estão fazendo
para a Arquidiocese.
Em sua homilia, nosso arcebispo disse que os GBF procuram desvendar a seus integrantes o rosto de
Deus - rosto apresentado por Jesus
Cristo, Seu Filho. “Nos GBF, observamos, com a ajuda dos outros, o jeito
de ser de Jesus Cristo. De repente,
percebemos que também ele nos
observa. E nos ensina que cada um de
nós é o que é diante
de Deus, nada mais”,
explicou Dom Murilo.
sana. Ela agradeceu a todos que
contribuíram para a realização do
evento com grande êxito: padres,
diáconos, colaboradores, prefeitura, os animadores/as, e todos os
presentes . “Quando vemos a Igreja
reunida dessa forma, vemos que
tudo o que fazemos é pequeno demais. O amor de Deus é que nos
une, que nos faz irmãos e irmãs”,
disse emocionada Maria Glória.
Mais fotos no site www.
ar
q
arquifln.org.br
uifln.org.br,, clicar no link
“Galerias” no alto da página.
Foto JA
Foto JA
Mais de 4.500 pessoas estiveram reunidas no dia 29 de agosto,
no Ginásio de Esportes Irineu
Bornhausen, em Camboriú, para
participar da II Concentração
Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família.
Família Com o tema
“Igreja nas Casas”, e lema “Eis que
estou à porta e bato” (Ap 3, 20), o
evento teve como objetivos celebrar, visibilizar e reavivar a prática
da Igreja nas casas, fortalecendo e
incentivando a multiplicação dos
pequenos grupos na comunidade.
A concentração teve início às
8h, com a animação do grupo musical “Nossa Missão” de Forquilhinhas. A acolhida dos presentes
foi feita por Maria Glória da Silva
va, coordenadora arquidiocesana
dos Grupos Bíblicos em Família, e
Pe. R
evelino Seidler
Re
Seidler,, articulador
da comarca de Tijucas. Em seguida, apresentaram-se Pe. Vitor Feller
e Leda Vendrúscolo, pela Coordenação Arquidiocesana da Pastoral,
Pe. Cláudio Zimmermann, pároco
anfitrião, e Sra. Luzia Lourdes C.
Mathias, prefeita da cidade de
Camboriú. Também falaram as excoordenadoras dos Grupos Bíblicos
na Arquidiocese, Irmã Sandra Leoni
e Irmã Luzia Pereira, que reafirmaram com convicção e apreço a caminhada dos grupos.
Na Concentração foi destacado
o Dia nacional do Catequista, e Irmã
Marlene Bertoldi
Bertoldi, coordenadora
Grandiosa concentração mostrou a união dos GBFs na Arquidiocese
arquidiocesana da Catequese, lembrou que todos somos catequistas.
“A Catequese é um processo
de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé, da esperança e do amor, e para isso
muito contribui os GBFs”, explicou
Ir. Marlene.
Na oração inicial, o espaço sagrado foi embelezado pelas casinhas trazidas pelos animadores
dos GBF, representando as paróquias de nossa Igreja arquidiocesana. Em seguida, as oito comarcas apresentaram a identidade
dos GBFs, usando as características da prática da “Igreja nas casas”: a oração, a reflexão e a ação.
Show de Antônio Cardoso
À tarde, após a pausa para o almoço, o evento contou com a animação de Antônio Cardoso
Cardoso, cantor baiano, missionário e evangelizador da Arquidiocese de Lins - SP.
Ele realizou um show de evangelização, ressaltando a importância
da Igreja doméstica e resgatando
os valores familiares. Utilizou imagens da realidade local, e convidou
alguns participantes para subirem
ao palco, entre eles uma família. “A
vida em família é uma escola de
solidariedade e de partilha”, disse.
A partir das 16h, teve início a
Celebração Eucarística, presidida
pelo nosso arcebispo Dom
Murilo Krieger
Krieger, com a participa-
Superou as
expectativas
“A presença de
tantos participantes
comprova que os
GBFs estão organizados, articulados e
unidos, e que, quando convocados, se
fazem presentes e
mostram sua força
e convicção pela
missão
de
evangelizar, como
Igreja nas casas”,
disse Maria Glória
da Silva, coordenadora arquidioce-
Apresentação da Comarca do Estreito surpreendeu pela criatividade. Em poucos minutos
montaram a réplica de uma casa de bambus
Qual a importância dos Grupos Bíblicos em Família...
na sua vida?
na Família?
na Comunidade?
na Sociedade?
“Foi através dos
Grupos Bíblicos em
Família que voltei a
participar da Igreja. Os
conhecimentos que
adquiri da Bíblia e todo
o meu círculo de amizades foram criados a
partir dos nossos encontros semanais de reflexão bíblica. Hoje boa parte da minha vida
gira em torno do Grupo”, Noêmia Mariana
da Silva
Silva, Paróquia Dom Bosco, em Itajaí.
“É fundamental.
Ajuda na integração
dos pais e filhos e na
transformação do casal. Há maior entendimento, compreensão e unidade do casal. É uma catequese
domiciliar. Hoje somos lideranças atuantes
na Igreja, graças à participação nos GBFs”,
Zelete e Antônio Pereira
Pereira, Paróquia NSra.
da Lapa, Florianópolis.
“Hoje as pessoas
vivem na correria do
dia a dia. A participação nos Grupos Bíblicos em Família integra os vizinhos, e desperta lideranças com
maior envolvimento
na Igreja. Eles contribuem para a convivência comunitária, na busca de soluções para
os problemas”, Roberto Heinzen
Heinzen, Paróquia São Sebastião, em Anitápolis.
“O Grupo Bíblico
em Família proporciona a união das pessoas. Seja qual for a classe a que pertençam,
todos se unem na oração em família. Nos
encontros, refletimos
os desafios que a sociedade apresenta, e
somos estimulados para a transformação
dessa realidade”, Valdete Gianesine
Mariani
Mariani, Paróquia São José, Botuverá.
10
Ação Social
Setembro 2010
Jornal da Arquidiocese
ASA celebra 50 anos de História
O início dos trabalhos de promoção humana na promovido pela Arquidiocese de Florianópolis
Divulgação/JA
Em 17 de novembro de 1960, a
Arquidiocese de Florianópolis aprovou em
sua Assembléia de Pastoral a criação da
Ação Social Arquidiocesana (ASA), com o
principal objetivo de coordenar as obras
sociais da Arquidiocese; não só as de assistência social, mas também de educação
de base e de promoção humana. Embora
criada em 1960, o primeiro presidente foi
Dom Afonso Niehues, Arcebispo de
Florianópolis desde 1965.
Antes disso, eram poucas as paróquias
com trabalhos sociais organizados, destacando-se a Ação Social São Luiz Gonzaga de
Brusque (1949), a Assistência Social São Luiz
da Agronômica (1950) e a Ação Social da
Trindade (1955). Agora, essas entidades podiam potencializar seus trabalhos a partir da
assessoria e do apoio técnico da ASA na sua
organização interna. Apesar de ser apenas o
início de uma organização arquidiocesana,
já se percebia no âmbito da Arquidiocese uma
presença forte de trabalhos sociais que eram
assumidos pelas congregações religiosas. Essas iniciativas eram basicamente de amparo
aos menores abandonados e crianças órfãs,
em sistema de internato. As ações desenvolvidas pela ASA na década de 60 passaram a
focalizar a promoção humana: cursos
profissionalizantes e cursos de afazeres domésticos, tais como: cozinha, higiene, costura e pintura. O convênio firmado com a Legião Brasileira de Assistência Social (LBA) for-
Dom Afonso, Joici Matos e Osni Flores, na antiga sede do Projeto “Mensageiros da Caridade”
talecia a execução desses serviços nas comunidades.
No mesmo período, a ASA também assumia o programa “Aliança para o Progresso”, que no Brasil era executado pela Cáritas
Brasileira. Tratava-se, então de organizar a
distribuição de alimentos provenientes dos
Estados Unidos.
Para que, juntos, possamos fazer me-
mória dessa história, vamos relembrar fatos e situações importantes que marcaram
a história da ASA e das Ações Sociais Paroquiais. Para isso, solicitamos às pessoas
que participaram dessa história e que ainda estejam atuando em nossa
Arquidiocese, que compartilhem conosco
sua vivência, através de fotos, depoimentos ou símbolos que marcaram o período.
ASA participa de Encontro Inter-regional Sul da Cáritas
Aconteceu nos dias 17 a 19 de agosto o
3º Encontro Inter-Regional Sul da Cáritas Brasileira na cidade de Londrina no Paraná. Compareceram 55 pessoas, representantes das
Cáritas Diocesanas e Secretariados Regionais
do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, além da assessoria de duas pessoas do
Secretariado Nacional. O encontro teve como
tema a “Gestão na Cáritas”, aprofundando o
debate para fazer avançar o modelo de gestão colegiada e compartilhada nas diferentes instâncias da Cáritas Brasileira. Buscouse definir melhor as atribuições das instânci-
as, comprometer mais as diretorias e conselhos, ampliar a participação das bases, descentralizar as responsabilidades.
Na oportunidade, os participantes visitaram o Centro Público de Economia Solidária, local onde os empreendimentos solidários expõem seus produtos para a
comercialização e divulgação. O Centro Público é um projeto da Prefeitura de Londrina
com o apoio do Governo Federal, enquanto
a rede Cáritas fortalece a idéia fomentando
uma rede de consumidores solidários.
O momento dos Inter-regionais tem como
função também realizar o monitoramento do
Plano Plurianual da Cáritas Brasileira, identificando as ações realizadas e os desafios que
ainda permanecem. Por fim, fica como proposta aos regionais e Dioceses fortalecer
sempre mais a mística e a espiritualidade
que nos move em missão, na fidelidade ao
Evangelho: como Jesus, “promover a vida e a
vida plena para todos e todas!”.
Para o próximo ano, o Estado de Santa
Catarina sediará o 4.º Encontro Inter-Regional Sul da Cáritas Brasileira, aqui na
Arquidiocese de Florianópolis.
Coleta da Solidariedade arrecada R$ 166 mil
Todos os anos a Igreja no Brasil realiza,
no Domingo de Ramos, este ano foi no dia
28 de março, a Coleta da Solidariedade,
como um gesto concreto da Campanha da
Fraternidade. O dinheiro arrecadado nas
paróquias e outras entidades da Igreja que
realizam a campanha, é repassado à
Arquidiocese.
Desse valor, 60% compõem o Fundo
Arquidiocesano de Solidariedade (FAS), e
serve para financiar projetos sociais, os ou-
tros 40% constituem o Fundo Nacional de
Solidariedade, que se destina a a apoiar
projetos ligados à temática da Campanha
de cada ano e administrado pela Cáritas
Nacional, que tem a mesma finalidade em
âmbito nacional. Este ano, a Arquidiocese
arrecadou R$ 166.781,49. Desse valor,
R$ 66.712,60 serão repassado à Cáritas
Nacional e R$ 100.068,89 ficarão para o
FAS. (Veja na tabela ao lado o valor arrecadado por paróquia e outras entidades).
Encaminhe projetos
Para acessar os recursos que compóem
o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade,
as comunidades e paróquias devem encaminhar projetos de geração de trabalho e
renda e outros projetos sociais. Os projetos
são avaliados por um comitê gestor. Para
saber como acessar os recursos, entre em
contato com a Ação Social Arquidiocesana,
4-8
776, ou pelo e-mail
pelo fone (48) 322
3224-8
4-87
asa@ar
q uifln.org.br
asa@arq
uifln.org.br.
Coleta da
Solidariedade - 2010
PARÓQUIAS
Angelina
Anitápolis
Antônio Carlos
Balneário Camboriú
Balneário Camboriú - Vila Real
Balneário Camb. - São Sebastião
Biguaçu
Botuverá
Brusque - Águas Claras
Brusque - Dom Joaquim
Brusque - Santa Teresinha
Brusque - S. Luiz Gonzaga
Camboriú
Camboriú - Monte Alegre
Canelinha
Fpolis - Agronômica
Fpolis - Balneário
Fpolis - Canasvieiras
Fpolis - Capoeiras
Fpolis - Catedral
Fpolis - Coloninha
Fpolis - Coqueiros
Fpolis - Estreito
Fpolis - Ingleses
Fpolis - J. Atlântico
Fpolis - Lagoa
Fpolis - Monte Verde
Fpolis - Prainha
Fpolis - Ribeirão da Ilha
Fpolis - Saco dos Limões
Fpolis - Santo Antônio
Fpolis - Trindade
Garopaba
Governador Celso Ramos
Guabiruba
Itajaí - Cordeiros
Itajaí - Fazenda
Itajaí - P. Dom Bosco
Itajaí - Ssmo. Sacramento
Itajaí - São João
Itajaí - São Vicente
Itapema
Leoberto Leal
Major Gercino
Nova Trento
Palhoça
Palhoça - Aririú
Palhoça - Enseada de Brito
Palhoça - Ponte do Imaruim
Paulo Lopes
Porto Belo
Santo Amaro da Imperatriz
São Bonifácio
São João Batista
São José - Barreiros
São José - Campinas
São José - Forquilhinha
São José - Procasa
São José - Rosário
São José - Sant´Ana
São José - Santa Cruz
São José - São José
São José - S. Judas Tadeu
São José - S. Pedro de Alcânt.
Tijucas
Igreja Santa Cat. de Alexandria
Santuário de Azambuja
Santuário Santa Paulina
Carmelo Cristo Redentor
Pe. Ney Brasil Pereira
Total
Valor
R$ 2.596,80
R$ 300,00
R$ 2.889,00
R$ 2.900,00
R$ 2.332,00
R$ 3.592,00
R$ 7.256,55
R$ 1.000,00
R$ 2.110,00
R$ 1.920,00
R$ 3.708,10
R$ 6.750,00
R$ 3.678,65
R$ 875,00
R$ 706,60
R$ 4.773,00
R$ 1.516,00
R$ 1.800,00
R$ 1.555,10
R$ 4.394,00
R$ 199,00
R$ 2.865,00
R$ 1.748,35
R$ 1.401,58
R$ 1.480,00
-R$ 2.054,65
R$ 100,00
R$ 1.577,95
R$ 946,81
R$ 2.715,25
R$ 3.072,00
R$ 744,00
R$ 600,00
R$ 4.459,15
R$ 1.415,00
-R$ 950,00
R$ 4.320,98
R$ 2.590,45
R$ 3.716,22
R$ 3.266,00
R$ 2.124,00
R$ 445,00
R$ 3.653,00
R$ 5.250,60
R$ 2.467,00
R$ 1.122,10
R$ 2.351,55
R$ 359,60
R$ 3.654,35
R$ 4.444,00
R$ 1.305,00
R$ 4.050,70
R$ 3.500,00
R$ 3.641,72
R$ 3.000,00
R$ 547,35
R$ 2.858,00
R$ 602,35
R$ 3.889,18
R$ 5.840,00
R$ 550,00
R$ 840,00
R$ 2.497,00
R$ 3.810,65
R$ 4.704,65
R$ 1.848,50
R$ 500,00
R$
50,00
R$ 166.781,49
Jornal da Arquidiocese
Geral 11
Setembro 2010
Paróquia da Trindade
é consagrada
Assalto à igreja
de Biguaçu
Furto mostra a necessidade de adotar sistemas de segurança nas comunidades
Celebração marcou entrega da igreja após restauração
Foto JA
A Paróquia da Santíssima Trindade, em Florianópolis, celebrou na
noite do dia 31 de agosto, a consagração da sua Igreja Matriz. A Celebração Eucarística foi presidida pelo
nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, e concelebrada por padres e
diáconos da paróquia e convidados.
A celebração iniciou com o arcebispo fazendo a aspersão com
água benta da igreja, dos fiéis e do
altar. Em sua homilia, Dom Murilo
falou sobre o espaço sagrado. “Este
é o lugar do encontro do povo de
Deus. Não temos aqui cidade permanente, mas temos lugares que
antecipam a Jerusalém celeste, e
este é um deles”, disse Dom Murilo.
Em seguida, teve início o rito de
consagração/dedicação, com a ladainha de Todos os Santos. Depois,
nosso arcebispo recebeu as relíquias da beata Albertina Berkenbrock,
virgem e mártir, que foram depositadas em um nicho em baixo do
altar. Após o ato, o nicho foi lacrado.
Nosso arcebispo conduziu a Prece de Dedicação, seguida da unção,
com os santos óleos do Crisma, do
altar e das 12 cruzes colocadas nas
paredes da igreja. Depois, foi realizada a incensação do altar e da igreja. Na sequência, foi realizada a iluminação da igreja, ao se acenderem as velas que os ministros colocaram junto às 12 cruzes da igreja.
Ao final da celebração, Frei
Cácio Roberto Petekov, o pároco,
lembrou que em 157 anos da paróquia da Santíssima Trindade, mui-
Durante a celebração, Dom Murilo ungiu o novo altar da igreja
tas graças foram alcançadas. “Este
local já era santo, agora se tornou
mais santo ainda”, disse. No fim,
ele convidou todos para um coquetel realizado no salão paroquial.
Espaço Celebrativo
A consagração da igreja coroa o
trabalho de restauração interna e
externa da igreja, iniciado no dia 18
de fevereiro. Também marca a continuação da adequação do espaço
celebrativo às normas litúrgicas, iniciada pelo Frei Itamar em 2007.
No dia anterior à consagração,
uma celebração eucarística marcou a chegada das relíquias da beata Albertina Berkenbrock, mártir
catarinense que foi assassinada em
defesa da sua virgindade e está em
processo de se tornar santa. As relí-
quias foram trazidas pelo Pe. Sérgio Geremias, reitor do Santuário de
Albertina, na Diocese de Tubarão.
Consagrações
Celebração semelhante
será realizada em duas outras
comunidades da Arquidiocese:
- no dia 07 de setembro, às
18h, haverá a Solenidade da
Consagração da Catedral de
Florianópolis;
- no dia 30 de setembro, às
19h, será a vez da da Igreja Matriz da Paróquia São Luiz
Gonzaga, em Brusque.
As duas celebrações serão
presididas pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger.
101, o acesso para a região norte do Estado pelo litoral passava
pela comunidade. Com a construção da BR, aos poucos a região viu diminuir gradativamente
sua população. Hoje, com o
asfaltamento do acesso, muitas
pessoas estão adquirindo áreas
na região. A maioria com casas
de fim de semana.
Sistema de segurança
Roubos a igrejas como aconteceu em Limeira não são comuns. Em 40 anos como delegado e ex-funcionário da Cúria, Ênio
não se recorda de fato semelhante. Ele recomenda que se adotem
sistemas de segurança eletrônicos para coibir essas ações. “A
maioria dos roubos são feitos por
dependentes químicos que querem fazer dinheiro. Qualquer sistema de segurança que faça barulho já vai evitar essas ações”.
Para o Pe. José Luiz de Souza,
pároco de Biguaçu, o fato de a
igreja de Limeira ser distante das
residências e não possuir nenhum sistema de segurança facilitou a ação dos ladrões. Segundo ele, a residência mais próxima da igreja fica a cerca de 1km.
Nosso arcebispo Dom Murilo
Krieger recomenda que sejam
tomadas tomadas providências
para evitar que ações como essa
se repitam. “Precisamos preservar o patrimônio que foi adquirido e conquistado com muito esforço. Então, é importante investir na prevenção para proteger
este mesmo patri-mônio”, disse
Dom Murilo.
Divulgação/JA
MEC autoriza curso de Teologia
Na manhã do dia 05 de
agosto, os moradores da Comunidade de São Sebastião, em
Limeira, interior de Biguaçu, levaram um susto ao se depararem com a igreja arrombada e o
furto de 12 imagens sacras,
entre elas, a imagem do padroeiro, instrumentos litúrgicos e
musicais. Além também de terem furtado o cemitério que fica
nos fundos da igreja.
Quatro dias depois, tudo foi
recuperado. Isso graças ao empenho do delegado da Polícia
Civil Ênio de Oliveira Matos, da
1ª Delegacia da Capital. As imagens estavam num centro de
umbanda localizado na região
continental de Florianópolis.
Segundo o delegado, que
mobilizou todo o seu efetivo,
não fosse a rapidez na solução,
possivelmente as imagens não
mais seriam recuperadas. “Todas elas foram encontradas
embaladas e prontas para serem revendidas”, disse ele. Antes de ser delegado, Ênio foi funcionário da Cúria Metropolitana
de Florianópolis por 31 anos.
Ivone Manerick, coordenadora do Conselho de Pastoral da
Comunidade, em Limeira, moradora a menos de 1km da igreja,
disse foi um grande susto para a
comunidade. Segundo ela, são
comuns os roubos de vasos e
materiais metálicos no cemitério,
mas nunca na igreja. “Agora reforçamos as trancas e estamos
estudando colocar um sistema de
segurança eletrônico”, disse.
Antes da construção da BR-
Próximo passo é o credenciamento, que depende de nova visita dos técnicos
O Diário Oficial publicou no dia
06 de agosto portaria do Ministério da Educação e Cultura que
autoriza o Curso de Teologia a ser
ministrado na Faculdade Católica
de Santa Catarina - FACASC. A autorização é resultado da visita realizada por uma equipe disciplinar de avaliadores do MEC/INEP
e do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais.
A portaria de número 990 foi
assinada no dia 04 de agosto, mas
publicada dois dias depois. O texto
especifica que a autorização é para
o curso de bacharelado, com 50
vagas totais anuais, no turno diurno,
a ser ministrado pela faculdade.
Ainda haverá uma nova visita
dos avaliadores do MEC/INEP, que
acontecerá nos dias 19 a 22 de
setembro, para o credenciamento
da Faculdade. “Espera-se que até
o final deste ano o credenciamento
seja assinado, para que no próximo ano o curso já seja iniciado com
a aprovação”, estima Pe. Vitor
Galdino Feller, diretor do ITESC.
O que muda
Com a aprovação e credenciamento, além da validade eclesiástica, o curso de Teologia passará a ter validade civil. Isso quer
dizer que os alunos receberão diploma de bacharelado reconheci-
do pelo MEC, o que também poderá favorecer uma maior procura do curso pelos leigos.
Desde que foi criado, em 1973,
o ITESC é a instituição de formação teológica dos seminaristas do
Regional Sul IV da CNBB. Atualmente o ITESC possui 75 alunos: 65
seminaristas e 10 leigos. No corpo docente, de 19 professores, temos nove doutores e sete mestres.
Hoje, nove das dez dioceses do
Estado realizam sua formação no
Instituto. Apenas a Diocese de
Chapecó encaminha os seus seminaristas para o Instituto Teológico
de Passo Fundo, RS, por questões
de maior proximidade geográfica.
Após o roubo das imagens, altares da igreja ficaram vazios. Das 12
imagens furtadas, dez estão de volta em seus lugares e duas foram
danificadas, entre elas a do padroeiro, e estão sendo restauradas
12
Artigos
Setembro 2010
Jornal da Arquidiocese
Centenário
Monsenhor Francisco Xavier Giesberts
Francisco Xavier Giesberts nasceu em Straelen (Renânia, Norte da
Vestfália), Alemanha, aos 18 de
novembro de 1873. Ingressou na
Sociedade do Verbo Divino
(Verbitas), e nela foi ordenado
presbítero em 15 de maio de 1898.
Nutrindo vocação missionária, veio
para o Brasil em 1900. Foi indicado para Palmeiras, no Paraná, ali
sendo pároco de 1903 a 1906.
Sabendo das necessidades da
Igreja em Santa Catarina, a convite de Pe. Francisco Topp deixou a
vida religiosa verbita, ingressando
no clero diocesano em 1906. Pe.
Topp era pároco do Desterro e quis
tê-lo consigo, de modo que foi nomeado vigário paroquial do Desterro em 30 de março de 1907. Isso
significava trabalhar em toda a Ilha
de Santa Catarina, nas suas sete
paróquias (Desterro, Trindade, Lagoa, Canasvieiras, Ribeirão, Rio
Vermelho, Santo Antônio).
Primeira missão
no Sul catarinense
Em 16 de novembro de 1908
foi nomeado pároco de Nossa Senhora da Piedade de Tubarão, imensa região do sul catarinense. Dali,
em 07 de maio de 1911 foi transferido para pároco de Santo Antônio
dos Anjos de Laguna e Interino de
Sant’Ana de Mirim e de Vila Nova.
Em 29 de junho de 1911 presidiu
os funerais do Pe. Manoel João Luís
da Silva, que por 58 anos ali trabalhara. Em tocante sermão, antes de
morrer, Pe. Manoel pedira aos paroquianos perdão de seus pecados,
de sua vida irregular, morrendo reconciliado com a Igreja. Quanto ao
próprio Pe. Giesberts, por onde
passou, deixou a memória da
bondade, dedicação, fineza de
trato e santidade.
Em 1911 iniciou a comunidade de Magalhães (hoje paróquia), com um centro catequético. Mas, veio a Grande Guerra (1914-1918), e o sofrimento
para os padres alemães que trabalhavam nas comunidades
“brasileiras”. Nacionalistas que
se presumiam guardiães da Pátria sublevaram o povo, taxando
o padre de “Quinta Coluna” (espião) e expulsando-o de Laguna
no final de 1917. No entanto, trabalho não faltava, especialmen- Monsenhor Giesberts: 55 anos
te junto aos colonos alemães. As- dedicados ao pastoreio na Arquiocese
sim, após um ano no curato de de Florianópolis, que ele viu nascer e
Teresópolis, em 18 de maio de para a qual muito contribuiu
1919 foi provisionado pároco de
São Pedro de Alcântara que, nesse Gov. Irineu Bornhausen.
período, abarcava os atuais municípios de São Pedro, Antônio Carlos,
Sentindo o peso da
Biguaçu e Ganchos.
responsabilidade
Foi homenageado pela Igreja
No Vale do Itajaí
diocesana: em 08 de agosto de
Feliz nesse campo de 1925 recebeu a honraria de Monapostolado, no meio de alemães, senhor Camareiro Secreto Supranubrasileiros e pescadores, em 08 de merário, juntamente com Pe. Freagosto de 1922 o Bispo Dom Joa- derico Tombrock, de São Ludgero.
quim ofereceu-lhe novo campo de Para auxiliar no Governo arquidiocetrabalho: pároco do Santíssimo sano, em 25 de janeiro de 1931
Sacramento de Itajaí, onde perma- (até 1949), foi nomeado para o Caneceu até 1938. Era grande e flo- bido Metropolitano de Florianóporescente comunidade paroquial, lis. Por absoluta necessidade e atenincluindo outras paróquias: Penha, to a seus méritos, foi transferido
Barra Velha e Camboriú.
para a Catedral em 24 de janeiro
Em 1922 deu os passos para de 1931. Nesse mesmo ano adoea construção da nova igreja matriz, ceu gravemente e foi diagnostitrocando o terreno do cemitério cada arteriosclerose incipiente. Reatrás da igreja de Nossa Senhora cuperado, foi nomeado novamenda Conceição pelo da atual Praça te pároco de Itajaí (Penha e Barra
Velha), tomando posse em 21
de setembro de 1931. Incansável, em outubro de 1931 publicou o livro de Cânticos e Orações OREMOS, há mais tempo
em preparação. Dom Joaquim
nutria grande confiança e afeto por Mons. Giesberts e não
se cansava de confiar-lhe responsabilidades.
O bom pastor
em Armazém
Verdadeiramente cansado,
em 15 de maio de 1937 Mons.
Giesberts pede sua demissão de
pároco de Itajaí, agora em caráter irrevogável. Há necessidade
de um padre jovem para a construção inadiável de nova Matriz,
organização do operariado, catequese com 2.500 crianças. Finalmente, em 14 de abril de
1938 saiu a sua provisão de vigário paroquial de Braço do Norte com
residência em Armazém, para atendimento às Capelas de Grava-tá,
Travessão do Gravatá, São Miguel,
São João, São Bom Jesus e Sanga
Morta. Por questão prática, em 31
de julho de 1940 foi deslocado para
vigário paroquial de São Ludgero,
continuando em Armazém.
Mons. Giesberts teve a felicidade de festejar, em 07 de fevereiro
de 1941, a criação da paróquia de
São Pedro Apóstolo de Armazém,
sendo dela pároco até os últimos
dias. Foi conhecido e reconhecido
como o Apóstolo de Armazém.
Prepara-se para
o adeus final
Em 1944 surge nova crise de
saúde: pediu ou a renúncia ou um
coadjutor. Mas, ficando bom, continuou. Em 1946, esteve três semanas internado em Tubarão.
Grandes festejos no Sul catarinense em 15 de maio de 1948:
Mons. Francisco Xavier Giesberts
festejava o Jubileu de Ouro sacerdotal. Todos, arcebispo, padres e
povo, reconheciam seus méritos.
Em 21 de abril de 1952 adoeceu gravemente, dando poucas
esperanças de cura. Recebeu alta
em 9 de maio mas, em 8 de junho teve uma vertigem, ficando
15 minutos desacordado. Internado em Tubarão, não prometia sobrevivência. Em 17 de julho escreveu a Dom Joaquim dizendo estar melhor e desejando voltar a
Armazém para ao menos celebrar
a Missa, graça que alcançou em
02 de outubro.
A “cura” não foi tão duradoura: era muito mais fruto do desejo
que Monsenhor tinha de retornar
a Armazém e trabalhar. No mês
seguinte, extremamente enfraquecido, foi residir em São
Ludgero com Mons. Frederico
Tombrock. Ali passou seus últimos
meses de vida, cercado de atenção e carinho. Internado no Hospital de Caridade de Tubarão, faleceu no dia 10 de outubro de
1953. Todos choraram a perda
desse homem doce, nobre,
caridoso e de inexcedível dedicação ao povo e à Igreja. Foram 55
anos de padre, 53 deles consagrados ao Brasil.
Pe. José Artulino Besen
pejabesen.wordpress.com
Ecumenismo
Declaração do CONIC sobre ética na Política e Eleições 2010
Nós, representantes das igrejas-membro que compõem o Conselho Nacional de
Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal
Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de
Confissão Luterana no Brasil, Igreja
Presbiteriana Unida do Brasil e Igreja Síria
Ortodoxa de Antioquia, temos por dever a
missão de orientar, em um ano eleitoral, a
Sociedade Brasileira na busca de uma classe política cada vez mais comprometida
com a ética, que esteja preocupada com
os interesses da população e não com os
seus próprios interesses.
Por ocasião da reunião do Conselho
Curador do CONIC, e com base no que temos colhido em nossas Igrejas com as pessoas com as quais convivemos
diuturnamente, queremos falar sobre as
questões sociais, econômicas e éticas que
angustiam o Povo Brasileiro. De nossas Igrejas chegam-nos expressões de preocupação e muitas vezes espanto, acompanhadas de insatisfação e desilusão em relação à classe política de nosso país. A voz
dessas pessoas deve ser ouvida, não negli-
Não podeis servir a Deus e ao dinheiro (Mateus 6:24)
genciada; afinal, o poder está nas mãos do
povo que, de tempos em tempos, elege
representantes para defenderem os interesses da coletividade. Em vista disso, esperamos nos políticos que forem eleitos em
outubro, que prezem pela ética como um
valor inalienável, para não ver cair na desmoralização e descrédito generalizado todos aqueles que são representantes do
povo, comprometendo a boa reputação das
Instituições Democráticas deste País.
Lembrando a recente Campanha da
Fraternidade Ecumênica, que com o tema
"Economia e Vida" tratou da perversidade
do modelo econômico vigente e de alternativas para incluir os menos favorecidos,
é preciso que sejam refletidas maneiras de
contemplá-los em seus direitos e necessidades básicas. Nesse sentido, é necessária uma profunda reforma na educação do
país, de modo que se possam atender as
demandas da economia sem, contudo,
transformar pessoas em meras peças de
reposição do sistema econômico. Para
isso, uma visão integral da natureza humana é essencial, pois o ser humano precisa
fundamentalmente de atenção, cuidado e
reconhecimento, e de um meio ambiente
protegido e seguro para viver.
Por fim, parabenizamos o Povo Brasileiro, que através da pressão popular, conseguiu que o projeto de lei denominado "Ficha
Limpa", após passar pela Câmara dos Deputados, fosse aprovado no Senado Federal na semana passada. Tal iniciativa comprova que é possível mudar. Em vista disso,
uma reforma política séria, feita com
parâmetros éticos e em parceria com as diversas instâncias da sociedade civil organizada é imprescindível. Incentivamos, portanto, que todos os cidadãos brasileiros, inclusive os residentes no exterior, expressem
seus anseios na hora do voto, procurando
eleger pessoas comprometidas com o bemestar da população, candidatos que, depois
de eleitos, não se esqueçam daqueles que
os elegeram, colocando o bem comum acima dos interesses partidários ou pessoais.
Certos de que tempos melhores virão
com os ares renovados da nova política,
também aqui vale a exortação de Jesus,
de que “não se pode servir a Deus e ao
dinheiro” (Mateus 6:24). Pedimos a Deus
que guarde e abençoe a todos os brasileiros deste nosso imenso país.
Brasília, 25 de maio de 2010
Dom Dimas Lara Barbosa - Secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Dom Maurício de Andrade - Bispo primaz
da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB).
Pastor Doutor Walter Altmann - Presidente
da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil (IECLB).
Reverendo Enoc Wenceslau - Moderador
da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU).
Padre Joanilson Pires do Carmo - Igreja
Sirian Ortodoxa de Antioquia.
Pastor Sinodal Carlos Möller - Presidente do CONIC.
Reverendo Luiz Alberto Barbosa - Secretário geral do CONIC.
Jornal da Arquidiocese
Missão 13
Setembro 2010
A BÍBLIA E A MISSÃO
Neste mês da Bíblia, apresentamos o aspecto missionário que prevalece no evangelho de São Mateus
de maneira tal que, todos que forem atingidos por sua mensagem, se tornem, por
sua vez, discípulos-missionários. Esta exigência foi recuperada pela Conferência de
Aparecida.
“Fazer discípulos”
Um caminho a percorrer
Para Mateus, fazer missão é oferecer,
a todos e todas, a possibilidade de se tornarem discípulos de Jesus. O evangelista
parece projetar esta convicção através dos
tempos. Os que seguirão Jesus devem agir
Divulgação/JA
Palavras finais de Jesus, no evangelho
segundo Mateus: “Toda a autoridade foi
dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto,
vão e façam com que todos os povos se
tornem meus discípulos, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e
ensinando-os a observar tudo o que ordenei
a vocês. E eu estarei com vocês todos os
dias, até o fim do mundo” (Mt 28,16-20).
Para Mateus, ensinar não é uma operação de natureza intelectual, pois o
ensinamento de Jesus mexia com a vontade dos ouvintes e exigia a decisão concreta de segui-lo, de se tornarem discípulosmissionários.
O discípulo produz frutos
Ao discípulo, Jesus pede que “produza
frutos”. Mateus, distanciando-se tanto dos
“legalistas”, como também dos “exaltados”, ou “espiritualistas”, se preocupa mais
com a práxis. É pelos frutos que se percebe
se o discípulo é guiado pelo Espírito: “Toda
árvore que não der bons frutos, será cortada...” (Mt 7,19).
PARA REFLETIR:
O número 368 de Puebla fala do
surgimento dos ministérios não ordenados,
que foram adquirindo espiritualidade e
práticas pastorais capazes de levar homens e mulheres a se perceberem como
1. Quem é o discípulo?
O que se exige dele?
2. O que comporta ser
cristão, para Mateus?
Missão Popular em Xique Xique
O nosso amigo Domingos voltou da Missão realizada em Xique
Xique-BA, com 125 missionários
da Arquidiocese. Vejamos o que
nos diz de sua experiência.
Queridos irmãos e irmãs na fé.
Paz e bem!
No curto espaço de 10 anos,
participando das Santas Missões
populares junto à Igreja-Irmã da
Barra, BA, percebi claramente o
chamado de Deus para essa missão e percebi também o quanto
este filho era amado de Deus, pois
se olho para frente, para trás e
para os lados, aí estão templos
católicos. Temos possibilidade de
participar das missas todos os dias
e de escutar a sua Palavra. Ela
está ao nosso alcance.
Dia 28/07/2010, ao chegarmos das Missões de Xique-Xique,
ao fazer a minha meditação diária do Evangelho, lá encontrei, em
Mt 13,44-46, Jesus nos dizendo
que o Reino dos Céus é como “um
grande tesouro” escondido no
campo. Eu disse comigo mesmo:
o sertão do Nordeste tem muitos
tesouros escondidos, pois aquele
povo, esquecido pelos órgãos governamentais, mesmo com suas
necessidades e sofrimentos, consegue ser feliz.
Quando Pe. Paulo solicitou-me
a dar meu testemunho sobre as
Missões realizadas, vieram-me à
Domingos Francisco Pereira visita família, durante a missão realizada
na Diocese de Xique-Xique, na Bahia
mente, dentre tantos, os dois fatos seguintes.
- Estávamos visitando uma família, quando chegou uma menina perguntando pela dona da
casa. Quando chegou, a menina
perguntou-lhe: a senhora não tem
uma xícara de farinha para trocar
por um ovo para minha mãe?
- Sempre na visita missionária
às casas, numa delas, quando nos
abriram a porta, vi uma senhora
com uma expressão de pavor. Mesmo assim, ela e seu esposo nos
receberam. Após as apresentações,
perguntei ao esposo qual fosse seu
trabalho. Resposta: moço, já faz
sessenta dias que estamos sem trabalho e sem um real no bolso.
Queridos irmãos, confesso a
vocês que chorei, chorei muito naquela ocasião e também hoje, ao
escrever esses fatos. A leitura da
Palavra que tínhamos para fazer
era a de Lc. 5,1-11, que nos convidava a ter e falar de esperança.
Mas como falar de esperança a
quem estava morrendo de fome?
Quem experimentou a fome, sabe
que, quando o estomago está vazio, o cérebro não raciocina!
Diante dessa pobreza, nos preocupamos sempre em realizar outras atividades, sobretudo no
agentes da missão. Passou a
ser comum ouvir dizer: “Eu sou
ministro na minha comunidade”. Passar daí para a missão,
dentro e fora da comunidade,
e mesmo no além-fronteiras,
deverá ser um passo natural e
conseqüente. Trata-se da meta
mais urgente a ser alcançada
pela Igreja, que quer se tornar,
cada vez mais, uma Igreja
missionária, totalmente comprometida com a construção
do Reino!
campo social. Pessoalmente, nestes 10 anos, foram 20 as viagens
à Bahia, entre missões e viagens
às comunidades, levando brinquedos, roupas e calçados. Um
galpão de 180 m² foi construído
para montar um engenho de farinha. Foram levados 3 computadores e colocado o forro de uma
Capela de 80 m². Para outra comunidade, que possuía a cerâmica, mas era trabalhada a mão, foi
levado um torno de oleiro. Mais
de 30 mil peças de roupas e calçados foram oferecidos por muitos nossos irmãos catarinenses.
De onde a mim e aos colegas
missionários nos vem esta força?
Da leitura da Palavra e particularmente de Jr. 33,3 e Is. 55,6. É sempre naquele povo sofrido e necessitado que mais vemos Jesus!
Encerro estas minhas palavras
com um apelo aos sacerdotes e a
todas as paróquias de nossa
Arquidiocese, que ainda não enviaram missionários para ajudar a
nossa Igreja Irmã da Bahia. Tratase de uma experiência extraordinária que muito contribui para
acender a chama da missão em
nossas lideranças paroquiais. É
bom sempre lembrar que a Igreja
é “por sua natureza missionária”.
Domingos Francisco Pereira
Coordenador dos missionários que
vão à Bahia
Diretamente da
Guiné Bissau
Já completo um ano e
meio na Guiné Bissau. Passou
tão rápido. Sempre estive bem
de saúde, acostumei com calor, tempo seco, tempo de chuva, comida, trabalho e com as
pessoas: povo, missionários,
irmãs...
Pe Lucio Espíndola passou alguns dias conosco para
descansar um pouco. Está
contente e sua comunidade
está crescendo.
Agora estou trabalhando
em um centro de formação do
PIME a uns 30 km de Bafatá.
Lá, junto com uma missionária
leiga italiana, organizamos cursos de pequena duração para
proporcionar a possibilidade de
pequenos trabalhos para as
pessoas. São organizados cursos de transformação de frutas, de apicultura, hortaliça,
como também cursos sobre cidadania, direitos humanos,
consciência pela Paz etc.
Agora Guiné Bissau está
muito bonita, estamos na época das chuvas; muitas plantações e tudo está verde.Todo
nosso pessoal está bem.
Desejo sucesso a todos
do Missão Jovem. Deus abençoe o Brasil e a África!
Saudações, Célia Sartori
14
Geral
Setembro 2010
Foto JA
Diác. João Gonçalves
Vocação diaconal despertada a partir
do trabalho como ministro da Igreja
A Paróquia do Santíssimo Sacramento, em Itajaí, celebrou, no
dia 01 de agosto, o Jubileu de Prata diaconal de João Gonçalves. A
celebração Eucarística foi realizada às 19h30, presidida pelo Pe.
José Artulino Besen, pároco, e
concelebrada por Pe. Júlio César
da Rosa, vigário, e Pe. Valter Goedert, diretor da Escola Diaconal
São Francisco de Assis. A celebração ainda contou com a presença
de cinco diáconos, de alunos da
Escola Diaconal, além de familiares e amigos do diácono.
Natural da localidade de Rio
do Meio, em Camboriú, onde nasceu em 18 de setembro de 1935,
Diácono João Gonçalves é casado com Léa Leite Gonçalves, há
53 anos. Eles têm dois filhos e três
netos. Graças ao trabalho que
sempre realizou na Igreja, em
1981 foi convidado para ingressar no diaconato. Fez a formação
e foi ordenado em 04 de agosto
de 1985. Na entrevista, ele fala
sobre o seu ministério e suas experiências.
Jornal da Arquidiocese - O
que foi mais importante na
formação familiar recebida
de seus pais?
Diácono João Gonçalves Foi muito importante para mim o
testemunho religioso de meus
Pais, as orações em família, a nossa vivência cristã. Éramos de família humilde, trabalhando na agricultura. Sempre agradecemos a
Deus pelo pão de cada dia. Meu
pai era coordenador da liga católica “Jesus, Maria e José”. Aos 15
anos, eu já era membro do grupo
Nossa Senhora da Paz.
JA - Quais as suas maiores alegrias no exercício do
seu ministério?
Diác. João - Meu chamado
ao Diaconato foi uma semente
plantada através da minha participação como membro ativo da
Igreja, sendo ministro da comunhão, participando das pastorais
e movimentos. Tive a graça de ser
convidado a fazer a escola
Diaconal em Florianópolis, iniciando em fevereiro de 1981, e sendo ordenado Diácono em 04 de
agosto de 1985, por Dom Afonso
Niehues.
JA - Quais foram os seus
maiores desafios no exercício do ministério?
Diác. João - Depois de ordenado, comecei a trabalhar para
conquistar o meu lugar no serviço
à comunidade. Naquele tempo o
Diácono ainda não era bem aceito. Foi uma luta, mas com a graça
de Deus venci. Como diz São Paulo aos Coríntios “Basta-te a minha
Graça, pois é na fraqueza que se
manifesta a minha força” (2Cor
12,9), foi com esta graça e o apoio
dos padres e da comunidade que
chequei até aqui. Com humildade, repito o testemunho do Apóstolo: “Combati o bom combate,
Diácono João Gonçalves e sua esposa, Léa Leite, durante a celebração
de suas Bodas de Ouro de matrimônio, realizada em 2007.
“
A família é muito importante no ministério diaconal. A minha família
me apoia e participa do ministério”
terminei a carreira, guardei a fé”
(2Tm 4,7).
JA - Como concilia a vida
Diác. João - Todos sabem que
não é fácil conciliar família, trabalho e Diaconia. Falo de mim como
Diácono há 25 anos. Tenho o apoio
total da família, que participa e
auxilia no meu ministério, administro a minha empresa e os trabalhos que a Igreja nos concede.
JA - Há mais de 40 anos o
senhor participa da equipe
que administra os bens da
paróquia do Santíssimo Sacramento. Qual a importância desse trabalho?
Diác. João - A minha vida é
um tripé, não pode falhar porque
tem que conciliar trabalho, família e Igreja. Quando você assume
Jesus Cristo, você se torna desafiado e motivado ao serviço comunitário. Por isso me dedico aos trabalhos na administração dos
bens Paroquiais, auxiliando os
Padres que chegam, transferidos
de outra paróquia, e que precisam
ser inteirados da nova realidade.
Por isso, a importância desse trabalho ao qual me dedico há 40
anos.
Jubileu do Diácono Avelino Alves
No dia 10 de agosto, também
celebrou o seu Jubileu de Prata
Diaconal, o diácono Avelino Alves.
A Celebração Eucarística foi realizada no dia 14 de agosto, às 10h,
na comunidade N.Sra. das Dores,
em Garcia, pertencente à Paróquia de Angelina. Nosso arcebispo Dom Murilo Krieger presidiu a
celebração, que contou com a
presença de dez diáconos e de
Pe. Valter Maurício Goedert, dire-
Retalhos do Cotidiano
tor da Escola Diaconal São Francisco de Assis.
Diácono Avelino sofre do Mal
de Parkinson e luta contra a doença. Por causa dela, há alguns
anos não desempenha o seu ministério. Para esta edição, pretendíamos realizar a entrevista também com ele, mas, por problemas
da sua doença, teve que ser internado alguns dias após a celebração jubilar.
Carlos Martendal
Divulgação/JA
Confiança
Olhando
É um belo amanhecer de inverno. Do 6º andar, sentado à janela,
olho os carros que passam pela
avenida mais larga do mundo: a 9
de Julho, em Buenos Aires. São
milhares. O Senhor faz o sol descer alegremente para os bons e os
maus, dá o ar para os santos e os
pecadores, e a todos que dirigem
contempla com os dons da visão e
da audição. Fornece-lhes a terra
em que circulam, chamou à vida e
deu dons diversos aos engenheiros que construíram as pistas e
aos que fabricaram os carros, fez
a terra produzir as roupas que aquecem seus filhos e os alimentos que
os fortalecem para o trabalho.
Não posso, não quero, não
devo confiar em minha fraqueza;
não posso, não quero, não devo
colocar minha confiança no homem; posso, quero, devo confiar
no Senhor.
Tentação
Há muitos que, caindo, aprendem. Mas é preferível não cair. Quando eu cair, Senhor, ajuda a levantarme. A tentação pode vir forte: enfraquece-a; eu sou fraco, fortaleceme! Ensinaste-nos a rezar, Jesus:
“não nos deixeis cair em tentação”.
Ajuda-nos a viver o que rezamos!
Dar
Senhor, se quiseres, te dá a
mim, para que eu possa dar-te
aos outros. Não há como viveres
em mim e eu não te dar aos outros; e, se não viveres em mim,
como poderei dar-te aos outros?
familiar e os afazeres profissionais com o ministério
diaconal?
Jornal da Arquidiocese
Vermelho
A caixa de lápis de cor abastecia seus desenhos. Perguntado sobre
a cor de sua preferência, o pequeno Artur, 5 anos, respondeu: “O vermelho. Porque é a cor do sangue. O sangue do coração. Onde está
Deus, né, vô?”. Que lógica, que simplicidade!
Olhando 2
Tu os amas com amor de mãe.
Pensas em tudo e dás a eles o
melhor de tudo o que tens.
Quantos se lembram de Ti, que os
amas com amor eterno? Como Te
sentes, Senhor, tão mal correspondido em Teu amor? Basta-Te a
gratidão e o reconhecimento de
uns poucos? Como és diferente de
nós e, no entanto, fomos criados à
Tua imagem e semelhança...
Então abro a Bíblia, ali no hotel, traduzida em espanhol: “Si,
pues, habéis resucitado con Cristo, buscad las cosas de arriba, donde está Cristo sentado a la diestra
de Dios. Poned la mira en las cosas de arriba, no en las de la tierra”
(Cl 3,1-2) (“Se, pois, ressuscitastes
com Cristo, procurai as coisas do
alto, onde Cristo está sentado à
direita de Deus. Pensai nas coisas
do alto, e não nas da terra”)!
Despercebido
Quantas disputas, quanta violência, quantas vidas destroçadas,
quanta corrupção, quanta morte
por causa do dinheiro. E, em cada
nota que passa por nossas mãos,
uma inscrição que deveria ser para
valer: “Deus seja louvado”!
Jornal da Arquidiocese
Geral 15
Setembro 2010
Pastoral Familiar forma novos agentes
Evento refletiu sobre os desafios da Pastoral à luz do “Documento de Aparecida”
Foto JA
“O maior desafio da Pastoral Familiar é
trabalhar com os novos tipos de família”
Doutor em Teologia Moral e
grande entusiasta da Pastoral
Familiar, Pe. Rafael Solano trabalha nesse setor há 15 anos,
na Arquidiocese de Londrina,
PR. Há dois anos e meio ele foi
nomeado coordenador nacional
da CNBB para questões de Família. Com prazer ele nos concedeu a seguinte entrevista.
Formação reuniu 72 participantes, que refletiram sobre os desafios
que temos hoje na família e na Pastoral Familiar
cia da Família e do trabalho da
Pastoral Familiar. Nosso arcebispo também entregou uma carta,
de sua autoria, intitulada “A Boa
Nova da Família - à luz do documento de APARECIDA”.
Nela, Dom Murilo comenta as
várias ameaças que pairam sobre
a família e, por outro lado, as atividades que a Pastoral Familiar
pode e deve promover. “A família
é um dos eixos transversais de
toda a ação evangelizadora da
Igreja”, disse.
Jornal da Arquidiocese Qual é o maior desafio da
Pastoral Familiar hoje, na
sua opinião?
Pe. Rafael Solano - O
maior desafio da Pastoral Familiar está em trabalhar com os novos tipos de família: casais em
segunda união, casais separados, em dificuldades, viúvos e as
novas constituições familiares.
JA - Há quem diga que a
Família é uma instituição
falida. O que o senhor pensa disso?
Pe. Rafael Solano - Sabemos que a Família é uma instituição Divina e compete-nos trabalhar para resgatar e evidenciar essa realidade.
JA - Diante das novas circunstâncias da Família,
como a Pastoral deve lidar
com elas?
Pe. Rafael Solano - Esse
é o grande desafio. A realidade
da família é dinâmica, não estática. Devemos acompanhar
esse dinamismo e buscar acolher as diferentes situações da
Família na Igreja, sobretudo
quando elas mesmas se dirigem à Igreja, seja em busca dos
sacramentos ou para se engajarem em atividades pastorais.
Foto/JA
A Pastoral Familiar da Arquidiocese promoveu nos dias 21 e
22 de agosto, um encontro de formação de lideranças. Realizado no
salão da Igreja Matriz da Paróquia
da Trindade, em Florianópolis, o
evento reuniu 72 participantes. A
assessoria esteve a cargo do Pe.
José Rafael Solano Duran,
Duran da
Arquidiocese de Londrina, PR, e
coordenador nacional da CNBB
para questões de Família.
Tendo o capítulo 9 do Documento de Aparecida como referência, Pe. Rafael falou dos desafios que temos hoje na Família e
na Pastoral Familiar. O texto trata
do resgate da dignidade da Família e do seu valor dentro da Igreja.
“A Família é uma pequena igreja,
e temos que trabalhar para que
ela participe e se sinta participante da grande Igreja”, disse Pe.
Rafael.
O evento também contou com
a participação do nosso arcebispo Dom Murilo Krieger
Krieger. Em sua
explanação, ele falou da importân-
Paróquias promovem casamentos coletivos
Como atividade de encerramento da Semana Nacional da
Família, duas paróquias realizaram celebrações de casamento
coletivo. Na Paróquia São João
Batista e Santa Luzia, em Capoeiras, Florianópolis, seis casais receberam o Sacramento do Matrimônio em uma celebração realizada
na noite do dia 14 de agosto.
Eles receberam formação específica pela coordenação pré-matrimonial da Pastoral Familiar. “Os
casais receberam três dias de formação, conduzidos de acordo com
as suas disponibilidades”, disse
Iliete da Luz Pereira,
Pereira que com
seu esposo, Sebastião coordenam,
a Pastoral Familiar na Paróquia.
Segundo ela, a Pastoral Familiar está presente na paróquia há
15 anos. Os casamentos coletivos
já acontecem há 10 anos na Paróquia. A equipe se divide em três
coordenações: pré-matrimonial,
pós-matrimonial e casos especiais.
Foto/JA
Em Serraria, 15 casais receberam o Sacramento do Matrimônio
Fortalecimento
da Pastoral
Já na Paróquia Santa Cruz, em
Areias, São José, 15 casais receberam o sacramento em uma celebração realizada na manhã do
dia 15 de agosto, na comunidade
Nossa Senhora dos Navegantes e
São Pedro, em Serraria, São José.
A celebração foi precedida de uma
carreata que passou por todas as
comunidades da paróquia e reuniu mais de três mil pessoas.
Segundo o Pe. Mário Sérgio
Baptistim
Baptistim, orientador espiritual da
Pastoral Familiar e vigário na paróquia, todos os casais receberam um
dia de formação. Segundo ele, o
evento envolveu três comunidades
da Paróquia. “A Pastoral Familiar
existia na paróquia desde 2007,
mas apenas na matriz. Este ano,
tivemos o envolvimento de mais
duas comunidades”, comemora.
Para ele, a partir desse casamento coletivo poderão surgir novas lideranças para a Igreja. Eles
são estimulados a ter uma vida
mais presente na Igreja. “Tudo é
fruto do trabalho da Pastoral Familiar e do apoio que a paróquia
dá para esse trabalho”, disse
Pe. Rafael Solano com o casal coordenador da Pastoral Familiar
na Arquidiocese, Nestor e Vilma Fetter
Seminaristas realizam
Missões em Bombinhas
Nos dias 20 a 22 de agosto,
os seminaristas da Arquidiocese
participaram de Missões na Paróquia da Imaculada Conceição,
no município de Bombinhas.
Participaram também os seminaristas da Filosofia, do
Propedêutico e do Menor. O
evento teve início na sexta-feira (20), quando houve um momento de formação, e no período da noite a Missa de abertura
das Missões.
No sábado e no domingo, os
seminaristas visitaram as famílias da Paróquia, realizaram encontros com crianças, jovens e
casais. Domingo, no período da
tarde, houve um momento de
avaliação, e no da noite, a missa de encerramento. Foi com
grande alegria que todos os seminaristas conheceram e visitaram as comunidades e famílias da mais recente paróquia
de nossa Arquidiocese.
16
Geral
Setembro 2010
Jornal da Arquidiocese
IV Multicoral reuniu 17 corais
Realizado no CEAR, evento celebrou os 60 anos do Coral Santa Cecília da Catedral
mação coralista, orientada por
maestros convidados. O almoço,
servido com rapidez no próprio
local, agradou a todos.
Ao final do evento, com início
às 16.00h, houve a Celebração
Eucarística, presidida pelo nosso
arcebispo Dom Murilo Krieger
Krieger.
Foi também o momento da apresentação individual do Coral jubilar, com acompanhamento de
um quarteto de metais. Concelebraram com Dom Murilo o Diretor do CEAR, Pe. Márcio
Vignoli
Vignoli, e o primeiro regente do
Coral Santa Cecília, Mons.
Agostinho Staehelin
Staehelin.
Dom de Cantar
Em sua homilia, Dom Murilo
destacou que é um privilégio poder louvar a Deus cantando. “Nem
Foto JA
Mais de 600 coralistas de 17
corais da Arquidiocese estiveram
reunidos no dia 14 de agosto, no
Centro de Evangelização Angelino
Rosa, o “CEAR”, em Governador
Celso Ramos, para participar do
IV MULTICORAL. Promovido pelo
Coral Santa Cecília da Catedral de
Florianópolis, e contando na
infraestrutura com a colaboração
da comunidade "Divino Oleiro", o
evento celebrou os 60 anos de
existência da entidade.
Após a abertura, às 9.30h,
com a instalação da Mesa de
Honra, começou a apresentação
individual dos corais, cada um
deles com três peças do seu repertório. Cada regente ou representante do coral participante
recebeu um Certificado. Houve
também três momentos de for-
Ao final do evento, os presentes partilharam o bolo de aniversário do
Coral Santa Cecília, que na ocasião celebrava seu Jubileu de Diamante
todos temos o dom da voz para o
canto, e o canto coral, como vocês
têm. Por isso, devem agradecer a
Deus por este dom e utilizá-lo para
a sua glória”, disse.
Após a celebração, encerrada
com o jubiloso “Aleluia” de
Haendel, cantado pelo grande
coro dos corais presentes, Pe.
Pereira, regente do
Ney Brasil Pereira
Coral Santa Cecília e idealizador
do “Multicoral”, entregou ao Sr.
Angelino Rosa e à Sra. Valeci, sua
esposa, um certificado de participação em agradecimento por terem construído o espaço para a
realização do evento.
Na seqüência, entrou o bolo
de aniversário pelos 60 anos do
Coral Santa Cecília. O bolo foi cortado pela Sra. Maria de Lourdes
dos Santos
Santos, a coralista mais antiga, que também há 60 anos participa da história do Coral, e confeccionou o novo estandarte da
entidade.
Mais fotos, no endereço:
http://picasaweb.google.com/
coralsantaceciliadacatedral
Lançado o livro “O Anjo do celeiro”
Obra fala das experiências de vida do autor com os dependentes químicos da Comunidade Bethânia
alterego. Trata-se de um senhor
que acorda nas madrugadas e vai
narrando as histórias.
Em vários momentos do livro,
o leitor é convidado a interagir. Em
algumas situações, é perguntado
de que forma agiria naquela situação. “A mensagem de fundo do
livro “O Anjo do Celeiro”, é ressaltar a importância do diálogo. O homem de hoje precisa voltar a se
encontrar com seu semelhante,
Foto/JA
Uma tarde de autógrafos, realizada no dia 20 de agosto, na Livraria Catedral, em Florianópolis,
marcou o lançamento do livro “O
Anjo do Celeiro”. Escrito por José
Gentil Pires Neris,
Neris o livro é resultado de um ano de trabalho. Este
foi o primeiro lançamento. Ainda
haverá outros na Arquidiocese e
em outras localidades.
O evento contou com a participação de várias pessoas, sobretudo membros da Comunidade
Bethania, casa de recuperação de
pessoas com dependência química, localizada em São João Batista,
na qual o autor é consagrado. Entre
eles, o Pe. Vicente de Paula Neto,
presidente da Comunidade.
O livro é uma reunião das experiências de José Gentil, que tem
como missão ouvir as pessoas
atendidas pela obra, interagir com
elas e tentar ajudá-las. Para ambientar as histórias, ele criou um
provocar o outro ao ponto de entrar na sua vida e poder ajudá-lo”,
disse o autor.
História de vida
José Gentil foi dependente químico desde os 17 anos. Natural do
Rio de Janeiro, iniciou bebendo e
depois foi consumindo drogas mais
pesadas. Até os 29 anos, ainda conseguia morar com sua irmã mais
velha. Depois, correu o mundo.
Sua vida começou a mudar em
2001, quando conheceu o Pe. Léo,
fundador da Comunidade Bethânia.
Em 2003, iniciou sua recuperação
na comunidade e nunca mais saiu.
“Hoje percebo que o que eu buscava, nas drogas e na prostituição, era
preencher um terrível vazio interior.
O que eu não sabia, é que esse vazio só pode ser preenchido por
Deus”, disse José Gentil.
O livro pode ser adquirido na
Livraria Catedral, na Rua Padre
Miguelinho, 55 - Centro, em
Florianópolis, fone (48) 32234172, ao custo de R$ 19,50.
Livraria é da Catedral
José Gentil foi dependente químico e se recuperou na Comunide Bethânia
Desde o dia 28 de junho, a
Livraria Católica Catedral abriu
suas portas como Livraria Católica da Catedral. Depois de alguns anos, a histórica livraria
volta a ser administrada pela
Catedral. É mais um serviço que
se presta à Comunidade
Florianopolitana. Então, adquirindo produtos na Livraria, você
estará ajudando ainda mais
nossas atividades pastorais,
além de você mesmo ganhar
em formação e espiritualidade.
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Jornal 160 - Setembro 2010.p65 - Arquidiocese de Florianópolis/SC